COSTURA URBANA requalificação do centro cívico de MONTE ALTO E SEU ENTORNO
ELOISA COTRIM GONÇALVES 2016
ficha catalográfica GONÇALVES, eLOISA cOTRIM. COSTURA URBANA: REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO CÍVICO DE MONTE ALTO E SEU ENTORNO
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Vera Lucia Blat Migliorini. trabalho de conclusão de curso apresentado ao centro universitário uniseb estácio de ribeirão preto, como parte dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em arquitetura e urbanismo sob orientação da Prof.ª Dr.ª Vera Lucia Blat Migliorini.
COSTURA URBANA: REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO CÍVICO DE MONTE ALTO ORIENTADORA: PROFª DRª VERA LUCIA BLAT MIGLIORINI TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - 2016 ARQUITETURA E URBANISMO ESTÁCIO - UNISEB
AGRADECIMENTOS Muitas pessoas tornaram-se imprescindíveis para a realizaçaõ deste trabalho. Gostaria de agradecer, primeiramente, aos meus pais, José Flávio e Luciana, que sempre estiveram ao meu lado dando suporte e carinho. Aos meus amigos : Natana Char, Carina Serra, Loris Astholphe, Rayene Nicolucci, Rebecca Lazzarini e Gabriela Tonetto ; pelo apoio e suporte nos momentos difíceis. Finalmente, gostaria de agrader à minha orientadora Profª Drª Vera Lucia Blat Migliorini por sua paciência e atenção, pelos “puxões de orelha” quando necessário e pelos “tapinhas nas costas” quando merecidos. Sem o apoio de todos este trabalho não seria possível.
Obrigada.
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO
1
................................................................................................................................................... 01
MONTE ALTO E SEUS ESPAÇOS PÚBLICOS ............................................................................................... 05 .1 MAPA USO DO SOLO .......................................................................................................................... .2 MAPA ZONEAMENTO ........................................................................................................................... .3 MAPA MACROZONEAMENTO ........................................................................................................... .4 MAPA HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA ....................................................................................................
06 07 08 09
.5 MAPA HIERARQUIA VIÁRIA FUNCIONAL ........................................................................................... 10 .6 EQUIPAMENTOS DE LAZER E CULTURA DE MONTE ALTO ................................................................. 11
17 ............................................................................................. O CENTRO CÍVICO DE MONTE ALTO 19 ............................................................. EQUIPAMENTOS NO ENTORNO DO CENTRO CÍVICO 1. 22 ................................................................................................................ MAPA USO DO SOLO 2. 23 ................................................................................................................ MAPA IMPLANTAÇÃO 3. 26 ............................................................................................................................. MAPA FLUXOS 4.
3
2
DIRETRIZES PARA REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO CÍVICO ......................................................... 31
.1 ESTUDOS PRELIMINARES .............................................................................................................. 31 .2 MAPA CORREDOR CÍVICO ........................................................................................................ 32 .3 MAPA ÁREAS DE PASSAGEM X ÁREAS DE PERMANÊNCIA ...................................................... 33 .4 MAPA ACESSOS À RODOVIÁRIA ............................................................................................... 34 .5 CONCEITO - ESPAÇOS COMPARTILHADOS ............................................................................ 35 .6 LEITURA PROJETUAL - REDESENHO URBANO DAS ÁREAS PÚBLICAS DO ENTORNO DA PRAÇA DA LIBERDADE ........................................... 36 .7 LEITURA PROJETUAL - THE GOODS LINE PROJECT .................................................................... 39
43 ........................................................................................................... PROJETO COSTURA URBANA 45 .............................................................................................. RUA TIPO . ESQUEMA DE CORES 1. 46 .................................................................................................................. DETALHE . RUA TIPO
2.
47 ......................................................................................................... IMPLANTAÇÃO RUA TIPO
3.
49 ................................................................................ MOBILIÁRIO URBANO . APRESENTAÇÃO
4.
52 ...................................................................................... IMPLANTAÇÃO . COSTURA URBANA
5.
53 .................................................................................................................. DETALHE . PRAÇA 1
6.
55 ......................................................................................................... IMPLANTAÇÃO PRAÇA 1
7.
57 ................................................................................................................. DETALHE . PRAÇA 2
8.
59 ........................................................................................................ IMPLANTAÇÃO PRAÇA 2
9.
61 ................................................................................. DETALHE . HORTA E POMAR URBANOS 10. 63 ...................................................................... IMPLANTAÇÃO HORTA E PORMAR URBANOS 11. 65 ............................................................................................................. DETALHE . FOOD PARK 12.
4
67 ................................................................................................... IMPLANTAÇÃO FOOD PARK 13. 69 ..................................................................................................... DETALHE . CENTRO CÍVICO 14. 71 ............................................................................................ IMPLANTAÇÃO CENTRO CÍVICO 15.
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................................. 73
01
APRESENTAÇÃO O objetivo deste Trabalho Final de Graduação é revitalizar o Centro Cívico e Cultural Dr. Elias Bahdur que se encontra na cidade de Monte Alto, interior de São Paulo. Monte Alto é um município localizado a 350 quilômetros da capital paulista. Sua população, em 2010, era de 46.647 habitantes, o que faz a 93ª maior cidade do interior do estado. Possui IDH elevado, ocupando a 96ª posição no estado de São Paulo. A cidade conta com várias indústrias siderúrgicas, de peças automotivas e moto peças, além das indústrias de artefatos de borracha e das indústrias alimentícias. Sua agricultura é caracterizada pela predominância de pequenas propriedades rurais e pela policultura como cebola, manga, goiaba e cana-de-açúcar. Percebeu-se a necessidade de estudar os atuais problemas relacionados à área já que a mesma, com o decorrer dos anos, perdeu suas características de centro coletivo, sendo pouco usado pela população. Tendo em vista o potencial da área, suas edificações e usos, surge a necessidade de um melhor aproveitamento dos mesmos, criando assim um espaço que possa cumprir com o seu papel original: reconectar os cidadãos com a cidade. O Centro Cívico e Cultural Dr. Elias Bahdur possui em seu complexo: biblioteca, cineteatro, anfiteatro, museu arqueológico, museu paleontológico, museu histórico, conservatório musical e centro de artes. Foi construído em 1981, em comemoração ao centenário da fundação de Monte Alto. O Centro Cívico e Cultural abriga também a sede da Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Lazer. Nele são realizados seminários, palestras, reuniões, oficinas e cursos, além de feiras temáticas. O tema dos centros cívicos sempre foi discutido no sentido da sua importância para a sociedade. Percebe-se que na sociedade de hoje, as pessoas procuram manter-se afastadas do coletivo, dando preferência para atividades que envolvam poucas pessoas ou apenas conhecidos. É de extrema necessidade fazer com que os cidadãos se conectem novamente em uma sociedade. Tendo em vista que a cidade já possui a infraestrutura de um centro cívico, surge a necessidade de um estudo com uma posterior proposta de recuperação, e otimização de um equipamento que possibilita a ressocialização de uma sociedade que se encontra desconexa.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, surgiu a necessidade de reconstruir as cidades que haviam sido devastadas pela guerra. Nesse interim, surge um grupo de arquitetos que se uniu para criar soluções universais e assim reconstruir essas cidades. O grupo foi nomeado de CIAM e contava com grandes arquitetos como Le Corbusier, Josep Lluis Sert, entre outros. Houveram dez reuniões do grupo, e a cada reunião era discutido um tema. Nas primeiras reuniões foram discutidos modelos de habitação universal, assim como de urbanismo. O texto produzido por Sert, Giedion e Lèger “Novos pontos sobre Monumentalidade” (1943), diz:
“
(...)Há que se dar um passo adiante. As mudanças produzidas durante o pós-guerra nas estruturas econômicas das nações podem afetar a organização da vida coletiva na cidade, um aspecto que tem sido praticamente esquecido até os nossos dias.
