Ensino Magazine Edição nº 210

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agosto 2015 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No210 Distribuição Gratuita

www.ensino.eu ensino jovem Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS

universidade da beira interior

Engenharias são aposta P7

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politécnico

IPCB quer bloco central C

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Cavaco Silva inaugura centro em Leiria C

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Guarda abraça Palop’s C

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Assinatura anual: 15 euros

entrevista

Cuca Roseta leva o fado aos jovens O terceiro álbum de Cuca Roseta é uma viagem até ao outro lado do Atlântico. Com produção do brasileiro Nelson Motta, «Riû» surpreende ao alargar as influências musicais e estéticas da fadista portuguesa. Nesta entrevista Cuca Roseta diz como leva o fado aos jovens.

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Ensino Jovem

Rui pedro braz, comentador da tvi

As voltas da bola no mundo do futebol O pontapé de saída do mais disputado campeonato de futebol das últimas décadas acontece a 14 de agosto. Rui Pedro Braz analisa as possibilidades dos três grandes e perspetiva uma das ligas mais ansiadas dos últimos anos. C pub

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Rui Pedro Braz, comentador de futebol na TVI

«As gloriosas jogadas do mundo da bola» 6 O pontapé de saída do mais disputado campeonato de futebol das últimas décadas acontece a 14 de agosto. Rui Pedro Braz analisa as possibilidades dos três grandes e perspetiva uma das ligas mais ansiadas dos últimos anos.

enquanto pessoas. Isso não é verdade, de maneira nenhuma. A figura pública, por detrás do seu trabalho, tem uma vida, tem família, tem valores, que não podem ser invadidos por este tipo de “terrorismo”. Lamento que algumas pessoas, apesar de estarem cada vez mais informadas nos dias que correm, ainda teimam em não fazer o uso correto da informação, limitando-se a agredir quem se expõe.

O programa «Mais Transferências», que é transmitido na TVI 24, às 12h30, 18h30 e 22h30, lidera as audiências no cabo, revelando-se um sucesso. A notícia da transferência de Maxi Pereira para o FC Porto foi anunciada em exclusivo. Como funciona o processo de recolher e filtrar a informação para trazer a antena?

O defeso futebolístico está a ser fervilhante, nomeadamente com as transferências de Jorge Jesus e Maxi Pereira. Perspetivase o mais animado campeonato das últimas épocas? Acredito que sim. A expectativa é elevadíssima. Os adeptos estão ansiosos. Para começar, a mudança de Jesus do Benfica para o Sporting ajudou a apimentar o arranque dos trabalhos, seguindo-se a também surpreendente transferência de Maxi Pereira do Benfica para o FC Porto. Para além disso, há nomes sonantes que têm chegado, em especial, para Porto e Sporting. Nos leões, Bryan Ruiz e Teofilo Gutierrez, nos dragões, Iker Casillas, Maxi Pereira, Imbula, etc. São todos jogadores talentosos que veem acrescentar qualidade ao futebol português. Para já a grande incógnita é saber como é que o Benfica vai reagir a esta nova estratégia de investimento dos seus dois maiores rivais. Até ver os encarnados são aqueles que precisam de mexer menos. São bicampeões em título e no dia em que gravamos esta entrevista (21 de julho), perderam apenas Maxi Pereira. Podem perder Gaitán e têm Salvio lesionado para alguns meses, o que faz admitir que o plantel necessita de alguns retoques. E depois é preciso saber como é que o Benfica vai reagir à saída de Jesus, após 6 anos na liderança do banco encarnado.

O convite para fazer este programa foi lançado pelo diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, e pelo Joaquim Sousa Martins, editor de desporto da TVI, que teve a ideia do «Mais Transferências». O facto de a escolha ter recaído em mim e no Pedro Sousa teve como principal vetor o facto de conseguirmos conciliar a vertente de comentador e jornalista – embora nenhum de nós seja, neste momento, jornalista temos a facilidade de chegar, com rigor, a fontes importantes. A partir do momento em que existem essas duas características o essencial foi definir um rumo para o programa. E que orientação estabeleceram? Informar, com o maior rigor possível, fornecendo as notícias mais relevantes sobre o mercado de transferências, nacional e internacional, com especial destaque para as movimentações no Benfica, FC Porto e Sporting. Infelizmente, o programa só tem 30 minutos, o que impede que disponibilizemos aos clubes mais pequenos (tanto da primeira como da segunda liga) o espaço que gostaríamos de dar. Devem chegar muitas mensagens de fontes mais ou menos interessadas nas transferências. Como é que se despista a informação contaminada e especulativa?

cias não correspondiam à verdade. Essa filtragem faz-se com capacidade de análise do mercado e, sobretudo, com muito bom senso. E confiança nas nossas fontes, claro está.

A partir do momento em que começamos a ter um programa com tanta audiência, é neste momento (em julho), diariamente, o programa mais visto do cabo, faz com que nos comece a chegar muita informação, proveniente dos mais diversos quadrantes. E o nosso trabalho passa por avaliar a consistência e a fiabilidade da informação. Posso dizer que existiram muitas contratações que nos garantiram que se iriam confirmar, originárias de fontes seguríssimas e através do cruzamento de informação e da análise da realidade face aos valores envolvidos chegamos à conclusão que não devíamos avançar. O tempo acabou por dar-nos razão, porque mais tarde soube-se que essas transferên-

A irracionalidade é própria do futebol e dos seus adeptos. Como reage aos insultos e às ameaças que lhe têm sido dirigidos, nomeadamente através das redes sociais? As redes sociais são uma espécie de metáfora da vida real. Há de tudo. Bem intencionados, mal intencionados. O que não podemos é ceder à ditadura das redes sociais. No dia em que isso acontecer o jornalismo, a isenção e o comentário estão condenados. Porque o que se pretende impor, neste momento, perante o jornalista, o comentador e a figura pública é uma ditadura de pressão, protagonizada por pessoas que muitas vezes não têm nada para fazer na sua vida. Bem

sei que a taxa de desemprego é elevadíssima e a falta de formação ainda é grande, mas normalmente são essas pessoas que optam por tecer esses ataques nas redes sociais. O ataque à figura pública passou a ser um hóbi para muitos desses desocupados. É preciso combater essa lógica. Nós não podemos, de maneira nenhuma, trabalhar em função do que é escrito nas redes sociais e da cólera de muitos que descarregam em nós as frustrações do dia a dia. Sente-se, mesmo que indiretamente, condicionado? No dia em que me sentir condicionado, o jornalismo estará morto e a figura pública condenada. O grande problema destas pessoas que proliferam nas redes sociais é que pensam que só por saberem o nosso nome e conhecerem o nosso rosto já nos conhecem

Iker Casillas é a contratação mais mediática de sempre do futebol português? Sim. Este campeonato tem todos os ingredientes para gerar grande mediatismo. E a contratação de Casillas, com um palmarés impressionante, vai dar grande visibilidade no exterior à nossa liga. Estou em crer que a expectativa que está a ser criada vai ter reflexos na competitividade e na disputa de cada jornada. Vai, finalmente, ser uma luta a três, como antecipou Jesus? Vamos ver. Muitas vezes diz-se que o campeonato, neste século, nunca foi disputado a três. Não é verdade. Recordo em 2007/2008, com Fernando Santos no Benfica, Jesualdo Ferreira no FC Porto e Paulo Bento, no Sporting, o campeonato terminou com dois pontos de diferença entre o campeão (FC Porto) e o terceiro (Benfica). Esse cam- ;

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peonato foi competitivo, mas nivelado por baixo e o que os adeptos anseiam é assistir a uma liga nivelada por cima. Vamos esmiuçar as possibilidades de cada clube. O bicampeão Benfica parte na “pole position”, mesmo com o “tandem” Jesus-Vieira desfeito? A grande questão é que Jesus quer provar a tudo e a todos que consegue ganhar sem o apoio da estrutura do Benfica. Por seu turno, Luís Filipe Vieira quer provar a tudo e a todos que o Benfica consegue continuar a ganhar sem Jesus. Os dados estão lançados, veremos quem ganha e quem perde. Uma coisa é certa: vai ser muito interessante acompanhar as forças e as fraquezas do Benfica e de Jesus. Quem pode beneficiar com tudo isto é o FC Porto. Rui Vitória tem unhas para tocar a nova “guitarra” encarnada? A ditadura dos resultados vai demonstrar se tem ou não capacidade. Quero recordar que Jesus não tinha ganho nada antes de chegar ao Benfica. Rui Vitória já ganhou uma Taça de Portugal ao serviço do V. Guimarães. Também Vilas Boas, Vítor Pereira, José Mourinho nunca tinham ganho nada antes de chegar ao FC Porto. É relativo. Os treinadores têm que começar a ganhar em algum lado. Pinto da Costa diz que vai com Lopetegui até ao fim do mundo. O treinador espanhol aprendeu com os erros da época transata?

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Acredito que sim. É impossível que um homem com tantos anos de futebol não aprenda com os erros cometidos. Para além disso, já tem um ano de conhecimento do nosso campeonato. Lopetegui tem muitos defeitos, mas é frontal. Tem uma carreira no futebol em grandes clubes, Real Madrid, Barcelona, onde foi guarda-redes, e treinou as equipas de sub-20 e sub-21 de Espanha, onde conquistou títulos importantes. No FC Porto, independentemente de não ter ganho nada, apresentou coisas boas, tendo sido a melhor defesa do campeonato. Na Liga dos Campeões caiu aos pés do todo poderoso Bayern de Munique, após uma campanha muito interessante. Acho que este ano o Porto tem tudo para melhorar, apesar de chamar a atenção para o facto de neste momento já ter perdido 6 dos 11 jogadores mais utilizados da época passada, o que obrigará o treinador espanhol a começar da estaca zero na implementação da sua metodologia de trabalho. Apesar disso, o FC Porto tem tudo para fazer melhor. Finalmente, Jesus vai conseguir reinventar o Sporting e despertar o leão adormecido? Jesus é um profundo conhecedor da realidade do futebol português e as suas equipas jogam sempre um bom futebol e são muito competitivas. Acredito que o Sporting possa em 2015/2016 atingir patamares não logrados nos últimos anos. Creio que seguiu uma estratégia inteligente ao contratar jogadores experientes, possantes e com conhecimento de futebol europeu: a dupla de centrais, Naldo e Ciani, são jogadores rodados. João Pereira, Bryan Ruiz e Teofilo Gutierrez são

outros reforços muito experientes, e acredito que vai chegar mais algum. Algum outro clube se conseguirá intrometer na luta pelo título? Na luta pelo título não acredito que haja outro clube que se intrometa. O Braga tem uma estrutura intermédia entre os grandes e os pequenos e tem Paulo Fonseca, um treinador que após o que se passou na sua estadia no Dragão, conseguiu dar a volta por cima. Já quanto ao Guimarães admito que sofra com a saída de Rui Vitoria. Veremos se o Belenenses consegue manter o bom nível do ano passado. Finalmente, acredito muito nos projetos de Rio Ave e Marítimo, quer pelos treinadores, quer pela forma como ambos são geridos. José Mourinho visou as contratações, a seu ver milionárias, para o contexto sócioeconómico português, de Sporting e FC Porto. Quem é que o treinador do Chelsea procurou atingir? Não sei se Mourinho visou Porto ou Sporting, creio antes que procurou beliscar Casillas e Jesus, duas figuras com quem tem mantido um “quid pro quo”. Mas há que referir o seguinte, há uma diferença grande entre gastar e investir. Os clubes portugueses não estão a gastar por gastar, estão a investir com a expectativa de obter um retorno desportivo e financeiro. Mas é claro que os clubes nacionais investem acima das suas possibilidades e realidades concretas, com a particularidade de no caso de Benfica e FC

Porto esses investimentos serem sustentados nos ganhos. O FC Porto é dos melhores clubes do mundo a valorizar jogadores para posteriormente vendê-los e o Benfica, fruto de uma estratégia de gestão muito sólida e eficaz, tem tido rendimentos na casa dos 200 milhões de euros por ano de faturação, um valor sem precedentes no contexto português. Isto é resultado de algumas boas vendas de ativos, estratégias de marketing fantásticas e do próprio desempenho do canal do clube, a BTV, que permitiu triplicar os ganhos com os direitos televisivos. Vale tudo para ganhar o campeonato e chegar à Liga dos Campeões? Eu acredito que os gestores destes clubes sabem o que estão a fazer, ainda para mais os clubes estão constituídos em SAD e têm de prestar contas aos seus acionistas e à própria banca. Mas uma coisa é certa: no final, só um pode ganhar. Se todos gastarem muito na expectativa de obterem um retorno desportivo e financeiro e no fim só um ganha, há dois que ficam em maus lençóis. O futebol é um jogo de risco e está dependente da bola que bate no poste e sai ou que bate no poste e entra. A bolha do futebol português corre o risco de rebentar? Creio que já houve mais risco do que existe agora. As pessoas têm memória curta e esquecem-se do estado em que estavam os clubes portugueses na transição para este século, com estruturas desfasadas da re- ;


alidade, estádios obsoletos, um amadorismo tremendo nas práticas de gestão, etc. Esse cenário já não existe. Os clubes estão muito mais profissionais, obviamente que este progresso teve um custo, foi preciso investir e despender importantes verbas para reformular todo o parque desportivo nacional. Para já, Benfica e Porto são os que apresentam melhores resultados na forma como exploram o novo contexto, mas acredito que o Sporting caminha a passos largos para o conseguir, da mesma forma que acho que o futebol português tem capacidade para ultrapassar a crise.

É certo estas notícias não são capa de jornal, nem abrem os telejornais, mas é bom que os adeptos saibam desta espécie de «cumplicidade», até para refrear o clima de violência que por vezes se fomenta e não faz sentido nenhum. Isto é apenas um jogo. Uma declaração mal medida ou descontextualizada por parte de um responsável de clube pode incendiar os ânimos de uma forma descontrolada. O seu percurso universitário foi assente na preocupação de se qualificar nos domínios da Comunicação Social e gestão desportiva. Essa formação foi útil como “background” para o seu desempenho profissional?

Qual é a probabilidade de algum clube português ser comprado por um milionário russo ou árabe?

Fazendo um filme muito rápido da minha carreira académica, concluí um curso de cinco anos em Comunicação Social na Universidade Católica, de seguida fiz o MBA em Gestão de Empresas Desportivas na Universidade Johan Cruyff – a funcionar na Universidade Independente, em Lisboa - e mais tarde tirei um mestrado em Comunicação e Liderança, também na Católica. Todo o meu percurso universitário foi feito com vista a aprofundar o conhecimento da realidade do futebol, principalmente ao nível das componentes da comunicação, liderança e gestão, vértices que entendo serem fundamentais para compreender a modalidade. Esta formação ajudou-me a «ler» a realidade do desporto-rei e o resto advém da grande paixão que sempre nutri por esta modalidade, quer como adepto, quer como praticante de futebol e futsal.

O clube mais exposto a uma situação dessa natureza é o Sporting, devido ao facto de os angolanos da Holdimo já terem uma participação muito forte no clube de Alvalade. O novo patrocinador do Benfica é a transportadora área Fly Emirates. Isso poderá querer indiciar algo? É diferente. Benfica e Porto têm ambos SGPS (Sociedades Gestoras de Participações Sociais) o que impede que qualquer acionista tenha mais ações da SAD do que o clube, inviabilizando que o clube caia em mãos alheias. Uma coisa é certa, qualquer clube que não apresentar resultados desportivos fica mais exposto aos ataques do mercado. O regresso do sorteio dos árbitros foi aprovado pela maioria dos clubes. Trata-se de um retrocesso? Ainda não é líquido que suceda. Os clubes votaram em sede da Liga de Clubes o regresso a esse sorteio, mas não credito que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ratifique essa decisão. Acho que seria andar para trás. Hoje em dia nada é sorteado a não ser os números dos “Euromilhões”. Deixar que a competência e a meritocracia sejam sobrepostos por um mero sorteio é um crime de lesa futebol. Pinto da Costa diz que o Porto, se não tivesse sido prejudicado em sete pontos, seria campeão. A suspeição, com ou sem sorteio, permanece? Isso é a demagogia de quem está a perder. Assim foi quando o Benfica perdia, e o mesmo acontece quando Porto e Sporting não ganham. Os árbitros são sempre os bodes expiatórios a que os dirigentes recorrem para explicar o seu próprio fracasso. Quero recordar que entre 1998 e 2003 existiu sorteio e o FC Porto foi o maior crítico desse modelo uma vez que perdeu três campeonatos consecutivos, dois para o Sporting e um para o Boavista. Os tempos mudam, mas os costumes mantêm-se. A nomeação dos árbitros é um pouco como Churchill dizia da democracia, é o maior de todos os males, à exceção de todos os outros. Contudo, estou em crer que a FPF vai fazer prevalecer o bom senso e manter o regime de nomeação. Quem domina o «sistema» é quem está

a ganhar?

disputa.

