outubro 2015 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No212 Distribuição Gratuita
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universidade
UBI com metas para o futuro
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Leiria conta com 83 alunos chineses politécnico
Alunas da Guarda premiadas no Challenge C
telma monteiro em entrevista
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Ensino Magazine em Madrid e no México C
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«O desporto torna-nos melhores cidadãos» francisco moita flores, escritor e ex-inspetor da pj
O explicador da Justiça pub
A pretexto de mais um livro que edita, Moita Flores pronuncia-se sobre o estado da Justiça e não poupa a classe política. Considera a língua de Camões o maior ativo de Portugal entregue à Humanidade e lamenta que a Escola não seja assumida como pilar na organização e do projeto de país que queremos. C
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Francisco Moita Flores, escritor
O explicador da Justiça 6 A pretexto de mais um livro que edita, Moita Flores pronuncia-se sobre o estado da Justiça e não poupa a classe política. Considera a língua de Camões o maior ativo de Portugal entregue à Humanidade e lamenta que a Escola não seja assumida como pilar na organização e do projeto de país que queremos. Como escritor, oscila entre a ficção e o ensaio. Agora nesta última pele escreveu «Teoria da Investigação Criminal – A Arte de Ser Detetive». Pretendeu com este livro elaborar um breve guia prático para “formar” leitores detetives? A «Arte de Ser Detetive» não é tanto um guia prático. É, antes, sobre a compreensão dos métodos e dos instrumentos científicos que constroem a investigação criminal. Todos nós vivemos fascinados por mistérios, alguns deles do universo criminal, e gostamos de resolvê-los. Com este ensaio procuro levar aos leitores o conjunto de atos fundamentais que têm de ser realizados para que o mistério seja decifrado. A investigação criminal vive tempos di-
fíceis no nosso país devido à escassez de meios? Não. A escassez de meios não é argumento. Como se extrai do livro, o grande segredo da investigação criminal é a acumulação de informação sobre crimes, sobre criminosos, sobre maneira de actuar, sobre a história do crime. É este imenso «arquivo» vivo, feito de papéis e da memória dos seus profissionais a arma mais poderosa para combater o crime. Ora, em 2000, um Parlamento semi-analfabeto decidiu pulverizar este tesouro, transformando todas as polícias, fossem de segurança, fossem de mera fiscalidade, em órgãos de polícia criminal. Ao todo julgo que são 23 instituições que, agora, dividem esta tarefa e a informação. Sem contactos, em concorrência, com meios dispersos, empobrecendo esse tesouro. O fim desse disparate legislativo, criando uma única polícia de investigação criminal, seria um enorme passo para tornar à multiplicar a eficácia. Acompanha o fenómeno da polícia e das polícias há 35 anos. O descontentamento que existe nas forças da autoridade
pode dar origem a reações descontroladas e a que o poder político não está preparado para responder? Não creio em reações descontroladas, tipo sublevações ou apontar as armas ao poder. Porém, o desprezo de governos sucessivos para com as forças de segurança entrou no território da humilhação. Não espantará que diminua a motivação, que aumente o protesto sindical, que cresça o descontentamento dos profissionais. Porém, o problema é o outro: É inacreditável que o poder não conheça esta realidade. Veja-se a última campanha eleitoral. Nem uma palavra sobre Justiça nem sobre Segurança. A sua participação no programa «Casos de Polícia», na SIC, deu o pontapé de saída para falar de assuntos de justiça na TV, marcando uma viragem nas relações entre a polícia e a comunicação social. Sente-se, de alguma forma, um percursor? Um percursor forçado. As televisões privadas tinham arrancado. O interesse pelos temas de sociedade aumentaram e, na altura, Emídio Rangel informou a PJ que
iria fazer um programa chamado «Casos de Polícia». E convidava-nos para estar presentes, sublinhando logo que a nossa ausência não significaria o fim do projeto. Foi decidido pelo ministro Laborinho Lúcio e pelo Director da PJ, Dr. Mário Mendes, que deveríamos estar presentes. Ao menos poderíamos apresentar os nossos pontos de vista. Fui eu o escolhido para a função. Dito isto, percebe-se que os verdadeiros percursores foram Laborinho Lúcio e Mário Mendes que intuíram que com a multiplicação dos órgãos de comunicação social nada seria como dantes. A Justiça, como pilar do Estado de Direito, deve estar na comunicação social, sem subterfúgios, ou deve situar-se à margem, até para não expor as suas fragilidades? Claro que deve estar na comunicação social. Os Tribunais são instituições democráticas e transparentes. Nada ali se passa de clandestino. A cultura, ainda dominante, do amor ao silêncio vem de uma longa história de indiferença que só contribui para lançar dúvidas sobre o sério e honesto trabalho que ali é feito. ;
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feriado. Uma infâmia! Ponho as coisas nestes termos. Hoje, falam português cerca de 250 milhões de pessoas. É o maior ativo que Portugal entregou à Humanidade. Se não tivesse havido o golpe vitorioso referido, hoje a nossa Língua teria a dimensão do basco ou do catalão porque seria uma segunda Língua, e Portugal uma província espanhola que falava dominantemente castelhano. É esta Pátria imensa de que falava Pessoa. Quanto à soberania, hoje não é diferente de ontem. Fomos sempre mais instrumento dos poderosos do que donos dos nossos destinos, com algumas exceções históricas.
O crime e a Justiça nunca tiveram tanta visibilidade como agora. Como comenta a proliferação de crimes de natureza passional e de carater fútil? Parece que matar tornou-se algo banal… A visibilidade do crime está associado ao interesse editorial, e do público, por estes temas. Não significa que a criminalidade aumentou. Daí que as recorrentes notícias sobre violência doméstica não sejam uma novidade criminal. São a expressão visível de atos criminosos que durante décadas viveram escondidos e presos a preconceitos de ordem moral e cultural.
É presidente da Sociedade da Língua Portuguesa. Recentemente escreveu o seguinte: «Um governo culto perceberia que cada tostão gasto a divulgar o português é um investimento no futuro», referindo-se ao desprezo pela cultura e pela língua de Camões. Um povo inculto e amorfo é um povo menos reativo à mudança?
A Justiça portuguesa tem sido sujeita a múltiplas provas de vida. Resistiu ao processo Casa Pia. Resistirá se o ex-primeiro ministro, José Sócrates, não for condenado no seguimento da investigação da «Operação Marquês»?
É um povo menos reativo à necessidade de crescer mais, de competir mais, de assumir com consciência os seus atos individuais e coletivos. Enquanto a cultura for tratada como um epifenómeno, e não como estrutura essencial do desenvolvimento, não passaremos desta cauda da Europa, subdesenvolvidos e submetidos.
A Justiça não depende de casos isolados. São milhares de casos que constituem o universo judiciário. Se, de um momento para o outro, o sistema entrasse em falência seria por não aplicar sentenças, acórdãos em todos os tribunais do país. A verdadeira Justiça, ao contrário do que é divulgado, não se esgota na decisão de um procurador ou de uma polícia. Apenas fazem parte de um caminho que tem como destino o julgamento, aí sim, o verdeiro lugar onde se percebe que este processo foi justo ou foi ineficaz. Sobre os timings da Justiça, é comum ouvir-se falar em «cabalas» e que «não há coincidências». Existe politização e/ou partidarização da Justiça? São lugares comuns de quem procura coincidências, cultiva conspirações e gosta de soltar a imaginação. Não creio nessa partidarização da Justiça. Na sua coluna dominical no «Correio da Manhã» escreveu um artigo a que deu o nome de «Democracia algemada». É o povo que ainda tem as chaves para libertar o regime? Será sempre o povo. Mas um povo com memória, com leitura crítica da vida, que não se submeta aos mecanismos de tutela e caciquismo gerados pela perpetuação dos mesmos poderes. Foi autarca em Santarém. A política deixou-lhe saudades ou saiu desiludido, convicto que é um território para profissionais? O serviço público como autarca deixou-me saudades. É uma atividade muito intensa e que exige muito de qualquer cidadão com essas funções. Da política, não. Nem saudades, nem boas lembranças. É um território de fraca gente, minada por interesses pessoais, onde vale tudo, desde a ausência de carácter até à ausência de escrúpulos. A política pode ser mais agressiva do que a polícia? É muito mais agressiva e sem regras. As piores pessoas que conheci, ao longo da minha vida, amorais e sem pingo de princí-
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pios, estão no jogo político-partidário. Prendi centenas de criminosos. Muitos por crimes horríveis. Nunca conheci nenhum que fosse tão amoral como meia dúzia ou uma dúzia de tipos que encontrei na política. No seu último romance, «Dia dos Milagres», faz uma viagem aos últimos dias do regime filipino, que terminaram a 1 de de-
zembro de 1640. Neste momento, faz mais sentido do que nunca falar-se em soberania ameaçada, com Bruxelas e Berlim a ditarem, em grande medida, o nosso rumo? O 1 de dezembro de 1640 é uma data fundadora, infelizmente, muito maltratada pela política caseira. A Esquerda via nela um símbolo do Estado Novo. A Direita assassinou o
CARA DA NOTÍCIA 6 Francisco Moita Flores nasceu a 23 de fevereiro de 1953, em Moura. É escritor, investigador, antigo inspetor da Polícia Judiciária durante 12 anos nas brigadas de furto qualificado, assalto à mão armada e homicídios e ex-presidente da Câmara Municipal de Santarém. Mas foi a ligação à área da investigação policial e da Justiça que o lançou para o primeiro plano. A participação no programa «Casos de Polícia», na SIC, que marca uma nova era nas relações entre polícia e comunicação social. Mais tarde foi comentador televisivo em casos hipermediatizados, como Casa Pia e o desaparecimento de Madeleine McCain. Dirigiu a equipa que identificou e trasladou os mortos do cemitério da Aldeia da Luz, antes de ficar submerso pelas águas do Alqueva, uma das operações científicas mais impressionantes dos últimos anos. Licenciado em História na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, desenvolveu atividade como docente no ensino secundário e mais tarde no ensino superior. Foi distinguido, em 2009, Grande Oficial da Ordem dos Infante D. Henrique. Nos últimos anos tem-se dedicado quase exclusivamente à escrita, tanto de obras literárias, como de guiões para séries televisivas, cinema e teatro. «Ballet Rose», «Capitão Roby», «Alves dos Reis», «A Ferreirinha» e «Pedro e Inês» são alguns dos seus mais aclamados guiões. «O dia dos milagres» e «Teoria da investigação criminal» são os dois livros mais recentes. Escreve todos os domingos uma coluna no Correio da Manhã chamada «Impressão Digital». K
No que diz respeito à educação, e servindo-se da sua experiência como docente universitário, é notório que se progrediu, mesmo sem ovos para omeletes, no ensino superior e na investigação, mas que no primeiro ciclo e ensino secundário as carências e fragilidades, tanto de alunos como de professores, são imensas. Para quando um sistema de ensino, em todos os patamares, capaz, competitivo e que forneça as bases para uma progressão académica sólida e sustentada? Quando a Escola for conscientemente assumida como objetivo fundamental na organização do Estado e do projeto de país que queremos. Não vai ser nos próximos anos. Não temos cultura cívica, nem democrática para chegar a este objetivo com convicção. Quer no que respeita aos dirigentes, quase todos meros gestores de rotinas, todos eles incapazes de pensar um Portugal culto, porque eles próprios são incultos. As universidades escapam a este pesadelo porque vivem num outro universo de desafios onde o conhecimento e o saber são fator de aproximação à escala mundial. Uma pergunta final para concluir esta nossa entrevista. Este país, onde nasceram os seus três filhos e os seus três netos (o seu maior legado, como faz questão de enfatizar) tem futuro? Claro que tem futuro. Tem oito séculos. Sobreviveu a todas as tempestades e tormentos. Temos uma identidade própria e uma forma de estar que com mais pobreza ou menos pobreza, sabemos sobreviver à (des)esperança. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
Internacionalização e dinamização Minha UBI está online
Ano Zero arranca na UBI
T Está online a “minha.ubi. pt”, rede de intranet da UBI destinada a todos os estudantes, professores e funcionários da academia, que pretende optimizar meios, tempo e comunicação interna da Universidade. Basta autenticar-se uma vez para ter acesso a todas as aplicações. Cada membro da universidade autenticar-se-á através do seu email e password e, a partir daí, terá acesso a todos os serviços reservados da UBI, nomeadamente, e-mail, calendário, livro de endereços, balcão virtual, Moodle, biblioteca, área reservada, entre outras, conforme a tipologia de público a que pertença (corpo docente, não docente ou de estudantes). K
T A UBI conta com 94 alunos inscritos no ano zero, cujas atividades foram iniciadas a 8 de outubro. Os alunos que irão frequentar o ano podem ainda preparar-se para os exames nacionais de física e química e matemática, através das unidades curriculares criadas especificamente para este efeito. O vice-reitor para o Ensino, João Canavilhas, não esconde a satisfação pelo número de inscritos “que superou largamente as expectativas, mas que se compreende pelo elevado número de alunos que, apesar de terminar o 12º ano, fica sem condições de ingresso no ensino superior devido às notas baixas nos exames”. Foi precisamente para estes alunos que a UBI criou o Ano Zero. K
UBI investiga cereja
Aveiro: conflitos na escola
T A Câmara do Fundão vai financiar três projetos de investigação da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI) que têm como objetivo analisar os benefícios do consumo da cereja e cujos resultados preliminares deverão ser conhecidos até final do ano. A confirmação é do presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes. Segundo dados avançados pela autarquia este ano, o concelho produz quase 6000 toneladas de cereja, um valor que corresponde a mais de metade da produção nacional. Existem cerca de 300 produtores que no período da colheita empregam cerca de 2000 pessoas. K
T A Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro (Unave), realiza, de 2 a 11 de novembro, uma formação em relacionamento e gestão de conflitos nas escolas. Destinada a educadores de infância, professores do 1º, 2º e 3º ciclos e ensino secundário, a formação intitulada ‘Relacionamento e gestão de conflitos na escola’, consta de 25 horas presenciais, em horário pós-laboral (18h30 – 22h30), pretendendo acompanhar os agentes educativos e motivá-los para construírem relações de qualidade, tanto no contato que estabelecem com os seus alunos como com os próprios colegas de trabalho. K
AAUBI homenageada T A Associação Académica da UBI foi homenageada na última gala do Desporto Universitário por ter sido uma das estruturas fundadoras da Federação Académica do Desporto Universitário. A cerimónia decorreu na Aula Magna da Universidade de Lisboa no início deste mês e contou 250 convidados de todo o país. A homenagem insere-se nas comemorações dos 25 anos da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), tendo sido entregue o Galardão Prestígio a 25 personalidades e instituições que fizeram parte da fundação. K
Europeia acolhe sírios T A Universidade Europeia acaba de receber cinco estudantes sírios no seu Campus da Pontinha, assumindo e providenciando o financiamento dos seus estudos superiores, em Gestão e Turismo. O protocolo de cooperação que permite esta ação foi assinado pelo antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, responsável pela Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência aos Estudantes Sírios, e pelo Reitor da Universidade Europeia, Professor João F. Proença, perante uma plateia de mais de 600 “caloiros” da instituição, durante a cerimónia de acolhimento aos novos alunos. K
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As metas da UBI
6 O reitor da UBI quer ver a instituição mais internacional, mas também próxima da região, com atividades juntos dos jovens em idade escolar e através do Centro de Competências de Cloud Computing. António Fidalgo apontou estas metas na cerimónia de Abertura do Ano Académico, a 7 de outubro. “Iniciamos o ano académico de 2015/2016 animados e felizes com a elevada taxa de colocação de alunos nas 1.ª e 2.ª fases dos Concurso Nacional de Acesso”. Com os 220 alunos internacionais, e sem contabilizar a 3.ª Fase do Concurso Nacional, a UBI ultrapassou as 1.240 vagas disponibilizadas para os 29 cursos de 1.º Ciclo e Mestrado Integrado e o reitor não passou ao lado da importância da estratégia de atrair universitários, em especial nos países lusófonos, que contribuíram também para que as licenciaturas com poucos candidatos subissem nas colocações. “Acredito que quanto mais plural e diversa for a proveniência geográfica e cultural dos nossos alunos, mais a UBI será atrativa, não só para eles, mas também para os jovens nacionais. Teremos uma comunidade e uma cidade muito mais cosmopolitas, e isso será uma enorme riqueza e motivo de maior atratibilidade da nossa universidade”. Esse trabalho “é de longo fôlego”, acrescentou, pedindo de seguida o “empenho continuado e persistente de todos”, nomeadamente da reitoria, de faculdades e departamentos, “num forte espírito de internacionalização”.
