fevereiro 2015 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No204 Distribuição Gratuita
www.ensino.eu ensino jovem Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS
ensino superior
IPCB abre novos cursos C
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universidade
UBI cria ano zero politécnico
Leiria no Erasmus
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Joaquim mourato em entrevista
Que ensino queremos? C
17º Aniversário do ensino magazine
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Assinatura anual: 15 euros
rui rio, economista e ex-presidente da câmara do porto
«Se fossemos mais rigorosos e organizados, éramos um povo fantástico» C
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Fernanda Serrano, em entrevista
«O público português é o melhor do mundo» É uma das atrizes mais cotadas do panorama artístico nacional e regressa aos palcos com a peça «40 e então». Fernanda Serrano na primeira pessoa. C
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Rui Rio, economista
«Se fossemos mais organizados e rigorosos, éramos um povo fantástico» 6 É nele que muitos apostam para altos voos políticos. Em entrevista exclusiva, Rio não abre o jogo quanto ao seu fu-
turo, mas revela algumas das suas ideias para o país. De corpo inteiro. Foi recentemente lança-
da uma biografia autorizada chamada «Rui Rio - De corpo inteiro», que aborda a sua vida política e pessoal, com especial desta-
que para os três mandatos em que esteve na Câmara Municipal do Porto. Anteriormente, já tinha estado como deputado no Parla-
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mento. A maior proximidade entre eleitos e eleitores que existe no poder local potencia, em simultâneo, as responsabilidades de quem exerce o poder e o respetivo escrutínio? Não tenho dúvidas nenhumas sobre isso. O escrutínio direto sobre os presidentes de câmara é muito maior do que sobre os deputados. Os deputados são eleitos numa lista fechada e isso leva a que o voto seja mais no partido e menos no deputado em concreto, enquanto que nas eleições autárquicas a personalidade do candidato conta mais do que o emblema partidário. Por isso mesmo, na sua atuação diária, o autarca está muito mais ligado ao eleitor do que o deputado o está. E estou convencido que mesmo que se alterasse a forma de eleição dos deputados, seria sempre assim dada a natureza das funções e dos órgãos em causa; Câmara Municipal versus Assembleia da República. Concluiu-se que os seus 12 anos de gestão na Câmara do Porto deram lucro e não fosse a construção do Estádio do Dragão para o Euro 2004 o balanço seria ainda mais auspicioso. Sente-se ofendido quando
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lhe chamam contabilista? Mais do que lucro, o que está em causa é superavit orçamental, ou seja, gastar menos do que o que se recebe, para dessa forma ser possível pagar a dívida em vez de a aumentar. Foi bom terem-me chamado contabilista, porque a crítica é tão disparatada que reverteu a meu favor. Conseguiu-se organizar os serviços, investir muito, tornar a cidade mais competitiva e, ao mesmo tempo, reduzir fortemente o passivo. Isto foi tão evidente. E quando as críticas agridem o evidente, quem ganha é o criticado. A somar a isto, teve um País em bancarrota, o que só dá razão a quem sempre disse que não nos podemos endividar para lá do sustentável. Estudou no Colégio Alemão o que lhe confere uma formação de matriz germânica. É das raízes educativas que lhe advém o seu rigor e retidão de processos ou foi o ambiente familiar que pesou muito sobre a sua forma de ser e estar na vida? Acho que a minha forma de ser e de estar na vida surge fundamentalmente de quatro fatores: a educação que os meus pais ;
me deram, a formação académica que tive no Colégio Alemão e na Faculdade de Economia, as experiências que fui tendo na vida e, o mais importante, as minhas próprias características; o que já nasceu comigo e comigo vai morrer.
minha liberdade termina à porta da liberdade dos outros, e a comunicação “social” raramente o entende. Também temos de reformar o Estado, seja do ponto de vista da gestão, seja do ponto de vista político. No entanto, se me perguntar qual a reforma que eu poria em primeiro lugar, eu diria: a mais difícil, ou seja, a Justiça.
Não é novidade que os portugueses são dos melhores em diversas áreas, ciência, saúde, investigação, artes, etc. Falta à alma portuguesa o pragmatismo germânico?
Muitos afirmam que a justiça e a educação são os grandes fracassos de 40 anos de democracia. Concorda? O que é preciso transformar nestes setores específicos?
Falta! À nossa criatividade, à nossa simplicidade, à nossa sociabilidade, à nossa latinidade, falta algum rigor, algum método e alguma disciplina. Se fossemos mais organizados e mais rigorosos, éramos um povo fantástico. Facilmente distorcemos, na prática, aquilo que antes pensámos e programámos; isso às vezes até é um ato de inteligência e bom senso, mas, na maioria das situações, é por falta de rigor e de disciplina.
Concordo que a Justiça é, de longe, o grande fracasso do pós25 de abril. Aliás, acho que, no fundo, o 25 de abril praticamente não chegou à Justiça. Quanto à educação, já não tenho exatamente a mesma opinião. Acho que o nosso sistema educativo está longe de estar bem – também por responsabilidade da UE – mas não considero que deva ser eleito como um grande fracasso. Olhe que antes do 25 de abril, e mesmo logo a seguir, havia coisas muito más. Havia um ensino demasiado distante da realidade e muito pouco criativo.
A vida política tem estado envolta em escândalos, promiscuidades e muitas suspeições. Pela via do ato de decidir no poder estar associado a muitos interesses e pressões, admite que os políticos, de uma forma geral, ficam atemorizados com a ideia de transparência e boas contas? Há muito poucos políticos, ou seja, pessoas que sempre e apenas fizeram política. O que há, são pessoas. Tem-se trocado os denominados políticos e a seguir fica tudo na mesma do ponto de vista da imagem pública e da aceitação junto do povo. Nós precisamos de mudar o sistema, de molde a que ele passe a ser outra vez capaz de atrair pessoas com características diferentes daquelas que hoje atrai. Aí é que está a questão de fundo. O sistema foise desgastando com o tempo e moldou-se de uma tal forma que não atrai quem devia atrair. Blindou-se em torno do que se adequa a uma dada forma de fazer política. E essa dada forma, tem muitos pontos de divórcio com a sociedade. Por isso, é óbvio que temos de mudar. Quanto antes! Defende que o regime nascido no 25 de abril carece de reformas profundas. Em que setores identifica as maiores urgências de mudanças? É fundamental reformar o sistema político, reformar a Justiça e responsabilizar mais a comunicação social, em ordem a reforçar a defesa dos direitos dos cidadãos e a própria liberdade. Porque a liberdade não é infinita; a
Defende que não é possível reformar sem que haja pelo menos um consenso político. Para chegar a esse desiderato, crê que são precisos novos políticos ou novas políticas?
CARA DA NOTÍCIA 6 Rui Rio nasceu a 6 de agosto de 1957, no Porto. Estudou no Colégio Alemão do Porto e licenciou-se em Economia, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, onde foi presidente da Associação de Estudantes e membro do Conselho Pedagógico. Como economista, iniciou a sua vida profissional na indústria têxtil, tendo, após o cumprimento do serviço militar obrigatório, trabalhado também na indústria metalomecânica. Em meados da década de 80, passou para o setor bancário. Como quadro do BCP, foi responsável pela montagem de operações de financiamento no mercado primário, pelo processo de admissão à cotação nas Bolsas de Valores, pelo estudo e conceção de novos produtos financeiros e pela formação dos recursos humanos na área de Mercado de Capitais. Mais tarde, foi director financeiro da fábrica de tintas CIN, com especial responsabilidade na relação da empresa com o Mercado de Capitais. Depois de ter interrompido a sua atividade como economista durante o período em que esteve profissionalmente ativo na política, em março de 2014, assumiu funções na Boyden - Executive Search e na Neves de Almeida | HR Consulting , empresas da área de gestão de recursos humanos. Desde janeiro de 2014, pertence, também, ao Comité de Investimentos do Millenium Fundo de Capitalização como membro independente e não executivo. Rui Rio é também vice-presidente da Assembleia-Geral da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) e foi administrador não executivo da Metro do Porto, de 2002 a 2010. Mas é no exercício político que Rio se tem distinguido. Entrou na política através da JSD, onde foi vicepresidente da Comissão Política Nacional. Entre 1996 e 1997 foi secretário-geral do PSD com Marcelo Rebelo de Sousa. De 2002 a 2005 foi vice-presidente, com Durão Barroso e Santana Lopes, funções que repetiu, entre 2008 e 2010, com Manuela Ferreira Leite. Entre 1991 e 2001 foi deputado à Assembleia da República, pelo Círculo do Porto. Foi ainda vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD e seu porta-voz para as questões económicas. Em 2001 foi eleito presidente da Câmara do Porto, tendo sido reeleito com maioria absoluta em 2005, contra Francisco Assis, e em 2009, contra Elisa Ferreira. Terminou o seu terceiro e último mandato em 22 de outubro de 2013, sendo a personalidade que, na história da cidade, durante mais tempo presidiu aos seus destinos. Durante 8 anos (2005-2013) , presidiu também à Junta Metropolitana do Porto. Foi presidente do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, entre 2003 e 2005. K
Sem consenso político nunca haverá qualquer reforma pacífica em matérias de regime. Isso é evidente, porque tal não é possível fazer com maiorias simples. Para chegar a esse desiderato não são necessárias novas políticas, porque isso é precisamente o que, no fundo, se pretende ter como output da reforma do regime. O que são necessários são novos protagonistas. É necessário que cheguem a cargos decisivos no sistema político português pessoas que tenham consciência desta necessidade e que tenham sentido de Estado para que, em nome do interesse coletivo, sejam capazes de pôr os seus pequenos interesses de lado. Pela via pacífica, não vejo outra forma. Fala-se muito em fiscalidade, mas a verdade é que em Portugal continuam a ser escassas as contrapartidas que recebemos pelos impostos que pagamos. Por que é que defende que no IRS se devia privilegiar as vertentes da educação e da poupança? A contrapartida é escassa porque uma grande parte vai para pagamento de juros da dívida pública e para sustentar ;
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serviços com muito baixa produtividade e muita burocracia. Dado o valor estratégico da educação, acho que devia haver um maior incentivo em termos de IRS. Alguém que tem os seus filhos no ensino privado está a pagar a escola pública via impostos e não está a usufruir nada. Está ainda a ajudar a potenciar uma melhor escola pública, porque quantos menos alunos cada sala de aula tiver, melhores condições há para aprender. Ora estas situações deviam ser mais reconhecidas fiscalmente. Por uma questão de justiça fiscal, mas também como incentivo a uma crescente aposta na qualidade do ensino. Quanto à poupança, devíamos iniciar um trajeto que voltasse a incutir nos portugueses o gosto pela poupança e pela salvaguarda do seu futuro. Há uns anos atrás existia essa importante cultura que, ao longo do tempo, foi sendo capturada por uma sociedade de consumo profundamente materialista e demasiado virada para o endividamento. Defende que o investimento na educação é o melhor que se pode ter para o futuro do país. Mas o que se tem assistido é ao encerramento de escolas, cortes na investigação e bolsas, etc. Publicidade
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que refere são, no fundo, o resultado desses erros passados. Ou seja – dito curto e grosso - o condicionamento do nosso futuro que refere é uma resultante direta da nossa estupidez. Como o meu pai sempre me disse: «na vida vais puxar sempre, só tens que escolher se é com a cabeça ou com o corpo». Nós escolhemos puxar com o corpo. Lamento não ser original, mas a minha última questão prende-se com o seu futuro político. Santana Lopes afirmou que o senhor e António Costa são dois mitos da política portuguesa. É dos que garante que não sonha com o cargo de Primeiro-Ministro ou Presidente da República nem que Cristo desça à terra ou o futuro a Deus pertence?
Vamos pagar caro a austeridade aplicada neste setor? Eu compreendo que, em quase tudo, há elementos de subjetividade e alguma margem
de manobra, mas, ao se endividar da forma estúpida como o fez, o País colocou-se numa posição de enorme vulnerabilidade. Antes de ter feito as asneiras que fez, devia ter tido a
consciência cívica e o sentido da responsabilidade suficiente para perceber o que ia acontecer, em face do despesismo que se instalou em Portugal a partir de 1996. Ora esses cortes
A vida já me ensinou que, realmente, «o futuro a Deus pertence», e que nós contamos bem menos do que gostaríamos na definição do nosso próprio futuro. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
Já em 2015/2016
Investigação e empreendedorismo da saúde
UBI cria Ano Zero 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) inicia em 2015/2016 o Ano Zero, que vai permitir aos estudantes o contacto com o Ensino universitário, preparar-se para os exames nacionais de acesso e dotar estrangeiros de conhecimentos de Língua Portuguesa. Podem candidatar-se quem tenha concluído o 12º ano ou equivalente, mas igualmente quem já frequentou este nível sem aprovação final, desde que a reprovação se tenha verificado até duas disciplinas. O Ano Zero é uma resposta da UBI a alunos em ambas as condições, no caso dos portugueses. Os que não conseguiram lugar numa instituição de Ensino Superior podem “evitar perder um ano”, refere João Canavilhas, lembrando os estudantes que “não têm condições para concorrer porque não atingiram as notas necessárias nos exames” e têm de esperar um ano para os repetir. A proposta da UBI é dar “apoio na preparação para os exames”, ao mesmo tempo que o “estudante pode frequentar algumas unidades curriculares”, acrescenta o responsável. O Ano Zero surge, refere ainda, como uma aposta com base na “elevada procura” que se tem verificado. Ainda não são conhecidas as
Obciber H
João Canavilhas, vice-reitor da UBI
vagas disponíveis para as candidaturas que terão de ser feitas entre 3 e 31 de agosto, mas na sua primeira versão, inclui três unidades de crédito exclusivas. São elas preparação para exames de matemática e/ou de físicaquímica e curso de língua portuguesa. A candidatura ao Ano Zero é efetuada através do sistema online e os candidatos serão seriados em função de uma classificação que pondera a média do 12º ano, ou através de um cálculo com base nas disciplinas em que o interessado em ingressar na UBI tenha tido aprovação, e a nota do exame da disciplina de ingresso do curso no qual escolheu as Unidades de Crédito. K
universidade de coimbra
Investigador premiado 6 O investigador Tiago Monteiro, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, acaba de ser premiado pelo Programa de Estímulo à Investigação da Fundação Calouste Gulbenkian, para estudar o papel do nitrito, ascorbato e óxido nítrico em patologias cerebrais resultantes da privação de oxigénio. A distinção, na área científica da Química e Cérebro no âmbito do Ano Europeu do Cérebro, será entregue numa cerimónia oficial da FCG, no próximo dia 24 de fevereiro, pelas 15 horas, no Auditório 3. O prémio, no total de 12.500 euros, é repartido em duas partes: 2.500 para o investigador e 10.000 para a Instituição de acolhimento suportar os encargos com a execução da investigação. Rui Barbosa, investigador do CNC responsável pelo acolhimento institucional do projeto, detalha os objetivos da pesquisa: “o estudo das reações do nitrito no
cérebro envolverá a sua medição, em tempo real, no espaço extracelular, com um sensor de dimensões micro (microbiosensor), em simultâneo com a medição do fluxo sanguíneo cerebral com sonda laser. Posteriormente serão realizadas experiências in vivo com os microbiosensores implantados no cérebro de rato, os quais permitirão modular a sua atividade neuronal”. K
UBIMedical pronto 6 As instalações do UBI Medical, um projeto de cinco milhões de euros, junto ao Hospital Pêro da Covilhã e da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) estão concluídas e aptas para receber investigadores e empresas que queiram inovar na área da saúde. O espaço espera a instalação Labfit, a primeira “spin off” com origem na UBI que irá trabalhar na nova infraestrutura e estão já confirmadas mais duas empresas, que avançam numa área de mil metros quadrados de laboratórios de investigação e uma zona com igual dimensão para receber de empresas que se dediquem ao desenvolvimento de novos produtos, soluções ou serviços de alta tecnologia. “O objetivo é servir, tal como a nível internacional, como um acelerador de conhecimento, através da investigação, mas também de transferência desse conhecimento para as empresas”, explica Mário Raposo, vice-reitor para a área Financeira e Projetos, que tem acompanhado de perto a instalação da infraestrutura. “A aposta que tem sido feita na Faculdade, nos equipamentos, nos laboratórios, na requalificação dos recursos humanos é precisamente
com o objetivo de ajudar a melhorar a qualidade de vida das populações que vivem aqui”, salienta Mário Raposo. No caso do UBIMedical esse trabalho incluirá, na investigação na área das ciências da visão, uma colaboração com os centros de saúde da região no âmbito do rastreio da retinopatia diabética. Ou seja os pacientes poderão assim colaborar também nas investigações, através da análise das suas necessidades. Áreas previstas ainda para a estrutura são a bioquímica, biotecnologia, biomedicina, biofísica, indústria farmacêutica, nutrição, medicina desportiva, saúde e bem estar, entre outras. Essa base, no entanto, não é estanque. “Isto não é um espaço fechado. É um sistema aberto e hoje os sistemas de ino-
vação querem-se abertos”, salienta Mário Raposo, defendendo que “a inovação circula entre várias áreas do conhecimento e nós na Universidade sempre procuramos isso”. Dividido em dois pisos, o UBIMedical destina o superior para os laboratórios e, abaixo, para o empreendedorismo. Sem menosprezo simbólico, porque a dimensão é a mesma e a importância dada à transferência de conhecimento já foi sublinhada. Em termos logísticos, será oferecido o espaço para instalação e funcionamento – custos de eletricidade, limpeza e segurança – um auditório e salas de reuniões, “para receber clientes e falar com outras entidades”, explica Mário Raposo. K Rodolfo Pinto Silva _
Melhor comunicação na comunidade ubiana