”
É o início da preocupação em reconectar os cidadãos e a cidade como pode-se ver no texto de Josep Lluis Sert “Can Our Cities Survive? ” (1942):
“
(...)Lugares estratégicos na cidade podem ser ocupados pelo centro cívico, com instalações desenhadas para estimular as mais nobres tendências do espírito-lugar para pesquisa avançada, para meditação, para contemplação do mundo da arte, para cultivo da mente.
”
O trabalho se desenvolverá em três partes. Na primeira etapa será apresentada a cidade e seus pontos de interesse cultural e social. Após essa apresentação, será mostrado na segunda parte a importância do Centro Cívico como centro da cidade, seu poder como reabilitador da cidade e sociedade, devolvendo ao espaço público sua importância social. Por fim, serão apresentadas, na terceira etapa, diretrizes e propostaspara a resolução dos problemas encontrados.
“
OS COMPONENTES DA SOCIEDADE NÃO SÃO OS SERES HUMANOS, MAS AS RELAÇÕE QUE EXISTEM ENTRE ELES. ARNOLD TOYNBEE
”
05
MONTE ALTO E SEUS ESPAÇOS PÚBLICOS Monte Alto foi fundada em 15 de maio de 1881, elevado à categoria de município de distrito com a denominação de Monte Alto, pela lei estadual n 6363, de 31 de agosto de 1985, separando-se de Jaboticabal, sede da antiga povoação de Monte Alto. O município possui 346,95 Km2 de território e está situado a uma altitude média de 735 metros. Possui um distrito satélite, chamado Aparecida de Monte Alto, com 6,5 Km2 de área urbana. A região central apresenta relevo relativamente plano, com alguns bairros periféricos em desnível, chagando a altitudes de cerca de 600 metros. Em seu território pode-se encontrar altas serras e o clima é tropical de altitude. Na cidade, encontram-se duas nascentes de rio (Rio Turvo e Córrego Rico), além do Rio da Onça e várias cachoeiras. Na região próxima à cidade, os municípios de Ribeirão Preto e Araraquara são dois polos importantes, impactando a dinâmica econômica e social da região. Monte Alto está localizado a 80 km de Ribeirão Preto, direção da Rodovia Carlos Tonanni (SP - 333), e está localizado a 86 Km de Araraquara na direção da Rodovia Washigton Luís (SP 310). Como já dito anteriormente, sua população em 2010 era de 46.647 habitantes, o que faz a 93ª maior cidade do interior do estado. Possui IDH elevado, ocupando a 96ª posição no estado de São Paulo. A renda média per capita em Monte Alto passou de R$ 334 no ano de 2000 para R$ 724,58 em 2010, indicando um aumento no poder aquisitivo da população. Em 2013, de acordo com dados da fundação SEADE, o número de trabalhos formais foi de 14.343, o que equivale a 30,75% da população total da cidade. Quanto à desigualdade social, segundo o IBGE, através da pesquisa POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2002/2003, o índice Gini de desigualdade social do município, cujo valor varia de 0 (quando não há desigualdade) a 1 (quando a desigualdade é máxima), em 2003, indica um valor de 0,39. Isto representa uma desigualdade social levemente inferior à da média do estado de São Paulo (0,45), e inferior à da média brasileira, que obteve 0,52 em 2012. As atividades econômicas predominantes no município são as do setor secundário e terciário, devido à presença de indústrias de médio e grande porte. O setor primário tem seu destaque na produção de cebola e frutas para a exportação. O PIB de Monte Alto foi de 1.16 Bilhões de reais no ano de 2012, segundo dados do IBGE.
Imagem 1 - Mancha Urbana da Cidade de Monte Alto Fonte: Google Earth, abril de 2016
Imagem 2 - Localização de Monte Alto em Relação a Ribeirão Preto e Araraquara Fonte: Google Earth, abril de 2016
06
Imagem 3 - Acessos por Rodovia à Cidade de Monte Alto Fonte: Google Earth, abril de 2016
Imagem 4 - Corredor Histórico de Monte Alto Fonte: Google Earth, abril de 2016
Monte Alto é seccionada pela Rodovia SP - 305 José Pizarro e a malha urbana é tangenciada a oeste pela Rodovia SP - 323 José Della Vechia. Ambas rodovias configuram-se como barreiras físicas ao crescimento e aos deslocamentos. Uma atenção especial deve ser dada à rodovia SP - 305, pois essa separa a porção norte do município, que se encontra em crescimento, da região central. Teve seu primeiro Plano Diretor publicado em 1995, sendo revisado em 2006, fornecendo diretrizes urbanas e de planejamento para o município. A cidade não conta com nenhuma área de proteção ambiental legalmente definida, de acordo com os cadastros do Ministério do Meio Ambiente, porém apresenta uma série de áreas verdes, definidas no Plano Diretor. Os corpos hídricos também são determinantes na implantação da malha urbana, principalmente na porção sul do município, que apresentam uma série de vazios urbanos, visando proteger estes recursos. Teve seu primeiro Plano Diretor publicado em 1995, sendo revisado em 2006, fornecendo diretrizes urbanas e de planejamento para o município. A cidade não conta com nenhuma área de proteção ambiental legalmente definida, de acordo com os cadastros do Ministério do Meio Ambiente, porém apresenta uma série de áreas verdes, definidas no Plano Diretor. Os corpos hídricos também são determinantes na implantação da malha urbana, principalmente na porção sul do município, que apresenta uma série de vazios urbanos, visando proteger estes recursos. O uso e ocupação do solo de Monte Alto são regidos pelo Plano Diretor Municipal (lei complementar n 230/2006) e pelo seu regulamento (lei complementar n 245 de 4 de dezembro de 2007), que definem as diretrizes básicas para o desenvolvimento urbano e o zoneamento municipal. que definem as diretrizes básicas para o desenvolvimento urbano e o zoneamento municipal. Existem oito zonas de ocupação no município de Monte Alto, definidas no Plano Diretor, que são: Zona Residencial (ZPR); Zona Central (ZC); Zona de Corredor Comercial (ZCC); Zona de Uso Misto (ZUM); Zona de Uso diversificado (ZUD); Zona de Uso Industrial (ZUI); e Zona de Proteção Ambiental (ZPA). As principais indústria localizam-se na Zona de Uso Diversificado, já o comércio encontra-se predominantemente na Zona Comercial, no centro da cidade, mas também encontra-se espalhado pela cidade. Monte Alto pode ser cosiderado um polo turístico por possuir atrativos culturais, principalmente igrejas e museus. Estima-se que o total de visitantes na cidade gire em torno de 360 mil pessoas por ano. Os principais pontos turísticos são: Museu de Paleontologia, Museu de Arqueologia, Mausoléu da Menina Izildinha e o Santuário de Nossa Senhora da Conceição
07
Montesina, que localiza-se no distrito satélite de Aparecida de Monte Alto. Em relação à mobilidade urbana, o plano não apresenta grandes definições, mas indica a necessidade de uma política de trânsito, transporte e mobilidade que seja integrado à política de uso e ocupação do solo. O plano aponta também como diretrizes a redução dos deslocamentos entre habitação, o trabalho e os serviços públicos, prioriza o transporte coletivo sobre o transporte individual, aponta a necessidade da promoção da acessibilidade com segurança a toda a extensão do município e de garantir ao portador de deficiências o direito ao acesso e à mobilidade urbana. O sistema viário municipal é composto por ruas asfaltadas, lajotadas e de terra. A rua Nhonhô do Livramento é o eixo histórico da cidade e juntamente com as ruas Jeremias de Paula Eduardo e Dr. Raul da Rocha Medeiros, constituem a estrutura principal do sistema viário da cidade, onde se localizam os principais pontos de comércio e serviços. Em 1995 foi instituida área azul na zona central de Monte Alto. Apesar de o plano diretor municipal realizar a definição das tipologias de hierarquização viária em vias expressas regionais, vias estruturais, vias perimetrais, vias coletoras, vias locais e vias de pedestres; e afirmar que “ o órgão responsável promoverá a classificação das vias urbanas existentes e projetadas e definirá suas características principais”, essa hierarquização e caracterização não foi realizada. As ruas da região central e comercial são de mão única e apresentam vagas de estacionamento delimitadas em ambos os lados. Já as ruas das regiões periféricas são, no geral, de mão dupla, não havendo a demarcação de vagas de estacionamento na sua grande maioria, sendo este permitido em ambos os lados. Ambas sinalizaçãoes (vertical e horizontal) encontram-se em mal estado de conservação A cidade contém dois trechos de ciclofaixas que totalizam 1,4 Km. A ciclofaixa 1 encontra-se no Distrito Industrial, sendo exclusiva
para bicicletas e pedestes, não contendo restrição horária. A ciclofaixa 2 encontrá-se na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, com horários de funcionamento às quarta-feiras das 19h às 23h e domingos das 7h as 13h. Quanto à acessibilidade, observou-se que existem rebaixamentos em algumas calçadas do município, principalmente na região central e próximo a prédios de interesse público. Ainda assim, os rebaixamentos das calçadas não são padronizados em relaçao à sinalização, pintura, medidas e no seu posicionamento em relação à esquina, não seguindo os padrões estipulados pela norma ABNT 9050. Apesar de existirem algumas infraestruturas que visam melhorar o deslocamento de pessoas em condições de mobilidade reduzida, não existem existem infraestruturas com enfoque em outros tipos de deficiência, como visual e auditiva.
