Ensino Magazine Edição nº208

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junho 2015 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No208 Distribuição Gratuita

www.ensino.eu Suplemento Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

universidade

Joana Vasconcelos dá bolsa em Évora C

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Politécnico

IPCB aposta na internacionalização C

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gala do desporto

Politécnico de Leiria distingue os melhores C

Entrevista exclusiva

Rui Costa parte à conquista do Tour

A poucos dias do início da Volta a França, Rui Costa fala sobre as suas ambições na mais importante prova velocipédica do mundo e do sonho que seria chegar a Paris vestido de amarelo.

«Fala-se demais dos corpos e menos da mente»

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world federation

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Direitos Reservados H

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Jéssica Athayde, em entrevista

Politécnico da Guarda apresenta cursos Joaquim Mourato na direção

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empreendedorismo

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Assinatura anual: 15 euros

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Rui Costa, ciclista

«Um português à conquista do Tour» 6 A poucos dias do início da Volta a França, Rui Costa fala sobre as suas ambições na mais importante prova velocipédica do mundo e do sonho que seria chegar a Paris vestido de amarelo. Estamos a poucas se-

manas do início da Volta a França, que principia a 7 de julho em Utrech, na Holanda. Quais as suas perspetivas para uma corrida em que, ao contrário dos outros anos, está a apostar forte, tendo mesmo prescindido da Volta à Suiça, prova que

ganhou três vezes? Antes de mais obrigado pela oportunidade que me dão de falar com os adeptos do ciclismo em Portugal. Eu não estou a apostar mais nem menos no Tour, apenas fiz uma pequena alteração de ca-

lendário para testar em que forma física chego à Volta à França. A minha preparação para as corridas é sempre a mesma, treinos fortes de montanha e o calendário idêntico. Vamos lá ver como corre. Apenas posso prometer o meu melhor.

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É sabido que o ciclismo é uma modalidade que conta com muitos imponderáveis. Quedas, um dia mau, o ano passado abandonou devido a uma bronquite, etc. Dava-se por satisfeito com um lugar nos 10 primeiros e uma vitória de etapa no Tour? O ano passado, comecei a segunda semana com bronquite e continuei em competição por mais uma semana. O meu estado de saúde agravou para uma broncopneumonia e fui mesmo obrigado a desistir, caso contrário podia estar a por em risco a minha carreira ou

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até a minha própria vida. Se eu ficaria feliz com um top 10? Sem dúvida que sim. Se ficaria feliz com uma vitória de etapa? Muito. Se fossem as duas juntas? Seria fantástico, mas difícil de conciliar. O Tour deste ano tem sete etapas de montanha, cinco finais no topo, um contra relógio individual e um contra relógio por equipas. Em termos teóricos o traçado encaixa nas suas características? O Tour encaixa sempre nas características de trepadores, corredores pequenos e leves ;


Resumidamente é um dia stressante...uma correria. Despertamos e vamos logo tomar o pequeno-almoço. Depois passamos cerca de cinco horas em prova. Terminamos por volta das 17 horas a competição. Entre massagem e jantar está terminado o nosso dia. Não sobra tempo para mais nada..

que passem melhor as montanhas, que é onde se faz a diferença. Eu não sou trepador, nem rolador nem sprinter. Sou um corredor que se defende em todos os terrenos, mas não sou especialista em nenhum deles. Por isso, é difícil saber até que ponto posso um dia estar na discussão de uma grande volta tão dura como é a Volta a França.

Já sonhou chegar a Paris de camisola amarela ou esse objetivo é mais real do que se pensa?

A regularidade é uma das suas características. Ocupa, atualmente, o 9.º lugar do ranking da UCI. Aos 28 anos sente que está no seu período de maior maturidade desportiva e na plenitude física e psicológica?

É o sonho de todos os ciclistas, visto que o Tour é a nossa competição mais importante. Mas para já não passa disso mesmo, de um sonho.

Sem dúvida que me sinto a evoluir um pouco de ano para ano e me sinto mais seguro psicologicamente. Mas esta modalidade também depende da sorte e isso não se consegue controlar em nenhuma idade ou em qualquer condição física.

Joaquim Agostinho conserva o estatuto de português com o melhor desempenho no Tour com dois terceiros lugares. Nasceu dois anos depois da morte de Agostinho, tragicamente falecido, depois de uma queda na Volta ao Algarve. Daquilo que sabe e que leu, que traços destaca do que ainda é considerado o melhor ciclista português de todos os tempos?

Transferiu-se este ano dos espanhóis da Movistar para os italianos da Lampre. Como chefe de fila confia na qualidade da sua equipa para o trabalho que tem de fazer para si? Claro que sim, temos uma equipa muito boa e muito forte. Juntos daremos o nosso melhor para fazer o melhor resultado possível no Tour.

A principal característica que destaco é a sua força. Tinha uma força bruta impressionante e nada lhe metia medo. Um grande senhor que eu admiro e tento seguir as suas pisadas.

Para quem não sabe, como descreveria o dia de um ciclista numa grande prova, como o Tour, o Giro ou a Vuelta, desde que acorda até que se deita?

O dia mais feliz da sua carreira desportiva foi a vitória no mundial de estrada de Florença, em 2013. Trocava um triunfo no mundial de estrada por ;

Rui Costa é um dos melhores ciclistas portugueses da atualidade. Na foto em cima surge acompanhado do presidente da cidade de Montréal, Denis Coderre

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uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro?

É preciso representar uma equipa da elite do ciclismo para ser bem remunerado?

É uma resposta difícil. O melhor mesmo é tentar outra medalha e não ter que escolher (Risos).

Sem dúvida que no escalão World Tour somos muito melhor remunerados. Além disso, existem os prémios das vitórias e sim, dividimos os prémios pelos colegas e auxiliares que trabalham todos juntos para que um possa ganhar.

É incontornável falarmos de doping. O caso Lance Armstrong está ainda muito presente, apesar dos controles serem frequentes em treino e corrida e do passaporte biológico. Para quando uma modalidade limpa, credível e livre de batoteiros? O ciclismo é a modalidade com mais controlos anti-doping. Mesmo assim, segundo as últimas estatísticas, o ciclismo não está no top das modalidades com mais casos de doping. Pelo que sei, nem em Portugal nem a nível internacional. Mas, infelizmente, os media apontam o dedo sempre na mesma direção e sem razão. Arrisco-me a dizer que nos dias de hoje, a nossa modalidade é das mais limpas de todo o desporto. O que há muitos anos atrás era regra no ciclismo, hoje representa uma exceção. No ciclismo já se mudaram as mentalidades. O próximo passo será mudar as mentalidades dos jornalistas. Porventura muitas pessoas não sabem, mas os prémios ganhos no ciclismo, especialmente nas grandes provas são a dividir por todos os elementos da equipa. Publicidade

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CARA DA NOTÍCIA 6 Rui, o Comendador Rui Costa nasceu em Aguçadoura, Póvoa de Varzim, a 5 de outubro de 1986. Começou no atletismo, aos 11 anos, mas aos 13 envereda pelo ciclismo para a formação do Guilhabreu. Segue-se a equipa do Santa Maria da Feira e o Benfica. Em 2009, inicia a sua aventura no estrangeiro na Caisse d’Epargne e depois a Movistar Team. Este ano assinou pelos italianos da Lampre. Tem como principais feitos no seu palmarés o título de campeão do mundo de estrada, em Florença, 2013, a vitória em três edições consecutivas da Volta à Suiça e três etapas da Volta e França, em 2011 e 2013. O seu melhor registo no Tour é um 18.º lugar na geral. Atualmente ocupa o 9.º lugar no ranking da União Ciclista Internacional (UCI), tendo já sido 4.º, a melhor classificação de sempre de um ciclista português. A 27 de maio, recebeu das mãos do Presidente da República, o título de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, pelos relevantes serviços prestados ao país. K

Uma pergunta de educação para concluir. Houve tempos em que os ciclistas pouca ou nenhuma formação tinham. Entretanto, o panorama mudou, estes atletas são, globalmente, pessoas informadas, recorrem às novas tecnologias para melhorar a sua performance e têm um discurso fluído. Em que medida é que este novo perfil do ciclista moderno contribui para melhorar o desempenho em estrada? Eu confesso que não sou o melhor exemplo, mas tento melhorar dia a dia. O bem falar e agir, é sem dúvida importante para deixar um bom exemplo para os mais jovens que nos seguem e de modo a passar uma boa imagem deste desporto que tem vindo a crescer ano após ano. K Nuno Dias da Silva _ Facebook Oficial H   

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Coimbra desenvolve Verão gratuito na Nova SBE T O programa de verão da Nova School of Business and Economics (Nova SBE) ‘Futuros Líderes – Introdução à Gestão e à Economia’ regressa, de 6 e 10 de julho, com um programa irresistível para quem está inscrito no 11 e 12º e assenta em três vetores principais: ambiente de proximidade e contacto com alguns dos melhores professores da Nova SBE; interação com empresas e instituições de referência na economia global e partilha do espírito académico através de atividades programadas pelos Clubes e Associação de Estudantes. A carga horária permite acumular 3 ECTS, válidos para uma futura licenciatura na Nova SBE, mas a frequência do programa não garante o acesso às licenciaturas da escola. K

Técnico e Coimbra no BioCamp 2015 T Ana Raquel Martins, estudante da Universidade de Coimbra, e Miguel Casteleiro Ferreira, estudante do Instituto Superior Técnico, são os jovens talentos que vão representar Portugal no BioCamp 2015, um seminário de quatro dias que reúne na sede da empresa Novartis, em Basileia, um grupo restrito de 60 estudantes de todo o mundo, dando-lhes a conhecer a indústria farmacêutica. Ana Raquel Martins é mestre em Ciências Farmacêuticas na Universidade do Porto e frequenta o doutoramento em Neurociências da Universidade de Coimbra em colaboração com a University School of Medicine, em Nova Iorque. A estudante de 30 anos é estudante associada da startup Harlem Biospace, em Nova Iorque. Miguel Casteleiro Ferreira concluiu Ciências Biomédicas na Universidade da Beira Interior, é pós-graduado do curso geral de Gestão, da Nova School of Business and Economics, e está atualmente no mestrado em Bioengenharia e Nanossistemas no Instituto Superior Técnico. O estudante de 24 anos é também o cofundador e gestor da empresa TrendyTurtle. K

Google financia Universidade de Coimbra T Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

desenvolveu um novo modelo informático, relevante para a aplicação de uma nova geração de sistemas de reconstrução 3D de ambientes urbanos. O projeto chamou a atenção da Google, que o selecionou no âmbito de um concurso mundial de ideias muito competitivo, com taxas de aceitação na ordem dos 15 %, e posteriormente o financiou. A pesquisa, iniciada em janeiro de 2014, é liderada pelos investigadores Carolina Raposo, João Barreto e Gabriel Falcão. K

Aveiro forma em Business Analysis T A Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro e a PPM Coachers vão realizar, de 30 de junho a 8 de julho, uma ação de formação em Business Analysis Framework, que decorre nas instalações da universidade. A formação terá uma duração de 24 horas, repartidas por quatro dias e destina-se a business analysts, gestores da procura, gestores da relação, analistas de requisitos e outros intervenientes em processos de Business Analysis de uma organização. K

Faculdade do Porto assina com a China

Vacina Antiterrorismo 6 Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) desenvolveu uma vacina nasal para cenários de ameaça fatal de bioterrorismo com antraz, que poderá vir a ser administrada por qualquer pessoa numa situação de perigo público. A vacina nasal desenvolvida pela equipa da UC atua no local onde o antraz é inalado, impede que ocorra infeção e desenvolvimento da doença numa fase mais precoce, podendo ser mais eficaz do que uma vacina injetável. A introdução no mercado de uma vacina deste tipo poderá dissuadir a utilização de armas biológicas com antraz. O trabalho de três anos, liderado pela investigadora do CNC e docente da Faculdade de Farmácia da UC, Olga Borges, deu origem a “uma vacina nasal contra

o antraz inalado que promove a produção de anticorpos protetores nas mucosas, formando uma barreira à entrada do antraz na corrente sanguínea”. A vacina nasal desenvolvida na UC foi testada com êxito em

animais de laboratório, mas são necessários novos estudos para confirmar a sua eficácia em humanos. A formulação desenvolvida poderá ser aplicada a outras vacinas, tais como a vacina contra a hepatite B. K

João Mano recebe bolsa europeia

2,5 milhões para o Minho

T A Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) formalizou a 1 de junho um protocolo de cooperação com o ateliê chinês A+E Design CO, Ltda, assente num programa anual de estágios dirigido aos recém-licenciados (até um ano após a conclusão do curso) e estudantes do 5º ano do Mestrado Integrado em Arquitetura da FAUP. O protocolo prevê a seleção, por ano, de três a cinco estudantes da FAUP, para a realização de estágios no ateliê, localizado na cidade de Shenzhen, na China, com a duração mínima de três meses e a máxima de seis. Os estágios serão remunerados e incluem subsídio de estadia e alimentação. K

6 O investigador João Mano, da Universidade do Minho, acaba de receber a bolsa científica mais prestigiada na Europa, pelo que vai receber 2,5 milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação para um projeto que prevê a regeneração de tecidos humanos. O projeto “ATLAS” de João Mano quer conseguir regenerar osso humano, fintando milhões de anos de evolução. A ideia é replicar exemplos de animais como a salamandra, que em pouco tempo retoma a capacidade funcional e anatómica de um membro amputado. Vão ser criados em laboratório pequenos reservatórios, combinando células do paciente com

Nova Faculdade da Católica Braga

Universidade de Coimbra e a Universidade Aberta

T A Universidade Católica Portuguesa decidiu criar, no Centro Regional de Braga, a Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, que entrou em funcionamento a 1 de junho e mantém os cursos existentes nas duas faculdades que lhe deram origem, a de Filosofia e a de Ciências Sociais. A Companhia de Jesus manterá a presença que possuía na Faculdade de Filosofia e apoiará a nova Faculdade, sobretudo no processo de internacionalização. K

biomateriais porosos, que deverão depois proliferar e formar um tecido “vivo”. Este será então implantado estrategicamente dentro do paciente, através de uma cirurgia não invasiva, favorecendo a substituição do defei-

to ósseo. “Na construção destes reservatórios teremos que saber condensar as combinações ótimas de vários tipos de células, ingredientes e estruturas, para serem bem aceites pelo sistema imunológico e vascular do paciente, integrarem-se nos tecidos circundantes e poderem guiar e estimular a regeneração, de modo autorregulado e sem ajuda exterior”, diz João Mano. Esta é a décima bolsa avançada que vem para Portugal em nove anos, a oitava para cientistas de nacionalidade portuguesa, sendo a segunda da Universidade do Minho. É atribuída a cientistas de topo e com projetos altamente competitivos, que rasgam as fronteiras da ciência. K

Consórcio assinado 6 A mais antiga instituição de ensino superior portuguesa, a Universidade de Coimbra, e a mais jovem, a Universidade Aberta, vão associar-se em consórcio, como o objetivo de responderem “aos desafios colocados ao ensino superior pelas novas tecnologias de comunicação, e tornar-se na oferta de referência de ensino a distância em língua portu-

guesa no mundo, sem exclusão de outras línguas, em todas as áreas do conhecimento, afirmam os reitores das instituições, respetivamente João Gabriel Silva e Paulo Dias. A Universidade de Coimbra consegue, com esta parceria, oferecer licenciaturas, mestrados e doutoramentos à distância, ou em regime misto, para

além de alargar substancialmente a sua oferta de cursos não conferentes de grau, beneficiando do grande conhecimento que a Universidade Aberta possui sobre este tipo de ensino. A Universidade Aberta alarga a sua oferta educativa, consolidando a sua presença internacional, em particular nos países de língua portuguesa. K

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A estudantes da Universidade de Évora

Filme do Algarve com trailer

Joana Vasconcelos dá Bolsa

6 A artista plástica Joana Vasconcelos participou, este mês, em Évora na cerimónia de homenagem aos Mecenas do Fundo de Apoio Social aos Estudantes da UE (FASEUE). A artista esteve na Universidade de Évora para assinar, em nome da Fundação Joana Vasconcelos, um protocolo que que vai permitir a atribuição de bolsas anuais a alunos da Escola de Artes da UE. A Bolsa Joana Vasconcelos é concedida pelo período de um ano letivo, podendo os bolseiros apresentar anualmente nova candidatura, sendo o valor a atribuir por cada bolsa de 500 euros mensais. No primeiro ano de entrada em vigor do protocolo é atribuída uma bolsa a um aluno do 2º ano dos 1ºs ciclos em Artes Visuais – Multimédia e em Design. No segundo ano são atribuídas duas bolsas, uma a um aluno do 2º ano e outra a um aluno do 3º ano. No terceiro ano e nos anos seguintes são atribuídas três bolsas, uma a um aluno do 2º ano e as restantes a dois alunos do 3º ano das mesmas licenciaturas. Um dos principais objetivos da FJV é o apoio à educação pela Arte. Nesse sentido, a FJV atribui bolsas

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de estudo e de investigação ou subsídios a projetos e iniciativas no domínio das Artes. Consciente da sua responsabilidade social e das dificuldades que a sociedade portuguesa hoje enfrenta, nomeadamente as famílias com estudantes que frequentam o ensino superior, e para colmatar questões como o insucesso ou o abandono escolar, a Universidade de Évora criou, em 2012, o FASE-UE, para o qual contribuem diversos mecenas, que de ano para ano têm vindo a crescer.

