Ensino Magazine 164

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Outubro 2011 Director Fundador João Ruivo Director João Carrega Publicação Mensal Ano XIV K No164 Distribuição Gratuita

ensino jovem Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização n.º DE03052011SNC/GSCCS

Pedro Lourtie, ex-secretário de estado do ensino superior, em entrevista

Cortes ameaçam Ensino Superior

universidade

Aluno da UBI conquista concurso do MIT C

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politécnico

IP Leiria qualificado para investigação C

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inscrições até ao final do mês

Politécnico de Beja abre cursos de Árabe C

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Sociedade

Como conquistar um emprego Em tempo de crise, o Ensino Magazine dizlhe como deve proceder para conquistar um emprego. As explicações são de Manuel Braz, advogado e consultor de empresas. C

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aniversário

Politécnico de Castelo Branco faz 31 anos

www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros

João Vasco H

Pedro Lourtie assegura que o maior problema do ensino superior é a falta de dinheiro e a prazo podem estar seriamente comprometidos os padrões de qualidade. O ex-governante aborda, em entrevista ao Ensino Magazine, o tema das fusões e reestruturações, o financiamento e a rede de ensino superior. C p 2 À p5

Isabel Stilwell

“As mulheres são difíceis de entender“ As escritora e jornalista, Isabel Stilwell, analisa num dos seus últimos livros as relações entre homens e mulheres. Em entrevista ao Ensino Magazine diz que as mulheres são difíceis de entender, mas que é por isso que são tão interessantes. C

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Pedro Lourtie, professor universitário e ex-secretário de Estado

«Cortes ameaçam instituições do ensino superior» 6 Pedro Lourtie assegura que o maior problema do ensino superior é a falta de dinheiro e a prazo podem estar seriamente comprometidos os padrões de qualidade. O ex-governante aborda, em entrevista ao Ensino Magazine, o tema das fusões e reestruturações, o financiamento, a rede de ensino superior e os défices de interpretação dos seus alunos em consequência do que chama a «cultura do computador e das SMS» É das pessoas que melhor conhece os contornos que deram origem ao Processo de Bolonha, tendo representado Portugal no exterior no âmbito do seu processo de aplicação. De que forma analisa a implementação deste modelo? Quando a Declaração de Bolonha foi redigida, tendo eu participado nesse momento histórico, não havia uma ideia totalmente Publicidade

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concreta sobre o que seria a evolução desse processo, nomeadamente em relação aos objectivos de aprendizagem. Mas, grosso modo, o que foi previsto está a ser implementado nos diferentes países a nível europeu, tendo ido mais além em determinados aspectos, como por exemplo a definição de um quadro de qualificações. Havia a ideia, um pouco romântica, que os cursos iriam evoluir de uma forma harmónica. É sabido que os interesses e as culturas de cada país fazem com que isso não seja possível. Em 2001 o que estava em cima da mesa é que as instituições colaborariam na definição dos cursos a nível europeu por área de conhecimento. O relatório que desenvolvi apontava para que fazia mais sentido que os cursos de Medicina, Engenharia, Letras, Economia e outros, fossem mais parecidos nos diferentes países. O objectivo era a mobilidade. Com esta orientação estaria a conferir-se mais poder às instituições e menos poder aos governos. Os ministros rejeitaram esta ideia. Optaram por definir a nível nacional;


um sistema de graus, com um quadro genérico de qualificações para o espaço europeu do ensino superior. Os egoísmos europeus prevaleceram? Ao nível dos tratados o sector da educação é apenas objecto de cooperação entre estados da União Europeia. Só que os ministros não quiseram abrir mão do seu poder, rejeitando transferi-lo, mesmo que parcialmente, para as instituições. Comparar Bolonha a uma espécie de «euro do ensino» é uma associação que continua a fazer sentido? Ao definir um quadro de qualificações nos vários países significa que são semelhantes e têm o mesmo valor. Nesse sentido, este processo pode ser perfeitamente comparado à união monetária. Todas as instituições nacionais já converteram os cursos em créditos (tal como Bolonha exigia) mas este processo é mais

do que isso, pois o ensino passa a ser centrado no aluno. Esse foi um desiderato alcançado? Não totalmente, apenas de uma forma genérica. Há um caminho que está a ser feito nesse sentido. Em função da definição dos objectivos de aprendizagem é preciso aferir se o aluno cumpriu as metas. Bolonha trouxe métodos pedagógicos e uma organização do ensino que é muito mais favorável à focalização no aluno, do que o tradicional ensino de cátedra, em que o professor debita e o aluno assimila. Regista-se um progresso, mas é preciso sublinhar que o ensino superior é um sistema constituído por homens e mulheres, com experiências e culturas próprias, e que não muda de um dia para o outro. Vai mudando… Os professores das instituições já interiorizaram o facto de terem que mudar a forma de ensinar? Estão interiorizando. Quero lembrar que no tempo em que fui aluno de faculdade, em final dos anos 60, quem frequentava

este grau de ensino era uma elite. O que se verifica hoje, olhando para as estatísticas, é que os alunos na casa dos 20 anos representam 37 por cento do grupo etário dominante. No meu tempo esta percentagem era de 4 por cento. Isto significa que hoje chega ao ensino superior uma faixa muito mais alargada. Perante isto, a escola precisa de organizar-se de forma diferente de modo a proporcionar o desenvolvimento de competências que estão nos objectivos de aprendizagem de Bolonha. É o caso das competências de comunicação. Ser capaz de defender e transmitir uma ideia, quer aos seus pares, quer a especialistas. Creio que a mudança qualitativa vai acompanhar a mudança quantitativa dos que vão chegando ao ensino superior.

admito que existem défices significativos, nomeadamente ao nível da interpretação de textos. A que atribui essa lacuna? Principalmente a aquilo que eu chamo a «cultura do computador» e das SMS. O contexto que nos rodeia, no que diz respeito à cultura da publicidade e do marketing, veicula imagens e mensagens curtas, aquilo a que os políticos chamam «sound bytes», que não precisam de uma interpretação sofisticada. Para além disso, hoje existe informação em excesso que não é seleccionada de forma coerente e acaba por levar à dispersão.

Concorda com os que dizem que esta geração de alunos, apesar de possuir acesso a um manancial de informação, demonstra uma fraca preparação para responder às solicitações?

O ministro Nuno Crato identificou a Matemática e o Português como fracassos crónicos dos alunos. São duas pechas a colmatar?

Não se pode generalizar. Se comparar os jovens do meu tempo e estes, digo sem reservas que esta geração está, globalmente, muito melhor preparada. Contudo,

É preciso melhorar a capacidade de atenção e de interpretação de textos mais complexos. Quando elaboro enunciados, alguns são longos e exaustivos e a ;

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sensação com que fico é que os meus alunos não conseguem acompanhar toda a explanação do teste e perdem-se pelo caminho. A certa altura, “desligam”. Este é um dos principais dramas com que se confrontam os jovens que chegam ao ensino superior.

Existe uma mão cheia de universidades portugueses muito bem cotadas no estrangeiro, mas os nossos melhores alunos continuam a demandar outras paragens após alcançar o diploma. Vê esse êxodo para o exterior com dramatismo ou como uma oportunidade?

A massificação do acesso ao ensino superior, fruto da explosão dos estabelecimentos de ensino privado, foi danosa em termos qualitativos? Houve um período inicial em que o ensino superior público não foi capaz de dar resposta. Depois do 25 de Abril, inaugurouse uma fase em que se pensou «tudo é possível para toda a gente» e o sistema ficou algo desregulado. Só mais tarde, aumentaram as preocupações de qualidade, com a introdução de um sistema que zelasse pela sua garantia, a avaliação de instituições e assegurar as condições mínimas do corpo docente. Tornou-se famoso o caso dos «turbo-professores» que davam aulas em diversas faculdades, em simultâneo. Descobriu-se que um docente estava em oito universidades diferentes. Isto já para não falar de ilegalidades que se registaram em certos estabelecimentos, como aconteceu com a Universidade Independente, depois de se terem «zangado as comadres». Nos últimos anos tem ganho consistência a ideia de que concluir um curso é apenas uma licença para aprender e não um emprego. Considera que hoje em dia é quase um pecado ter habilitações a mais? Nunca se tem habilitações a mais. É preciso recuar até meados dos anos 80, momento em que o número de diplomados cresceu muito rapidamente, tendo aumentado numa década até 5 vezes. No nosso país verificou-se uma mudança quantitativa num período muito curto de tempo, ao contrário do que sucedeu noutros países, com o fenómeno mais espaçado temporalmente. Defende que se reduza as vagas de acesso em determinados cursos? Não sou favorável. Defendo que se Publicidade

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É uma oportunidade. O nosso objectivo é formar as pessoas o melhor possível, dotando-as de capacidade para fazer coisas. O que se passa é que o ensino superior andou mais depressa do que a nossa economia. Se estamos a formar mais gente do que o nosso tecido empresarial consegue absorver, então prefiro que os meus alunos, especialmente os melhores, vão para a Airbus, a Agência Espacial Europeia, uma fábrica de componentes electrotécnicos de ponta, etc. Provavelmente alguns vão fixar-se lá fora, mas fica sempre a ligação ao país de origem. E é uma ponte que se mantém entre Portugal e o resto do mundo. Mais dos que os limites geográficos do país, o país são os portugueses, onde quer que eles estejam e onde sejam bem sucedidos.

deva fornecer aos candidatos a informação sobre a situação das saídas profissionais. Quando fui director-geral do ensino superior, arrancámos com um processo denominado «Sistema de Observação dos Percursos de Inserção dos Diplomados no Ensino Superior», em que se fez um primeiro levantamento com o Ministério do Trabalho, questionando os diplomados sobre o seu percurso profissional depois de terem terminado o curso. Se compararmos aquilo que são os níveis de desemprego e remuneratórios das pessoas que têm um curso de ensino superior e dos que não têm, conclui-se que Portugal é dos países onde ser diplomado dá mais rendimento. A diferença salarial entre os que têm e os que não têm ainda é maior. Acredito que uma formação superior, se for de qualidade, facilitará as pessoas a obter emprego, com vantagens competitivas em relação aos que não a têm. As entidades empregadoras tendem a desvalorizar o diploma e a enfatizar outras características do indivíduo, nomeadamen-

te no âmbito das competências práticas e das relações humanas. Esse é o rumo certo? É uma tendência que se acentua. O diploma é indispensável para começar. Posteriormente, os empregadores vão querer saber se o candidato se adapta a trabalhar em grupo, se tem características de liderança, se é capaz de comunicar e defender ideias, capacidade de iniciativa, etc. São estas novas qualificações da formação que se ministram nas faculdades que, hoje em dia, se revelam determinantes na forma como se compete no mercado de trabalho. Veja o caso do empreendedorismo, de que tanto se fala. Não é frequentando uma cadeira de empreendedorismo que faz das pessoas mais dinâmicas, mas pretende-se darlhes competências de assumir riscos e ter iniciativa. Os professores têm o papel fundamental de valorizar e elogiar uma solução ou uma ideia de um aluno, mesmo que esta seja diferente do convencional. É isso que acontece quando se faz investigação.

Devia ser um desígnio nacional colocar uma universidade nacional no ranking das 100 melhores do mundo? Não sou grande entusiasta dos rankings, creio que eles revelam a dimensão das instituições consideradas. Uma vez escrevi um artigo no “Diário Económico” que resultou de uma pergunta que o meu neto me fez: «Avô, o que é que é maior: o elefante ou a girafa?». Depende do critério. O elefante é mais pesado, mas a girafa é mais alta. Com os rankings das universidades passa-se exactamente o mesmo. Há aquele exemplo clássico da Universidade de Berlim que nos anos 20 teve um prémio Nobel, mas depois dos conflitos mundiais se dividiu em duas instituições. A grande disputa era quem ficava com o vencedor do Nobel para subir mais umas posições na tabela. A moral da história é que os rankings não alteram, no essencial, a qualidade das instituições. O Primeiro-Ministro garantiu recentemente que os sacrifícios também vão chegar à educação, sendo extensíveis ao ;


ensino superior. Está preocupado?

é mesmo a falta de dinheiro. Quanto ao Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior o que é importante é consolidar e avaliar o resultado da experiência. Melhorou com esta reforma? Avaliar as consequências é fundamental.

É possível sobreviver durante algum tempo com situações financeiras desfavoráveis. O ensino superior público teve nos últimos anos uma redução significativa em termos orçamentais. Se se concorrer a mais projectos internacionais utilizando receitas próprias é possível resistir mais algum tempo, a minha dúvida é que com os apertos registados as instituições não tenham capacidade para investir. A prazo estamos a comprometer a qualidade do ensino superior. Percebo que durante a crise vai ser preciso apertar o cinto. Visto que muitas universidades já usam receitas próprias para pagar salários, a minha dúvida é se não se estará a ir longe demais e a ameaçar as instituições de ensino superior.

A instabilidade política em Portugal tem sido a imagem de marca das últimas décadas. Sempre que se muda um ministro, altera-se o rumo da educação. É esse um dos problemas do ensino em Portugal? É natural que cada ministro tenha as suas ideias, mas o principal problema é a enorme rotatividade de ministros que se tem verificado. Urge acabar com o mau hábito de querer mudar tudo de repente, antes de aferir o que está bem e está mal. Essa é uma das pechas portuguesas. E esse é um dos principais problemas do nosso sistema de ensino. Veja que Mariano Gago esteve 6 anos no Ministério do Ensino Superior o que lhe permitiu fazer reformas concretas e implementá-las no terreno.

Os alertas do Conselho de Reitores têm sido repetidos. Sem dinheiro, não restará outra alternativa que não seja despedir professores e fechar laboratórios? Tenho constatado ao longo dos anos uma grande apetência dos sucessivos ministérios das Finanças pelos saldos das instituições de ensino superior. Quero lembrar que as instituições não sobrevivem sem saldos. Chegam ao princípio do ano e não conseguem fazer nada. Isto é fatal para o desenvolvimento de projectos de investigação em que há que pagar peças, comprar reagentes, pagar a pessoas, etc. É preciso ter sensibilidade para não «rapar» por completo os saldos das instituições. Outra situação é o reforço das regras burocráticas existentes para gastar dinheiro, o que torna os actos de gestão cada vez mais complexos. Este sistema de regras instituídas funciona com base na desconfiança, sentimento que já vem do tempo de Salazar com o chamado «visto prévio». O presidente do Instituto Superior Técnico já disse publicamente ter dúvidas que o governo reestruture o ensino superior. Partilha esta visão? No que diz respeito à lei de financiamento do ensino superior esta precisa de ser pensada e trabalhada para um período pós-crise. Devíamos discutir, sobretudo, quem deve financiar o ensino superior e como. Temos duas certezas: o financiamento tem que diminuir e as propinas não podem aumentar porque estão limitadas constitucionalmente. O que se faz? Reduzse o número de alunos? Há muito que reflectir sobre como encontramos um sistema de financiamento que seja sustentável a longo prazo.

ções uma perspectiva que de futuro as coisas não vão continuar a ser ad-hoc como aconteceu durante os períodos de crise. É partidário da fusão da Universidade Técnica, onde está incluído o IST e a Universidade de Lisboa? Operações dessa natureza custam naturalmente algum dinheiro, mas creio que devem ser pensadas com calma e de forma progressiva. É público que decorrem contactos entre a Universidade Técnica e a Universidade de Lisboa para uma fusão. Não é um processo fácil, mas há um ponto que importa destacar: são ambas entidades com pouca sobreposição de cursos e formação, o que facilita a complementaridade. Existe, logo à partida, outra peculiaridade: o Instituto Superior Técnico é demasiado grande para a Universidade Técnica de Lisboa. Em termos de alunos, o IST tem cerca de metade da Universidade que integra, enquanto o número de doutorados é mais de metade. Ou seja, se as duas universidades se fundissem o Técnico passaria a representar vinte e poucos por cento da nova instituição, deixando de ser a ameaça que muitos consideram. Creio que é um processo que deve ser amadurecido até para atenuar as diferenças culturais

entre as escolas da Técnica e da Universidade de Lisboa. Quais são as suas expectativas para a tutela conjunta, educação e ensino superior, no ministério da 5 de Outubro? Não muda tanto quanto se possa pensar. Devido a razões orçamentais este governo decidiu ter menos ministros, concentrando num núcleo duro mais restrito os titulares das pastas, enquanto os secretários de Estado se ocupam do despacho corrente. Provavelmente, até à data, não se tem ouvido falar muito dos secretários de Estado e do próprio ensino superior porque o ministro Nuno Crato está muito associado às universidades. Ter formação matemática é uma vantagem? Ele é professor de matemática, mas a formação de base é economia. Nos seus princípios orientadores não propôs, como seria natural, nenhuma revolução no ensino superior. É natural que esteja mais concentrado no básico e secundário onde residem os problemas mais graves. A principal questão com que se confronta este sector

CARA DA NOTÍCIA É em alturas conturbadas, ou a «quente» como se costuma dizer popularmente, que se deve debater este tema? Esta é uma oportunidade para pensar no assunto. É uma forma de dar às institui-

6 Pedro Lourtie é reconhecidamente das pessoas que mais sabe sobre ensino superior em Portugal. Foi Director-Geral do Ensino Superior e secretário de Estado para a área durante a tutela de Marçal Grilo na 5 de Outubro. Antigo representante nacional nas negociações do Processo de Bolonha, Lourtie lecciona há quase quatro décadas na sua universidade de sempre, o Instituto Superior Técnico (IST), onde se licenciou em Engenharia Mecânica, em 1971. Doutorou-se em 1975 pela Universidade de Manchester. K

Muito do desenvolvimento do interior do país está associado ao ensino superior, sobretudo aos politécnicos. Na reorganização da oferta formativa em Portugal, como é que esta rede poderá contribuir para que as assimetrias entre o litoral e o interior sejam mitigadas? Na rede do ensino superior há dois objectivos que temos de compatibilizar, o que nem sempre é fácil: o papel do ensino superior a nível regional e ter massas críticas que permitam tornar o sistema eficaz. Lidei com um caso mais extremo do que Portugal, tendo integrado a equipa da OCDE que fez um exame temático na Noruega. No nosso caso específico creio que devemos pensar nas academias. Tomemos, por exemplo, o que se passa na Beira Interior. Seria desejável compatibilizar os cursos entre as várias instituições, nomeadamente tornando os primeiros anos comuns nos vários cursos, com uma parte especializada a ser feita apenas numa instituição. Defende a repartição de tarefas? Promover a partilha seria preferível a fechar instituições ou encerrar de todo unidades orgânicas de instituições. Trabalhar em conjunto a oferta educativa seria o ideal para formar também equipas de investigação envolvendo as várias instituições da região. Deve ir-se em busca de soluções imaginativas para manter as instituições enquanto pólos de desenvolvimento e, em simultâneo, tornar mais eficaz do ponto de vista financeiro a oferta do ensino superior. O mote é trabalhar em conjunto, mas reconheço que nem sempre é fácil. K Nuno Dias da Silva _ Nuno Dias da Silva / João Vasco H

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Universidade da Beira Interior

Saúde do povo em análise

6 “Nos últimos anos, os cuidados de saúde prestados às populações da Beira Interior têm vindo a aumentar significativamente”. A garantia é de Miguel Castelo Branco, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, e foi dada numa sessão que reuniu, na Covilhã, os responsáveis pelos hospitais e unidades locais de saúde da região. Tratou-se de uma reunião que serviu essencialmente para debater o estado dos cuidados prestados às populações, mas também apontar algumas das razões pela falta de atratividade das unidades de saúde a novos médicos e a importância da presença da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) na região. Um aspeto que acaba por ter apoio na presença da faculdade que representa a formação de novos recursos humanos, mas também, um fomento da investigação nas mais variadas áreas da saúde. Presença que representa ainda um local onde os clínicos podem desenvolver novas capacidades e também continuar um processo de formação ao longo da vida. O presidente da FCS lembra também que “todos os nossos hospitais parceiros têm cumprido as suas funções, com bastante esforço, sabemos, sobretudo devido ao facto de ser muito difícil atrair, para aqui, recursos humanos desta natureza”. As instituições de saúde acolhem os médicos formados na Covilhã para o seu ano geral, mas logo após a formação e a passagem para a especialidade, são muitos os que acabam por sair da região. Miguel Castelo Branco lembra que apenas com uma discussão conjunta dos factos se podem encontrar soluções.

