novembro 2015 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No213 Distribuição Gratuita
www.ensino.eu suplementos Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS
universidade
Parkurbis entre as melhores
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politécnico
Sampaio critica desertificação C
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politécnico
Macedónia premeia Rei
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politécnico
Leiria com grandes fitas
C
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Assinatura anual: 15 euros
Mário Cordeiro, Pediatra
“É preciso repensar o sistema educativo de alto a baixo” É uma entrevista em que não se fala apenas dos comportamentos dos mais pequenos. O médico pediatra, Mário Cordeiro, aborda a influência da tecnologia nas relações humanas, os horários escolares, as praxes e defende que se deve «repensar o sistema educativo de alto a baixo». C P 16 e 17
entrevista à maestrina
Portugal segundo a batuta de Joana Carneiro
Dave Weiland H
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Joana Carneiro, maestrina
«A música é beleza, felicidade e inspiração» 6 Ainda não tem 40 anos, mas já tocou com algumas das mais célebres orquestras em míticos palcos por esse mundo fora. Joana Carneiro é uma portuguesa de sucesso, que coleciona elogios no seu país e no estrangeiro e que deseja que todos o seus
compatriotas tenham acesso a educação musical. Maestrina convidada da Orquestra Gulbenkian e diretora artística do Estágio Gulbenkian para Orquestra, assumiu em 2009, as funções de diretora musical da Sinfónica de Berkeley, sucedendo a
Kent Nagano, tornandose no terceiro maestro a ocupar o lugar nos 40 anos de atividade da orquestra. Em janeiro de 2014 foi nomeada maestrina principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Em 2004 foi agraciada pelo então Presidente da
República, Jorge Sampaio, com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique. Em 2010 recebeu o Prémio Helen M. Thompson, atribuído pela Liga das Orquestra Americanas. Nesta entrevista fala da sua experiência e da importância da música.
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Rodrigo Souza H
Recebe-nos na sua casa de Lisboa, onde não se encontra muito tempo devido às temporadas que realiza na Europa e nos Estados Unidos. Em média quanto tempo passa em Portugal? Depende das temporadas. A temporada 14/15 foi muito internacional, o que me obrigou a estar ausente do meu país. Estive dois meses em Londres e dois meses em Gotemburgo, em produções operáticas. Isto para além de outros concertos que me levaram a outros pontos do globo. Esta temporada estou um bocadinho mais em Portugal. Procuro não fazer mais de 16 projetos fora do país por temporada, entre setembro e junho. No verão estou sempre em Portugal. Sente-se uma portuguesa de sucesso? Confesso que não sinto ainda isso. Esta carreira de maestro é normalmente muito longa. Tenho tido um percurso interessante, com muitas oportunidades, mas penso que ainda me encontro muito no princípio. Os meus mentores, com 60/70/80 anos, ainda continuam a trabalhar. Por isso, entendo que o sucesso do maestro só se mede nessa altura. Ou seja, no meu
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caso, daqui a 30 anos. Como é que Portugal é visto no exterior? No mundo em que eu me movimento as pessoas encaram o nosso país como sendo de pessoas muito trabalhadoras. Ao nível da música, Portugal tem um ensino reconhecidamente de qualidade. Os nossos músicos vão lá para fora e entram nas melhores escolas e nas melhores orquestras. Isso significa que a nossa formação está a dar frutos. Infelizmente, o acesso à formação musical está longe de ser universal, pelo menos na forma como gostaríamos que fosse. Em suma, temos uma imagem de competência? Eu tenho oportunidade de falar com muitas pessoas das comunidades das orquestras em que trabalho e a visão que existe de Portugal é positiva. Está associada à segurança, ao trabalho, à simpatia e, como não podia deixar de ser, a uma gastronomia ótima. A reação que os estrangeiros têm ao visitar Portugal é disso prova. Por outro lado, as pessoas também não escondem a sua preocupação e solidariedade com as dificuldades que o país atravessa, nomeadamente nos ;
três anos da permanência da troika.
a Medicina. Mas casei-me com um médico cirurgião, por isso, o destino acabou por fazer-me regressar, de algum modo, à Medicina…
Como observa o fenómeno da emigração dos mais jovens, sejam eles enfermeiros, arquitetos, engenheiros, ou meros desempregados? Vê como um drama ou, por outra perspetiva, como uma oportunidade para adquirir novos horizontes e novas competências?
Divide a sua atividade nos Estados Unidos, em Berkeley, na Orquestra Sinfónica Portuguesa, em Lisboa, e mais recentemente tem atuado na Escandinávia. Já se diz que só lhe falta tocar em África…
Sou uma pessoa positiva e otimista por natureza, mas este fenómeno da emigração preocupa-me bastante. No meu caso concreto, de artista, eu era muito jovem, só existia uma licenciatura em Portugal e não existia direção de orquestra cá, por isso tive de ir para fora, até porque a natureza do meu trabalho é internacional. Por isso, a minha emigração não foi forçada. Continuei sempre a trabalhar com as orquestras portuguesas e senti que não era uma impossibilidade cumprir os meus sonhos no meu país.
É o único continente em que ainda não trabalhei. Talvez haja a possibilidade de um dia atuar na África do Sul. Vamos ver. Em que difere o comportamento dos diferentes públicos para os quais atua na liderança das orquestra?
Costuma cruzar-se com compatriotas nossos por essa Europa fora? Acontece. Há umas semanas, estava a jantar num restaurante em Estocolmo, e travei conhecimento com um jovem português que me confidenciou que tinha deixado a família para trás porque, sem emprego, não lhe restou alternativa que não fosse ir para a Suécia, o que lhe permitia enviar algum dinheiro para casa. Isto parece-me um tipo de emigração dramática e forçada. Infelizmente, existem alguns casos desta natureza. Já a emigração que é por iniciativa própria e para procurar novas experiências parece-me francamente positiva e Portugal só tem a lucrar, porque muitos desses ativos acabam por regressar para devolver aquilo que o país investiu neles. Aos nove anos disse que queria dirigir uma orquestra. Soa a predestinação. Há algo inato ou o ambiente familiar condicionou a sua escolha? Creio que o talento, no sentido de ter uma apetência natural para algo, existe. Acredito que o nosso talento pode ser variado e posto ao serviço de muitas áreas. Um bom ouvido pode ser posto ao serviço das artes musicais, por exemplo. Uma capacidade natural de liderança pode ser colocada ao serviço de muitas vocações. Dito isto, acho que o talento é um ponto de partida, uma tendência para uma orientação, seja para comunicar, para expressar alegria ou uma extroversão natural para exercer determinada atividade. No caso da música o ideal é tentar encontrar o meio através do qual possa tornar essa habilidade natural ainda melhor e apurar outras qualificações, não tão desenvolvidas. E isto contribuiu para um todo. Por isso, entendo que o talento natural é algo mais vago do que se possa pensar. Quer concretizar? Para ser bom músico, não basta ter bom ouvido. Pode ser um ponto de partida, mas não é suficiente. Um bom ouvido com falta de comunicação natural, serve de pouco. Da mesma forma que ter faci-
Dave Weiland H
lidade em comunicar e não ter um ouvido tão apurado, não faz dessa pessoa um bom artista. Pensa então que o trabalho e a repetição acabam por gerar os grandes talentos nas várias profissões? O meio que nos circunda e, sobretudo, o trabalho representam cerca de 90 por cento do sucesso de uma pessoa. O exemplo de Cristiano Ronaldo é paradigmático. Tem um talento inato, mas treina como poucos… Ele há de ter características naturais para o seu desporto, mas sem o trabalho não teria chegado onde chegou. Mas isso acontece em qualquer área. Não tenho dúvidas que o trabalho representa a melhor parte e explica o nosso sucesso. Sei que foi uma excelente aluna, mas o calcanhar de Aquiles era a educação física… Era muito fraquinha, mas confesso que não me esforçava. Fazia tudo para não participar nas atividades desportivas escolares, e até me esquecia do equipamento. Podia até ter melhores resultados, mas a aptidão física nunca ajudou. Sempre tive uma relação muito difícil com qualquer tipo de desporto. Felizmente tenho uma profissão que me mantém em forma e com uma saúde cardiovascular muito boa. Teve uma educação muito privilegiada e os seus oito irmãos partilham o bom desempenho académico. Quantos doutores tem a família Carneiro? Atualmente, temos quatro doutorados e dois em vias de terminarem o doutoramento.
Os seus pais são figuras sobejamente conhecidas dos portugueses. Roberto Carneiro foi ministro da educação e Maria do Rosário Carneiro foi, entre outros cargos, deputada. Pensa que nós somos aquilo que é a nossa educação? Aquilo que se passa na nossa juventude e na infância tem, com certeza, um impacto enorme. O meio e os estímulos que uma criança recebe têm muita influência naquilo que ela se torna, no futuro. Não chega, é certo. É preciso saber crescer com responsabilidade e aproveitar os dons e a generosidade que recebemos da família. Mas acredito que crescer numa família bem estruturada e com muito amor, em que a liberdade de expressão era pilar fundamental, foi muito importante para o meu desenvolvimento pessoal e o dos meus irmãos. Os meus pais sempre privilegiaram que os filhos tivessem uma educação muito completa, para além de sucesso escolar nas atividades académicas, queriam que participássemos em atividades extracurriculares. Tínhamos música, fazíamos desporto (natação, ginástica), estivemos nos escuteiros, etc. Creio que esta educação despertou a nossa curiosidade e melhorou a forma como estudamos. Perante isto, não tenho dúvidas em afirmar que o meio em que cresci foi decisivo para ser a pessoa que sou hoje. Apesar da queda para a música desde muito cedo, começou por entrar na faculdade em Medicina… É verdade, mas estive muito pouco tempo. Eu só experimentei dirigir uma orquestra quando comecei a estudar Medicina, aos 18 anos, após concluir o curso do Conservatório. Fiquei só até ao segundo ano de Medicina, porque ia deixando muitas cadeiras para trás, privilegiando o lado da música. Tornou-se evidente que a minha escolha seria a música, abandonando
Os públicos têm em comum o facto de se interessarem por música e acreditarem que esta lhes traz mais felicidade à sua vida quotidiana. Não creio que exista um público mais ou menos participativo. Agora a diferença reside na interação entre a comunidade e as orquestras e nos Estados Unidos essa diferença é vincada, porque lá as orquestras são administradas por membros da comunidade. As orquestras têm um conselho de administração, do qual fazem parte membros eleitos da comunidade, que atribuem, anualmente, um donativo mínimo, estipulado pelos órgãos dirigentes. Há toda uma estrutura que se divide na parte financeira, artística e musical, que não tem paralelo na Europa. Portugal vive numa realidade muito longínqua… Ao nível da intervenção da comunidade é um facto, mas já existem grupos de amigos das orquestras e o grupo de amigos do Teatro São Carlos está a ser recuperado. A oferta cultural e musical em Portugal aumentou exponencialmente nos últimos anos e não estarei a exagerar se disser que a maioria dos espectáculos tem casa cheia. Este tipo de música, o produzido pelas orquestras, ainda está apenas ao alcance de uma elite? Em certa medida, sim. Tem que se ter algum poder financeiro para assistir a um espectáculo de ópera, por exemplo. Mas a raiz desta situação reside no facto de apenas uma pequena parte da população ter acesso ao ensino musical. Mais do que escassez de poder económico, falta o poder que seria dado pela própria educação e formação musical. Infelizmente, em Portugal, não existe o acesso universal à cultura. Mas estou otimista quanto ao futuro. O público está a ser renovado. Temos muitos jovens e famílias inteiras que assistem aos nossos espectáculos. E é justo destacar o papel de instituições como o Teatro Nacional São Carlos ou a Fundação Gulbenkian através dos seus programas pedagógicos. Como caracterizaria os projetos educativos e pedagógicos do Teatro São Carlos e da Fundação Gulbenkian? São variados. No São Carlos existem concertos pedagógicos em alguns sábados do ano que são dedicados a crianças ;
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que vêm acompanhadas dos seus pais. Pode ser as «4 estações de Vivaldi», pode ser «O livro da selva», etc. Também fazemos concertos para escolas, nomeadamente alunos do 1.º e 2º ciclos, e temos muitas crianças que assistem aos nossos ensaios e aos nossos concertos sinfónicos. Fazemos também workshops de ópera para crianças e adolescentes. Temos ainda a nossa temporada de concertos nas férias de Natal e da Páscoa, tanto no São Carlos como no Teatro Camões. Na Gulbenkian também existem concertos para escolas e eu tenho feito vários. Temos igualmente os concertos participativos em que as pessoas da comunidade podem entrar nos coros, por exemplo. São exemplos que as nossas instituições estão a investir bastante neste setor. Mas as carências ainda são muitas ao nível do ensino escolar público. O que devia ser feito? Não tenho dúvidas que a música devia ser ensinada como o Português e a Matemática, ao longo de toda a escolaridade. Gostava, sinceramente, que todos os portugueses tivessem acesso à educação musical. Quer explicar por que é que diz que um maestro é um líder que tem a obrigação de contribuir para a construção da identidade do seu país? Um maestro que tenha um cargo de titularidade numa orquestra pode incentivar a produção nacional, trabalhando com os artistas do seu pais, quer ao nível da composição, quer ao nível da dramaturgia, quer ao nível da encenação, quer em termos do design, da luz, figurinos, etc. Esta pessoa deve ter como responsabili-
artistas têm a função de trazer beleza ao mundo. É essa responsabilidade que nos anima, ainda mais. A música é beleza, felicidade e inspiração… É tudo isso, mas também é abstração. Mas, acima de tudo, a arte musical é uma forma de expressarmos quem nós somos, enquanto seres humanos, recriando momentos da história passada, à luz dos nossos olhos contemporâneos. A música tem um alcance global e é justo dizer, já salvou muitas vidas. Lembro-me dos projetos «Live Aid» e «USA for África», nos anos 80. A música pode salvar o mundo tão convulso e violento em que habitamos? Franco Tutino H
dade primeira o incentivar e investir nos talentos que tem no seu país e na sua comunidade para, deste modo, se formar a identidade nacional e perpetuar nas obras de arte a história de uma nação. Quais são as suas referências em termos de maestros? O maestro Esa-Pekka Salonen, de quem fui assistente na Orquestra Filarmónica de Los Angeles, continua a ser para mim uma grande referência e um mentor, com quem converso várias vezes, sobre a minha vida e a minha carreira. Ele personifica o que é um diretor musical no século XXI. Mas há mais. Zubin Mehta é, sem dúvida, uma referência muito importante, que se relaciona com a orquestra com uma naturalidade inusual. Não posso esquecer também Marius Jensen, um maestro que em determinado tipo de repertório é uma referência.
Em 2010, em cerimónia que decorreu no CCB, aquando da visita de Bento XVI a Portugal, o Papa disse que «os artistas têm a obrigação de tornar todos os dias um lugar de beleza». São palavras inspiradoras, ainda para mais vindas do Santo Padre? Sem dúvida. Foi uma cerimónia que me tocou muito e jamais esquecerei. Tive um pequeno momento com o Santo Padre, e com o cineasta Manoel de Oliveira, oferecemos-lhe uma escultura. O Papa Bento XVI transmitiu uma mensagem espiritual para os artistas e o seu poder de trazer beleza ao mundo. Noutras intervenções, o Santo Padre realçou o papel muito importante que os artistas têm na sociedade, em retirar as pessoas do seu quotidiano, nem sempre fácil. Ou seja, elevar as pessoas para um plano imediatamente superior, espiritual, bem entendido, independentemente das suas convicções religiosas. Os
Se o mundo dispensasse mais recursos e energia para a cultura e para a expressão e criação de beleza, e tivesse mais momentos de parar para refletir através da arte, acredito que haveria mais paz entre todos nós. A música produzida pelos artistas é construir beleza em comunidade e eu acredito que o ensino e a experiência musical podem ser muito importantes na formação da paz, da pessoa e da relação com o outro, independentemente do que são as nossas convicções. A música é um veículo fundamental de promoção dos valores humanos e também ao nível da reflexão. Se contemplássemos a beleza que o mundo tem através da arte, seria possível ultrapassar muitos problemas. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
Coleção BCP no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco
Almada Negreiros e Eduardo Viana em exposição pós-modernista 6 Almada Negreiros, Amadeo de SouzaCardoso, Eduardo Viana ou António Carneiro são alguns dos nomes que integram a exposição “Pintura Modernista na Coleção Millennium BCP”, que está patente no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco desde o passado dia 12 de dezembro, até dia 10 de abril e que tem entrada gratuita. A mostra reúne 60 obras de 15 artistas modernistas e foi inaugurada com a presença de Nuno Amado, presidente do Millennium BCP, e de Fernando Nogueira, presidente da Fundação BCP. É a primeira vez que a exposição é apresentada fora dos grandes centros urbanos. “A nossa ideia é partilhá-la com o público”, disse Fernando Nogueira. Uma ideia partilhada também por Nuno Amado, o qual referiu a excelência do Centro de Cultura Contemporânea para a acolher.