O FASE-UE tem como objetivo prestar apoio aos estudantes em situação de emergência social ou com manifestas e comprovadas dificuldades económicas. O apoio prestado a cada aluno tem a duração de um ano letivo, podendo cada aluno candidatar-se em anos letivos seguintes, e pode envolver, de acordo com o grau de necessidade apurado, o pagamento total ou parcial da propina respeitante ao ano em questão, senhas de refeição e/ou comparticipação dos custos de residência universitária. K

Estudo da UTAD conclui

Povo não quer medicamentos

6 Cerca de 66% dos residentes nos distritos de Vila Real e Bragança rejeitam a toma de medicamentos prescritos pelo médico e, destes, 63% são portadores de doenças crónicas. Os dados fazem parte da dissertação de mestrado ‘Identificação dos fatores que influenciam a adesão à terapêutica: a realidade transmontana’, de Simone Moura, que foi desenvolvida na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e constitui o primeiro trabalho sobre a adesão à terapêutica na população transmontana alguma vez desenvolvido. “São valores preocupantes. Há doenças que não podem deixar de ser tratadas, sob o risco de colocarem em causa a segurança dos doentes e de outras pessoas, nomeadamente as doenças cardiovasculares e mentais”, alerta Paula Oliveira, investigadora do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB). Além disso, a também orientadora da dissertação frisa que a prática “implica um maior recurso aos cuidados de saúde e gastos acrescidos

no sistema nacional de saúde e para os próprios doentes”. Os dados apurados adiantam que 42% dos inquiridos deixam de tomar a medicação devido a efeitos secundários ou reações adversas e que 18% interrompem o tratamento por não sentirem melhorias. Já 8% da população não cumpre a medicação por falta de recursos económicos. “Quisemos avaliar a prevalência e a natureza da falta de

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adesão aos medicamentos, e quais os fatores que lhe estão associados. Concluímos que são os baixos rendimentos económicos, a idade avançada e uma baixa literacia os responsáveis por uma fraca adesão à terapêutica”, revela Paula Oliveira. Participaram na amostra 1500 pessoas, 900 mulheres e 600 homens, com uma média de idades de 56 anos, residentes na região de Trás-os-Montes e Alto Douro. K

O Livro dos Mortos 6 O trailer do filme interativo ‘O livro dos Mortos’, o segundo do projeto ‘Os caminhos que se bifurcam’, já poder ser visto em https:// vimeo.com/127651062. Sedeado no Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) e desenvolvido na linha de investigação aplicada “Criação de artefactos digitais”, no seio da Universidade do Algarve, o filme enquadra-se na investigação de pós-doutoramento do investigador Bruno Mendes da Silva e estará disponível dia 15 de julho na Internet e em dispositivos móveis. A ação decorre nos anos 20, quando duas senhoritas se tentam livrar de um cadáver numa noite de primavera, acabando surpreendidas

por um polícia folgazão, interpretado por Luís Pereira de Sousa. O livro dos mortos interagirá com o público a dois níveis: através do controlo de certas ações das personagens e através do controlo do tempo da narrativa, possibilitando ao espetador o seu próprio ritmo de leitura. Bruno Mendes da Silva procura aplicar a investigação teórica iniciada na tese de doutoramento Eterno Presente, o tempo na contemporaneidade, que resultou na publicação do livro “A máquina encravada, a questão do tempo nas relações entre cinema, banda desenhada e contemporaneidade” (2010). K

Aveiro e Setúbal colaboram

Rastreio de linguagem 6 Em cinco minutos apenas permite que pais, assim como, profissionais de saúde e educação identifiquem se as crianças entre os 3 anos e os 5 anos e 11 meses têm ou não adquiridas as competências de linguagem e fala típicas para a respetiva idade. O instrumento chama-se Rastreio de Linguagem e Fala (RALF), é o único preparado para crianças que tenham o portuguêseuropeu como língua materna e foi desenvolvido por investigadoras da Universidade de Aveiro (UA) e do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. “A grande mais-valia deste instrumento é permitir a realização de um rastreio de linguagem e fala de forma rápida que ajude os profissionais de saúde e de educação a perceber se a criança já adquiriu as competências de linguagem e fala fundamentais para a sua idade”,

explica Marisa Lousada, uma das terapeutas da fala e investigadora que desenvolveu o RALF. A diretora de Curso da Licenciatura em Terapia da Fala da UA diz que “o instrumento tem exemplos concretos que ajudam a clarificar os diferentes itens em análise, sendo esta também uma vantagem”. Os profissionais que trabalham com crianças em idade pré-escolar podem agora facilmente encaminhar as crianças que deverão realizar uma avaliação por parte de um terapeuta da fala. “A atuação ao nível da prevenção permite uma identificação das perturbações em fase inicial evitando o insucesso escolar, na medida em que uma grande percentagem de crianças com perturbação na aprendizagem da leitura apresentou previamente uma perturbação da linguagem oral”, reporta Ana Mendes, investigadora e docente do IPS. K

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Internacionalização

IPCB mais global

Portalegre faz conferência

Cuidar e prevenir 6 A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre em conjunto com a Guarda Nacional Republicana organizaram o Ciclo de Conferências Cuidar, Prevenir, Apoiar e Ajudar. No dia 27 de maio a sessão teve lugar em Portalegre, no Centro de Congressos da Câmara Municipal, que contou com as intervenções das professoras Elisabete Mendes e Maria José Martins, da ESE-IPP que abordaram as questões da “Saúde, Educação e Prevenção de Maus Tratos”. No dia 3 de junho realizou-se na Figueira da Foz, no Auditório do Museu, a segunda conferência, que contou com a

moderação de Luís Miguel Cardoso, diretor da ESE-IPP, do painel “Acolhimento da vítima de violência doméstica em situação de emergência. Que respostas?”. Este evento contou com várias intervenções que passaram pelas seguintes temáticas: “Maus tratos a Crianças”, “Exames Médicos – Legais e Forenses em crianças adolescentes”, Saúde, Educação e prevenção de maus tratos”, “Acolher, apoiar e integrar para mudar. Que desafios?”, “Contribuição do estado para o novo modelo” e “Acolhimento da vítima violência Doméstica em situação de emergência. Que respostas?”. K

Portalegre

Antigos alunos de volta 6 Um grupo de cem antigos alunos do Liceu de Portalegre visitou as instalações da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre no passado dia 6. O atual edifício da ESE acolheu o Liceu de Portalegre entre 1887 e 1977. A visita integrou alunos de várias turmas, mas sempre unidas pelo espírito da revisitação do lugar e das memórias partilhadas. A visita às atuais

instalações foi feita pelo Diretor da ESE, Luís Miguel Cardoso, que apresentou aos antigos alunos as valências do edifício bem como a missão da Escola, a sua oferta formativa e as variadas ligações à comunidade. Um dia de celebração conjunta de memórias, unidas, entre passado e presente, pelo edifício e pelas pessoas que têm em comum uma história e um lugar de afetos. K

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco está apostado na internacionalização. Captação de alunos e desenvolvimento de projetos com outras instituições de ensino são apostas perseguidas pelo presidente da instituição. Carlos Maia explica que nesse sentido foram estabelecidos contactos ao mais alto nível “com instituições de ensino superior e de ensino secundário em Moçambique, no âmbito da Feira Internacional de Educação, que decorreu em Maputo, em maio, onde divulgámos alguns incentivos para os alunos moçambicanos estudarem no IPCB”. Carlos Maia explica que “vai manter-se o contacto com as instituições e com os alunos. Seria muito interessante termos alunos moçabicanos no Politécnico, até pela afinidade linguística e por toda a história que os dois países têm em comum”. O presidente do IPCB adianta que essa aposta “está também a ser feita com outros países africanos de língua oficial portuguesa,

como S. Tomé e Cabo Verde. E a lógica é sempre a mesma: estabelecer contactos com as instituições, superiores e secundárias, e com os alunos, mostrando-lhes as vantagens de virem estudar para Castelo Branco. Sabemos que os resultados nem sempre dependem do processo, mas estamos a apostar muito na internacionalização, pois o número de alunos portugueses tem vindo a diminuir”. Carlos Maia, lembra que para além de alunos desses países, e

de outros ao abrigo dos programas de mobilidade internacional - neste momento temos alunos de 32 países, estamos empenhados em ir mais além. O Brasil constitui também uma aposta”. O presidente do IPCB fala ainda do Estatuto do Estudante Internacional, aprovado no ano passado, e que permite “angariar alunos noutros continentes”. Carlos Maia fala também na internacionalização numa outra perspetiva, que passa “pelo intercâmbio e desenvolvimento de projetos de diferentes instituições de diferentes países. Nós temos realizado projetos com as universidades da Extremadura e de Salamanca. Queremos aprofundar isso, até numa perspetiva de projetos com incentivos comunitários”. Ao nível interno, Carlos Maia acredita que o Programa + Superior (atribui bolsas a alunos do litoral que venham estudar para o interior) vai permitir angariar alunos para as áreas mais necessitadas, como as engenharias. K

IPCB é parceiro de investigação

Fábrica de drones arranca

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e a empresa Spacesilver Drones, que pretende instalar uma fábrica de helicópteros não pilotados junto ao aeródromo de Castelo Branco, acabam de assinar um protocolo de colaboração. Um acordo que pretende a transferência de conhecimento entre a Escola Superior de Tecnologia e a empresa, sobretudo nas áreas das engenharias informática, industrial e de telecomunicações. Carlos Maia, presidente do IPCB, destacou a importância do acordo, o qual “proporciona intercâmbio científico para a produção de drones, alargando-se a ações de formação”. Esta parceria com o Politécnico albicastrense é visto como prioritário por Carlos Dantas, responsável pela empresa. “A colaboração com o IPCB é muito importante. Temos que procurar a evolução, daí a nossa apetência para este tipo de colaboração. Neste momento temos a tecnologia base, mas temos que a melhorar”, disse, na sessão protocolar. “O saber está em instituições de ensino superior e é com elas que queremos trabalhar. Para além do IPCB iremos também elaborar acordos com outras instituições”, acrescentou. Carlos Dantas, responsável pela

empresa, explica que o investimento rondará os sete milhões de euros. O projeto deverá estar concluído em outubro e as instalações poderão estar prontas um ano depois. “O grande interesse deste projeto é destinar-se à exportação, criando também valor tecnológico em Castelo Branco que ficará como referência internacional nesta área”, acrescenta Carlos Dantas. Este tipo de helicópteros, com cinco metros de cumprimento, são já utilizados para fins militares nos Estados Unidos, mas Carlos Dantas refere que o objetivo é usá-los para fins civis. A concretizar-se a unidade fabril empregará, numa primeira fase, 20 funcionários especiali-

zados. Na conferência de imprensa que serviu para a divulgação do acordo, estiveram presentes outros responsáveis do IPCB e da empresa, bem como o vereador da Câmara de Castelo Branco, João Carvalhinho. O autarca recordou que “o município está a acompanhar este processo há vários meses. Fomos contactados pela empresa e desafiados a instalar na cidade uma unidade aeronáutica. Fruto da relação que temos com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, encaminhámos também o processo para o IPCB”. O vereador lembrou ainda o facto da “autarquia ter no aeródromo um importante investimento para a região”. K

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Secretário de Estado apresenta

Luís Farinha investiga

IPCB avança com 28 Tesp’s 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de apresentar 28 cursos de técnicos superiores profissionais, os quais têm a duração de dois anos letivos. A oferta está articulada com o ensino mais profissional (através da rede criada com 20 agrupamentos de escola e escolas profissionais), garante competências para a entrada no mercado de trabalho (um dos semestres é feito em empresas), mas também a possibilidade aos alunos de prosseguirem estudos para a licenciatura e para o mestrado. Os cursos foram apresentados no início do mês, na Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes. Carlos Maia, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, lembrou a importância dos novos cursos, os quais têm uma duração de dois anos, e têm o nível V no Quadro Nacional de Qualificações. “São cursos que terão acesso direto às licenciaturas alinhadas do IPCB, mas também a outras”, disse. O presidente do IPCB explicou que “na elaboração dos novos cursos houve a preocupação de fazer um levantamento das necessidades da região, e ao mesmo tempo de fazer o alinhamento com os cursos de licenciatura”, mas também com os

cursos de formação existentes nos agrupamentos de escola e nas escolas profissionais. Na mesma cerimónia foi também apresentado, pelo vice-presidente da instituição, Nuno Castela, o portal RedePRo (www.redepro.ipcb.pt), onde os candidatos têm acesso a todo o tipo de informação sobre os cursos e sobre as diferentes possibilidades que cada um deles lhes garante. Carlos Maia, lembrou que a abertura “desta formação superior

não pretende resumir os politécnicos a este tipo de cursos. Vamos manter todos os outros, licenciaturas, mestrados ou pós-graduações. Estes cursos são apenas mais uma oferta”, disse. Uma oferta que o Secretário de Estado do Ensino Superior considera importante e que poderá captar novos estudantes. “Menos de 10% dos alunos que concluem o ensino secundário pela via profissional é que prosseguem os seus estudos

em licenciaturas. Esta nova oferta é nova e pretende contrariar isso, pois é um novo caminho para o ensino superior”. José Ferreira Gomes lembrou que “estes cursos já existem em muitos países da OCDE. Além disso, este tipo de oferta são a componente mais importante do ensino superior noutros países, como os Estados Unidos da América, ou a França, onde entram 135 mil alunos anualmente”. K

IPCB

Conheça os novos cursos

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco apresentou 28 novas ofertas em Cursos de Técnicos Superiores Profissionais (TESP), embora alguns ainda estejam em fase de aprovação. Todas as escolas, com exceção da Superior de Saúde, têm formação nessa área. Podem concorrer a estes cursos os estudantes que tenham concluído o ensino secundário (cientifico-humanístico, incluindo a modalidade de ensino recorrente, profissional, ou artístico especializado), ou um curso equivalente ao ensino secundário. Podem ainda concorrer os estudantes maiores de 23 anos, aprovados nas provas especiais de acesso. Os alunos aprovados em todas as disciplinas dos 10º e 11º anos do ensino secundário também se podem candidatar, desde que obtenham aprovação numa prova a realizar pelo IPCB. Quanto aos cursos, são 28 no

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total. Na Escola Superior Agrária, surgem os de Recursos Florestais; Turismo Ambiental e Rural; Energias Renováveis; Proteção Civil; Tecnologia Ambiental; Produção Agrícola; Análises Químicas e Microbiológicas; Cuidados Veterinários; Biotec-

nologia de Plantas e Produtos Naturais; e Produção Animal. Na Superior de Gestão, estão previstos os cursos de Gestão e Produção de Cozinha; Organização e Gestão de Eventos; Gestão Hoteleira de Restauração e Bebi-

das; Serviços Jurídicos; Comércio Eletrónico; e Gestão de PME. Na Superior de Tecnologia, os cursos são os seguintes: Instalações Elétricas e Telecomunicações; Comunicações Móveis; Desenho e Modelação Gráfica; Automação e Gestão Industrial; Desenvolvimento de Produtos Multimédia; Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação; Data Center e Computação em Cloud; e Reabilitação do edificado. Já a Escola Superior de Artes Aplicadas abrirá um curso em Comunicação Audiovisual, enquanto que a Superior de Educação abrirá cursos de Desporto; Animação e Gerontologia; e Serviços de Tecnologia Educativa. Para além destes cursos de técnicos superiores profissionais, o IPCB apresenta ainda um conjunto de mais de 30 licenciaturas nas seis escolas que o compõem, e mestrados em diferentes áreas. K

Redes de quadrupla hélice 6 Portugal e em especial a região centro deve reforçar a ligação entre a academia e a indústria e garantir um melhor aproveitamento dos fundos estruturais da UE. A opinião é de Luís Farinha, investigador albicastrense e docente do ensino superior, que recentemente terminou o doutoramento com um estudo procurou investigar a relação entre a inovação, o empreendedorismo e a competitividade no contexto das redes colaborativas da Quadrupla Hélice (AcademiaEmpresas-Governo-Sociedade), procurando dar resposta ao impacto das redes de inovação e empreendedorismo no desenvolvimento socioeconómico das economias nacionais e regionais. Luís Farinha adianta que esse reforço entre a academia e a indústria, com um melhor aproveitamento de fundos comunitários, “poderá resultar numa oportunidade importante para o incremento da competitividade e desenvolvimento regional, onde os ecossistemas de inovação e empreendedorismo regionais se devem integrar”. A defesa da tese ocorreu na Universidade da Beira Interior. Luís Farinha, docente e investigador também ligado ao Instituto Politécnico de Castelo Branco, destaca ainda o “importante impacto que os clusters tecnológicos regionais e os projetos colaborativos Academia-Indústria poderão representar ao nível do desenvolvimento socioeconómico das economias regionais”. Algo que poderá ser feito “através da sua contribuição para o progresso da I&DT (inovação e desenvolvimento tecnológico), criação de emprego, riqueza e emprego, auxiliadas ainda pelo reforço das redes de cooperação nacionais e internacionais, capazes de acrescentar valor e competitividade às novas propostas de mercado”. K