UBI apresenta novo portal 6 A Universidade da Beira Interior tem um novo portal Internet desde 9 de fevereiro, concebido para facilitar a comunicação interna e para tornar mais eficaz a consulta por parte dos vários públicos da instituição. Entre eles estão, naturalmente, possíveis candidatos, que a academia quer atrair. É precisamente no menu organizado por públicos-alvo que reside uma das principais diferenças comparativamente com o portal anterior. Assim, no topo da página – além de uma parte dedicada a prestar informações sobre a “Universidade” e “Sociedade” –, surgem subpáginas intituladas “Candidatos”, “Estudantes”, “Professores”, “Funcionários” e “Alumni”. Há dois aspetos a destacar, que unem estudantes pré e pós-UBI. O menu “Candidatos” dá acesso aos portais criados para divulgar a UBI junto de estudantes estrangeiros que podem conhecer melhor a Universidade para nela prosseguirem estudos. A secção “Alumni”, que tem como objetivo congregar os antigos alunos é um aspeto destacado por António Fidalgo numa comuni-
cação enviada à academia, onde apresenta o novo portal. “Pretendemos que os alumni continuem a fazer parte da família ubiana, e para isso temos primeiro de os identificar e estabelecer um contacto permanente com eles”, salienta o reitor da UBI, que refere ainda só estarem listados aqueles que se licenciaram ao longo dos anos, mas brevemente estarão “todos os que estiveram inscritos, incluindo os de pós-graduação”. Quanto à captação de alunos,
outro dos objetivos do site, “irá ser complementada com um portal em língua inglesa”, anuncia António Fidalgo, no “âmbito do contínuo esforço de internacionalização”. Esta é a primeira fase de um processo que vai prosseguir com a integração de toda a intranet da instituição. Já é possível, no entanto, com o novo portal, ter acesso mais rápido às plataformas da academia UBI, como o balcão virtual, moodle e sigubi entre outros. K Rodolfo Pinto Silva _
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Terapia para doentes de AVC
Ouro para a UBI 6 Raquel Ferreira, 33 anos, vencedora de uma das três Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, formou-se em Braga, doutorou-se em Coimbra, andou pelo estrangeiro e integra, desde 2013, um dos elementos do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, onde desenvolve uma nova terapia para a recuperação de doentes vítimas de Acidente Vascular Cerebral. “Nesta fase do trabalho, o que podemos concluir é que esta formação ajuda a reparar as células dos vasos que foram sujeitos a um ambiente semelhante ao que acontece no cérebro. Portanto, nós achamos que estamos no caminho certo”, explica. Lembra, contudo, que o trabalho se encontra “numa fase preliminar”, como é normal em ciência, mas pronto para avançar com as colheitas de sangue e com o desenvolvimento do modelo animal, onde serão feitas experiências mais complexas. Se tudo correr como esperado e o estudo feito na UBI contribuir para melhorar a recuperação das pessoas vítimas de AVC, a terapia poderá ser aplicada num prazo
Filmes da UBI no Brasil T Um conjunto de curtas-metragens realizadas por alunos de Cinema da Universidade da Beira Interior (UBI) estão a ser apresentadas este mês, na cidade de Florianópolis. São “exibidas curtas-metragens de animação, documentário e ficção, sublinhando a heterogeneidade das produções realizadas na UBI”, de acordo com Ana Catarina Pereira, docente do curso de Cinema. Esta viagem dos filmes da UBI ao Brasil surge na sequência do convite da Fundação Cultural Badesc e da Câmara de Comércio Portugal-Brasil. K
de “cinco a 10 anos. Parece muito, mas é o processo natural que acontece. Porque depois têm de ser feitos testes de segurança nesta formulação para ter a certeza de que quando passar para o indivíduo não tem quaisquer riscos”, explica a investigadora Com sucesso e sem riscos, o tratamento vai permitir que o doente tenha maiores possibilidades de recuperação sem recurso a terapias que resultam eventualmente em efeitos secundários, ao contrário do que acontece atualmente, como salienta Raquel Fer-
reira. Por outro lado, pode ainda estar a caminhar-se para uma forma de recuperação que vai além dos problemas decorrentes do AVC. “Posso depois estendê-la a outras doenças onde ocorra qualquer fragilização ou lesão nos vasos sanguíneos”, referindo-se a doenças onde ocorram lesões nos vasos sanguíneos. Há ainda a perspetiva de utilizar as propriedades anti-inflamatórias do ácido retinóico. “Isto tem muito potencial”, sublinha. K Rodolfo Pinto Silva _
covilhã
Design Industrial e Pediatria 6 Os estudantes do terceiro ano do curso de Design Industrial da UBI acabam de desenvolver produtos que sugerem soluções para o quotidiano hospitalar no Serviço de Pediatria, e que foram apresentados este mês às duas entidades envolvidas nesta parceria entre a UBI (faculdades e Artes e Letras, Engenharia e Ciências da Saúde) e o Hospital Pêro da Covilhã. “Há alguns projetos interessantíssimos, com soluções muito engraçadas e inteligentes, com capacidade de terem aplicabilidade na vida hospitalar diária. Muito claramente”. Carlos Rodrigues, diretor da Pediatria da unidade hospitalar, resumiu assim a exposição dos 11 projetos finais, que teve lugar na Faculdade de Ciências da Saúde, a 5 de fevereiro. O processo começou com uma ideia lançada pela reitoria de pôr as faculdades a trabalhar mais pro-
SCIENT envolve 20 alunos T Duas dezenas de alunos de doutoramento da Universidade da Beira Interior (UBI) vão participar em ações de capacitação empreendedora, no próximo ano letivo. As formações vão decorrer no âmbito do projeto SCIENT: A European University – Business Alliance aiming to foster young SCIEntists ENTrepreneurial spirit. Dos 20 estudantes, três serão selecionados para efetuarem um estágio na Alemanha, no Cluster of Sensorics Industry in Bavária. Cinco alunos irão ser também selecionados para receber formação avançada com vista à criação de uma Start-up, numa competição em Nicósia, Chipre, perante investidores e Business Angels privados e institucionais. K
40 anos de UBI
ximamente, lembra Ernesto Vilar, docente da disciplina de Design do Produto III e que no âmbito da mesma idealizou esta forma de pôr os alunos a desenvolver dispositivos que servissem ao Hospital. Ao longo de quatro meses, os alunos foram ao hospital, assisti-
ram ao trabalho dos profissionais, perceberam as reações dos pacientes e projetaram alguns dispositivos que agradaram aos avaliadores: Luís Taborda Barata, presidente da FCS, Carlos Rodrigues, e Rosa Machado, enfermeira-chefe da Pediatria. K
T O Encontro de Antigos Alunos da UBI, que assinala os 40 anos de ensino superior na Covilhã, realiza-se a 18 de abril e junta os alunos do ano letivo inaugural de 1974/1975, suas famílias, docentes e funcionários. A iniciativa recordará o ambiente vivido no Instituto Politécnico da Covilhã há quarenta anos e o esforço, a visão e persistência dos seus responsáveis. As inscrições estão abertas a todos restantes antigos estudantes, docentes e funcionários (alumni74@ubi.pt ou 275 329 171). K
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João Morgado vence Prémio T O covilhanense João Mor-
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gado foi o vencedor da primeira edição do prémio literário António Alçada Baptista. A obra tem o título de “Gama – O Herói Imperfeito” e é um romance histórico que revela uma faceta nem sempre visível de um dos vultos da expansão marítima portuguesa e que serve para fazer leituras atuais, por exemplo, do estatuto dos heróis. O galardão prevê a edição da obra vencedora, numa tiragem de 500 exemplares, e um valor pecuniário de 1.500 euros. Nesta primeira edição, o júri atribuiu uma Menção Honrosa ao romance “Dois descarrilamentos e um olho de vidro” de Alexandre Dale. K
Best paper para a UBI T Marcelo Serra Santos, estudante do 3º Ciclo/Doutoramento em Economia - associação Universidade de Évora/Universidade da Beira Interior, obteve o prémio de terceiro melhor artigo na 15th EBES - Eurasian Business and Economics Society Conference, realizada, este ano, no ISCTE-IUL, de 8 a 10 de janeiro. O artigo, intitulado Income Inequality, TFP and Human Capital, foi selecionado entre 369 papers de autores de 51 nacionalidades. K
Doutoramento Utad/Minho T A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro e a Universidade do Minho lançaram a 11 de fevereiro as candidaturas ao Programa Doutoral Internacional Cadeias de Produção Agrícola (AgriChains), que vai conceder oito bolsas de doutoramento, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. As candidaturas decorrem até 27 de fevereiro de 2015 e o programa tem início previsto a 7 de abril de 2015.K
Utad acreditada T A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro acaba de ser acreditada como entidade promotora de formação contínua para engenheiros, pela Ordem dos Engenheiros. Entre junho e novembro de 2015, serão lançados seis cursos de formação continua para Engenheiros nas áreas de Eletrónica e automação (pós-graduação); Elementos finitos em ANSYS; Capacitação e atualização tecnológica em meio ambiente; Gestão integrada de resíduos; Técnicas de desenho assistido por computador; e Sistemas de informação geográfica no cálculo de índices de perigo de incêndio florestal e produção de mapas temáticos.K
Código do Procedimento Administrativo Desminagem Humanitária
Católica com novo curso 6 Luís Fábrica, consultor da Abreu Advogados e professor da Universidade Católica Portuguesa, vai coordenar o novo Curso Intensivo sobre o novo Código do Procedimento Administrativo, uma organização da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. O curso intensivo decorre até 7 de março e irá debruçar-se sobre temas como: o âmbito de aplicação do Código do Procedimento Administrativo; princípios gerais da atividade administrativa; órgãos administrativos, competência e delegação de poderes; regime comum do procedimento administrativo; garantias de imparcialidade. Entre outros. Consultor da Abreu Advogados
desde 2012, Luís Fábrica actua sobretudo nas áreas do Direito Público e Ambiente. É professor auxiliar na Faculdade de Direito da Universidade Católica desde 1990, e foi diretor da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica, entre 2005 e 2011. K
Coimbra contra minas 6 Uma equipa de cerca de uma dezena de investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra está a desenvolver um conjunto de tecnologias avançadas para a deteção de minas e outros engenhos explosivos para ajudar a enfrentar o grave problema mundial de desminagem, no âmbito do projeto europeu denominado Tiramisu-Toolbox Implementation for Removal of Anti-personnel Mines, Submunitions and Uxo. Financiado em cerca de 15 milhões de euros pela União Europeia, o projeto é coordenado pela Academia Militar da Bélgica e levado a cabo por um total de 26 parceiros provenientes de diferentes universidades e centros de investigação da Europa e um do Japão, contando ainda com a participação de empresas e Organizações Não-Governamentais. O objetivo do projeto, iniciado em 2012, é fornecer um conjunto de “ferramentas” que transforme a desminagem humanitária num
processo mais simples e seguro, promovendo assim a paz e a reabilitação social e económica das zonas afetadas pela guerra. As minas antipessoais são um grave problema a nível mundial. Segundo os dados disponíveis, existem mais de 110 milhões de minas espalhadas por mais de 70 países (ou seja, cerca de uma mina por cada 50 habitantes do planeta). A equipa de Coimbra, respon-
sável por desenvolver tecnologias de deteção de minas e outros explosivos, já tem em fase de testes um robô de desminagem. A base para este robô móvel foi oferecida por uma empresa do Canadá, a Clearpath Robotics, no âmbito de um concurso internacional de ideias para projetos, a que concorreram mais de 150 candidatos, dos quais a empresa selecionou 10 vencedores. K
Estudos Olímpicos
Universidade do Algarve
Vem aí o Dia Aberto 6 A Universidade do Algarve volta a abrir as suas portas, a 26 de fevereiro, para receber os alunos vindos de escolas básicas e secundárias do Algarve e Alentejo, no âmbito de mais uma edição do Dia Aberto, que tem como objetivo divulgar a oferta formativa e a investigação produzida, através de um leque variado de atividades, que inclui visitas guiadas, palestras, demonstrações e sessões desportivas. Neste dia será proporcionada aos visitantes uma viagem ao mundo da investigação, através dos vários departamentos, onde os jovens estudantes poderão assistir e participar em atividades que contemplam as seis áreas de ensino e investigação da Acade-
mia, caso de Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências da Terra, do Mar e do Ambiente; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias. Os alunos também poderão acompanhar e participar nas emissões em direto da Rádio Universitária do Algarve (RUA FM), fazer reportagens e serem DJ’s por 15 minutos, trazendo a sua música e falando sobre as suas escolhas. Organizadas pelo Gabinete de Desporto da Associação Académica da Universidade do Algarve, decorrerão, em simultâneo, atividades como Rugby, Golfe, Escalada, Voleibol, Hip Hop e Capoeira. K
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Utad acolhe centro 6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (Utad), em parceria com o Comité Olímpico de Portugal (COP), estão a criar o Centro de Estudos Olímpicos, que tem como objetivos desenvolver investigação científica que potencie o processo de preparação desportiva, utilizando recursos humanos e tecnológicos de excelência; além de criar e manter atualizada uma base de dados que registe a evolução dos desportistas portugueses. O Centro, denominado CIDESD-OLYMPICS, ficará integrado no Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano, unidade de investigação acreditada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, sediada na Utad e que obteve recentemente a classificação de muito bom. O vice-reitor para a Ciência Tecnologia e Inovação da Utad, António Silva, considera que esta iniciativa trará benefícios diretos para o desporto nacional, já que o plano de atividades contempla
a criação de um serviço online que visa traduzir as aplicações práticas da ciência mais atual; sessões de promoção da ciência associada ao movimento olímpico nas universidades e nas escolas; workshops de sessões de treino desportivo; workshops de sessões de avaliação e controlo do rendimento desportivo e cursos e ações de complemento de formação de treinadores do Plano Nacional de Formação de Treina-
dores. Este centro de estudos servirá também de apoio às atividades do programa nacional do Talentódromo Desportivo, que consiste no acompanhamento próximo dos talentos desportivos e dos treinadores, fruto de um acordo de colaboração, assinado em 2014, entre o Instituto Português Desporto e Juventude, a Câmara Municipal de Vila Real, a Utad e o CIDESD. K
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Unidade técnica da Universidade
Évora monotoriza políticas 6 As políticas públicas aplicadas no Alentejo passaram a ser monitorizadas por uma unidade técnica e científica da Universidade de Évora, constituindo-se como “um instrumento” para os decisores conhecerem estatísticas sobre dinâmicas empresariais e territoriais da região. A Unidade de Monitorização de Políticas Públicas (UMPP) da Universidade de Évora (UÉ) vai “focar-se nas políticas públicas do Alentejo, as que já foram executadas no passado e as que estão a ser implementadas”, com o objetivo de fazer a sua “reflexão sistemática”, disse o coordenador-geral, Paulo Neto. O também docente da UÉ, que falava aos jornalistas à margem da sessão de apresentação da UMPP, que decorreu hoje à tarde na academia alentejana, explicou que a unidade está a funcionar há cerca de seis meses, mas só agora foi apresentada para mostrar já “trabalho feito”. De acordo com o responsável, a UMPP vai produzir documentos, como um boletim de conjuntura ou estudos de maior envergadura, para que “os decisores públicos e privados na região possam ter um instrumento” que forneça “em tempo real informação estatística e outra sobre dinâmicas empresariais e territoriais” da região. A unidade, realçou, vai analisar
universidade de Aveiro cria
Nova bengala para cegos também “a execução quotidiana das políticas públicas, não apenas relativamente ao programa operacional regional, mas, progressivamente, sobre um leque maior de políticas”, nomeadamente regionais, municipais ou de âmbito nacional que são aplicadas no Alentejo. Paulo Neto referiu que, a longo prazo, os trabalhos produzidos pela UMPP podem dar origem a “um sistema de memória regional sobre políticas públicas para que, daqui a 10 ou 20 anos, já exista uma série temporal e longa de estudos esquematizados com as mesmas metodologias”. Um dos trabalhos já produzidos pelos técnicos da unidade foi o boletim de conjuntura do Alen-
tejo, cuja primeira edição, com dados do segundo trimestre de 2014, foi lançada em dezembro, estando previsto para breve o lançado do segundo boletim, com informação do trimestre seguinte. O coordenador-geral da UMPP assinalou que o boletim, com uma periodicidade trimestral, vai apresentar dados da região sobre o desemprego, o desempenho de cada setor e a evolução dos preços e do produto interno bruto (PIB) regional. A Unidade de Monitorização de Políticas Públicas, criada com apoio de fundos comunitários, através do programa operacional regional InAlentejo, vai envolver docentes da Universidade de Évora e de outras academias do país. K
Congresso Nacional de Biomecânica
Minho ganha prémios 6 Três investigadores da Universidade do Minho foram galardoados no 6º Congresso Nacional de Biomecânica, em Leiria, onde apresentaram soluções inovadoras capazes de melhorar a qualidade de vida de pessoas com osteoartrose e dificuldades de locomoção. Sara Cortez, doutoranda em Engenharia Biomédica, foi distinguida com uma menção honrosa atribuída pela Sociedade Internacional de Biomecânica, na categoria ‘Melhor Estudante’, com o trabalho “Análise computacional da reorientação das fibras de colagénio na cartilagem articular”. Esta investigação, desenvolvida no âmbito de um projeto europeu, visa produzir materiais biológicos implantáveis para pessoas com osteoartrose, uma doença que afeta cerca de 20% da população global, sendo uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. A menção honrosa entregue à investigadora Rita Machado deveuse ao trabalho “Dispositivo médico para apoio ao diagnóstico de pa-
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6 Uma bengala que utiliza ultrassons para detetar buracos e declives com o objetivo de ajudar pessoas com deficiência visual está a ser desenvolvida na Universidade de Aveiro (UA). A bengala, já em fase de protótipo, produz vibrações no punho avisando com isso o utilizador que se aproxima, por exemplo, de uma escadaria ou de um buraco no pavimento. O projeto nasceu no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática como resposta a um desafio lançado à academia de Aveiro pela Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC) , que quer acabar com as centenas de acidentes sofridos anualmente pela população invisual portuguesa, muitos dos quais com consequências graves, derivados dos obstáculos indetetáveis com uma normal bengala.