Manuel Geraldes, diretor do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira, considera que são muito poucos os incentivos à fixação de médicos nesta zona do País, no final da sua formação. Nesse sentido, defende “uma aposta na formação de especialidades e na medicina geral onde são visíveis muitas dificuldades em fixar e atrair recursos para os cuidados de saúde primários”. Nos últimos anos, a maior força contrária a esta saída tem sido “a faculdade de ciências da saúde, que serve de excelente exemplo do que se pode aqui fazer e acaba por ser um fator determinante para o que almejamos, para a vinda de médicos”. A partilhar também da mesma visão esteve Luís Correia, responsável pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Correia exemplificou o quadro regional da saúde com o número de vagas abertas e as respostas às mesmas. “Para o ano comum abrimos 25 vagas e apareceram dois alunos”, mas posteriormente existem decisões “fora da nossa realidade como é o caso de termos solicitado dez vagas para

internos em cuidados de saúde primários e nos ter sido atribuída uma vaga”. Fernando Girão, da Unidade Local da Guarda pega nos números avançados pelo colega de Castelo Branco e reivindica decisões políticas “que atribuam alguma diferenciação aos alunos formados na Faculdade de Ciências da Saúde”. Um pedido que também está fundamentado no aspeto da formação. Girão lembra que “temos a universidade e andamos a formar alunos que gostam muito de aqui estar, mas depois não têm hipótese de ficar”. João Casteleiro, responsável pelo Centro Hospitalar da Cova da Beira, considera que “as condições da região não ficam nada a dever ao litoral e por isso não tem de haver uma posição de subserviência. Nós temos de mostrar a nossa posição e essa passa por verificar que não ficamos a dever nada a um hospital do litoral, e temos de mostrar essencialmente o que valemos, não temos de estar aqui a implorar ou pedir o que quer que seja”, sublinha. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

enoturismo em évora

Alunos no terreno 6 No âmbito da disciplina de Itinerários Turísticos do 1.º Ciclo de Estudos em Turismo da Universidade de Évora, os alunos deslocaram-se à Adega da Cartuxa no passado dia 12 de Setembro. A visita teve como principal objectivo apresentar aos alunos o projecto de enoturismo que a adega tem para oferecer aos visitantes. Nesta prática no terreno, os alunos ficaram a conhecer como se deve planear e organizar um projecto em enoturismo e como é que ele deve ser promovido. Tam-

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bém tiveram a oportunidade de ficar a conhecer as motivações e as tipologias dos visitantes que procuram este produto turístico.

Note-se que as actividades ligadas ao vinho no Alentejo constituem um instrumento de desenvolvimento para a região. K

UBI

Empreendedorismo é tema de livro 6 “Entrepreneurship, Growth and Economic Development” é o título do mais recente livro publicado por Mário Raposo, catedrático do Departamento de Gestão e Economia da UBI, que coordenou uma equipa formada por David Smallbone, professor de pequenas empresas e empreendedorismo, na Universidade de Kingston, Reino Unido, Károly Balaton, professor de gestão, Corvinus University of Budapest, Hungria e Lilla Hortovanyi, da Corvinus University of Budapest, Hungria. “Este livro tem a ver com uma seleção de artigos apresentados numa conferência internacional sobre desenvolvimento do empreendedorismo, económico e regional”, explica o docente. Os artigos presentes na publicação foram seleccionados através de um processo de revisão por parte de especialistas de todo o mundo. “É um livro com 11 capítulos distribuídos por várias temáticas relacionadas com o empreendedorismo regional e crescimento económico. O primeiro capítulo que serve como Publicidade

uma introdução foi aquele que mais desenvolvi”, acrescenta o catedrático de Gestão. A publicação, distribuída pela Edward Elgar, surge numa linha de investigação cujo docente tem vindo a aprofundar e que está relacionada com as fronteiras da investigação no empreendedorismo na Europa. O livro apresenta alguns dos mais recentes desenvolvimentos na investigação acerca do empreendedorismo e das estratégias de crescimento e desenvolvimento das empresas. K


Desporto

UBI assina protocolos 6 A Universidade da Beira Interior assinou, a 4 de Outubro, dois protocolos de cooperação, o primeiro com a Federação de Desportos de Inverno de Portugal, e o segundo com a Associação Desportiva do Fundão. O primeiro visa organizar competições internacionais ou nacionais das modalidades de esqui e snowboard, nomeadamente, de desporto universitário, assim como possibilitar, a título gratuito, a participação de estudantes e funcionários docentes e não

docentes, nos cursos e acções de formação destinados a professores de esqui credenciados. No segundo, as entidades assumem o compromisso de colaborar nos domínios da formação de treinadores e atletas federados, na organização conjunta de estágios e actividades desportivas, no apoio médico-desportivo e na promoção e divulgação das instituições e das suas actividades de competição desportiva, formação e responsabilidade social. K

Projeto da UMinho

Menos ruído rodoviário 6 O Centro de Território Ambiente e Construção, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Minho está a desenvolver o projeto “Noiseless – Perceção, modelação e redução de ruído através de superfícies de pavimento inovadoras e duráveis”, pioneiro em Portugal, que visa o desenvolvimento de superfícies silenciosas e inovadoras. Uma equipa multidisciplinar de oito colaboradores, de áreas como engenharia civil, física, acústica/música e psicologia, já fez a monitorização e caracterização do ruído proveniente do tráfego rodoviário e a sua perceção pela população em geral. Nesta nova etapa pretende-se desenvolver uma nova geração de superfícies de pavimento, essencialmente mais silenciosas, validando as soluções encontradas através da construção em verdadeira grandeza de seções piloto. O projeto visa proporcionar várias ferramentas aos diversos intervenientes da atividade rodoviária, que visem a redu-

ção do ruído do tráfego e sejam adaptadas à realidade portuguesa. O enfoque deste trabalho, segundo a investigadora responsável Elisabete Freitas, “consiste na construção de pisos com propriedades acústicas melhoradas, através da integração de camadas de desgaste duráveis, mas sustentáveis na sua relação custo-benefício”. Entre as vantagens práticas, a professora salienta que os “níveis de conforto auditivo e uma adequada deteção da velocidade dos veículos, por parte dos peões” serão acautelados.K

MIT atribui segundo lugar 6 O projecto Wi-Go, de Luís Carlos Matos, aluno de Engenharia Informática da Universidade da Beira Interior, acaba de ser distinguido com o segundo lugar no MIT Venture Contest. O projecto consiste num sistema robotizado que utiliza a tecnologia do sensor KINECT, criação da Microsoft, que permite a interacção entre jogador e jogos electrónicos sem utilizar um joystick, para fazer com que um carrinho de compras siga pessoas com mobilidade reduzida, possibilitando assim que deficientes físicos possam fazer as suas compras sem dificuldades. O Wi-Go proporciona o transporte de objectos sem dificuldade, não estando restrito a ser utilizado em centros comerciais, pois também poderá ser empregue em aeroportos ou hospitais, na distribuição de medicamentos ou refeições, dizendo o criador do projecto que este carrinho “tem um leque variado de utilizadores e não é apenas dedicado às pessoas com mobilidade reduzida”. O autor do projecto diz que conseguiu, através do concurso, muita notoriedade e contactos importantes, que poderão projectar o seu trabalho a um nível internacional. O próximo objectivo é comercializar e internacionalizar o Wi-Go, mas, segundo Luís Car-

los Matos “é necessário criar uma empresa com uma base sólida e criar uma boa estrutura profissional para colocar o produto no mercado. Agora é o momento ideal”. O estudante de Engenharia Informática admite que “a crise económica que o país e o mundo atravessam é uma barreira. O facto de sermos uma empresa recente e por muito bom que o produto seja, há sempre discriminação por sermos do interior, apesar dos bons profissionais da academia. Felizmente, projectos como o meu e outros têm vindo a desmistificar isso”. Os projectos foram seleccionados por um júri internacional, es-

pecializado nas quatro aplicações tecnológicas do concurso: Ciências da Vida, Sistemas de Energia Sustentável e Transportes, Tecnologia da Informação e da Web e Produtos de Consumo e Serviços. Incluídas na última rubrica estão as criações que visam satisfazer as várias necessidades dos consumidores e negócios, desde materiais de engenharia a processos para aplicações de High-Tech do consumidor, nos quais se inclui o projecto de Luís Matos. Nesta última fase do concurso foram seleccionados vinte projectos, cinco para cada categoria, ficando o Wi-Go na segunda classificação da sua categoria.K

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Évora

Educação

Cidade na Idade Média 6 O Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS) realizou, nos dias 13 e 14 de Setembro, o II Seminário Internacional dedicado ao tema “Imagem, Identidade e Memória da Cidade na Idade Média”. A iniciativa foi projectada essencialmente em três reflexões: a construção da memória urbana e os discursos identitários que sobre ela se constroem; os grupos

Aluno da UBI em alta nos EUA

sociais e a percepção dos seus sentimentos de colectividade e de pertença; a projecção no espaço dos diferentes poderes, na configuração de uma identidade material urbana. O Seminário contou com especialistas nacionais e internacionais que durante dois debateram e reflectiram sobre o património e a identidade cultural das cidades na idade média. K Noémi Marujo _

Minho cria associação 6 A Associação Portuguesa de Educação em Ciências (APEC) acaba de ser criada na Universidade do Minho, com o objectivo de impulsionar a defesa do ensino e da aprendizagem das Ciências e promover o desenvolvimento profissional, contínuo, dos professores de Ciências. A criação foi decidida de forma unânime pelos participantes do XIV Encontro Nacional de Educação em Ciências, realizado este mês no campus de Gualtar, em

Braga. O núcleo fundador integra representantes das instituições de ensino superior e das escolas básicas e secundárias. A presidente interina da associação é Fátima Paixão, do Instituto Politécnico de Castelo Branco. A primeira tarefa do grupo é fazer diligências com vista à formalização da associação, que se espera vir a ganhar força suficiente para defender um ensino das Ciências capaz de cativar os jovens.

Por outro lado, espera-se também criar condições para que os professores de Ciências possam desenvolver-se profissionalmente, isto é, envolvendo-se em projetos de investigação e participando em reuniões científicas em que se divulga resultados de projetos e investigações, como é o caso do ENEC, que regressa em 2013, na Escola Superior de Educação do Algarve, prevendose então que a APEC já esteja em pleno funcionamento. K

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QS Top World University Rankings 2011

Times Higher Education

Coimbra é a melhor

Aveiro no topo

6 A Universidade de Coimbra é a melhor universidade portuguesa, anuncia o prestigiado QS World University Rankings® 2011, o ranking britânico que avaliou as 700 melhores universidades do mundo. Com uma avaliação global de 29.77 pontos, a Universidade de Coimbra surge na 394ª posição, revelando-se assim a única instituição de ensino superior por-

tuguesa a constar no “Top” das 400 melhores universidades do mundo do ranking publicado pela organização. O “QS Top World University Rankings”, que elege a Universidade de Cambridge (Reino Unido) como a melhor do mundo, considera cinco critérios para a atribuição da classificação: reputação académica, empregabilidade, citações científicas, desempenho

dos estudantes, presença de corpo docente internacional e número de estudantes internacionais. Para o Reitor da UC, João Gabriel Silva, esta classificação “é um óptimo incentivo, nestes tempos de dificuldade, vindo de um dos rankings mundiais mais prestigiados, e corresponde ao recuperar pela Universidade de Coimbra da primeira posição que tinha perdido o ano passado”. K

Green Projects Awards

Docente da Utad vence 6 João Carlos Almeida Ribeiro Claro, docente e investigador do Centro de Química da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, responsável por um projecto que permite transformar em energia os resíduos da produção de azeite e da cortiça, diminuindo os efeitos do impacto ambiental, foi um dos vencedores do Green Projects Awards de 2011, atribuído a 15 de Setembro, na Culturgest. O projecto baseia-se na tecnologia inovadora do “Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização dos resíduos da indústria corticeira”. Supõe-se que uma boa parte dos efluentes da produção de azeite é lançada em cursos de água de uma forma incontrolada. Estes efluentes têm uma elevada carga orgânica (cerca de 200 a 400 vezes superior à

dos esgotos municipais) e caracterizam-se por uma difícil depuração natural. Existem vários processos de tratamento e/ ou valorização destes efluentes, como por exemplo, rega de solos, lagoas de evaporação e sistemas mais complexos baseados em processos térmicos, físico-químicos e biológicos. No entanto, nenhum destes processos constitui uma solução única e universal para o tratamento

eficaz dos resíduos e efluentes dos lagares de azeite. O processo que a UTAD pretende implementar faz o tratamento dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite através da utilização de resíduos da indústria da cortiça. O processo dá origem a um produto ou material que, por sua vez, não se constitui num novo problema, nomeadamente, no que se refere ao seu destino final. Na realidade, o produto resultante apresenta um grande potencial de valorização constituindo-se em biomassa com um elevado poder calorífico. Este facto abre excelentes perspectivas no âmbito da valorização energética, por exemplo, na produção de pellets e briquetes. Desta forma, encontra-se uma solução para os resíduos e obtém-se uma mais valia económica para as unidades de produção de azeite. K

Docentes do Secundário

Técnico oferece formação 6 O Instituto Superior Técnico vai receber, a partir de 15 de Outubro, e durante cinco sábados, a Formação em Sistemas de Telecomunicações para professores do Ensino Secundários, no campus da Alameda. O curso é organizado em parceria com o Instituto de Telecomunicações, com o patrocínio da Vodafone.

O objectivo é actualizar e aprofundar conhecimentos, nas vertentes teórica e prática, em sistemas de telecomunicações, que permitam aos professores responder aos desafios dos conteúdos programáticos do ensino secundário, designadamente, no 11º ano de Física. De acordo com Custódio Peixeiro, Professor do Instituto Superior

Técnico “Esta é uma óptima oportunidade para os docentes consolidarem os seus conhecimentos. A investigação na área da Física e das Telecomunicações está em evolução constante e, é importante para os professores do ensino secundário transmitirem os conhecimentos mais actuais e correctos aos seus alunos”. K

www.ensino.eu 08 /// OUTUBRO 2011

6 A Universidade de Aveiro é a melhor universidade portuguesa no ranking do Times Higher Education que, com base num conjunto de critérios, lista as 400 melhores do mundo. A avaliação do Times Higher Education é feita com base na medição de 13 indicadores de performance que se agrupam em cinco tópicos principais: ensino, investigação, citações, o impacto no tecido produtivo e a visibilidade internacional. A Universidade de Aveiro surge posicionada no

patamar entre as posições 301 e 350, partilhado com a Universidade do Porto. O ranking é liderado, pela primeira vez, pelo California Institute of Technology (CalTech), com a Universidade de Harvard na segunda posição e Stanford na terceira. Nas dez primeiras posições surgem apenas duas universidades inglesas (Oxford, na quarta posição), Cambridge (na 6ª posição) e o Imperial College London (em 8º), sendo as restantes universidades norte-americanas. K

Primeira Cátedra da Dor em Portugal

Medicina do Porto cria 6 A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e a Fundação Grünenthal acabam de assinar um protocolo pioneiro para a criação da primeira Cátedra em Medicina da Dor, em Portugal, destinada a apoiar a investigação e a formação nesta área do conhecimento médico. “A ligação da Faculdade às empresas é um objetivo estratégico que perseguimos”, explica José Agostinho Marques, diretor da instituição. “Este protocolo representa o reconhecimento do impacto da Dor e coloca a Faculdade na vanguarda da formação em Medicina da Dor, no nosso país”, acrescenta. “As insuficiências de formação específica em dor, tanto pré como pós-graduada, têm constituído

uma importante barreira ao seu correto tratamento. O sub-tratamento da dor tem impacto na qualidade de vida das pessoas, com repercussões sociais e económicas avultadas. Com este protocolo pretendemos colmatar essa lacuna na formação e incrementar as atividades docentes em dor”, refere Walter Osswald, presidente da Fundação Grünenthal. Esta Cátedra será integrada no Departamento de Biologia Experimental da FMUP, com reconhecida atividade investigacional e formativa na área da Medicina da Dor. O protocolo tem duração de dois anos. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Palácio Centeno

Técnica faz encontro 6 A Reitoria da Universidade Técnica de Lisboa, em parceria com a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, promove o I Encontro Científico sobre o Palácio Centeno, a 20 de Outubro, pelas 10 horas. O evento que tem como objectivo aprofundar a investigação, que se deseja pluridisciplinar, sobre um palácio da cidade de Lisboa cuja tradição remonta à época de D. Catarina de Bragança, terá lugar na Sala EDP, da Reitoria da Univer-

sidade Técnica de Lisboa. O I Encontro Científico sobre o Palácio Centeno dará enfoque a aspectos particulares da arquitectura, arquitectura de interiores, elementos decorativos, com especial destaque para o conjunto azulejar que reveste muitas das suas salas, bem como, os resultados da intervenção arqueológica realizada em 2009. Os interessados em participar no evento deverão inscrever-se até dia 14 de Outubro. K

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Minho é pioneira T A Universidade do Minho é pioneira no ensino superior português a oferecer uma aplicação para dispositivos móveis com o seu catálogo bibliográfico. A inovação permite às pessoas usarem o telemóvel para pesquisar e reservar publicações, consultar a ficha de utente, renovar os seus empréstimos e ver notícias, entre outras opções. Este “catálogo mobile” acentua a aposta digital dos Serviços de Documentação da UMinho, que também disponibilizam os serviços através de “website mobile”, RSS Feeds, Facebook e twitter. K

Santos novo vice-Reitor T Carlos Manuel Machado dos Santos, docente do Departamento de Economia, Sociologia e Gestão da Escola de Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro (Utad), acaba de assumir funções de Vice-Reitor para os Assuntos Administrativos e Financeiros. O novo vice-Reitor é natural de Bornes de Aguiar, do concelho de Vila Pouca de Aguiar. Doutorado em Ciências Empresariais com especialização em Finanças e Agregado em Gestão, é docente da UTAD desde 2000, tendo antes sido professor da Universidade do Minho. K

Letras com Vida em Lisboa TO Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, da Universidade de Lisboa acaba de lançar o terceiro número da Revista Letras Com Vida. Esta edição tem como tema principal o centenário da (re)fundação da Universidade de Lisboa (UL). K