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À pintura juntam-se ainda desenhos de Almada Negreiros, Bernardo Marques, Júlio e Jorge Barradas, artista que também estará representado por um painel de azulejos vidrados de 1969 e uma réplica de grandes dimensões do painel em cerâmica da década de 1950, que se encontra no palácio Atlântico do Porto. Para Luís Correia, “esta é uma exposição que vem valorizar o caminho que o Centro de Cultura Contemporânea está a fazer. Trata-se de uma mostra com artistas de referência e aquilo que queremos é que por Castelo Branco passem obras e artistas de todo o mundo”. K
Pavimento Inteligente
UBI ganha Open Mind Esegur 6 O projeto Pavimento Inteligente desenvolvido por três alunos de Engenharia Informática e Eletrotécnica da Universidade da Beira Interior (UBI) venceu a segunda edição do prémio Open Mind Esegur 2015, tendo o júri destacado “o excelente potencial de inovação e implementação”. A ideia consiste no desenvolvimento de um novo conceito de pavimento inteligente, ou seja, um pavimento assente numa estrutura elétrica conectada a um dispositivo que permite recolher informação. O prémio consiste em quatro mil euros para os autores, Cristiano Gonçalves Ramos, Rita Cerqueira Pinto e Micael Fer-
nandes Grilo, além de uma bolsa de investigação, no valor de dois mil euros, para o orientador, Pedro Morais Inácio. O prémio Open Mind Esegur visa premiar a inovação e a investigação académica no setor da Segurança em Portugal. Teve como jurados Maria da Glória Morão Lopes, presidente Executiva da ESEGUR, Maria da Conceição Carrapeta, diretora Financeira do Grupo Jerónimo Martins, Paulo Machado, professor na Universidade de Lisboa e investigador em Segurança, Intendente Luís Serafim, do Departamento de Segurança Privada da PSP, e Telmo Vieira, partner da PremiValor Consulting. K
Prémio Branquinho da Fonseca
Aluna da UBI em destaque 6 ‘Tiago, o ColecionadorQuase-Nuvem’ é o título do conto que valeu a Vanessa Martins o primeiro lugar da Secção Infantil do Prémio Branquinho da Fonseca, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian e o jornal Expresso. O trabalho da doutoranda da Universidade da Beira Interior (UBI) tem como principal personagem um “rapaz estouvado, de cabeça no ar e com uma imaginação incrível”. Vanessa Martins, natural do Tortosendo, concelho da Covilhã, criou em torno de Tiago um enredo que foi considerado ágil, pedagógico e exigente, segundo a organização do certame que pretende incentivar o aparecimento de escritores de literatura infantil e juvenil. O menino apercebe-se um dia que todas as pessoas que conhece têm uma coleção, excepto ele. “Aí começa a sua aventura, na tentativa de descobrir — com as pistas que a família lhe vai dando — o que é que faz com que um conjunto de coisas se torne uma coleção até à descoberta da sua coleção ideal. É uma história sobre o amor familiar, sobre as diferenças e a alegria da descoberta”, descreve a autora, que
Reitor está confiante
UBI com maior financiamento
6 A Universidade da Beira Interior (UBI) poderá ter um aumento das transferências do Orçamento Geral do Estado de aproximadamente cinco milhões de euros, caso seja aplicada a fórmula de financiamento do Ensino Superior Público, incluída no documento ‘Modelo de Financiamento do Ensino Superior: Fórmulas e Procedimentos’, na sequência de um estudo realizado por iniciativa do anterior secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes. “Este é de longe o modelo mais trabalhado”, afirma o reitor da UBI, António Fidalgo, que elogia o trabalho por ser inédito na análise que faz do setor e pela definição dos critérios de atribuição de verbas governamentais. “Faz um levantamento dos custos do Ensino Superior português e da sua situação real, e penso que isso é fantástico, porque nunca tinha sido feito um diagnóstico tão aprofundado. Antes de se avançar para um modelo, tem que se conhecer a realidade e é a partir daí que se desenvolve então uma proposta de financiamento que contempla aquilo que se faz em termos de ensino, de investigação
e de qualidade”, explica. O documento, que foi analisado no Conselho Geral, a 30 de outubro, apresenta números atuais e projeto a realidade até 2022. Inclui uma fórmula de financiamento a aplicar faseadamente e que no final garantirá à UBI um aumento de 20 por cento da dotação do Orçamento Geral do Estado, a principal fonte das instituições de Ensino Superior portuguesas. Segundo os dados incluídos no documento, 55 por cento das receitas das universidades e politécnicos têm origem nestas transferências que, de acordo com o que
António Fidalgo tem afirmado, resulta no subfinanciamento da UBI. A dúvida agora reside na implementação de uma proposta emanada pelo anterior responsável pela pasta do Ensino Superior, que cessou funções com a tomada de posse do novo Governo. “Penso que, independentemente do que vier a acontecer em termos políticos, a tutela terá que ter sempre em conta este estudo”, entende o reitor da UBI, lembrando que o estudo foi concertado em diálogo com as universidades de institutos politécnicos. K Rodolfo Pinto Silva _
Prevenção de radicalização nas prisões
UBI com projeto internacional considera esta história um conto para qualquer faixa etária: “Todos os contos infantis se destinam, a meu ver, a todas as idades, dependendo da forma como são contados ou lidos”, afirma. O prémio foi entregue a 13 de novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, instituição que, juntamente com o jornal Expresso, deverá definir a edição do conto infantil. Uma oportunidade desta autora de vários artigos académicos sobre filosofia ver disponível ao público um trabalho de uma área que diz ter surgido como uma “lufada de ar fresco”, admitindo a hipótese de se dedicar agora à literatura. K
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6 A Universidade da Beira Interior (UBI) vai dinamizar nos próximos três anos um projeto de prevenção da radicalização nas prisões, que envolve as administrações penitenciárias de seis países e organizações internacionais do setor. Denominado R2PRIS – Prevenção da Radicalização nas Prisões, abrange, além de Portugal, Bélgica, Noruega, Holanda, Roménia e Turquia. A ação destina-se a preparar profissionais que lidam com a população prisional a perceber fenómenos de radicalização na sua fase inicial – de cariz religioso ou político, entre outros – para combater posteriores comportamentos violentos. Sedeado no laboratório da BSAFE LAB Law Enforcement, Justice and Public Safety, coordenado pelo docente da UBI Nuno Garcia, o projeto tem um financiamento de cerca de 330 mil euros, e terá uma primeira fase de identificação do que é feito internacionalmente ao nível do combate à radicalização “para depois ser acrescentado conhecimento àquilo que já existe”,
explica Pedro das Neves, CEO da IPS - Innovative Prison Systems, um dos parceiros. A sua importância enquadrase no facto de a questão da segurança ser uma prioridade da política europeia, nomeadamente depois dos vários ataques terroristas que tiveram como palco países europeus, a par da perceção que o ambiente prisional propicia o desenvolvimento de atitudes ou convicções radicais nos indivíduos. “Muitos dos atentados que têm ocorrido por esta Europa fora ocorrem ou são provoca-
dos por pessoas que se radicalizaram ainda na prisão”, explica Pedro das Neves, lembrando que “muitas delas estavam identificadas como sendo potenciais radicais”. A comunicação de comportamentos mais extremistas “que já tinham sido previamente percebidos, não passou a outras forças de segurança e, portanto, não se conseguiram prevenir essas situações”, salienta, acrescentando: “O nosso objetivo é exatamente conseguir trabalhar esses temas e evitá-las”. K Rodolfo Pinto Silva _
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Melhores incubadoras da Europa
Minha UBI
6 O Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, Parkurbis, classificou-se em 10.º lugar no Top University Associated Business Incubators, ranking sueco que analisa o desempenho de incubadoras de todo o mundo que estão associadas a universidades, como é o caso deste parques português, que tem como um dos parceiros a Universidade da Beira Interior (UBI). O ranking foi anunciado na cidade italiana de Turim, a 27 de outubro, e significa “uma oportunidade para partilhar e aprender com as metodologias e as práticas dos melhores da Europa”, referem os responsáveis do Parkurbis, em comunicado. “Introduzir melhorias nos serviços prestados aos empreendedores e continuar a trabalhar para o desenvol-
6 A nova plataforma Minha UBI, a mais recente iniciativa da Universidade da Beira Interior, já está online, com o objetivo de gerar um acesso fácil e prático para alunos, funcionários e professores. Trata-se de uma plataforma online simplificada que através de autenticação única com o e-mail e password permite o acesso a um conjunto de aplicações da UBI. “A nossa ideia era ter um portal único onde toda a comunidade académica pudesse entrar e ter acesso a todas as ferramentas de que necessitam para trabalhar e estudar”, refere Paulo Gomes, diretor dos serviços informáticos da UBI. No caso dos alunos as aplicações mais utilizadas são o balcão virtual e o Moodle e, no caso dos funcionários, existem aplicações de gestão e adminis-
Parkurbis na lista
vimento económico do território são alguns dos objetivos que o Parkurbis vai continuar a trilhar”, referem. Além do Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, a BLC3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro classificou-se em nono lugar. A
A nova plataforma
BLC3 é uma incubadora de Oliveira do Hospital, do distrito de Coimbra, dinamizada pela autarquia e associada também a instituições de Ensino Superior. Entre os sócios fundadores está a Escola Superior de Tecnologia e Gestão instalada no município.K Rodolfo Pinto Silva _
Na UBI
Doutora com nota 20 6 Rita Palmeira de Oliveira, docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de defender a sua tese de doutoramento em Ciências Farmacêuticas, tendo obtido a classificação de 20 valores, no âmbito da qual desenvolveu uma nova proposta de tratamento de infeções femininas. O trabalho da investigadora está associado à LabFit, uma das mais promissoras spinoffs do UBImedical, a LabFit, que a nova doutora administra juntamente com Ana Palmeira de Oliveira. A empresa tem sede no UBImedical e está a apostar em várias novidades sobretudo destinadas às indústrias farmacêutica e cosmética. “Vaginal Drug Delivery Systems: Development of Novel Approaches for the Treatment of Vaginal Infections” é o título da tese, que se reveste de uma forte aplicabilidade científica e empresarial. Trata-se de “uma
nova abordagem no desenvolvimento de formulações vaginais inovadoras para o tratamento de infeções femininas altamente prevalentes: a candidose vulvovaginal e a bacteriose vaginal, com especial enfoque no estudo de uma formulação probiótica destinada a promover a recuperação da flora vaginal e evitar recorrências”. A aplicação prática deste desenvolvimento é uma componente das várias áreas de trabalho da LabFit, que contempla ainda ensaios microbiológicos, caracterização química, caracterização de formulação, ensaios de segurança/toxicidade e caracterização de probióticos. Esta spinoff que emprega já quadros superiores da UBI é especializada na prestação de serviços de excelência ao nível do controlo de qualidade e caracterização de produtos de saúde bem como na sua investigação e desenvolvimento (I&D). O trabalho de investigação
agora terminado corresponde à segunda tese de Ciências Farmacêuticas apresentada até ao momento na UBI. Foi arguido em provas públicas por Carla Caramella, catedrática de Tecnologia Farmacêutica da Universidade de Pavia, por Secondo Guaschino, catedrático de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de Trieste e por Sérgio Simões, professor associado com agregação da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Fizeram ainda parte dos elementos do júri José Manuel Calheiros, catedrático da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, Ana Paula Duarte, catedrática da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e Maria Helena Amaral, professora auxiliar da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. O trabalho foi orientado por Luiza Breitenfeld Granadeiro, professora auxiliar da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI e por Maria Helena Amaral. K
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Rita Ruivo Psicóloga Clínica (Novas Terapias)
Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)
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“Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.” José Saramago, “Jangada de Pedra”
tração académica. Existe ainda uma área reservada da UBI, na qual funcionários e alunos podem consultar documentos internos “que são do interesse da comunidade”. Apesar de ainda estar em desenvolvimento o objetivo é que “a curto prazo seja uma aplicação onde se faça login uma vez e se tenha acesso a todas as funcionalidades disponíveis na universidade”, referiu Paulo Gomes. K Sandra Azevedo _
Cooperação
UBI assina com Celtejo 6 A Celtejo assinou um protocolo de cooperação com a UBI a 23 outubro, ao abrigo do qual a empresa de celulose irá proporcionar estágios a alunos finalistas. A UBI terá dois bolseiros de doutoramento que trabalharão de acordo com temáticas prioritárias definidas pela Celtejo dentro da área da Celulose,
Papel e Ambiente. A Celtejo proporcionará à UBI, a título de mecenato, um montante anual que será usado preferencialmente para a manutenção de equipamentos do Laboratório, que passará a designar-se Laboratório Celtejo, além do patrocínio à investigação dos dois Bolseiros. K
Final Eureka
Sofia Oliveira vence 6 Sofia Oliveira, da Universidade do Porto, é a vencedora do Concurso Nacional de Ciência, que decorreu a 7 de novembro no grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (UBI) e contou com 23 finalistas. A aluna do mestrado em Ecologia, Ambiente e Território recebeu um prémio no valor de dois mil euros. O segundo prémio, de 1000 euros, foi para Bruno
Rodrigues, do mestrado em Engenharia Física da Universidade de Lisboa, enquanto o terceiro, no valor de 500 euros, foi para Renato Abreu, da Universidade Aberta, doutorando em Educação no ramo Educação à Distância e Elearning. Foi ainda atribuído um prémio do público a Jéssica Guerra, da licenciatura em Psicologia da Universidade da Beira Interior, no valor de 50 euros. K
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Salvar o interior do País
Novo campus de Campolide
Nova fica mais nova 6 A Universidade Nova de Lisboa acaba de apresentar o projeto de requalificação do Campus decorrente da saída da Faculdade de Economia para Carcavelos, prevista para 2017, e da instalação, em Campolide, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, num novo edifício a construir de raiz. “O novo campus de Campolide é, sem sombra de dúvida, projeto estruturante para o presente e para o futuro da Universidade e enquadra-se também na estratégia de internacionalização da Nova, que temos vindo a apostar. Será uma nova Cidade Universitária que se abre à Cidade de Lisboa”, explica António Rendas, reitor da Universidade Nova de Lisboa. O objetivo do projeto de requalificação, da autoria da arquiteta Teresa Nunes da Ponte, visa dar uma nova vida ao Campus de Campolide, dinamizá-lo, hu-
manizá-lo e, simultaneamente, redistribuir as áreas atualmente afetas à Faculdade de Economia, no Antigo Colégio dos Jesuítas. Haverá percursos arborizados para passeios, um relvado central e nos pátios do Antigo Colégio dos Jesuítas haverá esplanadas, áreas de estudo e zonas de lazer protegidas por sombras. Serão ainda criados espaços de ligação entre os diversos edifício que vão funcionar como zonas de encontro e de estada que contribuem para o convívio e descanso seguindo uma tendência cada vez mais comum nos Campus universitários a nível internacional. Prevê-se que no final de 2016 estejam prontos os projetos de execução de arquitetura e de arquitetura Paisagista, necessários para o lançamento do concurso público para a execução da obra que dará vida ao novo campus da universidade. K
Universidade Europeia estuda
Turismo na Beira Baixa 6 A Escola de Turismo, Desporto e Hospitalidade da Universidade Europeia quer reinventar o turismo ferroviário e a região da Beira Baixa através de projetos de empreendedorismo e inovação concebidos pelos seus estudantes. A primeira edição do Tourism Train Experiences arrancou a 11 de novembro, com uma conferência no auditório do Campus de Lisboa, e culminará na Bolsa de Turismo de Lisboa, em Março de 2016. Esta incubadora de ideias nasce com o objetivo promover e valorizar o comboio como meio de transporte turístico de excelência e as regiões adjacentes da Beira Baixa. Acredita a Universidade Europeia que os seus estudantes da Escola de Turismo, Desporto e Hospitalidade podem dar um contributo valio-
so para o seu reposicionamento e relançamento através de projectos empreendedores. Um dos pontos altos desta iniciativa terá lugar nos dias 18 e 19 de dezembro, com a realização de uma viagem a bordo do Tourism Train, um comboio personalizado pela CP – Comboios de Portugal, no qual será realizada a apresentação e seleção dos projetos desenvolvidos pelos alunos da Escola de Turismo, Desporto de Hospitalidade da Universidade Europeia. Este comboio levará estudantes e docentes da Universidade Europeia até aos territórios das várias “marcas-destino” envolvidas, onde serão apresentadas ideias e estratégias para a maximização da sua atratividade turística. K
6 “Ou fechamos o interior ou o salvamos. Nós queremos salválo. Nenhuma fórmula de financiamento o poderá fechar”, disse Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora, na sessão de abertura do Dia da Universidade de Évora que teve lugar no passado dia um de Novembro. Ana Costa Freitas referiu que as instituições do ensino superior, especialmente as do interior do país, estão “conscientes do desafio” que é constantemente colocado a elas. Considera que, em termos gerais, o financiamento tem sido limitado, mas que às do interior do país o financiamento tem sido “de forma mais acentuada. Somos todos iguais, mas há uns mais iguais que outros”, disse a Reitora. Para a dirigente da Universidade de Évora, “uma qualquer fórmula de financiamento, mesmo que muito ponderada, muito pensada e muito discutida, nunca será capaz de responder de forma equitativa a instituições com características tão diferentes”. Assim, sublinhou que é necessário “garantir a sustentabilidade” das instituições do ensino superior do interior do país, e que esse papel também cabe ao “governo do país”. Ana Costa Freitas sublinhou que tudo fará para “continuar a debater o valor do arco do interior para o crescimento e a melhoria da competitividade do país no seu todo”. Neste âmbito, frisou ainda que continuará a defender um “financiamento plurianual”. Segundo a reitora, “funcionar com orçamentos
anuais, em instituições que funcionam por anos letivos, é difícil, desequilibrado e conduz a uma gestão com sobressaltos que podia e deveria ser evitada”. Por isso, espera “firmemente que o desenvolvimento e a aposta no conhecimento como factor essencial para o desenvolvimento e para o desenvolvimento regional seja um caminho sem retrocesso”. Durante o seu discurso, a reitora abordou a questão do Plano Estratégico da Universidade, onde sublinhou que ele se enquadra “por um lado, no conhecimento do que somos e do que queremos ser, tendo em conta os valores em que nos alicerçamos, a missão de serviço público que nos é intrínseca e a visão que nos assiste, e que sempre nos norteia na tomada das grandes opções; por outro lado incorpora as prioridades explicitadas no PO do Alentejo e na EREI do Alentejo no Portugal 2020 e em linha com os pilares do programa Horizonte 2020”. Ana Costa Freitas salientou que
para a elaboração do Plano Estratégico, a instituição teve sempre presente “a realidade nacional, na qual nos inserimos como instituição pública, bem como os padrões internacionais de qualidade que incorporámos e pelos quais nos pautamos como Instituição de Ensino Superior que somos, cientes de que o Ensino e a Investigação só poderão exponenciar a sua qualidade se integrados em redes e estruturas internacionais, colhendo por essa via reconhecimento internacional”. Refira-se que o Plano identifica quatro vetores de ação fundamentais: a estruturação de áreas âncora; a internacionalização; a sustentabilidade económica e financeira; o modelo educativo. “Os quatro vectores de ação cruzam os três pilares em que assenta uma instituição de ensino superior: o ensino, a investigação e a transferência de conhecimento”, frisou a reitora. K Noémi Marujo _
Novas revelações sobre o hidrogénio
Coimbra inova na Física
6 Uma equipa de físicos da Universidade de Coimbra (UC), de Berlim, Inglaterra e do Texas, demonstrou que os muões podem ser usados para obter informações particulares sobre o hidrogénio, impossíveis de conseguir por outros métodos. O estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e por fundos europeus, e distinguido pelos editores da revista científica Physical Review B, permitiu uma “rara demonstração experimental de que a configuração química do muão e a do hidrogénio nos materiais é a mesma, o que possibilita um avanço substancial na compreensão do papel do hidrogénio”, afirma Rui Vilão, coordenador da equipa lusa. Em linguagem simples, “podemos dizer que o muão funciona
como um sósia ou como o duplo de um filme. Mas enquanto no cinema o duplo substitui o ator principal, o muão não cumpre essa missão. Serve unicamente para estudar as características “secretas” do protagonista do filme”. Além de afirmar esta nova técnica junto da comunidade científica, os resultados obtidos nas experiências realizadas no feixe
de iões inglês assumem particular relevância para “a física de semicondutores. Este tipo de materiais constitui a base de imensas aplicações de grande importância (díodos, transístores, LEDs, células solares ou lasers, entre muitos outros), e caracteriza-se pela extraordinária sensibilidade das propriedades à presença de impurezas”, sublinha Rui Vilão. Ora, o “hidrogénio conta-se entre as impurezas mais comuns e por isso entre as de maior relevância (o prémio Nobel da Física de 2014 destacou trabalhos nesta área). A espectroscopia do muão positivo (de que a equipa de Coimbra é pioneira em Portugal) permite obter informação microscópica detalhada sobre o hidrogénio, de outra forma inacessível”, conclui. K
