março 2015 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No205 Distribuição Gratuita
www.ensino.eu suplemento
rui massena EM ENTREVISTA AO ENSINO MAGAZINE
Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS
Conhecido do grande público como maestro, Rui Massena lança o seu primeiro álbum enquanto pianista e compositor e apresenta-o em abril aos públicos de Lisboa e Porto.
ubi, aveiro e coimbra
Universidades criam consórcio até junho
Assinatura anual: 15 euros
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castelo branco
Mais de meio milhar de alunos nas engenharias C
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inovação
Leiria ensina matemática com conteúdos 3D P 11 C
acesso ao ensino superior
CCISP defende exames e percurso educativo
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universidade
Reitora de Évora com projeto para o futuro C
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Música, Maestro! C
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Rita Carmo H
Coordenação Portugal
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Rui Massena, maestro e compositor
«O ensino artístico é necessário aos valores básicos de uma sociedade» 6 Conhecido do grande público como maestro, Rui Massena lança o seu primeiro álbum enquanto pianista e compositor e
apresenta-o em abril aos públicos de Lisboa e Porto. Massena fala do país e da Europa, do que é ser português fora de portas,
do ensino artístico e das poucas oportunidades que são dadas aos artistas e criativos nacionais, sem esquecer o «seu» FC
Porto… Estreia brevemente o disco «Solo» perante o público de Lisboa e
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do Porto. O que é que se pode esperar destes espetáculos em dois palcos de grande impacto e simbolismo, o CCB e a Casa da Música? Sim. A 16 de abril na Casa da Música e a 19 de abril no CCB, vou tocar o meu disco «Solo», no respetivo ambiente de serenidade e, vou apresentar mais uma série de novas canções, juntamente com um Ensemble que estou a criar. Diz que «tinha de fazer a minha música porque precisava de ser feliz». Considera ser esta a sua emancipação artística e uma nova dimensão da sua carreira? Ouvir os meus impulsos para a composição era fundamental. É uma emancipação porque em vez de estar ao serviço do compositor, estou a dizer as minhas palavras. Essa é a diferença na função. Maestro e compositor. Abandona
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a
batuta
e concentra-se no piano num registo solitário. «Dia D» é o primeiro single, mas o segundo single «Família», é das que mais fica no ouvido, transmitindo grande harmonia e intensidade. É uma espécie de homenagem e celebração dos seus entes mais queridos? É uma celebração das memórias. A melancolia pode ser muito confortável. E claro, somos o que vivemos. A batuta é um símbolo da minha formação. Nunca a vou poder abandonar. Adoro a música feita com pessoas. Gravou e apresentou o disco na Casa da Cultura de Alfândega da Fé, em Trás-os-Montes. Foi coincidência ou tratou-se de uma mensagem intencional de recusar o abandono a que está a ser votado o interior do país? Gosto da paisagem de Trás-os-Montes e das gentes. Achei que me poderiam dar a tranquilidade e o retiro necessário à ;
gravação do meu CD. Para que em cada nota estivesse essa calma. E claro, tanto se pode fazer um bom trabalho em Alfandega da Fé ou em Nova Iorque. O seu cabelo em pé é uma imagem de marca que lhe dá um ar excêntrico e contrasta com o aspeto aprumado e irrepreensível dos outros maestros. Num país onde, muitas vezes, se pega pela espuma e pelo irrelevante, esse preconceito já foi ultrapassado e é a sua música e o seu talento que prevalecem? Sou rigoroso no meu trabalho e esse é que fala por mim. Já tenho caminho suficiente para o ter provado. A minha imagem é ao meu gosto e não dependo dela para viver. Se alguém acha que um médico por ter tatuagens é menos competente, é um problema dessa pessoa. Mário Laginha disse de si que «é um dos poucos maestros que não tem medo de arriscar». Revê-se nesta análise que o seu lado audaz lhe tem dado grandes conquistas? O Mário Laginha é um músico que admiro muito.Na verdade, tenho medo de arriscar mas esse medo não me impede de o fazer. Custa, mas compensa. Veem-me à cabeça três nomes de maestros: o venezuelano Dudamel, o argentino Barenboim e a sua compatriota, Joana Carneiro. Tem pontos de contacto e
afinidades e referências com alguns dos nomes mencionados?
nal» da TVI, num dos últimos domingos. Significa que na guerra das audiências sopram novos ventos?
Todos bebemos uns dos outros. Admiro qualquer um dos brilhantes profissionais que referiu.
A mim o que me importa é que com o esforço de nós todos, tenhamos uma sociedade mais plural, inclusiva e com menos preconceitos.
Um dos momentos mais relembrados da sua carreira foi o concerto final que fez com os Expensive Soul, no âmbito de Guimarães Capital da Cultura 2012. São manifestações desse carácter, arrojadas e improváveis, que ficam na memória coletiva das sociedades? Vivemos num país, numa Europa cheia de receios. As sociedades estão revoltadas e estão no limiar da sobrevivência. As pessoas, que têm contas para pagar, têm medo de arriscar e ficarem sem nada. E isso é muito ingrato para se arriscar. Mas no geral, as sociedades precisam desses rasgos para se reverem. Depois de ter sido júri na «Operação Triunfo», ocupa agora igual função no «Got Talent Portugal». Como se sente na missão de avaliar novos valores? Comunicar é uma necessidade que tenho. Gosto de ajudar a construir a minha sociedade em vez de a criticar. Tento ser pedagógico para que cada talento sinta que valeu a pena ter vindo. O «Got talent» bateu o «Desafio fi-
É sabido que a cultura é um parente pobre nacional. O ensino artístico, nomeadamente da música e das artes, tem visto diminuir os apoios e as verbas. A cultura e o talento continuam a ser valores negligenciados? O ensino artístico é absolutamente necessário aos valores básicos de uma sociedade. Temos que lutar para que esse espaço seja aumentado. Mas também parte de nós. Não nos podemos fechar e criticar quem mostra aos outros a importância das artes. E o meio artístico é às vezes muito pouco compreensivo com a ideia de que é preciso envolver a comunidade. O mercado de trabalho está pensado e desenhado para aproveitar em diversos domínios os recursos humanos que saem do ensino artístico? Não. Lamentavelmente, os nossos criativos e artistas não têm lugar a oportunidades nas casas de programação que, inclusivamente, são subsidiadas por todos nós.
Passou por diversas orquestras do mundo, nomeadamente em Roma e Nova Iorque. Como é que Portugal e os portugueses são encarados fora de portas? Bem. Nunca me senti ostracizado por ser português. Julgo que autores como Saramago ou Lobo Antunes, treinadores portugueses e futebolistas, músicos como a Maria João Pires ou artistas como Paula Rego, a par de uma nova geração de emigração brilhante nas suas competências, fazem ou fizeram de um Portugal com pequeno território, um País considerado e admirado. Há sempre mais para fazer. O FC Porto é, para além da música, o seu outro grande amor. Lopetegui vai conseguir roubar o campeonato a Jesus ou será mais um ano sem títulos no Dragão? Prognósticos só no fim do jogo... Gosto deste Porto e como bom adepto, acredito até ao fim do jogo! Nuno Dias da Silva _ Rita Carmo H
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UBI, Aveiro e Coimbra
Investigação
Consórcio assinado até junho
UBI faz ajustes
6 As universidades da Beira Interior, Aveiro e Coimbra vão formalizar a criação de um consórcio entre as três instituições da região Centro até final de junho, afirmou o reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), António Fidalgo, na reunião do Conselho Geral, a 27 de fevereiro. A futura ligação – que está, neste momento, a receber contributos das universidades envolvidas, especificou António Fidalgo – terá contornos parecidos com a UNorte.pt, estabelecida no início do ano entre as universidades do Minho, Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). O diálogo contou com a participação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. “Os reitores das três universidades têm reunido com regularidade na CCDR-C com a presidente Ana Abrunhosa”, explicou António Fidalgo, acrescentando que considera benéfico, tal como os outros dois reitores, que se chegue a um acordo semelhante ao que aconteceu no Norte. Há três diretrizes a orientar o convénio, “capacitação, internacionalização e empreendedorismo”, que pretendem aprofundar a cooperação “em vista a um
António Fidalgo, reitor da UBI
melhor aproveitamento das verbas disponíveis no Portugal 2020 e mais concretamente no Centro 2020”. O protocolo não implicará uniões mais aprofundadas. Nomeadamente o dossiê sempre sensível das fusões. António Fidalgo esclareceu que “a criação de um consórcio à semelhança da UNorte, nada tem a ver com a fusão das universidades envolvidas e deve ser salientado devido às confusões que se fazem e têm vindo a ser feitas sobre o tema”. Estes consórcios, “em termos de lei, não têm qualquer vinculação,
neste momento”. António Fidalgo salientou ainda que as transferências do Orçamento Geral do Estado “são insuficientes” e há um “subfinanciamento crónico da UBI”. Apesar de se saber que não haverá alterações da parte do Governo no envelope financeiro que toca às instituições de Ensino Superior, os responsáveis da Beira Interior estão a tentar “que as dotações sejam pelo menos suficientes para cobrirem as despesas de funcionamento”. Já no que toca à nova fórmula de financiamento que está a ser trabalhada, António Fidalgo considera que pode beneficiar a Universidade da Beira Interior. “Tenho vincado sempre a necessidade do financiamento das instituições ser feito não apenas tendo em atenção o histórico, como acontece desde 2006, reivindicando sempre o financiamento mediante uma fórmula. Neste aspeto, avançou-se bastante e aí é de louvar o esforço do atual secretário de Estado do Ensino Superior, porque apresentou ultimamente um modelo que constitui, até ao presente, o documento mais sólido sobre o tema”, explicou. K Rodolfo Pinto Silva _
Na UBI
Miúdos descobrem o coração
6 Conhecer a Universidade da Beira Interior (UBI) por dentro e aprender com o que se ensina e investiga. É este o propósito do programa UBIExperiências que, este mês, recebeu na Faculdade de Ciências da Saúde uma turma do 9.º ano da Escola Campos Melo, da Covilhã. “Virar um coração do avesso” foi uma atividade entre as 95 que a instituição oferece aos mais jovens. Equipados a rigor, de bata verde e luvas, no Laboratório de Anatomia, os alunos ficaram a conhecer melhor como trabalha este elenco fundamental do corpo humano. Aprenderam num ambiente laboratorial para complementarem aquilo que os alunos estudam na disciplina de Ciências Naturais. “Ajudou-me a perceber o funcionamento das veias, da maneira como o sangue entra no coração. É confuso e aprendemos de uma maneira mais visual”, explica Júlia Fonseca Borges, uma das alunas que participou na sessão. Esta pode ser uma das op-
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ções dos professores dos níveis de ensino Básico e Secundário ao escolherem uma das propostas do UBIExperiências. Aproveitar o momento em que trabalham determinadas matérias para visitar a UBI, que contribui para explicar ou rever a matéria dada, a partir da investigação que ali se faz. “Nós já tínhamos falado destes assuntos, mas agora vieram consolidá-los”, refere Regina Almeida, docente da Campos Melo, acrescentando: “É uma atividade diferente. Puderam sair da escola e aprender de forma diferente”. Eduardo Cavaco, docente da
UBI, confirma este apoio aos graus de ensino pré-universitário: “A Faculdade de Ciências da Saúde tem outras propostas, mas houve uma preocupação no sentido de ir ao encontro dos programas curriculares das escolas e de haver a facilidade de realizar algumas aulas práticas que, muitas vezes, não conseguem fazer” salientando que isso também “é muito bom” para a Universidade que abre as portas e interage com a comunidade local, “contribuindo para o enriquecimento pedagógico e curricular destes alunos”. K Rodolfo Pinto Silva _
6 As mudanças nas Unidades de Investigação deixaram a Universidade da Beira Interior (UBI) mais preparada, garante Paulo Moniz, vice-reitor para a Área de Investigação, poucos dias após a tomada de posse dos novos coordenadores, numa altura em que as unidades enfrentam novos desafios na captação de fundos, fruto das contingências da recente avaliação das unidades realizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). As mudanças que se verificaram foram motivadas pela necessidade de adaptação a alguns critérios da FCT. “Se a UBI ficou melhor preparada? Eu diria que sim. Houve um debate, as pessoas autoavaliaramse, em termos de unidades, viram o que era melhor e pior, o tema foi aos vários órgãos da Universidade e fez-se uma opção”, explica o responsável pela Investigação, acrescentando: “Agora temos de trabalhar em função dos fundos que poderão vir aí, mas também da avaliação intermédia de 2017”. O dinheiro para as unidades trabalharem não abunda, mas há algumas possibilidades. “Ao abrigo do protocolo que a UBI tem com o Santander, o reitor destinou 200 mil
euros para a Investigação e vamos deliberar como é que esse dinheiro poderá ser distribuído. Não é muito. Temos 13 unidades, algumas precisam de muitos consumíveis e têm bolseiros”, explica Paulo Moniz. Candidaturas a fundos comunitários no âmbito do Horizonte 2020, destinado a apoiar investigação e inovação, programa que está em vigor nos próximos cinco anos, é outra opção. AUBI espera também que a FCT atribua financiamentos às unidades que passaram à segunda fase da avaliação e apoie com um fundo de reestruturação aquelas que tiveram “bom”, para que possam subir na classificação. Uma forma de tornar os projetos mais fortes é a interdisciplinaridade entre as unidades. A FCT refere o alinhamento inteligente algo que, para Paulo Moniz, é um indício de que se pretende este movimento. “Ignorálo vai ser um erro, mas eu sou muito favorável à multidisciplinaridade”, explica, lembrando o incentivo para o aproveitamento de sinergias entre as cinco faculdades: “Acredito que irá permutar uma partilha de opiniões. Creio que essas reuniões vão dar o seu fruto e é algo para o qual temos de olhar muito”. K
Paulo Querido na UBI
Jornalismo e tecnologia 6 Jornalismo e tecnologia vão ter de caminhar juntos. Os consumidores de informação – muitos deles já migraram dos meios tradicionais para os suportes digitais – terão percebido a importância deste cruzamento. Mas e dentro das redações? Paulo Querido, jornalista, blogger e articulista destas áreas, defendeu na UBI, a 20 de fevereiro, que os profissionais com formação tecnológica vão acabar por ser integrados nos locais onde se produz informação e deixar de ser “outsiders” nestes espaços. “A mensagem principal é que há pontes entre as duas situações. Há um aproximar dos dois mundos. Por um lado, as pessoas de tecnologia podem ter oportunidades no campo do jornalismo e, por outro lado, a aproximação dos jornalistas de uma linguagem – não só de uma linguagem, de uma filosofia – e de um conjunto de coisas que para eles são novidade e que têm de começar a dominar e perceber”, acrescentou. Porque conhecimentos para “lidar com as linguagens de programação, ‘backend’ ou ‘frontend’, para melhorar os processos e os serviços que o jornalismo presta
são competências claramente do jornalista”, descreve Paulo Querido, que se apresentou durante o seminário de Doutoramento/LabCom.ifp, como “jornalista-programador”. A junção – que irá inevitavelmente acontecer – não é diferente do que aconteceu com o abrir de portas a outras funções na produção informativa. A título de exemplo são apontados os fotojornalistas, radialistas ou até os infográficos, que inicialmente eram vistos como outsiders à profissão e que hoje estão plenamente integrados nas redacções. “Da mesma maneira que temos numa redação grande os editores de texto, de fotografia, já temos hoje nos jornais online os editores multimédia. E teremos o editor de aplicações de ‘java script’, o editor tecnológico. Não das notícias de tecnologia, mas das componentes tecnológicas de um site de informação”, salienta. O especialista não prevê um período longo para que esta realidade faça parte do ecossistema mediático – “talvez dentro de dois, três anos” –, apontando indícios claros desta tendência no diário online Observador. K Rodolfo Pinto Silva _
Nova no tiro com arco T Maria João Banha, aluna da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa tornou-se Vice-Campeã Nacional na categoria de Recurvo Sénior Senhora, na final do Campeonato Nacional de Tiro com Arco. Em representação da AEFCT - Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Maria João, atleta do Núcleo Tiro com Arco, realizou nove provas entre outubro e fevereiro, conseguindo a qualificação para a final do campeonato, que se realizou em Mafra no final de Fevereiro. K
275 329 171, até 15 de abril. K
Protocolo ‘aeronáutico’ T A Universidade da Beira Interior acaba de assinar um protocolo com a Câmara Municipal de Ponte de Sor, ao abrigo do qual alunos de Engenharia Aeronáutica, Eletromecânica e Eletrotécnica e Computadores poderão realizar estágios naquele município através do aeródromo de Ponte de Sor. Para além dos estágios e componentes práticas, o protocolo prevê o intercâmbio de atividades de formação e investigação, bem como a criação de três bolsas de estudo anuais para alunos da UBI dos cursos de Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletromecânica e Engenharia Eletrotécnica e Computadores.K
Cursos acreditados
UBI para chineses T A Universidade da Beira Interior já tem online o novo portal em chinês, dirigido aos candidatos do gigante vermelho. A China é o próximo objetivo na internacionalização da UBI. O site, que pode ser consultado em http:// china.ubi.pt/pt/, inclui informação sobre a oferta de cursos da UBI, alojamento e alimentação na UBI, regulamentos e vistos, bolsas, informação útil sobre a cidade e a região e ainda testemunhos de alunos que estudaram na UBI. K
Antigos ubianos T O próximo Encontro de Antigos Alunos da UBI, marcado para 18 de abril, vai assinalar os 40 anos de Ensino Superior na Covilhã. Os alunos do ano letivo inaugural de 1974/1975, suas famílias, docentes e funcionários, vão reunir-se num almoço de confraternização. As inscrições estão abertas, devendo os interessados inscreverem-se via e-mail para alumni74@ubi.pt ou pelo telefone
TA Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) acreditou, por 5 anos, o curso de 2º Ciclo/Mestrado em Sociologia: Exclusões e Políticas Sociais da Universidade da Beira Interior. Acreditou ainda, por 6 anos, o 1º Ciclo/Licenciatura em Economia. K
Protocolo com a Outsystems T A Universidade da Beira Interior assinou um protocolo de cooperação com a empresa OutSystems, que irá abranger um total de 90 alunos dos cursos de Engenharia Informática, Tecnologia e Sistemas da Informação e Engenharia Eletrotécnica e de Computadores. A parceria prevê que o projeto prático da UC seja proposto, acompanhado e avaliado em parceria com a OutSystems, que premiará os três melhores trabalhos desenvolvidos pelos alunos. O projeto envolverá a utilização de tecnologia propriedade da empresa, para a qual os alunos receberão gratuitamente licenças e formação específica (em moldes semelhantes ao que é assegurado aos próprios colaboradores da OutSystems).K