Para o ano letivo em curso, António Fidalgo quer continuar a fortalecer a identidade da UBI, através da página web da universidade e das ferramentas online. O site – que foi alvo de uma remodelação total em 2015 – é tido como “ao nível do melhor que se faz em todo o mundo”, a personalização dos e-mails dos alunos com nome próprio e a intranet, são disso exemplos. No mesmo dia da sessão solene entrou em funcionamento a “minha.ubi.pt”, que permitirá o acesso aos vários serviços e informações da instituição a toda a comunidade ubiana. O próximo ano letivo também trará uma estrutura, que é mais do que uma unidade de I&D. António Fidalgo não deixou de destacar o Centro de Competências em Cloud Computing (CCC), que marcará os próximos anos no plano da investi-
gação e dinamização do tecido empresarial da região. UBI, Data Center da Covilhã e empresas na área das TIC e de serviços de nearshoring instaladas nesta zona do País são a base do CCC, que pretende atrair os melhores profissionais. É assim que cumprirá o desígnio que o reitor reafirmou na cerimónia. “Queremos fazer parte da elite mundial na área do cloud computing, como queremos contribuir aqui no terreno, através da experiência pioneira da cloudificação de uma Comunidade Intermunicipal, para modernização administrativa da região e assim servir de modelo à administração pública no geral. O desafio é grande, bem o sei, mas tenho a confiança de que teremos a força e a sageza para o realizar”, salientou. K Rodolfo Pinto Silva _
Estudantes Internacionais
UBI duplica alunos 6 Estão já matriculados 32 dos 36 angolanos que vão estudar em áreas técnicas, sobretudo de engenharias ou ciências, na sequência de um protocolo que entre a UBI e o Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos de Angola (INAGBE). O organismo governamental financia os estudos em Portugal e o seu país receberá mais tarde quadros qualificados nas áreas de engenharia, tecnologia e saúde. Avança assim a estratégia de internacionalização da UBI, no âmbito da qual foram estabelecidos contatos no estrangeiro, criados sítios Internet específicos para informar potenciais candidatos de fora de Portugal e a aceitação de candidaturas com base no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
no caso do Brasil. O plano incluiu contatos com embaixadas de países de língua oficial portuguesa para que fossem criadas bolsas para os estudantes que viessem para a UBI. “Angola é o melhor exemplo do sucesso desta iniciativa, daí que tenhamos um grupo de 36 estudantes. Será o primeiro, pensamos nós, de outros que virão nos próximos anos”, refere João Canavilhas, vice-reitor com as pastas do Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais. Quanto a outros países dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), os candidatos da Ilha do Príncipe podem aceder a um conjunto de bolsas que têm o apoio da Câmara da Covilhã. No
caso de Moçambique as bolsas são do Instituto Camões e os provenientes de Cabo Verde chegam ao abrigo de regimes especiais, que já existiam. Quanto ao Brasil, cuja comunidade de universitários na Covilhã é a mais significativa, a divulgação da UBI é feita através da chamada Rede UBI, “um conjunto de colégios brasileiros que funciona como ponto de informação da UBI no Brasil e cujos alunos beneficiam de descontos no alojamento nas residências universitárias”, explica João Canavilhas, lembrando que uma destas escolas, de Porto Alegre, trará em novembro 10 potenciais estudantes para conhecer a Universidade. K Rodolfo Pinto Silva _
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UBI
UBI e CCDRC assinam
Olha a Academia Júnior
6 Mostrar como funciona a Universidade da Beira Interior e desenvolver o gosto pela atividade científica nos estudantes do 12.º ano. São estes os objetivos da Academia Júnior de Ciências, cuja segunda edição começou este mês. Depois do sucesso da primeira, os participantes deste ano têm expetativas e motivação em alta. Os laboratórios e salas de aula da Universidade da Beira Interior (UBI) voltam a receber os alunos do Ensino Secundário de seis escolas da região. A segunda edição da Academia Júnior de Ciências (AJC) pretende abrir horizontes no campo da ciência a 24 estudantes do 12.º ano e mostrar como funciona a Universidade. Pela frente, o grupo tem um ano de aulas teóricas e práticas, sessões laboratoriais e palestras, entre outras, de matemática, física e química, interligadas com áreas como a informática, a biologia ou a engenharia. Do programa consta ainda uma viagem
a Lisboa, ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência. No final, espera-se que os objetivos voltem a ser conseguidos, como aconteceu no ano passado “A ideia é justamente que nesta simbiose, nesta ligação entre a Universidade e as escolas secundárias da região, prestarmos o serviço de mostrar aos jovens que se distinguem, sobretudo na área das ciências exatas, o que é a universidade”, explicou
António Fidalgo, reitor da UBI. Tal como no ano passado, os alunos foram selecionados pelos estabelecimentos de ensino, o Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, Escola Secundária Quinta das Palmeiras e Escola Secundária Campos Melo (Covilhã), Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral (Belmonte), Escola Secundária do Fundão e o Agrupamento de Escolas de Gouveia. K
Departamentos
UBI elege presidentes 6 A eleição para a presidência de 14 departamentos da Universidade da Beira Interior (UBI) resultou na mudança de nove responsáveis. A ida às urnas decorreu no dia 15 de outubro, em simultâneo com a eleição dos representantes dos estudantes nos conselhos de Faculdade e Pedagógico de Faculdade e Senado. Na Faculdade de Artes e Letras (FAL), o Departamento de Comunicação e Artes, que era dirigido por Manuela Penafria, passa a ser presidido por Gisela Gonçalves. Quando ao Departamento de Letras, Paulo Osório mantém-se no cargo. Na Faculdade de Ciências (FC), a renovação fez-se em dois dos três departamentos: na Química, Maria Costa Ismael passa o testemunho a José Almeida de Figueiredo, e Ana Santos Carapito foi eleita no de Matemática, onde estava Hélder Soares Vilarinho. Na Física, continua Luís Maia Amoreira. Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), os quatro departamentos que a integram vão ter novos presidentes: Ciências do Desporto, que era presidido por Daniel Almeida Marinho, passa a ser liderado por
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Kelly Serrano O’Hara; na Sociologia, a transição faz-se de Nuno Cavaca Augusto para Nuno Amaral Jerónimo; em Gestão Economia, Alcino Pinto Couto substitui Susana Garrido Azevedo; e, no de Psicologia e Educação, onde desempenhava a presidência Maria Jesus Simões, terá agora como responsável Marta Pereira Alves. As mudanças na Faculdade de Engenharia (FE) abrangem os departamentos de Engenharia e Civil e Arquitetura, com a entra-
da de Cristina Sena Fael para o lugar de Paulo Maia de Carvalho, e Informática, onde Hugo Carriço Proença foi eleito para o departamento que era presidido por Luís Almeida Alexandre. Em Ciências Aeroespaciais, Ciência e Tecnologias Têxteis e Engenharia Eletromecânica, mantêm-se, respetivamente, Francisco Proença Brojo, Rui Lopes Miguel e Fernando Charrua Santos. A tomada de posse dos Presidentes de Departamento realizase amanhã, quinta-feira, dia 22 outubro. A cerimónia terá lugar na Sala do Senado, na Reitoria, às 14h30. Nas eleições de quinta-feira, os estudantes elegeram os seus representantes no Senado, um por cada faculdade. Foram escolhidos Rui Gonçalves de Jesus (FAL), Andreia Pereira Alves (FC), Luís Gonçalves Silva (Faculdade de Ciências da Saúde), Diogo Mendes Gonçalves (FCSH) e Gil da Graça Dias (FE). Nos Conselhos Pedagógicos de Faculdade elegeram-se seis estudantes e quatro representantes dos alunos nos Conselhos de Faculdade. K Rodolfo Pinto Silva _
Centro de competências com luz verde 6 Depois do adiamento de agosto, está oficializado o início do Centro de Competências em Cloud Computing que se destina a investigar e transferir conhecimento nas várias áreas abrangidas pela computação na nuvem. Assegurado está o financiamento de 1,5 milhões de euros através de fundos comunitários geridos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Desta vez, e ao contrário do que aconteceu em agosto, o documento prevê o financiamento de 1,5 milhões de euros disponibilizados por fundos comunitários, criando condições para que a UBI centre a investigação científica, inovação tecnológica e desenvolvimento social e económico da região. O CCC surge na sequência do desafio lançado pelo Governo para que três instituições do Interior do País – UBI, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e Universidade de Évora – fizessem nascer estruturas que acrescentassem inovação a sectores económicos das suas áreas de influência. A UBI, dada a proximidade com o centro de dados construído pela PT e empresas tecnológicas instaladas na região, avançou com a área do Cloud Computing. Ana Abrunhosa justificou o
apoio ao CCC precisamente por assentar nessa base. “Não tivemos dúvidas em relação a este centro, pelas competências que a Universidade tem, pelas infraestruturas tecnológicas que são importantes que esta região tem e pelo cluster de indústrias que existe neste domínio”, disse a responsável. Sem se referir ao adiantamento da assinatura do memorando, cuja versão inicial António Fidalgo se recusou a assinar, por não incluir o financiamento de 1,5 milhões, tal como acontecia com os centros das congéneres da UBI, Ana Abrunhosa disse que “o dinheiro nunca foi problema” e congratulou-se pela conclusão do processo. O Centro de Competências deixa cair a designação de Cloud Computing e Saúde, mas nem por isso esta área deixa de integrar o trabalho que será desenvolvido. O CCC terá uma amplitude mais vasta, abrangendo ainda os serviços partilhados, nearshoring, e a administração pública, como explicou o reitor da UBI. Neste campo da modernização administrativa, irá ser desenvolvido um projeto piloto com a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE). K Rodolfo Pinto Silva _
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Cátedra com chancela
UTAD ganha Unesco 6 A UNESCO acaba de aprovar a candidatura da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para a criação de uma cátedra em ‘Geoparques, Desenvolvimento Regional Sustentado e Estilos de Vida Saudáveis’. Esta cátedra visa criar uma rede inovadora e integrada de pesquisa, ensino, transferência de conhecimento e comunicação e dar formação aos agentes de desenvolvimento dos territórios, a fim de aumentar a consciencialização da sociedade para as suas temáticas. “Esta nova cátedra UNESCO coloca a UTAD, a Região e Portugal na linha da frente no que respeita à formação avançada no domínio dos geoparques e dos estilos de vida saudáveis”, salienta Artur Sá, coordenador da nova cátedra e docente do Departamento de Geologia da UTAD. A nova formação internacional conta com a colaboração de uma equipa multidisciplinar do Centro de investigação em Geociências, de Tecnologias Agroambientais e
Biológicas e do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento. Oferece oportunidades de formação avançada a alunos de mestrado e doutoramento em temáticas como Geoparques, Património Geológico e Geoconservação, Geoturismo, Educação para o Desenvolvimento Sustentável, Desenvolvimento Local, Dinâmica Económica e Coesão Socioterritorial e Estilos de Vida Saudáveis. “Esta oferta educativa apostará fortemente na mobilidade e na investigação prática aplicada aos territórios”, explica Artur Sá. Vai ainda criar uma plataforma de “educação integral e transformadora, incorporando as prioridades e linhas orientadoras da UNESCO, abordando questões críticas para a sociedade, como as alterações climáticas, a redução do risco de desastres naturais ou a preservação dos recursos naturais da Terra, para motivar os cidadãos a adotar estilos de vida sustentáveis e saudáveis”, acrescenta o coordenador do projeto. K
Fotossíntese nas plantas
Coimbra em estudo inovador
6 Após cinco anos de complexos estudos e mais de 30 milhões de horas de cálculo em supercomputadores europeus, uma equipa internacional de cientistas, na qual participam investigadores do Departamento de Física da Universidade de Coimbra, conseguiu simular o processo de captação de luz da gigantesca estrutura de moléculas – a “antena” designada por “Light-Harvesting Complex II” – envolvida no primeiro passo da fotossíntese nas plantas. Os resultados da pesquisa, já publicados online, e que serão a manchete de uma próxima edição da revista Physical Chemistry Chemical Physics, são importantes para “perceber como a Natureza resolveu o problema de captar e utilizar a energia do Sol. E fê-lo de uma forma extraordinariamente eficiente... muito melhor que os atuais painéis fotovoltaicos”, avança o coordenador da equipa portuguesa, Fernando Nogueira.