Ispa abre nova livraria TO ISPA – Instituto Universitário (IU) abriu uma nova livraria

em setembro, espaço central na dinamização científica e cultural da vida académica do Instituto. A gestão do espaço foi confiada à Dinalivro/Bookhouse, um dos mais dinâmicos grupos livreiros do país. A iniciativa é celebrada com uma promoção especial de 50 livros eleitos por professores do Instituto como fundamentais para os alunos lerem, em diversas áreas do conhecimento. A livraria do ISPA – IU é aberta ao público, das 10 às 21 horas e oferece, permanentemente, preços especiais para os estudantes. K

Hotelaria hospitalar TA Associação Portuguesa de Hotelaria Hospitalar em co-organização com a Associación Española de Hostelería Hospitalaria, a Universidade de Salamanca, a Faculdade de MedicinaVeterinária, a Innovaconcept e a Tecnozim, vai organizar a sua primeira Jornada no dia 4 de Novembro de 2011, sexta-feira, no auditório da Faculdade de Medicina Veterinária, em Lisboa. A sessão de abertura contará com a presença do Ministro da Saúde e com a presidente da Associação, Maria João Lino. K

Utad liberta águia TO Centro de Recuperação de Aves selvagens do Hospital Veterinário da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro libertou, a 10 de Outubro, uma Águiad’asa-redonda na Lagoa de Quintã, Campeã, Vila Real. A acção contou com a participação de três escolas do 1ªciclo da Campeã e da GNR. O animal em questão, uma cria deste ano, deu entrada no Centro em Julho de 2011 após ter sido apreendido numa rusga levada a cabo pelo SEPNA onde foram resgatados ainda outros animais. K

Secretário de Estado na UBI

Qualidade é o futuro 6 Com menos verbas da tutela, o futuro das universidades passa pelas receitas próprias. A Universidade da Beira Interior, tal como as restantes instituições nacionais, viu o seu orçamento reduzido em 8,5 pontos percentuais. João Queiroz, reitor da academia diz que o futuro passa pela continuação da política de qualidade implementada na instituição. Para o secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró, presente na sessão solene de abertura do ano letivo, “as circunstâncias são muito adversas, são as circunstâncias do País e o ensino superior não escapou às opções orçamentais de todo o conjunto”. Ainda assim, “espero que algumas especificidades se possam acautelar. Estas questões são reivindicadas, de forma permanente pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e compreendo, mas repito que temos todos de entender a situação do País”. Na abertura solene do novo ano letivo, o responsável máximo pela UBI aproveitou para desenhar as linhas fundamentais da atuação da academia. Continuar todo o processo de qualidade no universo de ações que se desenvolve na instituição e coordenar essas atitudes com a investigação parece ser a fórmula para superar os condicionalismos que marcam a atualidade nacional. A política de melhoria de atuação e de reforço da qualidade em tudo o que é feito “está a ter os seus resultados”. No que diz respeito ao ensino, dentro em breve a reitoria vai difundir os resultados das consultas feitas à comunidade académica e também abrir o de-

bate em torno “de um dos mais importantes documentos dos últimos anos”. Queiroz pretende uma consulta alargada sobre o “Plano 2020, um documento que orientará a academia nos próximos anos” e que por isso mesmo deverá ter a participação de todos. Aprofundar o Processo de Bolonha, reformular alguns ciclos de estudo e alinhar a atuação das práticas académicas com as conclusões dos vários estudos e inquéritos que mais alguns passos para o alcance das metas traçadas. “A qualidade tem de ser abordada do ponto de vista estratégico, com uma autoavaliação a ser também promovida por uma liderança nesse sentido”, refere Queiroz. Parceiros e comunidade reconhecem hoje a academia como uma instituição “de confiança e de mérito”. Para que tal continue, ensino e investigação são duas fundamentais. Setores que “devem contar com a participação de todos”. O período é de forte contenção orçamental, imposta pela tutela, contudo, o reitor da academia mostra-se otimista no futuro. Queiroz explica que “temos uma equação com três variáveis que são as remunerações permanentes, os projetos de investimento que temos de comparticipar e o restante funcionamento. Tudo isto significa que vamos ter de reduzir no funcionamento. Temos vindo a adotar medidas de contenção orçamental, diminuindo cerca de 15 por cento das comunicações, nos últimos dois anos, diminuímos uma determinada percentagem na eletricidade, que agora volta a aumentar, em termos custos, com o aumento do IVA, diminuímos os custos com a

segurança, através de um concurso público internacional”. Neste âmbito, o responsável máximo pela academia aguarda pelo Orçamento de Estado para o próximo ano. Documento que irá ajudar a definir as contas das universidades. Para o reitor, “a preocupação não é tanto sobreviver, mas sobretudo, não parar”. Pela posição que têm tido, as universidades deveriam agora merecer uma nota de reconhecimento. “Não que ache que, se o País está a fazer um sacrifício, nós não devêssemos ter um corte, mas devíamos ter a capacidade de utilizar as receitas próprias geradas por nós de forma mais autónoma. As universidades têm assumido sempre o seu papel de autonomia, não têm dívidas, e portanto, mais do que acomodar os cortes deveríamos ter regras mais flexíveis na execução orçamental”, explica Queiroz. Também nesta mesma linha, Carlos Salema, presidente do Conselho Geral, defende que “os recursos humanos e as potencialidades das academias devem ser utilizadas pela comunidade”. As autoridades e empresas utilizam “ainda muito pouco o conhecimento produzido nestas instituições”. A transferência de conhecimentos e tecnologias é algo “pouco desenvolvido em Portugal” e que pode ser uma das soluções para atenuar a crise e encontrar novas formas de financiamento. Aumentar o número de empresas que nascem nas universidades pode ser “uma alavanca para o desenvolvimento”. K Eduardo Alves _ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

OUTUBRO 2011 /// 09


I&DT e inovação

IP Leiria mais qualificado 6 O Instituto Politécnico de Leiria é o único politécnico do País, e uma das duas instituições de ensino superior, qualificada para prestar Serviços de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico e para Consultadoria e Serviços de Apoio à Inovação a PME em todos os domínios científicos, no âmbito dos vales I&DT e Inovação, segundo os resultados divulgados recentemente pelo Programa Compete. O concurso abrangeu entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional de todo o País, públicas e privadas, no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade, e coloca o IPL como única instituição que está acreditada em todos os domínios. Os serviços que as entidades prestam às PME prevêem a criação de novas soluções tecnológicas através da realização de estudos de viabilidade técnico-científica e de pequenos projectos de I&DT, contemplando componentes de investigação industrial e/ou desenvolvimento experimental, visando a melhoria e/ou criação de novos produtos, processos ou sistemas, bem como a subsequente transferência de tecnologia para a empresa promotora. Nuno Mangas, presidente do

Instituto, realça a importância desta qualificação, que espelha a aposta da instituição “em estar cada vez mais próxima das empresas, unindo sinergias e colocando a investigação ao serviço do empreendedorismo”. E reforça: “Temos um corpo docente extremamente qualificado e equipas motivadas e dinâmicas, o que nos permite, de facto, prestar um serviço de consultadoria de qualidade”. O Instituto qualificou-se assim em todos os domínios científicos de I&DT e inovação, nomeadamente Organização e Gestão e Tecnologias de Informação e

Comunicação, Desenvolvimento e Engenharia de Produtos, Serviços e Processos, Propriedade Industrial, Criação e Moda, Design, Comercialização e Marketing, Economia Digital, Qualidade, Ambiente, Diversificação e Eficiência Energética e Internacionalização. Já nas áreas de I&DT e Transferência de Tecnologia, o IPL qualificou-se em Ciências e Tecnologias do Ambiente, Ciências e Tecnologias do Mar, Ciências e Tecnologias dos Alimentos, Biotecnologia, Ciências da Saúde, Tecnologias e Ciências dos Materiais, Engenharia Mecânica, Engenharia Electrotécnica, Automação e Controlo, Tecnologias de Informação e Telecomunicações, Engenharia de Sistemas, Sistemas Energéticos e Novas Formas de Energia, Qualidade e Segurança Alimentar, Prevenção e Redução de Riscos e Gestão Industrial. “Temos a enorme vantagem de trabalhar em áreas muito abrangentes e diversas, que se demonstram na oferta das nossas escolas, nas áreas da saúde, artes, tecnologia, gestão, ensino, turismo, tecnologias do mar, etc., e que nos habilitam a trabalhar em vários domínios, investigar e estudar, e fornecer os resultados desse trabalho às empresas”, refere Nuno Mangas. K

Advanced Research in Virtual and Physical Prototyping

Conferência em Leiria 6 O Instituto Politécnico de Leiria reuniu 250 especialistas e investigadores na área da prototipagem virtual e física, na International Conference on Advanced Research in Virtual and Physical Prototyping (VRAP), um evento organizado pelo Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do IPL. Paulo Bártolo, responsável pelo Centro e pela organização da conferência, salientou a elevada participação na edição deste ano, a quinta, e ainda o facto de este ser já “um dos maiores fóruns mundiais neste domínio da tecnologia”. Os mais de 250 especialistas presentes vieram da Europa, Ásia, África, América do Norte, América do Sul e Oceania, representando 25 países, universidades, centros de I&D e centros tecnológicos. A conferência ficou marcada pela presença dos maiores especialistas mundiais na área, mas também de representantes de algumas das maio-

010 /// OUTUBRO 2011

Experimentadesign 2011

Leiria presente 6 Fernando Brízio, designer industrial e professor da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), será um dos conferencistas da experimentadesign 2011, foi um dos únicos dois portugueses a participar nas “Conferências de Lisboa” desta bienal internacional, que se realiza entre 28 de Setembro e 27 de Novembro. A Organização apresenta Fernando Brízio como “uma figura seminal do design nacional e o único português representado numa galeria internacional, a Galerie Kreo de design contemporâneo, em Paris”. Em exposição estará também “Fernando Brízio: Desenho Habitado”, a primeira retrospectiva do designer, que será integrada na série programática Don’t Look Back, no âmbito da direcção curatorial do Palácio Quintela, e que tem como principal objectivo ce-

Castelo Branco

Amato em Congresso 6 O Congresso Internacional de Homenagem aos 500 anos do nascimento do Médico Judeu João Rodrigues de Castelo Branco realizou-se nos dias 17 e 18 de Outubro, no auditório da Biblioteca Municipal de Castelo Branco. O Congresso “Amato Lusitano – A Memória e o Tempo” teve a presença do Embaixador do Estado de Israel em Portugal e da Embaixatriz dos Estados Unidos da América, dos representantes das Comunidades Judaicas em Portugal e do Presidente da Associação Portuguesa de Estudos Judaicos. Os três painéis constituiram este congresso tiveram como prelectores, especialistas nas mais distintas áreas como: Arqueologia, Medicina, História e Arquitectura que aprofundaram o conhecimento Publicidade

res marcas mundiais que, segundo Paulo Bártolo, “procuram a VRAP no sentido de estarem a par das mais recentes inovações científicas e tecnológicas”. Foram os casos, por exemplo, da HP, da BMW e da Airbus. Esta é, aliás, uma tendência avançada pelos especialistas presentes, que sustentam que “existe cada vez mais um envolvimento maior dos clientes no processo de desenvolvimento do produto, sendo no futuro igualmente cada vez mais os de-

signers dos seus próprios produtos”, afirma o responsável pela organização da VRAP. “Na VRAP 2011 foram apresentados vários desenvolvimentos nas áreas dos materiais e metodologias produtivas”, salienta Paulo Bártolo, acrescentando que teve ainda lugar uma sessão especial sobre tecnologias futuras. Em destaque estiveram também os novos sistemas de fabricação aditiva, novos materiais e novas metodologias bioinspiradas. K

lebrar e dar a conhecer em profundidade o trabalho de alguns dos mais importantes designers contemporâneos. «Esta exposição antológica, comissariada entre a experimentadesign e o próprio designer, proporciona uma visão intimista e pouco convencional do trabalho de Fernando Brízio», explica a Organização. K

da vida e obra de Amato Lusitano e os vestígios materiais e imateriais de Judaísmo, Cripto-Judaísmo e Cristãos Novos nos séculos XVI e XVII.K


Alunos e docentes do IPG

Prémio nacional para ESTG 6 O trabalho de um aluno e de duas professoras da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) foi premiado na 6.ª edição do Prémio Professor Rogério Fernandes Ferreira. O trabalho intitulado “Modelo de tributação do património em Portugal: uma evidência empírica”, da autoria de Germano Cardoso, inspetor tributário da Direção-Geral dos Impostos e primeiro mestre em Contabilidade pelo IPG,

e das professoras Fátima David e Rute Abreu foi galardoado com aquele prémio nacional. Este prémio é uma iniciativa do Centro de Estudos de Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão, de Lisboa, da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, destinado a galardoar, bianualmente, trabalhos originais em língua portuguesa. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

IPG

Guarda abraça inovação 6 “Inovação e Empreendedorismo na Beira Interior” é o tema de um ciclo de conferências que Instituto Politécnico da Guarda (IPG) - através da sua Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior (UDI) - vai promover entre 19 de Outubro e 9 de Novembro de 2011. Esta iniciativa engloba um conjunto de actividades centradas no objectivo principal de promoção do espírito empresarial e da inovação. “O papel do ensino superior politécnico é fundamental no desenvolvimento económico e social. Numa região como a Beira Interior, que sofre de vicissitudes difíceis de contrariar de que se destacam o despovoamento, o envelhecimento da população, a incipiente industrialização e o au-

Candidaturas na Guarda 6 O Instituto Politécnico da Guarda tem abertas, até ao próximo dia 21 de outubro, as candidaturas para uma pós-graduação em Termalismo e Turismo da Saúde. O curso tem como objetivos a profissionalização, qualificação e especialização de técnicos superiores de saúde na prestação de serviços diferenciados, contextualizados no universo dos Estabelecimentos Termais e outras, bem como o estabelecimento de uma linha de investigação aplicada à medicina termal e hidrologia clínica. Complementarmente, está formatada e desenhada para, de forma transversal e flexibilizante, dotar os seus participantes de capacidades específicas de organização, gestão e direção de Unidades Termais e/ou Complexos de Lazer e Bem-Estar. Este curso é entendido como um projeto inovador de qualificação e especialização de “Quadros Diferenciados para o Cluster Termal”, realizado com a cooperação de diversos atores que direta e indiretamente se movimentam no território do termalismo tendo em vista a partilha de competências e capacidades multidiscipli-

nares e a melhoria da qualidade da oferta termal nacional e a modernização e internacionalização dos Estabelecimentos Termais Portugueses. Este curso pretende ter uma visão estratégica de promoção e refundação do termalismo clássico, através de um cruzamento de interesses e saberes, métodos e técnicas, muito para além dos que nos são mais comuns e tradicionais ao nível das Unidades Termais e que valorizam as terapias e técnicas hidrológicas, quando se assiste hoje, no universo do turismo de saúde, ao despontar e consolidar de inovadoras e múltiplas técnicas e terapias

complementares alicerçadas nas tecnologias e na instrumentação residentes em espaços não termais. Esta formação especializada pretende potenciar a preparação humana e técnica de todos os seus participantes, oferecendolhes e disponibilizando-lhes um conhecimento conceptual e científico, atual e moderno, sobre o universo multidisciplinar de Métodos Terapêuticos Hidrológicos e, ainda, de Técnicas e Terapias Complementares Balneológicas residentes no universo termal. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Assembleia Municipal da Guarda aprova

Moção por mais alunos no IPG mento do desemprego, torna-se ainda mais imperativo olharmos para a realidade económica e analisarmos quais as mais-valias e potencialidades de desenvolvimento”, refere Teresa Paiva, directora da UDI/IPG. K

Politécnico da Guarda

Cursos Livres em Seia 6 A Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Politécnico da Guarda, sediada em Seia, vai a promover, durante o ano letivo 2011-12, diferentes cursos livres dirigidos a estudantes e restante comunidade. Estes cursos permitem a alunos dos diversos graus de ensino, profissionais ativos e restantes interessados, uma atualização profissional ou a aprendizagem de novos conhecimentos técnicos e científicos. Para os estudantes,

Pós-Graduação em Termalismo e Turismo de Saúde

estes cursos livres poderão ser contabilizados como disciplinas suplementares e constar do Suplemento ao Diploma. Os cursos a promover nas áreas das línguas estrangeiras, informática e tecnologias de informação e Hotelaria serão lecionados em horários pós-laboral e irão decorrer repartidos pelos dois semestres letivos. Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _ K

6 A Assembleia Municipal da Guarda acaba de aprovar, por maioria, moções contra portagens, para aumento do número de alunos no Instituto Politécnico, pela manutenção da maternidade e pela conclusão das obras de modernização da linha da Beira Baixa. Aquele órgão aprovou a proposta apresentada por Pedro Nobre (PSD) que visa contribuir para o aumento das colocações no Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Para aumentar a entrada de mais alunos no IPG é sugerido ao ministro da Educação que proceda à “redução do número de vagas oferecidas em alguns cursos nos grandes centros urbanos, de forma a que a capacidade instalada nas instituições do interior possa ser adequadamente rentabilizada”. Por proposta do deputado socialista Pedro Guerra, a assembleia presidida por João de Almeida Santos (PS) aprovou também uma moção a exigir a continuidade da maternidade do hospital Sousa Martins.