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Luta contra o cancro
Projeto pioneiro na UBI 6 Elizabete Costa, investigadora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior desenvolveu agregados celulares (esferóides) que reproduzem a estrutura dos tumores que afetam os seres humanos. Estes modelos tridimensionais de tumores permitem testar, com um baixo custo, novos medicamentos que possam ser usados no tratamento do cancro. Esta tecnologia permite replicar vários tipos de tumores e reduzir a utilização de animais em ensaios pré-clínicos. “Nos últimos dois anos reproduzimos agregados celulares muito semelhantes aos tumores que ocorrem nos humanos e verificámos que é possível reproduzi-los em larga escala e com
um baixo custo”, disse Elisabete Costa, investigadora do Centro de Investigação em Ciências da Saúde que este ano recebeu uma bolsa de doutoramento financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia para prosseguir o trabalho orientado por Ilídio Correia, diretor do Mestrado em Ciências Biomédicas da FCS. Desde o início da investigação e desenvolvimento de uma molécula que possa vir a ser integrada num medicamento até à comercialização desse fármaco podem decorrer vários anos – se o processo for bem-sucedido. Muitas vezes a molécula não chega a passar dos ensaios clínicos, seja devido aos efeitos secundários ou a problemas de segurança. “Até aqui os testes eram feitos
em células cultivadas em duas dimensões que não permitiam reproduzir as características dos tumores que afetam os seres humanos. Os modelos tridimensionais que criámos conseguem mimetizar a estrutura dos tumores e contribuir para avaliar se um determinado medicamento vai ou não ter a capacidade de matar as células cancerígenas”, acrescentou a investigadora. “O projeto pode despertar o interesse da indústria farmacêutica uma vez que estas empresas pretendem testar novos fármacos em plataformas baratas, para reduzir os custos associados ao desenvolvimento de medicamentos, obtendo resultados com maior fiabilidade e rapidez”, concluiu Elisabete Costa.K
Mestrado de Jogos na UBI
Projetos chegam ao mercado
6 O G3Dmaster – Mestrado em Design e Desenvolvimento de Jogos, que funciona pela primeira vez este ano na Universidade da Beira Interior (UBI), revela-se uma autêntica fábrica de jogos, sendo que, no final do semestre, estarão disponíveis para o público quatro novos projetos. Os trabalhos preparados no primeiro semestre prevêem a criação de uma aplicação que pretende melhorar o ensino da música. Há um projeto social destinado a aumentar a responsabilidade de elementos de bairros carenciados. Outra equipa está a fazer um jogo de entretenimento e, uma quarta estuda uma aplicação que irá apresentar peças jornalísticas. Ou seja, através de um jogo é transmitida a notícia. No final do semestre, estes projeto têm de ser disponibilizados para o público. “Podem não ser os finais, mas têm de estar funcionais e atingir os requisitos
mínimos para que a Apple Store, a Android e a Microsoft aceitem a sua publicação”, salienta Ernesto Vilar, responsável do mestrado. O docente considera, de resto que “são promissores e com pernas para andar, no âmbito de pequenas empresas, que é o
objetivo do curso”. O G3Dmaster nasceu com essa vertente de incentivo ao empreendedorismo e de ligação a projetos empresariais que já existem. Algumas delas têm acompanhado de perto o mestrado. K Rodolfo Pinto Silva _
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universidade de aveiro
Robôs poupam as pessoas
6 Para quem desconhece os meandros da robótica, identificar, apanhar e classificar mecanicamente peças que são colocadas ao acaso numa superfície é algo de banal. Mas o problema é complexo e pode ter grande impacto na indústria, dado que a automatização destes processos torna as empresas mais competitivas, pois estas tarefas são normalmente realizadas por pessoas, a quem estas tarefas repetitivas podem originar doenças profissionais. O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro (UA) estuda essas soluções. Recentemente, foi apresentada uma dissertação de mestrado nessa área e surgiu uma empresa dedicada à visão artificial na Incubadora de Empresas da UA. O problema de automatismo no chamado Bin Picking começa na identificação das peças num conjunto disposto ao acaso, explica Vítor Santos, professor do
Departamento de Engenharia Mecânica e investigador do Grupo de Robótica do Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro. A visão artificial, aspeto central no “Bin Picking”, preferencialmente a três dimensões, deve reconhecer peças diferentes de um conjunto. No passo seguinte
será necessário apanhar as peças, encontrando um ponto de fixação e usando os dispositivos de captura adequados à superfície e ao tipo de peças. O robô deverá ainda ser capaz de classificar as peças e separá-las com uma certa ordem e colocá-las, por exemplo, em contentores de acordo com o tipo de cada peça. K
Necessidades Educativas Especiais
Estudo da UMinho conclui
Universitários: mais míopes 6 O Laboratório de Investigação em Optometria Clínica e Experimental da Universidade do Minho desenvolveu um estudo para conhecer a prevalência da miopia em estudantes universitários. Os testes realizados em dois momentos, em 2002 e 2014, a cerca de 200 alunos da Escola de Ciências daquela universidade, revelaram um aumento da miopia de 23% para 42%. Este aumento tem vindo a verificar-se em vários países, nomeadamente nos asiáticos, onde a prevalência de miopia nas populações universitárias atinge valores superiores a 85%. Em Portugal, é a primeira vez que se desenvolve um trabalho do género e os resultados confirmam a perceção defendida pelos especialistas. “A miopia está a aumentar exponencialmente na população estudantil portuguesa. Os resultados vêm reforçar a necessidade de se estabelecer um programa nacional de prevenção
da miopia. Este deverá passar por um estudo epidemiológico da população e pela implementação de ações de sensibilização dos pais e educadores sobre os fatores de risco para o aparecimento e progressão da miopia e dos profissionais da saúde visual sobre as técnicas de retenção da progressão da miopia”, afirma Jorge Jorge, coordenador do projeto e professor da Escola de Ciências. K
Algarve com gabinete
6 O Gabinete de Apoio ao Estudante com Necessidades Educativas Especiais da Universidade do Algarve realizou um seminário, a 25 de fevereiro, sobre a “Inclusão de Estudantes com NEE no Ensino Superior - Construindo e testemunhando histórias de sucesso!”. O seminário visou dar a conhecer os
objetivos e a metodologia do Gabinete e sensibilizar a comunidade para a inclusão educativa de estudantes com NEE no Ensino Superior. A Universidade do Algarve, seguindo os princípios da escola inclusiva, implementou um conjunto de condições específicas assentes no reconhecimen-
to do direito à diferença, sem abdicar dos parâmetros normais de exigência e qualidade do processo de ensino e aprendizagem, pretendendo que todos os estudantes tenham uma educação igual e de qualidade, que respeite as suas necessidades e características, facilitando-lhes a transição para a vida ativa. K
Aplicação da terapia génica
Coimbra dá contributo
6 Um dos grandes entraves ao sucesso da aplicação da terapia génica, que consiste em transferir material genético exógeno para células-alvo, por forma a corrigir doenças que envolvam fatores genéticos, como por exemplo o cancro, é o transporte e entrega eficiente do material genético às células alvo. Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra, através da Faculdade de Ciências e Tecnologia e do Centro de Neurociências e Biologia Celular, conseguiu ultrapassar este obstáculo, desenvolvendo um “veículo” de transporte à base de dois polímeros completamente catiónicos (um polímero que tem uma distribuição de cargas positivas em toda a sua cadeia). Os resultados da investigação,
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financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), foram tema de capa da última edição da revista científica “Macromolecular Bioscience”. O nanossistema concebido pela equipa da UC, nos últimos quatro anos, é uma espécie de
“novelo formado pelo emaranhado de polímero e genes que assegura o transporte eficaz do material até às células-alvo, protegendo-o e impedindo a sua destruição ao longo do percurso”, ilustram os coordenadores do estudo. K
Prémio Jovem Arquiteto Paisagista 2015
Alunos da UTAD vencedores 6 O Prémio Jovem Arquiteto Paisagista 2015, a maior distinção em Portugal para estudantes de arquitetura paisagista, acaba de ser atribuído a três alunos da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro (UTAD), autores de um projeto inovador de requalificação do espaço urbano. Os jovens premiados, Nélson Soares, Ricardo Bessa e Sérgio Oliveira, estudantes do curso de Arquitetura Paisagista da UTAD,
prepararam originalmente um projeto para a participação no concurso público de ideias para estudantes Seoul Urban Design 2013, na Coreia do Sul. O desafio era a requalificação de uma zona de autoestrada no centro da cidade de Seul e visava a sua devolução como espaço público. Este prémio é promovido pelo Jornal Arquiteturas e pela Vibeiras, e conta com o apoio da Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas. K
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Ana Costa Freitas reitora da Universidade de Évora
Projeto definido rumo ao futuro 6 A Universidade de Évora tem definida a sua estratégia para o futuro. Em entrevista ao Ensino Magazine, a reitora da instituição, Ana Costa Freitas, fala do plano estratégico da universidade e daquilo que preconiza para o futuro. No entender daquela responsável é “importante focar a universidade naquilo que é a sua essência, de forma a ser reconhecida nas áreas em que é boa e em que tem condições para se afirmar nos contextos nacional e internacional”. Ana Costa Freitas sublinha que essas áreas passam “pelas ciências agrárias e ambiente; património material e imaterial, e humano; ciências da saúde; as energias renováveis; e as TIC, devem ser transversais a toda a universidade”. A reitora adianta que os títulos “não estão fechados, mas estão centrados naquelas áreas, as quais na minha perspetiva estão cruzadas umas com as outras”. No entender de Ana Costa Freitas, “só desta forma conseguiremos ganhar competitividade interna para competir externamente. Desta forma contribuiremos também para valorizar a região e o país”. A reitora diz que no futuro a aeronáutica poderá vir a ser uma das áreas âncora da UE, mas neste momento “a universidade não tem pessoas que trabalhem exclusivamente nisso”. E esclarece: “nós estamos muito alinhados naquilo que são as necessidades da região e com a estratégia de especialização inteligente para o Alentejo. O objetivo é que daqui a seis anos sejamos reconhecidos por essas áreas que consideramos estratégicas”. Ana Costa Freitas concorda com o ex-ministro da Educação, David Justino, o qual defende a especialização das instituições de ensino, sobretudo as do interior. “Nós não temos dimensão para nos podermos afirmar
Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora
isoladamente em determinadas áreas. Portanto, é importante que nos especializemos nas áreas em que podemos ser líderes, e nas outras temos que ganhar mais peso e fazer acordos com outras instituições e entrar em redes internacionais”. A reitora da única universidade da NUT II, fala da boa relação que existe entre Évora e os politécnicos de Portalegre e de Beja. “Vamos enviar uma proposta de protocolo aos dois politécnicos para que possamos ter uma maior articulação entre as três
instituições, para nos agilizarmos no que respeita aos fundos regionais, e para que possamos rentabilizar recursos. Tudo isto nos fará ganhar escala”. Ana Costa Freitas fala também da “Rede Regional de Transferência de Tecnologia, financiada pelo último QCA, a qual une as três instituições. Temos vindo a fazer reuniões nos vários nós da rede, e iremos colocar online as ferramentas e capacidade instalada, que pode vir a ser utilizada pela região”. O Parque de Ciência e Tec-
nologia do Alentejo, cujo polo principal está em Évora, e que tem neste momento 33 empresas associadas, duas das quais de grande dimensão, é também salientado pela reitora da UE. “Isto insere-se numa estratégia de criação de emprego qualificado e fixação de pessoas na região. E portanto se queremos ter maior atratividade, temos que garantir aos diplomados que formamos que podemos fixá-los na região”. Numa outra perspetiva, a reitora recorda o mestrado em enfermagem, o qual envolve não só os politécnicos de Portalegre e Beja, mas também os de Castelo Branco e Setúbal, e que será lançado para o próximo ano. A UE “tem também ligações com a universidade da Extremadura (onde vão existir cursos de dupla titulação, e onde se irá desenvolver projetos para fundos transfronteiriços). Temos que identificar aquilo em que nos podemos complementar”. Ana Costa Freitas diz que a Universidade de Évora está também empenhada em criar um consórcio com as universidades do Algarve e Nova de Lisboa, para desenvolver uma oferta conjunta destinada aos países do magrebe. No entender de Ana Costa Freitas, é importante que as “instituições ganhem escala. Por isso a existência deste tipo de consórcios resulta da necessidade que sentimos (as instituições) de ganhar dimensão, e da oportunidade que a internet nos oferece no que respeita à circulação da comunicação. Isso permite abrir-nos ao mundo. Primeiro apostando em Portugal, depois internacionalizandonos”. A reitora acrescenta que “esta questão não é uma imposição, mas sim uma evolução natural daquilo que se está a passar no mundo”. Ana Costa Freitas recorda
que na área da internacionalização a Universidade de Évora tem feito o seu caminho. “Nós estamos incluídos num centro de investigação do Instituto Europeu de Tecnologia, que abriu novas escolas para a saúde e envelhecimento, e temos como parceiros a Universidade de Lisboa, entre outras instituições. A instituição líder deste grupo é alemã, e esta nossa participação abre-nos uma perspetiva de concorrer a projetos do horizonte 2020 em consórcio. Por outro lado, neste Quadro Comunitário de Apoio a Universidade de Évora também concorreu em consórcio, que envolve outras universidades portuguesas. Para além destes projetos de cariz internacional, existem todos os outros projetos que partem dos nossos investigadores. Esta é uma dinâmica que faz parte da história da universidade”. No que respeita à oferta formativa, a reitora da Universidade de Évora diz que não haverá novidades, mas rejeita a diminuição no número de ofertas ao nível do 1º ciclo de formação. “Se houver cursos que não possam abrir devido por falta de alunos, é importante que tenhamos cursos em carteira para que possam avançar. Reduzir o número de cursos não me parece uma boa opção, até pela responsabilidade que temos para com a região”. Já no que respeita aos mestrados e doutoramentos, Ana Costa Freitas tem uma posição diferente: “aí devemos ter formações muito fortes. Devemos focar a nossa oferta formativa, tendo em atenção a região e aquilo que os alunos querem. Não é ideal termos cursos com muito poucos alunos. Mas isto tem que resultar de um compromisso entre aquilo que a reitoria deseja e o que é a posição das escolas, que têm autonomia pedagógica e científica”. K
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Parabéns ao Ensino Magazine pelo 17.º aniversário
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IP castelo Branco
Docente da EST cria regra para robôs
Iniciativa liga a escola à comunidade
Fórum Esart entusiasma 6 O músico e compositor, António Pinho Vargas, e o jornalista do Expresso, Nicolau Santos, abriram da melhor forma o Fórum Esart deste ano, num Cine Teatro Avenida que teve a plateia repleta, sobretudo de alunos. A iniciativa que faz parte da própria história da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco decorreu entre 23 e 25 de fevereiro, na cidade albicastrense. O Fórum para além de ser um excelente instrumento de trabalho para os alunos e docentes da escola, soube também acolher a comunidade albicastrense, através de promoção de atividades abertas ao público quer em espaços da autarquia, quer na nova escola. António Fernandes, vice-presidente do Politécnico, na sessão de abertura, destacou dois dos objetivos de uma iniciativa realizada de acordo com os cursos ministrados na escola e tendo por base a parte curricular dessa oferta, através da vertente seminário. Por isso, muito dos workshops destinavam-se aos alunos. “Este Fórum foi pensado para
os estudantes”, referiu aquele responsável, para depois enumerar os objetivos da iniciativa: “Em primeiro lugar este evento permite o contacto com personalidades de reconhecido mérito. Por outro lado é um momento para o Politécnico e a Esart dinamizarem a cultura da região”. António Fernandes destacou também o apoio da Câmara de Castelo Branco, “a qual tem sido uma parceira preocupada. Nesta iniciativa vamos realizar um conjunto de atividades em espaços da autarquia”, disse. O apoio do Município de Castelo Branco, presidido por Luís Correia, foi também sublinhado pelo diretor da Escola, Filomeno Raimundo, que lembrou que os designers de moda José António Tenente, Maria Gambina e Nuno Gama participarem em sessões de trabalho com os alunos, no âmbito do no seminário dedicado ao Bordado de Castelo Branco, que a autarquia albicastrense também realizou nesse período, o mesmo sucedendo com outras atividades, como a apresentação do programa informático Risco,
ou as visitas à escola de Bordados, que são comuns aos dois eventos (ver outra peça sobre o seminário). José Filomeno Raimundo lembrou que “esta é uma oportunidade de congregar em Castelo Branco diferentes personalidades que representam os diversos domínios do ensino ministrados na escola”. De caminho destacou também o “empenho dos professores e colaboradores da Esart para a realização do Fórum”. Na sessão de abertura, Arnaldo Brás, vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, lembrou que a “Esart, tal como todas as outras escolas do Politécnico são fundamentais para a região. A cidade não seria a mesma sem o Instituto Politécnico”. O autarca destacou ainda a elevada taxa de empregabilidade dos alunos da instituição, referindo que “a Esart é um bom exemplo”. Arnaldo Brás voltou a reafirmar a total disponibilidade da Câmara de Castelo Branco em continuar a colaborar com o Politécnico, facto que já sucede desde há muitos anos”. K
ESART
Diplomados fazem Agroop 6 Os designers Bruno Fonseca e Bruno Rodrigues, diplomados do Mestrado em Design Gráfico da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico, aos quais se juntou o colega Rogério Ribeiro, criaram a Agroop, a primeira startup portuguesa a participar na # Seedrs, considerada como uma das maiores e mais prestigiadas plataformas de equity crowdfunding do mundo.