Neste estudo, os investigadores identificaram, através de um cálculo sem precedentes, quem faz o quê nesta gigante e intrincada espécie de rede de clorofilas: “só uma molécula de clorofila tem o papel principal na estrutura do fotossistema. Todas as outras funcionam como antenas de captação de energia, transferindo-a de imediato para a molécula central que é onde se dão os passos seguintes do processo”, relata
o especialista em Física Computacional da UC. A forma como se processa a transferência de energia para o centro da reação é ainda um enigma para os cientistas e, por isso, “perceber como é que estas antenas transmitem a energia para a molécula central do fotossistema é o próximo passo da investigação. Recolhemos uma enormidade de informação que é necessário destrinçar”, afirma Fernando Nogueira. K
Doença de Machado-Joseph
Minho identifica fármaco
Modelos 3D para auxílio a cirurgias
UTAD cria tecnologia 6 As cirurgias veterinárias estão mais facilitadas com o desenvolvimento da prototipagem rápida, uma tecnologia usada para fabricar objetos físicos a partir de projetos virtuais. Antes da cirurgia e recorrendo a imagens da estrutura óssea do animal em causa, é hoje possível construir “protótipos virtuais tridimensionais (3D) das estruturas ósseas” e, posteriormente, conceber “protótipos físicos” em plástico termorresistente, o que permite ao cirurgião proceder a uma “simulação cirúrgica, rigorosa e em tempo útil, com diminuição significativa do risco transcirúrgico e melhorando o bem-estar pós-cirúrgico nos animais”. A conclusão é da investiga-
ção de mestrado de João Bordelo, aluno da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro (UTAD), cujos resultados deram origem a uma start-up, a NewMedTech, que apresenta vários protótipos virtuais e físicos para estudo précirúrgico. Intitulada “Aplicação da tecnologia de prototipagem rápida no estudo pré-cirúrgico em ortopedia veterinária” a dissertação de mestrado em Medicina Veterinária incluiu um estágio desenvolvido em centros de referência de medicina veterinária em Paris, onde foi avaliada a utilidade da aplicação desta tecnologia em casos clínicos de ortopedia veterinária, com tratamento cirúrgico complexo. K
6 Uma equipa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho identificou um fármaco, o citalopram, para o tratamento da doença neuro-degenerativa de Machado-Joseph. Os testes em ratinhos confirmaram melhorias significativas na coordenação dos movimentos e no equilíbrio. A próxima etapa é o estudo clínico em humanos. O trabalho liderado por Patrícia Maciel acaba de sair na revista “Brain”. A doença de Machado-Joseph, atualmente incurável, é causada pela mutação do gene ATXN3, que provoca um mau funcionamento dos neurónios e leva os portadores a terem problemas de coordenação de movimentos, equilíbrio, articulação na fala e deglutição dos alimentos. Os sintomas agravam-se com o tempo, levando o doente a usar cadeira de rodas e,
finalmente, a ficar acamado. Os cientistas da Universidade do Minho fizeram uma pesquisa abrangente de mais de 600 fármacos já aprovados para uso em humanos e disponíveis no mercado. O citalopram é geralmente usado como antidepressivo e um potente supressor da agregação e da toxicidade da proteína mutan-
te no sistema nervoso. Os efeitos daquele fármaco foram observados quer no modelo transgénico da doença de Machado-Joseph, através do verme C. elegans, quer num modelo da doença em ratinhos. “Os ratinhos responderam muito bem ao tratamento, apresentando melhorias significativas ao nível da coordenação motora e de outros sintomas associados”, refere Patrícia Maciel. Estes resultados promissores apontam assim, como novo alvo terapêutico, a via da serotonina, que é uma espécie de mensageira entre os neurónios, regulando aspetos como a depressão, a tensão, o humor, o apetite e o sono. O estudo demonstra ainda que a estratégia de descobrir novos usos para fármacos já disponíveis pode ser útil no caso das doenças raras. K
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OUTUBRO 2015 /// 07
Doença da próstata
Acordo de cooperação
Évora e Cambridge juntos
6 A Universidade de Évora (UE) assinou com o “Cambridge Language Assessment” e o “English Exam Centre” um protocolo de cooperação. A UE é assim a primeira universidade portuguesa a assinar um acordo deste género com a Universidade de Cambridge. O protocolo que estabelece “um quadro de colaboração no aconselhamento relativo à língua inglesa para estudantes da Universidade de Évora e para os habitantes da área em geral” vai permitir a certificação do nível de domínio de língua inglesa aos estudantes da UE, bem como à população de todo o sul do país. A assinatura foi feita durante o Dia Europeu das Línguas. Uma iniciativa promovida pelo Centro de Línguas da Escola de Ciências Sociais da UE, uma unidade que se encontra centrada nas vertentes de ensino de línguas estrangeiras (incluindo o português
como língua não-materna), tradução e assessoria linguística. Aquele centro tem como atividades principais a promoção de cursos de língua; a certificação de competências em línguas; a oferta de ações de formação, seminários e oficinas na área das línguas; a prestação de serviços
de tradução e de consultoria linguística à comunidade académica e civil; a cooperação com outros centros de línguas, nacionais e estrangeiros, na conceção de cursos de línguas em ambiente de e-learning; e a oferta de cursos de línguas em rede, entre outras atividades. K
Professor de Aveiro defende
Refugiados para o Interior
6 As regiões mais envelhecidas do país podem beneficiar com o acolhimento de refugiados da guerra Síria. A receber os migrantes, a faixa do interior do país de Trás-osMontes ao Alentejo, onde há regiões que estão entre as dez mais envelhecidas da Europa, “pode ver revertida a tendência com o facto de os refugiados serem maioritariamente constituídos por casais jovens, muitos com filhos, contribuindo diretamente para um maior equilíbrio entre os grupos etários dos mais idosos e os dos mais jovens”. A opinião é de Carlos Jorge Silva, especialista em estudos demográficos da Universidade de Aveiro, que, para ajudar a contornar a crise de natalidade, aponta
08 /// OUTUBRO 2015
ainda que Portugal poderia receber cinco vezes mais do que os 4500 refugiados previstos. “Se pensarmos que 4500 pessoas representam apenas 0,04 por cento da população portuguesa atual, estamos a falar de uma gota de água no oceano”, aponta Carlos Silva, coautor do livro “A Demografia e o País: Previsões Cristalinas sem Bola de Cristal”, que, lançado em setembro, prevê que a faixa do interior do país, de Trásos-Montes ao Alentejo, a manterse a atual tendência da evolução do índice de fecundidade em Portugal e não havendo migrações, pode perder em 2040 um terço da população atual. A “verdadeira ‘sangria’ de popu-
lação ocorreu por via da saída massiva do país, sobretudo dos cerca de 100 mil jovens por ano”. Portanto, a crise demográfica portuguesa “é apenas marginalmente contrariada pela entrada de um número de refugiados na ordem de grandeza que tem sido referida nos media”. “Quanto às regiões de destino [dos refugiados a acolher em Portugal], julgo que a questão não deve ser apenas aritmética: será necessário inventariar os equipamentos, infraestruturas e serviços de interesse público disponíveis em cada uma e articular a oferta atual com a procura expectável, derivada do novo fluxo de população, com as características etárias conhecidas”, aponta Carlos Silva. K
UBI descobre prevenção 6 A equipa de investigadores do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, liderada por Sílvia Socorro, acaba de publicar um novo estudo sobre a possibilidade da proteína regucalcina (RGN) prevenir a evolução de doenças da próstata, nomeadamente o cancro. No estudo, publicado na revista Translational Research: The Journal of Laboratory and Clinical Medicine, os investigadores demonstraram que em condições normais a expressão da RGN decresce marcadamente na próstata de ratos idosos. Os níveis aumentados de RGN na próstata
promoveram o aumento das defesas antioxidantes, e preveniram a resistência à morte celular e a proliferação celular descontrolada em animais envelhecidos, características igualmente encontradas em casos de cancro da próstata. Aqueles investigadores já tinham estabelecido a função da Regucalcina na regulação da sobrevivência e proliferação celular na próstata, e haviam demonstrado a sua sub-expressão em casos de cancro da próstata. Agora avaliaram o efeito desta proteína no processo de envelhecimento, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do cancro da próstata. K
Com 200 mil euros
Investigação da UBI revoluciona imagem 6 Uma equipa de docentes da Universidade da Beira Interior, liderada por Manuela Pereira de Sousa, vai receber cerca de 200 mil euros da Fundação para a Ciência e Tecnologia para desenvolver o projeto EmergIMG - Representação e Compressão das Modalidades de Imagem Emergentes, que visa a conceção de uma estrutura de representação e avaliação de qualidade das novas modalidades de imagem com base nas tecnologias relacionadas com a micro e nanofotónica. A nanofotónica poderá ser o próximo passo da fotónica. A fotónica permitirá a criação de computadores milhares de vezes mais rápidos do que os computadores clássicos ou computadores de eletrões. A principal diferença entre um computador fotónico e um computador de electrões é que o primeiro não transmite os dados através de materiais sólidos (ex: semi-condutores, condutores), mas através de um feixe de luz (laser). As tecnologias relacionadas com micro e nanofotónica permitem novas características e capacidades em dispositivos de imagem digital que possibilitam uma representação mais fiel do
mundo. Alguns exemplos chave são as câmaras e displays HDR, dispositivos de “light-field” e microscópios holográficos que permitem novas modalidades e perspetivas de aquisição, manipulação e visualização. Estas modalidades de imagem, mais ricas, transportam obviamente mais informação que as imagens típicas, requerendo que a representação, modelação e codificação sejam repensadas. Atualmente, para imagens plenópticas e holográficas, não existe nenhuma norma e a JPEG lançou recentemente uma atividade no sentido de normalizar este tipo de informação visual. Pretendese ainda o desenvolvimento de novos modelos de compressão de imagem direcionados para estes tipos de informação que possibilitem funcionalidades como manipulação de imagem, metadata, acesso e interação de imagem e gestão da privacidade e segurança associadas à imagem. Este projeto conta com a participação de António Pinheiro e Paulo Fiadeiro, do Centro de Óptica da UBI, em colaboração com docentes do IT associados ao IST (Lisboa) e ao ISEC (Coimbra). K
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4,5 milhões para as Terras de Sicó
Politécnico de Leiria coordena estratégia 6 Ana Lopes, Ana Sargento, Eduarda Fernandes e Jacinta Moreira, docentes do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) e investigadoras do Centro de Investigação em Gestão para a Sustentabilidade (GIGS), formam a equipa de coordenação do projeto ‘Terras de Sicó – Estratégia de Desenvolvimento Local’, aprovado pela Comissão de Avaliação de candidaturas ao Desenvolvimento Local de Base Comunitária, e contemplado com cerca de 4,5 milhões de euros, no âmbito do quadro comunitário 2014-2020. “A verba que a Associação Terras de Sicó irá gerir no apoio a projetos de desenvolvimento local será certamente determinante para o crescimento dos concelhos que fazem parte da Região de Sicó”, referiu Ana Sargento, coordenado-
ra do GIGS. Já Ana Lopes, também investigadora do CIGS e coordenadora do projeto, agradeceu “a oportunidade de contribuir para a melhoria das condições de vida da comunidade que nos é próxima”. O trabalho consistiu na elaboração de uma estratégica de desenvolvimento local para o território de Sicó, bem como na definição dos correspondentes programas de ação e de investimentos e modelo de governação. O território “Terras de Sicó” situase na região centro do país, englobando a totalidade da área dos municípios de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela, Pombal e Soure, em torno do maciço da Serra de Sicó, somando uma área total aproximada a 1500 quilómetros quadrados. K
cINEMA DE TURISMO
Leiria ganha no Festival Internacional 6 ‘FishTour – Uma experiência única na rota da sardinha’ é o tema do documentário, produzido e realizado pelo Instituto Politécnico de Leiria, que conquistou o prémio atribuído na categoria Special Award by Festival Director no Festival Internacional de Cinema de Turismo, que decorreu em setembro, em Zagreb, na Croácia. Para o diretor do Festival, o documentário FishTour foi considerado o melhor filme entre os mais de 600 que estiveram a concurso. A obra pretende criar um impacto na sociedade, tendo como finalidade a criação das condições para o desenvolvimento de um produto turístico único e inovador associado à sardinha de Peniche, e que relaciona a Biologia Marinha, as Pescas e o Turismo. Além do documentário, que permite ao espectador conhecer a arte de pesca da sardinha, o público interessado pode acompanhar ao vivo a pesca do cerco em alto mar e a degustação de menus, tendo por base a sardinha. Este projeto de investigação, desenvolvido pelas unidades de investigação associadas à Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar - Grupo de Investigação em Turismo e Centro de Ciência do Mar e do Ambiente. “Trata-se de uma experiência marítimo-turística inovadora, que permitirá aos turistas acompanha-
Politécnico de Leiria
83 alunos são chineses 6 O Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) conta este ano com 83 novos estudantes chineses de Macau, Pequim e Sichuan, reforçando o seu papel pioneiro nas relações com a China, pois atingiu o maior número de estudantes chineses em simultâneo, para estudar nas escolas superiores de Educação e Ciências Sociais, e Tecnologia e Gestão. Na sessão de boas-vindas, o diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Rui Matos, destacou que a parceria entre o IPLeiria e a China já remonta a 2006, realçando o número cada vez mais elevado de estudantes chineses que o IPLeiria recebe. “Acreditamos que o número aumente, e no espaço de um ou dois anos esperamos receber 150 estudantes anualmente”. Pedro Martinho, diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, lançou o repto para que os estudantes recém-chegados voltem mais tarde a Leiria para fazer mestrado. E o coordenador do curso de Administração Pública da ESTG, Eugénio Lucas, salientou a influência do Direito português em Macau, de como “funciona” em Portugal e na Europa, destacando que “a estada em Portugal pode ser muito enriquecedora a nível profissional”. Os 83 estudantes chineses provêm da Beijing Language and
Culture University, de Pequim, do Instituto Politécnico de Macau, do Chengdu Institute – Sichuan International Studies University, de Sichuan/Chengdu, e do Hainan Foreign Language College of Professional Education, e ingressam nos cursos de Língua e Cultura Portuguesa, de Tradução e Interpretação PortuguêsChinês/Chinês-Português, de Língua Portuguesa Aplicada, e de Estudos Chineses, Portugueses e Ingleses, na Superior de Educa-
ção; bem como no curso de Administração Pública, na Superior de Tecnologia e Gestão. Já nuno Mangas, presidente do IPLeiria, dirigiu-se aos estudantes chineses, referindo que “Leiria está a uma hora de distância de Lisboa, com aviões diários para várias capitais europeias” e deixou um conselho: “Não deixem de conhecer o nosso país e a Europa, pois pode ser útil para a vossa vida profissional. Bem-vindos e sintam-se bem em Leiria”. K
Tourism Innovation Competition
Leiria na final
rem em alto mar, ao vivo, trabalho dos pescadores na pesca da sardinha com a arte tradicional de pesca do cerco”, refere João Costa, coordenador do projeto. O projeto FishTour gerou condições para alargar a oferta de atividades marítimo-turísticas e de animação turística, criando uma nova oportunidade de negócio com características e valências únicas, associando a Biologia Marinha e o Turismo, e promovendo simultaneamente a beleza natural e os recursos marinhos de Peniche, valorizando a atividade piscatória e a restauração local. K
6 Fabiana Baumann, estudante do mestrado em Marketing e Promoção Turística da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria (ESTM/IPLeiria), é a autora de um dos projetos finalistas do concurso mundial Tourism Innovation Competition, promovido pelo The Lisbon MBA e pelo Turismo de Portugal. No seu trabalho, a estudante consegue recolher fotografias partilhadas na rede social Instagram por turistas que visitaram Lisboa, e analisa o seu conteúdo, determinando os locais, as vivências e as imagens que mais marcam os turistas que escolhem a capital portuguesa. “O objetivo do projeto é comparar as fotos dos turistas com as imagens que são disseminadas pelo Turismo de Lisboa, e estabelecer relações entre conteúdos, que nos permitam afirmar
se existe ou não uma relação entre os motivos de interesse em Lisboa que a entidade oficial
dissemina, e aqueles que são mais atraentes para os turistas”, explica Paulo Lourenço, docente da ESTM/IPLeiria e orientador do projeto de Fabiana Baumann. O trabalho, coorientado por Sofia Lopes, implementa uma metodologia de análise de conteúdo gerado por turistas, nomeadamente imagens digitais. A aplicação de recolha de informação do Instagram foi desenvolvida com o auxílio de Rui Chagas. O concurso mundial de Inovação em Turismo visa premiar a solução mais inovadora para medir o comportamento dos turistas nos países e/ou cidades que visitam. A principal finalidade da competição é ajudar a projetar o comportamento dos turistas, ao mesmo tempo que se promove a inovação, o empreendedorismo e a partilha de conhecimentos na área do turismo. K
OUTUBRO 2015 /// 09
Portalegre: Dicionários em exposição
comunicações, além de docente no Politécnico de Leiria. K
