Ensino Magazine nº 181

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março 2013 Diretor Fundador João Ruivo

Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVI K No181 Distribuição Gratuita

ensino jovem

joão Ricardo pateiro, jornalista da tsf

Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

Ele ressuscitou o relato da bola Podem não reconhecer o seu rosto, mas identificam-no à primeira ao sintonizar a rádio TSF pelo seu estilo inconfundível. Ele é o jornalista que inovou nos relatos radiofónicos em Portugal ao dedicar músicas célebres aos marcadores dos golos.

castelo branco

Joe Berardo abraça Centro de Artes C

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universidade

UBI forma para Data Center C

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politécnico

Orquestra da ESART no “Música Maestro” C

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Alberto Frias / Expresso H

Comunicar com os filhos exige verdade

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Ensino Magazine lança livro na Futurália P 21

As fitas de Maria João Rosa

António Estanqueiro, professor de Filosofia e Psicologia considera que educar e comunicar com os filhos é um desafio que envolve riscos. Diz que o melhor método para um diálogo eficaz tem como base a verdade. C

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p2a4

António Estanqueiro, professor de psicologia

XV aniversário

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www.ensino.eu Assinatura anual: 15 euros

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P 27 Coordenação Portugal

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Pág. 22 pub

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João Ricardo Pateiro, jornalista

«Ressuscitei o relato de futebol»

6 Podem não reconhecer o seu rosto, mas identificam-no à primeira ao sintonizar a rádio TSF pelo seu estilo inconfundível. Ele é o jornalista que inovou nos relatos radiofónicos em Portugal ao dedicar músicas célebres aos marcado-

res dos golos.

ções fortes?

Vive o seu dia a dia num corrupio. O jornalismo e agora as canções ocupam-lhe todo o tempo e agora está a poucos dias de ser pai. Como é gerir este mundo de emo-

Procuro fazê-lo, como diz o Paulo Bento, com tranquilidade (risos). São todas emoções muito boas. Maravilhosas mesmo, sendo a que se apresta para acontecer, o nascimento da

minha filha, ter uma dimensão quase transcendental. Quanto à incursão no mundo das canções, com o projeto «Tertúlia dos 40», é uma espécie de «second life», mas bem real. Já fez mais de mil rela-

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tos. Lembra-se quando foi a sua primeira narração? Foi um Varzim-Rio Ave, algures na temporada 1987/88, para uma rádio local de Vila do Conde, de onde eu sou natural. As pessoas da minha terra gostaram, só não acharam piada ao facto de eu ter gritado tantos golos do Varzim. Ao longo dos 90 minutos de um relato, com as variações naturais do jogo, consegue-se manter a isenção e a equidistância, seja quais forem os clubes em competição? Esse exercício de cultivar o distanciamento e a isenção faz-se ao longo dos anos. É um processo natural. Pese embora a grande paixão que tenho pelo jogo, vejo-o sempre de forma distanciada, quer esteja a relatar ou não. Esse foi um processo que amadureci com o passar do tempo. Disse que começou os seus relatos amadores durante partidas de “subbuteo” entre amigos. É preciso ter uma vocação para ser relatador? É um dom natural, uma

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capacidade inata. Mesmo que se faça um curso acelerado para pessoas que queiram ser relatadores eu diria que é tremendamente difícil que os ensinamentos adquiridos façam desses aspirantes grandes profissionais se não existir uma vocação e um talento natural. Para as pessoas perceberam o paralelo, era o mesmo que o Cristiano Ronaldo ou o Messi ministrassem cursos para ensinar a jogar à bola como eles. Seria quase impossível surgir um «fenómeno» como qualquer um deles. Eu acho que o relato é uma arte. Que características fundamentais deve ter um relatador? Essencialmente, grande capacidade de descrição. Quantos mais pontos e referências fornecer, melhor imagem do jogo consegue transmitir ao ouvinte, o mais próximo possível da realidade. Ter a noção do que é o ritmo do relato. O relato não é um TGV, tem que ser uma montanha russa e ter flutuações, enfatizando as situações de perigo junto às balizas e de iminente golo. Passei mais de 20 anos a ouvir relatos e sei o que o ouvinte ;


quer escutar. Mas há mais aspetos a ter em conta: é preciso respeitar as regras éticas e deontológicas do jornalismo, preparar os jogos atempadamente e, não menos importante, falar regularmente com jogadores, árbitros e treinadores. Admite que introduziu uma vertente de espetáculo na narração dos jogos? Eu tento juntar o melhor de dois mundos: a informação e o rigor. Entendo que o relato não tem que ser feito por um entertainer, mas existem vantagens se for feito por um jornalista. Se assim for, a narração do espetáculo futebol é feita necessariamente com mais rigor. O seu traço distintivo como relatador são as canções que dedica aos jogadores que marcam golos. Quantas tem preparadas neste momento? Tenho cerca de 60 canções para 60 jo-

gadores diferentes. A última creio que foi para o Ola John do Benfica. A minha mulher, que é professora de música, por vezes adverte-me para ter atenção à métrica, mas na generalidade as pessoas gostam muito. Há outros que gostam menos e chegam a demonstrá-lo, mas só tenho é de respeitar. Chegaram a transmitir-me que a mulher do Radomel Falcao, ex-jogador do FC Porto, tinha apreciado muito a canção que dediquei ao marido quando ele marcava golos com a camisola dos azuis e brancos.

que é penalty ou fora de jogo digo-o, sem problemas. Fico de consciência tranquila. É verdade que temos a ajuda do nosso colega que está em estúdio a assistir à transmissão, mas não me coíbo de dar opinião, se for isso o que eu vi. Acontece-me chegar a casa, rever o jogo e ter outra ideia dos lances. É natural. O que atesta a dificuldade que existe para julgar os lances em fração de segundos. Talvez por isso, sou muito condescendente com os erros que normalmente são cometidos pelas equipas de arbitragem.

Quando começou a relatar, já era uma festa se um jogo era transmitido semanalmente na TV. Agora são praticamente todos os que têm honras do direto televisivo. Sente que com esta ditadura do direto e das repetições, o vosso trabalho está mais exposto?

Há quem diga que o relato de futebol estava em vias de extinção. Sente que foi uma lufada de ar fresco?

Não me sinto mais ou menos pressionado por isso. Se acho, naquele momento,

Eu acho que a transmissão quase total dos jogos na televisão fez-me enveredar pelo caminho que considero certo para o relato. Um rumo necessariamente diferente. O relato de futebol estava ligado à máquina e creio que, de algum modo, consegui ressus-

citá-lo. Mas importa referir que não estou sozinho. Há muitos outros bons valores no ativo. Por exemplo, temos o Bruno Cabral, na TSF, o Carlos Rui Abreu, na Antena 1, e o José Pedro Pinto, na Rádio Renascença. Jorge Perestrelo tinha um estilo único na arte do relato. Era amado e odiado, excessivo, por vezes. Inspirou-se, de alguma forma, no seu legado? O Jorge dominava, como ninguém, um vetor do relato que é o da espetacularidade. Trabalhei com ele na TSF, bebi parte da sua influência, mas tenho um estilo próprio. Recordo-me bem que relatámos em parceria a final da Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen, no ano de 2004, entre o FC Porto e o Mónaco, de boa memória para nós portugueses. Confessou publicamente que é daltónico. Já teve algum embaraço em direto?;

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de futebol, inserido num curso de comunicação social de uma faculdade da zona do Porto. Seria uma oportunidade para captar novos valores e satisfazer a curiosidade de muitos jovens que sentem que têm potencial, mas nunca experimentaram.

(Risos) O meu grau de daltonismo é reduzido. Nunca tive problemas de maior no essencial do relato, mas já cheguei a trocar a cor das botas de um jogador ou as camisolas dos árbitros que julguei que fossem laranja e afinal eram de cor amarela. Mas nada de grave.

É um fenómeno de popularidade nas redes sociais, com mais de 5 mil amigos no Facebook e com duas páginas de fãs que exaltam os seus relatos. Sente que é a recompensa pelo trabalho que faz?

O ambiente nos estádios não é propriamente pacífico, existindo muita efervescência em certos palcos. Já experienciou alguma situação de aperto por parte dos adeptos?

É um reconhecimento interessante, gratificante e que francamente aprecio. É fruto do meu empenho e também faz bem ao ego. De qualquer forma, os meus pais deram-me formação para não me deixar cair na arrogância e na vaidade. Sou uma pessoa bastante acessível e quero continuar a sê-lo.

Para ser franco, em mais de mil relatos que fiz não me recordo de nenhuma situação complicada. Ainda no outro dia fui fazer uma conferência de imprensa ao estádio do Bessa e uma das adeptas mais conhecidas do Boavista, a Dona Fernanda, agarrou-se a mim aos beijos, assim que me viu. Os meus colegas até ficaram surpreendidos, mas só pode ser porque as pessoas nutrem simpatia por mim.

De há alguns meses a esta parte é um dos elementos do trio «Tertúlia dos 40», uma banda que integra ainda o jornalista da RTP, Carlos Daniel e o músico, Filipe Fonseca. O projeto vai de vento em popa e os concertos sucedem-se, preenchendo ainda mais as vossas agendas. O que é que pode esperar quem vai ver um espetáculo vosso?

Fala-se muito da promiscuidade entre jornalistas e as fontes. Para além dos relatos, faz reportagens e tem um programa de entrevistas na antena da TSF chamado “Entrelinhas”. Qual é a sua relação com os atores do espetáculo futebolístico? Consegue manter o distanciamento? Antes de ser jornalista, sou ser humano. Não escondo que tenho relações de amizade com treinadores, jogadores e árbitros. Não tenho problema nenhum em afirmar que cultivo uma amizade próxima com o Artur Soares Dias, árbitro, o Vítor Baia, exguarda redes, o Toni, ex-treinador do Benfica, e o Fernando Santos, atual selecionador da Grécia. Se condiciona? Por princípio não, mas há coisas que se passam no nosso inconsciente e que não podemos evitar. Falemos agora das questões relacionadas com a sua profissão. Licenciou-se na Escola Superior de Jornalismo do Porto. Como vê o cada vez mais exíguo mercado para meios de comunicação social e jornalistas? Com muita preocupação, pese embora este fenómeno não ser propriamente novo. Mas já na altura em que eu cursava jornalismo, em 1989, se falava da crise neste setor da sociedade, precisamente numa altura em que despontavam vários projetos privados de jornais e de televisão. Neste momento ninguém está a contratar quem quer que seja. O mercado de trabalho está «fechado» e o que se vê são empresas de comunicação social que se limitam a dispensar. As redações estão a perder a memória e a insistir quase exclusivamente em jovens para fazerem estágios de borla. Não é bom, até porque subverte as regras do mercado e esta lógica reflete-se, necessariamente, na qualidade do produto que é apresentado nas páginas dos jornais, na rádio ou na televisão. As universidades deixaram de ser agências de emprego? Isso foi chão que deu uvas. Eu daria o seguinte conselho aos aspirantes a jornalistas: se acham que vão ser muito bons

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e têm muito talento, então continuem. Se acham que não são assim tão acima da média, então mudem de rumo. Chegam-lhe muitos pedidos para trabalhar na rádio? Sim. Por vezes desesperados, mas

sempre bem intencionados, as pessoas dirigem-se até nós porque pensam que temos poder de decisão. O que é que eu posso fazer? Sou um simples colaborador da TSF. Dentro das minhas escassas possibilidades, estou a pensar, juntamente com o meu colega da Antena 1, Fernando Eurico, organizar um workshop sobre relatos

Nós os três somos uns saudosos dos gloriosos anos 80 e boa parte do espetáculo, que dura cerca de 100 minutos, faz um flash-back até essa década prodigiosa. Temos blocos com as canções de programas infantis da época, genéricos da «Abelha Maia», do «Tom Sayer» e do «Dartacão». Temos blocos de séries, como a «Fama», «Dallas», «Verão Azul», o «Barco do Amor», etc. São programas que fazem parte do imaginário de muitos dos que agora têm entre 30 e 40 anos porque, quero recordar, só existia um canal de televisão. Mas há mais… Temos publicidade, com a recriação dos anúncios da Bic, Mokambo, Coca Cola, Boca Doce, incursões em músicas que venceram o festival da canção, o recuperar de canções que marcaram uma época como o «Foguete». Isto sem esquecer a parte mais futebolística da atuação com os hinos dos clubes, gafes no jornalismo, imitações de Pinto da Costa, João Malheiro e outros.

Livro onde escreve as músicas para os craques

CARA DA NOTÍCIA 6 A paixão dos relatos e das canções João Ricardo Pateiro tem 44 anos. Nasceu a 22 de setembro de 1968, em Árvore, Vila do Conde. No seu percurso académico licenciou-se na Escola Superior de Jornalismo do Porto. Em termos profissionais, tem alternado entre a rádio e a televisão. Começou na Rádio Vila do Conde, Rádio Linear, Rádio Nova do Porto, depois esteve em simultâneo na TVI e na Rádio Comercial, a seguir, na TVI e na TSF. Atualmente, faz parte dos quadros da TSF, onde faz reportagens, relatos de jogos e apresenta o programa «Entrelinhas», sendo colaborador da SportTV, nomeadamente para a narração de jogos da II Liga. Em 2012, foi eleito pelo Clube Nacional de Imprensa Desportiva (CNID) o melhor jornalista de rádio, recebendo o Prémio Artur Agostinho. K

Têm tido vários concertos, em especial no litoral, com destaque para o Ritz Clube, em Lisboa e o Rivoli, no Porto. Estão disponíveis para atuar noutras partes do país, Castelo Branco incluído, para mostrar o vosso trabalho a outros públicos? Vamos com todo o gosto! Sinceramente, nunca pensámos na dimensão que o projeto atingiu. A minha vida não é isto. Já temos inclusive um agente a trabalhar connosco e a tratar de tudo, nomeadamente no agendamento de espetáculos. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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Avaliação de Ativos Imobiliários

Curso na UBI

6 A Universidade da Beira Interior vai ministrar um curso de formação de curta duração em Avaliação de Ativos Imobiliários, com a duração de 21 horas, que irá decorrer entre 4 e 26 de abril, às quintas e sextas-feiras, das 18h30 às 21h45, nas instalações do CFIUTE. Esta formação conta com a presença de António Lepierre Tinoco, Perito-Avaliador Imobiliário da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários. O curso destina-se a profissionais que necessitem adquirir ou aprofundar conhecimentos nos temas da valorização de ativos imobiliários, a mediadores imobiliários e a outros profissionais associadas ao setor imobiliário, nomeadamente a nível do inves-

timento. Releva ainda para os alunos das áreas da Gestão, da Economia, da Engenharia e da Arquitetura, no aspeto da crescente necessidade de uma formação cruzada e de que os profissionais daqueles ramos necessitam crescentemente, relativamente a uma das atividades económicas que, a par do Turismo e das Novas Tecnologias/Energias, constituem e constituirão um fulcro do futuro desenvolvimento do País, a médio e longo prazo. O curso tem um custo de 250 euros, havendo desconto de 10 por cento para membros inscritos na Ordem dos Engenheiros, Ordem dos Arquitetos, funcionários, estudantes e ex-alunos da UBI. K

Reconhecimento académico

UBI com créditos

6 A Universidade da Beira Interior acaba de receber o ECTS Label para o período 2012-2015, uma forma de distinção do Sistema Europeu de Transferência de Créditos, atribuída pela Comissão Europeia. Este selo europeu atesta a qualidade da informação sobre a oferta formativa e a gestão da mobilidade de estudantes no âmbito do espaço europeu de ensino superior e vem juntar-se ao já apresentado suplemento ao diploma atribuído para o período

2010-2013. A obtenção do selo “ECTS label” insere-se na estratégia definida pelo plano de ação do reitor para 2009-2013, no âmbito da implementação de uma cultura da qualidade na UBI. Para Paulo Almeida, vice-reitor para o ensino e internacionalização “este reconhecimento é sem dúvida um avanço determinante para a internacionalização da Universidade da Beira Interior e para o reconhecimento da qualidade do ensino que é ministrado na instituição”. K

Conselho Geral da UBI

Membros cooptados

6 A reunião do Conselho Geral da Universidade da Beira Interior já escolheu os oito membros cooptados. Fernando Paulouro, Lourenço Marques, Henrique Monteiro, Paquete de Oliveira, Maria José Tavares, Joaquim Sousa Lima, José Manuel Pereira de Almeida e José Fernandes são os oito membros. Publicidade

Entre estas pessoas da sociedade civil vai estar o futuro presidente deste organismo. Na próxima reunião de trabalho, os novos elementos externos vão tomar posse e será realizada a eleição do presidente do Conselho Geral, que terá de ser, obrigatoriamente, um dos cooptados. K

Dias da UBI

APPACDM de visita 6 A Associação de Apoio aos Cidadãos com Deficiência Mental da Covilhã (Appacdm) levou os seus utentes até à UBI a 28 de fevereiro. O projeto, organizado no âmbito dos “Dias da UBI” foi intitulado ’Dia dos Sorrisos’ e proporcionou a estes cidadãos uma experiência diferente dentro da Faculdade de Artes e Letras. Este ano o projeto ganhou um novo alcance. Na Faculdade de Artes e Letras o segundo dia foi preenchido com o “Dia dos Sorrisos”, que acolheu os utentes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Doente Mental (APPACDM). Esta iniciativa foi tomada por Gabrie-

la Gonçalves, Gonçalo Morais e Lurdes Rocha, alunos de mestrado em Comunicação Estratégica, que, ao constatarem que “Os Dias da UBI” já “não atraiam muito o interesse da comunidade pela Faculdade de Artes e Letras”, tiveram a ideia de dinamizar novas atividades. “Os Dias da UBI” é uma iniciativa durante a qual a universidade abre portas e se mostra à comunidade. Nos passados dias 27 e 28 de fevereiro, alunos desde o 7º ao 12º anos, de várias escolas em torno da Covilhã percorreram os corredores da UBI. Para além de conhecerem os espaços de trabalho dos estudantes da universidade, cada pólo

preparou uma série de atividades e exposições de trabalhos. O ‘Dia dos Sorrisos’, projeto que “pretendia atribuir notoriedade à Faculdade de Artes e Letras através da responsabilidade social”, também contou com a parceria dos serviços de ação social da universidade, que ofereceu almoço aos visitantes especiais. As restantes faculdades também se encontraram abertas ao público. Cada departamento promoveu a sua área de atividade e foram oferecidas experiências laboratoriais ao público. K Ana Cristina Veiga _