World Federation of Colleges and Polytechnics

Joaquim Mourato na direção

Politécnico de Portalegre

Novo livro de Economia 6 O Gabinete de Empreendedorismo e Emprego do Instituto Politécnico de Portalegre acaba de retomar o Ciclo de Seminários ‘Economia e Gestão: à conversa com os seus a(u)tores’, com a apresentação do livro ‘A Economia explicada ao meu filho”, de Paulo Ferreira, realizada a 22 de maio, no Anfiteatro da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG). Depois do lançamento, em Évora, e das apresentações já efetuadas em Elvas e num programa televisivo da TVI, coube a oportunidade aos alunos e docentes do IPP e a todos os portalegrenses de conhecerem a mais recente obra do professor e investigador da Escola Superior Agrária de Elvas. A obra foi apresentada por

Miguel Serafim, professor da ESTG, o qual destacou os principais aspetos diferenciadores desta obra: um livro em que a economia, desde os seus conceitos elementares até às temáticas que predominam no quotidiano, passando pelos aspetos mais relevantes da teoria económica, é explicada através de supostos diálogos entre um pai e um filho, numa linguagem simples e acessível, mas que não abdica do rigor técnico e científico. Também o autor, antecedendo um vivo debate com a assistência, teve oportunidade de salientar os seus propósitos ao lançar este livro, com realce para o compromisso de doação da totalidade dos direitos de autor para um projeto de apoio social. K

6 Joaquim Mourato, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), acaba de ser eleito para a direção da World Federation of Colleges and Polytechnics (WFCP) para um mandato de três anos. A eleição decorreu a 27 de maio, em Winnipeg, no Canadá, e representa “um importante passo que reconhece o trabalho realizado pelo CCISP a nível nacional e internacional”, salienta o presidente. A World Federation of Colleges and Polytechnics é a mais importante associação mundial de instituições politécnicas, com representação das instituições de todos os continentes, sendo a direção composta por 12 membros de diversos países, tais como Austrália, País Basco, Brasil, Canadá, Chile, China, Vietname, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América. Do comité executivo faz ainda parte Armando Pires, responsável pela área de Relações Internacionais do CCISP. O CCISP representa as instituições politécnicas portuguesas,

que são responsáveis por 37% do ensino superior público, com mais de 110 mil estudantes e mais de três mil doutorados e especialistas no seu corpo docente.

Anualmente cooperam com mais de 50 países, e têm em programas de mobilidade internacional (in e out), cerca de 5 mil estudantes e mil professores. K

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Acordo com a Câmara Agrícola Lusófona

acreditação

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) acaba de assinar um protocolo de cooperação, com a Câmara Agrícola Lusófona. Um organismo que tem uma forte implantação nos países da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e que com este acordo pretende potenciar a sua ação nos domínios da formação e da investigação. É nessa perspetiva que surge o IPCB, através da sua Escola Superior Agrária. O presidente do IPCB, Carlos Maia, mostrou-se satisfeito com esta iniciativa e lembra que o acordo já está em vigor. “Vamos acrescentar valor ao que já existe”, disse, para depois acrescentar que está “prevista a formação de técnicos nesses países por parte da Escola Agrária”. Já o responsável pela Câmara Agrícola, Jorge Santos, explica que “este acordo insere-se numa estratégia de aproximação ao ensino superior e à investigação. O IPCB tem uma área importante que é o agroalimentar. Somos uma associação

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) acaba de integrar a bolsa de entidades acreditadas para a prestação de serviços no âmbito dos Vales de Inovação, Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, Empreendedorismo e Internacionalização do Portugal 2020. Em nota enviada ao nosso jornal, o IPCB explica que pretende disponibilizar o seu amplo leque de competências científicas e tecnológicas em matéria de criação e expansão de negócios para apoiar empresas nos quatro eixos mencionados, estando já abertos concursos para a candidatura de empresas. Na prática, a prestação de serviços do IPCB nas quatro áreas serve especificidades diferentes, mas com um mesmo objetivo: proporcionar condições para a qualificação competitiva de PME. No domínio da Inovação pretende-se apoiar proje-

Politécnico na rota do CPLP

empresarial que tem uma rede instalada em todos os países da lusofonia e trabalhamos com parceiros locais”, explica. Jorge Santos refere que o objetivo passa por “aproximar as empresas ao saber. Por isso, este acordo pressupõe deslocação de técnicos superiores a alguns destes países, como a Guiné Bissau e criar condições para que as empresas portuguesas invistam na CPLP. E o ensino superior é muito impor-

tante nesta estratégia”. O responsável pela Câmara Lusófona adianta que “vai iniciar-se uma ação no âmbito do Programa 2020, a qual está relacionada com o agronegócio, na qual se pretendem integrar empresas e instituições de ensino superior. A Escola Superior Agrária de Castelo Branco, por tudo aquilo que tem vai ser muito útil”. Sinergias, que para Jorge Santos vão funcionar nos dois sentidos. K

Pressão arterial

Saúde faz estudo 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias - ESALD (laboratório de Eletrocardiologia) e a Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco - ESTCB (laboratório de robótica e equipamentos inteligentes) juntaram esforços para monitorizar a Pressão Arterial da Beira Baixa, no âmbito do Programa para a Pressão Arterial na Beira Baixa (PPABB). Os trabalhos tiveram início em 2010 com o Estudo da Pressão Arterial da Beira Baixa (EPABB), coordenado pela docente Patrícia Coelho (ESALD), ao qual agora se junta a monitorização da pressão arterial através de telemóvel, coordenada pelo docente Paulo Gonçalves (ESTCB). O Programa PABB surge com o principal objetivo de monitorizar os hipertensos e ajudar a alertar “novos casos”, através da análise dos resultados e simultaneamente otimizar a escolha terapêutica. A hipertensão arterial é um problema de saúde pública em crescendo e associada a elevadas taxas de mortalidade e morbilidade na população mundial. Esta realidade reflete-se também em Portugal, nomeadamente na região da Beira Bai-

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xa. Os resultados preliminares do estudo que tem vindo a ser desenvolvido desde 2010 pelos docentes investigadores da ESALD e cuja amostra é constituída por 11316 indivíduos dos quais 55,6% são do género feminino e 44,4% do masculino revelam uma prevalência de hipertensão arterial na população adulta desta região de 52,5%. No site, http://pressaoarterial. ipcb.pt, poderá encontrar Informação mais detalhada do estudo há medida que os resultados forem tratados estatisticamente, nomeadamente a prevalência por concelho. Com estes resultados a equipa de investigadores pretende alertar a população para a gravidade destes números e ajudar ao mesmo tempo a população da Beira Baixa a controlar a sua pressão arterial. Desta forma a ESALD em conjunto com a ESTCB, ambas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, desenharam uma aplicação, AppPA, de acesso gratuito, para que os seus utilizadores possam monitorizar os seus valores de Pressão Arterial, com base nos valores medidos através dos equipamentos que

cada um tem à sua disposição. Os interessados terão que instalar no seu dispositivo móvel a aplicação (disponível para Android) através da página do programa (http://pressaoarterial.ipcb.pt/), PPABB. Ao utilizar a aplicação o utilizador fica a saber de imediato se os valores da pressão arterial que avaliou em casa estão ou não dentro da normalidade. De seguida os utilizadores podem enviar os dados para os investigadores do IPCB, bastando para isso que o telemóvel esteja ligado à internet, que preencham um pequeno inquérito e que autorizem o tratamento dos dados enviados. Estes podem ainda aceder a um relatório mais pormenorizado realizado pelos investigadores do gabinete do PPABB, quando solicitado. O relatório poderá ser enviado para o e-mail registado ou levantado diretamente nas instalações da ESALD. Desta forma o IPCB cumpre a sua missão de informar e alertar a população sobre os riscos da Pressão Arterial, disponibilizando para tal ferramentas tecnológicas para melhorar a qualidade de vida e a saúde de todos. K

IPCB na bolsa de vales de inovação tos individuais que pretendam adquirir serviços de consultoria promotores de diferentes modalidades de inovação, como, por exemplo, organização e gestão das TIC, comercialização e marketing, economia digital, qualidade, eficiência energética. Na Investigação e Desenvolvimento Tecnológico visa-se apoiar a aquisição de serviços de I&DT por parte de PME a entidades do sistema científico e tecnológico nacional com tradução ao nível dos produtos, processos ou serviços disponibilizados pela empresa. No Empreendedorismo, serão prestados serviços de consultoria para o arranque de empresas e a elaboração de plano de negócios. Finalmente, no segmento de Internacionalização o objetivo é apoiar as PME na prospeção dos mercados externos e a consequente definição de uma estratégia de internacionalização. K

Docente da Esart

Elisabete Matos com Medalha de Mérito 6 A cantora lírica Elisabete Matos, docente convidada da disciplina de canto da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB, recebeu nesta segundafeira, dia 8 de junho, às 12h00, a Medalha de Mérito Cultural, no salão nobre do Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), em Lisboa, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro e do secretário de Estado da Cultura. Depois da evocação de alguns momentos marcantes da sua carreira e da entrega da Publicidade

Alfredo Rocha H

medalha simbólica do prestígio nacional e internacional da soprano, o público presente foi agraciado com algumas canções magistralmente interpretadas por Elisabete Matos. K


Empreendedorismo

Beja apresenta selo

Direitos Reservados H

Investigação

Politécnico do Porto cria Nortexcel 6 O Instituto Politécnico do Porto (IPP) vai criar o Nortexcel 2020, um centro de investigação científica na área da saúde e engenharia que, numa primeira fase, irá receber 475 mil euros de fundos europeus. “O objetivo do centro engloba as áreas da engenharia e saúde, visando o desenvolvimento de dispositivos na área médica, da saúde e bem-estar. Dispositivos que poderão ser equipamentos físicos ou sof-

tware”, explicou Carlos Ramos, vice-presidente do IPP. O projeto Nortexcel 2020, foi uma das 31 candidaturas aprovadas (quatro portuguesas) no âmbito do programa europeu Teaming, inserido no Horizonte 2020, que foi lançado no final de 2013 com vista a “criar centros de excelência nos países abaixo da média europeia nos indicadores de investigação, medida em termos de publicações e patentes”, acrescentou. K

6 O Instituto Politécnico de Beja criou um selo para distribuir, no final deste ano letivo, a todas as crianças envolvidas na 1.ª edição do projeto de Empreendedorismo nas Escolas do BaixoAlentejo. Em nota de imprensa, o IPBeja revela que “com este selo pretende-se fechar simbolicamente o primeiro ano deste projecto que envolveu mais do que 600 alunos e 70 professores e técnicos municipais e de ADLs da região.” Uma plataforma alargada dinamizada pelo Instituto Politécnico de Beja, que inclui como parceiros: os Municípios do Baixo Alentejo, a CIMBAL, a ADRAL, as ADL: Alentejo XXI, Rota do Guadiana, ESDIME, ADTR, ADCMoura, ADPMértola, o NERBEAEBAL, a EDIA e o Centro Educativo Alice Nabeiro, desenvolveu durante o ano letivo 2014/2015, um projeto pioneiro de promoção da cultura empreendedora junto de crianças e jovens dos 3 aos 12 anos em várias escolas do Baixo Alentejo. O processo formativo, que envolveu mais do que 600 alunos e 70 professores, técnicos de ADL e

dos municípios do Baixo Alentejo permitiu testar uma metodologia de trabalho promotora da cultura e da ação empreendedora de educadores, professores e crianças/ jovens (do pré-escolar ao ensino básico). Como produtos finais resultaram vários projetos empreendedores construídos por crianças

e jovens aplicados à realidade prática de cada município/contexto escolar. Após este ano letivo, que permitiu a estabilização de métodos e práticas, o projeto terá continuidade no próximo ano envolvendo mais professores e escolas da região. K

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Beja com mestrados T O Instituto Politécnico de Beja tem abertas candidaturas para os cursos de mestrado até 30 de junho. A candidatura deverá ser feita online, no site dos Serviços Académicos, Setor II, do Instituto Politécnico de Beja, seguida do pagamento de 60 euros de taxa de candidatura. A instituição aceita candidaturas de estudantes a terminar licenciaturas, desde que as concluam nas épocas de avaliação relativas ao ano letivo 2014/15. K

Petróleo em Setúbal T A Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, do Instituto Politécnico de Setúbal disponibiliza, já a partir do próximo ano letivo 2015/2016, o novo curso de licenciatura em Tecnologias do Petróleo. O curso terá uma forte componente científica e profissionalizante, vocacionada para os desafios do mercado de

trabalho, bem como para a prossecução dos estudos ao nível do mestrado, nesta área ou noutra afim. Pretende-se que os licenciados desenvolvam aptidões, adquiram competências e conhecimentos que lhes permitam ter um perfil profissional adequado e promissor para este setor industrial que está em vigorosa expansão a nível mundial. K

Empreender em Setúbal T Teresa Costa, docente da Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal, e Luísa Carvalho, docente da Universidade Aberta, lançaram recentemente o livro ‘Empreendedorismo - Uma visão global e integradora’, através das edições Sílabo. A obra realiza uma abordagem integrada, global e explicativa sobre vários temas e assuntos relacionados com o empreendedorismo e inclui casos reais, exemplos práticos, excertos de artigos científicos e opiniões de especialistas que completam e enriquecem a abordagem teórica. K

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guarda

IPG cria rede de ensino profissional 6 O Instituto Politécnico da Guarda apresentou, recentemente, o portal de Rede de Ensino Profissional das Beiras e Serra da Estrela, acessível em www.repbse.ipg.pt A REPBSE - Rede Regional de Ensino Profissional das Beiras e Serra da Estrela promoverá a troca de informação e o alinhamento entre a oferta formativa dos cursos profissionais de nível 4 com os cursos Técnico

Superiores Profissionais oferecidos pelo IPG. A articulação entre o Instituto Politécnico da Guarda e as escolas secundárias e profissionais permitirá construir roadmaps dos percursos formativos possíveis, dos cursos profissionais de nível 4 aos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTSP), licenciaturas e mestrados, que os alunos poderão frequentar no IPG. K

No Seminário sobre Empreendedorismo

Guarda apresenta cursos

6 O Instituto Politécnico da Guarda tem abertas, até ao próximo dia 22 de julho, as candidaturas à primeira fase do concurso de acesso a Cursos Técnicos Superiores Profissionais. A afixação da lista ordenada dos candidatos ocorrerá até 31 de julho e as matrículas e inscrições terão lugar no período de 10 de agosto a 4 de setembro. A segunda fase de candidaturas está agendada para o período de 17 de agosto a 16 de setembro. Podem aceder aos TeSP os titulares de um curso de ensino secundário ou de habilitação legalmente equivalente; os estudantes que tenham sido aprovados nas provas dos “maiores de 23 anos”, realizadas, para o curso em causa; os estudantes que, tendo obtido aprovação em todas as disciplinas dos 10.º e 11.º anos de um curso de ensino secundário, ou de habilitação legalmente equivalente, e não o tenham concluído (estes candidatos, para além de terem que realizar uma prova escrita para ingresso no curso, deverão cursar, obrigatoriamente, um plano de formação complementar com entre 15 e 30 créditos); Os titulares de um diploma de especialização tecnológica, de um diploma de técnico superior profissional ou de um grau de ensino superior, que pretendam a sua requalificação profissional. A divulgação dos curso foi feita durante o seminário “O Empreendedorismo e o Projeto Escolar – novos desafios de Educação”, que contou com a presença do Diretor Geral do Ensino Superior, João Queirós,

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no final de maio. O vice-presidente do IPG, Gonçalo Fernandes, afirmou na abertura deste Seminário que “a qualificação assume cada vez mais uma dimensão crítica e estratégica para a sociedade e para os governantes, posicionados às diferentes escalas de intervenção”. Gonçalo Fernandes acrescentou depois que “a competitividade dos nossos territórios, o sucesso das nossas empresas e a qualificação da sociedade obriga, necessariamente, a um maior investimento na formação em modelos que possam responder aos contextos de procura e perfis de estudantes”. Daí que tenha sublinhado o facto de esta iniciativa ”decorrer num ambiente de articulação e desafio conjunto, quer pelas entidades e instituições aqui presentes – Diretores de Escolas e Agrupamentos, Câmaras Municipais, Institutos de Emprego e Formação Profissional, Associações Empresariais, entre outras – quer no projetar do papel da formação na qualificação dos indivíduos e seu posicionamento no mercado de trabalho.” Posicionamento que o vice-presidente do IPG preferiu evidenciar ”numa rede que se pretende cada vez mais ativa, sinérgica e cooperante de modo a obtermos resultados de valorização constante dos meios dispostos para a formação”. O vice-presidente do IPG afirmou, a concluir, que hoje a formação “deve articular-se tendencialmente com as exigências do mercado e suas necessidades, atendendo a uma qualifica-

