Novembro 2017 Diretor Fundador João Ruivo
Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XX K No237 Assinatura anual: 15 euros
www.ensino.eu
ensino magazine jovem universidade
UBI no ranking de Shangai C
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universidade
Évora está mais forte politécnico
Leiria com ambição C
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politécnico
C. Branco lidera projetos C
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politécnico
Guarda, cidade da saúde C
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Distribuição Gratuita
“o surto de legionella deveu-se aos cortes orçamentais”
A luta armada da médica Isabel do Carmo C
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internacional
João Ruivo avalia IPMacau C
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portalegre
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Enove+ envolve comunidade C
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Direitos Rervados H
inovação
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Jaime Marta Soares, Presidente da liga de bombeiros e da ag do Sporting
Comboio do saber entre WebSummit e a i-Danha C
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“Bombeiros são os heróis deste país” C
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Isabel do Carmo, médica
«O surto de “Legionella” deveu-se aos cortes orçamentais» 6 Da sua experiência revolucionária, do ativismo político, das décadas de serviço no hospital mais importante do país e as novas modas alimentares. De tudo isto e muito mais fala a médica Isabel do Carmo. “Luta Armada”, o livro que acaba de editar, é um contributo para combater a desinformação e o desconhecimento sobre o período da histórica após a revolução de abril? Foram precisamente esses os motivos que me levaram a escrever o livro. Normalmente são bastante omissas as referências às ações armadas e ao seu contributo para a queda da ditadura. Fala-se muito Publicidade
mais de outro tipo de movimentações. Por outro lado, há muitos aspetos que foram alvo de deturpação. Por exemplo, a ideia de que se mataram pessoas. Os três grupos armados que existiam tiveram sempre como objetivo não cometer assassinatos, o que é bastante original, porque este comportamento não teve réplica em mais nenhum país. A quem é que interessa que este período fique numa certa obscuridade? Interessa às pessoas de direita, no fundo, a todos aqueles que querem conotar as organizações de esquerda, nomeadamente as que
se situavam numa esquerda mais radical, com o terrorismo. E já agora, deixe-me acrescentar, que para além de interessar à direita, também interessa a uma certa esquerda bem comportada. É uma visão que repudio e que é totalmente falsa. Depois deste livro, de que modo é que a história a vai lembrar? Espero que com este livro a memória histórica a meu respeito seja mais esclarecida. Até porque falo da minha vida, das minhas motivações, do meu percurso, etc. Desejo ser recordada como uma mulher que teve posições radicais em relação à ditadura.
Não havia de todo alternativa à luta armada? Não havia, e isso foi sendo demonstrado ao longo da história da ditadura. Logo no princípio registouse uma reação violenta à ditadura, ao contrário daquilo que passou. A ditadura não foi aceite de uma forma pacífica. Houve reações, o chamado «reviralho», e mesmo numa fase posterior registaram-se picos de alguma violência contra o regime. A partir de determinada altura chegou-se à conclusão de que a transição pacífica não era possível e a alternativa era lutar de armas na mão. E lutámos, antes de tudo, pelo derrube da ditadura e pela liberdade. Mas também o fizemos pelo socialismo e contra a guerra colonial.
Diz que as bombas tinham mais impacto do que a propaganda ou a convocação de greves. De que forma é que estas ações enfraqueceram e desorientaram o regime de Salazar? O regime estava habituado a um tipo de luta não muito forte. Por exemplo, em Espanha, a luta protagonizada pelos movimentos sociais revelava-se muito mais intensa. Em Portugal tivemos alguns movimentos sociais fortes e confrontos, alguns registaram vitimas, como aconteceu nas minas de Aljustrel, mas depois existiam outras coisas semi-legais, que podiam ser petições, movimentações associativas, etc, que acabavam sempre em repressão. A polícia e o regime estavam habituados a esta rotina de reprimir e prender. Quando começam a dar-se explosões, visando, nomeadamente, alvos do aparelho de Estado, isso desorientou a polícia, que desconhecia a origem destes atos. E o regime, que assentava a sua força na segurança, ficou baralhado. Participou num livro de entrevistas com José Jorge Letria, chamado “A luta também cura”. Sentiu isso? Foi um trocadilho feliz que deu título ao livro. Sendo eu médica, e tendo dedicado toda a minha vida às questões do tratamento dos doentes, mas tendo enxertado na minha vida aspetos da luta política, é como se essa luta fosse vista como uma espécie de tratamento. Tem dito que a luta armada não faz sentido nos dias de hoje. Porquê? Na Europa e em Portugal a luta armada não tem lugar, nem faz sentido. Primeiro que tudo porque
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é ineficaz. Qualquer combate com objetivos de transformação social profunda e de mudança social alicerçada numa luta armada pontual não seria consequente. O atual sistema não ficaria de pernas para o ar. Durante a ditadura o regime era muito centralizado e portanto os acontecimentos eram relativamente circunscritos. Atualmente, temos um poder mundial, ate porque os estados têm perdido parte da sua soberania. As grandes decisões são tomadas a nível global, em grupos mais ou menos restritos e discretos. E como qualifica as manifestações violentas e destruidoras que se mobilizam junto, por exemplo, às cimeiras do G-20? Tratam-se de atos de ilegalismo, que eu acho legítimos, que eventualmente enfraquecem a estrutura do sistema. Duvido que tenham eficácia em termos de mudança radical, mas simbolizam um ato de revolta social perante o funcionamento do sistema vigente. Estes ilegalismos, a maior parte das vezes protagonizados pelos jovens, abalam o sistema, mas não o conseguem derrubar. No seu tempo de experiência revolucionária não havia internet, nem redes sociais. Estas são as lutas armadas dos tempos modernos? A internet é a nova arma dos tempos modernos. Por um lado, uma arma do poder e também contra o poder. Os «Panamá Papers», os «Paradise papers» e outras grandes denúncias abalam fortemente o sistema e, quem sabe, um dia pode ir ao nó do sistema. Estamos perante um mundo novo, em que temos novos meios de poder, novos meios de produção e também podem – e estão a ser – os novos meios de revolta. Veja-se, por exemplo, o caso de Snowden. Vivemos tempos desconcertantes. Diz que a «democracia formal não está a dar resposta». Que sugere? Uma sociedade civil mais ativa, mais participante, mais reivindicativa. E isso nem sequer é ilegalismo, é apenas a sociedade a tomar conta de si própria. A par do Parlamento, das vias democráticas, dos períodos eleitorais, haver formas de auto-organização das pessoas em que os cidadãos decidam sobre as suas instituições e o rumo a dar ao seu dia a dia. Nesse campo há ;
muito para fazer. Assim haja espírito junto da população para promover essas formas de auto-organização. Seria bom seguir o exemplo inglês em que a sociedade civil está super organizada em variadíssimas associações, o que é meio caminho para constituir um poder paralelo. Em vários testemunhos que tem dado, fala do «ressurgir do cristianismo primitivo». O que quer dizer com isto? O que é curioso é que no meio da situação difícil do ponto de vista mundial, em que muitos chefes de Estado são pela desigualdade e pelo autoritarismo – alguns deles até podem ser psicopatas, como é o caso de Trump – em que se verifica um refluxo dos bens adquiridos, os trabalhadores estão a ser mais sacrificados, a perder direitos e a trabalhar muito mais do que as oito horas pelas quais lutaram, surge uma personalidade em completa contra-corrente e a denunciar o retrocesso que está a acontecer. O Papa Francisco é muito atrevido naquilo que diz e verdadeiramente anti-sistema capitalista, é pelos pobres e porque não dizê-lo, é pela revolta. É uma espécie de reviver do cristianismo primitivo e um retorno às bases cristãs, o que motiva muitas associações e movimentos cristãos de base se sintam amparados
num momento tão difícil. A troika já lá vai, mas deixou marca, especialmente em Portugal. Ainda há marcas dessa intervenção? A intervenção da troika foi o culminar da vitória do mundo financeiro, em que o dinheiro circula como se fosse uma lotaria. E este período foi iniciado com as medidas que começaram a ser tomadas por Reagan em Washington e Thatcher, em Londres, na transição das décadas de 70 para 80. E o curioso é que a crise começa no mundo financeiro, precisamente pelo colapso dos bancos. A esse colapso os bancos acabaram por sobreviver calmamente à crise por eles provocada, à parte da prisão do senhor Madoff, elevado a bode expiatório da história. E depois ainda tiveram o desplante de passar a mensagem que a crise se deveu às pessoas que gastaram o que tinham e o que não tinham. Outros viveram acima das suas possibilidades, não fomos nós. Mas como em todas as crises são as classes mais desfavorecidas que sofrem. Defendeu em 2013 uma reunião dos partidos de esquerda no poder. O seu desejo concretizou-se poucos anos depois. Que balanço faz? Essa coligação permitiu que se revertessem muitas situações im-
postas pelo catastrófico governo de Passos Coelho. Portugal e os portugueses viveram um período muito cruel, que em muitos setores da sociedade ainda se notam as sequelas. Ideologicamente dominou a conceção que deviam existir os muito ricos e os muito pobres e que os primeiros deviam ser caridosos com os mais desfavorecidos. À custa deste pensamento foi subtraído o orçamento da saúde e da educação e esteve em risco a segurança social. A “geringonça” tem pernas para andar até ao final da legislatura ou algum dos parceiros, eventualmente o PCP, vai rasgar o acordo? O PCP não tem escolha. Se os comunistas quebrarem este governo, assente numa maioria parlamentar, é responsável pela vitória da direita. O PCP foi inteligente em ter aceite este acordo, mas não está a ser maleável em termos autárquicos ao recusar lugares nas vereações e alianças com o PS. O PCP está a pagar o bom desempenho económico do governo? Foi um grande rombo para um partido com cariz autárquico como o PCP, mas eles precisam de olhar em frente e jamais podem ser responsabilizados por um eventual regresso da direita ao poder e, em
última análise, abrir caminho à sua própria destruição. Um papel que o PCP deve assumir passa por, em sede parlamentar, exigir mais orçamento para a saúde, uma área que bem carenciada está. Conheceu por dentro o Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante décadas. Concorda com os que dizem que o seu desmantelamento foi evitado? O SNS foi fruto de lutas que tiveram origem ainda antes do 25 de abril e que conheceram seguimento após o período revolucionário, com a criação dos centros de saúde e que culmina na legislação e na lei de bases. É um SNS baseado no que existe na Inglaterra e na Escandinávia, tendo como base o Orçamento do Estado e, consequentemente, os impostos que os contribuintes pagam. É um sistema igualitário, dotado de profissionais com uma belíssima formação, sejam médicos ou enfermeiros. Todos têm uma carreira longa, rastreada e com muitas avaliações, tornando a sua qualidade reconhecida internacionalmente. É este capital que faz da nossa cobertura em termos de saúde extraordinária. Mas parece consensual que existiu um retrocesso em muitos aspetos…
O sucessivo avanço do poder financeiro e da ideologia contra o Estado veio a afetar tudo aquilo que é feito na base da estrutura do Estado. Os orçamentos para a saúde registaram forte decréscimo. Os centros de saúde, hospitais e os equipamentos ao fim de quatro ou cinco anos provocados pela desorçamentação começam a ressentir-se. As unidades hospitais têm atualmente muitas carências, apesar de termos procedimentos de tratamentos ao nível dos melhores hospitais do mundo. Mas a rotina do hospital, ou seja, o acesso às consultas, o acesso as cirurgias e as enfermarias não podem deixar de espelhar as dificuldades de orçamento. Mas nem tudo é negativo. Recentemente abriram unidades de saúde familiar, o que considero um passo importante. A saúde está neste momento mais convulsa do que a própria educação. Há motivos para a reivindicação de milhares de profissionais? Os profissionais de saúde que se têm manifestado, ou seja, os médicos, os enfermeiros e os técnicos de diagnóstico, têm boas razoes para protestar. As carreiras ficaram bloqueadas e os concursos nos médicos, baseados no mérito, não abriram. Tanto nos médicos com ;
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; nos enfermeiros os salários são baixos. Eu própria fui diretora de serviços e o ordenado mal chegava aos dois mil euros líquidos. Perante isto, para profissionais com 30 ou 40 anos, se lhes acenarem de hospitais privados, torna-se difícil resistir a essas propostas. Os hospitais veem-se confrontados com um excesso de doentes para a sua capacidade de atendimento e resposta das enfermarias. O espírito de economizar refletiu-se na redução do número de camas nos hospitais. A região de Lisboa foi das que mais camas perdeu. Está a chegar o inverno, com ele a gripe, e vamos assistir a que os centros de saúde a não estarem com as horas de urgência suficientes para evitar que os utentes congestionem os hospitais com casos clínicos menores. Eu acho que os doentes a quem são atribuídas pulseiras verdes deviam ficar todos nos centros de saúde. O caso da “Legionella” também pode estar relacionado com os cortes orçamentais com reflexos na manutenção hospitalar? Não tenho dúvidas. O surto de “Legionella” deve-se aos cortes orçamentais. De um modo geral os equipamentos dos hospitais estão já muito precários e necessitam de manutenção e substituição. Um setor tão sensível como a saúde não pode estar sujeito aos ditames das finanças e o orçamento que está a ser debatido no Parlamento não é suficiente para as necessidades. Os hospitais estão cheios de dívidas aos fornecedores, o que torna impossível discutir com estes numa base de abatimento. Pelo que sei os fornecedores não se recusam a fornecer os hospitais, mas também não oferecem preços interessantes. Rejeita a visão de má gestão hospitalar? Ninguém gere uma casa bem quando o orçamento é baixo. Há vários anos que há uma suborçamentação na saúde e que agora está cada vez mais patente. Mas, por exemplo, podia haver a recuperação de medidas que foram abandonadas e que não teriam qualquer custo adicional: a deslocação dos médicos especialistas aos centros de saúde o que diminuiria muito as listas de espera das consultas. E o que se verifica é que certas consultas hospitalares registam listas de espera acima do que está estabelecido pela Entidade Reguladora. Quanto às cirurgias, não é o que se anda a dizer por aí. As cirurgias verdadeiramente urgentes são feitas em tempo útil e com grande sacrifício dos médicos. No hospital de Santa Maria opera-se ao sábado de manhã, para receber uma retribuição diminuta. Para concluir, falemos sobre ali-
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nesta etapa da vida que os seres humanos ganharam, de uma forma geral. É certo que há cancros que se relacionam com fatores ambientais, alimentação e modo de vida, como os do cólon e da mama. Mas outros há que nada têm a ver com o ambiente e que dizem respeito à desorganização celular que é a tal sorte ou azar de que falam os especialistas nestas matérias. Nós somos muito antropocêntricos, e pensamos muito na nossa pessoa e na nossa vida, mas o universo é mais complexo do que o ser humano. É uma profunda conhecedora dos comportamentos alimentares dos portugueses. Acha que nos últimos tempos tem havido uma nova consciência, nomeadamente ao nível escolar? A literacia foi especialmente aumentada em termos alimentares. Há mais a ideia que as pessoas têm que ingerir vegetais e fruta e cortar nas gorduras. Agora o mercado está invadido por alimentos hipercalóricos e é neste aspeto que reside a explicação para a obsesidade infantil e também dos próprios adultos. É assustador. Nos adultos, em 11 anos, a obesidade duplicou. Nas crianças tem vindo a aumentar menos, mas permanece sem diminuir. O meio que nos circunda é muito obesogénico. Os doces e as gorduras rodeiam-nos e estão disponíveis a um preço muito acessível. Um bolo ou um chocolate, mesmo com dificuldades financeiras, qualquer pessoa consegue comprar.
mentação. Prolifera a literatura sobre como comer melhor, não só nas livrarias, mas também na internet. Emergem novas tendências como o Paleo. Como observa estas novas tendências alimentares? Fico muito preocupada com estas receitas mágicas que aparecem um pouco por todo o lado. A maior parte dos livros que vejo são fantasias e espírito mágico. São modas que vendem. A febre do Paleo é uma moda? Claro. É ridículo imaginar o que os homens e as mulheres do Paleolítico comiam. Daquilo que leio sei
que comiam muito mamute. Se estavam ao pé do rio comiam peixe, os do sul da Europa ingeriam mais vegetais, etc. E depois é preciso perguntar: porque é que a comida do Paleolítico há-de ser boa para a nossa saúde? Não temos nada a ver com o modo de vida deles, a esperança de vida era menor. Era outra coisa. Estas novas modas alimentares são fantasias que dão dinheiro. Mas há mais. Acabar com o glúten, acabar com o leite e beber soja, são modas que têm origem no sítio de sempre, os Estados Unidos, onde existe um mercado de milhões de pessoas.
