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EZEQUIEL Introdução 11No trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, quando me encontrava entre os exilados, junto ao rio Cobar, eis que os céus se abriram e tive visões de Deus. 2 No quinto dia do mês — isto é, no quinto ano do exílio do rei Joaquin — 3veio a palavra de Iahweh ao sacerdote Ezequiel, filho de Buzi, na terra dos caldeus, junto ao rio Cobar. Ali pousou sobre ele a mão de Iahweh. Visão do "carro de Iahweh" — 4Eu olhei: havia um vento tempestuoso que soprava do norte, uma grande nuvem e um fogo chamejante; em torno, de uma grande claridade e no centro algo que parecia electro, no meio do fogo. 5No centro, algo com forma semelhante a quatro animais, mas cuja aparência fazia lembrar uma forma humana. 6 Cada qual tinha quatro faces e quatro asas. 7As suas pernas eram retas e o seus cascos como cascos de novilho, mas luzentes, lembrando o brilho do latão polido. 8Sob as suas asas havia mãos humanas voltadas para as quatro direções, como as faces e as asas dos quatro. 9As asas se tocavam entre si; eles não se voltavam ao caminharem; antes, todos caminhavam para a frente; 10quanto às suas faces, tinham forma semelhante à de um homem, mas os quatro apresentavam face de leão do lado direito e todos os quatro apresentavam face de touro do lado esquerdo. Ademais, todos os quatro tinham face de águia. 11As suas asas abriam-se para cima. Cada qual tinha duas asas que se tocavam e duas que cobriam o corpo; 12todos moviam-se diretamente para frente, seguindo a direção em que o espírito os conduzia; enquanto se moviam, nunca se voltavam para o lado. 13No meio dos animais havia algo como brasas ardentes, com a aparência de tochas, que se movia por entre os animais. O fogo era brilhante e do fogo saíam relâmpagos. 14Os animais iam e vinham à semelhança de um relâmpago. 15Olhei para os animais e eis que junto aos animais de quatro faces havia, no chão, uma roda. 16O aspecto das rodas e a sua estrutura tinham o brilho do Crisólito. Todas as quatro eram semelhantes entre si. Quanto ao seu aspecto e à sua estrutura, davam a impressão de que uma roda estava no meio da outra. 17Moviam-se nas quatro direções e ao se moverem, nunca se voltavam para os lados. 18A sua circunferência era alta e formidável, e sua circunferência estava cheia de reflexos em torno, isso em todas as quatro rodas. 19 Quando os animais se moviam, as rodas se moviam junto com eles; quando os animais se levantavam do chão, as rodas se levantavam com eles. 20As rodas se moviam na direção em que o espírito as conduzia e se levantavam com ele, porque o espírito do animal estava nas rodas. 21Ao se moverem eles, elas se moviam; ao pararem, elas paravam; ao se levantarem do chão, também as rodas se levantavam com eles, pois o espírito do animal estava nas rodas. 22Sobre as cabeças do animal havia algo que parecia uma abóbada, brilhante como o cristal, estendido sobre as suas cabeças, por cima delas. 23 Sob a abóbada, as suas asas ficavam voltadas uma em direção à outra e cada um tinha duas que lhe cobriam o corpo. 24Eu ouvia o ruído de suas asas, semelhante ao ruído de grandes águas, semelhante à voz de Shaddai; quando se moviam, havia um ruído como de uma tempestade, como de um acampamento; quando paravam, abaixavam as asas. 25 Houve um ruído. 26Por cima da abóbada que ficava sobre suas cabeças havia algo que tinha aparência de uma pedra de safira em forma de trono, e sobre esta forma de trono, bem no alto, havia um ser com aparência humana. 27Vi um brilho como de electro, uma aparência como de fogo junto dele, e em redor dele, a partir do que pareciam ser os quadris e daí para cima; a partir do que pareciam ser os quadris e daí para baixo, vi algo que tinha a aparência de fogo e um brilho em torno dele; 28a aparência desse brilho, ao redor, era como a aparência do arco que, em dia de chuva, se vê nas nuvens. Era algo


semelhante à Glória de Iahweh. Ao vê-la, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de alguém que falava comigo. 2 Visão do livro — 1Ele me disse: "Filho do homem, põe-te de pé que vou falar contigo". 2Enquanto falava, entrou em mim o espírito e me pôs de pé. Então ouvi aquele que falava comigo. 3Com efeito, ele me disse: "Filho do homem, vou enviar-te aos filhos de Israel, a esses rebeldes1que se rebelaram contra mim. Sim, eles e os seus pais se revoltaram contra mim até o dia de hoje. 4Os filhos são insolentes e de coração empedernido. Envio-te a eles para que lhes digas: 'Assim diz o Senhor Iahweh': 5Quer escutem, quer deixem de escutar — com efeito, são uma casa de rebeldes —, saberão, ao menos, que um profeta esteve com eles. 6Quanto a ti, filho do homem, não tenhas medo deles nem das suas palavras. Não tenhas medo porque eles se opõem a ti e te menosprezam ou porque estás sentado sobre escorpiões. Não tenhas medo das suas palavras, nem fiques apavorado com o seu olhar, pois são uma casa de rebeldes. 7 Transmitir-lhes-ás as minhas palavras, quer escutem, quer não escutem, pois são uma casa de rebeldes. 8Tu, filho do homem, ouve o que te digo, não sejas rebelde como esta casa de rebeldes. Abre a boca e come o que te estou dando". 9Olhei e eis uma mão que se estendia para mim e nela um volume enrolado. 10Ele abriu-o na minha presença. Estava escrito no verso e no reverso. Nele estava escrito: "Lamentações, gemidos e prantos". 3 1Então disse-me: "Filho do homem, come o que tens diante de ti, come este rolo e vai falar com a casa de Israel". 2Abri a boca e ele me deu o rolo para comer. 3Em seguida, disse-me: "Filho do homem, ingere este rolo que te estou dando e sacia-te com ele". Eu o comi. Na boca parecia-me doce como o mel. 4Então me disse: "Filho do homem, dirige-te à casa de Israel e transmite-lhe as minhas palavras. 5Não é a um povo de falar ininteligível ou de língua difícil que és enviado, mas à casa de Israel, 6não a uma porção de povos de falar ininteligível ou de língua difícil, cujas palavras não entenderias — se te enviasse a estes, eles te escutariam —, 7mas a casa de Israel não quer escutar-te, porque não quer escutar a mim. Com efeito, toda a casa de Israel tem a nuca inflexível e o coração empedernido. 8Mas eu tornarei a tua face tão inflexível como a deles e a tua fronte tão inflexível como a sua. 9Farei a tua fronte semelhante ao diamante que é mais duro do que uma rocha. Não tenhas medo deles, nem te apavores diante deles, pois são uma casa de rebeldes". 10Em seguida disse-me: "Filho do homem, tudo quanto eu te disser, recolhe-o no teu coração, ouve-o com toda atenção, 11e dirige-te aos exilados, aos filhos do teu povo e lhes dirás: 'Assim diz o Senhor Iahweh', quer ouçam, quer deixem de ouvir." 12O espírito ergueu-me, enquanto eu ouvia um ruído, um ribombar tremendo atrás de mim, o qual dizia: "Bendita seja a Glória de Iahweh desde a sua morada!" 13Era o ruído das asas dos animais que se tocavam umas nas outras e o ruído das rodas que ficavam ao lado deles, o ruído de um ribombar tremendo. 14O espírito ergueu-me e me levou; eu fui, mas amargurado, com o espírito em fogo, enquanto a mão de Iahweh pesava sobre mim. 15Cheguei aos exilados de Tel Abib, que habitavam junto ao rio Cobar — era aí que eles estavam — e demorei ali por sete dias, consternado, no meio deles. O profeta como espia — 16Ora, no fim dos sete dias, a palavra de Iahweh foi-me dirigida nestes termos: 17"Filho do homem, eu te constituí atalaia para a casa de Israel. Quando ouvires uma palavra da minha boca, adverti-los-ás de minha parte. 18Se digo ao ímpio: 'Tu hás de morrer' e tu não o advertires, se não lhe falares a fim de desviá-lo do seu caminho mau, para que viva, ele morrerá, mas o seu sangue, requerê-lo-ei da tua


mão. 19Por outro lado, se tu advertires o ímpio, mas ele não se arrepender do seu caminho mau, morrerá na sua iniqüidade, mas tu terás salvo a tua vida. 20Também se o justo se afastar da sua justiça, praticando a injustiça, e eu puser um tropeço diante dele e ele vier a morrer, porque não o advertiste, morrerá certamente em virtude do seu pecado e a justiça que praticou antes já não será lembrada, mas o seu sangue eu o requererei da tua mão. 21Por fim, se tu advertiste o justo para que não pecasse e ele não pecou, viverá porque deu ouvidos à advertência e tu terás salvo a tua Vida." I. Antes do cerco de Jerusalém Ezequiel privado da palavra — 22Ali mesmo veio sobre mim a mão de Iahweh, e ele me disse: "Levanta-te, vai para o vale e ali falarei contigo". 23Levantei-me e saí para o vale e eis que ali estava a Glória de Iahweh semelhante à Glória que eu vira junto ao rio Cobar. Prostrei-me com o rosto em terra. 24Então o espírito entrou em mim e me pôs de pé; falou-me e disse: "Vai, tranca-te em tua casa, 25porque a ti te imporão cordas, filho do homem, e te atarão, de modo que não possas sair para o meio deles. 26Pregarei a tua língua ao teu palato, ficarás mudo e não poderás servir-lhes de repreensão, pois são uma casa de rebeldes. 27Mas, quando eu falar contigo e abrir a tua boca, então lhes dirás: Assim diz o Senhor Iahweh: Quem quiser ouvir ouça, mas quem não quiser ouvir não ouça, pois são uma casa de rebeldes". 4 Anúncio do cerco de Jerusalém — 1Mas tu, filho do homem, toma um tijolo, colocao na tua frente e grava nele uma cidade, a saber, Jerusalém. 2Põe cerco a ela, constrói contra ela trincheiras, levanta um aterro, forma um acampamento e rodeia-a de aríetes. 3 Em seguida, toma uma panela de ferro, fazendo dela uma muralha de ferro entre ti e a cidade. Depois, fixa o teu olhar sobre ela e ela ficará cercada. Com efeito, tu a terás cercado. Isto será um sinal para a casa de Israel. 4Deita-te sobre o teu lado esquerdo e toma sobre ti a culpa da casa de Israel. Levarás a culpa de Israel durante todos os dias em que ficares deitado sobre o teu lado. 5Eu mesmo indiquei os anos da sua culpa, de acordo com os dias — isto é, trezentos e noventa dias — em que levarás a culpa da casa de Israel. 6Ao terminá-los, tornarás a deitar-te, mas agora sobre o lado direito, levando a culpa da casa de Judá por quarenta dias, como te indiquei, isto é, um dia para cada ano. 7 Em seguida fixa o teu olhar sobre o cerco de Jerusalém; erguerás o teu braço descoberto e profetizarás contra ela. 8Eis que te atei com cordas, de modo que não possas voltar-te de um lado para outro até cumprires os dias da tua reclusão. Toma, pois, trigo, cevada, favas, lentilhas, painço e espelta: põe-nos todos em uma mesma vasilha e faze-te pães com eles, de acordo com o número de dias em que houveres de estar deitado sobre o teu lado e os comerás durante os trezentos e noventa dias. 10A porção que deverás comer cada dia terá o peso de vinte siclos. Tomá-la-ás em várias porções por dia. 11Mede também a água que deves beber, isto é, beberás um sexto de um hin, de tempo em tempo. 12Este alimento tu o comerás sob a forma de pães de cevada, assados à vista deles com excrementos humanos secos. 13E Iahweh acrescentou: "É assim que os filhos de Israel comerão o seu pão impuro entre as nações pelas quais vou espalhá-los". 14Então eu disse: "Ah!, Senhor Iahweh, a minha alma não é impura. Desde a minha infância até agora não comi animal morto por acaso ou despedaçado por uma fera, nem jamais carne avariada entrou na minha boca". 15Ao que me respondeu: "Está bem, dar-te-ei excremento de boi em lugar de excremento humano e cozerás os teus pães com eles". 16Em seguida, disse-me: "Filho do homem, eis que vou acabar com a reserva do pão em Jerusalém; o povo comerá com angústia o pão minguado e beberá


apavorado a sua água medida. 17Com efeito, o pão e a água faltarão; todos ficarão pasmados na presença uns dos outros e definharão em virtude da sua culpa". 51E tu, filho do homem, toma uma espada afiada, usa-a como navalha de barbeiro, passando-a na cabeça e na barba. Em seguida, toma uma balança e reparte os pêlos assim cortados. 2Destes queimarás um terço dentro da cidade, quando se cumprirem os dias do seu cerco. Outro terço tomarás e o ferirás à espada em torno da cidade. Quanto ao último terço, espalhá-lo-ás ao vento, e eu desembainharei a espada atrás deles.3Ainda, deles tirarás alguns, que atarás à aba da tua veste. 4Dentre esses últimos tirarás ainda uns poucos, que atirarás ao fogo para queimá-los. É daí que sairá um fogo, que atingirá toda a casa de Israel. 5Assim diz o Senhor Iahweh: foi esta a Jerusalém que coloquei no meio dos povos e em torno dela, as nações. 6Mas ela se rebelou contra as minhas normas, com uma perversidade maior do que os outros povos, e contra os meus estatutos, mais do que as nações que estão em torno dela. Com efeito, os seus habitantes rejeitaram as minhas normas e não andaram nos meus estatutos. 7Eis por que, assim diz o Senhor Iahweh, visto ser o vosso tumulto pior do que o dos povos que vos cercam, visto não andardes nos meus estatutos e não observardes as minhas normas, nem mesmo observardes as normas dos povos que vos cercam, 8eis o que diz o Senhor Iahweh: Também eu me ponho contra ti; executarei os meus julgamentos no meio de ti, aos olhos das nações. 9Farei no meio de ti o que nunca fiz e como não tornarei a fazer, isto por causa de todas as tuas abominações. 10Por esta razão os pais devorarão os filhos, no meio de ti, e os filhos devorarão os pais. Assim executarei contra ti os meus julgamentos e espalharei para todos os ventos o que restar de ti. 11Eis porque — por minha vida, oráculo do Senhor Iahweh — visto que profanaste o meu santuário com todos os ritos detestáveis e com todas as abominações, também eu te rejeitarei; também eu não te pouparei. 12A terça parte dos teus habitantes morrerá pela peste e perecerá de fome no meio de ti; outra terça parte cairá à espada em torno de ti; finalmente, a outra terça parte a espalharei a todos os ventos e desembainharei a espada atrás deles. 13Assim se cumprirá a minha ira, saciarei a minha cólera neles e ficarei satisfeito. Então saberão que eu, Iahweh, falei no meu zelo, cumprindo a minha ira contra eles. 14Reduzir-te-ei a uma ruína, a um objeto de ludíbrio entre as nações que te cercam, aos olhos de todos os que passam. 15Sim, serás objeto de ludíbrio e de insultos, uma advertência e um motivo de horror para as nações que te cercam, ao cumprir eu em ti os meus julgamentos, com cólera e com ira, e com castigos terríveis. Eu, Iahweh, o disse. 16Atirando contra eles as flechas malignas da fome — com efeito, atirá-las-ei para a vossa destruição e acrescentarei ainda a fome —, reduzirei a vossa ração de pão. 17Sim, atirarei a fome e animais ferozes que vos desfilharão; a peste e o sangue passarão pelo meio de ti; trarei a espada contra ti. Eu, Iahweh, o disse. 6 Contra os montes de Israel — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2 Filho do homem, volta a tua face para os montes de Israel e profetiza contra eles. 3Dirlhes-ás: Montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor Iahweh. Eis o que diz o Senhor Iahweh aos montes, às colinas, às ravinas e aos vales: Eu estou para trazer contra vós a espada para destruir os vossos lugares altos. 4Os vossos altares ficarão devastados, os vossos altares de incenso serão despedaçados: farei cair os vossos trespassados perante os vossos ídolos imundos, 5porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos imundos e espalharei os seus ossos ao redor dos seus altares. 6Em todos os lugares onde habitais, as cidades serão arrasadas e os lugares altos ficarão desertos, a fim de que os vossos altares sejam destruídos e fiquem desertos, e os vossos ídolos imundos sejam despedaçados e desapareçam, e os vossos altares de incenso sejam reduzidos a pedaços


e as vossas ações aniquiladas. 7Muitos dentre vós cairão trespassados e sabereis que eu sou Iahweh. 8Mas para que entre vós haja sobreviventes da espada no meio das nações, espalhados em meio às nações, deixar-vos-ei um resto. 9Então os vossos sobreviventes no meio das nações por onde tiverem sido levados cativos — quando eu tiver quebrado o seu coração prostituído que me abandonara, e os seus olhos prostituídos com ídolos imundos — se lembrarão de mim. Sentirão asco de si mesmos pelo mal que fizeram, por todas as suas abominações. 10Saberão então que eu sou Iahweh e que não foi em vão que lhes falei que havia de infligir-lhes todo este mal. Os pecados de Israel — 11Assim diz o Senhor Iahweh: Bate as mãos, pateia com os pés, lamenta todas as abominações da casa de Israel, a qual há de cair pela espada, pela fome e pela peste! [4]Os que estão longe morrerão pela peste, enquanto os que estão perto hão de cair à espada; os que sobreviverem e forem poupados morrerão de fome. Deste modo cumprirei a minha ira contra eles. 13Ficareis sabendo que eu sou Iahweh, quando os seus trespassados forem encontrados entre os seus ídolos imundos, em torno dos seus altares, sobre toda a colina elevada, no cume de todos os montes, debaixo de toda árvore viçosa, debaixo de todo carvalho frondoso, nos lugares em que costumam oferecer o perfume destinado a apaziguar todos os seus ídolos imundos. 14Estenderei a mão contra eles e reduzirei a terra a um ermo e a uma solidão desde o deserto até Rebla, enfim, onde quer que habitem, e saberão que eu sou Iahweh. 7 O fim próximo — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, dize: Assim fala o Senhor Iahweh à terra de Israel: O fim chegou! O fim para os quatro cantos da terra. 3Agora chegou o teu fim: vou desencadear a minha ira contra ti e te julgarei de acordo com o teu comportamento; farei cair sobre ti as tuas abominações. 4Já não terei um olhar de compaixão para ti; não te pouparei; antes, farei cair sobre ti o teu comportamento e as tuas abominações ficarão expostas no meio de ti. Então sabereis que eu sou Iahweh. 5Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que a desgraça chegou, uma desgraça sem igual. 6Chegou o fim, chegou o fim; ele desperta contra ti, ei-lo que chega! 7Chegou a tua vez, sim, para ti, habitante da terra. O tempo está chegando, o dia está próximo. Será a ruína e não mais o júbilo nos montes. 8Agora mesmo, dentro de um instante derramarei a minha ira sobre ti e satisfarei em ti a minha cólera. Com efeito, hei de julgar-te segundo o teu comportamento, e farei vir sobre ti todas as tuas abominações. 9O meu olhar não se compadecerá; eu não pouparei, antes, pagar-te-ei de acordo com o teu comportamento. As tuas abominações serão exibidas publicamente e sabereis que eu sou Iahweh, aquele que fere. 10Eis o dia, eis que chega a tua vez; ela chegou e cresceu; o cetro floresceu, a presunção desabrochou. 11A violência cresceu até tornar-se um flagelo de maldade... 12O tempo vem, o dia se aproxima. Não vá alegrar-se o comprador, não fique desolado o vendedor, porque o furor atingirá a todos, 13porque o vendedor não voltará ao seu vendido; cada um vive no seu pecado; nenhum deles procura exercer a sua força. 14Tocam a trombeta, tudo está preparado, mas ninguém marcha para o combate, porque o meu furor atinge a todos. Os pecados de Israel — 15Por fora a espada, por dentro a peste e a fome. Aquele que estiver no campo morrerá à espada, enquanto aquele que estiver na cidade, a fome e a peste o devorarão. 16Haverá sobreviventes que escaparão para os montes, como as pombas dos vales, mas eu os farei perecer, cada um por sua falta. 17Todas as mãos se debilitarão e todos os joelhos se molharão. 18Cingir-se-ão de sacos, o sobressalto se apoderará deles. A vergonha estará em todos os rostos e a calva sobre todas as cabeças. 19 Atirarão às ruas a sua prata; o seu ouro será tratado como imundície. Com efeito, a sua


prata e o seu ouro não poderão salvá-los no dia do furor de Iahweh. Não conseguirão saciar-se; o seu ventre não se encherá, pois será uma ocasião de crise, resultante da sua iniqüidade. 20Da beleza dos seus enfeites fizeram um motivo de orgulho. Com eles fizeram as suas imagens abomináveis — objetos detestáveis! Eis por que vou reduzi-las a uma imundície. 21Entregá-las-ei às mãos dos estrangeiros, para serem saqueadas, como despojo à escória da terra, e eles as profanarão. 22Desviarei deles o meu rosto. O meu tesouro será profanado:salteadores penetrarão nele e o profanarão. 23Faze uma cadeia, pois que a terra está cheia de execuções sangrentas, a cidade está cheia de violência. 24Trarei as nações mais cruéis, que se apoderarão das suas casas. Porei fim ao orgulho dos valentes; os seus santuários serão profanados. 25Sobrevirá a angústia. Eles buscarão a paz, mas nada! 26Os desastres se sucederão; haverá boato sobre boato. Buscar-se-á uma visão de profeta, mas a lei fará falta ao sacerdote, e o conselho aos anciãos.21O rei estará de luto, o príncipe se cobrirá de desolação, as mãos do povo da terra tremerão de pavor. Agirei com eles de acordo com o seu comportamento; julgálos-ei de acordo com os seus julgamentos, e saberão que eu sou Iahweh. 8 Visão dos pecados de Jerusalém — 1Sucedeu no ano sexto, no quinto dia do sexto mês, que eu estava sentado em minha casa e os anciãos de Judá estavam sentados na minha presença, quando ali mesmo veio sobre mim a mão do Senhor. 2Olhei, e eis alguma coisa que tinha a aparência de um homem. Do que pareciam ser os seus lombos e daí para baixo era fogo; a partir dos lombos e daí para cima, algo que parecia um brilho semelhante ao electro. 3Ele estendeu o que parecia ser a forma de mão e me segurou por um tufo de cabelo. O espírito me levantou entre o céu e a terra e me trouxe a Jerusalém, em uma visão de Deus, à entrada do pórtico interior que dá para o norte, onde está colocado o ídolo do ciúme, isto é, aquele que provoca ciúme. 4Ali estava a Glória do Deus de Israel, semelhante àquilo que eu vira no vale. 5Ele me disse: "Filho do homem, ergue os teus olhos na direção do norte." Ergui os olhos na direção do norte e eis que para o norte do pórtico do altar estava o ídolo do ciúme, junto à entrada. 6 Disse-me ainda: "Filho do homem, tu vês o que estão fazendo? As monstruosas abominações que se cometem aqui a fim de afastar-me do meu santuário? Mas verás ainda outras abominações monstruosas". 7Trouxe-me então à porta do átrio. Olhando, vi um buraco na parede. 8Ele me disse: "Filho do homem, abre uma fenda na parede". Abri uma fenda e vi ali uma porta. 9Disse-me: "Entra e verás as abominações que praticam aqui". 10Entrei e fixei o olhar: havia ali toda sorte de imagens de répteis, de animais repugnantes e todos os ídolos imundos da casa de Israel gravados na parede ao redor. 11 Em pé, diante deles, estavam setenta homens, anciãos da casa de Israel, entre os quais Jezonias, filho de Safã, também em pé, cada um com o seu incensário na mão, do qual se elevava o perfume de uma nuvem de incenso. 12Disse-me: "Filho do homem, viste o que os anciãos da casa de Israel estão fazendo no escuro, cada um na sua câmara revestida de pintura? Dizem: 'Iahweh não nos vê, Iahweh abandonou a terra'." 13E acrescentou: "Tu verás abominações ainda mais graves, que eles cometem". 14 Conduziu-me então à entrada do portal do Templo de Iahweh, que dá para o norte, e eis ali as mulheres sentadas a chorar por Tamuz. 15E disse-me: "Viste, filho do homem? Mas verás abominações ainda mais graves do que estas". 16Dali conduziu-me para o átrio interior do Templo de Iahweh e eis, junto à entrada do santuário de Iahweh, entre o vestíbulo e o altar, cerca de vinte e cinco homens com as costas voltadas para o santuário de Iahweh e os seus rostos voltados para o oriente. Estavam prostrados para o oriente, diante do sol. 17Então me disse: "Por acaso reparaste, filho do homem? Por acaso é pouco para a casa de Judá cometer as abominações que ocorrem aqui? Mas eles ainda enchem a terra de violência, provocando a minha ira. Ei-los a chegar o ramo ao