Coletânea de Imagens 5 - Fotos ilustrativas das problemáticas levantadas no texto
08
MAPA . USO DO SOLO
INDUSTRIAL COMERCIAL RESIDENCIAL PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ÁREA VERDE
N
0
500m
1000m
2000m
09
MAPA . ZONEAMENTO Definido pelo Plano Diretor Municipal (lei complementar n 230/2006) e pelo seu regulamento (lei complementar n 245 de 4 de dezembro de 2007)
ZONA DE USO INSTITUCIONAL (ZUI)
Zona de uso institucional de baixa densidade, admitindo-se uso institucional de baixa densidade, usos residenciais, comércio e serviços de apoio e atividade de lazer institucional.
ZONA RESIDENCIAL (ZR)
Zona residencial de uso residencial unifamiliar de baixa densidade, admitindo-se usos comerciais, serviços e institucionais complementares ao uso residencial.
ZONA DE USO MISTO (ZUM)
Zona de uso misto diversificado, de baixa e média densidade, admitindo-se usos comerciais, serviços e institucionais.
ZUM
ZUI
C8
ZCC16
ZCC2
ZUD
Z C1
ZR ZUM
ZONA CENTRAL (ZC)
Zona central com predominância de comércio e serviços (centro comercial principal), de média e alta densidade, desde que compatibilizadasm com a intensidade de tráfego gerado.
.
ZONA DE USO DIVERSIFICADO (ZUD)
Zona de uso diversificado de baixa e média densidade, admitindo-se usos comerciais, serviços, institucionais e industriais.
ZONA PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL (ZPR) Zona de uso predominantemente residencial de média densidade, pluridomiciliar, admitindo-se usos comerciais, serviços e outros diversificados compatíveis com o uso residencial.
N
10
MAPA . macrozoneamento Definido pelo Plano Diretor Municipal (lei complementar n 230/2006) e pelo seu regulamento (lei complementar n 245 de 4 de dezembro de 2007)
B ARRA
B ARRAG
EM
ROMP
GEM
ROMP
IDA
IDA
C ÓRRE
GO
BARRAGEM
MACRO-ZONA DE OCUPAÇÃO PRIORITÁRIA MACRO-ZONA DE OCUPAÇÃO CONTROLADA MACRO-ZONA CONSOLIDADA MACRO-ZONA DE RECUPERAÇÃO
N
11
MAPA . hierarquia viária física
Observada pela Autora
VIA EXPRESSA VIA COLETORA
N
0
500m
1000m
2000m
12
MAPA . hierarquia viรกria funcional Observada pela Autora
VIA EXPRESSA VIA ARTERIAL VIA COLETORA
N
0
500m
1000m
2000m
13
equipamentos de lazer e cultura de monte alto
1
3 2
8 7
4
5
6
Imagem 6 - Foto dos Equipamentos Públicos de Lazer em Monte Alto Fonte: Google Earth, abril de 2016
Centro Cívico e Cultural Dr. Elias Badhur
Ginásio de Esportes José Pizarro
Praça da Igreja Matriz e Praça da Bandeira
Praça José Pizarro
Praça Humberto Caraccio
Ginásio de Esportes José Pizarro
Praça São Benedito
Praça dos Trabalhadores
“
O QUE HÁ DE MELHOR NO HOMEM SOMENTE DESABROCHA QUANDO SE ENVOLVE EM UMA COMUNIDADE ALBERT EINSTEIN
”
17
MONTE ALTO E SEUS ESPAÇOS PÚBLICOS Sabe-se que desde o início da civilização, as relações sociais desenvolvidas pela população são de extrema importância. A comunidade não é apenas um conjunto de pessoas que desenvolvem relações de diversos níveis de importância - uma conversa banal, uma discussão política, etc - dividindo ou discutindo opiniões para que regras ou condutas sociais sejam tomadas. A cidade não é apenas o território onde se habita, é o lugar de discussão de assuntos públicos. As cidades de antigamente desenvolviam-se a partir de um ponto central, onde todas as atividades sociais acontenciam. Temos como exemplo os foros de Roma, a ágora de Atenas; ambos centros de desenvolvimento social, onde todas as relações interpessoais ocorriam fossem elas políticas, econômicas ou religiosas. Com o desenvolvimento da indústria e o surgimento da televisão, essas atividades coletivas tornaram-se algo particular, desenvolvendo-se nos círculos familiares ou em grupos mais íntimos. (S. Giedion, 1955). Os espaços públicos que serviam para desenvolver essas atividades coletivas tornarem-se algo obsoleto e abandonado, perdendo seu valor social. Existe uma necessidade eminente de “recentralização”, de retomada da vida social, da recuperação da
Imagem 7 - Aproximação da Área de Estudo Fonte: Google Earth, abril de 2016
da comunidade que hoje encontra-se individualista, separada pela segurança de suas casas e seus grupos sociais íntimos. A partir da Constituição Federal de 1988, acontece a transformação política urbana brasileira, como pode-se notar no artigo 182, que diz: “ a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais, fixadas em lei, tem por objetivo ordernar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes”. Criam-se assim novas práticas de planejamento e gestão de cidades, possibilitando a democratização da cidade, assim como reestabelecem o sentido social social da mesma. O intuito é “devolver a cidade à coletividade” reativando espaços públicos, mas a dificuldade está em fazê-lo sem que se crie um ambiente artificial, sem real utilidade social. (Cristina M. O. Guimarães, 2007).
