Sobre o guia pedagógico de rastros e vestígios de animais encontrados na área da Escola do Meio Ambiente (EMA)
A interpretação de sinais deixados por animais em seu habitat é um conhecimento antigo. Os índios sempre detiveram este conhecimento, do qual dependiam para obter os recursos necessários para a sua sobrevivência. Após o surgimento da vida urbana, no qual o ambiente passou a ser controlado e moldado para atender as necessidades do homem, o conhecimento sobre os animais ou seus vestígios em habitat natural foi sendo esquecido. Para muitas pessoas, o resgate dessa experiência passa pelo retorno à natureza. Este guia procura, através do reconhecimento das pegadas e outros vestígios, resgatar a convivência perdida, na medida em que sinais deixados pelos animais necessitam ser identificados, ao mesmo tempo, em que se procura entender as implicações desses sinais no contexto do local estudado, no caso a área da Escola do Meio Ambiente. Assim, o monitor como parte integrante deste espaço, torna-se membro fundamental na construção de um processo de formação ecológica também voltado para a preservação dos animais que circulam pela área da EMA.
Deve ser ressaltado que o presente guia é fruto da organização de ideias, vivências, estudos e leituras experimentadas ao longo dos anos, portanto, é provável que algumas práticas propostas no final desta publicação sejam familiares, o que contribui para a humanização do conhecimento.
Paz e Bem!
Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente
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A sensibilização:
A educação ambiental nasceu principalmente da motivação causada pela falta de capacidade das organizações humanas de se constituírem e se reconhecerem como parte da natureza e de se relacionarem com ela de forma responsável a favor da vida.
Uma das primeiras pessoas que se tem notícia de olhar a natureza com maior respeito foi Francisco de Assis, que conversava e se referia aos demais seres como irmãos. Em 1224, compôs “O Cântico de Irmão Sol”. Diversos autores concordam que é por meio da sensibilização que o processo educativo se perpetua e se concretiza. A partir da sensibilização, mais do que mera transmissão de conhecimento, mais do que compreensão racional de determinado tema, educar passa por aspectos ligados à emoções, sentimentos, afetividade e intuição, todos despertados em nosso lado sensitivo. Mas, para perceber o mundo, as pessoas precisam estar abertas ao novo. A natureza é mágica, a magia encanta, o encantamento leva à admiração, a admiração leva ao respeito e estas são condições para o AMOR e, o que amamos, não destruímos.
Assim, na Escola do Meio Ambiente, para que possamos nos enxergar como parte da natureza, a sensibilização constituí a essência de toda a ação de educação ambiental.
Abraço fraterno
Eliana Gabriel
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Essencial para nos humanizarmos e nos enxergarmos como parte da natureza
Sobre os corredores ecológicos
Atualmente, os ecossistemas naturais na região sudeste do Brasil acham-se fragmentados, isto é, dispersos em pequenos fragmentos isolados, o que é preocupante, pois em grupos pequenos de animais, os casamentos consanguíneos fazem reduzir a diversidade. Além disso, as mudanças ambientais ou o surgimento de novas pragas aumentam a chance de extinção. O que fazer diante deste problema criado pelo homem?
Uma alternativa são os chamados corredores ecológicos, ou seja, caminhos que integram esses pequenos fragmentos de vegetação, permitindo a circulação de animais entre eles. Esses corredores não necessitam ser obrigatoriamente áreas florestadas, mas podem ser áreas com uma atividade menos agressiva, que permita a livre circulação de animais. Por exemplo, uma faixa de pinus destinada a resinagem e não ao corte.
A área da Escola do Meio Ambiente de Botucatu constitui-se em um dos últimos remanecentes de vegetação nativa na alto da Cuesta de Botucatu. Não muito distante da EMA há a Floresta Estadual de Botucatu. É preciso que não se impessa o trânsito de animais entre as duas áreas, respeitando esses corredores ecológicos em nossa região.
A seguir, será apresentado um mapa da área da Escola do Meio Ambiente para que você se oriente e encontre muitos rastros e/ou vestígios de animais que circulam por este local.
José Luís Chiaradia Gabriel
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Vivência de Campo
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“Há de se ter olhos no coração para descobrir o encanto destes momentos na natureza”
Como podemos ter certeza que existem animais na EMA, se não os vemos?
As pegadas dos animais silvestres são basicamente as impressões que eles deixam ao se deslocarem numa determinada área. A qualidade dessas impressões vai variar de acordo com o tipo de terreno e também da época do ano. Em geral, terrenos argilosos, arenosos e a época de chuvas permitem melhores condições para “marcar” a pegada de um animal.
Ao tentar identificar que animal deixou uma pegada, você deve estar atento a algumas características que vão ajudá-lo nesta tarefa:
- Uma das marcas mais importantes é a dos dígitos, ou seja, dos dedos dos animais. Preste atenção ao número (quantos são), à forma (redondo, alongado) e à presença ou não de sinais de unhas.
- A forma e o tamanho das almofadas são também importantes para identificá-los.
- Patas com dedos reunidos com membranas denunciam hábitos aquáticos.
Além dos rastros, outros vestígios podem ser deixados pelos animais. Podemos citar: tocas, restos alimentares, fezes, restos de frutos e sementes que tenham sido mordidos por animais, árvores com marcas indicadoras da ação de algum animal (marcas de patas, arranhaduras, mordidas, presença de caruncho, picadas, entre outras). Árvores mortas contendo indícios da presença de pica-paus, cupins ou formigas, penas de aves, ossos, restos de folhas comidas por algum animal, pelos, ninhos, desova de rãs em forma de espuma, girinos, formigueiros e cupinzeiros também nos permitem conhecer os animais de uma área.
