Com esforço da iniciativa privada o país vai sair dessa

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Tribuna

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DIRETORES: Eduardo Ferrari Batista de Santana Francisco Jorge Rosa Filho

R$ 1,90

UM JORNAL COM CARA E CORAGEM

DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA, 28 E 29 DE AGOSTO DE 2016 • ANO XX • EDIÇÃO 4624

ALFREDO RISK

ESPORTE

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6ª Meia Maratona Tribuna Ribeirão

É hoje!

Com cerca de 2.500 participantes, atletas de 91 cidades e de quatro diferentes estados, a Meia Maratona Tribuna Ribeirão será disputada hoje, 28. A largada está marcada para as 7h da manhã, na Via Norte, em frente à Faculdade Anhanguera. A maratonista Zeferina Baldaia, que já venceu a São Silvestre, será uma das atrações. Além da meia maratona com percurso de 21 km, a prova também terá as categorias de 10 km e 5 km. Os atletas PNE (Portadores de Necessidades Especiais) irão participar.

SERVIÇOS

28

GERAL

PÁGINA A4

dia /08 TRIBUNA TEMPO RIBEIRÃO PRETO

33ºC 16ºC

Sol com algumas nuvens. Não chove.

SÃO PAULO

29ºC 13ºC

Sol com algumas nuvens. Não chove.

ARQUIVO PESSOAL

Quando a barriga de aluguel não é novela

BRASÍLIA

29ºC 15ºC

Sol com algumas nuvens. Não chove.

29/08

dia

RADAR FIXO

DR. CELSO CHARURI 70 KM/H

RADAR MÓVEL

O termo barriga de aluguel é um equívoco no Brasil, já que o país dispõe de legislação que determina o procedimento e assegura ao casal todas as garantias. Pagar para uma mulher alugar a barriga para gerar o filho de outra pode gerar processo judicial. O termo correto é gestação solidária. Em Ribeirão Preto, uma irmã ajudou a outra e desse gesto de amor nasceu a pequena Laura.

GERAL

CARAMURU

ARQUIVO

PÁGINA A5

60 KM/H

GERAL

PÁGINA A3

João Naves, uma vida de entrega Ele começou a fazer entregas de encomendas que chegavam à estação rodoviária de Ribeirão Preto em uma bicicleta. O empresário João Naves, proprietário de uma das maiores empresas

GERAL

Entidades assistenciais sofrem com a crise

TURISMO

PÁGINA B1

60 KM/H MARECHAL COSTA E SILVA

Conheça a exótica China

MAURILIO BIAGI

70 KM/H PRESIDENTE VARGAS

60 KM/H PROFESSOR JOÃO FIUSA

60 KM/H

TRIBUNA TEMPO RIBEIRÃO PRETO

33ºC 17ºC

Sol com algumas nuvens. Não chove.

SÃO PAULO

28ºC 15ºC

Sol com algumas nuvens. Não chove.

BRASÍLIA

30ºC 15ºC

Sol com algumas nuvens. Não chove.

FONTE: www.climatempo.com.br

cmyk

Jornal interrompe circulação em RP Apesar de não confirmado pela família dos proprietários do jornal ‘O Diário’, fundado há 61 anos por Costábile Romano (em pé, à direita da linotipo), o periódico deixou de circular semana passada e, ao que se sabe, em caráter definitivo.

de logística e transportes do país dá a receita de como enfrentar a crise e, principalmente, como sair dela.

PÁGINA A5

COSTABILE ROMANO

60 KM/H

DIVULGAÇÃO

FOTOS: DIVULGAÇÃO


A3/GERAL

Tribuna

DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA, 28 E 29 DE AGOSTO DE 2016

Geral

ARQUIVO PESSOAL

GESTAÇÃO SOLIDÁRIA PÁGINA A5

Quem já ouviu o termo “barriga de aluguel” deve se perguntar qual o valor para “emprestar” a barriga para o nascimento de um bebê. O que poucos sabem é que, aqui no Brasil, o termo é errado. FOTOS: DIVULGAÇÃO

JOÃO NAVES

‘Com esforço da iniciativa privada o país vai sair dessa’

FUNDADOR PRESIDENTE da maior empresa de transporte e logística de Ribeirão Preto diz que fé e desenvolvimento humano são as chaves do sucesso profissional

