I EnQuadrinhos - Caderno de Resumos

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília CADERNO DE RESUMOS



Apresentação

A primeira edição do EnQuadrinhos – Encontro de Quadrinhos de Brasília traz, no ineditismo da proposta, a responsabilidade de situar de uma vez por todas o Distrito Federal como sede de um grande círculo de cabeças que consumem, produzem e pensam Histórias em Quadrinhos. Mais que isso, parte do princípio de que há outras cabeças pensantes espalhadas pelo país, todas elas em permanente busca de diálogo acerca do tema. Dessa forma, na arte do encontro, o evento propõe o estímulo e a ocasião necessárias para a criação de redes de cooperação e desenvolvimento de pesquisas na área. O I EnQuadrinhos apresenta-se como espaço amplo e aberto de trocas de experiências e discussão acerca do universo das Histórias em Quadrinhos, em pormenores que envolvem representações sociais de identidade, gêneros de discurso, pesquisa dos limites da linguagem e diálogo com outras mídias e manifestações artísticas. Para tanto, foram propostos aos acadêmicos e artistas interessados quatro grandes eixos temáticos a serem trabalhados: 1.

Quadrinhos e Indústria

2.

Quadrinhos e Arte

3.

Quadrinhos e Ciência

4.

Quadrinhos e Cultura

O desafio, contudo, ultrapassa aqui as propostas temáticas e alcança também o formato de apresentação das pesquisas. Isso porque o EnQuadrinhos aposta no pôster como forma eficaz de comunicação científica, especialmente em se tratando de um encontro dedicado às narrativas gráficas. Traduzindo sua pesquisa em texto e imagem, os autores inscritos ganham em liberdade e, em contrapartida, recebem o desafio da coesão na apresentação do trabalho via pôster. O encontro abre ainda uma segunda via inovadora, a do pôster artístico, em que criadores de Histórias em Quadrinhos vinculados ao ensino superior têm a oportunidade de apresentar o processo de produção de alguma narrativa autoral em desenvolvimento ou recém-finalizada. A abrangência do presente Caderno de Resumos aponta diretamente para essas direções – a do ineditismo, do desafio e da diversidade. Delas todas, nasce o encontro e, nele, a ocasião de pensar, mas pensando junto. Bem-vindos ao EnQuadrinhos!

Selma Regina Nunes Oliveira Wagner Antonio Rizzo Raimundo Lima Clemente Neto Havane Melo Jairo Macedo Comissão Organizadora do I EnQuadrinhos – Encontro de Quadrinhos de Brasília


Apresentação ..................................................................................................................... 3 Sumário ................................................................................................................................ 5 Programação ...................................................................................................................... 9

Quadrinhos e Arte ................................................. 11 Adaptações Literárias em Quadrinhos: Aspectos da Representação do Gótico ............................................................................................................................. 12 Alessandra Matias Querido Jaqueliane Santos Coelho

Hibridização na Arte Sequencial: Red Garden e La Nouvelle Mangá ............ 13 Janaina Freitas Silva de Araújo Amaro Braga Xavier Jr. Mariana Petróvana Ferreira da Silva

Das Tiras de Humor ao Drama das Graphic Novels Autobiográficas: Reversão de um Meio Frio ............................................................................................ 14 Jorge Alam Pereira dos Santos

Os Quadrinhos Documentais Contemporâneos no Brasil ................................ 15 Lucas dos Reis Tiago Pereira

Quadrinhos e Arte Visionária ..................................................................................... 16 Matheus Moura Silva

Revista Rabiola ................................................................................................................. 17 Flávia Martins Godinho Marcel Yudai Ushida Morales Rayssa Arianne Morais de Araújo

Conceitos Fundamentais da História em Quadrinhos ....................................... 18 Rafael Machado Costa

O Inferno é Aqui: A Estética Grotesca da Banda Cicuta e a Representação Poética Transmidiática na Obra Viver até Morrer ................................................. 19 Frederico Carvalho Felipe


Sumário Rodoviária: Infância sem destino ............................................................................. 20 Nayara de Andrade Pereira

O Diário de Virgínia: Produção Autoral Independente na Internet ................ 21 Cátia Ana Baldoino da Silva

No Jardim Suspenso: do Roteiro ao Quadrinho ................................................... 22 Morgana Boeschenstein

Quadrinhos e Cultura ......................................... 25 Charge: Humor Gráfico e Representações Sociais ............................................. 26 Cristhiano dos Santos Teixeira

O Que é uma Suspenstory? ....................................................................................... 27 André Henrique Macedo Ferreira

Cartaz Quadrinho ........................................................................................................... 28 Juliana Del Lama Marques

Contos Afro-Brasileiros em Quadrinhos ................................................................ 29 Monica Maranha Paes de Carvalho Bruno de Almeida Porto

História em Quadrinhos e Sociedade. O Mundo de Aisha: Uma Representação Social Contemporânea para Debate de Gênero Feminino e Violência .................................................................................................... 30 Oscar William Simões Costa

Reflexões Sobre a Identidade Nacional Palestina no Jornalismo em Quadrinhos de Joe Sacco ...................................................................................... 31 Vinícius Pedreira Barbosa da Silva


Batwoman e A Evolução da Representatividade Homossexual nas Hqs de Super-Heróis ..................................................................................................... 32 Dandara Palankof e Cruz

Análise da Obra Palestina de Joe Sacco Sob a Ótica de Estudos Culturais ........................................................................................................... 33 Júlia Nascimento de Souza

Oficina HoQ?: Quadrinhos Como Ferramenta Pedagógica ............................. 34 Priscila Pereira Machado Julya Primo Vieira de Lima Marjorie de Freitas Guedes

Quadrinhos e Ciência ......................................... 37 Tiras e Ensino: O Uso do Gênero nas Aulas de Língua Portuguesa ............. 38 Gabriela Sousa

Quadrinhos e Fanzines no Ensino de Ciências e Saúde: A Experiência da Elaboração de Biociensaúde .................................................... 39 Danielle Barros Silva Fortuna Tania Cremonini de Araújo-Jorge Paulo Roberto Vasconcellos-Silva

Recombinação de Repertórios: Aplicação do Conhecimento de Processos Comportamentais Básicos ao Estudo da Criatividade e Produção de Quadrinhos ............................................................................................ 40 Hernando Borges Neves Filho Yulla Christoffersen Knaus

Bandeirante Bocó: Uma Aventura Quadrinística nas Terras dos Goyazes ......................................................................................................... 41 Lígia Maria de Carvalho


Expografia e Narrativas Gráficas .............................................................................. 42 Matias Monteiro Ferreira Roberta Arcoverde Taina Xavier

Quadrinhos e Indústria ...................................... 45 Mito Do Herói e A Mitificação nos Super-Heróis ................................................ 46 Edson Wilson Mendes de Almeida