Quando encontrar fezes, se possível, aproveite para chamar atenção do grupo para os restos de alimentos que foram consumidos.
Por meio das observações acima, poderemos afirmar, mesmo sem ver, que vários animais circulam pela área da Escola do Meio Ambiente.
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Seguindo as pegadas e pistas dos animais
Para estimular o senso de observação, o monitor se limitará a responder as perguntas, sem dar muitas dicas sobre os animais. Apenas os detalhes que não são observados à primeira vista poderão ser apontados.
Ficha de Campo
Vestígio da Fauna
Local onde foi encontrado Provável animal
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Cachorro-do-mato Cerdocyon thous
Família Canidae
Outros nomes populares: Graxaim-do-mato, raposa-do-mato, lobinho.
O cachorro-do-mato apresenta coloração cinza com tonalidades amareladas e uma linha preta na região dorsal que se estende da nuca até a cauda. As patas e as orelhas possuem pelagem negra curta. Pesa de 5 a 8 kg e seu tamanho está entre 92 cm e 1,20 m.
Alimentação: Vegetais, frutos, invertebrados (insetos, crustáceos e moluscos), peixes, anfíbios, lagartos, cobras, pássaros, roedores, carniças e restos de alimentos.
Habitat: Florestas, ambientes campestres, bordas de florestas, áreas alteradas e habitadas pelo homem.
Curiosidade: Marcam seu território por meio da vocalização e urinando sobre arbustos e ervas, sendo detectados pelo forte odor. São encontrados até cinco animais no bando, sendo um casal e os filhotes.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil, exceto nas áreas baixas da planície Amazônica.
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Características do rastro:
Seu rastro apresenta quatro dedos com o formato alongado, extremidade arredondada e impressão das garras. Os dois dedos centrais são impressos um pouco à frente dos outros dois dedos e a almofada é pequena em relação ao tamanho dos dedos.
A pata anterior possui de 4,4 cm a 5,5 cm de comprimento total e 3,8 cm a 4,6 cm de largura. Já a pata posterior possui de 4 cm a 5,5 cm de comprimento total e 3,2 cm a 3,9 cm de largura.
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Capivara Hydrochoerus hydrochaeris
Família Caviidae
Trata-se da maior espécie de roedor do mundo. As capivaras possuem pernas curtas em relação ao tamanho do corpo, a coloração é marrom-avermelhado e a barriga é mais clara com tons amarelados. Seu tamanho varia de 1m a 1,3 m e pode pesar até 80 kg.
Alimentação: Plantas aquáticas e vegetais em geral.
Habitat: Áreas florestadas e campos, sempre próximos à água e pântanos.
Curiosidades: Devido à espessa camada de gordura que recobre seu corpo, a capivara é capaz de permanecer muitas horas dentro da água, mesmo em dias muito frios.
Distribuição geográfica: Por todo o Brasil.
Características do rastro: Possuem quatro dedos nas patas anteriores (normalmente apenas três aparecem impressos no substrato) e três nas patas posteriores. As unhas são curtas e fortes, semelhantes a cascos e ligadas por membranas interdigitais que facilitam a natação.
A pata anterior possui 12,5 cm de comprimento total e 11,5 cm de largura e a pata posterior 10,5 cm de comprimento total e 9,5 cm de largura.
Normalmente os rastros são encontrados sobrepostos.
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Cateto Tayassu tajacu
Família Tayassuidae
Outros nomes populares: Caititu, porco-do-mato.
O cateto é um animal pequeno que raramente ultrapassa os 25 kg. Possui patas curtas, focinho comprido, pelagem longa e áspera de coloração cinza mesclada com preto. Ao redor do pescoço possui uma faixa de pelagem branca.
Alimentação: Folhas, brotos, raízes, frutos, sementes e, enventualmente, larvas, insetos, anfíbios e répteis que são consumidos como fonte de proteína.
Habitat: Áreas de mata e locais abertos próximos à borda da mata.
Distribuição geográfica: No Brasil é encontrado nas florestas tropicais e semitropicais.
Características do rastro:
As marcas dos rastros do cateto possuem em média de 3,5 cm a 4,5 cm de comprimento e 3,5 cm a 4 cm de largura.
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membros negros e o dorso acinzentado. Entre as duas colorações é possível observar uma faixa branca que vai desde a cabeça até a lateral do pescoço. Apesar de possuirem pernas curtas, são ágeis e rápidos, com facilidade para escalar e nadar.
Alimentação: Peixes, anfíbios, pássaros e outros pequenos mamíferos.
Habitat: Áreas abertas e florestadas, geralmente próximos a ambientes aquáticos. São ativos tanto de dia quanto à noite.
Distribuição geográfica: Ocorre principalmente na região norte, porém seus representantes podem ser encontrados até o Sul do Brasil.
Característica dos rastros:
A pata anterior do furão brasileiro é um pouco maior que a pata posterior e as almofadas de ambas as patas são bem marcadas.
Os dedos formam marcas ovais, levemente alongadas e separadas entre si, com marcas nítidas das unhas em todos os dedos.