Eu, que toda a vida bebi leite de vaca, devo deixar de ingerir? Claro que não. O leite é um ótimo alimento e dos mais completos que existem. A moda de não beber leite foi das últimas a ser lançada, a maior parte delas com interesses comerciais. As doenças oncológicas são fonte de preocupação para todos. Que explicações encontra para a disseminação destes fenómenos? As explicações são várias. Vivemos o dobro da esperança de vida que tínhamos há um século e a maior parte dos cancros aparecem
CARA DA NOTÍCIA 6 Especialista nos comportamentos alimentares Isabel do Carmo nasceu no Barreiro, a 12 de setembro de 1940. Acaba de publicar o livro “A Luta Armada”, em que analisa a violência organizada e em particular a ação dos três grupos formados nos últimos anos antes do 25 de Abril. Foi uma das figuras mais destacadas do Processo Revolucionário em Curso (PREC). Foi detida e presa várias vezes pela PIDE, e em 1978 por alegado envolvimento em diversos crimes incluindo assaltos a dependências bancárias. Esteve presa durante um período de quatro anos, sendo posteriormente absolvida. Negou sempre a participação em ataques bombistas durante o PREC. Enquanto médica, especializada em endocrinologia, diabetes e nutrição, dirigiu o serviço de endocrinologia do Hospital de Santa Maria, onde entrou com 17 anos para estudar Medicina – onde se licenciou e doutorou – e apenas de lá saiu aos 73 anos. Atualmente, ainda dá aulas na «sua» Faculdade, nomeadamente o mestrado em “Doenças metabólicas e comportamento alimentar”, para além de manter os seus pacientes no consultório que tem no coração de Lisboa. Fundou a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e a Sociedade Portuguesa de Diabetologia K
Com aprecia o esforço que se tem feito nos estabelecimentos escolares para introduzir os menus vegetarianos e trocar os bolos pelas sandes? São passos importantes e que têm de ser dados. O aumento dos impostos sobre o sal e as bebidas açucaradas teve reflexo, noutros países, no peso das crianças. Devem ser retiradas todas as máquinas de vendas de snacks dos hospitais e das escolas. Relativamente aos bares ou cantinas das escolas, em vez de existirem recomendações, deviam existir proibições. A lei devia ser mais dura e intransigente. As recomendações continuam a ser pouco seguidas. E o que fazer quando as câmaras municipais permitem que um restaurante de fast-food abra mesmo em frente a uma escola? Este combate só se vence com uma política integrada e radical ao nível de todos os ministérios, não apenas o da Saúde e da Educação, mas transversalmente. Mas os interesses e as discussões com a agro-indústria são insuportáveis e bloqueiam qualquer tentativa que colida com os seus objetivos. K Nuno Dias da Silva _ Direitos reservados H
Departamento de Ciências do Desporto
UBI no Ranking de Shangai
Distinguir os melhores
Futsal da UBI nomeado pela FADU
6 O futsal da AAUBI está em destaque nas nomeações para os prémios dos melhores do ano da FADU – Federação de Desporto Universitário. Rafael Abdul é candidato a melhor Atleta Masculino, Arménio Coelho está indicado para Melhor Treinador; e a formação de Futsal Masculino, campeã europeia universitária, está selecionada para o prémio Equi-
pa. Os vencedores vão ser apurados através da votação dos clubes, da votação de um júri do público em geral. Para votar, basta clicar “Gosto” na fotografia do nomeado disponível na página de Facebook da FADU. https://www. facebook.com/pg/fadupt/ photos/?tab=album&album_ id=1972600586087513 K
Feira de educação na China
UBI marca presença 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) esteve representada na China Education Expo, que decorreu, entre 21 e 29 de outubro, nas cidades de Pequim, Guangzhou e Shangai, tendo recebido a visita de milhares de estudantes chineses. A presença foi realizada no âmbito do projeto “Universities Portugal”, que levou as instituições de Ensino Superior nacionais ao continente asiático. Jorge Madeira, dos Serviços Académicos da UBI, foi o representante da instituição no stand destinado a promover o Ensino Superior português, tendo dado conta aos estudantes chineses
das vantagens de estudar na UBI, nomeadamente a qualidade de ensino de padrão Europeu e as condições de acesso, em particular o facto de ser aceite o exame nacional chinês (Gaokao) como prova de ingresso. Em simultâneo, divulgou as condições existentes na Covilhã, ao nível da qualidade de vida, segurança e custos. A ida à China, com a presença em eventos que atraem milhares de visitantes do Ensino Secundário e Superior representa mais um passo no processo de captação de estudantes internacionais pela UBI, que ultrapassam, nesta altura, os mil alunos. K
6 O Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior (DCD-UBI) está classificado no patamar 101-150 do Ranking de Shangai dedicado às instituições académicas de ensino e investigação na área do Desporto e que integra as 400 melhores entidades do mundo que nos últimos cinco anos tiveram um papel ativo em áreas da sua missão, nomeadamente em termos de investigação. Para alcançar esta marca, o DCD-UBI alcançou boas classificações nos indicadores analisados que incluem os artigos indexados na Web of Science, total de citações, citações por artigo, artigos inseridos em revistas científicas do top 25 e a intera-
ção internacional desenvolvida através de parcerias com entidades estrangeiras. No Shangai Ranking’s Global Ranking of Sport Science Schools and Departments 2017 estão listadas apenas seis instituições portuguesas. Além da UBI, surgem as universidades do Porto, Lisboa, Coimbra, Trás-os-Montes e Alto Douro e Técnica de Lisboa. “É uma grande notícia, já é o segundo ano que o departamento está no Ranking, o que é um reconhecimento do trabalho que se tem feito”, sublinha Kelly o’Hara. A presidente do DCD-UBI lembra que este resultado tem ainda mais significado “porque estamos a discutir isto com universidades
que têm três e quatro vezes o número de docentes que a UBI tem. Nós somos onze, mesmo com convidados somos menos de 20 e ao pé desses departamentos esta universidade não tem nada a ver”, considera. O objetivo passa agora por “continuar neste ranking, proporcionar condições para que se consiga manter esse nível, que não é fácil, e que talvez sejam precisas outras questões, nomeadamente ter mais gente a tempo inteiro para poder aumentar estas publicações ou, pelo menos, mantê-las porque definitivamente não é fácil”, lembra a docente. K Rafael Mangana
UBI
Presidentes tomam posse 6 Os presidentes das cinco faculdades da Universidade da Beira Interior (UBI) tomaram posse no dia 8 de novembro. Os eleitos pelos Conselhos de cada uma das faculdades têm pela frente mandatos de quatro anos. As eleições dos últimos dias resultaram na mudança de presidência em todas as faculdades, uma vez que nenhum dos dirigentes cessantes se recandidatou ao cargo. Na Faculdade de Ciências, Paulo Almeida, professor catedrático do Departamento de Química, sucede a Luísa Amaral, tendo sido candidato único. Na Faculdade de Engenharia, Sílvio Mariano, professor associado com Agregação do Departamento de Engenharia Eletromecânica, foi o eleito para o cargo ocupado por Mário Freire, nos últimos anos. Concorreu ao lugar com Fernando Santos,
que também integra o Departamento de Engenharia Eletromecânica. Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a disputa colocou frente a frente duas docentes do Departamento de Gestão e Economia. Helena Alves, professora associada com Agregação, foi a mais votada, face a Susana Garrido Azevedo, sucedendo a Pedro Guedes de Carvalho, presidente cessante. Na Faculdade de Artes e Letras, houve apenas uma can-
didatura, à sucessão de Paulo Serra, corporizada por José Rosa, professor associado do Departamento de Comunicação e Artes. Verificou-se o mesmo cenário na Faculdade de Ciências da Saúde, com Miguel Castelo Branco, professor associado com Agregação do Departamento de Ciências Médicas, a ser o único a avançar para a presidência, substituindo Luís Taborda Barata. K
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Pela Associação Nacional de Farmácias
A fazer notícias sobre incêndios
Projeto da UBI premiado
UBI ajuda jornalistas
6 A “Rede das Farmácias Amigas do Viajante”, um projeto desenvolvido no Centro de Investigação e Desenvolvimento da Beira, por docentes da Universidade da Beira Interior (UBI), foi o vencedor do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia 2017, promovido pela Associação Nacional de Farmácias (ANF). A proposta pelos docentes João Luís Baptista (Faculdade de Ciências da Saúde) e Nuno Pombo (Faculdade de Engenharia) representa uma melhoria nas condições de segurança para a saúde de quem se desloca ao estrangeiro, nomeadamente a países onde é necessário ter cuidados mais rigorosos. João Luís Baptista, docente especialista em Medicina Tropical e na área da consulta do viajante elaborou o projeto que se sustenta numa plataforma digital e numa aplicação móvel, cujo desenvolvimento ficou a cargo de Nuno Pombo, do Departamento de Informática da UBI. Prevê-se que o sistema possa estar implementado no final
6 Uma equipa de três estudantes da Universidade da Beira Interior (UBI) desenvolveu um protótipo “Wildflare”, que visa ajudar os jornalistas a obterem informação de forma mais rápida e vencendo distâncias, durante a ocorrência de incêndios. O projeto recebeu uma Menção Honrosa num concurso que reuniu jornalistas, programadores e designers, os quais foram desafiados a criar ferramentas inovadoras para aplicar no setor da comunicação social. Organizado pela Global Editors Network (GEN), Associação Portuguesa de Imprensa e pelo jornal Público, apoiado pelo Google News Lab, o concurso atribuiu apenas um primeiro lugar e duas menções honrosas, uma delas para a equipa da UBI, que competiu com outros 11 projetos, alguns deles propostos por empresas. O protótipo encontra-se em desenvolvimento, mas o seu potencial para dar entrada no mercado de aplicações mereceu o reconhecimento do júri, no evento de tecnologia que decorreu a 27 e 28 de outubro. Com o “Wildflare” os jornalistas poderão recorrer às redes so-
do próximo ano, aproximando os viajantes dos cuidados de saúde nos países de destino e prevenindo as doenças que podem surgir nas deslocações a outros países ou continentes. O projeto abrange todas as fases da viagem – preparação, estadia e regresso -, com indicações sobre os riscos para a saúde e o modo de os prevenir pelas vacinas, medicação e cuidados quando necessário. “A ideia é que qualquer pessoa chegue a uma farmácia, indique o seu local de destino e, através do computador, o farmacêutico tenha a informação necessária para o cliente”, ex-
plica José Luís Baptista. Depois, terá à disposição uma aplicação móvel “que está preparada para funcionar offline”, destaca Nuno Pombo, contrariando os problemas decorrentes da falta de ligação à Internet de muitos locais do planeta. Por isso, a informação é descarregada antes do viajante sair de Portugal, para estar disponível quando chega ao destino. O Prémio, no valor de 20 mil euros, foi entregue este mês ao projeto que melhor correspondeu ao propósito de dar mais um passo na inovação no setor farmacêutico. K Rafael Mangana
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UBI
Departamentos da UBI com novas direções 6 Os presidentes dos departamentos da Universidade da Beira Interior (UBI) acabam de tomar posse e de iniciar os mandatos de dois anos que não se avizinham fáceis, na expressão do reitor da UBI, António Fidalgo, que presidiu à cerimónia, tendo ainda destacado a importância daquelas estruturas das faculdades, com as quais os docentes da mesma área científi-
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ca mantêm um contacto diário, estabelecendo-se “a verdadeira comunidade académica de docentes e de discentes”. O reitor apresentou algumas linhas da estratégia a implementar nos próximos anos, nomeadamente no aprofundamento da internacionalização, que irá abranger outros países além daqueles de onde já chega uma parte significativa dos alu-
nos estrangeiros. E deixou um repto aos presidentes de departamento: “Apelo a todo o vosso empenho para os desafios que aí vêm, para o trabalho de investigação, para a captação de recursos através das disponibilidades financeiras que existem, não só a nível nacional, como também a nível internacional. Temos gente como muita qualidade para este esforço”. K
ciais para obterem informação sobre os fogos, independentemente da localização geográfica onde ocorram, permitindo ainda uma maior ligação com a imprensa local dessa região. Prevê-se que a ferramenta procure nos grupos de Facebook ou meios de comunicação social regionais informação ou imagens sobre incêndios e reporte ao jornalista, juntamente com outros elementos, como data da publicação, distrito da ocorrência e os meios de comunicação daquela zona. Permite ainda colocar o jornalista em contacto com quem fez a publicação. O grupo que desenhou a ferramenta informática é composto por licenciados pela UBI e atuais estudantes de 2.º Ciclo. Diogo Monteiro, licenciado em Engenharia Informática e aluno do mestrado em Engenharia Informática, faz a programação. João Santos, licenciado em Ciências da Comunicação e aluno do mestrado em Jornalismo, trata a área jornalística. Miguel Albardeiro, licenciado em Informática Web e aluno do mestrado em Engenharia Informática, fez o design e a programação da aplicação. K
Abertura do ano escolar
Universidade de Évora reforçada 6 A Universidade de Évora assinalou, no passado dia 1 de novembro, a habitual sessão solene que marca o início do ano letivo. A data é um dos momentos mais marcantes da instituição e foi aproveitada pela reitora, Ana Costa Freitas, para projetar a instituição. Ana Costa Freitas recordou o seu primeiro discurso que fez à universidade, vai para quatro anos, pelo que considerou ser este o momento para “prestar contas” do trabalho desenvolvido, mas também para lançar “novos desafios”. A reitora salientou que foram estabelecidas relações quer ao nível da investigação quer ao nível do ensino, na medida de concretizar uma estratégia comum, que culmine com o reconhecimento da UÉ como a “melhor Universidade em Portugal nas suas áreas âncora”, seja a nível nacional, seja a nível internacional. Ana Costa Freitas referiu ainda que, a Universidade em colaboração com as empresas, deverá contribuir decisivamente para o “aumento do emprego científico na região”, atraindo cada vez mais jovens. Assumindo que os estudantes são para a Universidade “a sua razão de ser”, Ana Costa Freitas, sublinhou que o ensino “terá de se adaptar aos tempos atuais, quer nos conteúdos que nos modelos”, e recorda o aumento da percentagem de colocações no Concurso Nacional de Acesso na UÉ, que “encerrou com uma taxa de ocupação de 93%”. No que respeita ao 2.º ciclo, verificou-se “um acréscimo de 9% nas candidaturas”, já o 3.º ciclo, “um aumento de 4% nas candidaturas”, essencialmente estrangeiras.
Durante o discurso, a reitora abordou ainda vários temas, como a formação dos Recursos Humanos, a promoção e divulgação da oferta formativa, a reabilitação de espaços, ou ainda a criação do Centro de Recursos para a Inclusão, adaptado às necessidades educativas especiais, entre outras medidas e projetos desenvolvidos na Universidade de Évora. No final, deixou um recado e uma preocupação ao Governo, ao referir que “não basta que o Orçamento do Estado para 2018 seja igual ao de 2016 mais o reforço de 2017”, motivo pelo qual afirma que, “se for, como nos foi transmitido em agosto, desinvestiu-se mais uma vez” no ensino superior. Após o discurso da reitora, se-
guiram-se os discursos de Beatriz Azaruja, presidente da Associação Académica da UÉ, de Antónia Pereira, em representação dos funcionários não docente da UÉ e a Lição Inaugural proferida por António Serrano, professor catedrático do Departamento de Gestão, sobre o tema “Estratégia: afinal do que falamos? Durante a sessão foram atribuídos prémios relativos a desempenhos académicos do ano transato, havendo ainda lugar para a imposição das insígnias doutorais aos mais recentes doutores e a intervenção de Constantino Sakellarides, presidente do Conselho Geral da Universidade de Évora. Marcos Batista, do curso de Enfermagem, foi assim distinguido
com o Prémio Escolar da UÉ, por ter concluído a licenciatura com melhor classificação final. Já as Bolsas de Mérito do Programa Alumini Eugénio de Almeida foram entregues a Vera Sofia Fernandes, Maria Monteiro da Conceição e Luís Carlos Almeida, respetivamente os melhores estudantes finalistas dos cursos de Economia, Gestão e Sociologia. A Bolsa Peter Vogelaere foi atribuída a Pedro Manuel Rijo Pinto, este, concluiu a licenciatura em Ciências do Desporto na UÉ, e prossegue agora os estudos de mestrado em Exercício e Saúde nesta Universidade. A atribuição do prémio teve em conta o rendimento do agregado familiar, e a média final de licenciatura. Entregue por João Carrega, diretor do Jornal Ensino Magazine, a Bolsa de Mérito com o mesmo nome, foi entregue a António Ângelo Viegas Fialho Raimundo, aluno que concluiu o 1.º ano do curso de Gestão em 2015/2016, com a média mais elevada. Foram igualmente conhecidos os vendedores dos Prémios Santander de Internacionalização da Produção Científica da Universidade de Évora de 2017. Estes prémios nasceram de uma parceria entre Universidade de Évora e o Banco Santander Totta, envolvendo um valor global que ronda os 30 mil euros e pretendem distinguir docentes e investigadores, bem como uma unidade de investigação, que mais tenham contribuído para a notoriedade internacional desta universidade. Na Categoria Docentes, António Candeias, docente do Departamento de Química; Ana Teresa Caldeira, docente do Departamento de Quí-
mica; Maria João Cabrita, docente do Departamento de Fitotecnia; José Mirão, docente do Departamento de Geociências; Cristina Maria Dias, docente do Departamento de Química e Maria do Rosário Martins, docente do Departamento de Química, foram os premiados. No que respeita aos Investigadores, viram o seu trabalho reconhecido, Nicola Schiavon, Milene Gil Duarte Casal, Mara Teresa Caldeira da Silva, Ana Cristina Cabaça Manhita, Tânia Isabel Soares Rosado, todos investigadores do Laboratório HERCULES. O mesmo Laboratório arrecadou ainda o prémio na categoria Unidades de Investigação. Cristina Neves, diretora institucional do Santander Universidade entregou este prémio a António Candeias, diretor deste Laboratório criado em 2009 que se dedica ao estudo e valorização do património cultural, com especial enfase na integração de metodologias das ciências físicas e dos materiais em abordagens interdisciplinares. O projeto SALSOL, da responsabilidade de Luís Filipe Guerreiro, investigador da Cátedra Energias Renováveis, recebeu o prémio Financiamento Exploratório para Projetos Internacionais, contando agora com 10 mil euros para a preparação do mesmo. Por fim, Vitor Eduardo Ramos dos Santos foi galardoado com o prémio de Mérito Santender Universidades, no valor de 2500 euros, por ter ingressado na UÉ através do Concurso Nacional de Acesso com a nota de candidatura mais elevada. Este aluno, com a classificação de 18 valores entrou no curso de Relações Internacionais. K
O Banco Santander e o Ensino Magazine foram duas das entidades a premiar o mérito académico na Universidade de Évora.