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UBI
Robôs na saúde e indústria
UTAD antecipa futuro
6 Estudar robôs do futuro (exoesqueletos) que podem auxiliar, por exemplo, na locomoção de pessoas com problemas de saúde ou ser utilizados para fins industriais ou militares são projetos conjuntos do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e do Laboratório de Biomecânica Desportiva (LBD), da Universidade Politécnica de Madrid. “Estamos a validar a aplicação de exosqueletos à locomoção bípede humana”, explica o investigador do CITAB, Ronaldo Gabriel. “Os exoesqueletos vão permitir que pessoas que atualmente possuem grandes dificuldades de locomoção em espaços naturais, possam vir a ultrapassar esses problemas e, assim, poderem usufruir do aumento dos benefícios de uma prática de atividade física em ambiente natural, comparativamente à prática indoor”, acrescenta. De acordo com aquele responsável, “a indústria cinematográfica tem-nos mostrado robôs que aumentam exponencialmente as capacidades dos atores, praticamente transformados em superheróis. Na realidade, os exoesqueletos são utilizados para aumentar
6 Um grupo de 10 alunos e um professor do Colégio João Paulo I de Porto Alegre, na região de Rio Grande do Sul, Brasil, esteve na Universidade da Beira Interior entre os dias 8 e 13 novembro. Conhecer a UBI para prosseguimento dos estudos superiores foi o principal objetivo. Durante os cinco dias, o grupo esteve em contacto com as faculdades da UBI e interagiu em várias atividades preparadas para o efeito, como uma palestra sobre
a força e a resistência das pessoas saudáveis e como forma de compensação de capacidades e integração de pessoas com incapacidades, em contexto de trabalho”. O trabalho enquadra-se na tese de doutoramento de María Gómez, que escolheu os investigadores do CITAB, Ronaldo Gabriel e Helena Moreira, e o Laboratório de Biomecânica, Composição Corporal e Saúde da (Utad), para
desenvolver parte da tese de doutoramento. Para além da conclusão do doutoramento e da publicação de um artigo conjunto no primeiro trimestre de 2016, está previsto o alargamento da interação entre os laboratórios dos centros de investigação das duas instituições, através de intercâmbio de investigadores e de alunos de pós-graduação. K
Valorizar todos os resíduos da azeitona
Minho até quer fazer pão
6 O Centro para a Valorização de Resíduos (CVR) da Universidade do Minho está a desenvolver um projeto de dois anos que visa reaproveitar todos os resíduos da indústria de produção do azeite, no âmbito do consórcio europeu EcoPROLIVE. Algumas inovações são a redução significativa de águas contaminadas e a extração de óleos essenciais para uso alimentar, como o fabrico de pão. O consórcio junta nove instituições de quatro países e conta com 2,4 milhões de euros, sendo 1,9 milhões financiados pelo Programa Horizonte 2020. A equipa está a criar um sistema inovador para explorar todos os resíduos da azeitona que tenham elevado valor, os quais serão integrados em produtos originais e saudáveis. As tecnologias aplicadas incluem, por exemplo, o uso de pulsos elétricos sobre o “bolo” das azeitonas descaroçadas e semi-esmagadas, permitindo uma extração melhor do azeite, com menor produção de águas residuais. Por outro lado, o bagaço de
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Rio Grande do Sul visita Covilhã reabilitação na Faculdade de Engenharia. O grupo visitou também a televisão universitária e a Faculdade de Ciências da Saúde. O Colégio João Paulo I é uma das escolas de ensino médio brasileira protocoladas com a UBI, cujos alunos beneficiam de condições especiais no acesso às residências da UBI, caso venham a ingressar na instituição. Em contrapartida, o colégio João Paulo I é ponto de informação/ divulgação da UBI em Porto Alegre e na região. K
Acordo assinado
Convento de Cristo investiga com a UBI 6 A Universidade da Beira Interior e o Convento de Cristo, em Tomar, acabam de assinar um protocolo de colaboração com o objetivo de desenvolver projetos de investigação científica na área da arquitetura e engenharia civil, organizar seminários, colóquios, conferências e exposições, bem como estágios e cursos. Na cerimónia de assinatura
do protocolo o Reitor da UBI, António Fidalgo, salientou que “o Departamento de Engenharia Civil e Arquitetura da UBI assumiu a colaboração com o Convento de Cristo, obra de referência histórica em Portugal, como uma honra e privilégio académico. Será, com certeza, uma maisvalia para os nossos alunos e investigadores da UBI”.K
Mais alunos
Bolsas +Superior duplicam na UBI azeitona, constituído por restos de polpa, de caroço e cascas, será alvo de extração com fluídos supercríticos (dióxido de carbono), para dali se retirar os óleos essenciais, os quais serão utilizados em alimentos, como o pão biológico. O projeto pretende ser ecossustentável, seguro e atingir os “zero resíduos”, o que o distingue das atuais abordagens, nota a investi-
gadora Joana Carvalho, do CVR. O projeto conta com nove instituições parceiras, designadamente as empresas Isanatur, Contactica e a Ingenieria para el Desarrollo Tecnologico (Espanha), a Universidade de Saragoça, a Universidade Autónoma de Madrid, a Universidade de Bolonha (Itália), a Prometeo (Itália) e a Evangelos Mihopoulos (Grécia). K
6 As 78 bolsas +Superior inicialmente previstas para estudantes da UBI vão ser, afinal, 181. O aumento deve-se ao facto de as restantes Instituições de Ensino Superior situadas no Interior Centro não terem recebido candidatos suficientes para as 78 bolsas que lhe estavam igualmente atribuídas, revertendo as sobras para os alunos colocados na UBI, única instituição em que o número de candidatos ultrapassou
o número de bolsas disponíveis. Para a obtenção destas bolsas, o candidato tinha necessariamente de ter sido colocado pela primeira vez através do concurso nacional do ensino superior este ano e ser oriundo de uma região de alta densidade populacional. As bolsas atribuídas pela Direção-Geral do Ensino Superior têm um valor de 1500 euros e são renováveis até ao final dos estudos desde que o aluno obtenha aprovação. K
Filmes de Turismo
IPLeiria ganha prémios internacionais
IPLeiria e o Lions
Mais bolsas de estudo 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e o Lions Clube Leiria acabam de assinar um protocolo de cooperação para a atribuição de bolsas de estudo a estudantes daquela instituição, matriculados e inscritos no ano letivo em causa. As bolsas de estudo ‘Lions Clube Leiria’ destinam-se a estudantes matriculados em cursos conducentes ao grau de licenciatura e/ou mestrado. “As novas bolsas de estudo podem ajudar alguns dos nossos estudantes a não desistir do ensino superior por questões financeiras, referiu Nuno Mangas, presidente do IPLeiria, que agradeceu ao Lions
Clube Leiria “pela iniciativa e pelo apoio que vão potenciar aos estudantes do nosso instituto, que se vem juntar aos já diversos apoios que o próprio IPLeiria disponibiliza, que visam combater o abandono dos estudos e colmatar dificuldades financeiras dos nossos estudantes”. O número de bolsas de estudo a atribuir e o seu valor será definido anualmente pela direção do Lions Clube Leiria, e são integralmente suportadas pela organização. Os estudantes são selecionados pelos Serviços de Ação Social do IPLeiria, de acordo com o seu percurso escolar e grau de carência. K
6 A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria arrebatou dois primeiros prémios na oitava edição do International Tourism Film Festival. Os documentários ‘Fishtour - Uma experiência única na rota da sardinha’, e ‘Lagoa de Óbidos – Living Heritage’, foram os premiados nas categorias ‘Vida humana’ e ‘Pessoas e lugares’, na competição nacional do Fertival, um dos mais prestigiados festivais a nível mundial entre os seus congéneres, que distingue as melhores produções audiovisuais relacionadas com o turismo de todo o mundo. Os filmes vencedores foram realizados no âmbito de projetos de investigação desenvolvidos pelas unidades de investigação da ESTM, o Grupo de Investigação em Turismo e do Centro de Ciência do Mar e do Ambiente, que competiram com 68 filmes nacionais. Cada filme inscrito foi submetido a vários processos de seleção, pelos diferentes membros de um júri internacional, da Europa, Ásia e América do Sul, e avaliado de forma independente em seis critérios, da temática à produção. “É ótimo poder trazer duas distinções para casa. O facto de ser neste festival ainda é mais
significativo porque ambos os projetos ganham uma projeção internacional muito relevante, provavelmente impulsionando o turismo local”, considera Rui Pedrosa, vice-presidente do IPLeiria. “Além de distinguir as melhores produções de cinema de turismo, o ART&TUR é também um importante fórum de partilha de experiência entre promotores
turísticos, artistas, investigadores, professores e estudantes, com impacto direto e mensurável na qualidade e na competitividade do turismo nacional, promovendo sinergias promocionais que contribuem para que Portugal seja cada vez mais uma referência a nível mundial no que toca ao turismo”, conclui aquele responsável. K
Câmara dos Solicitadores IPLeiria destaca-se nas tecnologias
Guiné aprende em Leiria 6 O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria recebeu, em outubro, a visita da Associação Guineense de Reabilitação e Integração dos Cegos (AGRICE), no âmbito do projeto “Acesso de deficientes visuais, comunidade educativa e organizações da sociedade civil a recursos para a educação inclusiva”. O Centro do Politécnico de Leiria foi escolhido “para integrar esta visita da associação guineense, pelo trabalho desenvolvido na área das tecnologias da informação e da comunicação, dos recursos para a educação e acesso à informação pelas pessoas com
necessidades especiais, ao nível nacional e internacional”», explica Célia Sousa, responsável pelo Centro. O projeto no âmbito do qual decorreu a visita foi assinado em maio deste ano entre a União Europeia e a República da Guiné-Bissau, prevê que os professores guineenses tenham contacto com os equipamentos do CRID e recebam formação acerca da sua utilização e da construção de diferentes materiais, nomeadamente livros em braille e imagens em relevo. Com uma duração de três anos, conta com um financiamento de cerca de 540 mil euros, dos quais 90% são mobilizados pela União Europeia e 10% pela AGRICE. K
Aluna de Leiria é a melhor estagiária 6 Marlene Santos concluiu o exame nacional do estágio na Câmara dos Solicitadores com a média final de 17 valores, a melhor classificação de solicitadores estagiários a nível nacional. A estudante da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, que obteve a média mais elevada da ordem profissional, 17 valores, quer do Conselho Regional do Norte, quer do Conselho Regional do Sul, está atualmente a trabalhar num escritório em Pombal. “Além do mérito da estudante, que está de parabéns, este resultado poderá estar também relacionado com o semelhante nível de exigência das instituições, já que os docentes da ESTG já foram formadores desta ordem
profissional”, considera Susana Almeida, coordenadora do curso de Solicitadoria da Escola, adiantando que se mantém “o projeto – que queremos se torne realidade a curto prazo - de colaboração interinstitucional, entre a Câmara dos Solicitadores e a ESTG, que
traz inúmeros benefícios à formação dos estudantes, aproximando-os cada vez mais da realidade do mercado de trabalho”. Marlene Santos ingressou no curso de licenciatura de Solicitadoria na ESTG de Leiria no ano letivo de 2010/2011. Com o objetivo de continuar a sua formação académica, a estudante ingressou no mestrado em Solicitadoria de Empresa na ESTG e encontra-se a concluir a dissertação da tese de mestrado. Além da experiência profissional, a estudante dedicase à leitura e ao voluntariado em centros de acolhimento e em lares de idosos. Relativamente ao futuro, Marlene Santos ambiciona abrir um escritório e prestar serviços de solicitadoria. K
NOVEMBRO 2015 /// 09
De 19 a 21 de novembro
Beja debate educação especial Politécnico de Viseu
20 anos de ADIV 6 A Associação para o Desenvolvimento e Investigação de Viseu (ADIV), localizada no Campus Politécnico de Viseu, comemora em 2015 o seu 20º aniversário, mantendo como objetivo central o exercício da atividade de investigação e desenvolvimento em todos os domínios de interesse do Instituto Politécnico de Viseu e das suas escolas integradas e visa constituir-se como estrutura de interface entre o Politécnico de Viseu e a realidade socioeconómica envolvente. A associação surgiu em finais de 1995, mais concretamente em
6 de novembro (data da sua constituição legal), tendo como sócios fundadores o Instituto Politécnico de Viseu e as suas escolas integradas: Escola Superior de Educação de Viseu, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu e Escola Superior Agrária de Viseu. Desde então reparte a sua atividade pelos domínios da formação profissional, organização de colóquios, seminários e congressos, realização de estudos e projetos, publicação de trabalhos científicos e, mais recentemente, na área do empreendedorismo. Embora a atividade formativa
seja a vertente mais conhecida da ADIV, presta ainda serviços ao exterior, onde a instituição viseense conta já com um Know-how significativo, nomeadamente na realização de estudos e projetos na área das engenharias, gestão e saúde. O empreendedorismo é o seu projeto mais recente, encontrando-se neste momento a dinamizar a Incubadora de Empresas IPV/ADIV e representando o Politécnico de Viseu na Rede Regional de Empreendedorismo Viseu Dão-Lafões, como agente de suporte. K Joaquim Amaral _
Indústria Automóvel
Setúbal com novo laboratório 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) acaba de inaugurar o Laboratório de Mobilidade, com uma cerimónia em que estiveram mais de 100 pessoas, da comunidade académica e ligadas ao setor automóvel, para conhecerem o espaço e realizarem test-drive em veículos elétricos e/ou híbridos da Audi, BMW, Volkswagen, Toyota, Lexus e Nissan. O laboratório surge também no âmbito da pós-graduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos, lecionada pela primeira vez em 2014, numa parceria entre a Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS, a Volkswagen AutoEuropa e o Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel. Na sessão de inauguração, Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, sublinhou a pertinência do novo espaço de investigação “para desenvolver projetos conjuntos e encontrar soluções inovadoras ao nível da mobilidade suave”, sem esquecer que o laboratório deve “servir os interesses pedagógicos dos estudantes, aproveitar a investigação dos docentes e outras entidades e ser aproveitado pelas empresas que estão no mercado”. O Presidente
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6 A equipa docente do curso de Mestrado em Educação Especial em colaboração com os alunos do curso do Instituto Politécnico de Beja, realiza, de 19 a 21 de novembro, o Encontro em Educação Especial – “Roteiros para uma educação inclusiva”. Este encontro reúne especialistas na área da Educação Especial e Educação Inclusiva. De acordo com a organização o encontro pretende “fazer um balanço dos serviços de Educação Especial nos últimos 40 anos; refletir sobre a formação de educadores e professores de Educação Especial; perspetivar o contributo da educação especial para a criação de ambientes acolhedores das diferenças individuais; analisar diferentes abordagens ao serviço da inclusão das crianças e jovens com dificuldades intelectuais e moto-
ras; conhecer histórias de vida de crianças, jovens e adultos com dificuldades intelectuais e motoras; apresentar resultados da investigação produzida no domínio da Educação Especial, nesta e noutras instituições; e projetar modelos educacionais mais inclusivos e com forte impacto comunitário. Encontro é acreditado pelo Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua de Professores. K
Eco-Mostra
Bandeira verde para ESA de Beja 6 No âmbito da participação da Escola Superior Agrária (ESA), na Eco-Mostra que decorreu no passado dia 14 de outubro em Torres Vedras, a ESA do IPBeja recebeu a sua 1ª Bandeira Verde. Em nota informativa o Politécnico de Bjea considera que ESA se tornou parte integrante daquela
que é a maior rede mundial de escolas, professores e alunos. Nesse sentido “terá lugar no próximo dia 24 de novembro, pelas 14H30, uma Conferência subordinada ao tema Alterações Climáticas, proferida por Luís Coentro, estando o hastear da bandeira marcado para as 16 horas. K
Politécnico de Tomar
Alunas da ESTA apresentam filme
do IPS frisou, ainda, que “a colaboração entre as empresas e os docentes, com a utilização do laboratório, torna-se crucial para aumentar a qualificação dos recursos humanos que formamos, bem como a competitividade das empresas através de projetos em parceria”. Para além do laboratório, de acordo com o diretor da Escola Superior de Tecnologia, Nuno Pereira, a instituição disponibiliza
na área da mobilidade sustentável “um conjunto de formações como o TESP em Veículos Elétricos, a licenciatura em Engenharia Mecânica, com o ramo automóvel, a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e uma pós-graduação”, revelando que existe a possibilidade de desenvolver também um mestrado “criando-se assim uma fileira emergente, dando resposta à procura do mercado”. K
6 As alunas finalistas da licenciatura em Vídeo e Cinema Documental da Escola Superior de Tecnologia de Tomar (ESTA) Maria Duarte, Diana Ricardo e Sandra Carneiro, realizaram um filme em Projeto Final intitulado Sur Les Pointes que foi exibido nos dias 12 e 13 de novembro, numa das sessões do Encontro de Escolas de Cinema Europeias que decorre no âmbito do Lisbon & Estoril Film Festival. Em nota informativa, a escola revela que “este Encontro revela-se como uma das secções mais importantes do evento, permitindo a descoberta de novos criadores e a discussão das diferentes visões e formas de
ensino nesta área”. A ESTA tem marcado presença regular nesse Encontro, desde o primeiro ano de funcionamento da licenciatura em Vídeo e Cinema Documental, tendo sido contemplada com vários prémios. Contando com a presença de alunos e professores das maiores escolas de cinema da Europa, cada escola apresentou os seus trabalhos mais representativos, seguindo-se a discussão e avaliação dos trabalhos por um júri internacional composto por grandes personalidades do cinema e das artes. Esta é uma iniciativa do LEFFEST que promove um importante e contínuo estímulo para a criação cinematográfica. K
Psicologia do Desporto
Jornadas no IPG 6 As XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto decorreram no Instituto Politécnico da Guarda nos dias 6 e 7 de novembro. As Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto são o evento mais importante de psicologia do desporto de Portugal. Este ano, as mais recentes novidades na investigação e na intervenção vão ser apresentadas e discutidas em intenso convívio
científico. Este evento caracteriza-se por ter a participação de académicos das escolas que estudam a psicologia do desporto, representativas de todo o país. Estas Jornadas constituíram um momento de encontro e salutar convívio de todos os que se interessam pela Psicologia do Desporto: investigadores, técnicos de desporto e de exercício físico, professores, desportistas, estudantes e psicólogos. K
Olympia UK Amateur 2015
Super aluno 6 Eduardo Fonseca, aluno do curso de Desporto do Instituto Politécnico da Guarda, conquistou o segundo lugar, na categoria 1,78, no campeonato internacio-
nal Olympia UK Amateur 2015. Este campeonato de culturismo está decorreu em Liverpool (Reino Unido) entre 31 de outubro e 3 de novembro. K
Guarda
Passagem de ano 6 A tradicional Passagem de Ano Académica, na Guarda, vai realizar-se no próximo dia 17 de dezembro. Esta iniciativa é promovida pelo Instituto Politécnico da Guarda e Associação Académica da Guarda. Trata-se de “um acontecimenPublicidade
to deslocalizado no tempo que permite que os estudantes possam ter o seu réveillon em conjunto”. É uma iniciativa única em Portugal, aberta ao público em geral, e que é já um cartaz da cidade da Guarda. K
Universidade da Macedónia distingue
Constantino Rei é professor Honoris Causa
6 A University of Tourism and Management de Skopje (UTMS), República da Macedónia, atribuiu ao presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, o título honorífico de Professor Honoris Causa. A distinção, que lhe foi entregue esta semana - em Skopje – no decorrer da cerimónia de atribuição de diplomas a alunos de licenciatura e mestrado daquela universidade, foi decidida pelo Senado da University of Tourism and Management de Skopje; sessão solene onde estiveram numerosos convidados daquele país e também do estrangeiro, que foram recebidos pelo Reitor Ace Milenkovski. Constantino Rei disse que “foi com alguma surpresa que um dia antes” ficou a saber que o Senado da UTMS lhe tinha atribuído este título. “Mais do que uma
distinção pessoal é sobretudo um reconhecimento institucional, como forma de assinalar o relacionamento, o apoio e colaboração que pode ser gerada entre duas instituições”. O Presidente do IPG acrescentou, num breve comentario feito
a propósito desta distinção, que ela foi “atribuída ao Politécnico da Guarda no seu todo e não ao presidente em particular”, realçando as relações existentes com aquela universidade da Macedónia e o projeto conjunto que tem sido desenvolvido. K
IPG
Desporto integrado na Guarda
6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) organizou, no passado dia 28 de Outubro, o I encontro do Desporto integrado. O evento reuniu mais de 200 participantes, utentes de nove instituições de solidariedade social da região da Guarda e um número significativo de alunos do curso de Desporto do IPG. O principal objetivo da iniciativa foi proporcionar aos intervenientes as experiências e conhecimentos adquiridos recentemente em Itália por uma delegação de 21 elementos, constituídos por docentes e alunos do IPG, técnicos e utentes de instituições do distrito da Guarda. De referir que no passado mês de Maio, a referida delegação, coordenada por Carolina Vila-Chã, docente do IPG, representou Portugal no Dia Europeu do Desporto Integrado, Projeto EDIS, financiado pela União Europeia. As atividades realizadas no âmbito do I Encontro decorreram durante a parte da manhã e compreenderam as modalidades de desporto integrado de karaté, dança e futebol. Os participantes mostraram um elevado interesse e um espírito de cooperação entre todos.