18
O processo de “reconstrução” ou “reativação” de espaços públicos pode ser entendido como reterriorialização já que, com a perda das “raízes” originais do território surge a oportunidade de criar-se novos vínculos que substituam o passado. Para que esses espaços urbanos possam ser recriados é necessário superar os espaços, transformando-os em “territórios existenciais”. Esse processo permite que as respostas não sejam encontradas nas formas ou imagens arquitetônicas, mas sim na idealização das intervenções, assim como na escolha da proposta e na maneira que será executada. As intervenções que são idealizadas externamente à comunidade não promovem a população como protagonista e sim como coadjuvante. Deve haver um maior entendimento sobre as necessidades e desejos da sociedade, fazendo com que o projeto de “reconstrução” ou “reativação” não seja algo sem valor. No processo de recriar algo existente, surge a chance de reparar erros passados, os mesmo que fizeram com que o espaço público não exercesse seu papel social. Os participantes da sociedade deveriam ser levados como pronto principal em projeto de reconstrução de um espaço público existente, levando em conta a pluralidade de suas crenças e tradições, alcançando assim o objetivo de um espaço público, tornando-o um objeto de coletividade.(Cristina M. O. Guimarães, 2007). O conceito de Centro Cívico foi assunto do XVIII CIAM, onde suas estruturas físicas e sociais foram discutidas. Na época em que o assunto foi discutido, as cidades estavam se recuperando dos efeitos da guerra que acabara de acontecer. Muitas cidades foram reerguidas às pressas, sem levar em consideração as reais necessidades da população que ali vivia. Outro fator
Imagem 8 - Ilustração de um Centro Cívico Fonte: Slides Professor Francisco Gimenes
Imagem 9 - Entrada do Centro Cívico de Monte Alto Foto: Autora
levado em consideração foi o crescimento rápido das cidades, que deu origem às periferias. Ambos os fatores, juntamente com o desenvolvimento da indústria e o surgimento da televisão, o desenvolvimento da indústria e o surgimento da televisão,foram apontados como os motivos do abandono da vida social, da interiorização da vida social. Atualmente vemos o mesmo fenômeno com a difusão da internet e dos smartfones. Serti, em um de seus textos diz: “(...) é necessária a criação de um ambiente físico especial que possa manifestar de forma concreta o sentido de comunidade. Este é o coração físico da comunidade, o seu centro, o seu núcleo”. Surge aqui o conceito de coração, um lugar que possibilitaria o desenvolvimento da vida social e da cidadania, de retomada da vida pública; o centro cívico. A partir desse encontro entre os CIAMS, foi estabelecido um modelo ideal para o centro cívico. Primeiramente há a necessidade de um desenho urbano definido, classificando e subdividindo setores (industrial, residencial, comercial) de modo que a estrutura resultante seja orgânica. Cada um desses setores tem o seu próprio centro ou núcleo. A cidade será formada por um conjunto de núcleos que se ligariam ao centro principal, o coração da cidade. Os elementos que deveriam fazer parte desses centros comunitáirios são: edifícios administrativos, museus, bibliotecas públicas, teatros, salas de concerto, centros de recreação, áreas de comércio e esportes, parques, praças, hotéis, salas de exposição, etc. Além das edificações, o “coração” deveria possuir elemetos da natureza como água e árvores, além de
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proporcionar locais protegidos do sol, para o descanso e contemplação, assim como espaços abertos para os contatos sociais. O acesso da área seria priorizado aos pedestres, proporcionando um caminho agradável, expressando claramente a separação entre circulação de automóveis e pedestres. Apesar da presença de equipamentos de lazer e cultura, o centro cívico de Monte Alto claramente não segue o modelo estipulado pelo CIAM. Edificações como a prefeitura e o fórum encontram-se fora da área do centro cívico, assim como a área comercial da cidade. Os acessos priorizam a utilização de automóveis por serem mal distribuidos, dificultando o acesso de pedestres. Os passeios são outro fator que dificultam o acesso de pedestres, já que estes encontam-se em pésismo estado. Dentro da área do Centro Cívico, encontram-se os principais edifícios de cultura e lazer da cidade de Monte Alto. A distribuição dos edifícios se dá apartir de quatro platôs principais. No primeiro, encontra-se a Biblioteca Municipal Dr. Julio Raposo do Amaral. No segundo patamar, encontra-se o Teatro Municipal e uma preça. Já no terceiro patamar encontram-se o Anfiteatro, Conservatório, Centro de Artes e o Museu de História e Cultura, sendo o principal patamar. Os equipamentos de maior importância turística encontram-se no último patamar sendo eles o Museu de Paleontologia e o Museu de Arqueologia. No terceiro patamar, encontram-se o Anfiteatro, Conservatório, Centro de Artes e o Museu de História e Cultura, sendo o principal patamar. Os equipamentos de maior importância turística encontram-se no último patamar, sendo eles o Museu de Paleontologia e o Museu de Arqueologia. Os edifícios encontram-se em mal estado de conservação, apesar de o Museu de História e Cultura e o Museu de Paleontologia estarem passando por uma reforma e modernização de seus espaços. Na época em que o Centro Cívico foi construído, não existia a necessidade das edificações serem acessíveis. A área passou por uma adequação à norma ABNT 9050, mas é possível encontrar acessos inadequados, assim como falta de sinalização.
EQUIPAMENTOS NO ENTORNO DO CENTRO CÍVICO
10 9 5 2
1 3
6
8
4 7
11
12 13
Imagem 10 - Equipamentos Importantes nas Proximidades do Centro Cívico Fonte: Google Earth, abril de 2016 1
CENTRO CÍVICO
2
CÂMARA MUNICIPAL
3
PROJETO VIVA A VIDA
4
RODOVIÁRIA
5
SINDICATO DOS TRABALHADORES
6
SENAI
7
ESCOLA ESTADUAL DR. LUIZ ZACHARIAS DE LIMA
8
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SILVIO GOVANI
9
ESCOLA MUNICIPAL ORAILDES BARROSO ZOCHO
10 ESCOLA MUNICIPAL ORAILDES BARROSO ZOCHO 11 PREFEITURA MUNICIPAL 12 FÓRUM 13 ESCOLA MUNICIPAL DR. RAUL DA ROCHA MEDEIROS
20
Imagem 11 - Câmara Municipal Foto: Autora
Imagem 13 - Rodoviária Municipal Foto: Autora
Imagem 12 - Escola Profissionalizante SENAI Foto: Autora
Imagem 14 - Escola Estadual Dr. Luiz Zacharias de Lima Foto: Autora
21
Imagem 15 - Unidade de SaĂşde Silvio Govoni Foto: Autora
Imagem 16 - FĂłrum de Monte Alto Foto: Autora
Imagem 17 - Prefeitura de Monte Alto Foto: Autora
Imagem 18 - Escola Municipal Dr, Raul da Rocha Medeiros Foto: Autora
22
MAPA . USO DO SOLO
INDUSTRIAL COMERCIAL RESIDENCIAL
N
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ÁREA VERDE
0
50
100
200m
23
MAPA . IMPLANTAÇÃO
6
5
4
3
1
1 2 3 4 5 6
BIBLIOTECA MUNICIPAL DR. JÚLIO RAPOSO DO AMARAL TEATRO MUNICIPAL CENTRO DAS ARTES MUSEU DE HISTÓRIA E MUSEU DE PALEONTOLOGIA ANFITEATRO E MUSEU DE ARQUEOLOGIA CONSERVATÓRIO MAESTRO MARIO VENERI
2
N
0
10
50
24
Imagem 19 - Biblioteca Municipal Dr. Júlio Raposo do Amaral Foto: Autora
Imagem 20 - Teatro Municipal Foto: Autora
Imagem 21 - Biblioteca Municipal Dr. Júlio Raposo do Amaral Foto: Autora
Imagem 22 - Praça do Centro Cívico Foto: Autora
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Imagem 23 - Museu de História e Cultura e Museu de Paleontologia Foto: Autora
Imagem 25 - Museu de Arqueologia Foto: Autora
Imagem 24 - Anfiteatro Municipal Foto: Autora
Imagem 26 - Conservatório Maestro Mario Veneri Foto: Autora
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MAPA . FLUXOS
