Ensino Magazine 160

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Junho 2011 Director Fundador João Ruivo Director João Carrega Publicação Mensal Ano XIV K No160 Distribuição Gratuita

ensino jovem

luís marques mendes, gestor e ex-ministro

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização n.º DE03052011SNC/GSCCS

Há que cortar a direito na educação

sicnoticias.sapo.pt H

universidade

Souto Moura ganha Nobel da Arquitectura p 31

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www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros

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PT recruta na UBI C

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politécnico

IPL manda no desporto C

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desfile à moda da esart

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L. F. Menezes / Expresso H

shell eco-marathon 2011

Eles foram à Alemanha com 1 litro de Gasolina As equipas portuguesas que participaram no Shell Eco-Marathon tiveram um excelente desempenho. A Universidade de Coimbra percorreu 2.568 km com apenas um litro de gasolina.

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Luís Marques Mendes, gestor e ex-ministro

É preciso investir na economia do conhecimento 6 Mesmo afastado da política activa, Marques Mendes é uma das vozes mais respeitadas sempre que se faz ouvir. O ex-ministro de Cavaco Silva defende uma «profundíssima descentralização» no Ministério da Educação, deleganPublicidade

do competências da 5 de Outubro para as autarquias locais, bem como a reabilitação da fragilizada autoridade da classe docente tendo em vista melhor preparar os alunos. Sobre os que tempos que aí vêm, regulados pela receita da «troika», Mar-

ques Mendes afirma que os portugueses vão ter de fazer coisas muito simples de dizer, mas difíceis de fazer: «poupar mais, trabalhar mais, produzir mais». «O Estado em que estamos» é o seu mais recente

livro. Considera-o a contribuição cívica de um político que neste momento se encontra retirado? É, sem dúvida. É um contributo cívico e de cidadania. Julgo ter uma experiência

política grande, um profundo conhecimento do Estado e da sociedade, que me permite dizer que estamos numa fase muito difícil da vida do País. Portugal está numa encruzilhada. E considero que todas as pessoas, nomeadamente as que têm um grande capital de experiência adquirido, podem e devem dar o seu contributo, não apenas para o diagnóstico da situação, mas sobretudo, para o encontrar de soluções para o futuro. Numa palavra, eu creio, que pese embora a encruzilhada em que estamos, Portugal tem solução. Tenho para mim que os portugueses merecem voltar a ter confiança e esperança. Para isso é preciso desenvolver um debate sério e aprofundado, com conhecimento de causa. Que o meu exemplo, através desta edição, seja seguido por outros, igualmente com um capital de conhecimentos muito proveitoso. No seu livro traça uma análise transversal a toda a sociedade. Se lhe pedissem para sintetizar numa palavra que ideia defenderia como urgente e prioritária para Portugal e os portugueses? Competitividade. Acho que essa é a ideia nuclear. Voltar a ser um País competitivo é a chave do nosso sucesso. Já o fomos, no passado. Particularmente entre 1985 e 1995. Deixámos de ser nos últimos anos. Com isso estamos a baixar de divisão na Europa. A perder sistematicamente poder de compra. A ver o desemprego atingir proporções alarmantes. E até, mais recentemente, atingimos o limite dos limites de praticamente termos chegado à bancarrota. Quer concretizar de que forma e que em áreas é que a dimensão competitiva nacional deve imperar? Para começar, é preciso ser competitivo na economia, ter empresas competi-

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tivas, ter uma educação que favoreça a competitividade, e uma justiça que incentive um país competitivo. E, inclusive, precisamos de ser competitivos no plano político de forma a termos um sistema que favoreça a estabilidade e a governabilidade. Em suma, a ideia central deve mobilizar todos: políticos, não políticos, Estado e cidadãos. Até podemos divergir relativamente às políticas para atingir este objectivo, mas o que devia estar na cabeça de todos, da direita à esquerda do espectro político, era fazer de Portugal um país competitivo. Quando foi presidente do PSD tomou uma decisão que lhe causou dissabores junto dos seus próprios colegas de partido, ao não incluir nas listas de deputados pelos sociais-democratas candidatos com problemas com a justiça. A vida política precisa de ser como a mulher de César, «não basta ser é preciso parecer»? Sem dúvida. É preciso credibilizar e moralizar a vida política. Os políticos são muito mediáticos, logo estão muito expostos. Tornam-se muito conhecidos e estão permanentemente nas páginas dos jornais ou nos ecrãs de televisão. Como diz o ditado popular, «o exemplo vem de cima», e se de cima, dos políticos, não vem um bom exemplo, isso contamina negativamente a sociedade. Por isso, de um político exige-se, não apenas que seja competente, dedicado, trabalhador, mas também que seja um exemplo em termos de seriedade, credibilidade e respeito por princípios éticos que são hoje absolutamente incontornáveis. Ninguém é hoje obrigado a fazer política. Mas quem a faz, terá de ter preocupações inerentes. Se não as tiver, descredibilizase a si próprio e descredibiliza a vida política em geral. A opinião pública usa e abusa da diabolização dos


políticos. Não pensa que muitas vezes se confunde a árvore com a floresta?

ção implica levar a cabo uma profundíssima descentralização. Sublinho, profundíssima descentralização. Em matéria de educação a maior parte das competências devia passar para as autarquias locais. Com a redução/ ampliação/apetrechamento de escolas, colocação de pessoal, etc. Só deviam ficar no Ministério em Lisboa as competências eminentemente nacionais. Há muitos burocratas que estão instalados no ministério que são contra esta mudança. Como também, valha a verdade que se diga, que há muitos sindicatos que também não estão pelos ajustes. Eu creio mesmo que os sindicatos são outra força de bloqueio na Educação. Em tese tenho um grande apreço pelos sindicatos e por uma vida sindical saudável, mas depois em concreto acho que muitas das nossas forças sindicais pararam no tempo e são pré-históricas. Vivem em circuito fechado e pensam apenas nos interesses corporativos. Acontece esta coisa extraordinária que é a seguinte: com a taxa de desemprego que acumulamos, os nossos sindicatos preocupam-se mais com os direitos de quem está empregado, do que com os que estão à procura de emprego.

Em Portugal há uma grande tendência para a generalização, tomando a parte pelo todo. Concretizando: aparece um político com acusações de corrupção ou a ser investigado por qualquer crime grave, logo as pessoas tendem de imediato a pensar que se há um que prevarica, então são todos iguais. Por isso é que eu entendo que quando surge um mau exemplo na vida política ele tem que ser atacado à nascença, para evitar o vício da generalização e da contaminação. Temos de ser exigentes na nossa vida em sociedade, mas de uma forma especial quem tem responsabilidades políticas porque são os cargos mais visíveis e mais expostos e que porventura mais influenciam negativa ou positivamente. O que eu defendo é que se de cima vier um bom exemplo, isso é bom para a sociedade… A política é vista por muitos como um terreno pouco recomendável. É isso que leva os mais competentes a manterem-se à margem das tarefas políticas? A política é um bocadinho o reflexo de toda a sociedade. Se a política tem qualidades e defeitos, julgo que, em grande medida, é o espelho das qualidades e defeitos da sociedade, em todos os sectores e segmentos de vida. O que eu creio é que tem que haver um esforço de moralização, os maiores sacrifícios têm de vir de cima. E hoje existe um problema adicional: há pessoas de muita qualidade no meio empresarial, na gestão, etc, mas que de um modo geral recusam fazer política. O caso mais paradigmático e preocupante é o dos jovens. Convivo muito com eles, e devo dizer que temos jovens de grande competência, mérito e talento. Comparado com os jovens do meu tempo, arrisco dizer que os desta geração são melhores. Que causas estão na base do afastamento dos jovens da política? Criou-se a ideia negativa que a política é a arte do vale tudo, que não tem regras, que se norteia apenas pelo interesse individual e de grupo, que não cumpre requisitos éticos, etc. Perante este cenário, formatado à partida, os jovens apesar do talento profissional mostram-se indisponíveis, de uma forma geral, para enveredar por uma carreira política. Isso é mau e considero esta atitude um erro. Um país, seja ele qual for, tem que ser governado por políticos. Se não forem estes, são outros. Agora se os melhores se afastam, ficam os piores. A tendência será ainda mais negativa. Hoje em dia os políticos de topo são preparados e treinados até à exaustão para o desempenho da sua actividade. A margem de erro é mínima. Muitos deles são autênticos actores que se limitam a debitar o que está no teleponto e só dizem aquilo que querem. É este conceito de político profissional que está muito negativamente enraizado aos

Por aquilo que descreve, na sua opinião o Ministério obeso e o anacronismo dos sindicatos impedem que o sistema de educação evolua? Há uma coligação profundamente negativa entre sindicatos e a estrutura macrocéfala do Ministério da Educação. Enquanto não houver um governo capaz de cortar a direito, temo que a situação não possa melhorar substancialmente. Professores e alunos têm sido os grandes prejudicados por anos de inércia? L. Carvalho / Expresso H

Marques Mendes diz que a política tem virtudes e defeitos olhos da sociedade? Neste momento sim. A sociedade portuguesa olha o político profissional de modo pejorativo. O que é errado, porque se o político for um bom profissional, isso é positivo. Ou seja, nesse plano a política não é diferente da advocacia, da medicina, do ensino universitário ou do meio empresarial. Em todas as actividades temos de ter bons profissionais. Com qualidade, mérito, capacidade gestão e resultados. Infelizmente na política, perspectiva-se demasiadas vezes um profissional desta área como um vigarista, um corrupto ou uma pessoa menos séria. Acho uma perversidade. É o lado menos avisado dos portugueses de meter tudo no mesmo saco? As pessoas deviam ser cáusticas com os políticos que dessem provas de irresponsabilidade e menos seriedade, mas ao mesmo tempo deviam saber o que fazem políticos com competência e honestidade. Eu tenho para mim que uma parte significativa dos nossos políticos é gente boa, carácter de competente. O importante seria que a opinião pública fizesse um esforço para separar

o trigo do joio. Estou certo que ninguém do meio da advocacia gostaria de ouvir que os advogados são todos corruptos, o mesmo se aplicando aos médicos, aos professores universitários, etc. Não! Há de tudo. Só na vida política é que se insiste em generalizar. No seu livro tem um capítulo intitulado «Uma Educação virada do avesso», em que aponta o dedo ao centralismo do Ministério. Porquê? O Ministério é uma das raízes do mal do sistema. De há uns anos a esta parte o ministério é uma estrutura pesadíssima, aquilo que se pode chamar um «monstro». Isso é um erro. Têm passado pela 5 de Outubro vários governos, de todas as cores políticas, sem excepção, e não tem havido coragem política para alterar esta situação. Não compreendo que um ministro da educação em Lisboa, dotado de uma estrutura gigantesca, tenha de decidir coisas em Freixo de Espada à Cinta ou em Vila do Bispo. Defende uma descentralização de competências para a administração local? Na minha opinião acabar com esta situa-

São dois dos principais protagonistas do sistema, mas eu creio que a escola deve ser virada para o aluno. A razão de ser da escola é o aluno, dando-lhe uma boa formação e preparação. No fundo, ter uma ferramenta que o habilite ao exercício cabal de uma profissão. Isto tem de ser o objectivo central da escola. Infelizmente nos últimos anos, vi eu e viram os outros portugueses, andou-se a discutir com mais afinco o estatuto da carreira docente ou a avaliação dos professores do que os problemas centrais que afectam o aluno. Neste aspecto creio que as prioridades têm estado, muitas vezes, invertidas. Com isto não quero significar, bem pelo contrário, que não deve haver uma grande atenção pelos professores É que a seguir aos alunos, a grande prioridade são os docentes. Concorda que esta classe perdeu prestígio e autoridade perante os alunos e a sociedade? A ideia de maltratar, desprestigiar ou desvalorizar os professores é um crime. Um país no domínio da educação só tem sucesso se tiver bons professores, motivados, prestigiados e com um grande estatuto. Dou-lhe este exemplo: Antes do 25 de Abril, e nem tudo era mau antes desta data, o professor era uma autoridade, não apenas dentro da escola, mas no seio de toda a localidade onde

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leccionava. Era visto com respeito, com prestígio, era um “opinion maker” muito importante. Hoje o professor, de um modo geral, está desvalorizado. Dentro da escola não tem autoridade e então fora da escola está desvalorizadíssimo. Isto é terrivelmente perverso e negativo. Para que os alunos sejam centro das atenções é condição prioritária ter professores prestigiados e motivados.

metade. Isto quer dizer que um trabalhador nacional precisa do dobro do tempo de um europeu para fazer a mesma coisa. Este paradigma terá de ser alterado se quisermos um dia subir salários e repor os nossos níveis de bem-estar e prosperidade. Produzimos como um país do terceiro mundo e consumimos ao nível dos mais desenvolvidos, até um dia que isto rebentou pelas costuras.

É esta estratégia desfocada da realidade que tem sido seguida que tem alimentando os casos de laxismo e indisciplina dentro das salas de aula?

O agravar da situação social pode gerar convulsões?

Se o professor não tem prestigio, não pode ter autoridade. Se não tem autoridade, a tendência é o facilitismo, a indisciplina, a violência até. Ou seja, tudo factores que devem ser urgentemente erradicados do meio escolar. Chamo a atenção que ainda hoje os países mais desenvolvidos do mundo não são aqueles que têm mais reservas de petróleo, porque se assim fosse os países árabes eram os mais desenvolvidos do mundo e não são. Os países mais desenvolvidos do mundo são aqueles que apostam muito forte na educação, no conhecimento e na inovação. Ou seja, na economia do conhecimento. Neste campo a ferramenta das qualificações e da educação é absolutamente essencial. Como é que caracterizaria a aposta que temos feito neste campo. Insuficiente ou esforçada? Nós em Portugal temos insistido em apostar noutras coisas, que não nos nossos recursos humanos. Penso que tem que existir uma inversão de prioridades. O Governo que cessa funções foi acusado de ter seguido uma lógica estatística em detrimento da evolução qualitativa dos nossos alunos. Subscreve? Este Governo foi o mais incompetente e irresponsável que tivémos depois do 25 de Abril de 1974. Em todas as áreas. Admito que tenham existido aspectos positivos, aliás era difícil em seis anos fazer tudo errado. Mas globalmente falando o executivo foi politicamente criminoso e desde logo no domínio da educação. Criou um mau ambiente e um mau estar neste sector verdadeiramente insuportáveis, apresentou a questão da avaliação dos professores em tom persecutório e quase punitivo, procurando virar docentes contra docentes. Estes seis anos de desordem vão levar muito tempo até ser reposta a normalidade e retomar-se um caminho sadio e saudável. Educação e justiça são dois dos maiores fracassos do Portugal democrático? Do Portugal democrático e em especial destes seis anos de governo socialista. Creio que a Justiça é capaz de ser ainda pior. Se na educação a actuação do executivo foi desastrosa, na justiça foi certamente criminosa. O sistema judicial está pelas ruas da amargura. O governo tentou perseguir magistrados, interferir no andamento dos processos e tudo

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Pode acontecer, até porque a situação vai ser mais dramática. Mas é bom que todos reconheçamos que nenhum problema se resolve com base na violência, mesmo compreendendo o estado de desespero em que se encontram muitas famílias. Estamos claramente na cauda da Europa a 27 em termos de assimetrias sociais.

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isto sem conseguir introduzir qualquer medida que alterasse o actual estado de coisas. Hoje em Portugal, se as pessoas forem verdadeiras, dirão inequivocamente que não acreditam na Justiça. Inclusive muitos dos próprios agentes do sistema. E Porquê? Porque a justiça bateu no fundo. A renovação do parque escolar, o encerramento de escolas com meia dúzia de alunos e a entrega de computadores «Magalhães» não são reformas que minimizam a má imagem que tem da política educativa deste governo? Não posso dizer que são medidas negativas, mas é manifestamente insuficiente. Na educação o problema central que vai levar anos a melhorar é o estatuto dos professores. Eu recomendaria ao próximo governo que apostasse tudo em repor a dignidade, o prestígio e a motivação da classe docente. Professores com estas características têm mais autoridade e conseguem preparar alunos de forma mais eficaz. Isto não tem preço, não se faz por decreto, faz-se acarinhando os professores, estimulando-os e reforçando o seu estatuto pessoal.

Elencaria as finanças/economia, a educação e a justiça como prioridades nacionais para o próximo executivo? Chegámos a uma fase em que não há volta a dar. Todos os sectores terão de apertar ainda mais o cinto. A prioridade das prioridades é a situação financeira. Portugal está à beira da bancarrota. Sem a ajuda externa provavelmente nesta altura teríamos sem dinheiro para pagar salários. Em todos os sectores vamos pagar a factura, no dobro ou no triplo, de não termos agido no devido tempo. Agora vamos passar uns anos, sublinho uns anos, em recessão, sem crescimento económico, com impostos altos, com corte de despesa e com um desemprego de 13 por cento, o que à escala portuguesa é uma brutalidade. Portanto, os tempos são muito difíceis. Numa palavra vamos ter de fazer coisas muito simples de dizer mas difíceis de fazer: poupar mais, trabalhar mais, produzir mais. Só lhe dou este dado: temos um problema de produtividade terrível. A nossa produtividade é sensivelmente 55 por cento da média europeia, praticamente

CARA DA NOTÍCIA 6 Luís Marques Mendes nasceu em Azurém (Guimarães), a 5 de Setembro de 1957. Os primeiros passos da carreira política foram dados antes de terminar a licenciatura em Direito (Coimbra), como vice-presidente da Câmara Municipal de Fafe, aos 19 anos. Desde então, ocupou diversos cargos partidários e oficiais. Aos 28 anos, como secretário de Estado da Comunicação Social (1985/87), iniciou o processo de privatização da imprensa e apresentou a primeira proposta de lei de abertura da televisão à iniciativa privada. Mais tarde, como Ministro adjunto do Primeiro-Ministro Cavaco Silva (1992/95), criou a RTP Internacional. Como líder parlamentar, foi responsável, em nome do PSD, pelo acordo relativo à revisão constitucional de 1997 que permitiu a criação de círculos e a redução do número de deputados. Enquanto presidente do PSD (2005/07) dedicou-se a várias causas, como o reforço da ética na vida política, a redução de impostos em favor da competitividade fiscal ou a criação de um novo modelo para a Segurança Social, defendendo a liberdade de escolha do cidadão. «O Estado em que Estamos», da editora Matéria-Prima é o seu segundo livro, depois de ter publicado «Mudar de vida», em 2008. Actualmente afastado da vida política activa, Marques Mendes é gestor de uma empresa na área das energias renováveis, participa em múltiplas conferências para as quais é convidado de norte a sul do País e mantém duas rubricas de análise política com regularidade semanal no «Correio da Manhã» e na TVI24. K

«Acabou o emprego único para a vida» é o tema de mais um capítulo do seu livro. Os jovens, motores de desenvolvimento e sangue novo nas organizações estão emigrar. Como vê esta situação? Sinto um misto de satisfação e preocupação. Esse é o sinal exterior de mais um falhanço deste governo. Ver jovens aos milhares, que estudam no exterior e por lá ficam, ou que estudam cá e vão embora, é a prova de duas coisas: primeiro, o fracasso político de um executivo que aposta nas qualificações, no ensino superior e depois não lhes dá oportunidades para cá dentro desenvolverem as suas competências. Em segundo lugar, é também a prova da grande qualidade dos nossos jovens. Lá fora têm sucesso. Isto reforça a ideia que o que está errado é o País e as políticas que conduziram a esta situação. E nós, agora mais do que nunca, precisávamos de investir nos nossos talentos ou pelos menos criar condições para os que saíram possam em breve regressar. Abandonou a política activa e está como gestor numa empresa do ramo das energias renováveis. Qual a margem de progresso deste sector? Este é um sector com presente e futuro. Apostar nas energias renováveis é uma inevitabilidade, já não é uma questão de moda. A maior parte dos países, Portugal incluindo, precisam de reduzir a sua dependência energética do petróleo que importam. E o nosso País tem energias renováveis, limpas e amigas do ambiente, que são potencial endógeno nosso, com grandes oportunidades no sol, vento, floresta, etc. Em termos académicos, nesta área de estudo, internamente, as oportunidades profissionais já não são as mesmas que há 5 anos atrás. Todavia, numa perspectiva mais alargada, de mundo global, não tenho duvidas que há muito investimento para fazer, necessariamente rentável e necessário. K Nuno Dias da Silva _

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Workshop Europa 2020

UBI do tamanho da Europa 6 “Workshop Europa 2020” é o tema do evento que terá lugar, a 8 e 9 de Junho, na Universidade da Beira Interior, cuja organização está a cargo da licenciatura em Ciências da Comunicação, do mestrado em Jornalismo e da representação da Comissão Europeia em Portugal. O objectivo passa por divulgar linhas de conhecimento sobre o espaço europeu. Dialogar sobre a temática, apresentar novas formas de comunicação e fontes de informação sobre o espaço comunitário é um dos fundamentos desta iniciativa que decorre na Sala dos Conselhos da Faculdade de Artes e Letras. Os trabalhos têm início na tarde do dia 8, cerca das 15 horas. Economia europeia e Política regional é o tema apresentado por José Reis, presidente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. A esta intervenção segue-se Luís Sabino, antigo funcionário do Comité Económico e Social Europeu/Bruxelas e membro do Team Europe, que abordará o tema A Europa e a Participação dos Cidadãos. O

primeiro dia de trabalho encerra com a intervenção de Teresa Gradim, da Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento da Região Norte. Uma apresentação que tem como tema base Qualidade nos serviços públicos e direitos do consumidor. Na quinta-feira, 9 de Junho, os trabalhos são retomados com a intervenção de Teresa Cierco, docente da UBI e directora do mestrado em Relações Internacionais, que irá falar da temática europeia como Pilar Social. União Europeia, energia e ambiente é o tema abordado por José Escada da Costa. Rui Cavaleiro, que vem em representação da Comissão Europeia, falará do Europa 2020. A última intervenção é de Ana Cabo, também da representação da Comissão Europeia, que falará sobre Fontes de informação da UE. Um evento que termina com um almoço-debate onde será debatida a temática de Ser Jornalista em Bruxelas, com Deolinda Almeida, directora do Cenjor e Centro de Formação de Jornalistas. K