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A Agroop é uma multiplataforma destinada ao setor agrícola, constituída por quatro produtos complementares: software de gestão agrícola; rede social destinada ao setor agrícola; plataforma sobre inovação agrícola; mercado agrícola online. Em nota enviada à imprensa pelo IPCB, é referido que a “ideia desta startup, que opera no Tagus-
park, surgiu pelas mãos de Bruno Fonseca, no âmbito de uma unidade curricular do Mestrado em Design Gráfico, ganhando nova dimensão com o Passaporte para o Empreendedorismo do IAPMEI, uma iniciativa que pretende estimular jovens empreendedores qualificados a desenvolver projetos de empreendedorismo inovador”. K
6 A primeira norma do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) na área da automação e robótica tem a assinatura do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Paulo Gonçalves, docente na Escola Superior de Tecnologia, participou no desenvolvimento daquela que é considerada a primeira norma internacional que vai permitir ao robôs comunicarem entre si e com humanos. Ao Ensino Magazine, o docente mostra-se “feliz por ter tido papel ativo no seu desenvolvimento”. Paulo Gonçalves explica que esta “é a norma genérica e que a partir daqui vamos desenvolver outras mais específicas para, por exemplo, as áreas industriais ou de serviços (robôs domésticos)”. O docente albicastrense recorda que esta “norma foi já testada em robôs reais nos Estados Unidos, Suécia e Brasil, e em versão simulada nos laboratórios da EST em Castelo Branco”. Paulo Gonçalves acrescenta que esta norma “estabelece conceitos para que os robôs comuniquem entre si e com humanos. Conceitos não ambíguos, mas com fórmulas matemáticas”. É precisamente esta nova norma que vai ser
utilizada na construção de novos robôs. Paulo Gonçalves explica que o processo passou por uma proposta “inicial, por um estudo preliminar e depois por um processo de três anos para desenvolver a norma”. Já em nota enviada ao nosso jornal, o Instituto Politécnico explica que “Ontologies for Robotics and Automation” (ORA) Standard (P1872) define uma ontologia que especifica os principais conceitos, relações e axiomas da robótica e automação”. Esta «regra» tem “como principal objetivo ser uma referência para a representação do conhecimento e raciocínio em robôs, bem como um vocabulário formal de referência para a transmissão de conhecimentos entre robôs e seres humanos”. K
Radiologia e Radioterapia
Congresso nacional na escola de saúde 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco realizou, nos dias 20 e 21 de março, o III Congresso de Radiologia da ESALD e o I Congresso de Imagem Médica e Radioterapia, subordinado ao tema “Semiologia do Aparelho Urinário”. A iniciativa pretendeu promover o debate sobre o diagnóstico por imagem, numa ótica de benchmarking, perspetivando os desafios futuros induzidos pela crescente inovação tecnológica; divulgar o campo de ação da Radiologia no âmbito da investigação na ESALD; e ainda abrir portas à nova licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia.
Este evento, o 1º em Portugal dedicado à Imagem Médica e Radioterapia, envolveu simultaneamente as áreas de Radiologia, Radioterapia e Medicina Nuclear e englobou a realização de um Curso Pré-Congresso subordinado à temática da Fusão de Imagens Médicas, bem como de vários workshops, nomeadamente na área de Suporte Básico de Vida, Punção Venosa, Marketing e Empreendedorismo em Saúde e Meios de Imobilização em Radioterapia. O congresso decorreu no Auditório da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco e os workshops na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. K
www.ensino.eu
Semana da Engenharia e INFOTEC
EST recebe mais de meio milhar 6 A Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco (ESTCB) recebeu mais de meio milhar de alunos do ensino secundário dos distritos de Castelo Branco, Viseu e Leiria, durante a Semana de Engenharia e o Fórum de Informática e Novas Tecnologias (INFOTEC), que decorreram durante o mês de março. Estes eventos permitiram aos participantes tomar conhecimento e interagir com algumas das mais recentes tecnologias, técnicas ou metodologias usadas no mercado, tendo sido abordados temas desde a inovação ao empreendedorismo, com particular enfoque na engenharia e na tecnologia. A Semana de Engenharia e o INFOTEC englobaram também uma vertente mais profissional, tendo sido realizadas diversas sessões destinadas a alunos da ESTCB e a profissionais que trabalham nestas áreas. Em nota enviada ao nosso jornal, a ESTCB refere que a 5.ª edição da Semana de Engenharia, que agrega as Jornadas de Engenharia Industrial, Jornadas de Engenharia Civil, Jornadas de Engenharia das Energias Renováveis e as Jornadas de Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações, contou com a presença de representantes de empresas e organizações na área de engenharia, nomeadamente Ordem dos Engenheiros, Galp Energia SA, Specman Lda, Enforce, MédioTejo21, IrRADIARE, Generg, Visabeira Global SGPS, Exide Technologies (Tudor), Sapo.pt e Teka Electronics. Durante o evento foram abordadas as mais diversas temáticas, desde a gestão da lubrificação, fiabilidade na manutenção, engenharia civil, sustentabilidade e construção de maquetes, passando pela produção de biocombustíveis, energia eólica e mobilidade elétrica até às redes de telecomunicações, produção de baterias, construção de drones e placas de circuito impresso.
Durante o Fórum de Informática e Novas Tecnologias (INFOTEC) foram realizadas 7 palestras sobre diversas temáticas da Informática e das Tecnologias, incluindo uma sessão destinada ao testemunho de ex-alunos sobre a sua experiência enquanto estudantes e a entrada no mercado de trabalho. Foi ainda dada oportunidade a alguns alunos e diplomados para apresentarem os seus projetos enquanto empresários. A vertente mais prática do evento incluiu 5 Workshops destinados a estudantes do ensino superior na área da informática, nomeadamente Modelação e Animação 3D, SmartGeo, QT Widgets, Presentation Skills, IEEE - From student to a successful professional, onde participaram também diversos alunos de ERASMUS do IPCB. Decorreram ainda 7 “InfotecLabs”, laboratórios práticos destinados exclusivamente a alunos do ensino secundário, nas áreas do desenho em Flash, informática e robótica, bases de da-
dos, criação de jogos e programação. Numa abordagem mais lúdica, foram realizados 2 torneios, Torneio de Heartstone da E-University League e Torneio de League of Legends da E-University League,
que são jogos de estratégia e de equipa jogados a nível mundial. Neste caso foram formadas equipas de 5 elementos que disputaram o jogo entre si, animando os participantes que assistiram à competição. K
Concurso fazer acontecer
Ideias inovadoras 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco, em parceria com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, realizou, no passado dia 14 de março, nas instalações do Centro Comercial Alegro, um concurso de ideias de negócio, “Fazer Acontecer - Concurso para Jovens Empreendedores”, que teve como objetivo sensibilizar os alunos do IPCB e das escolas participantes (Secundária Nuno Álvares, e Tecnológica Profissional Albicastrense - ETEPA), para a inovação e o empreendedorismo. A sessão de abertura da iniciativa contou com a presença do responsável Executivo da CIMBB, Joaquim Morão, do presidente do IPCB, Carlos Maia e da responsável de gestão e marketing do Alegro, Cristina Roxo. Aqueles responsáveis sublinharam a necessidade e importância dos alunos
Carlos Maia, com Joaquim Morão e Cristina Roxo
adquirirem competências empreendedoras que os capacitem para desenvolver projetos inovadores. Estiveram envolvidos um total de 60 alunos, organizados por grupos que percorreram um roteiro que envolveu as seguintes etapas: dinâmica interpessoal, com produção de um protótipo; criação de ideias de negócio; estruturação do modelo de negócio e, finalmente, a apresentação e defesa do projeto. Para além dos docentes do IPCB que estiveram envolvidos na organização do “Fazer Acontecer”, o evento contou também com a colaboração ativa de jovens empreendedores do Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco que, com a sua experiência, colaboraram, sobretudo, na fase de estruturação dos modelos de negócio. K
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Futebolistas
IPG apoia projeto de formação
Serra da Estrela
Guarda quer geoparque
6 “A classificação da serra da Estrela como geoparque projetará neste território de montanha uma dimensão de notoriedade, valorização e qualificação com expressão internacional, capaz de fomentar o turismo, a valorização do património e o desenvolvimento sustentável”. Esta é a convicção de Gonçalo Fernandes, vice-presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), manifestada a propósito da recente realização da Jornada de Reflexão sobre a Serra da Estrela. Esta iniciativa decorreu, no passado dia 11, no Instituto Politécnico da Guarda, organizada pelo IPG (através do Projeto Carta Turística da Serra da Estrela) em parceria com a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela; uma jornada que incidiu sobre as potencialidades deste contexto espacial, enquanto estratégia de dinamização e desenvolvimento de territórios de baixa densidade. Gonçalo Fernandes, aludindo ainda à classificação da Serra da Estrela como geoparque, acrescentou que ela “traduz uma estratégia de desenvolvimento sustentado, baseada na conservação do património geológico e geomorfológico, em associação com os restantes elementos do património natural e cultural, com vista à melhoria das condições de vida das populações que habitam, promovendo os valo-
res endógenos de modo integrado”. Para o vice-presidente do IPG, “é inquestionável a importância da constituição de uma estrutura como esta para o território da Serra da Estrela”, pelo que a candidatura à “classificação do Estrela Geoparque por parte da Rede Europeia de Geoparques e da UNESCO traria uma nova visão sobre o turismo deste território e da sua sustentabilidade. Estando os Geoparques sobre os auspícios da UNESCO a candidatura da Serra da Estrela promoverá conservação do património ecocultural, fomentado a educação e o turismo; o desenvolvimento de novos produtos locais e serviços; o encorajamento do artesanato e o crescimento económico local e, assim, a criação de novas oportunidades de emprego”. No decorrer desta jornada teve lugar a assinatura dos Protocolos de colaboração com o projeto Carta Turística Serra da Estrela o qual pretende constituir um “instrumento de gestão, promoção e revalorização da Serra da Estrela enquanto destino turístico e dos seus produtos”; neste sentido, importa conhecer os recursos no seu contexto territorial e o modo como os mesmos são turisticamente apropriados, “procurando otimizar as potencialidade e gerir os impactes produzidos entre outras, a formação na área do Turismo, Hotelaria e
Restauração, em condições a acordar em cada situação específica”. O projeto pretende desenvolver uma Carta Turística, para a Serra da Estrela, de carácter dinâmico através da aplicação de metodologias de informação geográfica que constituirá, a montante um instrumento de planeamento turístico, e a jusante uma plataforma interativa de acesso à informação por parte dos turistas”; para este trabalho, a Serra da Estrela incluirá, geograficamente, os municípios de Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Fornos de Algodres, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia. O presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, afirmou na sessão de abertura que o papel do IPG “é promover o debate, sugerir caminhos e apontar pistas. Aos atores e agentes económicos, sociais e políticos competirá aproveitar esta reflexão e explorar os caminhos apontados” Constantino Rei acrescentou que o Instituto Politécnico da Guarda “estará sempre disponível para colaborar com todas as entidades e organizações na implementação destes ou de outros projetos que sejam importantes para o desenvolvimento social e económico da região e para o bem-estar das populações”. K
Em abril
Jornadas sobre Saúde 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai promover, no dia 17 de abril, nesta cidade, as VIII Jornadas Nacionais sobre Tecnologia e Saúde. Este ano as jornadas são subordinadas ao tema “Saúde Pública, Cooperação e Inovação”, englobando o programa vários eixos temáticos.