N
FLUXO DE AUTOMÓVEIS FLUXO DE PEDESTRES
0
10
50
150m
27
Imagem 27 - Acesso de Pedestres para a Biblioteca
Imagem 31 - Acesso para o Tetro
Imagem 28 - Acesso do Teatro para a Praça
Imagem 29 - Acesso de Pedestres para o Teatro
Imagem 30 - Acesso do Teatro para a Biblioteca
Imagem 32 - Acesso do Museu de Arqueologia
Imagem 33 - Acesso do Estacionamento para o Teatro
Imagem 34 - Acesso Estacionamento para o
para o Museu de Paleontologia
Imagem 35 - Acesso Estacionamento para o Museu de Paleontologia
Imagem 36 - Estacionamento na Área Interna do Centro Cívico
Museu de Arqueologia
Imagem 37 - Acesso Estacionamento para a Biblioteca
Imagem 38 - Entrada Principal para Veículos
3
“
t0da a sociedade que pretende assegurar a liberdade aos homens deve começar por garantir-les a existência. léon blum
”
31
DIRETRIZES PARA REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO CÍVICO Após a realização de diversos estudos e levantamentos, foi possível obeservar quais são os problemas encontrados na área, e a partir dos mesmos desenvolver uma série de diretrizes que tem como objetivo solucioná-los. O contexto histórico dos Centros Cívicos, sua função e forma de composição serão norteadores desse processo. Foram realizadas pesquisas e estudos de projetos existentes como forma de captar informações e soluções que possam auxiliar na resolução dos problemas encontrados no objeto de estudo. As propostas a seguir têm como objetivo a Revitalização e Requalificação do Centro Cívico e Cultural da cidade de Monte Alto. A proposta começa na forma de re-desenho urbano, conectando os equipamentos urbanos - que em teoria deveriam estar dentro do Centro Cívico - e criando um “corredor cívico”. Essa conexão acontecerá em diversos níveis, como unidade visual, estrutura viária, qualificação de espaços de permanência e qualificação de acessos. É importante ressaltar que na área de projeto encontra-se a Rodoviária Municipal. Esse equipamento será levado em consideração, já que sua proximidade ao centro da cidade é de extrema importância pois é utilizado para pequenos deslocamentos às cidades próximas, assim como ao distrito da cidade. Inicialmente será criado um “corredor” que possibilitará a conexão do Centro Cívico a outros equipamentos cívicos importantes. Para esse corredor, será utilizado o conceito de ruas compartilhadas, onde meios de locomoção automotivos e pedestres dividem o mesmo espaço, priorizando o uso por pedestres ou ciclistas, tornando o fluxo de veículos automotores apenas local. Outro fator é a unidade visual, que tornará a área assimilável ao usuário, ou seja, o usuário conseguirá identidfiar claramente que encontra-se no “corredor” e isso se dará através do mobiliário urbanohh, linguaguem visual (sinalização vertical e horizontal), pavimentação, padronização de acessos, entre outros. As áreas verdes e praças no percurso do corredor estão inclusos nos planos de unidade visual passando também por um projeto de melhoria ambiental e espacial. Os acessos serão padronizados e adequados a norma ABNT 9050, criando um ambiente acessível a deficientes físicos, autidivos e visuais.
ESTUDO PRELIMINAR
ESTUDO 1
ESTUDO 2
ESTUDO 3
32
mapa .
corredor cívico
3
1 2
1 PREFEITURA MUNICIPAL 2 FÓRUM MUNICIPAL 3 RODOVIÁRIA MUNICIPAL
100m
N
33
mapa .
áreas de permanência x áreas de passagem
ÁREAS DE PASSAGEM ÁREAS DE PERMANÊNCIA
100m
N
34
mapa .
acessos à rodoviária
RODOVIÁRIA ACESSO À RODOVIÁRIA ACESSO PROPOSTO À RODOVIÁRIA
100m
N
35
CONCEITO . ESPAÇOS COMPARTILHADOS Trata-se de um espaço livre de regulações, encorajando o usuário a ter um comportamento responsável, e em consequência, pode resultar em um modo mais eficaz em termos de segurança e qualidade urbana, do que com a sinalização convencional. Algumas medidas são: O desenho modifica os espaços e faz visível sua função social e urbana, utilizando-se de pavimentação, mobiliário e paisagismo especialmente escolhidos. Isso deve conferir ao espaço a imagem de um espaço social importante e multiuso. A retirada a sinalização convencional, ou seja, marcações nos pavimentos, das placas de sinalização de trânsito, dos semáforos, entre outros. A extinção de calçadas ou similares, criando um ambiente onde todos os usuários possam trafegar por uma plataforma contínua e ininterrupta, sem desníveis. Imagem 39 - Elliot St., Auckland, Nova Zelândia
Fonte: Archdaily
“Devemos esquecer da segregação por velocidade, sinais de trânsito e obstáculos para começar a pensar em espaços e ruas verdadeiramente compartilhadas, onde seja possível negociar o espaço de uma forma pessoal.” Organização Dérive Lab na primeira edição de seu Manual de Ruas Compartilhadas.
Imagem 40 - Young St., Southport, Austrália
Fonte: Archdaily
Imagem 41 - Venn St., Londres, Reino Unido
”
Fonte: Archdaily
36
LEITURA PROJETUAL . REDESENHO URBANO DAS ÁREAS PÚBLICAS DO ENTORNO DA PRAÇA DA LIBERDADE (BELO HORIZONTE)
“
Contribuir para a construção de um domínio público efetivo, menos ligado ao consumo e mais voltado para o entendimento da cidade como lugar público, no sentido republicano d termo, é um sentido primeiro deste projeto. Para isso, o desenho urbano, mais do que ser discreto, deve quase se dissolver, adquirir uma invisibilidade que permita enfatizar seu potencial como suporte, vazio, vaso, recipiente que acomoda a vida e lhe oferece oportunidades virtuosas, antes não imaginadas.
”
Milton Santos
FICHA TÉCNICA arquitetos: Alexandre Brasil, André Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel colaboração: Enara Paiva, Henrique Boabaid, Michelle Christina de Andrade Souza, Clara Magalhães, Plínio Santos, Ulisses Mikhail Itokawa local: Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil projeto: 2008 fotos: Gabriel Castro
37
mapa . EQUIPAMENTOS
1
2
13
3 4
12
5 6
11 7
8
9 10
Imagem 42 - Praça da Liberdade e seus Equipamentos Públicos Fonte: Google Earth, maio de 2016
1 SECRETÁRIA DE ESTADO DA FAZENDA
7
BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL LUIZ DE BESSA
2 MEMORIAL MINAS GERAIS VALE
8
PALÁCIO DA LIBERDADE
3 MUSEU DAS MINAS E DO METAL
9
CASA FIAT DE CULTURA
4 ESPAÇO DO CONHECIMENTO TIM UFMG
10 VOLUNTARIADO EM SERVIÇOS SOCIAIS
5 CENTRO DE INFORMAÇÃO AO VISITANTE
11 EDIFÍCIO NIEMEYER
6 TEATRO IZABELA HANDRIX
12 CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL
13 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS
38
IMPLANTAÇÃO AMPLIAÇÃO 03QUADRA 1494
AMPLIAÇÃO 04QUADRA 1513
AMPLIAÇÃO 02QUADRA 1494 AMPLIAÇÃO 05QUADRA 1513
AMPLIAÇÃO 01QUADRA 4060
.B AV S TE OR SF
SIL
RA
IA
Belo Horizonte foi a primeira cidade planejada do Brasil. Sua malha é formada por duas grelhas, uma de ruas e outra de avenidas, que deslocam-se 45 graus entre elaas, O centro é a parte com melhor qualidade urbana e infrestrutura pois, diferentemente do restante da cidade que foi construído através de especulação imobiliária, é resultado do esforço do poder público em construir uma cidade fundamentalmente para a população. Na cidade, o lugar mais importante, aonde encontra-se o poder do estadual, é a praça da Liberdade. Milton Santos diz em seu texto: “Um lugar que permite reconhecer grande parte dos principais momentos da arquitetura realizada no Brasil há mais de um século: o paisagismo de influência francesa, restaurado pela arquiteta Jô Vaconcellos em 1995; a arquitetura moderna de Oscar Niemeyer, Rafael Hardy, Sylvio de Vaconcellos e Raul de Lagos Cirne; a arquitetura pós-moderna de Éolo Maia e Sylvio de Podestá; e intervenções contemporâneas, convertendo as edificações em espaços culturais formando o Circuito Cultural Praça da Liberdade (...).”