Pedro Guerra alegou que “há muitas razões para que continuem a nascer crianças na Guarda”, apontando que a opção é “inquestionável” em termos técnicos e “até pela própria geografia e acessos rodoviários no distrito”. “É relevante que o número de partos é aqui superior ao de qualquer outra maternidade da região

a que nos querem comparar, mas também porque a qualidade do serviço aqui prestado é patente nas estatísticas”, referiu. O socialista alegou que a continuidade da maternidade também se justifica pelas obras em curso de ampliação e modernização do hospital. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

OUTUBRO 2011 /// 011


Viseu

Militares no Politécnico 6 Uma delegação do Instituto de Estudos Superiores Militares visitou o Instituto Politécnico de Viseu com o intuito de proporcionar aos Oficiais Alunos um conhecimento da realidade social, económica, cultural e históricomilitar do distrito de Viseu. Tratou-se de uma atividade desenvolvida ao nível do Curso de Estado-Maior – Exército. A delegação do IESM foi representada pelo Oficial-General Subdiretor daquele Instituto, pelo Coronel Diretor do Curso, por um Major Professor e 21 Oficiais Alunos, dois dos quais de países amigos, Angola e Moçambique, respetivamente. No Politécnico de Viseu, os visitantes foram recebidos pela Vice-Presidente, Paula Carvalho, que deu a conhecer a realidade da instituição, nomeadamente ao nível da formação que aqui é ministrada, da investigação e da aposta na valorização do corpo

docente. Focou, ainda, a abertura do IPV ao exterior, tendo em vista a cooperação com o meio e realidade envolventes. Destacou também a política de relações e cooperação que extravasa as fronteiras nacionais e que se estende a outros continentes. Foram diversas as questões postas pelos militares e a partilha de experiências entre as

duas instituições, que se distinguem pelo tipo de ensino superior que prestam. Entre outros, foram abordados temas como a empregabilidade dos cursos do IPV, a origem geográfica dos seus alunos e a acreditação de cursos superiores. K Ester Araújo _ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Politécnico de Viseu

Mais colocações que vagas

6 O Instituto Politécnico de Viseu já recebeu este ano cerca de mil e 600 novos alunos, o que corresponde a 102,5% do número de vagas disponibilizadas para o concurso nacional, número que ainda poderá crescer na terceira fase de colocações. Os números apresentados dizem apenas respeito aos candidatos às 37 licenciaturas disponibilizadas pelo IPV. Por apurar está ainda o número de novos alunos de cursos de mestrado e de especialização tecnológica cujas candidaturas e inscrições se encontram ainda a decorrer. O Instituto acolheu durante este período os estudantes, ansiosos em procederem à sua matrícula e em conhecer rapidamente os espaços, as valências, os colegas, nesta etapa das suas vidas que agora se inicia. Para os receber e ajudar no processo de integração na família do Politécnico de Viseu, contaram com a colaboração dos serviços e das pessoas da instituição, professores, alunos e funcionários que os acolheram de braços bem abertos. Os novos alunos escolheram o Instituto Politécnico de Viseu como primeira opção. O prestígio da instituição, a proximidade de casa, as expectativas de saídas profissionais e as influências de antigos alunos e de amigos mais

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próximos estão na base dessa decisão. Para Joana Teixeira, natural de Canas de Senhorim, que entrou no curso de Comunicação Social em primeira opção, o que pesou mais na sua escolha foram os factores proximidade geográfica “aqui fico mais perto de casa” e “as condições muito boas” que a Superior de Educação oferece. Já para Joana Calvin, o factor proximidade não se coloca, uma vez que a nova aluna do curso de Artes Plásticas e Multimédia, escolha também em primeira opção, é natural do Algarve. O que a influenciou positivamente a ingressar na ESEV “foram as colegas e amigas”, que lhe falaram muito bem da instituição, concluindo lapidarmente a sua primeira impressão sobre a Escola: “A ESEV é um es-

pectáculo!”. Carlos Daniel, natural de Castro Daire, matriculou-se no curso de Enfermagem. Na base do curso ter sido a primeira opção da sua candidatura, está a boa imagem da Escola Superior de Saúde, as saídas profissionais e os factores proximidade e financeiro. Neste seu 1º dia, ênfase para as condições que a Escola disponibiliza “gostei muito da Escola. Tem muito boas condições”. Oriunda de Lisboa, e colocada também ela em primeira opção no curso de Engenharia Agronómica da Escola Superior Agrária, Francisca escolheu Viseu para estudar “porque tinha pessoas que me podiam acolher”. No que concerne às primeiras impressões sobre a Agrária, nenhuma dúvida: “pelo que eu vi a Escola é mesmo muito boa”. K

I Congresso Internacional do Garrano

Vitória em Viana 6 O I Congresso Internacional do Garrano, que decorreu em Setembro, em Viana do Castelo, teve como ponto alto a oficialização da Candidatura do Cavalo Garrano a Património Nacional, iniciativa coordenada pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo e fundamental para a luta contra a extinção da espécie. A propositura foi entregue ao representante da Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Daniel Campelo, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. De salientar que a Candidatura conta agora com o Alto Patrocínio do Presidente da República, Cavaco Silva, assim como com a participação da Direcção Geral de Veterinária, que passa a integrar a Comissão de Honra. Ainda na ocasião da Ce-

rimónia Oficial, foram nomeados os Embaixadores desta causa, que terão como principal objectivo contribuir para a manutenção deste recurso biológico insubstituível, oriundo da raça Garrana. Nuno Vieira e Brito, vice-Presidente do Instituto e coordenador da Candidatura, ressalta a importância desta iniciativa por se tratar de uma raça protegida, devido ao risco de extinção, encontrando-se, actualmente, muito poucos exemplares quer em liberdade quer na posse de criadores. “Para além disso, são animais com muitas funcionalidades e utilidades, desde a hipoterapia, a equitação como aprendizagem, o desporto, em particular a atrelagem, o turismo e características ímpares da raça, como corrida em passo travado”, complementa Nuno Brito. K

O papel da sociedade civil na Europa

Debate em Coimbra 6 “O Papel da Sociedade Civil nas Políticas das Dependências”, foi o tema que juntou, este mês, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, especialistas nacionais e estrangeiros (Áustria, Alemanha, Bélgica, Bósnia, Eslovénia, Espanha, Suíça e Ucrânia) nas áreas da prevenção e da terapêutica dos problemas associados ao consumo de substâncias psicoativas. Na sessão de abertura, a Presidente da escola, Maria da Conceição Bento, enalteceu o trabalho desenvolvido nesta área, sobretudo por Fernando Mendes (Irefrea) e por Irma Brito (docente da escola responsável pela organização da conferência e por projetos de Educação pelos

Pares vocacionados para o combate das dependências), ao nível da formação, da intervenção (de rua) e da investigação. Para Maria da Conceição Bento, Fernando Mendes e Irma Brito são um exemplo na mobilização de recursos e do trabalho voluntário da sociedade civil, fazendo mais com menos, e, assim, contribuindo para melhorar a saúde das populações. A Conferência, que funcionou simultaneamente como a 3ª Escola de Verão em Educação pelos Pares, foi coorganizada pelo IREFREA, pelo EURO-TC, pela Associação Existências, pela escola e pela Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem. K


Colaboração internacional

Húngaros em Beja 6 No âmbito do protocolo assinado entre o Politécnico de Beja e o Colégio Universitário de Szolnok (Hungria) a instituição portuguesa recebeu, a 21 e 22 de Setembro, três vice-reitoras da instituição húngara. A visita tem como objetivos: fazer o ponto da situação dos processos de mobilidade Erasmus entre as duas instituições e fechar o processo de construção da pós-graduação conjunta em Cultural Animation, Leisure and Tourism. A pós-graduação irá funcionar em Szolnok em sistema

b-learning, com inicio previsto para o 2º semestre do ano letivo de 2011/2012, sendo assegurada por docentes das duas instituições. O programa de visita incluiu reuniões com a Presidência do Instituto, Serviços de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico, Gabinete de Mobilidade e Cooperação, directores dos cursos de Animação Sociocultural e de Turismo e com a equipa docente do Instituto responsável pela pós-graduação a realizar em Szolnok. K

Cursos livres de Árabe, Espanhol e Francês

Beja abre inscrições 6 O Centro de Línguas e Culturas do Instituto Politécnico de Beja, tem abertas, até 29 de Outubro, as inscrições para cursos livres de Árabe, Espanhol e Francês, a decorrer em horário laboral, com início previsto para Novembro O curso de iniciação à língua árabe e à cultura islâmica tem 60 horas e decorre às segundas e terças-feiras, das 18h30 às 20h30. Também com 60 horas, os cursos de iniciação do francês e espanhol decorrem das 18 às 20 horas, às segundas e quartas e terças e quintas, respectivamente. A abertura dos cursos é condicionada a um número mínimo de inscrições. As propinas para

frequência dos cursos variam entre os 230 euros, para o público em geral e os 160 euros para os estudantes. Os funcionários pa-

gam 200 euros. Os interessados devem contactar o Centro de Línguas e Culturas através do e-mail clc@ipbeja.pt. K

Novos alunos

Festa em Torres Novas 6 A comissão de praxes da Escola Superior de Educação de Torres Novas deu as boas-vindas aos novos alunos deste novo ano lectivo (2011/2012), nos dias 15 e 16 de Setembro. Dois dias de animação e divertimento tiveram como objectivo para integrar os caloiros e dar-lhes a conhecer a dinâmica da Instituição.

No dia 16 realizou-se uma sessão de recepção e acolhimento, no anfiteatro, onde todos os alunos foram recebidos pelo Director da Escola Superior. O dia culminou com o baptismo na Tarambola, onde os padrinhos cumpriram o ritual académico ao baptizar os seus afilhados nas águas do rio Almonda. K

Empreendedorismo

Viana vai às escolas 6 A Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo vão avançar, durante o ano lectivo de 2011/2012, com um projecto-piloto junto das escolas e da comunidade educativa regional, relacionado com o desenvolvimento de actividades que promovam competências e atitudes empreendedoras desde os primeiros anos da escolaridade obrigatória. O objectivo é fomentar a apropriação social do espírito e cultura empreendedora nos três primeiros níveis de ensino (pré-escolar, 1º e 2º ciclos), através da criação de ambientes de aprendizagem motivadores, gratificantes e exigentes que promovam o espírito de ini-

ciativa, a capacidade de gerar e aplicar ideias e uma maior criatividade e autoconfiança, reforçando estes elementos em todos os currículos e áreas de estudo. Esta iniciativa será desenvolvida no âmbito do eixo da “Educação para o Empreendedorismo”, da Rede Regional de Apoio ao Empreendedorismo do Alto Minho, coordenada pelo IPVC, pretendendo-se que, numa primeira fase, abarque uma amostra educativa composta por 30 turmas de escolas do Alto Minho, com o objectivo final de cobrir todo o território, abrangendo todas as escolas e os diferentes níveis de ensino, desde os níveis de ensino iniciais até à formação ao longo da vida. K

Politécnico de Tomar

ESTA com nova escola 6 A Presidente da Câmara Municipal de Abrantes acaba de garantir o lançamento do Concurso Público Internacional para a construção das novas instalações da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes do Instituto Politécnico de Tomar. Maria do Céu Albuquerque falava durante o início do ano lectivo daquela escola, no passado dia 12 de Outubro. A autarca referiu que a concretização do projecto ficará condicionada à atribuição de verbas dos fundos do QREN, destacando a importância daquela instituição de ensino superior para a cidade e a região. Nessa sessão, o vice-presidente do Instituto Politécnico de Tomar, Miguel Pinto dos Santos, enquadrou a abertura do novo ano lectivo no difícil contexto económico e financeiro que afecta o país, sublinhando a importância da formação contínua e

orientada para as necessidades do mercado de trabalho, para a empregabilidade e produtividade dos recursos humanos. Já o Director da ESTA, Luís Ferreira, destacou a afirmação da ESTA e do IPT a nível regional, designadamente através da colaboração e prestação de serviços a diversas empresas em áreas técnicas leccionadas na ESTA, bem como o reforço do processo de internacionalização através das relações de parceria estabelecidas com a Universidade Metropolitana de Angola visando, numa primeira fase, o intercâmbio de alunos e docentes. Sublinhou ainda a aposta da ESTA no lançamento de novos cursos de Mestrado e Pós-Graduação, designadamente em “Informática na Saúde”, “Higiene e Segurança no Trabalho” e “Energias Renováveis”. De referir que a Escola Supe-

rior de Tecnologia de Abrantes inicia o ano lectivo 2011/12 com 117 novos alunos matriculados no 1º ano lectivo das licenciaturas ministradas em Abrantes. A ESTA tem actualmente cerca de 500 alunos a frequentarem cursos de Pós-Graduação, Licenciaturas, e de Especialização Tecnológica ministrados nesta Escola do Instituto Politécnico de Tomar. As cinco licenciaturas leccionadas na ESTA totalizam, até ao momento, 391 alunos efectivamente matriculados nos seus vários semestres. Esperam-se ainda mais alunos novos, a serem colocados na ESTA durante a 3ª fase de candidaturas ao ensino superior. De realçar também a procura registada para a nova Pós-Gradução em Produção Industrial que, com 16 alunos, esgotou as vagas previstas. A ESTA conta ainda com mais de 80 alunos inscritos em CET’s. K

OUTUBRO 2011 /// 013


Mestrado em Reabilitação Urbana

Futuro das ESE’s em debate

Portalegre já em marcha

Aripese reúne em Viana

6 A 1ª edição do curso Mestrado em Reabilitação Urbana, que irá ser leccionado na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, iniciou-se a 29 de Setembro, tendo contado com a presença dos presidentes dos Politécnicos de Tomar e Portalegre, Eugénio de Almeida e Joaquim Mourato respectivamente, onde destacaram a importância desta parceria entre os dois Politécnicos. Eugénio de Almeida destacou o trabalho desenvolvido pelos docentes de ambos os politécnicos que tornaram possível esta parceria. Joaquim Mourato, afirmou acreditar que o futuro passa pela racionaliza-

ção de recursos, e espera que o Politécnico de Portalegre possa alargar as suas parceria tendo como objectivo tornar a oferta formativa mais rica, mais forte, interessante e competente. Esta formação pretende dar sequência ao ciclo de formação

existente, ao nível da Licenciatura em Engenharia Civil, possibilitando o prosseguimento dos estudos e contribuindo para a valorização e o enriquecimento profissional na área da formação especializada e pós-graduada. K

IPP

Novas doutoras em Portalegre 6 Luísa Maria Serrano de Carvalho Concluiu o Doutoramento em Ciências da Educação com a defesa da tese intitulada “A aprendizagem de indivíduos nãoalfabetizados pertencentes a comunidades com elevados índices de analfabetismo”. A prova pública de defesa da tese decorreu na Sala de Actos da Universidade de Évora. Em conformidade com o Regulamento do Ciclo de Estudos conducente ao Grau de Doutor pela Universidade do Évora, a tese foi “Aprovada com Distinção e Louvor” (18 valores). Maria Luísa de Sousa Panaças defendeu a tese em Intervención Psicopedagógica y Educación Es-

Doutora Luísa Carvalho e Doutora Luísa Panaças pecial intitulada “Desenvolvimento das Culturas Inclusivas para a Educação em Portugal: um estudo de caso”. O acto público de defesa da tese ocorreu no pas-

sado dia 19 de Setembro na Faculdade de Ciências da Educação da Universidade da Estremadura, Espanha. A tese foi Aprovada com Sobresaliente cum laude. K

Protecção em debate

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alargado, tendo em conta os dois temas que servem de base ao encontro. Na sessão plenária Garantia e Qualidade da Formação serão oradores Madalena Fonseca e Sérgio Machado dos Santos, das A3Es. “Neste painel serão apresentados e discutidos os critérios de qualidade que a A3Es entendem como fundamentais para a aprovação de novos cursos e acreditação dos que estão a funcionar. Já na segunda sessão plenária, em que será debatida a avaliação do desempenho docente, serão oradores João Leal (IPBeja) e Rui Antunes (IPCoimbra), vão ser apresentados os modelos daqueles institutos politécnicos, podendo os presentes sugerir alterações. No debate poderá ainda ser abordada a questão da criação de um centro de investigação aplicada dos diferentes politécnicos, uma ideia que já começou a ser debatida e que poderá sofrer avanços no decorrer do encontro da Aripese. Os interessados em participar no encontro devem fazer a sua inscrição, sendo que um determinado número de docentes das escolas associadas beneficiam de um apoio à participação. K

IP Setúbal

Estg de Portalegre

6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre foi o palco escolhido para a realização de um workshop sobre “Protecção de propriedade Intelectual e Industrial”, que decorreu a 28 de Setembro. A iniciativa foi organizada pelo Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação em parceira com Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, que contou com a participação de empresários locais e regionais, além da presença de investigadores do Politécnico de Portalegre. Este workshop contemplou diversas abordagens, entre as quais: a apresentação dos servi-

6 Qualidade e Inovação é o tema do encontro nacional da Associação de Reflexão e Intervenção na Política Educativa das Escolas Superiores de Educação (Aripese), que decorre a 20 e 21 de Outubro, em Viana do Castelo, e tem como objectivo debater as questões mais prementes daqueles estabelecimentos do Ensino Superior Politécnico. “Trata-se de um encontro para que os docentes das ESE’S se conheçam melhor dentro das áreas respectivas, que sirva para estabelecer e potenciar redes, parcerias e projectos comuns. Por outro lado, visa rentabilizar as experiências e conhecimentos gerados em algumas ESE, que possam contribuir para resolver eventuais problemas sentidos noutras escolas”, refere o presidente da Aripese, Henrique Gil, docente na Superior de Educação de Castelo Branco. O encontro pretende ser um espaço de trabalho, com vários ateliês onde os docentes das diferentes áreas poderão reflectir e elaborar conclusões que sirvam de base a um documento que defina uma estratégia para as escolas. No início conta porém com um debate

Conservação é no Barreiro 6 A Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/ IPS) promove as Jornadas da Conservação e Reabilitação - Novos desafios e soluções para a edificação em Portugal, a decorrer no próximo dia 20 de Outubro. O objectivo do evento passa por reunir profissionais e investigadores nas áreas da conservação e reabilitação criando, assim, um fórum de discussão sobre a actual problemática do edificado. As jornadas destinam-se a Publicidade

ços da Loja de Exportação (António Cebola - Iapmei); uma enorme reflexão e debate dos mecanismos da propriedade industrial para as estratégias empresariais (Investigador e Docente da Estg/

IPP - Rui Pulido Valente); protecção da propriedade industrial: marcas, patentes e outras modalidades (Laura Azevedo, Nuno Lourenço e Dina Chaves - Clarke, Modet & Co Portugal). K

técnicos, investigadores e decisores ligados ao sector da construção, bem como a estudantes de Engenharia Civil, Gestão da Construção, Arquitectura e Conservação e Restauro. Em paralelo, decorre uma sessão de posters onde são apresentadas medidas de intervenção realizadas no âmbito do protocolo de colaboração entre a ESTBarreiro/IPS e a Câmara Municipal do Barreiro relativamente à manutenção/conservação da Urbanização da Quinta da Mina. K


Manuel Poirier Braz, advogado e consultor de empresas, explica

Como conquistar um emprego 7 Manuel Poirier Braz, advogado e consultor de empresas, escreveu nos últimos cinco anos onze livros, oito deles já publicados. Como Conquistar um Emprego foi publicado pela editorial Presença e pretende ajudar a conseguir um emprego em tempo de crise económica e desemprego crescente. Em entrevista, a que responde por e-mail, o autor defende uma atitude optimista e verdadeira quando se procura um trabalho, afirma que as famílias e a escola não preparam os jovens para a vida profissional, e deixa os principais conselhos a seguir em qualquer entrevista de emprego.

opinião, o erro mais grave que se pode cometer numa entrevista de selecção é mentir sobre as habilitações ou sobre os antecedentes profissionais. É também necessário evitar as “meias verdades”, pois como disse o nosso grande escritor Almeida Garrett: “A metade da verdade é uma mentira completa.” O desemprego nas sociedades ocidentais é um fenómeno com tendência a agravar-se?

Como Conquistar um Emprego já está nas bancas. Porquê este livro? A ideia de escrever este livro surgiu da constatação de que nem a família nem a escola estão a preparar os jovens para a vida profissional. Todavia, a educação para a vida deveria ser a preocupação essencial daqueles que têm responsabilidades em relação à juventude. É necessário e urgente que as conversas das famílias e os currículos escolares passem a incluir valores e conceitos como: integridade, ética, responsabilidade, respeito pela lei e pelos direitos dos outros cidadãos, disciplina, amor ao trabalho, pontualidade e assiduidade, esforço de poupança e desejo de superação. Afirma no final da nota prévia de Como Conquistar um Emprego que “Este livro é dirigido a todos aqueles que lutam por conseguir um emprego, especialmente aos jovens que, por falta de independência económica, se vêem forçados a protelar os seus legítimos projectos de vida e correm o risco de descrer da liberdade e da democracia”...

Manuel Poirier Braz dá-lhe algumas dicas de como arranjar um emprego que daria a quem está à procura de emprego?

De um modo geral os jovens de hoje, incluindo os que concluem o ensino superior, manifestam um desconhecimento impressionante sobre o que se passa no mundo do trabalho. Por isso, muitos deles, quando procuram um emprego limitamse a enviar alguns currículos através do correio ou pela Internet e ficam passivamente a aguardar que sejam contactados. Ao indicar vários caminhos para o aperfeiçoamento pessoal e para conquistar um emprego e ao proporcionar uma visão, ainda que sintética, da perspectiva da empresa face aos objectivos do recrutamento e da selecção, este livro procura fornecer uma ajuda prática, útil e realista, a todos aqueles que lutam pela conquista de um primeiro emprego ou para sair de uma indesejável situação de desemprego.