“A bengala desenvolvida na UA é, sem qualquer dúvida, uma grande ajuda para as pessoas com deficiência visual porque dá muito mais informação do que as bengalas existentes”, congratulase Victor Graça, presidente da Associação. Para já, os obstáculos suspensos ao nível da cabeça do utilizador não são ainda detetados pelo protótipo. No entanto, essa funcionalidade será objeto de futuros desenvolvimentos. A expectativa dos investigadores da UA é também criarem um produto acessível com um preço que ronde os 100 euros. “O custo das que se fabricam no estrangeiro [com funcionalidades similares] são vendidas no nosso país por um valor que as pessoas com deficiência por norma não conseguem pagar de modo nenhum”, diz Victor Graça. K
Educação sexual
Lei está por cumprir
tologias no tornozelo”. Realizado em parceria com o Departamento de Engenharia Mecânica e a Clínica Espregueira Mendes, o estudo pretende facilitar o diagnóstico de lesões ao nível dos membros inferiores, em particular na articulação do tornozelo. Ivo Silva, formado em Engenharia Biomédica, foi galardoado com
o prémio “Melhor Poster” com o artigo “Análise Experimental de um Exosqueleto Articular para Assistência na Reabilitação da Marcha”. A investigação, que resulta da cooperação entre as universidades do Minho e de Cassino (Itália), tem como principal objetivo desenvolver soluções robotizadas para reabilitação motora dos membros inferiores. K
6 Um estudo da Universidade do Minho revela que a generalidade das escolas dos ensinos básico e secundário “está em incumprimento da lei” no que diz respeito à educação sexual. Apesar de existir legislação desde 1984, ainda há professores “objetores de consciência” e instituições que preferem evitar “questões fraturantes”, como o aborto e a orientação sexual, afirma a investigadora Zélia Anastácio. A solução está na realização de ações capazes de formar devidamente os profissionais, desinibindo-os perante determinados temas e derrubando conceções erróneas que limitam a sua atuação. A especialista, que trabalha o tema da sexualidade há quase duas décadas, está a coordenar um projeto, apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que visa munir os professores e
técnicos de escolas e instituições de acolhimento de competências para o ensino “adequado” da educação sexual. Na prática, pretende-se que estes profissionais saibam planear projetos educativos que respondam às necessidades reais das crianças e dos jovens. Dos cerca de 150 docentes envolvidos no estudo, a maioria referiu não se sentir “preparada” para lecionar educação sexual, “por esta não se relacionar com a sua área de formação”. Um receio que foi ultrapassado com a participação em formações intensivas. K
Técnicos superiores
478 TeSP em todo país 6 Os institutos politécnicos do país entregaram 478 pedidos de Cursos de Técnicos Superiores Profissionais à Direção Geral do Ensino Superior (DGES), como referiu o próprio Ministério da Educação em nota de Imprensa enviada ao nosso jornal. Na mesma nota, o Ministério explica que “os TeSP são uma nova oferta de formação superior, exclusiva de Institutos Superiores Politécnicos e unidades orgânicas de ensino superior politécnico integradas em instituições de ensino superior universitário, lecionada pela primeira vez no ano letivo corrente, ano em que foram registados 94 cursos, sendo que alguns deles terão início apenas para o próximo ano letivo”. A formação surge dividida em “quatro semestres letivos e é a única com um perfil de formação de nível 5 na classificação ISCED da OCDE. Têm 120 créditos e integram uma componente de formação geral e científica, uma de formação técnica e outra de formação em contexto de trabalho, através de um estágio obrigatório com uma duração não inferior a um semestre”. Os dados recolhidos pela DGES indicam uma média de 20 empresas por cada curso a garantir estágios aos alunos formados e um total de 3460 estágios já assegurados. Esta oferta pretende dar resposta às necessidades de formação expressas pelo mercado de trabalho nas regiões em que são ministrados, tendo uma forte ligação ao tecido empresarial local, em articulação fina com o ensino politécnico presente em cada região. K
Em Coimbra
Português para Erasmus 6 O Instituto Politécnico de Coimbra organiza este mês mais um curso intensivo de português para os estudantes ERASMUS que vêm estudar para a instituição no segundo semestre do ano letivo 2014/2015. O curso, de 60 horas, tem lugar na Escola Superior de Educação de Coimbra. Estão inscritos cerca de 20 alunos de países como Eslovénia, Espanha, Itália, Paquistão, Polónia, Roménia e Turquia. K
Técnicos Superiores Profissionais
IPCB com 20 novos cursos 6 O presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, anunciou ao Ensino Magazine que o IPCB submeteu à Direção Geral de Ensino Superior 20 novos cursos de Técnicos Superiores Profissionais (TeSP’s). O objetivo é que os cursos funcionem no próximo ano letivo. Esta oferta, integrada no ensino superior, tem a duração de dois anos e para além de habilitar, superiormente, os alunos para o mercado de trabalho, garante também que os seus diplomados possam depois inscrever-se em licenciaturas do Politécnico, com os respetivos créditos (equivalências). De acordo com Carlos Maia todas as escolas do IPCB, à exceção da Superior de Saúde, apresentaram cursos deste nível. Assim, na Escola Superior Agrária foram submetidos cursos na área dos “Recursos Florestais; Turismo Ambiental e Rural; Ener-
gias Renováveis; Proteção Civil; Tecnologia Alimentar; Produção Agrícola; Análises Químicas e Microbiológicas; e Cuidados Veterinários. Na Escola Superior de Artes Aplicadas foi apresentado o curso de Comunicação Audiovisual, enquanto que a Superior de Educação surgem três ofertas for-
mativas: Desporto; Animação e Gerontologia; e Serviços de Tecnologia Educativa. A Escola Superior de Gestão submeteu cursos de Gestão e Produção de Cozinha; Organização e Gestão de Eventos; e Gestão Hoteleira de Restauração e Bebidas; Serviços Jurídicos; e Comércio Eletrónico.
Já na Escola Superior de Tecnologia, surgem os cursos de Instalações Elétricas e Telecomunicações Comunicações Móveis; Desenho e Modelação Gráfica; Automação e Gestão Industrial; Desenvolvimento de Produtos Multimédia; e Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação. K
Designer da Esart
Prémio ibérico ganho 6 Uma linha de mobiliário urbano, com pedra granítica da região de Castelo Branco, recebeu o Prémio Larus/Jornal Arquitecturas Equipamento Urbano Ibérico, que distingue projetos desenvolvidos por estudantes, profissionais de design ou empresas da Península Ibérica. António Courela venceu na categoria projeto académico com a linha “Interior City”, um bebedouro, uma cadeira, uma papeleira e um banco feitos com granito e aço corten. O projeto nasceu em 2011, no final do curso na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (Esart). António Courela decidiu não prosseguir os estudos depois de concluir o 12.º ano, optando por trabalhar na empresa do pai, a Duarte & Fazenda em Escalos de Baixo. Sem tarefas administrativas começou a ir para a produção, “a trabalhar no duro” e foi lá que percebeu que faltava alguma coisa. No Instituto Politécnico de Castelo Branco encontrou a licenciatura em Design de Interiores e de Equipamento, que hoje aplica na empresa que o pai assumiu há 30 anos. “O objetivo, desde sempre, foi dar continuidade à empresa”, diz
o designer, que fez o curso sem deixar de trabalhar na empresa. O “Interior City” nasceu como um agradecimento à família, por ter permitido esta flexibilidade. A linha foi promovida junto de entidades como as câmaras municipais e continua disponível para venda. Também foram feitos alguns contactos com vista à exportação, mas os preços apresentados tinham pouca ren-
tabilidade. “Não vendeu muito mas vai vendendo qualquer coisa. Os críticos dizem que é um projeto intemporal e uma linha que se enquadra bem em zonas históricas. A linha tem de facto valor acrescentado e o prémio é o reconhecimento desse valor”, diz o designer. O curso superior e o prémio agora atribuído vêm valorizar a
empresa familiar, que tem em curso uma reestruturação, esperando a chegada de novos equipamentos dentro de um mês. A Duarte & Fazenda continua a sua atividade em Escalos de Baixo, a menos de 15 quilómetros de Castelo Branco. “Há muita gente que vai à nossa casa e diz que precisávamos de um espaço comercial no Porto ou em Lisboa. Mas optámos por ficar aqui, porque a conjetura nacional apresenta muitos riscos”. António Courela acredita que a formação em design é fundamental para o desenvolvimento da empresa “não só pela conceção de novos produtos mas também na otimização da produção”. O Prémio Larus / Jornal Arquitecturas Equipamento Urbano Ibérico vai na quarta edição e este ano o número de candidaturas cresceu 50 por cento em relação à edição anterior. O prémio foi entregue numa cerimónia no Museu da Água, em Lisboa. Do júri fizeram parte os presidentes da Associação Nacional de Designers, do Centro Português de Iluminação e a coordenadora geral da Bienal Iberoamericana de Diseño, entre outros. K
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Carlos Maia, com os responsáveis da semana das Engenharias
Diplomados da EST têm
Emprego garantido
6 Os cursos de engenharia da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (EST) têm uma elevada taxa de empregabilidade. Isso mesmo reforçou o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), Carlos Maia. Aquele responsável falava durante a apresentação da Semana das Engenharias e do Infotec, eventos que decorrem de 3 a 6 de março na EST, e que vão receber mais de meio milhar de alunos de escolas do ensino secundário. “Os alunos da Escola têm elevadas taxas de empregabilidade”, disse Carlos Maia, para
acrescentar que “estas iniciativas têm a particularidade de chamar as empresas empregadoras à escola, as quais em edições anteriores têm sido do seu agrado”. O presidente do IPCB lembra que as semana das Engenharias e a Infotec vai “convidar ex-alunos diplomados pela Escola, para que sirvam de incentivo aos atuais estudantes”. O diretor da EST, José Carlos Metrolho, reforçou a mensagem deixada por Carlos Maia, lembrando que estes eventos pretendem ser um fórum de debate, não só para dentro da escola, como para
Luís Correia, presidente da Câmara, aposta na cultura
fora. “Iremos ter também a presença de mais de meio milhar de alunos do ensino secundário, os quais terão oportunidade de visitar os laboratórios e participar em atividades”, disse. A Semana das Engenharias integra as jornadas das engenharias Industrial, a 3 de março, Civil, dia 4, Renováveis, dia 5, Eletrotécnica, dia 6, e o Infotec. Ao longo desses eventos estão previstas atividades destinadas aos alunos da escola, aos alunos do secundário e ao público em geral. O programa pode ser consultado na página on line da escola. K
Evento abraça a cidade
Fórum Esart mais forte
6 “O Fórum Esart deste ano surge com entusiasmo redobrado, pois a escola já se encontra nas novas instalações, as quais foram muito difíceis de construir”. As palavras são do presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, durante a apresentação oficial do Fórum Esart. Uma iniciativa que decorre, de 23 a 25 de fevereiro, em vários espaços da cidade albicastrense, com a presença de nomes como o compositor António Pinho Vargas e o jornalista Nicolau Santos. No entender de Carlos Maia, “neste momento temos condições de excelência na escola, e na programação deste Fórum tivemos a preocupação de escolher os melhores nas áreas das artes e da moda”. A iniciativa, que teve muitas atividades dentro da própria escola e abertas à comunidade albicastrense, “proporcionou aos nossos alunos contactos com diferentes públicos, especialistas e empresas”, adianta o presidente do politécnico. José Filomeno Raimundo, diretor da Esart, refere que as diferentes iniciativas que integram o programa do Fórum, tiveram em conta a
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Autarquia valoriza
Bordado de C. Branco em destaque
6 Preservar e inovar para valorizar o Bordado de Castelo Branco é o tema de um seminário que a Câmara de Castelo Branco, de 23 a 25 de fevereiro, e que reúne três dos melhores designers de moda portugueses da atualidade: José António Tenente, Maria Gambina e Nuno Gama. Luís Correia, presidente da Câmara albicastrense, sublinha que este evento, “integra palestras, apresentação de software, visitas à coleção de colchas de Castelo Branco, no Museu Tavares Proença Júnior, e à Oficina do Bordado, e workshops”. Uma iniciativa aberta também aos alunos e participantes do Fórum Esart, promovido pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco. No entender do autarca, “esta iniciativa pretende promo-
ver e valorizar o Bordado de Castelo Branco nas suas mais variadas vertentes e surge integrada num conjunto de ações que queremos desenvolver no âmbito do Bordado”. No entender da organização, “o Bordado de Castelo Branco é hoje um elemento patrimonial definidor da identidade cultural de Castelo Branco, capaz de assumir um papel estruturante no desenvolvimento regional”. Recorde-se que a Câmara de Castelo Branco tem vindo a realizar uma forte aposta na promoção e dinamização do Bordado de Castelo Branco. Numa das principais iniciativas, prevê-se para o espaço da antiga Biblioteca Municipal a instalação de um Museu Oficina do Bordado de Castelo Branco. K
ESALD promove
Análises clínicas em congresso
Carlos Maia e Filomeno Raimundo na apresentação do evento
oferta formativa da escola”. Aquele responsável referiu mesmo que “esta atividade pretende valorizar as nossas ofertas formativas”. O diretor da Esart explica que o Fórum permite aos alunos e à comunidade contactarem com diferentes personalidades do mundo da moda e das artes, dando como exemplos o compositor e intérprete António Pinho Vargas, e o jornalista Nicolau Santos.
Filomeno Raimundo recordou ainda que a Câmara de Castelo Branco “ofereceu aos alunos do curso de Design de Moda e Têxtil, a oportunidade de participarem nas palestras e workshops que decorreram em torno da temática do Bordado de Castelo Branco”, numa iniciativa que contou com a participação dos designers de moda António Tenente, Maria Gambina e Nuno Gama. K
6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (ESALD), do Instituto Politécnico de Castelo Branco, vai realizar entre os dias 20 e 22 de março, nos Laboratórios de Análises Clínicas e de Saúde Pública da ESALD e no Cineteatro Avenida de Castelo Branco o VII Congresso de Análises Clínicas e de Saúde Pública. De acordo com a organização, a iniciativa “pretende promover e divulgar conhecimento científico na área das Análises Clínicas e Saúde Pública, aprofundar conhecimentos na área laboratorial
e de diagnóstico clínico”. O congresso terá início no dia 20 de março, nos Laboratórios de Análises Clínicas e de Saúde Pública da ESALD, com os cursos pré-congresso: Testes pré-transfusionais e Identificação de biofármacos, onde os participantes poderão executar e aperfeiçoar algumas técnicas laboratoriais. Já nos dias 21 e 22 de março, no Cine-teatro, serão abordadas diversas temáticas na área laboratorial e de diagnóstico clínico, saúde pública e biologia molecular. K
Leiria
Politécnico apoia regeneração urbana
6 A primeira fase da iniciativa “Regeneração Urbana – Um Novo Impulso” em Leiria distinguiu três propostas que agora constituem um desafio aos profissionais de arquitetura e urbanismo, anunciou a Câmara Municipal. Este concurso de ideias promovido em parceria pela Câmara de Leiria, Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Associação Empresarial da Região de Leiria e Instituto Politécnico de Leiria segue agora para uma nova etapa que pretende desafiar os profissionais de arquitetura e urbanismo a pegarem nas ideias vencedoras e, com base nas mesmas, apresentarem propostas de regeneração urbana das zonas piloto da cidade. “Um novo espaço comercial e intervenção urbana na Ave-
nida Heróis de Angola” e “Requalificação urbana na Avenida Heróis de Angola”, da autoria de Luís Pombeiro, bem como “Reabilitação das Galerias Alcrima com implementação de Jardim Vertical”, de Jorge Francisco & Rui Ribeiro, são as três propostas a partir de ideias resultantes da auscultação realizada à população do âmbito da iniciativa “Regeneração urbana – Um Novo Impulso”. Segundo a autarquia, o prémio para este concurso, que arranca em março, é de cinco mil euros para a proposta vencedora, a qual em conjunto com todas as propostas que obtenham classificação positiva será apresentada a investidores, criando-se as condições materiais para a sua concretização. K
Proteção de quedas
Inovação no IPCA, em Barcelos
6 Uma equipa liderada por investigadores do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Barcelos, desenvolveu um sistema vestível que promete revolucionar a proteção e deteção de quedas, sobretudo da população idosa e de pessoas que tenham atividades de alto risco. Prevendo-se que esteja disponível no mercado já em abril, o sistema Bowear permite, além da proteção e deteção/localização de quedas, a criação de um registo cronológico de eventos destinado à utilização para fins estatísticos e/ou médicos. O sistema foi desenvolvido, ao longo de três anos, no LaboraPublicidade
tório de Desenvolvimento de Produto do Digital Games Lab do IPCA e contou com o financiamento do Projeto Mobilizador PT21, cofinanciado pelo Feder através do Compete – Programa Operacional Fatores de Competitividade. Miguel Terroso e Ricardo Simões, docentes do curso de Design Industrial do IPCA, são os dois investigadores que lideram a equipa de designers e engenheiros responsável pelo desenvolvimento deste novo produto, no qual participaram, também, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e de Vestuário (CITEVE) e a empresa “Fernando Valente & Ca., S.A.” K
Iniciativa envolve mais de 20 países
Leiria no Erasmus Mundus 6 O Instituto Politécnico de Leiria e a Associação Empresarial da Região de Leiria participam no projeto internacional de Erasmus Mundus “Cruz del Sur – Fortalecimento da internacionalização da universidade para alcançar um desenvolvimento integral na América Latina”. Esta cooperação internacional prevê, entre 2015 e 2018, a atribuição de 194 bolsas a cidadãos latino-americanos e europeus, sendo 142 bolsas de mobilidade da América Latina para a Europa, e 52 no sentido inverso, no âmbito das licenciaturas, mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos. Financiado pela Comissão Europeia, é coordenado pela Universidade de Múrcia, em Espanha, tendo como parceiro coordenador na América Latina a Universidade Pedagógica Nacional Francisco Morazán, das Honduras. São mais de 20 as instituições de ensino superior que colaboram, num total de 14 países: Honduras, El Salvador, Guatemala,
Nicarágua, Argentina, Brasil, México, Panamá, Uruguai, Espanha, Portugal, Itália, Polónia e Letónia. Fomentar o intercâmbio de estudantes, docentes, colaboradores não docentes e investigadores entre as instituições dos países participantes é um dos objetivos, bem como a internacionalização e modernização das instituições de ensino superior da América Latina. O projeto inclui o desenvolvimento de um mestrado conjunto em “Desenvolvimento Humano Sustentável e Ação Social”, que integra áreas como a soberania alimentar, os direitos humanos ou igualdade de géneros. Estão ainda previstas três ações de formação centradas no reconhecimento académico, fontes de financiamento e ferramentas informáticas para a gestão da mobilidade, que visam capacitar os gabinetes de relações internacionais das instituições de ensino superior latino-americanas parceiras do projeto. “Este novo projeto permite ao
Politécnico de Leiria, a única instituição de ensino superior portuguesa a participar neste projeto, aumentar a sua rede de cooperação com entidades institucionais internacionais, o que possibilita um posicionamento sólido e transversal do Politécnico de Leiria no mundo” salienta Nuno Mangas, presidente da instituição. “Acreditamos que a mobilidade da comunidade académica para novas geografias promove a interculturalidade e a difusão de conhecimentos, e mantemos a nossa aposta no acolhimento e formação de novos estudantes internacionais”, afirma. Os interessados poderão realizar a sua candidatura ao projeto “Cruz del Sur” até ao dia 15 de março através do site http://cruzdelsur. um.es, e as candidaturas estão abertas a estudantes, docentes e não docentes do IPLeiria. Os selecionados receberão uma bolsa mensal entre 1.000 e 2.500 euros, além do seguro e passagens aéreas. K
Inovação e empreendedorismo
IPL aposta no social 6 O projeto de Leitura Inclusiva Partilhada (PLIP) e a “campanha Mil brinquedos, mil sorrisos”, do Instituto Politécnico de Leiria, foram distinguidos pelo Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social, como iniciativas de alto potencial em inovação e empreendedorismo social. A apresentação pública das entidades e dos projetos vencedores decorreu a 21 de janeiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. “Estamos muito satisfeitos e orgulhosos por esta distinção, que enaltece o trabalho que tem sido desenvolvido no Politécnico de Leiria de múltiplas formas na área da inclusão”, afirma Célia Sousa, coordenadora do Centro de Recursos para a Inclusão Digital e docente da instituição. “A integração destes projetos numa rede mais vasta que privilegia a inovação e o empreendedorismo, vai permitir a replicação
destes formatos e metodologias noutras regiões e países”, salienta a docente. Esta distinção permite que os dois projetos entrem na rede IES – Social Business School, onde terão reconhecimento nacional e internacional pelo trabalho realizado, com oportunidades de divulgação, e terão acesso a um networking de pares de qualidade e diversidade. Todas as iniciativas serão beneficiárias de ações de capacitação, acompanhamento e criação de rede de partilha de experiências e desafios. O Projeto de Leitura Inclusiva Partilhada nasceu do projeto pessoal de alguns investigadores da unidade de investigação Inclusão e Acessibilidade em Ação (iACT) do IPLeiria, com o apoio da Biblioteca Municipal da Batalha e ganhou força com o Projeto IPL(+)INCLUSIVO.