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“Tecnologias de acesso a Smartphones”, “Novas Tecnologias em Educação para a Saúde”, “nurSUsTOOLKIT: A Teaching and Learning Resource for Susvtainability in Nursing”, “Técnicas de inteligência computacional na previsão de crises epilépticas”, “Eficácia de um programa sensorial em ambiente
Snoezelen com idosos” e “WCARE - Sistema de teleassistência e monitorização” e “Plataformas de interações medicamentosas online ao serviço dos profissionais dos Cuidados de Saúde” são algumas das comunicações a apresentar. Inscrições em http://www.ipg. pt/tecnologia-saude2015. K
6 O Instituto Politécnico da Guarda celebrou, recentemente, um protocolo de cooperação científica com a Alpha Academy Evolution And Training, que visa o apoio científico desta instituição do ensino superior à operacionalização de testes destinados à seleção de jogadores e ao controlo/avaliação do processo de treino. A Alpha Academy Evolution And Training , com sede em Vila Verde (Braga), é um projeto na área da formação desportiva, mais propriamente no Futebol. O seu principal objetivo é proporcionar a uma vintena de jovens, instalações, alimentação e toda a sorte de recursos que lhe permitam atingir níveis de alto rendimento. Doze alunos e um professor do curso de Desporto do IPG desloca-
ram-se, recentemente, às instalações daquela academia (dotadas das mais modernas condições), para prestarem colaboração na aplicação de uma bateria de testes adaptados ao futebol. Na opinião do docente Nuno Serra, que coordenou esta deslocação, “a parceria agora iniciada é importante para o curso de Desporto do IPG, por vários motivos: proporciona uma experiência prática aos alunos, em matérias nucleares da sua formação específica; abre a possibilidade dos alunos deste curso realizarem estágios na referida academia e permite a operacionalização e avaliação de testes, estratégias e metodologias que, doravante, poderão ser disponibilizados aos clubes desportivos da região.” K
Escape Livre e IPG
Bolsa de Mérito “João Lopes” 6 Na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda decorreu, na passada semana, a assinatura do Regulamento da Bolsa de Mérito João Lopes, que resulta de uma parceria entre o Clube Escape Livre e o Instituto Politécnico da Guarda. O referido regulamento rege a atribuição de bolsas de mérito a estudantes que finalizaram, com aproveitamento excecional, o ciclo de estudos de licenciatura em Comunicação e Relações Públicas do Instituto Politécnico da Guarda. De acordo com aquilo que foi divulgado, para os fins do presente regulamento considera-se que teve aproveitamento excecional o
estudante que satisfaça, cumulativamente, as seguintes condições: ter estado inscrito no curso de Licenciatura em Comunicação e Relações Públicas do Instituto Politécnico da Guarda no ano letivo anterior e tenha concluído o curso no ano letivo a que reporta a bolsa; ter concluído o curso anteriormente referido e obtido o grau de Licenciatura no ano letivo anterior ao da atribuição da bolsa; ter obtido uma classificação de final de curso, cuja média, ponderada e arredondada às décimas, seja igual ou superior a 16.0 valores. Se não houver esta média, caberá ao júri avaliar a atribuição em função de proposta da Direção de Curso. K
ESTM
Gestão certificada
6 A Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal certificou recentemente a licenciatura em Gestão Turística e Hoteleira, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria, para o exercício da profissão de Diretor de Hotel. A certificação profissional foi entregue na Feira Internacional do Turismo (BTL 2015) e reconhece que a formação ministrada na escola atribui os conhecimentos e competências adequados para o desempenho das funções de diretor de hotel. “Esta certificação profissional é muito importante para a escola. Por um lado vê reconhecida a formação ministrada aos estudantes, e, por outro, os estudantes ganham pelo reconhecimento que a associação que os representa profissionalmente lhes atribui”, explica Paulo Almeida, o seu diretor. A instituição submeteu uma candidatura para o processo de
certificação, que integrou um dossiê técnico-científico com a estrutura curricular, programas e diploma de aprovação do curso, para responder aos requisitos assentes em 120 créditos. Estes são subdivididos em 60 na área da Hotelaria e Restauração, e os restantes 60 nas áreas das Línguas Estrangeiras, Ciências Empresariais, Informática, e Turismo e Lazer. “Congratulo-me pela posição tomada pela ADHP e irei chamar a atenção, quer aos atuais e futuros estudantes, quer aos empresários e profissionais do setor, da importância desta certificação na proteção da nobre profissão de Diretor de Hotel”, destaca Paulo Almeida. “Logicamente, com profissionais devidamente qualificados à frente da gestão e direção das unidades hoteleiras, ganham os empresários, ganham os profissionais, e ganham claramente os clientes, promovendo-se assim a qualidade do turismo em Portugal”. K
IPL
DNA pela arte
6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, em parceria com a Escola Francisco Rodrigues Lobo, inaugurou a 27 de fevereiro uma exposição dedicada ao tema do DNA. Intitulada “Nos dias em que Maurice Wilkins deu a conhecer a Photo 51: contributos para a revelação da estrutura 3D do DNA”, estará patente na Biblioteca José Sara-
mago, no campus 2, até final de março. A exposição integra uma instalação artística do Clube das Artes, baseada na fotografia 51, bem como vários modelos 3D da molécula de DNA e apresentações digitais sobre o tema, criados pelos alunos da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo. Os vencedores dos melhores modelos expostos serão premiados. K
Academia
Enfermagem em festa
6 Os finalistas da licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Leiria celebraram o fim do seu percurso académico, numa cerimónia solene de encerramento a 21 de fevereiro. Os 35
novos enfermeiros participaram numa cerimónia religiosa na Sé de Leiria, seguindo-se a sessão solene de encerramento, no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. K
Escola de Artes de Design do IPL
Criar para marca inglesa 6 Ana Cancela e Mónica Monteiro, estudantes de Design Gráfico e Multimédia na Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, do Politécnico de Leiria, criaram uma nova coleção para a marca de meias britânica ChattyFeet. As estudantes criaram propostas gráficas para as novas linhas desta marca internacional, inspirando-se no rock and roll e em artistas célebres, estando uma das coleções a ser já comercializada e outra em produção. A ChattyFeet vende para todo o mundo através da sua loja online, tem sede em Inglaterra, e a produção de todas as coleções é feita em Portugal. A oportunidade de colaboração surgiu na sequência de um contacto dos professores com os responsáveis da ChattyFeet. Os trabalhos foram desenvolvidos em Projeto de Design Gráfico, lecionado pelos docentes Miguel Macedo e Paulo Silva, tendo participado 60
estudantes. A ChattyFeet prima por apresentar de forma divertida e peculiar as tradicionais meias, desafiando os seus clientes, como a própria marca revela, a “experimentarem as meias responsáveis pela felicidade dos pés, cheias de personalidade, que se transformam no alter-ego dos seus donos, soltando divas
interiores, palhaços e padrinhos da máfia”. A marca nasceu para trazer mais divertimento às pessoas, com as suas meias “de personalidade forte”. Miguel Macedo adianta que “no segundo ano os estudantes já têm mais capacidade de entender e desenvolver a ilustração e a tipografia, tal como a apresentação final dos seus projetos, e foi por isso que sentimos que seria um bom momento para explorar um trabalho com a marca”. A liberdade criativa dos estudantes foi total. Ana Cancela serviu-se do movimento Rockabilly na criação dos seus modelos Sandy Socks e Danny Socks. Mónica Monteiro inspirou-se nos célebres artistas Picasso e Andy Warhol para os seus modelos Feetaso e Andy Sock-Hole. Os modelos de Ana Cancela já estão a ser produzidos e comercializados no website da ChattyFeet, e os de Mónica Monteiro estão em produção. K
Matemática com conteúdos 3D
Inovação em Leiria 6 Os estudantes dos cursos de engenharia da Escola Superior de Tecnologia e Gestão Leiria experimentaram pela primeira vez aulas de matemática com conteúdos tridimensionais em realidade aumentada, num projeto inédito a nível nacional. No âmbito de uma tese de doutoramento na Universidade Aberta sobre “As tecnologias tridimensionais como contributo para a aprendizagem da matemática no ensino superior”, de Teresa Coimbra, a unidade curricular de Análise Matemática contou com conteúdos 3D em realidade aumentada, para complementar o ensino, e testar e avaliar o potencial da aplicação da realidade aumentada em contextos educacionais. Os conteúdos 3D em realidade aumentada já foram aplicados e testados em sete turnos da unidade curricular, alcançando mais de uma centena de estudantes, e pretende avaliar a pertinência da utilização destes conteúdos e verificar o seu impacto na aprendizagem e compreensão das matérias. Teresa Coimbra, que elegeu o Politécnico de Leiria para realizar a componente prática da investigação, explica que “apesar dos avanços tecnológicos, a forma
como se ensina hoje não é muito diferente da forma como se ensinava antes da massificação das TIC, e é por isso importante, se não essencial, encontrar, desenvolver e avaliar estratégias pedagógicas e conteúdos adequados aos novos contextos”. A realidade aumentada representa a integração de imagens virtuais no mundo real, através da utilização das TIC (como dispositivos móveis e smartphones), e permite a simulação e a visua-
lização de situações e contextos nem sempre fáceis de implementar de outra forma. De entre os diversos tipos de conteúdos que podem ser disponibilizados através da realidade aumentada, como som e imagem, existem os 3D. Os conteúdos 3D são elaborados com base em aplicações (apps), sendo possível a programação de ações interativas com o utilizador, em áreas como a biologia, saúde, engenharia, física, química, entre outras. K
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Politécnico
Dias Abertos em Viseu 6 A décima segunda edição dos Dias Abertos do Instituto Politécnico de Viseu decorre de 8 a 10 de abril, com o objetivo de proporcionar aos visitantes um conhecimento mais aprofundado e abrangente do quotidiano do ensino superior, através de uma visita guiada ao Campus Politécnico e às 5 escolas da instituição. Serão recebidos alunos, professores e psicólogos de escolas secundárias, profissionais e do ensino básico, que irão visitar laboratórios, salas de aula, pavilhões oficinais, centros de informática, rede de bibliotecas, campus virtual, entre outros espaços. Mas também pelo centro de investigação, centro de artes, centro de competências internacional Bizdirect, edifício multiusos, aula magna, estúdios de televisão, residências de estudantes, espaços de lazer, bem-estar e prática desportiva, como o campo de futebol relvado, pavilhão desportivo, courts de ténis, campo de mini-golf, polivalentes descobertos, zonas verdes. Nas escolas e depois da sessão de boas-vindas e da distribuição de material informativo e divulgativo, professores, alunos e funcionários
6 O Instituto Politécnico de Tomar acaba de abrir inscrições para a Pós-graduação Proteção Civil - Gestão da Comunicação no Risco, na Emergência e na Crise, promovida pela Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Com arranque previsto para 27 de março, a Pós-Graduação conta com um conjunto de especialistas e permitirá aos formandos conhecer os diferentes sistemas envolvidos, identificar os riscos e planear respostas a ameaças. Inclui módulos práticos e de análise de situações concretas, terminando com um estágio em que se inclui um simulacro. O curso pretende proporcionar aos participantes técnicas de comunicação e análise de aconte-
cimentos nas fases de prevenção e planeamento do Risco, em situações de Emergência e durante a permanência das Crises enquanto a normalidade não for reposta. Pretende-se que uma comunicação eficaz evite situações de pânico e descontrole emocional por parte das populações durante as operações de socorro, bem como na aplicação das estratégias desenvolvidas para resolução das crises. O especialista António Sacavém (Comunicação Não Verbal), o comandante Joaquim Chambel (Proteção Civil) e o psicólogo Bruno Brito (Gestão do Stress) são três dos formadores que, juntamente com oito outros especialistas, garantem a qualidade da PósGraduação. K
LEX TURÍSTICA em abril do Instituto conduzem os participantes na aventura do ensino superior através de um programa diversificado, no qual assistem e participam em aulas e palestras
sobre os cursos, áreas formativas e saídas profissionais. As inscrições das escolas estão abertas até 13 de abril. K Joaquim Amaral _
Viseu ganha prémio
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Tomar faz pós-graduações
Em Viseu
Concurso de Design na Índia
6 A aluna Bruna Oliveira, do 3º ano do curso de Artes Plásticas e Multimédia da Escola Superior de Educação de Viseu, foi uma das vencedoras de um concurso internacional para criação de poster para o evento Typography Day 2015, promovido pelo Industrial Design Centre do Indian Institute of Technology Bombay, estando o seu trabalho a ser divulgado na página do evento a par dos restantes premiados originários de diversos países, como Estados Unidos, Japão, Inglaterra ou Irão. Para Bruna Oliveira, a participação dos estudantes do curso de Artes Plásticas e Multimédia nestes concursos resulta do “forte incentivo que os professores nos dão, nomeadamente a professora de Design, Paula Rodrigues, para evoluirmos e aperfeiçoarmos a nossa técnica e as competências adquiridas”. Já o prémio “foi uma grande e agradável surpresa quando tive conhecimento, curiosamente foram os meus colegas de curso que me disseram. Fiquei bastante satisfeita”. O trabalho da aluna, intitula-
Comunicação e Proteção Civil
6 O Instituto Politécnico de Viseu vai reunir, a 10 e 11 de abril, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL), o maior número de especialistas na área do Direito do Turismo e da Nova Governança em Turismo, na II Conferência Internacional Lex Turística Duriensis – Nova Governança, com um programa centrado na legislação associada ao Turismo. Numa zona considerada património mundial, urge a abordagem
desta temática do turismo na forma legislativa. A organização do evento pretende criar uma rede de informação e um fórum para debater as questões legislativas numa nova governança. A atribuição de ISBN permite que os académicos e estudantes participantes possam apresentar os seus artigos e posters, de forma a criar produção científica. K Ana Branca Carvalho _
IP Coimbra
Jornadas do medronho 6 A Escola Superior Agrária de Coimbra recebe a 22 de maio as II Jornadas do Medronho, com o objetivo de dar a conhecer aos interessados a situação atual da cultura do medronheiro em Portugal, as diferentes aplicações e as condições de financiamento. Publicidade
do “Água e Matéria”, foi desenvolvido no âmbito de um projeto do primeiro semestre deste ano letivo. Considerando como maisvalia estratégica a realização de projetos em contexto real, a Área Disciplinar de Educação Visual da ESEV envolve os alunos em diferentes atividades, como a participação em concursos internacionais, o que tem permitido desenvolver competências.
Em 2013, e na sequência da participação no concurso promovido pelo Museo Mexicano del Diseño, três alunas da instituição – Márcia Silva, Liliana Rodrigues e Joana Salgueiro – viram os seus trabalhos selecionados para integrar o grupo de propostas finalistas expostas no referido museu na Cidade do México. K Paula Rodrigues e Joaquim Amaral_
Serão abordados temas como o Melhoramento do medronheiro, a Cultura do medronheiro, os Produtos do medronheiro e a Valorização do medronho. Por ocasião do evento será lançado ainda o Manual de Boas Práticas de Fabrico de Aguardente de Medronho.K
Entrada no ensino superior
CCISP defende exames e percurso educativo 6 O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) não concorda com as críticas surgidas sobre a proposta de entrada no ensino superior apresentada à tutela. Em comunicado, o CCISP explica, que “é falsa a informação que tem vindo a ser veiculada na comunicação social que os institutos politécnicos, através do CCISP, propuseram ou pretendem a eliminação dos exames nacionais de acesso ao ensino superior”. O CCISP refere que a sua proposta, já enviada ao Governo, “considera que, no acesso ao ensino superior, para além dos exames nacionais feitos nas disciplinas, que constituem provas de ingresso, deverá ser considerado e valorizado o percurso educativo do estudante no ensino secundário”. Durante a sua última reunião, realizada dia 6 de março, em Via-
Joaquim Mourato, presidente do CCISP
na do castelo, o CCISP frisou que não pretende eliminar os exames nacionais do acesso ao ensino superior, defendendo que a discussão gerada em torno deste tema “tornou evidente a necessidade” de rever o regime de acesso. O presidente do CCISP, Joaquim
Mourato, explicou que as alterações propostas ao Governo, por estas instituições, no regime de acesso, serão facultativas, podendo manter-se a situação vigente para os institutos que assim o entendam, nomeadamente os politécnicos que votaram contra a proposta.
