abril 2015 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No206 Distribuição Gratuita
www.ensino.eu ensino jovem
inês pedrosa, escritora
Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS
O ensino atual cria papagaios de repetição
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IPCB de mãos dadas com S. Tomé e Príncipe C
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UBI em aniversário com tecnologia de ponta C
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IPLeiria e ENI criam prémio para estudantes C
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Inês Pedrosa arrasa o sistema de ensino defendendo a sua reestruturação a fundo, a par com os programas de educação. A escritora e jornalista fala do “desaparecimento da política, e do tenebroso vício das cunhas”.
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Docente de Évora ganha Grémio
Assinatura anual: 15 euros
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Jorge Palma e a vontade de escrever novas canções Ensino Magazine no congresso de literacia
Educação para os Média é urgente C pub
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Inês Pedrosa, escritora
«O ensino atual cria papagaios de repetição e cidadãos passivos» 6 Inês Pedrosa arrasa o sistema de ensino defendendo a sua reestruturação a fundo a par com os programas de educação. A
escritora e jornalista fala do «desaparecimento da política», do «tenebroso vício das “cunhas”» e afirma que seria um sinal de
mudança importante ter uma mulher no Palácio de Belém, tal como ficciona no seu último romance, «Desamparo».
O seu mais recente romance, «Desamparo», é uma metáfora de um país com cicatrizes e sequelas
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Luís Carvalho H
dos anos da troika? O desamparo descrito neste romance não se cinge aos anos da troika, nem a Portugal. Há nele histórias de emigrantes portugueses e imigrantes do Brasil em Portugal. Diria que se trata de uma parábola sobre o desenraizamento, a solidão, o abandono e a traição, sentimentos dominantes numa época em o mundo se nos tornou ilusoriamente próximo e ao mesmo tempo atingiu um grau gigantesco de imprevisibilidade. Uma época em que as escolhas parecem, simultaneamente, infinitas e muito reduzidas. Uma época de deslocados e exilados, em que questões como a identidade, a segurança e a pertença estão em total reformulação. Os protagonistas deste livro são pessoas de várias idades, experiências e origens, que perderam tudo ou quase tudo e tentam perceber quem são e de que modo podem ainda viver. As situações-limite convocam o pior e o melhor das pessoas, mas são
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sobretudo momentos de esclarecimento. Li uma frase sua em que diz: «Não é de serem felizes que as pessoas têm medo: é de escolher – da responsabilidade da escolha, do compromisso que ela acarreta». Vivemos numa sociedade apavorada pelo risco e com medo de ter medo? O pânico de arriscar e o medo do próprio medo são hoje muito visíveis, em particular em países antigos, acomodados e pouco experientes em processos democráticos, como é claramente o caso de Portugal. Mas essa frase refere-se a uma outra coisa, parcialmente decorrente desse hábito de passividade, que é o medo de assumir e defender as escolhas feitas, uma espécie de adolescência arreigada que muitas vezes nos impede, não só de apreciar o que somos, temos ou fazemos, mas até de sermos capazes de escolher. Quando o fascínio pela novidade, característico desta era de endeusamen- ;
to da juventude, se associa ao culto da desresponsabilização, muito próprio de países com fortes tradições burocráticas e ditatoriais, como é Portugal, surge uma paralisia existencial composta de indecisões e abandonos sucessivos. Diz que “liberdade” é a palavra que melhor a define. Numa sociedade cada vez mais controlada e vigiada, onde imperam as redes sociais, não pensa que a democracia, as liberdades e as garantias estão cada vez mais frágeis? A fragilização das liberdades e garantias das pessoas, e portanto da democracia, advém tanto da excessiva e obscura vigilância – nunca sabemos quem nos espia, e ai de nós se tivermos um inimigo numa repartição judicial ou fiscal – , como da total falta de controlo das redes sociais. A difamação tornou-se quotidiana e as queixas de perseguições obsessivas e atentatórias do bom nome de alguém nas redes sociais, na grande maioria das vezes, não encontram provimento. A verdade é que as redes sociais têm servido mais como instrumentos de intimidação, alienação e contra-informação do que como mecanismos de ampliação da democracia. Penso que é urgente criar um enquadramento legislativo, a nível internacional, que resolva este problema. Os políticos são normalmente apontados como os “maus da fita” pelo estado a que chegámos. Considera que os políticos são maus porque os portugueses não exigem melhor? Os políticos são também cidadãos, têm as qualidades e defeitos daqueles que os elegem. Penso que os eleitores se informam pouco sobre os políticos que elegem, e por isso se sentem tantas vezes tão enganados. Mas o problema de fundo é o do desaparecimento da política, esmagada pela ação incontrolável dos mercados e pelas finanças, que por sua vez vieram substituir a economia, que era uma ciência política. A política perdeu quase todo o poder que tinha – a gravíssima crise europeia demonstra-o claramente. A crise é, antes de mais, de ideias e de lideranças políticas. Que culpas no cartório aponta às nossas elites políticas, académicas e intelectuais? Teremos, de facto, elites? Tenho muitas dúvidas. As elites portuguesas formaram-se através dos títulos nobiliárquicos, do dinheiro, das famílias e dos favores, não através da cultura e da educação. As figuras de referência intelectual foram e continuam a ser franco-atiradores, pregadores no deserto, muitas vezes exilados, por não terem encontrado condições de desenvolvimento no país. Precisaríamos, para começar, de reestruturar a fundo o sistema de ensino, e os programas de Educação, de modo a estimularmos o sentido crítico dos jovens. Desvaloriza-se o ensino das Humanidades e das Artes (a quase inexistência de educação musical é vergonhosa), sobrevalorizam-se as ciências ditas exactas, não se criam espa-
Alfredo Cunha H
ços de debate na escola, retiram-se dos programas os clássicos incómodos, com o argumento desonesto e preguiçoso de que não atraem os mais novos, e carregase nos chavões linguísticos (a terrível TLEBS) e na capacidade de memorização. O ensino atual cria papagaios de repetição e cidadãos passivos, não cabeças activas e curiosas. Assim, nunca mais mudamos. Os desígnios mobilizadores costumam unir os portugueses. O que é que considera que podia congregar os nossos compatriotas num desiderato comum? Sou otimista, por natureza e por estratégia de sobrevivência, mas confesso que, à parte o futebol, não vejo nos portugueses essa capacidade de mobilização. Somos demasiado individualistas, cada um por si, cada qual que se desenrasque como puder – com as famílias e o tenebroso vício das “cunhas” como único traço de união. Habituámo-nos a ver o Estado como um pai providencial, mesmo que cruel, e não somos dados a associações. A desconfiança atávica que a generalidade dos portugueses tem em relação aos partidos – que são associações de cidadãos em torno de ideias, não esqueçamos – ou aos sindicatos é eloquente. As ditaduras deformam os cidadãos, e nós vivemos séculos e séculos de ditadura: achamos, ainda hoje, que nada podemos.
Agora, a classe média empobreceu de tal forma que começou finalmente a mostrar alguns sinais de rebelião. Mas ainda muito ténues, e pontuais. Presidiu à Casa Fernando Pessoa, um dos maiores vultos da língua e da cultura lusa. Sei que teve poucos apoios para fazer o seu trabalho e muitos dos recursos foram mobilizados por sua iniciativa. Não se aposta na cultura porque não dá votos ou, como agora se diz, porque não é uma área sexy? Para mim, a cultura é a área mais sexy de todas, porque é aquela que transforma as pessoas e as torna capazes de pensar, criar, mudar o mundo. Alguns votos sempre dará, porque em épocas eleitorais os políticos tentam usar figuras da cultura nas suas campanhas. Ao longo dos seis anos em que trabalhei na Casa Fernando Pessoa, fui percebendo que a cultura é entendida pelos diversos poderes políticos e económicos como mera decoração e só interessa enquanto propaganda, ilusão de pensamento e instrumento ao serviço de lóbis determinados. Acresce que não temos, em Portugal, uma tradição do mecenato. Bati a muitíssimas portas para procurar apoios para ações de cultura e educação, e poucas se abriram. Mas essas poucas entidades foram preciosas, e permitiram três coisas que julgo funda-
mentais: levar a poesia e as artes às escolas mais desprovidas de meios, estreitar o conhecimento mútuo entre as culturas portuguesa e brasileira, preservar o tesouro nacional que é a Biblioteca Particular de Fernando Pessoa e oferecê-lo aos estudiosos de todo o mundo, através da internet. A cultura virou uma indústria de entretenimento, completamente subvertida dos valores essenciais. Na cultura, no ensino e também na comunicação social o entretenimento esmaga a análise ponderada dos problemas de raiz. É esta atração pela superficialidade e a espuma dos dias que narcotiza a sociedade? Exactamente. A generalidade dos responsáveis televisivos repete que dá ao povo o que o povo quer, e eu pergunto: quem disse que as pessoas só querem o chamado entretenimento básico? Já lhes perguntaram? Já experimentaram dar-lhes outras coisas? Tenho andado pelo país e encontro bibliotecas e cafés cheios para tertúlias literárias. Na Casa Fernando Pessoa verifiquei que havia muito público para recitais de poesia, música clássica, conferências e debates em torno de temas literários e maratonas de leitura. E vi crianças, mesmo as de três a cinco anos, porque começámos a trabalhar também com os mais pequeninos, vibrarem ;
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com os poemas e os amigos imaginários de Pessoa. Os próximos oito meses serão frenéticos. Avizinham-se as legislativas e só depois as presidenciais. Como está a ver o debate e a “bolsa de apostas” sobre as eleições presidenciais? Admite que na sociedade em que habitamos a visibilidade mediática ofusca a qualidade ética e os méritos intelectuais? A visibilidade mediática pode decorrer do mérito e das qualidades pessoais – acontece no desporto, por exemplo – mas não há uma relação automática entre as duas coisas, até porque há muitas atividades e saberes que não são mediáticos, ou assumidos como tal. Na política, os interesses e as estratégias sobrepõem-se demasiadas vezes ao trabalho efetivo e à qualidade das pessoas. Entristece-me, para começar, que na tal “bolsa de apostas” não se incluam mulheres. Não partilho o discurso da “diferença cultural do feminino”, porque me parece estúpido atribuir a um género o encargo dos valores: as mulheres devem ter lugar na política porque devem ter os mesmos direitos, oportunidades e consideração que os homens, e não por serem mais boazinhas ou honestas do que eles. Há uma série de mulheres, nos vários partidos políticos, que têm provas dadas e percursos que as tornariam excelentes candidatas à Presidência, mas não se fala delas. Infelizmente, aliás, quando falo disto, verifico que são as próprias mulheres a descartarem esta hipótese, encontrando nas possíveis candidatas inúmeros defeitos que parecem não encontrar nos candidatos homens. Simbolicamente, uma mulher Presidente seria um sinal de mudança importante. Por isso, no fim do meu livro, «Desamparo», encontramos uma mulher na Presidência da República, em Portugal. Disse numa entrevista recente no semanário «Sol», onde é cronista, que a sua filha tem 17 anos e pretende estudar Cinema. Como vê a questão da exiguidade das saídas profissionais, do flagelo do desemprego jovem e da hipótese da emigração? A geração da sua filha é o que se pode chamar uma geração traída e de sonhos adiados? A geração da minha filha tem sido chicoteada pelos discursos oficiais nos últimos anos. É uma geração que cresce a ouvir dizer que jamais terá emprego, que não poderá contar com os mínimos de segurança social ou de saúde, que deve desistir dos seus sonhos. Conheço miúdos aos quais os pais obrigam a aprender mandarim, achando que assim poderão ter emprego. Conheço outros aos quais os pais proíbem a escolha de áreas de estudo artístico. O que se tem feito a esta geração devia ser integrado na lista dos maus-tratos psicológicos, e punido como tal. A culpa principal é deste Governo, que tem reiterado este discurso até ao nível do desespero, mas os pais e educadores também são coniventes. Repito à minha filha que o mundo vive um tempo de mudança extraordinária, a todos os níveis, e
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Alfredo Cunha H
que ninguém pode garantir o que acontecerá daqui a dez anos, de modo que o que ela deve fazer é, acima de tudo, lutar pelos seus sonhos. Ela vive com esperança e alegria, elementos tão essenciais como as vitaminas e as proteínas, mas infelizmente não consigo fazer com que goste de Portugal: os contínuos discursos sobre a crise, os sacrifícios e a pobreza portuguesa levam-na a desejar sair daqui para fora o mais depressa possível. E,
como ela, milhares de outros jovens. Escreveu numa das suas recentes crónicas que «O trabalho continuado, o investimento no país, o mérito e o currículo de obra feita não contam em Portugal». O que conta então? As cunhas, os compadrios, a organizaçãozinha dos pequenos, médios e grandes interesses. Há exceções, mas ainda
CARA DA NOTÍCIA 6 Na Casa de Pessoa e as memórias do «Independente» Inês Pedrosa nasceu em Coimbra, no ano de 1962. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, trabalhou na imprensa, na rádio e na televisão. Dirigiu a revista “Marie Claire” entre 1993 e 1996 e esteve na fase inicial do jornal “Independente”. Foi diretora da Casa Fernando Pessoa entre 2008 e 2014. Mantém desde há 13 anos uma crónica semanal, primeiro no semanário “Expresso” e atualmente no semanário “Sol”. Tem 22 livros publicados, entre romances, contos, crónicas, biografias e antologias. A sua obra encontra-se publicada no Brasil, em Espanha, em Itália e na Alemanha, todos publicados pela editora Dom Quixote: «A instrução dos amantes», «Nas tuas mãos» (ganhou o Prémio «Máxima de Literatura»), «Fazes-me falta», «A eternidade e o desejo», «os Íntimos» (também venceu o Prémio «Máxima de Literatura») e «Dentro de ti ver o mar». «Desamparo» é o seu mais recente romance, fortemente aplaudido pela crítica literária. Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura, descreve-o desta forma: «Amor, traição, poder, inveja, ciúme, amizade, crime, medo, vingança e morte. É Portugal em carneviva, com rezas a pedir o euromilhões». K
poucas. Portugal trabalha mais horas do que a generalidade dos países europeus, e está no fim da lista da produtividade. Isto resulta da má gestão, da incompetência na organização do trabalho e dos objetivos. Esteve no início do jornal «Independente», com Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso. No Portugal de hoje um projeto dessa natureza fazia sentido? Tive a felicidade de ser convidada para integrar a equipa inicial do «Independente», mas não fui uma das fundadoras: esse mérito cabe integralmente ao Miguel Esteves Cardoso e ao Paulo Portas, que foram os autores do conceito – inovador, arrojado, criativo e inteligente – do jornal. No Portugal de hoje, estas qualidades continuam a fazer muita falta, e o jornalismo está numa queda tão acentuada que faz falta um projeto destes, sim. Mas não vejo quem queira investir nele… K Nuno Dias da Silva _
Formados pela UBI
Engenheiros na Europa e Brasil
6 Os engenheiros formados na Universidade da Beira Interior (UBI) já podem obter o título de Engenheiro Europeu (EUR ING), atribuído pela Federação Europeia de Associações Nacionais de Engenharia, o que lhe permite exercer a profissão em todo o espaço europeu. “Este é um importante reconhecimento da formação da engenharia na UBI, que se junta à da Ordem dos Engenheiros”, afirma Mário Freire, diretor da Faculdade de Engenharia da UBI. Ainda na mesma Faculdade, mas especificamente na área da Engenharia Civil, a UBI reforçou o protocolo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, assinado em 2012, que prevê o reconhecimento automático da formação naquela área, mas no Brasil.