Presidente da FCT avisa na UBI

Financiamento diversificado 6 Miguel Seabra, presidente da FCT, considera a UBI um exemplo do que deverá ser a investigação e o financiamento deste tipo de atividades, nos próximos anos, sobretudo olhando ao projeto desenvolvido no Departamento de Engenharia Eletromecânica que coordena um conjunto de universidades e conta com 5,5 milhões de euros de financiamento. Um exemplo que aquele responsável espera “ver reproduzido em mais universidades portuguesas”. Ao longo da sua intervenção, no anfiteatro 8.1 da Faculdade de Engenharia da instituição, o presidente da FCT reportou-se diversas vezes ao projeto “singular”, coordenado por João Catalão, cujo laboratório fez parte do conjunto de estruturas que visitou na sua deslocação à Covilhã. Este é o maior projeto científico desenvolvido na academia beirã e que conta com o apoio do 7º Programa Quadro, tendo ligação à indústria e aplicação a um vasto leque de áreas e também parceiros internacionais que vão

desde universidades a empresas. Pontos reiterados por quem coordena a principal instituição de apoio à ciência em Portugal. Miguel Seabra aponta para o facto “evidente de um decréscimo de valores do orçamento de Estado transferidos para a ciência e para a investigação”. Perante este cenário “há que ter em atenção que os anos de grande crescimento em termos de apoio financeiro estão para trás e temos de alinhar as nossas estratégias”. Uma maior diversidade nas fontes de financiamento, com

uma atenção redobrada para os fundos europeus, parece ser uma das apostas futuras. O presidente da FCT apresentou a evolução dos últimos anos, no que respeita ao apoio feito por esta entidade aos vários projetos académicos. Um dos sinais a ganhar maior atenção foi precisamente aquele que aponta para a FCT como única entidade financiadora de muitos projetos. Um cenário que Seabra diz não se poder repetir, face às restrições orçamentais. K

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Doutoramento

Assessoria

Imprensa regional em análise 6 “O papel do jornalismo público na revitalização da imprensa em Portugal - o caso da Imprensa Regional” foi o tema da tese de doutoramento defendida no dia 21 de fevereiro por Victor Amaral, professor do Instituto Politécnico da Guarda e investigador do LabCom. Neste trabalho o autor aborda a promoção do debate cívico

e a participação dos membros da comunidade, de forma efetiva, como uma das funções do jornalismo. Entre as conclusões apresentadas destaque para o facto de “não se verificar a coincidência entre a agenda dos jornais e a ‘agenda do cidadão’ relativamente aos assuntos públicos com mais importância”. O júri das provas foi cons-

tituído por Jorge Pedro Sousa, professor catedrático da Universidade Fernando Pessoa, Manuel Pinto, professor catedrático da Universidade do Minho, João Carlos Correia, professor associado da Universidade da Beira Interior (UBI), Anabela Gradim, José Ricardo Carvalheiro e João Canavilhas, professores auxiliares da UBI. K

Com emprego garantido

UBI forma para Data Center 6 Formar quadros técnicos para o novo data center da Portugal Telecom é o principal objetivo da pós-graduação que a Universidade da Beira Interior, através do Departamento de Informática, vai promover. O curso denominado de Information & Communication Technologies for the Telco Sector (ICTTS) surge através de uma estreita ligação entre a UBI, a PT e a Syone. Foi, aliás, um dos responsáveis desta última entidade, a divulgar as principais linhas desta formação junto da comunidade estudantil da academia beirã. Segundo Hugo Pedro, este curso terá a duração de um ano Publicidade

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letivo e pretende “formar profissionais nas áreas técnicas relativas à administração de Data Center para o grupo PT”. Como tal, toda a componente letiva irá decorrer na academia e está a cargo dos seus docentes, que vão trabalhar “em estreita ligação” com os quadros da PT. A necessidade de formação nesta área é tal que o público alvo da pós-graduação não se restringe à área informática, mas a todas as pessoas que tenham algumas competências em tecnologias de informação. A pós-graduação que terá um plano de trabalho de 11 meses e terminará em julho de 2014.

Um dos fatores distintivos desta nova aposta vai para o seu plano curricular híbrido, que abarcará experiências laborais nas três entidades envolvidas. Um plano que conta com 30 por cento de aulas e 70 por cento de aprendizagem em regime laboral. Daí que todos os alunos que frequentem esta formação tenham direito a um estágio remunerado de 650 euros mensais. A receção de inscrições decorre entre 30 de abril e 1 de junho, os testes de seleção decorrem dia 8 de junho e as entrevistas entre 18 e 22 do mesmo mês. K Eduardo Alves _

Aula aberta na UBI sobre Comunicação 6 Até há alguns anos, numa agência de comunicação “era preciso uma tarde para enviar um press-release”, mas a evolução tecnológica acelerou o trabalho, pelo que atualmente o ambiente empresarial é muito mais tenso, “há mais stress” e os colaboradores são agora “mais incomodados” fora do horário de expediente. A opinião é de Armando Salvado, diretor geral de clientes na LPM Comunicação, que esteve este mês na Universidade da Beira Interior para apresentar a conferência com o tema “O Mundo da Comunicação é híbrido”. A iniciativa teve lugar na Faculdade de Artes e Letras e foi organizada no âmbito do Mestrado em Comunicação Estratégica. O conferencista alertou para a importância de uma boa relação entre os assessores e os jornalistas, pois assim torna-se mais fácil “conseguir publicar artigos do seu interesse”, desenvolvendo assim um melhor trabalho. Ao contrário da publicidade, que dá a conhecer a empresa de maneira óbvia

e em sítios próprios, a assessoria luta por espaços mais dedicados à notícia, “fazendo parecer que é o próprio jornal que está a informar. Às RP não basta seguir os canais tradicionais, há que marcar a diferença e conseguir distinguirse num panorama sobrelotado de informação”, afirmou. De caminho, alertou para a importância do sigilo profissional neste tipo de companhias. Muitas vezes “as informações são tão confidenciais que os próprios jornalistas só sabem no próprio dia que as coisas acontecem”, como é o caso dos eventos de divulgação de resultados de certas empresas. Segundo o convidado, a comunicação social “já não está organizada em órgãos mas sim em multiplataformas”. Os próprios programas, rubricas, líderes de opinião já não se cingem apenas a um medium e “já não faz sentido compartimentar a comunicação em dois mundos paralelos” nem “separar as abordagens de cada um desses meios, já que eles se complementam”. K

UBI

Prémio para docente da Universidade 6 Donizete Rodrigues, docente do Departamento de Sociologia da Universidade da Beira Interior e investigador do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), foi contemplado com um prémio no âmbito do programa de “Incentivo à Internacionalização” atribuído pelo CRIA-Fundação para a Ciência e a Tecnologia, pelo seu capítulo “The Brazilianization of New York

City: Brazilian Immigrants and Evangelical Churches in a Pluralized Urban Landscape” no livro “Ecologies of Faith in New York City” (Indiana University Press). Lançado em dezembro passado nos Estados Unidos da América, o livro “Ecologies of Faith in New York City” examina os padrões de cooperação inter-religiosa e de conflito na cidade de Nova Iorque. K


Prémio Universidade de Lisboa

Prémio Universidade de Coimbra

Lobo Antunes é o eleito

João de Deus Ramos ganha

6 O neurocirurgião João Lobo Antunes acaba de ser distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa, que conta com o apoio do Banco Santander Totta, pelo seu contributo para o desenvolvimento e projeção da cultura científica em Portugal. O Prémio Universidade de Lisboa tem um valor pecuniário de 25 mil euros e é atribuído ao abrigo do acordo de colaboração entre a Universidade e o Banco Santander Totta, para distinguir e premiar uma individualidade de nacionalidade portuguesa ou estrangeira, a trabalhar em Portugal há pelo menos cinco anos, cujos trabalhos, de reconhecido mérito científico e/ ou cultural, tenham contribuído de forma notável para o progresso e o engrandecimento da Ciência e/ou da Cultura e para a projeção internacional do país. Segundo o júri do Prémio, João

6 O antigo embaixador João de Deus Ramos recebeu, a 1 de março, o Prémio Universidade de Coimbra 2013, um dos mais relevantes prémios nas áreas da ciência e da cultura, no valor de 25 mil euros, e que tem o apoio do Banco Santander Totta. A entrega do Prémio realizouse na Reitoria da Universidade de Coimbra (UC), e contou com a presença do Reitor, João Gabriel Silva, e do Administrador do Banco Santander Totta, José Leite Maia. O Prémio vem consagrar a longa carreira de João de Deus Ramos e os anos que dedicou ao estudo da expansão portuguesa para o Oriente e da influência da cultura chinesa em Portugal. Com 71 anos de idade e licenciado em Direito, o premiado desempenhou importantes cargos em várias embaixadas portuguesas um pouco por

Lobo Antunes, de 68 anos, é uma das figuras que mais contribuiu para o desenvolvimento e projeção da moderna cultura científica em Portugal. A ele se deve uma vigorosa expansão de fronteiras institucionais, com particular destaque para a criação do Instituto de Medicina Molecular e, mais recentemente, para o processo de fusão que conduziu à nova Universidade de Lisboa. Homem de densa cultura humanística e científica, João Lobo Antunes alia, de forma exemplar, a sua formação como neurocirurgião e professor universitário a uma intensa atividade de investigação e de intervenção cívica, sublinha o júri. Atualmente, o premiado é director do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, presidente da Academia Portuguesa de Medicina e do Instituto de Medicina Molecular. K

Universidade da Madeira

Novo reitor escolhido 6 José Manuel Cunha Leal Molarinho Carmo é o novo reitor da Universidade da Madeira (UMa). Licenciado em Matemática, Ramo Estatística e Computação, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e doutorado em Matemática com agregação também em Matemática pela Universidade

Técnica de Lisboa, é desde 2000 professor catedrático na UMa. De 1 de junho de 2004 a 19 de julho de 2004 foi reitor interino da UMa. Em 2012 foi eleito para o Conselho Geral como representante dos professores e investigadores. A cerimónia de tomada de posse será oportunamente divulgada. K

Empréstimo de Tecnologias de Apoio

UTAD cria banco 6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) acaba de inaugurar o Banco de Empréstimo de Tecnologias de Apoio (BETA) no decorrer de uma exposição denominada “Yes, I Can” e organizada pelo curso e centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade. O BETA, da responsabilidade do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade (CERTIC) da UTAD, disponibiliza cerca de 450 produtos de apoio para pessoas com deficiência e idosos nas áreas da mobilidade, habitação, cuidados pessoais, comunicação e informação, recreação e lazer, terapia e treino. São produtos co-

merciais usados ou concebidos e adaptados na UTAD. A maioria dos produtos foi doada pela fundação sueca AGAPE, estando a ser inspecionados e reparados pelos alunos de Engenharia de Reabilitação. O material disponível e os desafios que apresentam constituem ao mesmo tempo um forte contributo para a formação dos alunos deste curso, único no sistema de ensino superior português. As pessoas interessadas, podem consultar os produtos disponíveis e o regulamento do serviço na Internet no endereço, www. beta-vilareal.net, devendo depois preencher um formulário do pedido de empréstimo. K

www.ensino.eu

todo o mundo. Foi também Administrador da Fundação Oriente ao longo de 15 anos e o primeiro membro português da Associação Europeia de Estudos Chineses. A entrega do Prémio Univer-

sidade de Coimbra inseriu-se na cerimónia do 723º aniversário da UC e marcou o arranque da XV ‘Semana’ Cultural da Universidade, subordinada ao tema “Ser de Água”. K

Estudo do Minho revela

Participar no parto é bom 6 Participar no parto, procedendo, por exemplo, ao corte do cordão umbilical, pode favorecer o envolvimento emocional do pai com o bebé, conclui um estudo da Escola de Psicologia da Universidade do Minho. O trabalho contou com uma amostra de 105 pais portugueses e acaba de ser publicado no prestigiado “Journal of Advanced Nursing”. A investigação pretendeu estudar o envolvimento emocional do pai com o bebé, antes e depois do parto, bem como perceber o impacto da experiência de corte do cordão umbilical na relação de ambos. Os resultados

mostram que o envolvimento emocional tende a aumentar durante a gravidez e sobretudo na sequência imediata do parto,

começando a diminuir logo no primeiro mês após o nascimento. “Os pais que participaram no parto e cortaram o cordão umbilical dos respetivos filhos exibiram uma melhoria significativa no envolvimento emocional, entre o parto e os primeiros 30 dias de vida. Estas conclusões indicam que a presença do progenitor neste processo e nos cuidados iniciais pode beneficiar o seu envolvimento com o recém-nascido”, afirmam Sónia Brandão e Bárbara Figueiredo, investigadoras da Unidade de Investigação Aplicada em Psicoterapia e Psicopatologia. K

Com a DREA

Évora assina protocolo 6 A Universidade de Évora (UE) acaba de assinar um protocolo de colaboração com a Direção Regional da Economia do Alentejo, ficando previsto o aprofundamento das relações de cooperação e intercâmbio entre as instituições signatárias. O protocolo, assinado a 11 de março, na Sala dos Docentes da Universidade de Évora por Manuel Cancela d’Abreu, vice reitor da UE e por João Jesus, Diretor Regional da Economia do Alentejo, visa “estreitar as relações de cooperação e intercâmbio entre as instituições signatárias, de modo a que ambas

possam beneficiar de ações de colaboração nos domínios da atividade a que se dedicam”. As ações de colaboração a desenvolver entre as duas entidades poderão incidir sobre todos os domínios julgados úteis e relevantes por ambas as instituições, designadamente: atividades nos domínios do ensino e da formação; desenvolver em parceria projetos de investigação de âmbito nacional e internacional; promover a prestação de serviços; utilização de equipamentos e espaços; estágios científicos e técnicos. K

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No sono

FMH investiga efeito da cafeína

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UÉVORA

Olhar para a Sociedade 6 “Uma escola universitária define-se e desenvolve-se, nos tempos que correm, pelos desafios que enfrenta e pela capacidade que tem para pensar, não apenas os seus limites e suas causas, mas ainda os problemas que se colocam à sociedade de que ela faz parte e que deve querer influenciar”, disse Silvério Rocha e Cunha, Diretor da Escola de Ciências Sociais (ECS) da Universidade de Évora, durante as comemorações do 4.º Aniversário da Escola que teve lugar no passado dia 12 de março. Silvério Rocha e Cunha ao longo do seu discurso sublinhou que a ECS “deve saber situar as suas valências (em muitas outras universidades fragmentadas pelo estilhaçamento do saber autónomo e criador, e consequente redução a um saber pobre e profissionalizan-

te que apenas se preocupa com o saber-fazer cego relativamente aos seus fundamentos) e transformálas em algo de qualitativamente diferente” Para o novo dirigente a ECS deve preocupar-se em ser “nova e original, pois é nessa incessante interrogação, e nesse permanente vaivém entre passado e futuro, que uma instituição universitária pode responder aos problemas da sociedade na exata medida em que a questiona e a não deixa sossegar. Devemos incomodar a sociedade para que ela acorde e olhe os sinais dos tempos”. No final do seu discurso salientou que a ECS deve ser uma instituição que “ensine as diversas perspetivas que aspiram a uma completa explicação do humano através das suas históricas diferen-

ciações, rumo a uma diferenciação unificável. Em tempos de globalização, compete-nos ensinar, sob diferentes níveis de análise, como operar rumo a uma sociedade global não redutora como a realmente existente. Porque os sistemas sociais, imersos no continuum da comunicação planetária, não toleram a prazo isolamentos culturais, unilateralismos ideológicos, simplificações impostas, obrigando a que se pense, a um tempo, em pluralismo e complexidade extrema”. Nas comemorações do dia da ECS, Bagão Felix, Membro do Conselho Geral da Universidade de Évora, numa conferência sobre a temática “Que futuro para o Estado Social?”, falou sobre o clima socioeconómico do país. K Noémi Marujo _

Doutorando de Aveiro distinguido

IEEE dá prémio em Portugal 6 Alírio Boaventura, aluno de doutoramento na Universidade de Aveiro (UA) e investigador no Instituto de Telecomunicações (IT), é o primeiro estudante em Portugal a receber o prémio Graduate Fellowship de 2013, atribuído pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). O IEEE é a maior organização mundial em engenharia eletrotécnica, na categoria de radiofrequência e micro-ondas (Microwave Theory and Techniques - MTT-S). O prémio consiste numa bolsa de estudos de pós-graduação no valor de sete mil dólares. A atribuição desta bolsa é tanto mais importante quanto este galardão distingue, habitual e maioritariamente, investigadores de universidades norte-americanas, como por exemplo o California Institute of Technology (atualmente, instituição líder em engenharia e tecnologia no ranking da Times Higher Education),

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a Georgia Tech (Georgia Institute of Technology) ou universidades canadianas. Alírio Boaventura, de nacionalidade cabo-verdiana, doutorando sob orientação científica de Nuno Borges de Carvalho, professor do Departamento de Eletrónica Telecomunicações e Informática, apresen-

tou uma proposta de trabalho a concurso alinhada com o trabalho que tem vindo a desenvolver no âmbito da tese de doutoramento e do trabalho do grupo de Sistemas Rádio (IT-Aveiro) na área da transmissão de energia sem fios, mais concretamente com o projeto “Telecomandar sem pilhas”. K