Quero acreditar que ninguém domina. Esse tempo do futebol português já lá vai. Acho que quem ganha é quem está melhor. O «sistema» é, neste momento, uma organização profundamente profissional em que todos os intervenientes do jogo participam de forma direta e efetiva, sejam os clubes, a Liga, a Federação, os árbitros.

As «alianças» entre os grandes é uma discussão cíclica. Benfica e Porto estão mais próximos, ao nível dos bastidores, para combater o Sporting e nomeadamente Bruno Carvalho?

O Benfica já roubou a hegemonia ao seu rival do norte? Não se pode falar de uma inversão de hegemonia do futebol português, mas o que é líquido é que a supremacia do FC Porto foi quebrada, e creio que com esta alternância o futebol nacional só sai a ganhar. Seria bom que o Sporting se intrometesse nesta

Não. Se assim fosse o FC Porto não teria votado com o Sporting a favor do sorteio, contra o Benfica. Se assim fosse o FC Porto não teria roubado Maxi Pereira ao Benfica. O que existe – e é importante que os adeptos percebam isto – são conversas muito regulares entre responsáveis de todos os clubes. O que está em causa é o “core business” dos clubes, que é a sua galinha dos ovos de ouro. Se eles não se sentarem à mesa com regularidade, em defesa dos interesses do futebol, arriscam-se a matar a modalidade.

CARA DA NOTÍCIA 6 Uma lição chamada Cruyff Rui Pedro Braz nasceu a 4 de abril de 1978, em Lisboa. Trabalhou como jornalista no grupo de “media” Cofina, quase sempre no âmbito do desporto. Escreveu e editou dezenas de livros, nomeadamente sobre futebol e os seus protagonistas. Em 2010 iniciou a sua colaboração com a TVI na condição de comentador. Em 2013, passou a ser comentador residente do programa «Contragolpe», emitido no domingo à noite na TVI24. Fez análise e comentários dos jogos da Liga dos Campeões, Taça da Liga e Copa América. Até final do mês de agosto estará três vezes por dia na TVI24 para o «Mais Transferências», onde analisará as principais mexidas no mercado de contratações, em Portugal e além-fronteiras. É licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica Portuguesa, onde também fez um mestrado em Comunicação e Liderança. Fez um MBA em Gestão e Administração de Empresas Desportivas na Universidade Cruyff, apadrinhada pela antiga glória do futebol holandês. Foi nas instalações da Universidade Independente, onde decorreu o curso, que lecionou aulas relativas ao MBA em que se formara. K

Por estes dias fala-se das candidaturas ao ensino superior. É um privilegiado por trabalhar numa área para a qual estudou. Atualmente, um diplomado em Comunicação Social ou Ciências da Comunicação tem as suas perspetivas de inserção laboral mais exíguas do que no passado? O primeiro passo que os estudantes de Comunicação Social têm que dar é perceberem de uma vez por todas que a saída profissional destes cursos não é apenas o jornalismo nas redações, muito menos a televisão, que é o grande sonho de praticamente todos. O maior conselho que dou é: não fechem a mente a outras saídas profissionais que não o jornalismo. O curso de Comunicação tem inúmeras saídas, muitas delas bem mais vantajosas em termos financeiros do que o jornalismo. Desenganem-se os que pensam que vão ficar ricos como jornalistas. A Comunicação é um espectro muito mais vasto do que o jornalismo e pode abarcar comunicação empresarial, institucional, assessoria de imprensa, assessoria política, etc. Inúmeras vertentes interessantes e gratificantes que podem ser exploradas e que podem gerar um retorno financeiro e de satisfação profissional que muitos jovens nem imaginam. O jornalismo está numa fase complicada e de reinvenção. A expansão do digital trouxe desafios que a meu ver foram mal enfrentados. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H

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Em exposição no Museu de Lanifícios

Da Escócia para o mundo

6 A magia do xadrez nos lanifícios: os tartãs escoceses é o título da exposição que o Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior (ML-UBI) tem patente até 27 de setembro, no Núcleo da Real Fábrica Veiga, para destacar um produto derivado da lã que se disseminou pelo mundo e se tornou um ícone, também na moda. Os visitantes podem observar peças produzidas em tartã e outros objetos que recorrem ao padrão do também designado xadrez escocês e a referência a personalidades de uma Escócia de onde partiram os Celtas. Usado no tradicional kilt e adotado no uniforme do exército do Reino Unido, o tecido integra as peças expostas, que pretendem demonstrar que o tartã, que é um tecido tipicamente feito em lã, tem sido ciclicamente utlizado na moda para peças de vestuário. Na exposição é apresentado o tecido e explicada a sua origem e história, em vários subtemas. Um

fala da Escócia enquanto o país ou a nação de onde se originaram os clãs e a sua associação ao tartã. Depois, na atualidade e na sua utilização na referida moda. Se a Universidade da Beira Interior é um espaço privilegiado para uma exposição sobre os lanifícios e sobre moda, o mesmo se passa

com a região da Serra da Estrela. As muitas fábricas que laboravam na zona também produziram o tartã, como o provou a descoberta, no arquivo do Museu, de seis volumes com mais de 300 amostras de tartãs, que foram produzidos por uma empresa de Manteigas. K Rodolfo Pinto da Silva _

Design Industrial

Aluno vence concurso 6 Márcio Coelho, finalista do curso de Design Industrial da Universidade da Beira Interior (UBI) venceu o primeiro prémio do concurso de Vidro e Criatividade Verallia, uma empresa do grupo Saint Gobain que concebe e fabrica embalagens em vidro, respeitando o meio ambiente, recicláveis até ao infinito e que valorizam os conteúdos, preservando a qualidade alimentar e o bem-estar dos consumidores. Sob o tema “Prático e Fácil de utilizar” os candidatos tinham de propor projetos de embalagens em vidro destinadas a simplificar e facilitar a sua utilização com base na inovação e diferenciação, com a intenção de chegar a novos consumidores (por exemplo, um produto “dois em um”), não esquecendo a capacidade produtiva da indústria vidreira.

UBI apoia candidatos T A Universidade da Beira Interior (UBI) disponibiliza novamente um espaço na zona dos Serviços Académicos para oferecer aos alunos apoio em todo o processo de candidatura ao Ensino Superior. O Gabinete de Acesso ao Ensino Superior possui um espaço com equipamento informático e técnicos de apoio, para submeter as candidaturas on-line. A primeira fase do Concurso termina a sete de agosto. Os resultados serão conhecidos a 7 de setembro. Naquele espaço, os estudantes podem ainda candidatar-se às bolsas de estudo de que podem beneficiar os estudantes do Ensino Superior. O prazo termina a 30 de setembro. K

Cooperação transfronteiriça

Duero-Douro afirma-se

6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) foi o local escolhido para a apresentação dos resultados do projeto Marcaduero Duraduero: Sostenibilidad, Calidad Y Promoción, integrado no Programa Operacional de Cooperação transfronteiriça Espanha/Portugal e desenvolvido desde 2011. O resultado mais visível do projeto, que envolve a Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro, a Câmara Municipal de Miranda do Douro e a UTAD, é a criação da marca Duero-Douro,

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orientada para a criação, desenvolvimento e certificação de produtos e serviços turísticos nos dois lados da fronteira, além da proteção, conservação e valorização dos recursos naturais, dinamização da economia da região e a promoção turística do território. Na criação da marca esteve envolvida uma equipa multidisciplinar da UTAD que elaborou um Guia de Procedimentos para a Concessão da Licença de Utilização da Marca e, também, uma Proposta de Implementação da Marca a Per-

cursos Pedestres, que abrange a bacia hidrográfica do Douro. Como primeira aplicação da marca foi desenvolvida uma proposta aplicada a percursos pedestres que visa a exposição de motivos geológicos e de paisagem e a compreensão dos efeitos benéficos da combinação do exercício físico com espaços naturais. A proposta inclui 23 itinerários da designada Ruta del Duero, situados na zona norte dos Parques Naturais do Douro Internacional e Arribes del Duero. K

Márcio Coelho imaginou e criou a garrafa vencedora “Aureus”, na categoria “aguardente e licores”. A concurso estiveram ainda projetos nas categorias de vinhos, cervejas, espumantes, aguardentes e licores, azeites, águas, sumos e refrigerantes, boiões e frascos. K

UBI forma em estradas multivias T A Universidade da Beira Interior organiza a ação de formação “Determinação do Nível de Serviços em Estradas Multivias: Avaliação com recurso à Metodologia HCM 2010” com a duração de 16 horas, que irá decorrer nas instalações do CFIUTE, nos dias 10 e 11 de setembro de 2015, em horário laboral. Esta ação de formação surge da necessidade de formar quadros de concessionárias de autoestradas e demais técnicos envolvidos na gestão das condições de operação de estradas multivias (autoestradas), na aplicação dos últimos desenvolvimentos ao cenário rodoviário português, cuja utilização é ainda pouco expressiva. K

UBI requalifica desempregados

Propinas pagas em Coimbra

T A Universidade da Beira Interior assinou com o governo e IEFP um protocolo que abrange 26 instituições de Ensino Superior que se destina a fazer formação a desempregados com formação superior. Estas ações serão feitas na área das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e vão ter uma duração entre 200 a 300 horas, complementadas com formação prática em contexto de trabalho com a duração de três a seis meses. Os protocolos consideram 57 ações formativas que vão ser ministradas pelas 26 instituições (universidades e politécnicos), inseridas no âmbito da medida Vida Ativa, e que vão representar um investimento de 3,5 milhões de euros. K

T Os 10 melhores alunos que se candidatarem ao curso de química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra vão ter as propinas pagas no próximo ano letivo (2015-2016). A iniciativa é da Sociedade Portuguesa de Química e visa para combater a falta de candidatos evidenciada nos últimos anos. Sérgio Seixas de Melo, docente da FCTUC e Secretário-Geral da SPQ, afirma que esta medida pretende essencialmente alterar a “crise de vocações para a química” e “manter vivo um curso que é estruturante e fundamental para o desenvolvimento do país”. Além da Universidade de Coimbra, aderiram à proposta da SPQ outras Instituições de Ensino Superior. K


Engenharias

Hidrologia Médica

Universidade recebe Medalha de Honra 6 A Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica distinguiu a Universidade da Beira Interior com a Medalha de Honra pelo trabalho e investigação desenvolvidos na área do Termalismo. A distinção foi entregue durante a realização do VIII Congresso de Hidrologia e Climatologia que decorreu em S. Pedro do Sul, entre os dias 25 e 27 junho, onde foram apresentados trabalhos de estudantes da UBI da Pós Graduação em Hidrologia e Climatologia. A par deste Congresso, com a temática “Juntos com as Universidades”, decorreu o encerramento da primeira edição da Pós Graduação em Hidrologia e Climatologia, desenvolvida pela Universidade da Beira Interior em parceria com a As-

sociação de Termas de Portugal. A formação, única no país, contou este ano letivo com 20 inscrições de alunos oriundos de diferentes pontos do País, Covilhã, Guarda, Coimbra, Lisboa e Ponta Delgada. Este curso tem como objetivo proporcionar uma sólida formação e formar profissionais para exercer funções no setor termal em áreas como, Medicina, Engenharia e Química Hidrológica e Ambiental. A pós-graduação foi também galardoada com um prémio recebido pelo mentor do curso o docente Victor Cavaleiro, que refere que este curso foi um sucesso pela qualidade do ensino ministrado e por ser o único no país a reunir três grandes áreas: Saúde, Química Hidrológica Ambiental e Hidrogeologia. K

UBI reforça aposta na área

6 O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), António Fidalgo, considera que a área das engenharias é uma aposta forte da instituição, pois foi a que esteve na origem do Ensino Superior na Covilhã e, no futuro, será decisiva em termos da internacionalização da UBI e uma ajuda aos alunos, que podem assim optar por uma formação “que garante emprego”. A garantia foi dada no dia em que o reitor assinou um protocolo com a Ordem dos Engenheiros (OE), representada pelo bastonário, Carlos Matias Ramos. “A Universidade da Beira Interior tem enfrentado esse desafio enorme, e mais que um desafio é uma ameaça, através da captação de novos públicos, de alunos internacionais, mas ao mesmo tempo dando condições económicas”, explicou o reitor. Na sua intervenção, António Fidalgo referiu que, no próximo ano letivo, serão atribuídas cerca de 50 bolsas a alunos da área, pelo que “um aluno pode vir para aqui e ter a certeza que, estudando um curso de futuro, o pode fazer sem sobrecarregar o orçamento familiar. Portanto, nós achamos que isto é muito positivo e é isso que nós queremos fazer: é que haja alunos que têm a capacidade, que fujam à moda, e que olhem para a engenha-

ria como um curso de grande futuro e de grande empregabilidade”. Carlos Matias Ramos elogiou a posição da UBI, porque vê na engenharia um elemento para o crescimento económico. Defendeu esta tese com o argumento que as empresas têm de se adaptar e perceber que precisam de engenheiros, tal como o País. “Agora descobriu-se, nomeadamente nestes governos, que a inovação é um fator decisivo, mas a inovação só pode ser no produto, no marketing ou na gestão. Para se criar um produto que seja apelativo e que tenha valor acrescentado, tem que ser com engenharia. Não há outra forma”, salientou o Bastonário da OE, acrescentando que o país precisa de 400 novos formados por ano em engenharia civil para

fazer face às novas tarefas dos profissionais. O acordo agora assinado tem a vigência de três anos e prevê a realização de ações de desenvolvimento do ensino e da prática da engenharia portuguesa. Estão previstas a promoção, divulgação e difusão de iniciativas da OE e da UBI, bem como uma intervenção conjunta na formação, reconhecimento do ensino e exercício da profissão, realização de estudos, participação no Observatório do Engenheiro, apoio ao empreendedorismo e internacionalização. A OE compromete-se ainda a atribuir um prémio anual ao melhor aluno finalista e uma subvenção anual aos núcleos de estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade da Beira Interior. K Rodolfo Pinto da Silva _

Hepatologia e sistema respiratório

UBIMedical investiga

GD Mata/AAUBI

Orlando Duarte apadrinha equipa 6 Orlando Duarte, ex-selecionador Nacional de Futsal, aceitou apadrinhar o projeto da modalidade desenvolvido ao longo do último ano entre o Grupo Desportivo da Mata e a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (GD Mata/AAUBI). O atual técnico do FK Nikars, da Letónia, foi um dos convidados do estágio de encerramento da época desportiva 2014/2015, que decorreu, de 29 de junho a 2 de julho, nas instalações Universidade da Beira Interior (UBI), onde estiveram 30 atletas e especialistas da modalidade. O treinador seis vezes campeão nacional e vencedor de uma Taça de Portugal, ao conhecer o projeto, disponibilizou-se para apadrinhar a iniciativa destinada a promover a prática desportiva em ligação es-

treita com elementos da UBI. “É um bom exemplo”, disse o também ex-treinador do Sporting, considerando que vai fazer surgir “melhores atletas, melhor gente, melhores alunos”. É também uma ideia que ajuda a promover a saúde, elogiando ainda a ligação entre uma instituição de Ensino Superior, ao mesmo tempo que sugere mais apoios por parte dos organismos da administração pública. “Quando nós praticamos atividade desportiva, andamos sempre mais felizes e acabamos por ser melhores alunos”. Esta vertente devia ter o apoio do estado. As Câmaras Municipais deviam participar nestes projetos, porque o caminho tem que ser este”, salientou ainda Orlando Duarte. K

6 O UBIMedical já tem em funcionamento o Laboratório de Fisiopatologia Geral (UBIMedical FisioLab), uma unidade de investigação e prestação de serviços dedicada ao estudo do sistema cardio-respiratório e ao fígado, com a missão de criar e desenvolver projetos empresariais e tecnológicos, além de apoiar os serviços de saúde. “Esta unidade está capacitada para avaliar a circulação do sangue e a respiração em situações normais ou de doença, pode realizar a avaliação das estruturas torácicas e abdominais, como o fígado, utilizando ecografias e outras técnicas de diagnóstico que possibilitam caracterizar o órgão e avaliar a sua função e reserva de forma não invasiva. Este tipo de testes, tanto em crianças quanto em adultos, permite caracterizar aspetos normais, reconhecer a presença de alterações ainda sem manifestações clínicas e ainda fazer a avaliação seriada ao longo do tempo”, refere o coordenador do laboratório, Mi-

