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Tema do ano: Capítulo VI
Tema do ano: Capítulo VI Eucaristia: Fonte de Santidade. Onde iríamos buscar a Santidade senão na sua fonte?
A fonte começa com o grito de Jesus no alto da cruz: “Tenho sede”. Era sede de almas e de corações humanos que O atormentava. Esse grito foi um apelo à Comunhão – o último de tantos que Cristo dirigiu aos homens. O amor de Deus por nós apela para a unidade baseada na encarnação, unidade de todos os homens no Corpo e no Sangue de Cristo. Foi para selar esse amor por nós que Ele se deu
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na Sagrada Comunhão, para que pudéssemos ser um só na unidade de seu Corpo Místico. Quando recebemos a Eucaristia, recebemos verdadeiramente a Vida Divina! “EU VIVO, MAS JÁ NÃO SOU EU; É CRISTO QUE VIVE EM MIM” (Gl 2,20). E qual é o nosso merecimento? Apenas e tão somente pura dádiva do Todo-Poderoso que nos amou a ponto
de querer unir-Se a nós pelos sagrados laços do Espírito. E poderíamos receber toda a Vida de Cristo, sem Lhe dar nada em troca? Se durante a nossa vida fôssemos sempre à Comunhão para receber a Vida Divina, sem deixar nada em troca, seríamos parasitas do seu Corpo Místico. Devemos, pois, levar para a Mesa da Eucaristia o espírito do nosso ser, as cruzes suportadas com paciência, a crucificação do nosso egoísmo, a morte de nossa concupiscência e, inclusivamente, a nossa falta de merecimento para recebê-la. O Espírito Santo atua em nós todas as vezes que, dignamente, recebemos os sacramentos - e aqui lembramos especialmente a Confissão e a Eucaristia que em nossa busca de Santidade nos fazem experimentar a grandeza do Senhor que nos ama e nos sustenta. O primeiro nos prepara, oferecendo o perdão cada vez que caímos no pecado, e a Eucaristia nos faz verdadeiramente UM com Cristo, validando a nossa oração e fecundando a nossa ação de modo que nada de mal possa entrar em nós para nos afastar de Deus. 1 Finalmente, pelo bem da concretude, citamos um testemunho velado por muitos anos e, mais tarde, relatado por Dona Nanci no livro O Sentido de uma Vida, na página 169, onde seu querido esposo Dr. Pedro Moncau escreveu logo após um Retiro: “...Sentir o meu eu isolado de tudo e de todos, e então subir, encontrar num élan a Fonte, Deus. Deus, meu criador que me sustenta, Jesus que veio no tempo elevar minha humanidade e alçá-la aos pés de Deus. Reencontrar Jesus, esse doce Jesus, mas também o Cristo-força, o Cristo-vida, verdade, no SS. Sacramento do Amor! E depois deste voo, do alto, olhar as coisas do meu dia a dia sob sua verdadeira luz. Um dia este voo será definitivo e me fixará na Eternidade” . Que, como ele, busquemos de tal modo a Eucaristia, que tenhamos vontade de “voar” e acreditar que um dia também nós estaremos na Eternidade! Flor e Celso CR Província Sul III