6 “A ingestão de uma dose moderada de cafeína não altera o dispêndio energético de homens fisicamente ativos, mas diminui o seu tempo de sono”, são duas das conclusões do estudo realizado por uma equipa de investigação do Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa, conduzido pela investigadora Analiza Silva. O Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa, alcançou, recentemente, um lugar de destaque na comunidade científica internacional, com um contributo original analisando o efeito da cafeína no dispêndio energético e no tempo de sono de homens fisicamente ativos. Publicado na revista Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, este documento científico incluiu uma amostra de 30 homens saudáveis com idades compreendidas entre os 20 e os 39 anos e fisiPublicidade

camente ativos, não habituados a ingerir cafeína (com um nível de consumo inferior a um café por dia). O número de horas de sono e perfil de actividade física foi controlado através de sensores do movimento combinados com monitorização da frequência cardíaca diária ao longo dos 11 dias. Até à data, a maioria das investigações conduzidas em contexto laboratorial, num período máximo de 24 horas sugere que a cafeína aumenta o metabolismo energético. Contudo, nenhum estudo avaliou o efeito da cafeína em condições de vida diária e em períodos mais longos. A presente investigação, utilizando métodos de trabalho inovadores e técnicas de referência, constituiu-se como a primeira, neste âmbito, a avaliar o impacto de uma dose moderada de cafeína no metabolismo de repouso, dispêndio energético total e em atividade física, durante quatro dias, no decorrer do estilo de vida normal. K


Na EST Portalegre

Boa disposição qb 6 Risos, boa-disposição, conversas entusiásticas e um momento musical inesquecível, marcaram o dia 7 de março na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, onde decorreu mais uma edição do Cocktail dos Idiotas, organizado pelo curso de Administração de Publicidade e Marketing. Luís Veríssimo, João Carlos Cunha e Marine Antunes animaram o Auditório Dr. Franscisco Tomatas através daquele que seria o tema elegido pela organização como “Humor ft Publicidade”. Um auditório repleto por um público que se mostrou animado do início ao fim, acabando mesmo com uma plateia em pé à procura de lugar para assistir ao evento onde chamar idiota não ofende. O Cocktail dos Idiotas decorreu pela primeira vez em 2011, com a presença de Máximo Borges e Sara Andrade. A primeira edição do evento conduziu estes dois diplomados do curso de Administração de Publicidade e Marketing a

elucidar os presentes quanto ao seu percurso profissional. Nessa mesma data, nascia o portal iMarketing, uma página temática com o objetivo de expor os mais diversos conteúdos de marketing e publicidade, assim como, representar toda a comunidade de APM e sua atividade. Com duas edições repletas de puro êxito progressivo, o Cocktail dos Idiotas promete o seu regresso no próximo ano, para mais uma tarde recheada de boa-disposição oferecida pelos alunos de Administração de Publicidade e Marketing, designados como a comitiva dos idiotas. K

IP Portalegre

Mourato reeleito

6 Joaquim Mourato acaba de ser reeleito presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, por unanimidade, pelo Conselho Geral do IPP, no dia 15 de março. A eleição realizou-se após a audição pública do candidato, que teve lugar no auditório dos Serviços Centrais. O único candidato ao cargo apresentou o seu programa de ação e motivações, sendo posteriormente interpelado por membros do Conselho Geral. Este órgão integra 22 membros, sendo que seis são personalidades externas, e é presidido por Wilson Abreu. Na audição pública, por motivos diferentes, apenas estiveram presentes 18 membros. Em declarações ao Ensino Magazine, aquele responsável justificou a sua decisão com quatro fatores. “Nestes quatro anos recebi o apoio generalizado de toda a academia e da minha família. Foi um mandato que decorreu sem conflitos”. Joaquim Mourato destacou

ainda a sua “experiência na gestão de instituições de ensino superior. Tenho mais de 12 anos de gestão no IPP, primeiro como administrador, e nos últimos quatro anos como presidente. Faço parte desta casa e

estive ligado às principais decisões que foram tomadas”. Aquele responsável sublinha ainda o facto de “aliar esta experiência e saber ao cargo de presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos”. Joaquim Mourato considerou que “será um fator de coesão institucional em tempos que não vão ser fáceis, e onde é necessário as instituições gozarem de paz”. Joaquim António Belchior Mourato, casado, 47 anos, é doutorado em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidad de Extremadura (Espanha), pós-graduado em Gestão Estratégica de Instituições de Ensino Superior, pela Universidad Politécnica da Cataluña (Barcelona) e licenciado em Organização e Gestão de Empresas, pelo Instituto Superior de Novas Profissões (Escola Ciências Empresariais), em Lisboa. É presidente do Instituto Politécnico de Portalegre desde 2009. K

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Estudo de imagem

Politécnico e a excelência

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco tem um novo estudo de imagem com base em valores institucionais que apontam para a “Excelência do IPCB”, refletidos nos seus alunos, diplomados, docentes e funcionários, que pelas suas capacidades académicas ou pessoais são reconhecidas publicamente. A investigação e proposta de ação foram apresentadas pelo Designer e Técnico Superior do IPCB Rui Salgueiro no seu relatório final de mestrado em Design Gráfico do IPCB/Escola Superior de Artes Aplicadas e Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, sob o título “Relações entre texto e imagem publicitária no contexto da comunicação corporativa do IPCB”, que obteve o aplauso unânime do júri. Partindo da premissa de que a identidade corporativa da instituição é evidenciada através dos elementos comunicacionais internos e externos (...) e também através da publicidade, o novo mestre pretendeu com a sua investigação “materializar os valores associados à marca

Empreendedorismo

Gestão faz feira Rui Salgueiro, autor do estudo IPCB e, assim, delinear vários níveis de estratégia de comunicação corporativa adequada aos diferentes públicos-alvo”. Rui Salgueiro recorreu à análise das campanhas publicitárias de angariação de novos alunos, realizadas pelo IPCB nos anos de 2005, 2008 e 2011, e, posteriormente, a um inquérito/questionário aos três responsáveis máximos do IPCB para identificar quais os valores associados à marca IPCB. Esta metodologia teve por objetivo “fundamentar a relação existente entre texto e imagem

na publicidade institucional do IPCB e determinar quais os valores associados à IPCB”. Da investigação resultou um conjunto de diretrizes que vão no sentido de, “em futuras campanhas publicitárias, e de modo a obter-se maior eficácia, a aplicação da marca IPCB valorize e solidifique a sua imagem institucional de excelência”. Para além disso, a investigação sugere ainda “a aplicabilidade prática da nova imagem do IPCB nas campanhas de captação de novos alunos nos anos letivos de 2013 a 2016”. K

6 A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, sedeada em Idanha-aNova, promoveu a 14 de março, a Feira de Emprego e Empreendedorismo. Com esta iniciativa, que é uma parceria com o Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento, Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Idanhaa-Nova, pretendeu-se promover a empregabilidade na região,

desenvolver competências que ajudem as pessoas em situação de desemprego a ingressar ou reingressar no mercado de trabalho e, também, divulgar e/ou a angariar candidaturas junto das organizações participantes. O programa contemplou um conjunto de atividades destinadas a jovens à procura do primeiro emprego e a desempregados. K

Na Quinta da Senhora de Mércoles

Agro-agrária em abril

6 A Escola Superior Agrária apresenta, de 13 a 16 de abril, na Quinta da Sr.ª de Mércules, em Castelo Branco, a 3ª edição da Feira Agro-Agrária. O certame tem como objetivos realçar perante a comunidade a importância que a agricultura tem na região e no país e, ao mesmo tempo, divulgar o IPCB/Escola Superior Agrária e todos os agentes do setor agrícola e florestal, presentes na exposição. De fato, a 3ª edição da Feira Agro-Agrária irá decorrer num momento em que assistimos em Portugal ao renascer do reconhecimento da importância da agricultura por parte dos mais diversos agentes, mas principalmente pelas famílias. Nela, serão apresentados animais, equipamentos, produtos agrícolas e fatores de produção direta ou indiretamente associados às atividades do setor. Por outro lado, através desta iniciativa, o IPCB/ESA pretende sensibilizar os jovens e respetivas famílias para a agricultura, quer enquanto atividade económica, quer enquanto atividade produtiva que está na

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Seminário na ESALD

Cuidados intensivos

Arquivo H

base da autossuficiência alimentar do país. Além da componente expositiva, o programa compreende atividades lúdicas, como uma corrida de orientação dentro da quinta Sra. de Mércules, e jornadas técnicas científicas no sentido de reforçar a ligação entre o conhecimento e a prática. Desta forma espera-se reforçar nos visitantes a ligação ao território natural nas dimensões lúdica, cultural, e económica. A Agro-Agrária contará com vá-

rias dezenas de expositores onde estarão representados produtos regionais, como o mel, os queijos e os vinhos; adubos, fertilizantes e fitofármacos, agricultura biológica, associações agrícolas e florestais, tratores, máquinas e alfaias agrícolas, ovinos, caprinos, equinos, bovinos e suínos; artesanato; material para vedações, rega e ordenha. A mostra conta o apoio das autarquias de Castelo Branco, Idanhaa-Nova, Fundão, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. K

6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD) do Instituto Politécnico de Castelo Branco, em parceria com três Unidades de Cuidados Intensivos da Beira Interior (Hospital Amato Lusitano, Hospital Sousa Martins e Hospital Pêro da Covilhã) realizou, no passado dia 1 de março, em Castelo Branco, o 1º Seminário de Enfermagem em Cuidados Intensivos. O encontro teve por objetivos refletir as práticas clínicas de enfermagem desenvolvidas nas unidades de cuidados intensivos e fomentar o conhecimento sobre cuidados de enfermagem a doentes em situação crítica. Surgiu assim a oportunidade de cooperação, de participação e de associação entre intervenientes e profissionais, contribuindo também para reflexão, partilha e melhoria dos conhecimentos de alunos e profissionais bem como para a evolução dos cuidados

de enfermagem prestados numa área tão complexa como esta. O evento abordou temas atuais que demonstram a realidade da enfermagem naquelas Unidades de Cuidados Intensivos, onde os profissionais têm de lidar com utentes e famílias em sofrimento e sobretudo lidar consigo próprio e com os restantes parceiros de equipa no controlo e gestão de emoções. Foram debatidos temas tais como Infeções Adquiridas em Cuidados de Saúde, Emergência intra-hospitalar, Hemodinâmica: Cuidados de Enfermagem ao Doente em Estado de Choque, Humanização, a Dor e a Nutrição no doente crítico. O seminário contou com a presença de cerca de 300 participantes, entres os quais, palestrantes, moderadores, autores dos posters, elementos da comissão de honra e comissão científica. K


Música Maestro

Orquestra da Esart na RTP

Curso em abril

Dieta para vacas na Agrária 6 A Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB) vai realizar, de 5 a 21 de abril, um Curso de “Formulação de regimes alimentares para vacas leiteiras”, que é como quem diz de dieta para as ditas. Os objetivos da formação passam por formular regimes alimentares para vacas leiteiras em diferentes fases de produção, tendo em conta a influência que os nutrientes têm sobre a produção e

composição do leite. O curso tem como destinatários preferenciais os produtores de leite, comerciais de venda de alimentos para animais e aditivos alimentares, técnicos que trabalham com nutrição e alimentação de vacas leiteiras e estudantes das áreas das ciências agrárias e veterinárias. A formação está dividida em cinco módulos, custa 140 euros. A data limite de inscrição é 27 de março. K

O encontro reuniu 70 pessoas

EST

Antigos alunos de civil fazem encontro 6 O I Convívio de antigos alunos e professores do curso de Engenharia Civil, da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, teve lugar no passado dia 16 de março. A iniciativa contou com a pre-

sença de cerca de 70 pessoas, sendo a grande maioria antigos alunos. O encontro decorreu em torno de um almoço, onde foi possível reviver velhas amizades e trocar experiências, tanto profissionais como académicas. K

www.ensino.eu

6 O programa da RTP “Música Maestro”, dirigido pelo maestro Rui Massena e cujo primeiro episódio foi para o ar dia 21 de março, tem como orquestra residente a Orquestra Sinfónica do IPCB/Escola Superior de Artes Aplicadas. Como refere a RTP “cada episódio terá sempre um tema clássico como fio condutor do programa e a partir dele surgirão conversas informais com compositores, reconstituições e, acima de tudo, uma viagem, não só musical, mas também por diversas cidades do país onde o contacto com a população servirá de mote à desconstrução explicativa de cada obra. O objetivo do “Música Maestro “é proporcionar um contato com a música considerada erudita, fornecendo as ferramentas necessárias, através de um tipo de entretenimento moderno e com um visual gráfico apelativo, para que se possa compreender e, acima de tudo,

a apreciar esta forma de arte”. Já o diretor da Escola Superior de Artes Aplicadas, José Raimundo, afirma que “ a qualidade e a tipologia da nossa orquestra, associadas ao número de alunos foram fatores que pesaram na escolha da Orquestra Sinfónica da ESART para dar corpo a este projeto. As peças que vão ser ouvidas são representativas de vários pe-

ríodos e são obras que precisam de orquestras com 70 a 80 executantes”. As gravações dos primeiros seis episódios decorreram no Instituto Politécnico de Castelo Branco, no auditório da Escola Superior Agrária, no final do mês de fevereiro e a segunda série será gravada entre 26 e 30 de março. K

Conselho Geral do IPCB

Carlos Maia faz pleno 6 O atual presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco e recandidato àquele cargo, Carlos Maia, viu a lista de docentes que o apoia vencer as primeiras eleições para o Conselho Geral. A Lista A, encabeçada por Celestino Almeida, elegeu 9 docentes, contra os quatro da lista B. As eleições realizadas no passado dia 6 de março revelam que na eleição do pessoal docente, a Lista A, encabeçada por Celestino Almeida (que no seu manifesto, declarou apoio expresso ao atual presidente do IPCB, Carlos Maia) elegeu 9 professores, enquanto que a Lista B, liderada por João Petrica, elegeu quatro docentes. No total, a Lista A obteve 133 votos e a Lista B 65, tendo-se registado 14 votos em branco e quatro nulos. A Lista A venceu em todas as escolas. Assim, na Superior Agrária o resultado foi de 31 votos para a lista A e 11 para a B; na Saúde foi de 23-7; na Esart foi 1615 (foi o resultado mais equilibrado); na Educação 20-13; na Gestão foi de 15-5; e na Tecnologia foi de 28-14. Deste modo, o próximo Conselho Geral integra os seguintes docentes e investigadores: Celestino Almeida (Lista A - ESACB), Maria João Guardado Moreira (A - ESECB), João Petrica (B – ESECB), Nuno Castela (A - ESTCB), Ana Fernandes

(A - ESART), Isabel Margarida Antunes (B - ESACB), João Ventura (A - ESALD), Sara Nunes (A – ESGIN), Maria Teresa Albuquerque (B – ESTCB), António Fernandes (A – ESTCB), João Carneiro (A – ESACB), Maria Cristina Almeida (B – ESART) e Maria Luísa Castilho (A – ESART). O representante eleito do pessoal não docente foi Ricardo Batista, o qual foi escolhido com 105 votos a favor, contra os 74 da lista adversária, liderada por Fernando Reis. O Conselho Geral é composto

por vinte cinco membros, treze representantes dos professores e investigadores, quatro representantes dos estudantes (cujo mandato ainda está em vigor), um representante do pessoal não docente e sete personalidades externas de reconhecido mérito (que serão cooptadas pelos membros eleitos). Caberá ao Conselho Geral eleger o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco. O atual presidente, Carlos Maia, já tinha anunciado a sua recandidatura no final de 2012. K

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Nuno Mangas, presidente do ipLeiria

Conselho Geral do IPLeiria

Chinês é vantagem

Pedro Lourtie preside

6 “É inegável a vantagem competitiva que conhecer a língua e cultura chinesas traz hoje em dia, seja no mercado de trabalho seja na realização de negócios”. A ideia foi defendida por Nuno Mangas, presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria), na sessão de abertura do VIII Fórum Internacional de Sinologia, que decorreu na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto, a 21 e 22 de fevereiro. Com o tema China: Viajar no Tempo e no Espaço, o encontro juntou especialistas portugueses, chineses, belgas, espanhóis, sérvios, ingleses, checos, suecos, escoceses, franceses, alemães, mexicanos, italianos e russos, que dão a conhecer um pouco mais da história e cultura do Império do Meio. “O IP Leiria teve na área da educação um papel precursor no relacionamento cultural com a China – sendo que há sete anos, quando começámos a concretizar em ações o interesse pela China, não era evidente para muitos a importância que a China iria ter na política e na economia portuguesas. Desde essa altura o IP Leiria tem feito um trabalho intenso no reforçar das parcerias e relações na China, e temos dado resposta às exigências da atualidade. Por um lado formamos tradutores que respondam ao desenvolvimento crescente das relações económicas entre a Europa, Portugal e os países lusófonos, e a China, e por outro damos a conhecer a cultura chinesa em Leiria e em Portugal e a portuguesa na China”, frisou. Destacando ainda a componente cada vez mais comercial das relações entre Portugal e a China, Nuno Mangas defendeu que “a crise que Portugal vive é seguramente uma oportunidade para estreitar relações económicas e culturais com este país milenar e com um mercado de enorme potencial”,

acrescentando que “o reforço destas parcerias e da cooperação traz maior entendimento, compreensão e confiança, que apenas poderão reforçar laços – que são históricos – e potenciar negócios – não podemos esquecer a importância que os chineses dão, nas suas relações económicas, ao conhecimento que os seus parceiros têm da sua língua e cultura. Paralelamente, a língua portuguesa é uma língua internacional de negócios com importância e reconhecimento cada vez maiores”. Já Luís Barbeiro, diretor da ESECS, salientou o carácter inovador da licenciatura em Tradução e Interpretação de Português/Chinês, Chinês/Português, iniciada em 2006 naquela Escola, que permite a mobilidade de estudantes e docentes. Barbeiro salientou a vontade deste curso e dos seus estudantes, que valorizam, mais do que a mera aprendizagem da língua, a descoberta e a dimensão cultural. O responsável traçou o caminho “continuar a abertura da ESECS com a comunidade sinóloga em geral, na investigação, na cultura e no em-

preendedorismo e relações económicas e empresariais”. Huang Songfu, embaixador da República Popular da China em Portugal, defendeu também a importância da dimensão cultural e aproveitou para realçar alguns aspetos da China atual, que é a “segunda potência económica mundial, com um papel cada vez mais importante no cenário internacional, que cresceu 7,8% em 2012, e, em média, 10,8% na última década”. Luís Brites Pereira, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, definiu o Fórum como “de máximo relevo, uma oportunidade”, relembrando a transferência da administração de Macau para o governo chinês, “um exemplo da relação de confiança entre os dois países. Portugal dá a máxima importância à China, no domínio económico”, realçou, dando como exemplos a privatização da EDP e da REN, assegurando que “estamos empenhados no relacionamento com a China, numa lógica de benefício mútuo nas relações empresariais”, tal como referido pelo embaixador. K