nariz. 18Pois bem, também eu agirei com furor: os meus olhos não terão pena, eu não pouparei. Eles clamarão aos meus ouvidos em alta voz, mas eu não os escutarei". 9 O castigo — 1Então gritou aos meus ouvidos em alta voz: "Os flagelos da cidade se aproximam, cada um com o seu instrumento exterminador na mão". 2E eis que seis homens vinham do caminho do pórtico superior, o qual dá para o norte, cada um com a sua arma de destruição na mão. Entre eles estava um homem vestido de linho, o qual trazia um estojo de escriba na cintura. Chegaram-se e puseram-se de pé junto ao altar de bronze. 3A Glória do Deus de Israel se ergueu de sobre o querubim sobre o qual se encontrava, veio para o limiar do Templo e chamou o homem vestido de linho, que trazia na cintura o estojo de escriba, 4e Iahweh lhe disse: "Percorre a cidade, a saber, Jerusalém, e assinala com uma cruz a testa dos homens que estão gemendo e chorando por causa de todas as abominações que se fazem no meio dela". 5Ouvi que dizia aos outros: "Percorrei a cidade atrás dele e feri. Não mostreis olhar de compaixão nem poupeis a ninguém. 6Velhos, moços, virgens, crianças, mulheres, matai-os, entregai-os ao exterminador. Mas não toqueis ninguém daqueles que trouxerem o sinal da cruz. Começai pelo meu santuário". Assim, começaram pelos velhos que estavam diante do Templo. 7E disse-lhes: "Profanai o Templo, enchei o átrio de mortos e saí". Eles saíram e puseram-se a ferir pela cidade. 8Pois bem, enquanto estavam ferindo, fui deixado só. Então caí com o rosto em terra e clamei, dizendo: "Ah, Senhor Iahweh, vais destruir todo o resto de Israel, derramando o teu furor sobre Jerusalém?" 9A isto ele me disse: "A maldade da casa de Israel e de Judá é enorme; a terra está cheia de sangue e a cidade cheia de perversidade. Com efeito, eles dizem: 'Iahweh abandonou a terra, Iahweh não está vendo'. 10Eis porque também não lhes mostro olhar de compaixão nem vou poupálos. Antes farei cair sobre a sua cabeça os frutos do seu comportamento". 11Nisto, o homem vestido de linho, que trazia o estojo de escriba na cintura vinha de volta para dar contas do realizado, dizendo: "Agi de acordo com o que me ordenastes". 101Olhei e eis sobre a abóbada que estava por cima da cabeça dos querubins, sim, por cima deles surgiu algo semelhante a uma pedra de safira, que tinha a aparência de um trono. 2Disse ele então ao homem vestido de linho: "Põe-te no meio das rodas, sob o querubim, enche a mão de brasas apanhadas dentre os querubins e espalha-as por sobre a cidade". Ele assim fez sob a minha vista. 3Ora, os querubins estavam em pé do lado direito do Templo quando o homem entrou, e a nuvem enchia o átrio interior. 4A Glória de Iahweh ergueu-se de sobre o querubim, movendo-se em direção ao limiar do Templo. Ao que o Templo se encheu com a nuvem e o átrio ficou cheio do resplendor da Glória de Iahweh. 5O ruído das asas dos querubins podia ser ouvido desde o átrio exterior, como a voz de El Shaddai quando ele fala. 6Ao dar ordem ao homem vestido de linho, dizendo: "Toma fogo de entre as rodas, de entre os querubins", este foi e se postou junto às rodas. 7O querubim estendeu a mão dentre os querubins para o que ficava entre eles, tomou-o e o colocou nas mãos do homem vestido de linho. Este tomou-o e saiu. 8Então apareceu, sob as asas dos querubins, algo que tinha a forma de uma mão humana. 9Enquanto eu olhava, vi ali quatro rodas junto aos querubins, uma roda junto a cada um deles. O aspecto das rodas lembrava o brilho do Crisólito. 10As quatro tinham o mesmo aspecto, como se uma estivesse no meio da outra. 11Ao se moverem, caminhavam nas quatro direções, não se voltavam; antes, moviam-se na direção para a qual estava voltada a cabeça: não se voltavam enquanto caminhavam. 12O seu corpo todo, o dorso, as mãos, as asas, bem como as rodas, estavam cheias de olhos em torno (as quatro rodas). 13A estas rodas se deu o nome de "galgai", conforme eu entendi. 14Cada uma tinha quatro faces, a primeira era uma face de querubim; a


segunda, uma face de homem; a terceira, uma face de leão; e a quarta, uma face de águia. 15Os querubins se erguiam: eram os mesmos animais que eu vira junto ao rio Cobar. 16Quando os querubins se moviam, as rodas moviam-se ao lado deles; quando os querubins levantavam as asas para se erguerem do solo, as rodas não se afastavam de junto deles. 17Quando paravam, elas paravam; quando se erguiam, elas se erguiam com eles, porque o espírito do animal estava nelas. A Glória de Iahweh deixa o Templo — 18Em seguida a Glória de Iahweh saiu de sobre o limiar do Templo e pousou sobre os querubins. 19Os querubins levantaram as asas e se ergueram do solo, à minha vista. Ao saírem, as rodas estavam com eles. Detiveram-se junto à porta oriental do Templo de Iahweh, e a Glória do Deus de Israel pousou sobre eles. 20Este era o animal que eu vira sob o Deus de Israel, junto ao rio Cobar e conheci que eram querubins. 21Cada um tinha quatro faces e quatro asas, com formas semelhantes a mãos humanas sob as asas. 22A forma das suas faces era semelhante às que eu vira junto ao rio Cobar Cada um deles se movia na direção da sua face. 11 Ainda os pecados de Jerusalém — 1O espírito ergueu-me e trouxe- me para junto do pórtico oriental do Templo de Iahweh — aquele que dá para o oriente. Ora, ali junto da entrada do pórtico se encontravam vinte e cinco homens. Entre eles vi Jezonias, filho de Azur, e Feltias, filho de Banaías, príncipes do povo. 2Ele me disse: "Filho do homem, estes são os homens que tramam o mal e aconselham o mal nesta cidade, 3os quais dizem: 'O tempo de construir casas não está próximo! Isto aqui é uma panela e nós somos a carne'. 4Profetiza, pois, contra eles, sim, profetiza, filho do homem". 5Então o espírito de Iahweh pousou sobre mim e me disse: Fala! Eis o que diz Iahweh: É isto que andais dizendo, casa de Israel. Conheço as vossas maquinações. 6Multiplicastes os vossos mortos nesta cidade, sim, enchestes as ruas de mortos. 7Pois bem, assim fala o Senhor Iahweh: Os mortos que semeastes no seu meio são a carne e ela é a panela, mas eu vos farei sair dela. 8Tendes medo da espada? Pois é a espada que eu vou trazer sobre vós, oráculo do Senhor Iahweh. 9Eu vos farei sair dela e vos entregarei nas mãos de estrangeiros e executarei justiça contra vós. 10Caireis à espada no território de Israel; eu vos julgarei e sabereis que sou Iahweh. 11Não será esta cidade que será para vós uma panela, nem vós sereis a carne no meio dela. Antes, será no território de Israel que executarei o meu julgamento sobre vós. 12Sabereis assim que sou Iahweh, em cujos estatutos não andastes e cujas normas não observastes; antes, observastes as normas dos povos que vos cercam. 13Ora, enquanto eu estava profetizando, Feltias filho de Banaías morreu. A isto caí com o rosto em terra e clamei em alta voz, dizendo: "Ah! Senhor Iahweh, vais extinguir todo o resto de Israel?" A nova aliança prometida aos exilados — 14A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 15"Filho do homem, os moradores de Jerusalém dizem aos teus irmãos, aos teus parentes e a toda a casa de Israel: "Vós estais longe de Iahweh; foi a nós que Deus deu a terra em possessão". 16Portanto, dize: Eis o que diz o Senhor Iahweh: É verdade, afasteios para longe entre as nações, espalhei-os por terras diversas, mas, por esse pouco de tempo, tenho sido para eles um santuário, nas terras para as quais eles se mudaram. 17 Dirás, portanto: Eis o que diz o Senhor Iahweh a eles: Eu vos ajuntarei de entre os povos, reunir-vos-ei das terras, nas quais fostes espalhados e vos darei a terra de Israel. 18 Chegando aí, removerão dela todos os objetos detestáveis do culto pagão e todas as abominações. 19Dar-lhes-ei um só coração, porei no seu intimo um espírito novo: removerei do seu corpo o coração de pedra, dar-lhes-ei um coração de carne, 20a fim de que andem de acordo com os meus estatutos e guardem as minhas normas e as


cumpram. Então serão o meu povo e eu serei o seu Deus. 21Quanto àqueles cujo coração se entrega a um culto detestável e a abominações, farei cair sobre as suas cabeças o seu pecado, oráculo do Senhor Iahweh. A Glória de Iahweh deixa Jerusalém — 22Então os querubins ergueram as suas asas, enquanto com eles, ao seu lado, iam as rodas, e a Glória do Deus de Israel estava por cima, sobre eles. 23A Glória de Iahweh elevou-se de sobre a cidade e pousou em cima do monte que ficava para o oriente. 24O espírito ergueu-me e trouxe-me para junto dos caldeus, aos exilados, em uma visão enviada pelo espírito de Deus, enquanto a visão de que eu fora testemunha se retirou de mim.25Aí contei aos exilados tudo aquilo que Iahweh me mostrara. 12 A mímica do emigrante — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: Filho do homem, tu habitas no meio de uma casa de rebeldes, que têm olhos para ver, mas não vêem, têm ouvidos para ouvir, mas não ouvem. Com efeito, são uma casa de rebeldes. 3Pois bem, tu, filho do homem, arruma a tua bagagem de exilado e em pleno dia, sob os seus olhares, parte para o exílio, parte, sob os seus olhares, de um lugar para outro. Talvez, desse modo percebam que são uma casa de rebeldes. 4Arrumarás a tua bagagem como a bagagem de um exilado, em pleno dia, sob os seus olhares, e ao anoitecer sairás, sob os seus olhares como os que saem para o exílio. 5Ainda, sob os seus olhares, abrirás um buraco no muro e sairás por ele. 6Sob os seus olhares, porás a tua carga sobre os ombros e sairás quando já estiver escuro, cobrindo o teu rosto para não veres a terra, porque te ponho como sinal para a casa de Israel. 7Agi de acordo com a ordem que recebi. Tirei para fora a minha bagagem, como a bagagem de um exilado, em pleno dia, e ao anoitecer furei o muro com a mão. Em seguida, saí no escuro, pondo sobre os ombros a minha carga, sob os seus olhares. 8De manhã, me foi dirigida a palavra de Iahweh, nestes termos: 9Filho do homem, a casa de Israel, esta casa de rebeldes, não te perguntou: "Que estás fazendo aí?" 10Pois tu lhes dirás: Eis o que diz o Senhor Iahweh: Este oráculo se refere a Jerusalém e a toda a casa de Israel que reside no meio deles. 11Dize: Eu sou um sinal para vós: como fiz, assim será feito a eles; irão para o exílio, para o cativeiro. 12O príncipe que está entre eles porá sobre os ombros a sua carga, no escuro, e sairá pelo muro em que se tiver aberto um buraco para a sua saída. Ele cobrirá o rosto, a fim de não ver com os seus olhos a terra. 13Estenderei a minha rede sobre ele, de modo que seja apanhado nas minhas malhas, e o conduzirei para a Babilônia, para a terra dos caldeus, mas ele não chegará a vê-la, e morrerá ali. 14Todo o seu cortejo, a sua guarda e as suas tropas, espalhá-los-ei a todos os ventos e desembainharei atrás deles a espada. 15Saberão assim que eu sou Iahweh, quando eu os dispersar pelas nações e os espalhar por muitas terras. 16Deixarei, contudo, dentre eles certo número dos que escaparem à espada, à fome e à peste, a fim de que contem entre as nações, pelas quais se dispersarem, todas as suas abominações e elas saberão que eu sou Iahweh. 17A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 18Filho do homem, tu comerás o teu pão com tremor e beberás a tua água com inquietude e angústia. 19E dirás ao povo da terra: Assim diz o Senhor Iahweh aos habitantes de Jerusalém espalhados pela terra de Israel: Eles comerão o seu pão com angústia e beberão a sua água com pavor, a fim de que a terra e os que nela se encontrem sejam libertados da violência dos seus habitantes. 20As cidades povoadas ficarão devastadas e a terra se reduzirá a uma desolação. Então sabereis que eu sou Iahweh. 2

Provérbios populares — 21A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 22Filho do homem, que provérbio é este que repetis na terra de Israel e que diz: "Os dias vão


passando, cessa toda a visão?" 23Pois bem, dize-lhes: assim diz o Senhor Iahweh: Farei cessar este provérbio: já não o repetirão em Israel. Dize-lhes ainda: Aproximam-se os dias em que toda visão há de se cumprir. 24Com efeito, já não haverá visão vã nem presságio mentiroso na casa de Israel, 25porque eu mesmo, Iahweh, falarei: O que eu disser estará dito e se cumprirá; não tardará, porque será nos vossos dias, ó casa de rebeldes, que pronunciarei uma palavra e a cumprirei, oráculo do Senhor Iahweh. 26A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 27Filho do homem, eis que a casa de Israel está dizendo: "A visão que ele tem é para dias remotos; ele profetiza para tempos distantes". 28Pois bem, podes dizer-lhes: Assim diz o Senhor Iahweh: Nenhuma das minhas palavras demorará para se realizar. O que eu disser estará dito e será cumprido, oráculo do Senhor Iahweh. 13 Contra os falsos profetas — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel; profetiza e dize aos que profetizam segundo o seu próprio coração: Ouvi a palavra de Iahweh: 3Assim fala o Senhor Iahweh: Ai dos profetas insensatos, que andam segundo o seu próprio espírito e nada vêem. 4Os teus profetas, ó Israel, são como raposas no meio de ruínas. 5Não subistes às brechas, não construístes uma muralha, a fim de que a nação de Israel pudesse resistir na guerra, no dia de Iahweh. 6Têm visões vãs e um presságio mentiroso aqueles que dizem: "Oráculo de Iahweh", quando Iahweh não os enviou e, no entanto, esperam que a sua palavra se confirme! 7Não é assim que tendes visões vãs e fazeis presságios mentirosos, ao dizerdes: "Oráculo de Iahweh", apesar de eu não vos ter falado? 8Pois bem, assim diz o Senhor Iahweh: Por causa das vossas palavras vãs e das vossas visões mentirosas, certamente estou contra vós, oráculo do Senhor Iahweh. 9 Estenderei a minha mão contra os profetas que têm visões vãs e presságios mentirosos: Eles não serão admitidos no conselho do meu povo, nem serão inscritos no livro da casa de Israel, nem voltarão à terra de Israel, e sabereis que eu sou o Senhor Iahweh. 10Com efeito, eles desencaminham o meu povo, ao dizerem: "Paz" e não há paz. Enquanto ele constrói uma parede, ei-los a rebocá-la com argamassa. 11Dize aos que rebocam com argamassa: Basta que haja uma chuva torrencial, que caia uma chuva de pedra, que se desencadeie um vento tempestuoso, 12e o muro irá ao chão! Porventura não vos dirão: "Onde está a argamassa com que rebocastes?" 13Pois bem, assim diz o Senhor Iahweh: Eu farei desencadear um vento tempestuoso; uma chuva torrencial sobrevirá em virtude da minha ira, e uma chuva de pedra em minha fúria devastadora. 14Arrasarei o muro que rebocastes de argamassa e o porei à terra. Os seus alicerces ficarão à vista. Ele cairá e vós perecereis debaixo dele e sabereis que eu sou Iahweh. 15Quando eu tiver saciado a minha ira no muro e nos que o rebocaram de argamassa, então vos direi: "O muro já não existe, nem aqueles que o rebocaram", 16isto é, os profetas de Israel que profetizam a respeito de Jerusalém, tendo visões de paz sobre ela, quando não há paz, oráculo do Senhor Iahweh. 2

As falsas profetisas — 17Agora, filho do homem, volta-te contra as filhas do teu povo que profetizam segundo o seu próprio coração. Profetiza contra elas, 18dizendo: Assim diz o Senhor Iahweh: Ai das que cosem faixas em todos os punhos e fabricam véus para a cabeça de pessoas de toda estatura, a fim de seduzir almas! Seduzis as almas do meu povo, mas não conseguis assegurar a vida das vossas próprias almas? 19Vós me profanais perante o meu povo por um punhado de cevada, por alguns pedaços de pão, entregando à morte almas que não devem morrer e poupando a vida aos que não devem viver, com as vossas mentiras dirigidas ao meu povo que dá ouvidos à mentira. 20Pois bem, assim diz o Senhor Iahweh: Eis que vou tomar as faixas com que seduzis as almas


como pássaros e arrancá-las-ei de sobre os vossos braços e soltarei as almas que seduzistes como pássaros. 21Rasgarei os vossos véus e libertarei o meu povo de vossas mãos para que não torne a ser uma presa nas vossas mãos e sabereis que eu sou Iahweh. 22 Por terdes intimidado o coração do justo com mentiras, quando eu não o afligi, e por terdes fortalecido as mãos do ímpio, para que ele não se tivesse voltado do seu mau caminho a fim de buscar a vida, 23por tudo isso não continuareis a ter visões vãs, nem a fazer presságios. Antes, libertarei o meu povo das vossas mãos e sabereis que eu sou Iahweh. 14 Contra a idolatria — 1Alguns anciãos de Israel vieram ter comigo e puseram-se sentados na minha presença. 2A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 3Filho do homem, estes homens deram um lugar de honra no seu coração aos seus ídolos imundos e puseram diante deles o tropeço da sua iniqüidade. Hei de permitir ainda que me consultem? 4Antes, fala com eles e dize-lhes: Assim diz o Senhor Iahweh: Toda vez que um homem da casa de Israel que der um lugar de honra no Seu coração aos seus ídolos imundos e puser diante de si o tropeço da sua iniqüidade vier procurar o profeta, serei eu mesmo, Iahweh, que lhe responderei, por causa dos seus muitos ídolos imundos, 5a fim de apoderar-me do coração da casa de Israel, a qual se alienou de mim por causa de todos os seus ídolos imundos. 6Portanto, dize à casa de Israel: Assim diz o Senhor Iahweh: Voltai, desviai-vos dos vossos ídolos imundos, desviai os vossos rostos de todas as vossas abominações, 7porque a todo o homem da casa de Israel ou dentre os estrangeiros que vivem em Israel, que se afastar de mim, dando um lugar de honra no seu coração aos seus ídolos imundos, e pondo diante da sua face o tropeço da sua iniqüidade, e que vier ao profeta para me consultar, serei eu, Iahweh, que lhe responderei. 8Porei o meu rosto contra esse homem, farei dele um sinal e um provérbio, riscando-o do seio do meu povo, e sabereis que eu sou Iahweh. 9E se o profeta se deixar seduzir e pronunciar uma palavra, eu, Iahweh, seduzirei esse profeta e estenderei a minha mão contra ele, exterminando-o do seio do meu povo, Israel. 10Ambos levarão sobre si a sua iniqüidade. Como será a iniqüidade do consultante, tal será a iniqüidade do profeta. 11Deste modo a casa de Israel não tornará a desviar-se de mim, nem se contaminará mais com todas as suas transgressões. Serão então o meu povo e eu serei o seu Deus, oráculo do Senhor Iahweh. Responsabilidade pessoal — 12A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 13 Filho do homem, se uma terra pecar contra mim, agindo com in- fidelidade, e eu estender a minha mão contra ela para destruir a sua ração de pão, trazendo sobre ela a fome, exterminando dela homens e animais, 14ainda que estejam ali estes três homens, a saber, Noé, Danei e Jó, eles, em virtude de sua justiça, salvarão as suas almas, oráculo de Iahweh. 15Mas, se eu soltasse na terra animais ferozes, e a privasse dos seus filhos e ela se reduzisse a uma solidão, não havendo ninguém que pudesse passar por ela, por causa dos animais ferozes, 16e esses três homens se encontrassem nela, por minha vida — oráculo do Senhor Iahweh — certamente eles não conseguiriam salvar os seus filhos e as suas filhas. Antes, só eles seriam salvos, enquanto a terra seria reduzida a uma solidão. 17Se eu trouxesse a espada contra esta terra e dissesse: "Uma espada há de atingir a terra e com ela hei de ferir homens e animais", 18e esses três homens estivessem nela, por minha vida — oráculo do Senhor Iahweh — eles não conseguiriam salvar nem os seus filhos nem as suas filhas; antes, só eles seriam salvos. 19Ou ainda, caso eu enviasse uma peste a esta terra e derramasse a minha cólera com sangue sobre


eles, extirpando dela homens e animais, 20e Noé, Danei e Jó se encontrassem aí, por minha vida — oráculo do Senhor Iahweh — certamente em virtude da sua justiça não conseguiriam salvar nem filho, nem filha, mas apenas as suas próprias vidas. 21Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Do mesmo modo, ainda que eu envie a Jerusalém os meus quatro castigos terríveis, a saber, a espada, a fome, os animais ferozes e a peste, a fim de extirpar dela homens e animais, 22sobrará nela um resto que conseguirá escapar — filhos e filhas —, trazidos para fora. Eis que saem a ter convosco e podereis ver o seu comportamento e os seus atos. Certamente vos consolareis do mal que eu trouxe sobre Jerusalém, sim, de tudo quanto eu trouxe contra ela. 23Eles vos consolarão, quando virdes o seu comportamento e os seus atos, e sabereis que não foi em vão que fiz tudo quanto fiz nela — oráculo do Senhor Iahweh. 15 Parábola da vinha — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, por que seria a parreira mais preciosa do que todas as plantas sarmentosas que se encontram entre as árvores do bosque? 3Por acaso se tira dela madeira para fazer alguma coisa? Ou tira-se dela uma estaca que possa servir para pendurar alguma coisa? 4 Ei-la lançada no fogo para ser consumida. O fogo consome-lhe as duas extremidades. A parte média fica queimada; porventura servirá ainda para alguma coisa? 5Já quando estava intacta, nada se podia fazer com ela; quanto mais agora que o fogo a consumiu e ela ficou queimada, que se pode fazer ainda com ela? 6Pois bem, assim diz o Senhor Iahweh: Como aconteceu com a parreira entre as árvores do bosque, a qual pus no fogo para ser consumida, assim tratei os habitantes de Jerusalém. 7Voltei a minha face contra eles. Escaparam do fogo, mas o fogo há de consumi-los e sabereis que sou Iahweh, quando puser a minha face contra vós. 8Farei da terra uma desolação, visto que cometeram infidelidades, oráculo do Senhor Iahweh. 16 História simbólica de Jerusalém — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, mostra a Jerusalém todas as suas abominações. 3Tu lhe dirás: Assim diz o Senhor Iahweh a Jerusalém: Por tua origem e por teu nascimento, tu procedeste da terra de Canaã. Teu pai era amorreu e tua mãe, hetéia. 4Por ocasião do teu nascimento, ao vires ao mundo, não cortaram o teu cordão umbilical, não foste lavada para a tua purificação, não foste esfregada com sal, nem foste enfaixada. 5Nenhum olhar de piedade pousou sobre ti, disposto a fazer-te qualquer dessas coisas por compaixão de ti. No dia em que nasceste foste atirada ao pleno campo, tal era a indiferença que te mostravam. 6Ao passar junto de ti, eu te vi a estrebuchar no teu próprio sangue. Vendote envolta em teu sangue, eu te disse: "Vive!" 7Fiz com que crescesses como a erva do campo. Cresceste, te fizeste grande, chegaste à idade núbil. Os teus seios se firmaram, a tua cabeleira tornou-se abundante, mas estavas inteiramente nua. 8Passei junto de ti e te vi. Era o teu tempo, tempo de amores, e estendi a aba da minha capa sobre ti e ocultei a tua nudez; comprometi-me contigo por juramento e fiz aliança contigo — oráculo do Senhor Iahweh — e tu te tornaste minha. 9Banhei-te com água, lavei o teu sangue e ungi-te com óleo. 10Cobri-te com vestes bordadas, calcei-te com sapatos de couro fino, cingi-te com uma faixa de linho e te cobri com seda. 11Eu te cobri de enfeites: pus braceletes nos teus punhos e um colar no teu pescoço; 12pus uma argola no teu nariz e brincos nas tuas orelhas e um belo diadema na tua cabeça. 13Tu te enfeitaste de ouro e prata; os teus vestidos eram de linho, seda e bordados. Alimentavas-te de flor de farinha, mel e azeite. Assim te tornavas cada vez mais bela, até assumires ares de realeza. 14A tua fama se espalhou entre as nações, por causa da tua beleza que era perfeita, devido ao esplendor com que te cobrias, oráculo do Senhor Iahweh. 15Puseste a tua confiança na tua beleza e, segura de tua fama, te prostituíste, prodigalizando as tuas