UBI

Universidade forma em Sistemas Prediais 6 A Universidade da Beira Interior vai organizar uma acção de formação em Sistemas Prediais de Distribuição e Drenagem de Águas, que decorre de 1 a 16 de Julho, no Centro de Formação Interacção UBI Tecido Empresarial. Os sistemas prediais de distribuição e drenagem de águas devem merecer uma atenção especial por parte do meio técnico nacional, pois, não raras vezes, constituem um factor de redução dos níveis qualitativos dos edifícios. Assim, o projecto destas infra-estruturas deve ser equacionado de forma a evitar o aparecimento de patologias nas edificações. O curso pretende abordar, também, a nor-

malização europeia recentemente publicada no domínio das redes prediais de águas, abrangendo a concepção, dimensionamento, operação e manutenção dos sistemas, permitindo uma actualização de conhecimentos sobre as novas metodologias que se podem implementar em Portugal. A acção terá como formador principal Victor Pedroso, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, e destina-se a engenheiros, arquitectos, alunos de cursos de engenharia e arquitectura, funcionários de entidades licenciadoras, empresas de construção e fiscalização, e outros técnicos interessados na temática. K

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Química medicinal

Novo curso na UBI 6 A Universidade da Beira Interior vai abrir no próximo ano lectivo um novo curso de Licenciatura (1º ciclo) em Química Medicinal, com 30 vagas. Segundo os responsáveis pela instituição esta é mais uma aposta de formação numa área inovadora. O novo curso em Química Medicinal permitirá desenvolver conhecimentos de química, bioquímica e de biologia para perceber as estruturas das moléculas base de medicamentos, produzir novas moléculas, analisar os seus efeitos sobre os vários organismos e a sua capacidade para combater uma determinada doença. Bioquímica, química farmacêutica, farmacologia, toxicologia e imunologia serão disciplinas basilares do curso, que juntamente com as novas tecnologias de informação irão permitir explorar novos tópicos na área médica. A Química Medicinal é uma

formação inovadora em Portugal, existindo apenas na Universidade de Coimbra e, agora, na UBI. “Esta nova aposta da instituição prende-se com o facto de a UBI reunir as melhores condições para uma formação científica sólida dos seus alunos, com corpo docente altamente qualificado, com elevada produtividade científica e com excelentes instalações laboratoriais para a investigação e para o ensino, sendo

esta formação inserida numa das áreas de excelência da Universidade”, salienta o Pró-Reitor da UBI, Tiago Sequeira. A Agência Nacional de Acreditação do Ensino Superior (A3ES) reconheceu que a UBI tem grande experiência no ensino da Química e da Medicina, assim como um centro de investigação com classificação “Muito Bom”, pelo que reúne as condições para ministrar este curso com qualidade elevada. O novo curso da Faculdade de Ciências alia as ciências exactas aos conhecimentos das ciências da vida e da saúde e terá como principais saídas profissionais empresas de investigação, laboratórios de investigação públicos e privados, “start-ups” tecnológicas na área da Saúde, e a implementação de boas práticas na indústria farmacêutica e na química industrial. K

Fora de Porto e Lisboa

PT recruta na UBI 6 A Portugal Telecom acaba de alargar o seu leque de selecção de licenciados às universidades fora de Lisboa e Porto, com a presença, durante dois dias, na Universidade da Beira Interior. Segundo Francisco Nunes, um dos responsáveis pelos recursos humanos da empresa, “esta visita à UBI insere-se num road-show nacional que está a ser promovido pelas principais universidades portuguesas que visa captar talentos para a Portugal Telecom”. De caminho, sublinha que a empresa “tem seguido, nos últimos anos, a política de recrutamento de cerca de cem jovens licenciados por ano que entram para os nossos quadros. Aquilo que estamos aqui a procurar é o alargamento das fontes de recrutamento que temos tido. A PT pretende assim recrutar para os seus quadros “os melhores alunos das universidades” através de um programa de apoio ao jovens licenciados “promovendo-se, paralelamente, o desenvolvimento pessoal e de competências do trainee através de acolhimento e integração assistida, bem como através de um kit de formação. Acompanhar, orientar, avaliar e dar feedback constante é outra das estratégias assumidas no âmbito do programa”.

João Queiroz, reitor da UBI O administrador executivo aponta ainda para o facto deste ser um programa com o qual procuram, “de forma contínua, rejuvenescer os recursos da PT e encontrar também novas valências para aqueles que são os nossos desafios futuros, quer em Portugal quer no estrangeiro.” Um evento aberto a várias áreas que vão desde a engenharia, à gestão, passando pelo marketing, ciências e comunicação. Para João Queiroz, reitor da UBI, “estes eventos são de ex-

trema importância para a academia. Aquilo que queremos fazer é encontrar saídas para os nossos graduados e aplicação de todos os conhecimentos e de todas as competências que lhes damos durante a sua formação, e portanto ter uma empresa como a Portugal Telecom ou como outras que têm vindo à UBI procurar recrutar os nossos alunos, verificar as suas competências para as especificidades que eles precisam é muito importante”. K

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Tese de doutoramento na UBI

Conselho Geral aprova

Vinhos da Beira dão saúde

Minho passa a Fundação

6 Os vinhos tintos produzidos na Beira Interior são um excelente produto para a prevenção de doenças como o cancro do estômago. Uma investigação desenvolvida pela doutoranda Luísa Paulo, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, revelou que os néctares da região possuem maiores concentrações de resveratrol. Uma substância anti-oxidante associada à prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes, e que este estudo veio demonstrar ser inibidora da multiplicação da bactéria responsável pelo aparecimento de tumores no estômago. Luísa Paulo, técnica superior do Centro de Apoio à Transferência Tecnológica Agro-Industrial, em Castelo Branco, desenvolveu a investigação no âmbito do seu doutoramento em biomedicina. No total foram analisadas 186 amostras de vinhos de todo o país. “Os que apresentaram maiores teores de resveratrol foram os da nossa região, sobretudo os produzidos com a casta touriga nacional”, explica Luísa Paulo A investigadora, que já viu parte dos resultados publicados em três revistas científicas internacionais, considera que “a nossa região possui bons vinhos”. Os teores de resveratrol no vinho são justificados pelas amplitudes térmicas a que as videiras estão sujeitas. “A produção dessa substância é uma forma de defesa que

As investigadoras elogiam os vinhos da Beira as plantas possuem”, explica. O resveratrol já foi alvo de estudos internacionais, sobretudo nos Estados Unidos, e há até quem lhe chame a pílula da juventude, correndo rumores que a jovialidade de Angelina Jolie estaria associada a essa substância. No mercado há mesmo quem comercialize produtos medicinais com elevados teores dessa substância. Uma busca rápida na internet permite-nos verificar isso mesmo. Na sua investigação Luísa Paulo teve uma equipa de orientadores de topo, constituída pelo próprio reitor da Universidade, João Queiroz, por Eugénia Gallardo e Fernanda Domingues. “Os resultados deste estudo são muito importantes, até porque foi o maior que alguma vez se realizou em Portugal e um dos que envolveu mais amostras em termos internacionais, num total de 200 vinhos”, explica Eugénia Gallardo. No processo da recolha das

amostras, os investigadores contaram com o apoio das Comissões Vitivinícolas. “A beira interior não é uma região muito conhecida pelos vinhos, pelo que um dos objectivos deste estudo também passou por potenciar o que aqui se produz”, revela Eugénia Gallardo. O docente da Faculdade de Ciências da Saúde adianta que “no futuro o objectivo será dar apoio aos próprios produtores, sobretudo no processo produtivo, desde a vindima até à produção do vinho, de forma a que se possam ainda melhorar os níveis de resveratrol”. Por isso, Eugénia Gallardo convida os produtores a contactar a faculdade. Com a tese de doutoramento entregue, Luísa Paulo aguarda agora pela defesa pública da sua investigação. Enquanto isso não sucede, fica a certeza que os consumidores “de vinho da região saem beneficiados”, justifica Eugénia Gallardo. K

Prémio Científico

IBM elogia Minho 6 Alexandra Silva, licenciada em Matemática e Ciências da Computação (MCC) pela Universidade do Minho, acaba de ganhar o Prémio Científico IBM 2010, uma das maiores distinções na área da Informática. Esta foi a primeira vez que o galardão foi atribuído a um trabalho sobre teoria da computação. “Este prémio não é só um reconhecimento do meu trabalho, é sobretudo uma vitória para todos os que fazem investigação em teoria de computação, uma área muitas vezes olhada como secundária no panorama das Ciências de Computação”, afirma Alexandra Silva. A investigadora diz ter recebido a notícia

da distinção “com grande emoção e surpresa”: “Teve um sabor especial ser felicitada, logo após o representante da IBM, pelo professor José Manuel Valença,

mentor e criador do curso de MCC, do qual fui orgulhosamente aluna”, acrescenta. O Prémio Científico IBM 2010 visa reconhecer trabalhos de elevado mérito científico no campo da computação teórica e aplicada. Alexandra Silva, que concluiu em 2006 a licenciatura em MCC na Universidade do Minho, com 19 valores, realizou a sua tese de doutoramento sobre “Kleene Coalgebra”, na Universidade de Nijmegen, na Holanda, onde foi aprovada “cum laude” por unanimidade. A investigadora foi recentemente seleccionada para professora auxiliar em Nijmegen, entre 65 candidatos. K

www.ensino.eu 06 /// JUNHO 2011

6 A Reitoria da Universidade do Minho acaba de se congratular com o facto de a maioria dos membros do Conselho Geral ter votado favoravelmente a proposta apresentada pelo Reitor para a transformação da Universidade em Fundação Pública com regime de direito privado. António Cunha encontra nos 74 por cento dos votos favoráveis à sua proposta uma forte base de apoio para desenvolver um trabalho de aprofundamento da afirmação da autonomia da sua universidade. Depois de o Senado Académico ter apoiado inequivocamente a passagem a Fundação, o Conselho Geral aprovou uma proposta que, nos últimos meses, foi amplamente apresentada e discutida com todos os corpos da academia. A passagem

a Fundação encontrou um forte apoio nos presidentes das principais Escolas da academia. Esta transformação do regime jurídico da Universidade vai permitir reforçar a posição da Universidade no panorama do ensino superior, designadamente através da afirmação da autonomia da Universidade e das suas Unidades Orgânicas; vai contribuir para o acréscimo da flexibilidade de gestão do património e de recursos financeiros; vai aprofundar a autonomia na gestão e na contratação de recursos humanos; e vai alargar as oportunidades de financiamento e expansão das possibilidades de interacção com a sociedade. A passagem a fundação mereceu a contestação dos estudantes. K

Escola de Enfermagem

Évora analisa situação 6 A Escola Superior de Enfermagem São João de Deus da Universidade de Évora promoveu a 2 e 3 de Junho, as primeiras Jornadas Internacionais de Enfermagem, subordinadas à temática A Pessoa em Situação Crítica. Durante o evento Publicidade

científico foram abordadas diversas questões relacionadas com o tema, cruzando a experiência e a evidência científica, num incessante desafio às boas práticas e tendo com horizonte a excelência dos cuidados à pessoa em situação crítica.K


Shell Eco-marathon 2011 UTL atrai jovens T A Universidade Técnica de Lisboa acaba de apresentar um programa cheio de actividades para dar a conhecer o que se faz dentro das suas portas e, quem sabe, ajudar os jovens participantes a decidir que rumo dar à sua vida. Durante uma semana, poderão tornar-se verdadeiros veterinários, agrónomos, economistas/gestores, engenheiros, especialistas das ciências sociais, politólogos, atletas ou arquitectos. Existem sete programas de uma semana à escolha numa das Escolas da UTL, com muitas actividades de carácter científico, lúdico e desportivo. K

Mestrado no Iscte T O Instituto Universitário de Lisboa (Iscte) acaba de lançar o primeiro Mestrado de Estudos Indianos do mundo. Organizado em colaboração com o Indian Institute of Technology e a Brown University, este programa visa dotar os estudantes de uma perspectiva multifacetada sobre a Índia contemporânea e garantir-lhes as ferramentas necessárias para entenderem e investigarem a complexidade deste país. As inscrições para a primeira edição - 2011/2013 encontram-se abertas. O Iscte irá atribuir ainda uma bolsa de estudos a 100 por cento e outras oito a 50 por cento do valor. K

Autónoma no Metro T A Universidade Autónoma de Lisboa acaba de lançar uma nova campanha de comunicação para o acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos, recorrendo à decoração interactiva no chão da estação de metro Marquês de Pombal. A acção, que está no ar nos meses de Maio e Junho, visa promover o regime especial de acesso à Universidade para Maiores de 23 ao mesmo tempo que dirige os utentes para saída Rua de Santa Marta, a Sede da Universidade, reforçando assim o posicionamento universidade no centro de Lisboa. K

ISPA acreditada T O ISPA – Instituto Universitário já tem todos os seus 10 cursos de Licenciaturas, Mestrados

e Doutoramentos acreditados. O processo foi conduzido de forma independente pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior – A3ES, expressamente criada para o efeito em 2009, no âmbito do processo sistemático de acreditação e avaliação de todo o sistema de ensino superior português tendo em vista a garantia da sua qualidade e credibilidade. K

REN premiea IST T Pedro Mendes, aluno de Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores do Instituto Superior Técnico, é o vencedor da edição de 2010 dos Prémios REN - Redes Energéticas de Portugal, tendo recebido um prémio no valor de 12.500 euros. O trabalho, intitulado de “Wind Parks and Hydro Pumping Plants Coordinated Operation”, visa a possibilidade de coordenação da produção eólica com Centrais Hídricas com Bombagem. O segundo classificado desta edição foi Miguel Alexandre Santos, aluno do curso de Engenharia Mecânica do IST, com o seu trabalho “Estudo do Comportamento Dinâmico da Rede Nacional de Transporte de Gás Natural”. Ao IST coube ainda uma Menção Honrosa, atribuída à aluna Susana Ludovino, do curso de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, no âmbito do seu projecto “Grid Codes For Isolated Systems”. K

Algarve Honoris Causa T André Jordan e Taleb Rifai acabam de ser distinguidos com a atribuição de Doutoramento Honoris Causa, numa cerimónia que decorreu a 1 de Junho, no Grande Auditório da Universidade do Algarve, no Campus de Gambelas, em Faro. “Depois de 40 anos de trabalho e de vida no Algarve esse reconhecimento tem um valor muito especial e de grande conteúdo afectivo. Amor com amor se paga, é por isso que eu recebo este prémio”, refere André Jordan a propósito desta homenagem. Para Taleb Rifai é uma grande honra receber esta distinção da Universidade do Algarve. “Como ex-professor que sou, é sempre um prazer ser reconhecido pelo mundo académico, especialmente por uma universidade tão prestigiada como a vossa”, refere o Secretário-geral da Organização Mundial de Turismo. K

Portugal é terceiro 6 Um veículo protótipo da Universidade de Coimbra conseguiu percorrer 2.568 quilómetros com apenas um litro de gasolina, arrebatando o 3.º lugar no Shell Eco-marathon 2011, realizado na Alemanha, e afirmando-se como a melhor equipa portuguesa e ibérica. Além do 3º lugar obtido por Coimbra, a Universidade do Minho obteve o 12º posto, a Escola Secundária Alcaides de Faria foi 23ª e Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu foi 48ª, confirmando assim uma boa participação das equipas nacionais. A equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que reuniu alunos de engenharia automóvel e de engenharia mecânica, e teve como piloto a estudante de economia Ana Rita Lopes, melhorou a distância percorrida desde a edição transata, onde percorrera 2.204 quilómetros. Com apenas um litro de gasolina sem chumbo 95, a uma velocidade média de 30 km/h, o Eco Veículo da FCTUC conquistou o 3.º lugar na categoria (Protótipos de combustão interna) e o 4.º lugar na classificação geral da Shell Eco-marathon Europe 2011, que decorreu nos últimos três dias no Circuito de Lausitz, na Alemanha.

Pedro Carvalheira, docente que coordena esta equipa, referiu que em termos de classificação a sua equipa perdeu um lugar, pois classificara-se em segundo na edição anterior, onde tinha beneficiado da má prova de uma favorita, e da desistência de uma outra candidata aos primeiros lugares. “Melhorámos bastante e aproximámo-nos dos primeiros”, afirmou o docente, referindo que os grandes benefícios introduzidos no protótipo desde há um ano

ficaram a dever-se às alterações no aerodinamismo e à introdução de uma nova peça no motor, que transfere calor da cabeça para o cárter. Nesta prova, que reuniu cerca de 250 participantes nas várias categorias, de diversos países do mundo, a vencedora foi uma equipa francesa, que percorreu 3.688 quilómetros com um litro de gasolina. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Toxicodepência

CESPU apresenta estudo 6 A descriminalização do consumo de drogas, concretizada há dez anos, tornou mais fácil encaminhar os toxicodependentes para tratamento, refere Jorge Quintas, docente e investigador da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU). De acordo com os trabalhos desenvolvidos pelo professor e investigador Jorge Quintas, no âmbito do seu doutoramento em Criminologia pela Universidade do Porto, as comissões de dissuasão da toxicodependência – entidades administrativas responsáveis pela aplicação da lei – “apreciam efectivamente um número bem superior de transgressões de consumo do que alguma vez os tribunais julgaram”. Os próprios clínicos ouvidos

no âmbito de um dos três estudos concordam que as medidas aplicadas pelo sistema legal “levam à rede de tratamento pessoas que dela estavam afastadas” e consideram que “é possível mantê-las em terapia durante mais tempo”. Geralmente, as autoridades encaminham os consumidores que detectam para as comissões de dissuasão da toxicodependência numa “via de comunicação” entre as instâncias do sistema legal e as do sistema de saúde que se tornou “seguramente mais efectiva”. No entanto, a descriminalização “não interfere decisivamente nos consumos de drogas das populações, nem nos problemas colocados à sociedade portugue-

sa pelos usos e em especial pelos abusos de drogas”, assinala o autor. Os estudos de Jorge Quintas, reunidos num único livro, incidem também sobre a opinião de toxicodependentes, polícias, estudantes de Direito e de Psicologia e população em geral sobre a descriminalização dos consumos. A maioria dos 232 inquiridos preferia que os consumos praticados por adultos se mantivessem proibidos, “embora haja grande ambiguidade quanto ao melhor regime legal aplicável ao uso de substâncias ilegais”. Os três estudos decorreram entre 2003 e 2006 e os dados empíricos foram actualizados até 2008. K

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UTAD debateu futuro dos cursos de Letras

Flexibilidade e Inovação 6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro acaba de assinalar o 25º Aniversário do seu Departamento de Letras, Artes e Comunicação, a 27 e 28 de Maio, com a realização dos XV Encontros Internacionais de Reflexão e Investigação, que juntou docentes e investigadores não só da UTAD, mas também das Universidades de Varsóvia (Polónia), Poitier (França), Ceará (Brasil), das Universidades de Coimbra, Lisboa, Évora, Beira Interior, Nova de Lisboa, Universidade Aberta,

Instituto Politécnico de Bragança, ISET do Porto e Rede Europeia das Universidades Leitoras. Ao longo dos dois dias de reflexão, as temáticas envolveram a mitologia na literatura, o fantástico e o maravilhoso, a literatura infantil, a literatura de transmissão oral no ensino, a acção e perspectivas dos escritores contemporâneos, as novas tecnologias na leitura, a teoria e a prática na poesia, o jornalismo e a literatura, as relações públicas e os novos movimentos sociais, as letras e o futuro da

portugalidade, roteiro torguiano, entre muitas outras. O evento foi ainda o pretexto para a apresentação do livro “Metamorfoses: 25 anos do Departamento de Letras – Artes e Comunicação”, onde se incluem testemunhos de todos os Coordenadores com que o Departamento contou ao longo destes 25 anos, e ainda um conjunto de textos científicos de natureza pluridisciplinar, que pretendem ilustrar a diversidade de áreas científicas que o DLAC congrega. K