Acima de tudo assumir uma atitude optimista, visto que o pessimismo é o primeiro passo para o fracasso. A “profissão” de quem está desempregado é procurar um emprego e as profissões exercem-se a tempo integral ou seja, pelo menos das 9 às 19 horas de todos os dias úteis. Quem procura um emprego deve dedicar a esse objectivo todo o seu tempo disponível. Só esta atitude permitirá reduzir o tempo durante o qual vai estar desempregado. Quando se procura um emprego a resposta mais frequente é ‘Não’. Nunca se deixe abater por cada recusa. Quanto mais vezes ouvir a palavra ‘Não’ mais próximo estará do ‘Sim’. Oriente a sua procura de emprego para as micro, pequenas e médias empresas, pois apesar de oferecerem menos regalias são as principais criadoras de emprego e é mais fácil ter acesso aos respectivos responsáveis. Abra o leque das suas opções e, se já trabalhou, não fique à espera de obter o mesmo tipo de trabalho que fazia antes. Talvez tudo se torne mais fácil se, em vez de procurar emprego, o leitor procurar trabalho.

Quais seriam os principais conselhos

Um só gesto negativo de um candidato

a emprego pode ser suficiente para deitar por terra a entrevista de trabalho e a hipótese de conseguir o lugar? As pessoas que, dentro e fora das empresas, efectuam recrutamento e selecção são especialistas que estão preparados para compreender e aceitar as hesitações e dificuldades dos candidatos a emprego. O seu objectivo é encontrar os mais inteligentes, os mais aptos, os mais experientes e, por vezes, os menos exigentes. Daí não ser previsível que um simples gesto negativo possa, só por si, comprometer a candidatura a um emprego. Existe, contudo, um aspecto que é essencial: a pontualidade. Chegar atrasado a uma entrevista de emprego (mesmo que o atraso seja pequeno) é o mesmo que pedir para não ser admitido. Com efeito, de uma maneira geral, os entrevistadores eliminam, sem necessidade de qualquer outra consideração, os candidatos que chegam atrasados. Na sua opinião, o que é absolutamente proibido fazer numa entrevista de trabalho? Em regra, o entrevistador espera encontrar uma pessoa sincera e dotada de frontalidade, ou seja, que não dá respostas evasivas ou redundantes. Na minha

A sociedade de abundância e exigência ocidental, de que temos feito parte, encontra-se dramaticamente confrontada com as sociedades de renúncia asiáticas, africanas e de alguns países centro e sulamericanos. Perante esta nova realidade, o modelo de Estado-providência europeu tornou-se demasiado oneroso em relação ao resto do mundo e, a breve trecho, a sua manutenção será impossível. Deste modo, a perda progressiva de regalias sociais, o desemprego e a dificuldade em conseguir um primeiro emprego serão as vertentes de um verdadeiro flagelo que assola as sociedades ditas “ocidentais” e para o qual os governos não encontram soluções viáveis e consistentes. Tudo indica, infelizmente, que o fenómeno do desemprego se irá agravar no futuro e que o nosso país não poderá constituir uma excepção. Este livro vai ajudá-lo a conquistar um emprego como escritor? Qualquer que seja o interesse despertado pelos meus livros continuarei a exercer a profissão de advogado e consultor de empresas, actuando como profissional independente. O facto de nos últimos cinco anos ter escrito onze livros, dos quais se encontram publicados oito, não permite que me considere “escritor”, nem que encare essa profissão como modo de vida. Aliás, pelo menos desde Camilo Castelo Branco, é sabido como no nosso país é difícil fazer das letras profissão. De qualquer modo, a actividade de escritor não seria compatível com a subordinação hierárquica que, por sua vez, constitui uma das principais características do contrato de trabalho. De facto, para que o escritor possa ser verdadeiramente criativo é indispensável que seja livre e independente. É talvez por isso que nalgumas sociedades onde não existe liberdade e democracia pode haver crescimento económico, mas a actividade literária é quase inexistente. K Eugénia Sousa _ Direitos Reservados H

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Um Projecto de Educação Intercultural

Terra Colorida em Porto Salvo 6 A Escola E.B. 2,3 com ensino Secundário Aquilino Ribeiro é uma Escola Associada da Unesco, localizada na freguesia de Porto Salvo no concelho de Oeiras, sendo um agrupamento com 1722 alunos, desde o pré-escolar até ao 12º ano. Em 2009 foi elaborada uma proposta para a escola se tornar um território de intervenção prioritária, constatando-se que a multiculturalidade na escola era base de conflitos e não um elemento de enriquecimento da comunidade escolar. A partir deste pressuposto elaborámos um projeto de Educação Intercultural intitulado “Terra Colorida” desenvolvendo atividades de educação intercultural para uma melhor integração dos alunos na comuni-

dade escolar. Tendo 83% da população escolar nacionalidade portuguesa, na altura 14% dos alunos eram de ascendência africana, como 36% dos Encarregados de Educação. A primeira meta do projeto educati-

vo em 2009 era “Contribuir para a formação de uma cidadania ativa, dentro de uma cultura para a paz, para a solidariedade e para o diálogo intercultural” foi neste contexto que nasceu o projecto “Terra Colorida”. O projeto era aberto a toda a comunidade escolar, e principalmente a professores que quisessem trabalhar “a favor” da diversidade usando os princípios da educação intercultural - incentivando o respeito pelos povos e culturas do mundo, valorizando os saberes individuais, promovendo o reforço da auto-estima e a integração na escola e na sociedade. A partir do ano letivo 2009/2010 e ainda em 2010/2011 foram elaboradas atividades e materiais pedagógicos em formato

Dia da Alimentação

digital facultados em maletas pedagógicas digitais disponíveis nos computadores da escola para serem utilizados pelos directores de turma na aula de formação cívica. Um exemplo foi o mês dos Direitos Humanos, começando a 16 de novembro com o dia da Tolerância e terminando com o dia 10 de dezembro. Nesta pasta havia documentos oficiais da ONU, livros digitais e textos informativos para serem explorados pelo professor e pelos alunos numa aula dedicada ao tema. Estas atividades foram desenvolvidas em colaboração com o núcleo UNESCO da escola e com a Biblioteca/Centro de Recursos. No corrente ano o projeto alarga a sua influência às aulas

de língua portuguesa no 2º ciclo trabalhando lendas dos países lusófonos. Com o apoio da Direção e aproveitando o facto de a maioria das famílias de origem africana serem de Cabo Verde, os professores do projeto têm promovido contactos com escolas de Cabo Verde para estabelecer um intercâmbio escolar. Um passo importante nesse sentido vai ser certamente a participação da Escola, precisamente com o projeto “Terra Colorida”, no Encontro de Escolas Associadas de Cabo Verde que terá lugar em Novembro próximo, na Cidade da Praia. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Antónia Ramos _ Margarida Salvador (coordenadora) _

Ano Internacional em estremoz

O que comem os nossos filhos Química de Rua 6 O Ano Internacional da Química vai estar em destaque na iniciativa Ciência na Rua, a decorrer nos dias 5 e 6 de novembro, em Estremoz, com companhias artísticas a ilustrarem experiências cientificas. A iniciativa vai explorar as temáticas: Tabela Periódica, Lavoisier, Química e Saúde, Química e Alimentação, Química e

6 A variedade, a qualidade e a diminuição dos fritos e doces foram alguns dos aspetos positivos de uma avaliação que a revista Teste Saúde, da Associação de Defesa do Consumidor – Deco - realizou às ementas escolares e que revelou uma melhoria significativa desde 2005. A técnica Dulce Ricardo, da associação de defesa de consumidor DECO, sublinhou a importância do papel da escola na educação alimentar das crianças. “A maior parte dos pais não tem tempo para realizar um almoço equilibrado para os filhos, sendo as cantinas escolares a solução para estes alunos”, disse. Para este estudo foram analisadas 2.010 refeições de 100 escolas do segundo ciclo do ensino básico, distribuídas de norte a sul do país, numa investigação agora divulgada a propósito do Dia da Alimentação, que se assinala domingo. “As escolas - públicas e privadas – revelam uma grande preocupação em fornecer uma alimentação equilibrada aos alunos”, disse Dulce Ricardo. Contabilizando esta evolução, a técnica indicou que 45 por cento das ementas avaliadas recebeu a classificação de “muito bom”, 50 por cento “bom” e cinco por cento “médio”. Ao contrário de um estudo idêntico realizado em 2005, não houve avaliações nega-

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Cor, Química e Investigação Criminal e Química e Energia. O evento é promovido pelo Centro Ciência Viva de Estremoz, em colaboração com a Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora e a Câmara Municipal de Estremoz. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Escola Secundária Afonso Lopes Vieira H tivas. A técnica congratulou-se com dados como a presença da sopa em todas as ementas e de legumes e leguminosas que “são as mais aconselhadas”. Na componente proteica do prato, a DECO identificou uma correta alternância entre carne, peixe e ovos, criticando, contudo, a ainda “utilização excessiva de carnes vermelhas”. “Os acompanhamentos são variados, com um predomínio de arroz e batata, mas com “um cada vez menor recurso aos fritos”. Em 2005, frisou Dulce Ricardo, apenas nove por cento dos estabelecimentos incluíam legumes no prato, mas atualmente 65 por cento das ementas têm esta com-

ponente. Ao nível dos doces, a sua frequência desceu face a 2005, encontrando-se presente a fruta, cuja existência nas ementas das escolas públicas é obrigatória. A propósito desta avaliação, a DECO recomenda aos pais que expliquem aos seus filhos que “as refeições são muito melhores nas cantinas do que nos bares, bufetes ou snacks das máquinas automáticas”, além de “mais baratas na maioria dos casos”. Às escolas, os autores do estudo aconselham que melhorem o espaço físico das cantinas e que envolvam o alunos nesta remodelação. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Direitos Reservados H

Agrupamento Cidade de Castelo Branco

Vitória no Eco-código 6 O Agrupamento Cidade de Castelo Branco obteve o 1º prémio no Concurso Nacional Ecocódigo”, no escalão do 2º, 3º ciclos, secundário e profissionais. O concurso, desenvolvido no âmbito das actividades do Projecto Eco-Escolas, organizado pela Associação Bandeira Azul da Europa, pretende estimular a participação e a criatividade dos jovens envolvidos no Programa Eco-Escolas através da produção de um trabalho de comunicação:

um poster. O trabalho desenvolvido pela equipa Eco-Escolas e pela turma do 8º A (2010/2011), na disciplina de Educação Visual, implicou pesquisa sobre questões ambientais e utilização de técnicas de desenho e pintura manuais posteriormente transferidas para suporte digital. O prémio atribuído reconhece a qualidade dos conteúdos, a disposição gráfica e correcção de todos os elementos, a originalidade e a criatividade. K


Bolsas de estudo

Academias querem mudanças Associação Académica

Coimbra com candidato 6 O estudante de Direito André Costa apresentou hoje a sua candidatura à liderança da Associação Académica de Coimbra, afirmando encabeçar um projeto de mudança, baseado na meritocracia e apostado em colocar a AAC na vanguarda. “Somos um projeto de mudança, para a concretizar vamos apostar na meritocracia, nos valores da seriedade e qualidade”,

afirmou André Costa, ao adiantar que cada pessoa na sua equipa será escolhida “por critérios de mérito e competência”. O jovem finalista da licenciatura de Direito foi o primeiro a apresentar oficialmente a sua candidatura aos corpos gerentes da AAC, cuja direção-geral é atualmente presidida por Eduardo Melo. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Associação Académica de Viseu

Tiago Santos toma posse 6 Tiago Santos acaba de ser reeleito, por unanimidade, como presidente da Associação Académica de Viseu. Após este resultado histórico o reeleito presidente da Direcção considera que terminou o mandato com a “casa arrumada” e com um sentimento de “missão cumprida” por ter conseguido unir a academia e todas as estruturas estudantis em torno do seu projecto. Além de Tiago Santos, a direcção conta com Liane Santos (ESEV), Sara Fonseca (ESEV), Nuno Dente (ESTGV), Joel Lima (ESEV), Kelly Rodrigues (ESTGV), Ana Rodrigues (ESEV), Miguel Paiva (ESTGV), Nuno Lopes (ESEV), Ricardo Loureiro (ESTGV), Carlos Correia (ESAV), Vera Nunes

(ESAV), Pedro Oliveira (ESTGL), André Pereira (ESSV), Joana Lemos (ESEV). Na Assembleia Geral presidida por Nuno Couto (ESTGV), estão ainda Patrícia Pinto (ESEV), Ricardo Henriques (ESSV) e Henrique Lopes (ESAV). No Conselho Fiscal estão Luís Rodrigues (ESTGV), Patrícia Monteiro (ESSV) e João Silva (ESTGL). K

6 Ajuda no processo de renovação de bolsa ou alteração dos escalões de tributação do património mobiliário são algumas das mudanças que os estudantes universitários propuseram para o regulamento de atribuição de bolsas de estudo. No Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA) extraordinário, que decorreu no Porto no início deste mês, foram propostas “dezenas” de alterações ao regulamento de atribuição de bolsas de estudo, explicou o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), em entrevista à agência Lusa. Facilitar o processo de renovação de bolsa, que atualmente continua a ter que ser por um requerimento, é uma das alterações propostas pelos estudantes. “Nós achamos que se o suplemento se mantiver e se as condições socioeconómicas se mantiverem, o que deve acontecer é ter uma manifestação de intenção de renovação de bolsa por parte do estudante”, explicou Luís Rebelo. A alteração dos escalões de tributação do património mobiliário criando um escalão inicial sem taxação é outra proposta que saiu esta madrugada do ENDA. “Todo e qualquer património mobiliário das famílias estava a ser taxado a cinco por cento, ou seja, quem tivesse uma poupança de mil euros, automaticamente estava a ser taxada a cinco por cento”, recorda aquele dirigente universitário. A introdução de um critério quantitativo mínimo para fiscalização do volume de bolsas no orçamento é outra alteração ao regulamento atribuição de bol-

Arquivo sas de estudo. Segundo Luís Rebelo, o serviço de ação social ou a Direção Geral do Ensino Superior devem realizar “ações de controlo aleatórios sob as bolsas ou pelo menos a 10 por cento de bolsas atribuídas”. O Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior explica, no artigo 3, que uma bolsa de estudo é uma prestação pecuni-

H

ária anual para comparticipação nos encargos com a frequência de um curso ou com a realização de um estágio profissional de caráter obrigatório, atribuída, a fundo perdido e no respetivo ano letivo, sempre que o estudante não disponha de um nível mínimo adequado de recursos financeiros. K Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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editorial

O rei, o pirata e o professor 7 Era uma vez uma parábola que se narrava mais ou menos assim: Numa ilha distante governava um rei amigo da folia, da boa mesa, da riqueza dos bens terrenos e cuja honra não lhe permitia trabalhar. Desonra era também que os seus familiares e o vastíssimo séquito de seguidores ousassem ganhar proventos pela labuta do diaa-dia, que era considerada coisa menor, desprezível, imprópria e apenas vocacionada para os que não tinham tido a sorte de se acolherem no colo do poder. Ou seja, trabalho era ofício dos mandados e desmérito dos mandantes. Para suprir aos gastos do lazer e da abastança, o rei lançava frequentes e cada vez mais pesados impostos, taxas e portagens sobre os que dependiam dos rendimentos da sua árdua labuta. Os mares que rodeavam a ilha estavam infestados de piratas que assaltavam e roubavam a seu belo prazer qualquer barco que deles se aproximasse (mesmo algum

em aflição e busca de ajuda…) e com demasiada frequência invadiam as aldeias das costas para pilharem os parcos haveres dos incautos cidadãos. Por essa via, acumularam bens e riquezas incalculáveis, dinheiro fácil, terras, mordomias e isenções fiscais. Porém, quando em terra, com as suas famílias, faziam-se passar por discretos e honrados citadinos, cuja muita faina e alguma sorte tinham abençoado o seu destino. Como os gastos do rei e dos mandantes crescessem na proporção directa da sua ambição, e os proventos já raramente chegassem para as permanentes despesas, começou a ser costume que a corte solicitasse aos piratas empréstimos, que estes lhe cediam em troca de favores inconfessáveis e juros incalculáveis. Esta passou a ser a regra da convivência pacífica entre a corte e a piratagem, o que levou à criação de um modelo de sociedade, ferozmente defendido, estudado, elogiado, e publicitado em vas-

tíssimas obras pelos escrivães ao serviço do reino. Um dia, porém, eis senão quando a ganância dos piratas no uso e abuso das embarcações para as contínuas investidas em navios, terras e gentes os fez distrair, não calculando atempadamente o furor de uma tempestade que, num só dia, devastou a frota, e os deixou depenados e sem meios de prosseguir o corso. Perante tão imprevista desgraça, chegou a vez dos piratas se aproximarem do rei falido, anunciando-lhe que nesse mesmo dia findavam os empréstimos e, por isso, pediam a ajuda do poder: era preciso muito dinheiro para reconstruir a armada e recapitalizar os corsários. Sem isso, estes não podiam acumular novamente riquezas e bens que lhes permitissem voltar a financiar a abastança do rei e da sua corte. O rei, pensando bem no modelo e regras de convivência pacífica que durante tantas décadas tinham guiado o seu reinado e tantos elogios mereciam dos seus

mais iluminados escribas, decidiu reabilitar os piratas e enviou para os campos as suas milícias para forçadamente recolherem mais impostos, taxas e portagens aos trabalhadores, e obrigando mesmo à apanha de galinhas, ovos, gado e forragens, que merecessem ainda algum valor de troca nos mercados tradicionais. Com essa sábia decisão, e apesar da agonia lenta dos ofícios, dos artesão e dos mesteirais; apesar do progressivo abandono das terras e oficinas; apesar da fome, da doença e da extrema pobreza em que mergulhou o reino; apesar de tudo isso, o rei, a sua corte e os piratas conseguiram estabilizar as suas economias e regressar ao afamado modelo de normalidade com que as suas vidas sempre tinham sido bafejadas. E o professor? Perguntarão os mais atentos ao título desta parábola. Como o rei e a corte convenientemente perceberam que os piratas, apesar de incultos e iletrados, tinham angariado fortuna e

estatuto sem o recurso aos ofícios das letras, das artes e das ciências, mandaram de pronto fechar e escola e estancar essa inútil despesa. Porém, não fosse o professor criar algum incómodo público, ou mesmo algazarra, por se sentir desnecessária, desmerecida e indevidamente desocupado, desterraram-no para uma inóspita costa e obrigaram-no a sentar-se num penhasco, virado para o mar, a ver passar navios. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt

Primeira coluna

Cortar a direito e o direito de cortar 7 As instituições de ensino portuguesas, em especial as universitárias e politécnicas, enfrentarão no próximo ano o mais difícil das últimas duas décadas. Com os orçamentos reduzidos significativamente, com parte das receitas próprias a serem cativas pelo Estado, e com o dever de continuarem a qualificar o maior número de cidadãos portugueses, a tarefa não será fácil. Universidades e Politécnicos já referiram, por mais que uma vez, que estão solidários com a crise económica que o país atravessa. O problema é que os últimos anos já foram vividos em crise e, para 2012, exige-se às instituições de ensino e a toda a sociedade mais sacrifícios, alguns dos quais brutais que dificilmente contribuirão para movimentar a economia ou dar esperança a quem também é solidário com o combate à crise do país.