Desta forma, qualquer graduado em Engenharia Civil das duas instituições pode pedir reconhecimento da respetiva formação na outra instituição, de forma a prosseguir estudos ou exercer a profissão de Engenheiro Civil no outro país. O protocolo rubricado na última semana prevê ainda a realização de atividades de intercâmbio de docentes e tem como objetivo realizar ou participar em cursos, fazer visitas técnicas entre ambas e participar em orientações e teses. As áreas em foco numa fase inicial serão Conservação e Reabilitação de Edifícios, Planeamento e Gestão de Obras, Materiais e Processos Construtivos, Sustentabilidade nas Construções, Patologia das Construções, Avaliação e Qualidade das Edifícios. K
ubi com cursos acreditados
ras que as instituições de ensino superior atravessam, entendemos dar à AAUBI o mesmo apoio do ano anterior uma vez que a UBI mantém o objetivo de apoiar os seus atletas no seu processo de formação desportiva e académica, encorajando-os a conciliar os estudos com a prática desportiva e a procurar o sucesso em ambas as vertentes, promovendo, ao mesmo tempo, hábitos de vida saudáveis na comunidade académica”, referiu o reitor, António Fidalgo. K
T O Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) acaba de acreditar vários cursos da Universidade da Beira Interior, casos do 1º Ciclo/Licenciatura em Sociologia, do 1º Ciclo/ Licenciatura em Economia, do 1º ciclo/licenciatura e do 2º ciclo/ mestrado em Química Industrial, bem como o doutoramento em Química, todos acreditados pelo período máximo, 6 anos. K
Protocolo UBI/AAUBI T A Universidade da Beira Interior e a Associação Académica da instituição assinaram em março o contrato programa para o Desenvolvimento Desportivo, para execução do projeto Competição Desportiva Universitária. O estudante da UBI dispõe de 17 modalidades de competição, que vão desde o andebol ao xadrez, e diversas atividades de lazer. “Apesar das dificuldades financei-
Prémios no Cinema T A Academia Portuguesa de Cinema premiou dois filmes da Universidade da Beira Interior, no âmbito dos Prémios Sophia Estudante da Academia Portuguesa de Cinema. Na categoria Animação, “Em vez de mimos, semeava ovos nas costas” de Laura Vilares obteve o segundo lugar. O documentário “Da meia noite pro dia”, de Vanessa Duarte, obteve o terceiro posto. Foram candidatos 12 estabelecimentos de ensino, com um total de 46 obras, divididas por três géneros. K
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Empreendedorismo tecnológico na covilhã
Universidade na vanguarda 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) é parceira do projeto ICT Entrepreneur, que junta sete instituições de cinco países europeus e visa promover o empreendedorismo entre alunos de pós-graduação e graduados na área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). “O empreendedorismo é um dos principais impulsionadores do crescimento económico dos países. A riqueza e a maioria dos empregos são criadas por pequenas empresas, suportados nas pessoas com espírito empreendedor. Como resultado, é hoje reconhecido pelos líderes políticos, economistas e educadores que a promoção de uma cultura
empresarial robusta irá fortalecer o desenvolvimento económico e social a uma escala nacional e global”, salienta Mário Raposo, vice-reitor da UBI para a Área Financeira e Projetos, que esteve envolvido na constituição desta parceria. Nesta perspetiva, o projeto numa primeira fase desenvolvese através da investigação centrada no estudo das dificuldades e obstáculos percecionado por aqueles alunos, na criação de empresas. A investigação envolve alunos dos diferentes países, parceiros do projeto. No decorrer do projeto será desenvolvido um programa de formação com a finalidade de
capacitar os alunos com conhecimentos e competências transversais, necessárias ao desenvolvimento de ideias de negócio, abertura de novos caminhos profissionais ou criação da própria empresa. O teste piloto do programa de formação contará com 20 alunos em cada um dos cinco países. Serão selecionados cinco participantes de cada país para participar no evento Final ICT Entrepreneurship Academy and Business Competition, que terá lugar no Chipre. No final, terão sido desenvolvidas as competências empreendedoras de cerca de 100 alunos de pós- graduação e graduados em TIC. K
U-Multirank avalia 1200 universidades
UBI começa bem 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) participou este ano pela primeira vez no U-Multirank, um relatório internacional dinamizado no seio da União Europeia que avalia vários parâmetros de 1200 universidades em 80 países. A Academia foi avaliada nas áreas de Medicina, Informática e Psicologia, definidas para a avaliação deste ano, tendo conseguido os melhores resultados em alguns itens relacionados com a Investigação, Orientação Internacional e Envolvimento Regional. Nas cinco categorias principais, que se dividiam em 31
parâmetros, a UBI consegue a nota 2 (numa escala de 1 a 5, em que o melhor é o 1) no Tempo de Graduação (Ensino e aprendizagem), e três notas 1 em Investigação, uma em Transferência de Conhecimento, duas em Orientação Internacional e uma no que diz respeito à Ligação Regional. Paulo Moniz, vice-reitor para a área da Investigação, admite que gostaria de obter uma avaliação global superior, mas espera melhorar nos próximos anos. “É preciso competir e estar nos melhores grupos para termos as melhores unidades, captar mais dinheiro e atrair alunos do es-
trangeiro. Há aqui aspetos que depois podemos desenvolver, como a proximidade do ensino com os alunos”, salienta Paulo Moniz, destacando: “A UBI oferece uma proximidade maior e se não estamos tão bem em algumas categorias, podemos aparecer bem noutras, como a proximidade e rapidez no empenho do nosso ensino. Quando um jovem, no Brasil ou em Portugal, procura uma instituição pode seguir indicadores como a rapidez de acabar o curso; a proximidade e a disponibilidade do corpo docente em receber os alunos”, conclui. K Rodolfo Pinto da Silva _
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Reabilitação da Linha do Tua
Universidade da Beira Interior
6 Comparar o caminho-deferro regional e apresentar uma ferramenta de controlo de gestão, para auxiliar a gestão e traduzir a estratégia em ação, numa situação de reabertura da Linha do Tua foi o trabalho desenvolvido por André Pires na sua dissertação mestrado em Gestão na Universidade de Trás-os-Montes e Alto (UTAD). O autor apresenta propostas, na perspetiva da Gestão Estratégica, numa eventual reabertura da Linha do Tua, desde Bragança até ao Tua, com base na ferramenta de controlo de gestão – Balanced Scorecard - para permitir aos decisores, gestores e administradores “uma visão estratégica das ações a implementar bem como avaliações periódicas das ações implementadas, num cenário de reabertura da Linha do Tua.” A reabertura desta linha seria importante para uma visão estratégica e integrada de Trás-os-Montes, no contexto regional e nacional, pois possibilitaria “a criação de atividades não apenas ligadas ao turismo - tal como aconteceu nas regiões autónomas servidas pelo Ferrocarril de La Robla – mas também dotar os territórios por ela atravessados de um transporte económico e eficiente, catalisador-chave para atrair grandes os fluxos de investimento”. Por isso André Pires avança
6 A taxa de empregabilidade dos licenciados e mestres formados na Universidade da Beira Interior (UBI) aumentou dois por cento em 2014, face ao ano anterior, chegando aos 93 por cento, em virtude da quebra do número total de formados na UBI inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional. Os números são da Direção Geral de Estatísticas da Educação e da Ciência, com base no número de inscritos no (IEFP). Todos os formados no Mestrado Integrado em Medicina que se inscreveram no IEFP conseguiram colocação, mas houve nove cursos com valores iguais ou acima dos 95 por cento, como são os casos de Bioquímica, Biotecnologia, Ciências Biomédicas, Ciências Farmacêuticas, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Filosofia, Optometria - Ciências da Visão e Psicologia. Os 29 cursos de 1.º e 2.º Ciclo “têm mais de 85 por cento
Emprego em alta
UTAD faz propostas
com propostas de investimento (estimativa de valores) “já a contar com a construção de um novo troço de religação à linha do Douro”, sendo um dos exemplos a reabertura da linha em via estreita eletrificada, com compra de 6 unidades elétricas, cujo custo total seria cerca de “189 milhões de euros.” Já se o cenário apontasse para a tração diesel, o “custo da reabertura com compra de material circulante situar-seia nos 152,5 milhões de euros”, sustenta. Cenário “bem diferente”, afirma, seria se a prioridade de investimento fosse na reconversão em via larga eletrificada, já que a reabertura da Linha do Tua, em
toda a sua extensão, teria um custo estimado “entre os 377 e os 477 milhões de euros, mas no caso tração diesel, o custo de reabertura situar-se-ia entre 354 e 454 milhões de euros”. Este trabalho de investigação, orientado por Francisco Diniz, docente e Investigador da UTAD, teve como base duas linhas regionais de via estreita, localizadas em regiões do interior norte: El Ferrocarril de La Robla (Espanha) e a Linha do Tua (Portugal), tendo o caso espanhol servido como benchmarking aplicável à Linha do Tua, dado que se trata de uma linha que reabriu após encerramento parcial ao tráfego ferroviário. K
de taxa de empregabilidade”, segundo revela a UBI que, da análise que faz ao documento, refere que “se os 100 por cento apresentados pela Medicina são previsíveis, os 98 por cento de Biotecnologia ou os 92 por cento de Cinema são uma agradável surpresa”. Ainda segundo a Universidade, é demonstrativo do “esforço que tem sido feito para aproximar o aluno finalista do mercado de trabalho, através de estágios, o que se traduz posteriormente pela sua absorção relativamente fácil pela entidade empregadora”. Ao longo do ano, o Gabinete de Estágio também procura aproximar as oportunidades de trabalho dos futuros formados na instituição. Neste particular, “os cursos de engenharia continuam a ser as formações com maiores oportunidades de trabalho, registando o gabinete de estágios da UBI uma procura superior à oferta”. K
Antigo mosteiro de Cister
UBI procura vestígios
6 Ana Maria Martins e Paulo Maia de Carvalho, docentes do Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura da Universidade da Beira Interior, vão participar nos trabalhos de identificação daquele que foi o único mosteiro da Ordem de Cister na Cova da Beira, o Mosteiro de Santa Maria da Estrela, cuja localização ainda é hoje desconhecida. O projeto, em parceria com a Câmara da Covilhã, visa lançar novas luzes sobre a casa monástica que remonta aos inícios da nacionalidade e que terá tido um papel de grande importância na génese e desenvolvimento do concelho. E estão já definidos dois locais onde a casa que terá resultado de uma promessa de Egas Moniz, preceptor de D. Afonso Henriques, terá existido. Os indícios “são fortes”, refere Ana Maria Martins. “Temos duas áreas possíveis: uma é próxima da ETAR, onde está a capelinha de Nossa Senhora da Estrela, outra é a Quinta da Abadia”, refere a docente que no âmbito do doutoramento es-
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Prémio Europeu Sousa Franco
Minho vence
tudou a arquitetura cisterciense em Portugal. A expetativa é que se consiga fazer a reconstrução “da planta hipotética do mosteiro”, salienta Ana Maria Martins, lembrando que estas edificações “seguiam regras muito específicas, facilmente detetáveis, que permitem ser redesenhadas com os valores que forem encontrados por Paulo Maia Carvalho”. Ainda de acordo com a docente
da UBI, na Boidobra existiria uma igreja a Norte, a Sul a zona de refeitório e cozinha, a Este o espaço de dormida dos monges e, a Oeste, o local dos irmãos conversos. “Esta é mais ou menos a matriz que depois se vai adaptando de local para local, seja pela própria topografia do lugar, seja por outras condicionantes. Mas nunca se afasta desta norma”, refere. K Rodolfo Pinto da Silva _
6 Jorge Miguel Ribeiro, do Centro de Estudos em Direito da União Europeia da Universidade do Minho, venceu o Prémio Europeu António de Sousa Franco 2014, com o trabalho “A mobilidade das sociedades no espaço europeu - a problemática da transferência transfronteiriça da sede”, no qual faz o panorama da mobilidade das sociedades comerciais na UE, avalia as várias ordens jurídicas dos Estados-membros nesta área e as decisões do Tribunal de Justiça da UE. “Se há livre circulação de pessoas, bens e serviços no espaço europeu, deve também ser garantida a livre circulação e estabelecimento
das empresas, através da criação de um modelo mais impulsionador do empreendedorismo, da inovação legislativa e da promoção do bem público”, refere o investigador, esperando que as autoridades nacionais e supranacionais acatem as sugestões. O júri – formado pelo eurodeputado Ricardo Serrão Santos e pelos académicos Jorge Miranda e Germano Marques da Silva – elogiou a qualidade da investigação, a pertinência do tema e o contributo para aprofundar a matéria. O prémio, no valor de 5000 euros, será entregue a 26 de maio, às 18 horas, na Reitoria da Universidade de Lisboa. K
3º Congresso Literacia Media e Cidadania
Educação para os Média é urgente 6 O acesso à informação e à literacia mediática pressupõem uma forte aposta na educação, garantiu o secretário de Estado adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, na sessão de abertura do 3.º Congresso Literacia, Média e Cidadania, que decorreu a 17 e 18 de abril, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa Aquele membro do Governo destacou que, ao contrário do passado, em que os jornais formavam a opinião pública e havia um acesso limitado a uma elite, hoje há uma proliferação de formas de comunicação, de tipo de média (até mesmo o conceito de órgão de comunicação social em revisão), que levam a que haja necessidade de construir uma opinião pública informada. Pedro Lomba assumiu que “a democratização do digital em todo o território nacional” é um dos grandes desafios para o país, defendendo a importância da “aposta na formação e no ensino”. Já Sara Pereira, presidente da Comissão Científica do Congresso, abordou a função das TIC e dos média nas vida quotidiana dos cidadãos, justificando o tema do evento. “As
novas tecnologias e os média assumem um papel fundamental em várias áreas como nos estudos, na interação, no trabalho e na comunicação. É preciso compreendê-los, bem como as suas mensagens e a forma como produzimos informação”. Na conferência inaugural, que abordou a “Literacia para
os media e cidadania na era digital”, David Buckingham, professor emérito da Universidade de Loughborough, Reino Unido, centrou-se na ideia de “crescer” num mundo digital e nas implicações para a educação e cidadania. Constatou que a tecnologia acaba por ser um paradoxo, oferecendo maior liberdade, mas também mais pe-
rigos, permitindo-nos ser multitarefa na utilização de vários dispositivos, mas também menos concentrados numa só tarefa. Para este investigador, as novas tecnologias criam maior fragmentação social, maior mobilidade mas também maior individualização. Tornam a transição de jovem para adulto mais difícil, assim como a definição
da identidade de cada um, no qual as redes sociais desempenham um papel importante. O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Fernando Egídio Reis, destacou, na sessão de encerramento, defendeu a importância de atividades que contribuam para fomentar a literacia para os média e o espírito crítico, enquanto contributo para a cidadania. Salientou ainda o papel das escolas na formação de pessoas responsáveis, autónomas e solidárias para a sociedade. O congresso contou com mais de 70 intervenções entre sessões plenárias, mesas redondas e comunicações livres assistidas por mais de 250 participantes vindos do País e do estrangeiro, principalmente do Brasil. Foi organizado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social, em colaboração com a Comissão Nacional da UNESCO, o Conselho Nacional de Educação, a Direção-Geral da Educação, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o Gabinete para os Meios de Comunicação Social, a Rádio e Televisão de Portugal, a Rede de Bibliotecas Escolares e a Universidade do Minho. K
experiências de outros países. Queremos perceber que exames são feitos, quem os produz e como os produz, como são corrigidos e como é controlada a qualidade das provas. Vamos também avaliar, p. ex., se os conteúdos são alinhados com os pro-
gramas ou próprios do exame, o tipo de exame: escolha múltipla, resposta curta, desenvolvimento, escrito, oral, defesa de trabalhos, etc., bem como o material autorizado (tabelas, calculadoras, computadores)”, salienta Jaime Carvalho e Silva. K
Exames Nacionais
Coimbra lidera estudo 6 Jaime Carvalho e Silva, especialista em ensino de matemática da Universidade de Coimbra (UC), lidera o primeiro estudo sobre os exames em Portugal, designado “Comparação dos exames nacionais em Portugal com os de 12 outros países”, financiado pela
Fundação Francisco Manuel dos Santos. A investigação envolve uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra e vários professores do ensino básico e secundário. O sistema nacional de exames vai ser comparado com o sistema
de exames dos Estados Unidos da América, Canadá, Irlanda, Holanda, Alemanha, França, Espanha, Noruega, Coreia do Sul, Singapura, Brasil e Austrália. O grande objetivo é “confrontar o sistema português com as suas debilidades em função das
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Cooperação científica
Património Edificado do Buçaco
Aveiro alerta para os riscos 6 Os 32 edifícios do conjunto monumental da Via-Sacra da Mata do Buçaco precisam de obras urgentes de reabilitação sob o risco de degradação irreparável, pois, para além da própria degradação dos edifícios construídos pela Ordem dos Carmelitas Descalços a partir do início do século XVII, nove dos edifícios encontram-se em zonas de perigo de queda de árvores e 23 podem sofrer graves consequências derivadas do escoamento das águas da chuva. O alerta é do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro e foi avançado no I Seminário sobre Património Edificado do Buçaco, a 27 de março, no Palace Hotel do Bussaco. “Os edifícios carecem de ações de reabilitação e de manutenção urgentes sem as quais a degradação se pode acentuar de forma irreversível”, alerta Ana Velosa, coordenadora do trabalho que tem como objetivo
estudar e avaliar os riscos e a sustentabilidade na construção, incluindo a conservação do património construído. “Nove dos edifícios encontram-se em zonas de perigo de queda de árvores e apenas dois dos trinta e dois edifícios mo-
numentais estão localizados em áreas com declive inferior a 20 por cento. Todos os outros estão em terrenos com declive que varia entre 20 a 60 por cento”, acrescenta Rui Veiga, estudante de Engenharia Civil na Universidade de Aveiro. K
Nova SBE
Daniel Traça dirige
6 Daniel Traça acaba de ser eleito diretor da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), tornando-se no primeiro antigo aluno da escola a ocupar o lugar de diretor, num mandato de três anos que vai conduzir a instituição a uma nova dimensão, subjacente à mudança para um novo Campus, em Carcavelos. “Vamos trabalhar com a qualidade e determinação que nos são reconhecidas para transformar o projeto do novo Campus num elemento de transformação da economia e da sociedade portuguesas. Acredito no papel transformador de um ensino as-
sente na qualidade, exigência e exposição internacional. Uma escola de negócios global em Portugal pode catapultar o talento, as empresas e a investigação portuguesas ainda mais longe no seu reconhecimento global”, afirmou Daniel Traça. Com 47 anos, Daniel Traça licenciou-se em Economia na Universidade Nova de Lisboa, em 1990. Seguiu-se o doutoramento na Universidade de Colúmbia (Nova Iorque), a experiência de docente no INSEAD (França e Singapura) e na Solvay Brussels School (Bélgica), durante um longo período de expatriação, entre 1991 e 2008. K
Algarve chega ao Japão 6 A Universidade do Algarve assinou em Março dois protocolos de colaboração com as universidades japonesas de Kinki e de Hokkaido, durante a visita oficial do Governo Português ao Japão, liderada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, com o objetivo de reforçar os laços económicos, científicos e culturais. O protocolo de colaboração com a Universidade de Kinki, além da UAlg, tem ainda como parceiro o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), e pretende fomentar o intercâmbio académico e científico, visando especialmente a inves-
tigação em torno da produção de atum em aquacultura. Já a colaboração entre a UAlg e a Universidade de Hokkaido teve início em 2013, fomentada por professores e investigadores das áreas do mar e da química. O memorando de colaboração, além das relações de intercâmbio académico que contempla alunos, professores e investigadores, visa também a formalização da associação da universidade japonesa como parceira do projeto Erasmus Mundus Chemical Innovation and Regulation, coordenado pela Universidade do Algarve. K
Diplomas de Espanhol
Salamanca acreditada 6 A Universidade de Salamanca já é um centro acreditado DELE - Diplomas de Espanhol como Língua Estrangeira, pelo que passará a realizar o exame nas datas oficiais, em maio e novembro. Os exames DELE são certificados oficiais da fluência da língua espanhola, e são projetados de acordo com as diretrizes do Quadro Europeu Comum de Referência do Conselho Europeu (QECR), o que garante um padrão internacional. Os cursos de preparação na ELE USAL Lisboa (Escola de Língua Espanhola da Universi-
dade de Salamanca) consistem em 30 horas, divididas em duas sessões semanais com duração do 2h30 cada. A Língua Espanhola é a segunda língua mais falada no mundo e não se limita apenas aos falantes de língua materna, que já ultrapassa os 300 milhões de pessoas. Esse número cresce a cada ano pela quantidade de indivíduos que aprendem este idioma como uma língua estrangeira. É língua oficial de 22 países, reconhecida na América do Norte, Europa, Ásia Central, Norte de África, Filipinas e pela Austrália. K
Lisboa
Nova distingue caloiros
6 A Universidade Nova de Lisboa entregou este mês as primeiras bolsas de mérito aos 39 caloiros que mais se destacaram no primeiro ano das Licenciaturas e Mestrados Integrados da Universidade e prestou ainda homenagem pública a Instituições e Professores do Ensino Secundário. Na cerimónia, presidida pelo
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Reitor da Universidade NOVA de Lisboa, António Rendas, no Auditório da Universidade, estiveram também presentes o professor que cada caloiro considerou o mais marcante do seu percurso escolar e ainda os diretores das respetivas Escolas de Ensino Secundário e as famílias dos premiados. “O papel do Ensino Secundá-
rio na formação não está ainda devidamente valorizado e reconhecido. E por isso, com esta cerimónia pública e com a atribuição destas bolsas de mérito não estamos apenas a premiar a excelência mas também a distinguir os professores e as instituições que, ao longo dos anos contribuíram para formação destes alunos.” referiu António Rendas. K
Grande Oficial
PR distingue professor 6 A Presidência da República acaba de distinguir, grau de Grande Oficial da Ordem de Instrução Pública, José Augusto Guimarães Morais, professor Emérito da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, numa cerimónia realizada no Palácio de Belém, a 14 de abril. José Augusto Guimarães
Morais é, desde 2012, Professor Emérito na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Formado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFULisboa), José Morais obteve os graus de Mestre e Doutor em Química Farmacêutica pela Universidade de Michigan (EUA). K
IPPortalegre
Agrária recebe Bulgária 6 A Escola Superior Agrária de Elvas, do Instituto Politécnico de Portalegre, recebeu de 30 de março a 2 de abril a visita de uma docente representante da Universidade de Trakia, Bulgária, no âmbito da parceria internacional estabelecida entre ambas as instituições para intercâmbio Erasmus de alunos e funcionários
docentes e não docentes. Nadya Bozakova é docente da Faculdade de Medicina Veterinária desta Universidade, tendo-se deslocado à região para conhecer as instalações da ESAE, suas áreas de atividade e ainda alguns dos seus parceiros locais, nomeadamente explorações agro-pecuárias da região. K
Portalegre
Explorística na ESTG 6 A exposição Explorística Aventuras na Estatística - está patente na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Portalegre. A mostra, de caráter itinerante, é composta por vários módulos interativos com o objetivo de levar os fundamentos da Estatística e das Probabilidades às comunidades educativas, transmitindo os conceitos de forma prática e
experimental. A exposição promovida pela Ciência Viva pretende contribuir para desenvolver a literacia estatística e para a promover a numeracia dos cidadãos. A mostra está assente em seis módulos interativos, cada um deles envolvendo várias atividades, tais como Seleccionar, Recolher, Descrever e Estimar. K
www.ensino.eu
Pedra Natural envolve IPP, UE e ensino profissional
Portalegre lança Academia
6 A Academia da Pedra Natural (APN) acaba de ser apresentada em Portalegre, e consiste numa associação inovadora entre entidades representantes da indústria, do ensino técnico-profissional e do ensino superior politécnico e universitário, com vista a oferecer e promover formação, investigação e desenvolvimento tecnológico específicos para o setor da pedra natural. O projeto tem como parceiros o Instituto Politécnico de Portalegre/ Escola Superior de Tecnologia e Gestão (IPP/ESTG), a Universidade de Évora, o CEVALOR – Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais, a ESTER – Associação para a Formação Tecnológica no Setor das Rochas Ornamentais e Industriais (ESTER) e a Associação VALORPEDRA. A Academia oferecerá formação especializada na área da pedra natural e abrangerá todos os níveis de formação (do 1 ao 8): profissional, técnica superior, superior e avançada, e funcionará nas instalações da CEVALOR, em Borba. Em nota de imprensa envia-
O anúncio foi feito na Semana da Internacionalização da ESTG da ao nosso jornal, é referido Os parceiros da Academia que esta Academia se pretende consideram “prioritária a criação “formar quadros com elevada de condições para a recuperação competência técnica e científica de dezenas de empresas do se(com todos os níveis de formação, tor da pedra natural, que devido inclusive doutoramento e pós- ao colapso da construção civil doutoramento) em áreas base da em Portugal deixaram de ter encaracterização e especificação da comendas. Estas só com recurso matéria-prima, da engenharia, do à modernização tecnológica e indesign e da gestão e com uma no- corporação de recursos humanos ção abrangente e atual do setor da competentes e vocacionados para pedra natural, capazes de liderar o setor terão condições de acesso o processo de atualização tecnoló- à única saída possível para a sua gica, e de internacionalização das manutenção a médio prazo: a exempresas tradicionais”. portação”. K
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O rei do estacionamento é da EST
Fisioterapia
Seminário na Esald
Olha o robô!