prostituições a todos os que apareciam. 16Tomaste dentre os teus vestidos e com eles fizeste lugares altos e de várias cores e aí te prostituíste. 17Tomaste os teus enfeites de ouro e prata, que eu te dera, e com eles fabricaste imagens de homens, com os quais te prostituíste. 18Tomaste também os teus vestidos bordados e as cobriste. Ofereceste o meu azeite e o meu incenso diante delas. 19O pão que te dei — a flor de farinha —, o azeite e o mel com que te alimentei, tu os ofereceste diante delas como um perfume destinado a apaziguá-las. Sucedeu — oráculo do Senhor Iahweh — 20que tomaste os teus filhos e as tuas filhas que me tinhas dado à luz e os imolaste a elas, a fim de que os comessem. Seria isto menos grave do que as tuas prostituições? 21Mataste os meus filhos e os fizeste passar pelo fogo, oferecendo-os a elas. 22No meio de todas as tuas abominações e prostituições não te lembraste da tua juventude, quando estavas completamente nua, a debater-te no teu sangue. 23Mas para cúmulo de toda a tua maldade — ai! ai de ti! — oráculo do Senhor Iahweh — 24edificaste para ti uma colina, fizeste para ti lugares altos por toda parte. 25Por todas as tuas ruas ergueste lugares vastos, a fim de profanares a tua beleza e exibires as tuas coxas a todos os passantes. Deste modo multiplicaste as tuas prostituições. 26Tu te prostituíste com os egípcios, teus vizinhos corpulentos, multiplicando as tuas prostituições para me encheres de mágoa. 27 Então estendi a minha mão contra ti, reduzi a tua ração e entreguei-te aos caprichos das filhas dos filisteus, as quais te odeiam, que se envergonham do teu comportamento despudorado. 28Por não te teres saciado, te prostituíste com os assírios. Sim, te prostituíste com eles, mas nem assim te saciaste; 29multiplicaste as tuas prostituições com os caldeus, com a terra dos mercadores, mas nem assim ficaste saciada. 30Como era fraco o teu coração — oráculo do Senhor Iahweh — fazendo tudo isso, ação própria de uma prostituta insaciável! 31Contudo, ao edificares as tuas colinas por todas as ruas, ao fazeres os teus lugares altos por toda parte, não agias como uma prostituta, pois que desprezavas a paga. 32A mulher adúltera acolhe estranhos em lugar do marido. 33É costume dar um presente a todas as prostitutas, mas, quanto a ti, tu és quem dás presentes a todos os teus amantes, presenteando-os, a fim de que venham de todos os lugares em torno buscando as tuas prostituições. 34Assim, contigo sucedia o contrário do que costuma suceder com as demais mulheres: ninguém corria atrás de ti; antes, tu és quem lhes dava a paga, não eram eles que a davam a ti. Nisto eras diferente das outras. 35 Pois bem, prostituta, ouve a palavra de Iahweh: 36Assim fala o Senhor Iahweh: Visto que dilapidaste o teu dinheiro e descobriste a tua nudez em tuas prostituições com os teus amantes e com todos os teus ídolos imundos, e pelo sangue dos teus filhos que lhes deste, 37por tudo isso hei de reunir todos os teus amantes, aos quais agradaste, todos aqueles que amaste e todos aqueles que odiaste, reuni-los-ei a todos e descobrirei a tua nudez, para que a vejam toda. 38Impor-te-ei o castigo das adúlteras e das que derramam sangue: entregar-te-ei ao furor e ao ciúme, 39entregar-te-ei às suas mãos e eles deitarão por terra a tua colina, arrasarão os teus lugares altos, despir-te-ão de teus vestidos, tomarão os teus adornos e te deixarão totalmente nua. 40Então excitarão contra ti a assembléia, te apedrejarão e te trespassarão à espada, 41porão fogo às tuas casas e executarão juízo contra ti, sob o olhar de uma multidão de mulheres, pondo fim às tuas prostituições, e não voltarás a distribuir paga. 42Assim saciarei a minha ira contra ti e o meu zelo se desviará de ti, acalmar-me-ei e já não sentirei mágoa contra ti. 43Visto que não te lembraste dos dias da tua juventude, antes, me irritaste com todas essas coisas, também eu farei com que caia sobre a tua cabeça o teu comportamento — oráculo do Senhor Iahweh. Porventura não cometeste esta infâmia ignóbil, além de todas as tuas abominações? 44Eis que todo compositor de provérbios dirá a teu respeito este provérbio: "Tal mãe, tal filha". 45Tu és bem a filha da tua mãe, que detestava o seu marido e os seus filhos; tu és bem a irmã das tuas irmãs, que detestavam os seus


maridos e os seus filhos. A vossa mãe era hetéia e o vosso pai, amorreu. 46A tua irmã mais velha é Samaria, que, junto com as suas filhas, mora à tua esquerda. A tua irmã mais nova, que mora à tua direita, é Sodoma, com as suas filhas. 47Tu não deixaste de imitar o comportamento delas, nem de cometer as suas abominações. Antes, te mostraste mais corrupta do que elas no teu comportamento. 48Por minha vida — oráculo do Senhor Iahweh — Sodoma, tua irmã, e as suas filhas não agiram como tu e as tuas filhas. 49Eis em que consistia a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: na voracidade com que comia o seu pão, na despreocupação tranqüila com que ela e as suas filhas usufruíam os seus bens, enquanto não davam nenhum amparo ao pobre e ao indigente. 50Eram altivas e cometeram abominação na minha presença. Por isto eu as eliminei, como viste. 51 Quanto a Samaria, ela não cometeu a metade dos teus pecados. Tu multiplicaste as tuas abominações mais do que ela. Com todas as tuas abominações justificaste as tuas irmãs. 52Mas tu levas sobre ti o opróbrio de que inocentaste as tuas irmãs em virtude dos teus pecados e por te teres tornado mais abominável do que elas, elas alcançaram uma justiça superior à tua. Envergonha-te, pois, e toma sobre ti o teu opróbrio, inocentando assim as tuas irmãs. 53Eu restabelecerei a sua condição, a condição de Sodoma e de suas filhas, a condição de Samaria e de suas filhas, e também a tua condição no meio delas, 54 a fim de que tomes sobre ti o teu opróbrio, a fim de que te envergonhes de tudo o que fizeste, para o consolo daquelas. 55Assim as tuas irmãs, Sodoma e as suas filhas, serão restabelecidas à sua condição anterior; como também Samaria e suas filhas serão restabelecidas à mesma condição, como também tu e as tuas filhas. 56Não foi Sodoma, a tua irmã, motivo de teus vitupérios no dia do teu orgulho, 57enquanto não foi revelada a tua nudez? Como ela, és agora objeto do escárnio das filhas de Edom e de todas as vizinhas, das filhas dos filisteus, que de todos os lados te desprezam. 58As tuas infâmias e as tuas abominações, tu mesma as levas sobre ti, oráculo de Iahweh. 59Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Agirei contigo como tu agiste: desprezaste um juramento imprecatório e violaste uma aliança. Contudo, lembrar-me-ei da aliança que fiz contigo na tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna. 61E tu te lembrarás do teu comportamento e ficarás envergonhada, ao receberes as tuas irmãs mais velhas, juntamente com as mais moças, ao dar-tas eu como filhas, embora não seja obrigado a isso em virtude da minha aliança contigo. 62Desta maneira, serei eu que restabelecerei a minha aliança contigo e saberás que eu sou Iahweh, 63a fim de que te lembres e te cubras de vergonha, e na tua humilhação já não tenhas disposição de falar, quando eu tiver perdoado tudo quanto fizeste, oráculo do Senhor Iahweh. 17 Alegoria da águia — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, propõe à casa de Israel um enigma, sugere-lhe uma parábola. 3Eis o que deves dizer-lhe: Assim fala o Senhor Iahweh: A grande águia de grandes asas, de larga envergadura, coberta de uma rica plumagem, veio ao Líbano e apanhou o cimo de um cedro; 4colhendo o mais alto dos seus ramos, trouxe-o para a terra dos mercadores, onde o depôs em uma cidade de negociantes. 5Em seguida apanhou uma dentre as sementes da terra e a plantou em uma terra preparada, junto a uma corrente de águas abundantes, plantando-a como um salgueiro. 6Ela brotou e transformou-se em uma videira luxuriante, embora de estatura modesta, com a sua copa voltada para a águia, enquanto as suas raízes estavam debaixo dela. Tornou-se assim uma vinha, produziu sarmentos e lançou renovos. 7Ao lado desta, existiu outra grande águia, também de grandes asas e de plumagem abundante. Prontamente a videira estendeu para ela as suas raízes, voltou para ela a sua copa desde o canteiro em que estava plantada, a fim de que esta a regasse. 8 Estava plantada em um campo fértil, junto a águas abundantes, para formar ramos e produzir frutos, tornando-se uma videira magnífica. 9Dize-lhe que assim fala o Senhor


Iahweh: Acaso vingará? Acaso a águia não arrancará as suas raízes? Não estragará os seus frutos, fazendo secar todos os seus brotos novos, de modo que não haja necessidade de braço forte e de muita gente para arrancá-la pelas raízes? 10Ei-la que está plantada; vingará ela? Acaso ela não murchará ao toque do vento oriental, no mesmo canteiro em que brotou? 11Então a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 12 Assim falarás a essa casa de rebeldes: Por acaso não sabeis o que significam estas coisas? Dize mais. Como sabeis, o rei da Babilônia veio a Jerusalém, tomou o seu rei e os seus príncipes, conduzindo-os para a Babilônia. 13Dentre os descendentes da casa real tomou um e fez uma aliança com ele, obrigando-o a prestar juramento e levando consigo os grandes da terra, 14a fim de que o reino permanecesse submisso, incapaz de rebelar-se e, por isso, disposto a cumprir a aliança, observando-a com fidelidade. 15Mas este príncipe acabou por rebelar-se, enviando mensageiros ao Egito, a fim de que este lhe fornecesse cavalos e gente em grande número. Por acaso terá êxito? Por acaso escapará aquele que faz tais coisas? Escapará, apesar de violar a aliança? 16Por minha vida — oráculo do Senhor Iahweh — certamente ele morrerá na terra do rei que lhe deu o trono, cujo juramento desprezou e cuja aliança violou, isto é, morrerá na Babilônia. 17 Quanto ao Faraó, mesmo com o seu grande exército, com as suas tropas imensas, não conseguirá salvá-lo pela guerra, embora levante trincheiras e construa fortalezas para a destruição de tantas vidas humanas. 18Sim, ele desprezou o juramento e violou a aliança. Depois de assumir um compromisso, fez tudo isso! Ele não escapará. 19Portanto, assim diz o Senhor Iahweh: Por minha vida o afirmo: certamente farei cair sobre a sua cabeça o meu juramento, que ele desprezou e a minha aliança, que ele violou. 20Estenderei sobre ele a minha rede e ele será apanhado nas minhas malhas e conduzido por mima Babilônia, onde o submeterei a julgamento em virtude da sua infidelidade para comigo. 21 Quanto à elite das suas tropas, toda ela cairá à espada e os seus sobreviventes serão espalhados para todos os ventos. Então sabereis que eu, Iahweh, é que falei. 22Assim diz o Senhor Iahweh: Tomarei do cimo do cedro, da extremidade dos seus ramos um broto e plantá-lo-ei eu mesmo sobre um monte alto e elevado. 23Plantá-lo-ei sobre o alto monte de Israel. Ele deitará ramos e produzirá frutos, tornando-se um cedro magnífico, de modo que à sua sombra habitará toda espécie de pássaros, à sombra dos seus ramos habitará toda sorte de aves. 24E saberão todas as árvores do campo que eu, Iahweh, é que abaixo a árvore alta e exalto a árvore baixa, que seco a árvore verde e faço brotar a árvore seca. Sim, eu, Iahweh, o disse e o faço. 18 Responsabilidade pessoal — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: Que vem a ser este provérbio que vós usais na terra de Israel: "Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos ficaram embotados"? 3Por minha vida, oráculo do Senhor Iahweh, não repetireis jamais este provérbio em Israel. 4Todas as vidas me pertencem, tanto a vida do pai, como a do filho. Pois bem, aquele que pecar, esse morrerá. 5Se um homem é justo e pratica o direito e a justiça, 6não come sobre os montes e não eleva os seus olhos para os ídolos imundos da casa de Israel, nem desonra a mulher do seu próximo, nem se une com uma mulher durante a sua impureza, 7nem explora a ninguém, se devolve o penhor de uma dívida, não comete furto, dá o seu pão ao faminto e veste ao que está nu, 8não empresta com usura, não aceita juros, abstém-se do mal, julga com verdade entre homens e homens; 9se age de acordo com os meus estatutos e observa as minhas normas, praticando fielmente a verdade: este homem será justo e viverá, oráculo do Senhor Iahweh. 10Contudo se tiver um filho violento e sanguinário, que pratique uma destas coisas, 11quando ele não cometeu nenhuma, isto é, um filho que chegue a comer nos montes, que desonre a mulher do seu próximo, 12que explore o pobre e o necessitado, que cometa furto, que não devolva o penhor, que eleve os seus olhos para 2


os ídolos imundos e cometa abominação, 13que empreste com usura e aceite juros, certamente não viverá, por ter praticado todas estas abominações: ele morrerá e o seu sangue cairá sobre ele. 14Mas se este, por sua vez, tiver um filho que vê todos os pecados cometidos pelo seu pai, os vê, mas não os imita, 15isto é, não come sobre os montes e não eleva os seus olhos para os ídolos impuros da casa de Israel, não desonra a mulher do seu próximo, 16não explora ninguém, não exige penhor e não comete furto, antes, dá o seu pão ao faminto e veste aquele que está nu, 17se abstém da injustiça, não aceita usura nem juros, observa as minhas normas e anda nos meus estatutos, este não morrerá pelas iniquidades de seu pai, antes, certamente viverá. 18O seu pai, visto que agiu com violência e praticou o furto, visto que não se comportou bem no seio do seu povo, este, sim, morrerá por causa da sua iniqüidade. 19E vós dizeis: "Por que o filho não há de levar a iniqüidade de seu pai?" Ora, o filho praticou o direito e a justiça, observou todos os meus estatutos e os praticou! Por tudo isso, certamente viverá. 20Sim, a pessoa que peca é a que morre! O filho não sofre o castigo da iniqüidade do pai, como o pai não sofre o castigo da iniqüidade do filho: a justiça do justo será imputada a ele, exatamente como a impiedade do ímpio será imputada a ele. 21Mas quanto ao ímpio, se ele se converter de todos os pecados que cometeu e passar a guardar os meus estatutos e a praticar o direito e a justiça, certamente viverá: ele não morrerá.22Nenhum dos crimes que praticou será lembrado. Viverá como resultado da justiça que passou a praticar. 23 Porventura tenho eu prazer na morte do ímpio? — oráculo do Senhor Iahweh. — Porventura não alcançará ele a vida se se converter de seus maus caminhos? 24Por outra parte, se o justo renunciar à sua justiça e fizer o mal, à imitação de todas as abominações praticadas pelo ímpio, poderá ele viver, fazendo isto? Não! Toda a justiça que praticou já não será lembrada! Antes, em virtude da infidelidade que praticou e do pecado que cometeu, morrerá. 25Entretanto dizeis: "O modo de agir do Senhor não é justo". Pois ouvi-me, ó casa de Israel: será o meu modo de proceder errado? Não será antes o vosso modo de proceder que não está certo? 26Com efeito, ao renunciar o justo à sua justiça e ao fazer o mal, é em virtude do mal que praticou que ele morre. 27E se o ímpio renunciar à sua impiedade, passando a praticar o direito e a justiça, salva a sua vida. 28Caiu em si e renunciou a toda a iniqüidade que tinha cometido. Certamente ele viverá e não morrerá. 29E no entanto a casa de Israel diz: "O modo de proceder do Senhor não está certo". Será o meu procedimento que não está certo, ó casa de Israel? Não será antes o vosso procedimento que não está certo? 30Por isso mesmo eu vos julgarei, a cada um conforme o seu procedimento, ó casa de Israel, oráculo do Senhor Iahweh. Convertei-vos e abandonai todas as vossas transgressões. Não torneis a buscar pretexto para fazerdes o mal. 31Lançai fora todas as transgressões que cometestes, formai um coração novo e um espírito novo. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel? 32 Eu não tenho prazer na morte de quem quer que seja, oráculo do Senhor Iahweh. Convertei-vos e vivereis! 19 O Lamentação sobre os príncipes de Israel — 1E tu, entoa uma lamentação sobre os príncipes de Israel 2e dize: Que era a tua mãe? Uma leoa entre leões; deitada entre leõezinhos, cuidava da sua ninhada.3Um dos leõezinhos ela criou, de modo que acabou sendo um leão feito. Aprendeu a despedaçar presas e devorou homens. 4Nações ouviram falar dele, mas por fim apanharam-no em seu laços; e conduziram-no arpeado para a terra do Egito. 5Vendo ela que seus planos se tinham desfeito, que perdera a sua esperança, tomou outro dos seus leõezinhos, e transformou-o em um leão feito. 6Este movia-se entre os leões, como um leão feito; aprendeu a despedaçar a presa, devorou homens. 7Demoliu os seus palácios, destruiu as suas cidades; a terra e os seus habitantes ficaram apavorados ao som do seu rugido. 8Juntaram-se contra ele os povos, as regiões


circunvizinhas, estenderam sobre ele a sua rede: ele foi apanhado na sua fossa; 9 prendendo-o com ganchos, acabaram por engaiolá-lo e o conduziram ao rei da Babilônia, levaram-no a lugares escarpados, para que não se tornasse a ouvir o seu rugido sobre os montes de Israel. 10A tua mãe era semelhante a uma vinha plantada junto às águas. Era fecunda e viçosa, graças à água abundante. 11Tinha cepas vigorosas que se tornaram cetros reais. O seu porte elevou-se atingindo as nuvens. Distinguia-se pela sua altura e pelo número de seus ramos. 12Mas acabou por ser desarraigada com furor e lançada à terra; o vento oriental secou os seus frutos, ela foi quebrada e o seu tronco vigoroso secou, o fogo a devorou. 13Agora está plantada no deserto, em uma terra seca e árida. 14Um fogo saiu do seu tronco e devorou os seus ramos e os seus frutos: ela já não terá o seu cetro poderoso, seu cetro real. Isto é uma lamentação e servirá de lamentação. 20 História das infidelidades de Israel — 1No sétimo ano, no quinto mês, no décimo dia do mês, vieram alguns dentre os anciãos de Israel para consultarem Iahweh e sentaram-se diante de mim. 2A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 3Filho do homem, fala aos anciãos de Israel e dize-lhes: Eis as palavras do Senhor Iahweh. É para me consultardes que vindes? Por minha vida! Não consentirei em ser consultado por vós, oráculo do Senhor Iahweh. 4Vais tu julgá-los? Vais julgar, filho do homem? Então dá-lhes a conhecer as abominações de seus pais. 5Tu lhes dirás: Eis o que diz o Senhor Iahweh: No dia em que escolhi Israel, em que levantei a minha mão para a estirpe da casa de Jacó, revelei-me a eles na terra do Egito, levantei a mão para eles e disse: "Eu sou Iahweh, vosso Deus". 6Sim, naquele dia levantei a mão para eles com o juramento de fazê-los sair da terra do Egito em busca de uma terra que explorara para eles, terra que mana leite e mel, a mais bela entre todas as nações. 7Nessa ocasião eu lhes disse: Lançai fora todas as coisas abomináveis que seduzem vossos olhos; não vos contamineis com os ídolos imundos do Egito, porque eu sou Iahweh, o vosso Deus. 8 Mas eles se rebelaram contra mim; recusaram-se a ouvir-me: nenhum deles lançou fora as coisas abomináveis que seduziam os seus olhos, nem abandonaram os ídolos imundos do Egito. Então propus-me derramar a minha cólera sobre eles, executar contra eles a minha ira na terra do Egito. 9Mas por consideração ao meu nome, a fim de não profaná-lo aos olhos das nações, no meio das quais se encontravam,e aos olhos das quais eu me revelara a eles, para tirá-los da terra do Egito. 10E os tirei da terra do Egito e os trouxe para o deserto. 11Ali dei-lhes os meus estatutos, revelei-lhes as minhas normas, as quais o homem deve praticar, se quiser alcançar a vida. 12Também lhes dei os meus sábados para que servissem de sinal entre mim e eles, a fim de saberem que eu, Iahweh, é que os santifico. 13Contudo, a casa de Israel se rebelou contra mim no deserto: não andaram segundo os meus estatutos, rejeitaram as minhas normas, as quais o homem deve praticar, se quiser alcançar a vida, e profanaram os meus sábados. Então me propus derramar o meu furor sobre eles no deserto, a fim de destruí-los. 14Contudo, em consideração ao meu nome, a fim de não profaná-lo aos olhos das nações, diante das quais os tirei do Egito, agi de outro modo. 15Ainda uma vez jurei de mão levantada para eles, no deserto, que não os conduziria para a terra que lhes dera, terra que mana leite e mel — a mais bela entre as nações — 16pois que rejeitaram as minhas normas e não andaram de acordo com os meus estatutos e profanaram os meus sábados, porquanto os seus corações foram após os ídolos imundos. 17Mas ainda me compadeci deles, não os destruí nem os exterminei no deserto. 18Antes, disse aos seus filhos no deserto: Não andeis segundo os estatutos dos vossos pais; não guardeis as suas normas, nem vos contamineis com os seus ídolos imundos. 19Eu sou Iahweh, vosso Deus. Andai segundo os meus estatutos, observai as minhas normas e praticai-as. 20Deveis santificar os meus


sábados, de modo que sejam um sinal entre mim e vós, para que se saiba que eu sou Iahweh, vosso Deus. 21Mas também os filhos se rebelaram contra mim, não andando segundo os meus estatutos, nem observando as minhas normas, as quais o homem deve praticar, se quiser alcançar a vida, e profanaram os meus sábados. Então me propus derramar a minha cólera sobre eles e saciar contra eles a minha ira, no deserto. 22Mas acabei desviando a minha mão em consideração ao meu nome, a fim de não profaná-lo aos olhos das nações, diante das quais os tirei do Egito. 23Contudo, mais uma vez tornei a jurar de mão levantada para eles, no deserto, que os dispersaria entre as nações, e os espalharia por terras estranhas, 24porque não praticaram as minhas normas e rejeitaram os meus estatutos, profanaram os meus sábados e os seus olhos foram após os ídolos imundos dos seus pais. 25Dei-lhes então estatutos que não eram bons e normas pelas quais não alcançariam a vida. 26Contaminei-os com as suas oferendas, levando-os a sacrificarem todo o primogênito, a fim de confundi- los, de modo que ficassem sabendo que eu sou Iahweh. 27Pois bem, filho do homem, fala à casa de Israel e dize-lhe: Eis o que diz o Senhor Iahweh. Ainda nisto me ultrajaram os vossos pais, ao agirem com infidelidade para comigo. 28E no entanto eu os trouxe à terra a respeito da qual jurara de mão levantada que lha daria. Viram aí toda sorte de colinas elevadas, toda espécie de árvore frondosa e aí ofereceram os seus sacrifícios, aí apresentaram as suas oferendas irritantes e depuseram perfumes agradáveis e derramaram as suas libações. 29Diante disso eu lhes disse: Que lugar alto é este que procurais? E o nome do lugar alto foi Bama até o dia de hoje. 30Por isso, falarás à casa de Israel: assim diz o Senhor Iahweh: Também vós vos contaminais com o modo de viver dos vossos pais e vos prostituís com as suas abominações, 31trazendo os vossos dons, fazendo passar pelo fogo os vossos filhos? Continuais a contaminar-vos com todos os vossos ídolos imundos até o dia de hoje! E eu consentirei, ó casa de Israel, em ser consultado por vós? Por minha vida, oráculo do Senhor Iahweh, eu não consentirei em ser consultado por vós! 32O sonho que alimentais não se realizará nunca, ao dizerdes: "Seremos como as nações, como os povos de outras terras, servindo às árvores e às pedras". 33Por minha vida, oráculo do Senhor Iahweh, eu juro certamente com mão forte e com braço estendido — derramando sobre vós a minha cólera — hei de reinar sobre vós. 34Sim, com mão forte e com braço estendido, derramando sobre vós a minha cólera, hei de tirar-vos de entre os povos e reunir-vos de entre as nações pelas quais fostes espalhados. 35Conduzir-vos-ei ao deserto dos povos e ali face a face convosco vos julgarei. 36Como julguei vossos pais no deserto na terra do Egito, assim vos julgarei a vós, oráculo do Senhor Iahweh. 37Farvos-ei passar sob o cajado e vos reconduzirei ao respeito à aliança. 38Excluirei do meio de vós os rebeldes, os sublevadores, fazendo com que saiam da terra da sua peregrinação, mas não voltarão à terra de Israel. Então sabereis que eu sou Iahweh. 39 Quanto a vós, ó casa de Israel, assim diz o Senhor Iahweh: Ande cada um de vós após os seus ídolos imundos, mas depois, se não me ouvis, haveis de ver! Não tornareis a profanar o meu santo nome com as vossas oferendas e os vossos ídolos imundos. 40Com efeito, no meu santo monte, sobre o alto monte de Israel — oráculo do Senhor Iahweh — é que me servirá toda a casa de Israel, toda ela na sua terra. Ali terei prazer neles, ali buscarei as vossas ofertas e o melhor dos vossos dons, juntamente com as vossas coisas santas. 41Terei prazer em vós como em um perfume agradável, quando eu vos fizer sair dentre os povos e vos reunir do meio das terras em que estivestes espalhados e serei santificado por vós aos olhos das nações. 42Então sabereis que eu sou Iahweh, ao trazervos à terra de Israel, à terra a respeito da qual jurei de mão levantada que a daria aos vossos pais. 43Ali vos lembrareis dos vossos caminhos e de todas as ações com que vos contaminastes, e sentireis asco de vós mesmos por causa de todas as maldades que praticastes. 44Então sabereis que eu sou Iahweh, quando eu agir em consideração ao