T O Instituto Politécnico de Portalegre tem patente ao público, até ao dia 3 de dezembro, uma exposição de Helena Freire Cameron. A mostra a inaugurar no dia 28 de outubro, tem como tema “Dicionários de Língua Portuguesa ao longto dos tempos: do manuscrito ao digital”. K
Coimbra debate envelhecimento
Leiria: obra e pós-graduação
Portalegre assina com o Brasil
Ensino dá acesso ao IPP
6 O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) acaba de assinar um acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), entidade governamental que supervisiona o acesso ao ensino superior no Brasil, e passa a reconhecer oficialmente o exame nacional do ensino médio do Brasil (ENEM) equivalente ao ensino secundário em Portugal - para ingresso nos
seus cursos de licenciatura. O acordo foi assinado no dia 8 de outubro pelo presidente do IPP, que se deslocou a Brasília, acompanhado pelo coordenador de Relações Externas e Cooperação, para esse fim específico, conforme exigido pelo INEP. O IPP passa, assim, a ser uma das 8 únicas instituições de ensino superior portuguesas a reconhecer, de forma oficial, o ENEM como habilitação de acesso
às suas licenciaturas. A instituição espera, por essa via, ser capaz de atrair mais estudantes brasileiros para um ciclo completo de estudos. Atualmente, já frequentam o IPP estudantes de várias zonas do mundo, ao abrigo do recém-aprovado estatuto do estudante internacional, constituindo agora esta possibilidade devidamente oficializada de captação de jovens brasileiros uma aposta da instituição. K
Ensino Magazine vai lá estar
Enove+ em Ponte de Sor
6 O Instituto Politécnico de Portalegre promove, nos dias 18 e 19 novembro, em Ponte de Sor, a oitava edição da Feira de Emprego e Empreendedorismo (ENOVE+). A iniciativa decorrerá no Centro de Artes e Cultura da Ponte de Sor. O Enove + assume-se como uma montra da inovação desenvolvida por empresas, instituições públicas e privadas e por pessoas que devem ser destacadas pela positiva, incentivando a mais e novas ideias de negócios. Na sequência das edições an-
Livro no politécnico de Leiria
teriores, o Ensino Magazine, volta a associar-se a este evento, com
a distribuição gratuita de jornais, e com um expositor. K
Concurso nacional
Coimbra vence Poliempreende
6 A equipa do Politécnico de Coimbra foi a vencedora do Concurso Nacional Poliempreende, tendo recebido a distinção no 2.º Congresso do Poliempreende, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria. A vitória foi conseguida com o projeto BeeAway, de-
010 /// OUTUBRO 2015
T ‘Talas e dispositivos de compensação na reeducação do membro superior’ é o tema do novo livro da autoria de António Duarte, João Paulo Torres, docentes da Escola Superior de Saúde de Leiria, e de Marco Mendonça e Stephanie Rodrigues, recém-licenciados do curso de Terapia Ocupacional, o qual foi apresentado a 9 de outubro, na Biblioteca José Saramago, em Leiria. A nova obra conta com a parceria da editora Papa-Letras e da Escola Superior de Saúde, que realizou no mesmo evento a sessão de abertura da primeira edição da pós-graduação em Terapia da Mão, formação que visa o desenvolvimento de competências específicas de gestão clínica de disfunções da mão, com o recurso pedagógico de modelos de raciocínio clínico compatíveis com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde. K
senvolvido pela docente do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Cristina Agreira, pelos alunos Rafael Mendes, Mickael Graça e Diogo Esteves, finalistas da licenciatura em Engenharia Eletromecânica naquela instituto, e por Ana Sançana, diplomada em Engenharia Agropecuá-
ria pela Escola Superior Agrária de Coimbra e colaboradora na Cooperativa Lousamel, que se constituiu como entidade parceira. O projeto consiste num dispositivo inovador no mundo da apicultura, que pretende proteger abelhas e apicultor aquando da extração do mel. K
T ‘Sequências perfeitas para sistemas de comunicação’ é o título do livro de João Pereira, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, que foi apresentado a 8 de outubro, na Biblioteca José Saramago, em Leiria. A obra destaca os atuais sistemas de comunicação Code Division Multiple Access (CDMA) e Optical Code Division Multiple Access (OCDMA), que utilizam conjuntos matemáticos de sequências, com boas propriedades de autocorrelação e correlação cruzada. Doutorado em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade de Coimbra, João Pereira é investigador do Instituto de Tele-
T O enquadramento atual das doenças transmissíveis na pessoa idosa (incidência e vigilância), as respetivas especificidades clínicas e os custos para o Sistema Nacional de Saúde são assuntos em debate no 6º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra organiza no próximo dia 28 de outubro, a partir das 9h30, no Polo B, em S. Martinho do Bispo. No colóquio será apresentado um olhar d’ “Os media no contexto das doenças transmissíveis”, título da comunicação a proferir por Bento Rodrigues, jornalista e pivô do canal de televisão SIC, que se associa a este debate numa mesa-redonda a partir das 11h15. K
Caixa agrícola distingue Nota 20 T A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo distinguiu seis alunos, entre o 7.º e o 12.º ano, pelo desempenho escolar alcançado no ano lectivo 2014/2015 e anuncia a continuidade do programa Nota 20 para este ano lectivo. A nível nacional estão a ser premiados 120 alunos pelos bons resultados escolares, num montante total de 25 mil euros. O programa Nota 20 atribuiu aos 20 melhores alunos de cada ano escolar, desde o terceiro ciclo ao ensino secundário e clientes do Crédito Agrícola, prémios monetários com valores entre os 100 e os mil euros. Promover o desenvolvimento da cultura de mérito e valorizar o esforço e o desempenho individual, criando estímulos para os alunos, é o objectivo do Crédito Agrícola com a implementação deste Programa que continuará ativo no ano letivo 2015/2016. K
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Guarda
Toponímia em debate
6 Na Guarda vai realizar-se no próximo dia 30 de outubro, um novo Fórum sobre Toponímia, organizado pelo Instituto Politécnico. “O Novo Regulamento de Toponímia da Guarda”, “As práticas lúdico-desportivas e a Toponímia”, “Da Toponímia da Guarda: a Praça de Luis de Camões”, “A importância da Toponímia nos levantamentos Arqueológicos”, “A toponímia da cidade da Guarda em Manhã Submersa e Estrela Polar, de Vergílio Ferreira”, “Toponímia da Guarda” e “Des/Re)territorialização” são algumas das comunicações agendadas. Com esta iniciativa o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) pre-
tende contribuir para um melhor conhecimento das localidades do distrito, dos valores históricos, culturais, sociais, religiosos e políticos a ela associados através da toponímia. Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) em http://www.ipg.pt/toponimia/ Os trabalhos vão decorrer no auditório dos serviços centrais do Instituto Politécnico da Guarda. O programa deste Fórum inclui ainda a apresentação do livro “Desafios e Constrangimentos do Estudo da Toponímia - Intervenções e contributos”, que integra algumas das comunicações de anteriores eventos. K
Psicologia do Desporto
Jornadas na Guarda 6 No Instituto Politécnico da Guarda vão decorrer, a 6 e 7 de novembro, as XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto. Estas Jornadas pretendem ser um momento de encontro e salutar convívio de todos os que se interessam pela Psicologia do Desporto: investigadores, técnicos de desporto e de exercício físico, professores, desportistas, estudantes, psicólogos e público em geral. As Jornadas vão proporcionar uma abordagem integrativa procu-
rando, discutir e debater, especialmente, a investigação que está a ser produzida neste domínio, bem como todo um conjunto de aspetos inerentes aos contextos comportamentais, com o objetivo de potenciar reflexões críticas e de deixar contributos que visem melhorar as diversas intervenções. As XVI Jornadas da Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto estão creditadas em 2.9 UC para Treinadores de Grau II e Técnicos de Exercício e Diretores, na componente de Formação Geral. K
IPG
Design em exposição 6 Na Galeria de Arte do Paço da Cultura da Guarda está patente, até 8 de Novembro, uma exposição de trabalhos dos alunos do terceiro ano da Licenciatura em Design de equipamento do Instituto Politécnico da Guarda. Estes trabalhos foram desenvolvidos, no ano letivo 2014/15, Publicidade
no âmbito dos projetos Estrela nature+design+craft e Brinquedo de Madeira. Os trabalhos procuram soluções, sob a forma de produtos e serviços capazes de contribuírem para o fortalecimento das comunidades criativas da região da Serra da Estrela. K
IPG brilha no University Challenge 2015
Alunas distinguidas
6 Um grupo de alunas da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) ficou entre os cinco finalistas do Prémio Nacional EDP University Challenge 2015. A divulgação dos resultados e a entrega de diplomas teve ontem lugar em Lisboa. Tratou-se de uma iniciativa da EDP – Energias de Portugal, SA que teve por objetivo contribuir para o desenvolvimento da excelência na formação académica complementar de estudantes ao nível da licenciatura, pós-graduação e mestrado. Assim, pretendeu-se premiar as vertentes académicas e científicas dos trabalhos apresentados pelas equipas que responderam a este desafio, ao mesmo tempo que se procurou promover
uma maior interligação entre as universidades e o mundo empresarial. Este ano, o University Challenge desafiou a comunidade académica de todo o país a juntar-se à EDP na missão de dar expressão prática à assinatura que serve de base ao plano de expansão hidroelétrico “Uma barragem, um futuro melhor”. O grupo da ESECD/IPG que apresentou o projeto “Sabor + Terra comVida” foi constituído pelas alunas Ana Andrade, Daniela Cardoso, Sofia Costa e Mariana Carvalho, as quais foram acompanhadas pela Profª Regina Gouveia. Este projeto, que ficou entre os cinco finalistas, estava relacionado com empreendedorismo jovem e a prática da agricultura biológica na Região do Baixo Sabor.
Para estas alunas foi bastante gratificante ter chegado a esta fase. Daniela Cardoso referiu que “neste grupo de cinco finalistas estavam presentes alunos da Universidade Católica e do ISCTE, entre outras conhecidas instituições de ensino superior. O facto de o Instituto Politécnico da Guarda estar presente é sinal de que estamos ao mesmo nível e a nossa formação é de qualidade e dá-nos possibilidade de competirmos seja com quem for”. Sofia Costa, outra aluna que integrou este grupo finalista, comentou que “foi muito bom termos conseguido chegar a esta fase, em Lisboa, apresentarmos o nosso projeto e representarmos o IPG, chegando à plataforma dos cinco finalistas.” K
Investigação no IPg
Sexualidade do idoso
6 Uma professora da Escola de Enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está a desenvolver, a partir da Escola Superior de Saúde (ESS) do Instituto Politécnico da Guarda, uma investigação centrada na “Sexualidade do Idoso”, destinada à sua tese de doutoramento. A escolha do Politécnico da Guarda resultou de contatos que teve, anteriormente, com uma docente da Escola Superior de Saúde do IPG. “O Politécnico da Guarda tem toda a estrutura necessária para desenvolver o meu trabalho”, referiu-nos Renata Jabour Saraiva, que está já a tentar, juntamente com o vice-presidente do IPG, Pedro Cardão (responsável pelas Relações Internacionais), o intercâmbio “para outros colegas brasileiros da Escola de Enfermagem Anna Nery”. Esta docente brasileira diz
ser “uma privilegiada por ser tão bem recebida” e pelo facto de lhe terem sido viabilizadas “entrevistas e o conhecimento de centros de dia, onde pode ter contato com os idosos e prosseguir com a investigação” destinada à tese de doutoramento. “Está a ser maravilhoso, tenho
todos os suportes, não só estrutural, como também afetivo da parte dos portugueses”. No Politécnico da Guarda vai estar durante três meses, período de tempo que vai aproveitar para “saber como é aqui a consulta de enfermagem em relação à abordagem da sexualidade do idoso”. Sobre a cidade da Guarda tem uma apreciação muito positiva, manifestando a sua satisfação em conhecer uma nova cultura. “É muito diferente. A cultura que nós aprendemos noutro país não tem preço, mesmo porque em línguas mães, em pátrias tão parecidas às vezes temos dialetos tão diferentes. E isso é muito importante para nós, não só na graduação, como também na pós-graduação. Está sendo benéfica a minha vinda; já está sendo muito gratificante”. K
OUTUBRO 2015 /// 011
Telma Monteiro, atleta
«O desporto torna-nos melhores cidadãos» 6 Judoca de primeira linha mundial na sua categoria, Telma Monteiro explica como consegue o feito de conciliar com sucesso o desporto de alta competição e os estudos universitários. Como é o dia a dia de uma atleta de alta competição ao longo de toda a semana ? Normalmente, de segunda a sexta-feira treino de manhã e à tarde. Uma parte do dia para apurar a forma física e técnica e a outra com a prática de judo. Ao sábado também treino. Normalmente o domingo é o dia reservado ao descanso absoluto. Mas esta calendarização depende, obviamente, do período competitivo em que se estiver. Na véspera de um qualquer campeonato a carga de treino intensifica-se. Sei que também faz estágios no estrangeiro. Quais são as principais vantagens? O Japão é um destino de eleição para os estágios visto que é o país onde o judo é das modalidades mais populares, permitindo treinar com atletas de muito boa qualidade, sem que muitas das minhas adversárias consigam assistir. Mas também já fiz estágios de preparação no Brasil, na Áustria e noutros países. Esta preparação específica tem como principal vantagem procurar melhorar o treino visto que em Portugal este não é tão competitivo. Dedica-se ao judo desde os 14 anos. Não é uma idade tardia para iniciar-se numa modalidade?
012 /// OUTUBRO 2015
Admito que para ser atleta de alta competição pode ser tarde começar aos 14 anos, mas nunca é tarde para começar um desporto. Neste caso, felizmente, fui bem sucedida. Mas creio que pesou o facto de ter praticado muito desporto desde que era criança, primeiro atletismo e depois futebol, inclusive de ter brincado na rua com os meus amigos, o que me permitiu, desde tenra idade, desenvolver a motricidade humana e a coordenação. Foi desclassificada nos recentes mundiais de Astana, facto que considerou ter sido uma «injustiça». Por vezes sofre na pele por representar um país pequeno? Tratou-se de uma situação isolada. Toda a gente comete erros, os atletas, os árbitros, etc. Portugal não é, de facto, uma potência, nem política, nem desportiva, e tal facto pode pesar em certos momentos de qualquer modalidade. Mas defendo que o importante é que nós, atletas, nos foquemos no que é verdadeiramente importante e que podemos controlar, ou seja no treino, na parte técnica, física e mental. É quarta do ranking mundial da Federação Internacional de Judo na categoria -57 kg, mas já foi a melhor nesta categoria. O objetivo é regressar ao lugar mais alto? O principal objetivo é manter um lugar nas oito primeiras, porque isso permite ser cabeça de série em diversas competições, nomeadamente nos mundiais e nos europeus, evitando o confronto com as principais favoritas nas primeiras elimina-
tórias, visto que o judo é uma modalidade a eliminar. Por isso, tem toda a importância este factor. Resta-me continuar a fazer boas provas, para tentar ser cabeça de série nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Qual é o sentimento com que se fica após dias, semanas, meses e anos de treino ser afastada da discussão da vitória ou do pódio em poucos minutos? Qualquer atleta de alta competição rege a sua vida em função do treino diário e da disciplina. São dias, semanas, meses e anos a trabalhar que depois acabam por se resumir a um dia, por isso, é natural que quando os resultados não são os que esperávamos exista tristeza e desilusão. É preciso ter a noção que não é possível ganhar sempre, mas parto sempre para as competições com pensamento positivo A parte mental é fundamental? O estofo mental de um atleta é uma condição para o sucesso e para vencer as adversidades. A técnica e a estratégia são importantes, mas não são decisivas. O processo psicológico é central para ser resiliente. Diz que existe maior reconhecimento nas vitórias dos atletas masculinos face às atletas femininas. São resquícios de discriminação sexual no desporto? Não me choca, mas temos de continuar a trabalhar para contrariar essa tendência. Devemos continuar a contribuir para mudar mentalidades. Como não me conformo, continuarei a lutar para vencer e represen-
tar bem o meu país nas competições internacionais. Ser porta-estandarte na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, receber uma distinção das mãos do Presidente da República e o prémio de mérito desportivo em 2014 foram os grandes momentos de reconhecimento do seu trabalho? As duas últimas distinções que mencionou foram marcantes, mas ser portaestandarte em Londres, em 2012, no maior evento desportivo do planeta, encheu-me de orgulho e marcou-me, inclusive, como pessoa. Foi uma sensação única e um privilégio erguer a bandeira portuguesa bem alto no estádio olímpico. Como é representar um grande clube como o Benfica? Envergar a camisola de um clube com a dimensão do Benfica para além de um orgulho é um valor acrescentado para um atleta. Tenho todas as condições de apoio médico, fisioterapia, psicologia e nutricionismo, o que confere confiança a qualquer atleta porque o corpo do atleta é a sua arma e neste clube nenhum aspeto é descurado. A gestão do atleta é feita ao mais ínfimo pormenor. Para além disso, é sempre bom receber o carinho e o apoio da massa associativa de um clube com a grandeza do Benfica. Concorda que existe «futebolização» do desporto, nomeadamente com o excesso de programas de debate e comentário na televisão?