6 O robô Kika, criado na Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, venceu a prova “challenge” de estacionamento no Festival Nacional de Robótica, que este ano decorreu de 8 a 12 de abril, em Vila Real. A equipa albicastrense foi formada pelos docentes do Curso de Engenharia Industrial (Paulo Gonçalves e Pedro Torres) e pelos alunos André Silva, Bernardo Lourenço, João Roque. O Festival Nacional de Robótica, é um evento da Sociedade Portuguesa de Robótica que apura os campeões nacionais, nas diferentes provas, para posteriormente representarem Portugal no campeonato mundial RoboCup. Na classificação geral, a equipa albicastrense foi quarta classificada, entre sete concorrentes, mas na prova de estacionamento o robô Kika não deu hipóteses à concorrência, realizando, à primeira tentativa, todas as manobras de estacionamento semelhantes aos atuais carros com parqueamento automático. Assim, ao longo da prova, o robô albicastrense teve que: estacionar num parque (com este vazio, em frente de outro carro e mesmo entre dois carros); esta-
6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, realiza no próximo dia 15 de maio um seminário sobre fisioterapia. De acordo com uma nota informativa enviada ao nosso jornal, “este seminário pretende abordar o tema numa perspetiva transdisciplinar podendo inscrever-se nele um conjunto de profissionais para além de fisioterapeutas e estudantes de fisioterapia como: Profissionais de Treino Desportivo, Exercício e Saúde, Educação
Debate na ESALD cionar de forma paralela à via e do seu lado direito. Em nota enviada ao nosso jornal, o Instituto Politécnico de Castelo Branco refere que a solução adotada se baseou “em sensores de ultrasons para detetar a existência de outros carros no parque e decidir sobre o tipo de manobra a realizar, bem como para controlar o carro”. O robô utilizou ainda duas câmaras de vídeo. Uma para ver o semáforo e a pista, e outra para controlar a condução do robô du-
rante a condução. Para a equipa liderada por Paulo Gonçalves e Pedro Torres “os resultados alcançados premiaram o espírito de equipa e empenho para superar as dificuldades das provas”. Para além do bom desempenho da equipa da EST, Paulo Gonçalves participou na organização da prova de Condução Autónoma, sendo um dos responsáveis pela atualização das regras da prova e implementação de uma nova pista. K
Orquestra de Jovens do Mediterrâneo
Esart marca presença
6 Os alunos do curso de música da Escola Superior de Artes Aplicadas continuam a marcar pontos. Três foram selecionados para a Orquestra de Jovens do Mediterrâneo (OJM) que, entre outros, conta com o apoio da UNESCO, e dois obtiveram o segundo e o terceiro lugares no concurso internacional “Terras de La-Salette”. Mas, vamos por partes. A Orquestra de Jovens do Mediterrâneo selecionou os alunos Ricardo Vieira, Oksana Kurtash (da classe de Augusto e Alexandra Trindade) e José Carrilho, (classe de António Quítalo). A participação destes jovens alunos vem engrossar a lista de estudantes da Esart que em anos anteriores foram selecionados para outras orquestras internacionais. A seleção para esta Orquestra é bastante exigente, até porque a OJM reúne estudantes em fase de conclusão dos seus estudos superiores da Europa e países em volta do Mediterrâneo desde Israel, Itália, Turquia, Albânia, Croácia, França, Malta, entre outros. Para conquistarem um lugar
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Física, Reabilitação e outros com interesse na área”. A sessão tem como objetivo principal uma sistematização do conceito de proprioceção e sua implicação para o controlo e comportamento motor. O Núcleo de Fisioterapia da escola pretende “aproximar este conceito às diferentes perspetivas, desde a do treinador, atleta, preparador físico e fisioterapeuta”. As inscrições são efetuadas online no site da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. K
nesse grupo, os alunos da Esart prestaram provas em Lisboa no passado mês de janeiro. Em nota enviada à nossa redação, o Instituto Politécnico de Castelo Branco adianta que “os jovens selecionados serão orientados por instrumentistas de renome internacional, numa parceria com músicos da Orquestra Sinfónica de Londres”. Já a direção da Orquestra fica a cargo de maestros de prestígio internacional. No passado foi dirigida por nomes como Kristjan Järvi, Arturo Tamayo, Gianandrea Noseda, Sir Simon Rattle, entre outros. Na mesma nota, o IPCB explica que “Ricardo Vieira, do 2º ano da Licenciatura em Música, foi selecionado como membro efetivo do programa sinfónico da OJM, que terá lugar na segunda quinzena do mês de julho, inserido no Festival de Aix-en-Provence sob a direção de Carlo Rizzi. Oksana Kurtash e José Carrilho, foram selecionados como reserva desta mesma orquestra”. O comunicado recorda que a “Orquestra de Jovens do Mediterrâneo foi fundada em 1984 na
região de Provence-Alpes-Côte d’Azur (PACA) juntamente com o Ministério da Cultura de França. Desde 2010 que a Orquestra de Jovens do Mediterrâneo (OJM) está associada ao Festival de Aix-enProvence que em associação com a Orquestra Sinfónica de Londres criaram a Academia de Orquestra. E se no violino e na trompete, ao Orquestra de Jovens do Mediterrâneo se rendeu à qualidade dos jovens da Esart, no Concurso Internacional de Sopro “Terras de La-Salette”, dois alunos da escola obtiveram o segundo e terceiros lugares. Vítor Silva, em tuba, e Ricardo Manuel Pinheiro Almeida, em trombone, das classes dos docentes Ilídio Massacote e Alexandre Vilela, respetivamente, conquistaram o segundo e terceiros postos. obtiveram o 2º Lugar Tuba Sénior e o 3º Lugar Trombone Baixo Sénior, no Concurso Internacional de Instrumentos de Sopro “Terras de La-Salette”, o qual decorreu em Oliveira de Azeméis, entre 28 de março e 1 de abril, naquela que foi a sua quarta edição. K
Testamento vital 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, realiza no dia 5 de maio, pelas 14H00, no seu auditório 1, o seminário sobre Diretivas Antecipadas de Vontade – Testamento Vital. Esta iniciativa decorre no âmbito da Pós-graduação em Feridas, uma parceria da ESALD com a ELCOS- Sociedade de Feridas, que terminou no mês de janeiro de 2015. Em nota de imprensa, a escola revela que “as diretivas antecipadas de vontade são formas e ou documentos nos quais a pessoa maior de idade e capaz, manifesta antecipadamente a sua vontade consciente, livre e esclarecida, no que concerne aos cuidados de
saúde que deseja receber, ou não deseja receber”. A inscrição é grátis e realizada online na página web da ESALD ou www.facebook.com/esald. ipcb.pt e são limitadas à capacidade do auditório. K
NO IPCB
Curso para > 23
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco tem abertas as inscrições para o Curso Preparatório de Acesso ao Ensino Superior para os Maiores de 23 Anos (CPAES-M23), até ao final de abril. Publicidade
O Curso tem como objetivo preparar os alunos para as provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência dos cursos superiores dos maiores de 23 anos. K
Cooperação
IPCB de mãos dadas a S. Tomé
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) recebeu, no início deste mês, o presidente do Instituto Superior de Ciências da Saúde (ISCS) da Universidade de S. Tomé e Príncipe, Leonel Pontes. De acordo com o IPCB, a visita surgiu na sequência do protocolo de cooperação entre o Politécnico e a Universidade de São Tomé e Príncipe, assinado na cerimónia do 34º aniversário do IPCB, em que esteve presente o reitor da Universidade de São Tomé e Príncipe, Peregrino Costa. A visita do presidente do Instituto Superior de Ciências da Saúde (ISCS) da Universidade de S. Tomé e Príncipe, que já desempenhou as funções de Ministro da Saúde e dos Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe, foi assumida como de especial importância para ambas as instituições, e teve como objetivo analisar
possibilidades de cooperação do IPCB – Escola Superior de Saúde Dr.º Lopes Dias (ESALD) na implementação de graus de
ensino superior na área da saúde, a serem lecionados no Instituto Superior de Ciências da Saúde da Universidade de
São Tomé e Príncipe. Para o presidente do IPCB, Carlos Maia, esta visita “tem em vista operacionalizar o protocolo genérico firmado com a Universidade de S. Tomé e Príncipe e traduz o reconhecimento das competências instaladas no IPCB, havendo da nossa parte total disponibilidade para apoiar o ICSC, nas diversas vertentes. Contribuiremos assim para ajudar a Universidade de São Tomé e Príncipe na concretização da sua missão, neste caso na formação de profissionais de saúde, estando também a ser estudadas hipóteses de cooperação noutras áreas do conhecimento e de intervenção do IPCB”. O sistema nacional de ensino em São Tomé e Príncipe conta atualmente 65 mil alunos, e uma rede de 19 estabelecimentos escolares, jardins e creches. K
Evento juntou milhares de pessoas
Agroagrária mostra escola 6 A Feira Agroagrária voltou a mostrar o que de melhor há no setor agrícola do Distrito de Castelo Branco. O evento O certame decorreu na Quinta da Sr.ª de Mércules, e integrou a exposição de animais, equipamentos, produtos agrícolas e fatores de produção direta ou indiretamente associados às atividades do setor. De acordo com o presidente do IPCB, Carlos Maia, “o principal objetivo da feira passou por realçar perante a comunidade a importância que a agricultura tem na região e no país, divulgando a Escola Superior Agrária e todos os agentes do setor agrícola e florestal presentes na exposição”. Além disso, “através desta feira, a Escola pretendeu-se sensibilizar os jovens e respetivas famílias para a agricultura, quer enquanto atividade económica, quer enquanto atividade produtiva que está na base da autossuficiência alimentar do país”. Durante o evento o diretor da escola, Celestino Almeida, anunciou a abertura do laboratório de tecnologia de plantas da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB). O espaço está praticamente terminado, devendo entrar brevemente em fase de teste de equipamentos. O projeto irá funcionar nas antigas instalações da Escola Superior de Artes Aplicadas, que desocupou o espaço no último verão para se instalar no novo edifício na
Carlos Maia, presidente do IPCB, com as entidades, na inauguração da feira Talagueira. O laboratório de produção de plantas vai trabalhar em articulação com o centro que ficará na Soalheira, em resultando de uma parceria entre o Instituto Politécnico de Castelo Branco, a Universidade da Beira Interior e a Câmara Municipal do Fundão. “Esperemos que a breve trecho se comecem a ver os primeiros resultados práticos, com a apresentação de propostas
ao centro de investigação. Há um défice de plantas autóctones ou exóticas a nível nacional e se pudermos produzir à nossa medida, e de acordo com as nossas condições, certamente estaremos a prestar um melhor serviço”, referiu o diretor da ESACB. A feira compreendeu, para além do espaço de exposição, um programa de atividades diversas, como o concurso das
raças autóctones Merino da Beira Baixa e Charnequeira (participação da Ovibeira), demonstração de cães de pastoreio, concurso de queijos DOP (participação do CATAA), concursos hípicos de dressage (integrado no Concurso Regional de Dressage Centro) e de saltos de obstáculos, e a apresentação de poldros de raça Lusitana, entre outros. Celestino Almeida disse que a ESACB é neste momento “ uma entidade de referência para quem procura implantar-se em novos negócios ou nos ditos negócios tradicionais, porque da parte do Estado deixou de haver uma política ativa de apoio técnico”. Um apoio que tem ajudado a desenvolver áreas como a campina de Idanha-a-Nova, onde os terrenos antes ocupados pelo tabaco “são alvo da procura de novas soluções, como os frutos vermelhos, os cogumelos, as aromáticas ou a figueira da Índia” entre outros exemplos. K
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Declaração apresentada
Beja com princípios
Engenharia do Ambiente em Beja
Mestrado acreditado 6 O Conselho de Administração da Agência da Inovação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) acreditou o Mestrado de Engenharia do Ambiente, pelo tempo máximo legalmente atribuído, 6 anos. O corpo docente é ma sua maioria constituído por doutorados que estão envolvidos em projetos de investigação nacionais e internacionais, com publicação de artigos científicos internacionais de relevo e de patentes aprovadas e em aprovação. Foram ainda apontados como pontos fortes do mestrado a atratividade Publicidade
do curso para trabalhadores-estudantes, a proximidade entre os estudantes e os docentes, a facilidade na utilização de laboratórios e equipamentos pelos estudantes, designadamente durante o estágio, bem como a prestação de serviços à comunidade em termos de análises físico-químicas de águas. Para além disso, foi destacada a existência de um procedimento de avaliação de desempenho do pessoal docente no IPBeja que promove a sua competência científica e pedagógica bem como a sua atualização. K
6 O Instituto Politécnico de Beja acaba de divulgar a sua declaração de princípios relativa ao ao CEBAL (Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo) com vista ao fortalecimento das relações entre estas duas estruturas. De acordo com o IPBeja, “o pressuposto de base do documento assenta na importância que o politécnico atribui ao CEBAL, assumindo como fundamental a parceria estratégica com esta entidade, da qual faz parte dos seus corpos sociais desde a sua fundação em 2008”. O Politécnico de Beja reconhece o “enorme potencial, para o desenvolvimento da região, do trabalho científico
em rede e de forma articulada”, sendo “fundamental o reforço do entendimento mútuo, extensível a todos os atores implicados no desenvolvimento regional, no sentido da criação de uma comunidade partilhada de investigação, inovação e de transferência de conhecimento”, onde o IPBeja acredita que “há espaço para ganhos de escala e para a consolidação do ecossistema científico da região” que urge encontrar consensos e garantir uma maior interação científica entre IPBeja e CEBAL. O objetivo primordial é, numa primeira instância, eliminar as redundâncias e ajudar a potenciar os recursos disponíveis. K
Desporto em Beja
cendo-a como uma das melhores escolas em Portugal e na Europa, nas áreas da arquitetura e design. K
T O 4º Congresso Ibérico de Atividade Física e Desporto, subordinado ao tema “Atividade Física e Desporto: tendências e desafios profissionais” terá lugar nos próximos dias 8 e 9 de maio, em Beja. Este Congresso é organizado pela Comissão Técnico-Científica e Pedagógica do curso de Desporto e o principal objetivo é debater o atual perfil do profissional de atividade física. K
Exposição no IPB T Está patente na Galeria AoLado do IPBeja, até 30 de abril a Exposição “Interpretando Pintura a Óleo” da responsabilidade dos alunos da Universidade Sénior de Beja. K
T O VI Simpósio de Segurança Informática e Cibercrime - SimSIC 2015 terá lugar a 21 de maio, no Auditório do IPBeja, Este Simpósio é da responsabilidade do Laboratório UbiNET do IPBeja e conta este ano com o apoio da GOOGLE e da Academia Militar. K
T O Instituto Politécnico de Leiria vai dinamizar a segunda edição da Leiria In – Semana da Indústria, entre 6 e 11 de julho na região de Leiria, e oferece a 50 jovens um conjunto diversificado de atividades em torno da Indústria e das suas potencialidades. Visitas a empresas e indústrias locais e regionais, workshops, oficinas práticas e experiências culturais, são algumas das iniciativas que integram este evento totalmente gratuito. A iniciativa foi apresentada na Futurália, em Março, em Lisboa. K
Escola distinguida
Dor em Portugal
T A revista italiana Domus distinguiu pelo segundo ano consecutivo a Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria, como uma das 100 melhores escolas de Design da Europa e destacando os seus cursos de licenciatura em Design Industrial e mestrado em Design de Produto entre os melhores cursos dos mais reputados estabelecimentos de ensino da Europa na categoria de “Product Design”. Esta publicação internacional distingue a escola sublinhando a singularidade do seu modelo pedagógico e artístico, reconhe-
T Estão abertas as candidaturas à Bolsa para Jovens Investigadores em Dor 2015, uma iniciativa da Fundação Grünenthal, que pretende promover e incentivar jovens até aos 35 anos a realizar estudos clínicos relacionados com a temática da dor. A Bolsa, no valor de 10 mil euros, será atribuída anualmente de forma intercalada a trabalhos de investigação clínica e de investigação básica. Este ano estão a concurso projetos de investigação clínica. As candidaturas à Bolsa em Dor 2015 deverão ser enviadas, até 30 de abril de 2015. K
Cibercrime
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Leiria In em Julho
Com o Governo do Equador
IP Leiria faz protocolo 6 O Instituto Politécnico de Leiria e o Governo do Equador assinaram, a 1 de abril, um protocolo de colaboração que visa a mobilidade de estudantes do Equador para mestrados do IPLeiria em áreas estratégica para o Equador, como é o caso da Economia, o que também fomentará a colaboração com empresas nacionais e empresas do Equador. O presidente do Politécnico de Leiria, Nuno Mangas, destacou o passo histórico que o novo protocolo representa, ao receber estudantes do Equador, sobretudo de mestrado. “Somos muito focados no saber fazer, o que pode ser uma mais-valia para um país como o Equador. Os mestrados seleciona-
dos são uma oportunidade para estreitar laços, possibilitando a dupla orientação com docentes dos dois países. Esta será a base para uma relação duradoura. Esperamos que, daqui a cerca de dois anos e meio, possamos estar a entregar os primeiros diplomas”, afirmou. René Ramíres Gallegos, ministro do Equador, referiu que «o Instituto Politécnico de Leiria tem um sistema académico que permite ter uma ciência ligada à indústria, à economia, como as engenharias, por exemplo. Queremos agora estreitar os laços através da mobilidade, através da interação dos estudantes, de forma a não desperdiçarmos os recursos equatorianos”. K
Novo software áudio
