abril 2016 Diretor Fundador João Ruivo Diretor João Carrega Publicação Mensal Ano XVIII K No218 Assinatura anual: 15 euros
ensino.eu
Distribuição Gratuita
suplemento
presidente da fundação francisco manuel dos santos
Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização nº DE01482012SNC/GSCCS
fingertips querem conquistar o mundo
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‘Legislador condiciona decisões na educação’ Deixou uma carreira no estrangeiro para presidir a uma das mais importantes fundações de Portugal. Nuno Garoupa analisa à lupa as fragilidades nacionais e identifica o problema que teima em ser evitado. C
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Cinema da UBI no Festival Internacional de Cannes C P 5 ipcb
Comissão Europeia distingue Politécnico de Castelo Branco C
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Primeiro Ministro inaugura novo Centro em Leiria C P 15 Politécnico
Guarda assina acordo com a Ordem dos Engenheiros C P 17 pub
Portalegre, Évora e Beja
Presidente da República quer pontes no ensino C
Presidência da República H
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Nuno Garoupa, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS)
«Não temos potencial de crescimento» 6 Deixou uma carreira no estrangeiro para presidir a uma das mais importantes fundações de Portugal. Nuno Garoupa analisa à lupa as fragilidades nacionais e identifica o problema que teima em ser evitado. A Fundação já editou 60 Publicidade
ensaios sobre diversos temas e apoia dezenas de iniciativas que vão desde estudos sobre a justiça, a saúde ou a educação, já para não falar da Pordata, uma base de dados sobre o Portugal contemporâneo. Podemos dizer que estamos perante um oásis na área da inves-
tigação científica e divulgação dentro um país a braços com um cenário de extrema contenção orçamental? Não gostaria de colocar a questão nesses termos. É verdade que a Fundação tem um modelo diferente de outras fundações, o que
é pena, porque deveria haver mais fundações como a nossa em Portugal. A FFMS tem como missão gerar conhecimento para melhorar as políticas públicas. Nesse ponto de vista, inserem-se os ensaios que referiu, mas também estudos, projetos e publicações de caráter mais
científico. Mas, na verdade, diria que os ensaios são mais opinativos do que propriamente científicos. A missão da Fundação que dirige é pouco comum em Portugal… De facto, no nosso país, à semelhança do que acontece noutros países europeus, não há a tradição de ter fundações voltadas para as políticas públicas. Nessa perspetiva, somos realmente uma exceção em Portugal. O nosso objetivo, em grande medida, é fazer uma radiografia do país. Recentemente lançamos as Cronologias. É um projeto que explora uma vertente histórica numa perspetiva político-social. Surge no seguimento da Pordata, que faz uma radiografia mais quantitativa e estatística. Basicamente, num caso e noutro, o que se pretende é disponibilizar o maior volume de informação possível para que os destinatários desta informação, os portugueses, tomem melhores decisões e pressionem o poder político para a adoção de políticas corretas. No livro “O Governo da Justiça”, editado em 2011 pela Fundação, quando ainda se encontrava nos Estados Unidos, arrasa o modelo que temos, escreve que o Estado de Direito é deficiente e aponta falhas estruturais. Isto só lá vai com reformas profundas em vez de mudanças de roupagem e cosmética? O ensaio é de 2011, mas podia perfeitamente ser publicado, agora, em 2016. Tirando algumas leves questões, permaneceria genericamente atual. O que não diz bem do autor, diz é mal do objeto. Na verdade, continuo a achar que insistimos em paliativos pontuais que não resolvem o problema, porque continuamos a fugir de soluções estruturais. Como outras personalidades já disseram, incluindo o ex-ministro Laborinho Lúcio, a resolução exige uma revisão constitucional, só que os partidos políticos infelizmente não se querem entender.
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É defensor de um pacto de regime para a justiça? Exatamente. Não há qualquer possibilidade de alterar a estrutura do governo da justiça sem uma revisão constitucional e não há solução para a justiça sem alterar a estrutura do governo da justiça. Só a partir desse momento é que será possível tomar um conjunto de medidas que tenham consequências positivas a médio e longo prazo. Depois de ter estudado nos Estados unidos e em Inglaterra, pediu uma licença sem vencimento na Universidade A&M do Texas e assumiu a presidência executiva da FFMS. Como é que um estrangeirado olha para Portugal? O nosso ponto de discussão em Portugal continua a estar completamente deslocado daquilo que é a nossa realidade ou das nossas possibilidades realistas. Continuamos a discutir políticas sem ter em conta o que todas as instituições internacionais insistem em dizer: Portugal está estagnado há 15 anos e assim vai continuar pelo menos nos próximos 15 anos. Nós não temos potencial de crescimento. E essa discussão não só não se faz em Portugal, como quando na semana passada o FMI volta a ter um relatório negativo, visando-nos, esse facto não merece qualquer notícia de relevo nem uma reflexão necessária. O problema é não discutir o problema? Não se discute o problema e discutem-se paliativos para problemas sem reconhecer a questão mais estrutural que é evidentemente a falta de potencial de crescimento económico. Insiste-se, tanto este como o anterior governo, em planos nacionais de reformas, como se fosse possível ter resultados palpáveis para a maioria da população, dentro de um ou dois anos. Sem potencial de crescimento o que se fizer no imediato serão ;
Outubro querem alterar o sistema de educação, o que impossibilita gerar ciclos de estabilidade de 10 ou 15 anos para produzir resultados.
sempre paliativos de curtíssimo prazo, sem qualquer consistência e capacidade de gerar riqueza no médio e longo prazo. Esteve há poucos dias na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, onde proferiu a palestra «O Fracasso das Instituições Portuguesas como Problema de Muito Longo Prazo». Já referiu que o primeiro passo para resolver o problema é reconhecer que ele existe, mas o país está em negação. Isto parece o paciente que teima em não querer ir ao psicólogo. É preciso deitar o país no divã?
A força dos sindicatos é um obstáculo importante? A força dos sindicatos é um reflexo dos problemas de que o país padece. Com a economia estagnada e a progressão na carreira muito limitada, torna-se natural que os sindicatos tenham um papel muito mais importante do que teriam noutros contextos, menos adversos aos professores.
O português vive permanentemente em ciclos que oscilam entre os seguintes sentimentos ou estados de alma: euforia, nostalgia, vencidos da vida e sebastianismo. E não reconhece que tem um problema que necessita de ser resolvido. Enquanto isso acontecer, não é possível ter o debate necessário a nível nacional. Nós vivemos uma época em que praticamente toda a gente está de acordo que há um descrédito generalizado das nossas instituições, mas resistimos em entrar no debate sobre o que é preciso fazer para recuperar o prestígio perdido. Parece que estamos à espera que alguém nos venha resolver o problema – é a fase do sebastianismo. E quem é esse alguém que pode resolver o problema? Evidentemente a sociedade civil e os atores políticos. Mas esses protagonistas estão cada vez mais distanciados… É verdade. Mas a sociedade civil portuguesa é tradicionalmente fraca e peca por não reconhecer que existe um problema e debatê-lo. Quanto aos atores políticos estão completamente afastados da realidade e continuam a querer evitar discutir o que é essencial. O Estado paternalista e protetor também nos condiciona? Também. Mas eu entendo que o Estado paternalista é consequência de todo um conjunto de problemas. Não é possível alterar esse estado de coisas, sem pensar na causa desses problemas. Não é o Estado omnipresente e paternalista que cria, de facto, uma preferência – claramente assumida em sondagens e estudos de opinião – profundamente anti-liberal que existe na sociedade portuguesa. É o contrário. É a preferência profundamente anti-liberal da sociedade portuguesa que gera este Estado. Esta é a raiz do problema e urge tentar saber porque é que perdura ao longo de décadas, séculos e de tantas gerações. Os quatro anos de governo PSD/CDS, em que a oposição acusou o executivo de pendor neoliberal, agravou a fratura social? Nesse período, vivemos em discussões completamente estéreis, que preencheram o espaço público, como se a política é mais ou menos neoliberal, quando é evidente que não está em causa políticas mais ou menos liberais, mas sim uma situação de emergência nacional. Por exemplo, houve o debate
Reconhece, por isso, o bom desempenho das universidades? Portugal é um país periférico universitariamente, por isso o seu grau de competitividade universitária vai ser sempre diferente de um Reino Unido, uma Bélgica ou uma Alemanha. O que se constata é que as universidades portuguesas têm um espartilho orçamental e legal sem paralelo na Europa. Desde o problema das contratações, as promoções, passando pela própria organização interna das instituições, o legislador português interfere e é extremamente omnipresente, condiciona em demasia as decisões. entre crescimento versus austeridade, como se isso fosse uma verdadeira e consistente escolha. Hoje percebemos, com as políticas do atual governo, que essa escolha simplesmente não existe. Portugal está inserido num determinado contexto europeu e estamos submetidos a determinadas políticas, gostemos ou não delas. Não há, por isso, uma escolha entre austeridade e crescimento. Há sim uma imposição externa em virtude das nossas opções passadas. Já defendeu que as nossas elites são fracas. Qual é a sua quota parte de responsabilidade? O problema das elites reside no comportamento da sociedade civil. Se a sociedade civil fosse interventiva e motivada teríamos elites fortes. Mas a realidade é que não temos. A fraqueza das elites tem a ver com o facto de as elites serem excessivamente homogéneas. Daí a questão de as elites não gostarem dos estrangeirados e das ideias vindas de fora. Essa é uma realidade que perdura. Portugal apesar de ser um país europeu e inserir-se no mundo globalizado continua a ter umas elites completamente paroquiais, fora do contexto global. A sociedade portuguesa é avessa à mudança e só reage em vez de mobilizar-se. Lembro-me da gigantesca manifestação que se denominou «Que se lixe a troika», a 15 de setembro de 2012. Essa resposta massiva pode considerar-se uma situação pontual? Foi pontual e estranhamente não teve impacto nenhum em termos políticos. Com todas as condicionantes, nós temos neste momento o sistema partidário mais estável de toda a Europa. Pelo menos na Europa do sul, seguramente. Consegue explicar o motivo? Porque temos uma sociedade civil que
não se mobiliza e não tem um papel interventivo. Veja o seguinte: somos o único país onde não há partidos novos, onde não há correntes de opinião novas e, para nossa surpresa, o atual governo em funções do Partido Socialista apresenta muitas caras que estavam antes de 2011. Por seu turno, o PSD também mantém os mesmos rostos que estiveram durante o período da austeridade. Isto significa que nem os personagens mudam. Comparado com o país vizinho, a Espanha, que passou de um sistema de dois grandes partidos para quatro, ou a Itália, a Grécia ou a França, Portugal é um caso distinto. Os políticos podem não mudar, mas as políticas mudam sempre que muda o governo. Isto é um hábito muito português? As grandes linhas de força acabam por não mudar, na medida em que estamos metidos no cinto do euro e com um conjunto de compromissos que não podem ser rompidos. Contudo, quanto a políticas setoriais, em que poderia haver mudanças e a projeção de reformas a uma década, não há. A própria mudança da tutela, muitas vezes com o mesmo governo, como se viu em 2013 com o executivo PSD/CDS, alteraram completamente objetivos de política. Isto é gerador de muita instabilidade ao nível das políticas setoriais. Deu aulas nos Estados Unidos (onde estudou também) e em Espanha, e estudou em Inglaterra. Conhece por isso bem os sistemas educativos. Em traços gerais, o sistema universitário nacional parece melhor com várias universidades a situaram-se em lugares de mérito nos rankings internacionais. O problema parece residir no básico e secundário. É mais uma vez a questão estrutural e de base? É muito claro que no ensino básico e secundário não têm existido reformas consistentes ao longo do tempo. Praticamente, todos os ministros que passam pela 5 de
O que quer dizer é que falta autonomia? Sem dúvida. É o próprio legislador que não responsabiliza. Quando nas universidades as coisas não correm bem e não se atingem as metas, o responsável por esses fracassos não é responsabilizado. Não há verdadeira autonomia, porque também não há capacidade de responsabilizar quem toma as decisões dentro dessa autonomia. Vivemos numa bipolaridade permanente. Queremos dar mais autonomia porque todos percebemos que é melhor, mas não a damos porque não temos um sistema de responsabilização. Numa entrevista que concedeu à Anabela Mota Ribeiro no “Jornal de Negócios” disse o seguinte: «A crítica em Portugal é sempre tomada como uma crítica pessoal. A crítica nunca é institucional. Temos muita dificuldade em distinguir a crítica substantiva e metódica da crítica pessoal». É esta estranha forma de ser que se reflete pessoal e profissionalmente no dia a dia? Nota-se quer academicamente, quer no espaço público. Em geral, nós estamos reduzidos a questões pessoais e não a questões de ideias. Nesta altura, praticamente não existe debate ideológico. Morreu. Andamos à volta da fulanização e de questões de estilo. Sem discutir a substância das ideias, evidentemente que as críticas passam a ser de natureza pessoal. Porque o estilo é uma questão pessoal. No que diz respeito ao meio académico, em particular, a crítica é feita nas costas, ou seja, de forma pouco transparente, porque nos meios mais pequenos lida-se muito mal com a crítica. Esta é uma forma de estar e de ser muito latina e porventura por sermos um país mais pequeno e homogéneo, exageramos um pouco. Já disse publicamente que considera Portugal o único país onde 95 por cento ;
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do comentário televisivo é assegurado por políticos. São sempre os mesmos a dominar o sistema?
Creio que o plano do Presidente não é muito diferente do plano do Primeiro-Ministro. Mais tarde ou mais cedo haverá eleições – até porque com Passos Coelho qualquer entendimento é inviável – e se o PS vencer sem maioria absoluta (como é provável) será levado a uma coligação com o PSD. Não estou a dizer com o formalismo do bloco central de 83-85, pode ser apenas de acordo parlamentar. Tanto Marcelo como Costa percebem que, mais tarde ou mais cedo, haverá um conjunto de questões que terá de ser resolvido e que só é possível com uma grande coligação e obviamente tendo em vista revisões constitucionais, promovidas pelos dois maiores partidos nacionais. Creio que este cenário reforça a posição de Marcelo, e Costa tem a noção que para efetuar certas reformas vai precisar do apoio do PSD.