UBI H

guel Castelo-Branco, Uma das linhas de investigação é o estudo epidemiológico da função respiratória na população, com foco na análise da prevalência da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e da asma, especialmente em pacientes idosos. Os investigadores vão avaliar programas de reabilitação respiratória e cardíaca, incluindo via telemedicina, uma abordagem inovadora em franco

desenvolvimento. E irão caraterizar algumas doenças hepáticas e estudar a sua monitorização, desde a idade pediátrica até à idade adulta, nomeadamente na acumulação anormal de gordura do fígado e desenvolvimento da fibrose, o que lhes permitirá aprofundar o estudo de problemas graves como a hepatite C, o efeito do álcool e o impacto da diabetes e obesidade no fígado e respetivos tratamentos. K

AGOSTO 2015 /// 07


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Jovem cientista e Ordem dos Engenheiros

Universidade de Évora ganha prémios

6 A Universidade de Évora continua a obter prémios nacionais através dos seus investigadores. Assim, O “Prémio Jovem Cientista” da European Meteorological Society 2015 foi atribuído a Miguel Potes, jovem investigador do Instituto de Ciências da Terra (ICT) da Universidade de Évora, para a sua publicação: “Satellite remote sensing of water turbidity in Alqueva reservoir and implications on lake modelling”, M. Potes, M. J. Costa and R. Salgado; Hydrol. Earth Syst. Sci., 16, 1623– 1633, 2012, www.hydrol-earth-systsci.net/16/1623/2012/,doi:10.5194/ hess-16-1623-2012. Os investigadores M.J.Costa e R.Salgado co-autores do artigo premiado, são também investigadores integrados no ICT e Professores no Departamento de Física da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora. O investigador Miguel Potes, doutorado pela Universidade de Évora na área da Ciências da Terre e do Espaço, foi convidado para proferir uma palestra “Prêmio Jovem Cientista” sobre o seu trabalho na Reunião Anual & ECAM EMS em Sófia, na sessão OBS1/ASI8 At-

Miguel Potes e Rui Pedro Sardinha ganham prémios

mospheric measurements from the local to the regional scale: Concepts, new technologies and scientific progress: How lakes influence the local atmospheric circulation. Já a Ordem dos Engenheiros atribuiu o Prémio “Melhor Estágio OE, 2014 - Colégio de Engenharia Geológica e de Minas”, a Rui Pedro Sardinha mestre em “Engenharia Geológica” pela Universidade de Évora O relatório de estágio curricular descreveu dois anos de actividade profissional como bolseiro de investigação na Unidade de Recursos Minerais e Geofísica do Laborató-

rio Nacional de Energia e Geologia (LNEG). Este relatório entregue à Ordem dos Engenheiros fez a descrição dos trabalhos levados a cabo essencialmente em dois projectos, ambos de prospecção de recursos minerais não metálicos. O primeiro projecto consistiu na cartografia e caracterização das argilas comuns da zona de Torres Vedras – Bombarral, utilizadas para o fabrico de cerâmica de construção. Já o segundo projecto consistiu na cartografia de Calcários Ornamentais de cinco núcleos de exploração na Serra d’ Aire e Candeeiros. K

Minho cria plataforma

Consultas de luto online 6 Um grupo de investigadores das universidades do Minho e de Memphis (EUA) acaba de lançar uma plataforma de consultas online para o luto. O objetivo é ajudar pessoas com histórias de luto prolongadas e desadaptadas, disponibilizando gratuitamente um serviço de apoio psicológico especializado via videochamada e email. O desenvolvimento do projeto é da responsabilidade de Daniela Alves, Miguel Gonçalves e Robert Neimeyer, um dos mais conceituados especialistas na área do luto, conhecido por ter apoiado familiares de vítimas dos atentados terroristas nos EUA. “Pretende-se dinamizar a terapia de luto online em Portugal, aproximando terapeutas e adultos com enormes dificuldades em reconstruir a sua vida após a perda de um ou mais entes queridos, sem custos associados e necessidade de deslocação”, explica Daniela Alves, investigadora de pós-doutoramento da Universidade do Minho. O tratamento inclui 12 consultas, com duração média de 55 minutos, conduzidas por investigadores da Escola de Psicologia da Universidade do Minho formados em Terapia Construtivista do Luto. Este programa de intervenção online distingue-se por assentar em

pressupostos do Modelo de Reconstrução de Significados, concebido por Robert Neimeyer. Além disso, intervém junto dos pacientes recorrendo às novas tecnologias de informação. “Importa salientar o acompanhamento e o envolvimento constantes dos profissionais durante o processo psicoterapêutico como um dos requisitos centrais do projeto, divergindo, assim, de outros programas online, cuja participação do terapeuta é minimal ou inexistente”, realça a investigadora. Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o projeto conta com a parceria do Instituto Português de Oncologia, da Liga Portuguesa Contra o Cancro e da Sociedade Portuguesa de Estudo e Intervenção no Luto. As marcações podem ser feitas em www.consultaluto.com. K

Estudo da Universidade de Coimbra conclui

Crianças portuguesas mais sedentárias 6 As crianças portuguesas entre os 7 e os 9 anos de idade estão cada vez mais sedentárias, o que constitui um elevado risco para a obesidade infantil e outros indicadores de saúde, conclui um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra. A pesquisa, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), envolveu 9.032 crianças, de escolas de todo o país, e foi apresentada na conferência da International Society of Behavioral Nutrition and Physical Activity, em Edimburgo, em Junho. Os resultados “são assustadores”, considera a coordenadora do

estudo, Cristina Padez, realçando que “entre 2002 e 2009, o número de crianças que vê televisão mais de duas horas/dia aumentou 12%, durante a semana, 15% ao sábado e 17% ao domingo. As crianças cujos pais têm baixo nível de instrução são as que passam mais tempo a ver televisão”. No uso do computador a situação piora. “Enquanto em 2002 as crianças pobres praticamente não utilizavam o computador, em 2009 cerca de 19% destes miúdos gastou mais de duas horas por dia no computador, refletindo o ‘efeito Magalhães’, em resultado da estratégia do Governo de atribuir os dispositivos aos alunos do ensino básico”, observa a especialista.

O estudo comparou ainda a prática de desporto após o período escolar e apurou que só metade das crianças é que tem atividade física fora da escola, sendo que, nos níveis socioeconómicos mais desfavorecidos, a percentagem de crianças que não pratica desporto disparou, passando de 36% (em 2002) para 80% (em 2009). Cristina Padez alerta que “estes comportamentos vão determinar os hábitos na vida adulta e, por isso, os responsáveis políticos devem criar uma estratégia para combater o sedentarismo infantil. Caso contrário, iremos ter adultos com graves problemas de saúde, com custos socioeconómicos muito elevados”. K

www.ensino.eu 08 /// AGOSTO 2015

Investigação em Aveiro

O chá que despolui a água 6 Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) promete ajudar a resolver o problema da água contaminada com metais tóxicos diariamente libertada nos sistemas aquáticos do planeta, recorrendo ao chá de óxido de grafeno, cujas taxas de descontaminação são superiores às obtidas com os mais avançados e caros processos nesta área. O êxito da apresentação do estudo no recente congresso internacional Graphene Week 2015 e a atenção que este mereceu da Royal Society of Chemistry, organização científica mundial dedicada à Química, antecipam a solução que os saquinhos de óxido de grafeno da UA prometem dar ao problema global das águas contaminadas por metais pesados. Os estudos demonstraram

que, com apenas 10 miligramas de óxido de grafeno por cada litro de água contaminada com 50 microgramas de mercúrio por litro de água, foi possível, ao fim de 24 horas, remover cerca de 95 por cento desse metal altamente perigoso para o sistema nervoso central. “Não existe no mercado um produto que apresente as caraterísticas deste”, garante Paula Marques, coordenadora da equipa que desenvolveu os saquinhos, um produto patenteado e que já suscitou o interesse de algumas empresas nacionais. De caminho, lembra que “foi já efetuada uma experiência comparativa com carvão ativado, o material mais comummente usado para este tipo de aplicações, tendo o óxido de grafeno mostrado uma eficiência muito superior”. K


Na Nuno Álvares

IPCB viabiliza mandarim 6 O ensino do mandarim vai avançar já no próximo ano letivo na escola secundária do Agrupamento Nuno Álvares, em Castelo Branco. Esta medida insere-se num projeto piloto a nível nacional e resulta de um protocolo de cooperação entre o Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Educação, e o Ministério da Educação, assinado no passado dia 13 de julho, em Lisboa. O acordo tem por objetivo a implementação do projetopiloto do ensino de mandarim, como língua estrangeira III, a nível do currículo do ensino secundário público (10º ano). António Carvalho, diretor do Agrupamento confirmou que “esta é mais uma oferta para os nosso alunos. Havendo adesão por parte dos estudantes iremos abrir esta disciplina já no próximo ano letivo”. Para além desta possibilidade dada aos alunos daquela escola secundária, também a comunidade da região fica a ganhar, pois garante a realização de cursos livres, tendo como referência o correspondente ao máximo de 5 horas/ semana, bem como iniciativas de curta duração, tais como oficinas, seminários, eventos, comemoração de dias festivos e efemérides, que promovam o relacionamento com a comunidade, por meio da dinamização de iniciativas respeitantes à

língua e cultura chinesas”. Carlos Maia, presidente do Politécnico de Castelo Branco, mostra-se satisfeito “pela participação do IPCB nesta iniciativa pioneira que surge na sequência da crescente procura pelo ensino do mandarim”. O presidente do Politécnico diz que “a presença de docentes chineses em Castelo Branco irá permitir a disponibilização de cursos livres à comunidade académica do IPCB, assim como a implementação de iniciativas relacionadas com a difusão da língua e cultura chinesas e destinadas à comunidade albicastrense, o que constituirá uma mais valia para a região”. O Instituto Politécnico de Castelo Branco é uma das oito instituições de ensino superior portuguesas envolvidas neste acordo. O presidente do IPCB explica que “esta medida insere-se num projeto piloto a implementar pelo Ministério da Educação e Ciência, podendo os alunos optar pelo mandarim na opção de Língua Estrangeira III. Este projeto, a desenvolver nas escolas secundárias e nos agrupamentos de escolas, e com o apoio do Hanban, Instituto Confúcio da República Popular da China, conta com a participação das instituições de ensino superior, sendo o Instituto Politécnico de Castelo Branco uma das oito instituições de ensino superior nacionais a participar no projeto”. K

Politécnico deve reorganizar-se

IPCB com boas contas

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) chegou ao final de 2014 com um saldo positivo de um milhão 56 mil 718 euros. O relatório de atividades e contas do último ano foi aprovado, por unanimidade, em Conselho Geral da instituição. Apesar dos constrangimentos orçamentais e das reduções substanciais que se têm registado por parte do orçamento de Estado para o IPCB, a instituição chegou ao final de 2014 com um resultado positivo. Carlos Maia presidente do Politécnico considera, no entanto, que a o IPCB não deve embandeirar em arco. “A instituição precisa de se reorganizar. Temos que saber a aquilo que queremos ser em 2020”, justificou, para anunciar o processo que está em curso nesse sentido: “A revisão estatutária começou no Conselho Geral da instituição. Em outubro haverá mais uma reunião para abordar este assunto, o qual será também debatido

com a instituição, apesar daquele órgão ser soberano”. No entender de Carlos Maia “é fundamental que a instituição se reorganize”, sublinhando que “não está em causa o encerramento de qualquer valência, nem de nenhuma escola. A forma de funcionamento é que será diferente”. Neste processo o presidente do IPCB diz que primeiro quer “ouvir a instituição”, antes de anunciar qual a sua posição. De qualquer modo as alterações são abrangentes. “Já foi feita uma base de trabalho para discussão”, disse. Carlos Maia, lembrou, em conferência de Imprensa, que serão poucas as instituições de ensino a obterem resultados tão positivos. “Apesar das restrições financeiras serem elevadas, o que nos obrigou a reinventar, conseguimos ter uma situação financeira controlada, o que é motivo de satisfação”, disse. Durante a apresentação dos resultados da gestão do ano

passado, o presidente do IPCB voltou a defender que os politécnicos deveriam ministrar doutoramentos em ambiente empresarial. “Não faz sentido não irmos até ao nível 8 (doutoramentos) de formação”, começou por referir. Carlos Maia considera que “não faz sentido nenhum os docentes do politécnico terem que tirar os seus doutoramentos em universidades, fazerem a sua agregação e a investigação científica em universidades, e depois regressarem aos politécnicos”. O presidente do IPCB assegura que há áreas que a instituição está preparada para ministrar cursos de doutoramento, e dá o exemplo das artes e da enfermagem. “As universidades vêm recrutar professores do ensino politécnico para ministrarem doutoramentos, o que não faz sentido”, salientou, para depois se mostrar “defensor dos dois subsistemas de ensino superior”. K

IP Castelo Branco

“É preciso o Bloco central”

www.ensino.eu

6 Na mesma conferência de Imprensa, onde Carlos Maia sublinhou o facto de praticamente todas as metas terem sido atingidas, foi também abordada a questão das instalações da instituição. O presidente do IPCB voltou a reclamar pelo bloco central do Campus da Talagueira. “Assim que o novo Governo tomar posse iremos voltar à carga com este assunto. O novo edifício poderia rentabilizar a instituição e permitira mudar

uma das escolas (Superior de Educação) para este campus”, disse. Carlos Maia lembrou também que as antigas instalações da Escola Superior de Artes Aplicadas, situadas na Escola Superior Agrária, tem sido utilizadas por outros serviços. “Cedemos uma parte à Câmara de Castelo Branco, para que aí possam ensaiar bandas de garagem. O Centro de Culturas da ESE também mudou para lá. E

em cima da mesa está a possibilidade de reativar a residência que aí existia, para agora acolher estudantes internacionais. Se isso não acontecer, certamente teremos outras hipóteses”. O Instituto Politécnico de Castelo Branco tem escolas na cidade e na vila de Idanha-aNova, e este ano letivo vai ministrar cursos de Técnicos Superiores, Licenciaturas e Mestrados. K

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Parcerias do IPG com palop´s

Psicologia no IPG

6 “O ano letivo que agora terminou decorreu com normalidade, dentro daquilo que era expetável acontecer”. As palavras são do presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, o qual refere que a instituição teve “ao nível dos novos alunos, um melhor desempenho do que tinha ocorrido em anos anteriores, melhor do que a maior parte dos Politécnicos do interior”. O presidente do Instituto Politécnico da Guarda comentou que “dentro das contingências que não dependem de nós, temos a consciência tranquila de termos trabalhado e feito aquilo que estava ao nosso alcance”. Na opinião de Constantino Rei, este ano letivo decorreu “com normalidade mas também com muito trabalho”, realçando que a criação dos novos cursos técnico superiores profissionais e “todo o trabalho relacionado com a candidatura dos cursos significou um significativo aumento do esforço”. Confrontado com o facto de o IPG se ter destacado pela apresentação de um maior número destes cursos, Constantino Rei disse que o Politécnico procurou saber quais as áreas de formação indicadas pelos empresários. “Houve uma estreita ligação com algumas empresas de expressão nacional e internacional”. O presidente do IPG destacou que “se teve a preocupação em saber as necessidades, conjugar os recursos disponíveis e as preferências dos jovens, a procura dos cursos profissionais ao nível da região para encontrarmos cursos nessas fileiras”. Um processo que correu bem “porque em tempo oportuno ficámos a saber quais os cursos que vão funcionar no próximo ano”, pois “há um mês que esses cursos estão aprovados”.

6 No Instituto Politécnico da Guarda vão decorrer, a 6 e 7 de Novembro de 2015, as XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto. Estas Jornadas pretendem ser um momento de encontro e salutar convívio de todos os que se interessam pela Psicologia do Desporto: investigadores, técnicos de desporto e de exercício físico, professores, desportistas, estudantes, psicólogos e público em geral.