Publicação de Quadrinhos: Boas Práticas para a Submissão de Projetos ................................................................................................. 47 Alexandre dos Santos Oliveira


Quadrinhos E Fanzines No Ensino De Ciências E Saúde: A Experiência Da Elaboração De Biociensaúde Danielle B. Silva Fortuna, Tânia C. de Araújo-Jorge e Paulo R. Vasconcellos-Silva

Recombinação De Repertórios: Aplicação Do Conhecimento De Processos Comportamentais Básicos Ao Estudo Da Cria vidade E Produção De Quadrinhos. Hernando Borges Neves Filho e Yulla Christoffersen Knaus

OFICINA HoQ?: QUADRINHOS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA Priscila P. Machado, Julya Primo V. de Lima e Marjorie de Freitas Guedes

Bandeirante Bocó: Uma Aventura Quadrinís ca Nas Terras Dos Goyazes

Mito Do Herói E A Mi ficação Nos Super-Heróis Edson Wilson Mendes De Almeida

Charge: Humor Gráfico E Representações Sociais Cristhiano Dos Santos Teixeira

O Que Uma Suspenstory?

André Henrique Macedo Ferreira

Cartaz Quadrinho

Juliana Del Lama Marques

Contos Afro-Brasileiros Em Quadrinhos

Mônica Maranha Paes De Carvalho e Bruno De Almeida Porto

Lígia Maria De Carvalho

Reflexões Sobre A Iden dade Nacional Pales na No Jornalismo Em Quadrinhos De Joe Sacco

Publicação De Quadrinhos: Boas Prá cas Para A Submissão De Projetos

Vinícius Pedreira Barbosa Da Silva

Alexandre Dos Santos Oliveira

Batwoman E A Evolução Da Representa vidade Homossexual Nas Hqs De Super-Heróis Dandara Palankof E Cruz

História Em Quadrinhos E Sociedade. O Mundo De Aisha: Uma Representação Social Contemporânea Para Debate De Gênero Feminino E Violência

Os Quadrinhos Documentais Contemporâneos No Brasil Lucas Dos Reis Tiago Pereira

Quadrinhos E Arte Visionária Matheus Moura Silva

Oscar William Simões Costa

realização:

GIBI

Grupo de Estudo de História em Quadrinhos http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8701237947200950

Análise Da Obra Pales na De Joe Sacco Sob A Ó ca De Estudos Culturais Júlia Nascimento De Souza

Adaptações Literárias Em Quadrinhos: Aspectos Da Representação Do Gó co Alessandra Ma as Querido

Jaqueliane Santos Coelho O Diário De Virgínia: Produção Autoral Independente Na Internet Cá a Ana Baldoino Da Silva

Hibridização Na Arte Sequencial: Red Garden E La Nouvelle Mangá

Janaina F. Silva De Araújo, Amaro Braga Xavier Junior e Mariana Petróvana F. Da Silva

Revista Rabiola

Rayssa Arianne M. De Araujo, Flavia Mar ns Godinho e Marcel Yudai U. Morales

Conceitos Fundamentais Da História Em Quadrinhos Rafael Machado Costa

Rodoviária: Infância Sem Des no Nayara De Andrade Pereira

No Jardim Suspenso: Do Roteiro Ao Quadrinho Morgana Boeschenstein


Programação

oficinas 8h – Credenciamento dos comunicadores, oficineiros e ouvintes 9h - 12h | Oficinas

Presidente da Comissão organizadora: Profª. Drª. Selma Regina Nunes Oliveira

13h – 15h | Intervalo

16/09

15h – 18h | Oficinas

09h - 12h | intervalo | 15h-18h

Comissão organizadora: Prof. Dr. Wagner Antônio Rizzo Prof. Ms. Raimundo Lima Clemente Neto Mestranda Havane Melo Mestrando Jairo Macedo Comissão Científica: Profª. Drª. Selma Regina Nunes Oliveira (UnB) Profª. Drª. Maria Therezinha Ferraz Negrão de Mello (UnB) Prof. Dr. Henrique Paiva de Magalhães (UFPB) Prof. Dr. Sergio Rizo Dutra (UnB)

Narrativas Não Lineares em Quadrinhos André Valente – Coletivo Sindicato

8h | Credenciamento dos comunicadores e ouvintes

Ilustração: Gabriel Góes (capa) Janaína Araújo (eixos temáticos e programação)

9h – 9h30 | Cerimônia de Abertura – Profª. Drª Selma R. Nunes de Oliveira Convidado – Profº. Ms. Ciro Inácio Marcondes

Texto de abertura e Revisão: Jairo Macedo 9h30 – 11h30 | Palestra A Era de Diamante dos Quadrinhos: O Garimpo de 2015 Rafael Coutinho

Designers: Raimundo Lima, Dani Amatte e Havane Melo

Roteiro e experimentação narrativa Rafael Coutinho

11h30 | Comunicação de pôsteres 12h30 | Almoço 14h30 | Palestra Tiras Em Transição: Do Papel Às Mídias Virtuais Paulo Ramos

Realização: GIBI – Grupo de Estudos em Quadrinhos

16h30 | Comunicação de pôsteres

Apoio: Faculdade de Comunicação (FAC/UnB) Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UnB) Centro de Excelência em Turismo (CET/UnB) Site: www.enquadrinhos.net.br

9h – 11h | Palestra Transmídia e processos criativos de quadrinhos autorais Edgar Franco

Quadrinhos Jogáveis

11h | Comunicação de pôsteres

Lucas Gehre - LTG

12h30 | Almoço

Email: organizacao@enquadrinhos.net.br As oficinas acontecerão na galeria da FAU

14h30 | Palestra

Marca De Fantasia-Panorama De Uma Editora Independente Henrique Magalhães 16h30 | Comunicação De Pôsteres 18h | Lançamento De Livros, Sessões De Autógrafo, Feira De Fanzines E Publicações Independentes


1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


Quadrinhos e Arte

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

Adaptações Literárias em Quadrinhos: Aspectos da Representação do Gótico

Alessandra Matias Querido

Doutora, Professora Adjunta Universidade Católica de Brasília. alequerido@gmail.com

Jaqueliane Santos Coelho Licenciada, Universidade Católica de Brasília. jaquecoelho346@hotmail.com

As adaptações de obras literárias para os quadrinhos costumam sofrer críticas que cobram uma questionável fidelidade ao texto fonte. Com base no estudo de Julio Plaza e partindo do pressuposto de que este tipo de adaptação é uma tradução intersemiótica, consideramos que é preciso avaliar os meios de que cada arte dispõe para narrar a história. Neste sentido, propomos uma análise da representação do gótico em adaptações quadrinísticas. As obras analisadas serão os contos de Edgar Allan Poe “Assassinatos na Rua Morgue” (adaptado por Carl Bowen) e “O coração delator” (adaptado por Benjamin Harper), nos quais observaremos os recursos utilizados (cores, enquadramento, representação dos personagens etc) para a criação do suspense e do terror; e nas obras “Interview with the vampire: Claudia’s story” (adaptado por Ashley Marie Witter) e “Clássicos em quadrinhos: Bram Stoker” (editado por Tom Pomplun), que além de apresentar elementos do gótico, trazem a representação da figura do vampiro de duas formas distintas: o vampiro clássico de Stoker e o vampiro moderno de Rice. Nosso propósito é demonstrar que cada arte possui seus próprios recursos narrativos e que isto estabelece leituras específicas dos objetos, o que não consiste em uma relação de perda, mas de diferença.