O Presidente da República e o PrimeiroMinistro são dois produtos desse fenómeno que, quero realçar, não acontece em Espanha, nos Estados Unidos ou no Reino Unido. Esta questão provoca uma enorme poluição do espaço público e acaba por fechá-lo. E no seguimento do que disse anteriormente, falta debate, porque são sempre as mesmas pessoas a falar. No comentário político português temos tido sempre pessoas que fazem previsões a um ou dois anos, erram sistematicamente, e continuam a ter o seu espaço de intervenção. Não há qualquer capacidade da sociedade portuguesa em responsabilizar os comentários políticos. Enquanto noutros países o desenho e a operacionalização das políticas públicas é feito com base em grupos de trabalho, livros brancos e algum estudo, em Portugal, nos últimos 20 anos temos perdido a qualidade das políticas públicas. Livros brancos zero, estudos poucos e é quase tudo feito com base em perceções e ideias vagas. Daí que o comentário político em circuito fechado seja especialmente nocivo.
O caso «Panamá Leaks» abana o mundo, mas as consequências variam consoante se está em Reiquejavique, Moscovo ou até Paris. Políticos, jogadores de futebol, cantores e até cineastas são visados num trabalho de investigação de um consórcio de jornais. A moral da história é que são sempre os pequenos a pagar impostos e os «tubarões» tudo fazem para ocultar as suas fortunas do crivo tributário. A poeira vai assentar e tudo voltará ao normal ou as sociedades civis podem revoltar-se?
O que quer dizer é que o comentário político determina boa parte das políticas públicas? Completamente. O que os comentadores dizem ao domingo, à segunda-feira ou à quinta-feira tem impacto em vários domínios, seja na segurança social, na educação, etc. Isto é uma forma de viciar as nossas políticas públicas. Porquê? Porque estes comentadores são parte interessada de muitos destes temas que abordam nas suas opiniões. É um aspeto de falta de transparência que importa denunciar. Nos países anglosaxónicos muitas dessas pessoas que aparecem a falar, quando são partes interessadas, são identificadas pelo nome e pela sigla do partido a que pertencem. Pode ser «Tory», «Labour», «Republican» ou «Democrat». Em Portugal, põe-se «professor universitário», «consultor», «empresário», «politólogo», etc. O nome do partido nunca aparece. Isto não é para desmerecer os partidos, mas é preciso clarificar se este senhor ou a outra senhora vêm defender um ponto de vista particular. Aqui falta transparência. O atual PR esteve mais de uma década a comentar e foi eleito. Quem não passa na TV, não pode governar? Toda a imprensa internacional viu a eleição de Marcelo como sendo um senhor da televisão. No fundo, um produto televisivo que se fez Presidente da República. Nós nem sequer conseguimos ter em Portugal a distância necessária para perceber que estamos a criar um padrão que vai ser muito complicado erradicar. Ou seja, Marcelo Rebelo de Sousa não vai ser caso único. Pior: estamos a criar um padrão em que só tem condições de ser Presidente ou Primeiro-Ministro quem tiver um percurso televisivo. Quem não tem, fica automaticamente excluído. O Bloco de Esquerda já tem três dirigentes seus nos canais de informação. Já se fala que Paulo Portas, que tem ambições de chegar a Belém, também prepara um programa na TV.
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Marcelo vai conseguir a reconciliação entre eleitores e eleitos? Ele vai ter um papel importante nessa reconciliação. No final do primeiro mandato creio que faremos um balanço extremamente positivo da sua ação política, mais que não seja por comparação com o mandato anterior. Quando terminaram os 10 anos de Cavaco na presidência, a pergunta que se fazia era: para que serve o Presidente da República? Na sequência da resposta anterior, é preciso não esquecer que Marcelo introduz um novo paradigma: a Presidência feita a partir da televisão. Já percebemos que o Presidente tem que aparecer no pequeno ecrã todos os dias, se possível mais do que uma vez. Não é uma crítica mas sim uma observação factual. Tem aspetos positivos e negativos, mas é garantido que vai alterar a forma como olhamos para o Palácio de Belém. A exposição demasiada pode tornar-se maçadora para a opinião pública? Pode ser cansativo. Resta saber se conseguirá distinguir questões mais importantes de outras menos importantes. Cavaco usava
demasiadas vezes o Facebook para comunicar notícias importantes e os Roteiros do Presidente eram usados para as críticas e os recados mais fortes. Marcelo será, certamente, diferente. Para já, neste curto mês de Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa não foi confrontado com qualquer situação delicada. A política dos afetos vai dar capital de popularidade suficiente ao PR quando for necessário fazer advertências mais sérias? Corre-se o risco de dessacralizar o cargo e o poder? Um dos problemas de Cavaco foi querer sacralizar o cargo de Presidente da República. Ao ponto de haver uma total separação do eleitor médio. Marcelo só vai saber se a sua dessacralização do cargo pode ser um problema quando tiver de tomar as decisões verdadeiramente delicadas. Porque vai haver um momento em que o Presidente vai ter que tomar decisões e opções que não vão agradar a toda a gente. Isto já para não falar da eventualidade de uma qualquer tragédia económico-financeira. Diz que Marcelo tem o bloco central na cabeça. Qual é o plano do Presidente?
CARA DA NOTÍCIA 6 O estrangeirado Nuno Garoupa nasceu em Lisboa em 1970. Licenciou-se em Economia na Universidade Nova de Lisboa em 1992. Obteve o mestrado em Economia no Queen Mary College em 1994 e em Direito (LLM) na Universidade de Londres em 2005. Fez o doutoramento em Economia na Universidade de York em 1998 e agregação em Microeconomia na Universidade Nova de Lisboa em 2002. É professor de Direito na Universidade de Texas A&M e titular da Chair in Research Innovation, Católica Global Law School. Foi professor na Universidade de Illinois (2007-2015), na Universidade Nova de Lisboa (2001-2007) e na Universidade Pompeu Fabra de Barcelona (1998-2001). A sua área de investigação é Direito e Economia (Law and Economics) e Direito Comparado. Autor de mais de cem artigos publicados nas melhores revistas académicas da especialidade. Prémio Júlian Marías 2010, Comunidade de Madrid. Membro do Conselho de Administração da FFMS desde junho de 2013 e Presidente desde maio de 2014. Autor do Ensaio “O Governo da Justiça” publicado em 2011. K
Infelizmente até agora o caso «Panamá Leaks», principalmente na forma como foi apresentado em Portugal, mistura situações que podem constituir ilegalidades com situações perfeitamente legais e morais. Depois de cumprir as suas obrigações fiscais, cada um é livre de colocar as suas poupanças onde desejar, incluindo em offshore que oferecem mais segurança jurídica e financeira que a banca portuguesa, por exemplo. Junta-se a isso a demagogia de querer acabar com os offshore (que são o resultado de decisões de Estados soberanos) que é o mesmo que querer acabar com a pobreza ou a mortalidade infantil no mundo. Os problemas de iniquidade fiscal levantados pelos offshore radicam mais na nossa debilidade (ou mesmo complacência) do que na mera existência desses Estados soberanos. O empresário Pedro Ferraz da Costa disse um dia, ao «Expresso», que «Portugal não tem dimensão para se roubar tanto». Paulo Morais, candidato à Presidência da República, fez da corrupção a sua bandeira, mas só obteve dois por cento dos votos. Significa isto que o português é um fiel seguidor da política do «bem prega, Frei Tomás»? Quando o português do século XXI, da geração melhor preparada de sempre, cidadão europeu e do mundo globalizado, vota em autarcas condenados por corrupção com o argumento de que este ao menos faz obra, sabemos que a corrupção é um problema cultural que a sociedade não só não combate como tolera e mesmo alimenta. Só isso explica que em 2016 o combate contra a corrupção continua a ser conversa política para entreter mas não há nenhuma revolta da sociedade civil. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H
Prémio Fernando Távora
Arquiteta formada na UBI vence 6 Maria Neto, arquiteta formada na Universidade da Beira Interior, venceu a 11.ª edição do Prémio Fernando Távora, galardão organizado pela Ordem dos Arquitetos - Secção Regional do Norte. A antiga aluna da UBI conquistou o júri com a proposta ‘As cidades invisíveis de Dadaab’, trabalho centrado naquele que é considerado o maior campo de refugiados do mundo, situado no Quénia. A proposta da investigadora do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto “distingue-se por remeter para a própria essência da arquitetura: o abrigo”, justifica o júri do Prémio Távora atribuído desde 2005 a um membro da Ordem dos Arquitetos A arquiteta nascida em 1986 vai agora ter oportunidade de concretizar o projeto no campo de refugiados onde se encontram
maioritariamente somalis, uma vez que o Prémio contempla uma bolsa de viagem de 6000 euros para esse fim. Os resultados do trabalho realizado em África deverão ser apresentados a 3 de outubro, na Câmara de Matosinhos, na data em que se assinala o Dia Mundial da Arquitetura. K
Concurso Ciber-Challenge Escolar
Universidade da Beira Interior parceira da GNR 6 A Universidade da Beira Interior é parceira do concurso Ciber-Challenge Escolar, desenvolvido pela Guarda Nacional Republicana nas escolas do distrito de Leiria, com o objetivo de explicar aos jovens a importância da segurança digital e do uso da Internet. “O tipo de colaboração da Universidade está ainda em análise, mas deverá incluir a participação em ações de consciencialização para os perigos do mundo digital e a divulgação de projetos adjacentes em que está envolvida”, de acordo com Pedro Inácio, docente do Departamento de Informática da Faculdade de Engenharia da UBI.
Este ano, o Ciber-Challenge Escolar funciona enquanto projeto-piloto, entre abril e junho, mas o objetivo passa por alargar progressivamente o projeto ao restante território nacional. Trata-se de uma atividade promovida pela GNR, em parceria com o Centro de Competência Entre Mar e Serra, envolvendo outros parceiros. Tem como grandes objetivos promover a aprendizagem de conceitos de segurança digital e cidadania, contribuir para a interiorização do sentimento de segurança individual, estimulando a utilização de regras e boas práticas de segurança digital e também reforçar os laços de confiança das camadas jovens com a GNR. K
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Cabo Verde
Ministro diplomado pela UBI 6 Fernando Elísio Freire de Andrade, licenciado em Economia pela Universidade da Beira Interior (UBI), é um dos 12 elementos do novo governo de Cabo Verde, saído das eleições de março que deram a vitória ao Movimento para a Democracia (MpD), liderado por Ulisses Correia e Silva. É a mais recente etapa do percurso na política deste antigo estudante da UBI, que é deputado há cerca de sete anos e ocupava na última legislatura a presidência do grupo parlamentar do seu partido. Agora, com a tomada de posse a acontecer ao que tudo indica esta semana, assume a chefia do Ministério dos Assuntos Parlamentares, da Presidência do Conselho de Ministros e do Desporto. Fernando Elísio Andrade procurará aplicar nas tarefas governativas muito do que adquiriu na Covilhã. “Na UBI apreendi que o esforço, o trabalho e o rigor compensam sempre. Hoje sou fruto disso. Tudo que é feito com esforço e rigor dá bons frutos. Na Covilhã tornei-me um jovem cosmopolita, solidário e tolerante. Respirava-se liberdade e alegria na cidade. Um homem que é rigoroso, esforçado, trabalhador, cosmopolita, solidário e tolerante só pode ser um excelente profissional e um homem livre”, explica. A vinda para a UBI decorreu na sequência da atribuição de uma bolsa de cooperação, uma situação que tem permitido a muitos estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) formarem-se na academia da Covi-
lhã, ao longo dos anos. Esta aposta tem sido aprofundada pela instituição, resultando na formação de muitos quadros qualificados para esses países. “É vantajoso para os estudantes, para a UBI e para a cidade”, salienta Fernando Elísio Andrade, acrescentando: “A UBI só pode internacionalizar-se via estudantes de outros países e a Covilhã só é uma cidade cosmopolita porque tem estudantes de outras cidades e de outros países, o que lhe permite afirmar-se a nível de Portugal e do Mundo. Quem estudou fora do seu país sabe o valor do cosmopolitismo, da vivência cultural diversificada e o peso que isso tem na afirmação profissional. A UBI e a Covilhã devem continuar a apostar nesse caminho. O futuro está aí”. Tal como é vantajosa a aposta da reaproximação da UBI aos seus antigos alunos, através da dinâmica Alumni, que entende ser uma “excelente” estratégia: “A força da UBI está nos seus alunos e nos
seus antigos alunos. A ligação à Universidade e à cidade aumentam a competitividade da instituição, torna-a mais apetecível para as novas gerações e permite uma maior penetração ao nível de Portugal e da CPLP”. Fernando Elísio de Andrade reconhece que da Covilhã só conhecia o clube de futebol local, mas hoje refere tratar-se de uma “cidade mágica”, que casa perfeitamente com a Universidade, com vantagens incontáveis para ambas. Continua a acompanhar o quotidiano da instituição que descreve como “moderna, credível e competitiva”, uma “referência da região e de Portugal e ao nível da CPLP”. “Os ex-estudantes da Universidade têm sido os grandes embaixadores da instituição. Os profissionais formados na UBI são muito respeitados e ocupam cargos relevantes, por exemplo, em Cabo Verde, ao nível das instituições públicas e nas empresas”, salienta Fernando Elísio Andrade. K
Curtas-metragens
Cinema da UBI em Cannes
6 A curta-metragem “Que é feito dos dias na cave”, realizada por Rafael Almeida, recém-licenciado em Cinema da UBI, acaba de ser aceite no Short Film Corner, um festival dedicado a curtas-metragens que integra o Festival de Cannes 2016. “Enviámos o filme e foi aceite, o que é extraordinário”, considera Rafael Almeida, que vai ter oportunidade de “viver o Festival de Cannes, porque em termos de acessos, temos os mesmos que os cineastas do festival principal, é interessantíssimo. Vamos a Cannes, que é um dos maiores festivais de Cinema do mundo, e é extraordinário para nós e vai ser uma experiência única”. Esta não é a primeira vez que a curta-metragem está em destaque, pois já em dezembro ganhou