É uma realidade que o futebol é o desporto mais popular e o que mais destaque merece nos órgãos de comunicação social. Mas, tal como há pouco referia relativamente ao maior reconhecimento dos atletas masculinos, também neste ponto, a pouco e pouco, as coisas vão mudando, com os atletas a darem o seu contributo, para se falar mais das outras modalidades e dos outros atletas, para lá do futebol, na comunicação social e somando mais apoios que são fundamentais para a progressão das respetivas modalidades. A opinião pública fica mal informada com o défice de informação que a imprensa veicula sobre as modalidades ditas «amadoras»? Penso que devia ser feito um melhor acompanhamento do ciclo olímpico, ou seja, dos quatro anos compreendidos entre olimpíadas. Se o trabalho dos atletas, de qualquer modalidade, fosse acompanhado com maior destaque a avaliação do desempenho feito pelos portugueses e pela própria imprensa seria mais justa e equilibrada. O público em geral fica confuso e retira conclusões precipitadas com o excesso de expectativas criadas pela imprensa. É justo atirar a pressão para cima dos ombros de atletas dos quais raramente se fala durante o resto do ano? Não sinto essa pressão, mas é natural que existam expectativas quando se aproximam as olimpíadas. Em Portugal parece que todos se lembram que certos atletas existem apenas de quatro em quatro anos, ou seja, quando há Jogos Olímpicos. Mudar as mentalidades é um processo lento, mas creio que os excelentes resultados que o desporto dito «amador» tem recolhido é um bom indicador que algo está a mudar. É um facto que se fala mais quando há medalhas, mas acredito que estamos a melhorar. Será no Rio de Janeiro, em 2016, que vai conquistar a medalha que lhe escapa nos grandes certames? Falta menos de um ano e estou a preparar-me da melhor maneira e com muita ambição. Mas é muito cedo para criar expectativas. Em 2012 houve campeões olímpicos que no ano anterior figuravam abaixo do 10.º lugar do ranking mundial. Só uma boa preparação não chega. Um dia mau pode deitar por terra anos de treino. Tem 29 anos. Serão os seus últimos Jogos? Não sei. Há judocas que ainda disputam olimpíadas com 35 anos. Licenciou-se em Educação Física e Desporto, em 2011, na Universidade Lusófona. De que forma os estudos lhe conferiram outra dimensão do fenómeno desportivo? Foi muito útil ter tido acesso à teoria do que faço, na prática, todos os dias, há muitos anos, ao nível do planeamento, das necessidades e da pedagogia. O desporto é para todos, seja se o tomarmos como alta competição ou em prol de uma vida saudável. Posso dizer que a universidade abriu-me novos horizontes, mudou-me a mentalidade, o que se tornou numa grande ferramenta.
tornar as pessoas mais completas? Pode tornar os seres humanos melhores. Não tenho dúvidas. O desporto faz-nos sentir bem e obriga as pessoas a saírem da sua zona de conforto, na medida em que se expõem perante os outros. A disciplina que se tem na prática desportiva é transposta para a vida quotidiana através dos valores da resiliência, determinação e da luta por objetivos concretos. O desporto tem o condão de desenvolver estas capacidades. Como foi conciliar os treinos regulares e os estudos? Com disciplina e organização tudo se consegue, nomeadamente ao nível dos horários, planificando o tempo para estudar, treinar e organizar os tempos livres. A verdade é que pese embora a agenda competitiva que mantenho, sempre tive boas notas. E também há tempo para a vida social, é apenas preciso definir prioridades. Na vida há etapas para tudo. Treinar é igual a estudar. Os exames é igual a competir. O que lhe gera mais pressão: a universidade ou a competição? Quando fazia exames na faculdade não sentia qualquer pressão porque a verdadeira pressão que sentia só acontecia antes e durante uma competição de judo. É um ensinamento excelente, nomeadamente, ao ser utilizada na vertente empresarial. Por isso, o desporto é uma lição de vida e torna-nos cidadãos melhores e mais competentes. Li numa entrevista que pelo facto de ter tido experiência numa universidade pública e noutra privada, os professores desta última revelaram ser mais flexíveis e menos burocráticos perante a complexa vida desportista que levava. De que modo se manifestou essa postura? Não quero entrar em comparações, mas na Universidade Lusófona os professores sempre foram super compreensivos e mantiveram muito respeito pela minha particularidade de ser desportista de alta competição. Por exemplo, quando era preciso antecipar um exame para não coincidir com uma prova de judo ou se faltava às aulas para ir para um estágio. Tudo isso foi compreendido. Sem dramas. Isso basta. Sempre me senti bem acolhida e isso motivou-me. Tenho relatos de amigos meus, atletas de alta competição, que estudam em várias faculdades que se queixam que os professores ignoram, por completo, o seu contexto desportivo. Já pensou no que vai fazer quando terminar a sua carreira? Tenho a certeza que quero continuar ligada ao desporto, nomeadamente como treinadora. Entretanto, e para aprofundar as minhas competências académicas estou a tirar uma pós-graduação em Marketing e Gestão Desportiva. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H COP/IMAPRESS H
Em que medida é que o desporto pode
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ESTGLamego
Politécnico de Beja
José Lousado presidente
A praxe é solidária 6 Os estudantes do Instituto Politécnico de Beja promoveram, pelo segundo ano consecutivo, o Dia Solidário, enquadrado nas atividades de integração académica dos novos alunos. A iniciativa decorreu a 28 de setembro e juntou alunos das quatro escolas do Instituto, que se uniram num espirito de entreajuda a várias Instituições de Solidariedade Social locais. Os alunos da Escola Superior Agrária promoveram uma campanha de limpeza, na rua, que serviu também para dar a conhecer a cidade aos novos alunos, sublinhando a importância de todos contribuírem positivamente. A Caritas de Beja foi escolhida para a iniciativa promovida pela Escola Superior de Educação, que consistiu na recolha de vestuário, alimentos e materiais escolares. A Escola Superior de Saúde associou-se, uma vez mais, à Operação Nariz Vermelho, com a venda de merchandising pela comunidade, que resultou na angariação de
1000 euros, que foram entregues na totalidade à instituição, com o objetivo de ajudar a financiar a IPSS. Os Bombeiros Voluntários de Beja foram escolhidos pelos estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que se dedicaram à venda de diversos materiais de merchandising da corporação, resultando o apuro da iniciativa num
valor de 363.20 euros. A Associação Jovem HAbi(li)tar Alentejo, que tem desenvolvido na comunidade iniciativas inclusivas, particularmente para crianças com necessidades especiais, também mereceu a devida atenção destes alunos, que procederam à venda de rifas solidárias, arrecadando um valor total de 230 euros. K
6 José Paulo Lousado é o novo presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL) desde 9 de outubro, após ter tomado posse, numa cerimónia presidida pelo presidente do Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião. No seu discurso de posse manifestou intenção de implementar novos modelos de gestão e de funcionamento. No campo da ação formativa, pretende desenvolver parcerias com empresas e grupos empresariais; estabelecer protocolos com instituições parceiras, autarquias, empresas e grupos ou associações empresariais da região Douro Sul, além de avaliar e reestruturar a oferta formativa da escola, nomeadamente nas licenciaturas que estão em dificuldade na captação de alunos, e nos CTeSP, em que se pretende apoiar a criação de postos de trabalho e a empregabilidade dos estudantes. No campo da investigação, os objetivos passam por incentivar os
docentes à investigação e produção de publicações e artigos, no intuito da sua divulgação em conferências nacionais e/ou internacionais e em revistas científicas. Estabelecer e consolidar o contacto privilegiado com as escolas secundárias e profissionais da região, tendo em vista a colaboração interinstitucional, e o projeto de “Caracterização Socioeconómica da Região Douro Sul” são outras linhas de ação a implementar. O presidente do IPV, Fernando Sebastião, referiu como prioridades “as parcerias com a comunidade envolvente e o reforço da imagem de qualidade que a instituição deve prosseguir”. Finalizou informando sobre as novas instalações “que devem estar prontas no próximo mês, infraestruturas que irão permitir melhores condições de funcionamento a toda a comunidade académica”.K Joaquim Amaral _
Secretária Geral da EERA
Professora nomeada Erasmuscentro
Viseu já coordena 6 O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) assumiu a coordenação do maior consórcio português no âmbito do programa Erasmus+, o Erasmuscentro, a 30 de setembro. A passagem de testemunho teve lugar nos Serviços Centrais do IPV, seguindo-se a reunião de trabalho da rede parceira com a presença dos responsáveis pelo projeto. O IPV, enquanto instituição coordenadora para 2015/2016, foi responsável pela apresentação de duas candidaturas no âmbito do consórcio, uma para a mobilidade de estudantes, docentes e não docentes dentro do espaço europeu, outra para a mobilidade fora da Europa. Pela primeira vez desde a sua existência, o Erasmuscentro inclui todas as atividades de mobilidade
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internacional ao abrigo do Programa Erasmus+, com a exceção da mobilidade de estudantes para períodos de estudo que se mantem sob a responsabilidade de cada um dos institutos politécnicos da rede. Formado pelos oito institutos politécnicos da região centro de Portugal, designadamente Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Tomar e Viseu, o Erasmuscentro é o maior consórcio português no âmbito do Programa Erasmus+ que, para além das instituições mencionadas (que representam 46 mil alunos do ensino superior português), associa o Conselho Empresarial do Centro, que integra 41 estruturas associativas empresariais (representando cerca de 40 mil empresas), as principais
câmaras municipais da região, associações empresariais, empresas e entidades relevantes da zona de influência do Consórcio. No que concerne à mobilidade dentro do espaço europeu, foram atribuídas um total de 290 bolsas para os estudantes realizarem um estágio, 146 bolsas para os docentes executarem uma missão de ensino numa instituição congénere e 56 bolsas destinadas a ações de formação para docentes e não-docentes em empresas e/ou instituições de ensino superior europeias. O orçamento aprovado para a implementação destas atividades foi de cerca de 785 mil euros, cuja responsabilidade de gestão é do IPV. K Sandra Familiar _
6 Maria Pacheco Figueiredo, professora da Escola Superior de Educação de Viseu acaba de ser eleita secretária-geral da European Educational Research Association (Associação Europeia de Investigação em Educação). Integrará a comissão executiva da EERA, constituída pelo presidente, professor Theo Wubbels, da Universidade de Utrech, pela atual secretária-geral, professora Marit Hoveid, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, e pelo tesoureiro, professor Herbert Altrichter, da Universidade de Linz. O mandato, de quatro anos, inicia-se em setembro de 2016 e termina em setembro de 2020. Maria Figueiredo considera que “o propósito da European Educational Research Association é promover investigação em educação de alta qualidade, para o benefício da educação e da sociedade. A investigação de alta qualidade reconhece o seu próprio contexto, assim como contextos mais amplos e transnacionais com as suas semelhanças e
diferenças em termos sociais, culturais e políticos. As atividades da associação promovem o diálogo livre e discussões críticas, assumindo uma abordagem interdisciplinar e abrangente à teoria, métodos e ética em investigação”. A associação, criada em 1994, agrega 38 associações de investigação em educação de vários países europeus, incluindo duas portuguesas: a Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação e o Centro de Investigação, Difusão e Intervenção Educacional. K Joaquim Amaral _
Editorial
Escola: inteligência ou emoção? 7 A inteligência emocional é aquela que, para além de definir o nosso comportamento e as nossas atitudes, nos permite ser honestos connosco próprios e, consequentemente, com os outros. É a que nos permite termos consciência e entendimento acerca dos nossos sentimentos e dos das outras pessoas, de modo a que possamos expressar, potenciar e gerir as emoções para encarar os problemas como desafios, de modo realista, observando as diferentes partes e compreendendo os outros como parte dum todo, cujo retorno se reflete na gestão, na instituição escolar e nos indivíduos que a compõem. Está, assim, a observar-se uma nova transformação social: do mesmo modo que a Era Industrial deu lugar à Era da Informação, esta está a dar lu-
gar à Era Conceptual, uma vez mais pela ação da riqueza, do progresso tecnológico e da globalização. Sendo certo que o nosso hemisfério esquerdo está associado às características da Era da Informação e o nosso hemisfério direito à Era Conceptual, tal não significa o domínio de um sobre o outro. Ao invés, pretende-se estabelecer um novo equilíbrio, dado que as diferenças vincadas entre os dois hemisférios nos fornecem uma metáfora poderosa para interpretarmos o presente e nos orientarmos no futuro. Ao contrário do elemento físico, o elemento intelectual pode ser sempre desenvolvido. Podemos parar de nos desenvolver fisicamente, algures entre os dezoito e os vinte e cinco anos, mas o desenvolvimento
emocional prossegue até morrermos. Para tal basta aprender e treinar as aptidões e as competências que o compõem. São conhecidos inúmeras as estratégias, métodos e modelos. Porém, o que importa é estar consciente da importância do “calor humano” nas cadeiras do poder. Os gestores escolares contemporâneos, para além da necessidade de se encontrarem consigo próprios, terão que permitir aos outros colaboradores da comunidade escolar oportunidades e meios para o seu próprio crescimento, pelo que as instituções educativas que não incorporarem atempadamente a inteligência emocional no local de trabalho, poderão fracassar, pela impossibilidade de procederem à transição para o paradigma da escola de aprendentes do século XXI.
Se esta nova inteligência, a inteligência emocional, nos permite aceder às competências que irão marcar o ritmo da vida moderna, resta-nos adotála num novo modelo de gestão: a Gestão Emocional, como a chave para o sucesso profissional e a satisfação pessoal. Neste enquadramento, o gestor ou líder do grupo organizacional, não pode subestimar o poder da sua «tribo», ignorando as emoções colectivas. É que essas emoções são contagiantes e, por isso mesmo, é natural que as pessoas prestem mais atenção aos sentimentos e às atitudes comportamentais do seu líder. Não obstante o modelo seleccionado, a eficácia do desenvolvimento da inteligência emocional é hoje considerado um factor de sucesso das lideranças.