meu nome e não de acordo com os vossos caminhos maus e as vossas ações perversas, ó casa de Israel, oráculo do Senhor Iahweh. 21 A espada de Iahweh — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, volta-te para a direita, profere tua palavra em direção ao sul, profetiza contra o bosque da região do Negueb. 3Dize ao bosque do Negueb: Ouve a palavra de Iahweh. Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que acenderei um fogo no meio de ti, o qual consumirá no teu seio toda árvore verde e toda árvore seca. A sua chama não se apagará e todos os rostos ficarão crestados desde o Negueb até o norte. 4Toda carne verá que fui eu, Iahweh, que o acendi, visto que ele não se apagará. 5A isto disse eu: Ah! Senhor Iahweh! Eles estão a dizer de mim: "Não está ele a repetir parábolas?" 6Então a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 7Filho do homem, volta a tua face contra Jerusalém, profere a tua palavra na direção do santuário e profetiza contra a terra de Israel. 8Eis o que dirás à terra de Israel: Assim diz Iahweh: Eis que estou contra ti; hei de tirar da bainha a minha espada e extirparei do meio de ti tanto o justo como o ímpio; 9 A fim de extirpar do meio de ti o justo e o ímpio, a minha espada sairá da sua bainha, atingindo toda carne desde o Negueb até o norte. 10Assim toda carne saberá que fui eu, Iahweh, que tirei a minha espada da sua bainha e que ela não voltará atrás. 11E tu, filho do homem, geme com o coração partido e com amargura, geme aos seus olhos. 12E sucederá que, se te disserem: "Para que estes gemidos?", tu lhes responderás: "Porque uma notícia está para chegar, com a qual todo coração se derreterá, toda mão ficará desfalecida, todo espírito quebrantar-se-á e todo joelho se desfará em água. Eis que ela se confirma, oráculo do Senhor Iahweh". 13A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 14Filho do homem, profetiza e dize: Eis a palavra pronunciada pelo Senhor! Dize: A espada! A espada está afiada e polida, 15afiada, para executar uma matança; polida, para que lampeje como o relâmpago...16Ela foi polida, a fim de poder ser segurada na mão; a espada foi afiada e polida para ser posta na mão do matador. 17 Clama, uiva, filho do homem, porque ela se dirige contra o meu povo, contra todos os príncipes de Israel, que foram entregues à espada, juntamente com o meu povo. Por isso, bate no peito, 18pois se trata de uma prova... Oráculo do Senhor Iahweh. 19E tu, filho do homem, profetiza e bate palmas. Vibre a espada três vezes, a espada dos trespassados, a espada que atinge o grande trespassado, ela, que ameaça de todos os lados! 20Para que o coração desfaleça e os tropeços se multipliquem, junto a todas as portas pus o morticínio da espada feita para relampejar, polida para o morticínio.21Sê afiada à direita, põe-te do lado esquerdo, onde o teu gume é requisitado. 22Também eu baterei palmas e saciarei a minha cólera Eu, Iahweh, o disse. O rei da Babilônia na encruzilhada — 23A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 24Tu, filho do homem, traça dois caminhos, para que por eles venha a espada do rei da Babilônia. Ambos partirão da mesma terra. Em seguida põe um sinal, colocandoo no começo do caminho da cidade, 25traça o caminho para que a espada chegue a Rabá dos amonitas e a Judá, à sua fortaleza de Jerusalém. 26Com efeito, o rei da Babilônia se deteve na encruzilhada, no começo dos dois caminhos, a fim de recorrer à sorte. Agitou as flechas, consultou os terafins e observou o fígado. 27Em sua mão direita está a sorte de Jerusalém, a fim de dispor aríetes, dar a ordem de matar, soltar o grito de guerra e dispor os aríetes contra as portas, levantar baluartes, construir trincheiras. 28Mas isto lhes pareceu uma adivinhação vã. Houve juramento por parte deles, mas ele trouxe à sua memória a iniqüidade deles, que os conduzirá ao cativeiro. 29Portanto, assim diz o Senhor Iahweh: Visto que trazeis à memória as vossas iniqüidades, revelando as vossas rebeliões a fim de que os vossos pecados sejam vistos em tudo quanto fazeis, pois que


sois lembrados, sereis conduzidos ao cativeiro. 30Quanto a ti, príncipe de Israel, ímpio e perverso, cujo dia se aproxima com o tempo da iniqüidade final, 31assim diz o Senhor Iahweh: Tirai-lhe o diadema, removei a sua coroa. Nada continuará como era. O que é baixo será elevado e o que é elevado será abaixado. 32Ruína, ruína, ruína! Eis o que eu farei, como não existiu antes de vir aquele a quem pertence o julgamento e a quem eu o entregarei. O castigo de Amon — 33E tu, filho do homem, profetiza e dize: Assim fala o Senhor Iahweh aos amonitas e ao seu opróbrio. Sim, dize-lhes: A espada, a espada está desembainhada para o morticínio, está polida para a destruição, para relampejar, — 34 enquanto cultivas visões vãs, lanças sortes mentirosas — para degolar os culpados cujo dia se aproxima no tempo da iniqüidade final. 35Repõe-na na bainha. Na terra em que foste criado, na terra de tua origem, é que hei de julgar-te. 36Derramarei sobre ti a minha cólera, soprarei sobre ti o fogo do meu furor e entregar-te-ei nas mãos de homens abrutalhados, hábeis na arte de destruir. 37Servirás de pasto para o fogo, o teu sangue correrá no meio da terra, e já não haverá lembrança de ti, porque eu, Iahweh, o disse. 22Os crimes de Jerusalém — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Tu, filho do homem, hás de julgar? Hás de julgar a cidade sanguinária? Dá-lhe a conhecer todas as suas abominações. 3Dize: Assim diz o Senhor Iahweh: Cidade que derramas sangue no teu seio, fazendo com que se apresse a tua hora, que te contaminas com os ídolos imundos que fabricas, 4pelo sangue que derramaste te tornaste culpada e pelos ídolos que fabricaste te contaminaste e fizeste com que se apresse o teu dia, chegaste ao termo dos teus anos. Eis porque fiz de ti um motivo de opróbrio entre as nações e um objeto de escárnio para todos os povos. 5Próximos ou distantes, eles zombarão de ti, cidade de reputação infame, cheia de pânico. 6Com efeito, os príncipes de Israel, cada um conforme as suas forças, estão absorvidos, no meio de ti, a derramar sangue. 7No meio de ti se desprezam pai e mãe, em teu seio o estrangeiro sofre opressão, o órfão e a viúva são oprimidos. 8Desprezaste as minhas coisas santas, profanaste os meus sábados. 9 Tem havido em teu seio homens prontos a caluniar com o fim de derramar sangue e que costumavam comer sobre os montes e que no meio de ti praticavam a infâmia. 10No meio de ti se descobre a nudez do pai e se violenta a mulher em estado de impureza. 11 Enquanto este praticou a abominação com a mulher do próximo, aquele desonrou a nora, praticando a luxúria, aquele outro, também no meio de ti, violou a sua própria irmã, filha do seu pai. 12No meio de ti há quem tenha recebido presentes a fim de derramar sangue. Aceitaste juro e usura; exploraste o teu próximo com violência e de mim te esqueceste, oráculo do Senhor Iahweh. 13Mas eu baterei palmas por causa do lucro que fizeste e contra o sangue que corre no teu seio. 14Poderá o teu coração resistir e as tuas mãos poderão manter-se firmes no dia em que eu acertar contas contigo? Eu, Iahweh, o disse e o farei. 15Espalhar-te-ei entre as nações, dispersar-te-ei por terras diversas e removerei de ti a tua imundície. 16Por causa da tua falta,serás profanada aos olhos das nações e saberás que eu sou Iahweh. 17A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 18Filho do homem, a casa de Israel se tornou escória para mim; são todos escória de cobre, estanho, ferro e chumbo em uma fornalha. 19Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Pois que todos vós vos tornastes escória, eis que vou reunir- vos no meio de Jerusalém. 20Como se reúnem prata, cobre, ferro, chumbo e estanho em uma fornalha, para atiçar fogo sobre eles, a fim de fundi- los, assim vos reunirei na minha ira e na minha cólera e vos farei fundir. 21Juntar-vos-ei e soprarei sobre vós o fogo da indignação, fundindo-vos no meio da cidade. 22Como se funde a prata na fornalha, assim sereis fundidos no meio dela e sabereis que eu, Iahweh, derramei a minha cólera


sobre vós. 23A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 24Filho do homem, dize-lhe: Tu és uma terra que não recebeu chuva, nem rega no dia da ira, 25os seus príncipes no meio dela são como os leões rugidores ao despedaçarem a sua presa. Devoram homens, arrebatam riquezas e objetos de valor, e multiplicam as viúvas no meio dela. 26Os seus sacerdotes violam a minha lei e profanam os meus santuários, não fazem distinção entre o sagrado e o profano, não ensinam a diferença que há entre o impuro e o puro, desviam os olhos dos meus sábados e eu mesmo sou desonrado entre eles. 27Os seus chefes, no meio dela, são como lobos que despedaçam a presa, derramando sangue e destruindo vidas, a fim de obterem lucro. 28Os seus profetas têm mascarado tudo isto sob visões vãs e presságios mentirosos, ao dizerem: "Assim disse o Senhor Iahweh", quando Iahweh nada disse. 29O povo da terra exerce a extorsão e pratica o roubo; ele oprime o pobre e o indigente, sujeita o estrangeiro à extorsão, contra o seu direito. 30Busquei entre eles um homem capaz de construir um muro e capaz de pôr-se na brecha em prol da nação, para que eu não a destruísse, mas não o encontrei. 31 Então derramei sobre eles a minha cólera; Exterminei- os no fogo da minha indignação. Fiz com que o seu comportamento caísse sobre a sua cabeça, oráculo do Senhor Iahweh. 23 História simbólica de Jerusalém e de Samaria — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, houve certa vez duas mulheres, filhas da mesma mãe. 3Ambas se prostituíram no Egito durante a sua mocidade. Ali estranhos acariciaram-lhes os peitos, ali apalparam-lhes os seios virginais. 4Os seus nomes eram Oola, a mais velha, e Ooliba, a sua irmã. Elas foram minhas e deram à luz filhos e filhas. Os seus nomes eram Oola, isto é, Samaria, e Ooliba, isto é, Jerusalém. 5Oola se prostituiu enquanto minha, deixando-se seduzir pelos seus amantes, os assírios, seus vizinhos, 6vestidos de púrpura, governadores e oficiais, todos jovens encantadores, montados a cavalo. 7Ela entregou-se à fornicação com eles — com toda a elite dos assírios — e com todos aqueles pelos quais se deixou seduzir, contaminando-se com todos os seus ídolos imundos. 8Não abandonou as suas fornicações, que vinham desde o Egito, onde já dormiam com ela na sua infância, apalpando-lhe os seios virginais e entregando-se à fornicação com ela. 9Por isso entreguei-a nas mãos dos seus amantes, nas mãos dos assírios, com quem ela se deixou seduzir. 10Estes descobriram a sua nudez, apoderando-se dos seus filhos e das suas filhas, mas a ela mataram-na à espada. O seu caso ficou famoso entre as mulheres, porque ela sofreu castigo. 11Ora, a sua irmã, Ooliba viu o que acontecera com ela, mas se revelou ainda mais despudorada do que ela, as suas fornicações foram mais graves do que as da irmã. 12Deixou-se seduzir pelos assírios, por governadores e oficiais, seus vizinhos, magnificamente vestidos, montados a cavalo, todos jovens encantadores. 13Vi que o comportamento de ambas tinha sido igualmente desonroso, 14mas esta praticou fornicações mais graves. Com efeito, ao ver gravadas sobre o muro imagens de caldeus tingidos com vermelhão, 15com lombos cingidos de cinturões, com turbantes pendentes da cabeça, todos eles com o aspecto de escudeiros, semelhantes a babilônios, originários da Caldéia, 16deixou-se seduzir por elas, desde que as viu ali gravadas, e enviou-lhes mensageiros à Caldéia.17Então os babilônios a procuraram a fim de participarem de seu leito e a contaminaram com as suas fornicações. Ela se contaminou com eles e depois virou-lhes as costas com aversão. 18 Mas exibiu a sua fornicação e descobriu a sua nudez, até que a minha alma se afastou dela com aversão, como eu me tinha enojado da sua irmã. 19As suas fornicações se multiplicaram, fazendo lembrar os dias da sua juventude, quando fornicava na terra do Egito, 20deixando-se seduzir pelos seus libertinos, cujo sexo é como o sexo dos jumentos, cujo membro é como o membro dos cavalos. 21É que sentias falta das


impudicícias da tua mocidade, quando no Egito te apalpavam os seios e levavam as mãos sobre o teu peito juvenil. 22Por isto, Ooliba, assim diz o Senhor Iahweh, eis que levantarei contra ti os teus amantes, de que te enojaste, e os trarei contra ti de todos os lados, 23a saber, os babilônios e os caldeus todos, os de Facud, de Soa e de Coa, e com eles todos os assírios, jovens e encantadores, governadores e oficiais, todos eles, todos escudeiros de renome, montados a cavalo. 24Do norte virão contra ti carros e carroças, trazendo uma multidão de povos, que te cercarão com pavês, escudo e capacete. A eles confiarei o teu julgamento e te julgarão de acordo com o seu direito. 25Descarregarei contra ti o meu zelo e te tratarão com cólera, cortarão o teu nariz e as tuas orelhas. O que restará de ti cairá à espada. Tomarão os teus filhos e as tuas filhas e o que restar de ti será destruído pelo fogo. 26Despojar-te-ão de tuas vestes e apoderar-se-ão dos teus adornos. 27Assim porei fim à tua impudicícia e às tuas fornicações, que vinham desde a terra do Egito, de modo que não tornes a pôr os olhos sobre eles nem voltes a lembrar-te do Egito. 28Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Eis que te entregarei às mãos daqueles que detestas, às mãos daqueles de quem te enojaste. 29Eles te tratarão com ódio. Apoderar-se-ão de todo o fruto do teu trabalho, deixando-te nua e despida. Assim será descoberta a vergonha das tuas luxúrias, a tua impudicícia e as tuas fornicações. 30 Assim se haverão contigo por causa das tuas prostituições com as nações, contaminando-te com os seus ídolos imundos. 31Pois que andaste no caminho da tua irmã, porei a sua taça nas tuas mãos. 32Assim diz o Senhor Iahweh: Tu beberás a taça da tua irmã? — taça funda e larga —. Tornar-te-ás objeto de escárnio e zombaria, tão grande será o seu conteúdo. 33Ficarás cheia de vexame e de embriaguez. Receberás uma taça de horror e desolação, a taça de tua irmã Samaria! 34Bebê-la-ás e a sorverás toda, roerás os seus cacos e dilacerarás os teus peitos, porque eu o disse, oráculo do Senhor Iahweh. 35Portanto, assim diz o Senhor Iahweh: Visto que te esqueceste de mim e me atiraste para trás das costas, também tu colherás os frutos da tua infâmia e das tuas prostituições. 36Disse-me ainda Iahweh: Filho do homem, julgarás tu Oola e Ooliba? Mostrar-lhes-ás as suas abominações? 37Sim, porque elas cometeram adultério e as suas mãos estão manchadas de sangue: adulteraram com os seus ídolos imundos. Mais ainda: Quanto aos seus filhos que elas me deram à luz, fizeram-nos passar pelo fogo para devorá-los. 38Ainda isto me fizeram naquele dia: contaminaram o meu santuário e violaram os meus sábados. 39Ao imolarem os seus filhos aos seus ídolos imundos, no mesmo dia entraram no meu santuário, a fim de: profaná-lo e aí está o que fizeram dentro da minha casa. 40Ainda mais:1 Mandaram buscar homens vindos de longe, aos quais tinham enviado um mensageiro. Eles vieram. Para recebê-los, tu te lavaste, pintaste os olhos e te enfeitaste. 41Então, te sentaste em um canapé magnífico, com uma mesa posta diante deles, na qual depuseste o meu incenso e o meu óleo. 42Ali se ouvia o vozerio de uma multidão despreocupada, provindo de muitos homens, de beberrões trazidos do deserto, os quais colocavam braceletes nas mãos das mulheres e uma esplêndida coroa sobre as suas cabeças. 43Eu dizia comigo: Esta mulher, acostumada ao adultério, agora usam das suas prostituições. 44Sim, procuram-na como a uma prostituta. É assim que procuram a Oola e a Ooliba, estas mulheres depravadas. 45Mas, homens justos hão de julgá-las, segundo o direito das adúlteras e segundo o direito das que derramam sangue, pois que elas são adúlteras e as suas mãos estão manchadas de sangue. 46Assim diz o Senhor Iahweh: Convocai uma assembléia contra elas e sejam entregues ao terror e ao saque: 47apedreje-as a assembléia, ferindo- as à espada e matem os seus filhos e as suas filhas e que as suas casas sejam incendiadas. 48Assim extirparei da terra a depravação, e todas as mulheres receberão uma advertência para que não ajam de acordo com a vossa depravação. 49E farão cair sobre vós a vossa depravação e levarei


sobre vós os pecados cometidos com os vossos ídolos e sabereis que eu sou o Senhor Iahweh. 24 Anúncio do cerco de Jerusalém — 1No nono ano, no décimo mês, no décimo dia do mês, a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, anota este dia, este dia exatamente, porque exatamente no dia de hoje o rei da Babilônia atacou Jerusalém. 3Pronuncia, pois, uma parábola a esta casa de rebeldes, dize-lhes: Assim diz o Senhor Iahweh: Põe no fogo a panela, põe-na e deita-lhe água. 4Junta-lhe pedaços, tudo quanto é pedaço bom, como coxa e espádua, enche-a de ossos escolhidos, 5toma o que há de mais escolhido do rebanho. Por baixo amontoa lenha,ferve muito bem, até que fiquem cozidos os ossos que ela contém. 6Portanto, assim diz o Senhor Iahweh: Ai da cidade sanguinária, da panela toda enferrujada, cuja ferrugem não sai! Tira dela pedaço por pedaço, mas não lances sorte sobre eles. 7Com efeito, o seu sangue está no meio dela; ela o pôs sobre a rocha descalvada, não o derramou sobre a terra para que o cobrisse a poeira. 8A fim de excitar a ira, a fim de tirar vingança, pus o seu sangue sobre a rocha descalvada e não o cobri. 9Por isso, assim diz o Senhor Iahweh: Ai da cidade sanguinária! Também eu vou fazer uma grande pilha. 10Amontoa lenha bastante, acende o fogo. Cozinha bem a carne, prepara as especiarias. Fiquem os ossos bem queimados. 11 Coloca a panela vazia sobre as brasas, para que ela fique quente e o seu cobre chegue a arder, de modo que se derretam as suas impurezas e a sua ferrugem se consuma. 12Mas a sua ferrugem não sairá com o fogo. 13As suas impurezas são uma infâmia. Com efeito, procurei purificar-te, mas tu não ficaste pura das tuas impurezas. Pois bem, agora não ficarás pura, enquanto eu não acalmar a minha cólera contra ti. 14Eu, Iahweh, o disse e certamente há de acontecer. Eu agirei, não desistirei, não terei dó nem me arrependerei. De acordo com os teus caminhos e com as tuas ações te julgarão, oráculo do Senhor Iahweh. Provações do profeta — 15A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 16"Filho do homem, vê, vou privar-te daquilo que é o desejo dos teus olhos, mas não deves fazer lamentação, nem deves chorar, nem permitir que te corram as lágrimas. 17Geme em silêncio, não ponhas luto por morins. Cobre-te com o teu turbante e usa as tuas sandálias, não cubras a barba, nem comas o pão ordinário".18De manhã falei ao povo e de tarde morreu minha mulher. Na manhã seguinte agi de acordo com o que me fora mandado. 19Então me perguntaram: "Porventura não nos vais explicar o que significam estas coisas?" 20A isso respondi: "Eis o que me falou o Senhor Iahweh: 21Isto dirás à casa de Israel: Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que estou para profanar o meu santuário, orgulho da vossa força, desejo dos vossos olhos e paixão de vossas vidas. E quanto aos vossos filhos e às vossas filhas que abandonastes, cairão à espada. 22Então agireis como eu agi: não cobrireis a barba nem comereis pão ordinário. 23Conservareis os turbantes na cabeça e as sandálias nos pés, não vos lamentareis, nem chorareis. Definhareis por causa das vossas iniquidades e gemereis uns com os outros. 24Ezequiel vos servirá de presságio; agireis como ele agiu. Quando isto se der, sabereis que eu sou o Senhor Iahweh. 25E tu, filho do homem, acaso não acontecerá naquele dia, em que eu os privar da sua força, da alegria da sua glória, do desejo dos seus olhos e do desejo da sua alma, a saber, dos seus filhos e das suas filhas, 26sim, naquele dia virá a ti um dos fugitivos que, conseguindo escapar, trará a notícia. 27Naquele dia se abrirá a tua boca, para falares ao fugitivo. Então voltarás a falar e não continuarás mudo. Eis como lhes servirás de presságio e saberão que eu sou Iahweh. II. Oráculos contra as nações


25 Contra os amonitas — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, volta a tua face em direção dos amonitas e profetiza contra eles. 3Eis o que dirás aos amonitas: Ouvi a palavra do Senhor Iahweh. Assim diz o Senhor Iahweh: Pois que dizes "Viva!" porque o meu santuário foi profanado e porque a terra de Israel ficou deserta e porque a casa de Judá foi para o exílio, 4por tudo isso vou entregar-te ao domínio dos filhos do Oriente: eles estabelecerão os seus acampamentos no meio de ti e em ti farão a sua morada. Comerão os teus frutos e beberão o teu leite. 5De Rabá farei um pasto de camelos e das cidades de Amon um aprisco de ovelhas. Assim sabereis que eu sou Iahweh. 6Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Visto que bateste as mãos e sapateaste com os pés, em sinal de regozijo com a alma cheia de desprezo diante do que ocorreu à terra de Israel, 7também eu estendi a minha mão contra ti, a fim de entregar-te ao saque das nações, extirpando-te dentre os povos e fazendo-te perecer dentre as terras. Sim, eu te destruirei e saberás que eu sou Iahweh. Contra Moab — 8Assim diz o Senhor Iahweh: Pois que Moab e Seir dizem: "Afinal a casa de Judá é semelhante a todas as nações", 9eu exporei as alturas de Moab e as suas cidades deixarão inteiramente de ser cidades, sim, estas jóias da terra, a saber, BetJesimot, Baal-Meon e Cariataim, 10entregá-las-ei ao domínio dos filhos do Oriente, junto com os amonitas, a fim de não serem mais lembradas entre as nações. 11Deste modo executarei julgamento em Moab e saberão que eu sou Iahweh. Contra Edom — 12Assim diz o Senhor Iahweh: Pois que Edom se vingou contra a casa de Judá e, vingando-se dela, incorreu em culpa grave, 13por esta razão — assim diz o Senhor Iahweh também eu estenderei a minha mão e extirparei dela homens e animais, reduzindo-a a uma desolação. Desde Temã até Dadã cairão à espada. 14Porei a minha vingança contra Edom nas mãos do meu povo Israel. Ele agirá em Edom, de acordo com a minha ira e com a minha cólera, conhecerão a minha vingança, oráculo do Senhor Iahweh. Contra os filisteus — 15Assim diz o Senhor Iahweh: Visto que os filisteus se entregam à vingança e praticam a vingança com a alma cheia de desprezo, procurando destruir com ódio eterno, 16também eu — diz o Senhor Iahweh — estenderei a minha mão contra os filisteus e extirparei os cereteus e farei perecer o resto dos habitantes da costa. 17 Exercerei contra eles uma grande vingança e os castigarei violentamente, para que saibam que eu sou Iahweh quando eu lhes impuser a minha vingança. 26 Contra Tiro — 1No undécimo ano, no primeiro dia do mês, a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, visto que Tiro disse sobre Jerusalém: Viva! A porta dos povos está quebrada; ela voltou-se para mim, sua riqueza está destruída. 3Pois bem! Assim diz o Senhor Iahweh: Eu me porei contra ti, ó Tiro, levantarei contra ti muitas nações como o mar levanta as suas ondas. 4Elas destruirão os muros de Tiro, arrasarão as suas torres. Varrerei a sua poeira e a reduzirei a uma rocha descalvada. 5Ela será um enxugadouro de redes no meio do mar, porque eu o disse, oráculo do Senhor Iahweh. Ela será saqueada pelas nações. 6Quanto às suas filhas que se encontram no campo, serão mortas à espada e saberão que eu sou Iahweh. 7Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Eis que vou trazer a Tiro, vindo do norte, Nabucodonosor, rei da Babilônia, rei dos reis, com carros e cavaleiros, com uma multidão imensa. 8As tuas filhas que se encontram no campo, matá-las-á à espada. Levantará trincheiras contra ti, contra ti erguerá um terrapleno, contra ti alçará um pavês. 9Aplicará os golpes dos seus aríetes contra os teus muros e derribará as tuas