De Leiria para Hollywood 6 Nuno Fonseca, docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, desenvolveu uma nova tecnologia áudio que está a ser testada em seis estúdios de Hollywood, nomeadamente 20th Century Fox, Disney, Paramount Pictures, Sony Pictures, Universal e Warner Bros. O novo software utiliza sistemas de partículas, uma técnica bastante usada em imagem, sobretudo efeitos visuais e computação gráfica, mas agora aplicada à área do som, vocacionada para grandes produções cinematográficas, dada a capacidade para lidar com milhares ou até milhões de sons em simultâneo. “Atualmente, se for preciso realizar uma cena de guerra com 10.000 soldados, o sound designer provavelmente irá criar de forma manual algumas dezenas de pistas áudio para tentar recriar o som ambiente. Com esta nova tecnologia, o computador consegue criar e gerir milhares de sons em simultâneo, conseguindo um resultado muito mais realista e com muito
menos trabalho”, exemplifica Nuno Fonseca. Uma outra característica do software em questão é a sua capacidade para tirar partido dos sistemas mais recentes de som para cinema, como o Dolby Atmos ou o Auro-3D, alguns dos quais ainda não chegaram às salas de cinema portuguesas. Para além da sua aplicação na área cinematográfica, o software está atualmente a ser
testado por outras organizações, incluindo a Playstation Santa Monica Studios, a BBC, a Turner Broadcasting, a RadioFrance e a Universidade de Stanford. O docente do IPLeiria passou pelos famosos Pinewood Studios, nos arredores de Londres, onde foram gravados os filmes da saga Harry Potter e 007, e onde está atualmente a ser rodado o novo filme da “Guerra das Estrelas”. Nestes estúdios apresentou a tecnologia inovadora aos diversos elementos da equipa de pós-produção áudio, incluindo Glenn Freemantle, vencedor do Óscar para melhor Sound Editing do ano passado, com o filme Gravidade. Estes já não são os primeiros contactos de Nuno Fonseca na indústria cinematográfica, já que colaborou diversas vezes com a empresa Eastwest, de Los Angeles, ao criar um software que permite colocar o computador a cantar como um coro sinfónico, utilizado por diversos compositores de bandas sonoras de cinema, de TV e de jogos de todo o mundo. K
a explorar o mar
IPL desafia jovens 6 A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria organiza a Semana Tanto Mar, de 31 de agosto a 5 de setembro, em Peniche, com o objectivo de desafiar 50 jovens, dos 14 aos 18 anos, a explorar o mar e os recursos marinhos através de uma semana preenchida por iniciativas diversas em torno deste recurso e das suas potencialidades, desde o surf à pesca, da ciência ao mergulho, da inovação à história. Batismo de mergulho, demonstrações de socorros a náufragos, surf e encontro com surfistas profissionais, visita às Berlengas e ao interior de um farol, atividades la-
boratoriais de investigação científica sobre o mar, são algumas das ações que alunos do 9.º ano e do ensino secundário/ profissional podem experimentar na ESTM, em Peniche. A iniciativa foi lançada na Futurália, Feira de Educação, Formação e Orientação Educativa. A sessão contou com as presenças do secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, o presidente do IPLeiria, Nuno Mangas, o subdiretor da ESTM, Sérgio Leandro, o presidente da Câmara Municipal de Peniche, António José Correia, e o responsável do Grupo Forum Estudante, Rui Marques. K
Politécnico de Leiria
ESAD.CR faz 25 anos 6 A Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, do Instituto Politécnico de Leiria, assinala os seus 25 anos com o lançamento de um “Seminário permanente de investigação sobre criação e pensamento contemporâneo”, que incluirá conferências, debates, aulas abertas, apresentações de trabalhos, encontros e conversas, sessões de filmes e documentários. Nesta primeira série serão 33 as atividades a decorrer
até 27 de maio, numa programação cultural semanal, multidisciplinar e transversal a várias áreas do saber e da criação, que durará três meses. “Convidámos diversos artistas e profissionais ligados à criação contemporânea a juntarem-se a nós, a falar com os estudantes, dar a conhecer o seu trabalho e a partilhar as suas interrogações e processos”, adianta Rodrigo Silva, diretor da Escola. K
Engenharia Automóvel de Leiria
Prémios ENI para os melhores
6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e a empresa SINTéTICA, distribuidora oficial da marca de lubrificantes ENI em Portugal, vão atribuir dois prémios para os dois estudantes que terminem a licenciatura em Engenharia Automóvel, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) com a melhor classificação. O primeiro prémio consiste numa visita à fábrica de lubrificantes da ENI, em Milão, Itália, com todos os custos de viagem e alojamento incluídos, sendo uma oportunidade de visitar e acompanhar o processo produtivo e de desenvolvimento de lubrificantes da empresa. O segundo prémio garante a participação
numa prova do campeonato do mundo de Superbikes, com acesso às boxes de preparação das motas das equipas patrocinadas pela ENI. “O contacto mais próximo dos estudantes de Engenharia Automóvel com a empresa, como definido para o primeiro prémio, será mais um elemento capaz de proporcionar colaborações futuras entre esta área de formação da ESTG, e a própria ENI, em articulação com a empresa SINTéTICA”, explica Nuno Martinho, docente e coordenador do curso de licenciatura em Engenharia Automóvel na ESTG. Todos os estudantes da licenciatura em Engenharia Automóvel são automaticamente
candidatos no ano letivo em que sejam finalistas. Os nomes dos vencedores serão conhecidos em meados de outubro, após o apuramento dos dois melhores estudantes que terminam o curso em cada ano letivo. A cerimónia de anúncio dos prémios decorreu no âmbito de um workshop sobre lubrificantes, onde estiveram presentes José Nunes, gerente da empresa SINTéTICA, Pedro Martinho, diretor da ESTG, Nuno Martinho, coordenador do curso de Engenharia Automóvel, e Nuno Pedro, colaborador da ENI e diplomado em Engenharia Automóvel na ESTG, que proferiu um seminário dirigido a estudantes e docentes do curso. K
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Ciências do Desporto
Viana integra consórcio
Viseu e Microsoft promovem
Desafios de negócio 6 O Instituto Politécnico de Viseu e a Bizdirect promoveram, no último mês, em conjunto com a Microsoft a iniciativa “Microsoft Cloud: O IT ao serviço do seu negócio”. Para este evento, o Politéc-
nico de Viseu desafiou a Microsoft a partilhar a sua visão sobre o futuro do IT e a forma como a tecnologia como um serviço pode contribuir para o crescimento do seu negócio. Ao longo da iniciativa fo-
ram abordados os impactos na eficácia da relação com o seu cliente, no aumento de produtividade dos seus colaboradores e na gestão das necessidades de infraestrutura da sua organização. K
6 O Instituto Politécnico de Viana do Castelo acaba de integrar o Centro de Investigação em Desporto, Desenvolvimento Humano e Saúde (CIDESD), um consórcio de oito instituições de ensino superior que abre assim mais possibilidade de colaboração externa, formação avançada e também financiamento. Luís Paulo Rodrigues, diretor da Escola Superior de Desporto e Lazer (ESDL) reconhece a importância que a colaboração com o CIDESD tem para a escola e para os seus investigadores: “Para uma escola tão jovem como a nossa, que em poucos anos de existência conseguiu um excelente nível de produção científica, é uma honra fazer parte do
consórcio que lidera o Centro de Investigação em Ciências do Desporto melhor classificado na última avaliação da FCT”. O diretor acredita ainda que será proveitoso não só pela troca de conhecimentos mas também pela possibilidade de cooperar na oferta de formação avançada que, segundo diz, “é uma meta que a escola sempre teve em vista e a distância parece agora mais curta”. O consórcio do CIDESD é integrado pelo Instituto Politécnico da Guarda, Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro, Universidade da Beira Interior, Instituto Superior da Maia, Escola Superior de Desporto de Rio Maior e Universidade da Madeira. K
Centro de excelência na agricultura criado
Santarém na vanguarda 6 O protocolo para a constituição do Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria, que vai funcionar no polo da Fonte Boa do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), foi assinado este mês em Santarém. Para António Torres, administrador executivo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), o protocolo vem concretizar o memorando de entendimento assinado em dezembro último entre as entidades fundadoras – a CIMLT, a Câmara de Santarém, o INIAV, O Instituto Politécnico de Santarém (através da Escola Superior Agrária, ESAS/IPS), as Universidades de Lisboa e de Évora, o Agrocluster do Ribatejo e a Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant). O centro tem por objetivo desenvolver e aprofundar o conhecimento sobre os setores agrícola e agroindustrial, de forte implantação na região, para apoiar produtores e empresas a “incorporarem inovação e valor acrescentado” e a aumentarem a sua competitividade, disse. As entidades que constituem o Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria (CEAAI) propõem-se a, num prazo de cinco anos, produzir e transferir conhecimento para o setor em cinco áreas. A primeira área elencada é a
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dos recursos genéticos animais, visando o melhoramento e conservação das raças autóctones nacionais, que ficará sob coordenação do INIAV e da Universidade de Évora, aproveitando as competências e a experiência da investigação desenvolvida há décadas no polo da Fonte Boa do INIAV (antiga Estação Zootécnica Nacional), adiantou. A equipa que irá trabalhar a área da produção de alimentos, com o objetivo de valorizar os processos de produção vegetal e animal (nomeadamente desenvolvendo novos alimentos, promovendo o consumo de alimentos saudáveis e a proteção ambiental e contribuindo para a redução da dependência externa), será coordenada pelo INIAV e pela ESAS/IPS. A área da tecnologia, qualidade e segurança alimentar será coordenada pelo INIAV e pela Universidade de Lisboa (que tem várias unidades orgânicas envolvidas no CEAAI, como o Instituto Superior de Agronomia, as Faculdades de Ciências e de Farmácia, o Instituto Superior Técnico). A Universidade de Lisboa ficará ainda responsável pela coordenação, com o Agrocluster do Ribatejo, da equipa que irá trabalhar as questões da eficiência industrial (incluindo a energética) e, com a Universidade de Évora, da área da valorização de efluentes, subpro-
dutos e resíduos agroindustriais (procurando a integração na cadeia de produção). O CEAAI centrará a sua atuação na valorização da investigação na área agrícola, pecuária e agroindustrial, recuperando para o polo da Fonte Boa o papel de instituição de referência a nível nacional e internacional e procurando aumentar e diversificar as fontes de financiamento à atividade científica. Por outro lado, procurará responder às “necessidades específicas do tecido empresarial, com foco nas pequenas e médias empresas” e às necessidades de formação profissional do setor, promovendo a difusão do conhecimento científico e técnico. O funcionamento do centro implicará a realização de investimentos para melhoria das instalações e dos equipamentos existentes na Fonte Boa, estando prevista a formação de consórcios para candidaturas a programas de financiamento, afirmou o responsável da CIMLT. O protocolo institui como órgãos de gestão uma equipa de coordenação composta por quatro membros do CEAAI - um do INIAV em permanência e três (Nersant, CIMLT e Sistema Científico Tecnológico Nacional) em mandatos de três anos – e um conselho geral, que integra todos os parceiros e será presidido pelo presidente do INIAV. K
Portalegre
IPP quer segurança 6 O Instituto Politécnico de Portalegre, em parceria com a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) - Delegação de Portalegre, realizou nos passados dias 22 e 23, nas suas escolas, a ação de sensibilização: “Ergonomia e local de trabalho/ estudo”, dirigida aos alunos. Com esta iniciativa o IPPortalegre propôs-se assinalar o
Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho. A ação foi organizada pela Área de Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho do IPP, no âmbito do Sistema de Gestão da Responsabilidade Social. Recorde-se que já no passado foram realizadas ações semelhantes, embora apenas para os colaboradores do IPP. K
Politécnico de Tomar
Acordo com a McDonald’s 6 O franquiado dos restaurantes McDonald’s de Tomar e Torres Novas, Cristóvão Sousa, e o presidente do Instituto Politécnico de Tomar, Eugénio Pina de Almeida, assinaram este mês um protocolo de cooperação para promoção da oferta formativa e programa de estágios. O protocolo terá a duração de um ano, visa promover e divulgar os cursos técnicos superiores profissionais (cTeSP), licenciaturas, mestrados e pós
graduações do IPT. A informação estará disponível nos restaurantes de Tomar e Torres Novas. Através deste protocolo, os alunos do IPT vão também ter prioridade no processo de candidatura a estágios curriculares e extracurriculares nos restaurantes da marca em Tomar e Torres Novas, assim como a possibilidade de trabalharem em regime de part-time, com um horário flexível e adaptado ao seu horário escolar. K
Universidade
Évora na palma da mão 6 O património, a oferta turística e informações úteis de Évora estão à distância de um “clique”, graças à aplicação móvel Eborae Guide Tour, que faz a cidade caber na “palma da mão” para turistas e habitantes. A aplicação, concebida para “smartphones” e “tablets”, das plataformas Andoid e IOS, foi criada pela empresa informática AlentApp, instalada no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, e pelo Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS) da Universidade de Évora. Tudo o que um turista ou habitante necessitam para “descobrir” a cidade “está concentrado na aplicação”, pelo que “não é necessário andar com um mapa, com um guia e, depois, com mais um livro ou um guia gastronómico”, resumiu hoje à agência Lusa Miguel Romão, da AlentApp. “A aplicação reúne toda a informação sobre o património e dá ainda ao utilizador informações sobre os restaurantes, hotéis e comércio da cidade”, assim como “sobre qual é a farmácia de
serviço, o posto de turismo, a PSP, rodoviária ou táxis”, explicou. O Eborae Guide Tour, apoiado pela câmara municipal, foi lançado no ano passado, mas, esta quarta-feira, vai ser apresentada uma nova versão, agora em colaboração com a Turismo do Alentejo. “Para esta versão 2.0, mudámos todo o grafismo e temos mais monumentos disponíveis, assim como mais informação”, realçou Miguel Romão, referindo que a aplicação está “sempre em aberto”, pelo que pode ir incorporando novos dados. Agora, a “app” Eborae Guide Tour reúne um total de 28 monumentos da cidade, como a Igreja de S. Francisco, Capela dos Ossos, Templo Romano, Colégio do Espírito Santo, Biblioteca Pública, Aqueduto, Janela de Garcia de Resende, Termas Romanas, Judiaria, Mouraria, Sé, Muralhas, Praça do Giraldo, Jardim Público, Teatro Garcia de Resende ou Museu. O utilizador, através da aplicação, “obtém informação sobre os diversos monumentos, graças a textos com dados históricos da autoria
do CIDEHUS e a fotografias, atuais e antigas”, afirmou Miguel Romão. “Existe também a possibilidade de, mediante coordenadas GPS, podermos ter indicação do caminho mais rápido para cada monumento, evitando a utilização do mapa em papel e optando pelo ‘smartphone’ ou ‘tablet’
com o Eborae Guide Tour instalado”, acrescentou. A aplicação móvel, cuja sessão de apresentação da nova sessão está marcada para o auditório da Fundação Eugénio de Almeida, suporta seis idiomas (português, inglês, espanhol, alemão, francês e italiano) e permite ainda a consulta da agenda
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Literatura
Docente de Évora ganha prémio 6 O Prémio Grémio Literário 2014 foi atribuído à professora universitária e investigadora Sandra Leandro pela sua obra “Joaquim de Vasconcelos: Historiador, Crítico de Arte e Museólogo”, anunciou a entidade. Em comunicado, o Grémio Literário realça que o júri teve em conta o “excelente tratamento sistemático da obra e da ação do fundador da historiografia científica da arte portuguesa, no último quartel do século XIX”. Especialista em história de arte, Sandra Leandro é docente do Departamento de Artes Visuais e Design daUniversidade de Évora. O júri distinguiu com menções honrosas o filme
“Os Maias”, de João Botelho, e os livros “15.º volume da edição crítica de Eça de Queiroz”, de Carlos Reis, e “Numismática de D. Luís”, de Javier Salgado e António Godinho Miranda. O galardão, criado pela entidade em 1966 e reinstituído em 2006, visa distinguir anualmente obras culturais originais de autores portugueses realizadas e publicadas em primeira edição ou produzidas no decurso do ano civil anterior, nos domínios das letras, das artes e das ciências. O vencedor do Prémio Grémio Literário recebe um valor monetário de 1.500 euros e uma escultura em bronze cromado, criada pelo artista plástico José de Guimarães. K
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Politécnico da Guarda
Jornadas de excelência 6 A aposta feita nas Jornadas sobre Tecnologia e Saúde “colocou já o Instituto Politécnico da Guardam (IPG) no calendário nacional e internacional das realizações congéneres, ou das áreas temáticas aqui apresentadas”. Isso mesmo afirmou Constantino Rei, presidente do IPG, na sessão de abertura das VIII Jornadas Nacionais sobre aquela temática, realizadas na passada sexta-feira, 17 de abril, no Instituto Politécnico da Guarda. “Simultaneamente, temos assistido, ao longo dos anos, a um crescente interesse por parte de investigadores, docentes, profissionais de saúde e estudantes das áreas em debate, numa abrangência que é digna de realçar”, acrescentou Constantino Rei. Este interesse está traduzido no significativo número de submissões de trabalhos, oriundos quer do território nacional, quer de outros países, nomeadamente Espanha. Deste país veio a investiga-
dora Luisa Grande Gascón, para quem “estas jornadas foram e são muito importantes porque estamos no mundo da tecnologia”. Na sua opinião, “hoje em dia em qualquer momento quotidiano temos sempre um equipamento, um sistema de comunicação e informação”. Esta conferencista, salientou que “ficou aqui demonstrado como a tecnologia pode ajudar no âmbito da saúde, ajudando na formação dos profissionais e melhorando a atenção para com o paciente, a família, a coletividade no seu conjunto”. Luisa Grande Gascón afirmou