Além do iACT, o PLIP é dinamizado pelo CRID e pelo Mestrado em Comunicação Acessível do IPLeiria. A campanha “Mil brinquedos, mil sorrisos” consiste na recolha de brinquedos com um sistema eletrónico simples e respetiva adaptação para poderem ser usados por crianças com necessidades especiais. Esta iniciativa partiu do CRID em colaboração com o Departamento de Engenharia Eletrotécnica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPLeiria, que de forma voluntária, durante o ano letivo, adaptam o circuito de alimentação de cada brinquedo recolhido, de modo a que este possa ser utilizado a partir de um interruptor externo. A campanha conta ainda com a colaboração das restantes escolas do IPLeiria e em sete anos de existência, contabilizam-se mais de 5.000 brinquedos adaptados. K
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Politécnico da Guarda
Docente em Comité Técnico Internacional
6 Carlos Rodrigues, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), foi nomeado representante nacional, para o Comité Técnico T102 - In Situ Testing, da International Society for Soil Mechanics and Geotechnical Engineering (ISSMGE). Esta entidade congrega mais de 19.000 membros, oriundos de mais de 90 países. A referida nomeação, para o período 2014-2017, resultou do convite que lhe foi formulado pelo presidente do International Technical Committe TC 102, Viana da Fonseca (FEUP). Carlos Rodrigues considera que a este convite não é estranho o trabalho desenvolvido pelo Laboratório de Geotecnia do Instituto Politécnico da Guarda, designadamente na prestação de serviços e investigação no domínio Geotécnico em particular nos ensaios de campo. O presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, comentou, a propósito desta nomeação, que “é mais um significativo testemunho da qualidade do nosso corpo docente, da sua elevada qualificação”. Constantino Rei acrescentou que “representa o reconhecimento da comunidade científica nacional e internacional não só da qualidade dos nossos docentes, mas também da própria instituição que nos considera como mais-valias significativas, o que vai de encontro à estratégia delineada para o IPG”. Recorde-se que em dezem-
Politécnico da Guarda
IPG FM completa 100 emissões
Carlos Rodrigues, docente do Instituto Politécnico da Guarda
bro uma professora do IPG, Maria Del Carmen Ribeiro, passou a integrar um Comité Europeu para o Ensino Superior. Esta docente foi selecionada para integrar uma equipa de vinte especialistas que irá analisar, planear e definir novas estratégias para o ensino superior na Europa. O grupo de trabalho coordenado pelo ministério da Educação e Ciência Alemão, e financiado pela Comissão Europeia, é
constituído por peritos em matéria de ensino, investigação, ciência e ensino superior. Também, recentemente, outro docente do IPG, André Sá, foi convidado para participar em Cabo Verde num trabalho de campo que incidiu em observações geodésicas e sismológicas, integrando a equipa dp C4G - Collaboratory for Geosciences, que ali se deslocou – a convite do governo de Cabo Verde – face à erupção do vulcão da ilha do Fogo. K
IP Guarda
Curso para nadador-salvador
6 O Instinto Politécnico da Guarda está a ministrar um curso de nadador-salvador, integrado no plano nacional de formação do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN). O curso tem sido promovido de dois em dois anos e é uma organização conjunta da UTC de Desporto e Expressões da Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto e do Departamento de Desporto da Câmara
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Municipal da Guarda. Nesta terceira edição apresentaram-se ao exame de admissão 28 candidatos, tendo sido admitidos 22 formandos, entre alunos do curso de Desporto do IPG e técnicos desportivos de Câmaras e Juntas de freguesia do distrito da Guarda. O curso encontra-se a funcionar no edifico das piscinas municipais da Guarda e tem a duração de um mês com mais de 100 horas de formação.
De referir que neste curso os alunos aprendem técnicas de salvamento e segurança em praias, rios e piscinas, contribuindo para que a escassez de nadadores salvadores que se fez sentir no último ano, seja cada vez menor. Segundo Natalina Casanova, docente da ESECD/IPG, este curso “ tem sido uma maisvalia para os alunos que pretendem ser professores de atividades aquáticas”. K
6 O “IPGfm”, programa de rádio produzido pelo Instituto Politécnico da Guarda, completou no passado dia 25 de fevereiro 100 emissões O programa – emitido, semanalmente, na Rádio Altitude – pretende ser “um espaço de informação e divulgação das atividades e projetos da comunidade académica”. Por outro lado, afirma-se como
“um ponto de encontro em torno de questões relativas à vivência estudantil, um canal de comunicação que funcionará como materialização de conhecimentos”. O programa, disponibilizado em podcast (no site da Rádio e do Politécnico da Guarda), é emitido às quartas-feiras, pelas 19 horas, com repetição aos domingos, às 13 horas. K
Exposição
Rádio e memórias no IP Guarda
6 O Instituto Politécnico da Guarda tem patente, até 31 de março, a exposição “Rádio e Memórias”. Esta exposição é composta por diversos modelos de recetores de rádio e outros equipamentos alusivos à atividade radiofónica. Com esta iniciativa o IPG pretendeu assinalar o Dia Mundial da Rádio (comemorado a 13 de fevereiro), mostrar antigos equipamentos relacionados Publicidade
com a produção ou receção das emissões hertzianas e assinalar as 100 emissões do programa IPGfm, que produz semanalmente. Esta exposição, que decorre na Biblioteca Geral do Instituto Politécnico da Guarda, tem entrada livre. Criado pela UNESCO, o Dia Mundial da Rádio evoca a primeira emissão, em 1946, da United Nations Radio. Este ano o tema escolhido foi “Juventude e Rádio”. K
Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre
“Ensino superior é a maior riqueza do país!” 6 O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) defendeu, ao Ensino Magazine, que Portugal deve ter um ensino superior que promova o desenvolvimento do país. Joaquim Mourato acrescenta que “devemos ter um ensino superior que procure ser a riqueza maior do país. Portugal não tem recursos naturais, como petróleo ou metais preciosos, que lhe possa atribuir competitividade à escala global. Como não tem esses bens, tem que ser através da elevada qualificação dos seus recursos humanos que poderá garantir o sue desenvolvimento sustentável”. O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, considera que para a existência de um ensino superior forte e competitivo à escala internacional “que responda a essas necessidades, não se compadece, desde logo, com o financiamento, a organização e rede que possui, nem com o apoio que é dado à investigação e ao desenvolvimento, ou com a falta de articulação necessária no capítulo da internacionalização”. Joaquim Mourato, que também é presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, considera que aqueles são fatores críticos para que Portugal tenha o que necessita, de “forma a proporcionar um valor acrescentado ao país, para que seja atrativo aos investidores, que capte investimento e empresas de ponta, que consiga ter marcas próprias etc”. Ora no entender do presidente do IPP o que sucede é “que olhamos para o ensino superior e verificamos que estamos abaixo da média dos países da OCDE no que respeita ao financiamento por parte do Estado, quer ao ensino superior, quer à investigação”. Além disso, diz Joaquim Mourato, “não basta dizermos que queremos ter um ensino superior muito bom. Temos que trabalhar para o ter. O que verificamos é que os outros países não param, apesar de estarem muito melhor que nós, de já terem, em muitos casos, 50% da população entre os 30 e 34 anos com formação superior; e de terem parâmetros científicos acima de nós. Quando olhamos para a questão do financiamento verificamos que eles continuam a investir o ensino superior mais que Portugal, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB)”. Por isso, adianta Joaquim Mourato, “Portugal tem que se decidir. Nós não só temos que estar ao nível desses países, como temos que recuperar terreno. Ora quando os outros países continuam a investir mais que nós, não nos deixam grande esperança. Por isso, Portugal tem que tomar a decisão de apostar no ensino superior para sermos um país competitivo. E para isso tem que apoiar este setor”. O presidente do IPP assegura que as instituições estão preparadas para dar resposta a esses desafios. “Os indicadores ao nível da investigação e desenvolvimento revelam uma evolução crescente e positiva, apesar desse crescimento não ter sido acompanhado nos recursos colocados ao dispor das instituições. A rede está mais que consolidada e madura”, diz. Joaquim Mourato diz que o financiamento deveria ser indexado ao PIB e lança um
Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre
desafio à tutela: “vamos garantir que o ensino superior não tenha financiamento do Estado abaixo da média dos países da OCDE. E deixemo-nos de andar a discutir fórmulas de financiamento, que na prática são fórmulas de distribuição dos poucos recursos que já temos. E isso coloca umas instituições contra as outras”. Captar mais alunos Enquanto aquelas questões não obtêm resposta, as instituições, sobretudo as que se situam no interior do país, têm que captar mais alunos. Joaquim Mourato sabe disso. “Temos que trazer mais gente para o ensino superior”, sublinha. A regulamentação do Estudante Internacional saiu tarde e não foi eficaz. Ainda assim, aquele responsável aplaude a medida que no próximo ano poderá ser útil. O espaço lusófono pode ser um caminho, com África e o Brasil a merecer destaque. “Temos que perguntar a nós mesmos porque é que um aluno estrangeiro quereria vir estudar para o IPP? O que é que lhe podemos dizer para ele vir? Foi com base nisso que desenhámos o programa «Cidade amiga do estudante», o qual não é só do Instituto, mas também das câmaras, empresas e outras entidades”. Sinergias que garantem aos alunos internacionais o acesso a um conjunto de mais valias em diferentes áreas, como os transportes, saúde ou a cultura, por exemplo. “Deste modo, o estudante pode afirmar que vir estudar para Portalegre lhe interessa. Não só porque é vantajoso economicamente, mas porque associado a isso usufrui de um conjunto de apoios e atividades de que pode usufruir nestas cidades amigas do estudante”.
O presidente do IPP fala também no Programa + Superior, o qual tem uma boa conceção, mas que deve ter a sua regulamentação melhorada. “É um mecanismo que estimula mobilidade do litoral para o interior. Mas não acredito que venha por si só resolver o problema”. Joaquim Mourato explica que para esse programa ser eficaz “os resultados obtidos devem ser estes: temos que ter alunos nas nossas instituições do interior do país, cuja decisão de virem para cá assenta no programa. E isso não aconteceu este ano. O programa foi lançado depois das colocações da 1ª fase terem sido divulgadas” e os cursos abrangidos não foram indicados pelas instituições. “São elas que devem indicar os cursos para os quais as bolsas devem ser utilizadas, pois para aquelas formações que enchem, não são necessárias as bolsas para incentivar os alunos a virem”. Outra das questões que afeta o ensino superior diz respeito ao elevado número de alunos que conclui o ensino secundário e não se candidata ao ensino superior. Joaquim Mourato acredita que a nova oferta dos Técnicos Superior Profissionais, que desde este ano está a ser ministrada pelos politécnicos, poderá captar muitos alunos oriundos do ensino profissional. “Esses cursos procuram ser uma resposta a um público que não tem conseguido chegar ao superior. Só 40 por cento dos alunos que concluem o ensino secundário é que chegam ao superior. Ou seja há 60 mil alunos que não o fazem. Destes há 20 mil que não conseguem fazer as provas de acesso. Depois há cerca de 30 mil que estão em cursos profissionais e destes só 5% é que consegue fazer as provas específicas e entrar. Ou seja, há cerca de 30 mil alunos do ensino profissional que os cursos de técnico
superior profissional podem captar. Muitos depois entrarão no mercado de trabalho, mas também poderão prosseguir estudos na licenciatura com algumas equivalências”. O presidente do IPP esclarece que fazer um Curso de Especialização Tecnológica (CET) é muito diferente de um Curso Técnico Superior, pois um é de nível superior, tem a duração de dois anos e permite aos alunos a continuidade para uma licenciatura. “O que deveria ser feito era revogar os CET’s. Não deve haver confusão nem para os candidatos, nem para os empregadores”, diz Joaquim Mourato. Aquele responsável vai mais longe: “queremos que os novos cursos sejam acreditados pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3E’s). Estamos a falar de cursos superiores ministrados por instituições de ensino superior. E o que acontece é que neste momento a Direção Geral do Ensino Superior acolhe as propostas, mas ninguém sabe quem garante a sua qualidade. Tem que ser a A3E’s a fazer a sua avaliação e dar a acreditação dos novos cursos”. Outra questão levantada por Joaquim Mourato diz respeito ao financiamento desses novos cursos. “Estes cursos, que exigem mais prática, não podem ser mais baratos que os de licenciatura. E a proposta do Governo é que o sejam. Seguramente as instituições não vão poder fazer essa formação a custos mais baixos que os de uma licenciatura. Ofertas formativas Perante o atual cenário, Joaquim Mourato anuncia algumas novidades em termos de oferta formativa, a começar pelos novos Cursos de Técnicos Profissionais Superiores. “Vamos abranger todas as escolas. Teremos uma oferta preocupada com aquilo que está a ser feito a montante, nas escolas profissionais. Queremos criar fileiras. Olhámos também para toda a região, pelo que esses cursos serão ministrados em vários pontos da região, como Portalegre, Elvas, Estremoz, Ponte de Sor ou Évora. Esperamos ter oferta formativa em toda a região. No caso do distrito de Évora haverá uma articulação com o Politécnico de Beja”. Joaquim Mourato diz que “é fundamental que este processo corra bem. Estamos a conversar com as escolas, autarquias e empresas (há cursos que resultaram de propostas do tecido empresarial). Esta tem que ser uma aposta ganha. E no próximo ano letivo tem que correr muito bem”. No que respeita às licenciaturas e mestrados, Joaquim Mourato diz que a oferta formativa se deverá manter. “Não será muito diferente da existente. Queremos apostar nos novos Cursos dos Técnicos Superiores Profissionais, os quais terão ligação futura com as licenciaturas, mas que garantem também qualificação para o mundo do trabalho”. Joaquim Mourato fala também em pósgraduações e mestrados em áreas especializadas, como a aeronáutica (em Ponte de Sor), ou a cortiça, vinha/vinho (Estemoz), por exemplo. K
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Motociclos Elétricos em alta
Até dia 9 de março EM VISEU
6 A Escola Superior de Tecnologia de Setúbal acaba de organizar a terceira iniciativa do Ciclo de Seminários, o Dia Brammo e Parker, que possibilitou aos presentes a oportunidade de experimentar o motociclo elétrico “Empulse R” da marca Brammo, um veículo elétrico de elevada potência. Para José Correia, engenheiro eletrotécnico e estudante da Pósgraduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos, conduzir o veículo foi “uma experiência muito boa, gostei da aceleração, da travagem e da resposta do veículo”, salientando ainda que para além destas ações o curso tem proporcionado uma excelente troca de conhecimentos e uma aprendizagem mútua entre os docentes e os formandos. Os test-drives foram acompanhados por Sérgio Almeida, CEO da
6 O Politécnico de Viseu tem abertas, até 9 de março, as candidaturas para a realização de provas de acesso ao Ensino Superior para “Maiores de 23 Anos” aos diversos cursos de licenciatura que o Instituto Politécnico de Viseu disponibiliza.
Setúbal reúne especialistas
ZEVtech (empresa representante da Brammo em Portugal), que elucidou os participantes sobre o funcionamento da mota e o tipo de condução a adotar, salientando que se trata “da primeira mota elétrica de produção em série que tem mudanças, exatamente igual a uma mota de combustão com a particularidade de não ter emissões”.