Universidade de Évora

Mudança radical 6 O Departamento de Gestão da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora realizou, no passado dia 24 de Maio, as IX Jornadas intituladas “Liderança Responsável em Tempos de Mudança Radical”. A iniciativa teve como principal objectivo debater e reflectir sobre casos empresariais que se dedicam à liderança, responsabilidade e mudança. Contou ainda com a apresentação de trabalhos académicos realizados pelos alunos de 1º, 2º e 3º ciclos de estudos relacionados com o tema e, também, com os resultados de experiências pedagógicas e da investigação desenvolvida pelos docentes. Maria Raquel Lucas, directora do Departamento de Gestão, referiu na sessão de abertura que as Jornadas de Gestão constituem uma iniciativa com grande relevância não só para a comunidade académica, mas também para a região Alentejo e o país. Ao longo do seu discurso sublinhou que o Departamento de Gestão é um dos pilares da Escola de Ciências Sociais. “Estas Jornadas são um dos factos que explica que este departamento seja um dos pilares da Escola de Ciências Sociais e que apesar de vivermos tempos difíceis e com exigências cada vez maiores, responda com aumento da produção e da qualidade científica e com espírito de corpo, dando a conhecer aquilo que fazemos”. Neste âmbito, acrescentou que “não queremos ensino sem investigação, nem investigação sem que o saber e conhecimentos gerados sejam transmitidos, quer internamente, quer para o exterior, não esquecendo a vertente de Internacionalização dos curricula e dos ensinos. Existe

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particular sensibilidade para nos desdobrarmos em múltiplas actividades em Portugal e no exterior e em distintas parcerias como, por exemplo, o Brasil, Timor e Angola”. Para aquela dirigente, o ensino da gestão destina-se a formar indivíduos que serão os futuros quadros superiores e dirigentes de muitas empresas e que vão interagir com outros colaboradores para mudar expectativas e tomar decisões. “Os alunos são agentes em aprendizagem, pequenas células que futuramente vão interagir para mudar essas expectativas e para tomar decisões. O que queremos é dar aos alunos a carga formativa que necessitam para tomar decisões e contribuir cada vez mais para a criação e desenvolvimento do capital humano que acrescenta valor às empresas que o utilizam. Assim, Maria Raquel Lucas sublinhou que o Departamento de Gestão oferece uma rica oferta formativa na área para que os alunos possam atingir os

seus objectivos. “Para além da Licenciatura em Gestão, temos o Mestrado em Gestão constituído por várias parcerias e organizado em sete ramos de especialização como o Marketing, as finanças, a contabilidade, o sector público administrativo, os recursos humanos, o empreendedorismo e a inovação e também a vertente organização e sistemas de informação. Temos ainda o Curso de Doutoramento em Gestão que tem evidenciado uma procura crescente ao longo dos anos com alunos oriundos de todo o território nacional e do estrangeiro”. Ao finalizar o seu discurso, Maria Raquel Lucas salientou que a Licenciatura de Gestão “não deve dar apenas aos alunos a oportunidade de desenvolver as suas capacidades mediante uma formação sólida, o estímulo do trabalho em equipa e aprendizagem contínua, mas também fomentar valores como a ética, o respeito e a responsabilidade social”. K Noémi Marújo _

Universidade de Évora

Formação ao longo da Vida 6 O Núcleo de Formação Contínua (NUFOR) da Universidade de Évora, criado em 1995, promove uma ampla oferta de formação ao longo da vida para diversos públicos. Em entrevista ao Ensino Magazine, Manuela Santos, Coordenadora do NUFOR, referiu que “a evolução do contexto universitário que acompanha e alavanca a marcha da globalização veio enfatizar o tema da formação ao longo da vida, assumindo-se esta hoje como um dos pilares estratégicos da Universidade de Évora. Foi nesse contexto que foi criado o Núcleo de Formação Contínua”. Segundo aquela coordenadora “o investimento de pessoas, a título individual, e da própria instituição em formações ao longo da vida tem aumentado exponencialmente, exigindo uma resposta adequada e consistente com ofertas formativas diversificadas, e que correspondam às exigências do mercado de trabalho e a realidades individuais”. A referida estrutura tem como competências o planeamento, coordenação, promoção e organização de cursos de formação não conferentes de grau académico, mas que são de grande importância para responder às exigências do mercado. Neste âmbito, Manuela Santos frisou que “neste momento nós temos os Cursos de Especialização Publicidade

Técnica (CETS) que visam conferir qualificação profissional. Depois temos os Cursos de Especialização que têm como objectivo complementar e actualizar a formação académica ou profissional dos alunos universitários já licenciados ou de outros profissionais, através da aprendizagem e desenvolvimento de saberes científicos, técnicos ou artísticos em domínios específicos. E temos também os Cursos de Curta Duração que se destinam a fomentar a formação em áreas ou técnicas específicas do saber. Alguns destes são submetidos à acreditação do Conselho Científico da Formação Contínua, com efeitos na progressão dos docentes do 3º ciclo e do ensino secundário”. Para Manuela Santos é necessário assegurar a qualidade das formações de forma a que “os conteúdos sejam flexíveis, pertinentes, actuais e correspondam às necessidades do utente, utilizando estratégias de ensino credíveis”. Ainda segundo aquela coordenadora, a Universidade de Évora através do NUFOR vai promover a Universidade de Verão, que tem como objectivo fomentar o intercâmbio científico e cultural em diversas áreas do saber a nível nacional e internacional. Para mais informações consulte o link http:// www.nufor.uevora.pt/ K Noémi Marújo _


Portalegre

Superior de Saúde

Alunos vão à ESEP

Saúde debate modelos

6 A Escola Superior de Educação (ESEP) recebeu, no dia 20 de Maio, alunos da Escola Secundária de S.Lourenço para dar a conhecer o funcionamento do curso de Educação Artística (EA). Esta iniciativa teve como principal objectivo promover o curso junto dos alunos do secundário. A coordenadora do curso de EA, Maria João Reis, levou os alunos para “o seu local de trabalho”, o ginásio da escola, onde se procedeu a uma apresentação entre convidados e alunos de EA, bem como dos docentes. A recepção aos alunos contou com um espectáculo preparado para o efeito, por duas alunas de Educação Artística. Após o acolhimento por parte dos alunos de EA e docentes, os visitantes dirigiram-se para o auditório da ESEP. A sessão começou com uma apresentação dos trabalhos elaborados pelos alunos da escola Secundária, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, que incidiu na música, pintura e, essencialmente, na moda. Os alu-

6 A Escola Superior de Saúde de Portalegre realiza, dia 21 de Junho, as suas Jornadas de Enfermagem. A iniciativa terá lugar no Centro de Congressos de Portalegre, a partir das 9H30. Após a sessão de abertura, José Carlos Martins (docente na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra) abordará o tema “Informação em Contexto de Doença Grave”. Uma intervenção que será moderada pela docente Paula Marques. Rui Inês, da Ordem dos Enfermeiros, será o segundo palestrante, com o tema “Modelo de Desenvolvimento Profissional”. A prelecção será moderada pelo docente Francisco Vidinha.

nos criaram e produziram roupa e organizaram um desfile com passagem de modelos. Um outro grupo optou por criar uma maqueta do Estádio do Sporting de Braga. Maria João Reis, evidenciou a importância em conhecer a escola e o curso: “trata-se de vos dar a conhecer as vivências desta escola” e considerou que “este curso é um bebé, ainda só vai no 4º ano”. O director da ESEP, Luis Miguel Cardoso, destacou a importância do curso de Educação Artística na escola, no IPP e mesmo na própria região, considerando que “o curso tem um papel activo”. O responsável máximo da ESEP espera que o encontro venha aproximar ainda mais estas duas instituições de ensino. Para o final ficou a visita às instalações da Escola Superior de Educação, com os alunos a percorrer essencialmente os espaços mais ligados ao curso, como o centro de reprodução audiovisual e a sala de expressões (AT). K Vera Cunha _ (ESEP Digital)

Já na parte da tarde, pelas 14 horas, Elisa Garcia e Isabel Ferraz, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, falarão sobre o tema “Necessidades dos familiares cuidadores de pessoas dependentes”,

numa comunicação moderada pela professora Andreia Costa. As jornadas terminarão com a apresentação de comunicações, exposição de posters e com a entrega de prémios. K

Portalegre

Família em congresso 6 O I Congresso Internacional Família, Educação e Desenvolvimento no séc. XXI, realizou-se, nos passados dias 3 e 4 de Junho de 2011, no Centro de Congressos da Câmara Municipal de Portalegre, numa or-

ganização conjunta da Escola Superior de Educação de Portalegre e o Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais - Grupo Saúde, Cultura e Desenvolvimento Universidade Aberta.

Este congresso que decorreu à hora de fecho da nossa edição, teve como objectivos: reflectir e partilhar saberes e experiências que contribuam para o desenvolvimento científico. K

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Mestrado em Construção Sustentável

Secil e IPCB fazem acordo 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Tecnologia acaba de assinar um protocolo de colaboração com a empresa Secil. O acordo tem por objectivo a promoção conjunta de projectos de investigação aplicada e estágios na empresa, tendo por base o Mestrado em Construção Sustentável leccionado na Escola. Carlos Maia, presidente do IPCB, referiu que “este é o caminho que obrigatoriamente o ensino superior, nomeadamente o ensino politécnico, deve fazer, através de uma forte associação às empresas, de modo a permitir o desenvolvimento de projectos comuns”. No entender do presidente do IPCB, “é bastante vantajoso para o Politécnico o estabelecimento desta parceria com a Secil, uma empresa de grande dimensão e fortemente implantada no mercado nacional e internacional, que vai permitir a realização de estágios por parte dos nossos alunos, assim como a realização de projectos de investigação e de outras actividades em conjunto”. Já o director de Comunica-

ção Institucional da empresa teve oportunidade de se referir ao empenho e compromisso do Grupo para com as matérias da Sustentabilidade na Construção, servindo o Protocolo agora assinado para a promoção conjunta de projectos de investigação aplicada e estágios na empresa. De referir que a Secil pertence ao maior grupo industrial português a operar no sector do cimento, argamassas e materiais

de construção. Para além da forte presença em todo o território nacional, o grupo encontra-se presente e em expansão em Angola, Líbano e Tunísia. Esta parceria insere-se no plano estratégico da ESTCB, na área da Engenharia Civil, estando ainda prevista para as próximas semanas a assinatura de protocolos de cooperação com outros grandes grupos nacionais do sector da construção. K

Infotec 2011

Nilton dá lição na EST 6 O humorista Nilton foi um dos palestrantes da 4.ª Edição do Fórum de Informática e Novas Tecnologias (Infotec’11) que decorreu na última semana na Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco. À margem das engenharias e da informática, Nilton, também ele um empresário, falou sobre empreendedorismo e de uma forma divertida abordou a importância das ideias inovadoras na sociedade actual e no sucesso dos negócios. O Infotec envolveu várias sessões temáticas. A oradora alemã, Fanny Klett, foi uma das que mais se destacou, com uma palestra sobre os sistemas informáticos no futuro. José Carlos Metrolho, director da EST, considera que “os objectivos foram

superados. Provou-se mais uma vez que é possível trazer a Castelo Branco o que de melhor existe no país em termos de empresas de vanguarda tecnológica e lideres em inovação. Houve também alegria e momentos de boa disposição, tornando Maio um mês de grande actividade, que começou com a Semana de Engenharia e que terminará com uma Feira de Emprego, a qual se destina aos nossos finalistas”. Segundo o coordenador da organização do Infotec, Pedro Silva, “o objectivo passou por dar a possibilidade aos nossos alunos de tomar conhecimento sobre a visão que conceituados oradores nacionais e internacionais defendem sobre o que poderá vir a ser esta década em termos de áreas de vanguarda da Informática”. K

Encontro SIG na Agrária

Informação mais geográfica 6 O director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB), Celestino Almeida, classificou o encontro sobre Sistemas de Informação Geográfica, realizado na escola, como “uma referência”. O encontro decorreu, nos dias 19 e 20 de Maio, na ESACB e pretendeu mostrar e divulgar o que se está a fazer em Portugal ao nível da tecnologia de ponta na área dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Celestino Almeida refere que “a edição deste ano teve mais participantes, oradores e comunicações. Além disso, houve um grande envolvimento de alunos, técnicos de diversas instituições, nomeadamente de câmaras municipais, gente nova que está a trabalhar com essas ferramentas e que contribuem para o sucesso da iniciativa”. Organizada no âmbito de uma disciplina do Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica, aplicados aos recursos naturais e recursos florestais, a iniciativa debateu as aplicações SIG na área do Ambiente, da Floresta da Agricultura e da Protecção Civil, e 010 /// JUNHO 2011

envolveu cerca de uma centena de participantes, 11 oradores e comunicações apresentadas por 20 cientistas. Paulo Hernandez, docente do IPCB/ESA e um dos organizadores do encontro, salienta que “os Sistemas de Informação Geográfica são hoje em dia cada vez mais utilizados por todos os cidadãos. Há muitas autarquias que já têm aplicações SIG e o cidadão, sem ter conhecimento desses Sistemas de Informação Geográfica, pode consultar lá muita informação relativa ao município, nomeadamente ser-lhe muito útil e ajudá-lo nalguns processos de licenciamento que se queira ob-

ter junto de uma autarquia. Este é um exemplo claro da aproximação entre os SIG e o cidadão comum”, conclui. Rui Almeida, responsável pela Unidade de Defesa da Floresta e um dos oradores convidados, evidenciou que “os SIG são hoje uma técnica que usamos no nosso dia-a-dia, pelo que estes encontros são extremamente importantes permitindo não só o contacto entre os técnicos desta área como a divulgação dos trabalhos que os diferentes grupos de trabalho estão a desenvolver, ou seja das diferentes temáticas que estão a ser desenvolvidas. Com isto a Escola só tem a ganhar pois para além do conhecimento da área em que se especializa entra em contacto com outras áreas abrindo o âmbito de investigação a novas matérias”. O II Encontro de Sistemas de Informação Geográfica realizado no IPCB/ESA contou ainda com um painel de apresentação de hardware e software apresentado pelas empresas ESRI Portugal, Novageo Solutions e Trimble. K

estcb

Feira de Emprego 6 A primeira edição da Feira de Emprego, realizada pela Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, de 24 a 26 de Maio, ultrapassou as expectativas. A iniciativa pretendeu aproximar os alunos finalistas aos empregadores das áreas de Engenharia e Tecnologia e surgiu como um complemento à Semana das Engenharias e ao Fórum de Informática e Novas Tecnologias (Infotec’11). O director da ESTCB, José Carlos Metrôlho revela que “na próxima edição iremos testar novas iniciativas que nos têm sido sugeridas por empregadores, para aumentar ainda mais a eficácia deste tipo de evento. No entanto, esta foi uma experiência altamente enriquecedora, em especial devido ao interesse e participação dos alunos presentes nas sessões”. A Feira de Emprego incluiu ainda no seu programa sessões destinadas a ajudar os alunos a preparar o Curriculum Vitae, entrevistas de emprego e apresentação de casos de empreendedorismo.

Participaram na primeira edição da Feira de Emprego @ ESTCB empresas de recrutamento e selecção, entre elas a AGAP2 e a Outsystems, tendo-se verificado para além de uma elevada afluência às sessões uma interacção entre os alunos e os potenciais empregadores. As duas empresas agendaram já novas sessões, a realizar a curto prazo na ESTCB, e que nalguns casos inclui entrevistas a finalistas que entretanto já manifestaram interesse nas respectivas propostas de emprego. Apesar da elevadíssima taxa de empregabilidade dos alunos da ESTCB, fruto do reconhecimento pela qualidade de ensino, áreas ministradas e ensino prático dos cursos, a Escola continua a organizar iniciativas que potenciem o ingresso célere dos diplomados no mercado de trabalho. Nesse sentido, a ESTCB prepara já para o mês de Julho outras actividades extra curriculares, nomeadamente workshops, cursos de curta duração e exposições. K


Novas Oportunidades Guia Leiria apresentado T O ISLA-Leiria acaba de proceder ao lançamento do “Guia Leiria-Cidade”, edição que resulta de um projecto desenvolvido no âmbito do Curso de Licenciatura em Turismo do ISLA-Leiria, com o patrocínio exclusivo da Caixa Geral de Depósitos. Além de diversas ofertas turísticas de Leiria, um conjunto de “Rotas Recomendadas” que divulgam valores turísticos e veiculam itinerários, temáticos ou cruzados, através dos quais a ênfase na cidade sublinha o potencial turístico do território onde Leiria está implantada: a riqueza da sua história, os monumentos e palácios, as memórias e lendas, o papel e a tipografia, a estatuária, as personagens literárias que valorizam a cidade, o património guloso da gastronomia, os belíssimos espaços verdes… K

Leiria vence projecto Inacto T O projecto “Inacto – Esay Interactions”, realizado por, Marco Jorge Heleno e Maura Mendes, ambos estudantes de Design Gráfico e Multimédia, na Escola de Artes e Design do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), venceu o 1.º lugar no Concurso de Ideias da Fase Regional da 8.ª Edição do Poliempreende, ex-aequo com outro projecto. Os vencedores Marco Heleno e Maura Mendes irão receber um prémio monetário de 2.500 euros, correspondente, ao primeiro lugar da Fase Regional deste Concurso de Ideias. De seguida procederse-á à Fase Nacional, onde os projectos vencedores em cada Região irão ser submetidos a um júri nacional, que irá escolher e premiar os três melhores. K

Engenharia Alimentar na ANET TOs diplomados em Engenharia Alimentar da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria já podem efectuar a sua inscrição na Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos (ANET). Após efectuarem inscrição, os diplomados poderão usar o título profissional de Engenheiro Técnico e beneficiar de todas as suas vantagens e regalias. A ANET é uma associação pública de natureza profissional que atribui o título e regula o exercício da profissão de engenheiro técnico, tendo, entre outras, como função defender os seus direitos e interesses. K

Passeio Pedestre de Leiria TPedro Costa, Cláudia Vala, Cristina Barros e Joaquim Santos, funcionários do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), conquistaram o 4.º lugar no “Primeiro Passeio Pedestre Inter-Serviços Públicos da Cidade de Leiria”, organizado pelas Obras Sociais do Pessoal da Câmara Municipal de Leiria, no passado dia 8 de Maio. O passeio foi desenvolvido com o objectivo promover um estilo de vida saudável, bem como, o convívio entre os Funcionários Públicos de Leiria, através da realização de um Peddy Paper. O circuito pedonal teve como pontos de passagem obrigatória todos os organismos integrantes da iniciativa, tendo terminado no recinto da Feira de Maio. K

IPL parceiro do BES TO Instituto Politécnico de Leiria é o único instituto politécnico parceiro do Concurso Nacional de Inovação do Banco Espírito Santo. A iniciativa promovida pelo BES tem como objectivo premiar as melhores ideias nos sectores de Recursos Naturais & Alimentação, Clean Tech, Processos Industriais, Tecnologias da Informação e Serviços, Tecnologias da Saúde e Biotecnologia. Inscreva o seu projecto e veja a sua ideia brilhar é o desafio lançado pelo IPL e pelo BES. As candidaturas estão abertas até 30 de Junho. K

Parque Tecnológico de Óbidos cresce TO Parque Tecnológico de Óbidos acaba de ampliar a oferta de espaços de incubação e arrendamento, para empresas nas áreas das indústrias criativas. A par da Unidade do Convento de S. Miguel das Gaeiras, que iniciou a sua actividade em Setembro de 2009, e que cedo viu a sua ocupação lotada, foi criada a Unidade da Quinta da Marquesa, que oferece um conjunto de salas desde os 7,5 m2 até aos 49 m2. Estas estruturas têm como objectivo promover o empreendedorismo e apoiar as empresas, através de condições privilegiadas, que lhes permitam reforçar a sua capacidade de inovação, crescimento e competitividade. A rede de parceiros e o apoio nas áreas de negócio são exemplos das componentes mais relevantes do projecto. K

Avaliação em Leiria 6 As Novas Oportunidades criaram um movimento social sem precedentes na procura de qualificações. A afirmação é de Luís Capucha, presidente da Agência Nacional para a Qualificação na conferência internacional Centro Novas Oportunidades - passaporte para o futuro, organizada pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPL), a 27 de Maio. A iniciativa teve como objectivo ser um espaço de debate sobre os programas de formação ao longo da vida, que analisasse o caminho percorrido até agora e identificasse os desafios para o futuro Nuno Mangas, presidente do IPL, abriu a conferência sublinhando a necessidade de abordar de forma aberta e descondicionada do programa Novas Oportunidades e justificando a pluralidade de contributos como um exemplo de isenção académica. Luís Alcoforado, especialista de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, defendeu que “o programa Novas Oportunidades é um sucesso”, e que apesar de se estar “no bom caminho precisamos melhorar”. José Manuel Silva, da comissão organizadora, defendeu que

Nuno Mangas, presidente do IP Leiria a conferência teve como objectivo “fazer uma análise aos programas de educação e formação para adultos, tentar perspectivar o futuro, perceber o que falta fazer, sugerir caminhos e mudanças a introduzir para responder da melhor forma aos desafios da actualidade e do futuro”. Uma mesa redonda reuniu representantes de diversos Centros Novas Oportunidades, de vários pontos do País, que debateram

os projectos e as práticas e mais de uma dezena de especialistas apresentaram comunicações livres sobre o tema. Richard Thorn, dos Institute of Technology, da Irlanda, perspectivou a educação de adultos e os programas de educação ao longo da vida na Europa, permitindo um olhar especializado e crítico sobre o contexto mais amplo em que se insere a iniciativa Novas Oportunidades. K