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Gambá-de-orelha-branca
Didelphis albiventris
Família: Didelphidae
Outros nomes populares: Timbú, mucura, sariguê, saruê, micurê, cassaco.
O gambá-de-orelha-branca é o maior mamífero marsupial do Brasil. Possui coloração cinza e orelhas claras. Seu corpo pode medir até 70 cm e possui uma cauda comprida e preênsil com pelos apenas na base.
Alimentação: Frutos, sementes, ovos, pequenos vertebrados, insetos e outros invertebrados.
Habitat: Matas, florestas e cidades. Seu hábito é solitário e noturno. Distribuição geográfica: Por todo o Brasil.
Características do rastro:
As patas anteriores deixam um rastro de cinco dedos, separados entre si, com ou sem sinais de garras.
As patas posteriores também possuem cinco dedos, porém, o primeiro é mais robusto, encontra-se fortemente oposto aos demais e é desprovido de garras. O quinto dedo afasta-se levemente dos demais.
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Gato-do-Mato Leopardus tigrinus
Família Felidae
Outros nomes populares: Gato-macambira, pintadinho, mumuninha, maracajá-i, gato-maracajá, gato-do-mato-pequeno.
É a menor espécie de felino brasileiro, tendo o porte parecido a de um gato doméstico. Seu tamanho, da cabeça à cauda, varia de 40 cm a 50,9 cm e a cauda mede de 20,4 cm a 32 cm. A coloração varia entre amarelo-claro e castanho-amarelado, possuindo ainda pequenas e numerosas manchas. Seu peso varia de 1,5 kg a 3,5 kg.
Alimentação: Pequenos mamíferos, aves e lagartos.
Habitat: Possuem preferência por áreas florestadas.
Curiosidades: Ao longo de sua vida em ambiente natural, uma fêmea tem até 5 filhotes, tornando lenta a capacidade de recuperação da espécie.
Distribuição geográfica: Por todo o Brasil
Características do rastro:
Possuem rastros pequeno, com quatro dígitos e sem a presença de unhas.
É uma espécie listada como ameaçada de extinção no Brasil pelo IBAMA. No Estado de São Paulo é considerada Vulnerável (VU).
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Lobo-guará
Chrysocyon brachyurus
Família Canidae
Outros nomes populares: Lobo-de-crina
O lobo-guará possui pelagem longa com coloração laranjaavermelhada, pernas longas que facilitam a sobrevivência em ambientes de gramíneas altas, patas negras, cauda mais clara e uma crina com pelos negros que cobre da nuca até o meio do dorso. As orelhas são amareladas e mais claras na porção do pavilhão auditivo.
Seu tamanho varia de 1,20 m a 1,60 m e o peso de 20 kg a 30 kg, sendo o maior canídeo da América do Sul.
Alimentação: Insetos, anfíbios, roedores, répteis, aves, veadocatingueiro e também frutos da lobeira, do jerivá, do araticum e do marmelo.
Habitat: Campos e cerrados, ambientes abertos com gramíneas altas, campos alterados por pasto, campos utilizados na agricultura, porções florestais e banhados.
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Curiosidades: São mais ativos no final da tarde, à noite e no início da manhã. Suas grandes orelhas funcionam como um sensor para detectar possíveis presas e a área ocupada pelos casais pode variar de 6 a 115 km2.
Distribuição geográfica: Brasil central, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (apenas no sul do estado).
Características do rastro:
Os rastros do lobo-guará são os maiores entre os canídeos sulamericanos. A almofada é pequena em relação à impressão dos dígitos. O seu rastro imprime quatro dedos em formato de gota, alongadas, com impressão das garras frente aos dedos.
A pata anterior possui de 7 cm a 9 cm de comprimento total e 5,5 cm a 7 cm de largura. Nesta pata as garras deixam marcas mais fortes no solo. Na pata posterior, o comprimento total varia entre 6,5 cm e 9 cm e a largura entre 6,5 cm e 8,5 cm de largura.
É uma espécie listada como ameaçada de extinção no Brasil pelo IBAMA. No Estado de São Paulo é considerada Vulnerável (VU).
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Lontra Lontra longicaudis
A lontra possui coloração marrom com a garganta mais clara. Entre os dedos possui uma membrana interdigital. O tamanho varia entre 1m a 1,2 m e o peso entre 5 kg a 14 kg.
Alimentação: Preferencialmente peixes, crustáceos, moluscos, se alimentando também de mamíferos, aves e frutos.
Habitat: Rios e lagos.
Curiosidades: A cauda da lontra é achatada na extremidade, o que facilita seu deslocamento na água.
Distribuição geográfica: No Brasil só não é encontrada nas regiões áridas do Nordeste.
Características do rastro:
O rastro deixa a marca de cinco dedos com garras curtas e membranas, as quais dificilmente aparecem impressas no substrato. A pata anterior possui medidas iguais para largura e comprimento, 6,5 cm, e a pata posterior é mais longa medindo 7,5 cm de comprimento e 4,8 cm de largura.
Outros vestígios:
As lontras demarcam seu território através do cheiro, por meio de uma substância produzida para este fim e depositada juntos com as fezes.
Segundo o IBAMA, é uma espécie quase ameaçada de extinção (NT) em todo o Brasil.