Comunicar de forma (mais) inclusiva

IP Leiria ensina como 6 O IPL(+)Inclusivo, projeto exclusivo e inédito do Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria), continua a promover a inclusão com uma série de workshops a decorrer em março e abril, que irão ensinar como comunicar de forma inclusiva. Com o 2.º Ciclo de Workshops Saber Mais, pretende-se introduzir técnicas inclusivas de comunicação, em diversos contextos, assim como

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promover a interação entre pessoas com e sem incapacidades específicas. O projeto propõe-se transformar o IP Leiria numa instituição cada vez mais inclusiva, capaz de receber e integrar pessoas com necessidades especiais, e de mover mentalidades e potenciar atitudes inclusivas das pessoas que integram a comunidade do Instituto (de es-

colas, cidades, empresas, etc.). Trata-se de uma campanha de sensibilização, de informação e formação para a mudança de atitudes no que respeita às temáticas da inclusão/exclusão, que visa celebrar e promover a inclusão enquanto oportunidade para o enriquecimento mútuo nos mais diversos domínios da vida académica, profissional e pessoal. K

6 Pedro Lourtie acaba de ser eleito presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) na reunião de constituição do 2.º Conselho Geral da Instituição, que decorreu a 18 de março. Isabel Damasceno foi eleita vice-presidente e Ana Mendes, conselheira representante dos professores e investigadores, foi eleita secretária do mesmo órgão. Os três tomaram posse dos respetivos cargos na mesma ocasião. Também tomaram posse dez personalidades externas cooptadas para o Conselho Geral do IPLeiria. Duas dessas personalidades externas cooptadas para o Conselho Geral do IPLeiria foram precisamente Pedro Lourtie, ex-secretário de Estado do Ensino Superior, presidente e representante de Portugal no Bologna Follow-up Group, e professor da Universidade Técnica

de Lisboa – IST; e Isabel Damasceno, economista, vogal da Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro. Os outros novos membros do Conselho Geral são António Vidigal, escultor, professor jubilado da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, António Santos, presidente da Câmara de Peniche, Carolina Rodrigues, ex-estudante do IPLeiria e gestora de empresas, Fernando Mota, ex-presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Hélder Roque, médico e presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Leiria-Pombal (CHLP), Mário Ferreira Matias, presidente do Conselho de Administração da Fundação Caixa Agrícola de Leiria; Nuno Rasteiro, ex-estudante do IPLeiria e gestor de empresas ligado à indústria hoteleira; e Raul Miguel de Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria. K

Em dois anos

Leiria pede 42 patentes 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria) lidera os pedidos de patentes das instituições de ensino superior portuguesas, sendo, nos últimos três anos, a segunda instituição do País que mais pedidos de patentes apresentou junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em apenas três anos, o IP Leiria apresentou 42 pedidos, apenas menos dois que a Universidade de Aveiro, que fica em primeiro lugar no ranking. “Estes dados revelam o trabalho notável desenvolvido pelos nossos docentes, investigadores e estudantes, com uma dinâmica excelente e uma grande capacidade de adaptação às necessidades do mercado”, salienta Nuno Mangas, presidente da instituição. O IP Leiria tem sido o mais dinâmico dos politécnicos portugueses no que respeita à apresentação de projetos para atribuição de patente, e uma das mais dinâmicas instituições do ensino superior a nível nacional, com cerca de sete dezenas de pedidos apresentados desde 2008, tendo mesmo liderado o ranking nacional em 2010 e nos três

primeiros trimestres de 2011, e está igualmente em terceiro lugar a nível nacional nos últimos cinco anos. Nesta lista de projetos de sucesso do Politécnico de Leiria estão projetos como o Algelo, gelo enriquecido com algas com propriedades antioxidantes; o Bubblenet, um sistema de pesca revolucionário que utiliza uma rede de bolhas de ar para fazer o cerco aos cardumes e um aspirador especial que captura o peixe sem quaisquer danos; ou uma bengala virtual para auxílio a pessoas invisuais, todos com patentes concedidas. “São várias as unidades de investigação do nosso Instituto que apresentam estes pedidos, como por exemplo o Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto e o Grupo de Investigação em Recursos Marinhos assim como as nossas Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Escola Superior de Arte e Design e Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, com projetos de várias naturezas, alguns já com aplicação prática, produzidos e comercializados”, explica Nuno Mangas. K


Politécnico de Setúbal

Mais apoio aos estudantes 6 No contexto atual de crise financeira que o país atravessa e com o agravamento das condições de vida das famílias em Portugal, o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) decidiu criar novas medidas para garantir uma maior abrangência na atribuição de apoios específicos aos seus estudantes que, mantendo uma condição socioeconómica de carência mas

sem qualquer suporte financeiro adicional, manifestam dificuldades em completar com sucesso o seu ciclo de estudo, conduzindo, muitas vezes, ao abandono escolar. Totalmente suportado por receitas próprias, o Programa de Atribuições de Apoios Sociais aos Estudantes do Instituto Politécnico de Setúbal prevê a concessão do benefício de pagamento de uma

propina reduzida para todos os estudantes que se candidataram a bolsa de estudo mas viram o seu processo indeferido por excesso de per capita ou registo de dívidas tributárias ou contributivas do agregado familiar, benefício de pagamento de uma propina diferenciada para todos os que não podem beneficiar de bolsa de estudo por incumprimento dos

critérios de nacionalidade ou aproveitamento académico, entre outros, e atribuição de auxílios de emergência, destinados a colmatar situações pontuais decorrentes de contingências ou dificuldades com impacto negativo no normal aproveitamento escolar dos estudantes. Andreia Godinho Lopes, administradora dos Serviços de Ação Social do Poli-

técnico de Setúbal explica que “o principal objetivo é alargar o leque de estudantes potencialmente beneficiários das medidas deste programa, procurando deste modo diminuir o abandono escolar por razões de índole exclusivamente financeira”. A administradora refere ainda que, “em contrapartida, os estudantes beneficiários podem ser chamados a cola-

borar em tarefas no âmbito de qualquer escola superior/ serviço do IPS, em atividades compatíveis com o seu perfil, competências académicas e disponibilidade”. Estas novas medidas vão permitir apoiar diretamente, só este ano letivo (2012/2013), mais de 200 estudantes de licenciatura e mestrado, prevendo-se um apoio financeiro total na ordem dos 60 mil euros. K

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ips

Nova diretora em Setúbal 6 A nova Diretora da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, Boguslawa Maria Barszczak Sardinha, tomou posse do cargo a 14 de março. Natural da Polónia, a nova diretora é doutorada em Economia e exerce as funções de docente na Escola Superior de Ciências Empresariais do IPS desde 1997. É também investigadora na área de economia

social, com especial relevância para as questões de voluntariado. K

Aberto à comunidade

Bookcrossing em Setúbal 6 O conceito de Bookcrossing chegou à Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal com o objetivo de trocar livros, sem qualquer custo agregado ou prazos de empréstimo inerentes, sendo a ideia fulcral a consolidação de hábitos de leitura nos estudantes e restante comunidade do Politécnico. De acordo com João Marques, coordenador da Mediateca daquela escola, este projeto está dividido em três fases distintas: “numa fase inicial, que está já a decorrer desde novembro, a ideia passa por equilibrar a oferta e a procura, uma vez que, por cada livro oferecido o es-

paço recebe outro em troca; num segundo patamar, outro projeto tem como alvo apenas documentos escolares e de cariz técnico-científico, com o intuito de apoiar as aprendizagens da comunidade académica. Finalmente, outra ideia passa por selecionar os livros que não estão enquadrados nas atividades antes citadas, e serão por isso oferecidos a diversas instituições da Península de Setúbal”. O Serviço de Bookcrossing está disponível na Mediateca, com uma vasta lista de títulos, desde obras literárias em língua portuguesa e inglesa, passando por livros infantis e documentos para apoio académico. K

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Politécnico de Beja

A FarmVille de Beja 6 Quem vê Ester Candeias “de olho” na planta virtual de uma horta no computador pensará que joga “FarmVille”, mas, de facto, gere uma horta verdadeira, através de um projeto que transpõe para a realidade a lógica do jogo. Ester é cliente do projeto MyFarm.com, criado por um professor e cinco alunos do Instituto Politécnico de Beja (IPB) para permitir a clientes terem hortas reais geridas via Internet e receberem os produtos em casa, enquanto no “Farmville” o jogador gere uma quinta virtual, sem poder provar o que produz. “Há bichinhos que nos roem” e ter uma horta era um dos seus, contou à agência Lusa, Ester, de 61 anos, referindo que o projeto, ao qual aderiu no início da fase piloto, em abril de 2012, é “uma maravilha”. O MyFarm.com permite a pessoas “sem tempo, paciência, conhecimentos e terreno” terem uma horta real, mas totalmente gerida via Internet, disse o professor e coordenador do projeto Luís Luz. Os clientes gerem as hortas e controlam a produção, desde a sementeira à colheita, através da Internet, como no jogo, mas têm a “grande vantagem” de aquelas serem reais, ao ponto de receberem os produtos em casa, frisou. “O cliente pode não perceber nada de Publicidade

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agricultura, o que é o caso de muitos”, porque só tem que decidir o que quer produzir e não precisa de mexer na terra, já que a equipa do projeto aconselha e faz os trabalhos na horta, disse Raul Santos, um dos alunos mentores do MyFarm. com. Couves, alfaces, alhos, cebolas e coentros são alguns dos produtos da horta de Ester, um dos 12 clientes da fase piloto, a decorrer até final de abril, no Centro Hortofrutícola do IPB. “Sabe muito bem” receber em casa

produtos hortofrutícolas “sem produtos químicos” e sabendo “de onde vêm”, realçou Ester, frisando que, “a maior parte das vezes”, as pessoas compram este tipo de produtos e nem sabem de onde vêm ou como são produzidos. “Não há nada como sabermos aquilo que comemos”, frisou, referindo que, atualmente, investe cerca de 50 euros por mês na horta, a qual quer manter. O MyFarm.com, projeto “semi-académico e inovador”, já permitiu criar uma empresa e os promotores querem trans-

formá-lo num negócio e expandi-lo para outros centros urbanos, como Setúbal, Lisboa e Porto, onde estão os “potenciais clientes”, disse Luís Luz. Atualmente, há 575 pessoas espalhadas pelo país interessadas em aderir ao projeto, indicou o professor, explicando que a expansão deverá ser feita através de parcerias com pequenos hortelões. “Tenho ideia de que [o projeto] vai resultar e ser uma nova maneira de as pessoas verem e se aproximarem mais da agricultura e quero fazer disto a minha vida”, frisou Raul Santos. Atualmente, os custos dos produtos para os clientes são “inferiores ou muito semelhantes” aos preços do mercado e, na fase de expansão, deverão rondar os 25 euros por semana, valor “semelhante” ao de alguns cabazes semanais entregues ao domicílio, disse Luís Luz. Os clientes, através das suas áreas pessoais, no sítio de Internet do projeto, em www.myfarm.com.pt, além de gerirem, também podem observar as hortas em tempo real, já que são filmadas 24 por dia por câmaras web. “É agradável”, frisou Ester, referindo que “todos os dias” vê a sua horta, via Internet, o que lhe “faz muito bem ao ego e à alma”. K


Politécnico de Viseu

Conselho Geral toma posse 6 Os membros internos do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu acabam de tomar posse, numa cerimónia que decorreu no Edifício Multiusos do IPV e foi presidida pela ainda presidente do Conselho Geral, Professora Avelina Rainho. Aquela responsável felicitou “os eleitos que espelham o mérito e a confiança que os colegas neles depositaram”.

O Conselho Geral, órgão máximo do Instituto Politécnico de Viseu, passa assim a ter a seguinte composição: Fernando Sebastião (ESTGV, que suspendeu o mandato, tendo sido substituído por Jorge de Mendonça), Maria Santos Silva (ESEV), Pedro Rodrigues (ESAV), José Costa (ESSV), Paulo Mendes (ESTGV), Carlos Pereira (ESSV), Álvaro Bonito (ESTGL/ESEV), Paula Cor-

reia (ESAV), Belmiro Rego (ESEV), João Sá Paiva (ESTGV), Rosa Martins (ESSV), Luís de Lemos (ESTGV), Helena Correia (ESAV), Anabela Novais (ESEV),

Joaquim Simões (ESTGV), José Lousado (ESTGL). Os alunos são Luís Rodrigues (ESTGV), Mário Coutinho (ESEV), Juliana Coimbra (ESSV), Eurico Moita (ES-

TGV) e José Rocha (ESAV). Entretanto, ficou marcada para o próximo dia 20 de março uma reunião que terá por fim completar o Conselho Geral com

os membros cooptados. A 3 de abril será eleita a personalidade que passará a presidir ao órgão. K Ester Araújo _

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X Dias Abertos IPV 2013

Aventura em abril 6 O Instituto Politécncio de Viseu organiza, de 3 a 5 de abril, mais uma edição dos seus Dias Abertos, no intuito maior de abrir as suas portas às escolas da região de Viseu e de todo o país. A jornada pretende proporcionar aos convidados um conhecimento mais aprofundado e abrangente do quotidiano do ensino superior através de uma visita guiada ao Campus Politécnico e às Escolas Superiores do IPV em plena atividade académica – Escola Superior de Educação, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Escola Superior Agrária, Escola Superior de Saúde e Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego. Durante três dias, mais de um milhar de visitantes são acolhidos pelos seus guias – alunas e alunos do Instituto Politécnico de Viseu – ao ritmo da sonoridade

entusiasmante da Tunadão 1998. Depois da sessão de boas-vindas e da distribuição de material informativo, os guias dão início ao périplo da jornada apresentando o programa, a instituição e o campus politécnico. Nas Escolas Superiores do IPV, professores e alunos do Instituto conduzem os nossos visitantes a uma jornada inesquecível, na qual assistem a aulas e palestras sobre os cursos, realizam experiências em laboratórios, participam em inúmeras atividades lúdico-pedagógicas e percorrem espaços de interatividade, exposições, centros de informática, de documentação e de informação, pavilhões oficinais e diversas outras valências. Ao longo destas 9 edições já passaram pelo Instituto Politécnico de Viseu mais de 12.100 visitantes. K Joaquim Amaral _

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IPG

Em abril

Guarda recorda António Pina 6 A biblioteca do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) assinalou o início do segundo semestre letivo com a abertura de uma exposição dedicada ao escritor Manuel António Pina. A mostra, intitulada “Manuel António Pina - escrever para vencer os pesadelos e salvar a vida”, integra livros, artigos publicados em jornais e revistas, fotos e referências a prémios que foram atribuídos ao escritor, poeta e jornalista falecido em 2012. A mostra vai estar patente, no átrio central da biblioteca do IPG, até ao dia 27 de março. Segundo Carlos Reis, diretor da Escola Superior de Comunicação e Desporto do IPG e coordenador da biblioteca, a exposição insere-se no ciclo de iniciativas com que a instituição “pretende homenagear personalidades da região da Guarda que se destacaram no mundo da cultura e da arte, promovendo em paralelo o gosto pela leitura”. Manuel António Pina nasceu Publicidade

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no Sabugal, distrito da Guarda, em 1943, e morreu no dia 19 de outubro de 2012, no Porto. É autor de poesia, ficção, crónica, literatura infantil e de duas dezenas de peças de teatro, tendo sido distinguido com o Prémio Camões 2011. Era licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e foi jornalista do Jornal de Notícias entre 1971 e 2001. Em 2010, a Câmara Municipal da Guarda, em colaboração com o

Teatro Municipal e o Centro de Estudos Ibéricos, organizou um ciclo literário dedicado ao escritor e instituiu um prémio com o seu nome. O Prémio Literário Manuel António Pina, atribuído em parceria com a editora Assírio e Alvim, distingue obras de poesia e de literatura infantojuvenil. Manuel António Pina também dá o nome à biblioteca da Escola Básica Adães Bermudes, no centro da cidade da Guarda. K Publicidade

Informática com Jornadas 6 No Instituto Politécnico da Guarda vão decorrer a 11 de abril as Jornadas de Engenharia Informática 2013. As jornadas vão em formato do tipo hands-on/palestras, estando os workshops estão organizadas em duas sessões, naturalmente orientados para as tecnologias da informação. De entre os temas dos workshops destacam-se as aplicações para a web, domótica e casas inteligentes, jogos, multimédia, programação para smartphones e tablets, redes, robótica e segurança na internet. De acordo com a organização,

