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O Pilar do Pão

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A mensagem do anel

A mensagem do anel

“Eram perseverantes... Na fração do pão e nas orações” (At 2, 42). O Pão é lembrado, nas Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, como o segundo Pilar que sustenta a casa dos discípulos-missionários. O Pão sempre foi um símbolo muito rico de significados para o cristianismo. O alimento se apresenta como a grande necessidade essencial de qualquer ser vivo. Para o povo de Israel, que vivia em regiões semidesérticas, pão se transformou em sinal de providência e, consequentemente, da presença de Deus em meio ao povo (Ex 16; Dt 8). Foi sob este alimento simbólico que Jesus instituiu a Eucaristia (Jo 6), alimento para a vida eterna. Os primeiros cristãos expressavam sua comunhão sobretudo com a Eucaristia, celebração da ceia pascal do Senhor (At 2,42). Ela fortalece a comunidade cristã e a torna testemunha do Evangelho. Na celebração eucarística se encontra uma síntese de tudo aquilo que somos chamados a viver: a comunidade se reúne (comunhão), aprende a se perdoar por causa de Deus (ato penitencial), se alegra (louvor), renova sua esperança, professa sua fé e comunga do alimento que nos conduz à vida eterna. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora sempre incentiva uma experiência profunda com Nosso Senhor a partir da Eucaristia, seja celebrada (missa dominical) ou adorada (adoração mensal). Essa atitude nos faz perceber que o agir não substitui a oração e que é dela que promanam a inspiração e força para seguirmos adiante. Isso impressiona algumas pessoas que pensam que antes de tudo

O Pilar do Pão Diretrizes Gerais da CNBB

deveria vir a organização, planejamentos etc., mas na realidade esse ativismo arriscaria transformar o Movimento apenas numa sociedade de casais que buscam a felicidade, e a proposta das ENS passa por isso, mas não como objetivo direto. Os Pontos Concretos de Esforço são instrumentos pedagógicos que, gradualmente, inserem numa piedade frutuosa que nos faz perceber que a santidade só é alcançada pela comunhão com Deus e com o próximo, sobretudo a própria família, e ainda acima disso com o esposo/esposa. Amar é uma arte que exige disciplina, acostumar o coração ao que realmente importa (Sl 119,112). Gostaria de concluir citando a Encíclica Ecclesia de Eucaristia do Papa São João Paulo II: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: ‘Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo’ (Mt 28, 20); na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança”. Deus nos abençoe. Pe. Antonio Xavier Batista Eq. 101 C – Região BSB I Província Centro-Oeste

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