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Família Mustelídae
Mão-pelada Procyon cancrivorus
Família: Procyonidae
Outros nomes populares: Guaxinim, zorrinho
A coloração do corpo é cinzento-amarelado ou cinzento-amarronzado, as patas são pretas com cinco dedos e sem pelos e a cauda possui anéis escuros. Em cima de cada olho, nas laterais do focinho e na borda interna das orelhas há uma mancha branca. O tamanho varia de 80 cm a 1,10 m e pode pesar até 10 kg.
Alimentação: Peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, insetos, sementes, frutos e pequenos mamíferos.
Habitat: Áreas florestadas, capoeiras, manguezais e outras áreas pantanosas próximas a cursos d’água. Seu hábito é noturno.
Curiosidades: O nome popular “zorrinho” vem da semelhança que a pelagem preta existente ao redor dos olhos tem com a máscara do zorro.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
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Características do rastro:
Suas patas possuem cinco dedos alongados, separados um dos outros, lembrando a mão aberta de um homem. Próximo aos dedos apresenta a marca de garras, a almofada pode ser impressa total ou parcialmente e a pata posterior é mais forte e maior do que a pata anterior.
Pata anterior: 5,5 cm a 8,5 cm de comprimento total e 5,5 a 8 cm de largura.
Pata posterior: 7 a 12 cm de comprimento total e 5 cm a 8 cm de largura.
Os rastros deste animal são facilmente encontrados perto da água, na beira de rios e lagos.
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Onça-parda
Puma concolor
Animal símbolo do município de Botucatu/SP
Decreto municipal nº 7960, de 24 de junho de 2009.
Família Felidae
Outros nomes populares: Suçuarana, onça-parda, leãozinho-baio, puma, leão-baio, leãozinho-de-cara-suja, onça-vermelha.
A onça-parda é a segunda maior espécie de felino brasileiro. Os membros, a garganta e o peito possuem tonalidade esbranquiçada e o corpo é marrom-amarelado variando do tom mais claro ao mais escuro. Sua cauda é comprida e fina. O macho mede de 1,05 m a 1,96 m com uma cauda de 66 cm a 78,4 cm e seu peso varia de 67 kg a 103 kg. A fêmea mede de 96,6 cm a 151,7 cm com uma cauda de 53 cm a 81,5 cm e seu peso varia de 36 kg a 60 kg.
Alimentação: Porcos-do-mato, capivaras, veados, lebres, pequenos roedores, tatus, macacos, aves e répteis. Pode também se alimentar de criações domésticas como bovinos, por exemplo.
Habitat: Está presente em todos os biomas brasileiros, entre eles florestas densas e suas bordas, ambientes abertos, florestas alteradas, cerrados e campos.
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Curiosidades: O nome suçuarana tem origem indígena e em tupi significa “semelhante ao veado”, devido à sua coloração. Os filhotes da onça-parda nascem com manchas pretas e conforme cresce vão adquirindo uma cor uniforme.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
Características do rastro:
O rastro apresenta quatro dedos pontiagudos e pouco espalhados, distribuídos em formato de semicírculo em frente da almofada, não apresenta marca de garras. A almofada é ovalada e um pouco triangular, na região posterior possui três ondulações características dos felinos. Sua passada é bastante comprida.
A pata anterior mede de 8 cm a 9 cm de comprimento total e 9 a 10 cm de largura, e a pata posterior de 7,5 cm a 9,5 cm de comprimento total e 7 a 8 cm de largura.
É uma espécie listada como ameaçada de extinção no Brasil pelo IBAMA, no Estado de São Paulo é considerada Vulnerável (VU).
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Ouriço-cacheiro
Sphiggurus villosus
Família Erethizontidae.
A parte superior do corpo do ouriço-cacheiro é coberta de espinhos que podem chegar a até 10 cm de comprimento, se destacando facilmente quando o animal é atacado. Usa sua longa cauda para se prender nos galhos e se movimentar entre as árvores.
Possui em média 50 cm de comprimento e pesa até 5 kg.
Alimentação: Frutos, sementes, cascas de árvores e folhas.
Habitat: Floresta e cerrados. Possuem hábito noturno e arborícola, deslocando-se pelo solo apenas em áreas de vegetação escassa.
Distribuição geográfica: Mata Atlântica – estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.
Características do rastro:
O rastro apresenta uma ampla almofada, arredondada e levemente alongada, de forma pouco definida, e quatro garras bastante afastadas.
A pegada dianteira mede cerca de 6,5 cm de comprimento total e 3,5 de largura.
A pegada traseira mede 10 cm de comprimento total e 5 cm de largura.
Dependendo do substrato em que o rastro for impresso, é possível notar vestígios dos dedos.
Outros Vestígios:
Marcas de garras podem ser encontradas em troncos de árvores aonde o animal costuma subir.
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Paca Agouti paca
Família: Caviidae
Possui orelhas pequenas, laterais do focinho “inchadas” e cauda minúscula. A pelagem é de coloração pardo-amarronzada com algumas manchas brancas longitudinais. Mede cerca de 80 cm e seu peso é de até 13 kg.
Alimentação: Frutos, sementes, brotos e vegetais suculentos.
Habitat: Florestas ou áreas com vegetação arbórea bem desenvolvida e próxima aos rios e pequenos córregos. Passa o dia todo na toca, saindo ao entardecer e à noite.