ção adequada e orientada para as expectativas dos estudantes, suas famílias e empregadores para o qual a formação e uma cultura empreendedora se revelam fundamentais”; referiu, assim, que a “oferta de formações curtas, num modelo que privilegia o desenvolvimento de competências e habilidades técnicas, merece do Ensino Politécnico a sua máxima atenção, face à sua essência formativa e ao papel de apetrechar a sociedade de recursos humanos com formações adequadas para o desempenho profissional.” Compreender como o empreendedorismo e o desenvolvimento de competências empreendedoras podem criar e suportar a mudança social e educacional; questionar como se pode integrar o empreendedorismo e potenciar o projeto de educação escolar e apresentar exemplos de metodologias de educação para o empreendedorismo constituíram os principais objetivos desta iniciativa que contou com as intervenções de Dana Redford (da Plataforma de Educação para o Empreendedorismo em Portugal e docente da Universidade Católica – Porto) e de Teresa Paiva (diretora da Unidade de Desenvolvimento e Investigação do IPG). O Seminário foi direcionado para elementos das direções escolares, professores, psicólogos, orientadores escolares e quadros técnicos das autarquias, relacionados com a área do ensino, sendo aberto a todas as pessoas interessadas. K

guarda

Scouting no Futebol excedeu expectativas 6 A última sessão do Curso Breve de Scouting no Futebol, organizado pela Unidade Técnico-Científica de Desporto e Expressões do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), decorreu no final de maio, tendo sido orientada por Tiago Maia (treinador com experiência no Sporting Clube de Portugal, Estoril Praia e Lokomotiv de Moscovo). Os formandos tiveram a oportunidade de adquirir, de um ponto de vista prático, um conjunto de competências com elevado potencial de transferência para o processo de treino. Tendo como base o sucesso da presente iniciativa, Pedro

Tiago Esteves, docente da disciplina de Observação e Análise do Treino da licenciatura em Desporto do IPG, perspetiva desde já o futuro. “Apraz-nos registar a forte atratividade gerada na comunidade desportiva e académica pela realização deste curso, tanto pelo mérito dos formadores como pela natureza operacional dos conteúdos. Estamos convictos do potencial de empregabilidade associado a este nicho de mercado. Iremos prosseguir este trajeto de inovação com a proposta de futuras formações no domínio da análise de jogo, com especial incidência no futebol”. K


Gala do Desporto 2015

Leiria distingue os melhores

Atividade Física Laboral

Leiria recebe distinção 6 O Programa de Atividade Física Laboral (PAFL) da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, foi distinguido com uma menção honrosa na área da saúde, na primeira edição dos Prémios de Boas Práticas “We feel Sport”, no âmbito dos programas de generalização da prática desportiva. Este galardão é uma iniciativa da Assembleia da República, operacionalizada pela Câmara Municipal da Maia e o Instituto Universitário da Maia, em parceria com o Plano Nacional de Ética no Desporto. “Como responsável do programa fico obviamente muito satisfeito e cada vez mais convicto da sua importância para os funcionários da ESECS”, refere Nuno Amaro, coordenador e criador do PAFL e docente da Escola. “Este projeto tem-se revelado uma excelente ferramenta para a melhoria da qualidade de vida, laboral e pessoal dos funcionários da Escola, estando inclusivamente prevista a sua expansão para os colaboradores dos Serviços Centrais do IPLeiria”, reforça aquele

responsável. O PAFL é um projeto da ESECS dirigido para funcionários, docentes e não docentes, que visa reduzir a prevalência de lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho, a tensão muscular e o stresse psicológico, bem como melhorar as relações interpessoais dos colaboradores. Indiretamente este programa pretende ainda incutir hábitos de prática de atividade física, fora do contexto laboral, de forma a combater o sedentarismo. Criado há três anos, já envolveu cerca de 120 colaboradores da escola de Leiria. O projeto é gerido pelo docente e investigador Nuno Amaro, do curso de Desporto e Bem-Estar e do Centro de Investigação em Motricidade Humana e as sessões são conduzidas por estudantes finalistas de Desporto e Bem-Estar e estagiários do CIMH. “Esta é uma forma de permitir aos estudantes a construção de competências em contexto real, preparando-os melhor para o futuro ingresso no mercado de trabalho”, assegura Nuno Amaro. K

6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) distinguiu os seus melhores estudantes atletas na Gala do Desporto SAS IPLeiria 2015, que se realizou no passado dia 2 de junho. Esta iniciativa decorreu pelo 12.º ano consecutivo e teve como finalidade reconhecer publicamente o empenho dos seus estudantes atletas durante o ano letivo 2014/2015. A Gala do Desporto contou com a presença de Nuno Mangas, presidente do IPLeiria, Miguel Jerónimo, administrador dos Serviços de Ação Social, dos diretores das escolas do IPLeiria, treinadores, coordenador técnico desportivo, presidentes das associações de estudantes, responsável pelo departamento desportivo da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), entre outros. O prémio “Atleta Revelação” foi atribuído por modalidade, e os vencedores foram Inês Ferreira e Francisco Santos, em Andebol; Beatriz Dinis e Dyllan Pedro, em Atletismo; Paulo Serrano, em Futebol 11; Ana Oliveira e David Gonçalves, em Futsal; e Mário Fonseca, em Hóquei em patins. O galardão de “Atleta do Ano”, por modalidade, distinguiu vários atletas: Maria de Fátima Suaré e Luís Silva, em Andebol; Daniela Cordeiro e Wilson

Conniott, em Atletismo; Daniel Silva, em BTT; André Ramos, em Hóquei em patins; Jorge Baptista, em Karting; Pedro Li, em Futebol 11; Ângela Bernardino e Rui Castelhano, em Futsal; e José Pedro Marques, em Rugby 7. Foram também homenageados com o prémio “Mérito Desportivo” os atletas do IPLeiria que conquistaram vários títulos individuais e coletivos, como Andreia Grácio, Ricardo Mendes, Wilson Conniott, Bruno Gualberto, Wilson Martins, Dyllan Pedro, na modalidade de Atletismo de pista coberta; Andrei Sandutã, da modalidade Judo; Ana Alves e Wilson Conniott, da modalidade Atletismo ao ar livre; Miguel Silva, da modalidade Taekwondo; Daniela Bastos, da modalidade Karting; e todos os elementos da equipa de Andebol masculino e

da equipa de Atletismo de pista coberta. Margarida Gabriel, atleta da modalidade de Andebol, e Pedro Moderno, atleta da modalidade de Futebol 11, foram os “Atletas do Ano IPLeiria – Feminino e Masculino”, e o galardão “Modalidade do Ano” foi atribuído ao Andebol masculino. Marco Afra, treinador das equipas de andebol, recebeu o título de “Treinador do Ano”. No final da cerimónia Miguel Jerónimo, administrador dos Serviços de Ação Social, recebeu o troféu de homenagem dos estudantes atletas do IPLeiria. O IPLeiria contou com a dedicação de 369 estudantes atletas no presente ano letivo, distribuídos por 25 modalidades no total, e 239 representaram o IPLeiria em competição. K

Cibersegurança e Informática Forense

Laboratório em Leiria

6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) inaugurou a 28 de maio o Laboratório de Cibersegurança e Informática Forense, uma nova aposta que resulta da cooperação do Instituto com a Procuradoria Geral da República e com a Polícia Judiciária para o combate ao cibercrime na componente forense. A estrutura está sedeada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão daquele instituto. No novo laboratório, dedicado à cibercriminalidade, os computadores apreendidos pela PGR, no âmbito de investigações criminais, serão analisados por um grupo de peritos, constituído por docentes do IPLeiria. “Estes peritos são formados pela Procuradora Geral da República para garantir que as provas recolhidas estão enquadradas com as questões legais”, refere Filipe Mota Pinto. “A PGR reconheceu os especialistas do IPLeiria como pessoas competentes para apoiar as atividades do procurador na área da cibercriminalidade, nomeadamente na realização de perícias

técnicas de acesso e configuração dos computadores. É o primeiro passo para a realização de várias formações e serviços para o público em geral e para empresas nesta área de conhecimento”. A parceria do IPLeiria com a PGR e a Polícia Judiciária resulta numa partilha ativa de conhecimentos experiências, que reúne as componentes académica, policial e legal, para a obtenção de bons resultados na resolução de crimes informáticos. A primeira edição da pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense, iniciada em novembro, exemplifica a aposta na formação para aperfeiçoar

procedimentos que ajudam a aumentar a eficácia das autoridades no combate a uma criminalidade cada vez mais sofisticada. Este curso destina-se a agentes da polícia judiciária e a magistrados do ministério público, funciona com sessões repartidas na Escola da Polícia Judiciária, em Loures, e no IPLeiria. Os formandos adquirem a capacidade de conceber e desenvolver políticas de segurança face ao combate ao crime informático, bem como a determinação de procedimentos hábeis capazes de determinar com maior rapidez possíveis atos ilícitos ou violações no uso de dados ou informação. K

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Prémio Inovação Jovem Engenheiro

Politécnico de Lisboa

Diplomado de Setúbal vence

Alunos em Praga

6 Hugo Silva, diplomado em Engenharia Informática pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal foi distinguido com o prémio Inovação Jovem Engenheiro, atribuído pela Ordem dos Engenheiros, com o seu projeto ‘BIT: Biosignal Igniter Toolkit’, centrado na criação de ferramentas de hardware e software, que visam simplificar o processo de prototipagem rápida e de aprendizagem de tópicos relacionados com a Engenharia Biomédica. Atualmente, a utilização dos biosinais em experiências e projetos práticos encontra-se condicionada pelo custo e acesso a materiais, pelo que estas ferramentas facilitam o desempenho de ações, em especial de investigação, na área médica e da engenharia informática, eletrónica e mecânica. De acordo com Hugo Silva, este projeto “é mais um exem-

6 Dez trabalhos de alunos do ramo de Design de Cena da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) do Politécnico de Lisboa foram selecionados para integrar a representação oficial portuguesa da secção de Estudantes da Quadrienal de Praga - Espaço e Design da Performance, que terá lugar de 18 a 28 de junho, na capital da República Checa. A seleção destes trabalhos ficou a cargo da Associação Portuguesa de Cenografia, promotora do concurso da seção referida, que, de entre todas as propostas, selecionou 30 para representar Portugal. Este concurso tem como objetivo reunir uma variedade de gestos criativos que se inscrevam na área na Cenografia e

plo de que a engenharia nacional pode dar cartas a nível mundial, mesmo em setores, ainda, com pouca tradição no nosso país como a Engenharia Biomédica”, tendo por isso “um significado particularmente especial, numa fase em que os centros de investigação enfrentam dificuldades crescentes

de financiamento e se assiste a uma fuga de talentos para o estrangeiro”. O prémio Inovação Jovem Engenheiro é promovido pela Ordem dos Engenheiros com o objetivo de contribuir para a realização e divulgação de trabalhos inovadores nos diversos ramos da engenharia. K

Design de Espaço para Performance, e que se tornem visíveis, num primeira fase em Portugal, numa Mostra Nacional, sendo posteriormente divulgados na Scenofest da Quadrienal de Praga, incorporando o conjunto de gestos que constituem a representação oficial portuguesa neste certame internacional. A Quadrienal de Praga realiza-se desde 1967 e é o maior evento de Cenografia realizado a nível mundial. Explora uma grande diversidade de práticas cenográficas, de design de cena e de figurinos a desenho de luz e design de som, assim como novas práticas cenográficas, como site-specific, cenografias aplicadas, performance urbana, figurino como performance, entre outras. K

Shell Eco-Marathon 2015

Setúbal, o melhor do país Festival Internacional de Música de Paços de Brandão

Docente da Esart dirige 6 O professor da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Instituto Politécnico de Castelo Branco Augusto Trindade é, novamente, este ano, o Diretor Artístico da 38ª edição do Festival Internacional de Música de Verão de Paços de Brandão (FIMUV). Violinista e detentor de um longo currículo nacional e internacional na área da música, Augusto Trindade tem, desde 2013, desenhado a programação do FIMUV, com uma programação eclética e

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consistente que aposta nas sinergias institucionais, refletindo o seu próprio cunho pessoal e que tem como objetivo continuar a afirmar o Festival no concelho, no país e no estrangeiro, levando música a públicos mais abrangentes. A 38ª edição do FIMUV arrancou no início de maio com o concerto inaugural a ter lugar no Europarque, a 9 de maio, com o tributo à banda rock Queen com a Banda Sinfónica Portuguesa e um grande coro, e ao qual as-

sistiram cerca de mil pessoas, e prolonga-se até agosto com concertos de géneros distintos, passando pelo fado, tango e a fusão entre a música e a encenação. Para Augusto Trindade a qualidade artística de cada um dos eventos é inquestionável, já que mais uma vez se assiste à valorização do desempenho individual e coletivo de instrumentistas nacionais, desde jovens a músicos que contam com décadas de carreira e renome nacional e internacional. K

6 A equipa Shell Eco EST, do Instituto Politécnico de Setúbal, alcançou a melhor pontuação portuguesa na categoria de protótipos a gasolina da Shell Eco-Marathon 2015, classificando-se em 20º lugar, entre os 38 participantes que chegaram à prova final. O protótipo conseguiu percorrer 435 quilómetros com apenas um litro de gasolina, superando a marca estabelecida pela equipa, designadamente de 300km/litro de combustível. Após uma competição intensa, com a necessidade de melhoria de alguns aspetos nos travões e nas rodas do veículo, João Gomes, Team Manager e estudante da Escola Superior

de Tecnologia de Setúbal do IPS (ESTSetúbal/IPS), refere que “a equipa alcançou os seus objetivos ao melhorar a marca do ano passado, estamos todos de parabéns, pois as expetativas iniciais foram largamente superadas”. De acordo com o estudante a experiência de participar na prova “contribuiu para melhorar o trabalho em equipa e adquirir experiência a nível da competição com outras equipas mais experientes”, pelo que para o próximo ano perspetiva-se “um novo desafio, uma vez que a competição muda-se para Londres, a equipa terá de trabalhar arduamente durante o ano para preparar tudo de forma a obter o melhor resultado possível”. K


Acesso ao ensino superior

Simpósio Internacional na Guarda

Curso de Turismo e Lazer

Seia, 15 anos com turismo 6 A Escola Superior de Turismo e Hotelaria [ESTH] do Instituto Politécnico da Guarda [IPG] promoveu em Seia, nos passados dias 14 e 15 de junho, o encontro comemorativo dos 15 anos do curso de Turismo e Lazer. Este evento, promovido pela unidade Técnico-Cientifica de Turismo e Lazer, em conjunto com os estudantes da unidade curricular de Organização e Gestão de Eventos (3º ano de Turismo e Lazer) reuniu naquela, Escola Superior, antigos e atuais alunos “para uma troca de experiências que

6 O simpósio internacional SDEMPED 2015 – 10th IEEE International Symposium on Diagnostics for Electric Machines, Power Electronics and Drives. realiza-se, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG), de 1 a 4 de setembro Trata-se de uma organização do Centro de Investi-

gação em Sistemas Eletromecatrónicos (CISE), que é uma unidade de investigação do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, com sede na UBI; esta unidade possui, entre outros, um laboratório de investigação em energias renováveis nas instalações do IPG. Este simpósio constitui

o evento de referência no âmbito da pesquisa científica aplicada ao diagnóstico de sistemas electromecatrónicos e tem o apoio do IEEE - The Institute of Electrical and Electronics Engineers, a maior associação mundial dedicada ao desenvolvimento e disseminação de tecnologia.