oito dos 11 prémios a concurso no XI UBICinema, estreou oficialmente no FantasPorto a 4 de março e foi um dos nomeados para o prémio de melhor filme de ficção nos Prémios Sophia Estudante. Foi ainda selecionado para o Lisbon International Film Festival. Quanto ao filme, “o conceito partiu da criação de uma experiência cinematográfica diferente para o espetador”. “Que é feito dos dias na cave” acompanha a fuga de um paciente de um hospital psiquiátrico. Durante essa fuga vai deparar com obstáculos, fantasmas do seu passado, que enfrenta para sair do asilo “e um pouco da sua própria mente”, reforça o autor. O filme foi rodado em Lorvão, uma pequena vila do concelho de Penacova e a equipa tinha cerca de 75 pessoas. “Foram cerca de oito meses de tra-
balho e estamos contentes com o produto final”, garante. Durante o festival, que decorre de 16 a 22 de maio (em paralelo com o festival principal de Cannes, de 11 a 22 de maio), o filme estará disponível na biblioteca digital. Outra das vantagens que Rafael Almeida encontra nesta oportunidade prende-se com o futuro. “Já temos outro projeto em desenvolvimento que envolve muito mais meios e queremos aproveitar também o festival para encontrar investidores e colaboradores para o novo projeto, porque já tem uma dimensão considerável”, diz. “É para 2017, está muito no início, mas é um filme totalmente diferente, trata-se de um filme de época”, revela. K Rafael Mangana _
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António José Seguro apresenta livro na UBI
A reforma do Parlamento
6 A reforma do Parlamento português realizada em 2007 permitiu que a instituição aumentasse “o controlo político sobre os atos do governo e da administração”, sendo um dos instrumentos mais eficazes “os debates quinzenais, os debates de atualidade e a audição de membros do governo em comissões”, mas ainda há aspetos a melhorar, designadamente em relação à “sessão de perguntas obrigatórias aos ministros em plenário e a obrigatoriedade dos agendamentos, que não é cumprida”. As conclusões são de António José Seguro, ex-líder do Partido Socialista, que apresentou o seu livro ‘A reforma do Parlamento’, a 31 de março, na Universidade da Beira Interior. Uma ocasião na qual aquele político lamentou que a ida de ministros ao plenário, para serem questionados pelos deputados, não aconteça como previsto e todos os partidos se sentirem confortados com
o facto de existir, pelo menos aparentemente, “uma cultura parlamentar de que há normas regimentais que se aprovam, mas não se cumprem”. Esta reforma também permitiu o alcance de “uma melhoria significativa na taxa de resposta, no número e no tempo médio, às perguntas escritas e aos requerimentos”. No entanto, reconhece que ainda existe um longo caminho a trilhar neste domínio. “Há parlamentos onde as perguntas têm um tempo de resposta de cinco dias, de três
dias, de uma semana, de quinze dias”, salienta. O reitor desta instituição, António Fidalgo, também marcou presença no lançamento da publicação e destacou que é “também missão da universidade, não só o ensino e investigação formais, mas também a transferência de conhecimento e a ligação à comunidade social e política do país e da região”. A apresentação do autor e da obra ficou a cargo de André Barata, docente da UBI. K Carla Sousa _
Alunos do secundário na UBI
Ignite Your Future
6 Mais de uma centena de alunos do 9º e 10º anos e provenientes de vários pontos do país, estiveram na Universidade da Beira Interior (UBI), a 29 de março, para participarem no evento Ignite Your Future, promovido pela Câmara do Fundão, UBI e Altran, com o objetivo de proporcionar aos estudantes um programa de aprendizagem e competição no domínio das novas tecnologias. Paulo Fazendeiro, docente do Departamento de Informática da UBI, destaca a importância do evento, “porque precisamos de ter alunos com capacidades ao
nível da ciência, da tecnologia, da engenharia, da matemática e também das artes”, sendo esta “uma forma de os poder cativar, mostrando as capacidades que a UBI tem, a qualidade de vida que a região apresenta, dar-lhes a conhecer a cidade e as empresas que estão aqui à volta”. Os estudantes ouviram testemunhos de alunos dos cursos de Engenharia Informática, Engenharia Civil, Engenharia Aeronáutica, Engenharia Mecânica e Design Industrial. “Há um maior entrosamento entre alunos do secundário e alunos que estão agora
no início dos respetivos cursos. A linguagem é comum e sentem-se menos constrangidos para colocar questões e saber como é que são os cursos, portanto a ideia é também passar melhor a mensagem do que é que são realmente os nossos cursos”, explica Paulo Fazendeiro. Os alunos realizaram também uma visita à Faculdade de Engenharia, ao polo Museológico da Real Fábrica Veiga e participaram num workshop de introdução à programação de computadores. K
www.ensino.eu 06 /// ABRIL 2016 06
Carla Sousa _
Universidade da Beira Interior
Orçamento abaixo do proposto 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) irá receber este ano menos 1,9 milhões de euros em relação ao orçamento que a reitoria propôs ao Ministério da Tutela e à Comissão Técnica de Finanças para o ano de 2016. A dotação orçamental para a UBI será de 21,8 milhões de euros, o mesmo do ano passado, garantiu o Reitor, António Fidalgo, no último Conselho Geral, em março. Com este diferencial, “a universidade vai ter, mais uma vez, de recorrer a receitas próprias, vai ter que equilibrar as finanças com os resultados dos projetos de investigação e confia na promessa feita pelo Governo da reposição dos salários, o que ainda é muito dinheiro”, revelou o presidente do Conselho Geral da UBI, José Manuel Paquete de Oliveira Relativamente à UBI a dotação orçamental por aluno é a quarta mais baixa do espectro universitário, com 3.356 euros, só à frente da Universidade do Minho (3.144 euros), da Universidade Nova de Lisboa (3.113 euros) e do ISCTE (1.996 euros). Paquete de Oliveira afirma que “a UBI é um caso Publicidade
de sucesso ao nível da gestão” e que “o Governo tem a noção de que há universidades mais bem geridas do que outras, simplesmente há o receio de tocar nestas situações”, adianta. “Este diferencial dava para a UBI gerir o ano sem grandes tropelias, mas assim têm que andar a pagar os vencimentos com dinheiros provenientes das receitas de investigação”, revela. O presidente do Conselho Geral vê “o problema da falta de verbas dos politécnicos da região” como sendo outro dos entraves a um maior financiamento da instituição. “A UBI viu-se obrigada a ter uma palavra de solidariedade”. Ainda assim, adianta que “os conselheiros dizem que situação se arrasta há muitos anos e que, embora compreendendo a situação de um Governo que acabou de entrar, entendem que esta situação tem que começar a ter, pelo menos, um esquema provisório que lhe vá dando solução, porque isto é muito perigoso”, alerta. K Rafael Mangana _
Universidade de Évora
Europa premeia projeto
Évora
Ciclos de conferência em Turismo 6 A Universidade de Évora promoveu um ciclo de conferências em Turismo. Uma iniciativa que conta com a participação de vários especialistas do setor. A primeira sessão, realizada este mês, contou com a presença de Alexandra Gonçalves (Diretora Regional da Cultura do Algarve) e de
Alexandra Batista (Câmara Municipal de Alcáçer do Sal). O evento tem tido a participação de alunos e docentes do curso e permite apresentar diferentes abordagens do setor, e da sua importância para o desenvolvimento do território português. K
IST/IPCB
Dinis Gardete defende doutoramento 6 Dinis Correia Gardete, docente da Unidade Técnico-Científica de Engenharia Civil da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, colaborador do Ensino Magazine, acaba de concluir o seu doutoramento em Engenharia Civil, no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. A tese intitulada “Contribuição para o estabelecimento duma mistura betuminosa adequada para o ciclo de vida através da definição na fase de formulação duma parametrização eficiente” foi desenvolvida sob a orientação de Luís Guilherme de Picado Santos, Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, e a coorientação de Silvino Dias Capitão, Professor Coordenador do Instituto Superior
de Engenharia de Coimbra. A tese procurou avaliar como as metodologias de formulação de misturas betuminosas podem contribuir para um melhor desempenho dos pavimentos rodoviários. Deste modo, caracterizaram-se laboratorialmente duas misturas betuminosas distintas avaliando-se a seu desempenho. Para um determinado conjunto de solicitações tipificadas, correspondentes a situações práticas de aplicação, determinaram-se valores para os parâmetros de formulação que permitissem melhorar o comportamento das misturas betuminosas. Os resultados obtidos indicam que este tipo de abordagem permite ganhos relevantes de desempenho com custos reduzidos. K
6 O projeto PVCROPS “PhotoVoltaic Cost reduction, Reliability, Operational performance, Prediction and Simulation “, cujo consórcio coordenado, pela Universidade Politecnica de Madrid, é integrado pela Universidade de Évora, através da Cátedra de Energias Renováveis, foi distinguido pela Comissão Europeia como projeto de sucesso do 7º Programa Quadro de Investigação e Desenvolvimento (FP7), atendendo à alta qualidade dos resultados obtidos. O projeto tem como objetivo melhorar a performance, fiabilidade e tempo de vida dos sistemas fotovoltaicos, reduzir os custos de energia fotovoltaica e aumentar a integração fotovoltaica na rede eléctrica. Das atividades da Cátedra Energias Renováveis, no PV-
CROPS destacam-se a instalação e ensaio dos dois demonstradores deste projeto europeu. Estes demonstradores encontram-se no Polo da Mitra, fazendo parte atualmente das instalações experimentais da Cátedra ER. Os demonstradores permitem testar a integração em edifícios e na rede, ensaiando diversas
estratégias de gestão de energia de produção fotovoltaica com armazenamento de energia em baterias de escala real. Para o armazenamento de energia foram escolhidas e instaladas duas tecnologias de ponta neste campo: bateria de iões de lítio (32kWh) e bateria de fluxo redox de vanádio (60kWh). K
Docentes de Évora na Antena 2
Paisagens na rádio
6 Ana Telles e João Eduardo Rabaça, docentes da Escola de Artes e Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, apresentam na RDP - Antena 2, desde o passado dia 3 de abril e por um período de três meses, uma série de programas semanais com a duração aproximada de uma hora, integrada na série Caleidoscópio e subordinada ao tema “paisagens”. Os programas da autoria dos referidos docentes, são transmitidos aos domingos, pelas 22 horas, com repetição na quarta-feira seguinte, pelas 13 horas. Em nota enviada pela Universidade de Évora é explicado que “esta série de programas, integrada na rúbrica Caleidoscópio, propõe uma viagem pelas paisagens de Portugal. Não se trata de um roteiro descritivo, mas antes
de um itinerário evocativo e sensorial, baseado em sons da natureza e obras musicais, sobretudo da tradição erudita europeia, que neles se inspiraram. Porque, se as nossas paisagens são únicas pelas histórias que contam, as sonoridades que as caracterizam são vastas na sua expressão territorial e desconhecem fronteiras, salientam os autores deste espaço radiofónico”. O programa pretende ser uma viagem de descoberta, em que se cruzam sugestões paisagísticas com cantos de aves, zumbidos de insetos, coros de anfíbios e outros sons naturais, mas também a evocação de imagens e aromas que nos habituámos a associar a determinadas paisagens. A proposta é abrangente mas não exaustiva, como um passeio descontraído através deste territó-
rio singular do sudoeste da Europa marcado pelas influências mediterrânica, atlântica e continental, que criam modos de vida distintos e esculpem realidades diferenciadas. O ouvinte é convidado a explorar repertórios musicais e sonoridades naturais, calcorreando através da imaginação as diversificadas paisagens do nosso país; e a confrontar repertórios conhecidos da música erudita europeia com outros menos explorados, estabelecendo pontes entre eles e apresentando-os sob o ângulo da temática paisagística escolhida. Pretende simultaneamente estimular a contemplação do que o rodeia, a fruição da riqueza sonora que o envolve, e a reflexão sobre a responsabilidade coletiva que temos na preservação ou reabilitação das paisagens naturais. K
évora
Mora agracia docente 6 O Município de Mora reconhecendo o meritório esforço e dedicação da docente da Universidade de Évora, Leonor Rocha, ao património e história do concelho deliberou agraciá-la em ato solene. A Cerimónia de Condecoração decorreu dia 25 de Abril, na Sessão Solene da Assembleia Municipal Comemorativa dos 42.º Aniversário do 25 de abril. Leonor Rocha, docente do Departamento de História da Escola de Ciências Sociais e investigadora do Centro de História de Arte e Inves-
tigação Artística da UÉ (CHAIA/UÉ), desenvolve trabalho arqueológico na área do Concelho de Mora desde o seu tempo de faculdade. O povo-
amento da pré-história recente com especial incidência para o Megalitismo tem ocupado a suas principais linhas de investigação. Decorrente destes estudos aprofundados publicou três livros e diversos artigos em revistas da especialidade. Recentemente foi convidada pelo município para projetar e montar o Museu Regional do Megalitismo que pretende ser o grande centro de interpretação da mais antiga arquitetura monumental da humanidade. K ABRIL 2016 /// 07 07
Computação Evolucionária
Parque Arbóreo de Viseu
UTAD faz estudo
6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro, a Câmara de Viseu, a Associação de Desenvolvimento e Investigação de Viseu e a Quercus assinaram um protocolo de cooperação, a 21 de março, com vista à realização de um Inventário Arbóreo e sistema de Gestão das Árvores do Município de Viseu, que inclui um estudo fitossanitário e de segurança de árvores, para o “correto planeamento e manutenção do parque arbóreo de Viseu”. O projeto tem a duração de um ano e um financiamento de 86 mil euros. “Com este estudo pretendese conhecer as características das árvores, a sua condição fitossanitária e de adaptação a cada local. Essas informações ficarão associadas a uma plataforma informática SIG (Sistema de Informação Geográfica) para posterior tratamento e informação”, explica Luis Martins, responsável da UTAD pelo estudo. Será ainda criado um manual de boas práticas de plantação e ma-
nutenção da Floresta Urbana, para utilização e divulgação do Município de Viseu, de forma a garantir práticas corretas no tratamento da floresta, e ainda a criação de percursos e roteiros de árvores, um plano de arborização com prioridade para plantas autóctones e a caraterização detalhada dos parques Aquilino Ribeiro e Fontelo.