PRAÇA DA LIBERDADE
.B AV
N
Por sua importência cultural foi realizado um projeto de requalificação das áreas públicas no entorno da Praça. O projeto não está interessado em criar uma obra monumental, e sim em criar um território de domínio público. Tinha como objetivos revitalizar as pavimentações e equipamentos urbanos que encontravam-se em degradação; harmonizar o Circuito Cultural com o seu entorno, criando uma unidade; compatibilizar o projeto viário com o uso da área e adequar as calçadas com as normas nacionais de acessibilidade.
39
LEITURA PROJETUAL . THE GOODS LINE PROJECT
“
A estratégia por trás do projeto The Goods Line era criar uma forte espinha cívica e estabelecer um leque de oportunidades para as pessoas se reunírem, habitarem/ocupar e usar o espaço. Subjacente a esta primeira etapa, The Goods Line Sul, a ambição é conectar ruas e bairros com a nova coluna do The Goods Line Norte.
”
Autores do Projeto
FICHA TÉCNICA arquitetos: ASPECT Studios (Project Design Lead), CHROFI (Design Partner), ACOR, AR-MA, Deuce Design, GML, JBA, Lighting Art + Science, Gartner Rose cliente: Autoridade Portuária de Sydney local: Sydney, Austrália projeto: 2014 fotos: Florian Groehn
40
Inspirado no projeto de reconversão urbana nova-iorquino High Line, o plano considera a transformação de um espaço de 500 metros de comprimento existente entre a Praça de Trens e o Porto Darling em um novo polo cultural que já conta com algumas instituições culturais em sua área como o Museu Power House e a Universidade de Tecnologia de Sydney. O projeto considera a reutilização do espaço por onde passava uma linha de trem que foi desativada em 1854, permanecendo sem uso. A revitalização da área se deu pela criação de um novo polo cultural, onde possam ser realizados diferentes tipos de eventos e que as pessoas possam acessae facilmente através de ciclovias e passeios de pedestres. A construção foi dividida em duas etapas: a parte Norte e a parte Sul. O setor Norte que possui 250 metros de extensão, foi a primeira parte a ser realizada. Uma vez terminada esta etapa, serão iniciados os trabalhos na zona Zul, que contará com espaços de recreação com jardins comunitários. O projeto utiliza materiais relacionados ao seu passado ferroviário como cascalho, concreto, aço e madeira. Funciona como um corredor de circulação para pedestres, criando ao longo de seu comprimento áreas de lazer, de exercício, mesas comunitárias e áreas de estudo.
The Goods Line Norte
The Goods Line Sul
41
Uma vez terminada esta etapa, serão iniciados os trabalhos na zona Sul, que contará com espaços de recreação com jardins comunitários. O projeto utiliza materiais relacionados ao seu passado ferroviário como cascalho, concreto, aço e madeira. Funciona como um corredor de circulação para pedestres, criando ao longo de seu comprimento áreas de lazer, de exercício, mesas comunitárias e áreas de estudo. Um corredor que uma vez já foi movimentado pela circulação de produtos será movimentado por pessoas e trocas de idéias, marcando a mudança de uma infraestrutura industrial para uma infra-estrutura social. A conexão desse projeto com a problemática levantada está na criação de um “corredor social” na cidade, interligando espaços culturais com o restante da cidade, criando espaços de qualidade, priorizando os pedestres. A questão da materialidade também será levada em conta.
THE GOODS LINE SUL
THE GOODS LINE NORTE
42
“
A revitalização é expressa através de um movimento singular. A colocação de um novo ponto de referência, uma ”figura” de concreto, em um corredor ferroviário existente, articular e ao mesmo tempo conta a história de hoje.
Imagem 43 - Caminho do The Goods Line Norte
”
Autores do Projeto
Imagem 44 - Detalhe do Mobiliário Urbano e Paisagismo
“
sem a cultura, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. é por isso que todas a criação autêntica é um dom para o futuro. albert camus
”
45
rua tipo . ESQUEMA DE CORES O desenho da rua surge a partir do conceito de ruas compartilhadas que como visto anteriormente, visa criar um ambiente aonde pedestres e automóveis dividam o mesmo espaço de forma harmonioza. Para criar um ambiente confortável e convidativo ao pedestre, foi criado um percurso formado por faixas coloridas pintadas no chão, que servem como sinalização horizontal, criando uma área aonde automóveis não podem transitar mudando assim a estrutura tradicional das ruas, aonde o espaço do pedestre é segregado. O desenho alternado tem como partido criar a sensação de fluidez e sentido, já que cada cor dirige o usuário a um equipamento específico. A intenção é desenvolver áreas que proporcionem oportunidades para conexões humanizadas através do divertimento, exploração e interações. O percurso permite que usuário guie-se pelo desenho e deixe-se levar até o seu destino.
HORTA E POMAR URBANO
PRAÇA 1 E PRAÇA 2
FOOD PARK
CENTRO CÍVICO
46
detalhe . rua tipo
1 2
4
3
N
0
5
10
25m
vista 1
vista2
vista 3
vista 4
IMPLANTAÇÃO RUA TIPO +32.00
+30.00
A
+31.00
+27.00
+28.00
+29.00
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 1 (L1) ESCALA 1:100 PLANTA
VISTA
1 1.62m 8.00m
0.19m
L1
4.35m
L1
L2
2
L3
3
L3 L1
L1
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 3 (L3) PLANTA
B
B
VISTA
1.00m
0.30m
N ESCALA 1:250
detalhe 1
A
ESCALA 1:250
detalhe 2
detalhe 3
ESCALA 1:250
0.00
ESCALA 1:250
6.50m
RAMPA 0.50m
6.00m
3.50m
5.
10
1.00m
m
1.50m 17.80m
+0.15
5.20m
17.80m
5.20m
17.80m
1.50m 1.50m 1.50m 1.50m
0.50m 0.50m 8.70m
DETALHE VEGETAÇÃO - ÁRVORE DE MÉDIO PORTE ESCALA 1:100 PLANTA
VISTA
CORTE A-A
ESCALA 1:250
8.00m
CORTE B-B
ESCALA 1:250
6.00m
49
MOBILIÁRIO URBANO . APRESENTAÇÃO O mobiliário foi especialmente escolhido para que a identidade visual do percurso se completasse. O desenho dos mobiliários, assim como o desenho do percuso, transmitem a sensação de sentido e fluidez. Suas funcionalidades e possibilidades de uso possibilitam a criação de ambientes dinâmicos e interessantes para o usuário.