De acordo com Sérgio Almeida, os motociclos elétricos “têm uma boa aceitação, sendo um nicho de mercado que está com um crescimento exponencial”, frisando ainda que esta ação foi pertinente para que as pessoas conheçam “esta pós-graduação já virada para o futuro e para os empregos relacionados com este tipo de veículos”. K
Imposto sobre o carbono em Portugal
Conferência em Viseu 6 Um novo imposto sobre o carbono em Portugal. Uma medida necessária? Uma medida boa? É o tema da conferência que decorre a 26 de fevereiro, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV), a partir das 15 horas. A iniciativa terá como orador o professor Alfredo Marvão Pereira (College of William and Mary, USA) e pretende que os participantes reflitam sobre a experiência de colaboração com a Comissão da Reforma da Fiscalidade Verde e sobre a evi-
dência empírica desenvolvida nesse contexto. A entrada é livre, pertencendo a organização aos Departamentos de
Ambiente e de Gestão, da ESTGV) e ao de Ecologia e Agricultura Sustentável, da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV). K
Empreendedorismo
Setúbal forma jovens
6 O Instituto Politécnico de Setúbal está a realizar o workshop Do Sonho à Inovação em diferentes escolas secundárias e profissionais do país, durante o mês de fevereiro, iniciativa integrada no concurso nacional de ideias de negócio IPS Junior Challenge. Lisboa, Tondela, Guarda, Ourém e Almada são as cidades que acolhem esta iniciativa, que tem como principal objetivo preparar os mais de 140 alunos inscritos na competição para o desafio de criarem projetos inovadores que contribuam para o envelhecimento ativo da população, uma das linhas de atuação do “Programa Horizonte 2020” da União Europeia. O workshop, dinamizado por docentes do Politécnico de
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Maiores de 23 Anos
prevenção do abandono escolar
Portalegre com projetos
6 A Escola Superior de Educação de Portalegre está a dinamizar dois projetos, um na área da Educação para o Desenvolvimento e outro na área da prevenção do abandono escolar precoce. Educação para o Desenvolvimento, dinamizado por Luís Cardoso, Isabel Ferreira, Amélia Marchão, Luísa Carvalho e Teresa Mendes, permite abordar temas complexos do desenvolvimento global, de forma integrada, no sentido de contribuir para que todos possam usufruir dos seus direitos, em especial o direito à educação. O projecto School Safety Net visou prevenir o abandono escolar precoce, através da exploração das boas práticas desenvolvidas nas escolas, do ensino básico, do secundário e do ensino profissional, com o objetivo de recolher histórias de sucesso. Contou com a participação de países como Bélgica, Espanha, Grécia, Itália, Roménia e Turquia. Este projeto teve como objetivos prioritários a identificação atempada de alunos em risco, a integração de alunos imigrantes, o Publicidade
Setúbal, procura dar a conhecer o percurso a seguir para que uma ideia se transforme num negócio de sucesso, focando alguns conceitos sobre gestão, inovação, entre outros fatores considerados essenciais à atitude e cultura empreendedora. A apresentação final dos projetos decorrerá em abril, no Campus
de Setúbal do IPS, numa cerimónia pública que vai premiar as três melhores ideias com passes INTRA_RAIL Xplore de 7 dias, tablets e a participação direta na IPStartUp Week (semana de verão dedicada ao empreendedorismo), atribuídos pela CP – Comboios de Portugal, banco Santander Totta e Forum Estudante, respetivamente. K
Esta forma de ingresso permite o acesso ao ensino superior a muitos cidadãos e profissionais que almejam melhorar os seus conhecimentos e habilitações numa perspetiva de formação contínua, prosseguindo ou retomando os seus estudos. K
apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem e a prevenção da violência escolar. Professores, diretores e coordenadores, encarregados de educação e atores políticos no setor educativo foram os principais destinatários. As atividades principais do projeto passaram pela compilação de histórias de sucesso na prevenção do abandono escolar; analisaram-se publicações e materiais de formação sobre aspetos relacionados com o abandono escolar. Desenvolveram-se linhas de orientação para prevenir o abandono escolar precoce assim como se analisarem comparativamente e de forma transnacional as abordagens adotadas. Os docentes responsáveis pelo projeto, Luís Miguel Cardoso, Isabel Silva Ferreira, Luísa Panaças e Maria José Martins, consideram que este projeto é um poderoso instrumento de aproximação de professores que diariamente procuram responder às necessidades de todos os alunos, ao permitir a troca de experiências entre professores e as conferências em reunião virtual. K
Premio da Universidad de Extremadura
Antiga aluna de Beja vence
6 A tese de Doutoramento Europeu de Ana Rita da Silva Prazeres, ex-aluna da Licenciatura em Engenharia do Ambiente do Politécnico de Beja, recebeu o Prémio Extraordinário de Doctorado da Universidad de Extremadura, numa cerimónia realizada a 28 de janeiro, no Salão de Atos da Universidade de Extremadura, em Cáceres. O galardão foi atribuído como recompensa pelos relevantes méritos académicos demonstrados durante
os seus estudos para a obtenção do grau de Doutor por aquela Universidade. Ana Prazeres, investigadora do Grupo de Investigação de Valorização de Agro-Alimentos do CEBAL, desenvolveu uma tese intitulada “Tratamientos integrados aplicados a aguas residuales procedentes de pequeñas y medianas queserías”, que foi orientada por Maria de Fátima Nunes de Carvalho do Departamento de Ciências e Tecnologias Aplicadas do Politécnico de
Beja e por Francisco Javier Rivas Toledo, do Departamento de Engenharia Química e Química Física da Universidade da Extremadura. Os resultados da tese foram publicados em 10 artigos científicos, 8 publicados em revistas internacionais com arbitragem científica, 2 em revistas nacionais, uma
patente nacional, 18 artigos em atas, 11 comunicações orais e 14 posters em congressos nacionais e Internacionais. Foi ainda distinguida com 4 prémios nacionais, entre os quais se destaca o Prémio da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos, APRH e o da Revista Vida Rural. K
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BEJA
Politécnico abre cursos de Inglês
6 O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) tem abertas, até dia 05 de março, inscrições para cursos de Inglês em vários níveis e que serão ministrados na instituição a partir de abril. Segundo o IPBeja, para poderem frequentar os cursos, cujas aulas vão decorrer duas vezes por semana em horário pós-laboral, os interessados, à exceção dos que já frequentaram níveis anteriores, terão de realizar uma aferição de nível de Inglês. As sessões de aferição vão decorrer nos dias 24 e 26 de fevereiro na Escola Su-
perior de Educação de Beja, indica a instituição, referindo que os interessados deverão consultar as informações disponíveis no sítio de Internet do Centro de Línguas do IPBeja. O Centro de Línguas do IPBeja também vai promover, entre os dias 23 deste mês e 06 de março, um minicurso intensivo de conversação, em Inglês, que será gratuito e visa “o aperfeiçoamento de competências exclusivamente orais”, como as de fluência e pronúncia, em contexto informal, através do contacto com falantes nativos de língua inglesa. K
Em Lisboa
Tomar presente na Exposição MUDE 6 Fernando Sanchez Salvador, docente da Unidade Departamental de Arqueologia, Conservação e Restauro e Património do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) foi convidado na Exposição MUDE “Como se pronuncia design em português?”, que se realizou em Lisboa, a 29 de janeiro, e em Paredes, a 30. Esta exposição teve como objetivo mostrar o desenvolvimento do design português durante os últimos 34 anos. A incidência foi colocada nos
setores de produção tradicionais, como a cerâmica, vidro, cortiça, calçado, têxtil e madeira, sublinhando a renovação técnica e formal em curso, em diálogo com peças que sendo oriundas da cultura popular, se destacam pela sua identidade. As peças selecionadas, de diversas expressões, visaram mostrar a diversidade de abordagens do design em Portugal. Podem ser apreciados mais de 150 objectos de 76 autores, de diferentes gerações e percursos. K
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América Latina e Estados Unidos da América
Santarém mais internacional 6 O Instituto Politécnico de Santarém acaba de assinar um protocolo para a criação de uma Rede de Cooperação Internacional com oito instituições do ensino superior da América Latina e Estados Unidos da América. O protocolo, assinado pelo vice-presidente, Hélder Pereira, visa a criação de oferta conjunta de programas de ensino para os cursos de graduação, pósgraduação, cursos livres e similares, tanto na modalidade presencial como à distância (utilizando para tanto TCIs), a elaboração de um site único, para divulgação das ações específicas da REDE; a mobilidade e realização de estágios de
docentes, não docentes e estudantes; intercâmbio cultural; acesso a bibliotecas, centros de documentação e redes de informação; utilização de espaços e equipamentos e elaboração de uma revista científica. A criação de um curso transversal e a realização de um Encontro Anual, são também duas ações a serem implementadas. As institutições envolvidas são a Universidade Abierta Interamericana (UAI, Argentina), Grupo Educacional Unis (Brasil), Universidad Bernardo O`Higgins (UBO, Chile), Universidade Finis Terrae (UFT, Chile), University of Centarl Arkansas (UCA, Estados Unidos), Universidad Autónoma de En-
carnació (UNAE, Paraguai) e o Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto. Com esta iniciativa, o Politécnico de Santarém alarga o seu processo de internacionalização e desenvolvimento institucional, ao estabelecer uma parceria ativa com instiPublicidade
INSTITUTO DE
SANTARÉM www .ip santarem.pt
Semana Aberta em Santarém
QUA
LIFI
2015/2016, bem como facultar informação necessária às candidaturas ao Acesso ao Ensino Superior e às Bolsas de Estudo, através da realização de workshops, atividades temáticas e aulas abertas. A Semana Aberta irá envolver alunos e professores das turmas de 10º, 11º e 12º anos. O Politécnico conta com a participação das Escolas Secundárias e Profissionais das regiões de Lisboa e Vale do Tejo, e Oeste. K
CON
CO
CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS
Dia da Internet Mais Segura
A ação, sob o lema “Juntos Vamos Criar uma Internet Melhor”, contou a colaboração de professores dos Centros de Competência TIC do Instituto Politécnico de Santarém, que alertaram para riscos como a dependência das redes sociais, o cyberbulling, burlas ou criminalidade através da Internet. K
CA-T E
NOS
Politécnico de Santarém
6 A Câmara Municipal do Cartaxo, em parceria com o Instituto Politécnico de Santarém, promoveram, no início do mês, uma ação de sensibilização para os alunos do 4º ano do Agrupamento Marcelino Mesquita. A iniciativa foi desenvolvida no âmbito do projeto SeguraNet, e assinalou o Dia Europeu da Internet Mais Segura.
AGRÁRIA DESPORTO EDUCAÇÃO GESTÃO E TECNOLOGIA SAÚDE
POLITÉCNICO
De 23 a 26 de fevereiro
6 O Instituto Politécnico de Santarém irá realizar a Semana Aberta, de 23 a 26 de fevereiro. Cada um dos dias é dedicado a uma Escola, sendo que os dias foram distribuídos pelas cinco Escolas Superiores (Superior Agrária, Superior de Educação, Superior de Gestão e Tecnologia, Superior de Saúde e Superior de Desporto). Com esta iniciativa pretende-se divulgar a oferta formativa disponibilizada no ano letivo
tuições, fora do contexto europeu e lusófono, estendendo-se à América Latina e aos Estados Unidos da América. No próximo mês de maio, realizar-se-á, em Varginha no Brasil, o I Encontro Anual desta Rede Internacional. K
LICENCIaturas PÓS-GRADUações MESTRADOS Cursos para estudantes estrangeiros:
IPSantarém International School http://international.ipsantarem.pt
design por: daniela joão
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Ensino Magazine media partner do evento
Todos à Futurália 6 A edição deste ano da Futurália vai ter muitas novidades. Alzira Ferreira, da direção do evento, explica ao Ensino Magazine como vai decorrer a Feira dedicada à educação e juventude, onde os jovens podem escolher o seu futuro. O Ensino magazine volta a ser media partner do evento e irá também desenvolver atividades no certame. A entrevista aqui fica. Agora todos à Futurália! Quais as novidades da edição deste ano da Futurália? Para além da oferta de educação/formação, os jovens terão à sua disposição todo um conjunto de atividades paralelas complementares com a possibilidade de interagir, percepcionar e experimentar várias profissões, no sentido de descobrir interesses que ajudem a encontrar o seu talento. Será ainda desenvolvida uma área reservada às escolas para mostra e exemplificação de ativiPublicidade
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dades formativas integradas em itinerários de formação qualificantes que respondem aos desafios maiores para o nosso país nos próximos anos. Na presente edição, o Conselho Estratégico da Futurália lança um desafio: criar uma Visão Nacional capaz de integrar e valorizar todas as formas de conhecimento, instrumentos, materiais e tecnologias de suporte para o desenvolvimento de qualificações, competências e saberes associados à economia do conhecimento e à internacionalização da economia portuguesa. Para assinalar esta iniciativa a organização irá promover a realização do Fórum Futurália: “Competir na Economia do Conhecimento”. A Futurália é um evento virado para os jovens, mas também para as famílias. Qual o objetivo de levarem ao certame esse público mais velho? Pretende-se que os jovens e
suas competências e qualificações, tornando-os mais aptos para a criação de oportunidades através de iniciativa individual, da assunção do risco e da não cedência perante o insucesso. Para tal, a Futurália criou ainda um novo mote “Leve as suas competência ao próximo nível”. Se outras não existissem, estas seriam razões mais que suficientes para fazerem da Futurália o “palco” ideal capaz de reunir um público de diferentes faixas etárias.
Alzira Ferreira
demais pessoas que visitam a Futurália, privilegiem a aposta na formação aos mais diferentes níveis, como forma de incrementar as
Que tipo de informação vão encontrar os visitantes? Vão encontrar informação sobre formação e requalificação profissional para recém-licenciados e profissionais no ativo. Mas também informação e aconselhamento sobre oferta educativa/formativa e empregabilidade para todas as gerações; soluções de formação avançada tendo em vista a maximização de competências e estímulo ao empreendorismo; novas possib-
ilidades de valorização académica, profissional e pessoal, através de programas de formação avançada ou cursos de curta-duração para profissionais no activo; e o contato com universidades estrangeiras, entidades com Programas de Intercâmbio e Estágios. Este ano um dos lemas da Futurália é “o teu futuro joga-se aqui”. É esta a mensagem que se pretende passar junto dos jovens? A expressão “O teu futuro está em jogo”…” O teu futuro joga-se aqui “, é materializada numa analogia com os jogos eletrónicos. Uma linguagem que é apelativa aos jovens e que vai ao encontro da sua realidade e interesses, uma representação simbólica da competitividade do mercado, dos obstáculos e da concorrência que é preciso superar para se ser bem sucedido no final. As opções e escolhas são fundamenais para ganhar o “jogo”… K
Educação e Línguas
Ciências com mais peso
Portalegre faz acordos com escolas de Sousel 6 O Instituto Politécnico de Portalegre, o Agrupamento de Escolas de Sousel e a Câmara Municipal de Sousel acabam de assinar um protocolo de colaboração, no sentido de articular e coordenar a oferta formativa entre o ensino secundário e o ensino superior na região do Alto Alentejo, nomeadamente as ofertas de ensino científico-tecnológico, profissional e vocacional do Ensino Secundário, com as ofertas de formação de Técnicos Superiores Profissionais e Licenciaturas do Ensino Superior. O Politécnico de Portalegre e Agrupamento de Escolas de Sousel, que assinaram o acordo a 4 de fevereiro, comprometem-se a estabelecer uma colaboração científica, com vista ao desenvolvimento dos ciclos de estudo de ambas
as instituições e em projetos de investigação associados em diferentes áreas de formação, nomeadamente nas áreas do Turismo e da Indústria Alimentar. Foi ainda formalizado um protocolo de colaboração entre o IPP e o Município de Sousel, no âmbito da qualificação em línguas estrangeiras. Nesse sentido, o Centro de Línguas e Cultura do IPP (CLiC-IPP) vai dinamizar cursos de língua inglesa, bem como atividades culturais e formação sobre a cultura e a língua, visando a preparação de equipas para acolhimento de delegações externas e/ou visitas ao estrangeiro. Os cursos funcionarão em instalações cedidas pelo Município de Sousel, organizados em função dos participantes e do seu nível de conhecimento da língua inglesa K
Testes do Pisa vão ser feitos no computador 6 Os testes do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) vão passar a ser feitos no computador. Esta é uma das novidades deste ano, a par do reforço da área das ciências. Desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), para avaliar e comparar os sistemas educativos de vários países, o programa foi este mês apresentado a coordenadores de escolas e representantes das associações de pais dos estabelecimentos de ensino da zona norte que entrarão neste estudo, a decorrer entre 8 de abril e 8 de maio. “No ano passado, a área principal foi a matemática, este ano serão as ciências”, explicou João Marôco, gestor nacional do programa PISA, acrescentando que “pela primeira vez, o teste será “todo feito em formato eletrónico, no computador”. Apesar de no PISA 2012, os resultados terem ficado ligeiramente aquém da média da OCDE, o também membro do conselho diretivo do Instituto de Avaliação
Educativa (IAVE) sublinhou que Portugal tem “evoluído de forma muito positiva”. “O investimento dos Estados Unidos na educação, per capita, é muito superior, e nós temos tido melhores resultados”, defendeu, adiantando que, entre os 70 países que participam no PISA, Portugal está, neste momento, “a meio da tabela”, quando, em 2000, ano em que o programa começou, “ficámos no terceiro lugar a contar do fim”. Por isso, e apesar de ressalvar que os alunos que participam
no estudo são escolhidos “de forma aleatória”, o que faz com que seja sempre “difícil” prever os resultados, mostrou-se confiante na continuidade de uma “evolução positiva”, face ao “investimento grande” que tem sido feito. João Marôco explicou ainda que, neste estudo, serão abrangidos “entre 9 e 10 mil alunos” portugueses, de 250 agrupamentos de escola diferentes, sendo que o número pode variar “por se tratar de um teste de participação voluntária”. O PISA, que se realizou pela primeira vez em 2000 e que decorre de três em três anos, avalia e compara as competências dos estudantes de 15 anos, nas áreas da leitura, matemática e ciências, envolvendo mais de 500 mil estudantes, de 70 países diferentes. Segundo os últimos resultados divulgados pela OCDE, relativos ao desempenho dos alunos nacionais no PISA 2012, tem-se verificado uma melhoria da performance dos estudantes portugueses desde 2003. K
necessidades educativas especiais
Ténis de Mesa da APPACDM de Castelo Branco conquista medalha em Viseu
Ténis de Mesa
Aluno da APPACDM ganha torneio 6 O atleta Jorge Mendes, da APPACDM de Castelo Branco, venceu, no passado dia 7, o XVI Torneio de Ténis de Mesa de Viseu, na vertente adaptada. Na iniciativa, organizada pela APPACDM local, Jorge Mendes venceu o grupo inicial onde se encontravam atletas da SCM de Vila do Conde e do F.C.Porto. Após esta etapa, os vencedores
de cada grupo reagruparam-se e constituíam o grupo final, onde nesta fase os jogos foram pautados pelo equilíbrio e incerteza no resultado. O atleta da APPACDM de Castelo Branco venceu os adversários e sagrou-se vencedor do torneio, sendo seguido pelo atletas do F.C.Porto, Clube de Gaia e SCM de Vila do Conde. K
Assembleia quer mudanças para alunos diferentes 6 A Assembleia da República (AR) recomendou ao Governo mudanças legislativas destinadas a apoiar os alunos com necessidades especiais para que consigam concluir com sucesso a escolaridade obrigatória. As quatro recomendações, publicadas em Diário da República (DR), são o resultado de um pedido feito pelo parlamento ao Conselho Nacional de Educação (CNE) para que analisasse as políticas públicas de educação especial. Com base no relatório do CNE, a Assembleia da República recomenda agora o Governo a acautelar a situação das crianças a quem é permitido entrar para
a escola mais tarde, garantindo medidas de apoio através da intervenção precoce nos anos de permanência adicional na educação pré-escolar e o cumprimento de 12 anos de escolaridade. A recomendação da AR, defende três alterações ao decretolei 3/2008, uma das quais passa por ter medidas educativas temporárias que permitam responder às NEE “de caráter transitório, comprovadamente impeditivas do desenvolvimento de aprendizagens”. O parlamento recomenda ainda “medidas de resposta a situações de alunos/as com dificuldades de aprendizagem específicas que comprovadamente
impeçam a sua qualidade e desenvolvimento” e “uma medida educativa adicional que permita a adaptação do currículo às necessidades educativas dos/as alunos/as, mais flexível do que a medida «adequações curriculares individuais» mas menos restritiva do que o estabelecimento de um currículo específico individual (CEI)”. A AR tem ainda em atenção a situação dos alunos no momento de fazer exames e provas nacionais, recomendando ao Governo que a avaliação externa das aprendizagens esteja de acordo com as medidas educativas contempladas no programa educativo individual (PEI). K
www.ensino.eu FEVEREIRO 2015 /// 019
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Cidades Criativas
Idanha candidata à Unesco
6 A Câmara de Idanha-a-Nova vai apresentar uma candidatura à Unesco para a sua rede das Cidades Criativas. Nesse contexto, de 26 a 28 de fevereiro, é promovido o Encontro Internacional “As Cidades Criativas e a Música”, que terá lugar no Centro Cultural Raiano. Um evento que para além de tratar da importância e dos impactes das Indústrias Criativas para o desenvolvimento dos territórios, abordará também a riqueza do património musical de Idanha-a-Nova e o potencial do seu contributo no desenvolvimento sustentável deste território no plano social, económico e cultural, onde a integração em redes operacionais de maior escala se reveste da maior importância. Armindo Jacinto, presidente da autarquia, sublinha a importância da candidatura, que poderá vir a ser apresentada até ao final do ano. “Mais importante que o projeto de candidatura é todo o processo que o envolve. Tudo isto define uma estratégia de desenvolvimento, tendo por base a música como indústria criativa. Temos argumentos importantes, como o nosso património a riqueza etnomusical”.