O período da tarde foi iniciado com uma sessão de dança integrada, dinamizada pela CERCIG, que entusiasmou a vasta assistência presente no Auditório dos Serviços Centrais do IPG. Procedeu-se depois à assinatura de um protocolo estabelecido entre o IPG e Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD). Seguidamente, Mário Lopes, presidente da FPDD proferiu uma palestra sobre o papel central do desporto a verdadeira integração social das pessoas com deficiência. Aproveitando o facto da sua vasta experiência como jogador da seleção nacional de Goalball, o orador orientou um workshop sobre a modalidade.
Esta ação de formação destinou-se sobretudo a alunos do curso de Desporto do IPG e técnicos das instituições. Na sua intervenção, Mário Lopes, realçou a importância do protocolo assinado, por proporcionar um estreitamento das relações entre a FPDD e o IPG, bem como o papel que este Instituto pode desenvolver na divulgação e investigação aplicada quer ao desporto adaptado, quer ao desporto integrado. O presidente do IPG, Constantino Rei, salientou o elevado interesse do evento que facilita a interação entre esta instituição de Ensino Superior e a comunidade destacando o papel que, nesta iniciativa, tem sido desempenhada pelo curso de Desporto. K
NOVEMBRO 2015 /// 011
Ex-Presidente da República
Sampaio critica desertificação
6 As palavras não poderiam ser mais claras. Jorge Sampaio, que entre 1996 e 2006 exerceu as funções de Presidente da República Portuguesa, considera que “não há portugueses dispensáveis”. O antigo Chefe de Estado falava, em Castelo Branco, durante a sessão solene do 35ª aniversário do Instituto Politécnico albicastrense, no passado dia 4 de novembro. “Há que pensar em soluções que estanquem esta fuga de cérebros”, disse. Jorge Sampaio considera que o país “não pode investir na qualificação dos portugueses e assistir à sua emigração”. De uma forma contundente e objetiva, o antigo Chefe de Estado considera que a questão do êxodo dos diplomados portugueses é um desafio que se coloca ao pais. Com o ensino superior na agenda, Jorge Sampaio falou na necessidade de se cumprir a meta de no ano 2020, 40 por cento da população portuguesa ter uma qualificação superior. “Estamos a cinco anos e o que verificamos é que a percentagem atual é de pou-
co mais de 20 por cento”, disse. No entender do ex-Presidente da República, “a crise económica, o aumento da taxa de desemprego de jovens com ensino superior, fazem com que os jovens não
Aniversário do IPCB
Premiar o mérito
6 Nos 35 anos do Instituto Politécnico de Castelo Branco, a instituição decidiu homenagear os presidentes de Câmara de Castelo Branco e Idanha-a-Nova que exerceram e exercem funções, desde a criação do Politécnico, os antigos governadores civis e os anteriores presidentes da instituição. O IPCB foi também homenageado pelo jornal Ensino Magazine, com uma salva, pelo contributo prestado à região e ao país. Na mesma cerimónia foram homenageados os melhores alunos do IPCB com bolsas de mérito, tendo sido também entregues os prémios do Concurso Poliempreende, os quais foram entregues pelo Banco Santander, pela Câmara de Castelo Branco, Junta de Freguesia de Castelo Branco, Câmara de Idanha-a-Nova, Pedro Agapito Seguros, Delphi, Royal Canin e pelo jornal Ensino Magazine. Os funcionários com 25 anos de serviço foram homenageados com uma medalha criada pelo docente José Simão, tendo ainda sido atribuído o prémio ao docente que mais contribuiu para o repositório científico da instituição. K
012 /// NOVEMBRO 2015
vejam como garante a empregabilidade”. Coloca-se, por isso, mais um desafio, “como encarar o ensino superior com a empregabilidade?”, questiona. Algo que poderá também ter resposta na
revalorização do papel do ensino superior, numa altura em que há um desinvestimento das famílias nesta área. Jorge Sampaio diz que “mudar perceções e representações sociais é um processo lento”.
O ex-Presidente da República foi claro quanto à importância da educação no país. “Portugal não tem estudantes a mais, nem tem diplomados a mais, pelo contrário”, referiu, acrescentando que “não há tarefa mais importante que a educação”. Na sua intervenção, que teve como tema “Uma agenda de mudança: desafios e oportunidades”, Jorge Sampaio criticou a desertificação do interior do país, acusando o Estado de promover essa desertificação “ao fechar escolas e serviços. Fazia bem aos responsáveis fazerem viagens contínuas ao interior do país”. Aquela questão foi aproveitada pelo antigo Chefe de Estado para destacar o “papel dos politécnicos no desenvolvimento do interior do país”. Jorge Sampaio deixaria ainda o “convite de se introduzir a «futuralidade» na forma como se aborda o Instituto Politécnico de Castelo Branco, na forma como se aborda a questão europeia”, porque como reforçou, “no futuro do século XXI cabe o mundo inteiro”. K
Aniversário do IPCB
Venham mais 35! 6 O aniversário dos 35 anos do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) começou de forma simbólica com a plantação de 35 árvores no Campus da Talagueira. Mas foi na sessão solene, onde marcou presença o ex-Chefe de Estado, Jorge Sampaio, que o presidente da instituição falou sobre os desafios que se lhe colocam. O Instituto Politécnico de Castelo Branco iniciou este ano letivo com 1421 novos alunos, distribuídos pelos cursos de Licenciatura, de Técnicos Superiores, Mestrados e Complementos de Formação. Um número superior ao do ano passado o que fez com que quase todos os cursos ficassem com as suas vagas preenchidas. Mas ao nível de novos alunos, o presidente do IPCB, falou na aposta na captação de estudantes internacionais.”Fizemos esse esforço, definimos uma estratégia de divulgação da Instituição e criámos incentivos e condições para a vinda desses estudantes. Recebemos este ano 30 alunos ao abrigo do estatuto de estudante internacional para o ensino presencial: 16 de Cabo Verde, 11 de Moçambique, 2 de Angola, 1 do Brasil”, disse. Carlos Maia destacou o “papel fundamental das instituições de ensino superior (IES) no desenvolvimento da região onde estão inseridas, ganhando particular relevância no interior do país. As IES do interior têm sido determinantes para evitar que a assimetria com o litoral seja ainda mais gritante. Muitos jovens não teriam tido a possibilidade de frequentar o ensino superior, se não houvesse uma instituição de ensino superior na sua região. Além disso, os impactos de natureza económica e social que as instituições de ensino superior produzem nas cidades de média dimensão são bastante significativos, como demonstrou o estudo realizado sobre o impacto económico das IES do interior, nas regiões onde estão inseridas, em que participaram sete institutos politécnicos”. Aquela importância é mais reforçada quando se fala em zonas que caminham a passos largos para a desertificação. Carlos Maia colocou o dedo na ferida ao falar na quebra da na-
talidade e no envelhecimento da população. “Somos um dos países do mundo onde nascem menos crianças e é no nosso distrito que se encontram duas das regiões mais envelhecidas da União Europeia; o Pinhal Interior Sul, que é mesmo a mais envelhecida de toda a União Europeia e a Beira Interior Sul”. E acrescenta: “importa referir que, no futuro, teremos menos jovens qualificados e menos cidadãos dinâmicos e criativos, com o consequente empobrecimento do país”. Carlos Maia lembrou ainda que “as previsões apontam para que a partir de 2018 se verifique uma redução substancial de alunos a concluir o ensino secundário, o que se repercutirá também nas entradas no ensino superior. A agravar a situação, muitos jovens, a maioria altamente qualificados, saíram do país. Dos que ficaram, grande parte não tem emprego ou estão em situação precária. Portugal, que já tem um grave problema de natalidade, está também a desaproveitar os seus jovens qualificados. Este conjunto de fatores leva muitos jovens e muitas famílias a considerar que o investimento na formação escolar e na qualificação profissional não constitui uma mais-valia nem uma vantagem competitiva para ingressar no mercado de trabalho. É fundamental que os cidadãos tenham confiança nas suas instituições”. Num discurso objetivo, o presidente do IPCB falou ainda do número de doutorados da instituição, que já atingiu os 60%, quando em 2009 era de 24%, e das parcerias com instituições nacionais e internacionais já estabelecidas. A sessão solene contou ainda com as intervenções do presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Joaquim Mourato, que entre outros aspetos falou da necessidade de “um financiamento das instituições ajustado à realidade de carater plurianual”; do presidente do Conselho Geral do IPCB, Proença de Carvalho, que destacou o percurso da instituição, e do presidente da Associação de estudantes, que apelou ao espírito académico. K
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Decisão tomada em Paris
Geoparques são programa da Unesco
Vito carioca, presidente do IPB
Politécnico de Beja quer mercado da CPLP
6 Vito Carioca, presidente do Instituto Politécnico de Beja defende uma maior ligação do seu instituto aos países da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Isso mesmo afirmou durante a sessão solene do Dia do IPBeja, que decorreu no início deste mês nos serviços centrais da instituição. “Este é um novo tempo na relação com os países da CPLP. Um tempo que torna mais consistente a ideia de um instituto comprometido com o passado, presente e futuro, mas também com a comunidade global”, disse Vito Carioca, acrescentando que os constactos que tem mantido com alguns países como Moçambique, fizeram com que aprendesse a sentir África.. No seu discurso, o presidente
do Politécnico de Beja, abordou também a questão de captar novos alunos. “Temos que ser um instituto que saiba integrar os seus alunos”, começou por referir, para acrescentar que “a capacidade para atriar estudantes para a instituição”, para a cidade e para o concelho “deve ser uma preocupação partilhada. A cidade deve pensar nos jovens, deve ser
criativa e cultural”. O dia do IPBeja contou com uma oração de sapiência apresentada por Pedro Góis. Na mesma sessão foram entregues as bolsas de mérito aos melhores alunos e homenageados colaboradores da instituição. O programa integrou ainda a inauguração de exposição na Galeria AoLado. K
Ex-ministro da Educação
Marçal Grilo defende seniores na sociedade 6 Eduardo Marçal Grilo, exministro da Educação, defende a participação ativa “dos seniores na sociedade”. A mensagem foi dita durante as comemorações dos 10 anos da Universidade Sénior Albicastrense, Usalbi, que se assinalaram este mês, em Castelo Branco. Eduardo Marçal Grilo participou numa conferência para aprofundar os temas relativos ao conhecimento sobre o envelhecimento, contrariando veementemente “todos aqueles que defendem a teoria da «peste grisalha» e que os apelidam de peso para a sociedade”. Na sua perspetiva, “a idade traz sobretudo experiência e a
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capacidade para se identificarem problemas de fundo e traz também a defesa de um conjunto de
valores que são essenciais, sobretudo em termos éticos”. O antigo ministro da Educação acrescentaria que “parte significativa da crise que vivemos tem muito a ver com o comportamento ético”. Isolamento, solidão e perda de auto estima são, contudo, alguns dos riscos do envelhecimento que identificou. “Tem de haver otimismo perante a vida, combater a atitude negativa, não nos podemos andar a enganar a nós próprios, mas temos de olhar em frente e voltar a costas ao sentido de derrota e de fim que o envelhecimento muitas vezes traz”, preconizou a dado passo da sua intervenção. K
6 A Rede Global de Geoparques, onde se inclui o Geopark Naturtejo, vai passar a integrar os programas oficiais da Unesco, à semelhança do que acontece com os programas Património Mundial ou da Reserva da Biosfera. Há 43 anos que aquela organização mundial não aprovava um novo programa. Esta decisão coincidiu também com a aprovação do alargamento do Geopark Naturtejo ao concelho de Penamacor. O Geopark Naturtejo assume-se como o maior território da Europa e um dos maiores do mundo classificado pela Unesco. Na Assembleia Geral da Unesco realizada esta terça-feira em Paris, foi aprovada essa mudança, criando o programa Geoparques Globais da Unesco, o que para o presidente da Naturtejo e responsável pelo primeiro geoparque português (Geopark Naturtejo), Armindo Jacinto, constitui uma mais valia. “Esta é a afirmação de um território que ganha mais notoriedade a nível mundial”. Aquele responsável que em 2006 viu aprovada, em Belfast, na Irlanda do Norte, a entrada do Geopark Naturtejo para a Rede Europeia e Rede Global de Geoparques, sob os auspícios da Unesco (numa jornada acompanhada por nós a par e passo), não tem dúvidas em afirmar que a criação deste novo Programa, se deve às comunidades locais que lhe deram corpo em todo o mundo. “Nós, Naturtejo, entrámos para esta rede em 2006, e hoje todos somos reconhecidos”, diz. No entender de Armindo Jacinto, até ao momento os geoparques foram territórios classificados sob os auspícios daquela entidade internacional e a entrada de pleno direito para os programas da Unesco é uma aposta que abrirá novas oportunidades. O Geopark Naturtejo é um dos maiores do mundo, em termos de área e o maior da Europa, com cinco mil quilómetros quadrados, distribuídos pelos concelhos de
Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Oleiros, Proença-aNova, Nisa e agora Penamacor. Na Europa há 69 geoparques, quatro dos quais em Portugal, os quais integram a rede global num total de 120 geoparques. Com esta aprovação, aqueles territórios vão ter um programa próprio, como sucede com os do Património Mundial ou o da Reserva da Biosfera. Armindo Jacinto explica que “essa integração vai-nos trazer perspetivas de se desenvolverem programas de cooperação e desenvolvimento. Se já sobre os auspícios da Unesco havia muitas vantagens, passando a programa oficial, mais oportunidades teremos”. Esta aprovação já era expetável, pois na última reunião realizada na capital francesa essa proposta mereceu o acolhimento da maioria dos presentes. Nessa altura, em abril, o Geopark Naturtejo esteve em destaque. “Todos elogiaram a forma como o nosso geoparque tem contribuído para a divulgação e notoriedade da marca geoparques, pois tem sido a Naturtejo a organizar a participação da rede nas feiras internacionais de Berlim, Madrid e Lisboa”, disse Armindo Jacinto. Nessa reunião ficou também decidido que o Geopark Naturtejo ficasse a liderar, dentro da rede europeia, “o grupo de trabalho responsável pelo marketing e comunicação, que terá o apoio da rede global de geoparques. É uma grande responsabilidade, mas esta liderança é reconhecimento do trabalho que temos vindo a fazer, o qual nos tem dado alguns prémios, como aconteceu na Feira de Berlim”, explicou Armindo Jacinto. Aquele responsável lembra ainda que no âmbito deste novo enquadramento na Unesco, “iremos preparar programas para os nossos territórios, passando a utilizar um novo logotipo do geoparques na Unesco”. K
Pedro Martins H
Prémio Nacional de Animação
Cávado e Ave ganha concurso 6 Daniel Roque, aluno do Mestrado em Ilustração e Animação da Escola Superior de Design do Politécnico do Cávado e do Ave, é o vencedor do Prémio Nacional de Animação, na categoria Escolas, com o filme ‘Lingo’. A película estreou no passado dia 27 de outubro, no Teatro Municipal Rivoli, no Porto, tendo sido novamente exibida dia 30, na sala da Casa das Artes, também na cidade Invicta. Ambas as sessões decorreram no âmbito do Prémio Nacional de Animação, integrado na 14ª Festa Mundial da Animação.