Expetativas superadas

Gabinete de acesso 6 No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) está em funcionamento um Gabinete de Acesso ao Ensino Superior, para apoio aos candidatos do distrito. Este gabinete, instalado no edifício dos Serviços Centrais do IPG, tem por objetivo proporcionar apoio informativo aos estudantes candidatos ao ensino superior, integrando serviço de atendimento presencial. Recorde-se que a primeira fase de candidaturas decorre desde a passada segunda-feira até 7 de Agosto; a segunda fase de 7 a 18 de Setembro. Os contatos com o Gabinete de Acesso ao Ensino Superior, a fun-

Questionado sobre a estratégia que tem tido desenvolvida no plano da captação de alunos estrangeiros, o presidente do IPG comenta que “temos de reconhecer quais são as nossas fraquezas e as nossas forças. A nossa aposta é dar prioridade aos países de língua portuguesa. É sobre este tipo de mercado que devemos, neste momento, atuar”. Constantino Rei defende, assim, a necessidade de “investir, sair da nossa área de conforto,

lógico Nacional, com sede na UBI; esta unidade possui, entre outros, um laboratório de investigação em energias renováveis nas instalações do IPG. Este simpósio constitui o evento de referência no âmbito da pesquisa científica aplicada ao diagnóstico de sistemas electromecatrónicos e tem o apoio do IEEE - The Institute of Electrical and Electronics Engineers, a maior

cionar no Instituto Politécnico da Guarda, podem ser feitos através da conta de correio eletrónico info. ipg@ipg.pt ou através dos telefones 271 220 162, 271 220 100. K

divulgar o Politécnico, incrementar as ações promocionais nesses países. Se não formos a esses países não seremos conhecidos”. O presidente do Politécnico da Guarda, aludindo aos recentes contactos com países africanos de expressão portuguesa sublinhou que “foram firmadas várias parcerias, sobretudo em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, em particular com os municípios. Os resultados estão, claramente a superar as expetativas”. K

Simpósio internacional

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As Jornadas vão proporcionar uma abordagem integrativa procurando, discutir e debater, especialmente, a investigação que está a ser produzida neste domínio, bem como todo um conjunto de aspetos inerentes aos contextos comportamentais, com o objetivo de potenciar reflexões críticas e de deixar contributos que visem melhorar as diversas intervenções. Mais informações em http:// www.ipg.pt/16jornadas-sppd/. K

Ensino Superior na Guarda

IPG

6 No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai decorrer, de 1 a 4 de setembro, o simpósio internacional SDEMPED 2015 – 10th IEEE International Symposium on Diagnostics for Electric Machines, Power Electronics and Drives. Trata-se de uma organização do Centro de Investigação em Sistemas Eletromecatrónicos (CISE), que é uma unidade de investigação do Sistema Científico e Tecno-

Jornadas do Desporto

associação mundial dedicada ao desenvolvimento e disseminação de tecnologia. De referir que o International Symposium on Diagnostics for Electric Machines, Power Electronics and Drives é realizado pela primeira vez em Portugal, tendo sido escolhido o Instituto Politécnico da Guarda como entidade acolhedora (a edição anterior ocorreu em Valência-Espanha). K

Guarda

Fórum sobre Toponímia

6 O Instituto Politécnico da Guarda vai realizar-se a 30 de outubro um novo Fórum sobre Toponímia. Com esta iniciativa o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) pretende contribuir para um melhor conhecimento das localidades do distrito, dos valores históricos, culturais, sociais, religiosos e políticos a ela associados através da toponímia.

As inscrições para comunicações devem ser feitas até 31 de Agosto (em http://www.ipg.pt/ toponimia/; os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) até 16 de outubro. Mais podem ser solicitadas para gic@ipg.pt Os trabalhos vão decorrer no auditório dos serviços centrais do Instituto Politécnico da Guarda. K


Arte contemporânea e espaço público

Leiria apresenta livro 6 ‘Criar Espaço Público para o Espaço Público’ é o título do novo livro de Isabel Xavier, mestre em Gestão Cultural da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), que foi apresentado a 16 de julho no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha. Publicada pelas Edições ESAD.CR/ IPLeiria, a obra consiste num ensaio sobre as Instituições de Artes Contemporâneas em Portugal e reflete o seu papel na ampliação e dinamização do Espaço Público. Através de um inquérito a algumas das mais relevantes instituições que gerem coleções de arte contemporâneas, Isabel Xavier formula as principais conclusões em torno da lógica de espaço público. A autora explora o conceito da importância da Arte na esfera pública, enquanto elo

de ligação de públicos diversificados e geradora de novas massas. A sessão de lançamento do novo livro conta com a presença de Rodrigo Silva, diretor da ESAD. CR, Luísa Arroz, coordenadora do mestrado em Gestão Cultural, e Carlos Coutinho, diretor do Museu José Malhoa. Isabel Xavier é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e mestre em Gestão Cultural pela ESAD. CR/IPLeiria. É docente de História da Cultura e das Artes, e de História na Escola Secundária Raul Proença. Membro fundador da associação Património Histórico e presidente da direção desde 2007, Isabel Xavier tem dinamizado conferências e publicado trabalhos sobre História Local e Regional. K

IPLeiria e Caixa Geral de Depósitos

Protocolo renovado 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) renovaram no dia 3 de julho, o protocolo de cooperação entre as duas entidades, no âmbito do qual a CGD disponibiliza em exclusivo a emissão e gestão de cartões de identificação dos estudantes, docentes e pessoal não docente do IPLeiria, bem como produtos e serviços financeiros dirigidos aos estudantes, titulares do Cartão Caixa IU, e ao IPLeiria, com condições preferenciais. A CGD colaborará, através dos seus quadros, em ações de formação, conferências ou seminários do IPLeiria, relacionados com as temáticas de gestão e da área fi-

nanceira. Os melhores estudantes da área das ciências sociais do IPLeiria terão a oportunidade de estagiar na Caixa Geral de Depósitos, que oferece cinco estágios por ano. O acordo, válido para os próximos quatro anos, prevê a criação do “Dia com a CGD” destinados a dez estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPLeiria, com o objetivo de conhecer a atividade da Caixa, da Região e da agência selecionada. O acordo foi assinado por Nuno Mangas, presidente do IPLeiria, e José Pedro Cabral dos Santos, administrador da Caixa Geral de Depósitos. K

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No Politécnico de Leiria

Cavaco Silva inaugura centro 6 O Centro de Investigação e Desenvolvimento, Formação e Divulgação do Conhecimento Marítimo (Cetemares) do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), vocacionado para um trabalho científico e tecnológico do Mar para a Sociedade, foi inaugurado a 14 de julho pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, numa cerimónia que contou com a presença de Nuno Mangas, presidente do IPLeiria, António José Correia, presidente da Câmara Municipal de Peniche, Manuel Pinto de Abreu, secretário de Estado do Mar, e José Ferreira Gomes, secretário de Estado do Ensino Superior. “Esta infraestrutura é uma unidade dedicada exclusivamente à produção e transferência de conhecimento nos domínios da ciência e tecnologia do mar”, declarou Nuno Mangas, presidente

do IPLeiria, que acrescentou: “A investigação que realizamos no Cetemares é aplicada e orientada para o tecido económico da região e do país. Mais de 70% dos nossos projetos decorrem em colaboração com pequenas e médias empresas”. A nova infraestrutura científica é a sede do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do IPLeiria, com uma localização estratégica no porto de Peniche,

o que lhe permite uma maior interação com as indústrias da economia do mar. Tem uma área de cerca de 2.000 m2 de laboratórios e vários espaços de apoio e transferência do conhecimento. As áreas de biologia, pescas, aquacultura, biotecnologia, química, microbiologia e tecnologia dos alimentos, tornam o Cetemares a única infraestrutura da região de Leiria e Oeste dedicada em exclusivo à Ciência e Tecnologia do Mar. K

Bolsas de estudo IPL + Indústria

Número de bolsas triplica

6 O Instituto Politécnico de Leiria conta já com 17 empresas da região no programa Bolsas de Estudo IPL+Indústria, que atribuem um total de 23 bolsas que visam premiar o mérito escolar dos estudantes que se matriculam pela primeira vez nos cursos de licenciatura. Bollinghaus Steel SA, Bourbon Automotive Plastics SA, IncenteaTecnologia de Gestão SA, Martos & Cª, Lda., Moldes RP S.U, Lda., TJ Moldes - Moulds for Plastic Industry e Vipex – Plásticos e Serviços S.A, constituem o grupo de empresas que atribuirão bolsas de estudo pela segunda vez. A estas empresas juntam-se no ano letivo de 2015/16 as empresas: BPN – Comércio de Peças para Camiões, Lda.; Caixa de Crédito Agrícola; Crisal e Libbey, La Redoute; Moldoeste; Planimolde; S.A, P.M.M. – Pro-

jetos, Moldes, Manufactura, Lda.; Sodicor e a Yudo Eu, S.A. Para o ano letivo de 2015/16, os cursos selecionados foram: Contabilidade e Finanças, Engenharia Automóvel, Engenharia da Energia e do Ambiente, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica, Gestão e Marketing. No III Encontro IPL – Indústria, realizado em junho, o presidente da Nerlei, Jorge Santos, destacou que “a academia tem de focar-se no que são as exigências das empresas, e acompanhar as mudanças constantes que estão a surgir no mercado de trabalho. Cada vez mais a indústria tem falta de mãode-obra qualificada, principalmente nas áreas das engenharias, e é este recurso que a Academia pode preparar e formar”. João Faustino,

presidente da Cefamol, salientou que o envolvimento da indústria com a academia “mostra de forma evidente que as empresas têm dinamismo, firmeza, atitude e que querem crescer, e assim o empresariado da região tende a evoluir”. Já Pedro Martinho, diretor da ESTG do IPLeiria, referiu que “o crescente interesse das empresas da região em apoiar os nossos melhores estudantes é um facto importante que nos enche de orgulho e que resulta, por um lado, da forte ligação que o Instituto tem fomentado com a Indústria, e por outro, da necessidade que as empresas têm nesta altura por diplomados nestas áreas. Em muitos dos nossos cursos a empregabilidade é próxima dos 100% e os nossos diplomados não chegam para as solicitações das empresas”, afirmou. K

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Administração de Base de Dados

Novo curso em Tomar 6 O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) acaba de ver aprovado o Curso Técnico Superior Profissional em Administração de Base de Dados pela Direção-Geral do Ensino Superior e já abriu as candidaturas. O curso tem um plano de estudos diversificado, com unidades curriculares que vão desde a Matemática, Português, Inglês, Fundamentos de Base de Dados,

Politécnico de Viseu

Ciência até em Férias 6 A iniciativa Ciência em Férias IPV 2015 desenvolvida pelo Instituto Politécnico de Viseu foi um sucesso, tendo esgotado as 140 vagas disponíveis em menos de três dias, tendo o evento o objetivo proporcionar aos estudantes do ensino básico e secundário um programa organizado de caráter educativo, cultural, tecnológico e científico, mas também lúdico e de descoberta de áreas formativas que se enquadrem nas preferências e aptidões para o seu futuro percurso académico. O Ciência em Férias IPV 2015 decorreu em dois momentos e foi direcionado a diferentes públicos-alvo. A primeira semana do evento (29 de

junho a 3 de julho) destinou-se aos participantes de 10 a 12 anos. A segunda semana (6 a 10 de julho) envolveu jovens com 13 ou mais anos. Com programas ajustados às faixas etárias, as duas semanas ficaram marcadas pelas experiências, partilhas de conhecimento, convívio e confraternização. Com um dia em cada uma das também cinco escolas do IPV, cada grupo desenvolveu atividades científico-pedagógicas em diferentes áreas do saber, mas também de cultivo e fomento de espírito de grupo, trabalho em equipa e sociabilização. Além das experiências e vivências científicas e pedagógi-

ipc cas, houve ainda tempo para os participantes se divertirem com atividades lúdicas e de animação cultural, como jogos de orientação, jogos desportivos, peddy-papers temáticos, jogos tradicionais e de mini-golfe, atividades experimentais e muito mais. Para o último dia estava reservada a sessão de encerramento, na qual os jovens, pais e familiares assistiram a uma peça de teatro apresentada por alunas do curso de Animação Cultural da Escola Superior de Educação de Viseu e visionaram o filme do evento, que no próximo ano terá nova edição. K Joaquim Amaral _

No Pólo Logístico da Sonae

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Coimbra lança Portal de Emprego 6 O Politécnico de Coimbra tem um novo portal de emprego, integrado na rede internacional Trabalhando. O novo site está disponível em emprego.ipc.pt. e foi apresentado a 9 de julho, dia da instituição. Através deste novo site, o IPC torna possível aos seus alunos e ex-alunos o acesso às ofertas laborais de todos os pa-

ips

6 A EST de Setúbal vai ministrar já no próximo ano letivo a nova Licenciatura em Tecnologia Biomédica, que tem como provas de ingresso Biologia e Geologia, ou Física e Química ou Matemática. O curso assenta numa base multidisciplinar no domínio da ciência e tecnologia que se associa a componentes de biologia, medicina Publicidade

equipa B da ESCE/IPS constituída por Mónica Gaboleiro, Marta Fernandes, Ângela Montes e André Pinheiro, a participação no evento contribuiu “para o treino de situações comportamentais, tendo como base o espírito de grupo, a entreajuda, o respeito, a resiliência, bem como a gestão de tempo, de conflito e emoções que nos transporta para o contexto real”. Paulo Sousa, membro da equipa C da ESCE/IPS composta por Marco Ferreira, Alexandra Carvalho, Cláu-

íses pertencentes à comunidade Trabalhando, que oferece mais de 200 mil oportunidades mensais de trabalho. Disponível apenas para os alunos e ex-alunos da instituição, o site permite ainda organizar a informação curricular dos alunos, bem como a inserção de ofertas de trabalho exclusivas ao Instituto. K

Tecnologia Biomédica na EST de Setúbal

Setúbal com Logística 6 Três equipas de estudantes da licenciatura em Gestão da Distribuição e Logística, da Escola Superior de Ciências Empresariais de Setúbal participaram na iniciativa “24 Horas de Logística”, realizada a 27 e 28 de junho, no polo logístico da Sonae, na Maia, contando com a participação de 19 equipas. Sob o tema “grande distribuição”, o evento colocou à prova a capacidade das equipas tomarem várias decisões e de realizarem diferentes ações durante 24 horas em ambiente real, no setor da logística. Para Hélder Ferreira, representante da equipa A da ESCE/IPS composta por Oksana Samoylenko, Cármen Bernardo, Gonçalo Fresco e André Alfaiate, este desafio possibilitou “o contacto com as novas tecnologias em ambientes profissionais e competitivos, aliando a prática à teórica”, bem como “testar as nossas competências e capacidades de gestão do tempo, estratégia e esforço físico, assim como a comunicação e interligação entre os elementos internos e externos ao grupo”. Samuel Valente, porta-voz da

Programação e Algoritmia, Redes de Computadores, Bases de Dados, entre outras, além de um estágio assegurado pelo IPT, através da sua Rede de Formação Dual e Estágios em Contexto de Trabalho. Esta formação permite o prosseguimento de estudos para cursos de licenciatura em Engenharia Informática e em Tecnologias de Informação e Comunicação do IPT. K

dia Oliveira e Beatriz Raleiras, esta iniciativa consiste numa “experiência enriquecedora tanto para quem já possuí alguma experiência no ramo, bem como para aqueles que irão em breve ingressar no mercado de trabalho, pois para além de podermos aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos em contexto académico podemos ainda desenvolver soft skills como a liderança, organização de tempo, gestão conflitos, trabalho em equipa e a tomada de decisão”. K

e saúde. Os formados poderão desempenhar funções no âmbito do desenvolvimento e produção de sistemas e dispositivos médicos, da assistência técnica e comercial a produtos e dispositivos médicos, da consultadoria técnica na área biomédica e afins e da gestão de dispositivos e de sistemas hospitalares. K


IPCB na vida ativa T O Instituto Politécnico de Castelo Branco é uma das instituições de ensino superior nacionais que irão participar na iniciativa “Vida Ativa”, promovida pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, e que tem como objetivo a requalificação de licenciados em áreas de baixa empregabilidade, através de ações de formação profissional em Tecnologias de Informação e Comunicação. A cerimónia de assinatura do Protocolo decorreu em Lisboa e contou com a presença dos ministros da Educação e Ciência, Nuno Crato, e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares. O IPCB tem prevista a lecionação do curso “Técnico de Sistemas de Informação”, que visa dar competências na área da análise, conceção, planeamento e desenvolvimento de soluções de tecnologias e programação de sistemas de informação. A formação decorrerá na Escola Superior de Tecnologia do IPCB, estando o início previsto para o ano letivo 2015/2016. K

a formação teórica foram abordadas as vantagens da utilização do aglomerado de cortiça expandido 100% natural da Amorim Isolamentos, e as potencialidades das ferramentas de apoio à prescrição e à instalação de sistemas em placas de gesso da Gyptec. Na parte prática da formação a Gyptec aceitou o desafio do Politécnico de Castelo Branco e avançou com a reabilitação de uma parede existente na escola, que se encontrava totalmente degradada e a necessitar de uma intervenção pelo interior. K