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Muitas crises são aproveitadas como oportunidades e como instrumentos de mudanças. O perigo das decisões tomadas sob o efeito ‘ante-traumático’ de uma recessão ou de uma forte crise financeira, é o de se cortar a direito com o facto da crise garantir a quem governa o direito de cortar. Significa isto que qualquer decisão que venha a ser tomada no âmbito da reorganização da rede de ensino superior (não só no que respeita a instituições, mas também às vagas disponibilizadas nos mais variados cursos) deve ser tomada com conhecimento profundo da realidade do País. Hoje, e ninguém terá dúvidas disso, pode afirmar-se que as assimetrias entre o litoral e o interior são menores porque foram criadas instituições públicas de ensino superior na faixa entre Trás-os-Montes e Alto Douro e o

Algarve. Foram essas instituições que tornaram o país mais habilitado, que garantiram o acesso a esse ensino qualificado a milhares de jovens que de outra forma não teriam posses económicas para prosseguir os seus estudos. São essas instituições que conseguem criar sinergias com a sociedade civil e as empresas, que criam massa crítica nas suas regiões. São elas que fixam pessoas (directa ou indirectamente) no interior e que evitam que milhares de jovens e famílias se transfiram para as já sobrelotadas principais cidades do país. Cortar a direito em tempo de crise com a justificação de que é preciso poupar e que com menos instituições o país ficará mais saudável até pode ser bem visto pela generalidade dos portugueses. Mas é um erro de dimensão medonha e de resultados desastrosos para Portugal. Até por-

que uma parte significativa das instituições não dão prejuízo ao Estado, ao contrário do que sucede com muitas das parcerias público-privadas e empresas do Estado. Encerrar instituições significa voltarmos ao passado onde só pode estudar quem tem dinheiro. Não é assim que funciona o mundo nem a Europa e não é assim que os portugueses querem que funcione o nosso país. Portugal só será competitivo se tiver a sua população qualificada. Não há outro caminho. O Ministro da Educação e da Ciência sabe disso, como sabe, melhor que ninguém, da importância das parcerias que se venham a estabelecer entre as diferentes instituições de ensino. E essa sim poderá ser uma solução benéfica para todos. Mas numa altura em que há menos candidatos ao ensino superior, há que intervir também na

questão das vagas e dos cursos. Também aqui terá que haver coragem política para que as universidades e os politécnicos se assumam como verdadeiros baluartes da coesão territorial... K João Carrega _ carrega@rvj.pt


CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Este año, como en otras ocasiones, volvemos a plantearnos (replantearnos) en el colegio el papel de los padres y su colaboración con el centro. Por eso, estamos preparando, como comunidad de aprendizaje, un primer encuentro con los padres de nuestros alumnos. La finalidad es hacerles reflexionar, al menos durante unos minutos, acerca de su papel en cuanto a la educación de sus hijos y a la colaboración con el centro. El asunto es de vital importancia en los momentos en que estamos viviendo. Estamos constatando que muchos padres están sufriendo un “despiste” bastante considerable en relación con la educación de sus hijos. En efecto, muchos padres quieren conseguir algo legítimo: “ser amiga/o de mi hija/o”. Pero este objetivo queda desenfocado porque les lleva a renunciar a poner límites a sus hijos “para no perder su afecto y su cariño”. El resultado de esta actitud es su renuncia a la autoridad paterna, confiando, a la larga, que los aspectos disciplinarios queden a merced de la educación de su hija/o en el centro educativo y a cargo de sus

profesoras y profesores. Es ésta la actitud básica de abandono de sus deberes como padres y primeros educadores de sus hijos. Pero lo peor es que complementan esta actitud con otra, asimismo perniciosa: la defensa de sus hijos ante la autoridad de los educadores. De tal manera que, cuando sus hijos entran en conflicto con sus profesores, olvidan su abandono de sus deberes de educadores principales y, en lugar de defender la autoridad de los profesores, en la que delegan los aspectos disciplinarios, se enfrentan a ellos, defendiendo a sus hijos por encima de todo. Una de las causas de esta situación (entre otras, que iremos comentando a lo largo de los próximos meses) es la ausencia de los padres en el hogar. Es cierto que, en muchas ocasiones, esta ausencia se debe a la situación socio-económica y cultural que estamos viviendo, pero esta situación no debería justificar el abandono. Por eso, vamos a comenzar nuestros encuentros con los padres de nuestros alumnos, a los que pretendemos integrar como auténticos miembros de nuestra

comunidad de aprendizaje, ofreciéndoles una historia que les haga reflexionar sobre las necesidades de acompañamiento y presencia que tienen sus hijos. He aquí la historia, que se titula “Papá, ¿cuánto ganas?”: • Papá, ¿cuánto ganas por hora? - con voz tímida y ojos de admiración, un pequeño recibía así a su padre al término de su trabajo. • El padre dirigió un gesto severo al niño y repuso: • Mira hijo, esos informes ni tu madre los conoce. No me molestes; ¡estoy cansado! • Pero papá- insistió - dime por favor, ¿cuánto ganas por hora? La reacción del padre fue menos severa. Sólo contestó: 50 euros la hora. - Papá, ¿me podrías prestar 25 euros? - preguntó el pequeño. El padre, lleno de cólera y tratando con brusquedad al niño, dijo: - ¡Así que ésa era la razón de saber lo que gano! ¡Vete a dormir y no me molestes, muchacho aprovechado! • Había caído la noche. El padre meditó sobre lo sucedido y se sintió culpable. Tal vez su hijo

quería comprar algo. Para descargar su conciencia dolida, se asomó al cuarto de su hijo. Con voz baja preguntó al pequeño: • ¿Duermes, hijo? - Dime papá - respondió el niño entre sueños. • Aquí tienes el dinero que me pediste - dijo el padre. • Gracias, papá - contestó el pequeño. • Y metiendo su mano bajo la almohada, sacó unos billetes. • ¡Ahora ya completé, papá! Tengo 50 euros. ¿Podrías venderme una hora de tu tiempo? En este relato aparecen algunos elementos interesantes que nos pueden permitir montar nuestro primer taller con los padres sobre “La realidad actual de la dedicación de los padres a la educación de sus hijos: problemas, dificultades, obstáculos… y soluciones”. Acabo de leer un artículo de prensa que se titula así: “No puedes castigar a mi hijo: tiene derechos humanos”. Se trata de la respuesta de un padre a los profesores de su hijo, de 11 años, quien había acudido a clase con el pelo lleno de mechas rubias, recogido en una cola de caballo y con un diamante como pendien-

ção das condições sociais dos trabalhadores e os despedimentos selvagens ou ao livre arbítrio dos patrões, o que é a mesma coisa. E nós quê? Nós votamos nesta tropa fandanga. No regabofe em que à mesa só têm assento os que inventaram esta forma de negócio trágico, esta pilhagem de Robin dos Bosques dos tempos modernos, que consiste em roubar aos pobres para dar aos ricos. Ah pois, a produtividade, sim a produtividade, como dizia o outro. Pois, isso é com empresários, não é com patrões. Se a massa operária no Luxemburgo comporta 1/3 de portugueses e tem a taxa de produtividade mais alta da Europa, então é porque a nossa força de trabalho incorporada é decisiva; se em Portugal assim não acontece, não será porque os

meios de produção são obsoletos ou as condições de trabalho são inferiores às da Europa? Não é que deposite confiança nos dirigentes europeus. Afinal, Barroso, o cherne de corrida, bastaria para uma avaliação do que para ali anda. Mas há sempre um ou outro que supera a fasquia e se mostra ainda mais papista que o Papa, pese embora este não tenha parte nesta concordata. É o caso do Sr Gunther Oettinger, comissário europeu da energia, que propôs a colocação a meia-haste das bandeiras dos países da União Europeia (UE) que não cumpram os respectivos ditames económicos. Podia ter proposto sevícias corporais aos deputados respectivos ou simplesmente uma identificação em forma de insígnia na

te. Evidentemente, los profesores no le permitieron acceder al centro por carecer de la apariencia adecuada… Este hecho anecdótico puede parecer trivial, pero también puede encerrar una actitud de los padres que no ponen límites a sus hijos porque creen que dejarles hacer lo que quieran va a ser positivo para su desarrollo. Esta equivocación está, por desgracia, excesivamente extendida, y nuestro deber, como educadores de los niños, es restablecer el “orden” mental y moral de los padres que piensen de esta manera. Éste será nuestro primer paso. Un segundo taller se centrará en otra historia titulada “mi hijo y el periódico” que te contaré el próximo día. Como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

opinião

Europata 7 A Europa dita comunitária é hoje dominada pela trupe dos liberais de direita, uma subespécie da dita mas com fato completo e falas mansas de papagaios apátridas, que repetem as falas ouvidas mas nem mesmo eles próprios têm capacidade para compreender. Regra geral, nada acrescentam à coisa comunitária, excepto aos monopólios económico-financeiros que, como todos sabemos, também não se lhes conhece berço. Pairam como abutres sobre os escombros dos seus próprios milagres económicos e, quando não agravam ainda mais a situação de quem se vê nas aflições, debitam frases bombásticas para que ninguém entenda ou, como angélicos zezinhos, cospem uma

espécie de fait-divers daqueles que não vão mesmo a lado nenhum mas servem para tema de conversa de café. Os nossos dirigentes vão e vêm com promessas para português ver, mas de concreto levam o que têm e trazem o que os outros não querem. Pelo menos andam entretidos. O pior é que a factura é paga em impostos por todos nós, sejam elas de imposições leoninas nos empréstimos que nos fazem, nas restrições à produção que decretam ou, como se soube agora, nos vão punir pela estafa madeirense de 1,6 mil milhões de euros, por enquanto… Acresce a tudo isto, o pacote anti-laboral que se preparam para levar a cabo, em nome da Europa, claro, que inclui a redu-

lapela dos mesmos. Ainda assim não seria original dentre políticos destacados do seu país. Podia tudo o que o senhor lhe apetecesse, não me digam é que somos parceiros destes palhaços ricos, que me dá nojo. K João de Sousa Teixeira _ teijoao@gmail.com

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crónica salamanca

Las Mejores Universidades 6 La jerga utilizada por los bancos y banqueros, la de los brokers de las bolsas de Nueva York, Tokio o Madrid, la de los periódicos diarios y la de los informativos televisivos o de radio, la que invade nuestra economía familiar y rompe miles de proyectos de vida a cada instante, sobre todo en los dos últimos años, parece que llega a la universidad cual elefante en cacharrería. Es evidente que esa jerga, esa terminología particular de palabras con significado económico, competitivo, de lucha abierta por imponerse al otro (considerado como contrario) esta convirtiéndose en algo corrosivo y real en los pasillos, bibliotecas, aulas y laboratorios de nuestras universidades. Se habla con naturalidad de ranking de universidades, en relación a ciertas categorías de análisis (no a otras). Es habitual reconocer que se es, o no, competitivo en este campo del saber universitario. Es obligatorio someterse al formalismo de las revistas científicas para ser acreditado (superar el tope establecido, como en la banca). Se requieren evidencias contables de prácticas pedagógicas o sociales en las actividades docentes para que una titulación sea reconocida como buena y supere el listón (la contabilidad en la banca es principio supremo, claro). Podríamos llenar varias páginas escribiendo de competitividad, rankings, eficacia, competencias, acreditación, y tantas otras del mundo de la banca, que ha invadido de forma literal y asombrosa la vida real de los miles de millones de ciudadanos del planeta Tierra, y desde

luego en el mundo ibérico. Las cosas tienen su nombre, los lugares y territorios, los procesos, antes también las personas, como escribió el semiólogo Umberto Eco hace algún tiempo. La semántica, la ciencia de las palabras y sus significados, el lenguaje de los hombres nos dice, expresa y connota, más allá de lo explicito o evidente. Por ello nos parece tan revelador lo que está ocurriendo en el mundo universitario, de forma alarmante en los últimos años. Se ha impuesto un concepto de universidad de calidad acorde con los intereses del gran capital: si es rentable en gestión, si está concebida como una empresa, si ofrece innovaciones y productos tecnológicos competitivos (lo de las humanidades y ciencias sociales parece residual y ornamental para este modelo de universidad). Una universidad es buena cuando se dedica a ser muy competitiva en investigación, pero entendida ésta sólo, o de forma especial y sobresaliente, en los campos de la economía, la medicina, la ciencia experimental, las ingenierias por lo que bien puede equipararse una universidad a un centro de investigación en economía, medicina, ciencia experimental, ingenierías. En los rankings que circulan como ídolos de referencia por todo el mundo, las ciencias básicas cuentan menos, las ciencias sociales pesan poco, y las humanidades apenas nada (hablamos de campos de la lingüística o de saberes como la filosofía, por ejemplo). Esta nueva idolatría hacia el becerro de oro del dinero y el

productivismo, de la economía y la tecnología ultracompetitiva, ha ido estableciendo un nuevo paradigma de la ciencia y del ser profundo y radical de qué ha de ser una universidad. Se ha destrozado el punto de partida del origen radical de una universidad: encuentro de maestros y discípulos para aprender los saberes. Es decir, parece que lo que menos importa es que haya buenos profesores que enseñen a los estudiantes a aprender, y lo que más importa es cuantas patentes produce una universidad al cabo de un año. Parece que lo único que importa en la universidad es la llamada cultura emprendedora (del mundo empresarial) para obtener cuantos más y cuanto antes productos rentables, competitivos, siempre expresados en dinero contable. Por ello en una universidad considerada como buena, si aplicamos estos criterios economicistas, no tiene espacio alguno la poesía o la producción artística, salvo que sean utilizadas como adorno, complemento, evasión, incluso inversión de la propia gerencia de la universidad. Cuando uno visita algunas universidades de Estados Unidos, consideradas como parte del grupo de las elegidas como mejores, quedamos alarmados del papel residual y completamente secundario de todos aquellos saberes y campos científicos que no entren en los capítulos antes reseñados como expresivos de la competitividad científica y empresarial. Son malos tiempos para la poesía en la universidad, como solemos decir de forma recortada para expresar

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt

que lo que impera es lo funcional, lo aplicado, el dinero, el dios mercado, la cuenta corriente de resultados. Son muy malos tiempos en nuestras universidades para la defensa sindical, para la crítica, para el funcionamiento transparente y democrático, para la solidaridad, para la entrega generosa a la docencia, para dedicar tiempo a los estudiantes. Son tiempos perversos para un concepto de universidad en que el hombre ocupe la posición central de los problemas e intereses docentes e investigadores. Y sin embargo, cabe defender otros modelos de universidad, de auténtica calidad, en los que son necesarios y posibles de defender los valores de la democracia y participación interna, del voluntariado solidario, del equilibrio entre docencia e investigación, del encuentro entre maestros y estudiantes. Las mejores universidades son éstas, en las que el hombre y sus problemas ocupan una posición central entre sus preocupaciones docentes e investigadoras. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Universidad de Salamanca

Jefe de Prensa asume la Presidência 6 El jefe de prensa de la Universidad de Salamanca, José F. Merino, ha sido elegido presidente de la Asociación de Profesionales de Gabinetes de Comunicación de las Universidades y Centros de Investigación de España (AUGAC), durante la asamblea extraordinaria celebrada el pasado viernes en la Universidad de Zaragoza. El equipo, que dirigirá durante los dos próximos años las actividades de la asociación, está integrado por las siguientes personas: vicepresidenta: Mariola Conde Casado, Universidad de Zaragoza; secretaria: Virginia Aceituno Casanova, Univer020 /// OUTUBRO 2011

sidad de Alicante; tesorera: Rosa María Rosa Castillo, Universidad de Málaga; vocales: María Ares Sanmartín, Universidade da Coruña; Isaac García del Río, Universidad Complutense de Madrid; Ana Rosa Cánovas Pérez Jordi, Universitat Politécnica de Catalunya; Raúl Cárceles Chazarra, Universitat Miguel Hernández y Roberto Castellano Montero, Universidad Pontificia de Salamanca (adjunto a la Presidencia). Durante la sesión, la Comisión Electoral procedió a la proclamación de la nueva junta directiva, al tratarse de la única candidatura presentada a los comicios. De esta forma toma el

relevo del equipo de Josep María Arias, de la Universidad Rovira y Virgili, de Tarragona, que ha presidido AUGAC durante los últimos cuatro años. Entre las propuestas de la nueva junta directiva en el programa electoral destaca el intentar dar un impulso institucional a la asociación, “para convertirnos en referente de la comunicación universitaria y de la divulgación científica”; reforzar las actividades de formación de sus asociados; y potenciar la página web y la presencia de AUGAC en la redes sociales. Asimismo, en los próximos años se reforzará la proyección interna-

cional, siguiendo la experiencia desarrollada este año con la participación de los responsables de comunicación de las universidades portuguesas en las XXII Jornadas de Formación de AUGAC celebradas el pasado mes de mayo en la Universidad de Salamanca. AUGAC, que está integrada actualmente por cerca de 150 miembros pertenecientes a más de 60 instituciones, agrupa a profesionales que desarrollan su actividad en servicios o áreas de comunicación institucional y gabinetes de prensa de las universidades y centros de investigación españoles. K

Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


bocas do galinheiro

As aventuras de Tintin

7 As aventuras de Tintin acompanham-me desde que me lembro de saber ler. Primeiro no velho “Cavaleiro Andante” nos primórdios dos anos de 1960, dirigido por Adolfo Simões Müller, chamavamse então “Aventuras de Tim-Tim e Rom-Rom” e não muito mais tarde, a partir de 1968 na “tintin”, “a revista dos jovens dos 7 aos 77 anos”, dirigida por Jaime Mas e com Dinis Machado, sim, esse mesmo, como chefe de redacção, já como “Aventuras de Tintin e Milou”. Por isso não estranha que aguarde com alguma expectativa a estreia de “As Aventuras de Tintin – O Segredo do Licorne”, com realização de Steven Spielberg, filme que marca a estreia deste mago do cinema numa longametragem de animação e que conta com Peter Jackson na produção. Se fosse por estes dois, o filme era já um enormíssimo êxito. Mas vamos esperar. No Guia de Leitura de “As Aventuras de Tintim no Público”, Carlos Pessoa sintetiza assim “O nascimento de um herói”: “Nos primeiros dias de Janeiro de 1929 surge no Le Petit Vingtième, suplemento juvenil do jornal belga Vingtième Siècle, um discreto desenho com uma extensa

legenda anunciando a chegada de novos personagens – Tintim e Milu. Em fundo, um jovem de perfil, com uma cabeça redonda, nariz saliente, grandes sobrancelhas e cabelo rebelde caído para a testa. Calça sapatos enormes e usa um fato do golfe aos quadrados. Na legenda: ‘Acompanhem, a partir da próxima quinta-feira, as extraordinárias aventuras de Tintim, repórter, e do seu cão, Milu, ao País dos Sovietes’. Cinco minutos foi o tempo da irrupção dessa ideia na cabeça de Hergé. É o próprio criador quem revela a génese da ideia, numa carta enviada a um leitor em Novembro de 1966: ‘A ideia do personagem Tintim e do tipo de aventuras que ele ia viver ocorreu-me, creio, em cinco minutos, no momento de esboçar pela primeira vez a silhueta desse herói: isso quer dizer que ele não tinha habitado os meus verdes anos, nem mesmo em sonhos’. Assim começou uma aventura que perdura até aos nossos dias”. Porém, a relação deste super herói com o cinema não tem estado à altura do enormíssimo êxito que granjeou a banda desenhada criada por Hergé, de seu verdadeiro nome Georges Prosper Remi, nascido na