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Confederação de Empresários Galega atribui
Medalha de ouro a Emídio Gomes
6 Emídio Gomes, professor Catedrático, anterior Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e atual vice-Reitor da Universidade de Tráss-os-Montes e Alto Douro (UTAD), acaba de ser distinguido com a medalha de ouro da Cooperação Empresarial Transfronteiriça. A proposta que contou com o apoio da Junta da Galiza e da Associação Empresarial de Portugal
(AEP), e o homenageado manifestou satisfação “pela atribuição de tão alta distinção, que reflete o reconhecimento do trabalho de anos desenvolvido em prol da cooperação económica entre as duas regiões”. Atá à data foram distinguidas duas personalidades com a medalha de ouro, uma de nacionalidade espanhola, Manuel Fraga Iribarne, e outra portuguesa, Luís Braga da Cruz. K
Com mandato até 2021
Vieira de Castro reitor da UMinho 6 Rui Vieira de Castro, professor catedrático do Instituto de Educação, é o novo reitor da Universidade do Minho para o período 2017-2021, após ter sido eleito por maioria dos membros do Conselho Geral, estando a tomada de posse prevista para este mês de novembro, no salão medieval da Reitoria, em Braga. A oferta de uma educação superior de elevada qualidade, através de projetos inovadores, a consolidação internacional da investigação, bem como a implicação ativa da Universidade do Minho na promoção do desenvolvimento cultural, social e económico são as prioridades
estratégicas. O mandato será ainda caracterizado pelo aprofundar da qualidade da internacionalização da Universidade, reforçando a sua presença em redes internacionais, consolidando parcerias estratégicas e intensificando a sua atividade no quadro do espaço europeu de ensino superior. Finalmente, pretende incrementar a qualidade institucional, melhorar a qualidade de vida nos campi e a qualidade das suas infraestruturas, assumindo os valores da inclusão e da sustentabilidade ambiental. A Universidade do Minho, que conta com mais de 19 mil
alunos e 1250 professores, volta a ser liderada por um reitor formado na própria Universidade. Rui Vieira de Castro foi o único candidato ao cargo de reitor. Nascido em Caldas de Vizela há 59 anos, é licenciado em Ensino de Português e Inglês, mestre em Linguística Portuguesa Histórica pela Universidade de Lisboa e doutorado em Educação. Ingressou na Universidade do Minho em 1983, onde veio a desenvolver toda a sua carreira profissional. Nos últimos oito anos foi vicereitor para a Educação e vicereitor para o Ensino e a Investigação. K
Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais
Docente da UTAD preside 6 Maria Emília Calvão Silva, professora e investigadora da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), acaba de ser eleita Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Florestais (SPCF), no encerramento do 8º Congresso Florestal Nacional, que decorreu de 11 a 14 de outubro, em Viana do Castelo. Fundada em 1984, a SPCF é uma das mais prestigiadas entidades do setor florestal, tendo como objetivo reforçar a coesão e intervenção da comunidade técnica e científica no desenvolvimento do setor e na presença das florestas enquanto suporte à organização da sociedade. Promove ainda o estudo e o progresso da ciência e técnicas florestais, passando pelos problemas
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económicos e sociais da atividade florestal, da produção à transformação e do mercado de bens e serviços florestais. Num momento em que a floresta portuguesa passa por uma das maiores crises de sempre, e em que importa ouvir as soluções apontadas pela comunidade científica, a nova presidente propõe-se “reforçar o papel da SPCF como um espaço de diálogo por excelência, para a promoção e estímulo da discussão com vista à obtenção de novas soluções e estratégias para a floresta que terá de surgir após os tempos de flagelo que têm assolado o território”. Propõe-se também fomentar o intercâmbio nacional e internacional entre entidades e es-
pecialistas dos diferentes domínios das ciências florestais, acolhendo mas também difundindo o conhecimento florestal mais atual e moderno sem nunca esquecer a história florestal nacional, cujo estudo tanto nos pode ensinar a traçar o futuro das florestas. Maria Emília Silva é licenciada em Engenharia Florestal pela UTAD e na mesma universidade fez o doutoramento em Ciências Florestais, na especialidade de Tecnologia dos Produtos Florestais, tendo vir a exercer na instituição diversos cargos académicos de relevo, incluindo o de Diretora do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista. K
Federação Europeia de Engenharia
Professor do Minho reeleito presidente 6 José Vieira, professor catedrático da Universidade do Minho, acaba de ser reeleito presidente da Federação Europeia das Associações Nacionais de Engenharia (FEANI), que representa quatro milhões de profissionais de 34 países. A sua recondução para o triénio 2017-20 decorreu na assembleia-geral do organismo em Viena, na Áustria, e José Vieira sente-se “muito honrado” pelo cargo. “Pretendemos ter uma voz única para os engenheiros na Europa, reforçar a visibilidade do seu valor para a sociedade dos nossos dias e promover Publicidade
o reconhecimento mútuo das suas qualificações”, realça o docente. Apesar da sua alargada representatividade, a FEANI quer ter uma ligação forte à Comissão Europeia, também sediada em Bruxelas. O objetivo para o próximo mandato “é transformar a associação numa voz ainda mais audível no tratamento de assuntos relacionados com o desempenho dos engenheiros, nomeadamente o seu papel na sociedade do futuro e o impacto da federação na definição de posições políticas sobre a regulação da profissão na Europa”, acrescenta. K
Mediterrâneo
Universidades unidas
Projeto educativo
Aveiro apoia Secundário
6 A Universidade de Aveiro (UA) é parceira do programa escolar educativo “Que segredos esconde a Ria de Aveiro”, submetido pelo Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento e aprovado pela UNESCO, que se debruça
sobre o património subaquático local. A iniciativa conta com o envolvimento dos docentes do Departamento de Geociências da Universidade que participaram na descoberta do achado arqueológico “Ria de Aveiro A”. K
6 A Universidade de Évora (UÉ) criou, no passado dia 3 de novembro, o Gabinete da União das Universidades do Mediterrâneo (UNIMED). A sessão decorreu na Sala de Conferências do Polo da Mitra, e contou com a presença do diretor da UNIMED, Marcello Scalisi e do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. A ocasião foi aproveitada para a apresentação da subrede da UNIMED sobre Água e Alimentação, integrada por parceiros de nove países (Argélia, Chipre, Itália, Jordânia, Palestina, Portugal, Espanha e Turquia) e liderada pela UÉ. Esta sub-rede tem como objetivo abordar questões transversais de crescente importância na região do Mediterrâneo,
com enfoque nos sistemas agrícolas e na sua resiliência no contexto das alterações climáticas, na gestão estratégica e sustentável da água, no uso de metodologias inovadoras para a monitorização e na recuperação de terras degrada-
das. Da mesma forma, a rede assume outros desafios, desde a incorporação de bioenergia e a integração das cadeias de valor agroindustriais, à integração territorial numa perspetiva transversal ao desenvolvimento rural. K
Prémio Universidade de Lisboa
Maria de Sousa é a eleita
6 O prémio Universidade de Lisboa 2017, no valor de 25 mil euros, atribuído à imunologista Maria de Sousa, uma das primeiras mulheres portuguesas a serem reconhecidas internacionalmente pelas suas descobertas científicas, foi entregue a 13 de novembro. Maria de Sousa formou-se na Faculdade de Medicina da Uni-
versidade de Lisboa. Entre 1964 e 1966, esteve nos Laboratórios de Biologia Experimental em Mill Hill, em Londres, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Estimada e respeitada na comunidade científica, Maria de Sousa é também uma humanista que cultiva o gosto pelas artes, pela história e pela poesia. K
Melhor artigo jovens investigadores
Algarve vence com sensações
6 João Duarte Pereira Sardo, aluno finalista do mestrado em Engenharia Elétrica e Eletrónica da Universidade do Algarve, recebeu o prémio de melhor artigo para jovens investigadores, apresentado no Congresso Internacional de Engenharia e Sustentabilidade no século XXI, INCREASE 2017, que decorreu no Campus da Penha da Universidade do Algarve, de 11 a 13 de outubro. Entre as dezenas de artigos apresentados foi premiado o Portable Device for Touch, Taste and Smell Sensations in Augmented Reality Experience, por ser considerado o trabalho científico mais inovador. Consiste na apresentação de um dispositivo portátil capaz de proporcionar sensações de tato, paladar e olfato numa experiência de realidade aumentada. K
Microarquiteturas de computadores
Coimbra e Lisboa na Micro 6 Os investigadores Pedro Duarte e Gabriel Falcão, da Universidade de Coimbra (UC), e Pedro Tomás, da Universidade de Lisboa (UL), conseguiram a primeira publicação portuguesa na prestigiada conferência internacional sobre microarquiteturas de computadores MICRO, que vai já na 50ª edição. Com uma investigação realizada na área de processadores (microchips) otimizados para inteligência artificial, os investigadores desenvolveram uma nova ferramenta (software) que
permite analisar de forma automática um programa e gerar um processador otimizado (com área de chip muito reduzida e menor consumo energético), de modo a poder ser usado em chips reconfiguráveis do tipo Field-Programmable Gate Arrays. A nova tecnologia que conduziu à obtenção da ambicionada publicação “permite desenvolver hardware utilizando uma abordagem próxima do desenvolvimento típico de software. Daí resultam grandes vantagens, nomeadamente ao nível do aumento da
comunidade de utilizadores, que tipicamente consiste em programadores convencionais, que não possuem conhecimentos ao nível do desenho de microcircuitos para conceberem os processadores de forma manual”, sublinham os investigadores. O artigo foi apresentado em Boston, EUA, durante a conferência MICRO, que decorreu entre 14 e 18 de outubro, e cuja taxa de aceitação de artigos é muito competitiva, rondando os 15%, e que apenas publica cerca de 50 artigos por ano. K
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Sucesso sustentável 6 O novo presidente do Conselho Geral do IPCB, Vitor Santos, lembrou que a instituição é um caso de sucesso sustentável, e que a sua criação marcou um ponto de viragem no interior” e que reforçou a cidade. No seu entender o IPCB “esteve sempre atento aos tempos da mudança”. K
Nova ignorância
37 anos da instituição
IPCB ganha nos projetos
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) é a instituição de ensino superior da região centro com mais projetos aprovados no âmbito da cooperação transfronteiriça, num valor de três milhões 386 mil 90,49 euros. O anúncio foi feito pelo presidente do IPCB, Carlos Maia, durante a sessão solene dos 37 anos de vida do politécnico. “Na ultima candidatura aos projetos Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriço Espanha-Portugal (POCTEP) não houve nenhuma instituição de ensino superior da região centro, entre universidade e politécnicos, com mais projetos aprovados que o IPCB”, disse. Carlos Maia realçou a este propósito “a capacidade dos docentes do IPCB nas candidaturas a projetos”. O presidente da instituição falava pela última vez naquela qualidade num aniversário do Politécnico, uma vez que no início de 2018 haverá eleições para a escolha do seu novo líder. Na sua intervenção, Carlos Maia recordou os tempos de austeridade que marcaram os últimos oito anos em Portugal e os fortes cortes orçamentais a que o Politécnico foi sujeito. “Tem sido num contexto de austeridade que o IPCB tem desenvolvido nos últimos oito anos as suas atividades de ensino, de investigação, de prestação de serviços à comunidade, com cortes demasiado elevados que chegaram a atingir valores superiores a cinco milhões de euros anuais, comparativamente com os valores de 2010. Em igual período, também as receitas próprias sofreram uma redução acentuada, devido à diminuição das solicitações para a prestação de serviços especializados por parte dos parceiros com que habitualmente trabalhamos (câmaras municipais, empresas e associações), também eles afetados pela crise. Para se ter uma ideia da exiguidade das dotações de Orçamento de Estado vejase que apenas cobrem cerca 80%
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das despesas com pessoal”. A apresentação de projetos é uma das razões apontadas por Carlos Maia, para que o IPCB tenha cumprido a sua missão num quadro orçamental tão desfavorável. Mas há outras que o presidente enumerou, ao esforço feito na qualificação do corpo docente. Outro dos aspetos sublinhados por Carlos Maia, é a capacidade demonstrada pelo IPCB na captação de jovens para aqui fazerem a sua formação. “Desde 2013 que o IPCB tem aumentado ano após ano o número global de alunos que entra na instituição pela primeira vez. Este ano, tivemos mais candidatos que vagas, a nível nacional, mas é reconfortante verificar que mesmos nos anos em que houve oscilações, e em que houve menos candidatos do que vagas a nível nacional, o IPCB conseguiu aumentar o número de alunos que ingressou na Instituição pela primeira vez. Este ano, finalizadas todas as matrículas prevê-se que entrem no IPCB mais de 1400 novos alunos”, disse, lembrando também o facto de pela primeira vez a Escola Superior de Educação receber uma turma de 21 alunos chineses, de Macau, e de a partir de 2018/19, receba, anualmente, entre 50 a 60 alunos provenientes do IP Macau, prevendo-se que a partir de 2021 estudem no IPCB, pelo menos 240 alunos da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China. Ainda sobre esta matéria, Carlos Maia recordou estar a trabalhar “em parceria com a Câmara Municipal de Bissau, no sentido de formalizarmos um protocolo que tem por objetivo a vinda de alunos da Guiné-Bissau para o IPCB já no próximo ano letivo”. No que respeita à oferta formativa, o presidente do IPCB lembrou “a abertura de um Curso Técnico Superior Profissional em Proteção Civil no Aeródromo de Ponte de Sor, numa parceria com a Câmara Municipal daquela cidade”. Além disso,
acrescentou, “iniciámos também este ano letivo uma experiência inovadora. O curso de Licenciatura em Engenharia Industrial, da Escola Superior de Tecnologia, funciona em grande parte na Celtejo”. A terminar, Carlos Maia abordou o futuro, falou da importância da captação de novos alunos para a instituição e da qualificação do corpo docente. De igual modo diz que é necessário repensar a instituição. Carlos Maia fala sobretudo em dois aspetos: “um relacionado com a análise da racionalidade científica e pedagógica dos cursos disponibilizados, da oferta formativa e a sua adequação ao que a sociedade necessita, as competências para as quais visa preparar, a adequação do corpo docente, isto é, o IPCB deve manter a preocupação de promover cursos que respondam às necessidades do tecido socioeconómico e evitar promover ofertas formativas para resolver problemas internos da instituição”. O outro está relacionado com a reorganização da instituição do ponto de vista das escolas, “do ponto de vista da investigação e da formação pós-graduada, do ponto de vista dos serviços e das estruturas da instituição, para que de acordo com a realidade atual e perante os desafios que são conhecidos, podermos simplificar e melhorar a estrutura institucional, que dá suporte ao que fazemos. Essa reflexão já se iniciou, há mais de dois anos, com um conjunto de reuniões de trabalho entre a presidência e os presidentes dos conselhos técnico-científicos das escolas e com sessões nas várias escolas. Disse-o desde o início e aproveito a oportunidade para repetir perante tão importante auditório: não há nem nunca houve qualquer modelo pré-determinado, nem nenhuma tentação de impor o que seja, com base em critérios economicistas”, disse. K
6 “As tecnologias só mudam as sociedades quando estas estão preparadas” para a mudança. A ideia foi deixada por Pacheco Pereira, no decorrer da sua conferência promovida na sessão solene do aniversário do IPCB. “É a sociedade e a sua evolução que moldam o modo como usam as tecnologias”, disse. Na sua conferência “as formas modernas de ser ignorante”, lembrou que o telemóvel “é um instrumento de controlo e que cada vez mais caminha para isso, com a geo-
referenciação, com as imagens”. Aquele investigador falou ainda das redes sociais e como elas podem ser manipuladoras. K
Prémios 6 A sessão solene permitiu também a entrega de prémios de mérito escolar pelo Santander Totta, Ensino Magazine (dois prémios ao melhor aluno da ESART e ao melhor trabalhador estudante), Câmara de Castelo Branco, Câmara de Idanha-a-Nova, Del-
phi, Junta de Freguesia de Castelo Branco e Scutvias. Foram ainda entregues os prémios de repositório científico e de mérito científico a docentes da instituição. No final foi feita a homenagem aos colaboradores que completaram 25 anos de serviço no IPCB. K
IPCB
Esald no projeto Help2Care 6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do IPCB (ESALD) faz parte da equipa do Projeto “Help2Care”, o qual tem como objetivo a capacitação de cuidadores informais no autocuidado. Em comunicado, o Politécnico de Castelo Branco explica que “o projeto é interdisciplinar, multi-regional, colaborativo, de aprendizagem e investigação baseada na prática, envolvendo estudantes, docentes e diferentes agentes, tendo como principais objetivos desenvolver um modelo de capacitação de cuidadores e utentes para o autocuidado e dar condições aos profissionais de saúde para a sua utilização”. Liderado pela investigadora Maria dos Anjos Dixe (Escola Su-
perior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria), o projeto tem como parceiros a Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do IPCB, a Escola Superior de Saúde do IPLeiria, a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém e o Centro Hospitalar de Leiria. A primeira reunião decorreu em Santarém e contou com a participação dos investigadores da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias afetos ao projeto, Ana Maria Vaz e Catarina Leitão, da responsável do projeto, Maria dos Anjos Dixe (Escola Superior de Saúde do IPLeiria), e dos docentes José Martins e Mário Silva (Escola Superior de Saúde – IPSantarém) e Teresa Peralta, do Centro Hospitalar de Leiria. K
IPCB, IPG e IPB
Rede estuda velhice
6 O nome do projeto pode ser difícil de pronunciar (PerSoParAge), mas traduzido significa a procura de recursos pessoais e sociais para a autonomia e participação social numa sociedade envelhecida. Quer isto dizer, que pretende atuar nas zonas envelhecidas, criando propostas e intervindo junto dos territórios em que a população mais velha domina. O projeto, apresentado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) ao Sistema de Apoio à Investigação Científica e
Tecnológica (SAICT)/2016, reúne ainda os institutos politécnicos de Bragança, de Portalegre e da Guarda e as Câmaras de Castelo Branco e Idanha-a-Nova. A primeira sessão de trabalho decorreu na Escola Superior de Educação, na última semana. Em nota enviada ao nosso jornal, o IPCB explica que o projeto terá uma duração de 18 meses. Coordenado pela docente da Escola Superior de Educação albicastrense, Maria João Guardado Moreira, integra outros docentes do Politécnico, casos de
Henrique Gil (ESE), Vitor Pinheira e Eugénia Grilo (ESALD) e Fernando Leite Pereira e José Massano Monteiro (ESA). O orçamento total é de 149.849 euros, repartido entre as instituições envolvidas, comparticipado a 85%, cabendo ao IPCB um valor de 92.417 euros. De acordo com a mesma nota enviada pelo IPCB, o projeto pretende “desenvolver propostas e ferramentas de análise e intervenção que respondam aos desafios das regiões envelhecidas do interior de Portugal”. K
O grupo de alunos que visitou a Etar H
Alunos de engenharia
EST visita Etar da Celtejo 6 A nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da empresa Celtejo, localizada em Vila Velha de Ródão, foi visitada, no passado dia 2, por um grupo de alunos da licenciatura em Engenharia Industrial da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Esta visita técnica permitiu aos estudantes observarem aquela estrutura inovadora. Na ocasião o diretor fabril, Carlos Coelho, partilhou a importância
do projeto Tejo 2018, nomeadamente as tecnologias de referência mundial que estão a ser utilizadas. Em nota enviada ao nosso jornal, o Politécnico de Castelo Branco, refere que “a nova ETAR utiliza tecnologia avançada, com sistema de ultrafiltração por membranas. A ETAR em causa, para além de tratar o efluente fabril, irá também receber e tratar o efluente das queijarias localizadas em Vila Velha de Ródão”. K
www.ensino.eu
Aniversário
Esart faz 18 anos 6 A Escola Superior de Artes Aplicadas, (ESART) do Instituto Politécnico de Castelo Branco comemorou, no passado dia 8, 18 anos de vida. Uma data assinalada numa sessão onde participaram os responsáveis da instituição, da autarquia e da comunidade. Carlos Maia, presidente do IPCB considera que a escola “cedo se emancipou e fez autonomamente o seu caminho, sendo atualmente uma referência no ensino superior artístico em Portugal”. O presidente do Politécnico aproveitou a ocasião, para destacar o trabalho da comunidade académica nestes 18 anos, pelo “envolvimento, pelo empenho e pelo comprometimento”. Carlos Maia que se juntou às comemorações já depois da sessão solene, participou no momento de convívio que se seguiu.