torres com as suas máquinas. 10Em virtude da multidão dos seus cavalos, a sua poeira te cobrirá; por causa do ruído dos seus cavalos, das suas carroças e dos seus carros tremerão os teus muros, ao entrar pelas tuas portas, como quem entra em uma cidade por uma brecha. 11Pisará todas as tuas ruas com as patas dos seus cavalos, matará o teu povo à espada, porá por terra as tuas esteias colossais. 12Saquearão a tua riqueza e despojarão as tuas mercadorias; porão por terra os teus muros, demolirão as tuas casas luxuosas e atirarão à água as tuas pedras, a tua madeira e a tua caliça. 13Farei cessar o ruído dos teus cantos, os sons das tuas cítaras já não se ouvirão. 14Reduzir-te-ei a uma rocha descalvada, serás um enxugadouro de redes, nunca mais serás reconstruída, porque eu, Iahweh, o disse, oráculo do Senhor Iahweh. Lamentação sobre Tiro — 15Assim diz o Senhor Iahweh a Tiro: Porventura não tremerão as ilhas ao ruído da tua queda, ao gemido dos teus feridos, ao consumar-se a matança no meio de ti? 16Então todos os príncipes do mar descerão dos seus tronos, tirarão as suas capas e despirão as suas vestes matizadas. Vestir-se-ão de temor, sentarse-ão em terra, estremecerão a todo instante, por causa de ti. 17Farão uma lamentação a teu respeito e te dirão: Ei-la destruída, desaparecida dos mares, a cidade tão célebre, que foi poderosa no mar, ela e os seus habitantes, que enchiam de respeito todo o continente. 18Agora, no dia da sua queda as ilhas sentem um arrepio, as ilhas do mar estão apavoradas com o teu fim. 19Portanto, assim diz Iahweh: Quando eu te reduzir a uma cidade deserta, igual às cidades desabitadas, quando fizer subir contra ti o abismo, e águas abundantes te cobrirem, 20então te precipitarei juntamente com os que descem para a cova, para junto do povo de outrora. Far-te-ei habitar nas profundezas da terra, como as ruínas de outrora, com os que descem para a cova, de modo que não voltes a ser estabelecida na terra dos viventes. 21Reduzir-te-ei a um objeto de terror e já não existirás. Serás procurada, mas nunca mais serás encontrada, oráculo do Senhor Iahweh. 27 Segunda lamentação sobre a queda de Tiro — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Tu, filho do homem, pronuncia sobre Tiro uma lamentação. 3Dirás a Tiro, a que está instalada junto à saída do mar, que negocia com os povos de muitas ilhas e costas: assim diz o Senhor Iahweh: Tu, Tiro, dizias: "Eu sou um navio de beleza perfeita". 4As tuas fronteiras estão postas em pleno mar, os teus edificadores te dotaram de uma beleza perfeita. 5De zimbro do Sanir fabricaram as tábuas das tuas naus, tomaram um cedro do Líbano para construírem um mastro. 6De carvalhos de Basã fizeram os teus remos, fizeram para ti um convés de marfim incrustado no cipreste trazido das ilhas de Cetim; 7as tuas velas eram de linho bordado do Egito, servindo-te de pavilhão. A tua cobertura era de púrpura e escarlate das ilhas de Elisa. 8Os habitantes de Sidônia e de Arvad eram os teus remadores. Os teus sábios, ó Tiro, eram os teus pilotos. 9 Os anciãos de Gebal e os seus sábios estavam a teu serviço para repararem as tuas avarias. Todos os navios do mar estavam aí para mercadejarem contigo. 10Os habitantes da Pérsia, de Lud e Fut serviam como guerreiros no teu exército: penduravam no meio de ti escudos e capacetes; eles faziam o teu esplendor. 11Os filhos de Arvad e o seu exército se postavam ao longo dos teus muros; os gamadenses estavam nas tuas torres e penduravam os seus escudos ao longo dos teus muros, completando a tua beleza. 12 Társis era teu cliente, em virtude da abundância de todos os bens; permutavam a prata, o ferro, o estanho e o chumbo pelas tuas mercadorias. 13Javã, Tubal e Mosoc comerciavam contigo, trazendo escravos e objetos de bronze em troca de teus víveres. 14 De Bet-Togorma traziam-te cavalos, cavaleiros e mulos como mercadorias. 15Também os filhos de Dadã exerciam comércio contigo; muitas ilhas eram tuas clientes, trazendo como tributo dentes de marfim e ébano. 16Cliente teu era Edom em virtude da


abundância das suas mercadorias: trazia-te turquesa, púrpura, escarlate, bisso, coral e rubis em troca das tuas mercadorias. 17Judá e a terra de Israel exerciam comércio contigo, trazendo o trigo de Minit, panag, mel, azeite e bálsamo em troca das tuas mercadorias. 18Damasco era tua cliente, por causa da abundância das suas mercadorias, da abundância de todos os bens; ela te fornecia vinho de Helbon e lã de Saar. 19Dã e Javã, desde Uzal, em troca das tuas mercadorias forneciam ferro trabalhado, cássia e cana. 20Dadã comerciava contigo em artigos de montaria. 21A Arábia e todos os príncipes de Cedar eram teus clientes, negociando contigo em cordeiros, carneiros e bodes. 22Os comerciantes de Sabá e de Reema comerciavam também contigo, fornecendo-te toda a variedade de perfumes e de pedras preciosas e de ouro em troca de tuas mercadorias. 23Harã, Quene e Éden, os comerciantes de Sabá, da Assíria e de Queimada comerciavam contigo; 24comerciavam vestes finas, mantos de púrpura e tecidos bordados, cordões sólidos e bem entretecidos, em teus mercados. 25Os navios de Társis formavam caravanas a serviço do teu comércio. Tu estavas cheia e pesada no coração dos mares. 26Os teus remadores te conduziam por vastos mares. O vento oriental te partiu no coração dos mares. 27As tuas riquezas, os teus produtos, as tuas mercadorias, os teus marinheiros e os teus pilotos, os reparadores das tuas brechas, os autores do teu tráfico, todos os homens de guerra que estão contigo e toda a multidão que levas a bordo tombarão no coração dos mares no dia da tua ruína. 28Ao grito dos teus pilotos tremerão as praias. 29Então descerão dos seus navios todos os que manejam O remo. Os marinheiros, todos os homens do mar, ficarão em terra. 30Farão ouvir a sua voz a respeito de ti, e clamarão amargamente. Lançarão pó sobre as suas cabeças e se revolverão na cinza. 31Far-se-ão calvos por causa de ti e se cingirão de sacos. Por ti chorarão com amargura d'alma, em amargo pranto. 32Por ti levantarão um lamento, sim, lamentar-te-ão, dizendo: "Quem era semelhante a Tiro no meio do mar? 33Com as mercadorias trazidas dos mares saciavas muitos povos; com as tuas riquezas, as tuas mercadorias e os teus produtos enriqueceste os reis da terra. 34Agora estás despedaçada em pleno mar, nas profundezas das águas. A tua carga e todos os teus passageiros soçobraram contigo. 35Todos os habitantes das costas e ilhas ficaram apavorados por causa de ti. Os seus reis ficaram de cabelos arrepiados, com o rosto confuso. 36Os que se dedicam ao comércio entre os povos te esconjuram: tu te tornaste um objeto de pavor, nunca mais voltarás a existir, para sempre!" 28 Contra o rei de Tiro — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Iahweh: Pois que o teu coração se exalta orgulhosamente e dizes: "Eu sou deus, ocupo um trono divino no coração do mar". Apesar de seres homem e não Deus, alimentas, em teu coração, pretensões divinas. 3Certo, és mais sábio do que Danei, nenhum sábio há que se iguale a ti. 4Por tua sabedoria e inteligência adquiriste riqueza e acumulaste ouro e prata nos teus tesouros. 5 Tão notável é a tua sabedoria nos negócios que multiplicaste a tua riqueza e o teu coração se orgulhou dela. 6Por isso, assim fala o Senhor Iahweh: Visto que em teu coração te igualaste a Deus, 7também eu trarei contra ti estrangeiros, a mais terrível das nações. Desembainharão a espada contra a beleza de tua sabedoria, e profanarão o teu esplendor. 8Far-te-ão descer à cova e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9 Então ainda dirás na presença dos teus assassinos: "Eu sou um deus"? Com efeito, tu és um homem e não um deus nas mãos dos que hão de trespassar-te. 10Terás a morte de um incircunciso pela mão de estrangeiros, pois eu o disse, oráculo de Iahweh. A queda do rei de Tiro — 11A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 12Filho do homem, pronuncia um lamento contra o rei de Tiro e dize: Assim diz o Senhor


Iahweh: Tu eras um modelo de perfeição, cheio de sabedoria, de uma beleza perfeita. 13 Estavas no Éden, jardim de Deus. Engalanavas-te com toda sorte de pedras preciosas: rubi, topázio, diamante, Crisólito, cornalina, jaspe, lazulita, turquesa, berilo; de ouro eram feitos os teus pingentes e as tuas lantejoulas. Todas essas coisas foram preparadas nos dias em que foste criado. 14Fiz de ti o querubim protetor de asas abertas; estavas no monte santo de Deus e movias-te por entre pedras de fogo.15Desde o dia da tua criação foste íntegro em todos os teus caminhos até o dia em que se achou maldade em ti. 16Em virtude do teu comércio intenso te encheste de violência e caíste em pecado. Então te lancei do monte de Deus como um profano e te exterminei, ó querubim protetor, dentre as pedras de fogo. 17O teu coração se exaltou com tua beleza. Perverteste a tua sabedoria por causa do teu esplendor. Assim te atirei por terra e fiz de ti um espetáculo à vista dos reis. 18Em virtude da tua grande iniqüidade, por causa da desonestidade do teu comércio, profanaste os teus santuários. Assim, fiz sair fogo do meio de ti, um fogo que te devorasse. Reduzi-te a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplavam. 19Todos os que te conhecem dentre os povos estão apavorados por causa de ti. Um motivo de espanto te tornaste e deixaste de existir para sempre. Contra Sidônia — 20A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 21 Filho do homem, volta o teu rosto contra Sidônia e profetiza contra ela. 22Dize: Eis a palavra do Senhor Iahweh: Estou contra ti, Sidônia, serei glorificado dentro de ti e saberão que eu sou Iahweh, quando executar julgamento sobre ela e nela revelar a minha santidade. 23 Enviar-lhe-ei uma peste e o sangue correrá nas suas ruas, mortos cairão dentro dela pela espada, que a atingirá de todos os lados, e saberão que eu sou Iahweh. Israel libertado das nações — 24E não haverá mais para a casa de Israel acúleo que fira, nem espinho que cause dor da parte de todos os vizinhos que a desprezam e saberão que eu sou Iahweh. 25Assim diz o Senhor Iahweh: Quando eu ajuntar a casa de Israel dentre as nações por onde foram espalhados, revelarei entre eles a minha santidade aos olhos das nações e habitarão na terra que dei ao meu servo Jacó. 26Nela habitarão em segurança, edificarão casas e plantarão vinhas. Sim, habitarão em segurança, quando eu executar o julgamento contra todos os que os desprezam dentre os seus vizinhos e saberão que eu sou Iahweh, o seu Deus. 29 Contra o Egito — 1No décimo ano, no décimo mês, no décimo segundo dia do mês, a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, volta o teu rosto contra o Faraó, rei do Egito, profetiza contra ele e contra todo o Egito. 3Fala e dize-lhe: Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que estou contra ti, Faraó, rei do Egito, grande dragão deitado no meio do Nilo, tu que dizes: "O Nilo é meu, fui eu que o fiz".4Porei o arpão no teu queixo — e farei com que os peixes dos teus canais se preguem às tuas escamas, e te removerei do meio dos canais com todos os seus peixes pregados nas tuas escamas. 5 Abandonar-te-ei no deserto, a ti e a todos os peixes de teus .canais. Cairás em pleno campo, não serás recolhido nem sepultado. Dar-te-ei por pasto aos animais do campo e às aves do céu. 6Saberão assim todos os habitantes do Egito que eu sou Iahweh, por terem sido eles um apoio como cana para a casa de Israel. 7Quando se apegavam a ti, tu te rompias na sua mão, e lhes fendias a mão. Quando se apoiavam em ti, tu te quebravas e fazias cambalear os seus rins. 8Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Eis que trarei sobre ti a espada e de ti extirparei homens e animais. 9A terra do Egito será uma desolação e uma ruína, e assim saberão que eu sou Iahweh. Visto que ele disse: "O Nilo é meu, eu é que o fiz", 10eu sou contra ti e contra os teus canais, reduzindo a terra do Egito a uma ruína e a uma desolação desde Magdol até Siene e até as fronteiras da


Etiópia. 11Por ela não passará pé de homem, nem passará aí pé de animais. Ela ficará desabitada por quarenta anos. 12Reduzirei a terra do Egito a uma desolação no meio das terras desoladas e as suas cidades a uma desolação no meio das cidades em ruína durante quarenta anos, e espalharei os egípcios entre os povos e os dispersarei entre as nações. 13Portanto, assim diz o Senhor Iahweh: Ao cabo de quarenta anos reunirei os egípcios dentre os povos no meio dos quais foram espalha- dos. 14Reconduzirei os cativos do Egito e tornarei a reinstalá-los na terra de Patros, na sua terra de origem, onde constituirão um reino insignificante. 15O Egito será o mais insignificante dos reinos e nunca mais se elevará acima das nações; eu o reduzirei a um pequeno número, para que não volte a dominar sobre outras nações. 16Ele nunca mais dará motivo de segurança à casa de Israel. Antes, trará à memória o erro de ter-se voltado para ele em busca de auxílio. Assim saberão que eu sou o Senhor Iahweh. 17Ora, sucedeu que no vigésimo sétimo ano, no primeiro mês, no primeiro dia do mês, a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 18Filho do homem, Nabucodonosor, rei da Babilônia, impôs ao seu exército uma grande estafa diante de Tiro. Toda cabeça ficou calva e todo ombro esfolado, mas nenhuma recompensa conseguiu nem para si, nem para o seu exército como resultado da grande estafa a que se submeteu diante de Tiro. 19Por este motivo — diz o Senhor Iahweh — eis que vou entregar a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a terra do Egito. Ele levará a sua riqueza, despojá-la-á e a saqueará. Isto servirá de recompensa para ele e para o seu exército. 20Como paga pelo trabalho que realizou, entregar-lhe-ei a terra do Egito (pois que ele trabalhou para mim), oráculo do Senhor Iahweh. 21Naquele dia suscitarei um novo rebento para a casa de Israel e permitirei que se abra a boca no meio dela e saberão que eu sou Iahweh. 30 O dia de Iahweh contra o Egito — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, profetiza e dize: Assim diz o Senhor Iahweh: Dai uivos: "Ai! Que dia!" 3Com efeito, está próximo o dia, está próximo o dia de Iahweh. Será um dia de nuvens, será o tempo marcado para as nações. 4A espada atingirá o Egito, haverá angústia em Cuch, quando caírem os trespassados no Egito, quando forem levadas as suas riquezas e os seus alicerces ficarem arrasados. 5Cuch, Fut e Lud, toda a Arábia, Cub e os filhos das terras da aliança cairão com eles à espada. 6Assim diz Iahweh: Os sustentáculos do Egito cairão e sua força presunçosa ruirá por terra, desde Magdol até Siene muitos cairão à espada, oráculo do Senhor Iahweh. 7E serão uma desolação no meio de terras desoladas e as suas cidades estarão entre cidades reduzidas a ruínas. 8 Assim saberão que eu sou Iahweh, quando eu puser fogo no Egito e forem despedaçados todos os seus sustentáculos. 9Naquele dia partirão mensageiros enviados por mim, em navios, para assustarem Cuch em sua tranqüilidade. Haverá angústia entre os seus habitantes no dia do Egito, porque ele certamente virá. 10Assim diz o Senhor Iahweh: Aniquilarei a multidão do Egito pela mão de Nabucodonosor, rei da Babilônia. 11 Ele e o seu povo com ele — a mais terrível das nações — serão trazidos para devastarem a terra. Eles desembainharão as suas espadas contra o Egito e encherão a terra de mortos. 12Reduzirei os canais do Nilo a um deserto e venderei a terra a homens maus. Transformarei a terra e tudo o que nela há em uma desolação pela mão de estrangeiros. Eu, Iahweh, o disse. 13Assim diz o Senhor Iahweh: Farei perecer os ídolos imundos, extirparei de Nof os deuses falsos, e nunca mais haverá um príncipe na terra do Egito. Encherei de medo a terra do Egito. 14Reduzirei Patros a uma desolação, porei fogo a Soã e executarei julgamento em Nô. 15Derramarei o meu furor sobre Sin, a fortaleza do Egito, e exterminarei a horda de Nô. 16Porei fogo ao Egito, e Sin ficará toda convulsionada; Nô será fendida e as águas a inundarão. 17Os jovens de On e de Pi-Beset cairão à espada e as cidades irão para o cativeiro. 18Em Táfnis o dia se tornará em trevas


quando eu quebrar ali o cetro do Egito e cessar a sua força presunçosa. Quanto a ela, uma nuvem a cobrirá e as suas filhas irão para o cativeiro. 19Assim executarei julgamento no Egito e saberão que eu sou Iahweh. 20Aconteceu que no undécimo ano, no primeiro mês, no sétimo dia do mês a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 21Filho do homem, quebrei o braço do Faraó, rei do Egito, mas ele não foi enfaixado, não lhe aplicaram remédio nem lhe puseram atadura, para que pudesse recobrar a sua força e assim manejar a espada. 22Portanto, eis o que diz o Senhor Iahweh: Eu estou contra o Faraó, rei do Egito. Quebrarei os seus braços, tanto o que está são, como o que está quebrado, e farei cair a espada da sua mão. 23Espalharei os egípcios por entre os povos, sim, dispersá-los-ei por entre as nações. 24Fortalecerei os braços do rei da Babilônia, porei a minha espada na sua mão e quebrarei os braços do Faraó, fazendo com que dê gemidos de um trespassado na presença daquele. 25Assim, fortalecerei os braços do rei da Babilônia, mas os braços do Faraó desfalecerão, e saberão que eu sou Iahweh, quando eu puser a minha espada na mão do rei da Babilônia e ele a estender contra a terra do Egito. 26Espalharei os egípcios por entre os povos e os dispersarei por entre as nações. Então saberão que eu sou Iahweh. 31 O cedro — 1No décimo primeiro ano, no terceiro mês, no primeiro dia do mês, a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, dize ao Faraó, rei do Egito e à multidão do seu povo: Com quem te assemelhas na tua grandeza? 3Tu és como um cedro do Líbano de bela ramagem — uma brenha sombria —, de alto porte, com o seu cimo entre as nuvens. 4As águas lhe deram crescimento, o abismo lhe assegurou altura, fazendo jorrar as suas águas abundantes em torno dele, ao conduzir os seus regatos a todas as árvores do campo. 5Por isso o seu porte era mais elevado do que o de todas as árvores do campo, os seus ramos se multiplicaram, os seus galhos se alongaram, por causa das águas abundantes que lhe davam crescimento. 6Em seus ramos faziam ninho todas as aves do céu, sob os seus galhos todos os animais do campo tinham as suas crias, à sua sombra sentavam-se pessoas de nações variadas. 7Era belo no seu grande porte, com os seus longos ramos porque as suas raízes mergulhavam em águas abundantes. 8Os cedros do jardim de Deus não se igualavam a ele, nem os zimbros se assemelhavam à sua ramagem. Nenhum plátano tinha galhos como os seus. Nenhuma árvore do jardim de Deus era igual a ele em beleza. 9É que eu o tinha feito belo com a sua ramagem abundante, de modo que todas as árvores do Éden — as que estavam no jardim de Deus — tinham inveja dele. 10Pois bem, assim diz o Senhor Iahweh: Visto que, por se ter tornado tão alto, elevando o seu cume por entre as nuvens, o seu coração se encheu de orgulho devido ao seu porte, 11também eu o entregarei nas mãos do dominador das nações a fim de que aja com ele de acordo com a sua maldade: eu o rejeitei. 12Estrangeiros, os mais cruéis dos povos, o mutilaram e o deixaram abandonado. Os seus ramos jazem caídos nas montanhas e nos vales; os seus galhos jazem partidos por todas as correntezas da terra. Todos os povos da terra fugiram da sua sombra e o abandonaram. 13Sobre os seus restos habitam todas as aves do céu, em seus galhos se instalam todos os animais do campo, 14a fim de que nenhuma árvore bem regada se torne muito alta nem eleve o seu cimo por entre as nuvens, a fim de que nenhuma árvore bem aguada chegue até elas, pois que todas estão destinadas à morte, às regiões subterrâneas, juntamente com os filhos dos homens, com os que descem à cova. 15 Assim diz o Senhor Iahweh: No dia em que ele desceu ao Xeol, decretei luto, cobri-o com o abismo, paralisei os seus rios, de modo que as suas águas abundantes ficaram retidas. Por causa dele o Líbano se cobriu de sombra e todas as árvores do campo definharam. 16Com o ruído da sua queda estarreci as nações, quando o precipitei no Xeol juntamente com os que descem à cova. Com isso se consolaram, nas regiões


subterrâneas, todas as árvores do Éden, o escol do Líbano, todas árvores bem regadas. 17 A sua descendência — ela habitava à sua sombra, entre as nações — desceu com ele ao Xeol para junto dos que foram trespassados à espada. 18A quem te igualas na tua glória e na tua grandeza entre as árvores do Éden? Entretanto foste precipitado juntamente com as árvores do Éden nas regiões subterrâneas, entre os incircuncisos, onde hás de habitar com os trespassados à espada. Tal é o Faraó juntamente com toda a multidão do seu povo, oráculo do Senhor Iahweh. 32 O crocodilo — 1Sucedeu que no décimo segundo ano, no décimo segundo mês, no primeiro dia do mês, a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, ergue uma lamentação sobre o Faraó, rei do Egito e dize: Leãozinho das nações, eis que estás reduzido ao silêncio! Eras como um crocodilo em pleno mar, revolvias-te nos teus rios, turvavas a água com os teus pés, emporcalhavas os rios. 3 Assim diz o Senhor Iahweh: Estenderei sobre ti a minha rede em um ajuntamento de povos, os quais te apanharão com a minha rede. 4Deixar-te-ei largado no chão, atirar-teei à superfície da terra, farei pousar sobre ti todas as aves do céu e saciarei de ti todos os animais do campo. 5Depositarei a tua carne sobre os montes, encherei os vales com os teus restos. 6Regarei a terra com o sangue que corre de ti por sobre os montes, de tal modo que as ravinas fiquem inundadas de ti. 7Ao morreres, cobrirei os céus e escurecerei as suas estrelas, cobrirei o sol com as nuvens e a lua não dará a sua luz. 8 Escurecerei todos os astros do céu por tua causa e espalharei as trevas sobre a tua terra, oráculo do Senhor Iahweh. 9Trarei tristeza ao coração de muitos povos, quando eu causar a tua ruína entre as nações, em terras que não conheces. 10Deixarei estarrecidos muitos povos por causa de ti: os seus reis ficarão apavorados por tua causa, quando eu brandir a minha espada diante deles; tremerão a cada momento no dia da sua queda, cada um por sua vida. 11Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: A espada do rei da Babilônia te alcançará. 12Pela espada de guerreiros — todos eles dos mais terríveis entre as nações — farei cair a multidão do teu povo e destruirei o orgulho do Egito e toda a multidão do seu povo será exterminada. 13Bem junto às suas águas abundantes farei perecer todo o seu gado. Nenhum pé de homem tornará a turvá-las, nem as turvará o casco do gado. 14Então abaixarei as águas e os rios escorrerão como o óleo, oráculo do Senhor Iahweh. 15Quando eu reduzir o Egito a uma desolação, de modo que a terra fique despojada da sua abundância, quando eu ferir todos os seus habitantes, então saberão que eu sou Iahweh. 16Eis a lamentação que entoarão as filhas das nações. Entoá-la-ão sobre o Egito e sobre a multidão do seu povo. Certamente a entoarão, oráculo do Senhor Iahweh. Descida do Faraó ao Xeol — 17No décimo segundo ano, no primeiro mês, no décimo quinto dia do mês, a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 18Filho do homem, faze uma lamentação sobre o povo do Egito. Faze com que ele desça, juntamente com as filhas das nações — majestosas — para as regiões subterrâneas, com os que descem à cova. 19í A quem tu sobrepujas em graça? Desce, deita-te com os incircuncisos. 20Caíram entre os trespassados à espada (a espada foi dada; desembainharam-na), ele e todas as suas multidões. 21Do fundo do Xeol lhe dirão os guerreiros valorosos, seus aliados: "Os incircuncisos, trespassados à espada, já desceram, já dormem". 22Ali estão a Assíria e todo o seu exército, com os seus túmulos em torno, todos eles trespassados, caídos à espada. 23Puseram o seus túmulos nas partes mais profundas da cova e os seus exércitos em torno ao seu túmulo, todos trespassados, caídos à espada, eles que espalhavam o terror pela terra dos viventes. 24Ali está Elam com toda a sua multidão em torno dos seus túmulos, todos trespassados, caídos à


espada. Desceram incircuncisos à região subterrânea, eles que tinham espalhado o terror na terra dos viventes, mas agora levaram sobre si o seu opróbrio com os que descem à cova. 25Foi-lhes dado um jazigo entre os trespassados, juntamente com a sua multidão ao redor do seu túmulo, todos eles incircuncisos, trespassados à espada, porque espalharam o seu terror na terra dos viventes. Levaram sobre si o seu opróbrio juntamente com os que descem à cova. Foram colocados entre os trespassados. 26Ali estão Mosoc, Tubal e toda a sua multidão com os seus túmulos ao redor dela, todos incircuncisos, trespassados à espada por terem espalhado o seu terror na terra dos viventes. 27Não repousam na companhia dos heróis tombados na antigüidade, os quais desceram ao Xeol com as suas armas, cujas espadas foram colocadas sob a sua cabeça e cujo pavês repousa sobre seus ossos, porque o terror dos heróis reinava na terra dos viventes. 28Mas tu serás despedaçado no reino dos incircuncisos e jazerás com os trespassados à espada. 29Ali estão Edom, os seus reis e todos os seus príncipes, os quais foram colocados junto com os trespassados à espada, apesar do seu heroísmo. Ali jazem com os incircuncisos e com os que descem à cova. 30Ali estão todos os príncipes do norte e todos os sidônios, que desceram juntamente com os trespassados, em virtude do terror causado pela sua valentia. Jazem envergonhados, incircuncisos que são, com os trespassados à espada, levando sobre si o seu opróbrio juntamente com os que descem à cova. 31O Faraó os verá e se consolará vendo essa multidão trespassada à espada, sim, o Faraó e todo o seu exército, oráculo do Senhor Iahweh. 32Pois que ele espalhou o terror na terra dos viventes, ele jazerá entre os incircuncisos, juntamente com os trespassados à espada, sim, o Faraó com toda a sua multidão, oráculo do Senhor Iahweh. III. Durante e após o cerco de Jerusalém 33 O profeta como atalaia — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: Filho do homem, dirige a palavra aos filhos do teu povo e dize-lhes: Quando trago a espada sobre uma terra qualquer, o seu povo toma uma pessoa dentre os seus e a põe como atalaia. 3Se este vê a espada que vem contra a terra, dá o sinal com a trombeta, advertindo o povo. 4Se alguém, apesar de ouvir o som da trombeta, não presta atenção a espada virá e o apanhará; o seu sangue cairá sobre a sua própria cabeça 5Portanto, ele ouviu o som da trombeta, mas não prestou atenção: o seu sangue cairá sobre ele, enquanto aquele que deu atenção ao aviso salvará a sua vida. 6Por outra parte, se o atalaia vê a espada que vem, mas não dá sinal com a trombeta, de modo que o povo não receba o aviso, e a espada sobre- venha e leve uma pessoa dentre o povo, esta será apanhada na sua iniqüidade, mas eu requererei o seu sangue do atalaia. 7Ora, a ti, filho do homem, te pus como atalaia para a casa de Israel. Assim, quando ouvires uma palavra da minha boca, hás de avisá-los de minha parte. 8Quando eu disser ao ímpio: "Ó ímpio, certamente hás de morrer" e tu não o desviares do seu caminho ímpio, o ímpio morrerá por causa da sua iniqüidade, mas o seu sangue o requererei de ti. 9Por outra parte, se procurares desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá por sua iniqüidade, mas tu terás salvo a tua vida.