‘Lingo’ conta a história de Manuel, um indivíduo que para ultrapassar a solidão e o desprezo dos outros se vai conectando às redes sociais para arranjar alguma companhia. Contudo, rapidamente vai perceber que amigos online, likes e selfies não trazem felicidade. Este filme de animação é o resultado do projeto de Mestrado de Daniel Roque, que assina Vicente Nirv, tendo contado com a orientação de Paula Tavares e Jorge Marques, ambos professores da Escola Superior de Design do IPCA. K
Politécnico do Porto
Crianças em risco com projeto piloto 6 Na sequência de um estudo piloto de treino em contexto escolar, que envolveu 80 crianças em risco de insucesso na aprendizagem da leitura do 1º ano, no ano letivo 14/15, está a decorrer em diversas escolas do Porto, um projeto de intervenção precoce dirigido às dificuldades de aprendizagem da leitura. A coordenação científica é da responsabilidade do Politécnico do Porto, na pessoa da docente e investigadora Ana Sucena, também coordenadora do Centro de Investigação e Intervenção na Leitura (CIIL). O projeto resulta de uma parceria com a Câmara Municipal do Porto e o Ministério da Educação e Ciência. O projeto, levado para o terreno pelo Centro de Investigação e Intervenção na Leitura (CIIL), dirige-se às dificuldades de aprendizagem da leitura num conjunto de escolas no Porto. Assenta a sua lógica de intervenção na forte relação entre as Publicidade
dificuldades de aprendizagem da leitura nos primeiros anos de escola e as dificuldades de aprendizagem nos restantes domínios e no percurso futuro do aluno. A intervenção baseia-se no desenvolvimento das competências alicerce ao nível da aprendizagem da leitura, incidindo sobre as crianças a frequentar o último ano do pré-escolar e o primeiro ano do primeiro ciclo. A equipa técnica é constituída por profissionais com formação de base diversa: psicologia, educação do 1º ciclo e terapia da fala. Ana Sucena, docente e investigadora do Politécnico do Porto, que coordena o projeto, é Psicóloga, docente na Escola Superior de Tecnologias da Saúde, do IPP e já integrou diversos projetos de investigação na área da neurospsicologia da aprendizagem da leitura e dificudades associadas. É autora de dois testes de avaliação da leitura (editados pela CEGOC e Almedina). K
Politécnico do Porto
Docente ganha prémio SPE
6 Ana Borges, docente da ESTGF - Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras, do Politécnico do Porto e investigadora do Centro de Inovação e Investigação em Ciências Empresariais e Sistemas de Informação (CIICESI), foi galardoada com o Prémio SPE 2015, com o trabalho “Modelação Conjunta de Dados Longitudinais e de Sobrevivência de Cancro da Mama”. O trabalho em questão faz parte de um conjunto de análises estatísticas de dados de Cancro da Mama, desenvolvidas no âmbito do Doutoramento em Ciências - especialidade Matemática, da docente, realizado na Universidade do Minho em parceria com a Unidade de Senologia do Hospital de Braga. De uma forma geral, o trabalho premiado pretende detetar os fatores de risco que afetam a sobrevivência das pacientes seguidas na Unidade de Senologia do Hospital de Braga, diagnosticadas com cancro da mama entre 2008 e 2012, contribuindo para o estudo e perceção de uma doença que afeta cada vez mais mulheres Portuguesas e respetivas famílias. O trabalho premiado tem como objetivo primordial o de-
senvolvimento de um modelo conjunto que engloba a estimação simultânea de fatores de risco para a sobrevivência de pacientes diagnosticadas com cancro da mama no Hospital de Braga e de fatores relacionados com a variação dos valores do marcador tumoral CA15-3, ao longo do tempo. O trabalho premiado, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, foi muito valorizado na sua avaliação pelo facto ainda de ter em conta a associação do referido processo longitudinal do marcador tumoral ao processo de sobrevivência das pacientes.
O prémio SPE 2015 destinase a estimular a atividade de estudo e investigação científica em Probabilidades e Estatística entre os jovens que trabalham nestas áreas e é instituído no âmbito do XXII Congresso da SPE, a principal reunião científica organizada pela Sociedade Portuguesa de Estatística. Ana Borges, é Licenciada em Matemática, encontra-se a terminar o Doutoramento em Ciências, especialidade Matemática e é docente equiparado a assistente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras, do Politécnico do Porto. K
Empreender no IPPorto
Company dating
6 O Gabinete do Estudantes do Instituto Politécnico do Porto acaba de avançar com a iniciativa IPP@companyDATING, inspirada no conceito amoroso de `speeddating´ e que promove um encontro de 10 minutos entre Empresas e candidatos do IPP. “Criado um ambiente alegre, descomprometido e informal, empresas e candidatos são recebidos com música ambiente e serviço de café”, afirma Filipa Heitor, coordenadora do Gabinete do Estudante, em entrevista ao JPN. Filipa Heitor esclarece que “a experiência de trabalho acumulada na área da empregabilidade e gestão de carreira, potenciada pela oportunidade em contexto internacional de consultoria técnica/observação do conceito em duas universidades da Dinamarca, tornou inequívoca a implementação deste projeto no IPP”. Em complemento, é um desafio bem recebido procurar soluções que acompanhem as dinâmicas atuais do mercado de
Filipa Heitor (Psicóloga e Coordenadora - IPP) e Sérgio Tavares (Empresa GoWeb)
trabalho, assentes em “processos inovadores que continuadamente reforcem a relação do IPP com as instituições empresariais, sociais, políticas e económicas”. O objetivo passa por realizar reuniões de 10 minutos entre uma empresa e 12 candidatos, duas vezes por mês. A primeira reunião decorreu com a empresa GoWeb, a segunda com a Conta
2B - Contabilidade e Consultoria e a terceira, prevista para 25 de novembro, recebe a empresa multidisciplinar Liderteam. Esta é uma “possibilidade única para conhecer candidatos do IPP competentes e altamente motivados” e pela estrutura do serviço oferece-lhes ganhos de eficiência consideráveis no processo de recrutamento, avança Filipa Heitor. K
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Mário Cordeiro, pediatra
«Nunca houve tantos meios de comunicação, mas nunca houve tanta solidão» 6 É uma entrevista em que não se fala apenas dos comportamentos dos mais pequenos. O médico pediatra, Mário Cordeiro, aborda a influência da tecnologia nas relações humanas, os horários escolares, as praxes e defende que se deve «repensar o sistema educativo de alto a baixo». Tem um novo livro chamado «Nasceu uma estrela». Trata-se de um álbum para registar os primeiros anos de vida do bebé, em que partilha com os pais dicas para lidarem com diversas situações que fazem parte desta fase inicial. É um contributo seu para memória futura – numa altura em que se vive alucinantemente do presente – dos que serão os adultos do amanhã? É uma forma de tentar que fiquem memórias palpáveis e duradouras, acessíveis e que, quer aos pais e familiares, agora, quer aos bebés retratados, no futuro (designadamente quando forem pais), permitam um olhar sobre o nascimento e os primeiros meses de vida que seja calmo, tranquilizador, com tempo e fruição, à medida do ser humano. Haverá muita coisa guardada em computadores, pens, clouds, mas de tanto haver pouco se usa, e perde-se na voragem dos bytes e na sequência acelerada das entradas de blogues, Facebook ou outras redes sociais. Ou ficam esquecidas em ficheiros perdidos num qualquer servidor. O ser humano tem cinco (ou mais) sentidos – não pode reduzir-se ao audiovisual. Este livro é como um bebé: deve ter tato e cheiro… «Não há educação sem amor, nem amor sem educação» , escreveu num livro anterior. Qual é, para si, o valor supremo e indispensável na difícil arte de educar, seja na relação pai-filho ou professor-aluno? Amor. Empatia. Compreensão. Firmeza. Assertividade. Termos a certeza do que queremos e não queremos para o percurso de vida dos nossos filhos, respeitando-os, quer na sua personalidade, quer em algumas das suas opções, mas entendendo que somos pais (ou professores) e temos o direito e o dever de os educar, numa perspetiva de ensino/aprendizagem que deve detetar talentos, desenvolvê-los, dar informação, mas
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vel da informação, tecnologia, psicologia, educação… e refletir sobre o que é a aprendizagem e o que pretendemos do enorme espaço de tempo que as crianças estão na escola e do que se pretende, não apenas no hoje mas também face ao amanhã, mesmo que esse amanhã tenha ainda enormes pontos de interrogação. Mas até para esses pontos de interrogação há que desenvolver fatores protetores e habituar as crianças a que a mudança será um ponto essencial da sua vida presente e futura – até familiar! – sem que isso seja um drama, pelo contrário, uma oportunidade.
sobretudo gerar conhecimento e sabedoria, e olhar para todas as capacidades do ser humano, designadamente as estéticas, éticas, afetivas e lúdicas. Defende que os pais devem ensinar e educar os filhos para a frustração, sob pena de criarem pequenos e terríveis ditadores. Os pais dizem menos vezes «não» do que deviam? Não gosto de generalizar; assim, diria que muitos pais têm algum receio de dizer “não” porque acham que a criança ficará frustrada e sentem um misto de medo que ela, criança, deixe de gostar dos pais e que eles, pais, estejam a não dar amor. Pelo contrário. A frustração, ou seja, entender que as expectativas não podem ser demasiadamente distantes da realidade, embora permitindo sonhos e fantasia, mas exigindo rigor e trabalho, é necessária, mesmo que “amaciada” com alguns “airbags”. Uma criança, a partir do ano e meio, tem de ser ensinada no sentido de perceber que não é um Deus e que é um ser
humano, o que comporta erros, lacunas, hiatos, perdas, tristezas, mas também vitórias, sucessos e êxitos. O “não”, quando justo, proporcionado, adequado e atempado, é fundamental.
da Justiça nem o dos adultos. É fundamental que os Tribunais de Menores e de Família sejam muitíssimo mais expeditos, evitando manobras dilatórias por vezes patéticas e moralmente indecentes.
Consegue enunciar-me três ingredientes que podem fazer a felicidade de uma criança? Limites, sentido de humor, desenvolvimento de talentos.
Ainda está para tomar posse o governo com um naipe coerente e estruturado de políticas globais para a infância e para a família? Sim. Espero que o próximo governo consiga ter a noção dessa questão fundamental, a bem da resolução dos problemas demográficos e da qualidade de vida das crianças e famílias. Basta começar a pensar o que se fez no primeiro governo de António Guterres e que, depois, não teve qualquer continuidade.
No ensaio que fez para a Fundação Francisco Manuel dos Santos “Crianças e Famílias Num Portugal em Mudança” retratou a saúde e o bem estar dos mais novos. Chamou-me a atenção a abordagem que faz aos casos de regulação parental que demoram, em média, 30 meses a resolver-se. Esta exasperante lentidão do Estado é passível de criar pessoas irremediavelmente traumatizadas? É um dos aspectos mais tenebrosos da Justiça. Não é admissível e, todavia, é um assunto muito pouco falado nos meios de comunicação, por exemplo. O tempo das crianças não é o tempo
Diz o físico Carlos Fiolhais o seguinte: «A Escola inquieta-nos a todos. Temos de encarar as escolas como fábricas do futuro». Partilha desta visão? Há que repensar totalmente o sistema de ensino, no sentido de pensar o que se pretende, atualmente, quando tudo mudou a ní-
Confessou em artigo recente as suas «ansiedades» na compra dos manuais escolares para os seus filhos do 3.º ciclo, revelando que despendeu cerca de 1200 euros. Na sua opinião é o lóbi das editoras que impede a reutilização dos manuais? O que devia fazer o Ministério da Educação? Não sei se é propriamente um lóbi, mas que o Ministério da Educação tem de pensar o assunto e tomar decisões, é um facto. Não vou repetir aqui o escândalo de que este assunto por vezes se reveste, porque as famílias sabem bem do que falo, mas havendo, em cada disciplina, um grupo de professores credenciados, pelo próprio ministério e pelos outros professores, que por exemplo elaboram testes e exames, daí poderia sair um grupo que elaborasse os manuais, em que os seus membros fossem bem pagos porque é um trabalho muito difícil, e que a Imprensa Nacional se encarregasse de produzir os manuais, até inclusivamente em fascículos para evitar o peso excessivo nas mochilas, e em que os apontamentos e escritos não fossem no próprio manual – e que esse manual pudesse ser utilizado durante muitos anos, com eventuais erratas e aditamentos. As especificidades locais seriam geridas na sala de aula e não no manual: dou um exemplo: deve falar-se do terramoto de 1755. Mas em Lisboa, o assunto será naturalmente abordado de forma diferente, porventura mais exaustiva, do que em Viana do Castelo. Pais, professores e médicos defendem que os horários escolares devem começar mais tarde, ;
adaptando-se ao relógio biológico dos alunos. Concorda? Concordo, embora creia ser difícil esse objetivo, dado que pertencemos a um tecido social que forma um puzzle com escassos graus de liberdade. Todavia, acho que, do ponto de vista das crianças, as atuais horas escolares são muito desadequadas. Em cada bairro, vila e aldeia pode repensar-se o horário escolar (as realidades são tão diferentes!) e não é preciso que na Lourinhã ou no Porto as coisas sejam iguais. Para isso, todavia, é fundamental que os responsáveis ouçam os técnicos e quem sabe de psicologia infantil, pediatria, desenvolvimento, urbanismo, etc.
repensado de alto a baixo. Temos de pensar no que são crianças nas diversas idades, em termos de desenvolvimento, capacidades de atenção e cognitivas, necessidades lúdicas e de movimento, também como são capazes de manipular e de provocar, mas também no que se pretende em termos de ensino-aprendizagem, no que são os talentos e competências e na contribuição que a escola pode e deve dar para o futuro profissional e o futuro cidadão. Os professores têm sido muito maltratados; todavia, na sala de aula devem ser quem decide e não devem prescindir desses graus de liberdade, pese as políticas educativas sem nexo, a “examinite aguda” e as metas estapafúrdias que cada ministro impõe.