Palavras-chave: adaptação; história em quadrinhos; gótico.

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


Hibridização na Arte Sequencial: Red Garden e La Nouvelle Mangá.

Janaina Freitas Silva de Araújo Graduanda em Design, Universidade Federal de Alagoas. jana.f.araujo@gmail.com

Amaro Braga Xavier Jr.,

Mariana Petróvana Ferreira da Silva,

Mestre em Sociologia, Universidade Federal de Pernambuco. axbraga@gmail.com

Licenciada, Universidade Católica de Brasília. jaquecoelho346@hotmail.com

O mangá Red Garden apresenta hibridização entre o formato oriental e europeu de quadrinhos. Alguns elementos componentes assemelham-se ao movimento la nouvelle mangá, oriundo da integração entre o estilo franco-belga e japonês de arte sequencial. Através da análise da narrativa gráfica, observa-se a correspondência entre o significado de alguns dos recursos empregados no quadrinho e as ideologias do movimento citado. Foi realizado levantamento bibliográfico e comparação do conteúdo presente em Red Garden e nas criações de la nouvelle mangá. Não há aplicação de retículas no quadrinho, a arte final é realizada com enfoque no contraste monocromático associado à técnica de hachuras e pontilhismo. A ambientação é a ilha de Manhattan, apresentando ângulos em cenário predominantemente urbano. Observa-se anatomia longilínea e traços delicados; contudo, as expressões faciais são minimalistas, mantendo a simplicidade do traço oriental com o rebuscado detalhamento europeu, presente no vestuário e mobiliário. Portanto, a hibridização de estilos não necessita apresentar todos os elementos de um mesmo movimento, como la nouvelle mangá; mas sobretudo, proporcionar ao quadrinista a criação de obras que sejam pregnantes a públicos de diferentes influências artísticas.

Palavras-chave: hibridização; la nouvelle mangá; Red Garden.

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

Das Tiras de Humor ao Drama das Graphic Novels Autobiográficas: Reversão de um Meio Frio Jorge Ala m Pereira dos Santos

Doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. jorgealam33@gmail.com.

O seguinte painel buscará abordar a consolidação do romance gráfico (graphic novel), principalmente de cunho autobiográfico em relação ao passado e origens dos quadrinhos enquanto gênero. Costuma-se pensar nos romances gráficos como um “amadurecimento” temático (dramas pessoais), formal (extensão e estilo de desenho) e estético (abordagem mais “adulta” dos temas e conflitos humanos). Mas por outro lado, essas mudanças trouxeram consequências para forma como os quadrinhos são produzidos, consumidos e o impacto que eles hoje representam. A incompletude episódica das tiras e seu correspondente apelo por participação semântica, a insistência no humor satírico. Na linguagem de McLuhan podemos falar de um aquecimento da mídia através do abandono da concisão, humor. Aquecimento do resfriador. Mad arremedo dos meios quentes. Suspense, humor e leveza traídos. Perder a capacidade de rir de si mesmos. A reformulação das imagens com o objetivo de envolver profundamente, participar em um outro nível. Coisas com as quais não podemos brincar. O envolvimento de profundidade encorajou todos a se olharem mais a sério.

Palavras-chave: adaptação; quadrinhos; gótico.

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


Os Quadrinhos Documentais Contemporâneos no Brasil Lucas dos Reis Tiago Pereira Graduando, Universidade Federal Fluminense. rtp.lucas@gmail.com

Há uma vertente contemporânea nas histórias em quadrinhos nas quais o autor se retrata como personagem de seu próprio relato, o que tem sido chamado, genericamente, de quadrinho jornalístico. Inicialmente, a partir de uma distinção por gênero dos diferentes registros narrativos dessa ordem, se propõe o conceito de quadrinho documental. Em seguida à separação entre as distintas possibilidades de auto-referencialidade nas histórias, evidenciando, muitas vezes, um caráter metalinguístico, estabelecemos critérios de relação entre o autor, não tanto como um jornalista, mas sim como um tradutor do espaço urbano e da realidade a qual vivenciou. A pesquisa visa fazer uma análise sobre a produção de quadrinhos jornalísticos e especialmente documentais no Brasil. Aprofunda-se ainda na obra do autor André Diniz, pois percebe-se em sua obra uma frequência que se destaca como exceção no país.

Palavras-chave: quadrinhos; documentário; André Diniz.

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

Quadrinhos e Arte Visionária

Matheus Moura Silva

Mestre, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais – Faculdade de Artes Visuais, Universidade Federal de Goiás (PACV – FAV/UFG). E-mail: saruom@gmail.

O pôster se refere à minha pesquisa de doutorado (PPGACV/FAV-UFG), que visa compreender a relação entre histórias em quadrinhos e arte visionária. Enquanto Arte Visionária, uso o conceito criado pelo artista Laurence Caruana, no livro The First Manifesto of Visionary Art (2001), que define ser esse todo tipo de trabalho artístico que intenciona retratar visões obtidas por estados ampliados de consciência. No Brasil, apesar de pouco conhecidos no país, há autores renomados internacionalmente que são claramente visionários, como é o caso de Sérgio Macedo e Alain Voss. A proposta, então, é investigar os processos criativos envolvidos no fazer de trabalhos tão singulares e como funciona a relação entre as visões/quadrinhos/vida cotidiana e como os estados ampliados de consciência podem ou não interferir na persona do artista. Como referencial será usado, principalmente, bibliografia ligada aos processos criativos, antropologia (xamanismo), psicologia (estados ampliados de consciência) para demarcar o terreno teórico ao qual trafego. A investigação se dá na linha de pesquisa de Poética e Processos Criativos, assim, ela se estende também para a prática artística, ou seja, fazer quadrinhos. No meu caso, criar histórias que estejam no escopo da arte visionária – abordagem etnográfica.

Palavras-chave: processo criativo; xamanismo; arte visionária.