A ESART apresenta formação superior na áreas do design e da música, em diferentes variantes, e tem visto o seu trabalho reconhecido pelos inúmeros prémios nacionais e internacionais conquistados pelos seus alunos e diplomados, mas também pela diferença como o demonstra a sua orquestra sinfónica já dirigida por alguns dos melhores maestros da atualidade. Na sessão solene, e segundo uma nota de imprensa enviada à imprensa pelo Politécnico, o vicepresidente do IPCB, António Fernandes, destacou a importância da escola nos contextos interno do IPCB (apresentando dados sobre o número total de estudantes da Escola e o seu peso na instituição), e externo. Aquele responsável falou sobre “o impacto das
atividades da Escola na dinâmica cultural e artística da região”, bem como do reconhecimento da escola, dando como exemplos os prémios obtidos a nível nacional e internacional. ESCOLA Com cerca de 800 alunos, a Escola Superior de Artes aplicadas é hoje uma das referências do ensino superior das artes em Portugal, tendo sido criada sob a liderança de Valter Lemos na presidência do IPCB. A escola começou a ministrar cursos no edifício do Cine Teatro Avenida, depois em instalações na Escola Superior Agrária, e finalmente em novas infraestruturas, no campus da Talagueira, numa obra concretizada com o decisivo apoio da Câmara de Castelo Branco, que assumiu a componente nacional dos custos. K
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IPCB/Santander
Politécnico debate prevenção de incêndios
Politécnico de Castelo Branco
IPCB tem já dois candidatos 6 As eleições para a presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco têm já dois candidatos anunciados: Valter Lemos e António Fernandes. Valter Lemos, ex-presidente da instituição durante três mandatos, ex-secretário de Estado em dois governos constitucionais e atual presidente do Conselho Técnico Científico da Escola Superior de Educação de Castelo Branco foi o primeiro nome a anunciar a candidatura. Valter Lemos é também um dos fundadores daquela escola
e foi durante a sua presidência que o atual IPCB foi desenhado com as suas seis escolas. É professor convidado do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (desde 2013) e anteriormente da Universidade Católica Portuguesa, investigador do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE-IUL e perito investigador em diversos projetos nacionais e internacionais, dos quais o mais recente, que se encontra em curso -“The Career of Teachers”, em representação de Portugal,
no âmbito da União Europeia. É também presidente da Assembleia Municipal de Castelo Branco, desde 2002, tendo sido sempre eleito com maiorias absolutas. António Fernandes, atual vice-presidente, também já anunciou a sua candidatura ao cargo. Professor Adjunto do IPCB desde 2001 tendo como áreas de lecionação e investigação o Controlo, Gestão e Garantia da Qualidade, e o Empreendedorismo, Inovação e Desempenho das Organizações.
Tem trabalho de investigação publicado nas áreas referidas. Foi Coordenador do Sistema de Gestão da Qualidade do IPCB de 2009 a 2014. Membro externo convidado do Conselho para a Qualidade e Avaliação do IPCB de 2010 a 2014. Membro eleito no Conselho Geral do IPCB de abril de 2013 a abril de 2017. No dia 03 de abril de 2017 voltou a tomar posse para um novo mandato como membro eleito no Conselho Geral do IPCB. De 1997 a 2001 exerceu funções de Diretor Fabril. K
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco realiza, no âmbito do seu ciclo de conferências, um debate sobre o tema “Prevenção de Incêndios Florestais: Consciencializar Pessoas e Aproximar Territórios”. A palestra será proferida por José António Abrantes Massano Monteiro, docente da Escola Superior Agrária do IPCB e especialista em Tecnologias de Posicionamento por Satélite em Ciências de Informação Geográfica. Inserido na iniciativa “Conferências do Politécnico/Banco Santander”, o evento decorre no dia 21 de novembro, pelas 21H30, no auditório Comenius dos Serviços Centrais. K
parte processual, que pode ser desenvolvida no nosso país, e uma componente presencial, que envolve reuniões de trabalho com a presidência do Politécnico, coordenadores de curso e de conselhos científicos e pedagógicos, e com representantes dos alunos e da comunidade. No fundo trata-se de uma missão muito semelhante à que a European University Association (EUA) faz nas instituições europeias, como aconteceu no Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde, enquanto vice-presidente da instituição, coordenei essa avaliação”. O professor albicastrense recorda que “o Instituto Politécnico de Macau é uma instituição que se quer projetar no mundo da lusofonia, tendo uma antiquíssima colaboração com o Politécnico de Leiria e mais recentemente com o Politécnico de Castelo Branco. Para se internacionalizar, o Instituto Politécnico de Macau quer ter garantias da qualidade da formação ministrada e não teve receio de convidar uma comissão independente para fazer
essa avaliação externa”. João Ruivo foi diretor da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco e vicepresidente do IPCB, tendo ainda exercido cargos de presidente de Conselho Científico e Conselho Pedagógico, diretor de Departamento, Coordenador de Mestrados e de projetos, bem como de equipas de equipas de investigação. Atualmente integra a Comissão Científica do Centro de Investigação de Políticas e Sistemas Educativos (CIPSE), do Instituto Politécnico de Leiria e colabora com as Universidades Espanholas da Extremadura (UEX) e de Salamanca (USAL) em atividades relacionadas com doutoramentos em educação. É ainda membro do grupo internacional de investigadores que redigiu, em 2010, o International Handbook of Teacher Education World-Wide: Issues and Challenges e, em 2015, o International Handbook of Teacher Education: Training & Re-Training Systems in Modern World. K
Investigador faz parte de equipa internacional
Ruivo avalia em Macau 6 O investigador albicastrense e docente universitário João Ruivo acaba de ser escolhido para avaliador externo do Instituto Politécnico de Macau. O também diretor fundador do Ensino Magazine faz parte de uma equipa de avaliadores externos composto por duas dezenas investigadores e professores internacionais, sendo um dos três portugueses escolhidos. O trabalho a desenvolver pelo grupo de avaliadores externos junto daquela instituição passa por avaliar a qualidade de determinados cursos “face ao plano de estudos, ao perfil de saída e à qualificação que os alunos possam trazer para o mercado de trabalho. Ou seja, os avaliadores externos terão uma opinião independente e darão credibilidade aos cursos”, refere João Ruivo. O investigador terá como missão fazer a avaliação externa do curso de Administração Pública, ministrado em Português. “Foi com muito agrado que recebi o convite da diretora desse curso,
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professora Aurélia Rodrigues, o qual aceitei, pois está muito dentro daquilo que são e foram as
minhas funções”, refere. O trabalho será feito a partir de Portugal e em Macau. “Há uma
Castelo Branco
Natal chega mais cedo 6 A Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (ACICB) e a Câmara de Castelo Branco, realizam, de 30 de novembro a 17 de dezembro um conjunto de atividades, das quais se destaca o Mercado de Natal, que decorre no centro da cidade em três fins-de-semana, a saber: 30 de novembro a 03 de dezembro, 08 de dezembro a 10 de dezembro, e de 15 de dezembro a 17 de dezembro. O Mercado de Natal irá contar com, aproximadamente, 50 expositores e o seu objetivo será dar visibilidade aos produtos gastronómicos e de artesanato locais. De entre as atividades que irão acontecer no decorrer do Mercado de Natal, destacam-se os Insufláveis, Modelagem de Balões e Pinturas Faciais com a ETEPA – Escola Tecnológica e Profissional Albicas-
trense, Ateliers de Natal para os mais novos, o Cantinho do Pai Natal com presença de diversas personagens ligadas à Época Natalícia. Além do mercado, toda a cidade será envolvida com a atuação de vários grupos a atuar no Largo de São João, Quinta do Amieiro, Quinta Pires Marques, Quinta da Carapalha e Quinta Dr. Beirão, com
passagem pelas principais Ruas e Avenidas da Cidade. A par destas arruadas, também a carrinha Volkswagen Pão de Forma irá percorrer toda a cidade ao longo do mês de dezembro. Este ano foi dada preferência à realização de atividades com a colaboração das Associações Locais e demais instituições, como é o caso
de Bandas e Grupos Musicais, Grupos de Teatro, Ginásios, Associações de Futebol, Associações Culturais e Recreativas, entre outros. Sérgio Bento, presidente da Direção da ACICB – Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa, referiu que a “É de facto uma época em que importa trazer uma nova vida e uma nova dinâmica
à cidade. O Comércio Tradicional precisa destes incentivos e precisa destas iniciativas para que possamos ter aqui o reflexo do trabalho e consigamos trazer as pessoas ao centro da cidade e ao Comércio de Proximidade” Luís Correia, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, indicou que “a Câmara Municipal e a Associação Comercial decidiram concretizar aquilo que tem sido um conjunto de atividades a realizar na cidade de Castelo Branco para a dinamização quer social, quer económica da região”. O autarca acrescentou que “ é uma parceira que pretende durante o mês de dezembro, durante a época natalícia, dinamizar e apoiar o comércio local e também dessa forma trazer mais vida ao centro e a todas as áreas mais comerciais da cidade de Castelo Branco”. K
Guarda
Montanha com rede de investigação 6 No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai ser apresentada, no próximo dia 11 de Dezembro, pelas 14h30, a Rede Nacional de Investigação da Montanha (RNIM). A RNIM vai promover o desenvolvimento de uma rede de montanhas de investigação a nível nacional, juntamente com atividades de investigação e desenvolvimento experimental, em estreita articulação com o ensino, a aprendizagem e a inovação, nomeadamente em domínios como segurança alimentar, disponibili-
dade de alimentos, agricultura e produção florestal sustentáveis; clima, ambiente, eficiência de recursos e matérias-primas; saúde, bem-estar e alterações demográficas; produção energética eficiente, limpa e segura; recursos naturais e hábitos socioculturais, conhecimento, património e turismo. O lançamento desta rede, no dia Internacional da Montanha, no território Serra da Estrela, constituiu um momento de fomentar um novo olhar para este território, com maiores responsa-
bilidades, desafios e criação de estratégias que tenham repercussões na ciência, economia e nas comunidades locais, por via de politicas com especificidade territorial e reconhecedoras dos valores e interesse estratégico desta zona”, como nos afirmou Gonçalo Fernandes, Vice-Presidente do Instituto Politécnico da Guarda. Para Gonçalo Fernandes, o objetivo da criação de uma iniciativa nacional de investigação de montanhas “contribui para a implementação das agendas mundiais de investigação para a sustenta-
bilidade em áreas de Montanha e a valorização dos seus recursos e funções. O papel das montanhas na história da humanidade e a riqueza de recursos que albergam têm sido insuficientes para atrair a atenção das autoridades políticas nacionais para intervenções de valorização, gestão e ordenamento específicas, no sentido da sua gestão sustentável, pelo que esta Rede poderá potenciar novos caminhos e estratégias capazes de estimular a economia destes territórios, alavancada pela ciência e consequente transferência
de conhecimento.” Esta iniciativa pretende, em simultâneo criar uma rede de responsabilidade social sustentada no estabelecimento de estratégias e parcerias que visem o fortalecimento do conhecimento e da identidade territorial, capacitando este território de uma maior atratividade e qualidade de vida. O IPG integra a Comissão Executiva deste projeto nacional. A apresentação desta rede decorrerá no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG. K
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NOVEMBRO 2017 /// 013
Manuel Heitor na sessão solene de abertura do ano letivo no Politécnico de Leiria
IPL é referência nacional 6 O Ministro da Ciência e do Ensino Superior considera que o Politécnico de Leiria “é hoje uma referência nacional, com uma posição líder”, nomeando as suas escolas e unidades de investigação, com um elevado leque de atividades. O ministro falava na sessão solene de abertura do ano letivo, no passado dia 16, e deixou três desafios que se impõem no Ensino Superior. Em primeiro lugar, alargar o acesso ao conhecimento nas suas mais diferentes formas, “mostrando que é o melhor modo de darmos confiança aos jovens e treiná-los para os empregos”. O segundo desafio é densificar e diversificar a oferta, com a reorganização das estruturas de desenvolvimento da atividade científica. E em terceiro lugar, o relacionamento do Ensino Superior com as empresas e com a sociedade, sendo o Politécnico de Leiria um exemplo, “com o qual temos aprendido”, sobretudo com os acordos colaborativos entre as empresas e a academia. A cerimónia, onde o Ensino Magazine, fruta da parceria existente com o Instituto Politécnico de Leiria, entregou duas bolsas monetárias de mérito, encheu o Teatro José Lúcio da Silva, e foi aproveitada pelo presidente do IPL, Nuno Mangas, para fazer um balanço da instituição a que preside. “O Politécnico de Leiria tem tido um papel crescente na produção, disseminação e transferência de conhecimento na região de Leiria e Oeste, e é crucial que não veja a sua capacidade de atuação limitada, seja por questões de natureza administrativa ligada à sua designação, seja por menor capacidade de responder aos desafios que lhe são colocados. Este é um território que precisa de apoio e que lhe proporcionem igualdade de oportunidades face a outras regiões nacionais, de modo a ter a capacidade plena para responder aos imperativos decorrentes da nossa evolução para uma sociedade cada vez mais baseada no conhecimento e na inovação”. No seu discurso, Nuno Mangas fez um breve balanço enquanto presidente do Politécnico de Leiria e das conquistas alcançadas ao longo de oito anos de liderança, ao nível da oferta formativa, da inter-
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nacionalização, da ligação às empresas, da investigação, da inovação e da qualidade. “Hoje temos uma oferta com maior relevância e mais ajustada ao contexto regional e nacional, e o número de estudantes está de novo em crescimento”, destacou. No âmbito da internacionalização do Politécnico de Leiria, o presidente sublinhou que “no presente ano letivo teremos cerca de 1.200 estudantes de nacionalidade estrangeira, oriundos de mais de 60 países, com especial destaque para o Brasil, China e Equador”. Na área da investigação, desenvolvimento e inovação, o presidente frisa que atualmente estão em execução 89 projetos, “envolvendo mais de 130 instituições, incluindo 60 empresas”, e o número de publicações científicas é cerca de sete vezes superior relativamente a 2009. Outro ponto de destaque é a relação que o Politécnico de Leiria tem vindo a construir e
consolidar com a comunidade e a região. “O Politécnico de Leiria é hoje um parceiro natural das empresas e das instituições, quer ao nível da qualificação, quer ao nível dos processos de investigação, inovação e transferência de conhecimento, passíveis de promover o desenvolvimento económico e a criação de emprego mais qualificado”, proferiu Nuno Mangas. O presidente defendeu que o Politécnico de Leiria “deve ter a possibilidade de fazer aquilo para o qual demonstra ter competências e do que a região necessitar, desde os cursos profissionalizantes aos estudos de doutoramento”. É convicção de Nuno Mangas que, “no atual contexto, a designação que melhor corresponde ao que hoje é a instituição, é a de Universidade Politécnica”, designação que também defende para outras instituições de natureza politécnica. Apesar das fortes restrições financeiras, já que “o financiamento público do Politécnico
de Leiria é hoje dos mais baixos no contexto do ensino superior em Portugal”, indicou o presidente, ainda foi possível intensificar a componente do apoio social aos estudantes mais carenciados. Para terminar, Nuno Mangas manifestou publicamente o seu “orgulho em presidir a uma instituição em que todos se sentem parte responsável pelo seu desenvolvimento”. Na cerimónia interveio ainda Joel Rodrigues, representante dos estudantes do Politécnico de Leiria, apelou a todos os caloiros e trajados presentes para aproveitarem a oportunidade de frequentar o Ensino Superior, e terminou com o reconhecimento do Politécnico de Leiria «pelo seu ensino, pela sua investigação e desenvolvimento, pela sua responsabilidade social. (…) que em 2018 seja reconhecida pela sua alma. Os estudantes». A vice-presidente do Conselho Geral, Isabel Damasceno, reforçou a qualidade de ensino do Politécnico de Leiria, bem como «a envolvente onde se situa», com a capacidade de envolver os atores locais e de atrair mais jovens que escolham estudar em Leiria. Alexandre Quintanilha, presidente da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, foi o orador convidado da sessão solene, cuja oração de sapiência refletiu sobre os “Desafios atuais da biomedicina”. No contexto da atribuição dos títulos honoríficos, o Politécnico de Leiria homenageou a CEFAMOL – Associação Nacional
da Indústria de Moldes com o Diploma de Instituição de Mérito com a distinção de mérito socioprofissional, bem como a Universidad de Extremadura com a distinção de mérito científico e tecnológico. Após um momento musical interpretado pela SAMP – Sociedade Artística e Musical dos Pousos, foram entregues: o Prémio IPLeiria – Mérito Ensino Secundário, atribuído aos estudantes que ingressaram nas licenciaturas do Politécnico de Leiria com a melhor classificação (igual ou superior a 16 valores), assim como às suas escolas de origem - patrocinados pela CGD; os Prémios Ensino Magazine, que distinguem os estudantes com melhor aproveitamento e os Prémios da 14.ª edição do Poliempreende. Por fim, foram distinguidos os docentes e investigadores do IPLeiria que mais contribuíram para a visibilidade das unidades de investigação do Politécnico, e pelo esforço em prol do desenvolvimento do conhecimento, com a atribuição dos Prémios I&D+i Politécnico de Leiria. Na categoria “+Publicação científica internacional” foram galardoados os docentes Nuno Morais, Hugo Rodrigues, Marco Lemos e Ana Lisboa; na categoria “+Ciência” foram distinguidos o Instituto de Telecomunicações (delegação de Leiria), o Centro de Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto (CDRSP/ IPLeiria), e o MARE IPLeiria. Foram ainda homenageados 12 colaboradores do Politécnico de Leiria, que completaram mais de 25 anos de serviço. K
Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses
‘Bombeiros: o maior exército da paz e da vida’ 6 No rescaldo da tragédia florestal, o “porta-voz” dos bombeiros nacionais fala dos desafios e das dificuldades que se colocam aos cerca de 30 mil «soldados da paz».
operacionais que ao longo dos anos procuram melhorar em termos de formação e nos equipamentos de trabalho, mas o seu esforço não tem sido acompanhado pelos necessários apoios financeiros. Os bombeiros não têm sido ressarcidos da sua permanente disponibilidade para acudir a todas as solicitações. E deixe-me dizer: a catástrofe florestal dos últimos meses ainda só não foi pior, porque os bombeiros disseram sempre presente e nunca baixaram o seu sentido de responsabilidade.