IPL estuda estudantes ingressados em 2010/11

Qualidade pesa na decisão 6 O Instituto Politécnico de Leiria acaba de desenvolver um estudo sobre as características dos estudantes que ingressaram no, ano lectivo 2010/11, com o objectivo de conhecer a natureza e motivação dos públicos estudantis da instituição, conhecer o seu percurso escolar anterior, as suas expectativas, a sua proveniência e o seu perfil socioeconómico. Este estudo, permite conhecer melhor os nossos estudantes, ajuda a compreender o seu desempenho futuro a nível académico e delinear estratégias que visem a satisfação dos públicos efectivos, bem como a captação de novos. Responde ainda a um dos requisitos do processo de avaliação e acreditação dos ciclos de estudos. Para o efeito, foi realizado um inquérito aos estudantes que ingressaram nos cursos de licenciatura, no ano lectivo em causa. Composto por quatro secções de resposta fechada, foi disponibilizado online, no início de Dezembro de 2010, tendo o preenchimento sido voluntário. 403 estudantes,

maioritariamente na faixa etária entre os 18 e os 20 anos, responderam ao inquérito, o que representa 13,7% do número total dos ingressados em 2010/11. Entre as principais conclusões, pode-se destacar o facto de 61,3% do agregado familiar dos estudantes do IPL residir em Leiria, ser constituído por 3 a 4 pessoas (69,2%), e os pais terem como escolaridade o ensino básico - 1.º, 2.º e 3.º ciclos - (pai: 64% e mãe: 63,5%), trabalharem por conta de outrem (pai: 44,2% e mãe: 48,6%) e o seu rendimento mensal ilíquido se situar entre os 950 euros e os 1.900 euros mensais (49,1%). A nível do percurso escolar anterior e da escolha do curso, mais de 79% dos inquiridos frequentou estabelecimentos de ensino público, na área dos cursos CientíficoHumanísticos: Ciências e Tecnologias (40,4%), não beneficiou de apoios sociais (82,4%) e foi a primeira vez que se candidatou ao ensino superior (80,9%). Mais de 45% dos estudantes obtiveram “Bom” como nota de candidatura

e 67,5% ingressaram no Instituto através do Concurso Nacional de Acesso. Na escolha do curso consideraram, sobretudo, a vocação e/ou gosto pelas matérias (58,8%) e as boas componentes teórica (57,8%) e prática (50,4%). De entre as motivações para frequência do ensino superior, as opções mais relevantes indicadas foram a realização pessoal (39,7%), seguida da qualificação para exercer determinada profissão (25,3%). Já na origem da escolha do IPL, os estudantes referiram a página Web do Instituto como a fonte de informação mais significativa (36,2%), contribuindo para tal o facto de 62,5% ter computador portátil com ligação à Internet. Outros factores de peso na escolha da instituição foram a proximidade geográfica (58,8%), a qualidade do curso (47,9%) e a boa organização geral (47,1%). Quanto às expectativas, 22,6% dos estudantes pretendem frequentar posteriormente um mestrado e 63,3% já têm uma ideia precisa da actividade profissional que pretendem desempenhar. K JUNHO 2011 /// 011


Protocolo de cooperação

Guarda e Myos assinam 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) assinou no passado dia 14 de Maio um protocolo de cooperação com a Myos-Associação Nacional contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica. Promover a participação conjunta em projectos de interesse comum, bem como elaboração e execução de publicações ou estudos com interesse reconhecido para o ensino, é um dos objectivos gerais do acordo que foi rubricado no decorrer do Forum sobre Fibromialgia, realizado na Guarda, o qual juntou participantes de todo o país. A colaboração em programas de acção conjunta de apoio à comunidade e ao seu desenvolvimento social e cultural é outra das intenções desta parceria que enquadra a realização de acções de formação/sensibilização na área da Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica. A participação dos docentes e

alunos da Escola Superior de Saúde/IPG em iniciativas da MYOS, com regalias idênticas aos seus associados, é outro dos pontos contemplados no texto do protocolo agora assinado. A MYOS - Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica, com sede em Lisboa, é uma associação não médica sem fins lucrativos, vocacionada para a defesa do doente e para o desenvolvimento do co-

nhecimento dos mesmos. Entre outros, tem como objectivos promover a informação daquelas patologias de forma a desmistificá-las perante os doentes e a sociedade em geral; consolidar o respeito pelos doentes que sofrem de fibromialgia; sensibilizar os técnicos de saúde para um trabalho mais eficaz e personalizado a esses doentes e desenvolver acções de solidariedade (www. myos.com.pt). K

De 8 a 10 de Junho no Politécnico da Guarda

Conferência Internacional

6 A Conferência Internacional “Novos Horizontes para a Educação 2011”/ International Conference on New Horizons in Education INTE 2011 vai decorrer na Guarda, de 8 a 10 de Junho, numa iniciativa do Instituto Politécnico da Guarda, em colaboração com a Universidade de Sakarya (Turquia). Apresentar e discutir as novas tendências da educação é um dos principais objectivos deste encontro internacional, que vai decorrer no edifício dos Serviços Centrais do IPG e na Escola Superior de Educação e o qual contará com participantes oriundos da Turquia, Espanha, Reino Unido, Canadá, Brasil, México, Colômbia, Polónia, Lituânia, Irão, Bulgária, China, Letónia, Senegal e Etiópia, entre outros países. O programa inicia-se no dia 8 de Junho com a sessão solene de

abertura que terá lugar no Auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico da Guarda, pelas 10 horas. Seguir-se-á uma conferência pelos professores Collean M. Athans-Sexton e Angel Garcia del Dujo. Durante a tarde do primeiro vão ser apresentadas, na Escola Superior de Educação, em sessões paralelas, algumas das comunicações admitidas para esta conferência internacional. O programa prosseguirá na

manhã de 9 de Junho, com a apresentação de novas comunicações, estando o período da tarde reservado para uma visita dos participantes a alguns pontos do distrito. Para o último dia está agendada mais uma série de comunicações – em sessões paralelas – na Escola Superior de Educação e uma conferência (pelas 11h15) de Jorgen Skaastrup, no Auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico. K

Poliempreende na Guarda

Vencedores conhecidos

6 Uma equipa da Escola Superior de Saúde do IPG, que se candidatou à oitava edição do concurso Poliempreende, conquistou, recentemente, o primeiro prémio do concurso regional de ideias de negócio com a apresentação de uma peça para doentes ostomizados. 012 /// JUNHO 2011

Criatividade, inovação e capacidade empreendedora destacaram o projecto destes estudantes das outras equipas candidatas ao prémio regional de negócios. A equipa galardoada com o primeiro prémio é constituída pela docente Maria João Almeida Nunes e pelos estudantes do

3º ano do curso de enfermagem (1º ciclo) Guilherme Filipe Santos Rodrigues e Rui Manuel Correia Antunes. Com a atribuição deste prémio – que ocorreu em Coimbra – foi dado mais um passo para que a equipa possa chegar à final deste concurso. K

Extintores

Citeve ensina a utilizar 6 O Citeve Alimentar inicia no próximo dia 15 de Junho, na Covilhã, o curso “Combate a incêndios - Utilização de Extintores”. A formação destina-se a equipas de combate a incêndios nas empresas, técnicos de Higiene e Segurança no Trabalho, responsáveis de condomínios e outros interessados em deter conhecimentos na correcta utilização de extintores.

No final do curso os formandos deverão Identificar classes de fogo e respectivos agentes extintores, e realizar um correcto manuseio do extintor. Com a frequência deste curso a sua empresa terá pessoas habilitadas no combate a incêndios utilizando meios de primeira intervenção - extintores, dando cumprimento à Lei n.º 102/2009. K

ESTH promoveu ExpoEspanha

que as funções vitais se mantenham estáveis ou pelo menos atrasem o tempo em que os danos se tornem irreversíveis. K

T Na Escola Superior de Turismo e Hotelaria/IPG, em Seia, realizou-se nos dias 3 e 4 de Maio uma iniciativa denominada ExpoEspanha. Com esta actividade pretendeu-se divulgar a língua e a cultura espanholas a par da promoção da própria Escola Superior de Turismo e Hotelaria, integrada no Instituto Politécnico da Guarda. O programa incluiu exposições, demonstrações gastronómicas, apresentação de jogos tradicionais bascos, concurso de pintura, um workshop sobre danças típicas da Andaluzia e um concurso sobre língua espanhola, entre outras actividades. K

Suporte Básico de Vida T Com o intuito de fornecer competências nesta área o Instituto Politécnico da Guarda, através do Gabinete de Formação Cultura e Desporto, e conjuntamente com a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, promoveu no passado dia 26 de Maio amanhã uma acção de formação sobre Suporte Básico de Vida. Esta actividade decorreu no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. O Suporte Básico de Vida envolve uma série de procedimentos e técnicas a realizar, que visam garantir

Seminários de Matemática TO VI Ciclo de Seminários de Matemática realiza-se na Escola Superior de Tecnologia e Gestão/ Instituto Politécnico da Guarda, no próximo dia 6 de Junho. Esta iniciativa pretende mostrar à comunidade escolar, e ao público em geral, a relevância da Matemática em muitos aspectos da nossa vida. Nesta sexta edição, para além de temáticas ligadas ao ensino da matemática, vão ser abordadas ligações da matemática com a informática, as finanças e o desporto. Os seminários decorrem entre as 11h e as 18h30 e o seu programa detalhado pode ser conhecido em: https://sites.google.com/site/smatzeitgeist/. A entrada é livre. K

Simpósio de computação TA Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda realizou, no passado dia 4 de Junho, o I Simpósio do Mestrado em Computação Móvel. Esta iniciativa teve por objectivo a apresentação e discussão de alguns dos trabalhos científicos que têm sido realizados pelos alunos do Mestrado em Computação Móvel. K

www.ensino.eu


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Passagem de modelos

Moda à moda da Esart 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco realizou, no passado dia 20, o seu desfile de moda. O Desfile apresentou cinco colecções de cada um dos alunos finalistas da licenciatura em Design de Moda e Têxtil, desenvolvidas sob orientação da designer de moda e docente do IPCB Alexandra Moura. O desfile envolveu, para além dos alunos daquela licenciatura, estudantes dos outros cursos da escola. As músicas do desfile foram criadas pelos alunos do 1º ano do curso de Música Electrónica e Produção Musical, sob a orientação do docente José Alberto Gomes, e a cenografia ficou a cargo dos alunos do 2º ano do curso de Design de Interiores e Equipamento, sob a orientação da docente Cláudia Conduto. De referir que a Esart é hoje uma instituição de ensino bem alicerçada na rede do Ensino Superior Artístico, que tem merecido o reconhecimento unânime de várias individualidades e instituições. O seu objectivo é o de preparar artistas e técnicos altamente qualificados nas áreas da Música e Artes do Espectáculo por um lado, em Design e Artes Aplicadas por outro, numa perspectiva de integração artística e técnica numa mesma escola. K

Portalegre apresenta exposição

A Europa em cartoon’s 6 O Instituto Politécnico de Portalegre tem patente, de 7 de Junho a 14 de Julho, no espaço de exposições dos Serviços Centrais, a exposição Europa em cartoons. A iniciativa é promovida pelo Centro de Informação Europe Direct do Alto Alentejo. A mostra apresenta cartoons originalmente publicados na imprensa nacional e internacional, posteriormente compilados na publicação comemorativa dos 50 anos do Tratado de Roma. No ano em que se assinala o 25º aniversário da adesão de

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Portugal à União Europeia são retratados momentos de humor e sátira, resultantes de um olhar crítico, atento às principais evoluções na Europa nos últimos anos, mas que ao mesmo tempo enaltecem o melhor que a sociedade europeia tem – consciência dos princípios da democracia, liberdade de expressão e participação do cidadão em todo o processo evolutivo das instituições. Paulo Almeida Sande, director do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, explica que “rir é o melhor remédio... sobretudo

para falar de coisas sérias. Porque no fundo só se pode levar a sério quem sabe rir de si mesmo...especialmente em tempos de crise”. Também Margarida Marques, chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal, explica que “há várias formas de comemorar o 25º aniversário da adesão de Portugal à UE. Comemorar mostrando a diversidade na forma de fazer humor é uma maneira interessante e original de o fazer”. A entrada na exposição é gratuita. K


Investigação na ESACB

A cultura da alface 6 Os primeiros resultados de uma investigação que está a ser efectuada no IPCB/Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB), em parceria com a indústria, indicam que a utilização de mantas de protecção do solo fabricadas pela empresa Multifibras, do Tortosendo, tem um efeito positivo na cultura da alface, na época Primavera-Verão. De acordo com a análise de resultados do primeiro ensaio, a docente do IPCB Maria Paula Simões verificou um efeito positivo na utilização da manta na produção de alfaces, em especial na cultivar Joliac, que obteve um peso médio de 920 gramas por alface com a utilização da manta e apenas 752 g/alface na situação de solo nu. As mantas testadas são um produto concebido pela empresa Multifibras, com base na utilização de desperdícios da indústria têxtil, e a utilização desta protecção do solo na produção hortícola e frutícola dispensa a realização das operações de manutenção do solo com o objectivo de combate às infestantes e

que frequentemente compreendem a utilização de herbicidas. Nesse sentido, a utilização das mantas é, também, um método mais ecológico. Para avaliação do efeito da manta instalou-se um ensaio, no sector de horticultura da ESACB, com duas modalidades – com manta e sem manta – e duas cultivares de alface – Joliac e Vesuve – num total de 16 canteiros de 3 m2 de área útil cada. A semente das cultivares utilizadas foi oferecida pela empresa Monsanto e as plantas foram produzidas gratuitamente pela empresa Brasplanta. A plantação realizou-se em 16 de Março de 2011 e a colheita decorreu de 4 de Maio a 26 de Maio, tendose obtido um peso médio que variou entre 541 e 562 g/alface, na cultivar Vesuve, e 752 e 920 g/alface na cultivar Joliac, respectivamente para as modalidades sem manta e com manta. O projecto, que tem como investigador responsável a docente Paula Simões, foi desenvolvido no âmbito do estágio curricular da aluna Adriana

Marques do curso de licenciatura de Nutrição Humana e Qualidade Alimentar (1º ensaio) e que irá contemplar 2 a 3 ensaios com esta cultura, em épocas distintas de plantação. De referir que a produção obtida neste ensaio foi comercializada maioritariamente na ESACB. K Publicidade

JUNHO 2011 /// 015


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Consórcio Europeu com Empresas

Tomar cria laboratório

Soluções à medida

Tomar na alta roda

6 Ouvir os empresários e encontrar soluções à medida dos seus problemas, com base nas novas tecnologias, é o objetivo do LINE.IPT, um laboratório do Politécnico de Tomar que tem em carteira encomendas de protótipos até 2013. A funcionar desde 2010 no Tecnopólo do Vale do Tejo, em Abrantes, o Laboratório de Inovação Industrial e Empresarial (LINE.IPT) fomenta a incorporação de tecnologia e inovação pelas empresas, numa lógica de investigação aplicada e a partir de um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) orientado para as áreas de mecânica, eletrónica, automação e robótica. Clara Amaro, coordenadora da Oficina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento do IPT, referiu que este laboratório surge para “dar respostas às necessidades de desenvolvimento de novos produtos e processos” das empresas da região, usando os recursos humanos do Instituto Politécnico de Tomar. Um trabalho que na prática traduz-se na criação e teste de novas soluções (protótipos), cuja tecnologia ainda não foi criada pelo mercado. “O objetivo é o de reforçar e promover a competitividade das empresas e fortalecer as respetivas competências científicas e tecnológicas através da colaboração com os centros de Investigação e

Desenvolvimento”, concretizou. Pedro Granchinho, do departamento de Engenharia Eletrotécnica, referiu que o trabalho desenvolvido é feito numa “lógica da investigação aplicada e não de âmbito fundamental, fabricando soluções tecnológicas à medida” das necessidades dos empresários e das suas empresas. “Apenas cinco por cento da investigação feita em Portugal é em investigação aplicada e, desta, apenas um por cento chega às pessoas e aos empresários”, acrescentou Bruno Chaparro, do departamento de Engenharia Mecânica, tendo afirmado que o LINE.IPT não tem hoje capacidade de resposta para todas as solicitações. “Os empresários não estavam habituados a que as instituições de ensino tivessem uma postura

tão efetiva e hoje a relação é de uma grande cumplicidade e interajuda”, observou, tendo referido que a Associação Empresarial de Santarém vai investir 750 mil euros para criar um clone do LINE. IPT no futuro parque industrial do Cartaxo e assim dar cobertura a todo o distrito de Santarém. De entre os projetos já desenvolvidos destacam-se trabalhos de consultadoria técnica como controlos da geometria tridimensional dos cascos dos catamarans, o desenvolvimento de apoios de suspensão e motor para automóveis, um motociclo elétrico bimotor multifuncional, um cortador de pedra por fio duplo, um concentrador solar e um posto de venda móvel elétrico de gelados, para circular em praias e praças. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Associação Europeia de Universidades avalia

Setúbal em alta 6 O Instituto Politécnico de Setúbal esteve em processo de avaliação internacional de 24 a 29 de Maio, por parte da Associação Europeia de Universidades. No final da visita, a equipa apresentou oralmente os resultados preliminares da avaliação, os quais são indicativos do desenvolvimento do IPS de acordo com a missão e os objectivos traçados nos seus documentos estratégicos. Para o presidente do IPS, Armando Pires, “ a avaliação internacional constitui um marco muito importante na estratégia de afirmação da qualidade do Instituto no plano nacional e internacional”. As avaliações da EUA foram feitas com base num relatório de auto-avaliação institucional e em reuniões com membros da direcção do IPS e das suas Escolas Superiores, com representantes dos 016 /// JUNHO 2011

6 A candidatura do Instituto Politécnico de Tomar a um Consórcio Europeu Erasmus para a Formação e Estágios Profissionais (International Programme for Training IPT) acaba de ser aprovada pela Agência Nacional PROALV/ Comissão Europeia. A cerimónia oficial de lançamento do CONSÓRCIO ERASMUS IPT, terá lugar a 8 de Junho, pelas 17 horas, no Campus do IPT em Tomar e contará com a participação dos parceiros, assim como da Agência Nacional PROALV. O Consórcio ERASMUS IPT engloba o Instituto Politécnico de Tomar e diferentes tipos de organizações, empresas e instituições de ensino superior nacionais

e europeias, que irão trabalhar em conjunto com o objectivo de facilitar estágios profissionais, curriculares e extracurriculares, a estudantes ou profissionais das organizações envolvidas, sendo financiado pelo Programa Erasmus, da União Europeia. São seus objectivos fundamentais a promoção da visibilidade internacional de empresas, regiões e instituições e a promoção da mobilidade e da cidadania europeias. Num momento crítico da história nacional e decisivo para a construção europeia, o Instituto Politécnico de Tomar encontra-se, desta forma, na primeira linha da luta pelo desenvolvimento e a internacionalização. K

Setúbal

EST faz Dia Aberto 6 O Dia Aberto da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal decorre a 18 de Junho, das 10 às 17 horas. A iniciativa destinase à população em geral e tem como objectivo aproximar a escola da comunidade envolvente e divulgar as suas áreas de actuação, bem como promover o debate sobre o mercado de trabalho na área das engenharias. “Parece-nos importante dar a conhecer junto da comunida-

de envolvente as actividades que desenvolvemos e promover o debate sobre a importância da engenharia na sociedade, abordando este ano a questão da empregabilidade”, explica a organização. Durante o dia os participantes têm acesso a diversas actividades, como o Simulador de voo, Jogos de Engenho, Ateliers e Laboratórios abertos à comunidade e Espaço de divulgação da oferta formativa. K

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estudantes e ainda com parceiros externos, tendo como grande objectivo verificar a capacidade que as instituições têm de definir uma estratégia institucional, de a implementar e de a avaliar. O Programa de Avaliação Institucional da EUA visa melhorar as práticas de gestão e os procedimentos para a garantia da qualidade da instituição. A avaliação é realizada do ponto de

vista da própria instituição de forma a garantir por parte dos avaliadores uma boa compreensão do contexto institucional que lhes permita fazer recomendações com vista a aumentar a eficácia dos processos de gestão interna e os mecanismos de qualidade. É pois formativa e orientada para o futuro já que coloca a ênfase no desenvolvimento da instituição. K

Valdemar Rua ADVOGADO Av. Gen. Humberto Delgado, 70 - 1º Telefone: 272321782 6000 CASTELO BRANCO


IPB

Beja com ideias inovadoras 6 Dois projectos, com origem no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), participaram, no concurso Movimento Milénio, uma iniciativa do jornal Expresso que procura respostas para o futuro de Portugal em quatro grandes áreas: Democracia, Negócios, Cidades e Consumo. Ambos os projec-

tos com base no IPBeja, “Plante uma horta sem sair de casa” e “Uma aplicação para quem sofre de Alzheimer”, estão a concurso na categoria Negócios. O primeiro projecto, da responsabilidade do docente Luís Luz, dos alunos André Mira, Nelson Lopes, Raúl Santos, Rodrigo Filipe

e Tiago Nunes, de Engenharia Agronómica, e dos alunos Sara Biscaia e João Cavalaria, de Engenharia do Ambiente, apresenta uma ideia inovadora de aluguer de hortas à distância e gestão da mesma a partir da internet. O segundo, dos alunos Fábio Carreto e Ricardo Valadas, de Engenharia

Informática, propõe criar uma aplicação para dispositivos móveis, especialmente pensada para apoiar os doentes de Alzheimer: uma memória auxiliar sempre à mão, com exercícios, agenda, lembretes, sistema de localização em caso de emergência, entre outras funcionalidades. K