que estas jornadas se estão a constituir “como uma referência para quem trabalha na área da tecnologia aplicada à saúde.” Jorge Bonito, docente universitário e conhecido investigador, referiu-nos que “estas jornadas são um sinal claro à sociedade da importância da tecnologia e da saúde para a qualidade de vida do indivíduo.” Para este docente da Universidade de Évora, “sem dúvida que o Instituto Politécnico tem estado na vanguarda e, ao promover a oitava edição destas jornadas, marca pontuação dentro do cenário português”. K
Na ESECD
MultiMeeting 2015 6 “O Multimédia na Promoção de Territórios” é o tema do MultiMeeting 2015 que vai decorrer de 28 a 30 de abril na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda. Trata-se de um encontro entre múltiplos atores – alunos, professores, criativos, empresários e responsáveis institucionais – que pretende incrementar a partilha de saberes em múltiplas áreas, como design gráfico, jornalismo online, fotografia, motivação e empreendedorismo. O programa deste evento vai desenrolar-se em múltiplos formatos, como sejam palestras, debates, workshops e trabalho aplicado, proporcionando a conjugação de vários contributos com o objetivo de complementar a formação curricular, proporcionar novas experiências/ contatos e preparar para a integraPublicidade
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ção no mercado de trabalho. A organização deste evento salienta que o Turismo “tem uma importância económica crescente, persistindo, porém, regiões que não aproveitam suficientemente as mais-valias que possuem. Trata-se, cada vez mais, de um negócio de informação e comunicação, em que a utilização das novas tecnologias e de suportes multimédia assume um papel de notório destaque”. Um dos principais desafios para o futuro próximo dos territórios e
do turismo reside – como é referido a propósito deste MultiMeeting – na descoberta de soluções que apostem nas novas tecnologias e na inovação, na promoção associada à experimentação de marcas e produtos, à utilização de meios portáveis de comunicação e à informação atualizada em devido tempo. “Pretende-se, enfim, que novas estratégias e meios sejam mais eficazes a criar elos de ligação entre agentes locais e regionais e com clientes.” K
Instituto Politécnico da Guarda
Saúde faz 50 anos 6 A Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda vai promover alguns eventos que pretendem assinalar o seu 50º aniversário. O programa iniciou-se a 7 de abril, data em que se dinamizou a atividade do Dia Mundial da Saúde. Ao longo do ano estão previstas várias iniciativas como uma sessão comemorativa dos cinquenta anos da Escola Superior de Saúde, agendada para 16 de Julho, e a apresentação do livro “ESS: 50 anos de História”. Uma visita encenada ao parque da Escola Superior de Saúde e as Jornadas de Educação e Investigação em Saúde, sob o mote “50 anos de formação em Enfermagem, 10 anos de formação em Farmácia” são outras atividades calendarizadas. A história e percurso desta Escola “traduzem os desafios e a evolução do ensino e da formação em saúde em Portugal. A nossa Escola e os seus edifícios confundem-se e diluem-se naturalmente na História da Guarda – Cidade da Saúde”, afirmou Paula Coutinho, diretora da Escola Superior de Saúde. “A integração do ensino de enfermagem no ensino superior politécnico, em 1989, e o posterior comprometimento com o IPG em 2001 constituíram marcos importantes. Em 2005 continuámos a construir história, transformámo-nos em Escola Superior de Saúde da Guarda, e abraçámos mais um desafio: a criação do curso de Farmácia”, acrescentou Paula Coutinho. Assim, sustenta que é este percurso que se pretende assinalar os 50 anos “de sucesso da nossa Escola e da sua afirmação na formação, conhecimento e saber-fazer em Saúde com o envolvimento de toda a comunidade através de diferentes momentos e eventos a decorrer ao longo do ano”. Paula Coutinho manifesta o empenho de parceria “no sucesso da nossa comunidade e de estar presentes em cada desafio do percurso dos nossos (quase) 500 estudantes dos cursos de Enfermagem e de Farmácia de 1º ciclo, e dos cursos de pós-graduação, especialização e mestrados em Enferma-
Hélder Sequeira / IPG H
gem e Farmácia”. Para a diretora da ESS, a saúde e o bem-estar dos cidadãos “foram, são, e serão sempre opções estratégicas e uma aposta clara e segura da comunidade. Continuamos a acreditar no desenvolvimento das Ciências e Tecnologias da Saúde, no ensino inovador e centrado no individuo, assente no conhecimento e na tecnologia, como base de um centro de promoção e produção de conhecimento científico. Continuamos a acreditar num projeto conjunto e partilhado, num pilar do desenvolvimento e afirmação da área da saúde”. Ao nosso jornal manifestou a intenção de se aprofundar a aposta na investigação e na inovação. “Os nossos professores, os nossos estudantes têm cada vez mais ferramentas para poderem dar mais e melhor à sociedade. Centrados no estudo da molécula, da célula e do indivíduo, professores e estudantes desenvolvem projetos, nacional e internacionalmente reconhecidos, pelo seu contributo para mais e melhor conhecimento e mais e melhores cuidados de saúde”. Paula Coutinho adiantou que a ESS quer ser, em 2015, “o embrião de um grande centro de investigação em Saúde na Guarda. Para isso contamos com todos, contamos com todas as instituições da cidade. Provámos ao longo destes 50 anos que, juntos, conseguiremos reinventar a nossa escola e fazer com que os próximos 50 anos sejam novamente de sucesso”. Recorde-se que a Escola Superior de Saúde da Guarda foi criada, como Escola de Enfermagem, em 1965, por despacho ministerial de 16 de Julho. K
Ao ensino secundário
Portalegre abre portas
6 O Politécnico de Portalegre lançou este mês uma campanha junto dos alunos finalistas dos ensinos secundário e profissional com o objetivo de os “atrair” para os seus cursos e de os “ajudar” a definir o futuro académico. Com os “Dias Abertos”, o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) pretende divulgar as suas escolas aos estudantes da região, através de mostras e atividades práticas a cargo de alunos e professores. “O que é mais importante para nós é mostrar o que é que o Politécnico tem e aquilo que temos percebido é que nem sempre é do conhecimento dos estudantes da nossa região quais são as áreas e competências que possuímos”, explicou o presidente do IPP, Joaquim Mourato. A iniciativa quer dar “essencialmente a conhecer” o IPP e, acima de tudo “atrair” estudantes para a instituição. A ação é considerada “muito importante” pelo presidente do Politécnico, uma vez que “47 por cento” dos alunos inscritos nas várias escolas da instituição são oriundos do distrito de Portalegre. “É importante que determinados alunos se esclareçam e já tem acontecido também que ficam a perceber aquilo que não querem. Estavam convencidos que um determinado curso os conduzia a uma determinada profissão e, depois, concluem que não era bem aquilo que queriam”, relatou.
Mostrando-se preocupado com o “número significativo” de estudantes do secundário que deseja abandonar o Alentejo, Joaquim Mourato sublinhou que “uma grande parte” dos alunos que opta por partir para outras paragens “não tem uma decisão totalmente tomada” sobre as áreas que pretende vir a estudar. “Isso não tem a ver com o IPP. Tem a ver com a falta de expetativas que esses jovens têm sobre o que a região lhes pode oferecer no futuro e isso é preocupante”, disse. “É essencialmente aí, nesses alunos, que temos de mostrar as potencialidades que temos, quer no IPP, quer na região, porque, por vezes, saem por desconhecimento, convencidos que vão encontrar noutra região aquilo que não encontram aqui e, por vezes, há uma deceção”, acrescentou. K
Prevenção do abandono escolar
Setúbal em projeto 6 A Escola Superior de Educação de Setúbal integra o grupo de nove instituições, de cinco países europeus (Portugal, Itália, Reino Unido, Holanda e Espanha), que se encontram unidas no combate e prevenção do abandono escolar, através do projeto “Too Young to Fail (2Young2fail)”. “Na última década, em Portugal, vimos reduzirem-se substancialmente as taxas de abandono escolar dentro do anterior limite da escolaridade obrigatória, ou seja, entre os 10 e os 15 anos de idade. Isto não significa que o problema deixou de existir nesta faixa etária nem que não se coloque com alguma acuidade na faixa entre os 15 e os 18 anos. No entanto, em alguns países este facto ainda apresenta números preocupantes”, refere a Cristina Gomes da Silva, docente da instituição. O projeto internacional tem como principal objetivo motivar a reflexão e a construção de um co-
nhecimento mais aprofundado e de uma maior consciencialização de todos os envolvidos na educação dos jovens. É financiado pelo ERASMUS + e pretende, durante os próximos dois anos, recolher e estudar práticas pedagógicas e organizacionais que se tenham revelado eficazes no combate e prevenção do abandono escolar precoce, desenvolvidas em contextos diversos. Estes métodos serão utilizados na construção de produtos multimédia destinados às escolas e instituições educativas que identificam a problemática do abandono escolar como um assunto prioritário. Neste contexto será também criada uma plataforma para a disponibilização de materiais e troca de experiências sobre as práticas de prevenção relativas ao abandono escolar em geral e, em particular, na faixa etária dos 10 aos 15 anos. A plataforma poderá ser utilizada por todos os intervenientes educativos da comunidade local, nacional ou internacional. K
Dia da Aeronáutica
Celebrações em Setúbal
6 A Escola Superior de Tecnologia de Setúbal celebrou o Dia da Aeronáutica a 9 de abril, com a presença de cerca de 50 alunos da Escola Secundária Sebastião da Gama, de Setúbal, que foram desafiados a participar numa viagem pelo mundo da aeronáutica. Além de conhecerem projetos desenvolvidos pela empresa INOVA+, os alunos tiveram oportunidade de adquirir conhecimentos sobre a história da aviação, o funcionamento do avião, a sua estrutura e aspetos a considerar na sua construção. Um aspeto focado na iniciativa foi a elevada empregabilidade que o ramo da aeronáutica dispõe, pois atualmente assiste-se a uma elevada procura de recursos humanos qualificados nesta área. A iniciativa incluiu uma visita ao laboratório e centro de maquinação da EST Setúbal, onde os alunos obtiveram mais informações sobre os trabalhos desenvolvidos por estudantes e docen-
tes no domínio da aeronáutica, bem como acerca dos materiais compósitos utilizados em diferentes peças da estrutura dos aviões. Os alunos participaram ainda numa atividade de aeromodelismo, tendo construído planadores, considerando sobretudo o peso e estabilidade dos modelos. O dia terminou com uma competição, na qual os alunos participaram
divididos em equipas com os respetivos aeromodelos, tendo sido premiado o que alcançou maior pontuação na prova que avaliava a distância de voo, elegância e design. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com as empresas INOVA+, QUASAR – Human Capital, LAUAK Portuguesa e Parque BlueBiz da AICEP. K
A avaliar os TESP’s
Ccisp quer A3ES
6 O conselho coordenador dos politécnicos quer ver os cursos de técnicos superiores de curta duração reconhecidos e avaliados pela A3ES, a agência de acreditação do ensino superior, defendendo que “ajudaria ao posicionamento” destas formações no ensino superior. “Quem deve avaliar deve ser a A3ES, porque se tratam de cursos do ensino superior. Não faz qualquer sentido que seja a Direção-Geral do Ensino Superior. A avaliação pela A3ES ajudaria ao posicionamento dos cursos. É importante que esses cursos sejam devidamente posicionados no ensino superior e procura-se por todas as formas não colocá-los nesse patamar”, disse o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato. Para o presidente do CCISP há ainda questões a rever no processo que levou à criação dos Cursos Técnicos Superiores Profission-
ais (CTESP), como por exemplo o acompanhamento previsto para a sua criação por instituições como a Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP) ou o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), defendendo que “não estão bem definidas as competências de cada entidade”. Joaquim Mourato insistiu ainda que “não faz sentido” continuarem a coexistir “duas formações tão diferentes” como os CTESP e os Cursos de Especialização Tecnológica (CET), conferindo os dois uma qualificação de nível 5. “É caso ímpar, não podem conviver estas duas formações tão diferentes e corresponderem ao mesmo nível do quadro nacional de qualificações. Tem que haver essa coragem de terminar com estas duas ofertas formativas em simultâneo”, defendeu o presidente do CCISP. Mourato disse que Portugal tem para partilhar com os institutos congéneres de outros países
europeus uma experiência de “nível muito elevado” no que diz respeito ao nível das formações, referindo que os diplomados pelos politécnicos portugueses adquirem competências que lhes permitem trabalhar em território nacional ou no estrangeiro e que há uma mobilidade cada vez maior ao nível do emprego. “Para Portugal o que interessa é conhecer cada vez melhor as alterações do próprio emprego, para que nós consigamos, enquanto instituições de ensino superior, antecipar os problemas e preparar cada vez melhor os nossos diplomados. Aqui é que está o grande desafio”, declarou. Daquilo que considera serem bons exemplos europeus, Joaquim Mourato referiu que gostaria de ver replicado em Portugal a relação entre a formação e a empresa que existe na Alemanha, e a organização dos cursos em França, “onde já estão muito maduros e existem há muitos anos”. K
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Presidente do CNE alerta
“Fim da profissionalização foi uma grande asneira” 6 O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), David Justino, disse em Coimbra que foi “grande asneira” Portugal ter prescindido da profissionalização em exercício de professores. “Foi uma grande asneira termos prescindido da profissionalização em exercício”, sustentou David Justino, que falava, em Coimbra, numa conferência/ debate sobre “Os exames nacionais no contexto dos processos de regulação das aprendizagens”. A profissionalização em exercício “está, de resto, prevista no próprio Estatuto da Carreira Docente”, salientou o sociólogo e docente universitário, recordando que “o período probatório” está preconizado naquele diploma. O acesso à profissionalização deve ser feito no “ambiente escolar” respetivo, devendo competir aos estabelecimentos de ensino superior “formar e credenciar” os licenciados que pretendem seguir a carreira docente, sustentou. Detendo-se sobre os exames, designadamente no sexto
Agrupamento Nuno Álvares Alberto Frias / Expresso H
e nono anos de escolaridade, o antigo ministro da Educação e ex-deputado reconheceu que eles não avaliam todas as competências dos alunos, mas, “por isso mesmo, só valem 30%”, sendo os restantes 70% atribuídos à “avaliação interna”, feita ao longo do ano letivo. “São residuais as retenções resultantes diretamente dos exames”, defendeu David Justino, considerando que o papel destas provas de avaliação “é mais de indução do que de mudança”. “A partir do momento em que o Ministério define as metas, não faz sentido definir programas” e estabelecer métodos,
afirmou, por outro lado, o presidente do CNE e assessor para os Assuntos Sociais da Presidência da República, considerando que é necessário “reforçar a autonomia, o poder das escolas, no sentido de serem a definir métodos e conteúdos”. Sobre a avaliação dos estabelecimentos de ensino, David Justino disse que “uma boa escola é aquela que consegue transformar alunos” oriundos de meios com problemas sociais e não aquela de “dá grandes notas”, que apresenta muitos alunos com bons resultados. “O grande desafio da escola é contrariar o determinismo social”, sustentou. K
Castelo Branco
Exército abre novo gabinete no antigo Quartel 6 40 anos depois do Regimento de Cavalaria Nº 8 de Castelo Branco ter sido extinto, o antigo Quartel de Cavalaria de Castelo Branco, situado no centro da cidade albicastrense, volta a acolher os militares, através da abertura de um novo Gabinete de Atendimento ao Público, o qual prestará serviço ao Distrito de Castelo Branco e aos concelhos de Arganil e Figueiró dos Vinhos. O novo espaço, disponibilizado pela Câmara, está situado nos rés-do-chão do edifício principal do antigo Quartel de Cavalaria, e foi inaugurado pelo Major General Jorge Nunes Reis e pelo presidente do Município de Castelo Branco, Luís Correia. O Centro de Atendimento funciona sob a dependência do Centro de Recrutamento de Coimbra. No entender do Major General Jorge Nunes Reis, dire-
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tor de Obtenção de Recursos Humanos, o apoio da autarquia foi decisivo para “a abertura do Gabinete de Atendimento num local mais próximo das pessoas, e em particular da juventude, onde queremos exercer uma ação mais insistente”. O Gabinete tem como principal missão a divulgação da prestação de serviço militar nos
regimes de voluntariado (RV) e de contrato (RC). Para além disso, são também prestados esclarecimentos relativos a assuntos militares, nomeadamente, sobre o recenseamento militar, Dia da Defesa Nacional, emissão de Certidões Militares, apoio a ex-militares/combatentes e apoio aos beneficiários na Assistência na Doença (ADM). K
Reis da Química 6 O Agrupamento de Escolas Nuno Álvares conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o primeiro lugar na fase regional das Olimpíadas da Química Júnior, que decorreram este mês de abril, na UBI. A equipa vencedora pertence à Escola Cidade de Castelo Branco e é composta pelos alunos Catarina Silva, Duarte Mesquita e Bruna da Costa, tendo como professoras Florinda Baptista e Rosa Maria Ribeiro. Com este triunfo, numa competição que reuniu escolas de vários distritos, a equipa albicastrense irá representar, com a Escola das Palmeiras (Covilhã - 2ª classificada) a Região, na final nacional que decorrerá em Braga, a 9 de maio, na Universidade do Minho.