De referir que o International Symposium on Diagnostics for Electric Machines, Power Electronics and Drives é realizado pela primeira vez em Portugal, tendo sido escolhido o Instituto Politécnico da Guarda como entidade acolhedora (a edição anterior ocorreu em Valência-Espanha). K

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se pretende profícua”. O programa do certame integrou, no dia 14, um almoço convívio no empreendimento turístico Quinta do Crestelo e no dia 15 decorreu um conjunto de atividades lúdicas e académicas no campus da ESTH. Para Vítor Roque, coordenador da UTC de Turismo e Lazer, “Esta foi uma oportunidade para a Escola reencontrar os profissionais que se orgulha de ter formado, não só os Turismo e Lazer mas também de outros cursos que se queiram juntar a esta comemoração”. K

EsGIN

Estudantes servem cocktail final 6 A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN) assinalou o encerramento do ano letivo com um cocktail onde os alunos da licenciatura em Gestão Hoteleira tiveram a oportunidade de mostrar as aprendizagens e competências adquiridas. A prova decorreu no Restaurante Pedagógico Senhora da Graça, na passada quinta-feira, 18 de junho, cabendo aos convidados – docentes e funcio-

nários da ESGIN – avaliar a prestação dos estudantes na cozinha, no serviço de sala e de bar. Os alunos da turma do 1º ano competiram pelo melhor canapé do evento, enquanto os estudantes do 2º ano asseguraram o serviço de sala e de bar. O evento demonstrou a qualidade e competência dos estudantes da ESGIN, que corresponderam ao desafio e tiveram um desempenho muito positivo. K

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Na Feira Nacional de Santarém Governo anunciou

Agrária faz ciência divertida 6 A Escola Superior Agrária de Santarém (ESAS) e a Escola Superior de Educação de Santarém (ESES) estrearam na Feira Nacional da Agricultura, que decorreu este mês, em Santarém, o seu novo projeto – a Ciência Divertida! Este projeto visa desenvolver estratégias de comunicação adequadas e eficazes na sensibilização das crianças, jovens

e seus educadores para a importância, universalidade e aplicação das Ciências Básicas – Biologia, Física, Matemática e Química. DE acordo com o projeto, o Ciência Divertida, pretende contribuir para uma aproximação dos nossos jovens às Ciências Básicas, através do desenvolvimento de experiências divertidas, interactivas e apelativas. K

Mais bolsas para o superior 6 Mais de três mil estudantes do ensino superior poderão vir a ser contemplados com bolsas, no âmbito d novo regulamento aprovado este mês entre as associações académicas e o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes. “O limiar de elegibilidade passou de 14 vezes o Indexante de Apoios Sociais

(419,22 euros), mais o valor da propina efetivamente paga, para 16 vezes o indexante, mais o valor da propina efetivamente paga”, disse Carlos Videira, da Associação Académica da Universidade do Minho, à Imprensa. Jose Ferreira Gomes, já no final da reunião, afirmou, em declarações à imprensa, que com este novo regulamento

haverá “alguns milhares de estudantes” que adicionalmente vão ter direito a bolsa no próximo ano. O governante estima que este novo modelo abranja entre 3.000 a 4.000 o número desses alunos, ou seja, cerca de 8% mais do que o atual. Com o novo regulamento, e segundo o Governo, será também possível alargar a

atribuição do complemento de alojamento aos estudantes deslocados para que possam permanecer 11 meses, em vez dos atuais 10, nas residências universitárias, quando comprovado que se encontram em atividades letivas. Uma das novidades é que as bolsas passarão a ser pagas em data fixa, já a partir do próximo ano letivo. K

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IPB

Beja faz exposição de canela 6 A Escola Superior Agrária do IPBeja tem patente até 24 de julho, uma pequena exposição sobre canela (e cássias). Nesta exposição, pode-se ver a verdadeira canela (canelado-ceilão) e as falsas canelas (cássias): cássia-dabatávia, cássia-de-saigão e cássia-da-china. Em Portugal, o que se consome com o nome de canela é, de facto, cássia-

da-batávia. A canela-do-ceilão é a que se utiliza para medicina tradicional devido à quase ausência de cumarina (que está presente nas cássias, em quantidades muito variáveis). Algumas pessoas são muito sensíveis à ação da cumarina, que é hepatotóxica, e pode causar lesões no fígado (no limite, causa cancro). K

Turismo Cultural

Novo curso em Tomar

6 O Curso Técnico Superior Profissional (cTeSP) em Produção de Atividades para o Turismo Cultural do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) foi aprovado pela Direção - Geral do Ensino Superior e encontra-se com pré-inscrições online. O curso poderá funcionar com três turmas, em simultâneo, em locais como Tomar, Mação, Sertã, Constância e Torres Novas, sendo que os locais serão definidos consoante o número de interessados. O cTeSP que é um novo tipo de formação superior com a duração de dois anos inclui seis meses de estágio assegurado pelo IPT através da sua Rede de

Formação Dual e Estágios em Contexto de Trabalho e confere um Diploma de Técnico Superior Profissional. Os alunos que optarem por esta formação passam a desenvolver técnicas específicas necessárias para integrar empresas e organizações privadas do setor do turismo (empresas de organi¬zação de eventos, operadores turísticos, agência de viagens); administração central, regional e local de turismo e cultura (museus, câmaras municipais, entre outras) bem como outras atividades públicas ou privadas ligadas a serviços, atividades e produtos turístico-culturais. K

JUNHO 2015 /// 017


Seminário internacional de gerontologia

Envelhecer é uma arte 6 O II Seminário do Mestrado em Gerontologia Social, Realidade(s) e Contextos, organizado pela Comissão Científica do Mestrado em Gerontologia Social do IPCB/ESE-ESALD (Maria João Guardado Moreira, Paula Sapeta e Clotilde Agostinho) decorreu, na ESE de Castelo Branco, no último mês.

A iniciativa teve como objetivos dar a conhecer a investigação que se tem realizado no âmbito do mestrado, e analisar o seu contributo para a intervenção e investigação qualificadas no domínio da Gerontologia Social, bem como proporcionar a partilha de projetos, ideias, experiências e saberes que contribuem

cientifica e socialmente para um melhor conhecimento da realidade. Este seminário, em que estiveram presentes cerca de 150 pessoas entre estudantes de licenciatura e mestrado e técnicos de várias instituições, contou com a participação de Manuel Villaverde Cabral (Diretor do Instituto do Enve-

lhecimento da Universidade de Lisboa) que proferiu uma conferência sobre Envelhecimento Activo: Pragmática, Ideologia e Biopolítica. Também estiveram presentes o Coronel Alfredo Gonçalves do Comando Territorial da GNR de Castelo Branco, que falou sobre os Censos Sénior, da responsabilidade da GNR, Coronel

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Editamos palavras com conteúdo.

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José Alves (Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco) e António Melo Bernardo (Diretor do C.D. de Castelo Branco) que intervieram num painel sobre Respostas sociais para a população idosa. No evento, foram também apresentados estudos desenvolvidos na área de envelhecimento em que participaram, ou que foram desenvolvidos por docentes da ESECB: Maria João Guardado Moreira apresentou os principais resultados do projeto, promovido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, Dinâmicas Demográficas e Envelhecimento da População Portuguesa (1950-2011): evolução e perspectivas e Henrique Gil, Cidadania Digital 65+. Neste dia foram assinados protocolos de parceria entre o IPCB e a Universidade da Extremadura, com a presença de Florêncio Castro, que colabora desde o início com o mestrado. Estes protocolos vão permitir desenvolver investigação conjunta, bem como criar uma plataforma comum para candidaturas a fundos europeus na área do envelhecimento. Foram igualmente apresentados alguns dos trabalhos finais, já defendidos no âmbito do Mestrado em Gerontologia Social da ESE/ESALD e que são uma referência da investigação que o IPCB está a desenvolver nesta área do envelhecimento: Sónia Andreia Ramos Rodrigues, O espelho da velhice através da visão de crianças/ jovens – meio urbano versus meio rural; Teresa Ma-

ria Póvoa Ramos, A (I)Literacia Digital e as pessoas idosas: os cartoons e os seus estereótipos; Raquel Susana da Silva Almeida, Representações sociais do idoso institucionalizado e influência na comunicação dos profissionais ajudantes de ação direta; Mariline de Oliveira Peres, Os idosos institucionalizados. Estudo de algumas variáveis; Inês Alexandra Ramalhete Tôco, Centro de atenção à doença de alzheimer – proposta de implementação na Cidade de Castelo Branco. Num contexto em que as alterações demográficas e socioculturais ocorridas em Portugal nas últimas décadas deram origem ao aumento do peso relativo dos idosos no total da população e ao aumento das necessidades de sistemas de proteção e de serviços de cariz social que respondam às necessidades específicas deste grupo etário, o IPCB considera que tem um papel fundamental no desenvolvimento da investigação aplicada nesta área e de apoio às instituições e organizações trabalham junto dos idosos. Neste sentido, o Mestrado em Gerontologia Social do IPCB/ESE-ESALD que já vai na sua quarta edição, assim como a investigação desenvolvida pelos mestrandos e pelos docentes, pelas temáticas, mas também pela reflexão e intervenção que muitas vezes suscitam nas instituições onde é realizada, constitui já uma resposta às necessidades atuais e emergentes da sociedade regional, mas também nacional. K


TESP’s

Novos cursos em Viseu

Portalegre

Revista Aprender nas bancas 6 O número especial da revista Aprender, dedicado ao ensino do Jornalismo e da Comunicação, foi apresentado no dia 4 de junho, no Centro de Artes e Espetáculos de Portalegre. Trata-se de um número que se insere nas comemorações dos 20 anos do curso de Jornalismo e Comunicação e inclui artigos de Pedro Coelho (Unv. Nova de Lisboa); Galvão Júnior (UNITAU, Brasil), Fábio Ribeiro (Sopcom) e Paulo Nuno Vicente (Unv. Nova de Lisboa). Tratando-se de um número especial dedicado a Jornalismo e Comunicação, a Coordenação do Tema Central incluiu artigos de

ex-alunos do curso que tenham prosseguido os seus estudos para o nível de doutoramento ou mestrado e, neste sentido, fazem parte da revista os artigos de Sílvia Torres (atual doutoranda na Unv. Nova de Lisboa); Beatriz Cruz (Mestre em JCC); Carina Martinho Coelho (Mestranda em JCC) e Clara Barradas (Mestre da Unv. Nova de Lisboa). A apresentação da revista foi antecedida pela conferência - “Jornalismo Cultural em Portugal - passado, presente e futuro” proferida pela docente Carla Batista, da Universidade Nova de Lisboa. K

Cávado e Ave

Videojogo no Periscope 6 ‘Idle Town’ é o nome do jogo para dispositivos Android apresentado a 1 de junho através da nova rede social Periscope, numa transmissão feita a partir do Centro de Investigação e Desenvolvimento de Jogos Digitais do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Barcelos. O jogo foi desenvolvido por João Jacinto, estudante do 2º ano da licenciatura em Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais do IPCA, e Joel

Belo, que frequenta o 2º ano de Engenharia da Computação Gráfica e Multimédia do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Os dois estudantes criaram a WIP Games, uma startup que tem no ‘Idle Town’ o seu primeiro projeto concretizado. O ‘Idle Town’, cujo trailer está disponível em https://goo. gl/7d1nXJ, foi lançado no aplicativo iOS há apenas dois meses, mas contabiliza já milhões de utilizadores em todo o planeta. K

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www.ensino.eu

6 O Instituto Politécnico de Viseu apresentou a 21 de maio os novos cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP), num seminário que decorreu na Aula Magna e contou com a presença do Secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes. Na sessão foram distribuídos folhetos informativos dedicados aos estudantes do ensino secundário e guias explicativos aos diretores de agrupamentos e escolas secundárias não agrupadas. Os TeSP são uma nova oferta de formação supe-

rior, exclusiva de institutos politécnicos e unidades orgânicas de ensino superior politécnico

integradas em universidades e começaram a ser lecionados no ano letivo de 2014-2015. K

Fotografa a tua escola

Concurso com novas datas 6 O Concurso Internacional de Fotografia “Fotografa a tua escola” está a ter uma forte adesão e já são muitas as fotos alojadas no portal do Ensino Magazine, em www.ensino.eu. A pedido de muitas instituições de ensino, a organização decidiu alargar a receção das imagens até ao dia 20 de novembro. O concurso destina-se a toda a comunidade escolar (do ensino básico ao superior), com mais de 13 anos (alunos, professores, funcionários, pais e cidadãos de um modo geral). O concurso decorrerá no portal do Ensino Magazine, em www.ensino.eu. Até 20 de novembro todos os interessados podem enviar, gratuitamente, as suas fotos. Há três temas a concurso: selfies, rostos da escola, e instantâneos na escola. De 24 de novembro de 2015 aa 31 de janeiro de 2016 será feita a votação on line, e as imagens mais votadas serão depois analisadas por um júri independente. Com esta iniciativa pretende-se ligar as escolas, as universidades e os politécnicos à comunidade, numa lógica que sempre defendemos, de um ensino sem fronteiras, nem tabus. De referir que este concurso vem no seguimento de outras atividades desenvolvidas anteriormente, como o concurso internacional de Tunas Académicas e Bandas de Garagem, o qual teve concorrentes de Portugal, Espanha e da lusofonia, e que teve o apoio do Reconquista. A iniciativa tem já os apoios das universidades Beira Interior e UTAD e dos institutos politécnicos de Beja, Guarda, Leiria e

Portalegre, da Edutopia, RVJ - Editores, das rádios RBI | RACAB e Condestável, e da marca Feijadinhas, num conjunto de parceiros que ainda não está encerrado. É parceiro oficial o Instituto Politécnico de Castelo Branco que atribui um ano de propinas ao melhor classificado que venha a estudar no IPCB. Na Lusofonia, os apoios são da Universidade Eduardo Mondlane, da Escola Portu-

guesa de Moçambique, e da Escola Portuguesa de Macau. O concurso surge ainda integrado no 17º aniversário do Ensino Magazine. Uma publicação dedicada à juventude, educação e cultura, distribuída gratuitamente nas escolas do ensino básico, secundário e profissional, nas universidades e politécnicos, de Portugal, Espanha, Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Macau. K

JUNHO 2015 /// 019


Feira Internacional de Educação de Moçambique

Ensino Magazine marca pontos em África 6 O Ensino Magazine marcou presença, de 20 a 23 de maio, na Feira Internacional de Educação de Moçambique, e no encontro de reitores e presidentes de politécnicos dos dois países, sendo a única publicação portuguesa presente nos dois eventos mais importantes de educação promovidos naquele país africano, com a organização da CADE. O Ensino Magazine integrou a comitiva portuguesa liderada pela Fundação AIP, em parceria com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, a qual incluiu também outras instituições de ensino superior como os politécnicos da Guarda e do Porto, a Universidade de Lisboa, e as empresas Via Educação, Magickey, RVJ Editores, Turisforma, Centro de Formação Tecnológica Industrial, Modatex e Dismel (participaram ainda as universidades Atlântico Business School e Católica, o Politécnico de Beja, e a Lidel embora não integrados na missão Fundação AIP). A presença do Instituto Politécnico de Castelo Branco nos dois eventos também foi bem acolhida não só por parte dos milhares de jovens que procura-

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João Carrega, diretor do Ensino Magazine, com o ministro da Ciência de Moçambique e o embaixador português

ram informações sobre as ofertas formativas, mas também pelos próprios responsáveis governamentais moçambicanos que marcaram presença na Feira. João Carrega, diretor do Ensino Magazine, refere que “esta missão reforçou os laços de co-

operação existentes com a Universidade Eduardo Mondlane e com a Escola Portuguesa de Moçambique, com quem assinámos protocolos de cooperação há dois anos. Mas permitiu também abrir a possibilidade de realizarmos mais dois protocolos de coopera-

ção com a Universidade de Zambeze e com o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique. Deste modo, e depois de, no final de 2014, termos entrado no mercado asiático através de acordos com a Escola Portuguesa de Macau, ainda em 2015

reforçaremos a nossa presença em Moçambique”. O certame foi inaugurado pelo ministro da Ciência de Moçambique, Jorge Nhambiu, o qual teve a oportunidade de conversar com os responsáveis portugueses. João Carrega explica que “foi com satisfação que o ministro verificou a existência de protocolos de cooperação entre o Ensino Magazine e instituições moçambicanas”. A importância atribuída pelo governo Moçambicano ao evento, esteve patente com a visita de mais dois vice-ministros, das áreas do Trabalho e da Juventude. O próprio embaixador português em Moçambique, José Augusto Duarte, também marcou presença nos dois eventos, tendo convidado apenas algumas das instituições de ensino superior portuguesas presentes nesses encontros para um almoço na sua residência. A comitiva portuguesa da Fundação AIP foi ainda recebida no AICEP em Maputo, onde também esteve o embaixador português, tendo sido abordada a questão das bolsas atribuídas pela própria embaixada. K


Alguns elementos da comitiva portuguesa que participaram na Feira Internacional de Educação de Moçambique

Ricardo Batista, do IPCB, com ministro do Trabalho moçambicano

O Ensino Magazine foi a edição mais procurada pelos estudantes

As novas tecnologias apresentadas pela Dismel

Constantino Rei, presidente do IPG, marcou presença no evento

O ensino politécnico esteve em destaque

A Universidade de Lisboa também fez parte do certame

As instituições portuguesas foram recebidas pelo Embaixador Português

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Fundação Ilídio Pinho atribui 300 mil euros

Educação

Castelo Branco diz não à municipalização

Ciência na escola 6 Pedro Passos Coelho participou na cerimónia de encerramento do projeto Nacional “Ciência na Escola” promovido pela Fundação Ilídio Pinho. O governante considerou importante a ligação precoce com a ciência e a tecnologia. “Durante muitos anos achámos que o nosso ensino era demasiado livresco e nos afastava da nossa realidade, e das nossas empresas. E assim foi durante uns anos. Foi preciso reequilibrar os pratos da balança. Nós precisamos de expressão artística, de conhecer a nossa história, de onde nos conduz a fronteira e a filosofia, mas também precisamos de um contacto mais precoce com a ciência e a tecnologia”. Pedro Passos Coelho falava, em Castelo Branco, durante a cerimónia solene de encerramento do concurso nacional “Fundação Ilídio Pinho - Ciência na Escola”, que juntou na capital de distrito mais de mil pessoas, 100 escolas e a mostra de 313 projetos. O projeto distribui, anualmente, 300 mil euros, junto das