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


Revista Rabiola

F lávia Martins Godinho

Marcel Y udai Ushida Morales

Rayssa Arianne Morais de Araújo

Graduando, Universidade de Brasília, flaviamartinsgodinho@gmail.com

Graduando, Universidade de Brasília, marcel_yudai@ hotmail.com

Graduando, Universidade de Brasília, rayssa_arianne@ hotmail.com

O trabalho a ser apresentado trata de uma revista impressa de 32 páginas – além de capa e contra-capa - que compila histórias em quadrinhos produzidas e apresentadas no segundo semestre de 2014 no Laboratório de Publicidade da Universidade de Brasília por 24 estudantes da graduação divididos em 6 grupos, onde cada um construiu seu próprio roteiro e o desenvolveu graficamente a fim de experimentar métodos da arte digital e manual, a análise tipográfica, criação de personagens e enredos a partir da vivência de cada aluno. Nesse trabalho de laboratório, foram experimentados tipos de materiais para impressão e desenvolvimento dos primeiros estudos, trabalho com diversos tipos de materiais como nanquim, lápis de cor e aquarela para a execução dos quadrinhos, buscando desenvolver habilidades tanto de redação quanto de direção de arte nos alunos do curso e apreendendo todo o processo que envolve os quadrinhos – diagramação, storyboard, escolha dos detalhes, cores e tipografia, além da finalização.

Palavras-chave: história em quadrinhos; publicidade; laboratório de publicidade.

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

Conceitos Fundamentais da História em Quadrinhos Rafael Machado Costa

Bacharel em História da Arte, Bacharel em Direito e Mestrando em Artes Visuais com ênfase em História, Teoria e Crítica de Arte, UFRGS. hiro0@ig.com.br

A pesquisa pretende elaborar um discurso histórico e teórico sobre a produção de HQs relacionando-as ao seu contexto histórico, às questões sociais em que foram concebidas e com as influências que receberam da filosofia, política, linguagem e estética de seu tempo, bem como de estilos de outras formas de arte. Partindo de conceitos com o da Kunstwollen e de construções teóricas desenvolvidas pelos estudiosos de artes ligados à Escola de Viena e à Iconologia, aborda a produção de HQs através da identificação de grupos ou escolas artísticas, identificando suas temáticas, formas discursivas e projetos estéticos específicos. Pretende identificar as origens estilísticas e referências usadas por cada grupo vindas de tradições mais antigas da arte, como do Renascimento e Barroco, e como estes grupos se apropriaram de elementos destas tradições segundo seus próprios projetos artísticos. A pesquisa pretende construir um mapa estilístico e temático identificando os grupos e movimentos artísticos das HQs ocidentais, posicionando cronologicamente cada um deles e analisando como cada grupo foi consequência da sociedade de seu tempo e como suas características estéticas se alteraram como resposta às mudanças sociais passadas pelo ambiente em que estavam inseridas.

Palavras-chave: história em quadrinhos; história da arte; Kunstwollen.

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


O Inferno é Aqui: A Estética Grotesca da Banda Cicuta e a Representação Poética Transmidiática na Obra Viver até Morrer Frederico Carvalho Felipe Mestre, Faculdade Araguaia. fredcfelipe@hotmail.com

O objetivo deste trabalho consiste em contribuir com os estudos relativos à estética do grotesco no rock’n’roll e à utilização de diferentes plataformas midiáticas como forma de estilização poética e criação de narrativas convergentes à obra Viver até Morrer, da banda Cicuta. As moldagens grotescas enquanto representação visual das angústias e contradições de uma era repleta de estímulos sensoriais e choques cotidianos constantes aos quais o indivíduo é exposto contestam modelos sociais institucionalizados por meio da estética. A exposição transmidiática produzida na obra proporciona uma expansão do imaginário ficcional por meio de interconexões narrativas a partir de diferentes plataformas em diálogo com o cinema de animação, o videoclipe, as histórias em quadrinhos e a música.

Palavras-chave: estética; narrativa transmídia; imaginário.

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Rodoviária: Infância sem destino

Nayara de Andrade Pereira

Roteiro (reportagem) Rodoviária: Infância sem destino; Universidade Católica de Brasília. nayaraandradecinema@gmail.com

O trabalho proposto é um roteiro de reportagem em quadrinhos desenvolvido para revista Jenipapo, disciplina de Produção e Edição de Revistas, realizada semestralmente por diferentes turmas do curso e comunicação social da Universidade Católica de Brasília. O processo da reportagem foi feita com base nas técnicas jornalísticas, como apuração, fotografias (apoio da quadrinização) e entrevistas com diversas fontes, especialistas e personagens. A reportagem foi adaptada para o formato roteiro em quadrinhos e pensada como matéria especial pelos 25 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) completados em 2015 e aborda a exploração do trabalho infantil na Rodoviária do Plano Piloto de Brasília. O modelo de roteiro é full script, como proposto por Gian Danton no livro Como Escrever HQ. A exposição deste roteiro visa apresentar a experiência da elaboração de reportagem em quadrinhos e também angariar parceiros (ilustradores ou quadrinistas) para a finalização do trabalho, que não chegou a ser publicado. Além disso, almeja-se contribuir socialmente contra o trabalho infantil e preservação dos direitos da criança e do adolescente por meio da linguagem dos quadrinhos e esse diferente fazer jornalístico.

Palavras-chave: reportagem; jornalismo em quadrinhos; exploração infantil.

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


O Diário de Virgínia: Produção Autoral Independente na Internet Cátia Ana Baldoino da Silva Programadora Visual, Universidade Federal de Goiás. santanarev@gmail.com

O Diário de Virgínia é uma história em quadrinhos que público na internet há cinco anos. Desenvolvida inicialmente como uma forma de lidar com minhas dúvidas e inquietações, logo o projeto se transformou também num espaço de experimentação artística e narrativa. A história é dividida em capítulos e tem como protagonistas a personagem Virgínia e as personificações de seus sentimentos e aspectos de personalidade. A cada capítulo publicado – atualmente há vinte e sete – procuro pensar na leitura de forma que se alinhe com o tema abordado e com a navegação da internet. As histórias costumam ocupar uma única página, como numa tela infinita, que vai sendo visualizada à medida que se avança. Dependendo do contexto da história a leitura pode ser feita horizontalmente, verticalmente ou nas duas direções. Além do website, utilizo como meios de publicação de conteúdo e divulgação as redes sociais do Facebook e do Twitter. O Diário foi indicado ao troféu HQmix na categoria webquadrinhos, em 2011 e 2015.