Esta é a quinta vez que equipas da Escola Cidade de Castelo Branco participam nas finais nacionais e a segunda consecutiva que o Agrupamento Nuno Álvares, de que faz parte, obtém esse mesmo passaporte. No ano passado a Escola Secundária Nuno Álvares obteve os dois primeiros lugares na prova regional, tendo ganho uma delas a fase nacional, pelo que em maio irá representar Portugal na fase internacional. Este ano o Agrupamento Nuno Álvares participou com quatro equipas (três da Escola Cidade de Castelo Branco e uma da Escola Secundária Nuno Álvares), de um total de 12 alunos e acompanhados pelas professoras Maria José Rafael, Florinda Baptista e Rosa Maria Ribeiro. K
PS quer recuperar
Novas oportunidades 6 O Partido Socialista (PS) quer recuperar o Programa Novas Oportunidades no âmbito das propostas para a formação ao longo da vida, numa “nova versão” em que enquadra a criação do “contrato de re-emprego”, para regresso ao mercado de trabalho. “Propõe-se o lançamento de um “contrato de re-emprego” com vista a um mais rápido retorno ao mercado de trabalho e que pode ser enquadrável numa nova versão do Programa das Novas Oportunidades. Este esforço de formação tem como objetivo reduzir o desemprego de longa duração, de modo a permitir reduzir a taxa natural de desemprego e aumentar o produto potencial”, lê-se no relatório “Uma década para Portugal”, encomendado pelo PS e
liderado pelo economista Mário Centeno, no qual é apresentada uma série de medidas a aplicar até 2019. “Esta formação não tem, assim, objetivos meramente conjunturais, tratando-se isso sim de uma política de reforma estrutural da economia portuguesa”, acrescenta o documento. Segundo os números apresentados pelo PS, esta medida, que se insere no âmbito da formação ao longo da vida, requalificação e educação de adultos, “deverá aumentar a despesa em políticas ativas de emprego em 0,45% do PIB (Produto Interno Bruto), para um valor próximo da média da área do euro”, o que representaria “uma duplicação da despesa com cada desempregado, registado face aos valores de 2011”. K
Editorial
A Escola e as consultas eleitorais 7 A educação é um projecto de cultura e de humanização que a obriga a determinar valores e objectivos que toda a comunidade envolvente deve cumprir. Isso exige uma grande abertura aos novos horizontes, às novas solicitações, às novas oportunidades, para que não sejam, mais tarde, oportunidades perdidas. É por isso que para os educadores a compreensão da mudança controlada dos valores que cada nova geração transporta para a escola, deve ser uma das formas de dar sentido à realidade do que fazem, clarificando a dimensão social e ética das suas práticas. A sociedade do século XXI necessita de profissionais que sejam capazes de transformar os obstáculos em desafios, e es-
tes em processos de inovação, e que saibam também identificar as suas características específicas, potenciando-as através da identificação das funções e competências que esse impulso renovador lhes irá exigir. Mas, para que esse investimento pessoal e profissional resulte em eficiência organizacional, torna-se, a nosso ver, indispensável que se conjuguem seis condições, ou objectivos básicos de intervenção: 1ª- Conceder aos educadores autonomia de decisão quanto à elaboração de projectos curriculares, a partir de um trabalho sistemático de indagação, partilhado com os seus colegas. 2ª- Prestar especial atenção à integração da diversidade dos alunos, num projecto de educação compreen-
siva, que atenda às características e necessidades individuais. 3ª- Manter um alto nível de preocupação quanto ao desenvolvimento de uma cultura de avaliação do trabalho individual e do funcionamento organizacional das escolas. 4ª- Associar a flexibilidade à evolução, face ao reconhecimento que os professores detêm diferentes ritmos para atingirem os objectivos que os aproximem dos indicadores sociais da mudança. 5ª- Manter uma grande abertura às propostas e às expectativas de participação de todos os elementos da comunidade educativa, enquanto condição para promover a ruptura que conduz à renovação. 6º- E, finalmente, terminar com a política de terrorismo contra os professores e contra a
escola pública. Infelizmente, os tempos que correm não têm permitido alimentar este tipo de optimismos. Razões alheias ao crescimento profissional dos docentes, como o são as ancoradas na crise demográfica e, sobretudo nas irracionais e conservadoras medidas de política educativa que visam a mudança pela mudança com o objectivo de implodir a escola pública, democrática e inclusiva; que privilegiam os números do orçamento e a estatística por medida, à promoção do desenvolvimento pessoal dos educadores e dos seus alunos; tudo isto, dizíamos, anunciam tempos de ruptura e contestação pouco favoráveis à reflexão serena sobre o futuro da escola. Pode ser que o pesado ca-
lendário de consultas eleitorais que se presta a iniciar obrigue, demagogicamente, como vai sendo habitual, os responsáveis por este medíocre Ministério da Educação a agirem mais com as pessoas e menos, como também vai sendo costume, contra elas. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
Reforçar a internacionalização 7 O Ensino Magazine é uma das marcas portuguesas que participará na maior feira de educação de Moçambique, a Papergift. A presença da nossa publicação no certame é vista como uma oportunidade. Neste evento estaremos também a representar o nosso país, em conjunto com outras empresas, numa parceria com o IPCB. Esta nossa presença surge na sequência da política de internacionalização no espaço da lusofonia que temos feito, e neste caso concreto junto dos países africanos de língua oficial portuguesa (Palop’s). O mundo da lusofonia sempre constituiu uma forte aposta para o Ensino Magazine, numa lógica de educação sem fronteiras nem tabus, reforçando a intercultura-
lidade e a troca de experiências numa área tão sensível como a educação. Já em novembro de 2012 o Ensino Magazine assinou, em Moçambique, com a Universidade Eduardo Mondlane e com a Escola Portuguesa de Moçambique, dois protocolos de cooperação, os quais têm sido concretizados, de forma efetiva, nas páginas do Ensino Magazine e no nosso portal, em www.ensino.eu. Na altura, Orlando Quilambo, reitor daquela universidade, apelidou o acordo de inteligente. Mais recentemente, em novembro de 2014, assinámos, em Macau, um outro protocolo de colaboração com a Escola Portuguesa de Macau. Nesse mesmo ano, no México, também, ainda que informalmente, estabelecemos uma
parceria com o movimento Cepa Gratia. De resto, o Ensino Magazine é hoje uma publicação sem preconceitos, que aposta na diversidade, com uma forte presença junto da comunidade académica da lusofonia, mas também espanhola, com especial destaque para as universidades de Salamanca e da Extremadura. Publicamos, sem rodeios, textos em castelhano, sem tradução, com a certeza que as duas línguas da penísula ibérica (que em conjunto são das mais faladas no mundo) se entendem uma à outra e que sabem partilhar espaços de saber e informação, sem atropelos mesmo que de um lado ou de outro surjam acordos ortográficos que, em termos práticos, pouco ou nada
acordam, além da discordância. Como em 1998, ano em que foi fundado, o Ensino Magazine continua fiel aos seus princípios, unindo as diferentes academias, entre si, e com a comunidade geral. Temos seguido esse propósito, com rigor. Porque só com rigor conseguimos informar corretamente os nossos leitores, sem polémicas, mas com determinação, e de uma forma positiva, mostrando o que de importante se faz nas academias. É este rigor que também permite que os candidatos ao ensino superior e as suas famílias avaliem, de uma forma mais consciente, as oportunidades que lhes espreitam. Inicialmente a aposta foi nacional, Hoje é global. Porque a educação, e a informação, não
têm fronteiras. Em Moçambique, na edição deste ano da PaperGift voltaremos a demonstrar isso mesmo, apresentando também alguma da produção científica editada pela RVJ - Editores através dos livros da coleção Ensino Magazine. Estamos juntos! K João Carrega _ carrega@rvj.pt
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ABRIL 2015 /// 019
crónica salamanca
Perspectiva internacional de la universidad 6 Hace unos días se nos informaba que la Vicerrectora de Internacionalización de la Universidad de Salamanca, María Ángeles Serrano, firmaba en China varios acuerdos de colaboración científica y lingüística con centros universitarios del lejano oriente: Cantón, Zheijiang, Heilongjiang, entre otros. También de la celebración del día de Europa, o de la participación del Rector en el Foro para la Enseñanza del Español en Madrid. Es frecuente y reconocida la actividad del Centros de Estudios de Brasil, o de las diferentes colaboraciones con el Centro de Restudios Ibéricos. No pasa un día sin que se haga realidad la presencia o salida hacia otros países de profesores e investigadores, de estudiantes, de nuestro entorno próximo, de Iberoamérica de manera intensa y frecuente, de todas partes. La internacionalización es una seña de identidad de la universidad de nuestro tiempo, inconfundible y necesaria. A la institución universitaria del siglo XXI se le pide ahora, como en toda etapa histórica anterior desde su nacimiento en el siglo XIII, ser un organismo vivo y abierto al exterior, para aportar profesionales formados al nivel más elevado, difusión del conocimiento y la cultura superior, crear investigación y avances en la ciencia sin adjetivos (o con ellos), fomento de la tecnología y el desarrollo socioeconómico allí donde se instala, ser una institución educadora al fin. Y al mismo tiempo se le pide estar al día, innovación científica y pedagógica, recibir del exterior flujos nuevos de ideas, y aportaciones científicas innovadoras en todas sus disciplinas. Desde luego, la capacidad de atracción que logre conseguir, la receptividad de profesores y estudiantes de otros países, es expresión de identidad de las universidades europeas desde hace ya más de Publicidade
tres décadas, pero lo es en todas aquellas universidades del mundo que puedan considerarse como más prestigiosas. ¡Pobres de aquellas universidades que sean percibidas por el observador (estudiante, profesor, investigador, ciudadano, político)como un corralito! Y ello aunque manejen instrumentos digitales de largo alcance y se adornen con presentaciones y páginas web atractivas y muy llamativas en su formato visual. En nuestro mundo global no hay nada más empobrecedor que una universidad localista, provinciana, en la que todo se guisa, se compone y se come en un circuito muy próximo y reducido. Es lo más alejado del principio creador de una universidad. Y lamentablemente encontramos muchos ejemplos en el mundo, también algunos en España, donde se llama universidad a un espacio reducido en lo físico, pero sobre todo en lo mental, donde el familiarismo y la excesiva proximidad reducen las perspectivas científicas y profesionales. Podríamos mencionar alguna universidad pública entre las existentes, y varias más privadas, que han nacido terciadas con ese estigma del productivismo inmediato sin alcanzar a vislumbrar la perspectiva formativa y científica que genera un flujo habitual de relaciones internacionales con otras universidades fuera de las fronteras de proximidad. Hoy se les exige a las universidades, por parte de la sociedad y el contexto que las entorna, y también por otros organismos externos de evaluación institucional, casi como condición de ser y de supervivencia, que gocen de evidencias y elementos personales y organizativos que hagan visible esa dimensión internacional, que parece consustancial a la identidad universitaria en su devenir histórico. Una universidad debe ser y estar lo más alejada
posible de un circuito cerrado, si quiere tener larga vida y éxito reconocido. La clave principal del éxito en esta dimensión internacional de la universidad, de nuestros centros de educación superior, se encuentra en la conjunción de esfuerzos para acoger como profesores permanentes a los mejores (vengan de donde fueren), para ofrecer a los estudiantes de todo el mundo (principalmente a los de posgrado y doctorado) una formación de alta calidad, pero también para organizar servicios y programas de atención estudiantil bien diseñados y asequibles en su coste económico. Los profesores son el punto de partida de la oferta de universalidad de la universidad (su propio nombre lo dice de forma expresa), por lo que deben poseer, además de formación científica y pedagógica, altura de miras y de largo alcance, visitas, estancias en el exterior, y formación compartida con otras universidades reconocidas, ubicadas en países que han construido una política científica sólida y universalista. Intercambios frecuentes y viajes a otros países y universidades, compartir proyectos conjuntos de investigación, publicaciones en editoriales y revistas distantes del manejo de proximidad, participación en congresos internacionales, forman parte de la actividad necesaria y habitual de un profesor universitario en nuestros días. Los estudiantes deben tener oportunidad y apoyos para salir, estudiar e intercambiar con otras universidades del exterior, y deben encontrar receptividad en nuestras universidades para acogerlos con dignidad y atenciones académicas. Si su experiencia formativa resultó positiva entre nosotros un día, luego se van a convertir en los mejores embajadores allá donde se encuentren. Porque el boca a
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
boca, la comunicación de proximidad suele ser la más eficaz e influyente en la recomendación, enla toma de decisiones sobre la elección de universidad para estudiar y formarse. Un ejemplo visible y reciente, entre muchos otros, lo encontramos en nuestra Universidad de Salamanca con el estudiante japonés Eikichi Hayashiya, que lo fue en los años 1940, vino más tarde como Embajador de Japón en España, y fue principal promotor del Centro Cultural Hispano Japonés ubicado en Salamanca, que se inauguró en 1999 con la especial colaboración de muchas grandes empresas japonesas, a partir de la gestión eficaz del embajador de Japón en España, pero también de la Universidad de Salamanca en Japón. De ahí que una universidad con vocación internacional de nuestros días, para atender e impulsar sus principales obligaciones, debe prestar una atención muy destacada a los servicios y programas de apoyo a todas las actividades externas e internacionales, sean éstas de ámbito europeo, latinoamericano, asiático, africano, o norteamericano. La universidad, hoy más que nunca, debe superar las fronteras convencionales que existan, porque la ciencia y la cultura deben ser universales. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
020 /// ABRIL 2015
crónica
Políticas de educação multicultural em Portugal 7 “Ninguém se lança para os braços de outrem quando eles estão cruzados” (Fatou Diome, O Ventre do Atlântico, 2003:140) Nos 41 anos da Revolução de Abril, importa fazer um balanço das políticas públicas de educação inter/multicultural no Portugal democrático. O presente texto, primeiro de uma série que aqui dedicarei a esta temática, procura sintetizar, em 4 andamentos, a história (ainda curta) desta componente educativa, socorrendo-me da tipologia de escolas enunciada por João Ruivo no editorial do Ensino Magazine de Janeiro 2015 (nº 203, p. 19): 1. Grave e sempre piano / A ESCOLA PARA ALGUNS A universidade onde estudei, antes do 25 Abril, era um «nicho de diversidades» – geracional, social, de género, étnica e regional – «numa altura em que Portugal (o da propaganda) “multirracial e pluricontinental” era ainda visto, na Europa, como paradigma do princípio napoleónico “um país, uma nação, uma língua”» (in Fa[r]do Escolar 2014:101-2). O sistema educativo era então, assumidamente, monocultural, tipo “único” (nos programas, nos livros, no corpo docente e numa população estudantil homogénea e elitista). O primeiro abalo multicultural deu-se com a chegada
dos “retornados”, em pleno PREC. 2. Allegro vivace / A ESCOLA PARA TODOS Comecei a leccionar quando as utopias pós-25 Abril, muito marcadas pelo Maio de 68, «apontava[m] para uma escola aberta, universal, inclusiva, interclassista, meritocrática, solidária, promotora da cidadania e, até, niveladora, no sentido que deveria esbater as desigualdades sociais detectadas à entrada do percurso escolar.» (Ruivo, 2015). Exemplo paradigmático foi o PEPT (Programa Educação Para Todos), de iniciativa do ME. Mas a educação multicultural não constava da agenda político-educativa da época. 3. Allegro ma non troppo / A ESCOLA PARA TUDO Estava eu empenhado na abertura de instituições do ensino superior politécnico quando vários governantes da 5 de Outubro consideraram que «os professores e a escola poderiam também cumprir uma imensidão de funções até então cometidas ao Estado, às famílias e à sociedade.[…] passámos a ter uma escola que, por acaso, também era um local de aprendizagem formal» mas sobretudo a escola converteuse num «espaço de aprendizagens sociais, informais, socializadoras.» (Ruivo, idem). A LBSE de 1986 enunciava, de forma explícita, esse novo caderno de encargos: «a educação ecológica, a educação do consumi-
dor, a educação familiar, a educação sexual,[…] a educação para a saúde, a educação para a participação nas instituições, serviços cívicos e outros do mesmo âmbito». Porém, deixou de fora a educação multicultural. Esta seria uma das últimas a ser incorporada, ainda que de forma tímida, com Roberto Carneiro no ME quando se deu o arranque das políticas multiculturais para a escola pública. Aqui sumarizo as principais medidas tomadas nesta fase: Criação do Secretariado Coordenador dos Programas de Educação Multicultural, Março de 1991. Realização da Mostra de Projectos Entreculturas, em Lisboa, Março de 1992. Fundação da Associação de Professores para a Educação Intercultural (APEDI), Setembro de 1993. Lançamento do Projecto de Educação Intercultural (PREDI), no ano lectivo de 1993-94 (veio a envolver 82 escolas públicas). Formação de mediadores culturais para apoio à escolarização de crianças ciganas – Projecto Ir à Escola, curso entre 1994-97. Criação do Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), em finais de 1995 (depois convertido em ACIDI e agora em ACM). Funcionamento de três cursos de mestrado: Relações Interculturais (UA, 1991), Ciências da Educação, área de especialização em Educação Multicultural (UCP, 1995), Ciências da Educação, área de Educação e Diversidade