“A discussão gerada em torno da proposta do CCISP tornou evidente a necessidade e a urgência de se rever o atual regime de acesso, conforme foi reconhecido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)”, defendeu o CCISP no comunicado enviado à Imprensa, recordando que a recente recomendação ao Governo do CNE sobre retenção no ensino básico e secundário sugeria que se repensasse a implicação das notas dos exames no prosseguimento de estudos superiores e a revisão do modelo de acesso ao ensino superior. O comunicado refere que “assim, o CCISP, porque acredita que esta reforma e o repensar na forma de acesso ao ensino superior são absolutamente necessários, continua a manifestar total disponibilidade para participar ativamente na procura das melhores soluções, aguardando a tomada
de posição do Senhor Ministro da Educação e Ciência sobre a proposta apresentada”. A proposta não reuniu consenso dentro do CCISP, tendo tido o voto contra de quatro dos institutos de maior dimensão dentro do conselho: Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria. Os politécnicos de Lisboa, Porto e Coimbra acabariam mesmo, na sequência do envio da proposta ao Governo, por suspender a sua participação no CCISP, demarcando-se de uma medida que não querem ver implementada por a considerarem “gravosa dos critérios de qualidade que devem regular o acesso ao ensino superior”, acrescentando que, do seu ponto de vista, desrespeita “uma base objetiva reguladora de equidade e igualdade, porque não é aplicável a todos os candidatos ao ensino superior”. K
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Politécnico de Setúbal
IPB
FCT distingue docentes 6 O Centro de Competência TIC da Escola Superior de Educação de Setúbal recebeu, a 24 de fevereiro, o prémio Inclusão e Literacia Digital, atribuído pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). A distinção foi entregue aos professores Miguel Figueiredo e João Torres, pelo trabalho desenvolvido pelo centro no âmbito da dinamização do projeto EduScratch e da divulgação de boas práticas no uso crítico da Internet. O projeto promove a utilização da linguagem de programação Scratch em ambiente escolar e junto da comunidade educativa e da sociedade em geral. O Scratch é um ambiente gráfico de programação desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) como resposta ao problema do crescente distanciamento entre a evolução
Beja abre inscrições para maiores de 23 6 O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) tem aberta, até 07 de abril, a primeira fase de inscrições para realização das provas destinadas a avaliar a capacidade de maiores de 23 anos para a frequência de cursos superiores na instituição. Segundo o IPBeja, podem inscrever-se para as provas os candidatos que tenham completado 23 anos até 31 de dezembro
tecnológica no mundo e a fluência tecnológica dos cidadãos, promovendo um contexto propício ao desenvolvimento da fluência tecnológica nos jovens. A cerimónia de entrega dos
de 2014 e não sejam titulares de habilitação de acesso ao ensino superior. Aos candidatos inscritos na primeira fase será garantida a possibilidade de frequentar aulas de apoio às matérias das provas específicas, refere o IPBeja, indicando que os interessados poderão obter mais informações no sítio de Internet da instituição, em www.ipbeja.pt. K
prémios teve lugar no teatro Thalia, em Lisboa, e contou com a presença da Senhora Secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, e do vice-presidente da FCT, Pedro Cabrita Carneiro. K
Politécnico de Beja
Empreendedorismo em marcha Ideias de marketing 6 Uma plataforma dinamizada pelo Instituto Politécnico de Beja está a desenvolver um projeto pioneiro de promoção da cultura empreendedora junto de crianças e jovens dos 3 aos 12 anos em várias escolas do Baixo Alentejo. Complementados com sessões de formação e de monitorização realizadas no Politécnico, nos últimos 3 meses, mais do que 70 professores, técnicos de ADL e dos municípios do Baixo Alentejo estão a testar uma metodologia de trabalho que promove a iniciativa e a construção de projetos empreendedores nas escolas. O projeto está no ano zero, tendo em vista a estabilização de métodos e práticas. Trata-se de um projeto que continuará, para além do atual ano letivo, e será Publicidade
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Politécnico de Setúbal ganha concurso
alargado a mais professores e escolas durante os próximos anos. A plataforma inclui como parceiros: os municípios do Baixo Alentejo, a CIMBAL, a ADRAL, as
ADL: Alentejo XXI, Rota do Guadiana, ESDIME, ADTR, ADCMoura, ADPMértola, o NERBE-AEBAL, a EDIA e o Centro Educativo Alice Nabeiro. K
6 Os estudantes Inês Sousa e Carlos Cavaco, do curso de licenciatura em Marketing da Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal, alcançaram o primeiro lugar do concurso de ideias “Dar voz à lã” com o trabalho “Plano Operacional de Marketing: Cooperativa Oficina de Tecelagem de Mértola”. O projeto consiste num plano de marketing direcionado para a Cooperativa Oficina de Tecelagem de Mértola, que tem como principal objetivo reposicionar a empresa e adaptar os seus produtos ao mercado atual. De acordo com
os vencedores, “a aplicação do plano contribuirá não só para a preservação e promoção da cultura e produtos da região como para uma futura atuação da empresa mais focada e para a própria expansão da cooperativa”. O concurso, organizado pela Associação Terras do Baixo Guadiana, consistiu numa excelente oportunidade para os estudantes testarem as competências adquiridas na disciplina de Planeamento de Marketing de forma real, aproximando-os do seu futuro contexto de trabalho na área de Marketing. K
Politécnico de Santarém pisca o olho à América Latina e aos EUA
Internacionalização é objetivo 6 A internacionalização é um “dos objetivos estratégicos do IPSantarém, constituindo uma prioridade expressa quer no Plano de Ação para o quadriénio do presidente, quer no Plano Estratégico e QUAR, quer ainda nos planos anuais de atividades da Instituição”, refere a instituição na sua página de internet. Nos últimos anos, o IPSantarém tem procurado intensificar as relações de cooperação com diversos países do mundo, designadamente através do estabelecimento de parcerias com instituições estrangeiras. Para intensificar este processo, foi criado o Núcleo “IPSantarém International School”, o qual tem como missão implementar e acompanhar a formação de âmbito internacional do IPSantarém e a angariação de estudantes estrangeiros, tendo sido nomeado para seu coordenador, José Rodrigues. Recorde-se que, como o Ensino magazine divulgou na sua última edição, o Instituto Politécnico de Santarém assinou um protocolo para a criação de uma Rede de Cooperação Internacional com oito instituições do ensino superior da América Latina e Estados Unidos da América, a saber: Universidade Abierta Interamericana - UAI (Argentina); Grupo Educacional Unis – UNISMG (Brasil); Iniversidad Bernardo O`Higgins – UBO (Chile); Universidade Finis
Terrae – UFT (Chile); University of Centarl Arkansas- UCA (Estados Unidos); Universidad Autónoma de Encarnació – UNAE (Paraguai) e Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto – ISCAP (Portugal). A assinatura do acordo foi feita pelo vice-presidente do IPSantarém, Hélder Pereira. De acordo com o instituto português, “este protocolo visa a criação, entre outras atividades, de oferta conjunta de programas de ensino para os cursos de graduação, pós-graduação, cursos livres e similares, tanto na modalidade presencial como à distância (utilizando para tanto TCIs)”. Além disso prevê “a elaboração de um site único, para divulgação das ações específicas da REDE; a mobilidade e realização de estágios de docentes, não docentes e estudantes; intercâmbio cultural; acesso a bibliotecas, centros de documentação e redes de informação; utilização de espaços e equipamentos e elaboração de uma revista científica”. A criação de um curso transversal e a realização de um Encontro Anual, são também duas ações a serem implementadas. Com esta iniciativa, o IPSantarém “deu um passo muito significativo no alargamento do seu processo de internacionalização e desenvolvimento institucional, uma vez que, pela primeira vez, estabeleceu uma parceria
ativa com instituições, fora do contexto europeu e lusófono, estendendo-se à América Latina e aos Estados Unidos da América”. Entretanto, para o próximo mês de maio, realizar-se-à, em Varginha no Brasil, o I Encontro Anual desta Rede Internacional. K
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Politécnico entre os melhores alterações climáticas. Em nota enviada ao nosso jornal, o IPSantarém refere que este ranking mede as Universidades mais sustentáveis a nível mundial. O Instituto Politécnico de Santarém posicionou-se na 358º posição. K
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6 O Instituto Politécnico de Santarém é a segunda melhor instituição de ensino superior portuguesa do “ranking” GreenMetric 2014, que avaliou universidades internacionais, destacando-se, particularmente, no tratamento dos resíduos e no combate às
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Moçambique
Universidade Mondlane dá computadores 6 A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) procedeu no dia 13 de março, à entrega de 1044 computadores portáteis a igual número de estudantes bolseiros, inserido na Iniciativa “Um estudante, um computador”. De acordo com a universidade, “a realização desta segunda edição resulta do sucesso didáctico-pedagógico alcançado a partir da primeira edição da Iniciativa, realizada em 2010 e em que
foram beneficiados 1050 estudantes”. Esta iniciativa tem como “objetivo apoiar os estudantes no seu processo de formação, pois a UEM vê no computador uma das principais ferramentas de mediação do processo de ensino-aprendizagem”. Para esta segunda edição, os computadores foram adquiridos em Regime Excecional, através de um pedido de crédito junto ao Banco Comercial e de Investimen-
tos (BCI), sob forma de “Leasing Equipamento”. Este crédito deverá ser amortizado pela UEM num prazo de três anos. Os computadores foram fornecidos à UEM pela Empresa
Minerva Central, como condição expressa, ao abrigo do acordo de crédito; à luz, portanto, do protocolo de colaboração entre a Minerva e o BCI, este na qualidade de financiador. K
Universidade E. Mondlane H
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Moçambique
EPM faz curso 6 A EPM-CELP irá ministrar, durante o mês de abril, um Curso de Português para Estrangeiros (nível A1) com a duração de 80 horas, destinado a todos os interessados que pretendam desenvolver e/ ou aprofundar o conhecimento da Língua Portuguesa e da comunicação, desenvolver e aprofundar as competências linguísticas, pragmáticas e sociolinguísticas em situações do do-
mínio pessoal e público e conhecer aspetos relevantes da cultura portuguesa e do espaço lusófono, numa perspetiva contrastiva. O curso terá início a 8 de abril, decorrendo de segunda a quinta feiras, das sete e trinta às nove e trinta. As inscrições, que decorrem até 31 de março, podem ser efetuadas no Centro de Formação e Difusão da Língua Portuguesa da EPM-CELP. K
Macau
Escola ensina mandarim 6 A Escola Portuguesa de Macau continua a apostar no ensino do mandarim, e não tem para já planos para oferecer aulas de cantonês aos alunos, apostando antes no mandarim. Hoje, como em 2004 quando decidiram incluir o mandarim nos currículos, continua a ser claro para a Escola Portuguesa de Macau (EPM) que o cantonês não é a língua a aprender. “Não iria ter muita afluên-
cia. O que queremos desenvolver é o mandarim”, explica à agência Lusa, citada na imprensa nacional, Zélia Mieiro, vicepresidente da direção da EPM, por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna, que se assinala no sábado. Atualmente, há 11 professores da EPM a terem aulas de cantonês com o antigo vice-presidente da escola, Pedro Xavier. K
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qualifica
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De 9 a 12 de abril
Qualifica: Nós vamos estar lá! 6 O Ensino Magazine volta ao palco das grandes feiras nacionais dedicadas à educação e à juventude. De 9 a 12 de abril vamos estar na Qualifica, na Exponor (Porto), para mais uma edição de um certame onde voltamos a ser media partners. Amélia Monteiro, diretora da feira, explica, em entrevista respondida por e-mail, como vai ser a Qualifica deste ano. Tome nota! Quais as novidades da Qualifica deste ano? Todos os anos procuramos inovar e a presente edição não constitui, por isso, uma exceção. A forte aposta que este ano está a ser feita ao nível das possibilidades de estudar no estrangeiro, alargando, dessa forma, o leque de opções, merece ser destacada. Este ano contamos com a presença de oito instituições universitárias dinamarquesas, que, através de um contacto direto com estudantes portugueses e respetivas famílias, divulgarão as suas ofertas curriculares e condições de acolhimento. A título de curiosidade, refira-se que a Dinamarca é considerado o país mais feliz do mundo, oferecendo excelentes condições de vida, com uma elevada taxa de empregabilidade. O binómio qualificação/empregabilidade está subjacente à construção da Qualifica 2015. Apresentamos uma oferta educativa mais diversificada e exploramos novas áreas dirigidas ao emprego e empreendedorismo, temáticas, aliás, que contarão com um espaço próprio dentro da feira. Aí, serão abordadas questões relacionadas com oportunidades de trabalho e dadas orientações para a criação de negócio próprio. Serão também devidamente explicados os diversos programas de apoio à formação e empregabilidade, havendo igualmente oportunidade para a apresentação de várias propostas de emprego. A intenção é prestar todos os esclarecimentos sobre as múltiplas opções com que atualmente os jovens se deparam, ajudando-os numa das mais importantes decisões das suas vidas. Contamos, para tal, com testemunhos de jovens empresários de sucesso, que servirão
como fonte de inspiração e estímulo a futuros e recém-licenciados. Por outro lado, promoveremos encontros “pitch”, em que os alunos terão breves minutos à sua disposição para se apresentarem junto de algumas empresas que estarão na feira a fazer recrutamento, o que poderá funcionar – assim o esperamos - como uma oportunidade para entrarem no mercado de trabalho. Além da participação de diversas instituições e organismos públicos e privados diretamente ligados ao ensino, o certame será ainda palco da apresentação dos projetos dos candidatos selecionados ao Campeonato Mundial das Profissões, visando demonstrar o nível individual de competências, rigor e domínio de técnicas e de ferramentas para o exercício de cada profissão a concurso. Através do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, a Qualifica 2015 conta com os participantes mais bem classificados a nível nacional, que participarão no 43.º Campeonato Mundial das Profissões - WorldSkills 2015, onde estarão mais de 70 países em competição, oriundos das Américas, África, Ásia, Pacífico Sul e Europa. No evento, que decorrerá em agosto, em São Paulo, no Brasil, são esperados mais de mil concorrentes. Para além dos jovens, a Qualifica pretende também chegar às famílias. Que tipo de informação vai ser prestada no evento? Estão confirmadas as presenças de várias instituições de ensino, que prestarão os devidos esclarecimentos. Paralelamente será possível solicitar o acompanhamento de equipas especializadas – concretamente, psicólogos – para orientar os jovens mais indecisos quanto ao seu futuro profissional. Numa altura em que há dificuldades económicas no país, qual a importância da Qualifica para os jovens e as suas famílias? Independentemente das dificuldades económicas que o país atravessa, a Qualifica apresenta-se sempre como uma oportunidade para as famílias encontrarem as melhores respostas aos anseios e dúvidas dos jovens, quer
Amélia Monteiro, diretora da Qualifica
durante o seu percurso académico, quer no ingresso no mercado de trabalho, através de uma oferta alargada de propostas, tentando dessa forma adequá-la ao mundo empresarial. Claro que hoje, numa conjuntura em que a taxa de desemprego juvenil ronda os 34%, segundo números recentemente adiantados pelo secretário de Estado do Emprego, os desafios que se apresentam aos jovens são ainda maiores e exigem muita determinação e coragem em busca dos seus sonhos.
ramentas’ igualmente eficazes em termos de continuidade da carreira académica, que requeiram um mais elevado grau de especialização. Depois, há também as pessoas que, embora ativas no mercado de trabalho, pretendem requalificar- se, criando novas valências e assim reorientar os seus projetos de vida. Esses casos também não podem, evidentemente, ser descurados. Serão também organizados vários workshops de marketing digital, linkedin e storytelling.
Quantos expositores vai ter a Qualifica e quais as áreas representadas? Esperamos ultrapassar a centena de expositores, englobando diversas áreas de intervenção, desde o ensino ao emprego, passando pela qualificação. Contamos com o envolvimento de diversas escolas, centros de formação profissional e universidades públicas e privadas, de norte a sul do país. Na vertente do emprego, teremos a presença de algumas empresas e a apresentação do ‘Programa Estímulo’ promovido pelo IEFP e destinado à procura ativa de emprego. Na área da qualificação, daremos especial atenção às pós-graduações como resposta a um mercado de trabalho cada vez mais exigente e para o qual há que encontrar ‘fer-
De que forma as escolas podem visitar o certame? Devem enviar um e-mail com a inscrição da escola e o número de alunos que pretendam trazer e acorrer em massa, porque, para além da oferta formativa, também encontrarão muitas atividades e animação. Para mais informações sobre a feira: www. qualifica.exponor.pt K
DE CARIZ CIENTÍFICO
ATAM lança revista 6 A Associação dos Trabalhadores da Administração Local acaba de apresentar a quarta edição da sua revista científica, Municipalismo. À semelhança das anteriores, a revista é revestida de um forte rigor nos temas apresentados. A revista foi apresentada pelo diretor do Ensino magazine, João Carrega, durante o Encontro nacional de Comunicação e Marketing, onde o presidente da ATAM, Francisco Alveirinho, anunciou que estão já a ser preparados os próximos números, sendo que os 6º, 7º e 8º terão temáticas específicas. O Encontro decorreu em Idanha-aNova e contou com participantes de todo o apoio, tendo o apoio da Câmara local. K
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Francisco Alveirinho, presidente da ATAM, Joaquim Soares, vereador da câmara, e João Carrega (E.M)
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estudo promovido pelo cne
Alunos com curso superior ganham mais 1,7 milhões do que com o 9º ano 6 Um aluno com um curso superior ganha mais 1,7 milhões de euros, durante a sua vida profissional, do que alguém com apenas o 9.º ano, segundo um estudo promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). O CNE queria saber quanto é que se perde por ter menos estudos e, em colaboração com economista Mário Centeno, do Banco de Portugal, calculou as diferenças salariais, tendo em conta os diferentes ciclos de ensino, e concluiu que o investimento na educação compensa. Assim, um estudante com apenas o primeiro ciclo (4.º ano) irá ganhar menos 86.053 euros do que um outro que conclui o 3.º ciclo (9.º ano), revelou o presidente do CNE, David Justino, durante a conferência “Educação 2020 – Agenda para uma legislatura”, non dia 17 de março, promovida Publicidade
pela Associação EPIS - Empresários pela Inclusão Social. Em declarações aos jornalistas, David Justino sublinhou a importância da formação dos jovens e lembrou que desistir de estudar antes do tempo significa “piores condições de trabalho e piores remunerações”. As maiores diferenças salariais registam-se entre os alunos que optam por continuar a estudar depois do concluído o ensino obrigatório: um profissional com o ensino superior ganha mais 1,282 mil euros do que um outro que termina apenas o secundário. A diferença é ainda maior quando se compara o salário médio ao longo da vida de alguém com o 3.º ciclo e alguém com formação superior, que consegue ganhar mais 1.738.218 euros, entre os 20 e os 65
anos. Já entre os que terminam o 9.º ano e os que concluem apenas o 6.º, as diferenças são menos notórias mas, mesmo assim, aqueles três anos de estudo vão representar menos 55.778 euros ao longo da vida. O ex-ministro da Educação (2002-2004) lembrou que, em Portugal, todos os anos cerca de 150 mil alunos ficam retidos, o que poderá significar um gasto de cerca de 600 mil euros anuais para os cofres. Em Portugal, um em cada três alunos (34%) com 15 anos já repetiram pelo menos uma vez o ensino básico e 40% dos alunos que estavam a frequentar o secundário estavam, em média, 2,25 anos atrasados em relação à idade que deveriam ter. Contra a “cultura da retenção”, mas defensor dos exames nacionais, o ex-ministro lembrou que é preciso atuar cedo e
dotar as escolas com recursos que permitam apoiar quem precisa. Também a ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues (2005-2009) lamentou as elevadas taxas de insucesso escolar e defendeu como “absolutamente essencial” a autonomia das escolas e dos professores, para que possam pôr em prática métodos de ensino e de diagnóstico adaptados às características dos seus alunos. Para a ex-ministra da Educação do Governo de José Sócrates, o insucesso combate-se com “mais trabalho” e “mais tempo de estudo”. O outro ex-ministro da Educação presente na conferência, Marçal Grilo (19951999), também falou no futuro da Educação: “Para o futuro precisamos de menos ministério e mais escola e de menos sindicatos e mais professores”. K
Castelo Branco
Robertices junta centenas de crianças
6 Várias centenas de crianças do concelho de Castelo Branco assistiram, no passado dia 6 de março, à peça de teatro “Robertices”, levada a cena, por várias sessões, pela Companhia de Teatro Atrapalharte, de Coimbra. A iniciativa foi promovida pela Biblioteca Municipal de Castelo Branco e pela Cãmara local, e destinou-se aos alunos do 3º ciclo do ensino básico. K
Ensino especial
Atletas da Appacdm vencem no bóccia 6 Os atletas Ricardo Zorro e José Maria Santos, da APPACDM de Castelo Branco, sagraram-se campeão e vicecampeão na divisão DI2 da modalidade de bóccia, enquanto que na divisão DI3
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os atletas João Carlos Teixeira e Rafaela Louro obtiveram os 1º e 3º lugares respetivamente. Os resultados foram obtidos na final distrital realizada na Escola Básica nº 2 de Teixoso. K
NA FUTURÁLIA
RVJ edita novo livro
6 A RVJ Editores, sedeada em Castelo Branco, acaba de fazer o lançamento nacional do livro “Rogério Fernandes - In memoriam”. A obra teve a coordenação do investigador albicastrense, João Ruivo, e do jornalista João Carrega, os quais destacaram a importância de Rogério Fernandes na educação em Portugal. A iniciativa decorreu no passado dia 14, em Lisboa, durante a Futurália a mais importante feira de educação do país, onde passaram mais de 50 mil pessoas. A apresentação do livro esteve integrada no 17º aniversário do Ensino Magazine, uma publicação que é distribuída em Portugal, Espanha, Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Macau. O livro foi apresentado pela docente do Instituto Politécnico de Setúbal, Ana Pessoa, num auditório que foi pequeno para acolher os participantes na iniciativa. De referir que esta é mais uma obra de cariz científico lançado pela RVJ-Editores, uma editora que se tem afirmado no panorama nacional e internacional através da edição de obras de diferentes autores portugueses e estrangeiros. De acordo com a editora, o livro será brevemente apresentado no Porto e em Castelo Branco. A obra integra um conjunto de artigos de investigadores portugueses, espanhóis e brasileiros, que privaram de perto com aquele docente português, casos de José Hernandez Diaz (Univer-
Paulo Goulart H
sidade de Salamanca - Espanha), Florentino Blasquez (Un. Extremadura - Espanha), Albano
Estrela (Univ. Lisboa), Margarida Felgueiras (univ. Porto), Guilhermina Lobato Miranda (Univ. Lis-
boa) ou Manuel Ferreira Patrício (ex-reitor da Univ. Évora), Luís Carlos Villalta (Univ. Federal de
Minas Gerais - Brasil), ou Eliane Marta Teixeira Lopes (Univ. Federal do Ouro Preto - Brasil), entre outros. K
Ensino Magazine brilha na Futurália
O Ensino Magazine marcou presença na Futurália, com muitas atividades. Ao longo dos dias do evento foram milhares os jovens que passaram pelo nosso espaço e aceitaram o desafio de serem fotografados, habilitando-se a fins-de-semana no Geopark Naturtejo. Aqui ficam alguns dos retratos. Aos alunos do curso vocacional de fotografia da Escola Secundária Matias Aires e ao João Vasco, o nosso obrigado. As fotos falam por si.