Coimbra ganha prémio
Luis Martins salienta a importância deste tipo de estudos “fundamentais para um melhor e maior conhecimento da floresta urbana, sobretudo pela continuidade de uma arborização correta, passível de ser prolongada no tempo”. Estudos idênticos foram já realizados pela UTAD nas cidades de Amarante, Guarda, Porto e Vila Real. K
Universidade do Minho
Roupa que reage ao som
6 Um grupo de professores e alunos da Escola de Engenharia da Universidade do Minho desenvolveu um casaco e um vestido que reagem com luz à medida que interagem com o som. O vestido já foi utilizado numa performance artística e o impermeável testado em vários locais de Guimarães, sensibilizando os cidadãos para o impacto do ruído na sua qualidade de vida. O casaco ‘Noise’ e o vestido ‘Hertz’ foram concebidos no âmbito do mestrado em Design e Marketing, após um desafio lançado aos estudantes que visava a criação de peças de vestuário interativas, conjugando design, eletrónica e têxtil. Os projetos permitiram aperfeiçoar técnicas de integração de componentes eletrónicos em roupa, refere Hélder Carvalho, do Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil da Universidade do Minho. Por exemplo, no casaco de poliéster foi incorporado um módulo de deteção de ruído, um microprocessador e fitas de LEDs, programando-o para reagir às alterações sonoras com cores definidas. Ilumina-se de branco quando está em espaços silenciosos, de azul ou verde perante ruídos moderados ou de transição e fica vermelho e a piscar intensamente face a sons elevados. A ideia de materializar o ruído nasce da premissa de que “é mais
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6 Penousal Machado, docente e investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra acaba de ser distinguido com o EvoStar Award for Outstanding Contribution to Evolutionary Computation in Europe 2016, atribuído pela EvoStar, a Conferência Científica líder na Europa neste campo da ciência. Trata-se do mais importante prémio na área da computação de inspiração biológica atribuído no espaço europeu, que reconhece a “continuada excelência do trabalho científico e os contributos para o desenvolvimento desta área de conhecimento a nível mundial”. Esta distinção tem a natureza de prémio de
Consórcio UNorte.pt
Internacionalizar é preciso 6 As equipas reitorais das universidades do consórcio UNorte.pt reuniram este mês para analisar a atividade conjunta desenvolvida ao longo do seu primeiro ano de existência, tendo-se congratulado com os resultados obtidos, nomeadamente com o conjunto de projetos já aprovados na investigação, na formação avançada de recursos humanos, na ação social e na gestão administrativa, bem como o vasto leque de iniciativas em preparação. Os reitores das três universidades (Minho, Porto e UTAD) reiteraram o propósito de reforçar a articulação entre as estratégias e as infraestruturas de valorização do conhecimento, nomeadamente ao nível da promoção do empreendedorismo, da gestão da propriedade intelectual e atração de investidores internacionais para o conhecimento produzido nestas três universidades e nas Publicidade
difícil ignorar aquilo que se vê do que aquilo que se ouve”. “Abstraímo-nos facilmente dos sons que nos envolvem, mas dificilmente nos desligamos de imagens que nos rodeiam”, anui Isabel Cabral, que monitorizou o processo criativo e de design. Já o vestido ‘Hertz’ foi concebido numa perspetiva mais artística, com o objetivo de auscultar a relação en-
tre o corpo, o ruído, a tecnologia e a moda, em diálogo com a dança como forma de interpretar, através da intensidade do som, os movimentos da bailarina. A idealização dos projetos esteve a cargo dos estudantes André Paiva e Meire Santos, sob orientação da designer Isabel Cabral e dos professores Hélder Carvalho e André Catarino. K
consagração de carreira, sendo que Penousal Machado se tornou o mais jovem investigador a recebê-lo. Coordenador do grupo de Cognitive and Media and Systems e fundador do Laboratório de Computational Design e Visualization, ambos no Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra, Penousal Machado considera que o galardão “é, acima de tudo, o reconhecimento da excelência e impacto da investigação realizada no laboratório de Coimbra. Apesar de ser um prémio individual, reflete o trabalho de toda uma equipa de alunos e colegas com os quais tenho o privilégio de trabalhar”, conclui. K
estruturas de inovação que lhe estão associadas. Decidiram criar um novo grupo de trabalho em uso eficiente de recursos para partilha de experiências no domínio do planeamento e da sustentabilidade. Irão ainda elaborar uma proposta conjunta para reajuste da estratégia regional de desenvolvimento inteligente, a apresentar à Comissão de Coordenação Regional do Norte (CCDR-N). Finalmente, concordaram em reforçar os contactos com o Governo e com a CCDR-N de modo a tirar partido da dinâmica em curso, apoiando os projetos estratégicos e de reequipamento científico já preparados pelo Consórcio que, para além do grande impacto que terão no desenvolvimento da Região, poderão ser modelos a seguir no âmbito de políticas de desenvolvimento nacional ou regional. K
Cardiologia pneumologia e vascular
Politécnico faz exames de sáude
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) volta a disponibilizar um serviço de saúde para toda a comunidade, que consiste na realização de exames direcionados à área da cardiologia, pneumologia e vascular, informou a instituição em comunicado. De acordo com o Politécnico, o objetivo passa por permitir a que as pessoas tenham maior facilidade de acesso aos exames realizados pela licenciatura em Fisiologia Clínica, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. A avaliação diagnóstica re-
aliza-se por eletrocardiograma simples, eletrocardiograma de 24 horas, Monitorização Ambulatória da Pressão Arterial (MAPA), provas de função respiratória, Índice Tornozelo-Braço (ITB) e ecodoppler arterial. Os exames de diagnóstico têm início em abril e prolongam-se até ao mês de junho, sendo realizados nas instalações da Escola Superior de Saúde, no Campus da Talagueira. Este serviço irá envolver estudantes, docentes e recursos materiais da licenciatura de Fisiologia Clínica da ESALD. K
ESALD
Rastreio de Diabetes e Podologia
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco, através da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, realiza durante o mês de maio sessões de rastreio/ educação à comunidade, com particular incidência nos diabéticos. Esta iniciativa será realizada por professores da ESALD - IPCB, em parceria com a professora Ana Pico da Universidade da Extremadura/ Centro de Placência, que se encontra no IPCB no âmbito do programa ERASMUS.
Pretende-se com estas atividades conhecer a prevalência do pé diabético na população de Castelo Branco, assim como conseguir uma melhoria na saúde do pé das pessoas com e sem diabetes e avaliar a qualidade do sono dos participantes. As inscrições decorrem até dia 3 de maio, devendo os interessados em participar nesta iniciativa contactar a ESALD - IPCB, através do telefone n.º 272 340 563. K
Vodafone e Ericson
Roadshow na Escola Superior de Tecnologia 6 A Escola Superior de Tecnologia do IPCB recebeu no dia 14 de abril uma sessão de divulgação do concurso BIG smart cities, promovido pela Vodafone e pela Ericsson. Este concurso visa premiar projetos/ ideias de base tecnológica que melhorem o dia-a-dia dos ci-
dadãos que vivem, trabalham, visitam e gerem as cidades. À equipa vencedora é atribuído um prémio monetário de 10.000 euros, para além de apoio logístico para a implementação do projeto proposto, extensível a todos os projetos que sejam distinguidos com uma menção honrosa. K
Feira de agricultura na ESACB
Agrária mostra a sua raça 6 A 6ª edição da Feira AgroAgrária, promovida pela Escola Superior Agrária do Politécnico de Castelo Branco, decorreu entre 9 e 12 de abril na Quinta da Sr.ª de Mércules, onde se localiza a escola. Tratou-se de um certame multifacetado que compreendeu uma exposição de animais, equipamentos, produtos agrícolas e fatores de produção direta ou indiretamente associados às atividades deste setor e que procurou realçar perante a comunidade a importância que a agricultura tem na região e no país, divulgando a Escola Superior Agrária e todos os agentes do setor agrícola e florestal presentes na exposição. A escola pretendeu ainda com esta iniciativa sensibilizar os jovens e respetivas famílias para a agricultura, quer enquanto atividade económica, quer enquanto atividade produtiva. Objetivos traçados à priori e que Celestino Almeida, diretor da instituição, considera terem sido alcançados com mais esta edição. Aos jornalistas, o mesmo responsável, sublinhou no dia inaugural que “embora não seja nossa
meta fazer desta feira uma feira muito grande, registamos com agrado o facto de termos mais gente do que é habitual, tanto ao nível das visitas como dos expositores e das atividades aqui realizadas”. Para o diretor da Escola Agrária albicastrense, “divulgar e valorizar a nossa região e os seus produtos é o que nos move”. Celestino Almeida salienta também o agrado com o facto “de alguns alunos estarem de regresso agora como colaboradores e até como proprietários de empresas, explorações agrícolas ou queijarias o que significa que esta escola está bem enraizada na comunidade”. Com uma crescente realização de atividades e organizações paralelas que nos mesmos dias ali decorreram neste âmbito, o diretor da Agrária mostra-se satisfeito “quer com as jornadas mais técnicas, quer com os diferentes eventos e caráter lúdico e até desportivo que tiveram aqui lugar nestes dias” A Expo-Agrária apresentou um conjunto de atividades que enriqueceram o evento, como foi o caso de um concurso das raças autóctones Merino da Beira Baixa,
Charnequeira e Churra do Campo (participação da Ovibeira e respetivos livros genealógicos), da demonstração de cães de pastoreio, do concurso de queijos DOP (participação do CATAA), de concursos hípicos de dressage (integrado no Concurso Regional de Dressage Centro) e de saltos de obstáculos, da apresentação de poldros de raça Lusitana, de um passeio em bicicleta pela Quinta Sra. de Mércules e da apresentação de um novo percurso BTT, do Open de orientação e passeio a cavalo e até um encontro de um grupo de amigos dos cogumelos. No dia de abertura foram conhecidos os resultados do concurso de queijos, já na sua segunda edição, tendo por base uma escolha do painel de provadores do Queijo da Beira Baixa do Centro de Apoio Tecnológico Agro Alimentar de Castelo Branco mediante os produtos apresentados a concurso. Os vencedores foram os Queijos Lourenço (Queijo Amarelo da Beira Baixa DOP); Sabores da Soalheira (Queijo de Castelo Branco DOP); e Queijos Lourenço ( Queijo Picante da Beira Baixa DOP). K
ESE e ESALD
Politécnico avalia castelo 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai promover um inquérito social e de saúde para a população residente no bairro do castelo. A informação foi adiantada ao Ensino Magazine pelo IPCB, onde é referido que o projeto desenvolvido pelos alunos da licenciatura em Serviço Social da Escola Superior de Educação do IPCB, com a colaboração de alunos da licenciatura em Fisioterapia da Escola Superior de Saúde Dr. Lo-
pes Dias do IPCB, está divido em duas fases. Numa primeira fase, que decorreu nos dias 4, 5, 6, 11 e 13 de abril , os alunos da Unidade Curricular de Gerontologia, pretenderam conhecer a realidade da população do castelo, nos domínios da sua situação social e de saúde e a sua relação com o processo de envelhecimento. Numa segunda fase, com base nos dados recolhidos e in-
tegrada nos trabalhos da Unidade Curricular de Intervenção do Serviço Social com Pessoas Idosas serão elaborados alguns projetos e iniciativas para a população avaliada. Na mesma nota informativa é referido que o trabalho será realizado em colaboração com o Centro Artístico Albicastrense, onde decorrerão as entrevistas aos habitantes da zona do castelo, que tenham mais de 55 anos. K ABRIL 2016 /// 09 09
Engenharia Civil de Leiria
Reconhecimento europeu 6 A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria acaba de ver reconhecida a qualidade da sua licenciatura de Engenharia Civil e do seu mestrado de Engenharia Civil-Construções Civis com o selo europeu EUR-ACE, atribuído pela Ordem dos Engenheiros, sob credenciação da European Network for Accreditation of Engineering Education. A distinção coloca a qualidade do ensino ministrado nestes dois cursos do Politécnico de Leiria ao nível das melhores universidades e politécnicos europeus, e confirma a dimensão internacional dos diplomas da instituição, potenciando uma maior aceitação de engenheiros diplomados pelo Politécnico de Leiria por toda a Europa. Aquele sistema de avaliação analisa um conjunto de requisitos que distinguem os cursos de engenharia de alta qualidade na Europa e no resto do mundo. Além dos requisitos educacionais, inclui ainda opiniões e perspetivas de estudantes, empregadores, instituições de ensino e associações de profissionais, bem como agên-
Turismo e tecnologia do mar cias de acreditação. Esta marca de qualidade constitui o início de um novo ciclo de acreditação a nível Europeu, que visa a acreditação europeia de cursos de engenharia com critérios de reconhecida exigência, facilitando a mobilidade académica e profissional de estudantes e engenheiros. Pedro Martinho, diretor da ESTG, considera que “este selo vem confirmar a elevada qualidade do ensino ministrado na nossa Escola, e constitui uma motivação extra para fazermos mais e melhor pelo sucesso da instituição e pelos nossos estudantes”. Entre os principais benefícios da
acreditação está a simplificação da candidatura a outros programas de mestrado ou doutoramento com a mesma marca; a garantia de que o curso cumpre os requisitos para o registo junto das associações que regulam a profissão nos respetivos países; a promoção da mobilidade profissional de acordo com a diretiva europeia que reconhece as qualificações profissionais; a simplificação na obtenção do cartão de profissional de engenharia e do título de profissional de engenharia Europeu, promovidos pela European Federation of National Engineering Associations. K
Engenharia Automóvel
IPL com o laboratório avançado 6 O Politécnico de Leiria inaugurou em março o maior e mais avançado Laboratório de Engenharia Automóvel a nível nacional, numa cerimónia presidida pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes. O projeto resultou da ampliação do espaço, para dar resposta ao crescimento e ao sucesso desta área de ensino pioneira, que já diplomou mais de 600 estudantes, com capacidades laboratoriais únicas. Pedro Martinho, diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, salienta que “a criação de laboratórios de topo é uma aposta da escola, uma vez que o acompanhamento das tecnologias atuais, principalmente nas áreas das engenharias, é fundamental para a formação dos estudantes e também para uma melhor investigação e, consequentemente, melhor transferência de conhecimento para a indústria”, o que é já uma realidade no cado da Engenharia Automóvel, “já que muitas aulas são ministradas em ambiente empresarial, sendo algumas delas ministradas em parceria com as empresas e por técnicos especializados”, acrescenta. A intervenção agora concluí-
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IPLeiria apoia start-ups
6 A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria apoia startups nas áreas de turismo e tecnologia do mar, através do STARTIDEA, um espaço de acolhimento de projetos de antigos e atuais estudantes que pretendam lançar empresas nestas áreas. Situado nas instalações da escola, compreende “uma área de trabalho e acesso a espaços laboratoriais, assim como serviços de apoio administrativo”. Além dos estudantes da escola, podem ainda candidatar-se ao usufruto do espaço pessoas singulares e coletivas da região, até ao seu limite de capacidade.