“as palestras pretendem ser um lugar privilegiado para a apresentação de trabalhos de investigação, pesquisa e partilha de experiências estendendo ou complementando as competências que são adquiridas ao longo do percurso letivo da licenciatura em Engenharia Informática e Mestrado em Computação Móvel. São um fórum de excelência para a atualização dos conhecimentos nas novas tecnologias e para o debate aberto de novas ideias, inovação e empreendedorismo”. Os interessados podem efetuar a inscrição, ou obter mais informações, em http://www.jei.ipg.pt/ JEI2013/. K

Projeto

Magic Key internacional 6 O Projeto MAGIC KEY (desenvolvido no Politécnico da Guarda) continua a ser objeto de atenção dentro e fora de fronteiras. Recentemente, mereceu destaque no canal principal da TVE (televisão espanho-

la). O Magic key é uma aplicação nacional que começou a ser desenvolvida, há seis anos atrás, pelo docente Luís Figueiredo, da Escola Superior de Gestão e Tecnologia/ IPG. K


Editorial

A escola é um bem não negociável 7 Os professores portugueses não vivem momentos facilitadores do desabrochar da ilusão, da fantasia criadora e da utopia que leva à vontade de fazer e de vencer. O clima percepcionado na maioria das escolas é de desilusão, de desencanto, de anomia profissional. Os mais jovens interrogam-se sobre as escolhas que fizeram no momento em que decidiram vir a ser professores. Os que acumularam mais experiência no desenrolar do seu percurso profissional questionam-se sobre o sentido da dádiva desinteressada com que se envolveram numa carreira que, pela sua nobreza e relevância social, deveria ter sido indiscutivelmente gratificante. As políticas de reconstrução do tecido curricular, organizacional e de vida activa dos docentes e das escolas correram mal. Correram mal a todos e pelos piores motivos. Correram mal aos governantes, por precipitação, autismo e muita soberba. Correram mal aos professores pelo desrespeito com que foram mimados, pelo desgaste da sua imagem social, e pela total desestruturação do seu mundo conceptual sobre a

escola e sobre o seu futuro. Há muito que os especialistas tentam compreender estes estádios de carreira, ou ciclos de vida dos professores. Porque são previsíveis e, logo, facilmente controláveis, em termos de expectativas e de procedimentos, a literatura aconselha a manter os docentes em um dos três estádios clássicos do seu percurso profissional: 1-O estádio da sobrevivência, ou da fantasia, que geralmente coincide com o início da carreira, e que se singulariza pela necessidade de afirmação do professor, no contacto que mantém com os seus alunos, com os colegas e com comunidade educativa; 2-O estádio da mestria, em que o professor foca o seu esforço no desempenho profissional, na preocupação de ser um “bom” professor, dominando competências inerentes a essa intencionalidade, pelo que procura respostas adequadas para determinadas situações que o acto de ensinar lhe coloca: o número de alunos por turma, a ausência de regras bem definidas de acção, a falta de materiais e condições para o exercício do seu trabalho na classe, a falta de

tempo para a consecução dos objectivos, ou para a abordagem dos conteúdos; e 3-O estádio da estabilidade, em que o docente tenta individualizar o ensino, preocupando-se quer com os seus alunos, quer com as suas necessidades e anseios, sejam elas tanto de ordem curricular, como de natureza social e, até, familiar. A pressão permanente sobre o sistema e sobre os professores; a sua menorização pessoal, intelectual e profissional, invariavelmente conduz a situações de prolongado e persistente mal-estar, retirando os docentes de um desses três estádios clássicos e colocando-os no que Francis Füller tão engenhosamente chamou de “curva ou estádio do desencanto”. Infelizmente, vivemos em Portugal um desses momentos raros e que presumimos indesejáveis para todos os intervenientes: professores, pais e governantes. Momento em que se rompeu com um período em que os professores se encontravam em ciclos da carreira de desinteressada dádiva ao sistema, à escola e aos alunos, e que os tinham levado a optimizar o seu

investimento pessoal. O ataque à sua profissionalidade surgiu uma vez e outra, até que esta inesperada e evitável curva do desencanto os atingiu fatalmente. O acumular de situações provocadas por esta já longa e insuportável conjuntura, por todos conhecida, o retomar insistente de promessas incumpridas de verdadeira descentralização do sistema educativo português, e a negação de se atribuir mais poder de decisão aos professores e às escolas, também contribuíram para que a desilusão e o desencanto se enquistassem no sistema, transformando as sinergias naturais em processos de entropia irrefreáveis. O trabalho do professor é socialmente incontornável. Não depende apenas das políticas e dos políticos. É uma exigência social, reconhecida e validada, que implica com a construção do futuro e com o bemestar da novas e das mais seniores gerações. A escola é um bem não negociável. Não pode ser objecto de argumentos de facção, de olhares recriminatórios e de invectivas de tirania psicológica. Não pode,

porque o que se faz à escola tem um efeito multiplicador e de imprevisível bumerangue. O desrespeito desleal pela escola marca e vitima os acusadores. A cicatriz social que daí resulta leva tempo a sarar. O mal-estar que se instalou por demasiado tempo tem custos que ainda estão por calcular. E pagamos todos. Mesmo aqueles que, como nós, continuam a pensar que para com os professores temos uma dívida impagável que apaga todos momentos menos felizes do exercício da profissão. Porque lhes devemos uma boa parte do que somos e do que ainda queremos vir a ser. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

A escola e o medo

7 Em épocas de crise é sempre fácil passar a ideia de que há coisas a mais, que não necessitamos de tanto, que o melhor é fecharemse serviços, acabar com instituições de ensino, numa lógica de racionalização bacoca. Dizem os profetas da desgraça e os seus seguidores (os mesmos que têm cargos por nomeação partidária, com direito a gabinete e outras mordomias pagas por todos nós) que há que despedir, com ou sem mobilidade especial, sempre com o argumento de que o Estado tem gente a mais. Dizemnos também que é assim porque a Troika quer que assim seja. A mesma Troika que nos «ajudou» vendendo-nos dinheiro (mas isso daria uma crónica de outro tipo). A escola deve ser entendida

como um vetor determinante para o desenvolvimento e coesão do país. É na escola que os portugueses deixam, diariamente, os seus filhos em idade escolar, confiando-lhe (como já referiu várias vezes João Ruivo) os seus maiores tesouros. É à escola, aos professores e funcionários, que se exige muito do que as próprias famílias deveriam exigir a si próprias. Mas, e bem, é à escola que se exige um ensino de qualidade e de acesso gratuito a todos os portugueses em idade escolar obrigatória. A escola pública tem sabido responder a tudo isso. Mas a escola pública anda com medo, está intranquila, confusa e sem saber o que dizer aos seus membros. Sem saber o que dizer aos professores,

muitos deles com mais de 20 anos de experiência, aos funcionários (que ouviram a notícia de que o Estado iria despedir aqueles que menos ganham), aos pais dos alunos (que não conseguem entender muitas das medidas anunciadas), aos alunos que temem ser cobaias do sistema (como outras gerações o foram no passado) e à comunidade, que pode parecer alheada dos problemas do setor, mas que há muito deixou de ser instrumentalizada pela conversa de quem quer conversar de forma falsa e desonesta. De uma forma, ou de outra, todos os portugueses estão ligados à escola. Pelos filhos, pelos netos e por si próprios, os portugueses olham para a escola pública como uma instituição séria e credível. O

problema é que têm sido muitas as mudanças. Sempre que uma nova equipa chega à 5 de outubro implementa medidas diferentes das dos seus antecessores. Da famosa avaliação de professores, passando pelos tempos letivos e pela criação de mega agrupamentos de escola, ao recente anúncio da mobilidade especial de professores, são muitas as alterações a que sujeitam a escola pública. É por isto e por muito mais, que a escola pública está com medo. Com medo do que aí vem, com medo dos horários zero, com medo dos despedimentos, com medo de correr o risco de perder a confiança da comunidade. Ainda assim, os portugueses saberão dar a melhor resposta

àquilo que os espera. Pena é que por vezes não se ouça o povo. E lá diz o velho ditado popular: “se não sabes, não mexas”. Levado à letra, certamente que evitaria muitas confusões, atropelos, comentários menos abonatórios e a escola estaria certamente mais tranquila... K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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crónica salamanca

El consejo de gobierno de la Universidad 6 Hace pocas semanas se daba a conocer el informe de los nueve expertos que había nombrado el Ministro de Educación, señor Wert, para comenzar a reformar la universidad española, en plena tormenta de crisis económica, política y moral que afecta de lleno a los españoles y buena parte de europeos. El título del documento es muy expresivo, “Propuestas para la reforma y mejora de la calidad y eficiencia del sistema universitario español”, y fue entregado por el grupo de ponentes el día 12 de febrero pasado. Por supuesto que el informe invita a la reflexión desde el primer momento, y desde el mismo título, para comenzar. Es texto de debate, dicen, con propuestas para reformar, para mejorar, para ofrecer a los ciudadanos una universidad de más calidad, para que sea más eficiente. Al parecer se refiere a todo el sistema universitario español, aunque casi siempre piensa su aplicación en las universidades públicas. Casi nada. Pronto ha sido tildado desde la presidencia de la CRUE (Conferencia de Rectores de las Universidades Españolas) de ser un informe más de los varios que han ido apareciendo en los últimos veinte años (uno de los más mentados fue en su día el conocido como “ Bricall”, difundido en el año 2000). Por tanto, no es el primero, ni seguramente será el último que se publique, siempre con la benéfica aspiración de mejorar la universidad española, algo loable y necesario en varios aspectos, sin duda. Al igual que los rectores de la CRUE lo hacen otros exponentes de la sociedad, cada uno desde su orilla. Así, el texto que presentan ha

sido generalmente cuestionado por sindicatos de todos los colores, por los partidos políticos de la oposición, y sobre todo ha sido comentado con mucha preocupación en el seno de la comunidad universitaria. El documento que conocemos aborda varias cuestiones muy importantes de la vida universitaria y su organización, que no podemos ahora comentar en su totalidad. Pero hay una entre ellas que hoy nos llama más la atención, la titulada “el gobierno de la universidad”, asunto al que los redactores del informe dedican siete páginas. Dentro del capítulo del “gobierno de la universidad” caben varias facetas y derivaciones, pero nosotros queremos fijarnos en un punto, el que los “expertos” denominan “el cambio más significativo que proponen entre todos los demás”. Se refieren a la creación del “Consejo de Universidad”, y dentro del mismo hoy nos interesa señalar y comentar el asuntillo nada menor que se refiere al peso de “la sociedad” en este órgano de gobierno, es decir, los políticos y los empresarios. La premisa de la que parten los llamados expertos que han elaborado este informe en su propuesta es muy clara: <<el sistema de gobierno universitario actual en España carece de la flexibilidad necesaria para que una universidad que persiga objetivos internacionalmente considerados como de excelencia pueda alcanzarlos con facilidad>>. De ahí , de esa rotunda afirmación nace la premisa excluyente como punto de partida , que marca que, según ellos, la universidad española ha de ser de excelencia y competitiva, pero según el canon internacional. En consecuencia

quedarían desautorizadas otras propuestas de modelos y fines para la universidad pública. Para nada entra a considerarse que la universidad en España pueda ser concebida como un servicio público, que busque otros beneficios directos o indirectos de tipo social o de promoción territorial, por ejemplo. Lo único que importa es el afán de competitividad, y el sometimiento total, absoluto, a las directrices que el capitalismo internacional más conservador entiende por calidad, por una universidad de calidad, y en buena lógica a sus índicadores de calidad, llámense Shangai, u otros equivalentes que son bien conocidos en los ambientes mundiales de la educación superior. En esa aplastante lógica sólo se necesitan universidades que investiguen, y lo hagan con un sesgo determinado, que produzcan resultados de aplicación tecnológica y aplicada. Lo demás es completamente subsidiario y residual para este modelo de universidad. Ni la universidad educadora de personas al más alto nivel cultural y moral, que entre otros proponía Giner de los Ríos, tiene sitio aquí. Ni se contempla la universidad proyectando su saber a la sociedad de forma no paternalista. Ni se concibe la universidad como motor de desarrollo territorial, económico, social. Ni se acepta con facilidad la investigación en ciencias sociales y humanidades. Ni a ese tipo de expectativas universitarias competitivas tampoco le interesa la formación de buenos profesionales para las administraciones públicas, entre otras cosas porque en ese modelo el Estado ha de tener poco peso, y normalmente estorba y hay que desactivarlo, “reconstruirlo”.

I Workshop Regional

Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt

Por tanto, dentro del modelo de estos expertos, la universidad española ha de aceptar el canon de excelencia marcado desde ambiguas y confusas instancias internacionales, que al parecer poseen la verdad metafísica de lo que debe entenderse por una universidad de calidad, excelencia y competitiva que caiga, eso sí, del lado y al servicio de los intereses de quienes en realidad gobiernan el mundo o los países de turno. El nuevo tipo de Consejo de Universidad que proponen los redactores del informe representa la unificación de los actuales Consejo de Gobierno y Consejo Social, algo que puede tener su interés, pero conceden un peso extraordinario a los políticos y los representantes de los intereses del mundo empresarial más influyente. Para nosotros, las cosas del gobierno de la universidad pública no deben ir por ahí, desde luego. Lo que no significa que pueda y deba organizarse el Consejo de Gobierno de la universidad de otra forma más ágil y eficaz, y suficientemente democrática. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Empreendedorismo da Beira Interior Sul 6 O I Workshop Regional de Empreendedorismo da Beira Interior Sul decorreu no passado dia 12 de março na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. Esta atividade foi a primeira iniciativa programada, da Comunidade Intermunicipal da Beira Interior Sul (CIMBIS), na sequência do Plano de Ação Territorial para a Promoção do Empreendedorismo 2011-2015, e do projeto Empreendedorismo em Rede na Beira Interior Sul, financiado pelo MAIS CENTRO/ QREN e marcou o início do apoio regional da rede regional de empreendedorismo, criada no passado dia 19 de evereiro e que conta com a

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participação, para além da CIMBIS, dos Municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão e das Associações NERCAB, ACICB, Inovcluster, CATAA, CMCD Idanha-aNova, ADRACES e o Instituto Politécnico de Castelo Branco. Durante a sessão realizada, foi dado a conhecer aos mais de 30 participantes e potenciais empreendedores presentes, a Rede Regional, o papel de cada parceiro e que apoios podem os interessados obter a partir desta REDE regional que pretende criar um ambiente facilitador para a criação e desenvolvimento de novas ideias de ne-

gócio e para o reforço e afirmação de negócios existentes. De relembrar que está a decorrer desde o passado dia 25 de fevereiro o I CONCURSO DE EMPREENDEDORISMO INTERMUNICIPAL, no qual serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados. Para mais informações, sobre a próxima iniciativa ou outras que estejam a ser promovidas pela REDE regional de empreendedorismo, contacte a Comunidade Intermunicipal da Beira Interior Sul, através do e-mail: redeempreender@cimbis.pt, e visite o site http://redeempreender. cimbis.pt . K

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98

Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Eugénia Sousa Francisco Carrega Rogério Ribeiro Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


Angola e Moçambique

Escolas premiadas 7 A Escola Portuguesa de Moçambique e o Colégio São Francisco, de Angola, receberam este ano, pela primeira vez, prémios no âmbito do concurso Conto Infantil Ilustrado/Correntes d’Escritas, anunciados na abertura do maior encontro de autores de expressão ibérica. O Colégio São Francisco de Assis, de Luanda, e a Escola Portuguesa de Moçambique, de Maputo, que se encontravam

entre os 85 concorrentes, receberam duas das cinco menções honrosas atribuídas, a par de Portugal e de França. O prémio Literário Correntes d’ Escritas/Papelarias Locus para jovens poetas com idades entre os 15 e os 18 anos, que registou 103 candidaturas, foi atribuído ao poema “Inexistência mental”, de Ana Matilde da Silva Gomes. O valor pecuniário do prémio é de 1.000 euros. K

Alceu Valença, cantor brasileiro, em entrevista

Uma Ponte sobre o Atlântico Com 40 anos de carreira, é um dos músicos brasileiros mais conceituados. A entrevista escrita, a quatro mãos (respondida por mail), aqui fica.