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Conversão e perversão — 10Tu, filho do homem, dize à casa de Israel: Vós afirmais: "As nossas transgressões e os nossos pecados pesam sobre nós. Por eles estamos perecendo. Como poderemos viver?"? 11Dize-lhes: "Por minha vida, oráculo do Senhor Iahweh; certamente não tenho prazer na morte do ímpio; mas antes, na sua conversão, em que ele se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel?" 12Tu, filho do homem, dize aos filhos do teu povo: A justiça do justo não o libertará no dia em que cometer


transgressão, e a impiedade do ímpio não o arruinará no dia em que se converter da sua impiedade. Assim o justo não poderá viver pela sua justiça no dia em que pecar. 13Se eu disser ao justo: "Tu viverás", mas ele, confiado em sua justiça, praticar o mal, toda a sua justiça não será lembrada, e ele morrerá pela maldade que praticou. 14Se eu disser ao ímpio: "Tu morrerás", mas ele se converter do seu pecado e praticar o direito e a justiça, 15 devolvendo o penhor recebido, restituindo o furtado e observando os preceitos que dão vida, não praticando a iniqüidade, certamente viverá, não morrerá. 16Todos os pecados que cometeu já não serão lembrados: ele praticou o direito e a justiça, logo, viverá. 17Os filhos do teu povo dizem: "A maneira de agir do Senhor não está certa". Ao contrário, é a vossa maneira de agir que não está certa. 18Com efeito, ao desviar-se o justo da sua justiça e praticar o mal, ele morrerá por esta causa. 19Por outra parte, quando o ímpio se converter de sua impiedade, praticando o direito e a justiça, viverá por estas coisas. 20 Mas vós dizeis: "Não está certa a maneira de agir do Senhor". Certamente, ó casa de Israel, eu julgarei cada um de acordo com o vosso comportamento. A tomada da cidade — 21Sucedeu que no décimo segundo ano, no décimo mês, no quinto dia do mês do nosso exílio, veio ter comigo um fugitivo de Jerusalém para dizerme: "A cidade foi tomada". 22Ora, na tarde anterior do dia em que veio o fugitivo, a mão de Iahweh viera sobre mim e abriu-me a boca de manhã, quando aquele veio ter comigo. Abriu-se-me a boca e fiquei livre da minha mudez. A devastação da terra — 23Então a palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 24 Filho do homem, os habitantes daquelas ruínas do solo de Israel dizem: "Abraão era um só quando tomou posse da terra. Ora, a nós que somos muitos, a terra foi dada em patrimônio". 25Dize-lhes, pois: Assim diz o Senhor Iahweh: Vós devorais o sangue e elevais os olhos para os vossos ídolos imundos, derramais sangue e haveis de ter a posse da terra? 26Vós vos estribais em vossas espadas, cometeis abominação, cada um profana a mulher do seu próximo e haveis de ter a posse da terra? 27Assim lhes dirás: Eis o que diz o Senhor Iahweh: Por minha vida, certamente uns cairão à espada no meio das ruínas, enquanto outros em pleno campo, serão dados a comer às feras, enquanto outros ainda, refugiados nas montanhas e nas cavernas, morrerão de peste. 28Farei da terra uma solidão e um deserto, e assim cessará o orgulho da sua força e os montes de Israel ficarão abandonados por falta de quem passe por eles. 29Desse modo saberão que eu sou Iahweh, quando eu reduzir a terra a uma desolação e a um deserto, por causa de todas as abominações que praticaram. Resultados da pregação — 30Quanto a ti, filho do homem, os filhos do teu povo põemse a conversar a teu respeito, junto aos muros e junto às portas das casas, dizendo entre si, cada um com o seu irmão: "Vamos ouvir qual a palavra que vem da parte de Iahweh". 31Dirigem-se a ti em bando, sentam-se na tua presença e ouvem a tua palavra, mas não a põem em prática. O que eles praticam é a mentira que está na sua boca; o que o seu coração busca é o seu lucro. 32Tu és para eles como uma canção suave, bem cantada ao som de instrumentos de corda: eles ouvem as tuas palavras, mas não as praticam. 33Ora, quando isso acontecer — e certamente vai acontecer — saberão que um profeta esteve no meio deles. 34 Os pastores de Israel — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel, profetiza e dize-lhes: Pastores, assim diz o Senhor Iahweh: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar o seu rebanho? 3Vós vos alimentais com leite, vos vestis


de lã e sacrificais as ovelhas mais gordas, mas não apascentais o rebanho! 4Não restaurastes o vigor das ovelhas abatidas, não curastes a que está doente, não tratastes a ferida da que sofreu fratura, não reconduzistes a desgarrada, não buscastes a perdida, mas dominastes sobre elas com dureza e violência. 5Por falta de pastor, elas dispersaram-se e acabaram por servir de presa para todos os animais do campo; e se dispersaram. 6O meu rebanho dispersou-se por todos os montes, por todos os outeiros elevados e por toda a superfície da terra dispersou-se o meu rebanho. Não há quem o procure ou quem vá em sua busca. 7Portanto, pastores, ouvi a palavra de Iahweh. 8Por minha vida, oráculo do Senhor Iahweh, eu vos asseguro: Visto que o meu rebanho é objeto de saque e serviu de presa a todos os animais do campo, por não terem pastor, pois que os meus pastores não se preocupam com o meu rebanho, porque eles apascentam a si mesmos, mas não apascentam o meu rebanho, 9por isso, ó pastores, ouvi a palavra de Iahweh. 10Assim diz o Senhor Iahweh: Eis-me contra os pastores. Das suas mãos requererei prestação de contas a respeito do rebanho e os impedirei de apascentar meu rebanho. Deste modo os pastores não tornarão a apascentar-se a si mesmos. Livrarei minhas ovelhas da sua boca e não continuarão a servir-lhes de presa. 11 Com efeito, assim diz o Senhor Iahweh: Certamente eu mesmo cuidarei do meu rebanho e o procurarei. 12Como um pastor cuida do seu rebanho, quando está no meio das suas ovelhas dispersas, assim cuidarei das minhas ovelhas e as recolherei de todos os lugares por onde se dispersaram em um dia de nuvem e de escuridão. 13Trá-las-ei dentre os povos, reuni-las-ei dentre as nações estrangeiras e reconduzi-las-ei para o seu solo, apascentando-as sobre os montes de Israel, nas margens irrigadas dos seus ribeiros e em todas as regiões habitáveis da terra. 14Apascentá-las-ei em um bom pasto, sobre os altos montes de Israel terão as suas pastagens. Aí repousarão em um bom pasto e encontrarão forragem rica sobre os montes de Israel. 15Eu mesmo apascentarei o meu rebanho, eu mesmo lhe darei repouso, oráculo do Senhor Iahweh. 16Buscarei a ovelha que estiver perdida, reconduzirei a que estiver desgarrada, pensarei a que estiver fraturada e restaurarei a que estiver abatida. Quanto à gorda e vigorosa, guardá-la- ei e apascentá-la-ei com o direito. 17Quanto a vós, minhas ovelhas, assim diz o Senhor Iahweh: Eis que vou julgar entre ovelha e ovelha, entre carneiros e bodes. 18Porventura vos parece pouco o pastardes no melhor pasto, mas ainda pisais o resto do pasto com vossos pés, ou beberdes a água límpida, mas ainda turvais o resto com vossos pés? 19E as minhas ovelhas hão de pastar o pisado pelos vossos pés e beber o turvado pelos vossos pés? 20Pois bem, assim diz o Senhor Iahweh: Eis que vou julgar entre a ovelha gorda e a ovelha magra. 21Visto que empurrastes com os ombros e com os lados, escorneastes as ovelhas abatidas, a ponto de afugentá-las para longe, 22eu mesmo vou trazer salvação ao meu rebanho, de modo que não mais sejam saqueadas. Sim, eu mesmo julgarei entre ovelha e ovelha. 23Suscitarei para elas um pastor que as apascentará, a saber, o meu servo Davi: ele as apascentará, ele lhes servirá de pastor. 24E eu, Iahweh, serei o seu Deus e meu servo Davi será príncipe entre elas. Eu, Iahweh, o disse. 25Concluirei com elas uma aliança de paz e extirparei da terra as feras, de modo que habitem no deserto em segurança e durmam nos seus bosques. 26Distribuí-las-ei nos arredores do meu outeiro e trarei chuva no tempo certo, uma chuva abençoada. 27A árvore do campo dará o seu fruto, a terra produzirá a sua safra, e elas estarão seguras em sua terra e saberão que eu sou Iahweh, quando eu quebrar as varas do jugo e as libertar da mão dos que as sujeitavam. 28Elas não voltarão a servir de presa às nações e as feras não as devorarão. Elas habitarão tranqüilas, sem que ninguém as amedronte. 29 Proporcionarei a elas uma lavoura famosa, de modo que não voltem a ser colhidas pela fome na terra, nem voltarão a sofrer a afronta das nações. 30Então saberão que eu, Iahweh, estou com elas, e que elas constituem o meu povo, a casa de Israel, oráculo do


Senhor Iahweh. 31E vós, minhas ovelhas, vós sois o rebanho humano do meu pasto e eu sou o vosso Deus, oráculo do Senhor Iahweh. 35 Contra os montes de Edom — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: Filho do homem, dirige a tua face contra o monte de Seir e profetiza contra ele. 3Dizelhe: Assim diz o Senhor Iahweh: eis que me oponho a ti, monte de Seir. Estenderei a minha mão contra ti e te reduzirei a uma solidão e a um deserto. 4Das tuas cidades farei uma ruína. Assim, serás uma solidão e saberás que eu sou Iahweh. 5Por teres cultivado um ódio eterno e teres entregue à espada os filhos de Israel, no tempo da sua calamidade, no tempo em que chegou ao fim sua culpa. 6Por isso, pela minha vida, oráculo de Iahweh, eu te cobrirei de sangue e o sangue te perseguirá. Tu te tornaste culpado, derramando sangue; Pois agora o sangue te perseguirá. 7Farei do monte de Seir uma desolação e um deserto. Extirparei dele todo aquele que percorre a terra. 8Encherei os seus montes de trespassados: trespassados à espada cairão em seus outeiros, vales e barrancos. 9Reduzir-te-ei a uma desolação eterna. As tuas cidades não serão habitadas e assim sabereis que eu sou Iahweh. 10Visto que disseste: "As duas nações e as duas terras serão minhas. Nós teremos a posse delas", apesar de Iahweh estar ali. 11Por isso mesmo, por minha vida, oráculo do Senhor Iahweh, agirei contigo de acordo com a ira e o ciúme com que te manifestaste contra eles em virtude do teu ódio. Serei conhecido entre eles pela maneira por que eu te julgar. 12E saberás que eu, Iahweh, ouvi todos os insultos que pronunciaste contra os montes de Israel, dizendo: "Eles estão reduzidos a uma desolação; eles nos foram dados para que os devorássemos". 13Levantaste a tua voz contra mim: muitos foram os teus discursos contra mim. Eu ouvi tudo. 14Assim diz o Senhor Iahweh: Para a alegria de toda a terra, farei de ti uma desolação. 15Como tu te alegraste, porque a herança da casa de Israel ficou desolada, far-te-ei o mesmo. Ficarás desolado, ó monte de Seir, bem como todo o Edom, e saberão que eu sou Iahweh.

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36 Oráculo sobre os montes de Israel — 1Tu, filho do homem, profetiza aos montes de Israel e dize: Montes de Israel, ouvi a palavra de Iahweh. 2Assim diz o Senhor Iahweh: Pois que o inimigo disse, referindo-se a vós: "Viva! Estes lugares altos eternos nos são dados como possessão". 3Profetiza e dize: Assim diz o Senhor Iahweh: Visto que vos devastaram e vos apanharam de todos os lados, a fim de que viésseis a ser possessão do resto das nações, expostos ao falatório e à difamação dos povos, 4por esta razão, montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor Iahweh. Assim diz o Senhor Iahweh aos montes, aos outeiros, aos despenhadeiros e aos vales, às ruínas em desolação e às cidades abandonadas, entregues ao saque e à zombaria das demais nações ao redor de vós. 5Pois bem, assim fala o Senhor Iahweh. Certamente no ardor do meu ciúme falei a respeito do resto das nações e a respeito de todo o Edom, que distribuíram entre si a minha terra como possessão, com alegria de coração e desprezo da alma, a fim de saquearem os seus pastos. 6Portanto, profetiza a respeito da terra de Israel e dize às montanhas, aos outeiros, aos despenhadeiros e aos vales: Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que falo no meu ciúme e na minha cólera: pois que suportais o opróbrio das nações, 7assim diz o Senhor Iahweh: Estendi a minha mão e asseguro solenemente que as nações que vos cercam terão de suportar — elas mesmas — o seu opróbrio. 8E vós, montes de Israel, produzireis para o meu povo de Israel os vossos ramos e os vossos frutos, pois que ele há de voltar em breve. 9Com efeito, eu venho ter convosco, volto para vós e vós sereis lavrados e semeados. 10Multiplicarei os homens que hão de habitar sobre vós, a saber, toda a casa de Israel. As cidades serão habitadas e as ruínas, reedificadas 11Multiplicarei sobre vós os homens e o gado: eles se multiplicarão e frutificarão. Farei com que sejais habitados como antes e vos assegurarei condições melhores do que as de outrora, e


sabereis que eu sou Iahweh. 12Farei com que os homens tomem posse de vós, ó meu povo, Israel. Eles te possuirão e tu serás a sua herança e não tornarás a privá-los dos seus filhos 13Assim diz o Senhor Iahweh: Dizem de ti: "Tu és uma devoradora de homens, tu privas de filhos a tua nação". 14Pois bem, não voltarás a devorar os homens e não tornarás a desfilhar a tua nação, oráculo do Senhor Iahweh. 15Farei com que não voltes a ouvir os insultos das nações, não tornarás a suportar a zombaria dos povos, nem voltarás a privar a nação dos seus filhos, oráculo do Senhor Iahweh. 16A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 17Filho do homem, a casa de Israel, que habitava a sua terra, contaminou-a com o seu comportamento e com as suas ações, como a impureza de uma mulher no seu incômodo. Tal foi o seu comportamento diante de mim. 18 Então, derramei sobre eles a minha cólera, em virtude do sangue que derramaram na terra e em virtude dos ídolos imundos com os quais a contaminaram. 19Espalhei-os por entre as nações e eles foram dispersos por terras estrangeiras. Puni-os de acordo com o seu comportamento e com as suas ações.20 E nas nações para onde se dirigiram, profanaram o meu santo nome, pois se dizia deles: "Este é o povo de Iahweh. Eles tiveram que sair da sua terra". 21Mas eu tive consideração com o meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para as quais se dirigiram. 22Por isso dirás à casa de Israel: Assim diz o Senhor Iahweh: Não é em consideração a vós que estou agindo assim, ó casa de Israel, mas sim por causa do meu santo nome, que vós profanastes entre as nações para as quais vos dirigistes. 23Santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, no meio das quais vós o profanastes, e saberão as nações que eu sou Iahweh — oráculo do Senhor Iahweh, — quando eu for santificado em vós aos seus olhos, 24quando eu vos tomar dentre as nações e vos reunir de todas as terras, reconduzindo- vos à vossa terra. 25Borrifarei água sobre vós e ficareis puros; sim, purificar-vos-ei de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos imundos. 26 Dar-vos-ei um coração novo, porei no vosso íntimo um espírito novo, tirarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. 27Porei no vosso íntimo o meu espírito e farei com que andeis de acordo com os meus estatutos e guardeis as minhas normas e as pratiqueis. 28Então habitareis na terra que dei a vossos pais: sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus; 29libertar-vos-ei de todas as vossas impurezas. Chamarei o trigo e o multiplicarei e já não vos entregarei à fome. 30Multiplica- rei os frutos das árvores e o produto do campo, a fim de não voltardes a sofrer o opróbrio da fome entre as nações. 31Então vos lembrareis dos vossos maus caminhos e das vossas ações que não eram boas e sentireis asco de vós mesmos em virtude das vossas maldades e abominações. 32Agirei assim, não por consideração para convosco — oráculo do Senhor Iahweh — sabei-o bem e envergonhai-vos. Deveis sentir pejo do vosso mau caminho, ó casa de Israel. 33Assim diz o Senhor Iahweh: No dia em que eu vos purificar de todas as iniqüidades, farei com que sejam habitadas as vossas cidades e reconstruídas as vossas ruínas. 34E a terra desolada voltará a ser cultivada, em lugar da solidão que havia antes aos olhos de todos os que passavam. 35Então dirão: "Esta terra que era uma desolação está agora como o jardim do Éden, e as suas cidades, antes em ruína, desoladas e arrasadas, constituem agora fortalezas habitadas". 36As nações que sobrarem em torno de vós saberão que eu, Iahweh, reconstruí estas cidades arrasadas e replantei estes desertos. Eu, Iahweh, o disse e o faço. 37Assim diz o Senhor Iahweh: Ainda isto farei por eles: consentirei em ser procurado pela casa de Israel e os multiplicarei como um rebanho humano. 38Como um rebanho consagrado, como rebanho em Jerusalém por ocasião das assembléias solenes, tais serão as cidades arrasadas, cheias de um rebanho humano, e saberão que eu sou Iahweh.


37Os ossos secos — 1A mão de Iahweh veio sobre mim e me conduziu para fora pelo espírito de Iahweh e me pousou no meio de um vale que estava cheio de ossos. 2E aí fez com que eu me movesse em torno deles de todos os lados. Os ossos eram abundantes na superfície do vale e estavam muito secos. 3Ele me disse: "Filho do homem, porventura tornarão a viver estes ossos?" Ao que respondi: "Senhor Iahweh, tu o sabes". 4Então me disse: "Profetiza a respeito destes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra de Iahweh. 5Assim fala o Senhor Iahweh a estes ossos: Eis que vou fazer com que sejais penetrados pelo espírito e vivereis. 6Cobrir-vos-ei de tendões, farei com que sejais cobertos de carne e vos revestirei de pele. Porei em vós o meu espírito e vivereis. Então sabereis que eu sou Iahweh". 7Profetizei, de acordo com a ordem que recebi. Enquanto eu profetizava, houve um ruído e depois um tremor e os ossos se aproximaram uns dos outros. 8Vi então que estavam cobertos de tendões, estavam cobertos de carne e revestidos de pele por cima, mas não havia espírito neles. 9Então me disse: "Profetiza ao espírito, profetiza, filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Iahweh: Espírito, vem dos quatro ventos e sopra sobre estes ossos para que vivam". 10Profetizei de acordo com o que ele me ordenou, o espírito penetrou-os e eles viveram, firmando-se sobre os seus pés como um imenso exército. 11Então ele me disse: Filho do homem, estes ossos representam toda a casa de Israel, que está a dizer: "Os nossos ossos estão secos, a nossa esperança está desfeita. Para nós está tudo acabado". 12Pois bem, profetiza e dize-lhe: Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que vou abrir os vossos túmulos e vos farei subir dos vossos túmulos, ó meu povo, e vos reconduzirei para a terra de Israel. 13Então sabereis que eu sou Iahweh, quando eu abrir os vossos túmulos e vos fizer subir de dentro deles, ó meu povo. 14Porei o meu espírito dentro de vós e haveis de reviver: eu vos reporei em vossa terra e sabereis que eu, Iahweh, falei e hei de fazer, oráculo de Iahweh. Judá e Israel reunidos em um só reino — 15A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 16E tu, filho do homem, toma uma acha de lenha e escreve sobre ela: "Judá e os filhos de Israel que estão com ele". Em seguida tomarás outra acha de lenha e escreverás sobre ela: "José (acha de Efraim) e toda a casa de Israel que está com ele". 17 Aproxima-as uma da outra, de modo que formem uma só acha de lenha; que elas formem uma só na tua mão. 18Ora, quando os filhos do teu povo te perguntarem: "Não nos explicarás o que queres dizer com isto?" 19Tu lhes dirás: Assim diz o Senhor Iahweh: Eu vou tomar a acha de lenha que é José (a qual está na mão de Efraim), e as tribos de Israel que estão com ele, e as juntarei acha de lenha que é Judá, e farei delas uma só acha de lenha, de modo que sejam uma só acha em minha mão. 20As achas de lenha sobre as quais escreveste estarão em tua mão diante dos seus olhos. 21Dize-lhes: Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que vou tomar os filhos de Israel dentre as nações, para as quais foram levados, e reuni-los-ei de todos os povos e os reconduzirei para a sua terra, 22e farei deles uma só nação na terra, nos montes de Israel, e haverá um só rei para todos eles. Já não constituirão duas nações, nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23 Não voltarão a contaminar-se com os seus ídolos imundos, com as suas abominações e com todas as suas transgressões. Hei de salvá-los das suas apostasias com que pecaram e hei de purificá-los, para que sejam o meu povo e eu seja o seu Deus. 24O meu servo Davi será rei sobre eles, e haverá um só pastor para todos, e andarão de acordo com as minhas normas e guardarão os meus estatutos e os praticarão. 25Habitarão na terra que dei ao meu servo Jacó, terra em que habitaram os vossos pais. Nela habitarão eles, os seus filhos e os filhos dos seus filhos para sempre, e Davi, o meu servo, será o seu príncipe para sempre. 26Concluirei com eles uma aliança de paz, a qual será uma aliança eterna. Estabelecê-los-ei e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles para sempre.27 A minha Habitação estará no meio deles: eu serei o seu Deus e eles serão o