Vê as tuas fotos no facebook do Ensino Magazine
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Editorial
A vida nas escolas é menos atraente? 7 As mais recentes medidas dos políticos da educação que visam o regresso a uma concepção conservadora do papel da escola e da função dos docentes (aumento do número de alunos por turma, segregação por níveis de aprendizagem, municipalização das escolas, entre outros) colocam na ordem do dia, e uma vez mais, a defesa da escola pública. Não estranha, que nesta escusada conjuntura de desalento e de fortes emoções, os profissionais do ensino com mais consciência social e cultural vejam os perigos que espreitam a escola democrática, erguida sobre a estrutura de ensino elitista que o Portugal do após Abril herdara da ditadura. Convenhamos que o então ainda sonho de pensar uma escola que promovesse a igualdade de oportunidades e atenuasse as desigualdades sociais se viria a revelar como um dos grandes mitos educativos das últimas décadas do século XX. Porém, tal não invalida que,
mesmo os mais cépticos, não reconheçam que as democracias europeias estão longe de poder inventar uma outra instituição capaz de corresponder, com tanta eficácia, às demandas sociais, quanto o faz ainda hoje a escola pública de massas. Mesmo sabendo que fenómenos mais ou menos recentes, como o são o abandono e o insucesso escolar, a reprodução das desigualdades dentro da comunidade educativa, a incapacidade de manter currículos que valorizem para a vida, a erosão das competências profissionais dos docentes, acompanhada pela perda de estatuto remuneratório e social, são problemáticas que colocam em causa os pressupostos dessa mesma escola pública. Hoje, a vida nas escolas é muito menos atraente para quem nelas estuda e trabalha e a desmotivação dos professores e dos educadores acentua-se com a degradação das suas condições de trabalho. Todos sabemos, ou julgamos saber, como deve ser e o que
deve ter uma escola pública que promova a aprendizagem efectiva dos seus aprendentes e o bem-estar e a profissionalidade dos seus formadores. Todavia, há uma questão que introduz toda a entropia nestas instituições, e esta surge quando os governos se deitam a fazer contas sobre quanto custa garantir esses direitos. Sobretudo, quando os políticos sabem que todo o investimento em educação só produz efeitos a longo prazo. Não queremos uma escola pública que seja de baixa qualidade. Por isso estamos com todos aqueles que afirmam ser urgente relançar a escola pública pela igualdade e pela democracia. Uma escola que seja exigente na valorização do conhecimento, e promotora da autonomia pessoal. Uma escola pública, laica e gratuita, que não desista de uma forte cultura de motivação e de realização de todos os membros da comunidade escolar. Uma escola pública que reconheça que os seus alunos são também o
seu primeiro compromisso, que seja lugar de democracia, dentro e fora da sala de aula, que se revele enquanto espaço de aprendizagem, e que se envolva no debate, para reflectir e participar no mundo de hoje. Formar a geração de amanhã não é tarefa fácil. Mas será certamente inconclusiva se escrutinarmos a escola e o trabalho dos professores apenas segundo critérios meramente economicistas, baseados numa filosofia de desenvolvimento empresarial numa filosofia de gestão neoliberal. A escola é muito mais que isso: é filha de um outro espaço social e de um outro tempo matricial. Logo, se o quisermos, neste assunto nada se deveria confundir, quando claramente estabelecidas as fronteiras sociais do quadro de competências e dos objectivos de missão de cada uma daquelas instituições. Defender a escola pública, nesta conjuntura de inexplicável desvario ideológico, é muito urgente. Para tal, revela-se ne-
cessário que voltemos a exigir políticas públicas fortes, capazes de criar as condições para que a escolaridade obrigatória seja, de facto, universal, inclusiva e gratuita e se assuma, sem tibiezas, que o direito ao sucesso de todos é um direito fundador da democracia e dos Estados democráticos. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
Quem mais estuda, mais ganha
7 Já o aqui escrevi nesta mesma coluna, e volto a reafirmá-lo: a qualificação de um povo é o melhor ativo que um país pode ter. Regresso a este tema devido a um estudo que o Conselho Nacional de Educação divulgou, este mês, onde refere o facto de uma pessoa com curso superior poder vir a ganhar, na sua vida profissional ativa (entre os 20 e os 65 anos), mais 1,7 milhões de euros que um trabalhador que apenas tenha o 9º ano de escolaridade. O estudo tem como rosto o economista do Banco de Portugal, Mário Centeno, e foi feito, a pedido do Conselho Nacional de Educação, a partir da evolução do salário real médio por nível de ensino e idade no setor privado. Os números assustam? Claro que assustam, mas também evidenciam que o mercado de trabalho cada vez mais reclama por colaboradores qualificados e
habilitados aos desafios de um mundo mais global e exigente. Sempre me fez muita confusão a ideia de que nem todos podem ser «doutores» ou nasceram para ser «doutores». E se há quem profira tamanho disparate por desconhecimento, ou por circunstâncias da vida, há quem o faça consciente que assim é que deve ser, para que, de preferência, só uma elite social possa ter o direito de concluir um curso superior. Infelizmente ainda há muita gente a pensar assim, mesmo com responsabilidades na matéria. Isso preocupa-me. Mas felizmente uma grande maioria não pensa desse modo. Os últimos anos, em que o país mergulhou numa crise económica profunda, onde até os jovens foram convidados a emigrar, com a ideia que lhes foi vendida de que em Portugal não havia oportunidades para eles; onde se criou a ideia de que
um curso superior não faz falta, porque isso não é garante de trabalho; afastaram com certeza muitos alunos, que concluíram o ensino secundário, do ensino superior. Muitas famílias, em dificuldades, fizeram escolha do imediato e não do futuro. Mas também para esses antigos alunos a história não acabou. Milhares de diplomados concluíram as suas formações superiores como trabalhadores estudantes. E não se ficaram apenas pela licenciatura, prosseguiram para mestrados e doutoramentos. É duro? Claro que sim. Mas é possível e desejável. Hoje Portugal está servido de uma rede de ensino superior público que garante aos jovens de todas as regiões puderem frequentar uma universidade ou politécnico sem terem que se deslocalizar. É verdade que as propinas e todas as despesas
associadas a um curso superior, são muitas vezes entraves. Mas também nessa matéria as instituições de ensino estão atentas. O desejável é que nenhum estudante fique de fora do ensino superior devido a dificuldades financeiras. O importante é que os jovens assumam um compromisso para consigo mesmos que vão tirar um curso superior, que se vão qualificar para enfrentar os desafios profissionais futuros não só em Portugal como no estrangeiro. Porque hoje até há programas de mobilidade internacional, que permitem aos alunos frequentarem um semestre num outro país da União Europeia, abrindo-lhes assim novas visões sobre a vida. O número de vagas colocadas no concurso nacional de acesso para as instituições de ensino superior público tem superado o de candidatos. Significa isto que haverá sempre um lugar em
aberto para quem desejar tirar um curso superior. Pode não ser aquele com que se sonhou, mas será aquele que, sendo o possível, garantirá um passaporte para uma viagem de saberes, qualificações e vivências, num contexto competitivo e exigente, porque só assim se vence o futuro. E bolas, 1,7 milhões de euros é muita massa!... Vale a pena pensar nisso. K João Carrega _ carrega@rvj.pt
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crónica salamanca
Degradar la Universidad o elevarla 6 En los últimos años, y en los meses más recientes en particular, venimos escuchando en España un reiterativo discurso neoliberal y muy conservador, maloliente y cargado de perversidad, a modo de música malsana y repetitiva, que busca desautorizar actuaciones o resultados de las universidades públicas, mientras los empresarios y promotores de universidades privadas se frotan las manos. Nos encontramos ante una campaña orquestada desde los sectores socialmente más inmovilistas de las instancias de influencia y poder real (gobierno, banca, alguno de la iglesia, grupos mediáticos) que ataca en toda regla los intereses de la universidad pública. Ello se refleja no solamente en opiniones lanzadas al vocerío, sino en estrategias para forzar que disminuya el número de profesores y aumente la ratio de estudiantes por docente, en adoptar decisiones que reducen de forma aplastante los recursos asignados a investigación (en particular en el ámbito de las humanidades y las ciencias sociales). Por otra parte, la falaz “cultura administrativa de la evidencia” fomenta un incremento alarmante de la burocracia para cualquier gestión académica, lo que ahoga poco a poco la libertad real de las personas afectadas, sean docentes, gestores o estudiantes. Además, se legitiman formas de intimidación directa o sutil hacia profesores, sindicatos docentes y diferentes modelos de asociaciones de profesores. Sin afán alguno de agotar las sinrazones de la actual política universitaria que nos toca padecer, es preciso mencionar una reducción muy preocupante del número y tipo de becas de estudio e investigación para estudiantes y jóvenes investigadores. Podríamos escribir varias páginas sobre otras muchas tropelías, si seguimos describiendo la situación con un poco de detalle, Publicidade
pero no vamos a continuar. Como ya hemos mencionado, todo ese proceso demoledor contra la universidad es adornado y alimentado con artículos y noticias de prensa que siembran la alarma y la confusión entre la ciudadanía, buscando degradar la imagen de los estudiantes universitarios, de los profesores y gestores académicos, generando y construyendo tópicos imaginarios sobre su mal funcionamiento, coste económico elevado, improductividad, aplicando el esquema clásico y neocon de la “universidad empresa”. Es un discurso rancio y corrosivo sobre los avances alcanzados en el acceso a la educación de un porcentaje elevado de jóvenes de todos los sectores sociales, y respecto a las notables aportaciones científicas que la universidad española pública ha alcanzado en los últimos 40 años. Y sin que sirva de consuelo para necios, es un discurso sobre la universidad no casual ni puntual, sino muy arraigado en toda la corriente neoliberal, de origen anglosajón, pero cada vez más presente en todos los contextos geográficos, desde el neocapitalismo asiático (comunista y voraz en China o Vietnam, eficientista y nada civilizado en Corea S. o Singapur) al norteamericano, pasando todas las modalidades de Europa y resto del mundo. Aceptado lo anterior, tampoco queremos cerrar los ojos ante ciertas evidencias y malas prácticas existentes y generadas en la propia universidad, ni pretendemos esconder algunas miserias y graves defectos que se hacen visibles en el devenir diario del funcionamiento de la universidad pública, en grado diferente según los casos y circunstancias. Hay conductas y modus operandi que debieran erradicarse, orientando su solución en otra dirección. Pongamos solamente un ejemplo entre muchos posibles, pero que es muy revelador.
La calidad de los profesores es la mejor garantía de una adecuada respuesta docente y de buenos resultados de éxito entre los estudiantes. La calidad de los investigadores es en cualquier campo de la ciencia el mejor factor de éxito de los proyectos de investigación. También, un buen gobernante y gestor de la universidad nos garantiza un funcionamiento más transparente, eficaz y democrático de la misma. Por tanto, el factor humano resulta al fin indispensable para explicar el éxito o el fracaso de una institución, en este caso de educación superior, y no sólo el dinero y la ley, por abundante y perfecta que fuesen. La pregunta que proponemos es sencilla de responder. ¿Quién elige o cómo se selecciona en España a estos profesores para desempeñar una función social y académica tan relevante? ¿Existen procedimientos transparentes y justos que garanticen que la persona elegida es la meritoria del puesto?. Aquí hay que ser sinceros para admitir que la universidad española es en este asunto un mecanismo extraño y cargado de corrupciones y trapicheos, que observamos todos los días en el Departamento a que pertenecemos, en la Facultad a la que estamos adscritos. Existe el clientelismo descarado, el nepotismo más burdo, formas mafiosas de lograr objetivos para lograr colocar al amiguete como profesor. Por ejemplo, si se produce una baja de un profesor sobrevenida por enfermedad o embarazo, se asigna la plaza impunemente a la persona que se desea promocionar, y con ese bagaje de experiencia incorporada ese o esa joven profesor/a parece que tiene ya méritos suficientes para que en el siguiente concurso “público, y abierto” pueda imponerse a todos los candidatos posibles, porque se aplica el concepto “perfil” de forma completamente arbitraria.