Ricardo Coelho H

escolas concorrentes e, numa segunda fase, entre os vencedores, com prémios que podem chegar aos 20 mil euros. Isso mesmo lembrou o representante da Fundação Ilídio Pinho, Joaquim Azevedo. “Não é todos os dias que uma instituição atribui 300 mil euros, por ano, às escolas para que estas possam desenvolver projetos ligados às ciências”, disse. Ilídio Pinho, o empresário que dá o nome à Fundação, esteve presente na iniciativa, lembrando que “este é um projeto estruturante para que Portugal se possa

afirmar como um país mais importante”. A fase final da entrega de prémios do concurso nacional “Fundação Ilídio Pinho - Ciência na Escola” foi feita pela primeira vez numa cidade do interior. Um facto também sublinhado pelo presidente albicastrense, Luís Correia: “temos consciência da importância da criatividade e da inovação e estamos a fazer grandes investimentos nessa área, como o demonstram o Centro de Empresas Inovadoras ou o Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar”, disse. K

6 Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, não vai assinar qualquer contrato com o Governo no âmbito da transferência de competências para a autarquia na área da educação. O autarca transmitiu isso mesmo aos membros do Conselho Municipal de Educação, em reunião realizada já depois do fecho da nossa última edição. Com esta decisão, Luís Correia coloca um ponto final sobre uma matéria delicada, a que os sindicatos do setor apelidaram de municipalização da educação. A decisão foi tomada depois de Luís Correia ter ouvido a posição dos agrupamentos de escola e as escolas. Segundo apurámos,

o autarca seguiu a vontade e os pareceres dos diferentes agrupamentos de escola, seguindo o princípio que sempre defendeu neste processo, ou seja ouvir a posição da comunidade escolar e dialogar com a tutela, para depois tomar uma decisão. K

Em Idanha-a-Nova

TIC do berçário ao superior 6 A utilização das novas tecnologias na educação, do berçário até à universidade Sénior, passando por todas as escolas do Agrupamento José Silvestre Ribeiro, pela Eprin e pela Superior de Gestão, é um dos objetivos que a Câmara de Idanhaa-Nova quer ver concretizado. Armindo Jacinto, presidente do município diz que o conceito vai para “além da internet. Queremos que todas as crianças tenham acesso às novas tecnologias, logo a partir do berçário. Mas também queremos que esse acesso vá até à universidade sénior, passando por todos níveis de ensino. A perspetiva é mais ampla e inclui a robótica, a computação e a programação”. O autarca acrescenta que “a introdução de novas tecnologias nas

escola profissional

O projeto já foi apresentado no Agrupamento de Escolas

salas de aula e a aposta em conteúdos inovadores e diferenciadores inserem-se na estratégia de desenvolvimento de uma educação de qualidade no concelho”. Por isso, assegura que “o projeto educativo em Idanha-a-Nova continua a pautar-se por práticas inovadoras que visam o enriquecimento

curricular dos alunos e dotar as escolas dos melhores meios e metodologias de ensino”. Catarina Pereira, docente do ensino profissional, com experiência no desenvolvimento de projetos de inovação na educação, é a mentora e responsável pela implementação de todo este projeto. K

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022 /// JUNHO 2015

Telf.: 966 576 123 E-Mail: psicologia@rvj.pt “Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.” José Saramago, “Jangada de Pedra”

EDP diz que Etepa é escola revelação 6 A Etepa - Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense participou, pela primeira vez, na 5.ª edição do projeto “Energia com vida, Escolas Solidárias”, financiado pela Fundação EDP, tendo sido distinguida como uma “Escola Revelação”. O título foi-lhe atribuído por ser “uma escola inovadora e diferenciadora”. Esta iniciativa pretendia lançar sementes de transformação social em idade escolar. “Foi um desafio estimulante e uma promessa de futuro. Como este também é um dos objetivo da Etepa, há 22 anos, não poderíamos deixar de participar com um dos trabalhos

realizados, este ano letivo, pelo curso Profissional de Animador Sociocultural e Artes Gráficas, a peça de teatro ‘Quero crescer a mudar o mundo’, que fala sobre a importância da amizade, das desigualdades sociais, do empreendedorismo social, ensinando a comunidade a respeitar o ambiente, as diferenças de cada um e a dar valor às pequenas coisas da vida”, refere a escola em comunicado. E garante que continuará “a pensar no futuro dos jovens e da comunidade envolvente, pois é sempre gratificante e motivador ver o trabalho da escola reconhecido”. K

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Editorial

Um elefante na loja de cristais 7 O comportamento do nosso ministro da Educação tem continuado a revelar um rumo errático, perfeitamente incompreensível e um estilo de inqualificável desvario ideológico. Ou seja, Crato entrou pelo sistema educativo adentro, como um elefante numa loja de cristais. As consequências…. vão levar muitos anos a reparar. A grande reforma educativa sorvida dos quentes e vibrantes anos do final da década de sessenta, consubstanciada nas filosofias do Maio de 68, apontava para uma escola aberta, universal, inclusiva, interclassista, meritocrática, solidária, promotora da cidadania e, até, niveladora, no sentido que deveria esbater as desigualdades sociais detectadas à entrada do percurso escolar. Os professores passavam a ser mediadores da aprendizagem, promotores da socialização e do trabalho partilhado. Os alunos metamorfoseavam-se em aprendentes activos, participativos, concretizadores, co-líderes da sala de aula e do rumo a dar às planificações. Os pais, descolarizados ou iletrados, por vergonhosa opção de

quatro décadas de ditadura, entregavam os seus filhos naqueles centros de promoção do sucesso social. Era a escola aberta à comunidade, uma escola moderna, que se impunha à escola tradicional. Era, enfim, a escola inclusiva, aberta a todos. Com o decorrer dos anos, os governantes, lá no alto do seu douto saber, entenderam que, já agora, os professores e a escola poderiam também cumprir uma imensidão de funções até então cometidas ao Estado, às famílias e à sociedade. Mesmo que não tivessem tido preparação para isso, os professores tinham demonstrado que sabiam desenvencilhar-se e, sobretudo, que não sabiam dizer não. E desde então, essas passaram também a ser tarefas e funções da escola e dos seus docentes. A partir desse momento singular, passámos a ter uma escola que, por acaso, também era um local de aprendizagem formal, mas que, sobretudo, se foi desenvolvendo como um espaço de aprendizagens sociais, informais, socializadoras. E foi assim que se baralhou e se desvirtuou uma escola que, altruisticamente, queria ser para

todos, transformando-a numa escola onde tudo cabia. Era a escola para tudo. Mais recentemente, os últimos responsáveis pelo Ministério da Educação, entenderam que a escola gastava muito e os professores, numa indolência secular, pouco ou nada faziam. Que tinham poucos alunos a quem ensinar; que perdiam muito tempo na sua formação permanente; que davam demasiada importância ao “como ensinar e ao como aprender”, em vez de se dedicarem a verificar as aprendizagens memorizadas; que se dedicavam demasiado a combater a exclusão escolar e social; que se envolviam muito com as famílias na educação dos jovens; que desejavam que todos os seus aprendentes estivessem na sala de aula, em comum colaboração, mesmo que alguns deles necessitassem de um apoio especial…. Não bastasse tudo isto, entrou em cena o elefante do “eduquês”… A esta santa alma tudo lembrou, o que ao diabo esqueceu: Aos professores, era exigido que reincarnassem de novo,

que procurassem novas profissões. Que comprassem escolas. Que emigrassem. Que percebessem que o nosso sistema de ensino poderia ser muito melhor se acabassem metade das actividades desenvolvidas nas escolas e se se dispensassem cerca de 40 mil docentes. Alias receio que este medonho “elefantês” ainda tem dificuldades em perceber o que fazem e para que servem os professores nas escolas. E tudo isso, infelizmente, não era apenas um pesadelo. Foram as opções de política educativa neoliberal, de que estava ao serviço do sistema financeiro internacional, dos interesses privados, contra o Estado social e, sobretudo, contra os mais desfavorecidos, os quais, por isso mesmo, acabariam por ser os mais prejudicados. De resto, o senhor ministro tem vindo a demonstrar que pouco lhe interessa o impacto negativo destas medidas na implosão da Escola Pública e no comprometimento do futuro do país. O que eles não sabem nem sonham é que os professores têm dentro de si a força rege-

neradora do saber, da cultura e da utopia social. Modelando sabiamente os seus alunos, são os construtores de futuros. Dentro e fora da escola querem partilhar a discussão do amanhã, porque aprenderam que ter, é ceder e partilhar. Infelizmente, como humanos que são, também erram: do seio da escola por vezes saem maus políticos e, logo, más políticas. Mas não é por isso que se deixam abater, já que exercem uma profissão que exige a reflexão permanente, a busca de consensos, e a capacidade de ser persistente, sem teimosia. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

Lusofonia, um espaço e (re)descobrir 7 A redução do número de candidatos ao ensino superior nos últimos anos, numa tendência que teima em não ser invertida de forma significativa, tem merecido especial atenção das instituições de ensino superior portuguesas. O espaço lusófono começou, há alguns anos a esta parte, a ser visto como um mercado importante, numa perspetiva de cooperação com universidades e politécnicos desses países e de captação de alunos estrangeiros para as licenciaturas, mestrados e doutoramentos. Esta perspectiva das instituições portuguesas tem-se intensificado nos últimos anos. O Brasil, os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop’s) e Macau são os mais procurados, com resultados po-

sitivos para ambas as partes. A comunidade de alunos estrangeiros nas instituições portuguesas tem vindo a aumentar e o novo estatuto, aprovado no ano passado, é mais um instrumento importante para a captação dos novos públicos. A última edição da Feira Internacional de Educação de Moçambique, onde o Ensino Magazine esteve presente, é um exemplo da determinação das instituições de ensino superior portuguesas. Foram muitas as que marcaram presença nesse certame, como no encontro internacional de reitores. Esta aposta na Lusofonia não é nova para o Ensino Magazine. Desde o número zero que defendemos uma educação sem fronteiras nem tabus. É assim que vemos o ensino,

numa rede global e livre. Foi com base nessa perspetiva que estabelecemos protocolos com instituições de referência em muitos desses países, casos da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), Escola Portuguesa de Moçambique, Escola Portuguesa de Macau, ou a associação mexicana Cepa Gratia. Para breve esperamos assinar protocolos com a universidade de Zambeze e com o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia, ambos de Moçambique. É também por isso, que o Ensino Magazine chega a todos esses países, numa distribuição focada e efetiva, de modo a que as notícias sobre as diferentes instituições circulem também elas sem fronteiras. O esforço que temos vindo a de-

senvolver é grande. O económico também. Mas mantemo-nos determinados em participar neste processo de mudança e em desempenhar um serviço público. Entendemos que este contributo é importante para todas as instituições de ensino e para Portugal e para os países onde já chegamos. Em Moçambique tivemos o reconhecimento do trabalho já realizado pelos vários ministros que visitaram o nosso stand e que connosco conversaram. Um reconhecimento que Portugal também deveria ter em conta por aqueles que são os seus representantes, como os embaixadores. Macau foi um excelente exemplo de como a comitiva foi recebida. Em Moçambique também, mas o senhor embaixador não gos-

tou do título do nosso jornal e disse-o para que a comitiva da Fundação AIP o ouvisse. É a vida. Felizmente que para nós, a missão que fizemos a mais de 10 mil quilómetros de distância não se resume a um título, nem é passível de qualquer tipo de pressão. Os nossos leitores assim o exigem. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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crónica salamanca

Tiempo de exámenes, evaluaciones y balances 6 En el hemisferio norte, y a veces también en otras latitudes donde se han constituido países con notables influencias occidentales, el solsticio de verano anuncia nuevo clima más seco y caluroso, más luz y días de percepción más larga, sensaciones diferentes, necesidad de descanso y vacaciones, acompañando el ciclo natural de la vida, de la propia naturaleza. En el trópico y en el hemisferio sur las cosas suceden de otra forma, incluso a la inversa, pero también equivalentes. De acuerdo con ese ritmo vital, que desde luego no es de ahora, en su día y hace muchos siglos, cuando ya funcionaban algunas escuelas (pocas) y escasas universidades, nacieron los calendarios y las jornadas escolares de niños y mayores y se fueron acomodando a ese ritmo que hemos denominado estacional, y cíclico. En las universidades medievales el mes de junio representaba el final del curso, y el inicio de unas vacaciones que alcanzaban hasta san Lucas, en el mes de octubre. Así fueron las cosas hasta no hace tantos años, y el tema merecerá nuevas reflexiones . Pero por ahora sólo queremos fijarnos en el significado de balance y recogida de cosecha que representa el verano en las culturas del norte (en otras hay cosechas y recogidas a lo largo de todo el año y no nos vale el símil). A la hora de hacer balance, de recoger la cosecha, en el esquema escolar universitario se toma como punto final la obtención del diploma, y los

pasos previos representados en los años o cursos escolares necesarios para obtenerlo, sean cuatro, cinco o seis (para las licenciaturas o grados), uno o dos para los másteres, y tres o más para los doctorados. Cada final de curso escolar significa para cada uno de los millones de estudiantes universitarios de nuestros establecimientos de educación superior tener que superar varias disciplinas o asignaturas (sean 8, 10, o las que fueren). Es decir, tiene que demostrar ante su profesor que ha alcanzado con suficiencia determinadas competencias de diverso orden en una asignatura determinada, concreta. Esa demostración puede haberse planteado, como cada vez es afortunadamente más frecuente en nuestras universidades, de forma continuada, y a lo largo de los meses anteriores, y no sólo de forma memorística, y a una carta, como ha sido práctica dominante entre nosotros hasta hace muy poco. La evaluación, el balance, es siempre necesario en la vida cotidiana de cada persona, todos los días, en el plano individual y en el colectivo, para llegar a comprender en que hemos acertado y en que hemos fracasado o cometido errores. El balance de resultados es imprescindible en las instituciones, en las familias, en el sistema educativo, en las universidades, para evitar caer en el error, en la desidia, en el actuar sin preguntas, para mejorar y avanzar. La cultura de la revisión, de la evaluación debe formar parte de la manera natural de funcionar nuestras

universidades, de analizar los éxitos y fracasos, de reflexionar sobre el grado de cumplimiento de objetivos, en especial si nos fijamos en instituciones universitarias con financiación pública. Por ello es completamente natural que estemos acostumbrados a revisarnos, a examinarnos, y lo hagamos con los establecimientos docentes y con los estudiantes. Pero debemos hacerlo lo mejor posible, no de cualquier manera, y ahí es donde surge el problema. La vorágine de exámenes, de memorias, informes, trabajos, que padecen en estas semanas nuestros estudiantes , nosotros como profesores víctimas y los organismos internos de las universidades es descomunal en magnitud y diversidad. Y creciendo sin parar.Y esto hay que arreglarlo de alguna manera. La cultura administrativa y académica de la simplicidad, de la evaluación permanente, de la observación de resultados institucionales a lo largo de un proceso más racionalizado es imprescindible para lograr que nuestras universidades sean más eficaces y académicas, menos burocráticas y rígidas. En ello la cultura académica anglosajona en algunas parcelas nos lleva la delantera, si bien en otras nos impone el dogma del formalismo experimentalista contante y sonante, con sus algunos éxitos y los mucho más frecuentes y lamentables fracasos para las ciencias sociales y las humanidades y las instituciones de educación superior. Bien es verdad que, ante

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata

todo y previamente, hay que continuar estirpando la vigencia exclusiva del memorismo y de la evaluación sometida a una especie de lotería, suerte torera, con peligro de muerte real, consecuencia de la pervivencia del modelo didáctico tradicional del profesor-autoridad, y de los estudiantes como seres pasivos y receptores de doctrina. Por fortuna van quedando menos actuaciones de esta clase, pero existen aún muchas merecedoras de ser eliminadas. Otra cuestión próxima a nuestras reflexiones es la que representan las oposiciones de las administraciones públicas, sistemas de selección de médicos, profesores, juristas, funcionarios de todo tipo, tan imprescindibles para sostener con excelente criterio el buen funcionamiento de todas las instituciones públicas del Estado, incluidas las universidades. Pero lo dejamos para otro momento. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