A candidatura de Idanha-aNova “é personalizada no adufe, como instrumento diferenciador, que marca muito a nossa identidade, mas também o nosso património herdado de influências islâmicas, judaicas e cristãs. E isso tem-se destacado em muitos projetos na área da etnografia, onde temos muitos grupos formais e informais, como os do mistério da Páscoa. Esta musicalidade é importante preservar e desenvolver junto das camadas mais jovens”. No entender de Armindo Jacinto, a arte e a cultura são fatores de desenvolvimento. “É importante termos uma geração muito qualificada e essas duas áreas, com especial destaque para a música, são importantes”. O autarca dá exemplos de sucesso que têm decorrido no seu concelho: “temos o Boom Festival que traz gente de todo o mundo, os diversos festivais que se têm promovido no concelho, a Orquestra Barroca que tem músicos de todo o mundo, a Filarmónica Idanhense que possui uma escola, ou o Conservatório Regional de Castelo Branco que aqui tem um pólo. Ou seja a música está presente desde os bebés até ao ensino superior
Armindo Jacinto, presidente da câmara de Idanha-a-Nova
no nosso concelho”. O presidente da Câmara refere que “as atividades que envolvem a música têm criado riqueza e postos de trabalho. Por isso, entendemos ter argumentos signifi-
cartivos para uma candidatura à rede das Cidades Criativas da Unesco. Entendemos que com esta rede poderemos cooperar na troca de ações culturais. Este encontro que iremos promover
vai trazer algumas cidades que pertencem à Rede e que vão apresentar as suas propostas”. Armindo Jacinto anuncia, também, a criação da Universidade Sénior do concelho, a qual funcionará não só em Idanha-a-Nova, como também em todas as freguesias, onde a autarquia, o Centro Municipal de Cultura, a Banda Filarmónica e os diferentes grupos etnográficos vão cooperar entre si. “A ideia é haver uma estratégia de transmissão de cultura do que herdámos dos nossos antepassados”, justifica. O encontro internacional tem início no dia 26, pelas 18H30 com um concerto do projeto Noa Noa. A abertura oficial decorre no dia 27, pelas 9H30, seguindo-se um conjunto de palestras durante o dia, com intervenientes nacionais e internacionais. Às 20H30 decorrerá um concerto que fará a estreia de composição do maestro Luís Cipriano. No dia 28, a partir das 9H30, serão debatidos os impactes das indústrias criativas. Às 15H30 aborda-se o tema “A Unesco e a Rede de Cidades Criativas”, e às 16H30 será feito o encerramento do encontro com a presença do Secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier. O evento termina às 21H30 com um concerto ibérico da Orquestra Barroca. K
Universidad de Salamanca
Prémio para Hernandez Diaz
6 El pasado dia 28 de enero se celebraba la Fiesta Oficial de la Universidad de Salamanca en honor a Sto. Tomás de Aquino, tal como se viene conmemorando desde hace siglos en esta centenaria Universidad que nace en 1218. Es habitual pronunciar una lección magistral, que en esta ocasión estuvo a cargo del Dr. Abel Flores (Catedrático de Geología), especialista en el estudio de suelos del Artico y de la Antártida, quien habló sobre “A favor del color blanco”. También se desarrolló el ceremonial de investidura de los nuevos doctores y se entregaron a los beneficiarios diferentes premios especiales de Fundaciones , Mecenas y Empresas colaboradoras de la Universidad. Uno de estos premios, de especial significación, es el denominado Maria de Maeztu, en honor a la primera mujer doctora de la Universidad de Salamanca, con el que se distingue a algunos profesores que han destacado por Excelencia Investigadora. Se conceden a quienes después de ser evaluados en Ma-
drid por la Comisión Nacional de Evaluación de la Investigación, durante 30 años, de forma continuada, han demostrado permanecer siempre en lo más elevado del ranking de la investigación, en los diferentes campos de la ciencia. El premio Maria de Maeztu fue entregado por el Rector Daniel
Hernández Ruipérez al Dr. Jose Maria Hernández Diaz, por los méritos especiales a la investigación de excelencia en el ámbito de las Ciencias de la Educación, demostrados de forma continuada durante cinco sexenios. Para Hernández Diaz “este premio tiene una especial sig-
nificación, porque es el reconocimiento a la dedicación a toda una vida académica, en este caso a la Investigación de alto nivel. No es una evaluación de la Universidad de Salamanca, sino de un organismo externo nacional, que evalúa cada seis años a los investigadores que voluntariamente qui-
eren someterse a esa evaluación por parte de una comisión, cuyos miembros son anónimos. Para mi este reconocimiento público es de gran satisfacción, pero no es más que un punto y seguido en la actividad investigadora que seguimos desarrollando con toda convicción y compromiso. Es desde luego un aliciente que agradezco con sinceridad”. Hernandez Diaz recuerda: “en cuanto a la actividad investigadora de los últimos tres años he de destacar, entre otras muchas actividades (dirección de tesis doctorales, y proyectos de investigación), la organización y celebración de las VI, V y VI Conversaciones pedagógicas de Salamanca, que han tenido como objeto el estudio de las Influencias alemanas, inglesas e italianas sobre la educación española, iberoamericana y africana. Las VII Conversaciones Pedagógicas se van a centrar en el estudio de las Influencias suizas en la educación española, iberoamericana y africana, y se celebrarán en octubre de 2016”. K
FEVEREIRO 2015 /// 021
“Pedagogia (a)Crítica no Superior” (II)
Nunca a hora é boa 7 Em memória de Luísa Barreto, precoce, até na hora da morte. «Leve o Tempo, fugaz nas asas presa» (Bocage, Poesias) O Prof.S., que já tivera, nos seus múltiplos horários, aulas das 8:30 às 24h, dava agora conta que, na sua variada experiência de leccionação ao longo de quase três décadas no ensino superior, não havia, para os estudantes, uma hora boa para terem aulas. De manhã, apanhavam o comboio que chegava às Praias do Sado às 8:36 quando era suposto a aula iniciar-se às 8:30h. Então, o professor adaptava-se aos “interesses” dos estudantes e acabava por arrancar a aula às 9h. Mesmo assim, as entradas eram a conta-gotas pois havia sempre uns que, primeiro, faziam um desvio pelo bar, para a “meia-de-leite”. Os outros, sentavam-se, abriam os seus cadernos mas a concentração era reduzida e os bocejos (ainda) muitos. Até que um(a) ganhava coragem e punha o dedo no ar. Finalmente uma pergunta, pensava Publicidade
022 /// FEVEREIRO 2015
animado o Prof.S.; engano o seu: – Professor, podemos fazer uma pequena pausa para tomar café? Sem a cafeína matinal não consigo laborar – logo secundada por um coro de apoio. E lá se fazia um intervalo precoce para irem acordar no ruído do bar. Na aula do fim da manhã, que o horário da turma estipulava acabar às 13:30h, o Prof.S. sentia que a agitação ia crescendo com o aproximar das 13; e pouco a pouco, a sala ia-se esvaziando. O almoço chamava-os. E eles não podiam esperar… No início da tarde, após uma caldeirada de choco (mal servida) na cantina, a sonolência instalava-se na aula, a participação nos diálogos diminuía (o discurso do Prof.S. passava, sem o querer, ao formato de conferência) e, em alguns, o olhar denunciava o alheamento das matérias e a gradativa entrada, qual Little Nemo, no Reino-dos-Sonhos (naquela luta titânica o estômago vencia a cabeça). Lá para o fim da tarde, na aula agendada com términos às 18h, os rogos jorram para o professor
acabar “um pouquinho mais cedo” para poderem apanhar o comboio das 18:10. A pressa em ir para casa (mesmo quando se tem outro comboio meia hora depois) sobrepõe-se ao “sacrifício” académico de manter-se até ao fim (e, para mais, com a folha de presenças já rubricada). No curso pós-laboral, as chegadas à aula faziam-se a um ritmo muito semelhante à primeira da manhã; só as justificações mudavam: para estes era o trabalho, os turnos, as horas extraordinárias, o imprevisto pedido patronal,… Quando o Prof.S. entra na sala para a aula das 20h, os estudantes pedem que se faça um intervalo “para jantarem” (como a maioria traz o tupperware de casa, só precisa de o ir aquecer à cantina). Enquanto a aula vai avançando a caminho das 23h, os estudantes vão-se enterrando nas cadeiras, os olhos fecham-se (e não é para melhor se concentrarem), o sono agarra-os, libertando-os daquela “seca” intelectual de divulgação bibliográfica que professor teima em mostrar-lhes todas as aulas. – Cláudia, wake up! – e deu-
lhe um toque no ombro para a despertar. – Desculpe Professor… estou acordada desde as 6:30 da manhã. O trabalho pesa e deixa mossas! A parte final da aula ia sendo entrecortada por este tipo de avisos e por desculpas do mesmo jaez. Alguns não resistindo… bazaram. E nessa altura veio-lhe à memória o título de um livro de Paulo Castilho (1992) Fora de Horas. Era assim que ele os sentia (e, por tabela, a si também). Na cultura académica lusa, onde os estudantes não residem no campus universitário, anda-se permanentemente em trânsito. Não se “está”. Transita-se. Chegase tarde e sai-se cedo. Não se “aquece o lugar”. A escola é, cada vez, mais um não-lugar. Andam todos fora do tempo certo. PS: de referir que o padrão de ensino do Prof.S. tinha como princípios básicos a trilogia – liberdade, independência, responsabilidade – com que procurava pautar o seu quotidiano lectivo. A porta permanentemente aberta (para marcar o sentido
público das aulas), possibilitava aos estudantes entrarem e saírem quando bem o entendessem. Mas várias vezes torceu o nariz aos seus propósitos pedagógicos ao verificar a forma abusiva como a liberdade era desbaratada por dá cá aquela palha (bastava um toque no telemóvel). A dificuldade de estarem sentados numa aula, para além dos 50 minutos, era exasperante. Razão tinha o exministro Marçal Grilo (2009) Difícil é sentá-los [do Pré ao Superior, digo eu]. K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia _
Universidade Eduardo Mondlane
Maputo ganha complexo
Escola Portuguesa Maputo
Sexo? sim obrigado 6 ”Sexo? Sim, Obrigado” é o nome da peça de teatro exibida no Auditório Carlos Paredes para duas turmas do 11.º ano e todas do 12.º ano da EPM-CELP no âmbito do programa de Educação Sexual. A obra foi interpretada, no final do último período escolar, pela Oficina Teatro Galagalazul. Rogério Manjate, professor de
teatro desse estabelecimento de ensino, é o encenador da peça “Sexo? Sim, Obrigado”, escrita por Franca Rame, Jacopo Fo e Dário Fo e interpretada no palco pelas atrizes Sufaida Moyane e Alice Chirindja. Rogério Manjate explica que a peça contribui “para a educação sexual das nossas crianças e jovens”. K
em angola
6 A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) inaugurou, no dia 18 de fevereiro, o complexo desportivo Engenheiro Altenor Pereira, em homenagem a este desportista pela sua entrega e dedicação como atleta e dirigente desportivo na Académica de Maputo. Trata-se de um complexo que comporta na sua estrutura dois campos de futebol 11 e uma pista de atletismo e respectivos balneários. A este complexo juntam-se o pavilhão Gymnodesportivo coberto (Pavilhão da Académica de Maputo), fazendo da UEM a universidade que melhores condições de prática desportiva oferece em matéria de infra-estruturas desportivas aos seus estudantes e à comunidade universitária no geral, tal como afirmou o reitor
da UEM, Orlando Quilambo, quando falava no ato da inauguração do complexo. O reitor da UEM acrescentou que a sua instituição é, igualmen-
te, a Universidade pioneira na valorização e adopção do desporto, em meio universitário, como factor de socialização e de formação integral do capital humano. K
Coimbra forma docentes 6 O Politécnico de Coimbra iniciou este mês a 2.ª edição do Curso de Atualização Científica e Pedagógica, formação destinada a docentes angolanos e frequentada por 21 professores provenientes das Universidades Katyavala Bwila e José Eduardo
dos Santos (Polos do Bié, Moxico e Huambo). À semelhança da 1.ª edição, além da vertente pedagógica, esta formação, que decorre na Escola Superior de Educação de Coimbra até 27 de fevereiro, inclui também algumas atividades de carácter cultural. K
macau
Menos turistas da China 6 O executivo de Macau vai negociar com o Governo Central para que seja imposto um limite ao número de turistas que vêm da China, afirmou o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. À margem das festividades do Ano da Cabra, que começa este mês, o governante explicou que o número elevado de turistas, a grande maioria da China, já está a causar dificuldades à população e que é tempo de impor um limite ao fluxo de pessoas - uma medida muitas Publicidade
vezes sugerida mas, até agora, rejeitada pelo executivo. “Depois da semana dourada [de feriados] vamos combinar reuniões com os ministérios do Governo Central ligados à política de turistas da China. Vamos apresentar as nossas ideias e dificuldades”, declarou Alexis Tam. A mensagem a transmitir será clara: “Vamos dizer-lhes ‘Obrigado, estamos agradecidos de coração mas não podemos receber mais’”. K
Com os PALOP
UBI aprofunda cooperação
6 A Universidade da Beira Interior está a desenvolver iniciativas de aprofundamento da ligação aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. No âmbito desta estratégia de internacionalização, representantes da Embaixada de Moçambique em Portugal estiveram este mês na Universidade, tendo abordado temas como os Regimes Especiais de Ingresso no Ensino Superior e o estatuto do Estudante Internacional. A visita à instituição foi realizada pelo ministro Conselheiro e o 2.º secretário responsável pela Educação, tendo os representantes moçambicanos mostrado especial interesse pela área das engenharias, sobretudo Aeronáutica e Civil. Na UBI já estudaram 35 alunos provenientes deste país africano, mas atual-
mente há apenas um, daí que “haja interesse em recuperar essa ligação”, salienta João Canavilhas, vice-reitor para o Ensino e Internacionalização. Apesar de, este ano, a UBI “ter duplicado o número de estudantes dos PALOP, queremos ir mais longe”, acrescenta o responsável. A cooperação e procura em recrutar universitários nos PALOP continuarão com o seguimento de novas reuniões, estando previstos para as próximas semanas encontros com representantes de Angola, Cabo Verde e Guiné. Uma novidade é a criação de um site da UBI dirigido aos PALOP, à semelhança do que acontece já com o Brasil, com o objetivo de divulgar a instituição junto de potenciais interessados em formar-se na Covilhã.