Os últimos meses foram especialmente trágicos para a floresta portuguesa, fazendo dezenas de vítimas e registando perdas de milhões. No habitual pingue pongue de críticas entre intervenientes a ação dos bombeiros foi visada. Como viu esta situação? Que alguns queiram fazer dos bombeiros bodes expiatórios é uma coisa, outra coisa diferente é que estes operacionais o sejam. Existiu essa intenção, mas a mensagem não passa porque os portugueses sabem separar o trigo do joio. Sabem quem é que nasceu deles e morre por eles, quem é que todos os dias está vigilante 24 sobre 24 horas, numa prestação de serviço qualificada e assente no conhecimento e no profissionalismo, pese embora a maioria ser voluntário. O poder político deparou-se com aquilo que é a sua incompetência, de um Estado que não foi capaz de assumir o seu papel e numa fuga para a frente deu a entender que alguém teria de ser sacrificado para lhes salvar a face. Rejeita, por isso, qualquer tipo de responsabilidades dos operacionais nas tragédias de Pedrógão e de 15 de outubro? Podemos provar que nas situações concretas os bombeiros fizeram bem aquilo que tinham de fazer. Eles são os operacionais de terreno e não têm competências de comandamento, que se encontra nos comandantes distritais que assumem a liderança das operações. Os bombeiros obedeceram a ordens da Proteção Civil, ou seja, quem tinha a estratégia e a competência para comandar. Se alguém não cumpriu a sua missão, não foram os bombeiros, com toda a certeza. Depois de tantos debates e tantas oportunidades perdidas, pouco resta para arder da nossa mancha verde. O que falhou para chegarmos a este ponto? O problema dos incêndios não está no combate, está a montante. Está na prevenção estrutural que não existe. Os fogos evitam-se, não se combatem. É preciso planeamento para ordenar a floresta e tornála resiliente ao fogo. Infelizmente, nada disto foi feito. Floresta povoada é floresta vigiada e o que se passa é exatamente o oposto. Os bombeiros foram os agentes que
A diminuição de meios de combate após o fim da fase Charlie pesou no propagar dos incêndios? A Liga dos Bombeiros alertou em tempo devido para esta situação. De 48 meios aéreos passámos para 18. De 4200 viaturas tiraram do terreno 800. Isto já para não falar do encerramento dos postos de vigia. Mesmo perante esta adversidade os bombeiros nunca viraram a cara à luta.
alertaram, ao longo dos anos, para o abandono das populações e da agricultura, das manchas contínuas de espécies altamente inflamáveis, não haver caminhos, nem linhas de corta fogo, etc. Isto são problemas que acabam por sobrar para o combate ao fogo e os principais agentes no seu ataque são os bombeiros. Ser bombeiro deve ser das pro-
fissões mais aliciantes, porque temos a ideia que todos os dias há uma situação nova e imprevista, desde o acidente rodoviário, o cão que subiu à árvore, passando pela pessoa que se esqueceu da chave de casa… 98 por cento do socorro em Portugal é realizado por bombeiros. Os fogos florestais correspondem a 7 por cento da atividade destes
CARA DA NOTÍCIA 6 Sportinguista dos sete costados Jaime Marta Soares, nascido em 15 de março de 1943, é um homem dos sete ofícios. Autarca, dirigente e claro, bombeiro, são apenas alguns dos desempenhos que se lhe conhecem. Preside à Liga dos Bombeiros Portugueses desde 2011. Esteve 40 anos na corporação de Vila Nova de Poiares, onde ascendeu até ao topo da hierarquia. Foi nesta localidade que presidiu aos destinos da câmara municipal durante também quatro décadas, o que lhe valeu entrar na restrita galeria dos «dinossauros» autárquicos. Fundou a Associação Nacional de Municípios, onde foi vice-presidente. Foi ainda deputado à Assembleia da República, em representação do PPD/PSD. Sportinguista confesso, é presidente da mesa da assembleia geral do clube de Alvalade, desde 2013, acompanhando a gestão de Bruno de Carvalho. K
Consegue fazer-nos uma radiografia do número de bombeiros existentes no nosso país? Os bombeiros são o maior exército da paz e da vida. Há cerca de 30 mil bombeiros em Portugal, contando com profissionais e voluntários. Há 15 mil na reserva e ainda existem 15 mil nos quadros de honra. São 471 os corpos de bombeiros em Portugal, sendo 456 das associações humanitárias de bombeiros, sendo os restantes das câmaras municipais, onde se incluem os sete corpos de sapadores. Nenhuma força de proteção civil tem esta cobertura nacional e esta capacidade para responder em permanência sem qualquer quebra. O que deve fazer quem quiser seguir a carreira? Um jovem pode inscrever-se quando os bombeiros abrem as escolas de recrutas, faz os exames médicos e depois frequenta o curso de formação de ingresso. É uma afirmação de cidadania e uma paixão a que muitos jovens, felizmente, estão a aderir. Estamos a assistir a um fenómeno maravilhoso nos corpos de bombeiros e das associações humanitárias que é a entrada de infantes e cadetes, entre os 6 e os 16 anos. Muitos destes jovens passam para o corpo ativo, fazendo um curso de 15 meses. Fazem os exames e entram numa fase de estágio, ficando como bombeiros de terceira e vão evoluindo na carreira até à categoria de chefes. Também há uma carreira nova que é para os licenciados, os ofi-
ciais bombeiros. Tem havido uma queda nas vocações para bombeiros voluntários? O voluntariado não está em crise. Não faltam vocações, nem jovens que queiram ser bombeiros. O que se assiste é a dificuldades durante o dia em conciliar o tempo de trabalho das pessoas com esta função. Por este motivo temos vindo a aumentar a percentagem de assalariados nos corpos de bombeiros, que pensamos já se situe entre 12 a 15 por cento. Temos vindo a pressionar a Autoridade Nacional de Proteção Civil, as câmaras e o governo para aumentar as equipas especiais. O socorro hoje em dia é 24 horas por dia e não se compadece com o toque de sirene. O cargo de presidente da mesa da assembleia geral do Sporting, durante os mandatos de Bruno de Carvalho, deu-lhe grande visibilidade pública. Perdoe-me o paralelismo, mas futebol português não está também ele em chamas? O futebol português está a sofrer uma grande transformação porque o presidente do Sporting tem tido a coragem de trazer ao de cima os males que o afligiam e muitos varriam para debaixo do tapete. A procura da verdade desportiva veio trazer à luz os males que durante anos a fio minaram o futebol português. Preferiu-se, durante tempo demais, viver num ambiente de paz podre, como se nada fosse. Mas não se está a exagerar, refiro-me aos dirigentes e representantes dos três “grandes”, na dialética? O momento é complexo, difícil e de grande conflitualidade, mas a verdade virá ao de cima e ultrapassando esta fase o futebol português sairá mais forte e dignificado. Como estava, não podia continuar. O presidente do Sporting teve grande coragem e mesmo não sendo politicamente correto ousou dar a pedrada no charco, mexendo com todo o sistema. Dentro de campo acredita que o seu clube será campeão esta temporada? Temos um bom treinador, bons jogadores e boa organização administrativa e desportiva. Se houver verdade desportiva e rigor, estou convicto que o Sporting com naturalidade será o próximo campeão nacional. K Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
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Aniversário do Politécnico da Guarda
IPG mostra Geopark 6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) realiza, no próximo dia 6 de dezembro, a partir das 14H30, a sessão solene de abertura do ano académico 2017/2018. O programa integra a habitual intervenção do presidente
do IPG, bem como de outras entidades, a assinatura de alguns protocolos de âmbito nacional e internacional e a apresentação do dossier da candidatura da Serra da Estrela a Geoparque Mundial da UNESCO. No decorrer desta sessão vai
ser feita a entrega de prémios de mérito, prémio João Lopes, prémio Ensino Magazine, prémios Polieempreende e certificados de mérito desportivo a estudantes do Instituto Politécnico da Guarda. A sessão solene terá lugar no auditório dos Serviços Centrais do IPG. K
IPG
Curso de informática assinala 30 anos 6 Os 30 anos do Curso de Ciências da Computação /Engenharia Informática do Instituto Politécnico da Guarda vão ser assinalados no próximo dia 25 de novembro.
A sessão comemorativa decorrerá, a partir das 10 horas, no auditório de Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG). Posteriormente será realizado um almoço convívio. K
Sessão de divulgação
Projeto Lítio envolve comunidade da Guarda
Lopo de Carvalho recordado na Guarda
Cidade da Saúde 6 “O papel de Lopo de Carvalho na criação e construção do Sanatório Sousa Martins deve ser evidenciado, recordado e estudado, na medida em que a sua intervenção, e saber, foi fundamental para a materialização de um projeto de onde resultou a projeção da Guarda como cidade da Saúde”. A afirmação é de Hélder Sequeira e foi feita no decorrer do VI Fórum sobre Toponímia que decorreu na Guarda no passado dia 27 de Outubro, promovido pelo Instituto Politécnico da Guarda. “Aliás, como o jornal A Guarda escrevia, na sua edição de 15 de Julho de 1922, “(…) O seu nome consagrado ficou indelevelmente impresso e vinculado a essa obra altruísta que é o Sanatório Sousa Martins que ele criou e orientou (…)”. Para Helder Sequeira, “esforços de Lopo de Carvalho, conjugados com o apoio recebido da Assistência Nacional aos Tuberculosos, a que presidia a
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Rainha D. Amélia, conduziram à construção do Sanatório da Guarda, inaugurado em 18 de Maio de 1907”. O referido investigador, que há vários anos se tem vindo a dedicar à história do Sanatório Sousa Martins e ao trabalho dos seus diretores, lembrou que, numa comunicação apresentada ao III Congresso da Liga Nacional Contra a Tuberculose, em 1905, Lopo de Carvalho argumentava que “a facilidade de comunicações, as comodidades” oferecidas pela Guarda e “a sua a reputação de eficaz no tratamento da doença, apesar de ali se ter feito apenas a chamada cura livre” faziam convergir a necessidade da construção de uma adequada estrutura no combate à tuberculose. Helder Sequeira realçou ainda, que a “Curabilidade da Tuberculose Pulmonar”, trabalho apresentado no Congresso de Medicina de Lisboa, “foi uma das suas mais aplaudidas intervenções em reuniões científicas, na maioria das quais
levantou a bandeira das potencialidades da Guarda como cidade da saúde”. Lopo José de Carvalho era natural de localidade de Tojal (concelho do Satão), onde nasceu a 3 de Maio de 1857; frequentou a Universidade de Coimbra onde se licenciou em Medicina no ano de 1883. “Com a fixação na Guarda (onde residiu até à sua morte, em 6 de Julho de 1922) passou também a exercer as funções de professor do Liceu, à semelhança do que aconteceu com outras conhecidas figuras guardenses da época; cedo dedicou à causa da luta contra a tuberculose e a empenhar-se, ativamente, na criação de estruturas vocacionadas para o tratamento daquela doença, assim como no estabelecimento de normas e regulamentos sanitários”, lembrou Helder Sequeira. Este ano assinalou-se a passagem do 110º aniversário da inauguração do Sanatório Sousa Martins, em cujo parque funciona a atual unidade hospitalar, como o mesmo nome.K
6 Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda decorreu, no passado dia 8 de Novembro, uma sessão de divulgação do Projeto Lítio. Esta sessão contou com a presença de alunos e docentes do Mestrado de Engenharia Geológica da Universidade de Évora e do Museu do Quartzo de Viseu. Participou ainda. Alexandra Carolino, sócia gerente da empresa copromotora do projeto, sendo oradores Ana Antão, Pedro Rodrigues, Glória Patrício e Carlos Aquino (docentes na ESTG/IPG). Recorde-se que o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) obteve a aprovação e financiamento dos seis projetos submetidos ao Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT), dos quais é líder. Uma das candidaturas aprovadas relaciona-se com o projeto “A geologia como base da qualidade de vida - A sustentabilidade do Lítio”. “A gestão sustentável de recursos é atualmente uma prioridade da sociedade em que vivemos, sendo que cada região deve tirar partido dos seus recursos naturais, em particular dos seus recursos endó-
genos de natureza geológica. A Europa é deficitária em lítio. Portugal e Espanha são os únicos países da EU com recursos deste minério e com potencial para novas descobertas, como o comprova o recente relatório do grupo de trabalho sobre o lítio criado pelo governo em dezembro de 2016”, comentou Ana Antão (ESTG/IPG), a investigadora responsável por este projeto. A produção nacional de Lítio concentrada nas regiões de Guarda, Viseu, Vila Real e Viana do Castelo, tem vindo a aumentar, assim como os pedidos de prospeção e pesquisa para este metal. Acontece ainda que muitos dos recursos geológicos portugueses situamse em zonas desfavorecidas do nosso território, por vezes longe dos grandes centros urbanos. A zona de intervenção do projeto, Gonçalo-Guarda, além de possuir as características anteriormente referidas, é uma das únicas no panorama português dos recursos de minérios litiníferos associadas aos pegmatitos, sendo a sua valorização, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável, uma mais-valia para esta região. K
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Portalegre
IPP acolhe alunos estrangeiros 6 O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) vai receber em 2017-2018 mais de 50 estudantes de nacionalidade estrangeira, ao abrigo de diferentes estatutos. O maior contingente, num total de 21, refere-se aos alunos com o estatuto de “Estudante Internacional”, isto é, de estudantes que escolherem o IPP para a frequência completa dos respetivos cursos. De entre estes, a maioria é oriunda do Brasil (16), a que se seguem os estudantes de S. Tomé e Príncipe (4) e, pela primeira vez, uma estudante da
Turquia. Contabilizando os que entram agora e os que já frequentam o IPP, a instituição conta já com cerca de 50 estudantes com este estatuto. No âmbito do Programa Erasmus+ serão 16 os estudantes recebidos no primeiro semestre, número que inclui, pela primeira vez, dois estudantes de países parceiros, isto é, países que ainda não integram a União Europeia, no caso a Bósnia e Herzegovina. Os restantes são originários de Espanha, Lituânia, Polónia e Hungria. K
Ensino Magazine marcou presença
Enove + fez 10 anos
Prémio Jovem Cineasta
Alunos do IPP ganham 6 João Monteiro, Luís Vital e Ricardo Livramento, alunos da licenciatura em Design e Animação Multimédia, autores da curta metragem “A viagem”, são os vencedores do Festival Cinanima 2017 na categoria Jovem Cineasta. Este prémio é o mais importante galardão nacional na área do cinema de animação outorgado a primeiros filmes ou filmes de fim de estudos e este ano foi atribuído ex aequo com à curta-metragem “O Desempregato” de Sara Marques e André Matos. Este triunfo dos alunos do IPP é motivo de enorme orgulho para a instituição e um reconhecimento da qualidade do trabalho desenvolvido. “A viagem” é um relato introspetivo da vida problemática de um jovem adulto. Uma viagem feita através das memórias do protagonista. Esta curta-metra-
gem, realizada no segundo ano da licenciatura no âmbito da Unidade Curricular Projecto de Animação, tinha ganho recentemente o Prémio Nacional de Animação atribuído pela Casa da Animação. A esse prémio soma-se agora o do prestigiado Cinanima, o maior e mais antigo festival de animação organizado em Portugal e o terceiro mais antigo em todo o mundo. Estão de parabéns os alunos pela sua criatividade e imaginação, e pelo enorme esforço que supõe a realização de um trabalho desta qualidade. Estão também de parabéns todos os que têm contribuído, com dedicação e entusiasmo, para o crescimento da licenciatura em Design e Animação Multimédia, e para que a excelência agora reconhecida seja uma realidade quotidiana. K
6 A Enove +, feira de emprego e empreendedorismo assinalou 10 anos de vida com mais uma edição, desta vez realizada no mercado de Portalegre, entre os dias 8 e 9 de novembro. A iniciativa superou as expetativas e envolveu milhares de pessoas, entre a comunidade académica, população da cidade e alunos do ensino secundário. A importância do evento, que voltou a contar com a presença do Ensino Magazine, foi sublinhada pelo presidente do Politécnico de Portalegre, promotor da Enove +, Albano Silva, quer na sessão de abertura, quer na sessão de encerramento. Também Artur Romão, coordenador do evento destacou o seu crescimento e o facto desta edição se ter realizado em Portalegre, num espaço que durante dois dias foi bastante visitado e teve constante animação. A Enove + regressa no próximo ano, ao que tudo indica num outro local do distrito de Portalegre. De referir que o evento tem percorrido vários concelhos daquela região, sendo já uma referência entre este tipo de eventos. K
www.ensino.eu NOVEMBRO 2017 /// 017
Moçambique
Mondlane cria espaço para inovação 6 A Universidade Eduardo Mondlane em parceria com a empresa iCAMP e o Ministério de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP), procedeu no dia 14 de novembro, à inauguração do Espaço de Inovação da UEM. Trata-se de uma iniciativa que pretende incubar ideias inovadoras, contribuindo para a dinamização da inovação e do empreendedorismo a diversos níveis e áreas do saber, tendo como um dos suportes as Tecnologias de Informação e Comunicação.