Cultural (FPCE-UP, 1996). Consagração da diversidade linguística, através do reconhecimento de duas línguas minoritárias – Língua Gestual Portuguesa consagrada na Constituição da República, após a revisão de 1997 e Mirandês, reconhecida em Setembro de 1998 – pondo-se fim ao tabu do país monolingue. Institucionalização da diversidade religiosa: a disciplina facultativa de Educação Moral e Religiosa, do 1º ao 12º anos, passou a ser ministrada, a partir de 1998, por qualquer confissão religiosa com implantação no país. Instituição de conselhos municipais das Comunidades Étnicas e de Imigrantes, como órgão de consulta, em câmaras como as de Lisboa, Amadora e Cascais. Publicação do Estatuto dos mediadores sócioculturais, Agosto de 2001. A Recomendação nº 1/2001 do CNE (então presidido pela saudosa Mª Teresa Ambrósio) “Minorias, educação intercultural e cidadania”, no seu ponto 4, elenca 12 “Recomendações” que constituem um bom guião para quem queira avaliar as políticas públicas nesta matéria. 4. Finale (Sostenuto) / A ESCOLA DO NADA Acompanhei estupefacto a desastrada acção dos últimos ministros da Educação (Rodrigues & Crato) porque entendiam que «a escola gastava muito e os professores, numa indolência secular,
pouco faziam [e] para o que faziam, eram demais. Logo, até poderiam ser substituídos uns pelos outros[…] podiam mudar rapidamente de escola, estatuto, área, porque isso de ser professor… já nem é profissão.» (Ruivo, idem). E a educação inter/ multicultural que já estava em andamento moderato ficou (quase) reduzida ao Selo Escola Intercultural. As posições dos principais líderes europeus acentuaram esta queda. Merkel, a ‘mestrina’ (secundada por Cameron e Sarkozy), mudou de pauta, em 18/10/10, e resolveu dar-nos outra música ao anunciar a «morte do multiculturalismo». Os atentados ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris a 7 Janeiro deste ano, cunham esse ponto de viragem numa Europa que pouco tinha feito até então pela educação inter/ multicultural. (continua) K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia _
CRÓNICA
Cartas desde lá ilusion 7 Querido amigo: Hoy creo que tenemos motivos para comenzar a alegrarnos porque parece que las cosas empiezan a cambiar. Me explico: En estas últimas semanas hemos recibido (por mi parte con gozo, y supongo que por parte de algunos o muchos más) la noticia de que una “red” de centros educativos de una región española ha comenzado a apostar por aceptar el reto de cambiar. Por eso, han eliminado asignaturas, aulas, paredes, pupitres aislados (se agrupan varios de ellos formando una estructura que permite el trabajo en grupo), lecciones magistrales regladas, horarios, etc., y han aceptado el reto de que sean los alumnos quienes comiencen a “regir” su propio aprendizaje, acudiendo a los profesores cuando lo necesiten, ya que éstos asumen su papel primordial como “tutores”, “coaches”, “acompañantes”,... pero nunca como “resolutores universales de
problemas”. Es decir, en la práctica, “el maestro ha dejado de ser la figura del que todo lo sabe, y ahora es el que acompaña y guía al alumno”. Y es que su filosofía docente arranca de la idea y la práctica del “desarrollo de proyectos”. En estos centros han aceptado comprometerse con un aprendizaje basado en el trabajo cooperativo que huye de verdades absolutas y plantea preguntas abiertas. Los profesores han afirmado taxativamente: “Queremos que el estudiante sea el protagonista del aprendizaje”. Por eso, “las clases magistrales han sido reducidas a la mínima expresión (en torno al 5% del tiempo) y lo que predomina es el trabajo en equipo”. Todo esto ha conseguido un auténtico vuelco en la actitud de los alumnos (evidentemente, como consecuencia del vuelco en la actitud de los profesores). Sabemos que los alumnos preadolescentes
comienzan a experimentar el desaliento y la desgana, la desmotivación en relación con algo a lo que no “ven” futuro ni “sustancia”, y, en consecuencia, empiezan a sufrir la gran lacra de los alumnos postprimaria: el aburrimiento. Pues bien, los alumnos se manifiestan positivamente ante esta nueva situación en la que se ven retados a dar lo que pueden y saben por sí mismos, y, si en algún momento no llegan, se ven retados a buscar por sí mismos los recursos (humanos, materiales, temporales, etc.) que les permitan resolver los problemas que se les han planteado. Ahora bien, esto no se consigue de la noche a la mañana y porque sí. Más bien, se han necesitado años de búsqueda en común por parte de los profesores, de planteamientos teórico-prácticos que pudieran ser compartidos por todos (no valen los esfuerzos individuales de los profesores “más comprome-
tidos”), seleccionando aquellos que podrían resultar más factibles y con mejores pronósticos en cuanto al rendimiento de todos, profesores, alumnos y padres. El problema de la evaluación se resuelve, en primer lugar, eliminando los exámenes (fíjate que ahora se está planteando una reválida para alumnos finalistas de Educación Primaria... ¡qué barbaridad!) e iniciando los profesores un seguimiento diario de los alumnos mediante la observación de sus planteamientos y sus propuestas, apoyando y sugiriendo posibles caminos que resulten más eficientes, si es el caso, pero nunca “enseñando los procedimientos correctos” que se ajustan a la “filosofía pedagógica de la ortodidáctica”. Hay una práctica que llama la atención: los profesores proponen a los alumnos una toma de conciencia proactiva al comienzo de la jornada (pensar, planificar, decidir qué
se va a hacer y cómo y con qué se puede/debe trabajar) y una toma de conciencia retroactiva al cabo de la jornada (reflexionar acerca de lo que se ha hecho, cómo se ha ejecutado, qué dificultades se han experimentado, qué recursos se han utilizado y cómo, discutiendo, en su caso, la bondad de las decisiones tomadas, etc.). Como ves, es una noticia que alienta la confianza en el futuro de nuestro sistema educativo, siempre y cuando estas actitudes de los profesores se generalicen y arrastren el subsiguiente cambio de actitudes de los alumnos. Seguiremos comentando sobre estos asuntos, que me parecen, como te he dicho, sencillamente apasionantes. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
ABRIL 2015 /// 021
Jorge Palma em entrevista
«Apetece-me escrever meia dúzia de coisas novas» 6 É uma figura incontornável da música portuguesa, com uma carreira de mais de 40 anos, marcada por êxitos como «Deixa-me Rir», «Bairro do Amor», «Estrela do Mar” ou «Jeremias, o Fora da Lei». Jorge Palma, na primeira pessoa. O mais recente disco foi editado em 2011. Poderá haver surpresas este ano com a edição de um novo álbum de originais? Eu gostava que sim, mas tem sido uma correria muito grande. Muitos concertos em meu nome, trabalhos com o grupo Tais Quais, que envolve ainda o Tim, o Vitorino e o Gil, entre outras pessoas. Estou a trabalhar com Sérgio Godinho num espetáculo em conjunto... É uma questão de tempo, arranjar disponibilidade para escrever umas canções. Apetece-me escrever meia dúzia de coisas novas, pelo menos. Mas quero gravar este ano ainda. Não sei é se será possível [o álbum] sair este ano. Tem tocado temas inéditos ao vivo? Não, estou a percorrer os anos de discografia. Costumo fazer alinhamentos sempre diferentes, onde percorro os meus discos todos. No seu currículo são muitas as colaborações. Dos Cabeças no Ar aos Rio Grande e, agora, os Tais Quais. Esse espírito de partilha agrada-lhe? Muito, por isso, mantém-se. No ano passado dei concerto com o João Pedro Pais, o Paulo Gonzo, o Sérgio Godinho. Dáme muito gozo. Seria melhor se em Portugal houvesse mais esse espírito colaboração? Isso não sei. Em termos de composição sou um bocado solitário. São letra e música minhas. Mas em termos de colaborações em discos, isso tem acontecido. O pessoal convida-me e eu tenho muito gosto em colaborar. É um dos nomes fortes da música portuguesa. Como tem assistido à evolução da música nacional? Vejo aparecerem pessoas em todas as áreas, desde o fado ao hip hop, com muita qualidade. Há muitos bons músicos a aparecer, talvez mais a interpretar do que escrever. Mas mesmo nessa área há o Miguel Araújo ou o António Zambujo, que são muito bons. Temos aí muito boa gente, o país é que é pequenino (risos). Continua a ser fácil para si ter inspiração para criar coisas novas? Sim, a inspiração é algo que se procura quando escrevemos. Acaba sempre por sair alguma coisa de jeito. Com mais ou
022 /// ABRIL 2015
Facebook Oficial H menos trabalho, as coisas saem. Chegase lá. Projetos para o que falta de 2015, quais são? É ter arcaboiço para cumprir o programa todo que já tenho marcado. E, no meio disso tudo, ver se escrevo umas canções fixes. K Entrevista: Hugo Rafael (Rádio Condestável) _ Texto: Tiago Carvalho _
Av. Dr. Abílio Marçal, Lote 1 B 6100-267 Cernache do Bonjardim Tel: 274 800 020 Email: geral@radiocondestavel.pt
gente e livros
edições
Novidades literárias 7 presença. O Miniaturista, de Jessie Burton. Estamos em 1686 e a jovem Nella Oortman, recém-casada com um próspero mercador de Amesterdão, Johannes Brandt, chega à cidade na expetativa da vida esplendorosa. Depressa, porém, Nella sente-se sufocar na sua nova existência. Até que um dia, Johannes lhe oferece uma réplica perfeita, em miniatura, da casa onde vivem. Mas eis que algo de surpreendente começa a acontecer.
casa das letras. Veio depois a Noite Infame, de Margarida Palma. O cenário é Lisboa, em 1921. Vivem-se ainda as sequelas da Grande Guerra e os temores causados pela Revolução Russa, mas sentese sobretudo o descrédito dos políticos, responsáveis por uma crise sem fim à vista que mergulha o país na miséria e acende, por todo o lado, focos de violência. Num serão Madalena conhece um médico por quem se apaixona, mas, se o namoro poderia, à partida, ter quase tudo para dar certo, uma série de malentendidos e intrigas vem minar a relação dos dois.
bertrand. Aquele Instante de Felicidade, de Federico Moccia. Nicco está a passar por um mau bocado. Desde a morte do pai que tem de cuidar da família. Tem de manter dois empregos: um no quiosque da família e outro numa agência imobiliária, e faz todos os possíveis para arranjar tempo para estar com a namorada. Ou fazia… porque, praticamente sem qualquer explicação, esta deixa-o. É então que, um dia, por completo acaso, Nicco e o seu melhor amigo, Ciccio, conhecem duas jovens americanas, de férias em Roma.
Herberto Helder 7 “Era uma vez um lugar com um pequeno inferno e um pequeno paraíso, e as pessoas andavam de um lado para outro, e encontravam-nos, a eles, ao inferno e ao paraíso, e tomavam-nos como seus, e eles eram seus de verdade. As pessoas eram pequenas, mas faziam muito ruído. E diziam: é o meu inferno, é o meu paraíso. E não devemos malquerer às mitologias assim, porque são das pessoas, e neste assunto de pessoas, amá-las é que é bom. E então a gente ama as mitologias delas. À parte isso o lugar era execrável.” In “Os Passos Em Volta” Herberto Helder (Funchal, São Pedro, 23 de Novembro de 1930 - Cascais, 23 de Março de 2015) foi um poeta português, considerado, por muitos, o “maior poeta português da segunda metade do século XX”. “A Morte sem Mestre” foi o último livro do poeta, publicado em junho de 2014, culminando uma carreira literária que colocou Herberto Helder entre os nomes cimeiros da cultura portuguesa. De acordo com a editora Assírio & Alvim, onde está a maioria do seu catálogo, o poeta nasceu a 23 de novembro de 1930, no Funchal. Em 1948 matriculou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas cedo mudou para a Faculdade de Letras onde se inscreveu em Filologia Românica, curso que frequentou durante três anos e também não chegou a concluir. Herberto Helder foi, então, viver para Lisboa, onde exerceu profissões como jornalista, bibliotecário, tradutor e apre-
sentador de rádio. Colaborou em vários periódicos e foi redator da revista Notícia, em Luanda, e colaborador da revista Pirâmide. Viajou pela Bélgica, Holanda, Dinamarca e em 1971 partiu para África onde fez uma série de reportagens para a revista Notícias. Em 1994 foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa, que recusou. Era, aliás, conhecida a questão que fazia em ser anónimo: recusava prémios, não dava entrevistas e não queria ser notícia a não ser pela sua obra. Desde a publicação de “A Faca Não Corta o Fogo”, em 2008, tornou-se um
caso de consenso crítico quase absoluto. “Os Passos em Volta” (1963), “Photomaton & Vox” (1979) e “A Cabeça entre as Mãos” (1982) são outras das obras conceituadas de Herberto Helder. Faleceu em Cascais a 23 de março de 2015, quando tinha 84 anos. Deixou pronto um livro de poemas. “Poemas Canhotos” deve ser lançado pela Porto Editora. A sua obra poética encontra-se, desde 1973, reunida nas sucessivas edições de “Poesia Toda”. Está traduzido e publicado em vários países, dos quais se destacam Itália, GrãBretanha, Espanha e França. K
press das coisas Coolbox 3 É daqueles que em viagem anseia por uma bebida refrescante? Ou por um café quente? Dentro desta mini frigorífico/aquecedor, pode levar o fresco e o quente consigo para qualquer lugar. Para além da ligação à corrente em casa ou no local de trabalho, pode levar a Coolbox em viagens, ligando o cabo à tomada do isqueiro do automóvel. K
esfera dos livros. Pais à Beira de um Ataque de Nervos, de Jorge Rio Cardoso. Autor do best-seller “O Método Ser Bom Aluno”, Jorge Rio Cardoso percorreu o país para falar com os pais portugueses e conhecer de perto os problemas dos seus filhos. O autor defende que é possível fazer de todos um bom aluno, que não existem casos perdidos. Numa linguagem simples e objetiva, apresenta as respostas às dúvidas e situações do quotidiano pais-filhos. K
Direitos Reservados H
Blur - “The Magic Whip” 3 Os britânicos Blur estão de volta 12 anos passados sobre a edição de “Think Tank”, último álbum de originais, e 16 sobre a última edição com a formação original, face à reincorporação do guitarrista Graham Coxon. O retorno do quarteto ao estúdio de gravação tem a garantia de qualidade de uma das bandas mais marcantes da história da música Pop britânica. K
Veho M6 3 Seja para usar no escritório ou para levar consigo num passeio de fim-de-semana, a M6 é uma ótima companhia. Esta coluna dupla portátil e sem fios permite ouvir com melhor som as suas seleções musicais, rádios digitais como o Spotify, entre outras funcionalidades a partir de smarthphone. Custa 89 euros. K
ABRIL 2015 /// 023
Centro de Cultura Contemporânea
Oliva Creative factory em Castelo Branco 7 O Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco tem patente até outubro, a exposição “Everywhere is the same sky - Uma perspetiva de paisagem na coleção Norlinda e José Lima”. A mostra sucede à coleção Berardo, que inaugurou aquele espaço, e aos trabalhos do espanhol Viktor Ferrando. No total vão estar expostas obras de 50 artistas nacionais e estrangeiros, de diferentes técnicas como pintura a óleo, desenho, fotografia, vídeo ou técnicas mistas, entre outras. Os trabalhos têm como comum a abordagem artística e plástica da paisagem, e integram a Coleção Norlinda e José Lima, gerida pelo Núcleo de Arte da Oliva Creative Factory, o qual teve a sua génese a partir da antiga fábrica portuguesa Oliva. Luís Correia, presidente da Câmara albicastrense, explica que esta “é mais uma exposição de qualidade, que se enquadra nos objetivos do Centro de Cultura Contemporânea, e que poderá continuar a atrair visitantes a Castelo Branco”. O presidente da Câmara destaca ainda a parceria com a Câmara Municipal de S. João da Madeira,
através do Núcleo de Arte da Oliva Creative Factory, e que permitiu a realização da exposição em Castelo Branco. Tendo como curadora Raquel Guerra, a mostra apresenta obras de Albert Ràfols, Álvaro Lapa, António Costa Pinheiro, António Palolo, Arpad Szenes, Artur do Cruzeiro Seixas, Carlos Botelho, Carlos Lobo, Carlos Noronha Feio, Chus Garcia Fraille, Daniel Malhão, Edgar Martins, Eduardo Luiz, Emerenciano, Fabrízio Matos, Gabriel Abrantes, Gabriela Albergaria, Gonzalez Bravo, Harmen
de Hoop, Jaime Isidoro, Joan Fontcuberta, João Hogan, João Louro, João Marçal, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, João Onofre, João Queiroz, Joaquim Rodrigo, Jorge Martins, José Lourenço, Luís Fortunato Lima, Luís Noronha da Costa, Marcos Castro, Mário Cesariny, Michael Biberstein, Miguel Palma, Nikias Skapinakis, Nuno Cera, Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez, Pedro Gomes, Pires Vieira, Raul Perez, Robert Longo, Rita Carreiro, Rosa Carvalho, Rui Algarvio, Susana Anágua, Susana Gaudêncio, Tracey Moffatt e Vasco Barata.K
pela objetiva de j. vasco
Com atenção à violência sobre as crianças
Prazeres da boa mesa
Creme Leve de Shiitakes com Ares de Queijo Velho 3Ingredientes (4 pax): 200 gr de Lentinula edodes (shiitake) 50 gr de Manteiga 20 gr de Alho seco 75 gr de Cebola 100 gr de Batatas 1 lt de Leite Meio Gordo 100 ml de Natas 100 gr de Queijo Velho de Idanha-a-Nova 2 Capsulas de N2O Q.b. de Azeite de Chouriço Q.B. de Sal Q.B de Pimenta Preta de Moinho 4 Pés de Cebolinho
Depois de frio, colocar tudo no sifão. Carregar 1 ou 2 capsulas de N2O e reservar no frio. Empratamento: Depois de todos os temperos rectificados, encha os pratos de sopa com a sopa de cogumelos. Faça um cordão com o azeite de chouriço, e aplique a espuma e algumas lascas de leite e deixar cozinhar por 25 minutos. Triturar, passar pelo passador fino e corrigir os temperos. Preparação (para a espuma):
Preparação (para a sopa): Refogar na manteiga, o alho e a cebola. Adicionar os shiitakes e as batatas, deixando refogar 2 minutos. Completar com o
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Aquecer nas natas, metade do queijo velho. Depois do queijo derretido, triturar e passar pelo passador fino.