Bélgica a 22 de Maio de 1907 e falecido aos 75 anos no dia 3 de Março de 1983. As primeiras adaptações do personagem foram para a televisão, mais de uma centena de pequenos episódios de animação de As Aventuras de Tintin. O primeiro filme com actores reais acontece em 1961 com “As Aventuras de Tin Tin” ( Tintin et le mystère de la Toison d’Or), com Jean-Pioerre Talbot no papel do jovem repórter e Georges Wilson como Capitão Haddock, sobre um argumento de André Barret e Rémo Forlani e depois em 1964 com “O Mistério das Laranjas Azuis” (Tintin et Les Oranges Bleues), de novo com Talbot no papel principal e Jean Bouise como Haddock, com argumento de André Barret. “Tintin e o templo do Sol”, (1969) e “Tintin e o Lago dos Tubarões” (1972), este último a dar origem a um álbum do filme, são alguns dos filmes em animação baseados no herói de Hergé. Nos anos de 1980 Spielberg, entusiasmado com o personagem de Tintin, após uma crítica aos Salteadores da Arca Perdida (1981) em que se compara o filme às aventuras de Tintin, compra aos herdeiros de Hergé os direitos de Tintin. Todavia o fil-

me que se propôs fazer tardou em chegar, apesar de ter encomendado a Melissa Mathisson um primeiro guião que adaptava Tintin no Congo, principalmente pelas reticências da sua realização com actores reais. A hipótese de fazer um filme em performance capture começou a ganhar forma nos últimos anos, principalmente depois das experiências recentes em filmes como Polar Express de Robert Zemeckis ou Avatar de James Cameron bem do Gollum de O Senhor dos Anéis de Peter Jackson. No fundo trata-se de filmar os actores e passando essa actuação para computador, através de tratamento digital passá-los a bonecos animados, aproximandoos, neste caso, da banda desenhada original. Nesta adaptação de Spielgerg, Jamie Bell, protagonista de “Billy Elliot” (2000), será o mais famoso

repórter da história em quadrinhos, ao passo que Daniel Craig, o último James Bond, interpretará o malvado Red Rackham na primeira aventura da anunciada trilogia de Tintin, sendo que o não menos famoso capitão Haddock será interpretado por Andy Serkis, talvez o actor mais versátil em grandes de performance capture, desde logo com o seu Gollum. Baseado em “O Segredo do Licorne”, publicado no Le Soir entre 1942 e 1943, jornal em que Hergé colaborou após o encerramente do Vingtième Siècle e “O Tesouro de Rackham o Terrível”, também do Le Soir, de 1943, o filme, em 3D, está a criar grande expectativa, não só pela incursão de Spielberg na animação como realizador, mas porque se passa desde já a aguardar pela segunda película que, sabe-se, vai ser dirigida por Peter Jackson. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis Rosa _

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Isabel Stilwell em entrevista

“As mulheres são difíceis de entender” 7 Escritora e jornalista, Isabel Stilwell é autora de três romances históricos de sucesso, sobre três rainhas de Portugal, publicou vários romances infantis, alguns escritos em parceria com os filhos, e um Guia para Ficar a Saber ainda Menos sobre as Mulheres. É directora do Jornal Destak, foi directora da Revista Notícias Magazine e sempre colaborou com a imprensa escrita. Em entrevista, por email, fala da paixão pelos romances históricos e do programa de rádio Dias do Avesso, na Antena 1. A dividir a autoria e a apresentação de Dias do Avesso, com o psicólogo Eduardo Sá, é também do avesso que analisa as relações entre homens e mulheres, os desafios que o jornalismo enfrenta e os livros.

breve estarão a dormir noutro lado, porque elas vão acabar por lhes por as malas à porta. Mas acredito nas relações para sempre, como nos contos de fadas, desde que ninguém ache que elas são para sempre, e lute por elas todos os dias. Escreveu livros infantis em co-autoria com os seus filhos. Como é escrever a duas mãos? Escrevemos a duas e a três mãos, porque As Histórias para Contar em Minuto e Meio, foram escritas por mim, pelo Francisco e pela Madalena – e já vão no III volume. A primeira experiência foi, de facto, só com a Ana, e muito, muito divertida. Uma conta brutal de telefone foi o ponto de partida do primeiro, Diário de uma Mãe, Diário de uma Filha, em que analisamos várias questões do ponto de vista de uma mãe e de uma adolescente (a Ana tinha então 14 anos). Foi um projecto comum, que se repetiu num livro seguinte, É Meia Noite, Não Chove e Ela ainda Não Está em Casa, em que eu era a mãe e ela a voz dos filhos – uma mãe que reivindicava férias e décimo terceiro mês (era antes da Troika!).

É autora dos romances históricos “D. Amélia”; “Filipa de Lencastre”;“Catarina de Bragança”, chancela da Esfera dos Livros, e uma apaixonada confessa por este género literário. Em que ponto da sua história pessoal se começa a traçar esta paixão? Aconteceu por acaso. Não o gosto por ler romances históricos, que esse vem da adolescência, mas a coragem de escrever um romance histórico. São as coisas que mais admiramos, as que menos nos atrevemos a fazer, e nunca me tinha passado pela cabeça que fosse capaz de uma aventura destas, mas um dia fui a uma reunião na Esfera dos Livros e à saída vi na prateleira biografias dos nossos reis escritas por “estrangeiros”, espanhóis, franceses, ingleses, e protestei “Era o que faltava entregarmos assim o nosso património de bandeja. Eu escrevo um...”. Os editores mandaram-me sentar de novo, e ali mesmo decidimos que ia tentar. O nome de Filipa de Lencastre surgiu logo ali, porque às vezes o impulso é mais acertado do que muita reflexão – depois quando pensei no que acabava de dizer (coisa que me acontece muitas vezes...), percebi que fazia todo o sentido: Filipa de Lencastre é a única rainha de Portugal que nasceu inglesa, e tal como a minha mãe vinha de Lancashire, veio para Portugal para casar, e teve oito filhos... As mulheres da História de Portugal têm sido as grandes protagonistas das histórias dos seus livros. Porque escreve sobretudo sobre mulheres? Tendo começado pela única rainha inglesa que Portugal teve, fazia sentido (e a sugestão foi do Bispo do Porto, o senhor D. Manuel Clemente), escrever sobre a única rainha portuguesa que Inglaterra conheceu. Em seguida, fazia cem anos do fim da Monarquia e fazia todo o sentido escrever sobre a última rainha de Portugal. Um dia hei-de escrever sobre um homem, embora reconheça que deve ser mais fácil compre-

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A sua infância encaminhou-a no sentido dos livros?

ender a cabeça das mulheres...

Divide com o Psicólogo Eduardo Sá o programa de rádio da Antena1,“Dias do Avesso”. Qual é o balanço que faz do programa? Acabámos de editar um livro com os programas escolhidos entre os primeiros mil programas, e o balanço é mais do que positivo. Como nos disse um dia um ouvinte, os pontos de Arraiolos e outros vêemse se estão bem feito, se estão direitos, quando se vira a peça do avesso. Acho que o Eduardo Sá consegue virar as coisas do avesso, como nunca as vimos, para confirmarmos como devem ser de facto... Além do mais, cada programa dá-me um prazer infinito, porque o Eduardo diz mata, e eu digo esfola, num espaço de imensa liberdade, que só é possível graças à aposta que a Antena 1 tem feito em nós. É a autora do livro “Guia para Ficar a Saber Ainda Menos Sobre as Mulheres”. As

mulheres são mesmo difíceis de entender? Claro que são, por isso é que são tão interessantes! Nem que seja porque não há duas iguais, embora se consiga encontrar – para as coisas importantes, um mínimo denominador comum. Mais do que genético, é certamente resultado de uma educação onde o príncipe montado num cavalo branco continua a prevalecer... Na sua opinião, qual é o melhor conselho que se pode dar a um homem, quando o assunto são as mulheres? Surpreende-la. O cérebro humano é muito inteligente e não gosta de repetições. Um homem que não é capaz de adivinhar os desejos de uma mulher, e antecipar-se a eles, está condenado... senão à morte, pelo menos ao tédio. É muito fácil que os homens (e as mulheres) se tornem preguiçosos nas relações, achando que no dia em que juntaram os trapinhos tudo ficou definitivamente arrumado. Enganam-se, e se dormirem na forma, em

Tenho a certeza de que sim. A minha mãe lia-me muito, os meus irmãos liamme imenso, e até quando já estava na faculdade, o meu irmão Peter leu-me os três volumes do Senhor dos Anéis. Não há nada melhor do que um bom livro, e descobri-o muito cedo, e espero nunca me esquecer... O que é que um romance tem de ser, para ser um bom romance? Um romance histórico? Tem que ter história, emoção, intriga, respeitando sempre uma grelha de fundo de verdade. Aproxima-nos do nosso passado, que se torna vivo, e não uma lição da escola, em que os personagens são mitos, santos que não saem do altar, e que por isso mesmo parecem não ter nada a ver connosco. Num romance histórico, os costumes e os hábitos podem ser muito diferentes dos nossos, mas a essência humana dos personagens permanece imutável. São esse personagens que ficam connosco. Quais são os grandes desafios que o jornalismo enfrenta actualmente? Recursos económicos. Uma comunicação social livre precisa de ser economicamente;


saudável, porque se não o for é muito permeável a pressões exteriores. Quando um produto de media é credível, os leitores reconhecem-no logo, e dão-lhe a sua confiança. Ao saber que um produto tem a confiança dos leitores e chega até eles, torna-se atractivo para os anunciantes, que querem veicular a sua informação – informação, note-se, que é importante para o leitor, e que desde que devidamente assinalada como publicidade só pode ser uma mais valia. Ao pagar para anunciar um meio de comunicação torna-se economicamente equilibrado, e tem mais condições para manter a sua independência, para investigar mais, para ser capaz de denunciar mais coisas, e lutar por mais causas. À primeira vista pode parecer complicado, mas não é. Esta crise não ajuda os meios de comunicação social, mas a grande maioria dos jornalistas mantém a coluna vertebral e fazem um bom trabalho. Ah, só mais uma coisa, quando as pessoas apontam o dedo a este ou aquele programa, a este ou aquele jornal, fingindo-se muito escandalizadas com o seu conteúdo medíocre, esquecem-se que se não virem, se não comprarem, acabam rapidamente, ou seja são em grande parte responsáveis pela sua existência. Qual seria o acontecimento que gostaria de poder noticiar, por estes dias? Todos os acontecimentos que revelassem que as pessoas encontraram saídas para a crise. Ideias, projectos, estilos de vida que nasceram das dificuldades que todos atravessamos, e que provam que termos menos não significa ficarmos de braços cruzados, à espera que o Estado, o governo, as instituições tomem conta de nós. Queria noticiar, também, todos os projectos de solidariedade que revelam que há gente fabulosa, capaz de passar por cima dos seus medos e do seu conforto, para ajudarem os outros. Todos os dias fico espantada com a generosidade e a coragem de tanta gente. Já se pode falar num próximo livro? Espero ter um romance histórico nas livrarias no próximo ano. Quanto ao resto, é segredo... K Eugénia Sousa _ Direitos Reservados H

gente e livros

Tomás Eloy Martínez 7 «Há trinta anos que Simón Cardoso tinha morrido quando Emilia Dupuy, sua mulher, o encontrou à hora do almoço na sala reservada do Trudy Tuesday. Dois desconhecidos falavam com ele num dos compartimentos do fundo. Emilia julgou que tinha entrado no lugar errado e o seu primeiro impulso foi retroceder, afastar-se, voltar à realidade de onde vinha. Ficou com falta de ar, com a garganta seca, e teve de se apoiar no balcão do bar. Procuravao há toda uma vida e tinha imaginado a cena inúmeras vezes, mas agora que a vivia apercebia-se de que não estava preparada. Os olhos enchiam-se-lhe de lágrimas, queria gritar o nome dele, correr até à mesa e abraçá-lo.(...)». In Purgatório Tomás Eloy Martínez nasceu em San Miguel de Tucumán, Argentina, a 16 de Julho de 1934. Formou-se em Literatura espanhola e latinoamericana na Universidad Nacional de Tucumán. Começou a trabalhar como cor-

rector de provas no diário La Gaceta, na sua cidade natal. Em 1962-69 era o editor chefe da Revista Primeira Plana. Viveu exilado em Caracas, Venezuela, de 1975 a 83, onde continuou o seu trabalho como jornalista. Concilia, desde sempre, o trabalho de escritor com o de jornalista. Foi ele que afirmou: «o jornalismo é, sobretudo, um acto de serviço. Ser jornalista significa pôr-se no lugar do outro, compreender o outro,

às vezes também ser outro.». Após o exílio ruma aos Estados Unidos, onde colabora com várias publicações, nomeadamente o The New York Times. Dá aulas na Universidade de Rutgerts, Nova Jersey. Funda o Jornal Siglo XXI, em Guadalajara (México). Mais tarde cria o suplemento literário Primer Plano para o Jornal Página/12, em Buenos Aires. Desempenha um papel importante na fundação para um novo Jornalismo Iberoamericano, criado pelo amigo Gabriel García Marquez, Prémio Nobel columbiano. Escreve dois romances emblemáticos da literatura argentina: A Novela de Perón (1985); e Santa Evita (1995), traduzidos em mais de 60 países. Da entrevista que fez a Perón fica a desilusão de descobrir que o presidente argentino era sobretudo um actor. Foi galardoado com vários prémios literários e finalista da 1ª Edição do Man Booker Internacional em 2005. Em 2002 tinha ganho o Prémio Alfaguara da Novela, com

O Voo da Rainha. Faleceu a 31 de Janeiro de 2010, vítima de cancro. Da sua obra constam títulos como: As Memórias do General (1996); Ficções Verdadeiras (2000); O Voo da Rainha (2002); O Cantor de Tango (2004); A Mão do Amo (2007); e Purgatório (2009). Purgatório. Decorre o Inverno de 1976 e a Argentina vive uma ditadura militar. Simón Cardoso e Emilia Dupuy são um casal de cartógrafos, a começar uma vida a dois. Emilia é filha de um homem influente do regime militar e Simón um opositor do regime. Uma noite, durante uma rusga militar na estrada, o casal é preso pelos militares. Simón não volta mais para casa.Após o desaparecimentodo marido, Emilia sai do país para procurá-lo em todos os lugares, de onde lhe chegam notícias de que ele possa estar. Trinta anos depois, Emilia vê Simón sair de um restaurante dos arredores de New Jersey. K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições

Novidades Literárias de Lazarus, ciculam histórias que ele era um assassino anarquista. Um século depois, dois amigos arrebatados pela história de Lazarus, viajam até à sua cidade natal à procura da verdade.

7 d. quixote. Goa ou o Guardião da Aurora, de Richard Zimler. Finais do século XVI. Na Colónia portuguesa de Goa a Inquisição fazia as suas vítimas entre os imigrantes judeus e os nativos Hindus. A viver nos limites do território colonial, a família Zarco consegue manter vivas as suas tradições luso-judaicas. Tiago e Sofia, os filhos da família vivem uma infância feliz, entre manuscritos judaicos e festividades hindus. Mas, anos depois, também a família cai nas teias da Inquisição.

CIVILIZAÇÃO. O Projecto Lazarus, de Aleksandar Hemon. Lazarus Averbuch, um jovem emigrante judeu russo, tenta entregar uma carta ao chefe da polícia mas é morto a tiro.O acontecimento tem lugar a 2 de Março de 1908, na cidade de Chicago. Depois da morte

VERLAG DASHÖFER. Segurança e Saúde no Trabalho - Manual de Prevenção de Riscos Profissionais, de Fernando Cabral. A Segurança e Saúde do trabalho são uma área fundamental na gestão e organização das empresas. O Manual aborda a caracterização dos factores de risco mais comuns; as metodologias de gestão da própria prevenção de riscos profissionais; e destinase a um público que passa por gestores, quadros de empresa e estudantes da área. ESFERA DOS LIVROS. 365 Dias com histórias da História de Portugal, de Luís Almeida Martins. E se em cada dia do ano estivesse à disposição do leitor uma revolução, uma batalha, mitos, lendas, ou um episódio de alcova de reis e rainhas? Esta é a proposta de Luís Almeida Martins, servir uma boa história da História de Portugal, o ano inteiro. O autor é jornalista e editor da Visão História.

CASA DAS LETRAS. Cita-

ções e Pensamentos de Manuel Barbosa du Bocage, organização de Paulo Neves da Silva. São 180 Citações; 75 Reflexões e Pensamento; e 100 Sonetos, do insígne bardo luso. Para que se possa conhecer melhor um dos maiores poetas portugueses, pois como Paulo Neves da Silva afirma, na Introdução do livro :«Bocage é um dos maiores, mas simultaneamente um dos mais mal conhecidos, poetas portugueses.»

EUROPA-AMÉRICA. Eu Sou uma Criatura Emocional e Tu? A vida Secreta de Raparigas por todo o Mundo, de Eve Enseler. Dar voz às raparigas do mundo inteiro, apelar ao debate e provocar. Partilhar aspirações, conflitos, sonhos, encontrar a essência de ser jovem, viver sem pressões e seguir em frente. Eve Enseler veste a pele desta espécie fantástica, chamada adolescente, e abre uma janela sobre o seu coração. OBJECTIVA. Caderneta de Cromos Contra-Ataca de Nuno Markl, e ilustrações de Patrícia Furtado. A partir da rubrica da Rádio Comercial, Caderneta de Cromos, surge a segunda edição deste sucesso radiofónico,

Caderneta de Cromos ContraAtaca. Nunca outro livro conseguiu a proeza de reunir A guerra das Estrelas e os Bombons Rajá, Nove Semanas e Meia e Calimero, Bryan Adams, Marco Paulo, os Marretas e McGyver. Cromos memoráveis sobre a felicidade dos jovens, dos anos 70 e 80.

ARTEPLURAL. O Desenvolvimento da Criança - como pensa, aprende e cresce nos primeiros anos, de Desmond Morris. O mundo das crianças, dos dois aos cinco anos, é visto à lupa neste livro extraordinário. Apoiado por belas fotografias e práticos desdobráveis tudo o que se prende com a capacidade de desenvolvimento motor, psicológico e de raciocínio da criança encontra-se aqui. Desmond Morris é autor de obras tão conhecidas como O Macaco Nu e Descobrindo o Seu Bebé. K OUTUBRO 2011 /// 023


Geo-Rúbrica

Visite o Pinhal Interior e melhore a sua saúde 3 Se ainda não conhece o Pinhal Interior, a Mostra do Medronho e da Castanha, que se realiza de 29 de Outubro a 1 de Novembro, no Concelho de Oleiros, é um bom pretexto para visitar um território integrado no Geopark Naturtejo (classificado pela Unesco). Os pratos gastronómicos e as bebidas criadas pelos restaurantes e bares do concelho são um bom motivo para degustar a castanha e o medronho nas mais variadas apresentações. Além disso, o evento apresenta também uma pequena feira dedicada aos produtos locais. Mas à semelhança das edições anteriores a iniciativa deverá integrar, para além da mostra gastronómica, integra outras actividades, como a maratona de BTT “Rota do Medronho” ou a caminhada “Rota da Castanha”.