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Curso de Inglês em Beja T O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), através do Centro de Línguas e Culturas (CLC-IPBeja), vai abrir um curso intensivo de inglês, para jovens entre os 13 e os 18 anos, que decorrerá de 20 de Junho a 22 de Julho nas instalações do IPBeja. O curso, com a duração de 30 horas, tem as inscrições abertas até ao próximo dia 6 de Junho. As aulas decorrerão às segundas, quartas e quintasfeiras, das 18 às 20h. Os interessados poderão fazer a sua inscrição para o endereço de correio electrónico do CLC –IPBeja: clc@ipbeja.pt A propina do curso é de 80 euros para filhos de funcionários docentes e não docentes do IPBeja e 100 euros para o público em geral. K

Seminário em Beja T A Comissão Técnico – Científica e Pedagógica do Curso de Serviço do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) realizou, no passado dia 20 de Maio, um seminário “A Produção de Conhecimento em Serviço Social”. O evento, decorreu no Auditório da Escola Superior de Educação (ESE) e teve como objectivos: promover a partilha de experiências de investigação em Serviço Social; Reflectir e debater a formação, a investigação e a intervenção

em Serviço, Social; Contribuir para a construção do conhecimento em Serviço Social. K

Oficina de Marketing T O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) promoveu, no passado dia 31 de Maio, uma oficina de formação de Marketing. A iniciativa, da responsabilidade do IPBeja – Empreendedorismo, estrutura do Centro de Transferência do Conhecimento (CTCo), destinou-se a todos os alunos do IPBeja, sendo a entrada gratuita. K

Aldeia de Querença T A Fundação Manuel Viegas Guerreiro está a seleccionar, até 9 de Junho, licenciados e/ou mestres de cursos ministrados pela Universidade do Algarve, nas áreas de Agronomia, Biotecnologia, Design, Marketing e Comunicação, Turismo (Animação Turística), Economia ou Gestão de Empresas, Ambiente (Engenharia do Ambiente ou Biologia) e Arquitectura Paisagista, para integraram, como participantes, a equipa de projecto-piloto “Da Teoria à Acção – Empreender o Mundo Rural” que visa procurar soluções para revitalizar a zona da freguesia de Querença no concelho de Loulé. Os participantes deverão envolver-se na vida da aldeia e da freguesia. K

JUNHO 2011 /// 017


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ESALD faz aniversário

Politécnico de Viseu

O Dia do Civil 6 O Departamento de Engenharia Civil da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu acaba de organizar uma nova edição do Dia do DEC, um evento anual de promoção e abertura do Departamento de Engenharia Civil à comunidade, designadamente alunos e ex-alunos da escola, técnicos e profissionais do sector da construção. Para esta edição o tema escolhido foi Escavações em Ambiente Urbano. A abertura do evento esteve a cargo de José Costa, vice-presidente da instituição, José Alberto Ferreira (presidente da escola) e de

Paulo Costeira (director do Departamento). A primeira apresentação esteve a cargo de Topa Gomes (professor auxiliar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), que utilizou algumas obras da construção do Metro do Porto como exemplos brilhantes da utilização de poços elípticos em escavações. Seguidamente, João Falcão, presidente do Conselho de Administração da empresa Tecnasol FGE - Fundações e Geotecnia, S.A., mostrou como a utilização das mais recentes tecnologias geotécnicas permitiram ultrapassar vários

problemas associados à reabilitação do túnel do Rossio, em Lisboa. Já durante a tarde, Jorge Almeida e Sousa (professor Auxiliar na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra), abordou as diferentes abordagens no que respeita ao projecto de túneis em meios urbanos. A última apresentação esteve a cargo de Paulo Natário, director geral da empresa Rodio Portugal, S.A.. A sua larga experiência de obra permitiu-lhe mostrar o estado da arte relativamente às diversas soluções existentes para a execução de obras geotécnicas em ambiente urbano. K

Espectáculo em Viseu

Sabor dos Trópicos 6 O Núcleo de Apoio ao Estudante Estrangeiro do Espaço Lusófono do Instituto Politécnico de Viseu acaba de organizar um espectáculo denominado Ao Sabor dos Trópicos, aberto a toda a comunidade académica e sociedade envolvente, que englobou as vertentes de Poesia, Prosa, Música, Teatro e Dança. Aos presentes foi proporcionada uma simbólica degustação de iguarias lusófonas. A Poesia e o Teatro chegaram pela mão do Publicidade

018 /// JUNHO 2011

Teatro da Academia, com textos de Vinicius de Moraes, Olinda Beja, Luandino Vieira, Agostinho Neto, José Eduardo Agualusa, Corsino Fortes, José Craveirinha, Fernando Sylvan, Crisódio Araújo, Luís Mourão, Eduardo Boal, Eugénio de Andrade, Chico Buarque, Manuel Bandeira. A Prosa foi verbalizada por Leandro Carlos, aluno angolano da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. A palavra de Paulo Santos, irreverente e repleta

de técnicas narrativas, retratounos o “Zépovito”, vivência diária de um vulgar cidadão angolano, em Luanda ou em qualquer outra parte do território. João Pedro Simões, um dos 15 finalistas do concurso Operação Triunfo, foi o portador da Música com Tarde Demais, o seu primeiro trabalho discográfico e inteiramente de sua autoria. A dança esteve a cargo de três grupos de Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. K

T A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) do IPCB comemorou, dia 7 de Junho, o seu 63º Aniversário como Escola de Enfermagem e 10 anos como Escola Superior. A cerimónia deste ano foi dedicada ao tema “Envelhecimento Activo e Saudável”. Do programa científico constaram duas conferências, uma proferida por Alexandre Castro Caldas, director do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica, sobre a «Plasticidade Cerebral ao longo da vida», e outra por Teresa Almeida Pinto, Presidente da Associação VIDA, sobre «Cidades Amigas dos Idosos», cujo projecto coordena. A cerimónia incluiu ainda a entrega dos diplomas aos finalistas da Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação e a entrega do Prémio ao Melhor Trabalho «Conceitos de Saúde: a sua representação artística», apresentado pelas Escolas Secundárias. K

M23 em Torres Novas T A Escola Superior de Educação de Torres Novas promove o Concurso Especial Maiores de 23 anos, destinado a candidatos com idade igual ou superior a 23 anos, e terão que realizar prova escrita de Português (carácter obrigatório) e Cultura Geral ou Matemática (carácter facultativo). As inscrições terminam a 8 de Julho e podem ser feitas na secretaria. As provas decorrem entre 18 a 22 de Julho de 2011. K

Viseu dá prémio em Civil T O prémio melhor aluno de Engenharia Civil do Departamento de Engenharia Civil da Estg de Viseu, edição de 2009-2010, foi

atribuído à ex-aluna Mariline Paiva Silva. O Prémio anual, designado por “Prémio melhor aluno de Engenharia Civil do DEC”, tem por objectivo agraciar, em cada ano lectivo, o recém-finalista do Curso de Licenciatura em Engenharia Civil da ESTGV que tenha obtido a maior classificação média final. O Prémio é constituído por duas componentes: um objecto simbólico do acto e um estágio patrocinado pela empresa Rosas Construtores, SA. K

Curso de Verão na ESECB T A Escola Superior de Educação de Castelo Branco vai avançar com cursos de Verão, na área das línguas. Assim serão ministrados os cursos de Língua e Literatura Espanhola (Nível B1), Learn English through Children’s Books (B1 level) e Fun+English+Kids (8-10 anos) e Fun+English+Kids (1112). As inscrições devem ser feitas na Escola Superior de Educação de Castelo Branco. K

Alunos da Appacdm convivem em Viana TAs crianças da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Viana do Castelo - usufruíram de uma actividade de “eco-canyoning”, um desporto radical que conquistou, desta vez, um papel adicional aos vários que já desempenha na sua função, o de se assumir como acção de “turismo educacional”. “A iniciativa foi um sucesso”, revela Pedro Bezerra, coordenador da Licenciatura em Desporto e Lazer do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. K


No ar

Concurso de bandas na Universia 6 O concurso de bandas universitárias do Universia decorre até ao dia 15 de Julho em http://urock.universia.pt e conta este ano com a parceria do Hard Rock Cafe e da CidadeFM e novos jurados: Ana Hernandez – Managing Director da Universal Portugal, Joaquim Fonseca – Music Manager da agência Glam e, Flávio Sequeira - Music Director da Cidade FM. Os vencedores terão a oportunidade de tocar ao vivo no Hard Rock Cafe Lisboa, e participar numa competição internacional, onde poderão ganhar um prémio de 3.000 euros. Em 2010, os “Meu e Teu” foram a banda vencedora do U>Rock, com o tema “Erros Estratégicos”. A banda prepara neste momento o lançamento do primeiro álbum intitulado “Aquela Cidade” e vão actuar ao vivo no Hard Rock Cafe Lisboa dia 5 de Junho. Para participar é necessário que todos os membros tenham mais de 18 anos e que pelo menos um destes esteja a frequentar um curso universitário. Além disso, as bandas não podem ter nenhum álbum publicado (à excepção dos auto-editados) e/ ou contrato discográfico ou editorial em vigor. O estilo de música limita-se ao pop-rock e é imprescindível ter um repertório próprio mínimo de pelo menos 25 minutos de duração. K

Prémios Desporto SAS-IPL 2011

Leiria ganha mais 6 O Instituto Politécnico de Leiria assinalou o final da época desportiva com a organização de uma iniciativa onde distinguiu e homenageou os seus estudantes-atletas. Este ano, aquela que era conhecida como Gala de Desporto IPL, organizada pelos Serviços de Acção Social, passou a ser denominada por Prémios Desporto SAS-IPL, tornando a iniciativa

mais informal e mais próxima dos seus desportistas. Nuno Mangas, presidente do IPL, lançou o repto: “vocês que elevam o nome do Instituto, que se empenham no que fazem, tragam os vossos colegas, amigos e conhecidos, façam com que o deporto do IPL continue a crescer cada vez mais”. Entre os presentes nesta iniciativa es-

tiveram o Presidente do IPL, Administrador dos SAS, Directores das Escolas, Presidentes e Representantes das Associações de Estudantes, Presidente da Federação Académica de Leiria, Presidente da Federação Académica de Desporto Universitário (Fadu), o responsável pelos serviços médicos do IPL, bem como, os atletas das cinco Escolas do Instituto. K

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JARDIM DE INFÂNCIA OGÁ-MITÁ

Projeto “Folclore Português no Jardim de Infância” 6 Este projeto nasceu na Escola “Oga Mitá”, denominação indígena para “Casa da Criança”. A Escola está sediada na cidade do Porto e assume uma filosofia pedagógica que promove a interculturalidade, alicerçada no respeito pelos valores e costumes de todas as culturas, nomeadamente pelas tradições e pelo folclore do País de origem dos nossos alunos. O património cultural de Portugal constitui um elemento muito importante da sua identidade, que merece ser preservado e vivido. Permitir aos nossos alunos o contato com a tradição musical, os contos que têm passado oralmente de geração em geração, a gastronomia, as manifestações festivas, os elementos etnográficos é uma forma de os aproximar da sua identidade de grupo enquanto País com história e, sobretudo, um meio para aproximar gerações e outras formas de ver e entender o mundo. Afinal, a tradição não é estática mas, dinâmica, adapta-se aos tempos e necessariamente se transforma. A turma mista de 4/5 anos, depois de ter Publicidade

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“investigado” sobre várias culturas de outros continentes, durante o decorrer deste ano letivo, decidiu voltar ao continente europeu. Agora que já traziam na “bagagem” muitas curiosidades sobre outras “paragens” quiseram saber mais sobre o próprio País, nomeadamente sobre a zona norte. Afinal o que é típico do norte de Portugal? Ao investigar descobriram uma música/ dança tradicional do Minho e Douro – “O Regadinho”, que acharam muito interessante. Quiseram aprender a cantá-la e a dançar e convidaram a Professora Márcia, de Música para apoiar esta aprendizagem. Depois de trabalharem com a Professora de Música e com as educadoras Paula e Joana tiveram uma ideia! Era interessante mostrar aos pais esta nova competência “artística” e dar-lhes, assim, a conhecer um aspeto típico do folclore português. Assim, surgiu a sugestão de convidar os pais para almoçar connosco. O entusiasmo foi tal, que decidiram também preparar acessórios para que o momento de apresentação da dança contemplasse outros pormenores importantes

no que diz respeito aos trajes típicos. De acordo com a pesquisa que as crianças concluíram (através da consulta a livros, à internet e a entrevistas aos avós), resolveram fazer e decorar um lenço para adornar a cabeça das meninas e fazer e decorar faixas para os meninos colocarem na cintura. No grande dia, chegaram os pais muito curiosos pois no convite enviado não estava identificado o espetáculo, apenas a referência a uma surpresa. A apresentação de dança pelas crianças

foi divertidíssima, um prazer absoluto para elas, para os pais e para a equipa da Escola! E pelo apoio da prática artística e pedagógica se contribuiu para a promoção do conhecimento e do respeito das nossas tradições. Equipa Oga Mitá – Turma 4/5 anos (2010/2011). K Leonarda Lopes _ Andreia Gonçalves _ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _


Um em quatro alunos são analfabetos funcionais

Londres em estado de alerta

Ano Internacional da Química 2011

6 Um em cada quatro alunos residentes em Londres é quase analfabeto funcional quando deixa o ensino primário, revela um estudo divulgado no final de Maio pela imprensa britânica. O estudo, publicado pelo diário vespertino londrino Evening Standard, revela também que um em cada cinco estudantes sai do ensino secundário sem conhecimentos suficientes de leitura e de escrita, situação que abrange igualmente um milhão de profissionais adultos que trabalham na capital britânica. A nível nacional, cinco por

cento dos adultos ingleses têm um nível de alfabetização equivalente a uma criança de sete anos ou menos idade, indica o estudo, da responsabilidade da investigadora-chefe da fundação pública National Literacy Trust, Christina Clark. A investigação envolveu 18 mil estudantes de 111 escolas britânicas. Perto de 40 por cento das crianças de 11 anos que completam o ensino primário e transitam para o secundário têm níveis de alfabetização que correspondem normalmente aos escalões etários

entre os seis e os nove anos. O estudo indicou também que uma em cada três crianças residentes em Londres não têm em casa qualquer livro, mas 85 por cento dos menores com idades compreendidas entre os oito e os 15 anos possuem uma consola de jogos e perto de 81 por cento têm telemóvel. O problema do analfabetismo infantil é particularmente significativo em Londres porque, entre outros aspectos, existem muitas crianças originárias de famílias de imigrantes que apreendem o inglês como o segundo idioma. K

Castelo Branco de ouro e prata 6 O Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco acaba de conquistar o primeiro e o segundo lugares no Concurso “Marie Curie, uma mulher pioneira na investigação científica”, promovido pela Ano Internacional da Química 2011 e pela Universidade da Beira Interior. Na iniciativa participaram 64 equipas de escolas de vários distritos. A equipa vencedora, constituída pelas alunas Margarida Matos, Maria do Carmo Loureiro e Patrícia Afonso, produziu um filme sobre a vida e obra de Marie Curie. Na segunda posição ficou a equipa composta pelas alunas Beatriz Coelho, Madalena Antunes e Mariana David, que

também produziu um pequeno documentário televisivo sobre Marie Curie. As duas equipas foram coordenadas pela docente Florinda Baptista e apoiadas na produção dos conteúdos pela docente Teresa Condeixa. Os trabalhos vencedores serão divulgados no Boletim da Sociedade Portuguesa de Química. Este prémio vem juntar-se a outros já obtidos nos últimos anos pelo grupo disciplinar de Físico-Química, como os vários primeiros lugares nas Olimpíadas da Química Júnior (fase regional). Já este ano obtiveram um sexto lugar nas finais nacionais das Olimpíadas da Química, que decorreram em Vila Real. K

www.ensino.eu

DREC assina acordo

Bibliotecas ganham portal 6 A Câmara de Castelo Branco, os agrupamentos e escolas do concelho, a rede de bibliotecas escolares e a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) acabam de assinar um protocolo de cooperação com vista ao desenvolvimento de actividades comuns. A criação de um portal na internet comum às bibliotecas escolares do concelho e à biblioteca municipal é um dos objectivos do acordo. Esse portal, assegura Carla Fernandes, da DREC, apresentará um

catálogo colectivo das bibliotecas escolares e municipal do concelho de Castelo Branco. “Queremos promover o desenvolvimento de redes de informação comuns”, disse aquela responsável. O objectivo do acordo passa por colocar a trabalhar em rede todas as bibliotecas escolares do concelho e a biblioteca municipal, no sentido de se promover uma melhor gestão dos recursos. Joaquim Morão, presidente da autarquia, reforçou a ideia de se

“terem que rentabilizar os recursos existentes. Temos que articular as bibliotecas das escolas com a municipal, de forma a que os equipamentos permitam o desenvolvimento de acções conjuntas. A situação do país obriga a que haja mais concentração e rentabilização dos meios disponíveis”. Castelo Branco possui uma das mais modernas municipais do país, e um parque escolar que o Ministério da Educação já classificou como de excelência. K

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crónica salamanca

Universidad de la Experiencia 6 Lo que comentamos era impensable hace una generación, y desde luego un sueño en toda la historia precedente. Hablamos de la presencia de personas mayores en las aulas universitarias, de hombres y mujeres ya jubilados que se matriculan y siguen un programa formativo específico, pensado para ellos, con plan de estudios, actividades complementarias, horarios, profesores universitarios. La participación aislada de algún jubilado, o persona de más de 55 años, matriculada en una carrera determinada de régimen regular, era hasta nuestros días un hecho puntual y raro, pero se producía. Era exótico ver convivir en un curso de Historia del Arte, por ejemplo, a un señor de 60 años con jóvenes en su mayoría de 20 años. Hoy no lo es tanto, y se sigue produciendo. No es un fenómeno masivo, pero es cada vez más habitual observar que personas ya jubiladas se matriculan en una licenciatura de hebreo, historia o filología hispánica, empresariales o derecho, por citar sólo alguna de las situaciones que conocemos. Es más, la ley contempla en España programas de acceso a la universidad para mayores de 25 años, para mayores de 45 años, con pruebas diferenciadas, y donde el factor experiencia laboral comienza a ser reconocido con un valor añadido de carácter formativo. Por lo tanto, comienza a ser cada vez más habitual encontrar en las aulas universitarias a personas de cierta edad compartiendo esfuerzos y estudio con otros compañeros mucho más jóvenes. Este fenómeno, que es universal, es consecuencia de varios factores, que ahora no explicamos con calma. Pero uno de ellos,

sin duda, viene con el cambio tan profundo que se produce en las concepciones sobre la posibilidad de aprender a lo largo de la vida (long life learning). Hace un par de generaciones era frecuente leer manuales de Pedagogía (que se conservan en las bibliotecas) donde se defendía que el proceso educativo prácticamente concluía hacia los 20 años, o que se reducía a los años de infancia y juventud. Hoy sabemos bien que las neuronas se renuevan, y que podemos aprender siempre que dispongamos de capacidad biológica para ello, y se den las condiciones sociales y pedagógicas oportunas. Pero nos referimos ahora más en concreto a las Universidades de la Experiencia, que se ha convertido en nuestras sociedades avanzadas en uno de los fenómenos educativos más destacados de nuestro tiempo, y en todo el mundo. Es cierto que con variantes, y no con una sola modalidad de universidad de la experiencia. Entre nosotros ha nacido en la última década del siglo XX, y ha alcanzado a día de hoy un espectacular dinamismo. La gran mayoría de nuestras universidades cuenta con un programa de “Universidad de la experiencia”, y se ha convertido en un referente de las personas de más de 55 años (algunos han llegado a participar con 90 años). Además de la explicación de tipo pedagógico que mencionamos antes, hay que contemplar aquí el hecho colectivo de la jubilación de las personas en muy buenas condiciones físicas, o con calidad de vida, y a la numerosa presencia de hombres y mujeres en edad longeva. Hay que referirse a jubilaciones masivas, incluso prejubilaciones, a

un fuerte peso demográfico de este sector, a intereses políticos en atender convenientemente a estas personas por razones evidentes. Es decir, se ha producido la confluencia de diferentes circunstancias que han facilitado la aparición y continuidad de programas educativos de atención a personas mayores, con cierta salud y disponibilidad de tiempo libre, y desde luego ganas de aprender y relacionarse. ¿Qué buscan y encuentran las personas mayores en un programa como el de la Universidad de la Experiencia? Muchos tratan de mejorar su nivel cultural medio, puesto que no tuvieron la oportunidad de disfrutar del beneficio de una formación reglada prolongada cuando eran niños o jóvenes. Muchos desean mantener vivas sus neuronas y continuar aprendiendo, mantenerse intelectualmente activos. Otros desean también socializarse, encontrar o cultivar nuevas relaciones a través de la cultura y las aulas, salir de casa, participar en actividades complementarias. La gama de situaciones es amplia, y existen razones para todos los gustos, todas ellas legítimas. Estamos hablando de miles de personas que en toda España vienen participando en programas de educación de personas mayores que cada universidad organiza, si bien todas cuentan con pautas pedagógicas y organizativas que se aproximan. Hablamos de decenas de sedes de universidades de la experiencia (solamente en la Universidad de Salamanca recordamos las de Avila, Arévalo, Zamora, Benavente, Toro, Béjar, Ciudad Rodrigo y Salamanca), que funcionan coordinadas, y que a su vez lo hacen con otras universidades de la región.

Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt

Además del apoyo académico que proporciona cada universidad (profesores, gestión académica y locales de celebración), este programa suele ser apoyado económicamente por los gobiernos de las Comunidades Autónomas. La razón no es otra que la rentabilidad social y política que obtienen, además del indudable interés ciudadano y educativo que puede suscitar el que se puedan dedicar fondos públicos a personas de todo tipo y condición social mayores de 55 años. Para ello cuentan con el apoyo y el soporte técnico de las universidades. Podemos preguntarnos si se trata de un fenómeno aislado y específico de España, para responder de inmediato que no, que forma parte de ese contexto pedagógico y social propio de las sociedades más desarrolladas de todo el mundo. Lo evidente es que las universidades han dejado de ser instituciones que sólo acogen a jóvenes, al menos en su dimensión docente. Los mayores van y vienen por los pasillos de las facultades , o son reconocidos con derechos sociales y culturales de tercera generación. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Universidad de Salamanca

La Ingeniería Medioambiental 6 La Fundación Parque Científico de la Universidad de Salamanca ha suscrito un convenio con Natur Futura en la mañana de hoy en el Rectorado por el cual la empresa queda vinculada a la Incubadora del Parque. En la firma estuvieron presentes la vicerrectora de Investigación, Mª Ángeles Serrano, el gerente del Parque, José Miguel Sánchez Llorente, y los fundadores de la compañía, Ana María Serrano Martín y Antonio José Zúñiga. 022 /// JUNHO 2011

Natur Futura es una joven firma del ámbito de la ingeniería medioambiental creada en el 2010 de la mano de dos jóvenes emprendedores, Ana María Serrano, ingeniero técnico agrícola, y Antonio José Zúñiga, técnico superior en gestión y organización de recursos naturales y paisajísticos. Asimismo, el proyecto se constituye apoyado por la Universidad de Salamanca a través del Plan Galileo y con el ánimo de man-

tener la vinculación con las áreas de investigación de la entidad académica negoció su instalación en el Parque. La entidad se ubicará en uno de los laboratorios especializados de la Incubadora del Parque Científico, una vez se inaugure esta infraestructura. “El prestigio, las instalaciones y las posibles sinergias con otras empresas del sector han sido los factores claves que han decido a Natur Futura a

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98

asociarse al Parque”, según afirma su cofundadora Ana María Serrano Martín. La actividad de Natur Futura se centra en la búsqueda de métodos innovadores con los que optimizar, desde el respeto al medio ambiente y a las personas, los resultados del cliente. Sus servicios se desarrollan en cuatro áreas básicas: medio ambiente, sector agropecuario, sector forestal y sanidad ambiental. K

Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


editorial

A escola e a iliteracia digital 7 A escola continua a ser o lugar mais privilegiado para a divulgação e a utilização didáctica e crítica das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Por isso mesmo, torna-se imprescindível que os docentes sejam formados e motivados para uso dessas novas tecnologias, concebendo-as como instrumentos que devem interagir com os projectos pedagógicos a desenvolver com os alunos. Todavia, é importante reconhecer que, apesar da assumida necessidade de incluir todas as novas tecnologias no processo educativo, uma boa escola continua a ser o que sempre foi: um espaço em que aprendentes e educadores se encontram, num ambiente que estimula a auto estima e o desenvolvimento pessoal e que oferece janelas de oportunidade para o sucesso num mundo que gira em contra ciclo, ao promover o egoísmo, o individualismo e a concorrência desregrada. É que não há nenhuma solução tecnológica que seja capaz de in-

duzir o milagre de transformar um espaço pobre em relações humanas num lugar interessante e adequado para gerar a construção de um cidadão com sólidos valores morais e com uma ética de respeito para com os princípios da democracia e do humanismo. Vivemos num novo milénio que pretende reconfigurar a sociedade, atribuindo-lhe um novo formato centrado em novas formas de receber e transmitir a informação, o que implica uma busca interminável do conhecimento disponível. Para alcançar tal objectivo, imputa-se à escola mais uma responsabilidade: a de contribuir significativamente para que se atinja o que se convencionou designar por analfabetismo digital zero. Para tal, a educação para a utilização das TIC precisa ser planeada desde o jardim-de-infância. Sem preconceitos ou desnecessárias coacções, sem substituir atabalhoadamente o analógico pelo digital, mas sim reforçando a capacidade cognitiva dos alunos e guiando a descoberta de novos horizontes.

Este novo movimento de ruptura não deve representar a eliminação ou a fictícia substituição dos meios de comunicação de massa tradicionais. O que há de novo é a necessidade de fazer convergir todos esses meios num processo integral de formação do indivíduo, capacitando-o para descodificar as mensagens que lhe saltam em cada canto e cada esquina da sociedade do conhecimento. Esse movimento deve ser capaz de preparar os jovens para serem leitores críticos e escritores aptos a desenvolver essas competências em qualquer dos meios suportados pelas diferentes tecnologias. Hoje, não basta que o aluno só aprenda a ler e escrever textos na linguagem verbal. É necessário que ele aprenda a “ler” e a “escrever” noutros meios, como o são a rádio, a televisão, os programas de multimédia, os programas de computador, as páginas da Internet e, até, o telemóvel… Por tudo isso, as novas tecnologias da informação e comunicação devem obrigar à alteração dos currículos escolares e a modifica-

ção da formação e actuação do professor, que se deve sentir obrigado a actualizar-se em relação às TIC, de forma a acompanhar a dinâmica de obtenção de informação e de transformação desta em conhecimento. Nesse processo, a educação à distância assume-se como um indispensável complemento do ensino presencial, enquanto modelo de comunicação educativa que permite superar distâncias e ampliar o acesso ao conhecimento. Os jovens foram os primeiros a descobrir que as novas tecnologias da informação e da comunicação implicam inúmeras possibilidades de aprender. Para eles há muito que elas deixaram de ter um estatuto de menoridade e de simples auxiliar da apreensão do conhecimento. Os estudantes olham-nas como outras formas de aprender que implicam a mudança dos modos de comunicação e dos modos de interação nos grupos de pares. Importa, pois, ter consciência que este novo mundo facilita o trabalho docente, mas também acrescenta angústia e complica a

vida do professor. Este, para além de necessitar possuir um conhecimento específico da área científica que lecciona, deverá também ser capaz de identificar nas tecnologias digitais as múltiplas linguagens favorecedoras da apreensão da realidade. Não é fácil, mas é esta é a contribuição que as novas tecnologias podem oferecer para a consolidação de um mundo mais solidário, desde que a sociedade o queira integrar de uma forma crítica e eticamente incontestável. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt

Primeira coluna

O que pode mudar no superior… 7 As instituições de ensino superior portuguesas preparamse para enfrentar um dos seus maiores desafios dos tempos recentes : melhorar os seus indicadores de qualidade em áreas como a investigação, a internacionalização, a formação inicial e pós-graduada, ou a implementação efectiva do Processo de Bolonha. Desafios que terão que ser desenvolvidos e alcançados num clima de dificuldades económicas, pelo que também caberá às instituições saberem gerar recursos financeiros próprios para o seu melhor funcionamento. O novo Governo liderado por Passos Coelho deve incentivar as próprias instituições fazê-lo. No seu programa eleitoral, o PSD aborda alguns pontos que merecem dos agentes educativos alguma reflexão. Numa primeira linha surge a adaptação do processo

de Bolonha às reais necessidades do País e da economia global, no sentido de promover uma maior empregabilidade no final do 1º ciclo de formação; e adaptação da própria carreira docente a esses mesmos objectivos. Na generalidade das instituições de ensino superior, os cursos já estão adaptados, mas falta alterar procedimentos, não só junto dos alunos, mas e, sobretudo, junto da classe docente, promovendo uma maior interacção entre quem ensina e quem aprende. Passos Coelho pretende também evitar a duplicação de ofertas formativas. Mas pretende fazê-lo “dando primazia às instituições de referência e especializando instituições com menor massa crítica a nível nacional”. Uma opção que certamente vai ter que ser discutida e analisada, até porque não é em 20 ou

30 anos que se criam instituições de referência, e porque o desenvolvimento do país e o acesso ao saber e ao ensino superior não deve ser colocado em risco, sobretudo no interior do país. O ensino superior é responsável pelo maior avanço que essas regiões alguma vez tiveram. Permitiram fixar quadros qualificados, criar novas empresas e, acima de tudo, garantiram o acesso ao saber que antes estava vedado a quem tinha dinheiro ou estava perto das poucas universidades que existiam. E dinheiro é que vai começar a faltar às famílias portuguesas. Outra das propostas de Passos Coelho vai no sentido de “promover a mobilidade interna e externa de docentes, com o objectivo de incentivar a mudança e a fixação para novas zonas de ensino superior”.

No financiamento das instituições poderão surgir mudanças importantes. O programa eleitoral do PSD prevê a atribuição de dotações para a investigação básica limitada a certas instituições; e dotações para investigação aplicada limitada com “Match Funding” (jogos de financiamento) de empresas e associações sectoriais. Mas prevê também a atribuição de prémios para o nível de internacionalização (alunos e docentes) e para a presença em listas de referência internacionais. A empregabilidade dos cursos, a nível nacional e internacional, passará a ser outro factor a ter em conta, o mesmo sucederá com a ligação ao tecido empresarial. É claro que estas são as propostas já tornadas públicas e que, necessariamente, deverão ser alvo de um amplo debate

com as instituições. As dificuldades que o País atravessa colocam mais responsabilidade a quem decide, mas não devem constituir uma desculpa para que se decida mal e se coloque em risco a coesão nacional e o livre acesso ao saber. Portugal deve saber potenciar-se como um todo, e não apenas como uma parte. Só assim teremos um país competitivo e desenvolvido, apoiado num ensino superior de qualidade…K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: A lo largo de este mes hemos estado reflexionando, en nuestro centro, sobre el problema del cambio de las personas como fundamento del cambio más amplio que tratamos de conseguir. Nuestra misión como educadores se basa en la producción del cambio, y, por eso, nunca debemos perder de vista que “la vida es cambio” y que debemos promover la dinámica del cambio allá donde actuemos. Ahora bien, una de las condiciones inexcusables para que lleguemos a producir el cambio es el desarrollo y promoción de la flexibilidad de las personas. La flexibilidad personal se define como la capacidad de cada uno para adaptarse bien a las circunstancias en que vive, incluyendo las situaciones más problemáticas que le pueden sobrevenir. En otras palabras, podría decirse que se trata de la habilidad para manejar las difi-

cultades y los altibajos de la vida sin ser superada/o por ellos. Entendida de esta manera, la flexibilidad se sitúa en el polo opuesto del estrés. Nuestras ideas y reflexiones giraron en torno a la necesidad de promover la flexibilidad en nuestros alumnos, pero también, y de manera prioritaria, de promoverla en nosotros mismos, si es que realmente queremos constituir una comunidad de aprendizaje. Como sabes, la comunidad de aprendizaje se basa, fundamentalmente, en el sentido de la convivencia. Pero la convivencia no puede concebirse desde la rigidez y la intolerancia. En cambio, la flexibilidad, la tolerancia, el diálogo, el respeto por las personas y por sus opiniones, etc., son los pilares sobre los que se asienta. Como comunidad de aprendizaje, estamos dispuestos a trabajar para conseguir un fun-

cionamiento lo más eficaz posible. Esta disposición se basa en nuestra convicción de que la flexibilidad de las personas es un proceso que nos ha de llevar a una mejor adaptación de cara a la adversidad, a cualquier conflicto o tragedia, a las amenazas e, incluso, a las fuentes significativas de estrés. Sólo desde nuestra capacidad de adaptación conseguiremos superar todos los obstáculos que, con seguridad, surgirán en nuestro propósito de convertirnos en una auténtica comunidad de aprendizaje. Estamos convencidos de que esta apuesta por la flexibilidad personal, tanto de los profesores y demás miembros de la comunidad educativa, como de los alumnos, nos llevará a todos a conseguir un mejor estado de salud psicológica individual y colectiva. Sabemos que habrá momentos duros que nos harán vivir experiencias difíciles. Pero la superación de estos momentos,

supondrá, sin duda, una mejora de nuestra calidad de vida tanto desde el punto de vista personal como profesional. Por otra parte, hemos asumido que la flexibilidad no es un rasgo de las personas que se tiene o no se tiene, sino que implica comportamientos, pensamientos y acciones que pueden aprenderse y que cada uno puede desarrollar. Esto quiere decir que partimos del hecho de que todos tenemos que aportar lo mejor de nosotros mismos para conseguir nuestro propósito. Por eso, nos hemos propuesto comenzar el próximo curso incrustando en el curriculum educativo un programa de desarrollo de la autoestima con la finalidad de que todos aprendamos a descubrir nuestras fortalezas y debilidades y pongamos en marcha todos los mecanismos necesarios para obtener lo mejor de nosotros mismos y ponerlo a disposición de la comunidad de

aprendizaje. Como puedes ver, estamos volviendo siempre sobre lo mismo: lo importante es la persona. Necesitamos, por tanto, reconvertir nuestra actuación y pasar de dar importancia a los contenidos a dar importancia al desarrollo de las personas. Sabemos que es sencillo plantearlo, pero es difícil conseguirlo. No obstante, nuestro ánimo está, en este momento, centrado en hacer que sea una realidad. No nos asusta el tiempo porque queremos cumplir ese objetivo. Si no podemos hacerlo el próximo curso, seguiremos trabajando… Como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

Reordenamento da Rede do Ensino Superior

Configuração actual da rede 7 Durante a primeira década de 2000, o ensino superior privado foi perdendo terreno, em consequência da diminuição do número de candidatos e do crescimento de vagas no ensino público. É durante este período que se assiste ao encerramento de inúmeras instituições privadas. Com a integração, a partir de 2001, das Escolas Superiores de Enfermagem e de Tecnologias da Saúde nos Institutos Superiores Politécnicos ou nas Universidades (casos em que não existiam institutos) e a sua consequente passagem a Escolas Superiores de Saúde, a rede de ensino superior público vai-se consolidando e ganhando os contornos que actualmente apresenta. Sob a tutela exclusiva do Ministério da Educação (actualmente Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), as escolas superiores de Lisboa, Porto e Coimbra, criadas em 2004, mantêm-se autónomas, passando a integrar as diferentes

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escolas de enfermagem existentes em cada uma daquelas cidades. Actualmente, a rede é constituída por 34 instituições de ensino superior, repartidas por 13 universidades, 1 instituto universitário (ISCTE), 15 institutos politécnicos e 5 escolas superiores autónomas. O número de vagas disponibilizado pelo sector público aumentou consideravelmente nesse período, correspondendo esse crescimento a 11,1% (2000 – 46.965; 2010 – 52.183). Contudo, esse crescimento não foi igual em todo o território, sendo mais acentuado no litoral, ou próximo do litoral, em particular nos grandes centros urbanos, o que levou a uma perda do número de candidatos, e por consequência a uma diminuição do número de vagas, nas instituições do interior do país. Tendo em conta a colocação por distritos e regiões autónomas

durante o período em referência, verificou-se uma redução da taxa de colocação na maioria dos distritos do interior do país, à excepção dos distritos de Vila Real e de Castelo Branco. Todavia, o aumento do número de candidatos colocados neste último distrito, resulta do crescimento verificado na Universidade da Beira Interior, que evoluiu de 658 em 2000, para 1176 em 2010. Já o Instituto Politécnico de Castelo Branco viu diminuir o número de candidatos colocados de 842, em 2000 para 662 no último ano. Apesar das 53.410 vagas disponibilizadas, na 1ª fase de candidatura, em 2010, apenas 45.598 candidatos foram colocados e destes só 40.267 efectuaram a matrícula. Sublinhe-se ainda que, da oferta formativa em 2010, constituída por 586 cursos, 175 tiveram menos de 20 candidatos colocados e, destes, a grande maioria (105), teve menos de 10.

Advirta-se, contudo, que depois das colocações das 2ª e 3ª fases e com o preenchimento das vagas sobrantes do regime geral pelos candidatos que possuam um curso de especialização tecnológica (CET) e pelos maiores de 23 anos, o panorama do preenchimento das vagas disponíveis melhora sensivelmente. À forte concentração da oferta nas instituições do litoral, ou perto deste, não será indiferente a ausência de uma política de redistribuição harmoniosa e equilibrada de cursos e vagas, capaz de promover a mobilidade interna dos estudantes e assegurar o desenvolvimento económico e social de todo o território nacional. Pelo contrário, a tutela tem permitido que as instituições em que se verifica maior procura e preencham as vagas na 1ª fase do concurso, possam criar mais vagas para a 2ª fase. Esta situação tem levado a que alunos ma-

triculados, na 1ª fase, em instituições do interior do país sejam colocados noutras instituições, em prejuízo daquelas. Apesar de, ao longo da última década, o crescimento do número de vagas no ensino politécnico ser mais acentuado relativamente ao ensino universitário e de ambos os subsistemas leccionarem actualmente a licenciatura e o mestrado, não é menos verdade que a taxa de preferência pelas instituições universitárias é de 66% (34.107) contra 34% (17.739) das instituições politécnicas. Sublinhe-se que em 2010 o peso da distribuição dos candidatos colocados foi de 59% (26.925) no subsistema universitário e de 41% (18.673) no subsistema politécnico. K Fonte: Sítio da internet da DGES (Direcção Geral do Ensino Superior)

Fernando Raposo _


bocas do galinheiro

Sidney Lumet, o desaparecimento de um homem lúcido 7 Já a filmografia de Sidney Lumet me era familiar quando vi no pequeno écran o seu filme de estreia, “Twelve Angry Men” (12 Homens em Fúria, 1957), uma inspirada adaptação da conhecida peça de Reginald Rose, que Franklin J. Schffner já tinha levado à televisão. Aparentemente simples, à história deste filme não será alheia a evolução do cinema deste prolífero realizador que, como muitos da sua geração se iniciou na então emergente televisão. Como escreveu Olivier-René Veillon no seu “Cinema Americano – Os anos Cinquenta”, “doze jurados, que representam aspectos diferentes da sociedade norte-americana, encerram-se para deliberar, em suas almas e consciências, da culpabilidade ou inocência de um adolescente acusado de ter morto o pai. Notemos neste ponto que a parábola atinge a alegoria, pois o tema do parricídio associa-se intimamente à acusação de ‘actividades antiamericanas’, do crime contra a pátria, contra o pai severo, cuja punição consiste em obrigar os filhos a confessar publicamente a sua falta…O espaço da

ficção estrutura-se assim em redor do isolamento de cada um dos jurados, que está confinado num mundo irredutível ao espaço fechado da peça e cujas dimensões contraditórias perpassam através da sala de deliberações. Os fundamentos ideológicos da convicção de cada um deles decompõem-se gradualmente e gradualmente vão aflorando as razões de uma adesão que está inscrita mais na história do sujeito que no seu livre arbítrio. Lee J. Cobb representa, implicitamente, e depois explicitamente, a crise do rompimento com o filho, a paixão afectiva em que reside a sua paixão ideológica. O fulcro deste espaço ficcional é ocupado por um centro vazio, pela personagem encarnada por Jack Warden, cuja preocupação é não perder o jogo para o qual já comprou bilhete e que deseja acabar o mais rapidamente possível, seja por que maneira for, com o que, para ele, não passa de uma enorme maçada. Sentado no topo da mesa, em frente do presidente e à esquerda de Henry Fonda, é ele o grau zero da consciência ideológica, o nãosujeito por excelência, o represen-

tante desse pântano sempre pronto a aliar-se à tendência dominante e que nas democracias como a norteamericana faz as maiorias. A sua decisão, a meio do filme, faz mudar a opinião dos jurados e permite que aqueles que estão convencidos por Henry Fonds e não acreditam na culpabilidade do réu constituam uma maioria. Se Jack Warden é o fulcro desta perfeita construção retórica, Henry Fonda é o seu arquitecto – e é efectivamente essa a profissão que na ficção ele tem – e os seus argumentos não são ideológicos, antes se situam no terreno dos factos e da sua verosimilhança intrínseca, para mostrar bem o fundamento ideológico de toda e qualquer convicção, e particularmente daquelas que parecem as mais seguras. O formidável processo de intenções desencadeado pelo senador McCarthy é assim denunciado no seu mais insidioso aspecto, que o faz aplicar a realidades impalpáveis, puras suposições que encontraram nos meios do cinema umas vítimas antecipadamente designadas.” Sidney Lumet aborda os mais variados géneros nos quais revela

a sua capacidade de encenação e de direcção de actores. Mas é no chamado filme negro, no drama social e no policial que o talento do realizador em descrever o complexo mundo suburbano e os seus ambientes marginais melhor se apreendem, através da criação de atmosferas carregadas de drama e de angústia. Estão neste selecto grupo filmes como “Serpico” (1973) e “Um Dia de Cão” (1975), ambos com Al Pacino no protagonista, duas abordagens da problemática da violência e da actuação policial numa grande cidade como Nova Iorque, filmada por Lumet vezes sem conta, “Escândalo na Televisão” (1976), uma sátira ao ponto a que a manipulação televisiva pode chegar, que perdeu o Oscar para Rocky (God bless us, diria o outro), merendo no entanto a dupla de actores a estatueta dourada, Peter Finch e Faye Dunaway, “O Veredicto” (1982), um filme na linha do tradicional filme de tribunal onde se destaca a interpretação, do nomeado para o Oscar, Paul Newman ou uma incursão pelo mundo de Agatha Christie em “Um Crime no Ex-

presso do Oriente” (1974), com um elenco de luxo onde sobressaem Lauren Bacall, Ingrid Bergman, Sean Connery, Anthony Perkins e Albert Finney como Poirot. Em 2007 dirigiu o seu último filme “Antes que o Diabo Saiba que Morreste”, com Philip Seymour Hoffman e Ethan Hawke. Numa filmografia extensa, de quase 50 filmes, muitos são os que ficam por citar e que decerto mereciam. Segundo o crítico David Thomson, Lumet “consegue extrair performances poderosas dos actores principais e foi uma das figuras mais importantes da cena cinematográfica de Nova Iorque”. Apesar de quatro nomeações para o Oscar de melhor realizador, nunca mereceu a atenção da Academia que lhe atribuiu um Oscar honorífico em 2005 o qual mereceu o seguinte comentário do director:” eu sempre quis uma coisa destas. Raios vos partam eu merecia!”. Sidney Lumet morreu no passado dia 9 de Abril, em Nova Iorque. Tinha 86 anos. K Luís Dinis Rosa _ Joaquim Cabeças _

opinião

Crónica de uma derrota anunciada 7 Escrevo esta crónica na véspera de saber quem irá perder as eleições para a Assembleia da República, que será lida após sabermos todos quem as ganhou. Quando de tal me deram conta (da saída iminente deste número do Magazine), brincava eu, escrevendo estes versos, cantando o desencanto: O BELISCO O obelisco foi finalmente removido do rim direito do escrutinado ministro. Contas feitas – o que, por acaso, duvido – valeu a pena mas não valeu

o risco. Para quem era tão duro de ouvido, por se lhe ter suicidado o bicho, do clamor não deu pelo ruído e agora vai-se por apenas um belisco. Então não tem outro rim, o ministro? É surdo? Deixa, nós tratamos disto! Emerjo assim do calor efervescente da campanha para pouco mais do que pedir tremoços. É a vida.