1
1
2
3
MESA DE PIQUINIQUE + GUARDA SOL
4
5
6
7
2
LIXEIRA
8
50
3
ILUMINAÇÃO TIPO 2
5
ILUMINAÇÃO TIPO 2
4
ILUMINAÇÃO TIPO 1
6
BANCO TIPO 1
51
7
BANCO TIPO 2
8
BANCO TIPO 3
52
costura urbana . implantação +1.00 +2.00 +3.00 +4.00
+5.00
+16.00
+15.00 +14.00
+6.00 +7.00 +8.00 +9.00 +10.00 +11.00
+17.00
+13.00 +12.00
+18.00
+19.00
+20.00
+21.00 +22.00 +23.00 +24.00 +25.00 +26.00 +27.00 +28.00
+29.00 +30.00
+31.00 +32.00
+33.00 +34.00
+35.00 N
0
5
10
25m
+38.00
+37.00
+36.00
53
detalhe . praça 1 0
5
10
A praça 1 divide-se em duas partes. A primeira parte é um calçadão e a segunda a praça propriamente dita. A parte do calçadão recebe várias atividades para a comunidade. Observando este uso, optou-se por interferir somente no calçadão. A praça receberia somente a adequação de piso, mobiliário e iluminação mantendo a identidade visual do projeto. Para o calçadão, após observar seus usos, criou-se uma área de apresentação com um palco. Logo em frente, uma área para assistir os espetáculos ou shows. Percebeu-se que no calçadão há comércio informal e para este foi criada uma área de barracas fixas e uma área de descanço com mesas e cadeiras. Existe também uma escola estadual de ensino fundamental. Na área diretamente na frente da escola, foi criada uma área destinada à um playground.
25m
2
1
N
0
5
10
25m
54
“plateia” palco
2
vagas de apoio
1 5
2 3
4
N
0
playground barracas fixas
5
10
25m
IMPLANTAÇÃO PRaÇA 1 DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 1 (L1)
DETALHE VEGETAÇÃO - ÁRVORE DE MÉDIO PORTE
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
PLANTA
VISTA
PLANTA
VISTA
L1 L1 1.62m
4.35m
8.00m
L1
8.00m
0.19m
l1 l2
l1
6.00m
l1 B1
l1
2 B1 l1 l2
l2
detalhe vegetação - árvore de médio porte
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
PLANTA
l2
l2
VISTA
PLANTA
B3
l1
l2
4.50m
2.18m
L1
0.19m
l2
B3
l2
VISTA
SOBE
l2
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 2 (L2)
6.00m
B2
4.00m
l2 l2 l2 B2
l2
l2
l2
DETALHE lixeira
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 3 (L3)
L1
ESCALA 1:100
L1
L1
L1
PLANTA
PLANTA
VISTA
VISTA
l2 l1
l1
l1
0.61m
l1
0.45m
1.00m
0.30m
0.88m
l1
1 SOBE
l2
DETALHE mesa de piquinique
DETALHE mesa de piquinique
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
PLANTA
+37.00
+38.00
+39.00
0.47m
2.00m
0.88m
0.52m
N ESCALA 1:250
ESCALA 1:100
VISTA
2.20m
0.47m
DETALHE 1 . BARRACAS
PLANTA
+40.00 0.80m
+36.00
+35.00
VISTA
2.20m
ELEVAÇÃO FRONTAL
PLANTA
ELEVAÇÃO LATERAL
1.00m 2.90m
3.00m
DETALHE banco 1 (B1)
detalhe banco 2 (b2)
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
1.10m
PLANTA
VISTA
PLANTA
VISTA
5.00m 1.90m
2.95m
ESCALA 1:100
0.43m
0.44m
DETALHE 2 . PALCO PLANTA
1.50m
ELEVAÇÃO FRONTAL
ELEVAÇÃO LATERAL
detalhe banco 3 (b3) ESCALA 1:100 PLANTA
4.00m 2.00m
4.00m 0.90m
2.50m
10.00m
2.50m
0.58m
2.00m
8.00m
10.00m
VISTA
55 57
detalhe . praça 2 0
5
10
25m
Para a praça 2, a proposta é criar um ambiente de descanso e relaxamento. Foram criados dois espelhos d´água que trazem tranquilidade para o ambiente. A disposição dos mobiliários tem como intuito possibilitar diversos usos, seja em uma hora de relaxamento ou em um momento de integração.
3 2
1
N
0
5
10
25m
58
VISTA 1
VISTA 2
VISTA 3
IMPLANTAÇÃO PRaÇA 2 A
+21.00
L1
L1
L1
L1 L1
L2
+22.00
L2
L1 B1
B1
B1
B1
B1
B1
B1
B1
L1 B3
L1
+23.00
B3
B3
B1
B1
L1
L1
B3
B3
B1
B1 L2
B
L1
B3
L1
L2
B2
B
B2 L1
L1
L1
L1
+24.00
A
N
ESCALA 1:250
PLANTA
VISTA
DETALHE lixeira
DETALHE banco 1 (B1)
detalhe banco 2 (b2)
detalhe banco 3 (b3)
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
PLANTA
PLANTA
VISTA
PLANTA
VISTA
4.00m 2.00m
0.43m
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 3 (L3) 4.35m
VISTA
4.50m
8.00m
0.19m
PLANTA
0.44m
2.95m
2.18m 0.19m
VISTA
0.88m
0.61m 0.45m
1.62m
PLANTA
VISTA
PLANTA
0.30m
VISTA
DETALHE VEGETAÇÃO - ÁRVORE DE MÉDIO PORTE
detalhe vegetação - árvore de médio porte
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
PLANTA
VISTA
PLANTA
VISTA
1.00m
CORTE A-A
ESCALA 1:250 6.00m
8.00m 4.00m 6.00m
CORTE B-B
ESCALA 1:250
0.58m
ESCALA 1:100
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 2 (L2)
1.90m
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 1 (L1)
61
detalhe . HORTA E POMAR URBANOS
0
5
10
Após a analise do entorno, percebeu-se que a área é predominantemente residencial, e conta com um colégio estadual. Para atender os moradores e os estudantes, surge a proposta de uma horta e pomar urbanos. Este equipamento tem com intuito ajudar na formação das crianças e adolescentes, assim como a integração entre os moradores da região. A escola ocupa quase todo quarteirão. Os muros da escola foram retirados, permitindo que os habitantes possam fazer uso de seus equipamentos de esporte; uma quadra poliesportiva e um campo de futebol socity. A retirada do muro também criou espaço para a criação da horta e pomar. A sede da guarda civil municial, que encontava-se no outro lado da rua, foi remanejada para esta área Para a sede da guarda civil, é proposto o uso de cotainer por seu uma material de grande durabilidade, além de ajudar na economia de recursos naturais. Este equipamento visa a eduação ambiental e a conciência sobre a natureza, assim como a criação de laços sociais, já que os produtos resultantes serão divididos pela comunidade.
25m
N
5
4
1
2 6
3 2 1
N 0
10
50
100m
62
VISTA 1
VISTA 2
VISTA 3
VISTA 4
VISTA 5
VISTA 6
IMPLANTAÇÃO HORTA E POMAR URBANO DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 1 (L1) ESCALA 1:100 PLANTA
VISTA
A
+23.00 L1
1.62m 8.00m
0.19m
4.35m
L1
+24.00
L1
L1 L2 L2 L2
L2
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 2 (L2) ESCALA 1:100
L2
PLANTA
L2
L1
VISTA
L2
L2
4.50m
2.18m 0.19m
B
B L2
L2
+25.00
L1
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 3 (L3) L2
L2
L2
L2
PLANTA
L2
L2
L2
+26.00
ESCALA 1:100
A
DETALHE banco 1 (B1)
ESCALA 1:250
PLANTA
ESCALA 1:100 PLANTA
1.00m
0.30m
detalhe vegetação - árvore de médio porte
N ESCALA 1:250
CORTE A-A
VISTA
VISTA
VISTA
0.44m 6.00m
2.95m
CORTE B-B
ESCALA 1:250 4.00m
DETALHE lixeira ESCALA 1:100 PLANTA
VISTA
DETALHE VEGETAÇÃO - ÁRVORE DE MÉDIO PORTE
0.61m 0.45m
0.88m
ESCALA 1:100 PLANTA
VISTA
DETALHE . CANTEIRO DE PLANTIO ESCALA 1:100
DETALHE mesa de piquinique ESCALA 1:100 PLANTA
VISTA
2.00m
0.47m
0.50m
0.88m 0.47m
13.65m
VISTA
8.00m
PLANTA
0.80m
0.52m 6.00m
65
detalhe . FOOD PARK 0
5
10
25m
A proposta deste equipamento é servir de apoio para os outros equipamentos. Como já dito anteriormente, a área do projeto é predominantemente residencial. Levando em consideração que esta área é próxima ao centro cívico, que abriga equipamentos de lazer e cultura, o food park atendria as necessidades do mesmo, servindo de apoio para alimentação. Além de atender à área, o food park tem o potencial de trazer pessoas para a área, tornando-a mais convidativa aos cidadãos que não moram nas proximidades.