Sediado no edifício do Centro de Estudos Africanos da UEM, o Espaço de Inovação tem fonte de financiamento principal a Fundação MASC e trabalha com várias entidades, incluindo o governo e outras universidades, quer públicas ou privadas, em prol do desenvolvimento do país. Orlando Quilambo, reitor da Universidade, referiu que o Espaço será importante para o processo de ensino e aprendizagem uma vez que “no mundo atual em que do ensino superior se exige a formação
Moçambique
Governo na Escola
baseada em competências ele assegurará a promoção da qualificação profissional e melhores oportunidades de inserção ao mercado de trabalho”. Por seu turno, a directora nacional de Ciência e Tecnologia, Dra. Helena Monteiro, referiu que por ser a instituição mais antiga do ensino superior em Moçambique, a UEM tem a responsabilidade histórica e académica de liderar os processos inovativos nas actividades de ensino, investigação e extensão universitárias, colocando o conhecimento ao serviço das comunidades e do país. K
Moçambique
UniLúrio em projeto internacional 6 A Universidade Lúrio faz parte de um projeto internacional, liderado pela Universidade Nova de Lisboa. O programa, obteve um financiamento de um milhão de euros do programa Erasmus+ da União Europeia no âmbito das atividades de Capacitação no Ensino Superior. O projeto UDI-A pretende promover a capacitação das universidades africanas parceiras para darem uma melhor resposta aos desafios sociais e económicos das regiões onde operam, contribuindo ainda mais para a promoção do desenvolvimento local, de forma sustentável e inclusiva. Pretende
também capacitar as universidades europeias com conhecimentos sobre a região de África e modos de fazer parcerias académicas com universidades daquele continente. Durante os próximos dois anos que constituem o tempo de duração do UDI-A, juntam-se à NOVA outros parceiros - universidades e organizações da área da educação europeias e africanas, duas redes e uma organização não governamental (ONG): King’s College London (Reino Unido); Universite Libre de Bruxelles (Bélgica); Universiteit Maastricht (Holanda); Universidade Agostinho Neto (Angola); Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique); Uni-
versidade Katyavala Bwila (Angola); Universidade de Lúrio (Moçambique); Instituto de Empreendedorismo Social (Portugal); EFMD - The Management Development Network (EFMD); Reseau des Universites des Capitales de L’europe (UNICA); Fundação Girl Move - Associated Partner (Moçambique). Entretanto, a Universidade Lúrio acaba de inaugurar o seu Centro de Estudos Culturais e Religiosos do Oceano Índico, na Ilha de Moçambique. O novo espaço pretende ser um espaço de pesquisa de aspetos históricos, religiosos e simbólicos daquela província. K
6 A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, visitou, no passado dia 8 de novembro, a Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa (EPMCELP), tendo sido recebida ao som do poema “Mangas Verdes com Sal”, de Rui Knopfli, lido pelos alunos das turmas A e D do nono ano do ensino básico, no átrio central da nossa Escola. Acompanhada pela embaixadora de Portugal em Moçambique, Maria Amélia Paiva, a secretária de Estado foi ainda brindada, pelos mesmos alunos, com a declamação do poema adaptado “Cores e Sabores da Casa Amarela”, de
Escola Portuguesa de macau
Alunas ganham prémio
6 As alunas da Escola Portuguesa de Macau, Joana Yee, Leonor Silva e Teresa Senna Fernandes participaram no concurso Caleidoscópio, em Goa, e conquistaram os prémios de 1º e 2º lugar. A iniciativa foi
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Rita Ruivo
Psicóloga Clínica (Novas Terapias)
Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)
Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt
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Ducia Soares, a que se seguiu, a condizer com os versos, uma sessão de degustação de alguns sabores da gastronomia local, acompanhados com água de coco. Durante a visita às instalações da Escola, Teresa Ribeiro manifestou satisfação pela existência da exposição “Física no Dia-a-Dia” e pela recuperação e expansão do novo campo desportivo exterior, o qual, sublinhou, ajuda a combater a tendência de sedentarismo das crianças e jovens que “tendem a ficar passivamente em frente da televisão, sem perceber a importância do trabalho de equipa, que desenvolve relações de respeito”. K
promovida pela Communicare Trust, em Goa, e as alunas permaneceramde 9 a 12 de novembro naquela cidade indiana. Nesta participação as alunas foram acompanhadas pelo docente Henrique Caetano. K
Editorial
E somente a escola qualificou os cidadãos 7 Ser professor sempre foi uma profissão de grande desgaste. Sobretudo, nos dias de hoje, em que vivemos uma época de mudanças e clivagens abruptas, que se acentuaram com a rápida evolução das tecnologias e a sociedade do conhecimento. Profundas alterações nos saberes, na organização das forças produtivas e nas tecnologias da comunicação e da informação apresentam-nos o longe cada vez mais perto e obrigam-nos a uma partilha global das matérias-primas, dos bens de consumo, dos padrões culturais e das políticas, as boas e as más, enquadrantes da metaforicamente designada economia de mercado. Passamos, rápido, que nem vertigem, da “aldeia rural” à “aldeia global” e desta, àquilo que nós designamos por “aldeia digital”. Neste acelerado rumar da história, a escola pública de massas passou a ser um alvo frágil, fácil de atacar pelos poderes constituídos, e a quem o Estado, as famílias e as organizações sociais atribuem cada vez mais competências e responsabilidades, por reconhecerem serem
incapazes de as assumir e monitorizar. Assistimos, talvez, ao fim da “escola compensatória”, um dos maiores mitos herdados das grandes revoluções sociais e culturais vividas na década de sessenta do passado século. A escola universalizou-se, promoveu o progresso e o bem-estar das populações, qualificou os cidadãos, tornou o mundo mais compreensivo e devolveu a dignidade da cidadania a muitas nações. Promoveu o progresso, combateu a ignorância e a opressão que vive na sua sombra. Pôs-nos mais perto de outros universos e ensinou-nos a odiar a palavra exclusão. Mas não conseguiu inverter a marcha de “compensar” ainda mais os já “compensados”, permitindo que dentro das suas paredes se continuem a desenvolver mecanismos que reproduzem as desigualdades e as iliteracias, já que à desigualdade no acesso dificilmente ocorre uma promoção da igualdade no processo. Aquele aumento de tarefas e funções que a sociedade e o Esta-
do aportam à escola tem resultado numa desactualização permanente dos professores, das instituições e dos curricula. Neste quadro, os professores que recusam perder a sua profissionalidade, aqueles que estão sempre presentes e aceitam os novos desafios, são as sementes do futuro e da esperança, pelo modo como enfrentam o embate das mudanças, das pressões e das críticas injustas, por vezes acumuladas por mais de uma geração, e vindo de onde menos seriam esperadas. O que é então ser professor hoje? Como podemos definir a sua identidade e a sua profissionalidade? Temos defendido que se é primeiro professor e, só depois, e por causa disso, é que se pode ser professor de alguma coisa. É-se primeiro professor, porque se partilham uma identidade e uma cultura profissionais. Porque se comungam posturas e princípios éticos. Porque se lhes atribuem modos de acção e desempenhos normalizados… Por esses motivos, poderíamos
definir, então, a profissionalidade dos docentes em torno de seis vectores, a saber: Primeiro: frequência de uma formação formal, organizada e que configura a aprendizagem de um conjunto de saberes em diferentes momentos do percurso profissional (saberes de formação e saberes de experiência), formação essa que conduz ao domínio de determinadas competências instrumentais. Segundo: A prática, num determinado espaço e durante um certo tempo, de um conjunto de tarefas socialmente validadas. Terceiro: O exercício de uma profissão reconhecida e certificada pelo Estado. Quarto: O direito a uma remuneração permanente e supostamente equitativa. Quinto: A manutenção de um estatuto social de referência. Sexto: A assumpção de uma ética que deve configurar-se num código deontológico que determinasse e regulasse os direitos, obrigações, práticas e responsabilidades do exercício da profissão. São seis vectores que, promovi-
dos a um nível elevado de congruência, contribuem decisivamente para a melhoria da auto estima, da auto-confiança e do bem-estar profissionais, associados à eficácia do desempenho profissional. Assim soubessem os agentes sociais reconhecer a inigualável nobreza que constitui o exercício diário da profissão docente… João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
O esquecer da história ou o querer esquecer 7 Durante cerca de nove anos a progressão da carreira dos professores esteve congelada. Por outras palavras, durante esse período, indepedentemente das avaliações, ações de formação e outras obrigatoriedades, todos os professores ficaram na mesma linha profissional. Esta é a história. E é a história que o Ministério da Educação está a tentar desbloquear com os diferentes parceiros sociais. Infelizmente o fim desta história, de cerca de nove anos, está longe de chegar ao fim, pois a tutela diz que a mesma história não é de nove anos, mas de menos, e que só mais tarde é que será possível repor tudo como deve ser. A história até se justifica,
pois o Estado não tem dinheiro suficiente para colocar justiça nos docentes que ao longo de quase uma década estiveram parados na progressão da sua carreira. O que não é justificável é o facto de noutras profissões do Estado a regra não se aplicar da mesma forma. São histórias diferentes, dirão muitos analistas. Pois são, e em cada professor e em cada trabalhador haverá uma história diferente. Não se pode é querer fazer de conta que esta história não existe, ou que é em menor período temporal. Ao longo da minha carreira, e já lá vão quase 30 anos de profissional da comunicação social, tenho assistido a tentativas de limpar a história.
De tirar da história aqueles que a fizeram, que pela sua ação foram decisivos em momentos importantes do país, de um distrito, um município, ou de uma instituição de ensino superior. O facto acontece mais vezes que o desejável, em sentido inverso o descartar de responsabilidades por medidas mais impopulares é muitas vezes transformado em demagogia. Mas voltando à história. Os 20 anos do Ensino Magazine são hoje uma referência no modo como a educação e o ensino superior em Portugal se posicionaram. Também aqui, e como sempre nas páginas da nossa publicação, e no nosso portal, escrevemos história e
nunca abdicámos de a publicar, nem de esconder factos, fossem eles quais fossem. Fruto deste trabalho foram lançados dois livros (“Políticos e Políticas da Educação” - praticamente esgotado, e “Políticas Educativas em Portugal”), onde publicamos as principais entrevistas realizadas pelos jornalistas da nossa apublicação, nos primeiros 15 anos do Ensino Magazine (irá ser feito um novo livro mais completo, onde aparecerão as dos últimos cinco anos). É este rigor que queremos na história. Sem rodeios, nem esquecimentos propositados. Na questão dos professores, ao fim de cerca de nove anos houve uma Ministério da Educação que
mostrou abertura à resolução do problema. Compreendo por isso a urgência com que os docentes desejam a resolução desta questão. Muitos sabem, que se não for agora, a história pode durar muitos mais anos, e a progressão na carreira pode ser uma coisa da história...K João Carrega _ carrega@rvj.pt
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crónica salamanca
Universidades populares 6 Hace unos días tuve la feliz oportunidad de presidir el tribunal que juzgaba una tesis doctoral sobre universidades populares. En efecto, en la Facultad de Educación de Palencia, perteneciente a la Universidad de Valladolid, se defendió la tesis que estudiaba cómo la Universidad Popular de Palencia construía la ciudadanía activa mediante la educación de personas adultas. Fue defendida con éxito y brillantez por Judith Quintano. El sustantivo “universidad” ha sufrido diferentes aplicaciones a lo largo de la historia, hasta prevalecer el más frecuente entre nosotros, atribuido a la principal institución que en el mundo representa la educación superior, y que existe en la inmensa mayoría de los países que conforman la comunidad internacional. Sabemos muy bien que nuestras universidades forman profesionales, difunden la cultura, forman ciudadanos, promueven la producción de conocimiento, lo difunden y aplican desde instancias tecnológicas o humanísticas. La universidad es hoy una institución compleja, amplia, formada en cada caso por miles de personas que constituyen la comunidad universitaria. Pero hoy hablamos de otras “universidades”, “las populares”, que representan otro modelo diferente de institución educativa. No nos referimos a aquella expresión
utilizada por Máximo Gorki, aquel sorprendente y motivador escritor ruso cuando se refería a su experiencia de vida, dura por cierto, y la de muchos niños y jóvenes de la Rusia de comienzo del siglo XX. Lo proponía como contraste frente a la universidad elitista, pues la experiencia de vida es la que forma de verdad-. Tampoco nos referimos a universidades adjetivadas como populares por el hecho de ofrecer una composición social entre sus miembros de procedencia muy sencilla o popular, aunque se asemejen al modelo habitual de universidad que conocemos. Las universidades populares existentes en el mundo, en España y Portugal también, en el pasado y en la actualidad, responden a iniciativas culturales y formativas promovidas en su día por el movimiento obrero, sindicatos de trabajadores, asociaciones de vecinos, representantes de barrios, grupos políticos de orientación progresista, de izquierdas (bien comunistas, socialistas, equivalentes o próximos en lo ideológico),o representantes de cada uno de ellos o de algunos. Las universidades populares nacen en Francia en los últimos años del siglo XIX, y se van a extender por varios países de Europa en las décadas posteriores, ya sea en Alemania y Austria, como en Italia, Portugal o España. Buscan aproximar los bienes de la cultura a todos
los ciudadanos que se muestren ávidos de ella, tengan o no formación cultural previa. Por ello adoptan modalidades a veces próximas entre sí, o en ocasiones distintas. En España llegaron a funcionar hasta 1936 pocas más de seis, siendo la de Valencia, promovida por Blasco Ibáñez una de las universidades populares más mentadas y valoradas, aunque también fueron exitosas las de Segovia o Cartagena. Tales Universidades Populares guardan gran proximidad con el movimiento de la Extensión Universitaria, vivo en varias universidades durante muchos años, principalmente en la de Oviedo, y que había arrancado de los procesos populares del Sexenio Revolucionario (1868-74). Fueron muchos los profesores de prestigio que pronunciaron conferencias, organizaron seminarios, visitas de campo, dirigidas al conjunto de la población, y en particular la más necesitada de cultura. En España le guerra civil de 1936 representa la desaparición de todas estas instituciones educativas populares, y habrá que esperar a la restauración de la democracia para que emerjan las primeras de esta nueva etapa a partir de 1979, de la mano de ayuntamientos gestionados por corporaciones socialistas, comunistas o de simplemente de izquierdas. La Universidad Popular de Palencia, a la que nos referimos aquí, nace precisamente en 1985, y
Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro e Hugo Rafael.
ha logrado mantener una notable actividad, a veces intensa, en favor de las capas populares menos favorecidas y que demandan formación y animación cultural, con criterios cada vez más abiertos y diversificados. Una de sus principales vías de actuación es precisamente la construcción de una ciudadanía activa de sus integrantes adultos. De ello trata, y muy bien, la tesis citada más arriba. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Encontro teve o apoio do Ensino Magazine
Novo rumo da matemática 6 O ensino da Matemática deve ser recentrado no desenvolvimento da compreensão e aplicação da disciplina e não apenas na memorização dos conteúdos. Esta foi uma das principais reflexões que resultaram do Encontro Nacional de Professores de Matemática, realizado na Escola Superior de Educação de Castelo Branco, com o apoio do Ensino Magazine. As palavras são da presidente da Associação de Professores de Matemática. Lurdes Figueiral criticou as opções do anterior ministro da Educação (um matemático), cuja estratégia nesta área “foi uma má aposta”. “O mandato de Nuno Crato foi o pior que podia ter acontecido ao ensino da Matemática, porque introduziu programas que vieram buscar abordagens antiquíssimas
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do ponto de vista didático”, argumenta a dirigente associativa. Com um novo ocupante na cadeira do ministério “esperamos rapidamente recuperar dessa política e dessas iniciativas para podermos retomar um caminho que vinha dando frutos, de uma Matemática com significado e sentido para todos os
alunos”. Na opinião de Lurdes Figueiral a abordagem deve começar no pré-escolar com o desenvolvimento das capacidades dos jovens, que possam tornar a Matemática “num instrumento de inclusão dos próprios alunos” e com abordagens “adequadas às suas idades”.
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98
A presidente da Associação de Professores de Matemática é ainda adepta de mudanças no peso da disciplina no acesso ao ensino superior. “O ensino secundário não é um ensino pré-universitário. Esse é um grande erro de perceção com que todos temos vivido. Não devia ser dado no ensino secundário o peso de acesso ao ensino superior que ele tem neste momento. Completar o ensino secundário é uma etapa obrigatória e o ensino superior é outra coisa”, disse. Para esta mudança conta com os professores “que são a parte forte deste percursos, porque são eles que resistem aos programas, às más políticas educativas e às poucas condições de trabalho que têm nas escolas, mantendo a qualidade do ensino no nosso país”. K
Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Jornal Reconquista Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Designers André Antunes Carine Pires Guilherme Lemos Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Elsa Ligeiro, Ernesto Candeias Martins, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Estatuto editorial em www.ensino.eu Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
‘Pedagogia (a)crítica no Superior’ (XXVII)
Bend, Or - USA Para a Caetana, a minha neta americana, no Dia Universal dos Direitos da Infância, 20/11. 7 Há uns bons anos que não vinha aos EUA (estivera em 1984, 1991 e 1995). Desta vez, aproveitei a sabática para fazer a recolha de graffitis e similares manifestações de street art para o meu próximo livro – Graffitar a Literatura. Nunca antes viera ao estado de Oregon, onde vive a minha filha, o meu genro (para aqui emigraram durante o governo Passos-Troika) e, agora também, a minha neta recém-nascida. Durante um mês, resido em Bend, a 1106 metros de altitude; quando subo o Pilot Butte, um extinto vulcão de 156 m, dou-me conta de um extenso planalto: a oeste, avisto as montanhas nevadas de Bachelor, Jefferson, Three Sisters, Broken Top e Hood; tenho uma panorâmica completa sobre Bend, uma cidade de vivendas dispersas pela floresta (o ícone americano dos arranha-céus aqui não há), cheia de jardins e zonas verdes que ladeiam o Deschutes, um rio límpido, estreito, de cor-
rente suave e pouco profundo. Vim em pleno Fall, quando as paisagens são de ‘bilhete-postal’, com árvores de matizes variadas de amarelo, vermelho, laranja, roxo, castanho, rosa, azul… Nas ruas e nos parques, o chão é um tapete multicolor. Um deslumbramento! As crianças, em vésperas do Halloween, brincam nos relvados atapetados de folhas: correm, rebolam-se e não se cansam de lançar braçadas de folhas ao ar, deliciando-se em vê-las na sua queda lenta. Mães e avós, babados, fotografam-nas, também eles extasiados com os pimpolhos e as vicissitudes de uma natureza ímpar. Sinto o dia-a-dia desta cidade calma, limpa, com pouco mais de 85 mil habitantes, sem congestionamento de tráfego (apesar de cada adulto ter o seu carro). E a adultez, neste país, atinge-se cedo. Aos 15 anos de idade podem conduzir um carro (desde que acompanhados por um dos pais; uma espécie de tirocínio com supervisão familiar). Aos 16 têm carta e conduzem autonomamente. O parque de estacionamento de uma senior high school atesta bem esta