Os protagonistas, aqueles que querem ser aquilo para o qual não estão a concorrer, não falam para quem os escuta. Falam como se ambos estivessem ao telefone em diálogo de surdos ou como dois intervenientes numa partida de ténis, alternando o volar conforme vai decorrendo o jogo. Ouve já de tudo: os gatos arranhando por dentro o saco onde estão metidos, mas cujas culpas são semelhantes quanto à serapilheira que escolheram; as atoardas reveladoras de comportamentos mais ou menos marginais, mas proferidas com ares de fino recorte; e, enfim, o palavreado chocho de quem afinal inscreveu

no próprio programa apenas o título e a assinatura. Agora é que é, dizem uns a propósito da ingerência estrangeira; connosco será diferente apesar de o programa ser idêntico, reclamam os outros. Por mais que batam o pé e gritem inocência quando ao descalabro político, social e económico a que o nosso país chegou, só em tal poderá acreditar quem ainda não sofreu na pele o que está para vir ou queira fazer a catarse do oásis, que também não é nada que não tivesse sido já prometido. Da Inflamação dos discursos à inflamação das gargantas vai um

passo. De tudo isso há-de resultar a irritação dos tímpanos de quem ouve. A irritação de todo o corpo virá depois, quando os trabalhadores, os reformados, os desempregados, os carenciados de cuidados médicos, os jovens, etc., forem chamados a pagar a factura. Em última análise, serão estes os derrotados destas eleições. Depois do dia cinco, valerá a pena lembrar António Aleixo e dizer: Vós, que lá do vosso império/prometeis um mundo novo, / calai-vos que pode o povo/querer um mundo novo a sério. K João de Sousa Teixeira _ teijoao@gmail.com

JUNHO 2011 /// 025


julieta ferreira em entrevista

Carta a um ex-amante 7 Julieta Ferreira foi tradutora, intérprete e professora de Língua e Cultura Portuguesa, na Austrália, nos anos oitenta. Nas memórias da Austrália fica também o trabalho desenvolvido numa organização governamental, onde ajudou a integrar crianças de várias nacionalidades nas escolas. Actualmente a viver em Portugal, encontrou na escrita um meio de realização pessoal. O mais recente romance, Carta a um ExAmante, é nas suas palavras «uma narrativa intimista onde muitas mulheres se revêem, uma “carta” de despedida, para exorcizar um amor que talvez não tenha chegado a ser.»

mulheres. É uma escritora do feminino? Esta pergunta tem-me sido feita de maneiras diferentes e sempre que a oiço sou levada a reflectir. Serei? Não gosto de me classificar ou definir como tal, e ainda menos, ver-me espartilhada, confinada a um determinado tipo de escrita. Sou adversa a rótulos e não me identifico com nenhuma escola literária, em particular. É claro que me projecto, enquanto pessoa do sexo feminino, em tudo o que escrevo. Gosto de retratar a mulher talvez por me sentir mais segura, mais confortável, por saber mais sobre as mulheres do que sobre os homens. Contudo, não é possível haver uma personagem isolada de um contexto e da relação que mantém com outras personagens. Até ao meu mais recente romance, trilhei um determinado caminho na escrita. Estou a afastar-me dele. Sinto que estou a alargar-me. Só assim poderei crescer como autora.

“Carta a um Ex-Amante” é o seu mais recente romance. Como é que define o livro? O que define qualquer romance? Caberá ao autor ou aos leitores defini-lo? Em relação a este meu livro, tenho recebido várias definições e todas elas se enquadram nas leituras que os leitores fazem e isso é muito interessante, até curioso, porque ao escrevêlo, não me apercebi de certos aspectos. Alguns têm-lhe chamado “romance epistolar” e ainda há os que discordam. Os comentários, que tenho recebido, são unânimes ao definilo como uma narrativa intimista em que a personagem feminina desnuda a sua alma para exorcizar um amor que talvez não tenha chegado a ser. A dúvida é constante, assim como o desencanto, a solidão, os silêncios, a procura de algo, a inquietação. Todos os sentimentos e pensamentos são expostos de uma forma realista que transcende as regras mais convencionais. É uma “carta” em que muitas mulheres se revêem embora nunca tenham tido a coragem para a escrever. Foi mesmo isso que pretendi. Dar voz a essas mulheres e falar do que fica encoberto, o não dito nas relações mais íntimas. Ao contrário do que se possa julgar, não é um romance de amor. Nos anos oitenta, emigrou para a Austrália onde trabalhou como tradutora e intérprete e, mais tarde, leccionou Língua e Cultura Portuguesa na Universidade de Queensland. Que memórias guarda desses tempos na Austrália? São memórias dualistas. Por um lado, vivi uma experiência fantástica, de grande enriquecimento cultural e humano. Convivi e trabalhei com pessoas de vários países e diferentes ideologias, expandi os meus conhecimentos e cresci como pessoa e ser social. Tive também a oportunidade de ensinar a minha língua e a minha cultura, num meio onde muitos não sabiam da existência de um país chamado Portugal e outros ainda o confundiam com a Espanha. Isso devolveume, em parte, o que havia deixado para trás e deu-me grande satisfação. Por outro lado, senti-me sempre deslocada e desenraizada, numa sociedade onde não pertencia. O isolamento, a solidão e a saudade eram constantes e o desejo de regressar às minhas

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Na sua opinião, a literatura portuguesa está atravessar um bom momento?

Direitos reservados H origens era obstinado e urgente. Quando viveu na Austrália defendeu a causa dos imigrantes e refugiados pela inclusão na sociedade Australiana. Em que consistia esse trabalho humanitário? Trabalhei numa organização subsidiada pelo governo australiano para dar acesso e integrar crianças de várias nacionalidades, nas diferentes instituições escolares. Para isso, visitava as famílias recentemente chegadas e analisava cada caso, fornecia informação, estabelecia contactos com várias agências estatais, fazia o acompanhamento no processo de inscrição nas escolas e depois trabalhava com os respectivos educadores, com vista a uma maior sensibilização e aceitação das diferenças culturais, linguísticas e religiosa. Apresentei muitos workshops e seminários abordando a temática do multiculturalismo e discriminações raciais e culturais. Foi uma experiência muito gratificante.

de emigrar, costumava escrever uma espécie de diário – um caderno de capa preta – onde ia anotando as minhas reflexões e vivências, uma observação crítica do mundo à minha volta. A minha escrita teve sempre esse lado reflectivo, de ponderação e análise. Não tenho cursado filosofia ou psicologia, gosto, no entanto, de enveredar por esses caminhos inquietantes e fascinantes da mente e dos comportamentos humanos. Depois, durante a longa ausência de Portugal, a escrita ajudoume a superar a solidão, era uma companhia, também um meio de me sentir mais perto, através da língua. Num dos meus regressos a Portugal, em 2005, surgiu a motivação para a escrita do meu primeiro romance de carácter autobiográfico – Regresso a Lisboa – que veio concretizar um sonho muito antigo: publicar um livro! A partir daí, não tenho parado. A escrita tem sido um meio de me encontrar e uma grande realização pessoal. No seu blogue tem um texto intitulado Confidências de uma Mulher Apaixonada. A paixão tem sido o motor da sua escrita?

Começou a escrever quando? A leitura e a escrita têm-me acompanhado desde muito cedo. Só comecei a publicar em 2006, já muito tardiamente. Contudo, esse “bichinho da escrita”, como eu lhe chamo, esteve sempre comigo e não me tem largado. Durante os meus anos de docência, antes

Sem dúvida! A paixão esteve também na base da minha carreira de docente, é o motor da minha vida, de tudo o que faço, dos projectos em que me envolvo. No meu entender, só assim é possível viver-se e criar-se. Nos seus romances as protagonistas são

Não sei como devo interpretar esta questão porque não estou certa sobre o que define um bom momento na literatura de qualquer país. Será o número de escritores? Será o número de obras publicadas? Será a qualidade ou falta de qualidade do que se lê? Será a projecção a nível internacional? Tudo muito complexo e problemático porque nunca se escreveu tanto em Portugal e nunca houve tantos autores a editarem os seus trabalhos. Assim como tantas editoras a proliferarem, por toda a parte. É muito fácil, hoje em dia, publicar-se um livro, quer esse livro tenha qualidade ou não, porque surgiram muitas editoras pequenas que se dedicam a editar autores desconhecidos do grande público e nos quais as grandes editoras não apostam por já terem uns tantos autores de nomeada que lhes dão lucro. É tudo uma questão comercial e, algumas vezes, não entra em conta fazer-se chegar ao leitor uma obra de qualidade. Infelizmente, as pessoas ainda estão habituadas a procurar livros através do nome das editoras mais conhecidas, com maior poder mediático, ou dos autores de que já ouviram falar ou viram na televisão. Os outros, mesmo que tenham qualidade, ficam esquecidos. A Poesia também faz parte do seu percurso enquanto escritora. Qual é a análise que faz da sua poesia? A poesia tem feito parte de uma determinada procura, a nível intimista. Tem servido para dar voz a estados de alma e a certos momentos, especialmente aqueles mais negros, em que essa forma de escrita era imediata e capaz de transmitir o que me propunha, de maneira mais directa e mais satisfatória do que a prosa. Não tenho pretensões a considerar-me uma poetisa de grande valor e sei que


não será por aí que me definirei e alcançarei algum êxito como autora. É, acima de tudo, uma poesia muito sentida, muito sofrida, muito sincera. Possivelmente, e sem querer encaixar-me em nenhuma corrente literária, tem algumas influências de Florbela Espanca. Mas, sem dúvida, prefiro escrever romances. Quais foram os escritores e as leituras que a influenciaram na sua juventude? Quando criança, devorava os livros de aventura de Enid Blyton. Esse tipo de narrativa fazia voar o meu espírito e esquecia-me da realidade. Mais tarde, não consegui ficar insensível à poesia lírica de Camões, ao realismo de Cesário Verde, às pinceladas burlescas e cáusticas de Eça de Queirós e ao romantismo de Almeida Garrett. Anos depois, seria Fernando Pessoa a maravilharme e a deixar-me perdida na teia do seu multifacetado engenho. Sebastião da Gama impressionou-me imenso com a inovação pedagógica tão bem explanada no seu Diário e apaixonei-me pelas suas ideias quanto ao ensino. “O Delfim” de José Cardoso Pires e “Aparição” de Virgílio Ferreira foram duas obras que me marcaram bastante. Sartre e Camus foram também dois nomes que tiveram grande impacto na minha juventude e contribuíram, sem eu talvez me aperceber, para uma determinada forma de pensar que se revela agora na minha escrita. O próximo projecto literário já está em preparação? Nos últimos seis meses tenho estado a escrever um romance baseado numa ideia que começou a formar-se há mais ou menos dois anos. Neste romance, a história evolui em tempos diferentes e pela voz de várias personagens cujos destinos se cruzaram, de forma, por vezes, muito estranha e quase inexplicável. A narrativa aborda a temática do Destino e a sua importância ou não no delinear de qualquer vida. Surgem também o Tempo e a Morte como realidades constantes e incontornáveis, num emaranhado de histórias que se sobrepõem, enquanto as personagens se movimentam em diferentes épocas, com as consequentes implicações sociais, económicas e políticas e seus inerentes condicionalismos. Terminei este projecto em meados de Maio e agora só tenho de esperar que uma editora esteja interessada e aposte em mim e no meu trabalho. Sei que é difícil mas nunca ninguém me viu desistir face a qualquer dificuldade. K Texto: Eugénia Sousa _

gente e livros

Chris Cleave 7 (...) Foi então que comecei a chorar. Não chorei quando mataram a minha irmã, mas chorei quando ouvi a música que vinha do camião dos soldados porque pensei: Esta é a canção favorita da minha irmã e ela nunca mais vai ouvi-la. Acha que sou louca, Sarah? Sarah abanou a cabeça. Estava a roer as unhas. - Toda a gente da minha aldeia gostava dos U2 - disse eu. - Talvez mesmo toda a gente da Nigéria. Imagine só, os rebeldes do petróleo a ouvirem os U2 nos seus acampamentos na selva, e os soldados do governo a ouvirem os U2 nos seus camiões. Acho que andavam todos a matar-se uns aos outros e a ouvir a mesma música. Sabe uma coisa? Na primeira semana que estive no centro de detenção, os U2 também estavam no número um aqui. É uma coisa engraçada neste mundo, Sarah. Ninguém gosta de ninguém, mas toda a gente gosta dos U2. A Sarah tinha as mãos juntas em cima da mesa e não parava de as torcer. Olhou para mim e perguntou-me: - Estás em condições de continuar? Consegues contar-me

como é que escapaste?» In Pequena Abelha Chris Cleave nasceu em Londres, em 1973. Viveu parte da infância na República dos Camarões mas não voltou a esse país. De regresso a Inglaterra, estudou Psicologia Experimental, em Oxford. Antes de se estrear na literatura trabalhou como jornalista, colunista, barman, marinheiro, professor e pioneiro da Internet. O seu primeiro romance, O Incendiário (2005) é um bestseller internacional publicado em mais de 20 países. Venceu o Prémio Somerset Maugham Award e o Prémio Especial do júri dos Prix des Lecteurs. O Incendiário tem como tema o terrorismo e foi adaptado para o cinema. O filme é protagonizado por Ewan McGregor e Michelle Williams. Pequena Abelha, o seu segundo romance publicado em Portugal, também tem a chancela da Editora Asa. Chris Cleave teve a ideia de escrever Pequena Abelha quando era estudante universitário e trabalhou alguns dias, no ano de 1994, num centro de detenção de imigrantes

em Oxfordshire. Do contacto estabelecido com os imigrantes nasceu a convicção de que não é crime ser refugiado e que a prisão daqueles homens e mulheres era injusta. Desse tempo e desses diálogos surge a promessa de escrever um romance sobre o drama dos refugiados. Pelo seu humanismo, Pequena Abelha é um sucesso literário bem merecido. Reconhecido internacionalmente pela crítica e pelo público, o romance liderou a lista de bestesellers do jornal The New York Times. Para além de Incendiário e Pequena Abelha, é também autor dos romances The Other Hand (2008); e After the End of the World (2011). Este último sobre os limites da amizade e a rivalidade desportiva.; e das short stories: Quiet Time; Fresh Water; e Oyster. Chris Cleave vive com a mulher e os três filhos em Londres.

Pequena Abelha. A Pequena Abelha é uma jovem nigeriana, refugiada em Inglaterra, que procura Sarah, a editora de uma revista de moda, no dia do funeral do marido desta. Este é o segundo encontro das duas mulheres. Há dois anos atrás, elas conheceram-se em circunstâncias trágicas, na Nigéria. A Pequena Abelha escapou, graças ao sacrifício de Sarah, à perseguição de um grupo de rebeldes ao serviço das empresas petrolíferas na Nigéria. Agora a jovem nigeriana precisa novamente da ajuda de Sarah: saiu ilegalmente do centro de detenção de refugiados e arrisca ser deportada. Na Nigéria o que é que Sarah perdeu para poder salvar a Pequena Abelha? E o que é que Sarah está disposta a sacrificar para poder ajudar a Pequena Abelha? K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições

Novidades Literárias

7 bertrand. À Caça do Diabo, de Tim Butcher. No trilho de uma antiga viagem do escritor inglês Graham Greene, o jornalista Tim Butcher viajou para a Serra Leoa e Libéria. Numa viagem pelos caminhos da morte, o jornalista faz um relato extraordinário de um país devastado pela guerra, a destruição das milícias, os meninos-soldados e a violência desencadeada pela corrida aos diamantes de sangue. Nas palavras do Prémio Nobel da Paz, o Arcebispo Sul Africano Desmond Tutu «Um relato inspirador do maravilhoso espírito de sobrevivência que caracteriza os seres humanos.»

D. QUIXOTE. Estrela do Mar, de Joseph O`Connor. Decorre o Inverno de 1847. Numa Irlanda martirizada pela injustiça e a calamidade natural, o Estrela do Mar levanta ferro

em direcção a Nova Iorque. A bordo seguem centenas de refugiados, um romancista, um compositor de baladas revolucionárias, uma criada com um terrível segredo e o arruinado Lorde Merridith com a família. Todos perseguem o sonho da Terra Prometida. Mas no navio vai também um assassino à procura de uma oportunidade de vingança. Estrela do Mar retoma as narrativa Marítimas imortalizadas por escritores como Conrad e Melville.

gradiva. Portugal na Hora da Verdade - Como Vencer a Crise Nacional, de Álvaro Santos Pereira. Portugal enfrenta a crise do século. Sofremos o pior crescimento económico médio desde a I Guerra Mundial; a taxa de desemprego mais elevada nos últimos 80 anos; a maior dívida pública dos últimos 160 anos; e a maior dívida externa dos últimos 120 anos. Como chegamos a esta situação? A pensar também nos leitores sem formação em economia, o autor explica de forma clara a actual situação nacional e responde à pergunta que mais inquieta os portugueses: como ultrapassar esta crise? civilização. Os Flamingos Perdidos de Bombaim, de Siddharth

Dhanvant Shanghvi. Um conceituado fotógrafo do jornal The India Chronicle está em Bombaim para retratar a cidade e os seus rostos mais ocultos. Na perseguição de um sonho ambicioso, o fotógrafo Karan Seth vai cruzar-se com Samar Arora, um pianista excêntrico que largou a ribalta, Zaira, uma estela de cinema deslumbrante, e entrar numa relação complicada com uma mulher casada. Mas o crime vai revelar o lado mais negro da cidade.

presença. Nos Meandros da Lei, de Michael Connelly. Mickey Haller é advogado de defesa na cidade de Los Angeles. Habituado a defender traficantes de droga, vigaristas e condutores embriagados é com surpresa que um dia se depara com um cliente que parece reunir todos os requisitos de um homem inocente. E se o seu cliente for mesmo inocente? E se o verdadeiro

assassino andar em liberdade? Um triller poderoso que deu origem ao filme Cliente de Risco.

planeta. Crime e Castigo - no país dos Brandos Costumes (Vol. I), de Pedro Almeida Vieira. Um século depois da abolição da pena de morte em Portugal e 250 anos após a última execução numa fogueira da Inquisição, o autor de romances históricos oferece aos leitores 30 narrativas que relatam crimes históricos em Portugal. Dos crimes passionais ao banditismo, do homicídio aos processos da inquisição, nenhum crime escapa à pena do Escritor. EUROPA-AMÉRICA. São João Paulo II, de Alain Vircondelet. No dia 8 de Abril de 2005, as exéquias fúnebres de João Paulo II eram um acontecimento à escala planetária. Na praça de São Pedro erguem-se cartazes onde está escrito «Santo Súbito». Em pleno século XXI, o povo cristão voltava a reclamar uma beatificação imediata. Alain Vircondelet conta a história de Karol Wojtyla e do processo de beatificação. O homem e o Santo que exortava a humanidade a Não ter medo, e que legou ao mundo uma mensagem de amor, esperança e coragem. K JUNHO 2011 /// 027


Programa definido

Dia de Portugal é pretexto... 3 Se ainda não tem planos para os dias 10, 11 e 12 de Junho, aproveite as comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas e visite o interior do País. Este ano a Presidência da República escolheu Castelo Branco para as comemorações. As iniciativas são muitas e o passeio pode ser aproveitado para visitar outros monumentos como o Jardim do Paço, o Castelo Templário, a Sé Concatedral, ou o Parque da Cidade, entre outros locais. O programa já está praticamente definido. Embora a data seja assinala a 10 de Junho, as actividades começam no dia 8 e prolongam-se