Afirma que na vida são precisos quatro T’s: talento, técnica, trabalho e tempo. Na escola, o doseamento equilibrado desses T’s gera, necessariamente, um bom estudante? Obrigatoriamente não se pode dizer, mas que pode ser uma grelha para conduzir o barco a bom porto, creio que sim. E se os alunos interiorizarem estes aspetos, podem, eles próprios, estruturarem-se melhor. Um dos grandes debates da atualidade é a forma como a tecnologia condiciona o nosso modo de estar em sociedade. Caminhamos para uma sociedade desmaterializada, onde o toque pessoal está em vias de extinção, onde já não se telefona, manda-se um SMS ou um Whatsapp. Em que medida este contexto afeta a reação e o comportamento dos mais jovens? Afeta em muito. O ser humano tem cinco ou mais sentidos, e o tato e o olfato são dos mais apurados. O toque é essencial. Na adolescência, então, à semelhança dos primeiros anos de vida, ainda é mais premente esse contacto sensorial. Aliás, é ver adolescentes em conjunto: dão-se as mãos, empurram-se, tocam-se. Cheiramse. Por outro lado, a comunicação deve ser olhos nos olhos, para lá da que é estritamente operacional e técnica. Quando se está com outro à frente aprende-se a medir as palavras, a ler as reações e a comunicação não são só frases mas expressões faciais e gestos, caretas, sorrisos, etc. Ler o outro é essencial. Mas ler sem ser pelas palavras. Até a entoação diz muito. Há pessoas, aliás, que a ler o conteúdo de um mail dão a expressão que acham que o outro emprestou à frase, e que pode estar completamente errada. Por outro lado, na presença do outro não podemos fugir, temos de o ouvir, de o escutar, de argumentar e não há nenhum botão de “erase” ou “delete” que o apague ou que po-
nha cobro à conversa. Nunca houve tantos meios de comunicação, mas nunca houve tanta solidão. Os amigos do Facebook não são amigos, são contactos, e o que lá se partilha é, de forma geral, circunstancial, epifenómenos e, até, coisas muito desinteressantes e montras de narcisismos vários. Depois, soltam-se os fantasmas, e entre os “liindos” e os “és uma besta!”, aparecem os extremos da adulação ou do insulto… o que é muito mau, convenhamos! É um crítico das praxes, por envolverem o que diz ser um «cocktail demasiado perigoso». Qual deve ser o papel das instituições
de ensino superior no disciplinar desta espécie de ritual de passagem universitário? Acho as praxes um ritual de passagem que não se coaduna com o tempo em que vivemos. Concordo com a “enturmação”, se o verbo existe, dos novos alunos numa instituição, mas para os esclarecer, arranjar amigos e conhecidos, aprender o que são colegas, mas tudo o que seja imposição, humilhação, demonstrações de poder e afirmação de “machismos-alfa” causam-me “urticária” e não acredito que contribuam para a boa formação das pessoas enquanto cidadãos. As universidades deveriam ser bastante mais
firmes e, nos casos em que se ultrapassam limites, designadamente se pressionam alunos, os infratores deveriam ser banidos porque nunca terão arcaboiço civilizacional para virem a ser profissionais. A escola vive um momento particularmente conturbado, nomeadamente a classe docente, que é das mais expostas e pressionadas, com exemplos recorrentes de crises de autoridade na relação com os alunos. Foi a escola, como instituição que perdeu força, ou os professores que perderam autoridade? O sistema educativo deve ser
CARA DA NOTÍCIA 6 Poesia, romances, teatro e…crianças Cresceu rodeado de crianças e com um pai pediatra. É o mais novo de oito irmãos, foi tio aos 10 anos e tem mais de 20 sobrinhos e quase 30 sobrinhos-netos. Tem 5 filhos e 5 netos. Mário Cordeiro é um dos mais prestigiados pediatras portugueses e já escreveu três livros de poesia, três romances, uma peça de teatro e várias obras didáticas sobre as diferentes fases da vida de uma criança. Doutorado em pediatria, foi professor de Saúde Pública na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e membro da Sociedade Portuguesa de Pediatria e da British Association for Community Child Health. É membro e consultor de diversas organizações de pais e familiares de crianças com doença crónica. Foi presidente da European Society for Social Pediatrics e da secção de Pediatria Social e Comunitária da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Foi membro da Comissão Nacional da Mulher e da Criança, da Comissão Nacional dos Direitos da Criança e da Comissão para as Boas Práticas em Lares de Crianças, tendo representado o país em diversos comités especializados da União Europeia e trabalhado com o governo do Reino Unido na elaboração de programas de promoção da saúde e na execução do Boletim de Saúde Infantil e Juvenil. Dirigiu o Observatório Nacional de Saúde e fundou a Associação para a Promoção da Segurança Infantil e a Associação pela Saúde dos Adolescentes, intervindo regularmente em prol dos direitos das crianças, enquanto pessoas e cidadãos. Associando à sua vasta formação pediátrica, conhecimentos nas áreas da Psicologia e da Sociologia e Antropologia, Mário Cordeiro é autor dos livros O Grande Livro do Bebé (10.ª edição), O Livro da Criança (7ª edição), O Grande Livro do Adolescente, Dormir Tranquilo (3.ª edição), O Grande Livro dos Medos e das Birras (3.ª edição) e 1333 Perguntas para Fazer ao Seu Pediatra. K
Elvira Fortunato, um dos rostos mais importantes da ciência nacional, declarava há dias que «não temos ouro, petróleo, nem diamantes, mas temos pessoas». É este o nosso maior recurso/ativo enquanto país? É, juntamente com a Natureza e a capacidade humana e técnica dos portugueses. Não é por acaso que, no estrangeiro, somos quem somos. Faltam-nos líderes políticos, empresariais, em praticamente todos os níveis. A cultura da mediocridade vem de cima, e o desinteresse pela parte humana, estética e ética da civilização e da sociedade é uma demonstração clara desta cupidez, desta ganância que está a asfixiar uma sociedade. Esperemos que algo mude… Vivemos numa sociedade crispada, tanto política, como socialmente. De que forma é que este contexto pode contaminar/condicionar a forma de estar das gerações mais jovens? Claro que contamina. Não podemos dizer que somos modelos a copiar se os exemplos que damos são, muitas vezes, maus e defeituosos. Uma coisa é entender que a condição humana comporta defeitos e virtudes, uma parte má e uma parte boa. Outra é a demonstração diária da injustiça, a falta de rigor, a laxidão, o ignorar áreas primordiais do ser humano. Temos de cultivar a frugalidade, a empatia, a solidariedade e ignorar a arrogância, o narcisismo e a ganância. Há uma sociedade que tem mudado e é globalmente muito melhor do que era. Há uma sociedade a mudar, mas só mudará se houver “motores e ventos para a mudança” – não percamos, contudo, a esperança. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
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Em Madrid
Ensino Magazine na SIMO 6Ensino Magazine asistió a la mayor feria de tecnología asociada a la educación. En SIMO , nuestro periódico tuvo un stand innovador con la distribución de la última edición de nuestro periódico . Para el director de la publicación, João Carrega, “esta presencia es parte de nuestra estrategia de internacionalización “ Con una oferta centrada en la innovación tecnológica para educación y un gran ambiente profesional cerró sus puertas SIMO EDUCACIÓN 2015, Salón de Tecnología para la Enseñanza, que organizado por IFEMA presentó, entre los días 28 al 30 de octubre en Feria de Madrid, las propuestas de 187 empresas y recibió la visita de 8.074 profesionales. Otro dato a señalar ha sido el alcance nacional de esta convocatoria que ha recibido profesionales de todas las Comunidades y Ciudades Autónomas de España y así como cerca de 200 visitantes del ámbito internacional, especialmente de Portugal e Iberoamérica. En cuanto al perfil profesional de los visitantes, un 27% de los asistentes son docentes; un 15,5% coordinadores TIC; un 18% directores o CEOs de centros educativos, y el 4% son representantes de las Administra-
ciones Públicas. El Salón ha recibido tanto docentes como responsables de la gestión de todo tipo de centros de titularidad pública y privada, así como de todas las etapas educativas. En este sentido, un 36,6% de los profesionales procedían de centros públicos; un 25,7% de concertados, y el 37% de privados. En cuanto a la distribución por etapas, la Infantil ha representado un 11%; Primaria, un 14%; Secundaria, un 14%; Bachillerato, un 11%; Formación Profesional, un 13% y Universitaria, un 9%. El Salón, que fue inaugurado por el Secretario de Estado de Educación, Formación profesional y Universidades, Marcial Marín Hellín, fue también marco de celebración de más de 120 ponencias, experiencias innovadoras y talleres prácticos que ofrecieron una interesante visión del cambio metodológico que propicia el uso de las TIC en las aulas, en todas las etapas obligatorias de la Educación, en la Universidad, la Formación Profesional y el Aprendizaje a lo Largo de la Vida. Un completo programa, para cuya organización SIMO EDUCACIÓN ha contado con la colaboración de la revista especializada Educación 3.0 y en el que participaron, además, la Comisión
Sectorial TIC de la Conferencia de Rectores de las Universidades Españolas (CRUE-TIC); la Subdirección General de Orientación y Formación Profesional, la Subdirección General de Aprendizaje a lo Largo de la Vida, y el Instituto Nacional de Tecnologías Educativas y de Formación del Profesorado –INTEF- , del Ministerio de Educación, Cultura y Deporte,
así como la Consejería de Educación, Juventud y Deporte de la Comunidad de Madrid; Escuelas Católicas de Madrid; el Instituto Nacional de Ciberseguridad –INCIBE, y un buen número de docentes seleccionados a través de un llamamiento abierto dirigido a los profesores que deseaban brindar sus experiencias de implantación de las TIC en el aula. K
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Diario de La Vid
Ensino Magazine no México 6 O Ensino Magazine foi media partner da Cepa Gratia, do México, no evento “Diario de la Vid”. O evento que procurou promover a cultura e os vinhos portugueses, tendo contado com a presença da Embaixada de Portugal no México. A cerimónia decorreu no Senado, na Cidade do México, e no entender da sua responsável, Daniela Torres, superou as expetativas. O apoio do Ensino Magazine a este projeto resulta de uma parceria informal estabelecida há cerca de um ano, entre o
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nosso jornal e a Cepa Gratia, fruto de uma missão empresarial em que a nossa publicação participou. Para o diretor do jornal, “esta é mais uma forma de cooperação que permite alargar a área de influência do Ensino Magazine numa perspetiva de educação sem fronteiras”. João Carrega recorda outros acordos formais assinados com instituições de ensino de Moçambique e Macau, como com a Universidade Eduardo Mondlane e as escolas portuguesas de Moçambique e também de Macau. K
Editorial
A escola e a exclusão entre pares 7 A verdade seja dita: sempre houve bullying na escola. Todos guardamos memória disso. Na escola e no emprego, na família e no desporto, nos quartéis e nas igrejas, nos partidos e, até, nos mais insuspeitos grupos de amigos… Sempre o houve, onde e quando se agregaram pessoas e se formaram grupos onde coexistem fortes e fracos, chefes e chefiados, agressores e vitimados, ou seja, sempre e quando se desenvolveram relações de desigualdade na partilha do poder. Em variadíssimas gerações, e por diversos motivos, os “caixa de óculos”, os “pencudos”, os “pés de chumbo”, as “mamalhudas”, os “bucha”, os “espinafres”, os “fanhosos”, os “minorcas”, os “graxistas”, os “dentolas”, os “cabelos de rato”, as “asas de corvo”, os “nerd”…, sempre foram motivo de jocosidade e, logo, também vítimas de processos de exclusão e de achincalhamento, verbal e quantas vezes físico, pelos seus pares. Outras vezes, dizia a voz dos sociólogos, tudo isso até favorecia a socialização do indivíduo pelo grupo.
Noutros tempos, pouco ou nada se sabia fora das paredes das instituições educativas; ou então, tudo se perdia entre regras de falsa etiqueta proporcionadas pela paridade e homogeneidade dos grupos sociais que tinham acesso à escola, sobretudo aos níveis de escolaridade mais avançados. Hoje, felizmente, sabe-se mais e, sobretudo, sabe-se melhor. Por exemplo, dizem-nos que 40 por cento das crianças portuguesas são vítimas de bullying. E, nesse escandaloso número, ainda nem se contabiliza a violência psicológica exercida por alguns jogos de consola, por alguns sites que as crianças e jovens visitam e, até, por alguns programas de televisão a que assistem, sem qualquer controle parental. O que mudou entretanto? Tanta coisa! Desde logo, a democratização do acesso ao ensino (uma escola para todos) trouxe para a escola muitos jovens de diferentes culturas sociais, de diferentes “tribos urbanas”, com as suas linguagens, gestos, símbolos, valores e vestuários diferenciadores em relação “ao
outro” e identificadores “entre si”. É que, também se sabe que o bullying se desenvolve mais quando os indivíduos são forçados a coabitar, algumas vezes contra-vontade e noutras contranatura, no mesmo espaço e ao mesmo tempo. Depois, as lideranças começaram a centrar-se nos mais “desiguais” perante a maioria: a desigualdade dos que se automarginalizam face às regras, a dos manipuladores do poder, da força e da coacção psicológica, a dos detentores de uma enorme capacidade de mentir e de resistir. O impacto foi de tal ordem de grandeza que gerou, em inúmeros casos, que os professores tivessem perdido a governação objectiva das instituições em que trabalham. Isto, quando não são eles mesmos a motivação e o principal alvo da violência que aí se desenrola. Todos os dias… Finalmente, tenhamos em conta que a exponencial evolução dos meios e dos processos de comunicação de massas (internet em cada esquina, smartphones desde o berço, tablets, PCs portáteis, fotografia e filme
digitais, acesso permanente aos dados nas nuvens do ciberespaço…) permitiu que o bullying ultrapassasse rapidamente as portas da escola, do bairro, da cidade, do lar, do país… revelando-se um verdadeiro campeão de audiências nas redes sociais da internet – referimo-nos, claro está, ao cyberbullying, associado ao cybercrime. Nesta sociedade que tarda a reencontrar-se e onde até a imbecilidade humana tem direito à globalização; onde, infelizmente, não sobram exemplos de coerência e de ética; onde as famílias se constituem mais com base no “ter” do que no “ser”; onde se permite que todos os dias se destrua um pouco mais deste planeta que é única casa de todos, não é de estranhar que desde muito cedo (92% das mães americanas inquiridas admitiram que os seus filhos, com menos de dois anos de idade, já tinham acesso e brincavam na internet…) se incrementem as tentações totalitárias, desumanas e irracionais e que estas se sobreponham ao prazer de brincar, de conviver e de aprender
com o “outro”. Descansar é preciso, brincar faz tremenda falta, partilhar amadurece e socializar é gratificante e humaniza. Por isso, hoje, a diferença situa-se na ténue fronteira da amplitude a que pode chegar a pressão dos pares sobre o indivíduo (o mal são os outros?), e da justificação que se quiser dar ao livre arbítrio que conduz à selecção da vítima e da motivação para a violentar. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
Ensino sem fronteiras e com tecnologia 7 No último mês o Ensino Magazine esteve presente em dois eventos internacionais. Em Madrid, fomos media partners da SIMO Educación, o maior certame da Península Ibérica, dedicado às novas tecnologias aplicadas à educação. Na Feira Internacional da capital espanhola estiveram presentes, ao nosso lado, as principais empresas mundiais, universidades, politécnicos e diferentes escolas. O certame apresentou o que mais moderno existe no setor e foi também uma oportunidade para se discutirem ideias, projetos e novos métodos de ensino. Em Madrid demonstrámos, mais uma vez, que na educação não há fronteiras. Não há divisões físicas e não devem existir separações tecnológicas. Vivemos num período em que os nossos alunos são nativos
digitais. Nasceram com elas e não conseguem viver sem as novas tecnologias. Mesmo na escola, dentro do seu espaço, estão ligados ao mundo virtual com todos os desafios e perigos que ele representa. A escola não deve por isso olhar para as novas tecnologias, para os novos programas e dispositivos móveis com receio ou desdém. Pelo contrário, deve encontrar neles um aliado para chegar e ensinar melhor os seus jovens. A feira de Madrid demonstrou essa necessidade. Mostrou aos profissionais da educação novas realidades, programas adaptados ao ensino, mas também à gestão. Apresentou, acima de tudo caminhos arrojados e inovadores, que o Ensino Magazine enquanto publicação de vanguarda e dedicada à educação e à juventude, registou com agrado. Não é por acaso
que as grandes editoras de manuais escolares estão apostar em novas plataformas com recurso à internet. Também não é por acaso que as grandes empresas mundiais relacionadas com o mundo virtual, começam a disponibilizar plataformas e espaços para os estudantes, nalguns casos numa lógica de aprendizagem colaborativa. E se em Madrid nos associámos à Simo Educación, na Cidade do México, onde residem cerca de 20 milhões de pessoas, fomos parceiros do projeto Diario de la Vid, da associação Cepa Gratia que, sob a coordenação de Daniela Torres, dinamiza a cultura, a poesia e o teatro de diferentes países, associando-os à promoção de vinhos de qualidade. O objetivo passa por promover o seu consumo moderado, num país que é um dos maiores consu-
midores de «Coca-Cola» do mundo. Nessa iniciativa, que envolveu a Embaixada Portuguesa no México, tendo estado presente o embaixador nacional, permitiu juntar no Senado da capital mexicana, diversas personalidades, como deputados e artistas. Estas duas iniciativas mostram a forma, determinada, como o Ensino Magazine olha para o espaço latino, numa clara aposta na Lusofonia (como o demonstram os acordos estabelecidos com a Universidade Eduardo Mondlane, e com as escolas portuguesas de Macau e de Moçambique), com a publicação a ser distribuída nas escolas dos países africanos de língua oficial portuguesa; mas também nos países que têm como língua mãe o castelhano. Continuamos, como no número zero, empenhados em
partilhar conhecimento e informação, num espaço cada vez mais global e complexo, mas que para nós não tem fronteiras. É este o nosso espírito e é este o vosso jornal. A todos o nosso bem haja! K João Carrega _ carrega@rvj.pt
NOVEMBRO 2015 /// 019
crónica salamanca
Educacion para el consumo en la Universidad 6 Educar para un consumo responsable es tarea obligada de los educadores para los niños y adolescentes, en el ámbito familiar, en la escuela y los centros educativos, y en otras instancias educativas, de encuentro formativo y sociabilidad. Por supuesto, la educación para ese consumo responsable es imprescindible, más aún si cabe, para los jóvenes, los adultos y las personas de le tercera y cuarta edad. Frente a la masiva e intensa campaña de los vendedores de todo tipo de productos, que de forma permanente busca promover conductas consumistas, puesto que son el eje del ascenso y supervivencia del sistema capitalista, son muchas las voces que día a día se alzan en defensa de una educación consumerista, es decir, del consumo responsable de aquello que se precisa para una vida honesta y racional, en lo personal y en lo colectivo. Al mismo tiempo, desde luego, una educación combativa del consumismo exacerbado en que se mueve nuestra sociedad, en todas sus direcciones. Una lectura reciente nos invita a reflexionar sobre esta cuestión, la educación para el consumo, de manera fundamentada y sólida. El libro titulado “Consumir sin consumirse. Educación para el consumo” (Madrid, Pirámide, 2015), ha sido coordinado por J.M. Arana y Dionisio de Castro, y cuenta con la participación de un elenco reconocido de especialistas en la educación para el consumo, que vienen participando desde hace Publicidade
años en cursos de formación para educadores, precisamente con el perfil de educación para el consumo responsable. Esta temática de la educación consumerista, sin duda transversal dentro y fuera de la escuela, y también intergeneracional, toca las fibras más sensibles de las prácticas de vida en el día a día, y se sitúa sin ambages en la educación y cultivo de los valores de convivencia y ciudadanía. Es verdad que este camino de propuestas educativas reflexivas y críticas no resultan atractivas a los idearios próximos a los intereses de los grandes productores y comercializadores, porque justamente buscan frenar ese consumo alocado a través de la conciencia reflexiva que genera una educación crítica. Habrá quien piense que las cosas de la educación son propias de los niveles previos a la universidad, negando el evidente sentido formativo y educador que siempre ha de transitar por toda acción formativa e investigadora que se lleva a cabo en la universidad. La educación para el consumo responsable es también una tarea de los universitarios, de todos sus agentes, estudiantes, profesores, personal de apoyo, gestores y directivos. La educación en los valores de ciudadanía y de un consumo responsable que garantice y facilite la supervivencia del planeta en que vivimos, y procure una armonía mayor en la convivencia ciudadana y en la propia institución universitaria, es una tarea
urgente de todas las instituciones de educación superior. El cómo ha de llevarlo a cabo en cada caso, cada una de las universidades y cada una de sus facultades y establecimientos que la conforman es el resultado de la reflexión compartida que sus miembros han de proponerse, porque algo así no se improvisa. Atendiendo a las misiones propias de la universidad, de todos bien conocidas, se debe formar a todos los miembros de la comunidad universitaria en los valores de la solidaridad, la austeridad, y negar el consumo alocado y desenfrenado. Y más en concreto, se ha de formar de manera sistemática en educación consumerista a todos los miembros activos de la comunidad universitaria, y muy en particular quienes en el futuro puedan llegar a desempeñar funciones profesionales de carácter docente y pedagógico (profesores de distintos niveles del sistema educativo y técnicos del mismo). También a otros de perfil educador (educadores sociales, trabajadores sociales, entre otros). Además, la investigación y publicación de resultados en este campo de la educación consumerista debiera ser una responsabilidad moral y social asumida de forma natural por todos los investigadores, sobre todo los del ámbito disciplinar de las ciencias sociales, y las pedagógicas en particular. Por otra parte, las prácticas cotidianas de mejora y revisión
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
del autoconsumo, y de la gestión del funcionamiento de la universidad en materia de gestión de residuos, control de consumo de energía, o de fomento de una imagen corporativa austera y controlada, debieran erigirse en un valor al alza entre las categorías que definan a una institución como muestra de calidad. Consumir es inevitable en una sociedad desarrollada, pero puede hacer de forma mucho más controlada de la habitual, y las universidades tienen mucho que aprender, y también que enseñar, sobre cómo gestionar el problema y ofrecer vías alternativas, mediante la formación, la investigación, la difusión de resultados, la creación y fomento de un clima de opinión en favor de un consumo responsable. La lectura de varios de los capítulos que conforman el libro mencionado al comienzo invitaría, sin duda, a un mayor compromiso y responsabilidad consumerista por parte de muchos miembros dela comunidad universitaria. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
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CRÓNICA
Cartas desde lá ilusion 7 Querido amigo: Hoy quiero seguir sintiendo la ilusión por un futuro mejor del sistema educativo, a pesar de que el tono de esta carta parezca más bien pesimista. Me explico. Después de un mes de ejercicio como profesor en este curso, vuelvo a escuchar comentarios excesivamente “tradicionales” por parte de algunos profesores: “ya verás cómo en esta clase tienes algunos alumnos que son incapaces”, “ten en cuenta que estos niños son casi indomables”, “estos alumnos no entienden nada de lo que se les dice”, “hay que aplicar una disciplina más dura, porque no entienden ni se comportan bien”, etc. Es decir, se trata del “paso de informes” de una/un profesora/or a otra/o tras los primeros compases del nuevo curso. Evidentemente, el efecto y el impacto de estos informes es amplio y automático, de tal manera que los conjuntos de alumnos, o determinados alumnos, quedan “marcados” para lo que resta del ejercicio académico. Es una pena, pero sigue siendo así. Es una pena que esto siga siendo así, y es más pena aún que seguirá siendo así, a pesar de lo que dice el informe Talis 2013 que puedes encontrar en Educainee nº 33 de junio de 2014 (chrome-extension://oemmndcbldboiebfnladdacbdfmadadm/http:// www.mecd.gob.es/dctm/inee/boletines/ boletin-talis-informe-espanol-v4.pdf?do cumentId=0901e72b819e2b28): “Más del 97% de los profesores declaran sentirse bien preparados para el trabajo docente en España. En la OCDE este porcentaje es inferior (90%). Estos datos no se corresponden con la formación real del
profesorado”. Si por formación del profesorado se entiende haber concluido una licenciatura o un grado y haber obtenido el certificado de aptitud pedagógica en un curso más o menos prolongado aunque difícilmente aceptable como válido de cara a la formación real del profesorado en lo que se necesita en los tiempos actuales con los alumnos actuales, estoy de acuerdo, porque la mayoría del profesorado ha culminado sus estudios universitarios en este sentido. Pero si entendemos la formación del profesorado como algo más, como algo que sale de lo rutinario vinculado a la formación académica, como algo que se incrusta en la realidad actual, leyéndola y extrayendo las conclusiones y medidas que puedan llevar a mejorar realmente el sistema educativo, creo que no podemos estar de acuerdo. A mí siempre me ha llamado la atención el hecho de que un buen médico siga estudiando los descubrimientos para el mejor diagnóstico de las enfermedades y los métodos farmacológicos punteros para su tratamiento. Frente a esto, echo de menos que los profesores no nos preocupemos por estudiar los mejores avances en diagnóstico de las dificultades de aprendizaje de nuestros alumnos y en los métodos más eficientes para su tratamiento y resolución. Me ha llamado siempre la atención el hecho de que un simple empleado de banca esté continuamente al tanto de la salida de nuevos productos al mercado y adquiera los conocimientos adecuados para presentarlos a los clientes y ser, así, realmente eficaces en su profesión. Frente a esto, echo de menos que los profesores desdeñemos sistemática-
mente nuevas propuestas de utilización de recursos y caigamos en el facilismo de creer que “eso nunca va a funcionar” porque nos supone un esfuerzo adicional por tener que adaptar esos recursos a nuestros alumnos, a sus características peculiares y al entorno en el que se desenvuelven. También me ha llamado la atención la actitud de un simple fontanero que tú llamas para que venga a solucionar un problema de tuberías que tienes en casa y este profesional se acerque “con las manos en los bolsillos” y pregunte “¿qué ha pasado?” para comenzar, acto seguido, a analizar la situación y tratar de encontrar la solución a un problema que, aparentemente, “a ciegas”, resulta difícil, pero que él, con su experiencia, es capaz de detectar, analizar y establecer la solución más oportuna. Podría seguir así, desgranando la forma de actuar de muchos profesionales que dan solución a nuestros problemas reales, en tiempo real. Mi preegunta es, por tanto: ¿Por qué los profesores no somos capaces de resolver los problemas de nuestra profesión, problemas reales, en tiempo real? ¿Estamos realmente formados en lo que realmente se necesita? (perdona mi redundancia en los términos alusivos a la realidad... pero es que creo, en ocasiones, que los profesores “pisamos” poco la realidad...). Creo que en alguna ocasión te comenté mi perplejidad ante el hecho de que los profesores que asistían a uno de mis cursos de formación sobre “Desarrollo de las competencias de los alumnos” no fueron capaces de tomar ninguna iniciativa cuando yo les planteé, de acuerdo con la “filosofía” del
curso, la pregunta siguiente: “¿Cuánto cuesta reformar una vivienda?”. Evidentemente, en esa pregunta se encerraba todo un plan de actuación que implicaba todas las asignaturas que forman parte del curriculum educativo. Interiormente me pregunté: “Si estos profesores no son capaces de activarse ante este problema real, ¿cómo van a ser capaces de activar a sus alumnos ante los problemas reales?”. Si la formación que nos han dado como profesores no alcanza más allá, entonces, “apaga y vámonos”. Creo, una vez más, que el sistema educativo ha cometido el gran error de cortar de raíz la dinámica de la formación del profesorado “en tiempo real”. No quiero extenderme más (ya me he pasado, creo). Pero seguiré insistiendo en esta reflexión sobre la necesidad de una vuelta inmediata a la dinámica de la formación continua y “en tiempo real” del profesorado. Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
Agrupamento Amato Lusitano
Paulo Almeida conta com todos 6 Paulo Almeida é o primeiro presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, de Castelo Branco. A nova coletividade pretende, de acordo com uma nota enviada ao nosso jornal, “introduzir as melhores práticas do que conhecemos no universo associações de pais”. Para além de Paulo Almeida tomaram posse, no passado dia 4, os restantes elementos dos corpos sociais. Assim no Conselho Executivo assumiram funções Norberta Pereira (vice-presidente), Ana Mariquitos (tesoureira), Elizabete Lopes (Secretária) e Nelson Correia (vogal). A Assembleia Geral é presidida por Juvenália Silva, a qual tem como secretários João Vilela e Sílvia Marcelino. Já o Conselho Fiscal tem como presidente Sandra Gamito e como vogais Paulo Pereira e Maria dos Anjos.