Daí que acredite que, ao tornar mais emocionalmente positivas as escolas, estamos a contribuir para a existência de pessoas (docentes, alunos, pais…) mais felizes e de um mundo melhor. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
O Estado da educação 7 O Conselho Nacional de Educação (CNE), presidido por David Justino, que já desempenhou as funções de Ministro da Educação em Portugal, acaba de publicar o relatório sobre o estado da educação no nosso país. O documento amplo, rigoroso, que procura analisar e apresentar dados, mas que também aponta caminhos e ideias para o futuro da educação no nosso país. O CNE vai mais longe e propõe-se realizar um ciclo de debates em torno da Lei de Bases do Sistema Educativo, um diploma já com 30 anos de vigência. David Justino, na sua nota introdutória daquele documento, aponta cinco eixos onde considera ser necessária uma clarificação sobre as opções a tomar a médio e longo prazo, e que na sua perspetiva correspondem a “pontos de tensão ou bloqueio”. O ex-ministro fala da Edu-
cação de infância, tendo em conta que “nos últimos quinze anos o número de nascimentos sofreu uma redução de 120 mil para pouco mais de 82 mil, equivalente a uma quebra de 32%. (...) As regiões de mais baixa densidade e mais envelhecidas vão ser as mais afetadas colocando-se, a prazo, um evidente problema de coesão territorial”. Por isso, diz, “é urgente construir uma visão integrada da educação de infância e conceder a máxima prioridade à qualificação do serviço de educação, com especial atenção ao ensino pré-escolar e ao 1º ciclo, canalizando os recursos em excesso para a melhoria das aprendizagens e para a prevenção do insucesso escolar”. O sucesso escolar como foco principal das políticas educativas; a condição docente (é salientado o progressivo envelhecimento do corpo docente,
especialmente na rede pública sob tutela do Ministério da Educação e Ciência. Em todas as categorias os profissionais com 50 ou mais anos de idade representam pelo menos um terço do total dos docentes. As perspetivas para os próximos quinze anos centram-se, assim, na oportunidade de rejuvenescimento); o Conhecimento escolar (os últimos trinta anos representam um dos períodos mais ricos mas também mais complexos dos últimos séculos em que os processos de mudança económica, social e cultural tendem a sustentar a imagem da aceleração da história); e Ajustar as qualificações à estratégia de desenvolvimento do país (os sistemas nacionais de ensino continuam, especialmente em sociedades abertas e democráticas, a prosseguir três tipos de finalidades: educar pessoas na integridade do seu desenvolvimento, formar cida-
dãos livres, autónomos e responsáveis e capacitar futuros profissionais. Os sistemas educativos não se podem limitar a formar mão-de-obra para o mercado de trabalho, mas não podem ignorar a importância dessa terceira dimensão), são os restantes eixos enunciados por David Justino. A tarefa não será fácil, o caminho a percorrer também não, mas a meta ou aquilo que se pretende alcançar está identificado numa caminhada de médio e longo prazo, que como o próprio presidente do CNE refere exige reflexão e debate. David Justino diz, com razão, que “em democracia a alternância política não pode significar errância das políticas (...). Esta exige convergência, visibilidade e continuidade das opções estratégicas, confiança dos atores diretamente envolvidos e capacidade para os mobilizar para a prossecução dos objeti-
vos de médio e longo prazo”. A questão é que muitas políticas educativas mudam sempre que é nomeado um novo ministro da Educação, com a escola e a sua comunidade, a serem cometidos a uma tensão que não beneficia ninguém. K João Carrega _ carrega@rvj.pt
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crónica salamanca
Universidad paralizada, estancada y estudiantes agredidos y callados 6 En la ya larga vida académica que uno puede mostrar en su expediente personal como docente e investigador, la universidad española (ahora hay que matizar con el adjetivo “pública”, que es a la que nos referimos) ha pasado por etapas de lucha, controversia, esperanza, movilización, expectativa, reformas, crecimiento espectacular en recursos personales y materiales, entre otras situaciones. Ahora, en esta segunda década del siglo XXI, se muestra paralizada por una especie de hipnosis que le impide responder, estancada en un barrizal del que no sale, y tal vez sin horizonte definido a la vista. Al menos es lo que nos parece a nosotros. Nuestra universidad ha recibido en los últimos cinco años desautorizaciones y pérfidas críticas procedentes de los sectores económicos e ideológicos más duros y reaccionarios, defensores de un liberalismo a ultranza que se muestra partidario del demagógico lema “más sociedad y menos estado”, a la vez que azuza la idea y la ley que rige en la selva, la del liberalismo voraz, aquella que da la razón a la fuerza bruta del más fuerte. De ahí que el lema dominante que se vocifera en esos círculos no sea más que el de la competitividad, en detrimento de cualquier otro factor que mire por los derechos del hombre, la democracia, la igualdad y la armonía social. La llamada crisis económica, que tanto dolor, paro y desafecto ha causado en todo nuestro sistema social y productivo, y desde luego en los servicios públicos, incluido el sistema educativo y la universidad en concreto, no es algo abstracto. No es algo que haya venido del cielo, ni por designio divino ni por Publicidade
casualidad. La crisis ha sido planificada por los poderes fácticos que gobiernan el mundo (banqueros, grandes multinacionales, trusts, y algunos grandes e influyentes políticos) para recomponer el sistema productivo, y sobre todo el modo de gobernar el mundo, los servicios que han de componer el Estado en cada país, sea en Europa, América Latina, Africa, Asia o América del Norte. Por cierto, no es nada casual lo que sucede ahora mismo con el Tratado de Libre Comercio en el Pacífico y lo que va a suceder con Europa. Nada de todo esto es casual. Y nada de casualidad tiene la terrible recomposición del modelo de universidad pública que nos quieren imponer. Para avanzar en esa dirección los partidarios de desactivar los servicios públicos en favor de la iniciativa privada, llámese aquí universidades públicas versus universidad-empresa, han conseguido en estos últimos años desactivar algunos logros de nuestras universidades, aprovechando con descaro que esa llamada crisis pasaba por países más dependientes, por ejemplo varios de Europa, como España o Portugal, entre otros. ¿Qué es lo que esa “extraña” crisis ha conseguido hacer en la universidad en poco tiempo? Es decir, ¿qué es lo que las políticas conservadoras han hecho para maniatar, desactivar, disminuir, eliminar a veces elementos de nuestro sistema universitario? ¿Qué es lo que la universidad-empresa debe agradecer a la crisis en este proceso infame que busca corroer la universidad pública, o parte de sus servicios y éxitos? Hablemos hoy de efectos sobre los estudiantes. Tales políticas universitarias
han logrado disminuir de forma alarmante el número y cantidad de becas que pueden disfrutar los estudiantes, con mayor incidencia en aquellos de procedencia social humilde. De esa forma poco a poco se busca disminuir el potencial total de las universidades, y en concreto su financiación, puesto que ésta hasta el presente se sostiene de forma principal en el número de alumnos inscritos en una universidad. Así, también, de forma paulatina se socava la participación en los bienes de la cultura superior para muchos jóvenes de sectores sociales medio-bajos, cuyos padres son los que más directamente se han visto afectados por la reducción de plantillas en los diferentes sectores laborales del pais. Se desea fervientemente regresar a una universidad de las élites en exclusiva, no cabe ninguna duda. Otra agresión directa a este grupo de jóvenes estudiantes, aunque no ha sido adoptada de la misma forma por los gobiernos de las Comunidades Autónomas gobernadas por el partido conservador (por ejemplo, Madrid, Castilla y León) que por los partidos socialdemócratas (Andalucía es el caso), se refiere a la enorme elevación del coste de las matrículas de los estudios de grado y posgrado que ha sufrido en los últimos cinco años. De tal manera es así, que lo que cuesta la matrícula de curso a un estudiante de la misma titulación, de una región a otra puede variar hasta un 40%. De esa manera se conculca obviamente la igualdad de derechos ante la ley y ante la educación de los ciudadanos españoles. Todo ello, eso sí, por los gobernantes se deriva displicentemente hacia una etérea y perversa
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98 Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt
crisis económica de la que nadie dice ser responsable. Es una argucia más que encubre la política neoconservadora de fondo que apuesta por la iniciativa privada y para ello necesita cortar la hierba, desgastar vilmente la universidad pública en favor de intereses privados, ir minando sus recursos en todos los sentidos, los materiales y los personales. En contrapartida, crecen las matrículas y beneficios de las universidades-empresa, y se aplaude todo aquello que achique el peso de una universidad pública. Mientras tanto, los estudiantes se desmovilizan, atienden al persistente beneficio del “panem et circum” representado en consumo voraz, botellón, escasa participación en los asuntos universitarios (salvo aquellos muy cucos que buscan sus lentejas lamiendo traseros en consejos de departamento de forma servil y obediente), actitudes y prácticas sociales que van necrosando su capacidad de rebeldía ante el sistema. De otros efectos sobre la universidad, derivados de la planificada y voraz crisis de los neoliberales, muy graves también, hemos de hablar en otro momento por razones de espacio. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Vitor Serra, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Clube de Amigos/Assinantes: 15 Euros/ Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
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“Pedagogia (a)crítica no Superior” (V)
Recepção aos novos estudantes 7 «No fim de contas, isto não passa de uma fábrica de diplomas! E, para eles, terem um diploma é mais importante do que ficarem a saber.» (Crónicas Docentes, Maria Carlos Radich, 1983:73) O Prof.S., durante três anos, acolheu os novos estudantes na cerimónia da rentrée académica. Tal como nas aulas, preocupouse em evitar a rotina, não se repetindo. Mas ao terceiro ano de recepção aos ‘caloiros’ a tarefa complicava-se: já não havia muita imaginação para expor assuntos recorrentes e animar aquela juventude para um modelo de licenciatura curta que Bolonha impôs e cujos frutos não conseguia vislumbrar. O seu cepticismo, sobre uma formação de base reduzida a um triénio, continuava em crescendo; a jornada era curta para os lançar, devidamente preparados, no mundo do trabalho… que a dita ‘crise’ ia empurrando para as calendas. À falta de documento escrito ou multimédia, tentaremos reconstruir de memória um desses discursos do Prof.S; pelos eventuais lapsos e omissões nos penitenciamos, desde já, junto do ex-presidente do CD esperando que o seu propalado (mas algo exagerado) ‘mau feitio’ não nos leve à barra do tribunal (onde nas «sociedades de direito» todos as
querelas acabam por ir bater). É com enorme satisfação que vos dou as boas-vindas à Escola xpto. A entrada no Superior constitui um marco significativo no vosso percurso académico e pessoal. Este é o momento por que tanto ansiaram. E por isso, é um dia muito importante nas vossas vidas. Para nós docentes é mais um arranque de um ano lectivo, para o qual nos preparámos, como sempre, com renovado entusiasmo. Para vocês, é o primeiro dia no ensino superior. Não na universidade, como muitos dos vossos colegas teimam em apelidá-la; tal como os vossos pais, quando informam orgulhosos, vizinhos e amigos, que o filho(a) «entrou na Universidade!»; ou até aqueles, que morando nas imediações da Escola, persistem em afixar anúncios de «óptimo quarto, com wifi, muito perto da Universidade». Clarifiquemos: esta não é uma Faculdade, é uma Escola que faz parte do ensino superior politécnico público. Nos próximos anos, será o vosso local de trabalho. Nele passarão parte significativa do vosso tempo, estudando, pesquisando, criando… crescendo. Aqui encontrarão, assim o julgamos, conhecimentos e competências necessários à profissão por que optaram (aos colocados em cursos de segunda escolha, esperemos que o ensino aqui ministrado vos
convença a ficar, prescindindo de uma hipotética mudança de curso). Mas este é também um local onde podem, e devem, exercer uma cidadania activa, participando, designadamente, na AE e no CP, na construção de uma comunidade viva com diversificada vida cultural. A escola deveria ser um ‘oásis’: aqui deveriam sentir-se bem pois nela encontrariam tudo o que acham que falta no ‘deserto’ societário (sub)urbano em que residem. Todos somos chamados a criar esse enriquecedor contexto social e pedagógico. Nos próximos tempos vão dar conta de muitas diferenças em relação aos ensinos básico e secundário que frequentaram nos últimos 12 anos. E, na maior parte dos casos, quanto maior for essa discrepância, melhor; isso indicia que estão a emergir numa cultura ‘superior’ e que a Escola xpto não é um up-grade do secundário (como pretendem os promotores dos CTeSP). Aldous Huxley (autor do célebre Admirável Mundo Novo) no seu livro Proper Studies (1927:115), no capítulo sobre “Educação”, ao abordar “As Universidades” considera que Oxford e Cambridge têm «o melhor método de ensino» pois aí «é-se activamente encorajado a adquirir saber». Aqui, ainda estamos longe mas essa deveria ser igualmente a nossa meta. A partir de agora estão por vossa conta. Não hesito em apostar,
pois a probabilidade de acerto é alta, que os vossos pais só virão a esta escola no dia em que estiverem de saída, quando vos entregarmos o ‘canudo’ de fim de curso. E não é mau sinal, podem crer. Gozarão de liberdade e autonomia enormes. A contrapartida é, naturalmente, o acréscimo da responsabilidade. Terão também que aprender a gerir este ‘triângulo’. Um saber que se adquire sem sebenta nem prelecção… O coordenador de curso e os colegas mais velhos são auxiliares preciosos nesse balanço de experiência e bom senso. Depois da maratona de exames e candidaturas do 12º ano, alguns de vós correm o risco de caírem numa espécie de ‘ressaca’, pairando entre o descanso e a brincadeira, entretidos nas praxes que vos anestesiam a mente e emporcalham a roupa (como evitá-las?). Sendo as UC, no 1º ano, todas semestrais, quando dão por isso estão no final do 1º semestre, descuidaram as avaliações, e as notas finais… são um balde de água fria. Deixo-vos, pois, um ‘aviso à navegação’, socorrendome de um grande escritor português, Jorge de Sena, e de um seu romance, Sinais de Fogo (de 1979, adaptado ao cinema, em 1995, por Luís Filipe Rocha): «Porque éramos livres de entrar e sair da faculdade, e ninguém nos perguntava para onde íamos,
e estávamos – pelo menos nós três – muito mais longe de casa, a sensação de liberdade era absoluta, tão absoluta, que quase perdemos o hábito de estudar regularmente.» Por favor, tenham sempre presente que, enquanto estiverem nesta instituição, estudar e concluir o curso (sem reprovações) é o vosso objectivo prioritário. Divertirem-se, arranjar amigos e namorado(a) são efeitos colaterais… positivos. Votos de um excelente ano escolar. Ouviram-se aplausos no anfiteatro. Mas nos dias de hoje, aplaude-se sempre porque não há critério e tudo é entendido como espectáculo. K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia _
RVJ - Editores