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
Y previamente, claro está, se ha elegido a la oportuna comisión de docentes, acordes todos ellos con las directrices del mandarín y a los intereses compartidos, contando además con el silencio o la anuencia de alumnos “mudos” que esperan durante años que le llegue alguna de estas migajas que puedan caer desde la mesa y la benevolencia del patrón-patrone. Si queremos defender de verdad una universidad pública de altura, y no de mediocridad moral y científica, como a la que conducen estas prácticas corruptas, gobernantes y agentes vivos de la universidad, hemos de poner remedio urgente a lo que viene sucediendo en la contratación y selección de profesores, y no seguir actuando como el don Tancredo de Moliere, mirando para otro lado, y dejando que la podedumbre nos invada. Si deseamos elevar moral y científicamente nuestra universidad, hay que ejercer de cirujanos de un cáncer aterrador que carcome la vitalidad de la institución a través, por ejemplo, de una corrupta manera de seleccionar a los profesores. Esto se puede corregir, y la decisión se encuentra en las manos de quien actúa en proximidad, y no solamente depende del Ministro, por muy torpe y nefasto que nos pueda parecer. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Eugénia Sousa, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rogério Ribeiro, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
024 /// MARCO , 2015
“Pedagogia (a)crítica no Superior” (III)
Afinal há outro défice: o do tempo lectivo 7 “As Horas já de Números Vestidas” (Poesias Completas, Alexandre O’Neill) Presentemente, uma licenciatura tem 3 anos de duração, 180 créditos ECTS necessários à obtenção do respectivo grau, o equivalente a 4860 horas de formação. A generalidade das unidades curriculares (uc) considera a assiduidade como um dos parâmetros de avaliação (não aplicável aos trabalhadores-estudantes). Mas a sua contabilização é muito variável, dependendo do padrão de ensino de cada docente e do nicho pedagógico em que se insere (mesmo quando se diz independente de cartilhas e movimentos): há os que não dão qualquer importância à frequência e pontualidade, dispensando por completo as listas de presença; outros obrigam a assistência a 75% das aulas; e outros ainda, como o Prof.S., a um mínimo de 50%, caso contrário deixam de estar abrangidos pelo sistema de avaliação contínua. Consequência inevitável: ida a exame; que pode ser comutada se o estudante apresentar um tra-
balho extra, a acordar com o professor (e, tal como a componente de assiduidade, tem um peso de 15% na classificação final). Bolonha generalizou os ECTS; definidos em função do trabalho do aluno, nas suas diversas vertentes, e não, como até aí, nas horas leccionadas pelo professor. Os planos de estudos de cada curso passaram a distinguir as «horas de contacto» (aulas, orientação tutória, trabalho de campo,…) das «horas de trabalho autónomo» (estudo, avaliação,…). Tomemos o exemplo mais comum, o de uma uc de 5 créditos (27 horas equivale a 1 crédito): o plano de estudos atribui-lhe 135 horas, repartidas em 60 horas de contacto (as que, de facto, se materializam nos horários do docente e da turma) e 75 horas de trabalho autónomo (por regra, ninguém as contabiliza nem tem que provar o seu “uso”, ou seja, são pura ficção curricular). Isto quer dizer que essa uc terá uma aula de 3:30h por semana durante um semestre de 15 semanas; se retomarmos o caso do Prof.S., um seu estudante pode ir somente a 8 aulas (assumindo que não haverá paragens impostas
pelas praxes, greves e/ou faltas do docente e no pressuposto, ainda menos realista, de que o aluno entra e sai sempre a horas). Neste quadro, um estudante pode vir a licenciar-se tendo assistido a menos de ¼ das horas inicialmente previstas para a totalidade do currículo oficial do seu curso! Comparemos com a prática seguida nos outros níveis de ensino, em que se reprova por faltas quando se excede o número de aulas/ semana X três períodos lectivos (numa disciplina anual com 2 aulas por semana, 6 faltas é o limite). Conclui-se assim que no ensino superior o laxismo, no que respeita à assiduidade, cresce de forma exponencial (escudado na ideia de que se está perante gente «adulta e responsável»). Aí, a formação real, aquela que assenta no contacto directo e formal do docente com os estudantes em trabalho de sala de aula, está bem longe do concebido nos documentos legais para o respectivo curso. A fraca qualidade dos formados é, sem dúvida, uma das debilidades das instituições de ensino superior portuguesas (os recentes
resultados da perversa PACC a que foram sujeitos os professores contratados ilustra-o bem). Aproximar o tempo efectivo de formação às horas estipuladas nos planos de estudo ajudará, em muito, a elevar os conhecimentos, as capacidades e as atitudes académicas. Por que não seguir o exemplo do desporto? Em diversas modalidades, o jogo tem um tempo oficial que deve ser cumprido obrigatoriamente – no futebol 90 minutos, no andebol 60, no hóquei em patins 50, no basquete e no futsal 40 minutos,… Daí a necessidade de, em cada parte, a partida se prolongar – “tempo de desconto” – para que se cumpra o tempo efectivo de jogo. A lógica é recuperar o tempo perdido (com lesões, substituições, interrupções por causas externas imprevistas). Ora, o mesmo se deveria passar com um estudante que está em “dedicação exclusiva”, num “ofício” a tempo integral; ele deveria, efectivamente, assistir à (quase) totalidade das aulas ministradas no seu curso. Esta seria, seguramente, uma «garantia de qualidade» da sua (futura) habilitação profissional. As aulas (teó-
ricas, práticas ou teórico-práticas) são a essência do ensino, a actividade mais nobre da profissão docente e onde se produzem, de facto, as tão propaladas «aprendizagens significativas». Mas as políticas de austeridade financeira, da última década, têm-nas vindo a reduzir. E no dia em que os arautos do e-learning convencerem as autoridades académicas de que podem conferir graus só por este sistema, o governo fecha a “loja” e procede ao despedimento do que resta da classe docente. O Prof.S. que se acautele! K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia _
CRÓNICA
Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Sigo con mi idea del reto educativo, o sea, el hecho de que los profesores renunciemos a nuestro rol tradicional de “docentes” y nos convirtamos, de una vez por todas, en “retadores”. El “problema” radica, a este respecto, en la necesidad de que cambiemos, de una vez por todas, nuestra actitud en relación con lo que estamos haciendo. Es decir, vuelvo a insistir (porque esto ya lo hemos comentado en alguna otra ocasión) en que necesitamos dejar de ser los “responsables” de lo que sucede en el aula y dejar y aceptar que sean nuestros alumnos los responsables auténticos de lo que les pasa a ellos y al grupo. Necesitamos dejar de ser los “depositarios” del conocimiento para hacer que nuestros alumnos sean los “buscadores” de los conocimientos, procedimientos y técnicas que necesiten. Necesitamos dejar de ser los “temero-
sos” acerca de nuestra actuación para comenzar a ser los “confiados” en que nuestros alumnos serán capaces de actuar por sí mismos y buscar las soluciones a cada uno de sus problemas. Pero para conseguir esto es necesario que olvidemos nuestros miedos, nuestra desconfianza en nosotros mismos y en nuestros alumnos, nuestras reticencias acerca de la capacidad de nuestros alumnos para conseguir aquello que se les proponga, y, sobre todo, que consigamos romper la rutina diaria que nos atenaza y comencemos a actuar con mente abierta a las posibilidades, a las incertidumbres, a la inseguridad del “no saber lo que va a suceder”... en definitiva, necesitamos ser auténticamente valientes. Si no somos valientes, educativamente hablando, difícilmente podremos ser retadores. Supongo que sabrás que Nancie Atwell ha sido galardonada con el premio “Nobel de la enseñanza”. Te transcribo, sin
más, algunas frases del discurso que pronunció con motivo de la recepción del premio. En su discurso después de recibir el premio, Nancie destacó su amor por la vida en las clases y aseguró que le encantan “los retos sociales y personales que suponen trabajar enseñando a gente joven”, además de retar al profesorado a “innovar sin permiso”. Imagino, en este momento, a cantidad de profesores preguntando (o preguntándose): ¿Qué es eso de innovar sin permiso? No te extrañe que la mayoría de los profesores no “sepan” (¿puedan?) responder a esta pregunta... sencillamente porque “no les han enseñado a innovar”, y menos a “innovar sin permiso”. Ya sabes que el proceso de formación de los profesores incluye todo ¡menos innovar! En más de una ocasión te comenté acerca de la necesidad de hacer que nuestros alumnos sean “emprendedores”... Pero ¿cómo vamos a hacer que nuestros
alumnos sean emprendedores si nosotros no somos capaces de aceptar que, si somos auténticos educadores, hemos de ser siempre y continuamente innovadores? Vuelvo, una vez más, a reivindicar un mayor énfasis en la formación (entendida como formación y sensibilización, y no como mera información) de los profesores. Creo que los profesores no necesitamos más información, sino más sensibilización. Es la sensibilización la que puede promover el cambio ¡necesario! de la actitud. En concreto, si tú “enseñas” el teorema de Thales o el de Pitágoras, impides que los alumnos lo descubran... y sean innovadores y emprendedores desde donde les concierne. Si tú “ordenas” leer determinados libros sobre determinadas temáticas, impides que tus alumnos consigan “hambre” de lectura decidiendo por sí mismos los temas que les interesan. En su discurso, dijo Nancie Atwell que
“hay que dejar que el niño elija los libros para que los lea y luego escriba bien”. Por eso ha conseguido que sus alumnos de séptimo y octavo grado lean un promedio de 40 libros al año, un resultado nada despreciable teniendo en cuenta el abandono de la lectura en los últimos años en pro de otras aficiones como los videojuegos... Seguiremos... (¡confieso que este tema me apasiona!) Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
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Mónica Ferraz em entrevista
“É no palco que mais gosto de estar”
7 Mónica Ferraz está de volta aos palcos, para promover o novo álbum, «Love». O segundo álbum a solo da ex-vocalista dos Mesa retrata as vivências proporcionadas por uma grande digressão nacional e pela maternidade. A edição do novo «Love» culminou um ano em cheio. Foi um ano extremamente positivo. Eu vinha de uma digressão muito intensa. Foi durante esta tour que nasceu o «Love». Foi um ano cheio de concertos, fui mãe e editei o meu disco. Agora tem percorrido o país a divulgar este sucessor do seu disco de estreia. É uma digressão com datas de norte a sul do país? Espero que sim. Espero que corra tão bem ou melhor do que correu a digressão do «Start Stop». A recetividade desse primeiro disco a solo foi muito boa. Houve salas cheias pelo pais fora, toda a gente a cantar as minhas músicas. Sentiu maiores responsabilidades neste segundo álbum? Costuma dizer-se que o segundo disco é sempre um bocadinho mais difícil do que o primeiro. Criámos um público que nos aceitou e que tem expetativas do que fazemos – isso acrescenta algum peso. Ainda assim não sou pessoa de me preocupar muito com isso. Até por isso, este disco demorou algum tempo a sair. Gosto de ter tempo para fazer as coisas. Fui compondo durante a digressão e este é o resultado das várias vivências e experiências que tive nesse período. É um disco bem relaxado, com mais maturidade e maior experiência pessoal e musical.
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A produção do álbum tem a assinatura de André Indiana, tal como aconteceu no disco de estreia. Mas a Mónica participa na composição e nas letras. Criar este trabalho foi uma aventura interessante? O primeiro disco é todo escrito por mim, letra e música, com o André a fazer a produção. Neste disco continuei como compositora e letrista, mas tive o apoio do André nessa área. Era impossível não ir buscar o André, porque é um produtor e músico brilhante. Encaixamos muito bem na realização de discos e essa cumplicidade é necessária num estúdio. O álbum é contagiante, com ritmos bastante diversificados: jazz, rock, música eletrónica, funk e também uma grande balada. A digressão foi importante na inspiração para esta variedade de ritmos? Este disco é um bocadinho o reflexo de tudo aquilo de que eu gosto, aquilo que ouço e as minhas vivências. Comecei por cantar jazz, portanto esse é um pilar no meu percurso musical. Depois, ouço funk, soul música eletrónica. É pôr tudo num “shaker” e misturar à minha maneira. Curioso é que as pessoas já identificam o meu som. As minhas músicas não passam despercebidas porque já há uma identidade. Se calhar tudo passa pela forma como coloco aquilo de que gosto nos meus temas. Há planos para edição de um novo single? Não consigo estar quieta, portanto, tenho de estar sempre fazer coisas novas. Acho que é importante dar a conhecer o meu trabalho. No início foi bastante difícil chegar às pessoas, porque muitas pensavam que era o trabalho de uma americana.
Achavam que era uma americana a cantar. Neste momento quero pegar nas minhas músicas e dar a conhecê-las ao máximo. Se pudesse ter 4 ou 5 singles a rodar nas rádios, fazia isso. Este álbum tem o selo de uma multinacional. Vai ser editado no mercado discográfico internacional? Há essa possibilidade. Ainda estamos em negociações, mas espero que este trabalho chegue bem longe. Neste momento estou mais focada em dar a conhecer o trabalho no meu país. Ainda não passei por todo o lado e há muita gente que ainda não conhece as músicas. Quero primeiro conquistar o meu país e, depois, preocupar-me com o mercado internacional. A Mónica participou numa versão de “Sorri Sou Rei”, um tema bem conhecido do grupo brasileiro Natiruts. Há algum tema de que gostasse de fazer uma gravação? Talvez. Por exemplo, gosto bastante do Ed Motta. Acho-o um artista brilhante, que também tem o seu lado jazz, soul e funk. Se calhar era interessante pegar num artista brasileiro e transportá-lo para as minhas criações. Nos últimos tempos a musica eletrónica tem ganho muito terreno no mercado mundial. Se fosse convidada por um DJ de dimensão mundial para uma colaboração, aceitaria o desafio? Acho interessante, até porque gosto muito de música eletrónica. Tenho um apontamento ou outro de eletrónica no meu disco, normalmente da minha autoria. Há duas ou três músicas no meu disco que poderiam ficar bastante interessantes se
um DJ as remisturasse e as levasse para as grandes pistas. Muita vontade de mostrar as novas músicas ao vivo? Costumo intitular-me um “bichinho de palco”. Sou bastante tímida. Por exemplo, esta conversa é para mim mais difícil do que estar num palco (risos). Eu estou mesmo bem é num palco. Aí não há vergonha, não há timidez – só a música. É no palco que mais gosto de estar. K Entrevista: Hugo Rafael _ Facebook Oficial H Texto: Tiago Carvalho _
edições
Novidades literárias 7 D.QUIXOTE. O Morcego, de Jo Nesbo. O inspetor Harry Hole, da Brigada Anticrime de Oslo, é enviado numa missão a Sydney, na Austrália, para investigar um homicídio. Deve colaborar com as autoridades locais, mas tem instruções para se manter longe de sarilhos. A vítima é uma norueguesa de vinte e três anos, em tempos uma celebridade televisiva na Noruega.
A ESFERA DOS LIVROS. Auschwitz, um dia de cada vez, de Esther Mucznik. Autora dos livros Grácia Nasi e Portugueses no Holocausto, Esther Mucznik dá-nos a conhecer o dia-adia de Auschwitz através das vozes daqueles que ali acabaram por perecer e dos seus carrascos, do insuportável silêncio das crianças massacradas, das mulheres e homens violentados em bárbaras experiências médicas, mas também através dos relatos daqueles que sobreviveram para contar e manter viva a memória do horror da máquina de morte nazi.
PRESENÇA. O Brilho das Estrelas, de Debbie Macomber. O Brilho das Estrelas é uma história sobre o encontro entre uma jornalista ambiciosa e um escritor demasiado solitário, ambientada no extremo Norte dos Estados Unidos e iluminada pelo esplendor dos céus do Ártico. Duas personagens implausíveis envolvidas em sentimentos demasiado intensos para se adequarem ao quadro de vida de cada um, narrada com frescura e leveza e que arrebata o leitor num mar de emoções até ao final do livro.
gente & livros
Flannery O`Connor 7 «A avó não queria ir para a Florida. Queria visitar alguns dos seus conhecidos no Tenessee Oriental, e andava a aproveitar todas as oportunidades para tentar conseguir que Bailey mudasse de ideias. Bailey era o filho com quem ela vivia, o seu único rapaz. Estava sentado à mesa na beirinha da cadeira, inclinado sobre as páginas cor de laranja da secção desportiva do jornal. «Mas ouve lá, Bailey», disse ela, «olha para aqui, lê isto», e pôs-se em pé com uma mão sobre a anca magra e a outra estendida, brandindo o jornal em direcção à cabeça careca dele. «Aqui está este tipo que se chama a si mesmo O Inadaptado e que anda à solta, fugido da prisão federal, e parece que vai em direcção à Florida e aqui diz tudo o que ele fez às pessoas. Lê. Lê, ao menos.» In “Um bom homem é díficl de encontrar” Flannery O`Connor é unanimemente reconhecida como nome maior da literatura norte-americana do século XX. Nascida a 25 de março de 1925, em Savannah, no estado da Géorgia, e falecida a 3 de agosto de 1964, tornou-se conhecida pelos seus contos de cariz gótico sulista. A sua escrita centrou-se sobretudo na decadência do sul americano e das suas gentes, combinando o cómico, o trágico e o brutal, conforme refere a Wook. Aos doze anos, quando foi diagnosticada lúpus (uma doença hereditária) ao seu pai, mudou-se para Milledgeville, onde a mãe nascera, também na Georgia. O pai viria a
morrer três anos mais tarde. “Flannery O’Connor licenciou-se em Inglês e Sociologia e, em 1946, foi aceite a sua candidatura ao Iowa Writers’ Workshop. Logo nesse ano, publicou a sua primeira história, «O Gerânio». Mais tarde viria a reescrever esta história e a intitulá-la Judgement Day. Seria o seu último escrito conhecido”, explica a Wook. A autora publicou em 1947 o primeiro dos seus dois únicos romances, «Sangue Sábio», com o qual venceu o Rinehart-Iowa Fiction Award. Em 1951, quando lhe foi diagnosticada lúpus, regressou a Milledgville, para a sua quinta de Andalusia. Deram-lhe uma esperança de vida de
cinco anos, mas acabou por viver cerca de quinze. De acordo com a Wook, este foi o seu período mais criativo e, em 1955, ela própria fez uma recolha dos seus contos e publicou «Um bom homem é difícil de encontrar». Em 1960, lançou o seu segundo romance, «O Mundo é dos violentos». Passados cinco anos saiu, a título póstumo, nova coletânea de contos, «Tudo o que sobe deve convergir», que ainda foi compilada pela autora. Quando morreu aos 39 anos, a 3 de agosto de 1964, Flannery O’Connor tinha produzido 32 contos e dois romances. Depois da sua morte, foi criado o Prémio Flannery O’Connor, que é atribuído anualmente nos Estados Unidos da América. K
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OFICINA DO LIVRO. As Vítimas do Furacão Espírito Santo, de Filipe S. Fernandes. O Furacão Espírito Santo deixou um rasto de destruição que o Financial Times estimou em dez mil milhões de euros. Marcou o fim de uma dinastia financeira e de uma marca com 150 anos, e transformou um banqueiro, Ricardo Salgado, de todo poderoso a uma espécie de maior vilão do século. Fez vítimas como os 30 mil acionistas, milhões de clientes e investidores em Portugal e em vários pontos do globo.