Desporto do Ensino Superior Politécnico Público

Rede de escola criada

Mestrados em Setúbal T A Escola Superior de Educação de Setúbal avança este ano com dois novos mestrados, um em Ensino do 1º ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2º ciclo do Ensino Básico e outro em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico. As candidaturas decorreram até 23 de julho. K

6 A Rede de Escolas com Formação em Desporto do Ensino Superior Politécnico Público (REDESPP) acaba de ser criada, na sequência de uma reunião realizada a 29 de junho, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, do Instituto Politécnico de Santarém, e abrange todas as escolas com esta formação. A nova rede visa o desenvolvimento da formação na área do

desporto no ensino superior politécnico público, a mobilização dos investigadores para desenvolverem projetos e parcerias de investigação científica, bem como a referenciação da oferta formativa das instituições elaborando, na área do desporto, e colaborando na construção e aplicação de programas de formação interinstitucionais. São ainda objetivos da rede a promoção dos mecanismos de mo-

bilidade entre as instituições envolvidas e o desenvolvimento de uma intervenção social e política sobre a estratégia nacional e internacional na área do desporto. A rede ocupa a totalidade do território continental, possibilitando uma intervenção coordenada na formação, na investigação e na intervenção na comunidade, visando o desenvolvimento do setor do desporto em Portugal. K

Poliempreende em Santarém T Diogo Afonso, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM), foi o vencedor da fase regional do Poliempreende no Politécnico de Santarém, cuja fase final decorreu a 23 de junho. Em segundo lugar ficou o projeto Freewheels, desenvolvido por Natacha Pinto, também da ESDRM, seguida de José Frederico Dias, da Escola Superior de Gestão e Tecnologia, com o projeto Sabores de Portugal. Maria SantaClara Barbas, da Escola Superior de Educação, recebeu uma menção honrosa, com o projeto Modapp.K

ESTCB faz formação de placas T A Escola Superior de Tecnologia do IPCB realizou no dia 26 de junho uma formação teórico-prática em “Soluções de Reabilitação para Envolventes – Aplicação de placas Gypcork”, promovida pela Unidade Técnico-Científica de Engenharia Civil, em parceira com a Gyptec Ibérica e a Amorim Isolamentos SA. Durante

IPSantarém H

IP Santarém candidata

Algarve com livro internacional T Arte, Tecnologia e Poéticas Contemporâneas é o título do livro lançado a 15 de julho na Universidade do Algarve e na Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza (Brasil). Organizado por Bruno Silva e Albio Sales, a obra resulta de uma parceria intercontinental, que emerge da necessidade de participar no debate em torno da arte e da tecnologia. O Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) da Universidade do Algarve e o Grupo de Pesquisa Investigação em Arte, Ensino e História (IARTEH) da Universidade Estadual do Ceará organizaram a obra, reunindo diferentes investigadores do Brasil e de Portugal. K

Avieira a Património Imaterial 6 O Instituto Politécnico de Santarém acaba de anunciar que foi submetida, a 29 de junho, na base de dados do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), a proposta de candidatura ‘Artes e saberes de construção e uso da bateira avieira no rio Tejo, Caneiras’.

A candidatura que será apreciada pela Direção-Geral do Património Cultural foi elaborada por uma equipa de antropólogos, parte da qual se fixou por alguns meses na aldeia avieira de Caneiras para desenvolver a componente etnográfica da candidatura. O Politécnico de Santarém irá

também disponibilizar em breve o e-atlas, recurso informático sobre a cultura Avieira, zonas ribeirinhas envolvidas e respetivas comunidades, que permitirá um conhecimento específico sobre este tema, que a instituição tem desenvolvido e apoiado desde 2006. K

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AGOSTO 2015 /// 013


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Engenharia Informática em Beja

Ensino a Distância na calha 6 O curso de Engenharia Informática do Instituto Politécnico de Beja poderá vir a funcionar em regime de Ensino a Distância, se existirem 20 alunos interessados neste regime, o que permite aos estudantes conciliar a vida profissional e a atividade académica.

ração profissional e cultural de pessoas que, por vários motivos, não podem frequentar um estabelecimento de ensino presencial, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Beja, propôs o funcionamento do curso naquele regime. K

Para que este regime inicie o funcionamento no ano letivo 2015-2016, quer a turma presencial, quer a turma a distância, deverão ter no mínimo 20 alunos inscritos. Considerando que o Ensino a Distância surge da necessidade de prepa-

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IPB

Reingresso em Beja

Editamos palavras com conteúdo.

6 O Instituto Politécnico de Beja tem vindo a estabelecer contato com alunos, do IPBeja, que abandonaram os seus ciclos de estudos, antes da sua conclusão, no sentido de os incentivar a reingressar nos estudos, informou a instituição. Considerando que, anualmente, o IPBeja prevê vagas para os Regimes de Mudança de Curso, Transferência e Reingresso, permitindo que os alunos que frequentam ou já frequentaram o ensino superior, possam alterar ou retomar o seu percurso escolar, estes contatos, visam esclarecer os alunos sobre as medidas definidas pelo Programa Retomar que,

surgido em 2014, se insere no Plano Nacional de Implementação de Uma Garantia Jovem. Este plano tem como objetivos permitir o regresso à educação e formação, em contexto de ensino superior, de estudantes que pretendam completar formações anteriormente iniciadas ou realizar uma formação diferente, nomeadamente incentivando o regresso de antigos estudantes que abandonaram o ciclo de estudos antes da sua conclusão. Pretende ainda combater o abandono escolar no ensino superior, tendo presente critérios de utilidade social e empregabilidade. K

IPP H

IPP

Porto abre estágios

Avenida do Brasil,4 r/c | Apartado 262|

014 /// AGOSTO 2015

272 324 645 |

965 315 233 |

rvj@rvj.pt | www.rvj.pt | 6000-909 Castelo Branco

6 A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico do Porto abriu candidaturas a mais dois estágios internos para diplomados ou mestres da ESTSP. As candidaturas terminam no dia 7 de Agosto.

Os estágios terão a duração de seis meses e destinam-se a diplomados ou mestres da ESTSP em qualquer área. Os seleccionados vão trabalhar directamente no apoio à Presidência da ESTSP. K


Concurso Regional Poliempreende já tem vencedores

O que vê a nossa mente

IPCB

Novas doutoradas na Esald 6 A Escola Superior de Saúde de Castelo Branco tem duas novas docentes doutoradas. Eugénia Nunes Grilo concluiu o doutoramento em Enfermagem no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, com a tese “O Cuidar de Enfermagem nos Cuidados de Longa Duração”. O estudo com um desenho de multicasos teve como finalidade obter um conhecimento profundo sobre o cuidar de enfermagem nos Cuidados de Longa Duração e integrou 65 enfermeiros e 113 idosos cuidados em vários contextos de cuidados de longa duração do distrito de Castelo Branco. A informação foi obtida através do Inventário de Comportamentos de Cuidar e de entrevistas semiestruturadas e recorreu-se à triangulação de fontes, de dados e triangulação com a teoria privilegiando uma metodologia indutiva. O estudo revelou que o cuidar de enfermagem é efetivo não apoiando opiniões de estudos anteriores que relatam diferenças entre as perceções dos utentes e dos enfermeiros, apoia pesquisas anteriores que relacionam os comportamentos de cuidar com a satisfação dos utentes e com a duração da prestação, permitiu um maior conhecimento sobre o cuidar de idosos e a necessidade de combater valores e crenças como o “ida-

dismo” responsável pela determinação de prioridades nos recursos económicos dos países, salientou a necessidade de serem introduzidos novos modelos de trabalho, com matrizes de cuidados centrados na pessoa emonitorização os resultados dos cuidados e do desempenho das instituições. Alda Maria Pires Silva Mendes concluiu o doutoramento em Enfermagem, na Universidade de Lisboa, com a tese “Intervenção do Enfermeiro na Prevenção das Perturbações Emocionais no Primeiro Mês Pós-Parto”. O estudo, com um desenho quase-experimental envolveu 200 primíparas com parto eutócico, das quais 100 no grupo de intervenção e 100 no grupo de controlo. No grupo de intervenção cada puérpera foi sujeita pelo menos a duas visitas domiciliárias ao longo do primeiro mês pós-parto. Este estudo revelou a importância das visitas domiciliárias ao longo do primeiro mês pós-parto na diminuição do risco das puérperas desenvolverem depressão pós-parto, e ainda em variáveis que conduzem a um puerpério mais saudável como sejam o aleitamento materno, problemas de saúde relacionados com as crianças, e as dificuldades sentidas pela mulher durante o puerpério. K

6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco já selecionou os projetos vencedores do Concurso Regional Poliempreende, atribuindo o primeiro prémio ao Projeto “BrainAnswer”, o segundo ao Projeto “DosiSmoke” e o terceiro prémio ao Projeto “BestBag”. A equipa vencedora irá receber um prémio no valor de 2000 euros, recebendo a segunda classificada 1500 euros e a terceira 1000 euros. Estes montantes serão disponibilizados em duas frações: a primeira, correspondendo a 50% do seu montante global, será entregue no ano da realização do concurso; os restantes 50% serão entregues com a apresentação da cópia da declaração de início de atividade, ou uma cópia de um documento comprovativo da transferência de produto/tecnologia ou do desenvolvimento do produto ou serviço, até ao fim do segundo ano após o ano da realização do concurso, comprovando a implementação empresarial do projeto. O principal objetivo do projeto “BrainAnswer” é prestar por um lado um serviço de apoio a companhias de publicidade e por outro auxiliar qualquer empresa no desenvolvimento de novos produtos e melhoria de produtos existentes. De facto a partir de estudos de electroencefalografia e eye-tracking a consumidores dos produtos e spots publicitários em questão

torna-se possível avaliar a ligação emocional e natural da pessoa ao produto em questão. A equipa proveniente da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, constituída pelo docente João Valente e por Inês Vaz, Fernanda Carvalho e Nuno Rosa, irá representar o Instituto Politécnico de Castelo Branco na segunda e última fase do Concurso (Nacional), em setembro, na qual estarão presentes os vencedores regionais de cada um dos institutos politécnicos do país e escolas superiores não integradas. O projeto “DosiSmoke” foi apresentado por alunas da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Inês Flores, Cristela Jaulino e Lígia Serra. Este projeto tem como objetivo prestar a venda de um dispositivo leve, de baixo custo e inovador, capaz de monitorizar a quantidade de compostos químicos inalados pelos bombeiros, ao estar acoplado à mascara usada

por estes. O projeto “BestBag” foi submetido pelas alunas Juliana Caetano, Andreia Cardoso e Soraia Marques, provenientes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, e pelo docente Pedro Torres da Escola Superior de Tecnologia. Com este projeto pretende-se lançar no mercado um modelo novo de mochila, bastante útil e benéfico para a saúde infantil, dotado de sensores que informam do peso transportado e alertam para situações de carga excessiva. O Júri Regional do Concurso foi constituído por representantes do Santander Totta (Duarte Rodrigues), Pedro Agapito Seguros (Pedro Agapito), Câmara Municipal de Castelo Branco (João Carvalhinho), AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa (Mónica Cardoso) e ACICB – Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (João Dias). K

Castelo branco

Alunos chineses no IPCB 6 No sentido de reforçar a cooperação entre o Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e as instituições de ensino do oriente, o IPCB recebe, desde dia 20 e até 29 de julho, nove alunos do curso de língua portuguesa da Universidade de Pequim. Em nota enviada à imprensa, o IPCB refere que os alunos “visitarão as várias escolas do poli-

técnico, assim como vários locais da cidade de Castelo Branco e de outros concelhos do distrito, privilegiando o contacto com a língua portuguesa e a cultura da região”. No dia em que os alunos da Universidade de Pequim se despedem da cidade albicastrense, a 29 de julho, chegam ao IPCB 20 alunos da Escola luso chinesa

de Macau. Durante a estadia em Castelo Branco, que decorrerá até 6 de agosto, estes alunos do ensino secundário vão frequentar um Curso de Formação de Língua e Cultura Portuguesa no IPCB, sendo ainda promovidas deslocações a várias regiões, dentro e fora do distrito, no sentido de divulgar a região e o país e dar a conhecer a língua e a cultura portuguesas. K

AGOSTO 2015 /// 015


Portugal e China estabelecem acordo

Mandarim no secundário 6 O Ministério da Educação e Ciência (MEC) assinou um protocolo de cooperação com o Hanban, Instituto Confúcio da República Popular da China, no âmbito do projeto-piloto de ensino do Mandarim, que arranca no próximo ano letivo em escolas secundárias públicas. Em nota enviada à Imprensa, o MEC refere que “o projeto-piloto vai abranger alunos do 10.º ano de escolaridade dos Cursos Científico-Humanísticos e as orientações curriculares estão a ser preparadas por um grupo de trabalho coordenado pela DireçãoGeral da Educação e que integra igualmente representantes indicados pelas Instituições de Ensino Superior e parceiros que colaboram com o ministério neste projeto”. O protocolo, assinado pelo Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e pelo Embaixador da República Popular da China, Huang Songfu, define os termos da colaboração entre o MEC e o Hanban, nomeadamente a cedência graciosa de professores chineses, a sua colocação

nas escolas portugueses e a colaboração das instituições de ensino superior para o acompanhamento desses docentes. Na ocasião foram também assinados protocolos de colaboração entre o Ministério da Educação e Ciência e as oito Instituições de Ensino Superior parceiras, que preveem o acompanhamento dos docentes nas 21 escolas que provisoriamente integram o projeto, em coordenação com as direções das escolas. O número final de estabelecimentos de ensino está dependente do número de alunos

matriculados na disciplina, dado disponível somente após o encerramento do período de matrículas. O projeto poderá ser alargado no ano letivo de 2016/2017 a mais agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas. Durante o próximo ano letivo, o projeto será acompanhado por um grupo de trabalho que integrará elementos da Direção-Geral da Educação, das escolas, das instituições de ensino superior envolvidas e do Centro Científico e Cultural de Macau e que deverá elaborar um relatório sobre o seu funcionamento e, no fim do ano escolar 2016/2017, um relatório final de avaliação. Tendo em conta o acordo agora assinado, são 8 instituições de Ensino Superior e das 21 escolas secundárias, a saber: Universidade do Algarve (Escola Secundária Dra. Laura Ayres, Loulé; e Escola Secundária João de Deus, Faro); Universidade de Aveiro (Escola Secundária Soares de Basto, Oliveira de Azeméis; Escola Secundária de Santa Maria da Feira; Escola Secundária Oliveira Júnior, São João da

Madeira; Escola Secundária D. Duarte, Coimbra; e Escola Secundária José Estevão, Aveiro); Universidade de Évora (Escola Secundária D. Sancho I, Elvas); Universidade de Lisboa (Escola Secundária D. Pedro V, Lisboa; Escola Secundária D. Luísa de Gusmão, Lisboa; Escola Básica e Secundária Professor Reynaldo dos Santos, Vila Franca de Xira; Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, Almada; e Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade, Almada); Universidade do Minho (Escola Secundária Carlos Amarante, Braga; Escola Secundária Francisco de Holanda, Guimarães; e Escola Secundária Augusto Gomes, Matosinhos); Instituto Politécnico de Castelo Branco (Escola Secundária Nuno Álvares, Castelo Branco); Instituto Politécnico de Leiria (Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, Leiria); Escola Secundária D. Inês de Castro, Alcobaça; e Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte, Marinha Grande) e Instituto Politécnico de Viseu (Escola Secundária Viriato, Abraveses, Viseu). K

Estudar no interior dá bolsas

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uma bolsa de mobilidade de 1500 euros anuais a um máximo de 1020 estudantes. Integram o Programa + Superior, tal como no ano passado, a Universidade da Beira Interior, a Universidade de Évora, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Instituto Politécnico de Beja, o Instituto Politécnico de Bragança, o Instituto Politécnico

