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Escuta da Palavra

Importante diferenciarmos escutar de ouvir, porque não somos educados a ouvir, e sim a falar. Até curso de oratória fazemos, mas não há nada para aprendermos a ouvir. Notamos essa diferença em Lc 10, 3842. Enquanto Marta cuidava dos afazeres ela ouvia falar, mas Maria desligou-se de tudo para Escutar Jesus. E Ele disse a ela: “Você escolheu a melhor parte!” Para Escutar a Palavra, temos que silenciar nosso ser! Vejamos, quando Maria Escutou a vontade de Deus na Anunciação. Após ouvir o Anjo na sua saudação e aconselhamento (não temas), e no convite para ser a mãe de Jesus, só após o seu silêncio escutou o que Deus queria e aí deu uma resposta: “fiat voluntas tua”. Escutar é dialogar, tem via de mão dupla. Exige resposta. Pe. Caffarel nos diz: “Escutar não implica somente a inteligência. É todo nosso ser, a alma e o corpo, a inteligência e o coração, a imaginação, memória e a vontade...”. (Guia ENS Edição 2018 05/2021 Item 5.2.1, pág. 42). Repito, escutar exige abandono de nós mesmos. Do contrário, só ouvimos! Jesus, todas as noites, achava um “tempo necessário” para se comunicar com o Pai. (De dia, colocava em prática sua vontade, escutada no seu diálogo com Ele). Nós, no dia a dia, ouvimos assiduamente a Palavra de Deus através do celular e de boas e profundas reflexões de sacerdotes. Mas fica apenas nisso! Agimos igual a Marta? Continuamos nos nossos afazeres, sem uma resposta ao que ouvimos, porque não escutamos! Só usamos os ouvidos. A inteligência, corpo, alma... ficam noutra dimensão. Não tenho tempo! Daí, não há o: “Faça-se em mim...”. Não há diálogo, apenas monólogo. Em suas cartas sobre a Oração, o Pe. Caffarel insiste muito na Escuta da Palavra de Deus. Ele disse, por exemplo: “Sim, Deus fala. O que é preciso é saber escutá-lo... Deus fala aos homens de diferentes maneiras”.(Guia ENS Edição 2018 05/2021 Item 5.2.1, pág. 41). É assim que tentamos vivenciar a Escuta da Palavra, no nosso dia a dia. É fácil? Não. Também não foi fácil para Jesus fazer a vontade do Pai. Exige de nós esforço, Regra de Vida, abandono de si mesmo e “tempo necessário” para uma resposta ao que escutei, através do celular, nos sinais dos tempos ou da boca do nosso filho. O importante é descobrirmos como Deus quer manifestar o seu amor por nós, só para ajudar a santificar a nós e ao nosso Matrimônio.

Evanir e Olívio Eq. N.S. Mãe do Rosário Setor A - Votuporanga-SP Prov. Sul II

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