3
1
2
N 0
5
10
25m
66
vista 1
vista 2
vista 3
IMPLANTAÇÃO FOOD PARK
+19.00
A
L1 L1
L1
L1
+20.00
L1 L1
L1 L1
SOBE
L1
L1
L1
B
B L1 L2
L1
L1
L2
L1
L2
+21.00
L2 L1
+22.00
L1
A
N ESCALA 1:250
DETALHE banco 1 (B1)
DETALHE mesa de piquinique
DETALHE mesa de piquinique
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100
PLANTA
VISTA
PLANTA
0.44m
DETALHE VEGETAÇÃO - ÁRVORE DE MÉDIO PORTE
PLANTA
VISTA
VISTA
PLANTA
25m VISTA
0.47m
2.00m
2.20m
5 10 ESCALA 1:100
0.88m
2.95m
0.80m
0.52m
0.47m
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 2 (L2)
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 1 (L1)
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 3 (L3)
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100 PLANTA
8.00m
2.20m
VISTA
DETALHE lixeira ESCALA 1:100
PLANTA
PLANTA
VISTA
VISTA
PLANTA
VISTA
6.00m
0.61m 0.30m
8.00m
0.19m
0.19m
0.88m
4.50m
2.18m
1.62m
0.45m
1.00m
detalhe vegetação - árvore de médio porte ESCALA 1:100
4.35m
PLANTA
VISTA
DETALHE . BANHEIRO
1.30
2.00
1.15 1.15
2.50 11.70m
CORTE B-B
ESCALA 1:250
0.70
1.00
1.15 1.15
2.00
0.70
3.50
2.00
0.70
6.00m
0.70
2.00
3.60m
1.00
1.30
ESCALA 1:250
1.00
CORTE A-A
1.00
ESCALA 1:100
4.00m
69
detalhe . CENTRO CÍVICO
0
5
10
25m
A ideia para o centro cívico é a união com a ideintidade visual do projeto. Muitas das edificações foram reformadas recentemente, e atendem à Norma ABNT 9050. A partir da cor e do mobiliário, esta área se entegra com o restante do projeto. No centtro cívico encontra-se o edifício com maior potencial turístico da cidade, o meuseu de paleontologia. No entanto, seu programa encontra-se na edificação com acesso diícil. A partir disso, propõe-se a troca de programas das edificações, transferindo o museu para aonde localiza-se a biblioteca municipal.
N
N 0
5
10
25m
70
MUSEU
BIBLIOTECA
N 0
5
10
25m
IMPLANTAÇÃO CENTRO CÍVICO DETALHE VEGETAÇÃO - ÁRVORE DE MÉDIO PORTE
DETALHE lixeira
ESCALA 1:100
ESCALA 1:100 PLANTA
PLANTA
VISTA
VISTA
0.61m 0.45m
0.88m
8.00m
DETALHE banco 1 (B1) ESCALA 1:100 PLANTA
VISTA
0.44m
B1
6.00m
2.95m
L1
L2
L1
PLANTA
L1
SOBE
L2
L2
B1
L2
VISTA
detalhe banco 3 (b3)
6.00m
L1
PLANTA
0.43m
L1
B1
L1
L1
detalhe vegetação - árvore de médio porte ESCALA 1:100
L1
SOBE
VISTA
ESCALA 1:100
SOBE
L1
SOBE
L1
SOBE
L1
PLANTA
VISTA
4.00m
4.00m L3
L2 2.00m
L2
L1
0.58m
B3
B1
ESCALA 1:100
1.90m
B3
detalhe banco 2 (b2)
L1
B1
L1 B1
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 1 (L1)
L2
L1
ESCALA 1:100
L1
L1
PLANTA
VISTA
L1
L1 B2
B1 B1
L1
L1
1.62m
L1
8.00m
0.19m
B2
L1
4.35m
L1 L1 B1 B1
L1
L1
L1
L1
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 2 (L2) ESCALA 1:100 PLANTA
B3
L1
VISTA
L2 L1
4.50m
2.18m
L1
0.19m
DETALHE ILUMINAÇÃO TIP0 3 (L3) L1 PLANTA
0.30m L1
+3.00
+4.00
+5.00
+6.00
+7.00
+8.00
+9.00
+10.00
+11.00
+12.00
+13.00
+14.00
+15.00
+16.00
+17.00
+18.00
N ESCALA 1:250
VISTA
1.00m
73
bibliografia SERTI, José L. (1955), El Corazón de la Ciudad: por una vida más humana de la comunidad. 2a edição, Barcelona, Hoepli, S. L. DIAS, Fabiano. (2005), “O desafio do espaço público nas cidades do século XXI” Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.061/453 Acessado em : 24/03/2016 FILHO, Raphael David dos Santos. (2004), “ Espaço urbano contemporâneo: As recentes transformações no espaço público e suas consequências” Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.055/519 Acessado em : 24/03/2016 SCOCUGLIA, Jovanka Baracuhy Cavalcanti. (2004), “Sociabilidades e usos contemporâneos do patrimônio cultural” Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.051/560 Acessado em : 24/03/2016 GUIMARÃES, Cristiana Maria de Oliveira. (2007), “Espaços públicos ou espaços para o público?” Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.090/193 Acessado em : 24/03/2016 ArchDaily. (2013), O espaço público, esse protagonista da cidade Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-162164/o-espaco-publico-esse-protagonista-da-cidade Acessado em : 11/05/2016 ArchDaily. (2014), The Goods Line: O novo centro urbano de Sydney Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/601847/the-goods-line-project-o-novo-centro-urbano-de-sydney Acessado em : 11/05/2016 ArchDaily. (2015), 6 exemplos de espaços compartilhados bem sucedidos Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/765614/6-cidades-com-espacos-compartilhados-bem-sucedidos Acessado em : 24/05/2016 ArchDaily. (2015), Antes/Depois: 30 fotos que mostram que é possível projetar para os pedestres Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/772541/antes-depois-30-fotos-que-mostram-que-e-possivel-projetar-para-os-pedestres Acessado em : 24/05/2016 ArchDaily. (2014), Chicago criará seu primeiro “ Espaço Compartilhado” sem sinais de trânsito Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/758815/chicago-criara-seu-primeiro-espaco-compartilhado-sem-sinais-de-transito Acessado em : 24/05/2016 ArchDaily. (2012), “Espaço Compartilhado”: cidades sem sinal de trênsito Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-40165/espaco-compartilhado-cidades-sem-sinais-de-transito Acessado em : 24/05/2016 ArchDaily. (2015), Dérive Lab disponibiliza gratuitamente seu primeiro manual de ruas compartilhadas Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/779154/primeiro-manual-de-ruas-compartilhadas-download-gratuito#_=_ Acessado em : 24/05/2016
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