Presidência da República H

até 12 de Junho. Para o dia 9 será feita uma homenagem a Amato Lusitano (10H45), seguindo-se o içar da bandeira e a sessão de boas vindas na Câmara de Castelo Branco, após a qual será inaugurada uma exposição do Museu da Presidência da República. No dia 9 de Junho será também gravada, no Museu Cargaleiro, a mensagem do Presidente da República às Comunidades Portuguesas. Ainda no dia 9, pelas 19H15, será descerrada a placa inaugural da Avenida do Dia de Portugal situada entre o Modelo e a Sub-Estação da EDP, seguindo-se a apresentação de cumprimentos do Corpo Diplomático, no Museu Tavares Proença

Júnior e um jantar. A noite terminará com o Concerto do Dia de Portugal. Actuarão a banda da Força Aérea e o artista Luís Represas com a Sinfonietta de Lisboa, na zona da Devesa, com entrada gratuita. O Dia de Portugal, a 10 de Junho, começará com as cerimónias militares, no campo da feira (pelas 10H00), com a sessão solene, no Cine-teatro Avenida (12H00) e imposição de condecorações. À noite realiza-se um espectáculo com a Banda da Marinha, também na Devesa. Para 11 de Junho está previsto mais um concerto com a Orquestra ligeira do Exército, também na zona da Devesa. K

Prazeres da boa mesa

Bacalhau e Palhas com Caganita de Ovelha e Emulsão de Azeitonas 3Ingredientes p/ o Bacalhau (2 pax): 200 g de Bacalhau Cru Desfiado 2 C.S. de Cebola picada 2 Dentes de alho picados 2 C.S. de Azeite 1/2 Caganita de Ovelha de Alcains 150 g de Batata Palha Preparação: Refogar o alho picado, no azeite, juntar a cebola picada. Quando refogado adicionar o bacalhau, a batata palha e o queijo sem casca, reservando metade da quantidade indicada. Deixar cozinhar por 2 minutos. Enformar o preparado num aro e cobrir com o queijo restante. Levar a gratinar. Ingredientes p/ a Emulsão de Azeitonas Cordovil (2 pax): 60g Azeitonas Cordovil Descaroçadas 3g de Alho

Preparação: Escolher as folhas de salsa, lavar e deixar secar bem. Fritar de seguida em azeite quente. Escorrer em papel absorvente. Preparação/Empratamento: Empratar de acordo com a foto, utilizado todos os elementos, o preparado de bacalhau gratinado, a salsa frita, as fatias de pão ligeiramente torradas e a emulsão de azeitonas. Servir. K

Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo Ô Hotels & Resorts - Termas de Monfortinho

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2g de Coentros Q.B. Vinagre Q.B. Azeite Virgem Q.B de Pimenta preta Preparação: Triturar muito bem todos os elementos até obter uma emulsão

suave e homogénea. Passar pelo chinês fino e rectificar os temperos. Outros Ingredientes: Q.B. de Salsa 3 Tiras de Pão ou Grissinos Q.B. de Azeite para fritar

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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música

pela objectiva de j. vasco

Jennifer Lopez - Love

Alcione “Acesa” em Portugal

3 Um dos nomes mais sonantes da música latina está de regresso com o seu sétimo álbum, que recebeu o nome de “Love”.O seu currículo é impressionante. Ela é cantora, compositora, produtora na área da música e televisão, estilista e actriz. Depois de editar dois trabalhos que não tiveram bons resultados a nível comercial, Jennifer Lopez voltou a encontrar a fórmula certa para o sucesso.A primeira amostra do trabalho foi o tema “ On the floor”, que conta com a participação especial de Pitbull. Trata-se de uma adaptação da “Lambada”, um tema Brasileiro bem conhecido, da década de 90, que voltou para conquistar as Rádios e as pistas de dança. O segundo single deste “Love” é o tema “I´m into you” que tem a colaboração do Rapper Lil Wayne e está actualmente em destaque nos tops de singles em vários Países. Este “Love” tem uma longa lista de colaborações nas 12 músicas do trabalho, a sonoridade do disco está dentro do pop, hip hop e r&b à mistura com a electrónica e influências dos sons latinos, sem esquecer o romantismo habitual da cantora. Os temas fortes são os singles “On the floor”, “I´m into you” e as faixas ”Love” e “Papi”. Nem parece que Jennifer “La bunda” Lopez faz parte da classe dos quarenta, a cantora é uma das mulheres mais bonitas do Mundo, que continua a cantar e a encantar! K

Lady Gaga – Born this way 3 Finalmente chegou às lojas o novo álbum de Lady Gaga, um dos registos mais aguardados dos últimos tempos. O cartão-de-visita, “Born this way”, chegou às Rádios durante o mês de Março, e alcançou recordes de vendas, tendo sido um dos singles mais rentáveis de sempre na música. A segunda amostra do álbum foi o tema “Judas”, que foi editado poucas semanas antes do trabalho chegar às lojas e manteve o percurso de sucesso do seu antecessor. Lady Gaga afirmou por diversas vezes que”Born this way” seria o melhor álbum desta década, elevando demasiado a fasquia e atraindo ainda mais a atenção dos Media.Joanne Stefani Germanotta, mais conhecida por Lady Gaga, é indiscutivelmente um dos maiores ícones da actualidade na música. A sua imagem sempre excêntrica tem ajudado a impulsionar ainda mais a sua carreira. Apesar da boa produção deste trabalho, muito dificilmente será o melhor da década, apesar de incluir vários temas com potencial para serem singles de sucesso. Gaga tentou introduzir várias inovações nos novos temas que apresentam uma sonoridade entre o pop e a música de dança, numa criativa mistura de ritmos. Destaque para os singles ”Born this way”, “Judas” e os temas”Bloody Mary” e “Highway unicorn”. Apesar da qualidade dos temas não ser muito elevada, Lady Gaga vai continuar a ser um dos nomes mais desconcertantes e excêntricos do Mundo da música. K

Moby - Destroyed 3 O Norte-Americano Moby acaba de editar o seu 10º disco, intitulado “Destroyed”. Trata-se de um dos mais conhecidos nomes da música electrónica. No seu currículo podemos encontrar um grande naipe de singles de grande sucesso. Antes da edição do novo registo, Moby disponibilizou na sua página na Internet um EP com 3 temas para dowload gratuito, o que constituiu uma boa amostra do que iria surgir em “Destroyed”. Os novos temas foram gravados utilizando equipamentos analógicos, e as misturas foram feitas por Ken Thomas, numa mesa de mistura de Abbey Road de 1972. As novas composições foram feitas em diversas cidades durante a última digressão do músico, que durante a madrugada tentou passar para a música a sua visão íntima do mundo.Moby continua na mesma linha musical com algumas incursões e surpresas. Aborda a electrónica e chill-out na sua linguagem musical, com ou sem voz. Ao longo das 15 faixas do álbum podemos fazer uma viagem através de várias atmosferas sonoras. Algumas músicas apresentam uma textura suave e outras cheias de ritmo, como é o caso do fantástico “Victoria Lucas”. No que toca aos destaques de “Destroyed”, os temas fortes são”Sevastopol”,”Be the one”, e “Victoria Lucas”. Apesar de alguns altos e baixos na carreira de Moby , ele vai continuar a ser um dos génios criativos da música electrónica. K Hugo Rafael _

3 Portugal recebeu no passado dia 20, no Coliseu de Lisboa, e 21 no Multiusos de Guimarães a voz quente e apaixonante de Alcione com o seu último espectáculo Acesa. A cantora nasceu em 1966 em S. Luís do Maranhão, faz a sua primeira aparição profissional aos 12 anos integrada na Orquestra Jazz Guarani, gravou em 1975. A voz do Samba e em 2009 Acesa. Pelo meio, em quase 40 anos de carreira, ficaram 37 álbuns / CD gravados, o que faz dela uma voz de referência do Brasil, sambista divertida e sempre disponível para o seu imenso público. K

press das coisas Vodafone 858 Android 2.2 3 A Vodafone lançou um novo Smartphone de marca própria, baseado no sistema operativo da Google (Froyo). O Vodafone 858 Android 2.2 vem assim suceder às versões Vodafone 845 e Vodafone 945. Das suas características consta o ecrã de 2,8” ligação 3 G/ HSDPA e Wi-Fi, câmara com sensor de 2 MP, sistema A-GPS, sintonizador de rádio FM e de sensor de proximidade. O Vodafone 858 está disponível nas cores preto e branco. O preço aproximado é de 100 Euros. K

Sony KDL-55 HX 820 3 O KDL-55 HX 820 é o inovador televisor 3D da Sony. Elegante e sóbrio, o ecrã Dynamic Edge LED é fino e de alto contraste. Com qualidade HD total e realista, permite imagens 2D e 3D. Das suas características destaque para as medidas 139 cm/55”; o sistema Full HD com Dynamic Edge LED; MotionFlow XR 400; Wi-Fi; Internet; vídeo e Skype. O sistema Skype permite gravar o programa que se está a ver, bem como efectuar chamadas gratuitas no televisor. Amigo do ambiente, a classificação energética do modelo é A. O preço aproximado é de 2 600 Euros. K

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motor

Monza o Mito c Não pelas razões mais lógicas, nos anos setenta era mais fácil assistir às transmissões televisivas dos grande prémios de fórmula 1 do que hoje. Lembro-me do indicativo da Eurovisão que abria e fechava as grandes transmissões. Lembrome também dos momentos mais dramáticos. O acidente de Roger Williamson em 1973 que provocou a sua morte no circuito de Zandvoort onde se disputava o grande prémio da Holanda. Fazendo uso dos fantásticos nos instrumentos que a Internet nos proporciona, pude rever recentemente o acidente e os minutos de desespero que se viveram, com a heróica atitude do piloto David Purley, tentando resgatar das chamas o seu colega. Não me esqueço também do acidente no Autódromo de Monza em Setembro de 1978, que provocou a morte do grande Ronnie Peterson. Passados alguns anos, e depois de muitos bodes expiatórios, as culpas ficaram do lado do “starter” da corrida. O grande prémio de Itália desse ano foi a primeira corrida onde se usou o semáforo em substituição do antigo método que consistia em baixar a bandeira do país como sinal para a partida. Com o novo sistema o “starter” precipitou-se e accionou o semáforo de partida an-

Mercedes lança Grand Edition T A Mercedes-Benz acaba de apresentar, em Portugal, uma edição especial do GL, denominada «Grand Edition». O novo modelo apresenta mais requintes que os seus antecessores, como faróis escurecidos, grelha do radiador com lamelas pretas brilhantes, um novo pára-choques dianteiro com LED de condução diurna integradas, jantes de liga leve em cinzento Himalaya, ou estribos em alumínio com aplicações em borracha No interior surgem os bancos em pele de duas tonalidades, os pedais desportivos em aço inoxidável, o volante em pele e madeira de freixo preto e a «Grand Edition» na consola central. Por 123 mil 351 euros pode ser seu. K

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Se passou, Ronneipeterson 1978 tes que os últimos carros da grelha estivessem imobilizados. Assim a parte traseira do pelotão chegou à primeira “chicane” com muito mais velocidade que os pilotos da frente, provocando este aparatoso acidente que também feriu gravemente o piloto Vittorio Brambilla, atingido na cabeça por um pneu que se soltou do carro de outro concorrente. Mais de 30 anos depois, temos

Novo DS chega este mês T O novo Citroën DS4 vai ser comercializado em Portugal a partir do próximo dia 18 de Junho. Para já, o DS4 apresenta duas versões diesel: 1.6 (HDi e e-HDi) de 112 cv e o 2.0 HDi de 163 cv de potência. Em Julho próximo, a Citroën comercializará também esta variante e-HDi com caixa de velocidades integralmente manual. O preço de lançamento é de 29 mil 143 euros. K

Chevrolet Aveo novo e barato T A Chevrolet vai ter disponível, já a partir de 17 de Junho,

disponíveis vídeos impressionantes que mostram ao pormenor as operações de resgate, protagonizadas pelo corajoso James Hunt, a retirar Peterson das chamas, situação apenas conseguiu adiar por 24 horas a morte do seu colega. Estas situações dramáticas estiveram sempre ligadas a este desporto, e o Autódromo de Monza, o mais mítico da Europa, foi palco de

a nova versão do Aveo. A versão renovada daquele que é um dos veículos mais vendidos da marca, surge, para já apenas na carroçaria de cinco portas. O quatro portas chega um mês depois. Na Europa, o Aveo apresenta motorizações a gasolina de 1.2 com potências de 70 cv e 86 cv, 1.4 de 100 cv e 1.6 de 115 cv. A partir do próximo Outono, o novo Aveo estará também disponível com um motor turbodiesel de 1.3 litros. Com 11 mil 950 euros pode levar para casa um carro novinho em folha. K

algumas das mais marcantes. Foi a 15 de Maio de 1922 que se iniciou a construção do primeiro traçado de 10 quilómetros deste autódromo, levada a cabo pelo Milan Automobile Club para comemorar o seu 25º Aniversário. De acordo com os historiadores o primeiro motivo para o aparecimento desta pista foi a criação de uma infraestrutura que rivalizasse com autódromo, onde já se disputava o grande prémio de França, mas parece que também houve grande influência por parte dos construtores italianos, para que dispusecem de um local onde testar as suas criações. Ao longo dos anos a pista foi sofrendo evoluções mas a sua grande marca é o anel de velocidade criado em 1955. Com duas curvas de elevada inclinação unidas por duas rectas opostas com pouco mais de um quilómetro, podia ser usada na versão simples ou interligar com o circuito tradicional. Esta evolução foi no entanto um fracasso, pois as altas velocidades atingidas deteriorar os pneus muito rapidamente e exigia dos carros grandes esforços, devido às forças em jogo. Poucos grande prémios usaram o anel de velocidade, sendo por isso criadas corridas alternativas. A certa altura foi mesmo organizada uma corrida para veículos com espi-

cificações da prova de Indianapolis, apelidada de “ A Corrida dos Dois Mundos” (América e Europa). Esta prova acabou por ser só disputada pelos americanos, uma vez que os europeus, cientes da superioridade dos de além mar, com máquinas mais adaptadas às ovais, uniram-se e recusaram participar numa prova lhes era impossível de vencer. De polémica em polémica, de acidente em acidente, o certo é que o mito foi crescendo e o Autodromo de Monza encontra-se hoje de boa saúde, perto dos 90 anos de idade, sendo para os “tifossi” a catedral onde podem expressar a sua devoção aos carros do grande Enzo Ferrari...mas isso é outra história. K Paulo Almeida _ Direitos Reservados H

Peugeot iOn

Caro na compra, poupado no consumo 6 Chama-se iOn, tem uma autonomia de 150 quilómetros e é a proposta da Peugeot para o mercado dos carros eléctricos. O veículo da marca francesa está em digressão por diversas cidades portuguesas, numa acção em conjunto com a Mobi.e, que gere a rede de postos de carregamento. O carro é em quase tudo igual aos outros, incluindo no desempenho ao nível da velocidade. Uma das grandes vantagens é

ser praticamente silencioso. A capacidade das baterias é ainda uma das dúvidas, mas a marca diz ser suficiente para quem anda em cidade, já que em média um condutor citadino faz cerca de 35 quilómetros por dia. O preço é ainda proibitivo para grande parte dos consumidores: 29 mil euros já com os incentivos. A boa notícia está no consumo, já que o iOn gasta dois euros por cada 100 quilómetros. K


Souto Moura ganha prémio Pritzker

A boa vingança do Sr. Arquiteto 6 A escola de arquitetura portuguesa conseguiu uma “boa vingança” para o País em tempos de crise, com o prémio Pritzker de arquitetura 2011, disse Eduardo Souto de Moura, depois de ser distinguido com o aquele que é um dos mais prestigiados prémios de arquitectura do mundo. “Só se diz mal. Os juros sobem, somos desacreditados, a senhora Merkel´ diz que temos férias a mais… não temos sido bem tratados. O prémio é uma boa vingança”, disse o arquiteto portuense em Washington, onde no passado dia 2 de junho, foi homenageado numa cerimónia com a presença do presidente norte-americano, Barack Obama. Mesmo em tempos de crise, Souto Moura considera, que a arquitetura portuguesa em particular “nunca foi maltratada”, como o mostra a solicitação de arquitetos para conferências internacionais e trabalho no estrangeiro, quando a falta de oportunidades em Portugal obriga muitos a fazer as malas. “É um gosto, para mim próprio, ver os meus alunos e colaboradores a mostrar obra feita. E não é normal – não o digo por patriotismo ou nacionalismo bacoco – que um país pequeno possa ter sete, oito, nove

sicnoticias.sapo.pt H arquitetos com uma qualidade daquelas. A ciência, a arquitetura, está de parabéns”, afirmou. Com a crise, acrescentou, o investimento público e privado está paralisado e adivinham-se “dias negros para a engenharia e a arquitetura”, pelo que muitos estão “a sair para o Brasil, para a Europa, sobretudo para a Suíça, onde há uma grande necessidade de projetistas”. Souto Moura revelou ainda que nunca lhe acontecera “pedir a um amigo suíço para empregar um arquiteto” e ver o pedido

recusado. No estrangeiro, disse, é reconhecido o “sentido pedagógico, e de preparação das escolas portuguesas de arquitetura, bem como a sua capacidade de trabalho”. “A pessoa que fez com que a arquitetura portuguesa começasse a ser notada foi o arquiteto Siza Vieira. Abriu portas e preparou uma nova geração, que é a minha, que também tem ensinado”, explicou Souto Moura. No entender do arquitecto português “há esta empatia de gerações que vai continuando e esperamos que venha a dar muitos frutos”.

Souto Moura afirma, que a sua geração é “uma espécie de escola pós-Siza, que não o copia porque é gente inteligente”, adiantando que este “é um mestre, porque conseguiu inventar uma linguagem do passado. É único, um caso especial”. Para o arquiteto, o Prizker foi-lhe dado precisamente por ter um estilo “sóbrio de um país marginal”. Como diz: “Há um paradigma da arquitetura (…) muito baseado em personalizações, star system, ícones muito referenciados, e nesta conjuntura é preciso se calhar outro tipo de postura”. Sobre o impacto do prémio no trabalho do seu ‘atelier’, afirma que para já é nulo. “Espero que venha a acontecer porque não há trabalho. No estrangeiro há, mas também há uma crise europeia e os países não costumam dar projetos a estrangeiros. É sempre uma defesa nacional”, afirma. “A única coisa em que o prémio se faz sentir é nos parabéns na rua. As pessoas ficam felizes e cumprimentam-me sempre que saio à rua”, adianta o arquiteto portuense. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

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CESPU estuda 3D

Emoções intensas 6 Imagens em formato 3D provocam “emoções com maior intensidade” do que as tradicionais fotografias a 2D e tornam-se mais eficazes no tratamento de fobias ou situações de stress póstraumático, conclui um estudo hoje divulgado. Desenvolvida nos últimos dois anos e já em fase de conclusão, a investigação é liderada por Luís Monteiro, docente da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e encontrase inserida numa “bolsa da Fundação Bial, no valor de 25 mil euros”. Luís Monteiro referiu que é já possível concluir que “as imagens a 3D provocam emoções mais intensas” nos pacientes do que as imagens a 2D. Uma vez que no tratamento de fobias os pacientes são expostos e confrontados aos “estímulos fóbicos”, muitas vezes com imagens fotográficas, este estudo indica que, “através da realidade virtual, os resultados são mais ráPublicidade

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pidos, mais intensos e o método mais fácil de realizar, porque é possível recriar os mais diversos cenários” através de computador. Este estudo envolveu uma amostra de 214 pessoas, que foram sujeitas a recolhas de informação de resposta fisiológica,

UTL: propinas abaixo de 1000

através da atividade elétrica da pele e observação do ritmo cardíaco. “Houve uma maior ativação (dos dados fisiológicos) quando confrontados com as imagens 3D do que com fotografias”, sublinhou Luís Monteiro, acrescen-

tando que foram ainda efetuados testes ao nível da atividade cerebral. Para o investigador, através da realidade virtual “é possível reduzir os tempos de recuperação”, uma vez que se consegue sessões com maior intensidade. O relatório final deste trabalho, do qual sairão quatro artigos científicos, será entregue à Bial em setembro. Luis Monteiro referiu que, para submeter as pessoas aos testes, foram usados três cenários gráficos em 3D, com o objetivo de estimular diferentes reações emocionais, designadamente um cenário positivo ou favorável, um neutro e outro negativo ou desfavorável. Este tipo de equipamento utilizado, que implica o uso de óculos 3D, salientou, é “tecnologia ainda cara”, mas há já capacetes a partir dos 2.000 euros. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

T O Conselho Geral da Universidade Técnica de Lisboa acaba de discutir e aprovar o valor das propinas para o ano lectivo 2011/2012, para os três ciclos de estudo. O valor mínimo de propina nos cursos leccionados nas escolas da UTL ficou fixado nos 999,71 euros. Após ampla análise da matéria em causa, o Conselho Geral da UTL considerou que a fixação concreta do valor das propinas, quer as que legalmente se encontram condicionadas a limites máximos e mínimos, quer as que não se encontram sujeitas a quaisquer limites, deve obedecer a critérios que tenham em conta o custo real de cada aluno, as condições de inserção social e geográfica da Universidade, o mercado e a estratégia definida. K

Conferência em Aveiro T A Conferência de Verão intitulada «Heme Biosynthesis and Iron Homeostasis», da Sociedade Portuguesa da Biofísica, decorre a 14 de Junho, das 14 às 15h30, no anfiteatro do Departamento de Química da Universidade de Aveiro. K


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