Pensamentos enchem Biblioteca 7 A apresentação do livro Pensamentos, da autoria do Padre João Avelino, levou mais de uma centena de pessoas à Biblioteca de Castelo Branco. A cerimónia presidida por Luís Correia, presidente da Câmara albicastrense, contou com a presença do Bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, D. Antonino Dias, e constituiu umas das cerimónias literárias mais participadas naquele espaço. A obra, que teve o alto patrocínio da Câmara de Castelo Branco, reúne em cerca de 500 páginas pensamentos que o padre João Avelino colecionou nos últimos 20 anos, e que ordenou por temas e por ordem alfabética. O livro, que tem a chancela da RVJ - Editores, assume-se como um dicionário de pensamentos que muito sensibilizou o Bispo da Diocese, o qual no primeiro contacto que teve com
a obra selecionou vários pensamentos falando sobre eles para quem participou naquela apre-
sentação, fazendo a ligação entre o autor e o livro. D. Antonino Dias destacou também o traba-
lho de qualidade apresentado. Na cerimónia, Luís Correia destacou o modo de ser do pa-
dre João Avelino. “Enquanto presidente da ULS muitas vezes, já noite dentro, quando saía do Hospital, olhava para aquele corredor que se encontra junto aos seguranças e via a luz acesa. E, à semelhança do que fazia em criança, na Sé, com o Monsenhor Magalhães, entrava para poder falar um pouco com o padre João Avelino”. O presidente da Câmara lembrou também o importante trabalho que aquele pároco desempenha no Hospital Amato Lusitano. Já João Avelino, falou sobre a sua obra através de versos, e como não podia deixar de ser, no final fez dedicatórias personalizadas, como só ele sabe fazer. O livro, propriedade da Câmara albicastrense, estará à venda na Biblioteca de Castelo Branco e em algumas livrarias da cidade. K
OUTUBRO 2015 /// 017
EPM-CELP
Moçambique
Novo catedrático na Mondlane 6 A Universidade Eduardo Mondlane promoveu, no dia 16 de outubro, António Hoguane à categoria de Professor Catedrático, na área de Oceanografia Física. Para a obtenção deste grau académico, Hoguane apresentou um projecto de investigação para responder a questões associadas ao uso sustentável dos recursos pesqueiros e conservação de ecossistemas marinhos e costeiros em Moçambique. Apresentou também uma aula com o título “Os Desafios das Ciências Marinhas para o Desenvolvimento Sustentável em Moçambique”. Momentos após a sua aprovação, Professor Hoguane manifestou alegria por atingir mais um objectivo da sua vida e afirmou que
o novo grau académico representa mais responsabilidade na sua carreira de docente. António Hoguane, atualmente director da Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras de
pela objetiva de j.vasco
Quelimane, é Doutorado em Oceanografia Física pela Universidade de Gales, Reino Unido. Possui três mestrados, em Aquacultura Sustentável, Oceanografia Aplicada e em Biologia Marinha e Gestão de Pescarias, e uma licenciatura em Oceanografia Física e Matemática. O novo Professor Catedrático publicou trabalhos científicos em várias revistas especializadas internacionais e desenvolveu vários manuais nos cursos de licenciatura e mestrado. Supervisiona teses de mestrado e doutoramento em diversas universidades, dentro e fora do país. Com esta promoção, a UEM passa a ter 21 Professores Catedráticos, sendo 15 nacionais e seis estrangeiros. K
Avante: o encontro das festas
7 Quem pensa que a festa do Avante é apenas uma festa da música, está enganado. Quem pensa que é um espaço essencialmente político e de camaradas e simpatizantes do PCP, também está enganado. A festa do AVANTE é uma convergência de festas, como a festa do teatro com o Avanteatro; da ciência, no espaço ciência; a feira do livro e do disco; o cinema no Cineavante; o desporto no Polidesportivo, folclore no Palco Arraial, mais debates, conferências e, este ano, a Bienal de Artes Plásticas. Em 2015 a festa foi também uma homenagem ao cinema e à sua música. Assim, logo no primeiro dia, no Palco 25 de Abril, os presentes deixaram-se envolver durante três horas, com a música de grandes filmes ao som da Orquestra Sinfonietta de Lisboa, sob a direção de Vasco Pearce de Azevedo. A Festa é, portanto, um lugar de passagem obrigatória no primeiro fim de semana de setembro; quem sabe bem disso é o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, cuja presença no recinto foi entendida por muitos como o verdadeiro anúncio da sua candidatura à presidência da República. Na foto uma cena de Senhor Imaginário, pelo Grupo de Teatro O Bando, uma das mais antigas cooperativas culturais do país, que tem à sua frente o encenador João Brites. Se nunca foi à Festa do Avante, 2016 será uma ótima oportunidade, porque se a vida são dois dias o AVANTE são três. K Publicidade
018 /// OUTUBRO 2015
Lista A eleita 6 Diogo Pimenta mantém-se na liderança da Associação de Estudantes da EPM-CELP, para o ano letivo de 2015/2016, na sequência das eleições realizadas na semana passada, as quais atribuíram a vitória à Lista “A” com 47,7 por cento dos votos validamente expressos. A Lista “S” foi excluída da corrida eleitoral, antes do dia da votação, por “desrespeito grosseiro pelas regras de exercício da campanha eleitoral”, conforme expresso no comunicado oficial emitido pela Direção da nossa Escola. A Lista “A” arrecadou 136 dos 285 votos validamente expressos, tendo-se registado uma taxa de abstenção a rondar os 53 por cento relativamente aos 637 alunos inscritos nos cadernos eleitorais, pertencentes ao terceiro ciclo do ensino
básico e ao ensino secundário. Ademais, entraram nas urnas 159 votos em branco e apuraram-se 17 votos nulos. A lista “A” é constituída pelos seguintes alunos - DIREÇÃO: Presidente - Diogo Pimenta (11.º B), Vice-Presidente – Marisa Galrito (11. ºB), Secretário - Gerson Fanequiço (11.º B), Tesoureiro – Tiago Reis (12.º C), Vogais – Carlos Teixeira (12.º A1),Miguel Furão (11.º B), Mafalda Soares (10.º B). ASSEMBLEIA GERAL: Presidente – Carole Inglês (11.º A1), Vice- Presidente - Catarina Alves (12.º A1), Secretário – Koenraad Collier (12º. A1). CONSELHO FISCAL: Presidente – Daniel Câmara (12.º A1), Vice-Presidente – Cristiana Silva (11.º A1), Secretário- Diogo Silva (12.º A1), Relator- Alexandre Gomes (12.º A1); K
gente e livros
edições
Novidades literárias 7 LEYA. Dois Anos, Oito Meses e Vinte oito Anos, de Salman Rushdie. No futuro próximo, depois de Nova Iorque ser assolada por uma tempestade, principiam acontecimentos estranhos, como por exemplo, um jardineiro descobrir que os seus pés já não tocam no chão, ou uma bebé identificar a corrupção com a sua mera presença. Sem o saberem, todos eles são descendentes dos seres fantásticos, caprichosos e lúbricos conhecidos como jinn, que vivem num mundo separado do nosso por um véu.
CASA DAS LETRAS. Amor e Matemática, de Edward Frenkel. A paixão de Edward Frenkel pela matemática levouo a escrever um livro que convida à descoberta de que os conceitos matemáticos vão muito para além daquilo que aprendemos na escola, e de como são eles que explicam os mecanismos que regem a nossa vida e do mundo à nossa volta. Em «Amor e Matemática» o famoso matemático revela o lado belo da matemática, elegante como uma obra de arte.
D. qUIXOTE.
A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha, de David Lagercrantz. Neste thriller carregado de adrenalina, a genial hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist enfrentam uma nova e perigosa ameaça que os leva mais uma vez a unir as suas forças. Uma noite, Blomkvist recebe um telefonema de uma fonte confiável declarando ter informação vital para os Estados Unidos. A fonte tinha estado em contacto com uma jovem mulher, uma super-hacker que se parecia com alguém que Blomkvit conhecia bem de mais. As consequências são surpreendentes.
TOP SELLER. A Rapariga do Comboio, de Paula Hawkins. De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, que conduz o leitor numa viagem envolvente, perturbadora e arrepiante. Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente. Até que um dia, Rachel assiste a algo errado com o casal... Perturbada, decide falar com a polícia e, a partir daqui, torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos. K
Svetlana Aleksievitch
7 «O comunismo tinha um plano louco - transformar o homem antigo, o vetusto Adão. E isso foi conseguido... foi talvez a única coisa que se conseguiu.» In «O fim do homem soviético»
Svetlana Aleksandrovna Aleksievitch é a mais recente Nobel da Literatura. Escritora e jornalista bielorrussa, de 67 anos, foi galardoada com o prémio este ano, “pela sua escrita polifónica, monumento ao sofrimento e à coragem na nossa época”, refere a Academia Sueca. Trata-se da primeira jornalista a ser distinguida com o Prémio Nobel da Literatura. Da autora, foi publicado este ano em Portugal o livro “O fim do homem soviético - um tempo de desencanto”, da Porto Editora. A chancela refere que “ao longo de 35 anos, Svetlana Aleksievitch tem escrito sobre a identidade russa, sobre o seu passado e futuro”.
É considerada uma das autoras mais prestigiadas a escrever sobre a URSS e os seus trabalhos têm recebido uma enorme
aceitação por parte da crítica. Com pai bielorrusso e a mãe ucraniana, a escritora nasceu em Stanislav, hoje IvanoFrankivsk, na Ucrânia, mas cresceu na Bielorrússia. Entre 1967 e 1972, Svetlana Aleksievitch estudou jornalismo na Universidade de Minsk. Após completar o curso mudou-se para Beresa, na província de Brest, onde trabalhou no jornal e escola locais. Mais tarde, Aleksievitch conseguiu voltar para Minsk, onde trabalhou na Sel’skaja Gazeta. Numa entrevista recente, a escritora afirma que não está a “tentar produzir um documento, mas a esculpir a imagem de uma era”. “É por isso que demoro sete a dez anos a escrever cada livro”, confessa. K Tiago Carvalho _ Direitos Reservados H
CRÓNICA
Cartas desde lá ilusion 7 Querido amigo: Ya estamos metidos de lleno en el curso, y, como en años anteriores, he comenzado a desarrollar un programa de educación y desarrollo de la inteligencia emocional de mis alumnas/os. Como siempre, he comenzado con un ejercicio de autoconocimiento (un “collage” dedicado a mostrar cómo es cada uno tanto a sí mismo como al resto de compañeras/os), pero este año voy a girar un poco y centrarme más en el tratamiento de la emocionalidad en relación con la agresividad. La razón es que a veces surgen noticias sobrecogedoras de niños o adolescentes que se suicidan por causa del padecimiento que les provoca el acoso escolar o “bullying”. Lo más estremecedor es que estas conductas suicidas empiezan a aparecer más tempranamente, como en el caso del niño de 11 años que se suicidó hace unos pocos días porque “no quería volver al aula”. Por otra parte, nunca podemos perder de vista que el “ciberacoso” es una realidad muy dañina entre nuestras/os alumnas/os. Dado que no podemos estar ejerciendo de “policías” con nuestros alumnos, creo que nuestra mejor contribución a la erradicación de este problema es el trabajo diario de la realidad y los problemas de la agresividad, ya sea manifiesta, o sea larvada u “oculta”. Es cierto que estamos en una sociedad que fomenta la agresividad y esto es un factor añadido que hemos de tener siempre presente. Por todo ello, mi plan consiste en conseguir que mis alumnas/os se acepten a sí mismas/os, como te decía en mi carta anterior, partiendo del supuesto de que la aceptación de sí misma/o ha de generar una sinergia de aceptación de
los demás, eliminando pretensiones de superioridad por parte de las/los alumnas/os que pueden generar conductas agresivas. Estoy convencido que el desarrollo y mantenimiento de actitudes de respeto, de confianza, de camaradería/amistad, de ayuda mutua, etc., se encuentra en la base de un fortalecimiento de las personas y de las relaciones sociales entre ellas, y, por consiguiente, también en la base de la eliminación de las conductas agresivas. Por eso, seguiré practicando los principios del aprendizaje cooperativo (o colaborativo) como base fundamental de mi actuación, tratando de conseguir que cada una/o de mis alumnas/os aporte lo mejor de sí misma/o. Junto con esta base de aprendizaje cooperativo, trataré de promover la transparencia en las relaciones interpersonales porque creo que es el ocultismo y la falta de transparencia en dichas relaciones lo que se encuentra en la base de cualquier tipo de acoso escolar. Por eso, intentaré crear un clima de acogida por parte de todos en relación con los demás, generando un ambiente de optimismo y satisfacción por el trabajo realizado y por los éxitos grupales, así como de orgullo por la pertenencia al grupo y por la contribución de cada una/o al desarrollo de todos sus compañeros. Voy a sugerir un lema para nuestra actuación diaria que puede concretarse, más o menos, en la expresión siguiente: “¿Cómo puedo ayudar yo hoy?”. De esta manera, cuando surja alguna dificultad, sea personal o grupal, trataré de activar el “dispositivo de ayuda” por parte de todos... Espero que esto resulte suficientemente eficaz como para mantenerlo a lo largo de todo el curso. Soy consciente de la dificultad que puede suponer para
algunos alumnos aceptar ser ayudados, pero trataré de generar situaciones en las que unos u otros (y, al final, todos) sean capaces de experimentar la necesidad de ser ayudados y, en consecuencia, aprendan a solicitar la ayuda como algo normal en la vida del aula (y espero que esto sea fácilmente transferible a su comportamiento fuera del aula), e, incluso, que lleguen a sentirse satisfechos por haber sido capaces de aceptar la ayuda y haber sido ayudados. Sabes que una de mis convicciones básicas es que el optimismo y el sentido positivo ante la vida, las personas, los acontecimientos y la cosas es la base del éxito personal desde todos los puntos de vista. Espero que mis alumnos lleguen al final de este curso con una sensación intensa de haber conseguido el éxito que estamos buscando, tanto desde el punto de vista personal como grupal. Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad! K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
OUTUBRO 2015 /// 019
press das coisas
vidas da academia
David Fonseca «Futuro Eu» 3 É o primeiro álbum de David Fonseca cantado em português. O músico nunca tinha editado um álbum todo em português. Os sinais de que isso poderia vir a acontecer começaram quando David Fonseca colocou inesperadamente disponíveis algumas canções online, casos de «Futuro Eu», «Chama-me Que Eu Vou» e mais recentemente «Hoje Eu Não Sou». K
Capa iPad com Bateria 3 Elegante, simples, agradável ao toque e muito completo, este gadget de proteção e carga para iPads, protege o seu equipamento quando anda em serviço ou em viagem, quer no aspeto quer na energia para trabalhar de forma mais fiável e diligente. Custa 49,95 euros. K
7 Latada O novo ano letivo no ensino superior aí está. As festas de receção aos caloiros e as tradicionais «latadas» percorrem o país na perspetiva de melhor integrar os que agora entram pela primeira vez numa universidade ou politécnico. A vida de estudante também tem destas coisas. Este ano, na UBI foi assim. K
Prazeres da boa mesa
Tortinha de Requeijão da Beira Baixa e Doce de Abóbora (10 pax) 3Para a Torta (10 pax): 120 g de Gemas pasteurizadas 500 g de Ovos pasteurizados 80 g de Açúcar Para o Recheio da Torta (10 pax): 300 g de Requeijão B. Baixa DOC 75 g de Açúcar 1 dl de Natas 1/2 Vagem de Baunilha do Tahiti 150 g Doce de Abóbora Serra da Gardunha Q.B. de Canela em pó Preparação: Bater todos os ingredientes até quadruplicar de volume. Verter num tabuleiro forrado com papel vegetal. Cozer em forno a seco, a 180º C durante 15 minutos. Deixar arrefecer. Deixar o requeijão a escorrer de véspera, num passador. Bater na batedeira com as varas o requeijão, o açúcar e as natas fervidas com a baunilha aberta (depois de frias), até ficar uma mistura homogénea. Barrar a torta com o queijo, polvilhar com canela e fazer um cordão de doce. Enrolar em película e reservar no frio. Para a Telha de Castanha (10 pax): 15 g de Sumo de laranja 65 g de Açúcar 15 g de Farinha 20 g de Castanha Soutos da Lapa DOP 25 g de Manteiga derretida
020 /// OUTUBRO 2015
lizar com a flor de leite (espuma).