T A ETEPA - Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense irá ministrar dois novos cursos no próximo ano letivo, apostando na área da Saúde através dos cursos de Técnico de Ótica Ocular e o curso de Técnico Protésico - prótese dentária. A ETEPA, com 22 anos de experiência e créditos firmados ao nível do ensino profissional, irá também manter a oferta dos cursos de Profissional de Animador Sociocultural e de Profissional de Técnico de Artes Gráficas. As inscrições estão abertas. K

Secundária do Fundão premiada

Regulamento + superior 6 O Ministério da Educação acaba de publicar o regulamento do Programa + Superior para o ano letivo de 2015/2016, informou em nota enviada à imprensa.. Lançada no ano passado, esta iniciativa tem como objetivo atrair candidatos para 13 instituições de Ensino Superior situadas em regiões do País com menor pressão demográfica, atribuindo

ETEPA com cursos na saúde

de Castelo Branco, o Instituto Politécnico da Guarda, o Instituto Politécnico de Portalegre, o Instituto Politécnico de Santarém, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico de Viseu. O programa passa este ano a abranger a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital, do Instituto Poli-

técnico de Coimbra. Na mesma nota o Ministério da Educação e Ciência “reconhece assim o valor e o interesse para o país das ofertas formativas das instituições selecionadas, reforçando a mensagem perante os estudantes e as famílias de que vale a pena investir nestas opções de estudo, ainda que longe dos seus locais de residência”. K

T A Escola Secundária do Fundão ganhou o primeiro prémio no concurso Young Energy Leaders, promovido pela Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior, no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica, aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. O prémio total é no valor de 10 mil e 200 euros, sendo 1200 euros atribuídos à equipa PEACELeaders, coordenada pelo professor Joaquim Guedes e 9000 euros atribuídos à Escola Secundária do Fundão. K

Alunos de Braga no Camboja T Um grupo de alunos do Colégio Luso Internacional de Braga está, durante este mês de julho, numa missão solidária no Camboja como professores voluntários numa escola rural da região. O projeto teve inicio em fevereiro de 2011 e, no âmbito do qual, ao longo dos anos, já viajaram vários alunos bracarenses do ensino secundário do colégio. No Camboja, os estudantes apoiam e ajudam os professores locais, que têm pouco treino e preparação, dando aulas de várias disciplinas. K

016 /// AGOSTO 2015


IP Portalegre

Alimentação saudável envolve pequenos e grandes

Alfabeto do Desenvolvimento

Exposição em Portalegre

6 A exposição ‘Alfabeto do Desenvolvimento’ está patente ao público nos Serviços Centrais do Politécnico de Portalegre (IPP) e na Praça da República, na cidade alentejana, até final de julho. Realizada no âmbito das comemorações do Ano Europeu do Desenvolvimento, com entrada livre, a mostra é composta por painéis organizados alfabeticamente, com fotografia e excertos de textos jornalísticos. “Uma proposta de olhares reflexivos sobre o mundo e também fragmentos diversos sobre a história recente. Cada letra uma porta para um tema, apresentado por

um investigador, um jornalista e um fotógrafo, permitindo cruzar formas diferentes de formar, informar, comunicar, influenciar”, descreve a organização. Em itinerância, esta exposição já passou pela Assembleia da República, estabelecimentos de ensino superior e outros locais, em Portugal e em vários PALOP. Este é um projeto da Associação para a Cooperação entre os Povos, do Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento e da Associação In Loco, que está agora no IPP por iniciativa do Centro de Informação Europe Direct do Alto Alentejo. K

6 O Projeto de Alimentação Saudável, desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Portalegre, está a revelar-se um sucesso. Isso mesmo demonstram as várias atividades realizadas em junho, as quais envolveram crianças de escolas e jardins de infância da cidade de Portalegre, nomeadamente, da Escola do Atalaião, Jardim de Infância da Escola da Praceta e da Escola dos Assentos. Em nota enviada à Imprensa, o IPPortalegre diz que “no sentido de envolver e sensibilizar, os mais pequenos, para a importância de adquirirem hábitos alimentares saudáveis, as crianças tiveram a oportunidade de participar no Atelier de Alimentação Saudável, no Mercado Municipal, nas manhãs dos dias 3 e 17 de junho, onde puderam ouvir falar da importância de comer bem e da prática de exercício físico, desenvolvendo alguns jogos interativos e avaliação do respetivo Índice de Massa Corporal”. A mesma nota de imprensa explica que “as crianças mostraramse participativas e atentas, fazendo perguntas e adiantando respostas e foram colaborando nas diversas brincadeiras propostas, como por exemplo, descobrindo caminhos em labirintos para chegarem aos alimentos mais saudáveis. Tiveram ainda a oportunidade de passar momentos divertidos, conhecendo as bancas do próprio mercado e participaram também na preparação de pratos

saudáveis, como a confeção de uma salada de frutas”. Segundo o mesmo documento, “nos dias 5 e 19 de junho, as atividades passaram por uma visita à Horta Pedagógica na Escola Superior de Saúde de Portalegre. Onde puderam desfrutar de ações na horta, como: regar, semear e plantar os produtos hortícolas, e no final, desenvolveram atividades lúdico-ped-

agógicas alusivas ao tema”. No entender do IPPortalegre, “a Horta Pedagógica é um importante recurso educativo que proporciona às crianças oportunidades para a compreensão da origem dos alimentos, a observação do seu desenvolvimento e dos processos de produção, bem como, o conhecimento dos alimentos hortícolas e da respetiva sazonalidade”. K

Autarquia distingue politécnico

Porto recebe medalha

EST de Setúbal e Ambilital

Protocolos assinados 6 A Escola Superior de Tecnologia de Setúbal acaba de assinar dois protocolos de colaboração com a Ambilital, empresa que se dedica à exploração do sistema integrado de recolha e ao tratamento dos resíduos sólidos urbanos do sistema intermunicipal da Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente (Amagra) no litoral alentejano. Um dos protocolos tem como objetivo a troca de conhecimentos técnicos e científicos entre as entidades, pelo que foram estabelecidas algumas linhas de colaboração relativas à realização de pareceres

técnicos especializados, à promoção de formação técnico-científica e de investigação científica, bem como no âmbito da divulgação dos resultados da cooperação através de conferências, seminários, cursos e visitas técnicas. O outro documento visa a disponibilização de estágios para estudantes e/ou diplomados dos Cursos de Especialização Tecnológica, dos Cursos de Técnico Superior Profissional, dos Cursos de Licenciatura e dos Cursos de Mestrado, por forma a apoiar a sua integração no mercado de trabalho. K

6 O Instituto Politécnico de Portalegre recebeu a mais alta distinção municipal da Câmara do Porto, a medalha de Honra da Cidade, informou a instituição no seu portal. A entrega das medalhas decorreu nos jardins do Palácio de Cristal, numa cerimónia onde marcou presença Rosário Gambôa, presidente do Politécnico do Porto.

Além de apontar o Instituto Politécnico do Porto como um “raio de esperança”, que disse ser comum aos três agraciados com as medalhas mais importantes, Rui Moreira disse que o IPP era ainda um símbolo da importância que a Academia tem hoje para a cidade e que é através dos seus estudantes e de novas famílias que “o Porto se há-de repovoar”.

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AGOSTO 2015 /// 017


Moçambique

Engenharia na África austral 6 A a10ª Conferência Anual de Cooperação Regional, que envolveu instituições superiores de ensino de Engenharias da região austral de África, decorreu entre 8 e 10 julho em Maputo.O evento é uma organização conjunta das Faculdades de Engenharia da UEM, de DarEs-Salaam (Tanzânia) e Makerere (Uganda) e pretendeu ser uma plataforma de troca de experiências em torno de temas específicos e de partilha dos resultados da investigação de modo que estas contribuam para o desenvolvimento da região. A iniciativa contou com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional de Moçambique, Jorge Nhambiu, o qual realçou a importância do evento afirmando que ela constitui uma mensagem inequívoca dos cientistas e engenheiros regionais sobre o compromisso de refletirem e en-

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UEM H

contrarem soluções para os desafios de desenvolvimento impostos pelas realidades de cada país. Segundo Jorge Nhambiu, a ocorrência e descoberta de substanciais reservas de recursos minerais nos países da região constitui uma oportunidade e desafio para a exercitação da capacidade e inteligência local. Afirmou que para se atingir o tão almejado “bemestar”, os cientistas e engenheiros regionais jogam um papel fundamental assumindo o compromisso de de-

senvolvimento sustentável e ambientalmente benigno. Por seu turno, a vicereitora Académica da UEM, Ana Mondjana, apontou a transformação das riquezas nacionais em bem estar dos povos como o principal desafio actual da região. “Este desafio é dirigido à nossa capacidade de formar engenheiros em consonância com as reais necessidades das nossas economias e da economia global, por um lado, e de encontrar soluções inovadoras de engenharia para os problemas do dia-a-dia das

nossas comunidades, por outro lado”, frisou. De acordo com a vicereitora, as recentes descobertas de gás natural, de areias pesadas, de carvão mineral, e de petróleo, em Moçambique e as descobertas de gás natural na Tanzânia e no Uganda constituem exemplos de uma nova realidade regional. Para se fazer face a esta realidade, segundo ela, é necessário a partilha de esforços como cientistas e como instituições de ensino e de investigação. A iniciativa acolheu 130 investigadores seniores e estudantes de pós-graduação. Desde a sua primeira edição, em 2004, este fórum já possibilitou um incremento significativo de docentes, investigadores e estudantes; a partilha de resultados de investigação e a co-supervisão de estudantes de pósgraduação com destaque para as áreas de energias renováveis, entre outros. K

Macau

Tempus & Modus 6 A Escola Portuguesa de Macau acaba de lançar a última edição da revista “Tempus & Mudus”, referente ao período abril-julho 2015. A revista, de 32 páginas, impressas a cores,

aborda diversos assuntos da instituição, como os 100 anos sem orpheu; dia de Portugal e da Escola Portuguesa de Macau; Tempus de Artes na EPM; e a gala de finalistas. K

EPM-CELP H

Moçambique

Pedagogia musical 6 A Escola Portuguesa de Moçambique EPM-CELP encerrou o segundo módulo de pedagogia musical participado pelos docentes da disciplina de Educação Musical e do primeiro ciclo e do pré-escolar do ensino básico, incluindo professores do sistema de ensino moçambicano. A primeira edição desta formação teve lugar em julho de 2014, visando apoiar os docentes na lecionação da música. A ação de formação foi

dinamizada pelo pedagogo musical Jos Wuytak, aplicando uma metodologia ativa e criativa, baseada nas ideias de Carl Orff, de quem foi discípulo e amigo. O princípio da totalidade é a regra-mãe do seu sistema de ensino musical, tripartido nas expressões verbal, musical e corporal, como formas de apreensão e vivência da experiência musical, aglutinando a palavra ao som e ao movimento. K

EPM-CELP

Escola lança revista 6 A Escola Portuguesa de Moçambique (EPM-CELP) acaba de editar a revista “o Pátio”, correspondente aos meses de maio e junho. A revista pode ser vista na página de internet da escola. A expansão da EPM-CELP para a Matola, o testemunho de professores portugueses que, na hora do regresso a casa, falam sobre a experiência de ensinar currículo português no estrangeiro; as

018 /// AGOSTO 2015

atividades escolares de final de ano letivo; a feira de empreendedorismo do terceiro ano do ensino básico, os espetáculos de música; ou a Masterclass e a Audição de Piano, fazem parte desta revista. Uma publicação que aborda ainda o teatro promovido pelos alunos da Sala de Ensino Estruturado e a chegada da exposição científica “Física dia-a-dia”. K


Editorial

Finalmente…. as férias. 7 A educação é um projecto cultural e humanista que a obriga a estabelecer valores e objectivos que toda a comunidade escolar tenta cumprir. Esse esforço exige uma grande abertura aos novos horizontes, às novas solicitações e às novas oportunidades. É por isso que para os educadores a compreensão da mudança de valores que as novas gerações transportam para a escola, deve ser uma das fontes inspiradoras que permita dar sentido ao fazem, clarificando a dimensão ética das suas práticas. A sociedade do século XXI necessita de profissionais que sejam capazes de transformar as adversidades em desafios, e estes em processos de inovação. Profissionais que saibam identi-

ficar as suas características específicas, potenciando-as através da identificação das funções e competências que esse impulso renovador lhes irá exigir. Mas, para que esse investimento pessoal e profissional resulte em eficiência organizacional, torna-se indispensável que se conjuguem cinco condições, ou objectivos básicos de intervenção: 1ª- Conceder aos educadores autonomia de decisão quanto à elaboração de projectos curriculares, a partir de um trabalho sistemático de indagação, partilhado com os seus colegas. 2ª- Prestar especial atenção à integração da diversidade dos alunos, num projecto de educação compreensiva, que atenda às características e necessidades in-

dividuais. 3ª- Manter um alto nível de preocupação quanto ao desenvolvimento de uma cultura de avaliação do trabalho individual e do funcionamento organizacional das escolas. 4ª- Associar a flexibilidade à evolução, face ao reconhecimento que os professores detêm diferentes ritmos para atingirem os objectivos que os aproximem dos indicadores sociais da mudança. 5ª- Manter, finalmente, uma grande abertura às propostas e às expectativas de participação de todos os elementos da comunidade educativa, enquanto condição para promover a ruptura que conduz à renovação. Infelizmente, os tempos que correm não têm permitido alimentar este tipo de optimis-

mos. Razões alheias ao crescimento profissional dos docentes, como o são as ancoradas nas crise demográfica ou nas medidas de política educativa que visam a mudança pela mudança e privilegiam os números e a estatística à promoção do desenvolvimento pessoal dos educadores, continuam a anunciar tempos de ruptura e contestação pouco favoráveis à reflexão serena sobre o futuro da escola. Com o início das férias de Verão, a comunidade escolar prepara-se para entrar num curto interregno, após mais um atribulado ano escolar. Durante o próximo mês não é de esperar qualquer resposta positiva aos problemas que se avolumaram na lista de lamentações dos

professores. Lá para Setembro avizinha-se mais uma abertura de ano escolar com contornos tensos. Que sacrifício ainda falta pedir aos educadores portugueses para que os responsáveis governamentais passem a agir mais com as pessoas e menos contra elas? K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

primeira coluna

Retratos da escola 7 O título desta Primeira Coluna poderia levar-nos a refletir sobre o estado da escola e do ensino no nosso país. Deveria obrigar-nos a pensar o porquê de tantos alunos que concluem o ensino secundário optarem por não entrar no ensino superior. O porquê de milhares de jovens não acreditarem de que possuir uma qualificação constitui uma mais valia para o resto das suas vidas. Ou ainda sobre as contas que as famílias portuguesas com filhos em idade escolar têm que fazer, quer pelo custo do arranque do ano escolar, em setembro, quer pelos valores associados a estudar no ensino superior. “Retratos da Escola” pode-

ria também levar-nos até um outro patamar, o da estabilidade, da colocação de docentes, da responsabilidade da escola e das famílias na formação da sociedade; da burocracia cada vez mais associada ao trabalho dos professores que numa parte substancial do seu tempo são obrigados a ocupar-se com tarefas de preenchimento de formulários em formato Excel; ou da gestão complexa, exigente e necessariamente distante do terreno, daquilo que são os mega agrupamentos criados. Mas qual a imagem que a comunidade tem da escola, da sua instituição, do seu eu? Como retratam os jovens e os menos jovens a sua escola? O

desafio, pertinente, é também ele uma reflexão da escola face às emoções de quem com ela convive, trabalha e aprende. O Concurso Internacional de Fotografia “Fotografa a Tua Escola” que o Ensino Magazine está a promover no seu portal (www. ensino.eu) diz muito de tudo isto. Divido em três seções (Selfies, Retratos da Escola; e Instantâneos da escola), o concurso que tem como parceiros algumas das principais instituições de ensino superior portuguesas (casos dos institutos politécnicos de Castelo Branco, Beja, Guarda, Leiria e Portalegre, e das universidades UBI e UTAD), das escolas portuguesas de Moçambique e de Macau, e

da Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique, reúne já mais de uma centena de imagens aprovadas e que podem ser consultadas no nosso portal. Uma análise às imagens, que a partir de 24 de novembro serão votadas online, permitenos ver a escola e a sua comunidade de um outro modo, mais descontraído e confiante. Afinal, a escola é a instituição a quem entregamos os nossos filhos em grande parte do tempo das suas vidas. É lá que se criam laços, que se comemoram sucessos e se digerem angústias. Mas a escola é mais que tudo isto. São retratos e imagens que nos acompanham para o resto das nossas vidas,