Os estudantes oriundos dos PALOP podem concorrer ao Concurso Nacional de Acesso em Portugal através de regimes especiais, tal como os atletas de alto rendimento ou oficiais das forças armadas. As vagas são divulgadas pelas embaixadas e consulados nos países de origem dos estudantes. Recentemente os responsáveis da Universidade reuniram também com responsáveis chineses, uma vez que a China – tal como o Brasil – é um dos países a merecer atenção nos próximos meses, altura em que estará aberta a primeira fase do concurso para estudantes internacionais. As candidaturas podem ser feitas entre segunda-feira, dia 9, e 27 de março. K Rodolfo Pinto da Silva _
FEVEREIRO 2015 /// 023
crónica salamanca
Unamuno, siempre vivo entre nosotros 6 La simbiosis de Unamuno con Salamanca y su universidad fue profunda durante los años en que el catedrático y rector se integró en plenitud en la ciudad (llega en 1891 y fallece en 31 de diciembre de 1936). El escritor, poeta, pensador, ensayista, político se dejó cautivar por los encantamientos tan especiales que destila la ciudad y la universidad, como muy bien podríamos servirnos del decir de Miguel de Cervantes en el Quijote. De ello no cabe duda, sobre todo si repasamos algunos de los maravillosos poemas que Unamuno dedica a Salamanca, su admirado “alto soto de torres”. Pero también hemos de reflexionar a la inversa, sobre lo mucho que Salamanca debe a este pensador universal, porque Miguel de Unamuno ha hecho y hace a Salamanca y su universidad cada día más universal y atractiva. La extraordinaria personalidad que don Miguel mostró y legó en muchos de los rincones y ambientes salmantinos, su ingente y original obra filosófica, literaria y poética, universitaria y educativa, y su memoria conservada en los ambientes de sociabilidad ciudadana, en las innumerables conferencias y charlas ofrecidas en ambientes populares y en casinos/ateneos, así como en su conducta y compromisos políticos (con frecuencia a contracorriente), hoy siguen haciendo crecer el capital intelectual y la riqueza cultural de la ciudad de Salamanca. Unamuno sigue siendo, después de casi 80 años después de su muerte, uno de los activos culturales y científicos más importantes de nuestra ciudad y de la Universidad de Salamanca, uno de esos elementos que la hacen universal. Desde luego que el protagonismo que alcanzó Unamuno en todas partes, mucho más allá de la ciudad, en toda España , en Europa y América, tiene mucho que ver con su trayectoria periodística, con su irreductible personalidad, con la autonomía de su pensamiento y su rebeldía natural para admitir cualquier imposición, incluidas las de origen político. La vigencia de Unamuno entre nosotros continúa siendo intensa día a día, Lo es por numerosas circunstancias, celebraciones y actos del devenir cotidiano de la Universidad y de la ciudad. Vamos a mencionar, a vuela pluma, solamente algunas de ellas. Así, cada 31 de diciembre el Ayuntamiento de Salamanca realiza un acto floral y poético en su memoria, ante la
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estatua de Unamuno, ubicada frente a la casa donde vivió y falleció. Hace poco más de un mes así se cumplió con esa bella tradición, instaurada hace ya algunas décadas, después de la Constitución de 1978. Por otra parte, en los últimos meses se ha constituido la Asociación de Amigos de Unamuno, de la que formamos parte ciudadanos de diferentes sectores de la ciudad. Se ha elaborado un nutrido cupo de actividades que forman una agenda atractiva para todas aquellas personas interesadas en los temas unamunianos. Es recomendable la visita a su sitio web (amigosde Unamuno.com) para estar informados sobre las reuniones, vida de tertulia, conferencias, proyecciones, exposiciones, actividades diversas relacionadas con algún aspecto de interés relativo a la vida o a la influencia unamuniana desde muchas posibles variables, ambientes, procedencias. De obligada visita y reconocimiento es la mención al funcionamiento de la Casa Museo Unamuno, en la Casa Rectoral, al lado mismo del Edificio de Escuelas Mayores, dirigida con reconocido éxito y eficacia por Ana Chaguaceda. Allí se conserva la biblioteca personal de Unamuno, pero también todo el archivo relativo a su obra, biblioteca especializada, y centro de documentación e investigación que acoge todos los días a investigadores procedentes de todo el mundo, interesados en algún aspecto de la poliédrica obra de nuestro escritor, pensador y rector. En ese espacio tan singular que representa La Casa Museo de Unamuno se celebran también actos culturales de atractivo ciudadano, como por ejemplo el
concierto que hace pocas semanas ofreció el canta autor Nino Sánchez sobre poemas de Unamuno a los que él mismo ha puesto música. Como última referencia, en esta ocasión, del sentimiento unamuniano que destilan espacios, paredes, ambientes, edificios de la ciudad y de la Universidad de Salamanca, vamos a referirnos a una más que atractiva exposición dedicada a Unamuno, que puede visitarse en el Patio de Escuelas Menores. El título de la misma es “Destierro/des-cielo. Unamuno, de París a la República”. Está organizada por la Oficina del VIII Centenario de la Universidad de Salamanca (1218-2018), y de ella se ha editado un sugerente y documentado catálogo, coordinado por su Director Adjunto, Julio Cordero. La exposición y el catálogo se proyectan sobre una etapa muy particular en la vida de Unamuno y de España (1924-1930), que responde a la Dictadura de Primo de Rivera, y al destierro obligado y/o voluntario de Unamuno en Fuerteventura y en Francia, fuera de Salamanca, lejos de su familia, y añorando siempre el regreso, pero manteniendo firme su actitud de rebeldía contra la política del general ya mencionado y la monarquía de Alfonso XIII. El regreso y acogida multitudinaria a Unamuno, a su llegada a Salamanca procedente del destierro, resultó simplemente espectacular, según confirman todos los testimonios periodísticos y las numerosas fotografías del momento. La exposición está cargada de sentimiento, de ilustraciones gráficas, de recortes de prensa, de referencias de obras literarias, ensayos y poemas del propio Unamuno. El
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt
catálogo de la exposición nos ofrece sugerentes estudios de historiadores como Colette y Jean Claude Rabaté, Ana Urrutia Jordana, Mariano Esteban de Vega, además de una profusa colección de referencias gráficas y fotográficas sobre esos años tan cruciales y señeros, de la vida de Unamuno, pero también de la sociedad española que anunciaba la llegada de la Segunda República. Por todo ello, nos atrevemos a decir, que Unamuno sigue vivo entre nosotros, a través de la visibilidad de la memoria colectiva sobre su obra y persona, mediante los retos que nos lanza la lectura de sus trabajos sobre el presente social, político y educativo. El casi eterno rector de Salamanca, Unamuno, nos interpela e invita a pensar críticamente como universitarios y ciudadanos. Por ello, como bien pudiera decir Bourdieu, pero lo afirmamos nosotros, Unamuno es uno de los primeros intelectuales de nuestro tiempo, en el sentido contemporáneo del término, comprometido a un tiempo con la vida académica e intelectual, pero también con los asuntos de la cosa pública, de la sociedad. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Eugénia Sousa, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rogério Ribeiro, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
Editorial
A grande alavanca do desenvolvimento 7 A formação da identidade do professor, o sentido da sua profissionalidade, constitui hoje uma das grandes preocupações das instituições formadoras e das associações profissionais e sindicais dos docentes, dadas as implicações da actuação profissional na prática social. Neste contexto, é genericamente aceite que os educadores devem ser profissionais que elaborem com criatividade conhecimentos teóricos e críticos sobre a realidade escola e da comunidade que a envolve e condiciona. Neste tempo de profunda revolução tecnológica, os professores devem ser vistos como parceiros na transformação da qualidade social da escola, compreendendo isso os contextos históricos, sociais, culturais e organizacionais que fazem parte e interferem na sua actividade docente. Caberia, assim, aos educadores a tarefa de apontar renovados caminhos institucionais face aos novos e constantes desafios do mundo contemporâneo, com competência do conhecimento, com profissionalismo ético e consciência
política. Só assim estariam aptos a oferecer novas oportunidades educacionais aos alunos, para que estes alcançassem a construção e a reconstrução de saberes, à luz do pensamento reflexivo e crítico. A escola, então, desempenharia um papel fundamental em todo o processo de formação de cidadãos aptos para viverem na actual sociedade da informação e do conhecimento. Caberia ao sistema educativo fornecer, a todos, meios para dominar a proliferação de informações, de as seleccionar com espírito crítico, preparandoos para lidarem com uma enorme quantidade de informações que nos chegam, a todo o momento, dentro e fora do espaço escolar. A importância do papel dos professores, enquanto agentes desta mudança, revela-se fundamental. Eles têm um papel determinante na formação de atitudes, positivas e negativas, face ao processo de ensino – aprendizagem e na criação das condições necessárias para o sucesso da educação formal e da educação permanente, motivando-os para a pesquisa e interpretação da informação e
para a elaboração de um espírito crítico. Os aprendentes deveriam, progressivamente, desenvolver a curiosidade pelo mundo que os rodeia, desenvolver a autonomia do pensamento reflexivo e estimular o rigor intelectual, como forma de criar as condições para o “saber aprender a aprender”, pilar fundamental para uma educação ao longo da vida. Por sua vez, essa educação ao longo da vida deve constituir um direito de todos as pessoas, independentemente da sua idade, habilitações e percurso profissional, à aquisição de saberes e competências que lhes permitam participar na construção contínua do seu desenvolvimento pessoal e profissional, proporcionando-lhes instrumentos para a compreensão das mudanças numa sociedade em rápida evolução, instrumentos para identificar os seus interesses e direitos e desenvolvimento de capacidades para intervir e agir adequadamente. Esse direito pressupõe a disponibilização de condições para a actualização e domínio de novos saberes e tecnologias, a certificação das
competências adquiridas por via formal ou informal, nomeadamente as adquiridas ao longo da sua actividade profissional. Uma estratégia de educação ao longo da vida tem de articular e dar coerência às suas várias vertentes: a formação inicial e a transição da escola para a vida activa; a acreditação e a certificação das competências, formais e informais; a educação e a formação de adultos, ou mesmo a formação permanente nos locais de trabalho. O cenário educacional contemporâneo mostra, ainda, uma forte tendência: a crescente inserção dos métodos, técnicas e tecnologias de educação a distância num sistema integrado de oferta de ensino superior, permitindo o estabelecimento de cursos com combinação variável de recursos pedagógicos, presenciais e não presenciais, sem que se criem dois sistemas separados. Nesse novo e promissor cenário, o próprio conceito de educação à distância ganha uma dimensão renovada, tornando-se, na verdade, numa educação sem distâncias.
A escola é, ainda, a grande alavanca do desenvolvimento. A sociedade do conhecimento alicerça-se no crescimento do capital humano, na promoção da aprendizagem ao longo da vida. Atrofiar a escola (sobretudo a escola pública e democrática), bem como o investimento na educação, compromete o futuro, mas também responsabiliza aqueles que protagonizam essas políticas. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico
CRÓNICA
Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: En mi carta anterior te indicaba la necesidad de que los profesores, a mi juicio, sean auténticos “retadores” de las habilidades y competencias de los alumnos. En el fondo creo, en primer lugar, que todos los educadores (incluidos los primeros y principales educadores, que son los padres) estamos convencidos de que nuestra tarea educadora es un desafío diario, un reto continuado. Pero también pienso que no “sacamos a la luz” todos los ingredientes y las posibles consecuencias de actuar en educación desde esa perspectiva. Es decir, a mi entender, existe una especie de convicción más bien inconsciente, en todos los educadores, de que lo que están haciendo supone una continua lucha contra la incertidumbre, que es la dinámica y el núcleo de todo reto. Todo esto se debe, creo, a que no existen leyes fijas en el ámbito de la acción educativa.
Pero estamos viviendo en una situación heredada de la filosofía racionalista de siglos pasados que nos hace creer que la realidad es una especie de “máquina” que tenemos que mantener funcionando con sus engranajes en perfecto estado en todo momento. La pedagogía racionalista que se hermanaba con este pensamiento filosófico ha establecido, tradicionalmente, el conjunto de reglas que, si se siguen, llevarían al éxito. Pero hemos comprobado que esto no es así, ni tiene por qué serlo, simplemente por el hecho de que estamos actuando con seres humanos, cuya característica más nuclear puede decirse que es la subjetividad, y, como consecuencia de esa subjetividad, la imprevisibilidad. Alguien dijo que el hombre es la única “máquina” capaz de elegir, entre A y B, ni A ni B, sino C. En repetidas ocasiones hemos reflexionado sobre la necesidad de que los profesores confíen más en sí mismos que en
los libros de texto o en determinadas prácticas educativas que tradicionalmente han venido vinculadas a la consecución de resultados positivos. Pero esto es engañoso y, a mi manera de ver, nos vuelve a indicar la necesidad de que pongamos nuestra confianza profesional no en las reglas, productos, caminos, procedimientos, etc., “de afuera”, sino en nosotros mismos, desde la convicción de que nunca estaremos abocados al éxito de una manera irremediable (como tampoco lo estaremos al fracaso). Por eso, en segundo lugar, pienso que necesitamos desarrollar un sentido del desafío, del reto... incluso que se consiguiese materializar una “psicopedagogía del reto en educación”. Ahora bien, el objetivo no debería obedecer a los mismos parámetros de la práctica educativa tradicional, sino basarse en la percepción de la propia capacidad de los educadores para buscar la manera de desafiar, de retar, a los alumnos para
conseguir el pleno desarrollo de sus competencias, respetando la idiosincrasia de cada uno. Esto no es fácil, por supuesto, y menos si seguimos manteniendo los mismos modos y modismos del sistema educativo que está rigiendo nuestros quehaceres. Es difícil, pero no imposible. Todo está en comenzar a andar (recuerda que el poeta lo señaló claramente: “se hace camino al andar”) aceptando el riesgo que necesariamente trae la incertidumbre de no saber qué sucederá en el futuro. Ahora bien, esta tarea no puede ser realizada por una persona, o por un “conjunto de personas aisladas”, sino por el colectivo de los educadores, anclados en la realidad (físico-geográfica, cultural, social, etc.) del lugar en el que están ejerciendo su labor educativa. Y tampoco puede imponerse. Es necesaria una sensibilización previa del colectivo de los educadores para poder iniciar esta “nueva” perspectiva.
Iremos reflexionando de manera más concreta sobre los aspectos que se podrían/deberían manejar en la elaboración de esta “psicopedagogía del reto”. En ella debería tomar un lugar prioritario la consideración de las implicaciones de la gestión de las nuevas tecnologías de la información. Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
FEVEREIRO 2015 /// 025
Fernanda Serrano
«O público português é o melhor do mundo» A maternidade dos seus três filhos, o Pedro, a Laura e a Maria, fê-la interromper por algum tempo a sua atividade profissional. Como consegue conciliar a assistência familiar com a exigente vida profissional, com muitas horas de filmagens? Tendo desde sempre presente que a minha família está e estará sempre em primeiro lugar. Para poder ser uma atriz feliz, tenho antes de ser uma mãe feliz. E conciliando os horários rigorosos e tão extensos de trabalho, com uma excelente organização e ajudas familiares. Sem isto seria impraticável trabalhar ao ritmo imposto e que eu gosto.
6 É uma das atrizes mais cotadas do panorama artístico nacional e regressa aos palcos com a peça «40 e então». Fernanda Serrano na primeira pessoa. Está de volta aos palcos com a peça «40 e então», na companhia da Ana Brito e Cunha e Maria Henrique, desta feita no Casino de Lisboa, até 8 de março. Para quem ainda não viu, de que fala este espectáculo com textos, entre outros, de Ana Bola e Helena Sacadura Cabral? São várias autoras, todas elas muitíssimo diferenciadas entre si, abordando um tema tão comum e transversal como é a idade, sob perspetivas totalmente diferentes, tornando este espectáculo despretensioso, sério, elegante e muito feminino, com pitadas de humor, sarcasmo e emotividade, todas ao rubro.
Ao nível educativo, que valores procura incutir-lhes no dia a dia? Que têm de ser indivíduos trabalhadores, conscientes das suas tarefas, da partilha, do respeito, da harmonia familiar, sem nunca esquecerem que têm e devem divertir-se em todas as facetas do seu dia-a-dia. Que façam o que estiver ao alcance de cada um deles, que torne a vida de cada um e a nossa mais feliz. Faço sempre sentir a minha presença em quase todos os momentos e que estarei sempre cá para tudo o que precisarem. Quero sempre sentir que sou uma mãe muito presente e atenta. Foi o que sempre tive na minha infância, adolescência e continuo a ter. É fundamental para o nosso equilíbrio.
Esta peça está em cena dez anos depois do sucesso de «Confissões das mulheres de 30», protagonizado pelas mesmas atrizes. Visto que alguns textos das peças também são vossos, de alguma forma estes espectáculos funcionam como uma espécie de autobiografia de quem as representa? Sim, claro que para além da nossa interpretação, colocamos nesses textos, algo que tem a ver com a nossa perspetiva sobre esta década, dentro das tão diferentes vivências de cada uma de nós.
Se algum deles seguir a carreira da mãe vai ter os seus conselhos e estímulo? Claro que sim. Quero sobretudo que façam o que gostam, como eu tive essa oportunidade. É maravilhoso poder trabalhar no que nos faz feliz.
A reedição desta peça em Lisboa surge depois de uma digressão que fez pelo país, o que revela o sucesso alcançado. Sente que os portugueses estão cada vez mais recetivos à cultura? Sinto. Aliás, sentimos. Em cada cidade que passamos, sentimos um público sempre ávido de receber espectáculos, intervenção e diversão. O público português é e sempre será o melhor público do Mundo. Como atriz tem no seu currículo participações no teatro, no cinema e em telenovelas. Sente-se mais à vontade no palco ou perante as câmaras de televisão? Em todas estas áreas. Todas têm registos absolutamente diferentes entre si e são desafios diferentes para um ator/ atriz. Gosto muito de fazer cinema, adoro a adrenalina do teatro e da resposta imediata do público e estou como peixe na água no registo da televisão, para a qual estou formatadíssima para a rapidez e efemeridade. São áreas todas elas confortáveis para mim, mas feitas alternadamente. Ao mesmo tempo, torna-se um desgaste brutal e quanto a mim desnecessário, pois o usufruto nunca será o mesmo, pela parte do ator.
026 /// FEVEREIRO 2015
A ficção portuguesa deu um salto extraordinário em especial com a aposta na TVI, gerando grandes audiências e dando emprego a muitos atores, jovens e menos jovens. A crise tem prejudicado essa aposta? A crise tem prejudicado esta aposta, o país e o Mundo, sobretudo a Europa. São ciclos. Que têm um princípio e um fim. O durante é a parte dura. Eu no entanto, fui-me readaptando como qualquer português, na minha vida e na minha profissão. Temos de ser constantemente bons críticos, atores, gestores e estrategas. E ter uma capacidade de auto-crítica e alguma dose de coragem interventiva inerente em cada desafio, cada passo, cada trabalho.
A indústria de novelas portuguesas pode equiparar-se, não em dimensão, mas em qualidade, à fábrica de novelas que há décadas existe na TV Globo brasileira? Embora nos faltem, ainda, muitos dos elementos já existentes naquela indústria colossal que é a máquina da Globo, creio que temos tido um percurso mais rápido que eles. Mas em termos de produção, decors, figurino e argumento, ainda nos falta calcorrear algum caminho. Eles têm 30 anos de avanço, mas nós encurtámos cerca de metade deste tempo. Gostaria que resgatássemos o romance, a nossa história e cultura de forma mais vincada. Temos tanto ainda para fazer. Tenho tantas ideias por concretizar, falta-me tempo para tal.