Escola Portuguesa de Macau

Portugal que pague

7 O presidente da Fundação Oriente (FO) garante que o financiamento da Escola Portuguesa de Macau é um capítulo fechado, porque “não faz sentido” que uma instituição privada apoie “para sempre” uma iniciativa do Estado português. “Não, acabou, chega. Não fomos feitos para apoiar para sempre uma iniciativa que é do Estado português. Fizemo-lo durante muitos anos, mas não podemos fazer isso a vida inteira. É um disparate e não estamos aqui para isso”, afirmou Carlos Monjardino. Em entrevista à agência Lusa por ocasião do 25.º aniversário da FO, o presidente da fundação vincou que está na altura de o Estado português “assumir as suas responsabilidades” no que toca ao ensino

da língua portuguesa em Macau. “Não está de maneira nenhuma nas nossas mãos nem é obrigação nem vocação de nenhuma fundação privada fazer aquilo que já fizemos, quanto mais continuar”, frisou. A FO foi constituída em 18 de março de 1988 como uma das contrapartidas impostas pela então administração portuguesa de Macau à concessão em regime de exclusivo da exploração do jogo no território. Monjardino lembrou que entre 1989 e 2011 a FO gastou “cerca de 24 milhões de euros” com a Escola Portuguesa de Macau (EPM) e o Instituto Português do Oriente (IPOR), que considera “um dos projetos mais válidos” e ao qual continua ligado. K

Cabo Verde

Évora faz cátedra 7 A UNESCO atribuiu à Universidade de Évora a Cátedra de “Património Cultural Imaterial e Saber-Fazer Tradicional”. A cátedra atribuída tem como objetivo fornecer formação pósgraduada nas áreas do património imaterial e saber-fazer tradicional e, ainda, oferecer ações de formação de curta duração para profissionais e para grupos sociais frágeis e marginalizados. Para Filipe Themudo Barata, responsável da Universidade de Évora pela Cátedra, “a Cátedra assenta numa estreita parceria entre Portugal e Cabo Verde e os resultados desse trabalho poderão ser ampliados ou transferidos para outros países,

como Angola e Moçambique”. Segundo aquele responsável, o trabalho vai ser baseado numa rede de investigadores e instituições na região do Mediterrâneo e em África para apoiar a investigação, a formação, os alunos e a mobilidade dos profissionais, bem como a partilha de conhecimentos nas áreas do património tangível e intangível e do saber fazer tradicional. No âmbito da cátedra será também desenvolvido e implementado um programa de cooperação para apoiar, do ponto de vista científico, a criação de um centro de investigação de excelência da Universidade de Cabo Verde. K

João Vasco H

7 O seu primeiro trabalho data de 1972 (Quadrafônico) e o último de 2009 (Ciranda Mourisca). Como carateriza a evolução da sua música nestes mais de 30 anos? Minha música descende diretamente do agreste e do sertão do estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil, onde nasci, fui criado e adquiri minhas primeiras referências. Cresci escutando a música dos aboiadores que tangem seu gado pelas fazendas, dos cantadores, dos cegos de feira, dos emboladores, dos tocadores de sanfona de oito baixos. São expressões típicas da chamada “Civilização do Couro”, que marcou os hábitos e a cultura da gente do sertão. Foram Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro os grandes responsáveis por formatar toda esta extensa musicalidade - diretamente influenciada pela arte mediterrânea, portuguesa e mourisca – e popularizar gêneros como o baião, o forró, o xote, o xaxado, o coco, o rojão, a embolada, entre outros. Mais tarde, quando fui morar na capital do estado, Recife, é que tive contato com as manifestações do litoral e da zona do mata de Pernambuco. Aí, o frevo, o maracatu, o caboclinho e a ciranda entraram na minha formação. Ao longo destes 40 anos de carreira, sempre me mantive fiel às minhas raízes e procurei desenvolver uma sonoridade que fosse também popular, moderna e universal. Do primeiro álbum ao mais recente, todas essas influências são bastante explícitas. É um dos músicos e intérpretes mais respeitados no Brasil. Na sua opinião, como é que a música portuguesa é vista (ou ouvida) pelo público brasileiro? O público brasileiro deveria conhecer mais a música portuguesa. Mas como fazê-lo se o que toca nas rádios e nos programas de TV é o pop americano e o brega? Sou um dos artistas que mais reivindica a influência portuguesa em nossa música. Temos vários exemplos de canções diretamente influenciadas pelas sonoridades lusitanas. Os frevos-de-bloco do carnaval pernambucano, que possui um an-

damento mais dolente, descende diretamente do fado. Mesmo clássicos do samba, como “As Rosas Não Falam”, de Cartola, se você for avaliar direitinho, possui esta influência muito claramente. Gravou um disco, quase todos os anos, desde 1972, mas, a partir de 2009 não editou mais nenhum trabalho. A que se deve essa paragem? Ultimamente não tenho visto muito sentido em lançar um álbum repleto de canções inéditas, se elas não tocam no rádio. Tenho gravado e lançado músicas pela internet. Em 2010, lancei o “Frevo da Lua”, que não tocou no rádio, mas tornou-se conhecido do público por causa da internet. No ano passado, regravei “Sala de Reboco”, clássico de Luiz Gonzaga, em dueto com a jovem cantora e sanfoneira Lucy Alves, do grupo Clã Brasil, do estado da Paraíba. E este ano, lancei uma nova versão do “Homem da Meia Noite”, um frevo que compus nos anos 80, ambos como uma aceitação muito boa na rede. Não paro de fazer shows, sempre lotados, no Brasil e no exterior e tenho dois DVDs ao vivo engatilhados para serem lançados em 2013. Minha carreira vai muito bem, a indústria fonográfica é que precisa se repensar. Recentemente esteve em Portugal. Sentiu a crise? Sou completamente apaixonado por Portugal. Realizamos três shows antológicos no Espaço Brasil, em Lisboa, em janeiro, e eu realizei uma série de vídeos onde apareço recitando poemas de minha autoria nas ruas da Mouraria. Estes vídeos podem ser vistos no You Tube e na minha página do Facebook e têm tido muitos acessos. Há algum tempo, fiz uma canção chamada “Loa de Lisboa”, que evoca a Rua da Mãe D´Água e a Praça da Alegria, onde viveu um grande amigo, o intelectual português Duda Gaines, e onde eu costumava me hospedar. Este ano, fui até a cidade de Valença do Minho, de onde saíram alguns dos meus antepassados, e pude contemplar ainda mais a relação profunda

que possuo com este país. Sobre a crise, tenho certeza que Portugal poderá superá-la. E acredito que o Brasil pode ser um interlocutor de grande valia para ajudar o país a reverter este momento de dificuldade econômica. Em tempo de crise os portugueses não têm muito dinheiro para comprar música. O recurso à internet acaba por ser o caminho escolhido por muita gente. O mundo virtual é um perigo ou uma oportunidade para os artistas? Pra mim, o mundo virtual é a grande esperança, justamente porque não há imposições de cima pra baixo e a possibilidade de manipulação dos meios por parte da grande indústria fica de alguma maneira reduzida. Adoro conversar diretamente com meus fãs pela internet e faço isso com frequência pelas redes sociais. Para responder à sua pergunta, poderia parafrasear o escritor brasileiro João Guimarães Rosa, que dizia que “viver é muito perigoso”, mas prefiro encarar a vida no mundo virtual como uma preciosa e democrática oportunidade de estabelecer novos parâmetros para as relações humanas, não só na arte, mas em termos gerais. Neste momento está a decorrer o ano de Portugal no Brasil e o ano do Brasil em Portugal. De que modo estes eventos podem estreitar as relações entre os dois países, através da cultura? A cultura é um dos principais instrumentos de que dispomos para aprofundar as relações entre diferentes povos. Sobretudo no caso de Portugal e Brasil, que possuem uma identidade tão atávica. É incrível um país com as dimensões do Brasil ter apenas um idioma preponderante, que é o português. Isso certamente colaborou na construção da identidade brasileira e nos torna inseparáveis de Portugal numa certa medida. Defendo abertamente que as relações entre os dois países se tornem cada vez mais estreitas e, à minha maneira, me sinto em condições de ser um dos porta-vozes deste diálogo nos campos artístico e cultural. K

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CRÓNICA

Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Hoy te propongo una reflexión acerca del noveno principio de la Evaluación para el Aprendizaje, que reza así: La Evaluación para el Aprendizaje desarrolla la capacidad de los alumnos para su auto-evaluación de tal manera que se pueden hacer reflexivos y auto-gestores. Pero, como te dije en mi anterior comunicación, voy a dejar de lado el pesimismo y la queja, y voy a tratar de situarme en la vertiente optimista. Por eso quiero pensar que, en adelante, los profesores comenzaremos a eliminar nuestra desconfianza radical en nuestros alumnos convirtiéndola en confianza en su capacidad para valorar su propio trabajo y, de este modo, entrar en la dinámica de la auto-evaluación. No cabe duda de que se trata de un proceso, no de algo que se implanta “de la noche a la mañana”. Como proceso, exige que mantengamos una expectativa positiva a lo largo del tiem-

po, que no tengamos miedo a que nuestros alumnos cometan errores, sino que vayan aprendiendo de ellos poco a poco, y que ellos mismos vayan adquiriendo confianza en su propia capacidad de valorar su propio trabajo y el de sus colegas. De hecho, uno de los caminos más claros hacia la auto-evaluación es, en mi opinión, lo que se entiende como “evaluación por pares” o “evaluación entre colegas”. En este proceso, dos alumnos se enfrentan a la tarea de valorar sus trabajos, el propio de cada uno y el de su colega, discutiendo acerca de la bondad del planteamiento, de la validez del proceso de realización de la tarea y de la adecuación de los resultados obtenidos. Si comenzamos por aquí, estaremos dando un vuelco eficaz a nuestro sistema educativo, y lo haremos de una manera tranquila, callada, a la vez que experimentando y controlando las variables que mediatizan la evaluación objetiva entre los

compañeros, en primer lugar, y la auto-evaluación, asimismo objetiva, en segundo lugar. Para conseguir esto contamos con un instrumento que se utiliza mucho en los sistemas educativos de influencia anglosajona, como son las “matrices de valoración” o “rubrics”, de las que hemos hablado anteriormente (al menos en tres ocasiones). Este proceso tiene que contribuir, sin duda, a que nuestros alumnos vayan haciéndose, poco a poco, independientes de nuestra actuación y vayan cambiando su dependencia en relación con nuestras indicaciones e instrucciones por la confianza en sus propios planteamientos de los problemas y tareas y en sus propios avances de soluciones en cada caso. Si conseguimos que, poco a poco, nuestros alumnos ganen en independencia, de una manera muy discreta estaremos sentando las bases para desarrollar su capacidad de buscar y

desarrollar nuevas habilidades y competencias, nuevos conocimientos y nuevas perspectivas en la consideración de los problemas y las tareas. Esto les llevará, de una manera casi insensible, a hacerse capaces de hacer su propia autorreflexión y determinar los próximos pasos en su aprendizaje. El problema, radica, sin embargo, en que los profesores abandonemos nuestra posición de “prepotencia académica” y cedamos, paulatinamente, el terreno a la construcción, por parte de nuestros alumnos, de sus propios objetivos, procedimientos, estrategias y experiencias de aprendizaje. Nuestra actuación pasaría a ser, entonces, de manera real, la propia de un coach, manteniéndonos “al margen” de su actuación, pero, a la vez, implicándonos en su guía (no en la realización de sus tareas o en la solución de sus problemas), en la orientación de sus propias reflexiones acer-

ca de la experiencia obtenida en cada una de sus propuestas y en cada uno de los procesos o pasos que les han llevado a los resultados obtenidos, en el apoyo a su propia planificación de la revisión del proceso de aprendizaje, etc. Quiero pensar y quiero soñar que esto sea una realidad en muy corto plazo de tiempo, y que, cada vez, aparezcan menos actitudes defensivas por parte del profesorado, escudándonos en la “incapacidad” de nuestros alumnos para hacer nada si no hemos sido nosotros quienes hemos realizado las tareas “por delante” o hemos solucionado los problemas “con ejemplos”. Hasta la próxima, como siempre, salud y felicidad. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura

Cidália Moreira, a cigana do Fado! 7 Cidália Moreira nasceu na cidade de Olhão, corria o ano de 1944. Desde muito nova que amava cantar. Seus pais nunca lhe vedaram a entrada no mundo das cantigas e do fado. Estreia-se profissionalmente no restaurante Viela, à Rua das Taipas. Esta fadista destacavase e ainda se destaca pela garra e envolvência a cantar, e também pela dramatização que dá a cada poema que interpreta. Integrou também, ao longo de vários anos o elenco da revista à portuguesa, no Parque Mayer. Um dos seus maiores êxitos nasceu no palco do exPublicidade

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tinto Teatro ABC, Lisboa meu amor. Hoje continua a cantar e a encantar. Qualquer palco que pise leva consigo a nostalgia de uma alma que ‘sangra’ a cantar... Em de Maio de 2011, no cinema São Jorge, em Lisboa, Cidália Moreira apresentou o seu espetáculo de Carreira para um vasto público onde revisitou toda a sua vida artística num repertório mágico muito seu, interpretado muito a seu jeito. K Rui Manuel Ferreira _ J. Vasco H (Texto e imagem extraídos do livro Fadistas do Séc. XXI.)


XV aniversário

Ensino Magazine lança livro na Futurália 6 O jornal Ensino Magazine

apresentou no passado dia 16, no Parque das Nações, em Lisboa, o livro “A Escola e as TIC na Sociedade do Conhecimento”. A iniciativa surgiu integrada na Futurália (feira dedicada à juventude e educação), que decorreu na Feira Internacional de Lisboa (FIL). Com a coordenação de João Ruivo e João Carrega, o livro, editado pela RVJ Editores, reúne um conjunto de artigos científicos dos investigadores João Ruivo, Helena Mesquita, David Rodrigues, Ana Isabel Costa, Guilhermina Lobato Miranda, Cristina Ponte, Vitor Tomé, João Carrega, Rosário Quelhas, Cristina Chabert e António Trigueiros. Paralelamente à apresentação do livro decorreu uma conferência sobre o mesmo tempo, que foi proferida pelo pró-reitor da Universidade Nova de Lisboa, Carlos Correia, autor do prefácio. O Ensino Magazine é uma publicação mensal distribuída gratuitamente nas escolas, universidades e politécnicos portugueses, em Espanha e nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. K

Concurso na Futurália

Fim-de-semana no Geopark 6 Nuno Alexandre, de Odivelas, foi o vencedor do concurso Ganhe um fim-de-semana no Geopark Naturtejo. Um passatempo desenvolvido pelo Ensino Magazine e pelo Geopark naturtejo, durante a Futurália, em Lisboa. Alzirra Ferreira, diretora do evento, retirou o cupão vencedor. Nuno Alexandre poderá agora usufruir de um fim-de-semana numa unidade hoteleira daquele território classificado pela Unesco. K

Com edição de livro

Escuteiros assinalam 50 anos 6 O livro Meio Século de Vida - do Agrupamento 160 de Castelo Branco, da autoria de João Henriques Ribeiro e edição da RVJ, Editores, foi apresentado no dia 16 de março de 2013, no auditório do Instituto Português do Desporto e da Juventude de Castelo Branco. A iniciativa foi integrada nas comemorações dos 50 anos do agrupamento, numa sessão onde a autarquia albicastrense prometeu uma nova sede para aquela associação. K

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António Estanqueiro, Professor e autor

A Arte de Comunicar com os Filhos 7 António Estanqueiro é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras de Lisboa, professor de Filosofia e Psicologia no ensino secundário e autor do livro Comunicar com os Filhos (Chancela da Presença). Educar e comunicar com os filhos é um desafio que envolve riscos e começa por saber escutar. O autor explica (por e-mail) o melhor método para um diálogo eficaz, tendo como base a verdade.

ção, reforçam o individualismo e destroem o verdadeiro desejo de aprender. Os pais devem exigir esforço, de acordo com as capacidades dos filhos, e valorizar os esforços realizados, não apenas os sucessos obtidos. O objetivo da educação é promover o desenvolvimento integral dos filhos, tornando-os pessoas equilibradas e felizes. Qual é a atitude que os pais devem ter quando o filho está a ser vítima de bullying?

O primeiro capítulo de Comunicar com os Filhos chama-se Escutar os Filhos. Saber ouvir é uma virtude que se aprende?

A primeira atitude dos pais é conversar com os filhos e oferecer-lhes apoio incondicional. Depois, será útil comunicar com o diretor de turma. Compete à escola cuidar a formação cívica dos alunos, usar sistemas de vigilância nos espaços abertos e castigar os agressores. A cooperação da escola com a família permitirá identificar e resolver algumas situações de violência física. Se a violência persistir na escola, vale a pena ponderar a transferência dos filhos para uma escola mais segura e acolhedora. Quando se trata de violência psicológica, é prudente guardar as mensagens ofensivas e ameaçadoras, recebidas através do telemóvel ou da Internet. Um dia, poderão ser necessárias.

Saber escutar os filhos é uma arte que se aprende e é o grande segredo da comunicação. Implica sobretudo dar tempo e atenção aos filhos e tentar compreender as suas ideias e os seus sentimentos. Só a atitude de compreensão garante que os filhos poderão confiar nos pais e fazer-lhes confidências no futuro. Quando os pais sabem escutar, os filhos aproximam-se e comunicam mais abertamente. Quando os pais não sabem escutar, os filhos afastam-se, fecham-se no seu silêncio ou revelam-se mais conflituosos. De que forma podem os pais motivar os filhos para o estudo?

E quando o filho é o agressor?

Adianta pouco dizer aos filhos que estudar é a sua obrigação. Os pais fazem melhor se valorizarem a escola e ajudarem os filhos a ver a utilidade do estudo para o seu desenvolvimento social e para a sua vida em sociedade. Um outro processo de motivar os filhos para o estudo é reforçar a sua autoconfiança, elogiando os sucessos e os seus esforços. Um jovem autoconfiante, que acredita em si próprio, empenha-se mais e conquista o sucesso. Quanto mais sucesso, mais motivação!

Nesse caso, os pais devem intervir prontamente, para travar os comportamentos inaceitáveis. É fundamental que os filhos reflitam sobre o sofrimento que causam às suas vítimas e desenvolvam competências sociais. Quando os filhos praticam a violência física ou psicológica, de forma intencional e repetida contra os colegas mais fracos, revelam descontrolo emocional, egocentrismo e cobardia. Como primeiros educadores, os pais têm obrigação de cultivar nos filhos os valores do respeito e da solidariedade em relação aos outros.