Adriana Dorazi Uma vida de entrega. Essa frase define bem o legado de João Naves, criador e presidente da RTE Rodonaves, uma das maiores empresas de transportes do Brasil com sede em Ribeirão Preto. O empresário nasceu na Fazenda Campestre, em Altinópolis, em 1950. Aos 18 anos, se mudou para a cidade com objetivo de trabalhar como vendedor de passagens de uma empresa na rodoviária. Visionário, percebeu que havia demanda reprimida por

serviços de entrega – muitos passageiros viajavam para fazer esse serviço. Foi a grande chance de João, que se desligou da empresa de passagens: abriu um box na própria rodoviária, comprou uma bicicleta de carga e começou a fazer entregas. Logo a bicicleta não foi suficiente para a alta demanda. João, então, contrata um ajudante -para quem transfere a bicicleta - e assume o volante de uma Kombi modelo 1971, adquirida para dar à empresa uma cara de transportadora e aumentar sua atuação na região. Esses foram os primeiros passos da RTE

Rodonaves, hoje com frota de 2.400 veículos, mais de seis mil colaboradores diretos e indiretos, nove unidades próprias, 11 Centros de Transferências de Carga e um faturamento anual de R$ 600 milhões. A visão empreendedora de João deu origem a uma empresa familiar brasileira que atende mais de 130 mil clientes distribuídos em 3.200 cidades de 12 estados brasileiros e Distrito Federal. Porém, o legado do empreendedor vai além da transportadora e outras empresas que compõem o grupo. Ele acredita que é preciso motivar

as pessoas para superar expectativas. Otimista, diz que o país vencerá a crise na medida em que as pessoas escolherem políticos honestos, não apenas preocupados com suas carreiras. “Minha maior expectativa é que nosso povo escolha os melhores, aqueles que estejam comprometidos com a seriedade no tratamento da gestão e tenham competência para fazer uma administração correta.

Quem conquistar as cadeiras, seja no Legislativo ou Executivo, precisará fazer política sem pensar em seu mandato ou em benefício próprio. Atuar pela cidade efetivamente. Fazer uma história nova, escrevendo seu nome na lista de governantes honestos, aqueles que executam ações necessárias para melhorar a vida das pessoas”, resume. Nesta entrevista exclusiva ao Tribuna, Naves destaca como

foi ser patrono da Feira do Livro de Ribeirão Preto. Frisa que o princípio do bom atendimento e do comprometimento em entregar – literalmente – o que se promete. Com 150 unidades de negócios que a empresa mantém em todo o território nacional, ele analisa a condição das estradas brasileiras e diz que depende, em grande parte da iniciativa privada, ajudar a nação a vencer a crise.

seja no legislativo ou executivo, precisará fazer política sem pensar em seu mandato ou em benefício próprio. Atuar pela cidade efetivamente. Fazer uma história nova, escrevendo seu nome na lista de governantes honestos, aqueles que executam ações necessárias para melhorar a vida das pessoas. Tribuna - Qual foi a emoção que o senhor sentiu ao carregar a Tocha Olímpica? João Naves - ÚNICA. Para mim foi uma honra ser escolhido para conduzir esse importante símbolo dos Jogos Olímpicos e vi-

essa credibilidade. Acredito que a maioria está fazendo sua parte. Em nossa empresa fizemos isso, decidimos investir em diversas melhorias confiando em nossos clientes, colaboradores e no país, assim, sairemos mais fortes. Tribuna - O senhor participa das edições da feira do livro de Ribeirão Preto. Como analisa o trabalho cultural na cidade e o que acha que precisa ser melhorado? João Naves -Participo sim e inclusive neste ano, tive a honra de ser o patrono da Feira do Livro. Cultura é dinâmica, o que é feito hoje, amanhã precisa ser inovado e melhorado. Tivemos uma ótima feira, realizada com grande esforço pela dificuldade de recursos. Os organizadores merecem aplausos de toda sociedade. Referente ao trabalho cultural na cidade precisa chegar aos bairros, nas escolas e creches, onde a população é carente. A cultura, principalmente a leitura, contribui fortemente para o papel de abrir a mente e fazer sonhar, e isto move as pessoas em buscar algo melhor. A sociedade de Ribeirão Preto precisa mobilizar ainda mais neste sentido, assim, teremos gerações futuras fortalecidas. Tribuna - Em que nível a crise brasileira atingiu o setor de transportes? João Naves - Fomos um dos segmentos mais afetados, pois somos atividade meio. O impacto foi muito alto tanto em custos como em queda de volume transportado. Muitas empresas fechando, queda em vendas,