Atualmente, o START-IDEA, em funcionamento desde janeiro, acolhe duas start-ups: a Aquasprosea, dedicada à aquacultura de organismos marinhos ornamentais, e a I&D FOOD, da área agroalimentar. Para Sérgio Leandro, subdiretor da Escola, a instituição contribui assim “para o acompanhamento dos seus estudantes numa fase posterior à sua graduação, potenciando a empregabilidade, o empreendedorismo e a inovação. É um novo espaço que permite o desenvolvimento de projetos profissionais que de outro modo teriam dificuldade em lançar-se no mercado”. K
Concurso Nova Geração 15 da Siemens
Três equipas de Leiria no top 5
da resulta de uma candidatura do Politécnico de Leiria ao Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), representando um investimento total de 813 mil euros, dos quais 664 mil são financiamento comunitário aprovado. Atualmente o edifício E, como é denominado no Campus 2 do Politécnico de Leiria, foi construído de raiz exclusivamente para o ensino da Engenharia Automóvel, e possui, entre outros, um espaço laboratorial agora ampliado de 400 para mais de 1200 metros quadrados. A Sodicentro (concessionário Mercedes) e a Vimoter/Movicortes (centro Porsche de Leiria) são
exemplos de empresas regionais que têm nos seus quadros diplomados em Engenharia Automóvel da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria. A nível nacional destacam-se as empregadoras Dekra Portugal, na área de seguros – reconstituição de acidentes e avarias mecânicas, e a equipa de competição ARC Sport. A Skoda Motorsport, da República Checa, a Aston Martin, do Reino Unido, a Lamborghini, da Itália, ou a Continental, da Alemanha, são algumas das marcas que também reconhecem a qualidade desta área de formação, pelo recrutamento de jovens diplomados. K
6 O Prémio Nova Geração 15 da Siemens distinguiu com uma menção honrosa os estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, Fabrício Souza e Hermínio Borges, que concorreram com o projeto RPSP – Recolha, Pesagem e Separação de Pontas em Aço. O projeto foi desenvolvido com a empresa Bollinghaus Steel SA, e consiste na automatização de dois sistemas de recolha, pesagem e separação automática de pontas resultantes do corte dos excedentes de matériaprima (lingotes de aço inox). Em termos globais, três equipas de estudantes da licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da ESTG de Leiria chegaram ao top 5 do concurso de ideias da Siemens, que decorre no âmbito do protocolo Engineering Made in Portugal, estabelecido entre a Siemens e o Estado Português, e pretende destacar ideias inovadoras de estudantes dos ensinos técnicoprofissional e superior. Ao concurso foram submetidas
29 pré-inscrições, e, de entre os 18 projetos entregues, foram selecionados cinco finalistas por categoria, entre os quais três projetos provenientes do IPLeiria. Os projetos foram orientados pelos docentes Eliseu Ribeiro, Luís Perdigoto e Paulo Coelho, e foram desenvolvidos no âmbito da Academia Siemens de Automação Industrial, inaugurada em 2014 na ESTG. K
ESE Portalegre
O poder da imagem
Escola Agrária de Elvas
Escola internacional 6 A Escola Superior Agrária de Elvas recebeu, de 4 a 8 de abril, dez docentes de cinco Universidades europeias, da sua rede de parceiros Erasmus, os quais participaram em visitas à cidade, meetings de docentes, palestras nas áreas das ciências agrárias e animal e visitas técnicas em herdades da região. O acolhimento de docentes não é novo, pois a escola tem recebido vários docentes que, durante alguns dias, lecionam os
temas da sua especialidade nas áreas em que incide a instituição. Nesta edição participaram docentes de Espanha, Bulgária, Lituânia e Polónia. A Semana Internacional agora organizada surge da vontade de dar maior dimensão à internacionalização e consequentes oportunidades de acolhimento de novos alunos estrangeiros, partilhas de informação e boas práticas entre parceiros e envolvimento em novos projetos internacionais. K
6 “Qual o papel da imagem no jornalismo em Portugal?” Esta foi a questão lançada em mais um Seminário de Media e Sociedade, que decorreu, na passada terça-feira, dia 12 de abril. Apesar do debate, nem sempre concensual, todos concordaram com o facto de “a imagem ser uma arma muito importante e com grande influência no público”. Hugo Rainho, fotojornalista no Correio da Manhã, partilhou a sua experiência com o público: “Aquilo que eu faço é esconder-me atrás da máquina” e realça o valor das imagens, por ser o primeiro contato dos leitores com a notícia mas não esquece a importância da relação simbiótica que deve existir entre os textos e as imagens. Ainda acrescentou que é fundamental que uma imagem tenha informação: “Se não tiver informação não vai acrescentar nada, não vai chamar a atenção do público.” Em oposição à opinião de Carina Martinho Coelho (Mestre em Jornalismo, Comunicação e Cultura), Hugo Rainho afirma que o fotojornalista é sempre o primeiro
editor. Como o próprio diz: “Se nós não quisermos que uma imagem seja publicada não a enviamos, se não, é essa imagem que vai ser publicada de certeza absoluta.” Tem uma opinião muito vincada sobre a escolha e edição de uma fotografia, afirma que nenhuma imagem deve ser manipulada por software mas sim o cenário em causa e admite que edita as suas fotografias mas fazendo sempre a distinção entre manipulação e edição: “Toda a imagem digital precisa
de ser editada porque as máquinas hoje em dia mostram mais do que aquilo que podemos ver, e por isso há que pôr balizas.” Ter várias fotografias como opção de escolha também é importante apesar de a primeira fotografia ser sempre publicada devido à rapidez do meio. Acompanhado pela sua câmara, Carlos Nascimento Reis não esqueceu o poder do som: “O som é tão ou mais importante que a imagem.” Depois de fazer uma comparação entre a imagem e o vídeo e de realçar as dificuldades acrescentadas deste último, deu a conhecer ao público algumas das técnicas que utiliza diariamente como repórter de imagem da SIC. Técnicas que Hugo Rainho sublinhou como sendo fundamentais pois como diz: “É a única coisa que nós controlamos, de resto não controlamos mais nada.” Carina Martinho Coelho concluiu, na sua tese de mestrado, o peso das agências de notícias e um número cada vez mais escasso de profissionais. K ESEP Jornal digital _
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Mobilidade internacional
Europa distingue IPCB 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de ser distinguido pela Comissão Europeia enquanto “Excellent Erasmus Charter for Higher Education implementation” pelo trabalho desenvolvido na implementação da Carta Erasmus para o Ensino Superior 2014-2020. Em nota enviada à Imprensa, o Politécnico de Castelo Branco explica que esta iniciativa “tem por objetivo promover atividades de cooperação europeia e internacional, realizadas pelas instituições de ensino superior no âmbito do Programa Erasmus+, que substitui o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (LLP)”. Na mesma nota é referido que “o IPCB implementou uma forte política de manutenção da rede de parcerias da instituição no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (LLP), constituída por cerca de 170 instituições de ensino superior”. A estratégia definida pelo presidente do IPCB revelou-se acertada, diz o comunicado, “tendo o IPCB não só renovado a larga maioria dos acordos existentes mas tam-
ESALD
Três congressos em maio
Carlos Maia, presidente do IPCB
bém diversificado as áreas de parceria e estabelecido novos acordos, aumentando assim o leque de países”. A rápida transição do Programa LLP para o Programa Erasmus+ teve por base o rápido estabelecimento de contactos com as instituições
parceiras, concretizado pelo Gabinete de Relações Internacionais do IPCB, assim como a utilização de documentos em formato digital, que permitiram reduzir os custos inerentes aos processos, para além de aumentar a eficiência nas trocas de informação. K
ESART
Alunos na orquestra Gulbenkian 6 Quatro alunos da classe de violino e dois da classe de viola d’arco, da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, estarão representados na lista de instrumentistas suplementares da Orquestra Gulbenkian, informou a instituição em comunicado. Deste modo, os estudantes Ricardo Vieira, Catarina Bastos, Frederico Lourenço e Nuno Vasconcelos, da classe de violino dos professores Augusto Trindade, Alexandra Trindade e Tiago Santos, e os alunos Cátia Santos e Ana Sofia Sousa da classe de viola d’arco do professor António Pereira foram admitidos, após a realização das audições. No comunicado o IPCB informa que se trata de “mais um caso de sucesso dos alunos de violino e viola d’arco da ESART-IPCB, que têm levado a Escola a estar representada em diversas orquestras nacionais e internacionais, nomeadamente Orquestra de Jovens do Mediterrâneo, Orquestra da Academia Penderecki (Polónia), Estágio Gulbenkian para Orquestra (EGO), Orquestra de Câmara Por-
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6 A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito das “Novas abordagens do Ensino das Tecnologias da Saúde na ESALD”, organiza nos dias 13, 14 e 15 de maio, em Castelo Branco, três congressos que envolvem as licenciaturas que sofreram recentemente fusões nas suas profissões de origem e que são lecionados nesta escola do IPCB: Ciências Biomédicas Laboratoriais, Fisiologia Clínica e Imagem Médica e Radioterapia. O I Congresso de Ciências Biomédicas Laboratoriais, organizado no âmbito na nova Licenciatura em Ciências Biomédicas Laboratoriais, decorrerá no auditório da Escola Superior de Tecnologia do IPCB, e pretende ser o primeiro de vários que trazem até esta região do país o que de melhor há na área, sempre com a preocupação de conciliar cursos práticos com palestras teóricas e com a possibilidade de apresentação de trabalhos por parte dos profissionais da área. O I Congresso de Fisiologia Clinica/ II International Meeting of Clinical Physyology, que se realiza no CEI - Centro de Empresas Inovadoras, pretende ser um espaço de troca de conhecimentos, reflexão, aprendizagem
e discussão das áreas científicas da Cardiopneumologia e Neurofisiologia e inclui diferentes atividades temáticas como workshops de casos clínicos, cursos pré congresso, intervenções sob a forma de palestras e conferências, promovendo o debate de ideias entre estudantes e profissionais de saúde. No auditório da Escola Superior Agrária do IPCB irá realizar-se o I Congresso Internacional de Imagem Médica e Radioterapia e o II Congresso de Imagem Médica e Radioterapia, subordinado ao tema “Novos Desafios no Diagnóstico e Tratamento do Cancro da Mama”. O evento tem como objetivo continuar a promover o debate sobre o diagnóstico por imagem e tratamento, numa perspetiva de benchmarking, perspetivando os desafios futuros induzidos pela crescente inovação tecnológica. Tem ainda como objetivo divulgar o campo de ação da Radiologia e da Imagem Médica e Radioterapia no âmbito da Investigação na ESALD, através de vários simpósios e workshops. A sessão de abertura dos três eventos será conjunta e decorrerá no dia 13 de maio às 18h30 no Centro de Empresas Inovadoras, seguido de um Porto de Honra. K
IPCB e CIMBB promovem
Concurso de ideias
tuguesa (OCP), Orquestra Mundial East and West, Orquestra de Jovens da União Europeia (EUYO), Orquestra de Jovens Mundial, entre outras”. Diz a mesma nota de imprensa, “o mérito destas classes e o trabalho desenvolvido no depar-
tamento de música da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB tem sido amplamente reconhecido, o que reforça a aposta num ensino de qualidade e contribui para uma formação próspera dos seus estudantes e futuros profissionais”. K
6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco, em parceria com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, vai levar a efeito, no próximo dia 30 de abril, nas instalações do Centro Comercial Alegro, a 2.ª edição da iniciativa “Fazer acontecer - Concurso para Jovens Empreendedores”. Em nota enviada à nossa redação, o IPCB explica que o evento se realiza no Centro Comercial Alegro, patrocinador da iniciativa, e visa sensibilizar os alunos do IPCB e das escolas do Ensino Secundário e Profissional de Castelo Branco para a inova-
ção e o empreendedorismo. A iniciativa, dinamizada pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional do IPCB, vai decorrer entre as 9:00 e as 21:00 horas e contará com a presença de cerca de 90 alunos, que ao longo do dia percorrerão um roteiro que envolve as seguintes etapas: dinâmica interpessoal; criação de ideias de negócio; estruturação do modelo de negócio e, finalmente, a apresentação e defesa do projeto (“pitching”). Serão atribuídos prémios aos três grupos melhores classificados. K
marcelo rebelo de sousa visitou instituições no alentejo
Portugal mais próximo 6 O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, efetuou de 21 a 23 de abril, uma visita ao Alentejo, onde deu especial destaque ao ensino, com passagens pelo Politécnico de Portalegre e pela Universidade de Évora. O Chefe de Estado considera que as universidades e os politécnicos têm como missão fazer a ponte entre várias gerações.
Esta é a primeira visita que o novo Presidente da República fez pelo interior do país desde que tomou posse e que marca o arranque da iniciativa “Portugal Próximo”. Marcelo Rebelo de Sousa passou pelos três distritos alentejanos, Portalegre, Évora e Beja, numa visita em que percorreu cerca de 400 quilómetros por nove concelhos. Viajou de comboio, almoçou com re-
fugiados e homenageou os falecidos Nicolau Breyner, actor natural de Serpa, e Manuel Castro e Brito, “pai” e mentor da feira Ovibeja. Além da cultura e da agricultura, também as dificuldades associadas à interioridade, as potencia-
lidades do Alqueva, a educação e o empreendedorismo devem fazer parte das preocupações do chefe de Estado na deslocação pelo Alentejo, onde os “afectos” e a proximidade se deverão fazer sentir, sobretudo durante os passeios a pé. K
Presidência da República H
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Presidência da República H
U. Évora H
Presidência da República H
U. Évora H
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primeiro ministro inaugura centro
Costa com busto em Leiria 6 O CDRsp - Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai produzir um busto do Primeiro Ministro António Costa. Durante a inauguração daquela estrutura, na marinha Grande, o governante acedeu ao desafio do centro que se predispôs fazer-lhe um busto em 3D. António Costa reforçou a ideia de que o Instituto Politécnico de Leiria é uma instituição de “referência. É uma instituição exemplar, não só pela sua inserção na região, mas também pela fiorte articulação que tem com o tecido empresarial”. Durante a inauguração daquela estrutura António Costa destacou a importância da qualificação e da investigação para o desenvolvimento do país. No seu entender, “o desenvolvimento depende do conhecimento e da capacidade que tivermos em transferilo para alimentar a inova-
ção”, como forma de potenciar o aparecimento de novos produtos, novos serviços, e novos processos, “que acrescentem valor ao que produzimos”. Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria, classificou o novo centro “como uma infraestrutura científica e tecnológica que teve a sua génese, em 2007 na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPL (…) e demonstra a opção estratégica do nosso instituto em colocar o conhecimento ao serviço da indústria e do desenvolvimento do território”. Nuno mangas adiantou ainda que o novo centro desenvolve “projectos nacionais e internacionais, totalizando mais de 100 projectos desde a sua criação, a maior parte deles com empresas, representando um investimento global de mais de 44 milhões de euros em investigação e
inovação. Registou 16 patentes, e os seus investigadores fizeram mais de 200 publicações, na sua quase totalidade internacionais, tendo igualmente editado diversos livros. O seu corpo integra mais de 60 investigadores, incluindo oito estudantes de doutoramento e 15 de mestrado”. K Publicidade
Central Termoelétrica
IPLeiria assina protocolo com autarquia 6 A Câmara Municipal de Porto de Mós e o Instituto Politécnico de Leiria assinaram em março um protocolo de colaboração, no âmbito do projeto de Requalificação do Edifício da Central Termoelétrica de Porto de Mós, que prevê a colaboração de vários docentes no processo, designadamente das áreas de eficiência energética, o software de multimédia, a inclusão e o design de produto, como referiu Albino Januário, responsável pela Pelouro da Cultura da autarquia.