Como é que se podem orientar os jovens para escolher um curso que vá ao encontro da sua vocação, mas também das necessidades do mercado de trabalho? Os pais devem acompanhar com atenção o percurso escolar dos filhos, procurando conhecer as suas motivações e os seus interesses. O papel dos pais não é forçar os filhos a tirar determinado curso, mas ajudá-los a fazer escolhas conscientes e responsáveis, tendo em conta as tendências do mercado de trabalho. Para isso, é fundamental recorrer aos serviços de orientação disponíveis nas escolas, sobretudo no 9º ano e no 12º ano, que são anos decisivos para a escolha dos cursos. Sabemos que nem todos os jovens precisam de um curso superior para a sua realização pessoal e social. Em muitos casos, os cursos profissionais são a melhor opção. Seria bom que alguns pais não alimentassem preconceitos em relação ao ensino profissional. Os trabalhos de casa têm suscitado posições contrárias entre os educadores. Qual a sua opinião sobre os trabalho de casa? Sou a favor dos trabalhos de casa, desde que sejam pedagogicamente pertinentes

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Defende como estilos educativos o estilo participativo e o diretivo. Como define estes estilos? e estejam ao alcance das capacidades dos alunos. Na dose certa, os trabalhos de casa são um bom complemento das aulas, estimulam a revisão de conteúdos ou o treino de competências e promovem a autonomia e a responsabilidade dos alunos no processo de aprendizagem. Mas sou contra os trabalhos de casa excessivos ou demasiado difíceis, que os alunos não conseguem fazer sozinhos, mesmo que se esforcem. Acho injusto que a realização dos trabalhos de casa, pedidos pelos professores, dependa da disponibilidade e das habilitações dos pais ou da ajuda de explicadores. Fazer os trabalhos de casa é uma responsabilidade dos filhos. Dizer sempre a verdade é fundamental na educação dos filhos? Defendo que os pais devem dizer a verdade, só a verdade, sempre a verdade, mas não necessariamente toda a verdade. Omitir certas verdades não é mentir. De vez em

quando, há razões que aconselham a não dizer toda a verdade. Mas mentir aos filhos é um erro grave. A mentira destrói a autoridade dos pais. Quando os filhos descobrem que são enganados, perdem a confiança nos pais. A educação faz-se pelo exemplo. Se os pais mentem, não conseguem ensinar aos filhos o valor da verdade. No livro Comunicar com os Filhos, afirma: “A verdade é que a pressão torna o filhos prisioneiros da ambição dos pais. Numa palavra: infelizes.” A felicidade nem sempre se encontra no caminho para o sucesso? Essa pergunta conduz-nos à reflexão sobre os efeitos negativos da pressão para o sucesso. Os pais fazem bem em interessar-se pela vida escolar dos filhos, mas é arriscado pensar apenas no rendimento escolar. Se os pais exigem sempre os melhores resultados, custe o que custar, perturbam o equilíbrio emocional dos filhos, estimulam a competi-

O estilo diretivo e o estilo participativo são dois modos eficazes de exercer a autoridade. Usando o estilo diretivo, os pais tomam decisões, sem consultar os filhos, definem regras e limites, dizem claramente o que fazer e como fazer. Em geral, é o estilo aconselhável para orientar as crianças. Na educação dos adolescentes, será mais adequado o estilo participativo, que implica diálogo e negociação. A participação dos filhos na tomada de decisões permite prevenir ou resolver alguns conflitos. Os pais devem adotar um ou outro destes estilos educativos, com flexibilidade e bom senso, tendo em conta a maturidade dos filhos e as circunstâncias concretas. O essencial é evitar o autoritarismo e a permissividade. K Entrevista: Eugénia Sousa _

Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _


gente e livros

Ilija Trojanow Hora do Planeta T A Hora do Planeta decorreu no dia 23 de Março, Sábado, às 20 e 30. Durante 60 minutos, milhões de pessoas em todo o mundo desligaram as luzes. A iniciativa é da associação de conservação da natureza WWF, tem um carácter simbólico e pretende chamar a atenção do mundo para a necessidade de reduzir as emissões de CO2 e travar as alterações climatéricas. Segundo a organização, 2 mil milhões de pessoas desligaram as luzes em 2012. K

7 «A alguns, poucos, era concedida a honra de morrer pela pátria. Os outros queixavam-se todas as tardes, na messe do regimento, dos sacrifícios que lhes eram exigidos. Onze meses insuportáveis, declamavam, e um que ainda conseguia ser pior: maio. Burton sentia-se paralisado pela canícula. Os seus pensamentos como que se escoavam. Estava deitado na cama, incapaz de fazer outra coisa a não ser erguer os olhos para o termómetro. Com os olhos entaramelados. A cama de dossel estava no meio do quarto, velada por todos os lados por seda crua de um verde claro. Quando estendia a mão, podia mergulhá-la numa bacia de cobre com água fresca. Um dos criados encarregava-se de mudar a água de hora a hora. Por cima dele girava um pankah de madeira e tecido. Sabia que o ventilador estava ligado, através de um fio que corria ao longo da parede, com o dedo grande do pé de um daqueles vultos silenciosos e escu-

ros cuja única tarefa consistia em estender e dobrar a perna, para que lhe fosse concedido a ele, o Sahib, a benção de uma corrente de ar. Ninguém andava lá fora. Ele não tinha de sair de casa para constatar que a cidade estava tão paralisada como ele próprio.» In O Colecionador de Mundos O escritor Ilija Trojanow nasceu em Sofia, na Bulgária em 1965. Em

1971, a família foge da Bulgária, passa pela Jugoslávia e por Itália, e pede asilo político na Alemanha. Um ano depois partem para o Quénia. De 1985 a 1989, estuda Direito e Etnologia na Universidade de Munique, após um período em Paris. Interrompe os estudos para fundar a editora Kyrill-und-Method-Verlag em 1989, especializada em literatura africana. Em 1992, funda a Marino-Verlag, outra editora direcionada para os estudos africanos. Em 1999, Trojanow mudou-se para Bombaim, na Índia. Em 2003 viaja para a África do Sul, onde fica a viver até 2007. O Colecionador de Mundos (2007), o seu segundo romance, é inspirado na vida e obra do explorador inglês Richard Francis Burton (1821-1890) e arrebatou as melhores críticas internacionais. Günter Grass, Prémio Nobel da Literatura comparou O Coleccionador de Mundos a Moby Dick, a obra prima do escritor Herman Melville. Em Portugal, o romance está edita-

do pela Arkheion Editora. Trojanow venceu o Prémio da Feira do livro de Leipzig e o Prémio Literatura de Berlim (2007). É membro, desde 2002, do Centro PEN da República Federal da Alemanha. Ilija é também um colecionador de mundos, que viveu na Bulgária, França, Alemanha, Quénia, Índia, África do Sul e vive actualmente na Áustria. O Colecionador de Mundos. Esta é a história ficcionada de Sir Richard Francis Burton (182190). Oficial do exército Britânico, Sir Burton foi um importante explorador, viajante e orientalista, que traduziu para o inglês clássicos como As Mil e uma Noites e o Kama Sutra. Algumas das suas obras foram queimadas após a sua morte. A Índia, o Médio Oriente e a África são palco desta obra, narradas a muitas vozes. K Página coordenada por Eugénia Sousa _

edições Mundo Pequenino T Mundo Pequenino é o novo álbum da banda portuguesa Deolinda. Este é o terceiro disco de inéditos da banda, que tem Ana Bacalhau, na voz; Zé Pedro Leitão, no Contrabaixo; Pedro da Silva Martins e Luís José Martins, nas guitarras. O produtor do CD foi Jerry Boys, que já trabalhou com os Beatles, os Rolling Stones e os REM. K

Exposição T A artista plástica Joana Vasconcelos tem uma exposição, com cerca de 40 obras, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Depois da mostra em Versalhes, Paris, segue-se o Palácio Nacional da Ajuda. Por cá o público pode ver “A Noiva”, o famoso lustre feito de tampões femininos, que a artista não foi autorizada a exibir em Versalhes. A exposição pode ser visitada até ao dia 25 de Agosto. K

Novidades Literárias de ou justiça. E tudo começa quando um informático se envolve com um cientista genial e enigmático.

7 D. Quixote. Contracorpo, de Patrícia Reis. Alguns anos depois da morte do marido, a vida de Maria não se refaz. O seu filho mais velho cresceu contra ela. Entre eles instalou-se um silêncio sem tréguas. Na iminência de reprovar de ano, Maria pega no filho e vai fazer com ele uma viagem que tem como destino uma aproximação entre eles. Contracorpo é uma história de procura da identidade e do caminho para o coração do outro.

Casa das Letras. O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo, de Haruki Murakami. Duas histórias paralelas decorrem em lugares fantásticos. Uma delas tem como cenário o Fim do Mundo, a misteriosa cidade murada, onde o narrador fica privado da sua sombra e as recordações se desvanecem à medida que ele assume o papel de leitor de sonhos. A outra história tem lugar numa Tóquio futurista, um país das maravilhas sem bonda-

Porto Editora. A inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho, de Mário de Carvalho. Seis histórias compõem este livro. O que acontece quando a deusa Clio adormece e enreda na sua tapeçaria milenar os acontecimentos de 4 de Junho de 1148 e 29 de Setembro de 1984 e uma horda de cavaleios berberes do século XII vem para a Avenida Gago Coutinho; Um frade resiste ao Dia do Juízo Final; um navio negro dá à costa trazendo consigo a petilência; e um chimpanzé é capaz de reescrever a obra Menina e Moça. Este livro é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura. Bertrand. Resgate, de David Malouf. O autor recria uma das mais célebres histórias da literatura, o cerco de Tróia. Aqui encontramos Aquiles, que perdeu o seu amado Pátroclo, em Tróia; e Príamo, cujo filho matou Pátroclo, e foi depois ferozmente morto por Aquiles. O sofrimento e a redenção marcam Resgate. O primeiro livro de David Malouf em mais de 10 anos, conseguiu as melhores criticas da imprensa internacional. Relógio D`Água. Física no

dia-a-dia - respostas simples a perguntas que nunca nos fizemos, de Rómulo de Carvalho. A pensar nas pessoas que não têm conhecimentos académicos de Física, mas se interesam por estes fenómenos do nosso quotidiano. A obra de divulgação científica, agora reeditada, ocupa um lugar de referência na divulgação da ciência em Portugal.

Gradiva. Ciclos de Tempo uma visão nova e extraordinária do Universo, de Roger Penrose. O autor analisa as questões na fronteira da cosmologia: o que veio antes do Big Bang e o que estará para além dos buracos negros. De acordo com as leis da termodinâmica e da geometra do espaço-tempo, propõe um modelo cosmológico do universo, em que a expansão acelerada do nosso mundo pode ser o começo de um novo universo. Piaget. Aprender no Local de Trabalho - Como apoiar a aprendizagem individual e organizacional, de

Bridget N. O`Connor, Michael Bronner e Chester Delaney. Uma importante obra de síntese sobre a aprendizagem no local de trabalho e a gestão da função da aprendizagem e desempenho nas organizações. Um guia para os recém- chegados à vida profissional e uma referência para os profissionais de longa data.

Marcador. Vou Ser Pai - O Guia da Gravidez para os Homens que as Mulheres também vão querer ler, de Mário Cordeiro. Porque os pais também vivem a gravidez, este é um «manual de sobrevivência» para todos aqueles que se encontram nessa situação. Da autoria do reconhecido pediatra Mário Cordeiro, aqui são abordados vários aspectos da paternidade, através do ponto de vista do médico e também do pai. Editorial Estampa. A Promessa do Livreiro, de John Dunning. Josephine Gallant, fica a saber que Cliff Janeway, investigador e amante de livros, acabou de adquirir em leilão a primeira edição assinada de uma obra do lendário explorador e aventureiro Richard Burton. Só que Josephine está convencida que a obra foi roubada à sua família, oitenta anos antes. Por causa deste livro, uma mulher é assassinada e três pessoas parecem estar ligadas ao crime. K MARCO , 2013 /// 023


press das coisas Nikon - D7 100 3 A câmara fotográfica da Nikon D7 100 promete trazer adrenalina à paixão pela fotografia. Leve, compacta e resistente, o seu sistema de focagem automática (AF) de 51 pontos oferece uma captura de imagens rápida e precisa, de nível profissional. Equipada com um sensor CMOS no formato DX de 24,1 megapixels para capturar com maior nitidez todas as texturas, mesmo as mais finas, com alta resolução. É resistente ao tempo e à poeira. Tem as tampas superior e traseira em liga de magnésio. Esta D-SLR fotografa continuamente a 6 fps e proporciona um efeito extra de teleobjectiva. Dispõe de sensibilidade ISO de 100-6400, permitindo excelentes resultados em condições de pouca luz e acção. K

Asus - Padfone Infinity 3 O PadFone Infinity, o novo smartphone da Asus, distingue-se pela capacidade de poder ser acoplado a um ecrã adicional, transformando-se num tablet. O smartphone tem um ecrã de 5” com resolução 1080p; vem equipado com o sistema operativo Android 4.2 Jelly Bean; 2 GB de memória RAM e uma câmara traseira de 13MP com focagem automática. O processador é um quad-core Snapdragon 600 de 1.7 GHz, 32 ou 64 GB de armazenamento interno. O ecrã extra foi apelidado de “Infinity Station”, um ecrã de 10.1”, com resolução 1080p e uma bateria própria. O PadFone Infinity deverá chegar brevemente à Europa, com um preço a rondar os 1000 euros. K

politécnico de portalegre

O Videoclip português dos Muse 6 Inês Freitas e Miguel Mendes, alunos do curso de Design de Animação e Multimédia da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre, venceram o passatempo lançado pelos Muse com um videoclip para o tema “Animals”. A música faz parte do álbum The 2nd Law, o sexto trabalho de originais banda britância. O videoclip escolhido pela banda e pelos fãs pode ser visto no canal de

youtube<http://www.youtube.com/watch?v=tFG_5PBl2K8 &noredirect=1>.

Os Muse regressam a Portugal, no dia 10 de Junho. K

Prazeres da boa mesa

Tataki Tépido de Veado com Salada de Legumes e Carpaccio de Beterraba 3INGREDIENTES P/ TATAKI 1kg Lombo de veado 15gr Gengibre 10gr Alho seco 2 cs Molho de soja dark 10gr Sésamo branco e preto q.b. Sal e pimento INGREDIENTES P/ SALADA DE LEGUMES 5gr. Alho seco 5gr. Gengibre 1cs. Óleo de Sésamo 100gr. Canónigos 100gr. Rebentos de Soja 100gr. Cenoura q.b. Sal e Pimenta INGREDIENTES P/ CARPACCIO 2 uni Beterrabas cozidas 1cs Sumo de limão OUTROS INGREDIENTES (FINALIZAÇÃO) 10 cs Emulsão de Azeite c/ Molho de Soja q.b. Flor de sal PREPARAÇÃO Para o tataki: limpar o lombo de

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com sal e pimenta. EMPRATAR Aplicar fatias finas de beterraba no prato, pincelando com sumo de limão. Dispor a salada tépida em cima e guarnecer com 3 ou 4 fatias de tataki. Apicar os canónigos. Terminar com um cordão de emulsão (de azeite virgem e molho de soja) e flor de sal. Servir tépido. K Publicidade

nervuras e gordura. Atar com fio de norte para ficar com uma cozedura perfeita e com maior food appeal. Temperar com os restantes ingredientes indicados, deixando ganhar sabor por 2 horas. Corar num sauté e homogenia e regularmente, até que no interior alcance 51º C. Deixar arrefecer

um pouco numa rede. Remover os fios e cortar com a espessura de 0,5 cm. Para a salada: saltear todos os ingredientes em fogo forte de modo a que fiquem al dente, por esta ordem: óleo de sésamo, alho, gengibre, cenoura e rebentos de soja. Temperar de seguida

Chef Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo Complexo Termal de Monfortinho - Hotéis, Restaurantes, Termas e Spa)


pela objetiva de j. vasco

A voz que não se ouve Centro de arte em castelo branco

Berardo abraça projeto

3 Os/as excluídos/as sem direito à indignação. Enquanto decorria uma manifestação em Lisboa, esta senhora estava sentada num banco de uma transversal à rua por onde passavam muitos milhares de manifestantes. Sentada com os seus parcos haveres, tão poucos e tantos que a impediam de se movimentar ao ritmo do resto do mundo. K

6 A Fundação Berardo poderá participar na dinamização do Centro de Arte Contemporânea de Castelo Branco. “Este é um projeto grande e arrojado”, disse Joe Berardo, que este mês se reuniu com o presidente da Câmara albicastrense, Joaquim Morão, tendo visitado as obras daquela estrutura, cuja inauguração poderá acontecer em julho, com uma exposição de obras do comendador. Joe Berardo destacou o empenho da Câmara de Castelo Branco, bem como a visão estratégica da autarquia liderada por Joaquim Morão: “ainda bem que, nos tempos atuais, há pessoas a apostar na cul-

tura. Através da cultura podem criarse bons postos de trabalho sem ter que se gastar muito dinheiro”. Joe Berardo confirmou a sua disponibilidade para apoiar o projeto da Câmara de Castelo Branco. “Aceitei este desafio, pois a cultura não pode só existir em Lisboa e no Porto. Sempre defendi isso. Fui para as Caves Aliança, onde fiz o Underground Museum, para Óbidos (Bombarral), onde construi o Buddha Eden Garden (um espaço com cerca de 35 hectares) e para muitos outros lugares. Castelo Branco é uma cidade que está perto de Espanha, pelo que este espaço também vai criar atratividade”. K

Bocas do Galinheiro

Uma boa dose de Spaghetti Western 7 Quando um dia destes fui ao Cine Teatro Avenida assistir a “Django Libertado”, de Quentin Tarantino, foi como regressar ao mítico “galinheiro” de há 30 e tal anos atrás quando os dominavam as preferências e eram reis e senhores, mais tarde substituídos pelas fitas de artes marciais, primeiro de Bruce Lee (ainda um dia a ele voltaremos, porque o merece) mas dos seus derivados de série Z, alguns misturando os dois estilos, como um tal “Kung-Fu no Oeste Selvagem”, realizado por Yeo Ban Yee, que só conheço da folha da Filmitalus, uma distribuidora especializada nestes géneros, bem como do peplum e, claro que a seguir a abril de 74, das pornochonchadas made in Italy, mas, também da reposição de alguns marcos das coboiadas mediterrânicas como seja a chamada trilogia dos dólares, de Sergio Leone. Iniciada com “A Fistfull of Dollars” (Por Um Punhado de Dólares, 1964) uma adaptação livre de “Yojimbo”, de Akira Kurosawa, com Clint Eastwood no papel do forasteiro que chega a San Miguel, uma pequena cidade mexicana onde reinam dois bandos rivais e que muitos tiros e mortes depois, não só fica rico como limpou a cidade dos dois bandos, era dada visibilidade a um género que apesar de não ser novo na Europa, já

havia vários western filmados na Alemanha e em Espanha, mas, diga-se, não tão bons como os de Leone. A projeção internacional do spaghetti western, continua pela mão deste realizador com “For a Few Dollar More (Por Alguns Dólares Mais, 1965) e “The Good, The Bad and the Ugly (O Bom, o Mau e o Vilão, 1966), sempre com Clint Eastwood e, elemento fundamental, a música de Ennio Morricone, outro ícone do género. Daqui para a frente o crescimento deste Oeste, que medrou na Cinecittà e nos arredores de Almeria, foi exponencial, tal como as estrelas que dele emergiram, como Giuliano Gemma e o seu Ringo, em “Uma Pistola Para Ringo”, 1965 e “O regresso

de Ringo”, 1965, ambas de Duccio Tessari, Lee Van Cleef, o temido Sabata, em “Day Of Anger” (Gigantes em Duelo, 1967), de Tomnino Velerii, também com Gemma, Sartana, visto em “Sartana Reza Pela Tua Morte”, 1968, de Gianfranco Parolini, com Giani Garko e Klaus Kinski, um frequentador habitual como mau na fita nestes filmes e, lá chegámos, “Django”, 1966, interpretado por Franco Nero, com realização de Sergio Corbucci que, intencionalmente, pretende fugir à linha iniciada por Leone e cria um anti-herói que troca o poncho de Eastwood por um casacão da União e que entra na cidade arrastando um caixão de onde, mais tarde, sairá uma metralhadora.