A sua luta contra um cancro de mama emocionou a sociedade portuguesa. No seguimento dos tratamentos a que se submeteu, soube-se que tinha uma gravidez de elevado risco. No livro «Também há finais felizes» revela ter sido vítima de negligência médica. Quis com o seu testemunho, devido à sua exposição mediática, dizer que é possível vencer as adversidades? Quis antes de qualquer outra coisa, alertar a sociedade, para os possíveis (que os há infelizmente), erros médicos, negligências, graves, que nos podem custar a vida. E que se tivermos dúvidas, devemos fazer de tudo, para as substituir por certezas. Estas sim, são para resolver. As anteriores, não nos levam a lado nenhum. Penso que temos de ter discernimento, confiança, coragem, aliados a uma boa dose de sorte. E isto, para tudo na vida. Com tudo isto, é possível vencer as adversidades. Algumas. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
edições
Novidades literárias 7
A Esfera dos Li-
vros. Cada Garrafa Conta uma História, de Ana Sofia Fonseca. Trata-se de um livro original sobre o mundo do vinho, em que a crítica a aromas e fermentações fica de fora. Aqui há histórias com gente dentro. Escreve-se sobre as famílias por trás de cada garrafa, o engenho do enólogo, dos produtores, da terra e das suas almas. Cada página é uma viagem ao Portugal vinhateiro e um retrato das suas gentes. gradiva. Até que o Mar Acalme, de Miguel Gizzas. Eduardo, Maria, António, Adriana e Francisco perderam, em momentos distintos, a esperança na felicidade e na sua capacidade de amar. No entanto, a vida vai-lhes mostrar que um coração está sempre preparado para voltar a acreditar. E que o amor chega, parte e volta, mesmo quando todas as portas parecem já fechadas. Este é um romance musical, em que a história é complementada por músicas. BERTRAND. Os Salteadores do Nilo, de Steven Saylor. Em 88 a. C., o mundo parece estar à beira de uma guerra catastrófica - de Roma à Grécia, e ainda ao Egito, onde vive Gordiano, um cidadão romano. Quando não está a resolver quebra-cabeças, o jovem passa o seu tempo com Bethesda, a sua escrava. Quando Bethesda é raptada, Gordiano tem de salvar a mulher que significa mais para si do que suspeita. Gordiano vêse ainda envolvido no saque do sarcófago de ouro de Alexandre, o Grande. TEXTO EDITORES. Radical, de Maajid Nawaz. Nascido em Inglaterra, Maajid Nawaz foi recrutado na adolescência para o Islão politizado do Hizb al-Tahrir (O Partido da Libertação), onde desempenhou um papel de liderança na formação e disseminação de uma agressiva narrativa contra o Ocidente. Mais tarde renunciou publicamente à ideologia islamita, arriscando agora a vida para desfazer tudo aquilo por que em tempos esteve preparado para morrer. presença. Serena, de Ron Wash. Estamos no início da Grande Depressão e George Pemberton está de regresso à Carolina do Norte. Traz consigo a sua mulher, Serena, e os planos de ambos para se tornarem barões da indústria madeireira. Em poucos anos o império cresce, gerido em parte pela mão implacável da ambiciosa Serena. Quando descobre que não poderá ter filhos e que George tem um filho de uma anterior relação, Serena decide não deixar que nada nem ninguém se intrometa entre si e o marido. K
gente e livros
Harper Lee 7 «Quando estava prestes a completar treze anos, o meu irmão Jem fraturou gravemente o braço na zona do cotovelo. Quando recuperou, os seus receios de nunca mais poder voltar a jogar futebol foram postos de lado tão depressa quanto se esqueceu da sua lesão. Porém, o seu braço esquerdo ficara um tanto ou quanto mais curto do que o direito; quando estava parado, de pé, ou a caminhar, a palma da sua mão ficava mesmo perpendicular ao corpo, com o polegar paralelo à coxa. Mas isso não o incomodava, desde que conseguisse fazer passes e rematar.» A notícia de que a escritora norte-americana Harper Lee, de 88 anos, editará no verão um novo romance, 55 anos após o seu primeiro e único livro, «Mataram a Cotovia» (numa tradução anterior «Por Favor Não Matem a Cotovia»), correu este mês o mundo. Intitulado «Go set a watchman», o novo romance terá sido escrito por Harper Lee nos anos 1950, mas só recentemente foi descoberto o manuscrito, descrito como uma sequela da obra que celebrizou a autora. Nelle Harper Lee nasceu em 1926, em Monroeville, nos Estados Unidos. Maria-ra-
paz na infância, é famosa a sua amizade, desde essa altura, com o também escritor Truman Capote. De acordo com o Portal da Literatura, Harper Lee frequentou o Huntigton College e estudou Direito na Universidade do Alabama. Não terminou os estudos. Em 1949 mudou-se para Nova Iorque, onde trabalhou enquanto ia escrevendo nos tempos livres. Em 1960 é publicado o romance «Mataram a Cotovia». Torna-se um «bestseller» comercial e um sucesso junto da crítica, sendo galardoado com o Pulitzer Prize em ficção, em 1961. O prestígio cresceu ao longo dos anos,
e hoje é um dos romances mais apreciados em todo o mundo, eleito pelos principais livreiros norte-americanos como O Melhor Romance do século XX, entre muitas outras distinções. Todos os anos vende cerca de um milhão de exemplares. Apesar de todo este sucesso, Harper Lee nunca voltou a publicar. Viveu sempre uma vida completamente afastada dos círculos mediáticos, morando ainda hoje na casa onde passou a sua infância, em Monroeville, no estado sulista do Alabama. Foi premiada com a Medalha da Liberdade, em 2007, pelo anterior presidente dos EUA, George W. Bush. K
Exposição de Rui Tomás Monteiro
Ver simplesmente 7 Rui Tomás Monteiro, docente na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco e técnico superior no Instituto Politécnico de Castelo Branco, tem patente até ao próximo dia 29 de março uma exposição de fotografia, no antigo edifício do CTT em Castelo Branco. A exposição foi inaugurada, no passado dia 24, pelo presidente da Câmara albicastrense, Luís Correia (na foto com o autor), o qual sublinhou a importância da obra de Rui Monteiro. A exposição denominada “ver simplesmente” tem como comissária Vanda Guerreiro, e está dividida em dois temas: a água e as pedras, numa demoníaca sedução de gestos, e numa íntima imobilidade do instante. A exposição tem entrada gratuita. Recorde-se que Rui Tomás Monteiro já realizou outras exposições de fotografia, sendo reconhecido pelos seus pares como um dos excelentes profissionais na arte da imagem digital.
Luís Correia e Tomás Monteiro na inauguração da exposição
Rui Tomás Monteiro colaborou também com o Ensino Magazine, tendo presidido
ao júri do 1º Concurso Nacional de Fotografia Digital. K
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press das coisas
pela objetiva de j. vasco
Toshiba Canvio Connect II 3 Este disco externo portátil da Toshiba dá aos utilizadores a possibilidade de acederem remotamente aos seus ficheiros no disco rígido, a partir de PC, tablet ou smartphone. Além de fornecer até 2TB de armazenamento remoto para todos os dispositivos (ainda este ano deverá haver uma versão com 3TB), o Canvio Connect II oferece ainda espaço adicional gratuito na nuvem para cópias de segurança. Disponível a partir de 59 euros. K
Shadows in The Night - Bob Dylan 3 É o 36º álbum de estúdio de Bob Dylan e consiste em 10 versões de canções celebrizadas por Frank Sinatra. Os temas, selecionados pelo próprio Dylan, foram gravados por Sinatra no final da década de 1950, início dos anos 60. Era um período da carreira do cantor conhecido como “A Voz” em que os álbuns, tematicamente, exploravam a solidão e o desgosto amoroso. K
Prazeres da boa mesa
Crepes de Legumes Orientais com Gengibre e Soja
+ info: O molho de soja é um molho fabricado a partir de uma mistura de grãos de soja fermentados pelos bolores Aspergillus oryzae, um cereal torrado, água e sal marinho. É amplamente utilizado na culinária japonesa e chinesa no preparo de pratos como yakisoba e também utilizado para acompanhamento como no sashimi. Contém proteínas e vitamina B. Em virtude de ter grande quantidade de sódio, deve ser consumido com moderação. K
3Ingredientes:
8 uni Folhas de Crepe 300 gr Couve Lombarda 150 gr Cenoura 150 gr Rebentos de Soja 1 uni Alho Francês 1 c.s. Óleo de Sésamo 15 gr Gengibre 10 gr Alho picado 1 uni Clara de Ovo q.b. Oleo p/ Fritar q.b. Molho de Soja q.b. Sal e Pimenta de Moinho Preparação: Cortar todos os legumes em juliana. Escolher os rebentos e lavar. Num wok verter um fio de óleo, juntar o gengibre e o alho. Deixar refogar. Juntar os legumes e deixar cozinhar. Temperar com molho de soja. Reservar. Estender as folhas dos crepes, colocar sobre cada uma um pouco de legumes, pincelar
a toda a volta os crepes com a clara, fechar as extremidades laterais e depois enrolar. Depois de terminar, passar por farinha e fritar em óleo abundante. Servir a gosto com molho de soja.
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Dica: Podem ser feitos com massa de arroz, massa brick, massa fillo, etc…
www.ensino.eu 028 /// FEVEREIRO 2015
Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo Ô Hotels & Resorts - Termas de Monfortinho
Cinema
O realizador (não só) de épicos bíblicos
1918 dirige uma série de pouco convincentes luxuosas comédias domésticas, donde se destacam “Old Wives for New” (1918), “Don’t Change Your Husband” (1919), “Something to Think About” (1920) ou “The Affairs of Anatol (1921), a maioria com Gloria Swanson. A estes seguiu-se a primeira versão de “Os dez mandamentos“, em 1923, onde aborda a saída dos hebreus do Egipto e confronta a história bíblica com a moderna. A segunda, de 1956, a sua última realização, que serviu de trampolim a Charlton Heston e Yul Brynner para o estrelato, e, apesar do seu conhecido conservadorismo, DeMille não se coibiu de explorar o sexo e a luxúria, a par da religião ou do ódio, bem patente na relação
de Moisés com Ramsés, irmãos à força quando o primeiro escapou à matança dos inocentes e passou a favorito do Faraó, até decidir que deveria conduzir o seu povo à libertação. Mas, sexo e a religião já andam a par em “King of Kings” (1927), “O sinal da Cruz” (1932), que contou com a extraordinária actuação de Charles Laugthon, como Nero, ou “As Cruzadas” (1935), para não falar do banho em leite de burra em “Cleópatra” (1934), com Claudette Colbert, que realçou a sua obsessão por cenas em banheiras, foram outras incursões deste multifacetado director pela História ou pela Bíblia, num estilo que ficou marcado pela grandiosidade e eloquência no tratamento visual. No seu único musical,
“Madam Satan” (1930), havia uma bizarra sequência numa festa num Zepplin. Mas não podemos reduzir DeMille à exploração religiosa. Filmes como “Uma Aventura de Buffalo Bill” (1935), com Gary Cooper, como vedeta do filme e Jean Arthur a viver outra figura mitológica do Oeste, Calamity Jane, ficando James Ellison, actor pouco conhecido a interpretrar Buffalo Bill, ou “Aliança de Aço” (1939), onde evoca a construção do primeiro caminho de ferro transcontinental, no tempo da guerra da secessão, onde estavam Joel Mchrea e Barbara Stanwick vivendo uma aventura sentimental, ficando o papel do vilão para Brian Doulevy, obra que tinha como quase todos os seus fil-
mes, respiração épica, passando por “Os sete cavaleiros da vitória” (1940) e “Inconquistáveis” (1947), mais dois filmes com Gary Cooper, neste último aparece o célebre “Rei do Terror”, Boris Karloff, são celebrações dos pioneiros da América, um género que tratou desde o início da sua carreira, no qual terá conseguido as suas melhores realizações, talvez porque DeMille via-se também como pioneiro que marcaria muitos dos seus filmes de forma eloquente. Neste período ainda regressou à Bíblia com “Sansão e Dalila”, de 1949, com Victor Mature, Hedy Lamarr e George Sanders. Outra das suas paixões, o circo, foi magistralmente mostrado em “O maior espectáculo do mundo” (1952), com Charlton Heston e James Stewart, entre outros grandes estrelas, uma das imagens de marca dos seus filmes, a par da exuberância visual e cenográfica. Antes da sua morte, a 1 de Janeiro de 1959, ainda produziu o “remake” de um êxito seu de 1938, “O corsário Lafitte”, com realização de Anthony Quinn, contando com Yul Brynner e Claire Bloom nos protagonistas, mas onde aparecem Charlton Heston e Charles Boyer. Não é por acaso que Cecil B. DeMille é considerado, de pleno direito, um dos fundadores do que se convencionou chamar Hollywood. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ com Joaquim Cabeças Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
7 A recente exibição, com assinalável êxito de “Exodus: Deuses e Reis”, de Ridley Scott, um épico sobre a epopeia da libertação dos escravos hebreus e a monumental caminhada para longe do Egipto comandados por Moisés, uma história bíblica que se baseia na descrição do “Livro do Êxodo” do Antigo Testamento, traz-nos logo à memória as adaptações da narrativa do Êxodo levadas a cabo em 1923 e 1956, por Cecil B. DeMille, um nome incontornável do cinema americano e que associamos a um grande homem do espectáculo. Cecil B. DeMille, nascido a 12 de Agosto de 1881, no Estado do Massachusetts, filho de dois autores dramáticos, Henry C. DeMille e Beatrice DeMille, ficou para sempre ligado aos grandiosos épicos bíblicos que realizou. Contudo os seus filmes cobriram uma área maior dos anos dourados do cinema americano. Depois de alguns westerns, incluído “O Exilado”, de 1915, um dos primeiros grandes filmes produzidos em Hollywood, na sequência da união de Lasky com Adolph Zukor, dando origem à Paramount, DeMille realizará todas as suas películas para esta companhia, com excepção dos compreendidos entre 1925 e 1932, período em que o realizador se deixou tentar pela produção independente. Com a soprano da Metropolitan Opera de Nova Iorque, Geraldine Farrar, como protagonista faz “Carmen”, em 1915, e um ano depois, a mesma será “Joan, The Woman”. Em
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Quatro rodas
Não vamos ser dogmáticos c É, entre histórias da história do automobilismo, e comentários a situações da actualidade que tenho dividido os conteúdos destas minhas aparições no Ensino Magazine. São já alguns anos em que usando esta fórmula, tenho dado vida a estas colunas, sobre um tema que nem é o core do jornal. No entanto, a cada edição, continuo a esforçar-me por procurar conteúdos que possam prender os leitores durante os minutos que dedicam a estas linhas. Para preparar os temas, algumas vezes tenho que fazer pesquisa histórica, outras, falo com pessoas que fazem parte da história do automobilismo, mas por vezes, são os temas que nos vêm bater à porta. O tema que decidi trazer para aqui hoje, tem a ver com história, a actualidade, e mesmo que quisesse desviar-me dele, não conseguia, tal foi a notoriedade que a comunicação social lhe deu. Desta vez vou escrever sobre aquela medida, do município de Lisboa, para proibir veículos de fabrico anterior a umas determinadas datas, de circularem em algumas ruas da capital. Tudo isto tem a ver com os problemas das emissões de dióxido de carbono, que parece serem exageradas, nas artérias das chama ZER-Zona de Emissão Reduzida. Como pessoa interessada, em tudo o que afecta o universo dos
automóveis antigos, fiquei logo alerta, e pensei para mim. Como vão proibir os automóveis antigos de circular nas principais ruas da nossa capital, quando por essa Europa fora, se tenta casar o cenário urbano histórico com meios de transporte de outros tempos. Embora Lisboa não me pareça aproveitar essa oportunidade, para além do famoso eléctrico 28, é uma situação que deve estar na agenda, não vá ser precisa no futuro para revitalizar alguma zona
necessitada. Quando as noticias desta proibição saíram, houve reacções populares contra a medida, com argumentos que até podem ter lógica e que estes regulamentos não previram. O certo é que para os automóveis de valor histórico, está acertada uma excepção, desde que estes estejam certificados por uma das três entidades nacionais reconhecidas para o fazer. Mas parece que nem tudo foi
acautelado, senão vejam. Portugal é frequentemente visitado por caravanas de eventos de automóveis antigos, com origem noutros países. No ano passado tivemos, por exemplo, o Internacional Meeting dos Porsche 356, onde duzentos modelos desta marca, quase todos estrangeiros, desfilaram pela Avenida da Liberdade, Rua do Ouro e pararam em frente ao Mosteiro dos Jerónimos. Não seria um desperdício proibir estes carros de passar por este percurso?
O certo é que qualquer estrangeiro, com um veículo histórico, não homologado em Portugal, está em contravenção, se passar agora por este percurso. Não podemos embarcar na crítica fácil a estas medidas ambientalistas, elas são necessárias, mas também não nos podem dar o nó à cabeça, com dogmatismos por vezes inadequados. Tive o privilégio de poder assistir à parada dos duzentos modelos 356 em frente aos Jerónimos e em muitos anos que tenho de automóveis, este foi um daqueles que me cortou a respiração e que verdadeiramente me conseguiu emocionar. Deixemos pois que os automóveis antigos e os monumentos de Lisboa, nos continuem a emocionar. K Paulo Almeida _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico
setor automóvel Audi A1 atualizado já disponível
Polo GTI já chegou a Portugal
3 A gama atualizada do Audi A1 já está a ser comercializado em Portugal, com preços a iniciarem-se nos 21.570 euros. O utilitário tem disponíveis versões com o motor 1.4 TFSI de 125 cv, 1.4 TDI de 90 cv e 1.6 TDI de 116 cv, quer na carroçaria de três portas quer na Sportback. Em maio chega o 1.0 TFSi de 95 cv, uma estreia no modelo, e o 1.4 TDI com caixa S-Tronic. K
3 Já está disponível em Portugal a versão renovada do Volkswagen Polo GTI, a quarta geração do desportivo alemão. A principal novidade encontra-se na substituição do 1.4 TSI com 180 cv por um 1.8 TSI de quatro cilindros com 192 cv (mais 12 cv) e 320 Nm de binário. Acelera dos 0 aos 100 Km/h em 6,7 segundos e atinge 236 Km/h de velocidade máxima. O motor poderá funcionar com uma caixa manual de seis velocidades ou de dupla embraiagem DSG de sete velocidades. K
Renault Captur lança Diesel com 110 cv 3 A Renault deverá lançar em maio uma nova versão do Captur, com um novo motor Energy 1.5 dCi 110. A nova versão do crossover da marca francesa, agora mais potente (110 cv em vez de 90 cv e 260Nm de binário), surge com uma caixa manual de seis velocidades. Terá consumos médios de 3,7 l/100 km e emissões de CO2 de 98 g/km. Atinge 175 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 11,03 segundos. K
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