Palavras-chave: quadrinhos; webcomic; HQtrônica

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No Jardim Suspenso: do Roteiro ao Quadrinho

Morgana Boeschenstein

Graduanda em Comunicação Social - Publicidade, UnB. morgboesch@gmail.com

O seguinte trabalho propõe o desenvolvimento do quadrinho “No Jardim Suspenso”, cujos roteiro, personagens e cenários compõem o produto apresentado como trabalho de conclusão de curso da autora deste. Tanto a criação do roteiro quanto a elaboração da arte conceitual dos elementos gráficos citados estão embasadas num estudo da Jornada do Herói e dos símbolos que a envolvem, bem como da dinâmica do imaginário numa esfera social e indivídual. As principais técnicas utilizadas na produção do quadrinho são nanquim e aquarela sobre opaline e canson A3, precedidas da confecção de thumbnails, que auxiliam na organização dos quadros na página.

Palavras-chave: quadrinhos; mitologia; simbolismo.

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

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Quadrinhos e Cultura

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

Charge: Humor Gráfico e Representações Sociais Cristhiano dos Santos Teixeira Doutorando da Universidade de Brasília. cristhiano_mpl@yahoo.com.br

A trajetória do humor gráfico no Brasil revela também a trajetória narrativa deste gênero dos quadrinhos em relação ao seu uso feito pelas sociedades. O humor gráfico em suas deferentes manifestações carrega consigo um valor social, cultural e histórico. O próprio humor gráfico, dialogando diretamente com as imagens que lhes são sincrônicas no cotidiano, joga com as possibilidades das representações sociais ao mesmo tempo em que produz representação que são consumidas por quaisquer indivíduos. Sendo assim, as charges, caricaturas ou cartuns, por mais que se diferencia conceitualmente entre si, possuem uma relação muito próxima e complexa, no qual o humor pode ser responsável. Portanto, este trabalho procura estabelecer algumas diferenças e proximidades existentes entre estes gêneros do humor gráfico. Percorrendo algumas das suas trajetórias históricas, sociais e políticas. .

Palavras-chave: humor gráfico; representações sociais; histórias em quadrinhos.

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


O Que é uma Suspenstory?

André Henrique Macedo Ferreira Mestrando, Universidade de Brasília. macedoferreira@gmail.com.

Esta fala pretende discutir o fenômeno das crime comics, nos EUA, entre 1950 e 1955, a partir de publicações da Entertainment Comics (EC). O termo crime comics foi usado tanto por comic books quanto por outros veículos que se referiram a publicações do período. Em Crime Suspenstories e (em especial) Shock Suspenstories, elementos comuns a muitas publicações do período permitiram trabalhar temas como abuso policial, racismo, paranóia anti-comunista. As publicações do gênero como um todo estiveram entre os maiores alvos do Comics Code, o código que definiu os parâmetros (de forma e de conteúdo) desta mídia nos EUA, sem grandes alterações, até 1989. Tais parâmetros foram, em grande medida, baseados em revistas disponíveis no começo dos anos 50 nos EUA, entre elas, os títulos da EC. O fim de revistas deste tipo é sinal de grande engajamento, discussão e mobilização de diferentes setores da sociedade em diferentes contextos. As propostas estéticas e conteudísticas nas revistas da EC são material de grande relevância na compreensão de comic books como fenômeno de letramento multimodal - exigindo e esperando capacitação do leitor simultaneamente em diferentes linguagens. Avaliar que elementos figuraram nesta multimodalidade permite compreender como os comic books dialogam de diferentes formas com o mundo que cerca o leitor, permitindo uma compreensão possível da singularidade do período estudado.

Palavras-chave: crime comics; entertainment comics; comics code.

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

Cartaz Quadrinho Juliana Del La ma Marques Graduada, Universidade de Brasília. ju.dellama@gmail.com

Quando vivemos em cidades, nos locomovemos por elas e entramos em contato com diversas paisagens, pena que não são tão diversas assim quando são encaradas cotidianamente. O que é mutante nas cidades? O que torna menos automatizados trajetos cotidianos? Entre as respostas estariam: as pessoas, a luz e, certamente o conteúdo das paredes e muros que nos cercam. Este projeto consiste na produção de cartazes com histórias em quadrinhos de apenas uma página. O caráter imagético da história em quadrinho contempla o que é primordial na produção de um cartaz, que ele capture o olhar de quem passa por ele. Ser puramente informativo para os cartazes não extingue sua capacidade de comunicação, fazer o cruzamento entre essas duas linguagens pode produzir peças mais próximas da linguagem do graffiti, pichação, intervenção urbana, trabalhando com hipóteses de identificação, provocação, informação, emoção, humor, na condição de inserir um momento inesperado no cotidiano de quem para para lê-los. Os temas abordados nas micro-histórias são equivalentes às lutas cotidianas anti-sistêmicas e reacionárias, tão cotidiana quanto as opressões que vivemos e exercemos nesse sistema seria a inter-relação entre quadrinho e leitor/a. O desafio é produzir peças que se comuniquem com os transeuntes em dois níveis, a primeira captura de atenção e, após aproximação, a construção da narrativa em uma página. Espera-se atingir um público diverso, de caminhantes, não necessariamente leitoras/ es de quadrinhos. Pretende-se explorar o caráter político e poético que as HQs podem ter neste formato, que as pessoas saiam do automatismo ao esbarrarem nesses cartazes, conversem consigo, ou com outras, transpondo as necessidades físicas, diretas, dos trajetos nas grandes cidades. Palavras-chave: humor gráfico; representações sociais; histórias em quadrinhos.

1º Encontro de Quadrinhos de Brasília


Contos Afro-Brasileiros em Quadrinhos

Monica Maranha Paes de Carvalho Doutoranda, Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). monicamaranha@gmail.com

Bruno de Almeida Porto

Especialista, Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB). E-mail: design@brunoporto.com

A série Cadernos Negros é reconhecida como uma das mais relevantes antologias com autores afro-brasileiros. Publicada anualmente desde 1978, as edições se alternam entre contos e poemas de escritores de diferentes partes do país. Este trabalho discute os exercícios de quadrinização de alguns contos desta série, feitos em técnica livre por alunos de graduação. O objetivo deste é realizar transposições intersemióticas ou transmutações, ou melhor, interpretação de signos unicamente verbais por meio de signos de sistemas híbridos (verbais e não-verbais), no caso histórias em quadrinhos. Assim, além de promover uma análise crítica das mudanças que ocorreram durante a transposição do texto para o desenho sequencial e discutir as escolhas feitas pelos artistas visuais, o presente trabalho aborda questões étnicas, sociais e culturais brasileiras.

Palavras-chave: semiótica; história em quadrinhos; cultura afro-brasileira.