Curiosidades: Constrói suas tocas em barrancos, ocos de árvores caídas no chão, sob raízes e entre pedras.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
Características dos rastros: A pata anterior possui quatro dedos, medindo entre 4 cm e 5 cm de comprimento total e 3 cm a 4 cm de largura. A pata posterior possui cinco dedos, porém nesta apenas os três centrais ficam impressos no substrato. Ambas as patas possuem unhas e almofadas bem marcadas nos rastros.
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Preá Cavia aperea
Família Caviídea
Outros nomes populares: Bengo
O preá é um roedor de corpo robusto, pelagem cinza, pernas e orelhas curtas. Mede cerca de 25 cm de comprimento e não possui cauda.
Alimentação: Vegetais.
Habitat: Capinzais próximos de rios e córregos, brejos e nas proximidades de matas úmidas.
Distribuição geográfica: Ocorrem em todo o Brasil, exceto na Amazônia.
Características do rastro:
A pata anterior possui quatro dedos, sendo que, o quarto dedo situa-se na lateral da palma. A pata posterior possui somente três dedos, produzindo um rastro estreito e alongado. Ambas as patas apresentam garras afiadas.
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Quati Nasua nasua
Família: Procyonidae
O Quati possui o focinho alongado com a ponta móvel e preta, a cauda é peluda e apresenta anéis pretos e amarelos. O corpo é cinzentoamarelado e as regiões laterais do corpo e da barriga são mais claras. Seu tamanho varia de 89 cm a 1,25 m, pesando até 10 kg.
Alimentação: Larvas, minhocas, lesmas, insetos, aranhas, raízes, frutos, vegetais, lagartos, pequenos roedores, ovos, aves e restos de alimentos.
Habitat: Áreas florestadas de mata fechada ou alterada e ambientes antropizados, são diurnos e semi-arborícolas.
Curiosidades: Andam em grupos de até 30 animais jovens e adultos.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
Características do rastro:
Seu rastro mostra cinco dedos, garras longas e afiadas e o calcanhar pode marcar fortemente o solo.
A pata anterior possui entre 4 cm e 8 cm de comprimento e de 3,5 cm a 5 cm de largura, e a pata posterior de 7 cm a 11 cm de comprimento e 4 a 5 cm de largura.
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Raposa-do-campo Lycalopex vetulus
Família Canidae
Outros nomes populares: Raposinha-do-campo, cachorro-dedentes-pequenos, jaguapitanga.
É o menor dos canídeos silvestres brasileiros. A pelagem é curta e varia entre cinza e marrom-ferrugem. Seu crânio é pequeno e a dentição reduzida.
Alimentação: Pequenos mamíferos.
Habitat: É a única espécie de mamífero carnívora considerada endêmica do cerrado.
Distribuição geográfica: Restrita ao Brasil, esta espécie é encontrada do Nordeste à São Paulo e nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Características do Rastro: Devido ao pouco peso e às pequenas patas peludas, a raposa-do-campo produz rastros pequenos, com dedos e garras pouco marcados, sendo mais longa do que alargada. A impressão das patas posteriores é levemente elípticas, mais fraca e menor comparada com a das patas anteriores na qual as almofadas são maiores e subtriangulares.
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Saracura-três-potes
Aramides cajanea
Família Rallidae
Possui o dorso castanho-amarronzado, peito castanho-ferrugíneo, pescoço e cabeça cinzentos e bico amarelo-esverdeado.
Alimentação: Capim, sementes, frutas, larvas de insetos e pequenos peixes e crustáceos.
Habitat: Matas e próximo à áreas alagadas.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
Característica do rastro:
Possui um formato típico de “pé-degalinha”, com três dedos abertos e a palma um pouco atrás.
São encontrados facilmente em locais arenosos, margens de rios e locais com lama.
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Serelepe Sciurus ingrami
Família Sciuridae
Outros nomes comuns: Caxinguelê, esquilo, quatipuru.
O caxinguelê adulto pode pesar até 300 gramas. Possui coloração amarronzada, mais escura na nuca e no dorso, e sua cauda é maior que o corpo.
Alimentação: Folhas, flores, sementes e frutos da palmeira, do araçá e da araucária.
Habitat: Vivem em florestas, matas e bosques.
Curiosidades: É considerado um importante dispersor de sementes, pois possui o costume de enterrá-las antes de comer.
Distribuição geográfica: Do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul.
Características do rastro:
Ambas as patas mostram todos os dedos, quatro nas patas anteriores, sendo os dois dedos centrais mais alongados e formando um rastro com várias almofadas arredondadas, e cinco na pata posterior, todos com garras afiadas.
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Tamanduá-bandeira
Myrmecophaga tridactyla
Família Mymercophagidae
Outro nomes populares: Tamanduá-cavalo, tamanduá-açu, jurumim.
Possui focinho longo e cilíndrico, cauda grande e pelos grossos e compridos. O tamanho é de até 2,2m de comprimento total e pode pesar mais de 45 kg.
Alimentação: Formigas e cupins.
Habitat: Campos limpos, cerrados, florestas e campos com plantações a diferentes altitudes.
Curiosidades: O tamanduá-bandeira visita vários cupinzeiros e formigueiros no mesmo dia para atingir o seu consumo diário de formigas/ cupins que pode chegar a até 30.000.
Distribuição geográfica: Atualmente está extinta nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e em declínio populacional nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.
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Características do Rastro:
Possui rastros grandes que podem apresentar marcas de pelos na borda externa. A sola tem forma alongada. O rastro da pata posterior mostra dedos curtos, grossos e com garras de tamanho e forma mais proporcionais que a pata anterior. Algumas vezes é possível observar sinais de pelos da cauda próximo ao rastro.