BERTRAND. 22/11/63, de Stephen King. Dallas, 22/11/63: três tiros são disparados O presidente John F. Kennedy está morto. Quando o seu amigo lhe propõe que atravesse uma porta do tempo para regressar ao passado com uma missão especial, Jake fica completamente arrebatado. K
Parabéns ao Ensino Magazine pelo seu 17.º aniversário MARCO , 2015 /// 027
press das coisas
pela objetiva de j. vasco
Sony SRS-X7 3 A coluna sem fios SRS-X7 oferece beleza e simplicidade. A sua forma elegante adapta-se a qualquer espaço, quer esteja em casa ou na praia. Graças à sua ligação Bluetooth e à tecnologia NFC, poderá reproduzir as suas músicas favoritas ou ouvir as suas listas de serviços, como o Spotify, a partir do seu smartphone, computador ou tablet. Custa 299 euros. K
Banda do Mar – “Banda do Mar” 3 A Banda do Mar é o resultado da amizade entre os brasileiros Marcelo Camelo e Mallu Magalhães e o português Fred Ferreira. Depois de várias viagens transatlânticas, a relação foi sendo cimentada e havia uma necessidade de formalizar um disco. São 12 canções que têm recebido aplausos nas duas margens do Atlântico. K
Prazeres da boa mesa
Arrozada IGP de Tortulhos e Perdiz (4 pax.) 3Introdução Melhor que qualquer verdadeiro, e também pseudo-risotto, esta receita é um hino aos sabores e ingredientes nacionais, sendo confecionado com produtos exclusivamente de Portugal. Usa o único arroz português com certificação IGP, o arroz carolino das Lezírias Ribatejanas da Bom Sucesso, bagos que graciosamente absorvem os refinados sabores das Amanitas ponderosas (vulgo Tortulhos), do Queijo Velho de Idanha-a-Nova, das Perdizes Ibéricas de Pata Vermelha e dos produtos de qualidade irrepreensível da Knorr, resultando num simbiótico manjar dos deuses, há duvidas?... Ingredientes 200 gr de Arroz Carolino Lezírias Ribatejanas IGP 200 gr de Amanitas ponderosas 2 Perdizes Ibéricas de Pata Vermelha 2 Pés de Tomilho 75 gr de Cebola 30 gr de Alho Francês 25 gr Toucinho Entremeado de Porco Preto 50 ml Vinho Tinto 1 Folha de Louro 10 gr de Alho seco 15 gr de Manteiga de Ovelha
10 gr de Pimentão Fumado 25 ml de Azeite Virgem 900 ml de Caldo de Carne Knorr 60 gr de Queijo Velho de Idanha-a-Nova 1 gr de Açafrão em Rama 12 Espargos Verdes Q.b. de Sal e de Pimenta Preta de Moinho 2 gr de Centáureas
pernas da perdiz. Temperar com o toucinho, metade da cebola e alho, a totalidade do pimentão, tomilho, o alho francês e os restantes temperos necessários. Estufar as pernas de perdiz aproveitado os elementos aromáticos do tempero. Limpar as Amanitas ponderosas, aproveitando as aparas limpas para aromatizar o caldo de carne Knorr. Limpar e cortar os espargos, escaldando-os de seguida. Corar os peitos as perdizes ao ponto. Cozinhar o arroz carolino num refogado com o restante alho e cebola e com o caldo de carne. Quando o arroz tiver no ponto, aveludar com a manteiga de ovelha, um fio de azeite e o queijo velho de Idanha ralado.
Preparação Limpar, desossar os peitos e
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Saltear os espargos com as amanitas. Corrigir os temperos e servir de imediato, finalizando com as centáureas os sucos do estufado. Empratar Fazer dois quenelles com o arroz e aplicar os espargos. Encimar com a perdiz, o molho ao redor, os cogumelos e as pétalas de centáurea. K Chef Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo)
Cinema
A menina Júlia
Sensesofcinema.com H
guma forma, levar avante o poder de decisão. Aqui, a Menina Júlia é a filha de um conde e que na noite de S. João, seduz João, um dos empregados de seu pai que é noivo de Cristina, a cozinheira da família. João é levado pelo jogo não inocente da Menina Júlia que, em ambos os casos, não medem as consequências dos seus atos perante a sociedade na medida em que há nítida e claramente uma oposição no que respeita ao grupo social a que cada um pertence. A história que se desenrola ao longo daquela noite de solstício terá um final trágico muito semelhante ao das tragédias gregas tendo em conta o cunho moral que a envolve. August Strindberg ainda que defensor da igualdade das mulheres perante os homens, mostra-nos que nem
sempre as escolhas das mulheres são as mais acertadas correndo o sério risco de ficar com a cabeça a prémio na medida em que, neste caso concreto, a Menina Júlia, teve de optar entre o julgamento por parte da sociedade e o suicídio. Moral da história: Um simples ato inconsequente poderá originar um conflito ético sem precedentes.” É esta história aparentemente simples, que Liv Ullmann trouxe de novo para o grande écran, depois da celebrada versão do sueco Alf Sjöberg, de 1951, “Fröken Julie” que passou com o título “Vertigem” e de uma versão menos conseguida de Mike Figgis, de 1999, com Saffron Burrows e Peter Mullan nos papéis principais e, para além de várias versões televisivas, há ainda notícia
de duas versões ainda do mudo, uma de 1912, realizada por Anna Hofman-Uddgren e outra de 1922, possivelmente perdida, dirigida por Felix Basch. Com excelentes representações de Jessica Chastain, Colin Farrell e Samantha Morton nos principais e (quase) únicos papéis (há a cena inicial de Julia ainda criança, interpretada por Nora McMenamy), respectivamente Julia, John e a cozinheira Kathleen, Ullmann neste seu regresso à realização, situa a acção na Irlanda de 1890, numa austera e claustrofóbica adaptação do texto de Strindberg, a cozinha domina o cenário, aqui e ali uma saltitando pelo campo à volta da casa, para logo a ela regressar para mais um round daquela luta em que desejo e remorso se en-
frentam numa corrida para um na altura inevitável final. Liv Ullmann, uma norueguesa nascida por acaso em Tóquio, em 1938, conheceu a glória cinematográfica como protagonista de filmes realizados pelo grande Ingmar Bergman, com quem viveu alguns anos e teve uma filha, de que se destacam A Máscara (1966), Paixão (1969), Lágrimas e Suspiros (1972), Cenas da Vida Conjugal (1973) ou Sonata de Outono (1978) e Saraband (2003). Mas não só com o sueco foi grande. Richard Attenborough ou Michael Anderson, foram outros realizadores com quem trabalhou. Iniciou-se na realização em “Love” (1982), filme composto por seis curtas-metragens cujo tema é o amor, todas realizadas por mulheres, cabendo a Ullmann dirigir “Parting”, tendo ainda realizado “Enskilda samtal”, 1996, e “Infidelidade” (Trolösa, 2000), ambos com argumento de Ingmar Bergman, o que, convenhamos, é mais que um cartão-de-visita para o êxito de qualquer película. Voltou agora, 14 anos depois, sem Bergman, mas mostrando que sabe o que faz. Sobre “A Menina Júlia” nos palcos nacionais, lembra-se aqui que o Teatro das Beiras estreou a peça em 1996, com encenação de Rui Sena e cenografia de José Manuel Castanheira e mais recentemente, em 2009, o Teatro Nacional D. Maria pô-la em cena com Beatriz Batarda na protagonista. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ com Joaquim Cabeças _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
7 O meu amigo Joaquim, cúmplice nestas prosas em que o cinema é o actor principal, foi ver “Miss Julie”, de Liv Ullmann, a mais recente adaptação de célebre peça de August Stridberg, tema da nossa próxima crónica, esta, a que está agora a ler. Uma pequena contrariedade da saúde não lhe permitiu rabiscar as suas linhas, por isso tratamos de combinar a coisa pelo telefone. A ver no que dá. August Strindberg, nascido a 22 de janeiro de 1849 em Estocolmo, do casamento de um aristocrata falido, Carl Oscar Strindberg e de Nora, sua criada (em 1886 Strindberg escreverá a narrativa autobiográfica O Filho da Criada), apesar de uma vida atribulada, desde logo enquanto estudante, tentando várias áreas, mais tarde conhecendo variados empregos, de jornalista a secretário da Biblioteca Real de Estocolmo, será na escrita que se encontra, principalmente como dramaturgo, de que peças como “A Menina Júlia”, a par de “O Pelicano” ou de “A Dança da Morte”, para referir apenas estas, fizeram dele um dos nomes maiores das letras suecas. “A Menina Júlia” (Fröken Julie), escrita em 1888, é um símbolo do naturalismo teatral e reconhecida como determinante no desenvolvimento do teatro no século XX. Numa recente edição portuguesa, Jorge Alexandre Navarro refere que “à semelhança de outras obras do autor, a mulher desempenha um papel crucial, nomeadamente no que respeita à sua emancipação sendo colocada numa posição de destaque social que a permite, de al-
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Quatro rodas
Uma questão de equilíbrio c Embora não seja a minha praia, por vezes tenho recorrido, a analogias com o futebol para ajudar a explicar, situações ligadas ao automobilismo. Desta vez vou também começar com uma introdução futebolística e uma vez que estou a escrever a crónica, em pleno reino da Castela, o exemplo virá do futebol espanhol. Aviso no entanto que não tenho pretensões a ser comentador futebolístico, pois conheço apenas as tácticas dos treinadores de bancada e ouço por vezes as conjecturas dos arautos do conhecimento futebolístico que proliferam nos canais televisivos e ondas da rádio. Como consequência dos movimentos independentistas, que têm agitado a Catalunha, tem vindo à discussão a situação do quadro competitivo das equipas de futebol catalãs. Uma hipotética independência daquele território, teria aparentemente como consequência, que estas equipas não disputassem a liga espanhola, mas sim uma liga própria. Deixaria por exemplo de haver um confronto entre o Real Madrid e o FC
Barcelona. Por sua vez um campeonato catalão teria o FC Barcelona como eterno vencedor, numa competição de duvidoso interesse desportivo. Quais seriam no entanto as consequências económicas para o FC Barcelona? Sem dúvida catastróficas. O direitos televisivos sofreriam um rombo irreparável, os fãs diminuiriam rapidamente, com repercussões nas receitas do merchandising e muitas outras coisas menos boas retirariam ao clube recursos financeiros que lhe permitem ter hoje os melhores no seu plantel. Conclui-se pois que o melhor amigo do FC Barcelona é sem dúvida Real Madrid. Sem esta rivalidade, constantemente
ampliada pela comunicação social, tanto uma como outra equipa valeriam bem menos do que valem hoje. Um Real Madrid fraco, não interessa ao FC Barcelona, convém ter um adversário forte com quem vá repartindo as vitórias. Só assim é possível aumentar as audiências e por o negócio a crescer…sim porque desporto a este nível é negócio, puro e duro. Passemos então para o mundo motorizado, mais propriamente para a sua especialidade topo que é a fórmula 1. No início desta década tivemos um domínio quase absoluto da Red Bull e agora da Mercedes. Pequenas inovações tecnológicas tiveram na origem
deste domínio. Há no entanto restrições regulamentares que impedem as outras equipas de incorporar essas inovações no ano em disputa, acentuando assim as diferenças. É justo que quem inove com sucesso, seja compensado com vitórias. Essas vitórias dão notoriedade às marcas, mas quando ganha sempre o mesmo, as audiências também descem. Há pois alturas em que, menos vitórias, podem dar mais audiências, logo mais retorno. Neste momento da fórmula 1 a Mercedes ganhava mais, se tivesse um ou dois adversários à altura, com quem repartir as vitórias. As corridas não se tornavam aborre-
cidas e uma boa luta teria sempre maior repercussão nos “media”. Mas, como resolver uma situação destas? A resposta pode passar pela implementação de soluções já experimentadas nos campeonatos americanos, onde é fomentada a igualdade e a competitividade. Vamos ver se teimosia alemã (da Mercedes), não impede a implementação de regras que estimulem esta competitividade. Caso contrário poderá arrastar o mais mediático campeonato de corridas de automóveis, para o desinteresse global. Terá pois de se encontrar um equilíbrio que possa premiar os melhores, mas num quadro competitivo que seja atractivo para os fãs. Neste momento rivais para a Mercedes precisam-se, sem eles não haverá espectáculo. K Paulo Almeida _ Direitos Reservados H Este texto não segue a nova ortografia _
sector automóvel Novo Citroën C4 disponível em Portugal 3 O renovado Citroën C4 começou a ser comercializado este mês em Portugal. Os preços arrancam nos 21 mil euros. A gama C4 é constituída por seis motores, três níveis de equipamento, tendo uma edição especial de lançamento. A berlina compacta apresenta novidades ao nível das motorizações, compatíveis com as normas ambientais Euro 6. K
Novo Opel Corsa a partir de 24 990 euros 3 A Opel anunciou que o novo Corsa OPC terá no mercado português preços a partir dos 24 990 euros, estando prevista a chegada das primeiras unidades para maio. Esta versão renovada do pequeno modelo desportivo, munida com um motor 1.6 Turbo com 207 cv, já está disponível para encomenda. K Publicidade
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Suzuki Vitara com desconto de lançamento 3 O novo Suzuki Vitara aposta forte na versão GLE. O preço será 19 840 euros, com desconto. O 1.6 DDiS de 120 cv custa desde os 21 337 euros no nível GL, 22 862 euros no GLE e 24 448 euros no GLX. O Diesel GLE 4x4 custa 25 348 euros e o GLX 26 974 euros. Todos os preços têm aplicado um desconto de 1300 euros no lançamento. Os primeiros carros chegam este mês.K
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Fotografia
Concurso internacional está on line 6 O Ensino Magazine está a promover o Concurso Internacional de Fotografia “fotografa a tua escola”. A iniciativa tem já os apoios dos institutos politécnicos da Guarda e de Leiria, da Edu-
topia, RVJ - Editores, e das rádios RBI | RACAB e Condestável, num conjunto de parceiros que tende a aumentar. De 15 de março a 2 de junho todos os interessados, com mais de 13 anos (alunos, pro-
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Portalegre
Investigação em congresso 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre acolhe, nos próximos dias 7, 8 e 9 de setembro, o XVII Congresso da APDIO, sobre investigação operacional. De acordo com a organização, o congresso visa reforçar o triângulo do conhecimento no âmbito da educação, investigação e inovação, a fim de maximizar a contribuição da IO para o crescimento susten-
tável, promovendo a construção de uma economia baseada no conhecimento e a utilização inteligente de recursos finitos. K
Equinicultura
Alunos de Elvas brilham em prova
6 A Escola Superior Agrária de Elvas esteve em destaque no Concurso de Dressage Nacional de Arruda dos Vinhos, onde três alunos da licenciatura de Equinicultura da Escola Superior Agrária de Elvas obtiveram lugares de pódio. Na prova realizada em fevereiro, João Torrão (mon-
tando Equador MV) foi primeiro classificado, na Prova Média 1, enquanto que David Olsansky (montando Ervilhaca) obteve o 3º lugar nas duas jornadas (Prova Média 1). Já Marta Ramos (montando Barão) foi quarta classificada nas duas jornadas (Prova de Dressage Young Riders Preliminar). K
Alunos
Beja promove mobilidade
6 O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) tem abertas, até ao dia 30 de março, as candidaturas para atribuição de bolsas a alunos que queiram estudar ou estagiar no estrangeiro no ano letivo de 2015/2016 ao abrigo de programas de mobilidade. Os estudantes que se
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fessores, funcionários, pais e cidadãos de um modo geral), podem candidatar as suas fotos, através do site www. ensino.eu. Há três temas a concurso: selfies, rostos da escola,
candidatarem poderão beneficiar de um experiência de estudo ou estágio, no 1.º ou no 2.º semestre do ano letivo de 2015/2016, numa das instituições de ensino superior parceiras do IPBeja e ao abrigo de um de três programas de mobilidade. K
e instantâneos na escola. As inscrições são gratuitas. De 10 de junho a 31 de outubro será feita a votação on line, e as imagens mais votadas serão depois vistas por um juri independente. K