e que ainda nos podem ser enviados até ao próximo dia 20 de novembro, através do endereço eletrónico www.ensino.eu. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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AGOSTO 2015 /// 019


crónica salamanca

Dar clase o ser buen profesor 6 En los últimos días ha caído en mis manos un libro con un mal título (creo yo), que en parte se corrige con el añadido o subtítulo. Pero pienso que la obra guarda gran interés para estudiantes y docentes de la universidad, porque es de plena actualidad el fondo que plantea y propone el ensayo. El autor del mismo es Santiago Petschen, profesor emérito de Derecho en la Universidad Complutense de Madrid, y la obra se titula al completo “El arte de dar clases. Experiencias de los autores de libros de memorias”. Esta editado en 2013. Lo de la recopilación de experiencias escolares y educativas extraídas de libros de memorias escritos por escritores, profesores, investigadores relevantes me parece un acierto, porque tales narraciones nos permiten obtener informaciones valiosísimas en muchos campos, y también una aproximación indirecta a la historia de la escuela de las últimas generaciones, por muy parcial que pudiera ser esa percepción al paso de los años, pues suelen ser obras escritas al final del trayecto vital de cada uno de ellos. Desde esta perspectiva, la comprensión de un personaje de notoria influencia social o cultural a través de su experiencia de vida en el marco de la cultura escolar, primaria, secundaria o superior nos lleva a profundizar más y

mejor en su significado personal, pero también respecto al contexto social y pedagógico en que ha de enmarcarse toda biografía, pues todos somos en gran medida producto del marco social en que nos hemos educado. Muchos de los nombres que desfilan por las páginas de memorias que se recopilan en el libro, desde el perfil de las experiencias escolares recibidas, están a la cabeza de la ciencia, la política y la cultura española contemporánea. Baste mencionar a Francisco Giner de los Ríos, Santiago Ramón y Cajal, Enrique Tierno Galván, Ramón Pérez de Ayala, Corpus Vargas, Federico García Lorca, Alfonso Guerra, Jaime Vicens Vives, Miquel Batllori, Santiago Carrillo, entre varias decenas de las memorias consultadas. Las memorias de vida son, pues, un extraordinario camino de formación de mentalidad educativa, por la riqueza y variedad de experiencias pedagógicas que guardan en su interior. Y en este caso, y es lo que ahora más nos interesa, las memorias transmiten una imagen de los maestros y profesores que “dieron clase” a estos brillantes personajes, autores de sus libros de memorias. En realidad se refieren a su forma de ser maestros o profesores, a ser sus educadores. “Dar clase” es hoy, sigue siendo, una expresión normal entre profesores y estudiantes de nuestras

universidades, pero muy vulgar y anacrónica desde el punto de vista pedagógico, pues guarda todavía enormes resonancias del viejo oficio de dictar que practicaba el maestro o el catedrático (en el español de América , en algunos paises, el profesor universitario “dicta conferencias”, “dicta clase”). En favor del autor del libro, diremos que seguramente optó por esa expresión al escuchar y observar el dia a día de nuestras aulas universitarias. Así, en el mes de septiembre ahora “se dan las primeras clases”, los profesores “dan clase” y por ello les pagan, los alumnos “no dan clase” cuando hacen huelga, “las clases se dan por la mañana o por la tarde”. En portugués observamos algo equivalente, “dar aulas”. Por lo tanto, todo queda dentro del lenguaje usual y de la normalidad. Dar clase es obligación y responsabilidad del profesor universitario, sea o no funcionario, sea o no contratado, y esa es una parte reglamentada de su función y de su contrato. Pero cumplir con los mínimos, en muchos casos es así, solo es una parte de la tarea principal y fundamental del docente, que ante todo debe erigirse en un referente intelectual y moral para sus estudiantes, en un animador del aprendizaje de sus alumnos. Por esto pensamos que no es suficiente con “dar clase bien”. Un profesor puede llegar a

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt

ser un excelente comunicador, un buen conferenciante en sus clases, pero puede no ser un buen profesor, porque le puede fallar la principal, el referente moral. El viejo escritor romano , Cicerón, ya lo decía cuando reflexionaba sobre la formación del buen orador, que habría de ser un “vir bonus dicendi peritus”, un hombre honesto y experto en el hablar, en la comunicación. Ser buen profesor hoy, “dar clase”, es demostrar ante sus alumnos que dispone de recursos didácticos y científicos, pero sobre todo el tipo de valores que defiende, postula y les transmite, casi siempre a través de ese denominado currículo oculto. Lo importante es el SER y no tanto el parecer, lo que nos parece altamente recomendable en una profesión tan cargada de vanidades como es la del profesor universitario.K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Universidad de Salamanca

Laboratorios Daniel Pardo 6 El conjunto de laboratorios de la Sección de Nanoelectrónica del Edificio I+D+i orientada a la investigación en tecnologías avanzadas y compuesta por los laboratorios de Terahercios (THz), de Dispositivos de Radiofrecuencia (RF) y de Células Solares pasará a denominarse “Laboratorios Daniel Pardo”, en tributo al que fuera uno de los impulsores de los estudios de Física de la Universidad de Salamanca. La placa con la nueva nomenclatura fue descubierta hoy por el rector, Daniel Hernández Ruipérez, durante el homenaje póstumo organizado por el Departamento de Física Aplicada de la Universidad de Salamanca en el I+D+i y que contó, además, con la presencia del presidente del Consejo Superior de Investigaciones Científicas,

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Emilio Lora-Tamayo, encargado de impartir la conferencia “Almacenamiento electrónico de la información”. En el acto Mercedes Quintillán González y Olalla Pardo Quintillán, viuda e hija del recordado profesor de la Universidad, estuvieron acompañadas por colegas y discípulos del catedrático entre los que figuraron Tomás González, catedrático de Electrónica de la Universidad de Salamanca y promotor del homenaje; Susana Pérez Santos, directora del Departamento de Física Aplicada de la Universidad de Salamanca; Luis Bailón Vega, catedrático de Electrónica de la Universidad de Valladolid; Francisco Fernández Gonzáles, director del Instituto Universitario de Física Fundamental y Matemáticas; y Javier Mateos, Enrique Velázquez y Yahya Meziani,

de los laboratorios de la sección de nanoelectrónica del Edificio I+D+i de la Usal, entre otras autoridades académicas e institucionales. Daniel Pardo Collantes Daniel Pardo Collantes (19462013), catedrático de Electrónica de la Universidad de Salamanca desde 1983 hasta su jubilación en 2011, fue uno de los impulsores de los estudios de Física en la Universidad de Salamanca y el germen de la actual Área de Electrónica, en la que trabajó promoviendo la docencia y la investigación. Inició una labor investigadora de la que han surgido grupos que a día de hoy poseen un importante reconocimiento tanto nacional como internacional. Fue el responsable del “Grupo de Investigación en Dispositivos

Semiconductores”, reconocido por la Universidad de Salamanca, y el director del “Grupo de Investigación en Dispositivos Electrónicos”, reconocido como Grupo de Excelencia por la Junta de Castilla y León. Director de tesis doctorales, investigador principal de numerosos proyectos nacionales y regionales, autor o coautor de más de 100 artículos en revistas internacionales recogidas en el JCR y de más de 100 comunicaciones en congresos internacionales fue, asimismo, responsable de innumerables materiales docentes y coautor de 4 libros de carácter docente. Desempeñó los cargos de vicedecano de la Facultad de Ciencias desde 1984 hasta 1993 y de director del Departamento de Física Aplicada desde 1997 hasta 2004.K

Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco


CRÓNICA

Cartas desde lá ilusion 7 Querido amigo: Abundando un poco más en mis reflexiones de la carta anterior, creo que uno de los problemas más complejos y difíciles de resolver en nuestro sistema educativo es la dicotomía que se ha establecido entre el “ser” y el “hacer”. Si preguntamos a cualquiera de nuestros colegas educadores, sin duda no habrá nadie que niegue que está trabajando por el “ser” de sus alumnos. Pero, a mi modo de ver, la realidad es diferente: por regla general, trabajamos el “hacer” de nuestros alumnos y la prueba más fehaciente de ello es que el sistema de evaluación está polarizado exclusivamente en el “hacer”, es decir, en la actividad prioritariamente cognitiva (aunque hay que reconocer que, actualmente, la carga de actividad de tipo “práctico” de nuestros alumnos es mucho mayor que la que nosotros experimentamos cuando éramos alumnos no universitarios). Creo que, honestamente, deberíamos aceptar que nuestro sistema educativo nos ha hecho más proclives a la dimensión del “hacer” que del “ser”. Es nuestra herencia desde los planteamientos pedagógicos racionalistas de hace varios siglos (pongamos, desde la Revolución Industrial)... y que no hemos sido capaces de superar y, por consiguiente, de eliminar. Por eso, hemos alentado a nuestros alumnos a estudiar, a aprender, a leer, a escribir, etc., incluso a hacer prácticas. Tal y como están las cosas, creo que no estamos en disposición de cambio alguno. Y creo que el cambio no es posible hasta que no asumamos que una cosa es la actividad a la que sometemos a nuestros alumnos (entre otras cosas, para que “no se aburran” y “no den guerra”) y otra es la actitud que deberíamos fomentar y ayudar a desarrollar por parte de nuestros alumnos. Dicho de una manera más práctica, no es lo

mismo “estudiar” (o sea, la actividad que consiste en abrir el libro de texto y tratar de memorizar lo que en él se ofrece para pasar la evaluación con la mejor calificación posible) que “ser estudioso” (que refleja una actitud que implica plantearse las cosas, planificar, buscar soluciones, probar nuevos recursos, etc.); no es lo mismo la actividad de “aprender” (que, en nuestra práctica educativa equivale a “retener” los contenidos de las “explicaciones” de los profesores o de los libros de texto), que la actitud de “ser aprendiz” (que supone ser capaz de enfrentarse a la incertidumbre, a la búsqueda constante, a la experimentación y prueba de estrategias y procedimientos para llegar a conclusiones adecuadas, etc.); no es lo mismo la actividad de “leer” (lo que está escrito en el libro de texto, o en el/los libro/s que propogan la/el profesora/or) que la actitud de “ser lector” (que implica la búsqueda de aquellas lecturas que más se adecúan a la tarea prescrita o a los intereses propios de cada persona); no es lo mismo la actividad de “escribir” (lo que los profesores dictan o lo que se nos exige en un examen) que la actitud de “ser escritor” (que desarrolla la capacidad de cada uno para hacerse entender desde sus planteamientos y sus presupuestos), etc. Así podríamos seguir desgranando todas las actividades educativas frente a las actitudes que se deberían promover en la educación, tales como: no es lo mismo aprender química o física que comportarse como un químico o un físico; no es lo mismo aprender literatura que comportarse como un literato; no es lo mismo aprender matemáticas que comportarse como un matemático... En el sistema educativo que vivimos, lo más fácil es “prescribir” una actividad (al modo de las recetas médicas que prescriben los

facultativos de la salud); lo más difícil es buscar la manera en que cada uno de nuestros alumnos desarrolle su sensibilidad personal en relación con aquello que les interesa y de lo que son capaces. En definitiva, creo que deberíamos abandonar la

postura maniquea del “hacer vs. ser” y promover en todo momento el talante de “ser para hacer” y “hacer para ser”. Creo que esto merece una reflexión profunda por parte de los educadores. Si esto llegase a fructificar, estaríamos, sin duda, a las puertas del gran

cambio, por encima de las exigencias tecnológicas y de los esnobismos que sin cesar nos abruman. Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad!K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com

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AGOSTO 2015 /// 021


Entrevista

Êxitos dos anos 80 ganham asas com os Corvos

Arlindo Carvalho H

6 Os Corvos convidaram algumas das principais figuras da música portuguesa para um disco de tributo ao pop-rock nacional. Juntos, recriaram êxitos dos anos 80 de Xutos & Pontapés, UHF, Sétima Legião, Delfins e Peste & Sida, entre outras bandas de sucesso. Em entrevista, o grupo de cordas conta como tudo aconteceu. O disco «Corvos Convidam» é dedicado aos clássicos do pop-rock português e conta a participação de várias estrelas da música portuguesa. Como surgiu essa ideia? Todos crescemos a ouvir estas músicas, mesmo pessoas, como nós, que têm uma formação musical clássica. Esta é a nossa homenagem à música portuguesa. Quando a ideia surgiu foi prontamente aceite pelos nossos convidados. Foi uma boa experiência e a reação das pessoas tem sido fenomenal. A lista de temas incluídos no álbum foi a prevista inicialmente? Como calcula, há imensos temas que ficaram por interpretar. Mas esta foi a nossa escolha, contactámos os autores e cantores, que aceitaram logo o desafio. Há, portanto, material para fazer o volume 2, o volume 3… O volume 4, o volume 5... (risos) Tivemos que escolher um número limitado de canções a gravar. Para nós, foi uma honra poder trabalhar com estes autores e cantores fantásticos.

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Acredito que seja interessante fazer uma releitura de clássicos da música portuguesa. Canções dos UHF, Xutos & Pontapés, Peste & Sida, Trovante, Jafumega ou Delfins são revisitadas neste disco. Foi um desafio, mas transportar originais para o nosso universo é algo que já fazemos há algum tempo. Já temos 16 anos de banda e este álbum é também uma comemoração da nossa longevidade. Somos uma banda instrumental e este é o primeiro disco em que colocamos vozes. Além dessas e outras bandas, contou com a consultoria do Maestro Rui Massena. Entre os temas deste disco houve algum que foi mais desafiante? Foram todos complexos e todos fáceis. Os arranjos são compostos e depois testados. É nesses ensaios que as coisas vão sendo construídas, pouco a pouco. Até chegarmos às versões finais.

Os temas de apresentação deste disco são «Memórias de um Beijo», com Luís Represas, e «Remar Remar» com Tim. Que reações têm tido? As pessoas têm dito que gostam muito. Temos bastantes fãs que aguardavam um novo álbum dos Corvos. Felizmente foi possível editar agora. A edição por uma multinacional poderá dar uma nova vida aos Corvos? Acredito que possa dar a conhecer a nossa música a mais pessoas. Ao mesmo tempo, mostrar a quem nos conhece que nós ainda estamos cá, cheios de energia. Qual é o alinhamento dos concertos? O alinhamento concilia músicas que es-

tão neste CD com músicas originais, que é outra vertente da banda. Tentamos fazer um casamento entre as versões de temas muito conhecidos e a música que nós próprios compomos. Ao vivo há sempre momentos de improviso para surpreender as pessoas? Há sempre. Faz parte da nossa irreverência. O público faz com que fiquemos entusiasmados e com vontade de fazer coisas diferentes. K

Entrevista: Hugo Rafael (Rádio Condestável) _ Texto: Tiago Carvalho _

Acredito que o processo criativo tenha demorado alguns meses? Nós até somos mais ou menos rápidos a fazer os arranjos. Mas depois há que conjugar muitos outros aspetos para que os temas sejam reconhecidos pelas pessoas, embora tocados com os nossos instrumentos.

Av. Dr. Abílio Marçal, Lote 1 B 6100-267 Cernache do Bonjardim Tel: 274 800 020 Email: geral@radiocondestavel.pt


edições

Novidades literárias 7

CASA DAS LE-

TRAS. O Dia dos Milagres, de Francisco Moita Flores. O Dia dos Milagres é uma viagem apaixonante aos últimos dias do regime filipino que haveria de baquear no golpe de Estado que iniciaria a dinastia de Bragança. O autor centra a acção em Vila Viçosa, onde viviam os Duques de Bragança, e conduznos por dias de ansiedade vividos entre crenças e superstições, marcados por revoltas e sofrimento, num Portugal traumatizado pela tragédia de Alcácer Quibir, de onde espera que chegue o Rei Sebastião.

PRESENÇA. Cidades de Papel, de John Green. Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e amigos de infância, mas há vários anos que não convivem de perto. Agora que se reencontraram, as velhas cumplicidades são reavivadas, e Margot consegue convencer Quentin a segui-la num engenhoso esquema de vingança. Mas Margot, sempre misteriosa, desaparece inesperadamente, deixando a Quentin uma série de elaboradas pistas que ele terá de descodificar se quiser alguma vez voltar a vê-la.