crédito restrito, desemprego em alta, tarifas públicas etc. Tudo isso afetou muito o setor. Tomamos diversas ações para minimizar o impacto em nossa empresa e estamos conseguindo atravessar essa fase que ainda não terminou. As perspectivas são de melhoria. Tribuna - De maneira geral, o senhor acha a mão de obra do setor de transporte qualificada? A empresa investe nisso? João Naves - Existem empresas e empresas. As que se preocupam com a qualificação da mão de obra e as que não se preocupam. São necessários programas e investimento constante para buscar essa qualificação. Veja o caso do motorista, a habilitação por si só não garante competência para dirigir, precisa ter um programa de desenvolvimento, para garantir que ele esteja apto a ser um condutor com habilidade e responsabilidade e, assim, conduzir um caminhão na estrada. Investimos fortemente na preparação dos nossos colaboradores para que sejam profissionais diferenciados no mercado. Esse é um dos pilares da nossa empresa. Tribuna - Como o senhor avalia a qualidade das estradas brasileiras? João Naves - Se olharmos 10 anos atrás, estão melhores. Com o programa de concessão ocorreram avanços positivos, especificamente em São Paulo, nosso maior mercado. Um agravante é o custo do pedágio, é muito alto e impacta no preço final das mercadorias. Nos demais estados temos agravantes de estradas simples sem acostamento, sinalização e muitos buracos. O impacto é alto em tempo de viagem, custos de manutenção e até segurança dos motoristas. Evitar acidentes e manter a integridade da carga é um grande desafio. Tribuna - O senhor acredita que a ampliação do aeroporto Leite Lopes sairá do papel? João Naves -Sair do papel ou não é uma resposta de nossos governantes. Da importância para a região, sem dúvida alguma, irá trazer uma nova frente de oportunidades para os negócios. Tribuna - E o cenário político para as eleições municipais? O que espera dos novos eleitos? João Naves - Minha maior expectativa é que nosso povo escolha os melhores, aqueles que estejam comprometidos com a seriedade no tratamento da gestão e tenham competência para fazer uma administração correta.Quem conquistar as cadeiras,

comigo.Gostaria de parabenizar o povo brasileiro e principalmente os cariocas, por terem realizado uma olimpíada marcante e vibrante, onde o espírito esportivo prevaleceu. A marca desta Olimpíada foi a interação e o respeito entre os povos. Que o recado dado, de buscar a harmonia entre as pessoas com sustentabilidade seja praticado por todos. Tribuna - É possível superar as expectativas das pessoas por meio do desenvolvimento humano? Como? João Naves - Sim, é um dos caminhos assertivos para corresponder as expectativas das pessoas. No mundo atual estas expectativas estão elevadas, devido a facilidade ao acesso de informações e a tudo que o mundo moderno oferece. Para lidar com isso, investir no desenvolvimento humano é fundamental, pois assim, as pessoas compreendem melhor suas capacidades, seus anseios, o que é possível atingir e em quanto tempo. Com o conhecimento adquirido, as expectativas vão sendo preenchidas em uma escala de valor real. Investir no desenvolvimento das pessoas tendo como direcionador a ampliação do conhecimento através de cursos, palestras e trocas de experiências, com o objetivo de potencializar as habilidades de cada um, sempre encorajando atitudes empreendedoras e diferentes. Esta é uma prática que tem dado certo em nossa empresa.

Entrevista

Tribuna - Qual a sua visão sobre o momento atual da economia e política do país? João Naves - O Brasil está passando por um período complicado. A economia foi seriamente impactada por má gestão e irresponsabilidade de nossos governantes. Uma crise de confiança foi desencadeada e todos os indicadores econômicos foram agravados. Felizmente nossas instituições estão atuando e, com isso, resgatando gradativamente a confiança. Isto mostra perspectivas razoáveis para médio prazo. Ações precisam ser tomadas e serão assim que hou-

ver solução definitiva sobre o comando do país. Na nossa empresa atuamos fortemente junto a nossos clientes para minimizar os impactos e graças ao grande trabalho da equipe estamos tendo sucesso no planejado. Tribuna - Os empresários têm papel fundamental no trabalho de retomada do crescimento? João Naves - Sim, com certeza. É através do esforço da iniciativa privada que o país vai sair dessa. Os empresários possuem responsabilidades efetivas, seja no papel de criticar, propor ou agir para resgatar

Para mim foi uma honra ser escolhido para conduzir esse importante símbolo dos Jogos Olímpicos e viver esse momento tão especial e tão marcante em minha vida e na vida dos brasileiros

ver esse momento tão especial e tão marcante em minha vida e na vida dos brasileiros. Foi uma sensação indescritível, alguns minutos que ficarão guardados para sempre em minha memória e na memória daqueles que estavam


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