meu povo. 28Assim saberão as nações que eu sou Iahweh, aquele que santifica Israel, quando o meu santuário estiver no meio deles para sempre. 38 Contra Gog, rei de Magog — 1A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos: 2 Filho do homem, volta o teu rosto para Gog, na terra de Magog, príncipe e cabeça de Mosoc e Tubal, e profetiza contra ele, 3dizendo: Assim fala o Senhor Iahweh: Eis que estou contra ti, Gog, príncipe e cabeça de Mosoc e Tubal. 4Far-te-ei mudar de rumo, porei arpões no teu queixo e farei com que saias com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos eles magnificamente equipados, uma grande assembléia, toda ela trazendo pavês e escudo, manejando a espada. 5Com eles, a Pérsia, Cuch e Fut, todos trazendo escudo e capacete. 6Gomer com todas as suas tropas; Bet-Togorma, situada no extremo norte, com todas as suas tropas,povos numerosos contigo. 7Apronta-te, pois, e prepara-te, com toda a assembléia que se junta a ti, põe-te a meu serviço. 8Após muitos dias serás convocada. Após muitos anos virás a uma terra recuperada da espada, que veio dentre muitos povos sobre os montes de Israel, reduzidos a ruínas por longo tempo. Saídos dentre os povos, habitam em segurança todos eles. 9Subirás como uma tempestade, virás como uma nuvem que vai cobrindo a terra, tu com todas as tuas tropas e muitos povos contigo. 10Assim diz o Senhor Iahweh: Naquele dia um pensamento mau invadirá o teu coração e tu farás um plano iníquo. 11Dirás: "Subirei contra uma terra indefesa, marcharei contra homens tranqüilos, que habitam em segurança, vivendo todos em cidades não muradas, sem ferrolhos e sem portas". 12O teu propósito será fazer despojo e realizar um saque, levando a tua mão contra ruínas habitadas e contra um povo reunido dentre as nações, dedicando-se ao seu gado e às suas terras, residindo no centro da terra. 13Sabá, Dadã, os negociantes de Társis e todos os seus leõezinhos te dirão: "É para fazer despojo que vieste? É para realizar um saque que reuniste a tua assembléia? É para levar prata e ouro? Para te apoderares de gado e bens, para fazer um grande despojo?" 14Profetiza, pois, filho do homem, e dize a Gog: Assim diz o Senhor Iahweh: Não é assim que, quando o meu povo, Israel, estiver habitando em segurança, tu te porás em movimento? 15Sim, virás da tua terra, do extremo norte, tu e povos numerosos contigo, todos eles montados em cavalos, uma assembléia enorme e um exército imenso! 16Subirás contra o meu povo Israel, como uma nuvem cobrirás a terra. Isto acontecerá no fim dos dias. Naquele tempo te trarei contra a minha terra, a fim de que as nações me conheçam, quando eu me santificar aos olhos de Gog. 17Assim diz o Senhor Iahweh: Tu és aquele de que falei nos dias antigos por intermédio dos meus servos, os profetas de Israel, os quais profetizaram naqueles dias, anunciando que eu havia de trazer-te contra eles. 18Sucederá naquele dia, em que Gog vier contra a terra de Israel, — oráculo do Senhor Iahweh — que a minha cólera transbordará. Na minha ira 19 no meu ciúme, no ardor da minha indignação eu o digo. Com efeito, naquele dia haverá um grande tumulto na terra de Israel. 20Diante de mim tremerão os peixes do mar, as aves do céu, os animais do campo, todo réptil que rasteja sobre a terra e todo o homem que vive sobre a face da terra. Os montes serão arrasados, as rochas íngremes, bem como todos os muros ruirão por terra. 21Chamarei contra ele toda espada, oráculo do Senhor Iahweh; será a espada de todos contra todos. 22Castigá-lo-ei com a peste e o sangue; farei chover uma chuva torrencial, saraiva, fogo e enxofre sobre ele e as suas tropas e os muitos povos que vierem com ele. 23Eu me engrandecerei, me santificarei e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações e elas saberão que eu sou Iahweh. 391Tu, filho do homem, profetiza contra Gog e dize: Assim diz o Senhor Iahweh: Eis que estou contra ti, Gog, príncipe e cabeça de Mosoc e de Tubal. 2Far-te-ei voltar e conduzir-te-ei, fazendo com que subas desde as extremidades do norte e te trarei aos


montes de Israel. 3Aí quebrarei o teu arco na tua mão esquerda e farei cair as tuas flechas da tua mão direita. 4Sobre os montes de Israel cairás tu, juntamente com as tuas tropas e com os povos que te acompanham. Entregar-te-ei às aves de rapina de toda espécie e aos animais selvagens para seres devorado. 5Cairás em pleno campo, pois eu o disse, oráculo do Senhor Iahweh. 6Enviarei fogo a Magog e aos que habitam as ilhas em segurança e saberão que eu sou Iahweh. 7Farei com que o meu nome santo seja conhecido no seio do meu povo Israel e não consentirei na profanação do meu santo nome. Então saberão as nações que eu sou Iahweh, santo em Israel. 8Certamente isto há de sobrevir, pois que está decidido, oráculo do Senhor Iahweh: Este é o dia de que falei. 9 Então sairão os habitantes das cidades de Israel a queimar, a fazer fogo com armas, com escudos e paveses, com arcos e flechas, com bastões e lanças. Com eles farão fogo durante sete anos. 10Não terão necessidade de ir catar lenha no campo, nem de apanhá-la nas florestas, pois será com as armas aí deixadas que farão fogo, e assim despojarão aqueles que os despojavam e saquearão aqueles que os saqueavam, oráculo do Senhor Iahweh. 11Naquele dia darei a Gog uma região célebre de Israel como sepultura, a saber, o vale dos Aberim, a leste do mar, o vale que barra os passantes, e sepultarão ali a Gog com toda a sua multidão e o vale se chamará "Vale de Hamon-Gog". 12Durante sete meses a casa de Israel os sepultará, com o fim de purificar a terra. 13Todos os habitantes da terra cooperarão no serviço de sepultá-los e isto será para eles causa de renome no dia em que hei de manifestar a minha glória, oráculo do Senhor Iahweh. 14Constituir-seá um grupo permanente de homens encarregados de percorrer a terra, sepultando os que foram deixados no chão, a fim de purificá-la. Será no fim dos sete meses que empreenderão a sua busca. 15Ao percorrer a terra, se um deles vir ossos humanos, marcará o lugar com um poste junto deles, até que os encarregados do sepultamento os enterrem no vale de Hamon-Gog, 16(mas Hamona é também o nome de uma cidade) e assim purifiquem a terra. 17E tu, filho do homem — assim diz o Senhor Iahweh — dize a toda espécie de aves e a todos os animais selvagens: Ajuntai-vos, vinde e congregaivos de todas as bandas para o sacrifício que vos estou oferecendo, um grande sacrifício sobre os montes de Israel. Comereis carne e bebereis sangue. 18Comereis a carne de heróis e bebereis o sangue dos príncipes da terra: todos eles carneiros, cordeiros, bodes e touros cevados de Basã. 19Comereis tutano até vos fartardes e bebereis sangue até vos embriagardes com o sacrifício que vos estou oferecendo. 20Saciai-vos à minha mesa, de cavalos e cavaleiros, de heróis e de tudo quanto é homem de guerra, oráculo do Senhor Iahweh. Conclusão — 21Manifestarei a minha glória às nações. Todas as nações verão o castigo que hei de executar, e a minha mão, que farei cair sobre elas. 22E a casa de Israel saberá que eu sou Iahweh, o seu Deus, desde aquele dia e daí em diante. 23Também as nações saberão que foi por sua maldade que a casa de Israel foi exilada, que foi por ela me ter sido infiel que dela escondi a minha face e os entreguei nas mãos dos seus opressores, e todos eles caíram à espada. 24Tratei-os de acordo com as suas imundícies, de acordo com as suas transgressões, escondendo deles a minha face. 25Por esta razão — assim diz o Senhor Iahweh — vou reconduzir os exilados de Jacó e me compadecerei de toda a casa de Israel, zelando pelo meu santo nome. 26Eles se esquecerão da humilhação sofrida e de todas as apostasias que praticaram contra mim, quando moravam em sua terra em segurança e não havia quem lhes incutisse medo. 27Quando eu os reconduzir de entre os povos e os ajuntar das terras de seus inimigos e manifestar neles a minha santidade aos olhos de muitas nações, 28saberão que eu sou Iahweh, o seu Deus, por têlos conduzido entre as nações e por reuni-los de novo em sua terra, sem deixar ali um


sequer. 29Não tornarei a esconder deles a minha face, porque derramarei o meu espírito sobre a casa de Israel, oráculo do Senhor Iahweh. IV. A "Torá de Ezequiel 40 O templo futuro — 1No vigésimo quinto ano do nosso exílio, no começo do ano, no décimo dia do mês, no décimo quarto ano, após a tomada da cidade, exatamente no mesmo dia, a mão de Iahweh pousou sobre mim e conduziu-me até lá. 2Em visões, Deus me conduziu à terra de Israel e colocou-me sobre um monte bastante alto, sobre o qual erguia-se uma cidade, construída do lado sul. 3Conduziu-me para lá e eis aí um homem, cujo aspecto era como o de bronze, e que tinha na mão um cordel de linho e uma cana de medir. Ele estava em pé no pórtico. 4O homem me disse: "Filho do homem, sê todo olhos e todo ouvidos, presta atenção a tudo que vou mostrar-te, pois para isto foste conduzido aqui, a fim de que eu te mostrasse tudo. Contarás à casa de Israel tudo o que vires". O muro exterior — 5Ora, o Templo tinha um muro exterior que o cercava de todos os lados. Quanto ao homem, tinha na mão uma cana de medir de seis côvados, de côvados equivalentes a um côvado e um palmo cada um. Com ela mediu a espessura do edifício — de uma cana — e a sua altura — de uma cana. O pórtico oriental — 6Veio para o pórtico, cuja frente olha para o oriente, subiu os seus degraus e mediu o limiar do pórtico: uma cana de profundidade. 7Quanto ao cubículo, tinha uma cana de comprimento e uma cana de largura, e o pilar entre os cubículos: cinco côvados, e o limiar do pórtico, junto ao vestíbulo do pórtico, para o lado de dentro, uma cana. 9Em seguida, mediu o vestíbulo do pórtico: oito côvados, e o seu pilar: dois côvados. O vestíbulo do pórtico ficava do lado de dentro. 10Os cubículos do pórtico oriental eram três de um lado e três do outro, os três com a mesma medida. Também os pilares tinham medida igual, de um lado e de outro. 11Mediu então a largura da entrada do pórtico: dez côvados, e o comprimento do pórtico: treze côvados. 12Diante dos cubículos havia um parapeito: cada parapeito tinha um côvado de um lado e de outro, enquanto o cubículo tinha seis côvados de cada lado. 13Mediu também o pórtico: do fundo de um cubículo até o fundo do outro, a largura: vinte e cinco côvados, com uma entrada em frente à outra. 14Mediu o vestíbulo, que tinha vinte côvados. O átrio cercava o pórtico de todos os lados. 15Desde a fachada do pórtico, junto à entrada, até a frente do vestíbulo do pórtico interior: cinqüenta côvados. 16Havia janelas com gradis nos cubículos e sobre os seus pilares, voltadas para o interior do pórtico, ao redor; e do mesmo modo, no vestíbulo havia janelas em torno e palmeiras sobre os pilares. O átrio exterior — 17Conduziu-me para o átrio exterior, onde havia câmaras abertas e um pavimento em torno do átrio, a saber, trinta câmaras para todo o pavimento. 18O pavimento ficava ao lado dos pórticos, correspondendo à profundidade dos pórticos. Este era o pavimento inferior. 19Em seguida mediu a largura do pavimento, desde a fachada do pórtico inferior até a fachada do átrio interior, pelo lado de fora: cem côvados (para o oriente e para o norte). O pórtico setentrional — 20Do pórtico que olha para o norte, junto ao átrio exterior, mediu o comprimento e a largura. 21Os seus cubículos eram três de cada lado. Quanto aos seus pilares e os seus vestíbulos tinham a mesma dimensão que o primeiro pórtico, a saber, cinqüenta côvados de comprimento e vinte e cinco de largura. 22As suas janelas e


o seu vestíbulo e as suas palmeiras tinham as mesmas dimensões que os do pórtico que olhava para o oriente. Subia-se até ele por sete degraus, e o seu vestíbulo ficava voltado para dentro. 23O átrio interior tinha um pórtico fronteiro ao pórtico que olhava para o norte e ao pórtico que olhava para o oriente. Mediu a distância que havia de um pórtico para outro: cem côvados. O pórtico meridional — 24Conduziu-me para o lado sul e eis ali um pórtico voltado para o sul. Ele mediu os seus cubículos, os seus pilares e os seus vestíbulos, que tinham a mesma dimensão. 25O pórtico, assim como o vestíbulo, tinha janelas em redor, as quais apresentavam a mesma dimensão que as outras, a saber: cinqüenta côvados de comprimento e vinte e cinco de largura. 26A sua escada tinha sete degraus. Quanto ao vestíbulo, ficava para dentro, com palmeiras — uma de cada lado — nos pilares. 27 Havia um pórtico no átrio interior, voltado para o sul. Medindo a distância de pórtico a pórtico na direção sul: cem côvados. O átrio interior. Pórtico meridional — 28Conduziu-me então para o átrio interior, pelo pórtico meridional, e mediu o pórtico, que tinha a mesma medida. 29Os cubículos, os pilares e o vestíbulo tinham as medidas daqueles. Tanto o pórtico como os seus vestíbulos tinham janelas em torno: o seu comprimento era de cinqüenta côvados e a sua largura, vinte e cinco. 31O átrio exterior tinha um vestíbulo, o qual tinha palmeiras sobre os pilares, e a sua escada possuía oito degraus. O pórtico oriental — 32Conduziu-me então ao átrio interior que dava para o oriente e mediu o pórtico, obtendo a mesma medida dos outros. 33Os cubículos, os pilares e o vestíbulo apresentavam a mesma medida. O pórtico e o seu vestíbulo tinham janelas ao redor e o seu comprimento era de cinqüenta côvados, e a sua largura, vinte e cinco. 34O seu vestíbulo dava para o átrio exterior e tinha palmeiras nos seus pilares, de um lado e do outro, e a sua escada tinha oito degraus. O pórtico setentrional — 35Em seguida conduziu-me para o pórtico setentrional e mediu-o, obtendo as mesmas dimensões. 36Os cubículos, os pilares e o vestíbulo tinham a mesma dimensão. O pórtico tinha janelas ao redor; seu comprimento era de cinqüenta côvados, e a largura, vinte e cinco. 37O seu vestíbulo dava para o átrio exterior e tinha palmeiras nos seus pilares, de um lado e do outro, e a sua escada tinha oito degraus. Anexos dos pórticos — 38Havia uma câmara com a sua entrada no vestíbulo do pórtico. Ali lavavam o holocausto. 39No vestíbulo do pórtico encontravam-se duas mesas de um lado e duas do outro para a imolação do holocausto, do sacrifício pelo pecado e do sacrifício de expiação. 40Do lado de fora de quem subia pela entrada do pórtico, em direção ao norte, estavam duas mesas e do outro lado do vestíbulo também havia duas mesas. 41Havia assim quatro mesas de um lado e quatro do outro, junto ao pórtico, ou seja, ao todo oito mesas em que se fazia a imolação. 42Ademais, havia quatro mesas do holocausto, feitas de pedra de cantaria, cujo comprimento era de um côvado e meio, e a sua largura, de um côvado e meio, enquanto a altura era de um côvado. Sobre estas depositavam-se os instrumentos com que eram imolados o holocausto e o sacrifício. 43 Pelo lado de dentro, em torno, estavam as cavilhas, de um palmo de comprimento e sobre as mesas a carne da oblação. 44Conduziu-me depois para o átrio interior. Havia neste átrio duas câmaras, uma do lado do pórtico setentrional, a qual olhava para o sul, outra do lado do pórtico meridional que olhava para o norte. 45Ele me disse: "Esta câmara, que faz face para o sul, é reservada aos sacerdotes que fazem o serviço do


templo, 46enquanto a câmara que faz face para o norte pertence aos sacerdotes que fazem o serviço do altar. São eles os filhos de Sadoc os quais, dentre os filhos de Levi, se aproximam de Iahweh, para o servirem". O átrio interior — 47Ele mediu o átrio: cem côvados de comprimento e também cem côvados de largura. Era, portanto, quadrado e o altar estava diante do Templo. O Templo. Ulam — 48Conduziu-me ao Ulam do Templo, onde mediu os pilares do Ulam. Tinha cinco côvados de um lado e cinco côvados de outro, enquanto a largura do pórtico era de três côvados de um lado e do outro. 49O comprimento do Ulam era de vinte côvados e a sua largura, doze côvados. Havia dez degraus para subir a ele, e junto dos pilares havia colunas, uma de cada lado. 41 O Hekal — 1Conduziu-me ainda para o Hekal, onde mediu os pilares: seis côvados de largura de um lado e seis côvados de largura do outro. 2A largura da entrada era de dez côvados, enquanto as ombreiras da entrada tinham cinco côvados de ambos os lados. Mediu também o seu comprimento, que era de quarenta côvados, e a sua largura, de vinte côvados. O Debir — 3Dirigiu-se para dentro e mediu o pilar da entrada: dois côvados, e a entrada: seis côvados; em seguida as ombreiras da entrada: sete côvados. 4Mediu então o seu comprimento, que era de vinte côvados, e a sua largura, também de vinte côvados, do lado do Hekal, e comentou: "Este é o Santo dos Santos". As celas laterais — 5Em seguida mediu a parede do Templo, a qual tinha seis côvados. A largura da ala lateral era de quatro côvados, ao redor do Templo. 6As celas ficavam superpostas em três andares de trinta celas cada um. As celas se ajustavam à parede do Templo, isto é, as celas que ficavam em torno, servindo de suportes, mas não existiam suportes nas paredes do Templo. 7A largura das celas ia aumentando de andar em andar, conforme o aumento que recebia sobre o muro, de andar em andar, em torno do Templo. 8 Vi que o Templo tinha uma rampa, que o rodeava todo e que formava a base das celas laterais. A sua medida era de uma cana, isto é, seis côvados. 9A espessura da parede exterior das celas laterais era de cinco côvados. Havia uma passagem entre as celas do Templo 10e as câmaras, de uma largura de vinte côvados, em torno de todo o Templo. 11 Como entrada das celas laterais na passagem havia uma entrada para o lado norte e outra para o lado sul. A largura da entrada em torno era de cinco côvados. O edifício ocidentais — 12O edifício que limitava com o pátio do lado ocidental tinha setenta côvados de largura, enquanto a parede do edifício que ficava em torno tinha cinco côvados de espessura e noventa côvados de comprimento. 13Mediu também o Templo; comprimento: cem côvados; o pátio, o edifício e as suas paredes, comprimento: cem côvados. 14Depois, a largura da fachada do Templo e do pátio para o oriente, também cem côvados. 15Por fim, mediu o comprimento do edifício, junto do pátio, por trás, bem como a sua galeria de um lado e do outro, obtendo ainda cem côvados. Ornamentação interior — O interior do Hekal e os vestíbulos dos átrios, 16os limiares, as janelas de grades e as galerias dos três lados, em frente ao limiar, estavam revestidos de madeira em torno, desde o chão até as janelas, e as janelas eram gradeadas. 17Desde a entrada até o interior do Templo, bem como por fora, sobre toda a parede em torno —


tanto por dentro como por fora — 18estavam esculpidos querubins e palmeiras, uma palmeira entre dois querubins. Cada querubim tinha duas faces: 19uma face de homem voltada para a palmeira de um lado e uma face de leão voltada para a palmeira do outro lado, isso em torno do Templo. 20Os querubins e as palmeiras estavam esculpidos sobre o muro, desde o chão até em cima da entrada. 21 As ombreiras da porta do Hekal eram quadradas. O altar de madeira — Diante do santuário havia algo com o aspecto 22de um altar de madeira, e tinha três côvados de altura, dois côvados de comprimento e dois côvados de largura. Tinha cantos, base e lados de madeira. Ele me disse: "Esta é a mesa que fica na presença de Iahweh". As portas — 23O Hekal tinha duas portas, e o santuário 24duas portas, e ambas as portas eram de dois batentes: dois batentes pertenciam a uma das portas e dois à outra. 25Sobre elas (sobre as portas do Hekal) estavam esculpidos querubins e palmeiras, como os que se encontravam sobre os muros. Do lado de fora, na frente do Ulam, havia um anteparo, 26 bem como janelas gradeadas e palmeiras, de um lado e do outro, sobre os lados do Ulam, nas celas do Templo e nos anteparos. 42 A Dependências do Templo — 1Então fez-me sair para o átrio exterior, para o lado norte e trouxe-me para a câmara que fica em frente ao pátio, em frente ao edifício do lado norte. 2Na fachada tinha ela cem côvados de comprimento para o lado norte, e cinqüenta côvados de largura. 3Em frente aos vestíbulos do átrio interior e em frente ao pavimento do átrio exterior havia uma galeria em frente à galeria tríplice 4e, em frente à câmara, uma passagem que tinha dez côvados de largura para dentro e cem côvados de comprimento. As suas entradas davam para o norte. 5As câmaras superiores eram menores do que as de baixo e do meio, porque as galerias tomavam maior espaço do que as de baixo e as do meio. 6Com efeito, elas se dividiam em três andares e não tinham colunas como o átrio. Eis por que eram mais estreitas do que as de baixo e as do meio (a partir do chão). 7O muro do lado de fora, junto às câmaras, voltadas para o átrio exterior, fronteiro às câmaras, tinha cinqüenta côvados de comprimento. 8Portanto, o comprimento das câmaras do átrio exterior era de cinqüenta côvados, ao passo que o das que ficavam em frente ao Hekal era de cem côvados. 9Por baixo destas câmaras estava a entrada do lado oriental, pela qual se tinha acesso desde o átrio exterior. 10Junto à largura do muro do átrio, do lado sul, em frente ao pátio e em frente ao edifício, havia câmaras. 11Fronteiro a elas ficava um caminho, como para as câmaras que estavam do lado norte. Tinham elas comprimento e largura idênticos, bem como saídas, disposição e entradas iguais. 12Por baixo das câmaras que ficavam para o lado sul havia uma entrada, no começo de cada caminho, em frente ao muro correspondente, do lado do oriente, junto à entrada. 13Ele me disse: "As câmaras do norte e as câmaras do sul, que ficam fronteiras ao pátio, são as câmaras do santuário, onde os sacerdotes que se aproximam de Iahweh comem as coisas santíssimas. Aí depositarão as coisas santíssimas, a oblação e a oferta pelo pecado e a oferta de expiação, porque o lugar é santo. 14Depois de entrarem aí, os sacerdotes não sairão diretamente do santuário para o átrio exterior, mas depositarão primeiro ali as vestes com que exerceram as suas funções litúrgicas, porque são santas, e porão outras vestes e só então poderão dirigir-se ao local destinado ao povo." Dimensões do átrio — 15Tendo acabado de medir o interior do Templo, conduziu-me para fora em direção ao pórtico que dá para o oriente e mediu todo o átrio ao redor.