Contabilidade: Mário Rui Dias

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Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


crónica

Educação inter/multicultural das resistências à acção pedagógica 7 «Portugal reafirma-se, com efeito, um país crioulo.» (Fernando Dacosta, Viagens Pagãs, 2015: 115) Os movimentos de educação inter/multicultural, entre nós, têm balançado entre o modismo pedagógico e o voluntarismo naif. Os seus defensores continuam circunscritos a nichos de militância pedagógica (esse núcleo docente tem-se alargado mas não chega sequer a ser um lobby “disciplinar”). Os dados da 3ª edição do Selo Escola Intercultural (ACM-DGE, Março 2015) são reveladores: apenas 36 candidaturas, sendo aprovadas 24 (16 no nível I- Iniciação; 8 no nível II- Intermédio; 0 no nível III- Avançado). Na sua totalidade os projectos eram modestos nos meios e nos propósitos, ficando-se pelos dois primeiros níveis de abordagem para uma reforma curricular multicultural enunciada por James Banks, em 1988 e 1991: I- Contributivo, II- Aditivo; isto é, aquém dos níveis mais ambiciosos: III- Transformativo, IV- Tomada de decisões e Acção social. Resistências Pouco se tem aproveitado com a experiência acumulada pelos vários projectos multiculturais, um

deles de iniciativa do próprio ME (PREDI, 1993-97). Na altura, o ministério chegou a manifestar a intenção do seu «gradual alargamento a todo o sistema educativo»; mas a principal recomendação do PREDI não foi seguida: «A multiculturalidade […] diz respeito a todas as escolas e a todos os alunos. Limitar a reflexão sobre a intervenção a desenvolver às escolas com maior peso de alunos pobres e/ou étnica e culturalmente diferenciados, seria um erro estratégico grave, já que retiraria a possibilidade de preparar todos os alunos para viverem num mundo plural, onde a mobilidade é uma constante». De facto, a educação inter/multicultural não pode ser vista como uma opção para certas escolas, um programa para os “outros” – as minorias étnicas. E assim, passados todos estes anos, a educação inter/multicultural continua relativamente marginal no quotidiano das escolas. A versão back-tobasics do ministro Nuno Crato, com o core curriculum centrado nas disciplinas nucleares de Matemática e Português, fez emergir a «cultura da avaliação»… para os exames nacionais no fim de cada ciclo do ensino básico. Primeiro, trabalha-se para os rankings… tudo o resto passa para

segundo plano. Importa pois tirar ilações sobre as dúvidas e receios que o multicultural ainda provoca em certos sectores, persistindo resistências a nível central (nas políticas e no currículo) e a nível local (nas práticas pedagógicas muito centradas no “folclore” das celebrações pontuais). Linhas de acção Apesar dos ventos adversos1, os professores e as escolas continuam a ter as suas “avenidas de liberdade” (na feliz expressão de Joaquim de Azevedo, de um livro de 1998) para o desenvolvimento da educação inter/multicultural. Indicam-se, de seguida, seis linhas obrigatórias de intervenção em que a “arte do acto educativo” estará no equilíbrio entre o indivíduo e os grupos: 1. Entender a escola como instituição única a quem a sociedade atribui a responsabilidade de preparar, convenientemente, os jovens com os conhecimentos, competências, atitudes e valores necessários à vida democrática, num mundo global de enorme mobilidade. A literacia multicultural – conhecimento sobre as heterogeneidades (étnicas, religiosas, nacionais,…) da espécie humana – é a resposta curricular formativa a que todos devem ter

direito na escola pública. 2. Promover as identidades culturais dos alunos provenientes de origens diversas. Os processos de auto-estima implicam também a ajuda para que eles se sintam bem dentro dos seus grupos de pertença étnico-culturais. 3. Valorizar o princípio da convivialidade entre os seres humanos e da tolerância2 face à diferença. O Relatório Delors considerava o 3º pilar da educação para o século XXI – «Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros» – como «um dos maiores desafios da educação» (1996: 83). 4. Apostar na mediação enquanto «antítese da exclusão» e no papel muito positivo dos mediadores que actuam «como uma ponte entre margens opostas, como um elo de ligação entre narrativas forjadas em contextos diferenciados» (Roberto Carneiro, 2005). 5. Incentivar a colaboração escola-famílias. Sabe-se que, nesta matéria, é maior o desejo que a realidade decorrente dessa sinergia. As famílias dos alunos são a comunidade dentro da escola. Elas espelham essa pluralidade da tecedura social da sobremodernidade (Augé, 1992). 6. Tentar as abordagens holísti-

cas da inter/educação multicultural; por ser uma tarefa complexa, exige uma via multidisciplinar onde se estude a interacção de diferentes “variáveis” – ‘raça’, etnia, género, classe social e deficiência – nas suas múltiplas interacções. Notas: 1. Em 1999, dizia o oposto: “Há ventos favoráveis ao multicultural”; título de uma entrevista a Miguel Anxo Santos Rego da Universidade de Santiago de Compostela, a Página, nº 82, Julho 1999, pp. 13-15. 2. Sugerimos a (re)leitura do Tratado sobre a Tolerância de Voltaire (1763) reeditado pela Relógio d’Água, em 2015, com tradução de Augusto Joaquim. K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia _

CRÓNICA

Cartas desde lá ilusion 7 Querido amigo: Ya estamos llegando al final de curso, otra vez, y seguimos, como siempre, con cantidad de interrogantes. Hoy quiero que nuestra reflexión se centre en uno de ellos: a qué debe dirigirse la acción educadora de los profesores. Hemos comentado en varias ocasiones la necesidad de abandonar la centración en los conocimientos (materializada en el uso de los libros de texto) para buscar nuevos “centros de interés” que realmente importen. Entre ellos, nos hemos referido, también en varias ocasiones, a la promoción del aprendizaje en equipo, que resulta fundamental para acercar la dinámica educativa a la dinámica de la resolución de problemas en la vida tanto personal, como social y profesional. Pero el aprendizaje en equipo no puede dejar de lado, bajo ningún pretexto, el desarrollo de la perso-

na. Como bien sabes, y hemos comentado en ocasiones, el desarrollo de la persona de nuestros alumnos se basa en el respeto de la libertad propia y de los demás, y en el desarrollo de la capacidad de reflexión sobre las características de la propia personalidad. Sobre esto quiero centrarme hoy, con unas pocas ideas. Estos últimos meses hemos asistido, en noticias de prensa, a los casos más recientes de “bullying” educativo que han conducido, incluso, a algunos adolescentes a tomar la decisión brutal de quitarse la vida por no poder soportar el acoso a que estaban siendo sometidos. En mis cursos sobre resolución de conflictos, siempre he aprovechado la ocasión para hablar a los profesores sobre este problema real y más extendido de lo que creemos y quisiéramos. Siempre he hecho hincapié en que el problema del bullying es, por principio, un problema de “transparencia” educativa. Cuando las características personales no

afloran con la normalidad que merecen en la relación educativa (entre profesores y alumnos -vertical- y entre alumnos -horizontal-), y entre ellas se encuentran determinados rasgos que tienden a ser objeto fácil de burla, de humillación, de actuaciones mordaces, etc., se está promoviendo, con cierta facilidad, la aparición de conductas de bullying entre los alumnos. Y es que, si nos centramos sobre todo en el problema de la adquisición de los conocimientos por parte de nuestros alumnos, dejando de lado la labor importantísima de contribuir a desarrollar las características personales, es decir, el conjunto de rasgos que componen tanto las fortalezas como las debilidades de cada uno, estamos prestando un flaco favor a la educación auténtica a la vez que estamos alimentando un caldo de cultivo en favor de las conductas vejatorias de unos alumnos en relación con otros (los que, por regla general, se perciben como más débiles).

Todo esto no deja de ser un pretexto para plantearte mi idea central hoy: la actuación del profesor es, como hemos comentado, fundamental, pero yo creo que debería estar más orientada a las personas que a otros temas o tópicos. Si la acción educativa contemplara las “virtudes” (fortalezas) y los “defectos” (debilidades) de las personas como algo perteneciente a la dinámica vital normal, promoviendo la reflexión de cada alumna/o sobre sí misma/o, quedaríamos centrados en la labor que auténticamente tenemos que desarrollar. La educación es un contacto entre sensibilidades, y la sensibilidad de cada alumna/o está formada por el conjunto de sus rasgos personales (mejores o peores, a la vista de quien sea, porque no hay nada absoluto en este campo, sino sujeto a la percepción subjetiva de cada cual). De esta manera, todos (profesores y alumnos) podríamos llegar a comprender -y a actuar en consecuencia- que no hay nadie perfecto ni nada que resulte

absolutamente necesario o imprescindible. Sería genial si consiguiéramos ayudar a nuestros alumnos a formar un sentido de la relatividad de las personas, de las cosas, de los acontecimientos... ¡Cuánto mejor nos iría a todos! Seguiremos... Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

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Jessica Athayde, em entrevista

«Fala-se demais dos corpos e menos da mente» 6 No intervalo de uma sessão de autógrafos do livro que editou recentemente, a atriz falou das causas que a movem e explicou ao “Ensino” como mudou a sua vida, reestruturando a alimentação e seguindo práticas mais saudáveis. «Somos o que comemos» é o lema de Jessica Athayde. Revelou publicamente que teve uma anorexia nervosa e que padece de ansiedade, o que a levou a pesar 42 quilos. A sociedade portuguesa tem grande preconceito e tabu sobre as questões da mente? Sim. Creio que se fala demais dos corpos e menos das questões psicológicas dos seres humanos. As ansiedades são, frequentemente, pouco valorizadas socialmente e muitos dos sintomas de que estas pessoas padecem são vistos como manias, que podem ser ultrapassadas rapidamente com a ingestão de um qualquer comprimido. Muitas pessoas nem se apercebem que uma pequena palavra pode ser uma grande ajuda, se for positiva, ou gerar um grande desequilíbrio interno, se for negativa. No livro «Não queiras ser perfeita», tenta desconstruir a ditadura da imagem que está muito presente na nossa sociedade. Como explica essa obsessão pela perfeição? É um facto que por via da publicidade, por interesses comerciais, na moda, nas capas das revistas, em entrevistas e até em programas televisivos é a imagem que está em primeiro lugar. O que me indigna é não saber quem é que decidiu que as pessoas imperfeitas não podem ser protagonistas e ser apresentadas como modelos. A mensagem que eu quero transmitir para todos, especialmente para os mais jovens, é que temos de lidar e aprender com as nossas imperfeições. O livro não pretende ser um guia de autoajuda, mas uma inspiração para que quem lê consiga extrair o melhor de si. Pertenceu à geração «Morangos com Açúcar», que foi a rampa de lançamento para a sua carreira como atriz. Trata-se de uma série com adolescentes lindas e corpos esculturais. Como é que as suas colegas acolheram o seu livro? Senti um apoio enorme. As pessoas mais próximas, que trabalhavam comigo, sabiam perfeitamente do que se estava a passar, porque algumas das crises que tive aconteceram durante gravações de novelas. Mas eu creio que o mais importante é sentirmo-nos em paz com os nossos corpos e sermos saudáveis. O meu lema é «somos aquilo que comemos». Tem atualmente 29 anos. Com que idade sentiu que tinha batido no fundo, levando-o a reestruturar a sua alimentação,

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abandonando o fast food e a medicação. Conte-nos as transformações operadas no seu estilo de vida? Por volta dos 25 anos atingi o meu ponto mais crítico, em que tudo mudou. Adotei um estilo de vida novo. Comecei a fazer exercício regular, a beber água, a comer verduras e até…um chocolate todos os dias. É o meu vício diário. Uma verdadeira lição anti-sedentarismo… Mexam-se! Pode ser pouco, mas façamno. Vão passear o cão nos espaços verdes das vossas cidades, troquem o elevador pelas escadas, deixem o carro um pouco afastado do vosso destino e caminhem. Apesar das boas intenções e do valor da mensagem, admite que a sua proatividade não vai mudar, do dia para a noite, a forma hedonista da nossa sociedade… Não é fácil mudar o culto da imagem e a ditadura da imagem. Contudo, creio que devido à minha exposição posso ser uma espécie de porta-voz deste combate, transmitindo os valores certos a adolescentes e a pré-adolescentes. Eu agora peso 56 quilos e creio que o lema «corpo são em mente sã» é cada vez mais uma necessidade.

Pensa que devia existir nas escolas uma disciplina obrigatória de nutricionismo? Podia ser uma mais-valia. Da mesma forma que devia ser obrigatório a contabilidade, para fazermos bem as contas e gerirmos bem as nossas posses (risos). Mas o nutricionismo ou a saúde podiam ser disciplinas integradas na educação física. Estou convicta que a educação pode ser muito importante para mudar certas mentalidades e comportamentos. Foi a 11 de outubro de 2014, quando desfilou na Moda Lisboa, que choveram os reparos à sua condição física, especialmente da parte das mulheres. Como explica esta espécie de bullying da condição feminina? As mulheres são terríveis umas para as outras e começam muito cedo. E creio que na raiz desse comportamento reside a insegurança. Pelo facto de não se sentirem bem com elas próprias, apontam o dedo umas às outras. É preciso parar para pensar. Tem dado a cara por casos socialmente fraturantes como a anorexia, a ansiedade, os maus tratos aos animais e a violência

doméstica. Sobre este último caso, chegou a interpretar a personagem de «Bárbara» na telenovela da TVI «Mulheres». Como se sente em ser o rosto destes dramas que tantos sofrem em silêncio? No caso da violência doméstica, que segundo os últimos dados já vitimou 16 mulheres desde o início do ano, é uma realidade que sempre existiu e continua a existir. O preocupante é que a violência doméstica não acontece apenas nos casamentos, começa mesmo durante o período de namoro. E o que acontece é que são poucos os casos que são denunciados às autoridades. Mais um motivo para expor publicamente este flagelo social. Acredita que a violência doméstica reside em falhas culturais ou educativas? Sinceramente não acho. Há casos de pessoas, inclusive de estratos sociais mais elevados, que tiveram tudo em termos educativos, nada lhes faltou, e estão envolvidas em situações desta natureza, com comportamentos fortemente machistas. Para além de atriz requisitada, tem uma forte influencia nas redes sociais e o seu livro tem tido uma boa aceitação. ;


Tem o sonho de tirar o curso de Psicologia. Porquê? Eu gosto da área, também por causa dos problemas que passei. Penso que «encaixava» bem com o meu trabalho enquanto atriz. Ajudava-me a perceber as emoções, os comportamentos dos outros e lidar com os impulsos. Conseguirá conciliar o curso com o seu intenso trabalho de atriz? Não é um objetivo para amanhã, mas seria uma mais-valia. A minha colega Carla Andrino tirou o curso já com dois filhos e casada. Que outros projetos tem no curto prazo? Vou começar a gravar para a semana a telenovela «Santa Barbara», que será emitida na TVI, e onde vou interpretar a personagem de Ana da Luz. Nos intervalos das filmagens vou continuar a divulgação do meu livro. Já recebeu convites para visitar escolas? Já, sim senhor, Mas neste momento estou com alguma limitação de tempo, visto que as gravações ocupam dias inteiros. Mas quem sabe? É o meu target! Depois do disco ao vivo «Liberdade», está no horizonte um novo trabalho de originais? Não. Neste momento escrevi um tema original para um projeto conjunto com o Jorge palma. Vamos dar concertos juntos. Somos grandes amigos, admiradores da obra um do outro e temos uma cumplicidade enorme. Essa nova canção tem muito a ver com as nossas personalidades e com os nossos percursos de vida. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H

gente e livros

Clarice Lispector 7 Clarice Lispector (1920-1977) foi uma escritora e jornalista brasileira. De origem judia, nascida na Ucrânia, encontra-se entre as mais importantes escritoras do século XX. É autora de romances, contos e ensaios. A sua obra caracteriza-se pelo uso de metáforas singulares e uma narrativa intimista e psicológica, dedicada à análise do mundo interior das personagens. Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. A sua família mudou-se para o Brasil em março de 1922, passou a infância na cidade do Recife e em 1937 foi para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito. Ainda muito jovem, Clarice Lispector estreou-se na literatura com o romance “Perto do Coração Selvagem” (1943), que teve calorosa receção da crítica e recebeu o Prêmio Graça Aranha, conforme é referido no site da Secretaria de Cultura do Governo do Rio de Janeiro. Em 1944, recém-casada com um diplomata, viajou para Nápoles, onde serviu num hospital durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial. Após longa estadia na Suíça e Estados Unidos, voltou a morar no Rio de Janeiro. Clarice Lispector começou a colaborar na imprensa em 1942 e, ao longo de toda a vida, nunca se desvinculou totalmente do jornalismo. Trabalhou na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista do Correio da Manhã (jornal brasileiro) e realizou diversas entrevistas para a revista Manchete.

Direitos Reservados H

Sente-se, para além de uma pessoa influente, uma marca? Não me sinto como tal, nem considero ofensivo se me consideram. Mas se o meu trabalho ajudar a veicular mensagens positivas e que tornem melhor a sociedade em que vivemos, não vejo mal nisso.

A autora foi cronista do Jornal do Brasil. Produzidos entre 1967 e 1973, esses textos estão reunidos no volume “A Descoberta do Mundo”. Entre suas obras mais importantes estão a reunião de contos em “A Legião Estran-

geira” (1964), “Laços de Família” (1972), os romances “A Paixão Segundo G.H. (1964) e “A Hora da Estrela” (1977). Clarice Lispector faleceu no Rio de Janeiro no dia 9 de dezembro de 1977. K Tiago Carvalho _

eDIÇÕES

Novidades literárias 7 D.QUIXOTE. Karl Marx, de Raymond Aron. Publicada originalmente em 1967, a reflexão de Raymond Aron sobre o pensamento político de Karl Marx é considerada por muitos como a mais rigorosa e perspicaz. Um texto clássico pleno de actualidade.

BERTRAND. A Cidade Perdida, de James Rollins. Uma explosão no Museu Britânico desencadeia uma perigosa corrida a uma fonte de energia brutal que se encontra bem enterrada nas areias da História. Painter Crowe é agente da Força Sigma, um braço se-

creto do Departamento de Defesa que tem como função manter descobertas científicas perigosas longe das mãos dos inimigos. Quando um objeto ancestral aponta para a lendária «Atlântida das Areias», Painter tem de percorrer o globo em busca da Cidade Perdida… e de uma força destruidora que está para além da imaginação.