A edição deste ano surge também integrada na celebração do Ano Internacional das Florestas. Daí que a Mostra seja também

uma oportunidade para a autarquia valorizar o seu espaço florestal. De resto a aposta na floresta tem sido bem vincada pela autar-

quia oleirense. O próprio presidente da Câmara José Marques, é o representante da Associação Nacional de Municípios Portugue-

ses na Comissão Organizadora do Ano Internacional das Florestas em Portugal. A visita a alguns dos monumentos ou espaços classificados pela Unesco, no âmbito do Geopark Naturtejo são outro factor que justificam uma visita ao Concelho de Oleiros. Em épocas de crise aproveite a calma daquelas paragens e a simpatia das suas gentes. De caminho ajude a sua saúde. Diz a organização do certame que “um estudo recente divulgou a acção benéfica do medronho para tratar infecções do aparelho urinário (pela sua acção adstringente e antisséptica sobre as vias urinárias - tornando-se útil em casos de cistites e uterites); para a limpeza do sangue; para o tratamento de diarreias e desinteria e para tratar as infecções da boca e da garganta”. K

Prazeres da boa mesa

Crumble de Maçã Bravo Esmolfe 3 Ingredientes para a Massa Doce (20 pax): 500g de Farinha s/ Fermento 2 Ovos 250g de Açúcar 250g de Margarina Preparação para a Massa Doce: Misturar o açúcar com a margarina amolecida. Juntar os ovos um a um mexendo bem. Juntar a farinha sem amassar muito. Ingredientes p/ o Crumble (20 pax): 200g de Manteiga 200g de Açúcar 200g de Amêndoa em Pó 200g de Farinha s/ Fermento 15g de Sal Fino Preparação para o Crumble: Misturar tudo na máquina com a raquete. Espalhar num tabuleiro Publicidade

024 /// OUTUBRO 2011

e levar ao forno, a seco, a 180ºC até ficar dourado. Deixar arrefecer e soltar (ficando grosseiro). Ingredientes para a Telha (20 pax): 95g de Farinha s/ Fermento 155g de Açúcar em Pó 100g de Claras

75g de Margarina Preparação para a Telha: Misturar tudo na máquina com a raquete. Depois moldar a forma pretendida e cozer no forno, a seco, a 180ºC até ficar dourado. Ingredientes para a Maçã (20 pax):

150g de Maçã Bravo Esmolfe em Cubos 1 Laranja em Sumo e Zeste 50g de Açúcar 1 Pitada de Canela 10g de Gengibre Ralado Preparação para a Maçã: Misturar tudo e deixar a marinar de um dia para outro. Saltear um pouco. Deixar arrefecer. Rechear a forma de massa doce com o preparado e cobrir com o crumble. Ingredientes p/ Creme Inglês (20 pax): 250g de Leite 3 Gemas 50g Açúcar 1/2 Vagem de Baunilha Preparação para o Creme Inglês: Levar o leite ao lume a ferver com a vagem cortada ao meio. À parte

misturar o açúcar com as gemas. Adicionar cuidadosamente o leite quente às gemas. Levar ao lume a engrossar, sem deixar ferver. Finalização: Levar a tarte a aquecer, depois de quente, dispor uma bola de gelado e a telha crocante. Guarnecer com frutinhas dos bosques. K Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo Ô Hotels & Resorts - Termas de Monfortinho


música

pela objectiva de j. vasco

Christina Perri - Lovestrong

As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant e Amadeus

3 Chegou ao nosso mercado o primeiro álbum de Christina Perri, que recebeu o nome de Lovestrong. Trata-se de mais uma voz que nos chega das terras do Tio Sam. Perri nasceu em Filadelfia e já tem no seu currículo o EP The Ocean way sessions e a participação no programa Do you think you can dance, do canal de televisão Fox. Em Portugal, a voz de Chistina Perri ficou conhecida pelo primeiro single deste registo, a super balada Jar of haerts, que continua em destaque nas nossas rádios. A canção já vendeu mais de 3 milhões de cópias físicas e digitais e conseguiu atingir a liderança de airplay em vários países. O segundo single deste trabalho é Arms, já foi editado em alguns países, mas ainda não chegou a vez de Portugal. Os temas incluídos em Lovestrong foram compostos pela própria cantora, as novas composições são dominadas pelas suas experiências pessoais, numa sonoridade calma com alguma melancolia à mistura. No alinhamento do cd surge apenas um tema com cariz rock. As restantes faixas abordam uma das vertentes do pop. Está também disponível no mercado uma versão deluxe, que inclui mais 3 temas e os vídeos dos dois singles. Os temas fortes deste álbum são os singles Jar of haerts, Arms, e as faixas Bluebird e Interlude. K

Lady Antebellum - Own the night 3 Os Norte-Americanos Lady Antebellum estão de regresso com Own the night, o seu terceiro álbum que foi editado no final do passado mês de Setembro. Este trio formado por Hillary Scott, Charles Keley e Dave Haywood conquistou a fama com o tema Need you now que contagiou o público dos oito aos oitenta, vendeu mais de cinco milhões de álbuns e venceu cinco Grammys no ano de 2010. O cartão-de-visita do álbum é Just a kiss, e foi divulgado algumas semanas antes da edição do álbum. As novas canções foram compostas pelos elementos do grupo, e a produção foi de novo entregue a Paul Worley. A sonoridade dos Lady Antebellum é influenciada pelo country, na sua versão românica. Os temas revelam óptimas composições, sempre com refrões bem trabalhados. Os Lady Antebellum colocaram de novo o country nos tops e nas rádios em diversos países, em que este estilo musical não tem tradição. Destaque para o single Just a kiss e os temas When you were mine, We owened the night e Dancing away with my heart. Esperemos que a banda visite a Europa na digressão de promoção do novo Own the night, e coloque Portugal na rota das actuações. K

Forter the People - Torches 3 Os Forter the People fazem parte da lista das melhores revelações, deste ano, na música. Este colectivo cheganos da California, e é formado por Mark Foster, Cubbie Fink e Mark Pontius, que se juntaram em 2009. Em 2011 lançaram um EP com três faixas que deu origem ao primeiro longa duração da banda, Torches. O primeiro single, Pumped up kids, foi editado no início do mês de Fevereiro e causou boas impressões na imprensa especializada. Em Julho saiu o segundo single do grupo, Helena Beat, que colocou os Foster the People na lista da banda sonora, do passado Verão. Os dois temas tiveram direito a diversas remisturas, com leituras diferentes das músicas originais, que circularam na web e nas pistas de dança. Vale a pena pesquisar e ver os vídeos dos dois singles. Bem realizados, com um conjunto de imagens que passa diversas mensagens importantes para o Mundo actual. A sonoridade dos Foster the People mistura o pop dançável com o rock, numa simbiose contagiante! No que toca aos destaques, os melhores temas são os singles Pumped up kids, Helena Beat e as faixas Dont stop (Coloro on the walls) e Waste. É uma óptima proposta para o Outono de 2011! K Hugo Rafael _

3 O Teatro Nacional D. Maria II abriu a temporada com As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Rainer Werner Fassbinder, na Sala Estúdio até 6 de Novembro, com encenação de António Ferreira e interpretação de Cláudia Carvalho, Custódia Gallego, Diana Costa e Silva, Inês Castel-Branco, Isabel Ruth e Paula Mora. Na sala Garrett, também até 6 de Novembro, acontece Amadeus de Peter Shaffer, com encenação de Tim Carrol e interpretação de Diogo Infante, João Canelas e João Lagarto, entre outros. Uma peça sobre Mozart e sobre o conflito entre a genialidade daquele e a ambição da genialidade impossível por parte de Salieri. A partir de 24 de Novembro Quem tem Medo de Virgínia Woolf de Edward Albee, com Maria João Luís, Virgílio Castelo, Sandra Faleiro e Romeu Costa. K

press das coisas Intel Asus N Series 3 Lançado internacionalmente no dia 29 de Setembro, o novo Asus N Series, integra a 2ª geração de processadores inteligentes Intel Core i5, e pretende ser uma experiência “incrível” em som e imagem. De design moderno e elegante, o som tem tecnologia Asus Sonic Master, em parceria com a Bang & Olufsen Ice Power. O portátil dispõe de sistema de vídeo integrado, câmara HD; duas portas USB 3.0; e os mais inovadores ambientes gráficos NVIDIA. A Asus recomenda o Windows 7. A Asus e a Intel lançaram um concurso internacional, onde convidam os participantes a mostrar o seu conceito de “Incrível”, num microsite. O músico Jason Mraz é o apresentador do concurso. Mais informações em www.embuscadoincrivel.com K

Samsung Galaxy S II 3 Com a promessa «É tudo o que você espera e muito mais», o novo telemóvel da Samsung, Galaxy S II chegou ao mercado. Vem equipado com ecrã táctil Super Amoled Plus 4,3”; câmara de 8 Megapixéis com Autofocus e Flash Led; tecnologia 3,5 G; processador de 1,2 Ghz dual core; Wi-Fi e DLNA; GPS e Bússola digital. O preço aproximado é de 499 Euros. K

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motor

Jarama e Estoril c Durante muitos anos os circuitos das capitais ibéricas foram os únicos com carácter permanente na península. Do lado de Espanha temos o circuito de Jarama, situado a norte de Madrid, que tomou o nome da ribeira que passa por ali, e que mais abaixo se torna um afluente do Tejo. Recentemente o meu amigo Pepe de La Parte , fez-me chegar algumas informações deste circuito, que foi inaugurado em Julho de 1967. Inicialmente teve um traçado de 3404 metros que viria a ser alterado em 1990 passando ter a sua configuração actual com 3850 metros. Recordo na minha juventude, ouvir o pessoal mais velho combinar viagens a Madrid, para assistir às corridas de fórmula 1, que ali tiveram 9 edições entre 1969 e 1981. Lembro-me ainda de ter assistido pela televisão ao último grande prémio que ali se correu, com a vitoria do grande Villeneuve (o Gilles não o Jaques) que jorrava talento, e que conseguiu nas últimas voltas segurar atrás de si grandes nomes como Lafite,Watson, Reutemann e De

Angelis, entrando todos na linha de meta praticamente no mesmo segundo, foi uma daquelas corridas que ficou para a história. Claro que não foi só de fórmula 1 que viveu Jarama. Cabe também recordar os tempos áureos das antigas motos 500 cc que coloriram este circuito e onde foi crescendo a imensa “cantera” de “motars” espanhóis que desde então foi enchendo o país vizinho de títulos mundiais. Cinco anos depois da inauguração de Jarama, nasce o circuito do Estoril (1972). Implantado numa das mais bonitas regiões de Portugal, tendo com pano de fundo a frondosa Serra de Sintra, este

circuito tomou o nome de uma das localidades de maior notoriedade em Portugal associando-se assim à mais conhecida região turística que o nosso país tinha na época. Só depois da fórmula 1 sair de Jarama é que apareceu pelo Estoril, que teve o seu primeiro grande prémio em 1984. Foram disputas 13 edições ininterruptamente até 1996. E curiosidade das curiosidades, vejam que o último vencedor de um grande prémio de fórmula 1 no Estoril foi também um Villeneuve, mas claro desta vez foi o filho Jaques que inscreveu o seu nome no historial dos vencedores. Com uma gestão atribulada e

várias mudanças de proprietário, o circuito do Estoril foi também foi palco das complementares do Rali de Portugal, recebeu a fórmula 2, teve corridas de resistência e ainda hoje mantém uma importante prova do mundial de Moto GP. Sobre os dois circuitos, começaram a circular alguns rumores da sua eventual desactivação, uma vez que ambos têm estado a sofrer fortes pressões urbanísticas, que como consequência trazem grandes restrições ambientais, especialmente a nível do ruído. Isto apesar de não haver qualquer construção nas imediações dos mesmos na altura da sua construção.

Chevrolet eléctrico

Volvo V50 só para Portugal

TA Chevrolet anunciou a produção de um veículo 100% eléctrico. “O Spark EV oferece uma opção totalmente eléctrica aos clientes que vivem em áreas urbanas que têm padrões previsíveis de condução ou trajectos curtos», informou a marca americana. O Spark EV será movido por baterias de iões de lítio. K

TA Volvo acaba de anunciar que vai comercializar uma edição especial da carrinha Volvo V50 DRIVe R-Designsurge só para o mercado português. Equipada com o ecológico motor 1.6D, com 115cv, um consumo de 3,8 l/100 km e emissões de CO2 de 99 g/km a nova carrinha tem preço de 27.925 euros (com despesas incluídas). As primeiras unidades devem chegar aos concessionários no início de Novembro e a campanha é válida até ao final deste ano. K

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Paulo Almeida _

No que respeita a motorizações, o carro surge com motor V6 3.5 de 350 cavalos, (0 a 100 km/h em 4,8 segundos e atinge os 285 km/h). Por 80 mil euros pode ser seu e fica com a garantia de ter um veículo com a mesma pintura dos carros da equipa de Fórmula 1, Lotus Renault, a mesma com que Emerson Fittipaldi, em 1972, foi campeão do mundo. K

Dacia Sandero com bi-fuel

Lotus produz três Evora

www.ensino.eu

Ainda em conversa com o Pepe, ele refere-me que entretanto passou a haver alguma esperança, na preservação do circuito de Jarama, pois a chegada da chamada “crise do imobiliário” trouxe como consequência algum desinteresse na urbanização desta zona. Mais uma vez a história destes circuitos pode coincidir. Sabendo-se que na Lusitânia a crise também bateu forte, será que ambos os circuitos vão sobreviver devido à crise? Ao menos que nos deixe esta boa notícia. K

TO concessionário inglês Bell & Colvill, da Lotus, vai comercializar três unidades do supercarro Évora. O carro será vendido com pacote completo de equipamentos, que inclui câmara para ajudar no estacionamento, sistema de som de alta-fidelidade e rodas forjadas de 19 polegadas de diâmetro e travões de disco perfurados nas quatro rodas.

T O Grupo Renault anunciou a comercialização da versão 1.2 16V 75 Bi-fuel do Dacia Sandero em Portugal. Com um preço convidativo de 10.550 euros este bi-fuel, em modo GPL, garante menos 12% de emissões de CO2 (limitadas a 122 g/ km). Com ambos os reservatórios cheios, o Dacia Sandero 1.2 GPL possui uma autonomia de cerca de 1.200 km. K


Com a chancela da RVJ - Editores

Educação para os média em livro

dia 2 de novembro

Julieta Ferreira lança livro

6 Na Margem do teu Segredo é o mais recente livro de Julieta Ferreira. Este é o quarto romance da autora e tem a chancela da editora Lua de Marfim. A sessão de apresentação está marcada para o dia 2 de Novembro, às 18h30, na Livraria Leya, na CE Buchholz, em Lisboa. O Livro conta com a apresentação de Margarida Fonseca dos Santos e versa sobre os encontros e desencontros de um grupo de personagens que habitam um mesmo prédio e esperam a vinda de um anjo salvador que os liberte dos seus segredos e lhes permita voltar a acreditar no amor. A autora nasceu em Lisboa, viveu vários anos na Austrália, e é colaboradora no Jornal Ensino Magazine. K

6 O Livro Educação e Média: da teoria ao terreno, coordenado pelos docentes Vítor Tomé e Helena Menezes, acaba de ser apresentado, e encerrou com chave de ouro o projecto Educação para os Media na Região de Castelo Branco. Um projecto que foi desenvolvido, entre 2007 e 2011, no Distrito de Castelo Branco, tendo envolvido 24 escolas e agrupamentos de escolas, cerca de 150 professores e mais de 500 alunos. O livro editado pela RVJ - Editores, foi apresentado pelo director do Ensino Magazine, João Carrega. Com prefácio de Sara Pereira, da Universidade do Minho, o livro revela algumas das tendências actuais da educação, através de artigos escritos por investigadores conceituados nacional e internacionalmente casos dos docentes João Ruivo (Instituto Piaget e director a Edutopia), Helena Mesquita (Politécnico de Castelo Branco), Jacques Gonnet (Universidade de Paris), Vitor Reia-Baptista (Universidade do Algarve), Ignacio Aguadade (Universidade de Huelva), Yamile Sandoval (Universidade Santiago de Cali - Colômbia), e Fifi Schwarz (Programa educativo de media em Amesterdão).

Vitor Tomé e Helena Menezes (ao centro) coordenaram o livro Num segundo capítulo surgem outros artigos de elevada qualidade da autoria de Vitor Tomé, Helena Menezes, João Ruivo e Lídia Barata. O último capítulo dá conta da avaliação do projecto, onde o docente da Universidade Católica de Milão, Pier César Rivoltella, e a responsável pelo Ins-

tituto Clemi do Ministério da Educação de França, Evelyne Bevort, dão nota positiva. A importância do projecto foi também destacada pela Associação Mundial de Jornais, que atribuiu ao Reconquista uma menção honrosa pelo trabalho desenvolvido. K

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com o apoio do ensino magazine

CEBT ibérico

6 O Classic Clube de Portugal realiza, nos próximos dias 5 e 6 de Novembro, o rali histórico 24 horas de Portugal. A iniciativa percorre os concelhos de Castelo Branco e Sertã e é pontuável para o Troféu Nacional de Ralis de Regularidade, a Challenge Ibérica e o Campeonato Extremeño de Regularidade. A iniciativa que tem o apoio do Ensino Magazine, contará com a participação 120 equipas, das quais 31 serão espanholas. Paulo Almeida, responsável pelo evento, explica que “a prova terá início em Castelo Branco, levará os concorrentes até à Sertã e regressa à capital de distrito, num total de 330 quilómetros, 213 dos quais em regularidade”. Dividida em quatro categorias, esta será, para já, a última edição das 24

6 A Universidade da Beira Interior irá realizar, em parceria com a Universidade de Coimbra, Universidade de Aveiro, Conselho Empresarial do Centro / Câmara de Comércio e Indústria do Centro, uma nova e reformulada edição do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica (CEBT). Esta edição conta com a participação de Universidades da região transfronteiriça de Castilla y Leon: Universidad de Salamanca, Universidad Pontificia de Salamanca, Fundación Universidad de Valladolid e Universidad de León e irá decorrer de Outubro de 2011 a 29 de Fevereiro de 2012. O CEBT Ibérico tem por objectivo valorizar os activos de propriedade intelectual provenientes dos centros de saber univer-

Universidades juntas no Centro

24 horas de Portugal

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028 /// OUTUBRO 2011

horas de Portugal. Paulo Almeida adianta que em cima da mesa está a possibilidade de se realizar uma maratona, em 2013, entre os circuitos de Jarama (Espanha) e Estoril, com passagem pelo distrito

de Castelo Branco. “É algo que está a ser estudado”, disse na conferência de imprensa que serviu de apresentação do evento, onde marcaram presença os autarcas de Castelo Branco, Joaquim Morão,

e da Sertã, José Farinha, bem como um dos pilotos espanhóis que se deslocou à cidade albicastrense desde Madrid para sublinhar a importância das 24 horas de Portugal para os pilotos espanhóis. K

sitários. No âmbito deste programa formam-se equipas multidisciplinares, as quais desenvolvem competências empreendedoras. Os principais destinatários são alunos, finalistas, licenciados, pós-graduados, empresários, quadros de empresas e quadros/técnicos superiores de entidades públicas ou privadas. Os participantes contam com 7 sessões intensivas em sala de aula, num total de 21 horas lectivas. Para além destas sessões de sensibilização, existirão ainda 7 mentoring sessions obrigatórias onde cada equipa se reunirá com um mentor da Universidade e terá oportunidade de mostrar e receber feedback sobre o trabalho desenvolvido no seu projecto. No total, este evento terá a duração de 50 horas. . K


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