CHIADO EDITORA. Entre as 9 e as 10, de António Manuel Marques. No dia 4 de janeiro de 1973, seis mulheres ligadas entre si, através de um atelier de costura, divagam sobre o presente e o passado, antecipando a incerteza do futuro. Todas esperam que algo lhes aconteça, sem sinais de que as suas vontades lhes ditem o rumo. As vozes interiores destas mulheres narram a desilusão das suas histórias banais, com alusões ao contexto social e político desses tempos, como a Guerra Colonial, a vigília da Capela do Rato, as agitações estudantis e as cheias de 1967. D. QUIXOTE. Os Voláteis de Fra Angelico, de António Tabucchi. Estão reunidos, neste volume, três pequenos livros do autor, que representam temas recorrentes na sua obra, uma espécie de ruído de fundo que o acompanha: contos interrompidos, situações sem saída, sonhos próprios ou alheios, equívocos e coincidências. Em «Os Três Últimos Dias de Fernando Pessoa», Antonio Tabucchi descreve, numa narrativa imaginária, a morte de um dos maiores escritores do século XX. K

gente e livros

Antonio Tabucchi 7 «A ilha do Pico é um cone vulcânico que emerge de repente do oceano: não é mais do que uma alta montanha abrupta pousada sobre a água. Tem três aldeias: Madalena, São Roque e Lajes; o resto é rocha de lava, onde cresce de vez em quando um raquítico bacelo e alguns ananases silvestres. O pequeno ferry atraca no embarcadouro da Madalena, é domingo e muitas famílias deslocam-se entre ilhas mais próximas com cestos e trouxas. Das canastras saem ananases, bananas, garrafas de vinho, peixes. Nas Lajes há um pequeno museu das baleias e eu quero visitá-lo. Mas a camioneta hoje faz um horário reduzido porque é dia santo, e Lajes fica a uns quarenta quilómetros, na outra extremidade da ilha. Sento-me pacientemente num banco, sob uma palmeira, em frente da estranha igreja do largozinho. Tinha pensado tomar um banho, está um belo dia e a temperatura agradável. Mas no ferry puseram-me de sobreaviso porque perto do rochedo está uma baleia morta e o mar está cheio de tubarões.”» In A Mulher de Porto Pim

Direitos Reservados H Escritor italiano nascido em 1943, em Pisa, Antonio Tabucchi publicou 27 livros, entre romances, contos, ensaios e textos teatrais. Foi um notável autor que viveu durante largos anos em Lisboa, onde foi diretor do “Istituto Italiano di Cultura”.

António Tabucchi foi um especialista em Fernando Pessoa, cuja obra estudou e traduziu. Produziu também vários ensaios sobre este autor português. A Infopédia lembra que, paralelamente à sua atividade de pesquisa e crítica literária, Tabucchi criou “uma notável obra como ficcionista, de onde se destacam Donna di Porto Pim (A Mulher de Porto Pim, 1983), Notturno Indiano (Nocturno Indiano, 1984), Piccoli Equivoci Senza Importanza (Pequenos Equívocos sem Importância, 1985) e Sostiene Pereira (Afirma Pereira, 1994).”. Esta última obra deu origem ao filme com o mesmo nome, realizado por Roberto Faenza e filmado em Portugal. Tabucchi faleceu em Lisboa, a 25 de março de 2012. Em 2001, um artigo que escreveu para o jornal francês Le Monde e traduzido pelo jornal espanhol El País (acerca da liberdade de expressão), fez com que António Tabucchi fosse galardoado com o Prémio de Liberdade de Expressão Josep Maria Llado, na Catalunha, em Espanha. K Tiago Carvalho _

Edições RVJ

Caramulo, monstro fabuloso 7 Aos 100 anos de idade o Cónego José Ribeiro dos Santos tornou-se num dos escritores mais “jovens” do mundo, ao apresentar no passado dia 11 de julho seu livro “Monstro Fabuloso Adormecido, acorda, irrompe e urbaniza…”,sobre o Caramulo. A obra teve a chancela da RVJ Editores, e foi «coordenada» por Luís Costa. A Biblioteca Municipal de Tondela foi pequena para acolher tantos amigos numa cerimónia presidida pelo presidente da Câmara de Tondela. K

Na hora dos autógrafos

O cónego José Ribeiro dos Santos falou sobre a sua obra

O auditório foi pequeno para acolher os amigos

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pela objetiva de j. vasco

press das coisas Márcia - “quarto crescente” 3 Gravado entre Lisboa e o Rio de Janeiro, «Quarto Crescente» tem 11 temas e caracteriza-se por ser marcadamente transatlântico. O novo disco sucede aos aclamados «Casulo» e «Dá», álbuns que tornaram Márcia num dos principais valores da música portuguesa contemporânea. K

Teenage engineering: Pocket operator

7 A Fundação INATEL celebrou no passado dia 18 de julho, em Lisboa, 80 anos de vida muito diversa mas quase sempre em crescendo. Para isso organizou uma “Noite de Luz e fogo”, com a participação de mais de 400 artistas, com destaque para Anabela, Fernando Pereira, João Só, Simone de Oliveira e Yolanda Soares (na foto). K

3 As empresas suecas Teenage Engineering e Cheap Monday lançaram na NAMM 2015 novos sintetizadores portáteis, os Pocket Operators (PO). Compostos por 3 equipamentos com diferentes características, cada um possui sequenciador de 16 passos, seleção de 16 sons e também 16 efeitos. O preço de lançamento é um dos grandes atractivos deste equipamento: estão disponíveis a partir de 70 euros. K

Prazeres da boa mesa

Recheio de Sapateira em Crocante de Fillo 3 Ingredientes (10 pax): 1 Sapateira com Ovas 1 Dente de Alho 1 C. S. de Azeite 2 C. S. Maionese 100g de Rúcula 100g de Raddichio 100g de Alface Romana 1 Cebola pequena 75g de Pickles 10 Folhas de Massa Fillo 150g de Manteiga 3 cl de CR&F Reserva 1 C. S. Salsa Picada Q.B. de Vinagrette Q.B. de Flor de Sal Q.B. de Malagueta Q.B. de Pimenta Preta de Moinho 2 Ovos Cozidos 10 Fatias de Pão de Penha Garcia Q.B. de Grão Seco Preparação: Cozer a sapateira 20ml por KG em água temperada com sal. Depois de cozida arrefecer de imediato em água e gelo com sal. Derreter a manteiga (sem deixar ferver). Separar a gordura do soro eliminando este último. Pincelar com a manteiga clarificada metade da folha de massa fillo. Dobrar. Pincelar novamente metade e voltar a dobrar. Colocar numa forminha antiaderente

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Escolher e lavar as alfaces. Empratamento: Depois de todos os temperos retificados, colocar a forma de sapateira no centro dum prato, encher com o recheio de sapateira e completar com as alfaces e uma tostinha fina de pão de Penha Garcia. Pingar tudo com o vinagrette. Servir! K Chef Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo)

e encher com o grão. Levar ao forno a 180ºC até ficar dourado. Deixar arrefecer e retirar o grão (guardar o grão para outra situação deste género). Picar a cebola, o alho, os ovos, a malagueta e os pickles. Abrir a sapateira e retirar tudo o que é comestível. Misturar com os elementos anteriores. Juntar azeite, a CR&F e a maionese. Retificar os temperos.


cinema

executada pelo notável pianista Martial Solal, num estilo de jazz. Teve êxito apesar de uma estreia modesta mas devido também ao grande apoio da imprensa, consolidando o movimento denominado “Nouvelle Vague”. François Truffaut, a propósito do filme disse ser o que mais gosta dos filmes de Godard. É o mais triste. Como diria Louis Aragon, “intensa, intensa, intensa”. Ganhou o prémio Jean Vigo. Com efeito é herdeira directa de L’Atalante. O filme de Vigo termina com Jean Dasté e Dita Parlo que se abraçam no quarto. Efectivamente, naquela noite geraram um filho: o Belmondo de “A bout de souflle”. Críticos houve que apontaram a Godard (durante mais de trinta anos dirigiu mais de 50 fitas) a utilização de uma liberdade narrativa excessiva, fazendo cortes de maneira anárquica, rompendo a sintaxe cinematográfica tradicional, com uma caótica planificação e cenas muito curtas. “O Acossado” narra as relações entre um pequeno larápio francês, Michel Poiccard, aliás Laszlo Kovacs (Jean-Paul Belmondo) e uma aspirante a periodista norte americana, Patricia Franchini (Jean Seberg) que vende o “New York Herald Tribune”, num constante vai e vem pelas ruas de Paris. Destaque-se as longas sequências entre eles, em especial aquela em que Patricia chega ao hotel, depois de passar a noite com outro, para se encontrar com Poiccard que na sua cama utiliza um falar insolente, bem na tradição de Chandler/Hammett/Spilane, conversa de duro, depois brincam, ela lê uma frase da novela de William Faulkner “Palmeiras Bravas”, e acabam por fazer amor,

tudo dentro de uma narração, repita-se como um filme negro, pois comserva o essencial do classicismo do estilo. É evidente que “O Acossado” é também uma homenagem ao cineasta Jean-Pierre Melville que dirigiu alguns policiais de origem francesa e dos quais já amplamente aqui abordamos, que participa no papel de Parvuleco e obviamente do cinema norte americano e às suas películas “The harder they fall” (1956), de Mark Robson e “Westhound” (1959) de Budd Boetticher. Numa reviravolta também ela clássica, não só Patricia Franchini denuncia o seu amante à polícia, como um passeante,

vivido pelo próprio Godard, reconhece Michael por uma fotografia no diário “France Soir”, o que origina a sua morte: ao tentar fugir à polícia é abatido em plena rua. Um final completamente diferente da história de Truffaut, que disse que Godard escolheu um final violento “porque ele era mais triste que eu. Quando fez este filme estava realmente desesperado e sentia a necessidade de filmar a morte”, acrescentando porém que “gostei muito do final e do resultado da película”. (Na história de Truffaut o filme terminava com Michel passeando pela rua e à medida que passava as pessoas iam olhando, como se fosse uma

estrela, porque a sua fotografia estava na primeira página dos vespertinos) Este filme influenciou muitos daqueles que trabalham no cinema. Hollywood sempre atenta, através do cineasta Jim McBride realiza uma curiosa versão norte americana “Breathless” (O Último Fôlego, 1983), com Richard Gere e que serviu de trampolim para o lançamento de Valerie Kaprisky. Como filme será lembrado por ser uma adaptação da história de Truffaut e do argumento de Godard. Bem, e pela Kaprisky. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ com Joaquim Cabeças _

Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _

7 Em 1959 o general De Gaulle forma um novo governo e escolhe para ministro da Cultura o escritor André Malraux (A Condição Humana, Quando os Robles se Abatem, memórias com e sobre De Gaulle), antigo combatente na China e Indochina, com as tropas comunistas, na Guerra Civil de Espanha, ao lado dos republicanos e na Resistência, foi ministro da Informação do governo provisório em 1945, e da Cultura de 1958 a 1969. Entre as suas primeiras medidas neste cargo destaca-se uma lei para ajuda ao cinema que, resumindo, atribuía automaticamente um subsídio às películas dirigidas por um estreante, em suma, um subsídio às primeiras obras. Esta lei, cujo objectivo era o de reanimar uma indústria que tardava a arrancar no pós guerra, porque refém de um grupo de realizadores de uma certa idade, mas que, apesar de tudo, as filmagens decorriam em estúdios, com base em sólidos guiões escritos por competentes profissionais. Porém, com este diploma, entre os finais dos anos cinquenta e princípios dos sessenta, iniciam-se na sétima arte mais de cem realizadores, cujos resultados são muito discutíveis. O melhor exemplo de películas originais, ao abrigo desta nova lei é “A bout de souffle” (O Acossado, 1959), filme rodado com um orçamento muito baixo (45 milhões de francos antigos), sem guião, apenas com páginas escritas dia após dia por Godard, sobre uma história original de François Truffaut, com uma técnica documental baseada na improvisação, inspirada pelo filme negro norte-americano, com equipa reduzida e cenários de interiores e exteriores naturais, servidos por uma banda sonora

H naomepoupee.wordpress.com

O Acossado, de Godard

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Quatro rodas

Uma questão de liderança

c Em qualquer manual de liderança, podemos constatar que uma das fórmulas para que um líder se possa impor como tal, é a sua capacidade para conseguir diferenciar os seus liderados e estabelecer estratégias de actuação adequadas a cada um dos segmentos que conseguiu identificar. O sucesso do líder será tanto maior quanto a sua capacidade para segmentar bem o seu grupo e implementar estratégias correctas em cada segmento que conseguiu identificar. Uma atitude adequada do líder, consegue manter cada segmento devidamente motivado e assim tirar o máximo partido das suas capacidades. Em oposição aos líderes, temos os chefes que nunca chegarão a líderes porque lhe falta audácia. Nunca arriscam nos segmentos com mais capacidade por medo de que o seu crescimento na organização lhes retire protagonismo, optando por tratar todos da mesma forma. Não sendo naturalmente reconhecidos pelos liderados, correm no entanto o risco de caírem numa qualquer “revolução”. Mas então, qual o porquê de tanta

prosápia sobre estratégia de liderança? Efectivamente estes conceitos aplicam-se em organizações empresariais, no futebol, no ensino, em grupos de voluntários e especialmente na política. Ocorreu-me, no entanto, a associação destes conceitos ao mundo automóvel quando, durante uma viagem recente pela Europa, me deparei com o

sinal de trânsito que motiva esta crónica. Claro que nem todos os agentes, que utilizam nossa rede viária têm as mesmas capacidades e, talvez uns pudessem circular com uma velocidade superior à de outros. Talvez uns nem devessem conduzir de noite. Alguns não necessitariam mesmo de circular a determinadas velocidades, enquanto para algumas empresas (logo para o País) poder circular a 130 Km/h pudesse representar ganhos importantes. Haveria pois muito trabalho para segmentar todos os utilizadores das vias públicas e legislar de acordo com as suas capacidades. Seria uma tarefa, de todo em todo, impossível nos nossos dias. Mas, se não começamos a dar pequenos passos nunca lá chegaremos. Este exemplo de limite de velocidade diferenciado, de acordo com a meteorologia é sem dúvida um excelente primeiro passo. Todos concordarão que andar a 120 km/h nas nossas auto-estradas, em piso seco e com um carro fabricado nos últimos 8 anos é quase sempre motivo de monotonia. Concor-

darão também que o risco aumenta e muito, quando chove e certamente não é desadequado limitar a circulação a 110 Km/h. Aqui fica pois a sugestão para que comecemos a implementar, sem medo, ideias novas que permitam “acelerar o País” quando for possível e limitar quando for adequado. Vamos liderar, também aqui. K Paulo Almeida _

setor automóvel Mercedes-Benz GLC já disponível

Citröen C5 com novos motores diesel

3 Os representantes da marca germânica em Portugal contam com um novo modelo. O Mercedes-Benz GLC, que substitui o GLK já pode, a partir de agora, ser encomendado. As primeiras unidades do modelo chegarão a Portugal em setembro e, para já, a única motorização em comercialização é o GLC 250 d 4MATIC com um valor a partir de 55 450 euros. Este 250d 4Matic possui 204 cv e 500 Nm. O 220d 4Matic com 170 cv e 400 Nm será outra motorização Diesel que o SUV terá. As versões 4x2 da gama GLC deverão ser introduzidas no mercado em 2016. K

3 A Citroën lançou novos motores a gasóleo 2.0 BlueHDi com versões de 150 e 181 cv, certificados com a norma ambiental Euro 6, no Citroën C5 e no C5 Tourer, com a opção de uma caixa manual de seis velocidades, ou automática EAT de seis relações. A Citroën traz mais novidades, nomeadamente upgrades estéticos nos modelos citados, como jantes de 17” e 18”, ou ainda a disponibilização da cor castanho Moka. No interior, o C5 ganha um novo ecrã tátil de 7 polegadas, com um GPS com grafismo tridimensional, que permite operar o interface multimédia com USB,streaming de áudio e telefone com função mãos-livres. K

VW lança série Up Alive 3 A Volkswagen acabou de lançar uma série limitada dedicada aos festivais de verão. A versão chama-se Up Alive e é baseada no Move Up 1.0 de 75 cv de quatro portas, sendo disponibilizado com o sistema de navegação “Maps & More”. Este sistema integra módulo com ecrã tátil com GPS, dispositivo de mãos livres e leitor mediaplayer. A série, de caixa manual e consumo médio anunciado de 4,1 l/100 km e emissões de CO2 de 98 g/km, está limitada a 40 unidades e tem um preço de 14 456 euros mais taxas administrativas. K Publicidade

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