É uma espécie listada como ameaçada de extinção no Brasil pelo IBAMA. No Estado de São Paulo é considerada em perigo de extinção (EN).
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Tapiti
Sylvilagus brasiliensis
Família Leporidae
Outros nomes populares: Candimba, coelho-brasileiro
Possui coloração marrom-amarelada, com o ventre mais claro, orelhas estreitas e cauda reduzida. Mede de 21 cm a 40 cm e seu peso pode chegar a 1,25 kg.
Alimentação: Cascas, brotos e talos de vegetais.
Habitat: Áreas abertas, capoeiras, clareiras em áreas florestadas, bordas e mata e cerrado. Seu hábito é crepuscular e noturno.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
Características do rastro:
Suas patas peludas muitas vezes impedem a marcação dos dígitos, sendo possível observar, frequentemente, apenas o contorno das mesmas terminadas pela marca de duas garras.
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Tatu-galinha
Dasypus novemcinctus
Família Dasypodidae
Outros nomes populares: Tatu-mulita, tatu-15 quilos.
A coloração do corpo é marrom-escura, sendo a região lateral mais clara. A carapaça é rígida, com oito a onze cintas e as garras são estreitas e pouco curvadas. O tamanho varia de 60 cm a 1 m e pode pesar de 2,7 kg a 8 kg.
Alimentação: Invertebrados, larvas, raízes, fungos, ovos, carcaças e frutos.
Habitat: É observado em áreas florestadas, campos, cerrados, bordas de matas e em certas áreas do Pantanal.
Curiosidades: O tatu-galinha não ouve nem vê muito bem, porém seu olfato é bastante aguçado. Vive em tocas que escava e ali permanece o dia todo, no crepúsculo e à noite sai para realizar suas atividades.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
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Características do rastro:
A pata anterior possui quatro dedos e um quinto vestigial (pequeno prolongamento em formato de dedo), mas apenas os dois dedos médios tocam o solo, apresentando também o sinal das garras. Seu tamanho é de aproximadamente 2,5 cm de comprimento total e 1,9 cm de largura.
A pata posterior possui cinco dedos dos quais apenas os três dedos medianos são observados no rastro, nesta pata os dois dedos laterais podem deixar algum sinal no substrato. Mede arpoximadamente 2,5 cm de comprimento total e 0,7 cm de largura.
A marca da cauda arrastada pelo solo também pode ser observada, em alguns casos, próximo aos rastros.
Outros Vestígios:
É possível encontrar tocas feitas pelo tatu em vários lugares como matas e campos.
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Veado-catingueiro Mazama gouazoubira
Família Cervidae
Outros nomes populares: Pororoca
Possui garganta, barriga e lado inferior da cauda esbranquiçados. A cabeça e o corpo possuem coloração marrom-acinzentado. Seu tamanho varia entre: 97 cm e 1,4 m e o peso entre 11 kg e 23 kg.
Habitat: Áreas abertas como campos, cerrados, pastagens e extensos banhados. Nas horas mais quentes do dia recorre às áreas florestadas.
Alimentação: Gramíneas, frutas e flores.
Curiosidades: Os machos possuem chifres não ramificados, em formato de adaga, que são substituídos anualmente.
Distribuição geográfica: Em todo o Brasil.
Características do rastro:
As marcas dos cascos são compridas, alargada na base e terminando em uma unha pontiaguda. Em alguns substratos é possível observar impresso o segundo e o quinto dedo logo atrás dos cascos.
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Das pinturas rupestres à pegada ecológica
As pinturas rupestres foram produzidas pelos primeiros habitantes do Brasil retratando parte do cotidiano da época como: caça, dança, rituais, lutas pelo território e animais que viviam naquele momento. Muito importante era deter os conhecimentos a respeito dos meios de subsistência, pois não se poderia perder tempo diariamente em busca da caça, pesca e/ou coleta de frutos. Por este motivo, as pinturas tiveram o papel de retratar com precisão o que havia naquele meio (GUIDON, 1988: 43/44).
A partir dessas cenas pintadas em rochas, foi possível, então, dizer que houve sim no território brasileiro, como em outros locais do mundo, história e educação, muito antes de 1500. Pode-se afirmar que as pinturas rupestres também contribuem para mostrar como era a interação e a relação entre os humanos e destes com a natureza.
Você já parou para pensar que a forma como vivemos hoje também deixará marcas no meio ambiente? É isso mesmo, nossa caminhada pela Terra deixará “rastros”, “pegadas”, que poderão ser maiores ou menores, dependendo de como vivemos. De certa forma, atualmente, essas pegadas já dizem muito sobre quem somos!
A partir dos rastros deixados pelos animais na área da Escola do Meio Ambiente é possível conseguir algumas informações sobre eles: peso, tamanho e hábitos.
Com relação à “pegada ecológica”, quanto mais acelerarmos nossa exploração no meio ambiente, maior se torna a marca que deixaremos na Terra. O consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que se vê fora e distante da natureza.
O rastro ilustrado nesta página é de uma das crianças com 9 anos de idade que circula pela Trilha do Peabiru, aqui na EMA. Neste caminho, as crianças aprendem sobre a história de Botucatu e são incentivadas a estabelecer um laço de amor, carinho e cuidado com o lugar onde vivem deixando um “rastro” de respeito pela vida.