Preparação: Misturar todos os ingredientes. Fazer bolinhas e levar ao forno, sobre um silipate a seco a 180ºC até ficar dourado. Reservar. Para o Shot de Morangos (10 pax): 1 C.S de Mel da Serra da Lousã DOP 300g Morangos 1 Laranja em sumo e Zeste 2 Pés de Poejos do Rio 250 ml Leite Meio Gordo 20 Mirtilhos Preparação: Cortar metade dos morangos e o res-
tante triturar. Levar ao lume o mel, o sumo e a zeste de laranja até ferver. Juntar o morango nas duas formas e o poejo do rio, deixar levantar fervura e retirar do lume. Colocar no copo e fina-
Empratamento: Com todos os elementos, fazer a montagem de acordo com a foto, guarnecendo com uma bola de gelado, morangos e mirtilhos. K Mário Rui Ramos _ Executive Chef
Bocas do Galinheiro
Comédia italiana e não só
o amplo e eficaz naipe de actores, onde os secundários acabam por ser determinantes e as jovens promessas acabam por confirmar todo o seu talento, bem patente nas fulgurantes carreiras que tiveram, casos de Mastroiani, Gassman e, hélas, Claudia Cardinale. O plano era bom mas a sua execução é um desastre. Após um sem número de incríveis peripécias, desde o roubo de uma câmara super 8, para fazerem o reconhecimento das área, tudo acaba por sair mal, ou quase. Conseguem entrar na casa, graças às manobras de Peppe com a criada, instalam-se e na grande noite enganam-se na parede e partem a da sala para a cozinha onde Cappanelle atacava a comida, como era seu hábito. Com o dia quase a nascer, restoulhes lançarem-se à tachada de massa, sem que antes rebentassem o fogão por causa duma fuga de gás. Depois lá foram às suas vidas, com alguns desvios pelo
caminho, como seja, desgraça, ficarem no meio dos trabalhadores, ou pior, caírem nos braços do trabalho! No dia seguinte aos jornais titulavam que os desconhecidos do costume, usando o golpe do buraco, roubaram massa com feijão. Hilariante! Um filme que é hoje um dos clássicos da “comédia à italiana”, um estilo onde sátira e crítica social andaram sempre de mãos dadas, aqui com um toque de policial, numa época em que o neorrealismo era exemplo sólido num país onde ainda se sentiam as sequelas do pós-guerra: a problemática do desemprego é marcante nesta fita, apesar da forma satírica como (bem) é tratada. Com argumento de Mario Monicelli, Suso Cecchi D’Amico, Age & Scarpelli, fotografia, num primoroso preto e branco de Gianni Di Venanzo e música de Piero Umiliani, com um delicioso toque de jazz, este magnífico filme, nomeado para o Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro, integra qualquer lista das melhores comédias do cinema. O êxito de “Gangsters Falhados” originou precipitadas sequelas, a italiana “L´audace colpo dei soliti ignoti”, 1959, de Nanni Loy, com alguns dos protagonistas do primeiro filme, e com uma banda sonora, com música novamente de Piero Umiliani, mas aqui com o grande Chet Baker acolitado por um excelente grupo de músicos italianos e americanos e a versão norte americana, “Welcome to Collinwood”, 2002, de Anthony Russo e Joe Russo que, apesar da produção de George Clooney e Steven Solderberg e a presença de alguns actores habituais em produções independentes, caso de William H. Macy, ficou muito longe do original. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa com Joaquim Cabeças _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
7 Aqui no galinheiro, pelamo-nos por uma boa comédia. E a que hoje nos cá traz é particularmente saborosa. Não só pela massa fora de horas, mas sobretudo por lembrar horas bem passadas, a vê-la na velhinha VHS, mas sobretudo porque entremeada por uma boa conversa e boa musica, jazz claro. Estamos a falar da fita de Mario Monicelli “Gangsters Falhados” (I Soliti Ignoti, 1958). À boleia do êxito do famoso policial “Rififi”(1955), de Jules Dassin, 1954, esta divertida paródia, onde também perpassa a atmosfera do film noir americano, conta-nos a história de Cosimo (Memmo Carotenuto), chefe de uma desgraçada quadrilha de pequenos ladrões, preso por tentar roubar um automóvel, e que na prisão ouve uma dica de um plano para um audacioso golpe, golpe esse que consiste em roubar o cofre de uma casa de penhores a partir da parede de um apartamento vazio contíguo. Mas para isso precisa sair da prisão. É aí que aparece Peppe (Vittorio Gassman), um pugilista amador a precisar do dinheiro que é convencido por Capannelle (Carlo Pisacane), compincha de Cosimo a ficar preso no lugar deste. Só que a polícia percebe o ardil e acabam os dois presos. Porém Peppe consegue sair da prisão e convence Cosimo a revelar-lhe o plano de forma a reunir a quadrilha para o executar. A quadrilha integra Mario (Renato Salvartori) um aprendiz de ladrão que compra prendas em triplicado para as suas três “mães” do orfanato onde cresceu, o típico jovem à deriva do pós-guerra, que se põe em contacto com Michele, dito Ferribotte, mais por causa da irmã que este tenta esconder em casa, a bela Carmelina (a estreante Claudia Cardinale), um siciliano muito suscetível, Tiberio Marcelo Mastroiani), um fotógrafo desempregado que vive com o seu filho pequeno, e Dante Cruciani, um velho mestre arrombador de cofres, magistralmente interpretado por Totò, dando formação aos candidatos a arrombadores sobre a ciência que envolve tal delicada operação. Aliás, um dos pontos fortes do filme é exactamente
www.ensino.eu OUTUBRO 2015 /// 021
Quatro rodas
Mistérios das corridas de automóveis c De entre as várias definições da palavra arqueologia, o “estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida”, talvez seja a definição que mais se aproxima do que é comumente entendido. Como podem constatar, hoje estou virado para um assunto do antigamente. Só que o assunto não é assim tão antigo. Por isso tentei ver se o poderia enquadrar, numa nova evolução da arqueologia, a chamada arqueologia industrial. Fui procurar de novo uma definição, agora para esta variante. Encontrei rapidamente uma definição que me satisfez, desta feita num site espanhol. Para que não haja imprecisões na tradução, deixo o texto na língua de Cervantes: “es una de las ramas más recientes de la arqueología, la cual se dedica al estudio de los sitios, métodos y maquinaria utilizada en el proceso industrial, especialmente durante y tras la revolución industrial, así como las formas de comportamiento social y hábitat derivadas de dicho proceso”. Pois, não é bem de revolução industrial de que vou escrever, mas dos restos civilizacionais daquilo que foi o circuito urbano de fórmula 1 em Valência. Sempre estranhei, porque é que naquela autonomia se gastaram 300
milhões para ter cinco grande prémios (de 2008 a 2012), quando nos arredores da terceira cidade espanhola, existe um autódromo bem equipado para receber qualquer tipo de corridas. Sabendo desta história lá fui para a zona portuária buscando indícios do que há 3 anos ali se passou. Entrei pelo lado da cidade das artes e ciências, e
o primeiro sinal do circuito, foi o avistamento da rede FIA, que delimita as zonas de segurança. Lá vi que, toda a variante oeste do circuito, ainda está completa, mas bastante tocada pela deterioração provocada pelas chuvas de inverno e pelo escaldante sol de verão. Toda esta zona está selada num terreno quase sem construções onde podemos
ver alguns armazéns e um cemitério. A parte leste do circuito, essa, foi completamente disfarçada com floreiras e blocos de cimento para delinear novas ruas. Lá encontrei a ponte, que parece, deixou de o ser, pois sendo retrátil, não acredito que mais alguma vez tenha servido para passagem de carros de um lado para o outro da marina. Decidi por último, dar um passeio a pé na zona das partidas e box. Lá, encontrei a “pole position”, testemunhada pela foto onde também se pode ver a linha de meta com os necessários rasgos no asfalto, para as antenas dos “transponder”. Enfim, foi uma investigação interessante, onde não consegui resolver o mistério que levou à criação desta mega estrutura, que suportou o aparecimento fugaz da fórmula 1 em Valência. Por lá, parece-me haver alguma vergonha, nesta situação. Por cá, tivemos em menor escala é certo, um caso parecido. Talvez com um envolvimento diferente, é no entanto senso comum, que o ressuscitar do circuito da Boavista, não merecia uma segunda vida tão curta. Será que, quem não viabilizou a sua continuidade, já está arrependido? Fica o mistério…à moda do Porto. K Paulo Almeida _
setor automóvel Mercedes-Benz Classe G chega em dezembro
Novo Opel Astra a partir dos 20 970
3 O jipe Classe G da Mercedes-Benz tem gama renovada, com um novo motor V8 4.0 biturbo. Prevê-se que as primeiras unidades do G 500 4x4 cheguem aos concessionários no final deste ano, estando os restantes G disponíveis para encomenda, com previsão de chegada para janeiro. Além da potência aumentada em cerca de 16% a gama regista também uma redução de consumo de combustível de 17%, renovação do design exterior e interior. Os preços começam nos 133 500 euros para a versão G 350 d. K
3 A nova geração do Opel Astra já tem preços, que arrancam nos 20 970. O familiar alemão chega a Portugal a 19 de novembro. Entre outros, conta com o seguintes equipamentos: ar condicionado, quatro vidros elétricos, volante forrado a couro, fecho centralizado de portas com comando à distância, computador de bordo, programador de velocidade com limitador, espelhos retrovisores com regulação elétrica e aquecimento, rádio com entrada USB e sistema Bluetooth, e sistema de monitorização de pressão de pneus. K
Peugeot 308 GTi em novembro 3 Chega em novembro ao mercado português o novo modelo Peugeot 308 GTi. Os preços do compacto desportivo arrancam nos 40 500 euros. Conta com um motor 1.6 e-THP com 270 cv e está dotado de grelha frontal Damier; para-choques dianteiro e traseiro específicos; defletores à frente; faróis Full LED com assinatura luminosa; jantes de liga leve 19” Carbone19 com pneus Michelin Pilot Sport; aileron e capas dos retrovisores exteriores em preto nacarado; dupla saída de escape, entre outros. K Publicidade
022 /// OUTUBRO 2015
Educação sem fronteiras
Ensino Magazine em Madrid e no México 6 O Ensino Magazine vai participar, enquanto media partner do evento, no maior salão de tecnologia de educação da Península Ibérica. No Simo Educación, que decorre na Feira Internacional de Madrid, de 28 a 30 de outubro, a nossa publicação terá um expositor de 12 metros quadrados e irá distribuir a edição de outubro aos seus visitantes. Este salão, dedicado aos profissionais do setor, decorre anualmente na capital espanhola e é organizado pela IFEMA. Recorde-se que este ano o Ensino Magazine já tinha participado na Feira Internacional de Educação de Moçambique, em maio, tendo marcado presença também como media partner e com expositores nas duas principais feiras de educação e juventude realizadas em Portugal, a
comunicações e internet. Para o Ensino Magazine a participação na feira espanhola surge integrada na estratégia que a publicação tem vindo a seguir no sentido da sua internacionalização.
Futurália, no parque das Nações, em Lisboa, e a Qualifica, na Exponor, no Porto.
No Simo Educación estarão representadas instituições de ensino superior, para além de instituições e
empresas ligadas ao mundo digital, ao setor audiovisual e ao meio editorial. É também neste certame que
serão apresentadas novas ferramentas digitais para a área da educação, bem como operadores de tele-
MÉXICO Entretanto, também este mês o Ensino Magazine é parceiro da Cepa Gratia, no México, no evento El Diario de la Vid. Uma iniciativa que tem lugar no Senado da República, na cidade do México, onde estarão presentes representantes da Embaixada portuguesa. Esta atividade realizase anualmente e pretende associar os vinhos de um determinado país, à sua cultura e às estações do ano. Nesta edição estarão representados vinhos portugueses, espanhóis, mexicanos e italianos. K
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Madrid
SIMO EDUCACION 2015
6 SIMO EDUCACIÓN 2015, Salón de Tecnología para la Enseñanza, que organiza IFEMA en colaboración con la revista Educación 3.0., se perfila, una vez más, como una importante plataforma de información y novedades tecnológicas orientadas al ámbito docente. El Salón, que se celebrará entre los próximos días 28 y 30 de octubre en Feria de Madrid, ofrecerá a la comunidad educativa profesional un escenario de referencia en materia de tendencias, novedades y soluciones TIC para el aula, con un formato de gran dinamismo que combinará la exposición comercial, con múltiples conferencias, experiencias de éxito, talleres y premios a la innovación y al emprendimiento, entre otras propuestas. En un primer avance de participación, SIMO EDUCACION contará con la presencia de grandes empresas del sector entre las que se encuentran BQ, Canon, Casio, Dell, Epson, Facebook, HP, Intel, Microsoft, Prome-
thean, Samsung, Santillana, Smart, Telefonica Educacion Digital, Vicens Vives Digital, Ctouch, Legamaster, Mcgraw-hill; distribuidoras de tecnología para los centros educativos, como Tech Data, Rossellimac, K-tuin, Goldenmac, Charmex, Computers unlimited, y plataformas de gestión y de contenidos educativos, como Alexia, Xtend, Educamos, clickedu. La oferta de SIMO EDUCACIÓN se completará con un programa de actividades en el que tomarán parte más de 200 ponentes de primera línea nacionales e internacionales, expertos en el desarrollo de proyectos y experiencias con base en las TIC en el ámbito docente. El programa, abordará una amplia temática en torno a todas las etapas de educación obligatoria y ofrecerá una perspectiva de las líneas de avance en las que trabajan algunos docentes, a través de una selección de 38 experiencias TIC en educación. Además la Comisión Sectorial TIC de la Conferencia de Rectores de las Univer-
sidades Españolas (CRUE), organizará tres sesiones específicas orientadas a todos los perfiles profesionales del ámbito universitario, público y privado; se hablará también de Formación Profesional, de técnicas de gamificación en la jornada Gamification World Meetup Edición Especial, y el Instituto Nacional de Tecnologías Educativas y de Formación del Profesorado –INTEF– del Ministerio de Educación, Cultura y Deporte, organizará ponencias y talleres sobre eTwinning y Recursos Educativos Abiertos. No faltarán en esta edición los Premios SIMO EDUCACIÓN que, por tercer año consecutivo, destacarán la labor de los profesionales y las entidades que favorecen el desarrollo y la implantación de soluciones TIC en el Sector Educativo, así como el concurso 15 Minutos de Gloria, convocado a través de redes sociales y orientado a favorecer la difusión de nuevas ideas y proyectos de innovación TIC también en este ámbito. K
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