‘precocidade’ (face aos nossos padrões culturais). A carta (e a posse de um carro) dá aos jovens uma enorme liberdade e independência. Os seus comportamentos alteram-se significativamente, em especial nas saídas nocturnas que se tornam bem mais frequentes (oficialmente, estão proibidos de consumir bebidas alcoólicas antes dos 21!) Mas a ida para a universidade, e consequente afastamento dos pais, marca o ritual de entrada na ‘maioridade’. Fica-se a residir no campus a tempo inteiro. Este é o verdadeiro corte umbilical com o controlo familiar (embora continuem economicamente dependentes dos pais que pagam, e bem, as elevadas tuition and fees). E, por isso mesmo, os progenitores são frequentemente chamados (apaparicados será o termo exacto), ao longo do ano, a participar na vida da comunidade académica (welcome day, father’s/ mother’s weekend,…) Ao invés do que acontece nas faculdades de Portugal, onde ninguém os convida para coisa alguma. Até parece mal quando lá vão por sua iniciativa (excepto, talvez, na cerimónia de en-
trega dos diplomas). No nosso país, e na generalidade dos casos, a entrada no ensino superior não implica qualquer ruptura com a família: hoje, com a rede (de malha fina) de instituições universitárias e politécnicas de que dispomos, os jovens continuam a fazer diariamente o trajecto casa-universidade. E desta forma, a desperdiçarem tempo que devia ser dedicado ao estudo. As implicações (negativas) são evidentes: a vida académica passa-lhes ao lado, estudam menos, continuam debaixo das asas protectoras da ‘mãe-galinha’. Bend é uma cidade em desenvolvimento. A população residente é muito jovem (média de 37,3 anos). Daí a larga rede de escolas ao seu dispor – 113 estabelecimentos de educação e ensino – pre-school (PK), todos privados; elementary school (K-5), middle school (6-8), high school (9-12), servidas por dezenas de autocarros escolares amarelos old fashion (que contrastam com a modernidade do parque automóvel da cidade) circulam, em segurança, de manhã e à tarde, para buscar e levar as crianças. O último
ano da high school, crucial na definição do futuro escolar e pessoal dos jovens, envolve os membros da família num processo de ponderação criteriosa de alternativas. Apply for admission numa universidade prestigiada, num outro estado, ou ficar por aqui, no Central Oregon Community College (fundado em 1949, e, presentemente, com 9460 estudantes em credit classes) ou estudar no campus da Oregon State University - Cascades, possível desde 2016 (com 1250 estudantes mas com um projecto ambicioso de expansão em marcha), é uma questão de poder económico, de estratégia familiar, vaidade dos pais e de performance individual do estudante. Nestas paragens a educação é central, prioritária e bem visível no quotidiano desta cidade eco-empreendedora. K (Este texto não segue o AO90) Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt
Los Programas Universitarios para Personas Mayores
Una nueva forma de gestión del conocimiento 7 En estos tiempos estamos viviendo cambios profundos en la gestión del conocimiento. Tanto es así que nuestra sociedad es ahora definida como Sociedad del Conocimiento, una expresión que se lee y se oye con frecuencia como un dato asumido por las poblaciones de los países más avanzados. Con ello se trata de resumir que el conocimiento es una de las piezas clave de la sociedad actual, tanto como conductor de la prosperidad económica y de la calidad de vida como de la propia estructura y organización de esta nueva sociedad. La enseñanza, la investigación, el desarrollo y la innovación son reconocidos como los parámetros que gobiernan y condicionan la estructura y composición de la sociedad actual y son instrumentos determinantes del bienestar y progreso de los pueblos. Unos parámetros, cuyo desarrollo se realiza de modo señalado en centros de investigación, como son las universidades. Las transformaciones sociales han sido y están siendo tan profundas que, además de estar rehaciendo el mapa del universo científico, están logrando cambios de orden
económico, político, social y cultural de una enorme envergadura. Y, lo más importante, se habla de una nueva configuración del saber alrededor de nuevas y atractivas formas de diseminación del conocimiento. El informe de 2010 sobre la “Sociedad del aprendizaje” de CISCO (una empresa global con sede en California, Estados Unidos, principalmente dedicada a la fabricación, venta, mantenimiento y consultoría de equipos de telecomunicaciones) sostenía que el aprendizaje es fundamental tanto para el progreso de la humanidad, como para la prosperidad económica, el bienestar social, la realización personal y para ayudar a asegurar un planeta más sostenible. Si esto es así y, efectivamente concordamos con ello, en el futuro de esta sociedad digital el aprendizaje será mucho más importante que el resto de los aspectos de la sociedad global. Pues es cierto, además, que la explosión del conocimiento impulsado por el poder de la red para conectar a las personas y difundir ideas ha cambiado la propia naturaleza del aprendizaje. Por otro lado, la sociedad co-
mienza a estar convencida de que las instituciones de enseñanza superior son un importante medio de producción del saber y también de que estos centros deben ofrecer el retorno inmediato de sus valores a la comunidad. Y lo más interesante es que nuestros hombres y mujeres estén convencidos de la necesidad del estudio, de los saberes transmitidos por las instituciones y del desarrollo individual y colectivo que proporcionan a las personas. Sin embargo, frente a la obtención de un título, hasta hace muy poco objetivo prioritario para muchos, la clave es ahora la formación continua. Los vertiginosos cambios tecnológicos y económicos de nuestra época han hecho que el aprendizaje a lo largo de toda la vida haya dejado de ser un lujo, para convertirse en una necesidad básica. El vehículo de promoción y desarrollo personal que supone la ciencia y la cultura, desde los planteamientos actuales, debe extenderse a todas las personas y edades, no debe ser patrimonio de ninguna casta ni de ninguna edad, por lo que hay que procurar que los citados bienes culturales lleguen
a todos los mayores sin limitación social, económica o geográfica. Los programas universitarios para personas mayores son uno de los más adecuados marcos para esta formación continua y son mucho más que una simple forma de llenar el tiempo libre. La propia UNESCO avala desde hace años estas acciones. Así, en su Informe sobre la educación para la sociedad del nuevo milenio, tan bellamente titulado “La educación encierra un tesoro”, el grupo de expertos coordinado por Jacques Delors definió perfectamente dicho trazado sobre un eje crucial: “la educación de todos, para todos y a lo largo de toda la vida”. Así comienza a extenderse la convicción de que la educación es uno de los pilares fundamentales de los derechos humanos, de la democracia, del desarrollo de los pueblos y de la paz, valores a los que la universidad no puede permanecer ajena. El que fue director general de la citada instutución, Federico Mayor Zaragoza, en un discurso a universitarios españoles en 1999 ya trataba sobre exigencia ética de que la enseñanza había de democratizar-
se y estar al alcance de todos los ciudadanos y planteaba desde la propia Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura la urgencia práctica de que la educación sea permanente, un proceso continuo que asuma diversas modalidades a lo largo de toda la vida de la persona. Y una de las modalidades con mayor éxito de acogida en todo el mundo son las denominadas universidades para las personas mayores, entre cuyos fines figura el de devolver a los mayores el sentido de la vida y ayudarles a recuperar su papel de actores en la sociedad, que no tiene por qué quedar anulado después de la jubilación. En ellos el conocimiento adquiere una nueva y rica dimensión social. K Florentino Blázquez Entonado_ Profesor Emérito. Coordinador del Programa de Mayores de la Universidad de Extremadura
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70 startups na Área da sustentabilidade fizeram a viagem
Idanha-a-Nova: o destino da inovação ‘verde’ 6 No dia 10 de novembro um comboio ‘verde’ com 70 startups europeias na área da sustentabilidade, investidores e parceiros viajou de Lisboa até Idanha-a-Nova. O destino? O evento anual do i-Danha Food Lab, o primeiro acelerador para a economia verde da Península Ibérica, situado na vila beirã. A iniciativa realizou-se nos dias 10, 11 e 12 deste mês, logo após o Web Summit. Foi promovida pela Câmara de Idanha-a-Nova e pela Building Global Innovators (BGI), aceleradora do ISCTE-IUL e MIT Portugal, e decorreu em paralelo com o boot camp do Climate KIC, a maior iniciativa promovida pela União Europeia no campo da inovação climática. O ambiente vivido no comboio foi descrito na perfeição pela Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Maria Fernanda Rollo, passageira nesta viagem, ficou encantada: “Isto é um comboio mágico da inovação. Estão aqui todos os ingredientes para que a inovação aconteça!”. A governante aplaudiu o i-Danha Food Lab por “combinar afetos e criatividade”. E não tem dúvidas quanto ao seu sucesso: “As oportunidades acontecem quando as pessoas têm conhecimento e visão, e Idanha será seguramente um marco na aposta que o nosso país tem de fazer no mundo rural e na agricultura”. Mas o reconhecimento do Governo Português não ficou por aqui. O Ministro do Ambiente, João Pedro
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inovação 6 “Geoaromas” abriram o apetite O lançamento do livro “Geoaromas. A Inovação na Gastronomia - Receitas” abriu o apetite dos participantes na viagem de comboio ‘verde’ que ligou os destinos de Lisboa e Idanha-a-Nova. Com edição da RVJ - Editores, o livro tem o alto patrocínio do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e coordenação dos docentes José Carlos Gonçalves, Fernanda Delgado, Ana Rita Garcia e Sara Brito Filipe. Trata-se de uma obra inovadora que incide sobre a utilização de óleos essenciais na culinária, numa parceria do IPCB com a premiada empresa Aromas do Valado, sediada no concelho de Idanha-a-Nova, em pleno território do Geopark Naturtejo da UNESCO. Desde receitas a análises de nutricionistas, passando pela perspetiva académica e empresarial, o livro é uma aventura pelos aromas e sabores de um território com 600 milhões de História para descobrir. K
Matos Fernandes, presidiu ao encerramento do evento. Em declarações à comunicação social, o governante disse que “o papel de Idanha [na promoção do desenvolvimento sustentável] ultrapassa largamente aquelas que são as responsabilidades do município. Idanha tem vindo a conduzir um processo de afirmação do seu território enquanto laboratório vivo para a descarbonização da sociedade e para tornar a economia circular”. A chamada economia circular, mais benéfica para o ambiente e rentável para as empresas, foi precisamente uma das questões que o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova colocou em cima da mesa. “Queremos que Idanha seja um espaço de conhecimento mas também de aplicação de políticas de economia circular e de equilíbrio entre os meios urbano e rural”, explicou Armindo Jacinto. A este propósito, o autarca
adiantou que Idanha-a-Nova está a preparar a adesão à Rede Internacional de Eco Regiões, um conceito que visa promover comunidades mais bio, desde o sector educativo ao empresarial e ao associativo. O i-Danha Food Lab representa já um passo neste sentido. Para isso, tem sido fundamental a parceria com a BGI que, nestes três dias, coordenou a presença em Idanha das 70 startups do Climate-KIC. O diretor executivo da BGI, Gonçalo Amorim, resume a receita de sucesso do i-Danha Food Lab: “Trouxemos até Idanha um conjunto de 70 startups de 20 países com soluções tecnológicas de sustentabilidade, acrescentámos investidores internacionais e juntámos ainda as seis empresas que já são aceleradas no i-Danha Food Lab… tudo para promover uma jornada riquíssima de conhecimento e de networking com vista à criação de um futuro mais sustentável”. K
edições
Novidades literárias 7 ASA. Os Anos da Inocência, de Elizabeth Jane Howard. As Crónicas da Família Cazalet são já um clássico moderno. A ação deste primeiro livro passa-se em Sussex (Inglaterra), em 1937. O verão é sempre uma altura animada para os Cazalet. Os irmãos Hugh, Edward e Rupert levam as suas mulheres e filhos para a casa de campo da família, onde se juntam aos pais e à irmã Rachel. Os dias soalheiros são preenchidos com jogos, piqueniques na praia, passeios e banquetes. Mas nem este idílico cenário consegue afastar medos, dor e solidão
D. Quixote.
Um Legado de Espiões, de John le Carré. O novo romance de John Le Carré. Peter Guillam, fiel colega e discípulo de George Smiley nos Serviços Secretos britânicos, também conhecidos por Circus, goza a reforma na sua propriedade de família, na costa sul da Bretanha, quando uma carta do seu antigo serviço o convoca a Londres. Razão? O seu passado durante a Guerra Fria. Operações que envolveram personagens como Alec Leamas, Jim Prideaux, George Smiley e o próprio Peter Guillam, vão ser escrutinadas por uma geração que não tem memória da Guerra Fria, nem paciência para as suas justificações. Alguém tem de pagar pelo sangue outrora derramado em nome do bem geral.
FCA. Análise e Exploração de Dados com R, de Miguel Rocha e Pedro G. Ferreira. No mundo atual, os dados são gerados a partir de fontes muito diversas e numa escala sem precedentes. A capacidade de analisar estes dados e gerar conhecimento aplicável na resolução de problemas é útil a profissionais em diversas áreas. Este livro, com uma vertente marcadamente prática, vem apresentar as principais fases de um projeto de análise e exploração de dados, com inúmeros exemplos práticos em R, um dos sistemas com maiores potencialidades no processamento, análise e exploração de dados em larga escala. A GUERRA & PAZ. Cura Para o Cansaço,
de Linda Hawes Clever. Um livro que promete ajudá-lo a lidar com o cansaço. Linda Hawes Clever, professora de Medicina na Universidade da Califórnia e fundadora do projeto Renew, apresenta um guia para cuidar de si por dentro e por fora. Com dicas e conselhos, ferramentas de autoavaliação e exercícios práticos, eis a receita para uma vida saudável e plena de significado. K
gente e livros
Chico Buarque
7 Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque, é um aclamado músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É considerado um dos maiores nomes da música popular brasileira, autor de uma discografia com aproximadamente oitenta discos. As incursões na literatura têm granjeado, porém, um sucesso igualmente impressionante, desde os anos 1970. Chico Buarque nasceu em 19 de junho de 1944 na cidade do Rio de Janeiro, filho de Sérgio Buarque de Hollanda, um importante historiador e jornalista brasileiro, e de Maria Amélia Cesário Alvim, pintora e pianista. Em 1946, mudou-se para São Paulo, onde o pai assumiu a direção do Museu do Ipiranga. Desde cedo Chico revelou interesse pela música e pela palavra, uma paixão que foi reforçada pela convivência com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini. Em 1953, o pai de Chico Buarque foi convidado para lecionar na Universidade de Roma, e a família Buarque de Hollanda muda-se para Itália. Chico regressa ao Brasil em 1960. No ano seguinte, produz suas primeiras crónicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz de São Paulo, nome criado pelo próprio.
Leo Aversa (2017) H
Poucos anos depois, em 1963, Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Dois anos depois deixou o curso, quando come-
ensino magazine no méxico
Diario de la Vid 7 Ensino Magazine es uno de los socios de la iniciativa Diario de la Vid, la Primera Cata Científica Magistral, en México. A propósito de la 3ra Edición del Diario de la Vid, Cepa Gratia, científicos, diversos agentes de la industria vitivinícola e invitados especiales -políticos, diplomáticos y representantes de organismos empresariales--, crearon un espacio multicultural de maridaje entre ciencia, sabor, vino, arte y la realización de un proyecto que busca unificar la industria nacional para alcanzar su desarrollo y modernización. Diario de la Vid fue el marco perfecto para la impartición de la primera Cata Científica Magistral que se realiza en nuestro país y que fue dirigida por científicos del Instituto Potosino de Ciencia y Tecnología (IPICYT), comandados por Jorge Chiprés de la Fuente, Director de Vinculación de este instituto, dependiente del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT).
Esta cata se registró ante medios de comunicación y fue respaldada por representantes exclusivos de cuatro casas vitivinícolas con proyección internacional: Viñedos Alemanes, La Puerta del Sol, Solar Fortún y Bodegas linaje Garsea. El segundo acontecimiento, que se puede considerar histórico fue la participación, en un evento enteramente magistral y enogastronómico, de la Asociación Nacional de Pulquerías AC, que en voz de su Presidente César Ponce, “Fue un evento en donde se tuvo oportunidad de dimensionar y dignificar la producción y comercialización del pulque en México”. El tercer hecho que se convierte en sí mismo una invitación de Cepa Gratia a todos los agentes de la industria vitivinícola a incorporarse a un esfuerzo en común, fue la creación de la “Asociación Científica de Vino AC.”, que buscará incorporar el método científico al proceso de elaboración de los vinos en México.
çou a dedicar-se à carreira artística. O sucesso não se fez esperar e tornou-o numa figura incontornável das artes brasileiras. O dom da palavra, em particular, sempre esteve presente. Chico Buarque começou por destacar-se como cronista nos tempos de colégio. O seu primeiro livro foi publicado em 1966, incluindo os manuscritos das primeiras composições e o conto “Ulisses”, e ainda uma crónica de Carlos Drummond de Andrade sobre a canção “A Banda” de Chico Buarque. Em 1974, Chico escreve a novela “Fazenda Modelo” e, em 1979, “Chapeuzinho Amarelo”, um livro-poema para crianças. Em 1981 é publicado “A Bordo do Rui Barbosa”. Uma década depois, o autor publica o romance “Estorvo” que seria vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Romance em 1992. Quatro anos depois, escreve o livro “Benjamim”. O romance “Budapeste” ganha o Prémio Jabuti de Livro do Ano, em 2004. O mesmo prémio é entregue ao livro “Leite Derramado”, em 2009. “O Irmão Alemão” é o mais recente romance escrito por Chico Buarque, lançado em 2014. Tiago Carvalho _
Edições RVJ
Para ler e refletir 7 O caderno de Cultura “Medicina na Beira Interior, da Pré História ao Século XXI”, dirigido por António Lourenço Marques, acaba de ver editada a sua 31ª edição, a qual tem a chancela da RVJ - Editores. A revista de caráter científico reúne um conjunto de artigos de alguns dos melhores investigadores e pensadores portugueses, casos de Filomena Barata, Joaquim Candeias da Silva, Alfredo Rasteiro, António Lourenço Marques, Albano mendes Matos, Maria da Graça Vicente, Adelaide Salvado, Pedro salvado, Maria José Leal, Maria do Sameiro Barroso, Aires Antunes, David de Morais, Cristina Moisão, Adelino Cardoso e António Salvado. K
NOVEMBRO 2017 /// 023
pela objetiva de j. vasco
press das coisas WhatsApp Business 3 Está em fase beta a app do WhatsApp direcionada para a gestão de negócios. O WhatsApp Bussiness, disponível na Google Play Store, pode ser testado por todos e serve para gerir a presença de empresas nesta popular rede social, com alguns ajustes em relação à versão clássica. De realçar que as duas apps podem ser utilizadas no mesmo smartphone. K
Tiago Bettencourt «A Procura»
Aconteceu em novembro 7 Lisboa e o país mobilizado. Ponto alto a capacidade atrativa de Portugal para uma grande cimeira internacional da Web. Ponto baixo o jantar no Panteão Nacional. Para o ano há mais. K
3 «A Procura» é um substantivo transitivo que se traduz pela diligência de encontrar, buscar, investigar, desejar, pretender… e é nesta viagem incessante que Tiago Bettencourt nos guia ao longo desde sexto disco da sua carreira. Entre a acústica trovadoresca, a pop e as eletrónicas discretas, este disco reflete a busca incessante do artista pela sua visão muito própria e a abertura de novas portas. K
Prazeres da boa mesa
Linguiça frita com cogumelos 3Ingredientes: 200gr Agaricus bisporus laminados 1/2uni Broa de Milho 3uni Dentes de Alho 300gr Linguiça cortada às Rodedas 1/2dl Azeite q.b. Sal e Pimenta de Moinho Preparação: Numa frigideira com o azeite quente, juntar a linguiça em rodelas. Quanto estiver frita, adicionar o alho e deixar alourar ligeiramente. Juntar os cogumelos e só depois de bem salteado se rectifica os temperos e consequentemente o sal. Servir sobre uma fatia de broa de milho. Dica: O sal se adicionado precocemente aos cogumelos irá precipitar a saída dos sucos. + informação: Agaricus é um grande e importante género de cogumelos, contendo tanto espécies comestíveis como venenosas, possivelmente com mais de 300 membros em todo o mundo. O género inclui o comum (“botão”) cogumelo (Agaricus bisporus) e o cogumelo do campo (Agaricus campetris), que é o cultivo dominante de cogumelos no Ocidente.