Apesar dos vários western que protagoniza, incluindo “O Mercenário”, 1968, também de Corbucci, Franco Nero fica para sempre ligado ao personagem de Django, e não é por acaso que Tarantino dá este nome ao seu anti-herói de “Django Libertado”. Em 1858, no Oeste selvagem, EUA, três anos antes da Guerra Civil americana em que o tema da escravatura é recorrente, o Dr. King Schultz (Christoph Waltz), dentista e caçador de recompensas, compra o escravo Django (Jammie Foxx), que tenciona libertar em troca de um pequeno favor: ajudá-lo a encontrar, os irmãos Brittle, assassinos com a cabeça a prémio, mortos ou vivos. Depois de conseguido o feito, os dois acabam aliados e Schultz decide ajudar o ex-escravo a encontrar Broomhilda (Kerry Washington), a jovem esposa de quem perdeu o rasto algum tempo antes, quando foram vendidos em separado. Até que, percorrendo um longo caminho, chegam à enorme plantação do poderoso e cruel Calvin Candie (Leonardo Di Caprio), rico herdeiro à custa de trabalho escravo, em cuja plantação vive a rapariga. Porém, para que seja possível resgatá-la, quais Siegfried, eles terão de lutar, não apenas contra Candie e os seus capatazes, como também contra preconceitos profundamente en-

raizados, nomeadamente de onde menos esperariam, de um velho negro, submisso, mas manipulador do dono, numa breve mas marcante interpretação de Samuel L. Jackson. Escrito e realizado por Tarantino, o filme é uma torrente de situações inesperadas, com um ritmo alucinante, entrecortado aqui e ali por alguns gags, como seja a cena caricata dos percursores do Klu Klux Klan, parodiados, no sentido exacto do termo, até à morte, à volta com os capuzes brancos com os buracos para os olhos a não lhes deixarem ver nada. Como de antologia é também o cameo de Franco Nero, que ao perguntar a Jamie Foxx, como se chama este responde “Django, mas com o D mudo”, ao que Franco Nero responde, uma vez que o personagem original era seu, com um simples “Eu sei!”. Nada a acrescentar. Sabendo-se da paixão de Tarantino pelo cinema, desde que trabalhou num clube de vídeo, vendo avidamente, entre outros, os western de Sergio Leone, não admira pois que nos seus filmes perpassem claras citações de velhos clássicos e de géneros apelidados de menores, como seja neste caso os spaghetti western! Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _

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Instituto de Ensino Secundário “Pedra D’Auga”

Poemas do Mundo 6 O Projeto “Poemas do Mundo” é um projeto promovido pelo Instituto de Ensino Secundário “Pedra D’Auga”, de Ponteareas, Espanha, em parceria com a Escola Artística e Profissional Árvore, do Porto, Portugal, que se desenvolve no âmbito da rede de escolas associadas da UNESCO e conta com o apoio das coordenações nacionais dos dois países. O projeto tem por objetivo incentivar os jovens a produzir ou seleccionar poemas que sejam representativos dos valores da UNESCO e, em particular, da rede de escolas associadas, nomeadamente da paz

e dos direitos humanos, da aprendizagem intercultural, da educação para o desenvolvimento sustentável e do papel das nações unidas face aos desafios globais. Contamos já com a adesão de vários países ao projeto através das respetivas coordenações nacionais da rede de escolas associadas, bem como diretamente de algumas escolas de diversos continentes. Os resultados produzidos serão colocados num site desenvolvido pela Escola Árvore. Serão escolhidos quatro poemas de cada país, divididos por quatro categorias, os quais serão alojados na página principal do site, sendo

exibidos de forma aleatória ou por um sistema de pesquisa específica. Estes poemas serão ainda transcritos pelo código internacional de linguagem gestual YoGoTe, sob a forma de vídeo ou ilustração. O site permitirá também estabelecer uma ligação direta com os sites das escolas participantes, de modo a possibilitar o visionamento de todos os poemas produzidos em cada escola e, deste modo, dar a conhecer as actividades de cada um e partilhar entre as diferentes comunidades educativas a diversidade das suas experiências. Pretende-se com este projeto

sensibilizar os alunos para uma melhor aceitação da diferença, bem como favorecer o desenvolvimento de uma cidadania ativa orientada para a tomada de consciência dos problemas globais e da procura de novas soluções. Simultaneamente pretende-se fomentar a aquisição de novas aprendizagens e competências. No dia 21 de março, dia mundial da árvore e da poesia, a partir das 15,30 horas, é feita a apresentação,

na Escola Árvore, do site que irá alojar os poemas, podendo o evento que consta de comunicações dos promotores e das coordenações nacionais, da explicitação do funcionamento do site, bem como de intervenções culturais portuguesas e espanholas, ser visto directamente e em tempo real no endereço www. arvore.pt. K Horácio Lourenço _ (Diretor da Escola Artística e Profissional Árvore)

Quatro rodas

Os fornecedores de borracha c Goodyear, Bridgestone, Michelin, Pirelli, Dunlop, Firestone, Continental, Englebert e Avon, são marcas, algumas mais outras menos conhecidas , que nas últimas décadas estiveram associadas à competição automóvel. A saber, terão sido as únicas marcas a fornecer pneus às equipas de fórmula 1. Desde os primórdios da modalidade onde os fabricantes eram encarados apenas como mais um “supplier” , até aos dias de hoje, a tecnologias dos pneumáticos evoluiu de tal forma que a substituição de um jogo de pneus, uma volta antes ou depois do adversário, pode ditar a vitória ou a derrorra. Em tempos havia mais que uma marca a fornecer pneus às equipas, mas as diferenças de comportamento dos pneus de circuito para circuito, de piso seco para molhado, eram tão grandes,

que por vezes parecia que estávamos a assistir a um campeonato de pneus e não a um campeonato de pilotos e construtores. Assim os dirigentes, decidiram, que fosse apenas uma marca a fornecer pneus para que as vitórias não tivessem, como fator decisivo a marca de pneus. Apesar da grande importância que ainda hoje tem para uma

corrida, a questão coloca-se agora em perceber o comportamento dos pneus, para uma devida programação dos “pit stop”. Com o mesmo tipo de pneus já não se pode justificar uma derrota. Nos últimos anos (nas corridas em seco), os “teams” têm à sua disposição dois tipos de pneus, em quantidades limitadas, que devem gerir desde os treinos até à corrida,

e na corrida, é obrigatório usarem os dois tipos. A partir daqui, são os simuladores virtuais, a traçar estratégias. Será que vão iniciar a corrida, com os pneus macios ou com os mais duros? O pneu macio pode dar vantagem no início, mas como os carros têm os depósitos cheios, pode haver mais desgaste, logo menos voltas com os pneus a top. São estas “contas” que os “teams” têm de fazer, claro que com muito mais variáveis, como a temperatura, tipo de piso, número de curvas para a esquerda e para a direita, velocidade em curva e por aí fora. Para a história fica no entanto a notoriedade que algumas marcas conseguiram ao longo destes anos. Curiosamente, sendo a fórmula 1 um campeonato que maioritariamente se disputou no continente europeu, é uma marca americana a dominar o ranking das vitórias, se-

guida de uma japonesa, só depois aparecendo as marcas europeias que, em conjunto, não chegam nem perto ao número de vitórias conseguidas pelo gigante americano, agora retirado desta modalidade. De toda esta evolução, temos que registar que muitos dos conceitos técnicos “inventados” nesta competição, são transferidos para os pneus que usamos nos nossos veículos do dia-a-dia, cujo desempenho a nível da segurança, tem evoluído de uma formam exponencial, por isso, não se esqueça de que os pneus são um fator muito importante para uma condução segura. K Paulo Almeida _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

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jORNALISTA DA TVI

Os filmes de Maria João Rosa

6 Maria João Rosa, jornalista da TVI na área do Cinema apresenta semanalmente, com Vítor Moura, o programa Cinebox, da TVI24. Em entrevista ao Ensino Magazine, a jornalista conta as suas experiências ao longo da sua carreira e mostra o quanto gosta do seu trabalho. Como vê o percurso que tem desenvolvido? A minha carreira começou como jornalista de informação diária, portanto, apesar de sempre ter gostado e desejado trabalhar na área do cinema, seja no cinema propriamente dito seja na área de jornalismo. Mas sempre soube que queria fazer alguma coisa ligada ao cinema. Quando iniciei o estágio na TVI, em 2002, comecei pela informação diária para mais tarde ficar a trabalhar como jornalista na área da sociedade, onde estive até 2009. Gostei imenso. Quando o Cinebox arrancou, que foi ao mesmo tempo da TVI24, começou uma nova fase na minha carreira em que me dediquei exclusivamente ao cinema e passei a trabalhar tanto para o Cinebox como para a informação diária sobre cinema. Foi uma espécie de upgrade na minha carreira porque aproximou-se mais daquilo que era o meu desejo. Comecei a fazer jornalismo precisamente no tema que mais gostava. O que foi absolutamente extraordinário poder-me dedicar só a isso, poder conhecer as pessoas, entrevistas, poder ir ao estrangeiro assistir a rodagens de filmes. E depois poder fazer todas as semanas um programa, com o Vítor Moura, de cinema diferente, tentando criar coisas originais, é ótimo. Em Portugal a cultura carece cada vez mais de apoios. Pensa que o jornalismo deve difundir, agora mais do que nunca, aquilo que é feito no nosso país? O jornalismo deve sempre difundir a cultura independentemente da crise. É claro que a crise faz com que os gestores das em-

presas mediáticas fechem um bocadinho mais esta área, que é uma área que não dá tanto lucro como outras áreas mediáticas. Aquilo que se deve fazer é não deixar desaparecer a área da cultura porque independentemente de nós trabalharmos de uma forma mais condicionada, porque temos menos meios, portanto fazemos menos coisas, não devemos desistir. Podemos marcar presença e garantir que o jornalismo sobre cultura não desapareça apesar da crise.

çada, no caso dos Óscares, quando eu estive em Los Angeles, quando um ator ou realizador acaba de receber um Óscar vai imediatamente para a sala de imprensa, onde estão jornalistas de todo o mundo e nós temos a possibilidade de fazer uma pergunta. Para este ano que filmes acha que terão maior

destaque? Destaco o “Man of Steel”, a nova adaptação do Super-Homem ao cinema, com produção de Christopher Nolan e realização de Zack Snyder; o “Grande Gatsby”, de Baz Luhrmann, com Leonardo DiCaprio e Carey Mulligan e o “To The Wonder”, de Terrence Malick. K Jaime Lourenço _

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Já teve oportunidade de ir fazer a cobertura de festivais de cinema internacionais. Quais as mais valias, quer pessoal quer profissionalmente, por presenciar in loco os acontecimentos? As mais-valias tem a ver com o facto de podermos interagir com as pessoas que estão responsáveis por estes filmes dos quais nós falamos todos os dias. Uma coisa é quando vamos à apresentação de um filme outra é quando vamos a um festival em que temos oportunidade de preparar uma série de filmes. No festival de Cannes, por exemplo, conseguimos estar na rua e ver o Brad Pitt a passar com a Angelina Jolie com uma data de seguranças, é claro, mas conseguimos estar num hotel à espera de fazer uma entrevista e de repente entra no elevador o Johnny Depp. Depois é uma coisa engraçada porque parece que entramos um bocadinho dentro do mundo do cinema e chega a ser surreal quando nos juntamos a esses festivais em que estão muitas estrelas de Hollywood e não só, do Cinema Europeu, realizadores, os produtores e os jornalistas que fazem sempre estes festivais. Há quase um universo paralelo de alguma fantasia em que nós estamos inseridos. É muito interessante podermos falar diretamente com as pessoas, ter em primeira mão as respostas, podermos fazer aquelas perguntas que eu como fã de cinema gostaria de fazer. Outra coisa engra-

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Escolas

Nuno Crato confirma mobilidade especial 6 O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou que a mobilidade especial vai aplicar-se aos professores no próximo ano letivo, acrescentando que está a estudar possibilidades de, na prática, os docentes não serem atingidos por este regime. O ministro garantiu ainda que o horário dos professores vai manter-se nas 35 horas semanais, afastando assim a hipótese do aumento para 40 horas. De igual forma, vão manter-se as reduções horárias por antiguidade, assegurou. Já sobre os Quadros de Zona Pedagógica (QZP), que enquadram a distribuição geográfica dos docentes, o ministro assumiu que terá

de ser feita uma alteração, por forma a alargar o âmbito das colocações. A proposta apresentada aos sindicatos foi para 10 QZP, em vez dos atuais 23. Na primeira reunião foram sugeridos sete. O ministro admitiu que pode haver ainda alterações no que diz respeito às matérias em negociação com os sindicatos sobre o concurso. Sobre a inclusão dos professores no regime de mobilidade especial aplicado à Função Pública, o ministro indicou que o seu gabinete está a trabalhar no sentido de “oferecer alternativas”, ou seja, “para que todos os professores tenham uma situação mais estável, para que todos te-

Talavera de la Reina

Santarém gemina-se 6 O Instituto Politécnico de Santarém (IPS) assinou, em 2012, um protocolo de cooperação com a Universidade de Castilla – La Mancha, em Talavera de la Reina, com base no projeto de candidatura da cultura Avieira. Com o desenvolvimento desta parceria surgiu a possibilidade de se estabelecer um protocolo de geminação entre a Câmara Municipal de Santarém e a Câmara Municipal de Talavera de la Reina.

O presidente daquela localidade espanhola, Gonzalo José Lago Viguera, entregou ao IPS o bastão da cidade – símbolo maior, outorgado por aquela entidade. Para se concretizar a entrega do referido bastão ao presidente da Câmara Municipal de Santarém e fazer a divulgação de todas as potencialidades desta cooperação decorreu uma sessão pública, no Instituto Politécnico de Santarém, no dia 20 de março. K

Politécnico de Tomar

Faleceu o fundador 6 O Politécncio de Tomar comunicou o falecimento de José Bayolo Pacheco de Amorim, catedrático de Matemática da Universidade de Coimbra, fundador e primeiro Presidente do Instituto Politécnico de Tomar, que dirigiu até 2005. Marido, pai e avô, foi Professor de Mecânica Racional, e afrontou na sua tese de doutoramento o tema de topologia designado por problema das quatro cores, tendo sido o primeiro em Portugal a introduzir a teoria dos grafos e redes. Autor de inúmeras obras científicas, os seus interesses

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dispersaram-se pela matemática, as ciências exactas, a engenharia, a economia, a sociologia, a história de arte, a arquitectura, a arqueologia ou a conservação e restauro. Ao Professor Doutor José Bayolo Pacheco de Amorim se deve a criação do que é hoje o Instituto Politécnico de Tomar, com uma matriz de pleno ensino superior, incluindo estudos de arte e arqueologia, numa altura (anos 80 do século passado) em que Portugal considerava que os institutos politécnicos deveriam ter apenas engenharias técnicas e gestão. K

nham emprego”. Nuno Crato sublinhou estarem em causa “recursos fundamentais para o país e para a educação dos jovens”. Entre as ofertas que citou, o ministro enumerou as do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e as direcionadas a técnicos superiores de Função Pública. Publicidade

O ministro pretende que os professores sejam “os primeiros” a ocupar essas ofertas, tanto para o ensino como para outros ministérios onde existam vagas para técnicos superiores. “Tudo isto são ofertas para os professores, não vamos forçar os professores a trabalharem noutro ministério ou no IEFP”, frisou.

Também considerada decisiva é a mobilização de professores para atividades de combate ao insucesso e abandono escolar, a listar no despacho de organização do ano escolar. “Estamos convencidos de que tudo isto, bem utilizado e bem gerido, vai evitar que os professores sejam sujeitos à mobilidade especial, na prática”, declarou.

Não foram avançados números de professores que poderão ver o emprego em causa, através da colocação na mobilidade especial. A Federação Nacional de Professores (FENPROF) afirmou que só o Ministério da Educação pode ter esse levantamento, mas admitiu que podem ser mais de 2.000 docentes. K


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