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1º Encontro de Quadrinhos de Brasília 16 a 18 de setembro de 2015 Universidade de Brasília

História em Quadrinhos e Sociedade. O Mundo de Aisha: Uma Representação Social Contemporânea para Debate de Gênero Feminino e Violência Oscar Willia m Simões Costa

Mestrando em Ciências Sociais do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais (PPGCS) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). oscar.william@gmail.com

As Histórias em Quadrinhos (HQs) enquanto “velha” forma de narrativa sequencial evoluem em meio a pós-modernidade abrindo novos debates acadêmicos. Refratárias a esta observação, consideramos para o campo das Ciências Sociais, frente a sua carência de trabalhos desta natureza, contribuir para compreensão destas representações capazes de intermediar diálogos relevantes de contexto social, político e antropológico. Com esta perspectiva, apresentamos uma análise da HQ “O mundo de Aisha - A revolução silenciosa das mulheres no Iêmen” (2015), de Ugo Bertotti, que problematiza a violência na questão de representação de Gênero feminino a partir da história de vida de mulheres do Iêmen, país árabe em desenvolvimento e predominantemente de religião islâmica, onde buscaremos através de um caminho metodológico de pesquisa qualitativa de referencial teórico de autores como Viana (2013), Cirne (1982), Eisner (1989), Maccloud (2004), Luyten (1985), Nogueira (2008), Yin (2010), Strauss & Corbin (2008) e Chizzotti (2014), compor um estudo de caso que permita apresentar subsídios teóricos metodológicos para aprimorar a compreensão destas representações sociais ao ampliar o escopo de pesquisas sobre HQs.

Palavras-chave: humor gráfico; representações sociais; histórias em quadrinhos.

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Reflexões Sobre a Identidade Nacional Palestina no Jornalismo em Quadrinhos de Joe Sacco Vinícius Pedreira Barbosa da Silva

Mestrando do Programa de Pós-Graduação da Universidade de Brasília, pela linha de pesquisa Jornalismo e Sociedade. pedreirabarbosa.vinicius@gmail.com

Este artigo pretende discutir como se dá a representação da identidade nacional palestina dentro da narrativa multimodal (texto e imagem) quadrinística elaborada pelo jornalista em quadrinhos Joe Sacco. O trabalho faz parte das reflexões iniciais de pesquisa sobre a obra do autor, tendo como corpus as reportagens em quadrinhos sobre a temática da palestina – em especial os livros Palestina e Notas sobre Gaza. Analisaremos um trecho que acreditamos poder contribuir como exemplo indicador dos nossos objetivos. Para tanto, partiremos do referencial metodológico da Hermenêutica da Profundidade (HP) de John B. Thompson, de modo que possamos compreender nosso objeto de estudo por meio de um processo interpretativo complexo – partindo das suas três fases de abordagem: 1) análise sócio-histórica (condições sociais e históricas do surgimento de cada forma simbólica); 2) análise formal ou discursiva; 3) interpretação e reinterpretação. Para a segunda abordagem utilizaremos o aporte teórico das teorias de imagens junto à Análise Crítica da Narrativa para uma melhor compreensão do multimodalismo em questão e seus efeitos de sentido; e para ajudar a desenvolvermos o debate sobre a questão da identidade nacional, incluiremos os Estudos Culturais na terceira fase.

Palavras-chave: jornalismo; quadrinhos; identidade.

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Batwoman e A Evolução da Representatividade Homossexual nas Hqs de Super-Heróis Dandara Palankof e Cruz

Mestranda em Comunicação e Culturas Midiáticas do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). palankof@gmail.com

O trabalho apresenta a personagem Batwoman, da DC Comics, como um novo paradigma na representação da homossexualidade nas histórias em quadrinhos de super-heróis – algo que era proibido até o ano de 1989 pelo código de auto-regulamentação da indústria das HQs norte-americanas, o Comics Code Authority (CCA). A primeira encarnação da personagem foi criada em 1956, como interesse amoroso do Batman, no intuito de desmentir as alegações de que o herói seria homossexual; mas acabou sendo deixada de lado em 1964. A nova versão da Batwoman se destaca por ser uma personagem feminina forte e independente – nunca tendo agido como parceira do Batman – cuja homossexualidade, explícita desde sua criação, levou às páginas dos gibis o debate sobre o conservadorismo da sociedade norte-americana. A análise de suas histórias mostra a personagem como uma antítese dos padrões machistas e heteronormativos que sempre permearam a indústria das HQs – que cada vez mais se vê compelida a atender ao clamor por maior diversidade nos gibis do gênero; tal fato vai ao encontro da proposição de Serge Moscovici sobre a importância dos meios de comunicação de massa na mudança das representações correntes na sociedade.

Palavras-chave: super-heróis; representação social; homossexualidade.

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Análise da Obra Palestina de Joe Sacco Sob a Ótica de Estudos Culturais Júlia Nascimento de Souza

Graduanda em Tecnologia em Design Gráfico, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. julia.julians@gmail.com

Observa-se que, ao longo da história das produções em quadrinhos, estas por vezes representaram um reflexo de determinados contextos e culturas (como se pode perceber na obra do icônico Robert Crumb, por exemplo, importante nome da contracultura). Historicamente, as HQs demonstram ser poderosas ferramentas representativas, o que destaca seu potencial de construção discursiva. A partir deste entendimento, realizou-se a pesquisa aqui resumida, que se propôs a analisar a obra Palestina de Joe Sacco sob o viés de estudos de identidade nacional, a fim de delinear o discurso composto pelo autor a respeito da cultura palestina e de que maneiras se dá essa construção. Mais especificamente, a pesquisa utiliza como base traços da identidade nacional palestina destacados por autores da área, e então analisa comparativamente tais dados e as representações feitas por Sacco, fazendo uso também de conceitos básicos estabelecidos por autores-base da área de análise formal de HQ, como Will Eisner e Paulo Ramos.

Palavras-chave: identidade nacional; cultura; representatividade.

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Oficina HoQ?: Quadrinhos Como Ferramenta Pedagógica Priscila Pereira Machado

Julya Primo Vieira de Lima

Marjorie de Freitas Guedes

bacharel e licenciada em História e graduanda do curso de Museologia, Universidade de Brasília (UnB). pryaocubo@gmail.com

Graduanda do curso de Museologia, Universidade de Brasília (UnB). julya.primo@hotmail.com

Graduanda do curso de Museologia, Universidade de Brasília (UnB). mah.museologia@gmail.com

Apresentação da metodologia e dos resultados da oficina “HoQ? produção de quadrinhos e seus elementos linguísticos” realizada como parte do educativo da exposição “HoQ? Quadrinhos Independentes Nacionais” no 2º semestre de 2014, com estudantes do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental da Escola Classe 2, do Guará I, no Distrito Federal. O reconhecimento pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/96) das histórias em quadrinhos (HQs) como ferramentas de inclusão de novas linguagens e manifestações artísticas no processo educacional reforça o entendimento das HQs como um veículo de comunicação e consumo social de destaque na contemporaneidade. No entanto, a inserção de quadrinhos como ferramentas pedagógicas também traz desafios aos professores que precisam conhecer essa linguagem para usá-la de forma significativa em sala de aula. Foi com o objetivo de ampliar os conhecimentos dos alunos e professores sobre o universo dos quadrinhos que a oficina HoQ? foi proposta. Com atividades e dinâmicas que possibilitaram o contato dos estudantes com produções independentes de HQs, a oficina trabalhou com conteúdos regulares, como leitura, interpretação e produção de texto e possibilitou aos alunos o entendimento e o uso de conceitos do ensino de arte como perspectiva, movimento e composição. Por meio dessas atividades a oficina buscou estimular a criatividade e a capacidade de representar ideias, ampliando assim as formas de expressão e comunicação utilizadas em sala de aula.