queijo, cortadas com um descascador de legumes. Guarnecer com flores comestíveis e cebolinho. Servir. K Chef Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo)
cinema
ele e para nós, a sua persistência venceu tudo e todos. A expensas suas, tudo sacrificando, desloca-se a Itália e à Alemanha para estudar a cor no cinema. Com material por ele adquirido realiza, em 1956, “O Pintor e a Cidade”, com o aguarelista António Cruz, filme pioneiro da introdução da cor em Portugal. Seguem-se, numa penosa travessia do deserto, alguns documentários até ao aparecimento, em 1962, de “O Acto da Primavera”, a sua segunda longa-metragem e que vai significar a consagração internacional do realizador, premiado no Festival de Siena com este filme, igualmente exibido em Veneza. A obra de Manoel de Oliveira passa no Festival De Locarno, Suíça, onde é homenageado, o mesmo acontecendo, em 1965, na Cinemateca de Paris e em Lausanne. Apesar deste reconhecimento lá fora, Oliveira só volta a realizar nova longa-metragem em 1971, curiosamente “O Passado e o Presente”, adaptação da peça homónima da autoria de Vicente Sanches, um autor albicastrense. Na altura, em dezembro, Joaquim Cabeças, elabora um trabalho exaustivo sobre a carreira cinematográfica do “jovem” Manoel de Oliveira, na altura com 62 anos, a propósito das filmagens que decorriam em Castelo Branco. Foi nas páginas do extinto “Beira Baixa” que se ficou a conhecer melhor a vida e a obra deste cineasta. Na altura não se podia saber, mas foi este filme que relançou Oliveira. Durante largos anos, com o estatuto de o mais antigo realizador em funções, fazendo o seu cinema, sem cedências, que se não as fez antes, agora já não precisava de as fazer, dando-se ao luxo de, desde 89, fazer um filme por ano, acumulando sucessivos prémios ao longo da sua longa da sua extensíssima carreira, de Cannes a Veneza, de Locarno a
S. Paulo, de Montreal a Berlim, e outros, que a lista é longa. Na altura da nossa primeira crónica sobre o cineasta, a sua filmografia ia nas quase duas dezenas de longas-metragens. Assinalámos então “Inquietude”, de 1998, como a sua última fita. À semelhança do que então escrevemos, manteve quase até ao fim o seu ritmo de um filme por ano. “A Carta” (1999), foi o filme que se seguiu, para em 2000 homenagear o Padre António Vieira em “Palavra e Utopia”. Com Michel Piccoli faz “Vou Para Casa”, de 2001, sobre o desafio de um velho actor que tem que cuidar do neto e se lhe coloca a decisão de ter que pôr um ponto final na sua carreira. “Porto da minha Infância”
2001, “O Princípio da Incerteza” 2002, de novo adaptando Agustina Bessa Luís, “Um filme falado”, 2003, “Quinto Império”, 2004” e “Espelho Mágico”, 2005, ainda e sempre Agustina, a sétima adaptação que Oliveira faz da escritora, são os títulos que assinou. Em 2006 é a vez de “Belle Toujours”, uma homenagem do realizador a Luis Buñuel, agarrando em duas personagens de “Belle de Jour” que se encontram trinta anos depois. Piccoli aceitou o desafio, Deneuve não. Foi assim uma espécie de meia vingança. Em “Cristóvão Colombo - O Enigma”, de 2007, Manoel de Oliveira vai no rasto de Colombo, seguindo a obra de um casal de portugueses emigrados na América que dedicaram os
seus tempos livres a tentar provar a nacionalidade portuguesa do descobridor da América. O realizador e a mulher, Isabel de Oliveira, interpretam o casal. Mais uma incursão do mestre como actor, afinal a sua porta de entrada no cinema. Depois do referido “Singularidades de uma Rapariga Loira”, lançou-se, em 2009, a “O Estranho Caso de Angélica”, a história de um fotógrafo que é chamado para tirar uma fotografia a uma jovem acabada de morrer, que parece ganhar vida através da lente e que lhe vai atormentar a existência, um argumento de sua autoria que o realizador há muito queria filmar e que na altura afirmou ser um sonho que já não esperava concretizar. Mas a sua obra não ficou por aqui. Em 2012 faz “O Gebo e a Sombra”, uma adaptação da peça de Raul Brandão, mais um grande filme do mestre, de novo reunindo um naipe de actores de alto gabarito, Claudia Cardinale, Jeanne Moreau e Michael Lonsdale, a que se juntaram os portugueses e habituais habitantes das fitas de Oliveira, Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra e Ricardo Trêpa, que estreou no Festival de Veneza e no dia seguinte passou na Cinemateca Francesa em Paris. No ano passado saiu a sua última obra, a curta metragem “O Velho do Restelo”, “um mergulho livre e sem esperança na História”, para o qual são convocados, Camões, Dom Quixote, Camilo Castelo Branco e Teixeira de Pascoais, que estreou no Festival de Veneza e em Portugal no dia 11 de dezembro, dia do aniversário do realizador. A Parca veio buscá-lo no passado dia 2 de abril aos 106 anos. Já o julgávamos imortal! E é! Até à próxima, e bons filmes (já agora, de Manoel de Oliveira). K Luís Dinis da Rosa _ com Joaquim Cabeças _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
7 Quando em 1998 iniciámos esta coluna no Ensino Magazine, a escolha recaiu em Manoel de Oliveira, no ano em que o cineasta fez 90 anos. Voltámos a este vulto maior do cinema, quando fez cem anos. E, para sua e nossa satisfação, comemorou o centenário de vida a fazer aquilo que mais gostava: filmar. “Singularidades de uma Rapariga Loira”, foi o filme que Oliveira viu estrear em 2008, adaptação de um conto de Eça de Queirós, com Ricardo Trêpa, neto do realizador, e Catarina Wallenstein. Nascido no Porto, a 11 de dezembro de 1908 (registado a 12) cedo decidiu que o seu futuro estaria nas fitas. Primeiro, entrando nelas. Por isso se inscreveu na Escola de Atores de Cinema, fundada naquela cidade por Rino Lupo, um italiano ligado aos primeiros tempos do cinema português através da Invicta Filmes e em cujo filme, “Fátima Milagrosa”, de 1928, Oliveira se estreia como figurante. Do outro lado da câmara começa em 1929 a rodagem de “Douro, Faina Fluvial”, juntamente com o seu amigo, António Mendes, fotógrafo e guarda-livros de profissão. O filme, um marco do neo-realismo português, estreia, na sua versão muda em Lisboa, em 1931, no V Congresso Internacional da Crítica. Como hoje, o filme foi recebido com violentas críticas nacionais e o aplauso dos estrangeiros, um estigma que não o largou mais, ou melhor, teima em não largar. A sua primeira longa-metragem, “Aniki-Bóbó”, estreia em 1942. A história da crítica repete-se. Um dos mais belos filmes da história do cinema só é reconhecido e aplaudido anos mais tarde. Mas, não são só os críticos. O Fundo de Cinema recusa vários projectos seus e a hipótese de abandonar o cinema é pensada. Porém, felizmente para
H Manuel de Oliveira, o Homem da Máquina de Filmar - Rute Silva Correia
In Memoriam Manoel de Oliveira
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Quatro rodas
Knuten
c Não sendo um exímio prosador, tento superar este “handicap” trazendo-vos histórias menos conhecidas do mundo automóvel, esperando assim cativar os leitores do Ensino Magazine. O caso de hoje é um daqueles que me dá um enorme gozo trazer até vós. Trata-se de uma situação que desconhecia até há alguns tempos atrás, e que apesar da sua simplicidade, teve uma enorme repercussão na história do automóvel. Desta vez levo-vos até à Noruega, país que passa meio ano “fechado” por causa dos rigorosos invernos, mas que pode presumir de constar no “top 5” dos mais ricos do mundo devido ao petróleo do Mar do Norte. Não esperava descobrir na Noruega, qualquer história que me permitisse escrever neste espaço. Enganei-me redondamente! Deste país, e no que diz respeito a coisas de automóveis, pouco mais conhecia que o campeão do mundo de rallyes 2003, Petter Solberg, e alguns campeões europeus
de rallycross, que tive a oportunidade de conhecer quando trabalhei com a FIA. Mas voltemos à estrada porque é disso que se trata. Quero falar-vos da estrada de Geiranger construída entre 1881 e 1889. Geiranger é uma pequena localidade, que se encontra no final do fiorde com o mesmo nome, onde no final do século XIX se iniciou a construção de uma
estrada para ligar esta localidade a Oslo. Partindo do nível do mar, era necessário transpor as altas montanhas que o recortam. A meio da subida deparamo-nos com o Hotel Union, relativamente ao qual vos trago o primeiro pedaço de história. Neste hotel, com uma majestosa vista para o fiorde e onde obrigatoriamente a família real norueguesa
setor automóvel
Este texto não segue a nova ortografia _
3 O Mitsubishi Outlander 2016 foi apresentado no salão de Nova Iorque e está prevista a sua estreia nos EUA, no verão, e na Europa, em setembro. De acordo com a marca, foram efetuadas 100 modificações, desde o design a componentes mecânicos. Este SUV tem modelos para cinco e sete lugares. K
3 O VW Jetta surge renovado no mercado português. A frente e a traseira foram redesenhadas pela marca, que melhorou ainda a aerodinâmica em 10%. O modelo disponibiliza três níveis de equipamento e um motor 2.0 TDI com potências de 110 e 150 cv. Na primeira variante (a partir de 26 854 euros), está equipado com uma caixa manual de 5 velocidades (ou DSG de 7 velocidades) e na 150 cv (32.542 euros) com uma caixa manual de 6 velocidades (ou DGS de 6 velocidades). K
Kia Sorento já está à venda 3 A Kia deu início à comercialização do novo Sorento em Portugal, que já está disponível para encomenda e com desconto de 5400 euros para todas as versões. O SUV tem como versão de acesso o 2.2 CRDi TX de 200 cv com caixa manual de seis velocidades, que tem um preço de lançamento de 38 987 euros. Existem outras versões, com preços entre os 42 587 e os 52 287 euros. K
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porque traduz a solução de engenharia encontrada para suavizar as subidas que desafiavam a sua construção. Quem, nos dias de hoje, olhar para a solução (bem visível na foto) pode até desdenhar da sua simplicidade, mas certo é que até as coisas mais simples têm de ser inventadas. A atestar a importância desta invenção está o facto de a mesma ter recebido um prémio na Exposição Universal de Paris em 1900. A solução do “KNUTEN” é hoje muito utilizada em todo o mundo, especialmente nos acessos a vias rápidas e auto estradas. E se os construtores pagassem “royalties” por cada um destes nós que constroem, sem dúvida que a Noruega teria outra fonte de receitas comparável à do seu petróleo. Paulo Almeida _ Direitos Reservados H
novo outlander chega em setembro
Novo VW Jetta a partir dos 26 854 euros
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passa uns dias de férias, existe uma pequena colecção de automóveis originalmente utilizados para passeios turísticos nos anos 20 e 30 do século passado. Ainda hoje os hóspedes podem alugar estas viaturas para pequenos passeios em troços de estrada da época, conservados para este efeito e de que falarei adiante. Mas as curiosidades deste hotel, erigido em 1891, não acabam aqui pois a família Mjelva, que o adquiriu em 1899, construiu nas suas caves uma fábrica, na qual foram produzidos os primeiros automóveis noruegueses… Espante-se! ... Até este dia, não fazia a mínima ideia de que alguma vez tivesse havido automóveis construídos na Noruega. Mas continuemos a subir por esta estrada, agora mais moderna, mas que conserva partes do traçado original, ao lado da estrada actual. É num desses troços que podemos encontrar o “KNUTEN”, palavra norueguesa para “nó”. O “KNUTEN” é um troço de estrada que os noruegueses orgulhosamente preservam,
Alfa Romeo lança SUV em 2016 3 A Alfa Romeo está a preparar um SUV, que deverá começar a ser comercializado na Europa no final de 2016. Prevê-se que seja um “crossover” que fará uso da plataforma “Giorgio” de tração posterior usada pela Maserati. Refira-se que o Kamal (na foto) foi um conceito de SUV que a marca italiana já tinha mostrado há doze anos, mas ainda por concretizar. K
Proposta discutida em Paris
Geoparque na Unesco 6 A Rede Global de Geoparques, que integra o Geopark Naturtejo, poderá integrar, já em novembro, os programas oficiais da Unesco, à semelhança do que acontece com os programas Património Mundial ou da Reserva da Biosfera. Isso mesmo foi debatido, na Assembleia Geral da Rede de Geoparques, realizada este mês, na sede da Unesco, em Paris. Neste momento os geoparques são territórios classificados sob os auspícios daquela entidade internacional e a entrada de pleno direito para os programas da Unesco é uma aposta que abrirá novas oportunidades. Esse é o entendimento de Armindo Jacinto, presidente da Naturtejo e do Geopark da Meseta Meridional, que envolve os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Oleiros, Proença-a-Nova e Nisa. “As expetativas são muito altas”, começa por referir. Na prática os geoparques vão ter um programa próprio, como sucede com os do Património Mundial
ou o da Reserva da Biosfera. Armindo Jacinto explica que “essa integração vai-nos trazer maior notoriedade a nível mundial, e perspetivas de se desenvolverem programas de cooperação e desenvolvimento. Se já sobre os auspícios da Unesco havia muitas vantagens, passando a programa oficial, mais oportunidades teremos”. Na Assembleia Geral que decorreu em Paris, o Geopark Naturtejo foi considerado uma peça importante na Rede Global. “Todos elogiaram a forma como o nosso geoparque tem contribuído para a divulgação e notoriedade da marca geoparques, pois tem sido a Naturtejo a organizar a participação da rede nas feiras internacionais de Berlim, Madrid e Lisboa”. O trabalho desenvolvido pela Naturtejo levou a que o Geopark da nossa região ficasse a liderar, dentro da rede europeia, “o grupo de trabalho responsável pelo marketing e comunicação, que terá o apoio da rede global de geoparques. É uma grande responsabilidade, mas esta liderança é
reconhecimento do trabalho que temos vindo a fazer, o qual nos tem dado alguns prémios, como aconteceu na Feira de Berlim”. De referir que a Rede Global integra 112 geoparques. O Geopark Naturtejo foi o primeiro território português a receber aquela classificação. K
Armindo Jacinto, Elizabeth Silva e Carlos Carvalho, com os responsáveis da Rede Europeia
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ensino superior
Politécnicos querem doutoramentos
6 A European Association of Institutions in Higher Education (EURASHE) defende a extensão dos ciclos de estudo dos politécnicos e universidades de ciências aplicadas até ao grau de doutoramento, assim como a uniformização e reconhecimento dos ciclos de estudos a nível internacional, apontando para a denominação dos politécnicos portugueses de Universidades de Ciências Aplicadas. Estas são recomendações a apresentar aos ministros da Educação europeus que se reunirão em Yerevan (Arménia), no próximo mês de maio, e são algumas das medidas defendidas pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos
(CCISP), já há vários anos, para o ensino superior em Portugal, e que agora são formalizadas pelo representante europeu do ensino superior politécnico. As recomendações da EURASHE foram apresentadas na sua 25.ª Conferência Anual, que decorreu em abril, em Lisboa, coorganizada pelo CCISP e pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, tendo estado presentes cerca de 200 participantes de toda a Europa. K
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Acesso ao ensino superior
Crato vai responder ao Ccisp 6 O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou que a posição do Governo sobre a proposta dos politécnicos para alterar as regras de acesso a estas instituições, será dada a conhecer “em breve”, mas em primeiro lugar aos politécnicos. “A resposta será dada ao CCISP, em breve, e em primeiro ao CCISP [Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos]. Todas as propostas de alteração do sistema de acesso ao ensino superior têm de
ser bem ponderadas, têm de ser ouvidas várias posições, os envolvidos”, disse o ministro Nuno Crato no final de uma reunião com os representantes dos estudantes do ensino superior, que decorreu no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa e na qual também participou o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes. Repetindo afirmações anteriores sobre a proposta do CCISP - que pretende dar mais peso à nota final do
ensino secundário do que à nota dos exames nacionais na média de entrada nas instituições – Crato frisou que o acesso ao ensino superior “é sempre feito através de exames”, por ser a única forma de garantir “equidade no acesso”. Sobre as bolsas de ação social no ensino superior, um dos temas que estudantes levavam na agenda para a reunião, exigindo mais financiamento e mais bolsas para contrariar o abandono dos alunos com maiores
dificuldades, o ministro declarou que “se há algo que tem funcionado bem são as bolsas de ação social do ensino superior”, referindo os tempos de aprovação, o total de bolsas aprovadas e o aumento do valor médio destes apoios. À saída da reunião, os alunos tinham versões diferentes sobre os compromissos assumidos nesta matéria pelos governantes, com o presidente da Associação Académica de Coimbra, Bruno Matias, a referir
que do encontro não tinha resultado nada de concreto e que não tinha sido dada resposta às preocupações apresentadas pelas académicas na área dos apoios sociais aos estudantes, e com o representante dos alunos dos politécnicos, Daniel Monteiro, a referir que tinha sido feita a promessa de que haveria mais alunos abrangidos pelas bolsas no próximo ano letivo. “O que prometemos é apenas isto: vamos pensar em todas as propostas de
melhoria que nos foram apresentadas”, disse Nuno Crato aos jornalistas, referindo que a comissão de revisão do regulamento de bolsas tem tido reuniões regulares na presença do secretário de Estado do Ensino Superior, tendo já conseguido “uma série de melhorias” e admitindo que o número de bolseiros possa vir a aumentar no próximo ano. A comissão deverá apresentar um relatório ao Governo até 30 de abril. K
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Aniversário
UBI faz 29 anos 6 A Universidade da Beira Interior celebra, no próximo dia 30 de abril, 29 anos de existência, numa cerimónia que terá lugar no grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde. De acordo com o programa, a iniciativa tem início às 14H45 com a organização do Cortejo Académico (Faculdade de Ciências da Saúde), seguindo-se às 15H00 a sessão solene, a qual conta a com a intervenção do reitor da UBI, António Fidalgo, e da Presidente da Associação Académica. Segue-se a outorga das cargas de agregação e a imposição de insígnias doutorais. A sessão prossegue com a entrega
António Fidalgo
de medalhas a docentes e funcionários que completaram 20 anos de serviço ou que se aposentaram até 30 de abril de 2015, e dos prémios escolares e bolsas de mérito, entre as quais a do Ensino Magazine. A sessão será encerrada com a intervenção do Presidente do Conselho Geral, Paquete de Oliveira. K
Universidade algarve
Nóvoa com distinção 6 O Senado Académico da Universidade do Algarve aprovou a proposta de atribuição do grau de Doutor Honoris causa a António Sampaio da Nóvoa, ex-Reitor da Universidade de Lisboa (UL). A proposta foi apresentada pelo Departamento
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de Psicologia e Ciências da Educação da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). A data da cerimónia de outorga do grau honorífico será anunciada, em breve, pelo Reitor da Universidade do Algarve, António Branco. K
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