Marcador. A Princesa Azul e a Felicidade Escondida, de Filipa Sáragga. No Reino Distante, do amor do Rei Grande e da Rainha Luz, nasce uma princesa de pele azul chamada Clara. Como todos aqueles que são diferentes, Clara, a princesa azul, cresce a ser amada por muitos e a ser discriminada por outros tantos. Os seus primeiros anos de vida são felizes mas aos poucos isso vai-se alterando.

PRESENÇA. Tempo de Partir, de Jodi Picoult. Durante mais de uma década, Jenna Metcalf não deixa de pensar na sua mãe, Alice, que desapareceu em misteriosas circunstâncias na sequência de um trágico acidente. Desesperada por obter respostas, Jenna contrata como ajudantes uma médium e um detetive, e parte determinada a descobrir a verdade. Vogais. 1500 dicas práticas para pais, de Vicki Lansky. Com mais de 700 mil exemplares vendidos em todo o mundo, este é um manual prático e acessível para pais e educadores. Escrito por Vicki Lansky, o livro é muito útil a todos aqueles que lidam com bebés e crianças até aos 5 anos. Ajuda os pais a pouparem tempo e dinheiro e contribui para o bem-estar e desenvolvimento harmonioso dos filhos. K JUNHO 2015 /// 027


pela objetiva de j. vasco

O trabalho das crianças e jovens é aprender!

press das coisas Calexico - «Edge Of The Sun» 3 Escrito, composto e gravado entre a Cidade do México e El Paso, «Edge Of The Sun» é o oitavo longa duração dos Calexico, mítica banda norte-americana liderada por Joey Burns e John Convertino. Destaque para a presença de Sam Beam (Iron & Wine), Ben Bridwell (Band Of Horses), Nick Urata (Devotchka), Neko Case, entre outros. K

Digitalizador de negativos e slides VEHO VFS-008 3 Revitalize negativos, slides 35mm e 110mm importantes para si. Este digitalizador de fotos e negativos é leve, compacto, totalmente autónomo e dispensa até o PC/MAC para usá-lo. Depois, é só imprimir ou partilhar com família e amigos, incluindo nas redes sociais. Custa 99,85 euros. K

3 Numa altura em que se fala no aumento da pobreza nas famílias em geral e nos jovens em particular, uma representação de crianças desceu a Avenida da Liberdade, à frente das Marchas Populares, integradas nas Festas da Cidade de Lisboa, numa manifestação contra a exploração do Trabalho Infantil. Fez-me recordar um extinto programa, PETI (Programa para a Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil), há poucos anos extinto por já não se justificar. Aí estão elas, de novo, as crianças e jovens indefesos, a lutar por uma existência condigna. K

Prazeres da boa mesa

Robalinho e Puré com Azeite Virgem do molho anterior e corrigir os temperos.

3 Ingredientes… 4 Robalinhos 200/300 30 gr de Manteiga 15 gr de Alho seco 50 gr de Cebola roxa 600 gr de Batatas Agria 2 Tomates Chucha 500 gr d Espargos verdes 150 ml de Azeite Virgem Beia Baixa DOP Q.b. de Flor de Sal Q.b. de Sal Q.b de Pimenta Preta de Moinho 8 gr de Coentros frescos

Para a guarnição: Descascar os espargos e cozer ao ponto em água salgada. Saltear depois de cozidos. Empratar… Retificar os temperos e corrigir se necessário. Fazer uma base com o puré. Aplicar os filetes e os espargos. Guarnecer com o “molho” de azeite virgem. Servir. K Mário Rui Ramos _

Preparar… Para o Robalinho: Filetar e temperar com alho. Corar/selar com um fio de azeite, primeiramente do lado da pele, até ficar dourado e crocante. Temperar depois de cozinhado com flor de sal e pimenta. Para o puré: Cortar a cebola roxa e o tomate

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(Chef Executivo )

em cubos pequenos. Adicionar ao azeite virgem, juntamente com coentros cortados, flor de sal e pimenta preta. Reservar. Descascar as batatas e cozer em água e sal. Depois de cozidas, escorrer de imediato e passar pelo passe-vite com as batatas ainda quentes. Juntar metade


cinema

Nossa Senhora de Paris 7 O romance de Victor Hugo “Nossa Senhora de Paris” (NotreDame de Paris, publicado em 1831, sobre sineiro da catedral de NotreDame, o corcunda Quasimodo, e a bela cigana Esmeralda, conheceu várias adaptações ao cinema, ainda na altura do mudo, com destaque para a versão de J. Gordon Edwards (avô do grande realizador Blake Edwards), de 1917, com Theda Bara e Glen White, respetivamente Esmeralda e Quasimodo, com o título de “The Darling of Paris”, para em 1923 Wallace Wrosley dirigir uma nova adaptação, agora já como é normalmente traduzida a obra para inglês, “The Hunchback of Notre Dame”, com Lon Chaney e Patsy Ruth Miller nos protagonistas. Aliás a interpretação de Lon Chaney valeu-lhe a chamada em 1925 para “O Fantasma da Ópera”, de Rupert Julkian e do próprio Chaney, numa adaptação da novela de Gaston Leroux. A Disney também não resiste a este romance da bela e do monstro e faz, em 1996, o seu “O Corcunda de Notre Dame”, para em 2002 fazer uma sequela, havendo ainda, em versão animação, uma versão japonesa, de 1996, e uma australiana de 1980, sendo de referir ainda uma série televisiva nos anos 60 do século passado, bem como um musical de 1999, de Gilles amado, com libreto de Luc Playmondon. Seria porém a versão do alemão William Dieterle (1939-1972), com Charles Laughton e Maureen

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O’Hara, a marcar uma das melhores, quiçá mesmo a melhor adaptação do romance. Já lá vamos. William Diertle, um gigante de dois metros, olhar sedutor, tornouse artista, actor e realizador, conquistando o coração dos alemães por via do cinema. Famoso pela direcção de películas biográficas nos Estados Unidos, para a Warner, no final da década de 30 do século passado, de que se destacam “The Story of Louis Pasteur” (1936), “The Life of Emile Zola”, “A Dispatch from Reuter’s” (1940, sobre a agência noticiosa com o nome do seu fundador, Julius Reuter, ou “A vida, amores e aventuras de Omar Khayyam” (Omar Khayyam, 1957), um grande poeta persa, além de matemático, entre outros. Stalin, que considerava Diertle um dos melhores directores do Mundo, chama-o a Moscovo propondo-lhe dirigir uma biografia

de Karl Marx, o que não aconteceu. Na Alemanha e nos Estados Unidos realizou mais de 50 filmes, entre os quais uma adaptação da novela de Dashiell Hammett “The Maltese Falcon”, que correu em Portugal com o título “Relíquia Fatal”, no original “Satan Met a Lady” (1936), ao contrário da versão de John Huston que manteve o título original de Hammett, se bem que em português fosse traduzido para “Relíquia Macabra”, para além se ter dirigido algumas cenas de “Duelo ao Sol”, de King Vidor, apesar de não aparecer nos créditos, “Honra Que Mata” (The Turning Point, 1952), “Vulcão” (1950), com Anna Magnani e Rossano Brazzi, rodado mais ou menos ao mesmo tempo, numa ilha ao lado, de “Stromboli”, de Rossellini, que trocou Magnani por Ingrid Bergman, e já no fim da carreira realiza uma série de filmes para a televisão na

então República Federal Alemã. Mas é em 1939 que a Warner cede Dieterle aos estúdios da RKO para realizar a mais ambiciosa e conhecida das suas películas: a ideia foi converter o famoso romance de Victor Hugo, “Nossa Senhora de Paris”, num sombrio melodrama romântico, cheio de cenas espectaculares e de horror. Uma superprodução que custou dois milhões de dólares, uma verba elevada naquela época. Como era seu hábito, Dieterle consegue imprimir um leve toque político à narrativa, lembrar que a adaptação é do escritor Bruno Frank, um exilado alemão, como muitos outros que trabalharam neste filme, expressa a luta simbólica entre a liberdade o obscurantismo e o fanatismo, uma mensagem progressista, num filme rodado em setenta e dois dias, durante o Verão de 1939, ou seja quando está a começar a II Guerra Mundial, começada pela Alemanha nazi de onde tinham escapado. A história é simples: no século XV, em França, no reinado de Luís XI, a bela cigana Esmeralda (uma Maureen O’hara, no princípio da sua carreira, anteriormente havia sido companheira de Charles Laughton em “A Pousada da Jamaica, de Hitchcock) que entrou clandestinamente em paris chama a atenção do pérfido e retrógrado magistrado Frollo e do poeta liberal Gringoire, mas ela apaixona-se por Phoebus. Os ciúmes levam Frollo a matar Phoebus e a acusar e conde-

nar à morte a cigana pelo crime. Em sua defesa estão os mendigos, em cujo bairro se refugiou, o poeta, com quem casou tentando evitar a condenação e o corcunda Quasimodo (uma portentosa caracterização e interpretação de Charles Laughton), cada qual à sua maneira tentam salvá-la do cadafalso, o que no fim acontece, depois de Gringoire ter lançado panfletos do alto da catedral que contribuem para o apoio do povo e do Rei a Esmeralda e no fim são aclamados pela multidão. Das versões mais consensuais da obra de Victor Hugo, esta é sem dúvida a mais interessante (a par da versão muda realizada por Wallace Worseley para a Universal, protagonizada pelo polifacetado Lon Chaney e da co-produção francoitaliana de 1956, interpretada por Anthony Quinn e Gina Lollobrigida e realizada por Jean Delannoy, cuja máxima virtude é a fidelidade à versão de Dieterle), com os seus claros/escuros opressivos, decorações expressionistas, com a noite sempre presente, à boa maneira do romantismo germânico, reconstituído agora em Hollywood, mas também um belo retrato da terrível situação com que debatia o mundo no dealbar de uma guerra, cuja sombra invade o filme, apesar do happy end. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ com Joaquim Cabeças _

A obra pode ser vista em todo o mundo

Museu da Judiciária premeia Cargaleiro 7 Manuel Cargaleiro, um dos artistas portugueses mais conceituados em todo o mundo, pintor e ceramista de excelência, com obras presentes em vários países, e cujo espólio se encontra em Castelo Branco, onde também está instalado o Museu Cargaleiro, acaba de ser distinguido pelo Museu da Polícia Judiciária com o prémio “Obra de Vida”. A entrega do galardão foi feita pelas mãos do pintor Júlio Pomar, tendo Joaquim Morão, da Fundação Manuel Cargaleiro, recebido o prémio em nome do mestre (que se encontrava em Paris). A atribuição deste prémio pretende “reconhecer todo o percurso de Manuel Cargaleiro na sua vertente de ceramista e de impulsionador do património azulejar

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Joaquim Morão com Júlio Pomar

contemporâneo, o qual pode ser visto em Castelo Branco, no Museu Cargaleiro e em muitos outros espaços públicos da cidade”, jus-

tifica Joaquim Morão. Aquele responsável da Fundação adianta que “o mestre é um dos melhores artistas internacio-

nais, sendo que uma parte da sua obra está ligada ao azulejo. Muitas estações de metro europeias e emblemáticas têm obras de Manuel Cargaleiro, casos dos Campos Elísios, em Paris, ou de estações em Lisboa”. Joaquim Morão diz ter sido “uma honra poder ter representado Manuel Cargaleiro na cerimónia da entrega de prémios”. No entender do responsável pela Fundação, este prémio também “é bom para Castelo Branco, pois é nesta cidade que se encontra todo o espólio do mestre, e é nela que se encontra o Museu Cargaleiro”. Um museu que já recebeu diferentes distinções internacionais. Uma das mais notórios e que classificou os museu Cargaleiro de Castelo Branco e Ravello

(Itália) como dos melhores e nível internacional, foi atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia, em 2012. A atribuição deste prémio foi feita no âmbito do Projeto SOS Azulejo, o qual tem a coordenação do Museu de Polícia Judiciária, órgão da Escola de Polícia Judiciária que nasceu da necessidade de combater a grave delapidação do património azulejar português. Um projeto que conta as parcerias da Associação Nacional de Municípios Portugueses; Direção Geral do Património Cultural; Instituto de História de Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Instituto Politécnico de Tomar; Universidade de Aveiro; Guarda Nacional Republicana e Polícia de Segurança Pública. K

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Quatro rodas

Pelos Caminhos de … c Expressões como “todos os caminhos vão dar a Roma”, ou “pelos caminhos de Santiago” são comuns na nossa linguagem, e têm a sua origem nas ancestrais redes de comunicações, que no seu tempo contribuíram para o desenvolvimento civilizacional. Os, caminhos que vão dar a Roma tiveram origem antes do ano zero. A primeira estrada romana foi criada em 312 antes de Cristo, reza a história, por Ápio Cláudio Cego, para unir Roma à cidade de Cápua. Desde então foi construída uma enorme teia que atingiu cerca de 150 mil quilómetros, que sobreviveram à queda do próprio império romano. Uma obra marcante, que para além dos vestígios que podemos ainda hoje visitar, numa ou outra estação arqueológica, perdurou até hoje no nosso vocabulário. Já os caminhos de Santiago tiveram a sua origem no seculo IX, para escoar a afluência dos peregrinos que queriam venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior, que supostamente se encontra sepultado na

Blog “Franjas Sociais” H

catedral de Santiago de Compostela. Hoje em dia assiste-se ao ressurgir destas peregrinações, agora talvez mais como atividade lúdica, mas ainda assim aliada à devoção de cada um. Com ou sem devoção o certo é que todos os anos milhares de peregrinos por lá passam. E é de peregrinações que hoje quero falar, porque, quando por cá se fala de peregrinações, a expressão mais usada é “ir a pé a Fátima”. Viram bem? Eu escrevi: “ir a pé a Fátima”, não disse “pelos caminhos de Fátima”… porquê? A res-

posta é fácil, e é fácil porque não há caminhos para Fátima. O que temos são estradas nacionais pejadas de carros e cheias de pontos negros onde os acidentes ocorrem a um ritmo diário. As peregrinações a Fátima passaram a ser perigosas, apenas porque não há caminhos para Fátima. E fará sentido fazerem-se caminhos para Fátima? Eu não consigo saber qual o número de peregrinos que de maio a outubro afluem ao santuário pedindo emprestado aos carros as bermas da antiga nacio-

nal 1, mas há decerto uns milhares a mais do que carros que circulam em algumas estradas, construídas há poucos anos. Mas há dinheiro para isso? E a isso posso responder …se não há, já houve! Apenas más opções fizeram com que se construísse uma A13 ou uma A41, que são exemplos de caminhos cheios de nada, mas que estamos a pagar a prestações bem caras…sim, estamos a pagar caro, para nada. Construir uma rede de caminhos alternativos para os peregrinos, seria certamente bem mais barato e não necessitaria de PPP´s. Teria como beneficio o aumento do conforto dos viajantes, baixaria o indicie de mortalidade por atropelamento e atrairia de certeza, um segmento diferente de utilizadores, aumentado o fluxo de viajantes. Podíamos depois promover os “Caminhos de Fátima” como se faz com os “Caminhos de Santigo”. Todos ganhavam. Dentro de dois anos vamos celebrar o centenário das “aparições

de Fátima”, que deram origem a esta vaga de crentes, e nada melhor para o nosso povo do que proporcionar-lhe uma rede de bons caminhos para o levar sossegadamente onde ele que ir. Tal como nos casos referidos na introdução, poderemos ter aqui, também um avanço civilizacional, mas para já é só uma ideia… e é grátis, não tem portagens nem pórticos. Nota: Esta cronica foi inspirada no fatídico e mediático acidente de Maio de 2015 que vitimou vários peregrinos. K Paulo Almeida _

setor automóvel Opel Karl já tem preço

Mazda apresenta CX-3

3 O preço do Opel Karl arranca nos 11 850 euros. O citadino de cinco portas estará disponível para encomendas ainda em junho e as primeiras unidades chegarão aos clientes em meados de julho. Entre o equipamento de série do Karl está o ar condicionado, vidros elétricos dianteiros, fecho centralizado com comando à distância, computador de bordo, programador de velocidade, rádio com Bluetooth e entrada USB, assistência ao arranque em subidas, entre outros. K

3 O pequeno SUV da Mazda já está disponível no mercado português, com preços que começam nos 22 970 euros. O CX-3 permite à Mazda entrar no segmento dos SUV do segmento B. O novo modelo está disponível com tração dianteira e integral. O CX-3 custa desde os 22 970 euros com o motor 1.5 Skyactiv-D de 105 cv (o único que será lançado no nosso mercado). K

Novo Toyota Auris a partir dos 22.050 euros 3 O renovado Toyota Auris já tem preços para o mercado português. A partir dos 22 050 euros é possível adquirir o pequeno familiar. Possui novos motores: o 1.2 Turbo a gasolina feito pela Toyota no Japão; 1.6 Diesel da parceria Toyota/BMW; 1.4 Diesel profundamente revisto; o híbrido mantém-se como o conhecemos. K Publicidade

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