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Mãos na massa: Atividades Práticas
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“Precisamos procurar o vestígio da natureza em nós!”
Coleta de pegadas
Materiais:
• Gesso em pó;
• Água;
• Copo ou pote;
• Colher ou palito para mexer;
• Pedaços de cartolina;
• Clips.
Método:
Após encontrar as pegadas, retire com delicadeza folhas e gravetos que possam estar sobre o rastro.
Junte as duas pontas da cartolina formando um círculo e prenda com o clips. Coloque a cartolina em volta do rastro tentando enterrar um pequeno pedaço do círculo no solo.
No copo plástico, coloque um pouco de água e adicione aos poucos o gesso em pó, até adquirir uma consistência pastosa.
Despeje sobre o rastro com cuidado para não desmanchar e observe se foi todo coberto pelo gesso, deixando uma altura máxima de 2 cm.
Depois de seco, remova a cartolina que serviu de molde. Com cuidado, pegue o gesso e vire para ver como ficou marcado o rastro. Enrole em um jornal para que a umidade seja toda absorvida e identifique-a anotando o local em que foi encontrada e a data.
Quando o gesso estiver completamente seco, limpe-a com uma escova de dentes até que a impressão da pegada esteja visível para identificação.
Construção de ninhos
Uma forma de atrair aves para sua escola é construindo caixas-ninho. São ninhos simples e divertidos de fazer e representam uma alternativa para as aves que perderam seus locais naturais de nidificação devido ao desaparecimento de árvores nativas que proporcionavam o local ideal para um ninho.
Materiais:
• Caixa de papelão
• Tesoura
• Régua
• Lápis
Método:
Desmonte a caixa de papelão e corte seguindo o modelo abaixo:
Dobre nos locais pontilhados e prenda as laterais com cola ou fita adesiva, certificando-se que fique bem firme (as laterais demarcadas com cores iguais se unem). Recorte uma entrada no círculo preto.
O teto deve ficar um pouco maior que o chão para fazer sombra e proteger o ninho.
As medidas da caixa-ninho podem ser alteradas, mas quando muito grandes farão com que a ave tenha que recolher mais material do que o necessário para fazer o seu ninho.
As caixas-ninho também podem ser feitas com madeira. O teto nunca deve ser feito com algum tipo de metal, porque permite passar o frio e nos dias quentes fazem com que o ninho fique com a temperatura muito elevada.
Ao pendurar sua caixa-ninho de papelão para as aves construírem seu ninho, escolha um local que não chova para que o ninho não seja danificado.
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Observação de aves
Materiais:
• Binóculos
• Caderno ou folhas de papel com prancheta
• Lápis e borracha
• Tecido marrom ou verde e gravetos (opcional)
Método:
Primeiro escolha um local ou um esconderijo, pois as aves se assustam com muita facilidade. É possível fazer um esconderijo utilizando um pano verde ou castanho e alguns galhos secos, roupas com cores discretas colaboram para não assustar as aves. Também é importante estar acompanhado por alguém que conheça bem o local aonde será realizada a observação.
Preste atenção nos sons ao seu redor, através do canto dos pássaros é possível encontrá-los de forma mais fácil. Após encontrar a ave, observe seu comportamento: se ela está se alimentando, em repouso, no ninho, cantando,... O uso do binóculo irá ajudá-lo a observar a ave com mais detalhes, mesmo estando longe. Uma dica é não se aproximar muito para que ela não se assuste, principalmente quando estiver no ninho. Anote a hora em que a ave foi observada, seu comportamento e o local aonde estava.
Sugestão: Elabore um desenho que retrate a ave observada, preste atenção no bico, no tamanho, nas patas, na forma e na coloração da plumagem.
Com a ajuda de livros ou de alguém que conheça espécies de aves, tente identificar o animal observado.
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As penas e sua estrutura
Materiais:
• Penas
• Lupa
• Cartolina
• Cola
Método:
Durante uma caminhada, aproveite para recolher as penas que forem encontradas pelo caminho e fazer uma coleção para a sua escola. Para isso, após encontrar as penas, limpe com cuidade com a ajuda de uma escova de dentes macia. Depois, cole a pena sobre uma cartolina, passando cola apenas em sua nervura central, e tente descobrir à qual espécie de ave a pena pertence.
Com a ajuda de uma lupa, aproveite para observar de perto a estrutura da pena.
Sugestão: Desenhe o que foi observado na pena e tente identificar cada um de seus detalhes.
Como exemplo citamos:
BARBA
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CÁLAMO RAQUE RAQUE BÁRBULAS BARBAS
De olho no rastro
Materiais:
• Massinha de modelar
Método:
Após encontrar ou escolher a pegada de um animal silvestre, observe atentamente seus detalhes: tamanho, formato e curvas.
Pegue um pedaço de massinha de modelar, na cor de sua preferência (ou mais de uma cor, podendo misturá-las) e amasse até ficar macia.
Com as mãos comece a dar forma na massinha, modelando a pegada que está sendo observada.
Depois de pronta, coloque a pegada modelada sobre uma superfície lisa (madeira, papelão,...) e identifique-a, anotando o nome do animal e a data.
A massa de modelar não é tóxica e seca facilmente em contato com o ar.
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Árvore morta tem vida
Ao caminhar pela mata, é possível observar algumas árvores mortas, em pé ou caídas, muitas vezes já no estado de decomposição. Mas será que mesmo estando morta há vida nestas árvores?