Palavras-chave: histórias em quadrinhos (HQs); educação; comunicação.

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Tiras e Ensino: O Uso do Gênero nas Aulas de Língua Portuguesa Gabriela Sousa

graduando, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). gabriela.svs@hotmail.com

Esta comunicação busca analisar a relação dos professores de língua portuguesa e dos coordenadores pedagógicos da área com o gênero tiras. O estudo foi realizado em escolas estaduais localizadas na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo. A obtenção dos dados se deu através de questionário elaborado coletivamente pelo Grupo de Pesquisa Sobre Quadrinhos (GRUPESQ) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Buscamos, em um primeiro momento, observar como é a relação de leitor desses professores e coordenadores com questões sobre o que costumam ler fora do ambiente de trabalho e questionando-os sobre quais gêneros dos quadrinhos eles gostam de ler. O segundo momento da pesquisa se deu com questões que têm como objetivo averiguar como é o uso de tiras no processo de ensino-aprendizagem. Os principais autores utilizados para embasar a pesquisa foram Vergueiro e Ramos (2009), Ramos (2011) e Pina (2012), pesquisadores que reforçam a importância dos quadrinhos na educação e que salientam a necessidade de uma alfabetização para o trabalho com o gênero. Assim, acreditamos que, com essa pesquisa, estaremos contribuindo para as discussões acerca do uso de tiras no processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: tiras; professores de língua portuguesa; ensino-aprendizagem.

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Quadrinhos e Fanzines no Ensino de Ciências e Saúde: A Experiência da Elaboração de Biociensaúde Danielle Barros Silva Fortuna

Tania Cremonini de Araújo-Jorge

Paulo Roberto Vasconcellos-Silva,

Bióloga (UNEB), Mestre em Ciências (ICICT/Fiocruz), doutoranda em Ensino de Biociências e Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). danbiologa@gmail.com

Médica (UFRJ) e pesquisadora titular em Saúde Pública/ Fiocruz. Mestre e doutora em Ciências (Biofísica)- UFRJ, pós-doutorado na Bélgica (ULB) e na França (Inserm). Coordenadora da Área de Pós-Graduação em Ensino na CAPES, docente e chefe do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos/IOC.

Médico e mestre em Cardiologia (UFRJ); doutor em Saúde Pública (ENSP/Fiocruz); pós doutorado em Epidemiologia (ENSP/Fiocruz); docente permanente no PGEBS/IOC e PGSP/ENSP e UniRio

As histórias em quadrinhos (HQs) conhecidas como arte sequencial, se constituem uma forma de expressão artística, através dos quadrinhos autorais. Os fanzines também podem ser considerados uma forma de arte por apresentarem particularidades inerentes a um trabalho artístico (ANDRAUS, 2013), autoralidade, experimentação estética e pertinência conceitual. Fanzine é um termo criado pela união do prefixo fan, de fanatic, com o sufixo zine, de magazine, têm como característica essencial a liberdade de expressão do autor por não estarem sujeitos aos ditames editoriais do mercado (FRANCO, 2009). As HQs e fanzines têm ganhado destaque como estratégia educativa em diversos níveis de ensino e multidisciplinas e na área da ciência e saúde, como estratégia de divulgação científica, têm sido utilizadas gradativamente. O objetivo é apresentar a elaboração de “BiocienSaúde”, fanzine elaborado com metodologia participativa em “oficinas criativas” com alunos de graduação de Ciências Biológicas como estratégia dialógica de construção do conhecimento. Resultados: Finalizamos o zine em formato A5, 32 páginas, preto e branco. Os temas abordados foram: toxoplasmose e gatos, teoria da abiogênese, relação interespecífica, duplicação bacteriana, DSTs, serviços de saúde, acidentes e biossegurança laboratorial. Os alunos avaliaram positivamente a proposta.

Palavras-chave: quadrinhos e fanzines; ensino; biociências e saúde.

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Recombinação de Repertórios: Aplicação do Conhecimento de Processos Comportamentais Básicos ao Estudo da Criatividade e Produção de Quadrinhos Hernando Borges Neves F ilho

Doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (USP), pósdoutorando da Pontifíci a Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). hernandonevesfilho@gmail.com.br

Y ulla Christoffersen K naus Mestranda em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (USP). yulla.knaus@gmail.com

A Análise do Comportamento, uma especialidade da Psicologia, baseada em uma abordagem científica, empírica, funcionalista e darwiniana, tem se dedicado a estudar processos comportamentais básicos relacionados à origem do comportamento novo, em animais humanos e não humanos. O presente trabalho tem por objetivo apresentar e divulgar os achados da área e sugerir uma possível aplicação ao estudo da criatividade em geral e do processo de criação de quadrinhos. Será dada ênfase no paradigma da recombinação de repertórios, um modelo experimental de resolução de problemas, no qual a partir de um treino independente de diferentes repertórios comportamentais (habilidades específicas) o sujeito é capaz de recombinar essas habilidades, em uma forma inédita, nunca antes ensinada ou treinada, dada uma situação problema adequada. Este modelo pode ser usado para gerar tecnologias de ensino da criatividade. A partir das variáveis de treino e ensino conhecidas em laboratório, pode-se criar uma metodologia de aplicação, que facilite a recombinação de repertórios em tarefas específicas. Neste contexto, o trabalho analisa alguns exemplos de recombinação de repertórios na história dos quadrinhos, e sugere uma aplicação do paradigma à prática de produção de quadrinhos, visando potencializar a recombinação de repertórios ao se produzir quadrinhos, aqui entendida como uma situação análoga a uma situação problema de laboratório.

Palavras-chave: recombinação de repertórios; criatividade; psicologia; análise do comportamento; história em quadrinhos.