sistente ou caduco e se separa com facilidade da carne do chapéu. K Mário Rui Ramos _ Executive Chef
As espécies de Agaricus apresentam geralmente frutificações carnosas, maioritariamente de tamanho médio a grande; o chapéu é hemisférico inicialmente, depois convexo e finalmente mais ou menos aplanado ou ligeiramente deprimido, de cor embranquecida ou parda. O pé é cilíndrico e tanto regular como engrossado ou atenuado para a base; sempre porta um anel, mais ou menos desenvolvido, que pode ser per-
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Bocas do galinheiro
Celulazinhas cinzentas 7 Uma grande senhora do policial, talvez a maior, Agatha Christie, a rainha do crime, criou Hercule Poirot, o excêntrico detective, belga de nascimento, mas com modos ingleses que o cinema e a televisão não se cansam de mostrar. Coube agora a Kenneth Branagh voltar a “Um Crime no Expresso Oriente”, cuja anterior versão, dirigida em 1974 por Sidney Lumet, contava com um inspirado Albert Finney no papel de Poirot, acompanhado por um batalhão de super estrelas onde pontificam, entre outros, Ingrid Bergman, Jaqueline Bisset, Vanessa Redgrave, Sean Connery e John Gielgud. O inglês, a par da realização, incarnou também o famoso detective, fugindo um tanto ao retrato que dele nos deu a escritora (sempre o imaginámos mais baixo, com a obsessão pela arrumação, excêntrico, pouco dado a contacto físico, sempre confinado ao mínimo socialmente possível) muito diferente do que vimos nesta versão de 2017, um Poirot que não regateia abraços, corre que nem um desalmado e não desdenha iniciar uma perseguição a um suspeito. Opções. Claro está que quando vemos um remake, a tentação da comparação com versões anteriores é enorme, o que não deixa de ser um tremendo erro, uma vez que nos condiciona uma apreciação objectiva. O certo é que é difícil não comparar, senão os filmes, pelo menos três Poirot anteriores: o já referido Albert Finney, Peter Ustinov, um Poirot bonacheirão em “Morte no Nilo”, de 1978, realizado por John Guillermin, mais uma vez com uma constelação composta, entre outros, por Bette Davis, David Niven, Mia Farrow e Jane Birkin,
e “Morte ao Sol” (1982), de Guy Hamilton, agora na companhia de Maggie Smith, James Mason e muitos mais, e David Suchet, que lhe deu vida na série televisiva, quiçá o actor que mais se aproximou da criação de Agatha Christie, “teria de perceber de crimes, e seria muito meticuloso, limpo e arranjado. Isso, um homem limpo e baixinho, sempre a compor os objectos, a organizar as coisas em pares”, muitas vezes acompanhado pelo seu companheiro, o Capitão Hastings, e pelo Inspector Chefe Japp, da Scotland Yard, a quem cabe arrecadar alguns louros dos sucessos do belga na solução de muitos crimes. Parece claro que Branagh quis trazer o inimitável detective para o século XXI, com todos os riscos que tal acarretou, mas no final o saldo é positivo. Não vou falar do bigode, porque já li muito sobre o pormenor, que não passa disso mesmo, um pormenor, mas a essência da obra está lá, o desvendar do crime também, chega
lá a outro ritmo e com algumas nuances, algumas politicamente correctas, também faz parte. À semelhança de adaptações anteriores, também não resistiu a um elenco de luxo, desde logo com Johnny Depp, pela positiva muito longe das suas últimas incarnações apalhaçadas, além de Judi Dench, Michelle Pfeiffer, Penélope Cruz, Willem Dafoe e de uma distinta lista. Nascida em 1890, em Torquay, no condado de Denver, em Inglaterra, Agatha Christie foi educada em casa. Ainda começou pela música, mas a escrita venceu. E nesta os policiais, de onde emergiram personagens alcandoradas aos degraus cimeiros do policial, o detective Hercule Poirot e a ilustre Miss (Jane) Marple, também ela com direito à imortalidade via Margaret Rutherford, que podemos apreciar em “O Estranho Caso da Velha Curiosa”, de 1961, dirigido por George Pollock, com Arthur Kennedy, adaptação de
“4.50 From Paddington”, a que se seguiram “A Velha Descobre o Crime” (1963, da novela “After the Funeral”), “A Velha Investiga” (1964, baseado em “Mrs. McGinty’s Dead”) e ainda “O Regresso da Velha Curiosa”, do mesmo ano, todos realizados por Pollock. Miss Marple ainda teve direito a várias séries e telefilmes desde os anos 80 do século passado até há poucos anos, protagonizados por Joan Hickson, Geraldine McEwan e Julia McKensie. Mas falar de Agatha Christie no cinema é começar em 1928, ainda no mudo, quando Julius Hagen e Leslie S. Hiscott realizam “The Passing of Mr. Quin”, com Stewart Rome e Trilby Clark, baseado em “The Coming of Mr. Quin”, a que se seguiu em 1931 “Alibi”, de Leslie S. Hiscott, adaptação de “O Assassínio de Roger Ackroyd”. Mas, se é para voltar a Poirot, em 1934 Henry Edwards dirige o primeiro filme em que o detective aparece,
interpretado por Austin Trevor em, “Lord Edgware Dies”. Outras adaptações dignas de nota serão “Convite para a Morte”, realizado em 1945 por René Clair, com Barry Fitzgerald e Walter Huston, “O Alfabeto do Crime”, 1965, de Frank Tashlin, com um pouco conseguido Hercule Poirot a cargo de Tony Randall ou “A Forca para um Inocente”, de 1984, realizado por Desmond Davis, com Donald Sutherland, Faye Dunaway e Christopher Plummer. Mas, para além dos policiais, que me acompanham há muitos, muitos anos, nomeadamente na colecção “Vampiro”, de que sou indefectível desde a adolescência, é também conhecida a faceta de dramaturga da autora de que é exemplo esse fenómeno que é “A Ratoeira”, estreada em 1952 no Ambassadors Theatre, em Londres, no West End, com Richard Attenborough e a sua mulher, Sheila Sim, nos papéis principais: passou os 60 anos de representações! Um caso único. Ou “Testemunha de Acusação” peça que mais tarde, 1957, viria a ser adaptada ao cinema por Billy Wilder com Tyrone Power, Marlene Dietrich e Carles Laughton. Falecida em 1976, Agatha Christie, que também teve direito a filme a propósito do seu desaparecimento nos anos 20, “Agatha”, de Michael Apted, com Vanessa Redgrave, será sempre recordada pelo sexto sentido de Miss Marple e pelas celulazinhas cinzentas de Poirot. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _ Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
NOVEMBRO 2017 /// 025
9ª edição do Concurso para a Rede das Escolas Associadas da UNESCO
Evocação do centenário da I Guerra Mundial 2014-18 6 No seguimento da recomendação da UNESCO para a organização de eventos de evocação sobre o património cultural da Primeira Guerra Mundial e a preparação de atividades de sensibilização que levem a consciencializar para os aspetos humanitários deste conflito, a Comissão Nacional na UNESCO lançou a 9ª edição do concurso para a Rede das Escolas Associadas da UNESCO, subordinado ao tema Evocação do Centenário da I Guerra Mundial 201418. O objetivo do concurso centra-se em refletir sobre a importância da paz e promover o projeto educativo da UNESCO Património para a Paz e a Reconciliação”. Pretende-se igualmente ajudar a envolver as escolas participantes no conhecimento e compreensão de um património comum, e organizar uma exposição com a divulgação de todos os trabalhos participantes.
Tema O desporto na I Guerra Mundial 2º e 3º ciclo do ensino básico - desenho ou texto Tema O soldado desconhecido Ensino secundário – fotografia Tema Os monumentos e memoriais da minha terra Ensino superior – fotografia Tema Património para a Paz e a reconciliação – o património cultural subaquático da I Guerra Mundial O concurso conta com a colaboração do Ministério da Educação, do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, do Museu Militar de Lisboa, do Centro de Investigação Naval, do Comité Olímpico de Portugal e do Colégio Valsassina. Os trabalhos concorrentes com a respetiva ficha de inscrição deverão ser enviados para a Comissão Nacional da UNESCO, fatima.claudino@mne.pt e o prazo para apresentação dos trabalhos termina dia 16 de março de 2018. Para mais informações www. unescoportugal.mne.pt K
O concurso contempla as seguintes categorias: Pré-escolar – expressão plástica Tema O significado da paz 1º Ciclo do ensino básico – desenho
Novidades do setor automóvel Suzuki apresenta Swift Sport
Volvo XC40
3 Embora esteja à venda apenas no próximo verão, a Suzuki já apresentou o novo Swift Sport, no Salão de Frankfurt. É uma versão desportiva do modelo Swift, que se destaca pelas pequenas dimensões, e pesa apenas 970 kg, menos 75 kg do que o antecessor, em virtude da utilização de uma nova plataforma O novo Swift Sport surge equipado com uma versão mais potente do motor 1.4 Boosterjet turbo e conta com uma suspensão mais evoluída, reforçando a estabilidade. K
3 O novo Volvo XC40 representa a entrada da marca sueca nos pequenos SUV, aumentando a oferta de SUV para três modelos: XC90, XC60 e este XC40. O Volvo XC40 vai estar disponível na motorização D4 (2.0 de 190 cv) e T5 a gasolina. Posteriormente serão introduzidas novas opções, onde se incluirão os Diesel D2 (120 cv) e D3 (150 cv), bem como uma motorização híbrida e uma versão puramente elétrica. Deverá chegar no início de 2018 a Portugal e ter preços de acesso a rondar os 36 mil euros nas versões a gasolina e abaixo dos 40 mil euros nas versões Diesel. K
Novo Lexus CT200h já tem preços 3Acaba de ser apresentado o renovado Lexus CT200h. O modelo híbrido sofreu atualizações no visual interior e exterior e conta também com novos dispositivos de assistência ao condutor. O compacto nipónico estará disponível a partir de 30 080 euros, na versão Business, valor idêntico ao modelo atual. O nível de equipamento Executive mantém o valor de 33 680 euros. A versão Executive +, que conta com mais equipamento, tem o preço de 33 680 euros. A versão mais equipada, Luxury, custa 42 150 euros. A versão F Sport começa nos 36 340 euros e a Sport + nos 42 880 euros. K
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2ª Edição
Prémio Voluntariado recebe 50 candidaturas
Prémio Santander Universidades Idea Puzzle
Investigação ibérica premiada
6 A 6.ª Edição do Prémio Santander Universidades Idea Puzzle, atribuído no dia 9 de novembro, premiou Sara Soares, da Universidade do Porto. A edição deste ano bateu todos os recordes das anteriores edições, alcançando um total de 17 candidaturas. O Santander Universidades oferece anualmente dois Prémios de 1.000 euros, um em Portugal e outro no estrangeiro, ao melhor desenho de investigação de Doutoramento criado com o Software Ideapuzzle numa Universidade. Sara Soares venceu o prémio com o desenho de investigação “Biological consequences of exposure to social adversity in childhood” e, a nível internacional, Leonardo La Rosa, da Universidade Carlos III de Madrid, com o desenho de investigação “El periodismo de datos en España”. Para concretizar a sua investigação, Sara Soares foi orientada por Sílvia Fraga no Programa de
Doutoramento em Saúde Pública na Universidade do Porto, enquanto Leonardo La Rosa teve o apoio de Teresa Sandoval no Programa de Doutoramento na Investigação em Meios de Comunicação na Universidade Carlos III de Madrid. Sendo pela primeira vez entregue o Prémio Internacional, três dos candidatos são provenientes de Espanha, mais concretamente da Universitá autonoma de Barcelona e da Universidad Carlos II de Madrid. Entre as instituições portuguesas envolvidas contam-se a Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e a Universidade Nova de Lisboa. O júri foi constituído por Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora (presidente do Júri), Inês Oom de Sousa, administradora do Santander Totta, Alexandra Bitusikova, senior adviser do Council for Doctoral Education e Ricardo Morais, fundador da Idea Puzzle. A cerimónia de entrega dos Pré-
mios contou com uma intervenção inicial de Marcos Soares Ribeiro, diretor coordenador do Santander Universidades, seguindo-se os dois premiados, Sara Soares e Leonardo La Rosa, que agradeceram o apoio do Banco. Na sua intervenção final, Inês Oom de Sousa, administradora do Banco Santander Totta, afirmou: “Ficamos particularmente orgulhosos de ver este projeto do Prémio Santander Universidades Ideal Puzzle crescer ao longo dos últimos 6 anos no nosso país e também noutros países, como Espanha ou Brasil. Comprova a utilidade desta ferramenta para os estudantes de investigação, oferecendo um enquadramento, um caminho, ao jovem investigador.” De referir que o banco investe anualmente cerca de 7 milhões de euros na área de Responsabilidade Social e Corporativa. K
6 A 2.ª Edição do Prémio de Voluntariado Universitário (PVU) atraiu um total de 50 candidaturas abrangendo 12 distritos do País. Com 41 projetos com um ou mais anos, nove são de ideias novas ou com menos de um ano. O território nacional está representado de Norte a Sul, com o arquipélago da Madeira a avançar com 4 candidatos, os mesmos de Coimbra. Lisboa e Porto são as cidades que mais candidaturas apresentam – 15 cada uma, num total de 30 candidatos. Em termos de área de intervenção solidária, destacam-se a Inclusão Social e a Promoção da Saúde, mas também a Educação e Formação, a Promoção do Voluntariado, o Combate ao Insucesso Escolar, a Sustentabilidade Ambiental e o Acesso à Justiça. Os projetos apresentados pelos voluntários universitários têm como destinatários públicos diferenciados, que incluem pessoas em situação de vulnerabilidade ou exclusão social – desempregados, situações de sem-abrigo, famílias carenciadas – mas também estudantes universitários, crianças e idosos institucionalizados. Depois do sucesso da 1.ª Edição do PVU, lançado em novembro de 2016, procurou-se de novo reconhecer e valorizar os projetos de voluntariado promovidos por estudantes do Ensino Superior, com benefícios para a sociedade e igualmente para o desenvolvimento das suas competências pessoais.
As candidaturas foram entregues até 29 de outubro de 2017 e os prémios monetários para o desenvolvimento do projeto serão de €3.000 para cada uma das três categorias – PVU Projeto, PVU Comunidade e PVU Ideias – e de €1.000 para o PVU Comunicação. Os quatro prémios são entregues no dia 5 de dezembro do corrente ano. Para além dos prémios monetários, o Santander Totta oferece mentoria de apoio à prossecução dos objetivos dos projetos durante o período de um ano e promove a divulgação dos mesmos, procurando assim também mobilizar a opinião pública para a prática do voluntariado e divulgar as boas práticas no âmbito dos projetos de voluntariado universitário. No âmbito da sua relação com as instituições de Ensino Superior Portuguesas, o Santander Totta apoia vários projetos de Voluntariado Universitário que já foram lançados e estão a decorrer, tais como o SolidarISA, o Saúde Porta a Porta, o Hospital da Bonecada e o Marca Mundos, entre outros. Este ano, deu também o seu apoio à iniciativa “1 novo aluno = 1 árvore”, da Universidade da Beira Interior, uma campanha de reflorestação da encosta junto à cidade da Covilhã, no âmbito da qual serão plantadas cerca de mil árvores, uma por cada estudante que inicia este ano um dos cursos de Licenciatura e/ou Mestrado Integrado da instituição. K
Grisi. Para Ana Botín “o Santander X aspira a ser o ponto de conexão de todos os empreendedores. Será o maior ecossistema global de empreendedorismo universitário. Abrirá
as portas ao talento para construir um mundo melhor para todos”. A plataforma desenvolveuse inicialmente em associação com 40 universidades de sete países: Argentina, Brasil, Chile, Espanha, México, Portugal e Uruguai. O objetivo é aumentar até 50 o número de universidades aderentes ao programa nos próximos três meses e atingir no total mais de 1.000 instituições. Nos próximos quatro anos, o Santander vai destinar 50 milhões de euros no apoio a programas de empreendedorismo nas universidades. No final de 2017, existirão 900 projetos ligados ao Santander X. K
Rede de colaboração
Santander X para o mundo 6 O Banco Santander anunciou, no passado dia 17 de outubro, o lançamento do Santander X, uma iniciativa que nasce com a vocação de se converter no maior ecossistema de empreendedorismo universitário do Mundo. Portugal é um dos 7 paísesmembros fundadores do Santanter X, participando desde o início com quatro instituições: Universidade do Porto, Universidade de Coimbra, Instituto Superior Técnico e Instituto Politécnico de Setúbal. O Santander X disponibiliza uma rede de colaboração em que as universidades e os empreendedores de todo o mundo podem colaborar, partilhar ideias e conhecimentos, mas também atrair investimentos. Permitirá ainda às
universidades difundir as suas melhores práticas, monitorizando os seus programas de empreendedorismo e medindo o seu impacto. A presidente do Banco Santander, Ana Botín, lançou a iniciativa na
Cidade do México, num evento que contou com a presença de reitores de 50 universidades de diversos países e empreendedores mexicanos, assim como do presidente executivo do Santander México, Héctor
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Politécnico do Porto
Marcelo inaugura Escola Superior de Saúde
6 O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugurou, no passdado dia 10, as novas instalações da Escola Superior de Saúde (ESS), no Pólo da Asprela. A ocasião foi aproveitada pela presidente da instituição para entregar ao Chefe de Estado a maior distinção do P.PORTO, o Título de Honra “É com apreço que registo, e louvo o que aqui existe no domínio da saúde, em
termos de aprofundamento da qualidade e de excelência no ensino superior”, referiu o Presidente, frisando a “força indómita das pessoas” e o seu “efeito de transformação, de atração”, com prevalência de um “sentido coletivo que é verdadeiramente singular”. “As instituições valem porque as pessoas dão-lhe vida”, disse ainda, referindo-se a Rosário Gambôa, “um caso de qualidade comprovada” cujo sentido Publicidade
5 mil alunos Aprendem programação
Projeto GEN10S arranca em Setúbal 6 O projeto GEN10S, que prevê formar em linguagem de programação Scratch cerca de cinco mil alunos do 5.º e 6.º anos e 500 professores, promovendo a igualdade de oportunidades na área digital e cobrirá 62 escolas em 2017/2018, no território continental e nas ilhas, arrancou oficialmente em Setúbal, a 20 de outubro A sessão inaugural, realizada na Escola Básica 2, 3 de Aranguez, contou com presença de Mercedes Balsemão, presidente da SIC Esperança, a entidade promotora,
e dos parceiros associação Ayuda en Acción e Google. org, representados pelos seus responsáveis, Marta Marañón e Francisco Ruiz Antón. A iniciativa tem como parceiro o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), que fará a formação das crianças e professores envolvidos, através do Centro de Competências TIC da Escola Superior de Educação, em colaboração de outros Centros de Competência TIC e Centros de Formação de Professores do País. K
Politécnico
Beja tem novo presidente 6 João Paulo Trindade acaba de tomar posse como presidente do Instituto Politécnico de Beja, numa cerimónia em que reforçou o papel que a instituição tem e os caminhos que deve seguir. O novo responsável pela instituição nomeou também já os seus vice-presidentes,
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João Fernandes e João Leal. Para administrador foi escolhido Paulo Cavaco, enquanto que Nuno Loureiro mantém o cargo de pró-presidente do IPBeja para a Internacionalização. Finalmente, Ana Paula Figueira é a pró-presidente para o Planeamento, Marketing e Comunicação. K
inequívoco de liderança permitiu “convencer os seus pares para uma efetiva organização, “sabendo explicar que que não há imutabilidades”, criando novas estruturas físicas, e “apontando para o futuro” e à “energia indomável da presidente da ESS”, Cristina Prudêncio. Elogiou ainda o facto de no Porto existir “diálogo, intercâmbio cooperação”, condições necessárias ao desenvolvimento, assu-
mindo mesmo, em tom de brincadeira, que”começo a ser suspeito de ligação excessiva ao Porto”. Rosário Gambôa sublinhou o esforço financeiro realizado na Escola, “cujo investimento direto do Politécnico do Porto foi superior a 10,5 milhões de euros, expressa a aposta nas pessoas, no ensino e na investigação na área da saúde”. K PP _