Nuno Mangas, presidente do IPL, referiu que o protocolo efetiva uma parceria que, na prática, já existe há algum tempo, concretizando-se num compromisso com objetivos muito concretos e benéficos para ambas as partes. João Salgueiro, presidente da Câmara considerou que o IPL tem tido um papel decisivo no crescimento da região de Leiria, situação que se reforça com a parceria estabelecida e que resultará num contributo para a dinâmica cultural da região. K
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Cooperação
Protocolo assinado
Porto assina com Brasil
6 O Politécnico do Porto (P.PORTO) e o Instituto Federal Farroupilha (IFFarroupilha) assinaram na sede do Conselho de Reitores dos Institutos Federais do Brasil (CONIF), em Brasília, um acordo com vista à formação de funcionários não docentes do IFFarroupilha no âmbito de mestrados lecionados no P.PORTO. Ainda em 2016, o IFFarroupilha irá apoiar 50 dos seus servidores a realizarem mestrados nas áreas da Administração de Organizações Educativas e da Formação de Adultos, ambos na Escola Superior de Educação do P.PORTO. O IFFarroupilha situa-se no Rio Grande do Sul, estando a reitoria na cidade de Santa Maria. A aposta na capacitação dos funcionários não docentes é uma das prioridades do instituto. O P.PORTO é a instituição politécnica de Portugal com mais estudantes abrangidos pelo estatuto de estudante internacional, num total de 206 estudantes no corrente ano letivo, aos quais acrescem mais 760 ao abrigo de programas como o ERASMUS+ ou outros acordos de
cooperação. Destes 206 estudantes ao abrigo do Estatuto do Estudante Internacional há 144 vindos do Brasil, seguindo-se Angola e Índia com cerca de duas dezenas de estudantes. O Brasil é o país com mais estudantes estrangeiros no P.PORTO. Paralelamente, o acordo com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) foi assinado também na sede do Conselho de Reitores dos Institutos Federais do Brasil (CONIF). Permitirá a formação de funcionários não docentes do IFMT no âmbito de mestrados lecionados no P.PORTO nas áreas de Assessoria de Administração e de Contabilidade e Finanças.
O IFMT irá apoiar 30 dos seus servidores a realizarem mestrados nas respetivas áreas em turmas partilhadas que envolverão mais 30 funcionários do Instituto Federal de Goiás, ambos no Instituto Superior de Contabilidade e Administração. Já anteriormente o Instituto Federal do Triângulo Mineiro apoiou 81 dos seus funcionários em três mestrados do P.PORTO (Assessoria de Administração, Empreendedorismo e Internacionalização e Administração de Organizações Educativas — este último contando também com cinco funcionários do Instituto Federal Sul RioGrandense).K
Politécnico de Viseu
Em Abril, Voluntários Mil 6 ‘Em Abril, Voluntários Mil’ é o título da atividade que a Associação Académica do Instituto Politécnico de Viseu está a desenvolver este mês, o qual elegeu como o mês da promoção da solidariedade e do voluntariado no seio dos estudantes do Instituto Politécnico de Viseu. A 19 de abril, os estudantes do IPV vão participar num dia repleto
de atividades de cariz científico, social, cultural e desportivo. De manhã decorre o seminário científico ‘Por uma Academia mais Solidária’, cuja entrada é gratuita. De tarde, às 15 horas, parte do Rossio, em Viseu, a 6º Caminhada Solidária, destinada não só à comunidade académica, como também a toda a população. Cada participante terá que adquirir o kit da caminhada,
cujo valor reverterá a favor do Fundo de Apoio ao Estudante. Os participantes nesta iniciativa têm acesso direto ao Concerto Solidário noturno, que juntará a Viriatuna, a Estudantina Académica de Lamego, a Tunadão 1998, o Grupo de Canto e Guitarras do Órfeão de Viseu, e ainda um grupo surpresa, num espetáculo que não deixará ninguém indiferente. K
IPT assina com Sporting de Tomar 6 O Instituto Politécnico de Tomar acaba de assinar um protocolo de cooperação com o Sporting Clube de Tomar (SCT), que tem como objetivo promover diversas iniciativas que contribuam para uma real aproximação entre as duas instituições, como a integração dos estudantes do Instituto Politécnico de Tomar e dos atletas jovens do Sporting Clube de Tomar. Encontra-se prevista a realização de estágios de integração de jovens diplomados do IPT, a organização e realização de seminários, workshops e iniciativas públicas, entre outros projetos. Eugénio de Almeida, presidente do Politécnico, afirmou que “mais do que o objeto e o âmbito que foram apresentados, este acordo irá permitir, ainda: a possibilidade dos atletas do Sporting Clube de Tomar que sejam alunos do Instituto Politécnico de Tomar possam beneficiar de apoios específicos atribuídos pelos Serviços de Ação Social do IPT, quer no valor das propinas, nas refeições na cantina do IPT, quer no alojamento nas nossas residências de estudante”. Os atletas do Sporting Clube de Tomar que se-
jam alunos do IPT poderão ainda vir a constituir uma equipa para competir nos campeonatos universitários quer nacionais quer internacionais.” O presidente do Sporting Clube de Tomar, Ivo Santos, considerou a assinatura do protocolo “um dos momentos mais importantes e marcantes da história do clube, já com mais de cem anos”. Destacou ainda a visão estratégica de Eugénio de Almeida, de Hugo Costa, vice-Presidente do clube, e de Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar. K
Com Cabo Verde
Viana assina protocolo 6 O Instituto Politécnico de Viana do Castelo acaba de celebrar um protocolo com o Instituto Universitário de Educação, da Cidade da Praia em Cabo-Verde, que consiste na formação pós-graduada e avançada (mestrados) de professores cabo-verdianos, bem como para formadores. A sessão ocorreu a 1 de abril, em Cabo Verde, e contou com os dois presidentes em representação das respetivas instituições, Rui Teixeira e Florenço Varela. No âmbito daquele protocolo foi ainda lançado, com o apoio do Politécnico de Viana, o Mestrado
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politécnico
Enfermagem em Viseu fez jornadas em Educação Artística, cujas aulas arrancaram a 2 de abril, no pólo do Instituto Universitário de Educação, no Mindelo, para professores do ensino básico e secundário. Decor-
rerá numa primeira fase na cidade do Mindelo (ilha de S. Vicente), e posteriormente em períodos concentrados na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo. K
6 A Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde de Viseu acaba de organizar a 27ª edição das Jornadas de Enfermagem, sob o tema ‘Traumatologia: O Impacto da Enfermagem’, nas instalações da instituição. A sessão de trabalhos terminou com uma atua-
ção da Viriatuna, tuna da Escola Superior de Saúde de Viseu. A iniciativa teve como objetivo proporcionar a todos os participantes um espaço de debate e reflexão acerca das temáticas abordadas, promovendo um espírito de procura ativa do conhecimento científico. K
Guarda
IPG e Ordem cooperam
Semana Internacional
Guarda na Lituânia 6 O Instituto Politécnico da Guarda participou, recentemente, numa semana internacional promovida em Vilnius (Lituânia) pela SMK-University of Applied Social Sciences. Esta participação, que ocorreu no âmbito do Programa Erasmus+ e tendo em conta o acordo firmado com a referida universidade, possibilitou não só a oportunidade de um melhor conhecimento da SMK, do seu pessoal docente e não docente, assim como as restantes instituições de ensino superior presentes. Nesta semana internacional, além do Instituto Politécnico da Guarda (que se fez representar por uma das técnicas superiores do Gabinete de Mobilidade e Cooperação), participaram a University of Pitesti – Roménia; Silesian Univesrsity of Opava – República Checa; University of Salford – Machester, no Reino Unido; Université de Bourgogne, Dijon – na França, University of Economy WSG, Bydgoszcz, na Polónia; Instituto Miguel Torga, Publicidade
Coimbra – Portugal e Tula State Lev Tolstoy Pedagiogical University, Tula na Rússia. A participação neste evento, além do contacto direto com os representantes de outras IES/Países, permitiu a “partilha de boas práticas e troca de experiências” bem como a frequência dos workshops que constavam do programa da semana internacional com temas como “Sharing the experience in teaching and working with International students”, “Innovation solutions for teaching languages”, entre outros. A referida semana teve resultados bastantes positivos tendo o Gabinete de Mobilidade e Cooperação do IPG sido contactado por estudantes da SMK que “pretendem frequentar o Politécnico da Guarda próximo ano letivo, bem como se abriram novas oportunidades de colaboração Institucional com as demais Instituições representadas, quer a nível de novos acordos, quer na parceria em projetos de cooperação”, como nos foi referido. K
6 O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e a Ordem dos Engenheiros (OE) assinaram, recentemente, um protocolo de colaboração com o vista à prossecução dos objetivos comuns no desenvolvimento e na prática da engenharia portuguesa. Este documento foi assinado pelo presidente do Instituto Politécnico da Guarda, Constantino Rei, e pelo bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos. “Foi sempre preocupação da Ordem dos Engenheiros, nestes dois mandatos, fazer ligações preferenciais, profundas, com as escolas superiores de engenharia. A Guarda, o Instituto Politécnico da Guarda, integra este universo e era um dos grandes alvos deste objetivo”, esclareceu Carlos Matias Ramos, Bastonário da OE. Carlos Ramos destacou a importância que a engenharia assume na economia nacional e no seu contributo para o desenvolvimento do país. “A engenharia é um fator determinante para a economia real; uma economia sem engenharia dá lugar a um país pobre”. Este protocolo, agora assinado, tem por objetivos a promoção, divulgação e difusão da
intervenção das instituições OE e IPG; a cooperação para a educação, formação, qualificação e conhecimento na engenharia, para o reconhecimento do seu ensino e exercício da profissão; promoção de atuação conjunta em estudos e desenvolvimentos de interesse comum ou partilhado; participação conjunta no desenvolvimento e acompanhamento do estudo específico denominado Observatório do Engenheiro; cooperação para a inovação, empreendedorismo, a promoção nacional e internacional da engenharia portuguesa, entre outros. O presidente do Instituto Po-
litécnico da Guarda, Constantino Rei, considerou que “a aproximação e cooperação entre as instituições de ensino superior e as ordens profissionais são fundamentais para o reconhecimento e credibilização das formações superiores”. Para o presidente do Politécnico, “este protocolo vem responder a este princípio e cria as condições para que o IPG disponibilize, entre outros, formação e outras atividades dirigidas quer aos alunos quer aos profissionais no ativo que sejam automaticamente reconhecidas pela Ordem dos Engenheiros”. K
Projeto PAR
Europa premeia Guarda 6 O projeto PAR – Património Azulejar Religioso na Diocese da Guarda, dinamizado pelo Instituto Politécnico da Guarda, foi distinguido, no âmbito da candidatura aos “Prémios SOS Azulejo”, com o Prémio Estudo e Divulgação. Este galardão é atribuído no contexto do Prémio da União Europeia para o Património Cultural/Europa Nostra, iniciativa lançada pela Comissão Europeia em 2002, financiado pelo Europa Criativa e organiza-
do pela Europa Nostra. O júri evidenciou o “excecional nível da candidatura e contributo para a valorização do património azulejar português”. O Presidente do IPG, Constantino Rei, mostrou a sua satisfação pela atribuição deste prémio “esperando que ele sirva de exemplo para outros projetos, pois o património imaterial que nós temos é muito valioso; é necessário preservá-lo mas é sobretudo necessário divulgá-lo
e utilizá-lo como instrumento de promoção do turismo da região”. A entrega deste galardão terá lugar no próximo dia 24 de Maio, pelas 15 horas, no Palácio Fronteira (Lisboa). Recordese que no passado dia 18 de Dezembro, foi apresentado na Guarda (na Igreja de S. Vicente) o livro PAR – Património Azulejar Religioso na Diocese da Guarda”; esta publicação resultou de uma parceria entre o IPG e a Diocese da Guarda. K
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Rita Ruivo
Psicóloga Clínica (Novas Terapias) Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)
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“Quantas vezes, para mudar a vida, precisamos da vida inteira. Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos, depois voltamos ao princípio, tornamos a pensar e a pensar, deslocamo-nos nas calhas do tempo com um movimento circular (…). Outras vezes uma palavra é quanto basta.” José Saramago, “Jangada de Pedra”
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Ensino Magazine esteve presente
Futurália bate recorde
6 Entre os dias 16 e 19 de março, foram 79.001 os visitantes que passaram pela Futurália, um número que ultrapassa os 73 mil registados na edição anterior e que estabelece um novo recorde de visitas naquela que é a maior Feira de Educação, Formação e Empregabilidade do país. O Ensino Magazine foi novamente parceiro do evento, onde além de distribuir jornais aos visitantes apresentou uma exposição de fotografia relativa ao Concurso Internacional de Fotografia promovido pelo Ensino Magazine e que teve como parceiro oficial do Instituto Politécnico de Castelo Branco e como parceiros institucionais as universidades da Beira Interior (UBI) e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), os institutos politécnicos de Beja, Guarda, Leiria e Portalegre, contando ainda com os apoios da lusofonia da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique) e das escolas portuguesas de Moçambique e de Macau. Além disso, teve o apoio da RVJ - Editores, RACAB - Rádio Castelo Branco, Rádio Condestável e do Instituto Português dos Desporto e Juventude. Com um média diária de 19.750 visitantes e mais de 19 mil referências em redes sociais como o Twitter e Instagram, na sua 9ª edição foram mais de
500 as entidades e empresas a marcar presença na maior Feira de Educação do país, com destaque para o número recorde de 80 universidades e institutos politécnicos internacionais em representação de 20 países. A realçar ainda o número de visitas de estudo programadas pelas escolas que levaram à Futurália 37.402 estudantes de norte a sul do país, acompanhados pelos seus professores. Um número que apresenta uma taxa
de crescimento de 49% face à edição anterior. Para Alzira Ferreira, diretora da Futurália, o crescente aumento de visitantes que se tem vindo a registar de ano para ano devese à constante preocupação de acrescentar mais qualidade e diversidade em cada edição. “Todos os anos trabalhamos para proporcionar a quem nos visita um evento que alie a apresentação de uma oferta formativa completa e de qualidade, com
uma componente lúdica e de animação. O nosso objetivo é que a Futurália seja um espaço onde se promove o debate, a partilha de ideias e de experiências, e que de facto se assume como uma ajuda para quem procura na Feira uma direção para o seu futuro. E sentimos um enorme orgulho quando nos chegam histórias de pessoas que nos dizem que decidiram o seu futuro numa visita à Futurália, é um claro sinal de que estamos no
caminho certo”, disse. Encerrada a Futurália 2016, a organização, em conjunto com os seus parceiros, está já a trabalhar na edição 2017, num ano que será marcado pelo 10º aniversário da Futurália, e que promete estar à altura dos desafios relacionados com as constantes mudanças tecnológicas, económicas, sociais e culturais com que nos deparamos nos diversos sectores, nomeadamente no sector da educação. K
Com o apoio do Ensino Magazine
Conferência internacional é já em junho 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco realiza, de 29 de junho a 1 de julho, a International Conference Regional Helix 2016, a qual tem como media partner o Ensino Magazine. Luís Farinha, que com Domingos Santos coordena o evento, explica que “pretende-se analisar e discutir as diversas dimensões que se associam ao conceito da TripleHelix, dando um especial relevo ao potencial que envolve na promoção da competitividade de territórios periféricos com problemas estruturais de desenvolvimento”. Aquele responsável explica que a conferência será mais ampla e destaca o “prestigiado leque de oradores nacionais e internacionais presentes, casos de Judith Terstriep, da Westphalian University, Marina Ranga, da Standford University, Paulo 018 /// ABRIL 2016 18
Benneworth, da University de Twente, Phiplip Cooke, da Cardiff University, Artur Rosa Pires, da Universidade de Aveiro, Manuel Godinho, do ISEG, Mário raposo, da UBI ou Pedro Dominguinhos, do Politécnico de Setúbal, entre outros”. O evento decorrerá na Avenida do Empresário, num espaço