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Mediu todo o lado do oriente com a cana de medir: quinhentos côvados, com a cana de medir, ao redor. 17Em seguida, mediu todo o lado norte: quinhentos côvados, com a cana de medir, ao redor. 18Depois mediu todo o lado sul: também quinhentos côvados, com a cana de medir, 19ao redor. Finalmente, mediu todo o lado ocidental, ainda quinhentos côvados, com a cana de medir. 20Pelos quatro lados mediu todo o muro ao redor. O seu comprimento era de quinhentos côvados e a sua largura era de quinhentos côvados, separando a parte sagrada da profana. 43 A volta de Iahweh — 1Levou-me então para o pórtico, a saber, para o pórtico que conduz para o oriente, 2e eis que sobreveio a Glória do Deus de Israel da parte do oriente. O seu ruído era como o ruído de muitas águas, e a terra resplandecia com a sua Glória.3A aparência que vi era igual à aparência que eu vira quando vim para a destruição da cidade e igual à aparência que eu vira junto ao rio Cobar. Então prostreime com o rosto em terra. 4A Glória de Iahweh chegou ao Templo pelo pórtico que dá para o oriente. 5O espírito ergueu-me e trouxe-me para o átrio interior e eis que a Glória de Iahweh enchia o Templo. 6Ouvi então alguém que falava comigo de dentro do Templo, enquanto o homem estava em pé junto de mim. 7Disse-me: Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar da planta dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre e onde a casa de Israel — ela e os seus reis — não tornarão a profanar o meu nome santo com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, 8pondo o limiar destes junto do meu limiar e as ombreiras destes ao lado das minhas ombreiras e limitando-se a levantar um muro entre mim e eles, onde profanaram o meu nome santo com as abominações que praticavam, razão por que os consumi na minha ira. 9Contudo, agora vão afastar para longe de mim as suas prostituições e os cadáveres dos seus reis, pelo que habitarei no meio deles para sempre. 10E tu, filho do homem, revela à casa de Israel o plano do Templo e eles ficarão envergonhados das suas iniqüidades (poderão medir o seu plano). 11Sim, se ficarem envergonhados de tudo o que fizeram, então lhes darás a conhecer a forma do Templo, as suas disposições, as suas saídas e as suas entradas, as suas formas e todas as suas ordenações, todas as suas formas e todas as suas leis. Escreve, descreve-as aos seus olhos, de modo que guardem a sua forma e as suas ordenações e as pratiquem. 12Esta é a lei do Templo, sobre o cume do monte: todo o espaço em torno será santíssimo (tal será a lei para o Templo). O altar — 13Aqui estão as medidas do altar em côvados, em côvados iguais a um côvado e um palmo: a base tinha um côvado de altura por um côvado de largura; o espaço junto ao rego que contornava o altar era de um palmo. Tal era a base do altar. 14 Desde a base até o pedestal inferior, dois côvados, e de largura um côvado; e desde o pedestal menor até o pedestal maior, quatro côvados por um côvado de largura. 15A lareira tinha quatro côvados e acima da lareira havia quatro chifres. 16A lareira tinha doze côvados de comprimento por doze de largura, sendo toda quadrada. 17O pedestal era de quatorze côvados de comprimento por quatorze de largura, e também quadrado. A borda em torno dele tinha meio côvado, e a base em torno, um côvado. Os degraus davam para o oriente. Consagração do altar — 18Disse-me ele: Filho do homem, assim fala o Senhor Iahweh: Estes são os estatutos referentes ao altar no dia em que o construírem para oferecer sobre ele o holocausto e espargir sobre ele o sangue. 19Darás aos sacerdotes levitas, aos da família de Sadoc, que se aproximam de mim para me servirem — oráculo do Senhor Iahweh — um novilho para o sacrifício pelo pecado. 20Então tomarás do seu sangue e o porás sobre os quatro chifres, sobre os quatro cantos do pedestal e sobre a borda em


torno: com isso purificarás o altar e farás expiação por ele. 21Em seguida, tomarás o novilho da oferta pelo pecado e o queimarás no lugar do Templo a isto destinado, fora do santuário. 22No segundo dia oferecerás um bode perfeito como oferta pelo pecado e com ele se purificará de pecado o altar como se fez purificação com o novilho. 23 Acabando de fazer a purificação do pecado, oferecerás um novilho perfeito e um carneiro perfeito. 24Oferecê-los-ás perante Iahweh e sobre eles os sacerdotes borrifarão sal, oferecendo-os em holocausto a Iahweh. 25Durante sete dias diariamente sacrificarás um bode pelo pecado e, além disto, sacrificarão também um novilho e um carneiro do rebanho, todos perfeitos, 26pelos sete dias. Assim farão expiação pelo altar, purificá-loão e o consagrarão. 27Chegados ao fim deste período, do oitavo dia em diante, os sacerdotes oferecerão sobre o altar os vossos holocaustos e as vossas ofertas de paz, e eu vos serei propício, oráculo do Senhor Iahweh. 44 Uso da porta oriental — 1Conduziu-me então para o pórtico exterior do santuário, que dava para o oriente, o qual estava fechado. 2Iahweh me disse: Este pórtico ficará fechado. Não se abrirá e ninguém entrará por ele, porque por ele entrará Iahweh, o Deus de Israel, pelo que permanecerá fechado. 3O príncipe, contudo, se sentará aí para comer pão na presença de Iahweh. Ele entrará pelo lado do vestíbulo do pórtico e sairá pelo mesmo lado. Regras de admissão no Templo — 4Trouxe-me depois para o lado do pórtico do norte, para a frente do Templo. Aí olhei e eis que a Glória de Iahweh enchia o Templo, ao que me prostrei com o rosto em terra. 5Iahweh me disse: Filho do homem, presta atenção, fixa os olhos e sê todo ouvidos para quanto vou dizer-te. Presta atenção a todos os estatutos do Templo de Iahweh, a todas as suas leis, às condições de admissão ao Templo e às de exclusão do santuário. 6E dirás a esses rebeldes, à casa de Israel: Assim fala o Senhor Iahweh: Bastem-vos todas estas abominações, ó casa de Israel:7o teres introduzido estrangeiros, incircuncisos de coração e incircuncisos de corpo, permitindo que se instalassem em meu santuário e que profanassem o meu Templo, quando oferecestes o meu pão, a gordura e o sangue, o teres rompido a minha Aliança. Por todas as vossas abominações! 8Ao invés de exercerdes o ministério do santuário, encarregastes qualquer um de exercer o ministério do meu santuário em vosso lugar. 9 Assim diz o Senhor Iahweh: Nenhum estrangeiro, incircunciso de coração e incircunciso de corpo entrará no meu santuário, dentre todos os estrangeiros que vivem entre os filhos de Israel. Os levitas — 10Quanto aos levitas que se afastaram de mim, quando Israel se desviou de mim para ir após os seus ídolos imundos, eles levarão sobre si a sua culpa. 11 Continuarão no meu santuário, encarregados dos serviços de guarda das portas do Templo e farão o serviço do Templo. Matarão as vítimas para o holocausto e para o sacrifício pelo povo e estarão postados junto dele para o seu serviço. 12Contudo, visto que estiveram a seu serviço diante dos seus ídolos imundos, tornando-se motivo de tropeço para a casa de Israel, jurei solenemente — oráculo do Senhor Iahweh — que levarão sobre si a sua culpa. 13Com efeito, não tornarão a aproximar-se de mim para exercerem o meu sacerdócio, nem tocarão em nenhuma das minhas coisas santas, nem das coisas santíssimas: levarão antes sobre si o opróbrio e as abominações que praticaram. 14Farei deles ministros encarregados do serviço do Templo, confiando-lhes as tarefas que nele se executam.


Os sacerdotes — 15Quanto aos sacerdotes levitas, filhos de Sadoc, eles realizaram o serviço do meu santuário quando os filhos de Israel se desviaram de mim, pelo que se chegarão a mim para exercerem o meu ministério e estarão em pé na minha presença, a fim de me oferecerem a gordura e o sangue — oráculo do Senhor Iahweh. 16Entrarão no meu santuário e se chegarão à minha mesa para me servirem, exercerão o meu ministério. 17Sempre que entrarem pelas portas do átrio interior, porão vestes de linho e não se vestirão com nada de lã, enquanto estiverem exercendo o seu ministério junto aos pórticos do átrio interior e no Templo. 18Usarão tiaras de linho na cabeça e calções de linho sobre os quadris: não se cingirão de nada que faça transpirar. 19Quando passarem ao átrio exterior, para junto do povo, despirão as vestes com que serviram e as deporão nas câmaras do santuário, pondo outras vestes, a fim de não transmitirem ao povo nenhuma influência sagrada. 20Não raparão a cabeça, nem deixarão crescer à vontade o cabelo, mas usarão o cabelo bem aparado. 21Nenhum sacerdote beberá vinho nas ocasiões em que penetrar no átrio interior. 22Não se casarão com viúva ou repudiada, mas somente com uma virgem da linhagem de Israel. Poderão, contudo, casar-se com a viúva de um sacerdote. 23Deverão ensinar o meu povo a distinguir entre o sagrado è o profano e lhe farão conhecer a diferença entre o puro e o impuro. 24No caso de uma, contenda, estarão presentes para julgar, julgando de acordo com o meu direito. Em todas as minhas assembléias solenes observarão os meus estatutos e as minhas leis e santificarão os meus sábados. 25Não se chegarão a um morto, a fim de não se tornarem impuros. Mas podem tornar-se impuros pelo pai, pela mãe, por um filho ou por uma filha, por um irmão ou por uma irmã, desde que não seja casada. 26Após purificar-se da sua contaminação, contar-se-ão sete dias. 27Em seguida, no dia em que entrar no santuário, no átrio interior para servir, oferecerá seu sacrifício pelo pecado — oráculo do Senhor Iahweh. 28Eles não receberão herança, porque eu serei a sua herança. Não lhes darei propriedades em Israel: a sua propriedade serei eu. 29A oblação, o sacrifício pelo pecado e o sacrifício de expiação, eles os comerão. A eles pertence tudo quanto é consagrado por anátema em Israel. 30Ainda dos sacerdotes será a primeira porção de todas as primícias, bem como de todas as vossas oferendas, quaisquer que sejam, e também a primeira porção da vossa massa de pão dareis ao sacerdote, a fim de que repouse sobre a vossa casa a bênção, 31mas os sacerdotes não comerão nenhum animal que tenha morrido por si ou que tenha sido dilacerado por uma fera, seja ave, seja outro animal qualquer. 45 Divisão da terra. A parte de Iahweh — 1Ao distribuirdes a posse da terra por sorte ao povo, oferecereis como dádiva a Iahweh uma parte sagrada da terra, que terá vinte e cinco mil côvados de comprimento e vinte mil de largura. Esta parte será sagrada em toda a sua extensão. 2Dela um quadrado de quinhentos côvados ficará reservado para o santuário, tendo um terreno marginal de cinqüenta côvados em torno dele, destinado à pastagem. 3Desta área separarás também vinte e cinco mil côvados de comprimento por dez mil de largura, onde ficarão o santuário e o Santo dos Santos. 4Esta área constituirá a porção sagrada da terra, reservada aos sacerdotes que ministram no santuário, que se aproximam de Iahweh para o servirem. Ela se destinará às suas casas e ao santuário. 5 Outros vinte e cinco mil côvados de comprimento por dez mil de largura pertencerão aos levitas, encarregados do serviço do Templo, juntamente com as cidades para a sua residência. 6Como patrimônio da cidade deixareis uma área de cinco mil côvados de largura por vinte e cinco mil de comprimento, junto à porção reservada para o santuário, a qual pertencerá a toda a casa de Israel.


A porção do príncipe — 7Quanto ao príncipe, caber-lhe-á uma área de um lado e do outro da porção reservada para o santuário e do patrimônio da cidade fronteira à porção reservada para o santuário e ao patrimônio reservado para a cidade, do lado ocidental, para o ocidente, e do lado oriental, para o oriente, uma área de comprimento igual a cada uma das partes, desde o extremo ocidental até o extremo oriental 8da terra. Tal será a sua possessão em Israel, para que os meus príncipes não voltem a explorar o meu povo, mas deixem a terra à casa de Israel e às suas tribos. 9Assim diz o Senhor Iahweh: Basta, príncipes de Israel! Afastai-vos da extorsão e da exploração; praticai o direito e a justiça; parai com as violências praticadas contra o meu povo, oráculo do Senhor Iahweh. 10Usai balanças justas, efá justo e bat justo. 11O efá e o bat terão a mesma medida, equivalendo o bat a um décimo de hômer, e o efá a um décimo de um hômer. A medida de ambos se fixará a partir do hômer. 12Quanto ao siclo deverá equivaler a vinte geras. Vinte siclos mais vinte e cinco siclos mais quinze siclos farão uma mina. Oferendas para o culto — 13Eis a oferenda que devereis apresentar: Um sexto de um efá por hômer de trigo e um sexto de efá por hômer de cevada. 14A norma para o óleo será: um bat de óleo por dez bat, isto é, por um coro de dez bat ou de um hômer, porque dez bat equivalem a um hômer. 15Um cordeiro de cada duzentos dos rebanhos de Israel será destinado à oblação, ao holocausto e ao sacrifício de paz, para fazer expiação por vós, oráculo do Senhor Iahweh. 16Todo o povo de Israel fica obrigado a esta oferenda ao príncipe em Israel. 17Quanto ao príncipe, ficará encarregado dos holocaustos, da oblação e da libação durante as festas, nas neomênias,nos sábados. Por ocasião de todas as assembléias solenes ele fará o sacrifí- cio pelo pecado, a oblação, o holocausto e os sacrifícios de paz, a fim de fazer expiação pela casa de Israel. A festa da Páscoa — 18Assim diz o Senhor Iahweh: No primeiro mês, no primeiro dia do mês, tomarás um novilho perfeito para remover o pecado do santuário. 19O sacerdote tomará do sangue da vítima oferecida pelo pecado e com ele cobrirá as ombreiras da porta do Templo, os quatro cantos do pedestal do altar e as ombreiras dos pórticos do átrio interior. 20Assim também farás no sétimo dia do mês pelo homem que tiver pecado por inadvertência ou irreflexão. Deste modo fareis a expiação pelo Templo. 21No primeiro mês, no décimo quarto dia do mês, realizareis a festa da Páscoa: durante sete dias comer-se-ão pães ázimos. 22Naquele dia o príncipe oferecerá um novilho como sacrifício pelo pecado, por si e por todo o povo. 23E durante os sete dias de festa oferecerá diariamente, como holocausto a Iahweh, sete novilhos, sete carneiros perfeitos e também diariamente um bode como sacrifício pelo pecado. 24Oferecerá ainda como oblação um efá por novilho, um efá por carneiro e um hin de azeite por efá. A festa das Tendas — 25No sétimo mês, no décimo quinto dia do mês, por ocasião da festa, durante os sete dias oferecerá o sacrifício pelo pecado, o holocausto, a oblação e o azeite. 46 Regulamentos diversos — 1Assim diz o Senhor Iahweh: O pórtico do átrio interior que dá para o oriente permanecerá fechado nos seis dias de trabalho, mas no sábado ficará aberto, bem como no dia da neomênia, 2quando o príncipe entrará pelo vestíbulo do pórtico exterior e se postará junto às ombreiras, enquanto os sacerdotes oferecerão o seu holocausto e os seus sacrifícios de paz. Então se prostrará no limiar do pórtico, saindo depois, mas o pórtico não se fechará até de tarde. 3Também o povo da terra se prostrará à entrada desse pórtico, diante de Iahweh, tanto nos sábados como nos dias de neomênia. 4O holocausto que o príncipe deve oferecer no dia do sábado consistirá de


seis cordeiros e de um carneiro, todos perfeitos, 5em uma oblação de uma efá por carneiro, uma oblação, de acordo com as suas possibilidades, pelos cordeiros e um hin de azeite por efá. 6No dia da neomênia deverão ser um novilho perfeito, seis cordeiros e um carneiro, todos perfeitos. 7Quanto à oblação, oferecerá um efá pelo novilho e um efá pelo carneiro e, quanto aos cordeiros, o que lhe for possível. O azeite será um hin por efá. 8Ao entrar, o príncipe deve fazê-lo pelo vestíbulo do pórtico e por ele deverá sair. 9 Mas quanto ao povo da terra, ao entrar para comparecer na presença de Iahweh por ocasião das assembléias solenes, aqueles que entraram pelo pórtico do norte para se prostrarem, sairão pelo pórtico do sul, ao passo que os que entraram pelo pórtico do sul sairão pelo pórtico do norte: ninguém voltará pelo pórtico pelo qual entrou; antes, deverá sair pelo lado oposto. 10O príncipe estará no meio deles: entrará com eles e com eles sairá. 11Nos dias de festa e nas assembléias solenes a oblação consistirá de um efá por novilho e um efá por carneiro e, pelos cordeiros, quanto puder dar. Quanto ao azeite, um hin por efá. 12Sempre que o príncipe oferecer um holocausto voluntário ou um sacrifício pacífico a Iahweh, abrir-se-lhe-á a porta que dará para o oriente, e aí oferecerá o seu holocausto e o seu sacrifício pacífico, conforme costuma fazer no dia do sábado. Em seguida sairá, após o que será fechado o pórtico. 13Diariamente, a saber, cada manhã, oferecerá em holocausto um cordeiro de um ano, perfeito. 14Juntamente com ele oferecerá em oblação um sexto de um efá, um terço de um hin de azeite, a fim de umedecer a farinha. Será uma oblação a Iahweh, de acordo com um estatuto perpétuo, que durará para sempre. 15O cordeiro, a oblação e o azeite se oferecerão cada manhã, para sempre. 16Assim diz o Senhor Iahweh: Se o príncipe fizer um presente que seja da sua herança a um dos seus filhos, este será propriedade dele como herança. 17 Mas se fizer um presente a um dos seus servos, este lhe pertencerá até o ano da sua alforria, voltando para o príncipe nessa data. Com efeito, a sua herança só caberá aos seus filhos. 18O príncipe não poderá tomar nada da herança do povo, desapropriando-o do que é propriedade sua; antes, daquilo que é propriedade sua é que ele deverá dar herança aos seus filhos, a fim de que o meu povo não venha a ser desapropriado daquilo que lhe pertence. 19Trouxe-me pela entrada que fica junto ao pórtico, às câmaras do Lugar Santo que pertencem aos sacerdotes e que dão para o norte, atrás das quais havia um lugar que dava para o ocidente. 20E disse-me: "Este é o lugar em que os sacerdotes cozerão as vítimas destinadas ao sacrifício de expiação e ao sacrifício pelo pecado, no qual assarão a oblação, sem que tenham de levá-las para o átrio exterior, expondo o povo à contaminação do sagrado". 21Em seguida, conduziu-me para fora, para o átrio exterior, fazendo-me passar junto aos quatro cantos do átrio e havia aí outro átrio em cada canto do átrio, 22isto é, quatro átrios menores nos quatro cantos do átrio principal, os quais tinham quarenta côvados de comprimento e trinta de largura, os quatro de igual medida. 23Um muro de pedra os cercava todos, bem como fornos construídos em torno, ao pé do muro. 24Explicou- me: "Estes são os fornos nos quais os servidores do Templo cozem os sacrifícios do povo". 47 A fonte do Templo — 1Reconduziu-me então para a entrada do Templo e vi ali água que escorria de sob o limiar do Templo para o lado do oriente, pois a frente do Templo dava para o oriente. A água escorria de sob o lado direito do Templo, do sul do altar. 2 Em seguida, fez- me sair pelo pórtico do norte e rodear por fora até o pórtico exterior que dá para o oriente, onde a água estava escorrendo do lado direito. 3O homem dirigiuse para o lado do oriente com um cordel na mão, medindo mil côvados, e me fez atravessar a água, que dava pelos tornozelos. 4Tornou a medir mil côvados e fez-me atravessar outra vez a água, que agora dava pelos joelhos. De novo mediu mil côvados e de novo me fez atravessar a água que agora dava pelos quadris. 5Mediu outros mil


côvados e agora era uma torrente que eu já não podia atravessar, pois a água tinha subido tanto que formava um rio, que só se podia atravessar a nado. 6Disse-me então: "Viste, filho do homem?" E fez-me voltar para a margem da torrente. 7Quando voltei, eis que havia ali na margem da torrente árvores abundantes de um lado e de outro. 8 Disse-me: "Esta água que escorre para o lado oriental desce para a Arabá e entra no mar. Ao entrar no mar, a sua água se torna salubre. 9Resultará daí que em todo lugar por onde passar a torrente, os seres vivos que o povoam terão vida. Haverá abundância de peixe, já que onde quer que esta água chegue, ela levará salubridade, de modo que haverá vida em todo lugar que a torrente atingir. 10À sua margem existirão pescadores. Desde Engadi até En-Eglaim haverá lugares para estender as redes. Os peixes serão da mesma espécie que os do Grande mar e muito abundantes. 11Mas quanto aos seus brejos e pântanos, estes não serão salubrificados; antes, serão deixados como reservas de sal. 12 Junto à torrente, em sua margem, de um lado e do outro, encontrar-se-á toda sorte de árvores de frutos comestíveis, cujas folhas não murcharão e cujos frutos não se esgotarão: produzirão novos frutos de mês em mês, porque a sua água provém do santuário, pelo que os seus frutos servirão de alimento e as suas folhas de remédio. Limites da terra — 13Assim diz o Senhor Iahweh: Eis os limites da terra que haveis de repartir como herança entre as doze tribos de Israel, dando duas porções a José. 14 Reparti-la-eis dando a todos porção igual da terra que jurei solenemente dar aos vossos pais, de modo que ela coubesse a vós como herança. 15Eis os limites da terra: do lado do norte, desde o Grande mar: o caminho de Hetalon até a entrada de Emat, Sedada, 16Berota, Sabarim, que fica entre os limites de Damasco e os de Emat, HaserTicon, junto à fronteira de Aurã. 17Os limites irão desde o mar até Haser-Enã, tendo ao norte o território de Damasco e o território de Emat. Isto quanto ao limite setentrional. 18 Do lado leste, entre Aurã e Damasco, entre Galaad e a terra de Israel, o Jordão servirá de fronteira até o mar oriental e até Tamar. Tal será o limite oriental. 19Do lado sul, em direção do meio- dia, desde Tamar até as águas de Meriba de Cades, em direção à torrente até o Grande mar. Este será o limite meridional. 20Do lado oeste, até em frente à entrada de Emat, o Grande mar servirá de limite. Tal será o limite ocidental. 21Esta será a terra que repartireis entre vós, entre as tribos de Israel. 22Reparti-la-eis como herança entre vós e entre os estrangeiros resi- dentes no meio de vós e que geraram filhos no meio de vós. Haveis de tratá-los como os nativos da terra, os filhos de Israel. Convosco receberão por sorte a sua herança, no meio das tribos de Israel. 23Na tribo, no meio da qual o estrangeiro estiver residindo, aí lhe dareis a sua herança, oráculo do Senhor Iahweh. 48 A partilha da terra — 1Estes são os nomes das tribos. No extremo norte, em direção a Hetalon, junto à entrada de Emat e Haser-Enã, limitando com Damasco ao norte, bem junto de Emat, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Dã, uma porção. 2 Junto ao território de Dã, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Aser, uma porção. 3Junto ao território de Aser, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Neftali, uma porção. 4Junto ao território de Neftali, desde o limite oriental até o limite ocidental: Manassés, uma porção. 5Junto ao território de Manassés, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Efraim, uma porção. 6Junto ao território de Efraim, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Rúben, uma porção. 7Junto ao território de Rúben, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Judá, uma porção. 8 Junto ao território de Judá, desde o extremo oriental até o extremo ocidental, estará a porção que separareis como reserva, tendo vinte e cinco mil côvados de largura e de comprimento, o mesmo que qualquer uma das outras porções, desde o extremo oriental


até o extremo ocidental. No meio dela ficará o santuário. 9A reserva que separareis para Iahweh terá vinte e cinco mil côvados de comprimento e dez mil de largura. 10Aos sacerdotes pertencerá a porção sagrada, que medirá vinte e cinco mil côvados de extensão do lado norte, dez mil côvados de largura para o oeste e dez mil de largura para o oriente, e vinte e cinco mil côvados de comprimento do lado sul. No centro ficará o santuário de Iahweh. 11Pertencerá aos sacerdotes consagrados dentre os filhos de Sadoc, os quais guardaram fielmente o meu ministério, não se desviando com os filhos de Israel, como fizeram os levitas. 12A eles caberá uma porção da porção reservada mais santa da terra, junto ao território dos levitas. 13Quanto aos levitas, o seu território, exatamente como o dos sacerdotes, terá vinte e cinco mil côvados de comprimento e dez mil de largura — comprimento total: vinte e cinco mil côvados; largura: dez mil côvados. 14Dele nada poderão vender nem permutar, nem as primícias da terra poderão ser transferidas a outrem, porque são consagradas a Iahweh. 15Quanto à sobra de cinco mil côvados de largura, restante dos vinte e cinco mil, constituirá uma porção profana destinada à cidade, servindo para moradias e pastagens. No centro dela ficará a cidade. 16 Eis as suas dimensões: do lado norte, quatro mil e quinhentos côvados; do lado sul, quatro mil e quinhentos côvados; do lado leste, quatro mil e quinhentos côvados; do lado oeste, quatro mil e quinhentos côvados. 17O pasto da cidade terá, do lado norte, duzentos e cinqüenta côvados, do lado sul, duzentos e cinqüenta, do lado leste, duzentos e cinqüenta e do lado oeste, duzentos e cinqüenta. 18Ao longo da parte sagrada, restará uma extensão de dez mil côvados para o oriente e dez mil para o ocidente, cujo produto servirá para o sustento dos trabalhadores da cidade. 19Os trabalhadores da cidade, vindos de todas as tribos de Israel, o cultivarão. 20Ao todo, a parte reservada terá vinte e cinco mil por vinte e cinco mil côvados. Da parte sagrada separareis um quadrado que pertencerá à cidade. 21O que restar de um lado e do outro da porção sagrada e da propriedade reservada para a cidade, pertencerá ao príncipe, tendo vinte e cinco mil côvados para o oriente, até o extremo oriental e vinte e cinco mil para o ocidente, até o extremo ocidental. Esta parte, paralela às demais, pertencerá ao príncipe. No seu centro estará a reserva sagrada e o santuário do Templo. 22Assim, desde á propriedade dos levitas e desde a propriedade da cidade, que ficam no meio da porção pertencente ao príncipe, entre os limites de Judá e Benjamim estará a porção do príncipe. 23Quanto às demais tribos, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Benjamim, uma porção. 24Junto ao território de Benjamim, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Simeão, uma porção. 25Junto ao território de Simeão, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Issacar, uma porção. 26Junto ao território de Issacar, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Zabulon, uma porção. 27Junto ao território de Zabulon, desde o extremo oriental até o extremo ocidental: Gad, uma porção. 28Junto ao território de Gad, no extremo sul, a fronteira irá de Tamar às águas de Meriba de Cades, a torrente, até o Grande mar. 29Esta é a terra que repartireis em herança às tribos de Israel, estas serão as suas porções, oráculo do Senhor Iahweh. As portas de Jerusalém — 30Quanto às saídas da cidade, ei-las: do lado norte, medir-seão quatro mil e quinhentos côvados. 31As portas da cidade terão os nomes das tribos de Israel. Três portas ficarão ao norte: a porta de Rúben, uma; a porta de Judá, uma; a porta de Levi, uma. 32Do lado leste, a extensão será de quatro mil e quinhentos côvados, tendo três portas: a porta de José, uma; a porta de Benjamim, uma; e a porta de Dã, uma. 33Do lado sul, medir-se-á a extensão de quatro mil e quinhentos côvados, também com três portas: a porta de Simeão, uma; a porta de Issacar, uma; e a porta de Zabulon, uma. 34 Do lado oeste, a extensão será também de quatro mil e quinhentos côvados, igualmente com três portas: a porta de Gad, uma; a porta de Aser, uma; e a porta de


Neftali, uma. 35O contorno todo será, pois, de dezoito mil côvados. E o nome da cidade, a partir deste dia será: "Iahweh está ali".


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