Paulo Almeida com Jorge Ascensão, presidente da Confap
A tomada de posse contou com a presença do presidente da Câmara de Castelo Branco, que reiterou a importância da escola para a comunidade, referindo que a autarquia é parceira e corresponsável das escolas. Na sessão esteve também presente o presidente da Confederação de Pais (Confap), Jorge Ascensão, que disse “sentir a necessidade das famílias e das autarquias entrarem na educação”; e o presidente do Agrupamento, João Belém, que mostrou empenho para “que a nova associação nos ajude a desenvolver o nosso trabalho”. Na mesma nota, é referido que após a tomada de posse foi feita uma reunião com as outras associações do distrito, para se debater a criação de uma federação de associações da Beira Baixa. K
NOVEMBRO 2015 /// 021
David Antunes
«Não sou contra a pirataria» 6 Foi o programa televisivo “5 para a Meia Noite” que deu o impulso que faltava à carreira do cantor, compositor e pianista David Antunes. É em 2014 que conquista os ouvidos do grande público com as primeiras canções. O álbum de estreia está para breve.
formas é de ganhar dinheiro com o YouTube. Fazes um bom videoclip e o YouTube paga-te. Para além da edição do disco e da estrada há mais objetivos para concretizar? O meu objetivo com a música é que as minhas filhas, um dia no carro, já na meia-idade, ouçam uma música na rádio e digam: aquilo era o meu pai. Até lá vamos fazendo o nosso percurso.
Há algum segredo para o sucesso? Todas as músicas precisam de um grande marketing por detrás. De rodar nas rádios, na Internet. Ser um sucesso pode não acontecer de imediato. A nossa ideia é gravar as canções e depois perceber se as pessoas gostam. Como são os vossos espetáculos? Costumamos tocar alguns originais num espetáculo que é composto por 80% de covers. A ideia é pôr as pessoas a cantar. Não quero despejar originais para depois as pessoas não se divertirem. A minha posição na música não é essa – é dar alegria às pessoas, e isso consegue-se cantando coisas conhecidas. E, no meio do alinhamento, vamos colocando alguns temas nossos. Daqui a 20 anos o concerto será feito só à base de originais. A ideia é, nessa altura, toda a gente conhecer e cantar connosco o nosso reportório. A sonoridade dos temas originais são influenciados pela sua vida? Em termos de letra são inspirados por experiências de vida. Coisas que me acontecem. O “Não Vai Acontecer” é uma história de vida. Estás tanto tempo atrás de uma pessoa até que percebes que não vai dar. O “Não Te Quero Mais” é baseado numa briga que tive com a minha mulher. A letra é aquilo que eu lhe disse e a resposta dela. Apenas limei os versos para rimarem e terem métrica musical. O “És o Meu Final Feliz” é uma música escrita no mundo da Vanessa Silva, que tem um mundo muito dela, de princesas e da Disney, por isso participa nessa canção. A “Hoje Não Estou P’ra Ninguém” evoca aqueles dias em que não nos apetece falar com ninguém. Dois dos singles editados têm a colaboração da Vanessa Silva na voz. Como aconteceu essa parceria? Somos amigos há alguns
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Hoje há mais tendência para cantar em português? Sim, e ainda bem. Temos de ser defensores da nossa língua e do nosso país como os outros são. Estamos num ponto de viragem. Antes o que vinha de fora é que era bom. Começamos a perceber que não somos apenas bons no futebol. K
anos. E no ano passado quando comecei a querer escrever e divulgar canções originais quis juntar o útil ao agradável. O primeiro single foi muito difundido. Talvez por ter sido o primeiro. Andamos a tocar há muitos anos e acabamos por fazer muitos amigos nas terras por onde passamos e entre a malta do meio musical e televisivo. Talvez por isso, tivemos muitas presenças na televisão durante 15 dias. O tema chegou às pessoas, mesmo que não associem a quem canta. Essa canção foi bem divulgada. Agora estamos a trabalhar nas outras. A Midnight Band é banda residente todas as quintas-feiras no programa “5 para a Meia Noite”, na RTP. Foi a plataforma ideal para divulgar as vossas músicas? Sim, essa é a nossa casa. Começámos uma carreira a sério no “5 para Meia Noite”. É lá que estreio sempre as novas músicas. Terá também ajudado a preencher a agenda de concertos. Não percebo como é que a malta ainda não se fartou de nós. Nos últimos dois anos temos andado a correr Portugal, de norte a sul. De festa em festa. Acho que o segredo é a alegria transmitida por cada um dos músicos que estão em palco. O público percebe que estamos ali
para nos divertir e que quando nós nos divertimos também eles se divertem.
que a internet rouba música, são as primeiras a meter música no YouTube. Existem mil programas para sacar música daí. Agora, há
Entrevista: Hugo Rafael (Rádio Condestável) _ Texto: Tiago Carvalho _
A Midnight Band tem laços familiares. Sim, e isso é bom, porque significa que vai durar largos anos, se não eternamente. A base da banda somos três irmãos. Somos uma família muito unida. Nunca brigamos. Já foram editados vários singles. No horizonte está o álbum de estreia? É o primeiro vai chamar-se “O Último”. Porque não acredito que o mercado da música esteja para aí virado. Hoje em dia o importante é ter singles e um videoclip engraçado para chamar a malta. Por isso, não tenho qualquer pressa em fazer um álbum físico. A minha preocupação é escrever músicas e tentar dar um bom espetáculo ao vivo para amanhã termos trabalho. Quanto ao álbum terei de dar um CD à minha avó e, olha, quando for velhinho poderei dizer que cheguei a editar um CD. O advento da era digital na música está associado à pirataria. As coisas estão bastante diferentes no mercado? Não sou nada contra a pirataria na música. Sempre houve, já com a cassete acontecia. No meio digital é simplesmente mais fácil. As pessoas que se queixam
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edições
gente e livros
Novidades literárias
Hélia Correia
7 TOP SELLER. Amor Cruel, de Colleen Hoover. Tate é enfermeira e muda-se para São Francisco, para casa do irmão Corbin, para estudar e trabalhar. Miles é piloto-aviador e mora no mesmo prédio de Corbin. Depois de se conhecerem de forma atribulada, Tate e Miles acabam por se aproximar e dar início a uma relação exclusivamente física. Para que esta relação exista, Miles impõe a Tate duas regras: «Não faças perguntas sobre o meu passado. Não esperes um futuro.»
LIVROS D’HOJE. ABC de Fernando Pessoa. As melhores citações retiradas da obra de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos. «Beber. Nunca cultives coisas absolutas, como a castidade absoluta ou a sobriedade absoluta.» «Despertar. O homem é um animal que desperta, sem que saiba onde nem para quê.» «Sonhar. O sonho é a pior das cocaínas, porque é a mais natural de todas.» GUERRA & PAZ. Viagem ao Fim do Coração, de Ana Casaca. Um romance que contém toda a vida: como a queremos e como a não queremos. A história de Luísa e Tiago é mais do que uma comovente história de amor. Conheceram-se num dia que pareceu conter uma vida inteira. Mas teriam ficado separados para sempre, se o pesadelo de um cancro, que rói o corpo e anuncia a morte, não os tivesse voltado a ligar, 16 anos depois.
D. QUIXOTE. Só se Morre uma Vez, de Rita Ferro. Que pensa uma mulher de 60 anos enquanto os homens se matam uns aos outros? Que a preocupa para além da crise e das guerras? Que utilidade lhe encontram, quanto vale para certas pessoas? Que amores ainda a podem surpreender? Que esperanças, que forças lhe restarão antes de se render à idade? Depois de Veneza Pode Esperar, a continuação do diário íntimo e intimista de Rita Ferro. ASA. Duas Vidas, de Jessica Thompson. Esta é quase uma típica história de amor. Quando os olhares de Sienna e Nick se cruzam, poderia ter sido amor à primeira vista... se Sienna não tivesse resistido com todas as suas forças. Nick é igualmente apanhado de surpresa e logo se arrepende de não ter agido a tempo. Mas o ritmo de Londres é implacável. Separados e engolidos pela multidão, sabem que a probabilidade de voltarem a encontrarse é quase nula. Quase... K
7 «Lillias julgou-se em cima de um ser vivo, porque parecia haver um sentimento na forma como o chão se debatia. Aquilo que dentre dele se resolvia levava-o rugir, ferido de morte. Escancarou uma enorme goela na encosta onde Lillias havia de encontrar-se, se tivesse avançado um minuto antes. A lama negra fumegava, como o bolo de alguma monstruosa digestão. O enxofre vinha directamente arremessado do inferno.» In «Lillias Fraser» Hélia Correia é uma escritora portuguesa contemporânea. Nascida em 1949, licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino Secundário. De acordo com a Porto Editora, “apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de 1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do
discurso poético”. Estreou-se na poesia com a obra «O Separar das Águas», em 1981, e «O Número dos Vivos», em 1982. A novela «Montedemo», encenada pelo grupo O Bando, dá à autora uma certa notoriedade.
Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia clássica, o que a levou a representar em «Édipo Rei» e a escrever «Perdição», levadas à cena, em 1993, pela Comuna. Entre as suas peças encontra-se também «Florbela», em 1991, que viria a ser encenada pelo grupo Maizum. Destacam-se ainda na sua produção os romances «Casa Eterna» e «Soma» e, na poesia, «A Pequena Morte/Esse Eterno Conto». Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra «Lillias Fraser». Venceu ainda o prémio literário Correntes d’Escritas/Casino da Póvoa com o livro de poesia «A Terceira Miséria». Foi galardoada com o Prémio Camões, em 2015. K Tiago Carvalho _ Direitos Reservados H
Universidade sénior fez 10 anos
Usalbíadas, a Usalbi em verso 6 O poeta albicastrense António Ribeiro lançou, aos 88 anos, o seu novo livro, “Usalbíadas”. A obra, propriedade da Câmara de Castelo Branco, tem a chancela da RVJ Editores, e constitui uma homenagem à Universidade Sénior Albicastrense (Usalbi) nos seu aniversário. A apresentação decorreu no Congresso que assinalou os 10 anos daquela instituição. Arnaldo Brás, presidente da Usalbi e da Associação Amato Lusitano, destacou a qualidade do livro e o facto da história da Usalbi e dos seus alunos ter sido escrita de uma maneira tão particular. De resto, o livro foi apresentado no Cine Teatro Avenida pelas investigadoras Maria de Lurdes Barata e Adelaide Salvado, as quais declamaram alguns excertos da obra, numa perfeita harmonia que cativou o muito público presente. António Ribeiro, autor, foi modesto nas palavras, lembrando que de uma forma simples procurou contar um pouco da história da universidade, na qual a sua esposa é aluna. António Ribeiro, que já em 2013 tinha lançado o livro “Poeira Dispersa”, também com a chancela da RVJ - Editores, começa este trabalho, que classifica como poema heroi-cómico, da seguinte forma: “As damas e os beirões assinalados/Que na USALBI da Pátria Lusitana/ Por mestres competentes ensinados/ Chegaram à maior cultura humana/E com unhas aos livros agarrados/Andaram cinco dias na semana/P’ra serem, no final dos seus estudos/Diplomados com grelos e canudos”. Durante a sessão, que encerrou um painel onde vários alunos e professo-
res deram o seu testemunho do que é pertencer à comunidade da Usalbi, João Carrega, diretor do Ensino Magazine, destacou o cariz da obra e a dimensão que a universidade sénior já alcançou, lembrando que “a nível nacional é uma das melhores instituições do género”. O livro foi distribuído gratuitamente, a todos os alunos, professores e público presente na cerimónia, como forma da Câmara de Castelo Branco (que patrocinou na íntegra esta publicação) e a Associação Amato Lusitano permitirem a que todos tivessem a oportunidade de ter acesso a uma obra que conta a história da Usalbi e que vem enriquecer o património cultural do concelho. K
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press das coisas
Pela objetiva de J. Vasco
Emmy Curl «Navia»
Vem dar uma volta no meu carrinho
3Depois de aguçar o apetite dos fãs e da imprensa com as canções incluídas nos dois primeiros EPs, os inspirados «Birds Among The Lines» e «Origins», Emmy Curl lança finalmente o seu primeiro álbum. «Navia» mostra o novo caminho trilhado pela versátil cantora e compositora transmontana. K
7 Ali mesmo, no esplendor da relva, mãe e filho segredavam afetos para a vida. Com a objetiva 70-200 mm aproximei-me, sem entrar na intimidade. Não me interessou quem eram, apenas a entrega. O enquadramento fechado parece dizer “isto é só entre nós”; o carrinho “viagem para sempre”, entre eles. K
Sony Smartband Talk 3 Deixe que a SmartBand Talk lhe diga como vive e como se move. Deteta quando esteve a correr, a caminhar e até quando esteve a dormir. Pode ver o seu progresso diário no visor. Tem ainda, no pulso, tudo de que precisa para fazer e receber chamadas. Custa 131,99 euros. K
Prazeres da boa mesa
Linguiça Frita com Cogumelos 3Ingredientes: 200gr Agaricus bisporus laminados 1/2uni Broa de Milho 3uni Dentes de Alho 300gr Linguiça cortada às Rodedas 1/2dl Azeite q.b. Sal e Pimenta de Moinho Preparação: Numa frigideira com o azeite quente, juntar a linguiça em rodelas. Quanto estiver frita, adicionar o alho e deixar alourar ligeiramente. Juntar os cogumelos e só depois de bem salteado se rectifica os temperos e consequentemente o sal. Servir sobre uma fatia de broa de milho. Dica: O sal se adicionado precocemente aos cogumelos irá precipitar a saída dos sucos. + informação: Agaricus é um grande e importante género de cogumelos, contendo tanto espécies comestíveis como venenosas, posPublicidade
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sivelmente com mais de 300 membros em todo o mundo. O género inclui o comum (“botão”) cogumelo (Agaricus bisporus) e o cogumelo do campo (Agaricus campetris), que é o cultivo dominante de cogu-
melos no Ocidente. As espécies de Agaricus apresentam geralmente frutificações carnosas, maioritariamente de tamanho médio a grande; o chapéu é hemisférico inicialmente, depois
convexo e finalmente mais ou menos aplanado ou ligeiramente deprimido, de cor embranquecida ou parda. O pé é cilíndrico e tanto regular como engrossado ou atenuado para a base; sempre porta um anel, mais ou menos desenvolvido, que pode ser persistente ou caduco e se separa com facilidade da carne do chapéu. K Mário Rui Ramos _ Executive Chef
Bocas do Galinheiro
Frank Capra:vale tudo na política?