de interação entre o “Centro de Empresas Inovadoras, a Associação Empresarial da Beira Baixa e as três escolas do IPCB situadas no Campus da Talagueira (Tecologia, saúde e Artes Aplicadas), para além da Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa. Luís Farinha lembra que “a
iniciativa é transversal a todos setores de atividade”. A data limite para submissão dos papers é 15 de abril e a conferência dispõe já de uma página específica: http://helix2016. ipcb.pt. De referir que a conferência tem para além da comissão organizadora, dois comités. O
nacional é composto pelos investigadores Ana Margarida Fernandes, Ana Rita Garcia, António Fernandes, Deolinda Alberto, George Ramos, João Valente, Luís Neto, Marcelo Calvete, Nuno Caseiro, Nuno O. Fernandes, Paulo Gonçalves, Pedro Torres, Rogério Dionísio e Sara Brito. O internacional integra os investigadores Marina Ranga, da Stanford University, Estados Unidos; Judith Terstriep, IAT, Alemanha; e Marta Peris-Ortiz, Politechnic University of Valencia, Espanha; para além das instituições National Institute of Research and Development in Mechatronics and Measurement Technique - Bucharest (Roménia)| e Regional Cluster Bucharest - Ilfov «MECHATREC» (Roménia) e The Portuguese Engineering and Tooling Cluster (Portugal). Já o secretariado está a cargo de Cristina Bento, do IPCB. K
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Ensino Magazine esteve lá
Qualifica com excelência 6 O Ensino Magazine foi novamente media partner de uma das principais feiras de educação e juventude realizadas em Portugal. A Qualifica teve lugar de 14 a 17 de abril na Exponor, no Porto, e foi visitada por milhares de pessoas. Como habitualmente fizemos passatempos e distribuímos a nossa publicação a todos os visitantes. A presença do Ensino Magazine na Qualifica faz parte do caminho que a publicação portuguesa “tem vindo a percorrer, no sentido de marcar presença nos principais eventos nacionais e internacionais, potenciando deste modo a participação dos nossos parceiros, divulgando as suas atividades, partilhando saberes e informação”. O diretor do jornal, recorda que já este ano o Ensino Magazine esteve presente em Madrid, na AULA, e na Futurália, em Lisboa (ver página 18), eventos onde tem sido presença regular. João Carrega recorda que no ano passado o Ensino Magazine marcou também presença na Feira Internacional de Moçambique, país onde a publicação tem acordos de cooperação firmados com a Universidade Eduardo Mondlane e com a Escola Portuguesa de Moçambique. “O ensino não tem fronteiras e é essa a máxima que adotamos na nossa publicação. Por isso hoje marcamos presença em Portugal, Espanha, nos Palop’s, mas também em Macau, onde temos um protocolo de cooperação assinado com a Escola Portuguesa de Macau”, diz João Carrega, que relembra ainda o acordo com “a Unesco, enquanto media partner da rede de escolas associadas da Unesco”.
A Qualifica, como referiu a diretora do evento, Amélia Monteiro, permitiu “despertar os jovens para a necessidade de tomarem decisões quanto ao seu futuro académico ou laboral, oferecendo para isso, num só espaço, uma série de ferramentas que os podem ajudar a atingirem os seus sonhos”. O evento foi inaugurado por Vieira da Silva, ministro do Trabalho. K
Na Bélgica e Alemanha
IPS inova nos negócios 6 Duas equipas compostas por três estudantes da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal participaram nas Business Weeks da Bélgica, entre 7 e 11 de março, e da Alemanha, de 14 a 18 de março. Na Bélgica a iniciativa teve lugar na University Colleges Leuven-Limburg (UCLL), contando com a participação de estudantes e professores de sete instituições de ensino superior da Bélgica, Dinamarca, Holanda, Letónia, Polónia, Portugal e Reino Unido. Os estudantes João Rafael, Maria Madalena Ribeiro e Rui Rodrigues integraram grupos de trabalho constituídos por estudantes de outros países. O desafio consistiu em gerir uma empresa do mercado das novas tecnologias (smartphones), o que implicou a tomada de decisões na área financeira, do marketing, da gestão de recursos humanos, da escolha de investimentos e da produção. De acordo com Maria Madalena, estudante da escola, este evento trouxe
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excelentes vantagens como “o facto de podermos treinar o nosso inglês e de podermos comparar os diferentes métodos de ensino/aprendizagem dos outros países com o método de ensino em Portugal.” Já a equipa formada por Ana Catarina Martins, Fábio Pereira e Mónica Tomás, viajou até à Hochshule Kaiserlautern University of Applied Sciences, na Alemanha, tendo competido com mais 50 estudantes
de países como a Alemanha, Bélgica, Holanda, República Checa, Polónia, Letónia, Portugal e Dinamarca. Organizados em equipas constituídas por participantes de diferentes nacionalidades, os estudantes simularam a gestão de uma empresa de fotocopiadoras, o que envolveu tomadas de decisão em seis áreas departamentais da empresa, designadamente vendas, I&D, compras,
produção, recursos humanos, finanças e contabilidade. Fábio Pereira, estudante, refere que esta iniciativa possibilitou “melhorar a perceção de como a internacionalização do ensino funciona, assim como melhorar a nossa capacidade de perceber como a gestão das organizações opera e também o impacto das nossas decisões no complexo ambiente organizacional”. K
Serviços comuns
Afetos em Beja...
6 O Instituto Politécnico de Beja organizou um encontro de jovens, a 14 de abril, no auditório dos Serviços Comuns, subordinado ao tema ‘Expressão dos Afetos’. O encontro resultou de uma parceria entre o Politécnico de Beja e o Agrupamento nº2 de Beja (D. Manuel I e Mário Beirão), relativa ao Projeto Educação para os Afetos e Sexualidade. A iniciativa com a presença de 277 jovens dos 7º e 8º anos de escolaridade e os seus 11 professores, bem como a de alunos da Escola Superior de Educação e da Escola Superior de Saúde. … e saúde em debate O Instituto Politécnico de Beja realizou, dia 21 de abril, na Escola Superior de Saúde, uma Palestra subordinada ao tema: “Reabilitação e Qualidade de Vida da Pessoa Ostomizada. Papel do Enfermeiro Estomaterapeuta”. A palestra foi promovida pelas docentes Maria Dulce Santiago, Maria Antónia Costa e Maria João Lampreia, tendo como Palestrantes as enfermeiras Maria Isabel Gonçalves (Especialista em Reabilitação em Enfermagem) e Fernanda Isabel Grou (Especialista em Enfermagem em Saúde Comunitária). K
politécnico
Beja com Cabo verde 6 O Instituto Politécnico de Beja acolhe, entre os próximos dias 26 e 29 de abril, o Fórum Lusófono “IPBeja - Cabo Verde”, uma iniciativa dirigida aos autarcas de Cabo Verde, que incide particularmente nas dinâmicas territoriais locais, promovendo a partilha de boas-práticas, privilegiando as estratégias integradas com as comunidades e com um grande foco no desenvolvimento dos territórios. Procurando criar espaços e tempos de discussão que possam trazer benefícios mútuos, este Fórum Lusófono é promovido em parceria com a Associação Maense em Portugal, com a qual o IPBeja tem estabelecido um protocolo de cooperação. Temas como a Cooperação Descentralizada e Desenvolvimento, a Modernização Administrativa em Autarquias, a Internacionalização dos Territórios e Dinamização Turística ou a Produção, Internacionalização, Exportação e Desenvolvimento Económico estarão em destaque neste Fórum, ao qual se associam também entidades como a Embaixada de Cabo Verde em Portugal, a Câmara Municipal de Beja, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, a CIMBAL e o NERBE.
No último dia, 29 de abril, o evento irá também proporcionar aos participantes uma visita cultural por alguns locais de interesse da região do baixo alentejo, procurando promover exemplos de valorização territorial. Recorde-se que Instituto Politécnico de Beja, no âmbito do seu processo de internacionalização, tem vindo a incrementar um conjunto de dinâmicas que possam reforçar o seu posicionamento à escala global, aproximando a instituição de novos parceiros e públicos estudantis. Os países
lusófonos são, por todas as afinidades socioculturais existentes com Portugal, e pela tradição de cooperação existente, destinatários privilegiados desta estratégia de internacionalização do IPBeja. Neste momento o IPBeja tem já estudantes internacionais nos seus cursos de licenciatura, oriundos de países como Angola, Guiné, S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde, contando em todos estes casos com a colaboração de estruturas governamentais ou associativas na mediação dos processos de candidatura e ingresso dos estudantes. K
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Informática no Alentejo T O Instituto Politécnico de Beja realiza, no próximo dia 27 de abril, no auditório I da ESTIG, o Dia da Informática. A iniciativa é organizada pela comissão técnico-científica e pedagógica da Licenciatura em Engenharia Informática. Este evento irá contar com a presença dos laboratórios da ESTIG na área da Informática, com diversas empresas de desenvolvimento de software, que recrutam licenciados em informática, e ainda com o testemunho de ex-alunos sobre o seu percurso académico e profissional. K
Agrária de Viseu faz 22 anos T A Escola Superior Agrária de Viseu celebrou 22 anos a 14 de abril, numa sessão que incluiu uma mesa redonda subordinada ao tema ‘O Papel dos Investidores e do Ensino Superior na Fileira Agroalimentar na Região’, tendo terminado com uma Missa Campal e com um almoço, na Quinta da Alagoa, na ESAV. Nestes 22 anos, a escola formou mais de 2000 diplomados, numa atividade que se tem revelado como um contributo extremamente importante para o desenvolvimento da economia regional. K
Engenharias em Viseu
Inovação no Ensino Superior em livro
T A Escola Superior de Tecnologia de Viseu celebrou mais uma edição do Dia do Departamento de Engenharia Eletrotécnica, a 12 de abril, cujo objetivo principal passou por divulgar o DEE junto da sociedade em geral, com enfoque especial junto à comunidade estudantil do ensino secundário e profissional. Decorreram vários workshops, além de estarem abertas as portas dos laboratórios no intuito de proporcionar uma mostra interativa sobre a engenharia eletrotécnica – área da robótica, eletrónica, máquinas e instalações elétricas, automação, microcontroladores, entre outras vertentes.K
T O Centro de Inovação e Estudo da Pedagogia no Ensino Superior do Politécnico de Coimbra acaba de editar o segundo volume da coleção Estratégias de Ensino e Sucesso Académico: Boas Práticas no Ensino Superior, com o título ‘Inovação no Ensino Superior’. A obra, que pode ser consultada por qualquer interessado em www. cinep.ipc.pt, é composta por duas partes, uma sob o tema Inovar ouvindo a voz dos estudantes (quatro capítulos) e outra intitulada Inovar no Ensino Superior: projetos, recursos, equipamentos e conteúdos de aprendizagem (seis capítulos).K
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CARREGAL DO SAL E O PROJETO
“Refugiados e heróis do passado e do presente” 6 No âmbito do trabalho como Escola Associada da UNESCO, continua a ser preocupação do Agrupamento educar os alunos, numa fase fundamental do seu crescimento e formação pessoal, nos valores que devem enformar a seu caráter, numa perspetiva de formação integral do indivíduo. O trabalho de articulação transversal que tem vindo a ser trilhado pelas várias disciplinas, de Educação para os Valores e para os Direitos humanos, tendo como base o exemplo do conterrâneo Aristides de Sousa Mendes e as ações de solidariedade, continuam como pano de fundo do projeto. Simultaneamente, continua a ser desenvolvida a temática do Património Arquitetónico e Ambiental, tendo em conta a riqueza patrimonial do meio em que se insere a Escola, em parceria com o Museu Manuel Soares de Albergaria e a Câmara Municipal de Carregal do Sal, ainda mais este ano letivo em que se inicia o Curso Profissional de Técnico de Turismo em Ambiente Rural. Após as obras de consolidação da Casa de Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato e dada a perspetiva da criação de um espaço museológico na Casa, torna-se premente que a Escola assuma um papel ativo, contribuindo para a dinamização pedagógica desse espaço de memória. A problemática atual dos refugiados na Europa não pôde ser subestimada e tem sido integrada no trabalho desenvolvido, na senda dos Direitos Humanos. A compreensão de que o concelho se integra numa realidade mais abrangente, e que os problemas Publicidade
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do mundo dizem respeito a todos, tem-nos levado a continuar a desenvolver o trabalho de solidariedade para com os que necessitam, pelo que procuraremos colaborar, no que se tornar possível, com as instituições que desenvolvam um trabalho de solidariedade para com os refugiados. Assim, no contexto da Evocação do Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, sob proposta da Equipa UNESCO, as turmas de 3º ciclo assinalaram a efeméride com
uma reflexão/debate subordinado à temática dos direitos humanos, tendo como mote a questão: “O que fazer para que a Europa consiga integrar os refugiados e manter as liberdades civis e políticas?”, que culminou num mural construído com frases/expressões e recortes colados pelos alunos em cada uma das Escolas do Agrupamento. Ainda a assinalar esta efeméride, decorreu a sessão designada “Aprender Gramáticas da dignidade humana: para uma escola
geradora de justiça cognitiva e social”, dinamizada pelo Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra que permitiu a reflexão sobre o referido tema. Ainda no âmbito da Comemoração do Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, dinamizouse a exposição, no Museu Municipal, “Espiral da Memória… uma viagem no TEMPO”, constituída por uma série de fotografias registadas em julho de 2014, no âmbito da viagem realizada por algumas docentes da Equipa UNESCO, a AuschwitzBirkenau, denominada “Comboio da Memória”, e no dia 27 de janeiro realizou-se a apresentação do livro da autoria de Ana Luz, “Aristides, Semeador de Estrelas”, em parceria com as Bibliotecas Escolar e Municipal. A criação do Museu Aristides de Sousa Mendes tem sido alvo de um trabalho de análise e discussão, envolvendo a Escola, com vista à apresentação de propostas de dinamização educativa, valorizando o potencial empreendedor dos jovens e as suas propostas de intervenção. Com o objetivo de homenagear Aristides de Sousa Mendes, apresentámos à Câmara Municipal, uma proposta de “Memorial da Paz”, baseada no desenho de um elemento do tipo escultórico, realizado no âmbito da disciplina de Educação Visual dos alunos do 9º ano da EB Aristides de Sousa Mendes, sob coordenação da docente Josefa Reis. Este elemento foi estruturado no projeto “Sentir a arte - Mel-
horamento estético do espaço exterior local”, que culminou na realização da exposição no Museu Manuel Soares de Albergaria, sob o nome “Outro Olhar a Casa do Passal- Metamorfose”. A materialização da ideia culminaria num monumento a erigir numa praça, rotunda ou jardim e constituiria mais uma referência emblemática do concelho. Temos trabalhado no sentido de sensibilizar os alunos para a problemática da pobreza e da solidão, continuando a desenvolver o trabalho de solidariedade com as instituições locais, nomeadamente através dos subprojectos “Uma carta por um sorriso” e “Dar e receber”, destinados aos idosos dos lares da área geográfica da Escola, em colaboração com EMRC. Do projeto, constam algumas iniciativas: a Exposição “ O outro ORAR…aos Santos Padroeiros”, a assinalar o Ano da Misericórdia e, no âmbito da Semana Cultural do Agrupamento, a inauguração de um Espaço UNESCO (banco de recursos), o qual integrará o material gráfico e os vídeos subordinados aos projetos desenvolvidos e material da UNESCO e, ainda, um workshop subordinado à temática “O Museu Aristides de Sousa Mendes – perspetivas de animação educativa”. O grupo tem vindo a refundar o blog “Dever de Memória”, com textos, fotos e notícias relacionadas com o desenvolvimento do projeto: http://deverdememoria. blogspot.pt K Coordenadora Escola Associada da UNESCO Dores Fernandes _ Josefa Reis (capa do projeto) H
Editorial
O amanhã pode ser hoje 7 Num curioso texto escrito em 1939, e dado à estampa por Harol Benjamin no já ido ano de 1977, relata-se a história de uma tribo pré-histórica que decidiu introduzir a educação sistemática para as suas crianças. O currículo fora elaborado especificamente para ir ao encontro de necessidades particulares de sobrevivência no meio local e, por isso, incluía matérias como “Afugentar o Tigre de Dentes de Sabre com o Fogo”. Porém, o clima da região mudou e os tigres de dentes de sabre morreram. Em sua substituição surgiram “Grandes Ursos Ferozes” que não tinham medo do fogo e não se deixavam caçar ou afugentar com a velha técnica aprendida na escola: a técnica de “Afugentar o Tigre de Dentes de Sabre com o Fogo”.