Materiais:
• Lupa
• Caderno ou prancheta com papel
• Lápis
• Borracha
Método:
Primeiro, é preciso investigar o lugar em que se está, em busca de uma árvore morta. Após encontrá-la, com o auxílio da lupa, comece a observar atentamente cada detalhe da árvore: sua casca, seu interior e principalmente se há alguma forma de vida animal existindo ali.
Estas árvores após morrerem adquirem uma importante função na natureza, dando abrigo e/ou alimento para outros SERES VIVOS. Entre eles é possível encontrar:
- Formigas e cupins, passeando ou construindo suas casas;
- Ovos de vários insetos;
- Abelhas que constróem sua colméia no interior dos troncos ocos;
- Alguns anfíbios, à procura de umidade, como dentro de bromélias que nascem sobre as árvores e ali permanecem mesmo após a sua queda;
-Várias espécies de fungos.
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Investigando as formas dos animais nos elementos natureza
Materiais:
• Elementos da natureza
Método:
Alguns elementos da natureza, como por exemplo frutos, sementes e pedras, nos lembram o formato de animais.
Junto com o seus colegas, procure encontrar, na caminho percorrido ou na sua escola, esses elementos e depois tente imaginar o que este animal estaria fazendo ali.
Exemplo: A pinha aberta pode ser comparada ao ouriço-cacheiro. Quando vemos várias pinhas no meio de um gramado, podemos imaginar uma família inteira de ouriços vivendo ali.
Plante Árvores, Colha Pássaros!
Materiais:
• Árvores de várias espécies como: fruta-do-sabiá, gabiroba, açaí, jambolão, pitanga, ingá, amoreira, entre outras.
Método:
Escolher a muda de árvore. Verificar seu ciclo de vida, principalmente o tamanho que ela ficará quando se tornar adulta. Encontrar um local que possa atender o espaço que ela necessitará para crescer. Plantá-la com carinho e responsabilidade, ou seja, no início ela deverá ser molhada e cuidada. Quando florescer e frutificar, atrairá muitos pássaros, inclusive o sabiá-laranjeira, ave nacional do Brasil.
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populares Cachorro-do-mato ......................................................................................... 08 Capivara ......................................................................................................... 10 Cateto .............................................................................................................. 11 Furão brasileiro ............................................................................................. 12 Gambá-de-orelha-branca .......................................................................... 13 Gato-do-mato ................................................................................................ 14 Lobo-guará ..................................................................................................... 15 Lontra ............................................................................................................... 17 Mão-pelada ................................................................................................... 18 Onça-parda ................................................................................................... 20 Ouriço-cacheiro ............................................................................................. 22 Paca ................................................................................................................. 23 Preá .................................................................................................................. 24 Quati ................................................................................................................ 25 Raposinha ........................................................................................................ 26 Saracura-três-potes ...................................................................................... 27 Serelepe .......................................................................................................... 28 Tamanduá-bandeira ..................................................................................... 29 Tapiti ................................................................................................................ 31 Tatu-galinha .................................................................................................... 32 Veado-catingueiro ......................................................................................... 34
Índice de nomes
Bibliografia consultada:
DALPONTE, M. B. J. C. Rastros de mamíferos silvestres brasileiros: um guia de campo. 2 ed. Brasília: Ed. UnB; Ed. IBAMA, 1999. 180p.
EMA. Escola do Meio Ambiente Com VIDA. Escola do Meio Ambiente. Botucatu, SP. 2012. 24p.
EMA. Escola do Meio Ambiente Com VIDA. Escola do Meio Ambiente. Botucatu, SP. 2013. 24p.
FERREIRA, D. Levantamento de mamíferos ocorrentes na área da Escola do Meio Ambiente. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Ciências Biológicas das Faculdades Integradas de Avaré como exigência parcial para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas. Avaré, SP. 2008.
FRISCH, J. D. & FRISCH, C. D. Aves brasileiras e plantas que as atraem. 3 ed. São Paulo, SP: Dalgas Ecoltec, 2005. 480 p.
GUIDON, Niéde. “As ocupações pré históricas do Brasil”. In: CUNHA, Manuela Caneiro da. História dos índios no Brasil. Editora Cia das Letras, 1998.
JUNIOR, O. C. Identificando mamíferos da floresta de transição amazôniacerrado. Série Boas Práticas. v7. Instituto de pesquisa ambiental da amazônia.
JUNIOR, O. C. & LUZ, N. C. Pegadas: Série Boas Práticas. v3. Belém, PA: EDUFPA, 2008. 64p.
MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M; PAGLIA, A. P. (editores). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. 1 ed. Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG: Fundação Biodiversitas, 2010. 2v. 1420 p.
MMA. Espécies da fauna ameaçadas de extinção – recomendações para o manejo e políticas públicas. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Brasília: MMA, 2010. 294 p.
MORO-RIOS, R.F; SILVA-PEREIRA, J. E; SILVA, P. W; MOURA-BRITO, M; PATROCÍNIO, D. N. M. (elaboração). Manual de Rastros da Fauna Paraense. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná, 2008. 70p.
PADULA, C. R. Levantamento de espécies de marsupiais na Escola do Meio Ambiente (EMA) de Botucatu (SP). Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Ciências Biológicas da Universidade do Sagrado Coração (Bauru, SP) para obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas. Bauru, SP. 2011.
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