Bandeira verde premeia escolas 6 A bandeira verde Eco-Escolas foi hasteada, no passado dia 11 de novembro, na Escola Cidade de Castelo Branco, do Agurpamento Nuno Álvares. No concelho albicastrense também foram distinguidas com aquele galardão as escolas Afonso de Paiva e a escola José Sanches, de Alcains. Esta distinção premia as boas práticas ambientais e foi atribuído às melhores escolas do país. K
cinco maiores prémios da Academia: melhor filme, melhor realizador, melhor actor, Clark Gable, melhor actriz, Claudette Colbert, e melhor argumento (adaptação) para Riskin. Uma história simples, em que tudo pareceria banal e linear, não estivesse por trás o Capra touch, (não é só o de Lubitch) com toda a sua riqueza de acontecimentos e peripécias que fizeram deste filme um arquétipo da comédia, aqui e ali a lembrar os filmes de aventuras e o policial. Outra obra prima, “Mr. Deedes Goes to Town” (1936) marca o reencontro de Capra com os Oscar. Foi o melhor realizador. O de melhor filme fugiu-lhe para “The Great Ziegfield”, de Robert Leonard. Gary Cooper, o protagonista também não conseguiu o seu. Aliás, só veio a arrecadar o Oscar honorífico em 1960, pelo reconhecimento duma carreira extraordinária. Depois de levar Mr. Deeds para a grande cidade onde o confrontou com as malhas da corrupção, três anos depois agarra em Jefferson Smith, tal como Deeds um zé-ninguém, um idealista que cita Lincoln, chefe dos escuteiros lá da terra, em suma, um herói à Capra: honesto e ingénuo e, nos tempos que corriam, dotado de um alto sentido patriótico. Desembarca-o em Washington onde, em política, nem tudo o que parece é. Em “Mr. Smith Goes To Washington” (1939), com o curioso título em português “Peço a Palavra”, coisa que os nossos deputados de vez em quando também deveriam pedir, nomeadamente para contrariar os interesses instalados e defender
aqueles que os elegeram, em vez do grotesco da disciplina de voto em favor do aparelho, o jovem Smith/James Stewart vai sentir isso na carne. Mais uma vez são o dinheiro e a corrupção a ditar as leis. Nesta leva de filmes de comprometimento de Capra com a América do New Deal, podíamos ainda lembrar “You Can’t Take it with You” (1938), outra vez com James Stewart, ou “Meet John Doe” (1941), primeiro filme da produtora de Capra e Riskin que não durou mais, de novo com Cooper e também Stanwyck. Desfeita a produtora, realiza para a Warner um dos filmes de referência na comédia americana: “O Mundo é um Manicómio”, com Cary Grant, de 1941, mas que só viria a estrear em 1944, uma vez que no período da guerra Capra faz alguns episódios da série de propaganda “Why We Fight”, bem como outros filmes relacionados com o conflito. O regresso fá-lo com “Do Céu Caiu uma Estrela”, até há pouco tempo presença certa na programação natalícia da RTP (vamos ver se passa este ano), este sim, um filme de serviço público! Vê-se, revê-se e cada vez mais gostamos da vida na terra, porque até os anjos gostariam de ficar. Enfim, toda a eficácia e talento de Capra num filme inesquecível com um também inesquecível George Bailey/James Stewart. São filmes como estes e realizadores como Frank Capra que nos fazem gostar mais e mais de cinema. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
galardão eco-escolas
7 Há que relembrar Frank Capra. Para mim tenho-o como um dos realizadores de lugar cativo na minha lista de imprescindíveis. Nascido em 1897 em Bisaquine, uma pequena aldeia na Sicília, como Francesco Rosario capra, começou a sua carreira no cinema em 1922, altura em que era um engenheiro químico desempregado, com a direcção da produção independente da curta-metragem “Fultah Fisher’s Boarding House”, uma adaptação do poema de Ruidyard Kipling. Nos anos seguintes foi de tudo um pouco: redactor de legendas, montador, argumentista e inventor de gags, de que seriam célebres os que criou para Hal Roach e Mack Sennett, até que em 1926 começou a realizar filmes para Harry Langdon, um popular cómico do mudo, como “Atleta à Força” e “Calças Compridas”, até ser despedido em 1927 quando Langdon decidiu ser ele a realizar. Capra fica sem trabalho mas filma ainda para a First National “For the Love of Mike”, primeiro encontro com Claudette Colbert que se estreava neste filme. Em 1928 é contratado pela Columbia, um dos três pequenos estúdios a par da United Artists e da Universal, os cinco grandes eram a MGM, Paramount, Fox, Warner Brothers e RKO, onde fica até 1941 e onde realizará o melhor da sua obra. Dos 25 filmes para a futura major, nove fá-los nos primeiros doze meses na casa. É obra! Na Columbia tornase conhecido como artífice de confiança para produções rentáveis e eficientes, e de estilo indiferenciado: desde dramas de acção militar, como “Submarine”, “Fligfht” e “Dirigible”, histórias de jornais, como “The Power of the Press” e melodramas de que se destacam “Ladies of Leisure” e “The Miracle Woman”, com Barbra Stenwyck. Mas, seria a comédia “Platinum Blonde”, de 1931, que marcaria a viragem na carreira do então jovem realizador. Aí começou também a profícua associação entre Capra e o argumentista Robert Riskin que se notabilizaria numa série de comédias de sucesso, como instrumentos e veículos do espírito do New Deal de Roosevelt, nas quais criaram a que ficou conhecida como a “Capriskin Formula”: o idealista individual contra as instituições corruptas. A primeira produção de Capra e Riskin, “American Madness”, de 1932, introduz a assinatura da equipa no tema e o herói idealista, um dedicado banqueiro, Walter Huston, pai de John, em luta contra homens de negócios sem escrúpulos. O reencontro com Riskin dá-se em “Uma Noite Aconteceu”, vencedor em 1934 dos
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ensino superior
Formação de docentes com contributo português 6 Os investigadores João Ruivo (ex-vice presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco; membro da Comissão Científica do Centro de Investigação de Políticas e Sistemas Educativos - CIPSE - do Instituto Politécnico de Leiria; e diretor fundador do Ensino Magazine) e Helena Mesquita (do Instituto Politécnico de Castelo Branco - ESE), foram responsáveis pela conceção e redação dos capítulos referentes à formação permanente de professores em Portugal, num Manual Internacional, oInternational Handbook of Teacher Education, Training and Re-training Systems in Modern World. Desta obra, acabam de sair nesta semana as edições em inglês e em grego, estando em preparação as edições em russo e chinês. Já à venda no site americano da Amazon (www.amazon.com), o Manual recolhe o que de mais recente tem sido praticado sobre a formação de professores ao longo da sua vida profissional, em todos os países do mundo, porque se considera que, numa sociedade em constante evolução, a informação sobre a formação permanente é de primordial importância para professores, educadores e investigadores em Ciências da Educação. Do novo Manual, encontra-se em análise
a possibilidade dos investigadores João Ruivo e Helena Mesquita assumirem a responsabilidade da edição em língua portuguesa, tendo em vista os mercados emergentes do Brasil e dos Palops. Segundo os autores albicastrenses, em declarações ao Reconquista, “o debate sobre a profissionalização dos docentes continuará sempre em aberto. Colocando de parte o terreno da pura retórica, há que continuar a confrontar a teorias mais emergentes com os
resultados práticos da sua implementação se quisermos que os professores continuem a desempenhar o seu trabalho com autonomia, integridade e responsabilidade. Sabemos que as sociedades modernas favorecem e incrementam, em todas as atividades profissionais, o pensamento crítico e reflexivo, mas também muita dose de ceticismo e desânimo, face à ausência de reconhecimento social e institucional desse seu esforço complementar ao acompanharem os desafios da mudança
permanente, exigidos pela sociedade do conhecimento”. “Nesta perspetiva, adiantam ainda, cada capítulo, além das partes descritivas, analisa todos os sistemas de formação contínua de professores e os sistemas de reconversão profissional de cada país”. No extenso “Handbook” a intenção dos editores (Prof. K. Karras e Prof. C. Wolhuter) foi, segundo o prefaciador (Prof. Robert Cowen), a de atualizar uma área que constitui a maior das importâncias no diálogo moderno em educação e formação de professores em todo o mundo, focada sobre os professores e educadores que trabalham em sistemas de ensino obrigatório. Recorde-se, tal como, na altura, o Reconquista noticiou, João Ruivo e Helena Mesquita já haviam participado numa edição, em 2010, prefaciada pelo Prof. Gaston Mialaret, de um outro Manual Internacional - o “International Handbook of Teacher Education Worldwide”, dedicado à formação inicial de professores e de educadores nos diferentes sistemas educativos mundiais, editado em dois volumes, com cerca de duas mil páginas, e do qual acaba de sair uma segunda edição. K
Volkswagen lança novo Golf em 2016
Suzuki mostra novo Ignis
3 O próximo VW Golf deverá ser lançado no final de 2016. O Golf VIII será uma atualização do modelo atual, onde a marca alemã deverá aproveitar para autalizar a plataforma modula MQB. Uma das principais novidades do modelo será uma nova versão híbrida a gasolina mais frugal, a anunciar 4,7 l/100 km reais. Para isso o automóvel conta com a introdução de um sistema híbrido de 48V. K
3 O novo Suzuki Ignis foi apresentado ao público japonês, na sua versão de produção. O novo modelo junta diferentes conceitos, nomeadamente um crossover compacto e um hatchback, deverá trazer debaixo do capot os mesmos motores do protótipo, um híbrido com um motor 1.2 a gasolina e 1.0 turbo Boosterjet a gasolina. O nome Ignis ainda não foi confirmado quando o modelo chegar ao mercado europeu, no decorrer de 2016. K
Renault Talisman no próximo ano 3 É já em Abril que chega a Portugal o Renault Talisman. O modelo contará com três motores diesel: 1.5 dCi de 110 cv, 1.6 dCi 130 cv e 1.6 dCi twinturbo de 160 cv. Os dois primeiros associados a caixas manuais de seis velocidades e a EDC de dupla embraiagem e o mais potente do com caixa EDC. Os preços iniciam nos 32 000 euros do 1.5 dCi. O 1.6 dCI de 130 cv custa 34 000 euros e o dCi de 160 cv custará 39 500 euros. K Publicidade
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IP Santarém
Welcome day em Rio Maior 6 O Instituto Politécnico de Santarém, através da IPSantarém International School, organiza o “Welcome day”, no dia 19 de novembro, pelas 10 horas, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, com o objetivo de acolher os estudantes internacionais. Esta atividade contará
com as intervenções do presidente do Instituto Politécnico de Santarém, Jorge Justino e o do diretor da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, João Moutão. Os estudantes internacionais participarão em atividades académicas e desportivas, com a contribuição de docentes e estudantes da escola. K
Poliempreende
Politécnico de Santarém no pódio
6 O Instituto Politécnico de Santarém conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o 2º prémio a nível nacional do concurso Poliempreendre, informou a instituição. Diogo Afonso Morgado, estudante da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, do curso de
Licenciatura em Gestão das Organizações Desportivas, foi distinguido com o projeto “Individual Training”. A entrega dos prémios decorreu no dia 9 de outubro, no Instituto Politécnico de Leiria, entidade organizadora, e contou com a presença
de Maria Teresa Azoia, que também obteve o ano passado o segundo lugar a nível nacional neste mesmo concurso, para o IPSantarém, com o projeto “Iellow”, da Escola Superior Agrária, e que tem sido um sucesso em termos de projeto de empreendedorismo. K
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Portalegre
Diretor da ESE preside à Aripese 6 O diretor da Escola Superior de Educação de Portalegre é o novo Presidente da ARIPESE, Associação de Reflexão e Intervenção na Política Educativa das Escolas Superiores de Educação. Luís Miguel Cardoso foi eleito, em Leiria, em reunião da Assembleia Geral desta associação. Os onze representantes das Escolas Superiores presentes votaram por unanimidade na lista liderada pelo diretor da ESE de Portalegre. O objetivo principal da ARIPESE é a intervenção na definição das políticas educativas em todas as áreas que constituem o âmbito de atuação das Escolas Superiores de Educação.
A ARIPESE representa as Escolas Superiores de Educação e apenas a Guarda não integra esta associação. A ARIPESE já está a preparar o seu próximo Encontro Nacional que se irá realizar na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre. K
Politécnico da Guarda
Livro sobre Toponímia 6 “Desafios e Constrangimentos do Estudo da Toponímia - Intervenções e contributos” é o título do livro que foi apresentado, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Esta nova publicação do IPG integra algumas das intervenções proferidas nas duas últimas edições do Fórum sobre Toponímia, falando sobre “A Toponímia, património imaterial das comunidades urbanas e sua ideologização” (Carlos Ferreira Caetano), “Materiais, formato e suporte da toponímia no distrito da Guarda” (Augusto Moutinho
Borges, Vitor Roque), “Toponímia e Memória Social” (Dulce Helena Borges), “A II Guerra Mundial nas ruas da Guarda” (Tiago Agostinho Tadeu), “À Descoberta de conexões Toponímicas de Vilar de Amargo” (Urbana Bolota Cordeiro), “Ladislau Patrício: um médico/escritor na toponímia guardense” e “Reflexões, problemática e Contradições na Toponímia”. Este livro foi apresentado no decorrer do IV Fórum sobre Toponímia, que decorreu no dia 30 de Outubro no Auditório dos Serviços Centrais do Politécnico da Guarda. K NOVEMBRO 2015 /// 027
Aniversário
Politécnico do Porto
Instituto Politécnico de Leiria faz 35 anos
Carlos Ramos distinguido no Brasil
6 O Instituto Politécnico de Leiria assinala, já depois do fecho da nossa edição, a 17 de novembro, o seu 35º aniversário. A iniciativa coincide com a sessão solene de abertura do ano letivo, a qual contará com a presença do ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação de Cabo Verde, António Correia e Silva, o qual falará sobre o tema “O Ensino Superior numa sociedade
UBImedical recebe escolas T O Laboratório de Estudos dos Efeitos de Exposição ao Radão (Labexporad) recebe, a 25 de novembro, alunos das escolas do concelho da Covilhã, que terão oportunidade de descobrir alguns segredos da física, numa iniciativa inserida na Semana da Ciência e da Tecnologia 2015. Sandra Soares, coordenadora do Labexporad, e promotora da iniciativa explica que “a Física está em tudo o que nos rodeia desde que nos levantamos e abrimos a cortina deixando o Sol entrar até chegarmos à cozinha e aquecermos o leite no micro-ondas. Queremos mostrar aos mais pequenos que a Ciência é uma atividade acessível a todos e que está ao alcance de qualquer um”. K
Coimbra com patente de diagnóstico T ‘Sequências perfeitas para sistemas de comunicação’ é o título do livro de João Pereira, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, que foi apresentado a 8 de outubro, na Biblioteca José Saramago, em Leiria. A obra destaca os atuais sistemas de comunicação Code Division Multiple Access (CDMA) e Optical Code Division Multiple Access (OCDMA), que utilizam conjuntos matemáticos de sequências, com boas propriedades de autocorrelação e correlação cruzada. Doutorado em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade de Coimbra, João Pereira é investigador do Instituto de Telecomunicações, além de docente no Politécnico de Leiria. K
Refugiados: Algarve é parceiro T A Universidade do Algarve é parceira da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) e disponibiliza-se a contribuir para a
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em transformação e em busca do reforço de integração lusófona”. A Sessão Solene decorre às 14H30, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria. Nesta cerimónia o Ensino Magazine marcará presença na cerimónia, com a entrega da bolsa de mérito a um dos melhores alunos do IPLeiria e de uma salva comemorativa dos 35 anos da instituição. K
receção dos refugiados que venham a ser acolhidos no Algarve, nomeadamente através da oferta de cursos de Língua e Cultura Portuguesa e de outras iniciativas semelhantes que possam ajudar na integração dos que ali chegarem. Esta colaboração surge no seguimento da colaboração que tem vindo a manter com a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, iniciativa promovida, em Portugal, pelo expresidente da República Jorge Sampaio. K
Aveiro cria sistema de alerta TUm grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um sistema eletrónico de transmissão de dados para motociclos que se ativa automaticamente quando há um acidente, enviando em tempo real para as unidades de saúde um alerta com a informação do local e dados biográficos e médicos da vítima. O sistema, preparado para ser aplicado em qualquer tipo de motociclo, independentemente da marca ou da idade, pretende possibilitar uma assistência médica mais rápida em caso de acidente e, com isso, ajudar a diminuir drasticamente as eventuais sequelas dos ferimentos no motociclista. K
Filme do Minho no Brasil T A curta-metragem Biston Betularia, de Ive Machado, aluno Erasmus de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho, foi selecionada para o Panorama Internacional Coisa de Cinema, que reuniu no Brasil centenas de realizadores, produtores e atores de todo o mundo. O documentário retrata o quotidiano de Elvio dos Santos, ex-aluno cabo-verdiano do mestrado em Economia Monetária, Bancária e Financeira da UMinho, que entretanto regressou ao seu país natal. “Enquanto estudante de Erasmus, apercebime que existiam privilégios para com algumas pessoas e uma certa ‘alergia’ para com os que vêm do sul. Figurar ao lado de grandes nomes é um prazer. A UMinho foi o ponto de encontro. O grande segredo por detrás da educação são as relações”, explica o realizador brasileiro de 22 anos. K
6 Carlos Ramos, vice-Presidente do Instituto Politécnico do Porto (IPP), acaba de receber a Comenda do Conselho dos Reitores dos Institutos Federais do Brasil (CONIF), em sinal de reconhecimento ao serviço prestado à Educação Profissional, Científica e Tecnológica no Brasil. Trata-se da primeira individualidade de uma instituição de fora do Brasil a receber a distinção máxima atribuída pelo CONIF. A entrega da comenda decorreu a 20 de outubro, na cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará, durante a 39ª Reunião Anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica, na presença do Secretário Nacional do MEC/Brasil, Marcelo Feres, num evento que contou com cerca de mil participantes. Carlos Ramos nasceu em São Paulo e vive em Portugal há 37 anos. O docente tem-se destacado na implementação de programas para o intercâmbio de estudantes entre o Politécnico do Porto e os Institutos Federais, para a formação dos servidores (funcionários não docentes) e intercâmbio de docentes com estas instituições do Brasil. O IPP Publicidade
coordena vários projetos europeus e nacionais conjuntos com Institutos Federais do Brasil, quer ao nível da pesquisa, inovação pedagógica e de colaboração e mobilidade internacional. K