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Bandeirante Bocó: Uma Aventura Quadrinística nas Terras dos Goyazes Lígia Maria de Carvalho Mestre, Universidade Federal de Goiás – UFG. ligiasun2@gmail.com

Esta é uma pesquisa inicial, que busca subsídios iconográficos - na personagem disneyana conhecida como Pateta (Goofy) – com o intuito de construir uma narrativa em forma de HQ, que terá como poética as aventuras de um lobo guará no papel de um bandeirante cômico denominado de Bocó. O trabalho se propõe a recontar a chegada do Anhanguera às terras dos Goyazes, sob a ótica da “tradição inventada” (HOBSBAWM, 2002) que repetiu, à exaustão, um repertório de elementos indispensáveis à comunicação e ao compartilhamento do simbólico, cuja intenção seria a de estabelecer um elo, um pertencimento mítico que justificasse a criação de uma sociedade que permitisse tanto a ordenação e a distribuição dos papéis sociais, quanto às funções e os significados. Fontes: 1) documentos que narram a chegada dos bandeirantes às terras de Goiás; 2) crônicas dos viajantes que passaram pelo “sertão” goiano; 3) coleção fílmica e de HQs, sobretudo, a coleção Pateta Faz História que, por sua singularidade, oferece uma versão diferenciada da criação dos estúdios de animação Disney e mesmo da personagem cristalizada nas HQs.

Palavras-chave: Pateta; histórias em quadrinhos; Bandeirante.

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Expografia e Narrativas Gráficas

Matias Monteiro Ferreira

Roberta Arcoverde

Taina Xavier

Doutorando, Universidade de Brasília, professor do curso de Bacharelado em Museologia. matiasnao@gmail.com

Graduanda do curso de Bacharelado em Museologia, Universidade de Brasília. ro.agarcia@yahoo.com

Graduanda do curso de Bacharelado em Museologia, Universidade de Brasília. xaviertaina@gmail.com

A exposição, afirma Jean-François Lyotard, é, acima de tudo, um percurso. Uma narrativa que se estabelece a partir de um deslocamento corporal como condição de leitura. A expografia, como processo de inscrição (graphos), instaura a disposição como condição de sentido, o percurso como leitura sugerida e os riscos da errância como abertura poética. Analogamente, também o quadrinho, como narrativa gráfica sequencial, se dá como um percurso entre imagens e palavras, na construção de múltiplos sentidos. A intuição de uma possível cumplicidade entre as concepções de expografia e narrativas gráficas ocorreu-nos no contexto da exposição HoQ?- Quadrinhos Independentes Nacionais, realizado por alunos do Curso de Bacharelado em Museologia da Universidade de Brasília em 2014. A presente pesquisa visa abordar pontos de convergência entre esses dois campos a partir do estudo de caso da exposição supracitada, objetivando apresentar as possibilidades de intercâmbios, bem como levantando um repertório conceitual que coadune os dispositivos do quadrinho e da exposição na construção de novas possibilidades expressivas.

Palavras-chave: expografia; quadrinhos; museologia.

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Quadrinhos e IndĂşstria

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Mito Do Herói e A Mitificação nos Super-Heróis

Edson Wilson Mendes de Almeida

Graduado em História pela UEG – Unidade Formosa em 2005, Pós-Graduado em História Cultural pela UEG – Unidade Formosa em 2006, SEDUC\GO – C. E. Complexo 10. gerion2@hotmail.com

Em seu estudo acerca do herói, Joseph Campbell exemplifica que todo herói possui um mito inicial, uma jornada cercada de desafio e autoconhecimento, preparando-o para a sua aventura. Seja na literatura, no cinema ou nos quadrinhos, esta estrutura pode sofrer algumas mudanças, mas permanece representada. Os super-heróis apresentados neste artigo não estão distantes desta afirmativa. Mas personagens com anos de publicação precisam manter uma estrutura que o seu leitor logo a identifique, uma mitificação estudada por Umberto Eco, ao qual seu texto aborda exatamente o Super-Homem. Mas mudanças podem ocorrer, principalmente com o intuito de vender mais revistas. Mudanças estas que aparentemente retiram a mítica do herói, alterando suas condições para, ao final da aventura, tudo retornar à condição mítica. No caso os super-heróis estudados são: Super-Homem (Superman, no original), criado pelos jovens Jerry Siegel e Joe Shuster; Batman, criado por Bob Kane e co-criado por Bill Finger; Homem-Aranha (Spiderman, no original), de Stan Lee e Steve Ditko; Homem de Ferro (Ironman), criado por Stan Lee e desenvolvido por Larry Lieber sendo desenhado por Don Heck e Jack Kirby.

Palavras-chave: histórias em quadrinhos; herói; Super-Homem.

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Publicação de Quadrinhos: Boas Práticas para a Submissão de Projetos Alexandre dos Santos Oliveira

Graduado em Design, Universidade Federal de Santa Catarina. goliasgo@gmail.com

O mercado de quadrinhos no Brasil apresenta uma nova configuração marcada pelo aumento da diversidade de publicações e a migração do ponto de venda das bancas para as livrarias. Estabelece-se com sucesso o formato graphic novel e a formação de um público adulto. Inicia-se uma cultura de produção de quadrinhos autorais, que colocam artistas e editores em outro nível de relacionamento. Contudo, os artistas ainda enfrentam duros desafios para verem suas obras publicadas. O trabalho propõe-se a analisar este mercado e apresentar outra visão sobre a prática de submissão de projetos de quadrinhos, utilizando conceitos do Empreendedorismo na definição de uma série de recomendações que possam incrementar as chances de contratação de um artista.

Palavras-chave: história em quadrinhos; empreendedorismo; graphic novel.

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Presidente da Comissão organizadora: Profª. Drª. Selma Regina Nunes Oliveira Comissão Organizadora: Prof. Dr. Wagner Antônio Rizzo Prof. Ms. Raimundo Lima Clemente Neto Mestranda Havane Melo Mestrando Jairo Macedo Comissão Científica: Profª. Drª. Selma Regina Nunes Oliveira (UnB) Profª. Drª. Maria Therezinha Ferraz Negrão de Mello (UnB) Prof. Dr. Henrique Paiva de Magalhães (UFPB) Prof. Dr. Sergio Rizo Dutra (UnB) Ilustração: Gabriel Góes (capa) & Janaína Araújo (eixos temáticos e programação) Texto de abertura e Revisão: Jairo Macedo Designers: Raimundo Lima, Dani Amatte e Havane Melo Diagramação: Dani Amatte Realização: GIBI – Grupo de Estudos em Quadrinhos Apoio: Faculdade de Comunicação (FAC/UnB) Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UnB) Centro de Excelência em Turismo (CET/UnB) Site: www.enquadrinhos.net.br Email: organizacao@enquadrinhos.net.br


apoio:

realização:

GIBI

Grupo de Estudo de História em Quadrinhos http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8701237947200950


1Âş Encontro de Quadrinhos de BrasĂ­lia


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