A comunidade estava agora numa situação muito difícil. Não havia carne para a alimentação nem qualquer segurança contra a morte que se passeava pelos caminhos de dia e de noite. Tinham de fazer, imediatamente, uma adaptação a esta preocupante situação se não quisessem caminhar para a sua própria extinção. Felizmente na tribo ainda havia homens de cepa... A partir daí, um deles, com o estômago colado às costas, quedou-se pensativamente junto ao fogo no intuito de inventar novas destrezas que pudessem ser divulgadas a partir da escola. Todavia, sem perceber muito bem porquê, as tentativas de mudar o currículo, por parte desse membro mais “esclarecido” da tribo, por forma a adaptá-lo às novas necessidades
de sobrevivência, encontravam firme resistência por parte do conselho dos mais velhos e, supostamente, mais sábios, que defendiam a “intemporalidade da educação e dos conteúdos curriculares” ministrados pela escola. E por mais que esse membro inovador da tribo, enquanto os outros se atafulhavam de comida e dormiam, ganhasse o hábito de se levantar mais cedo e de pensar junto do fogo, de pouco lhe valia esse esforço que o levava a tentar mudar as mentalidades e o currículo, para que a tribo voltasse aos bons e velhos tempos da abundância. Mesmo assim, pouco a pouco, foi elaborando um novo currículo, adaptado às novas circunstâncias. Só que, a partir desse instante, a partir da
descoberta desse progresso, a partir do momento em que iniciou a sua divulgação tornou-se, face aos olhos dos mais conservadores... num homem muito perigoso! Metáfora preciosa, o texto de Harold Benjamin obriga-nos a relançar a reflexão sobre os obstáculos que se deparam e a que estão sujeitos todos aqueles que tentem enveredar pelos caminhos da inovação e da renovação, que outros não são, aliás, os que todos deveríamos tentar percorrer no decurso da nossa vida profissional. E, ao salientar o papel das “minorias” na renovação dos processos e dos procedimentos educativos, e o modo como as “maiorias” suspeitam das suas propostas e inibem as suas práticas é, em nosso entender,
um modo relevante de relançar o debate sobre o eterno renascer do novo e a necessidade da permanente adaptação e da mudança. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _
primeira coluna
Inclusão do faz de conta 7 O Ministério da Educação deu sinais de que o número de alunos por turma não só não irá reduzir, como pode até aumentar em casos mais específicos. Através de um despacho publicado em 14 de abril, refere que a redução das turmas com alunos com necessidades educativas especiais (NEE) “fica dependente do acompanhamento e permanência destes alunos na turma em pelo menos 60 por cento do tempo curricular”. Isto porque muitos desses alunos têm apoios que são prestados fora da sala de aula onde o resto da turma se encontra. Esta norma é válida do pré-escolar ao 3º ciclo. Significa isto que, em bom
rigor, o número de alunos por turma deverá subir, pelo menos naquelas que integrem alunos com necessidades educativas especiais e que não cumpram os requisitos anunciados no despacho. Nas outras, aparentemente, mantém-se a mesma contagem. O número de alunos por turma é apenas uma das questões que tornam mais claro que na escola a inclusão não tem em conta os estudantes, a comunidade educativa, os professores ou as famílias. A escola não é inclusiva na sua plenitude. As dificuldades são sentidas, desde logo, pelos próprios alunos. A falta de docentes de ensino especial e de pessoal não
docente é evidente. Assim como é clara a falta de psicólogos, de terapeutas. No papel a escola é inclusiva. Na prática não o é. Isto apesar do louvável esforço dos professores e dos funcionários, que procuram esbater, diariamente, a falta de recursos, e muitas vezes de estratégia (que a burocracia é sempre mais forte que a razão). Esta dificuldade de incluir, não só os que têm necessidades educativas especiais, por défice ou por excesso, cria obstáculos na gestão das turmas, na relação de um com o outro. A escola está padronizada para o aluno dito «normal», para aquele que não pensa «fora da caixa». Nas
últimas quatro décadas muito foi feito. A escola pública melhorou o seu parque, procurou garantir igualdade de oportunidades para todos, mas ainda está à procura do melhor modelo para se tornar inclusiva na sua plenitude. Não é fácil encontrá-lo, mas certamente que com mais e melhores recursos humanos, será mais fácil atingir esse objetivo. É certo que a crise financeira que o país vive não permite investir no setor como seria desejável, mas esse grande pormenor não deve diminuir a ação da escola nesta matéria, nem permitir que se olhe para os alunos e a comunidade académica como simples números de somar
e subtrair, sob o risco de passarmos a ter uma inclusão do faz de conta… K João Carrega _ carrega@rvj.pt
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23 ABRIL 2016 /// 023
crónica salamanca
Ars Tunandi 6 El sociólogo francés, Pierre Bourdieu, autor de obras como “Capital cultural, escuela y espacio social”, cuando trata de explicar el concepto de subjetividad en sus raíces educativas (cómo se han construido los valores de la persona en sus espacios sociales, el habitus profesional, las relaciones que mantiene el individuo con las instituciones, cómo se configuran las subjetividades en la universidad, por ejemplo), propone comprender tres planos, en sí complementarios: 1) La experiencia de vida en contexto institucional o habitus adquiridos en la familia y las instituciones socio-culturales; 2) La experiencia de vida en el ámbito relacional o dialógico con los otros, sean o no ámbitos académicos; 3) La experiencia de vida individual en la que el sujeto elige y se construye, madura su subjetividad desde sí mismo. En otras palabras, hay una parte muy importante de cada persona, de cada estudiante si nos referimos ahora a la universidad, que se construye en espacios sociales que van más allá de la institución o de lo académico, y también de su propio mundo interior. También podríamos decir, de forma muy sencilla, que la formación en la universidad para el estudiante no puede reducirse a lo que aprende en las aulas, en las facultades, en el mundo académico. En los años en que se configura la personalidad del joven se produce la vivencia de experiencias sociales y aprendizajes de valores en los lugares de memoria de los jóvenes y en los espacios de sociabi-
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lidad juvenil (tertulias, conciertos musicales, actividades deportivas, debates políticos, expresiones religiosas autónomas, lugares de ocio en el sentido más amplio, y otros). Estos lugares de memoria y espacios de sociabilidad pueden quedar próximos física o afectivamente a la universidad, o pueden representar una forma autónoma de organización de los estudiantes, con más o menos persistencia en el tiempo, pero paralela y distinta a la oferta académica y los servicios complementarios de la universidad. Esta reflexión previa viene a cuento para comprender, por ejemplo, el tradicional significado de la tuna estudiantil, de las asociaciones musicales y jocoso festivas que suelen existir en algunas facultades universitarias, renovándose año tras año, y a las que se asocian con absoluta libertad algunas decenas de jóvenes estudiantes, pertenecientes una facultad concreta (medicina, ingenieros, educación, derecho, farmacia, económicas, y otras). Es cierto que a cada tuna suelen añadirse año tras año tunos persistentes, elementos de larga duración, algunos con perfil casi “profesional”. Las tunas, o equivalentes, son asociaciones estudiantiles que han heredado la tradición de los juglares medievales, o de los estudiantes goliardos, que cantaban a su joven amada, o que adoptaban la alegría, la música, la representación teatral como forma de expresión, a veces de vida, con frecuencia en ciudades europeas con tradición universitaria. Paris, Salamanca, Coimbra, pueden servirnos perfectamente
Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98
de referente, pero el modelo de sociabilidad estudiantil que representa una tuna de jóvenes estudiantes se ha extendido a decenas de ciudades de todo el mundo. La pertenencia a una tuna representa para el estudiante que se incorpora a esa asociación musical juvenil la aceptación libre de un código de conducta, de unas normas de convivencia que son las señas de identidad del grupo, de la tuna. La imagen superficial de una tuna es la de un grupo de jóvenes que tratan de divertirse, que hacen ronda musical nocturna, que consumen alcohol, que buscan conseguir alimentos gratis o algún dinerillo a cambio de sus canciones, que representan un ideario un poco golfillo, si bien no suelen molestar más de lo razonable al resto de ciudadanos. En último término, las tunas suelen resultar simpáticas al vecindario, como expresión de las ganas de vivir y disfrutar que tienen los jóvenes estudiantes. Olvidemos imágenes deplorables y actitudes incívicas de algunos aislados tunos, pequeños o grandes sinvergüenzas, para quedarnos con la idea de una asociación libre de jóvenes estudiantes que adoptan la música, un tipo determinado de ella basada en instrumentos de cuerda (guitarra, bandolina, laúd, bandurria, y panderetas o instrumentos rítmicos de acompañamiento). En la tuna los jóvenes pueden aprender a socializarse mejor, a construir valores solidarios, a cultivar aficiones musicales, que le pueden resultar muy útiles a lo largo de su vida. En días pasados se ha ce-
Redacção, Edição, Administração Av. do Brasil, 4 R/C Apartado 262 Telef./Fax: 272324645 6000-909 Castelo Branco www.ensino.eu ensino@rvj.pt Director Fundador João Ruivo ruivo@rvj.pt Director João Carrega carrega@rvj.pt Editor Vitor Tomé vitor@rvj.pt Editor Gráfico Rui Rodrigues ruimiguel@rvj.pt
lebrado en nuestra ciudad y universidad un encuentro de tunas de toda España y Portugal, también procedentes de otros países del sur de Europa, que han convertido las calles en un espacio de vida juvenil y estudiantil, de alegría y música. Desde luego que ese encuentro ha contribuido a estrechar lazos de convivencia y fraternidad entre los tunos, y han permitido consolidar una rica tradición que forma parte de las señas de identidad y sociabilidad de los jóvenes estudiantes de muchas universidades del mundo. Al mismo tiempo, el Museo Internacional del Estudiante ha organizado en el Patio de Escuelas Menores una bella exposición titulada precisamente “Ars Tunandi”, relativa a la vida cotidiana, historia y tradiciones seculares de las tunas universitarias. El arte de ser tuno significa pertenecer a una especie de escuela de ciudadanía para los jóvenes estudiantes. No todo debe ser academia en sentido estricto para un joven universitario. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es
Serviço Reconquista: Agostinho Dias, Júlio Cruz, Cristina Mota Saraiva, Artur Jorge, José Furtado e Lídia Barata Serviço Rádio Condestável: António Reis, José Carlos Reis, Luís Biscaia, Carlos Ribeiro, Manuel Fernandes e Hugo Rafael. Castelo Branco: Tiago Carvalho Guarda: Rui Agostinho Covilhã: Marisa Ribeiro Viseu: Luis Costa/Cecília Matos Portalegre: Maria Batista Évora: Noémi Marujo noemi@rvj.pt Lisboa: Jorge Azevedo jorge@rvj.pt Nuno Dias da Silva Paris: António Natário Amsterdão: Marco van Eijk Edição RVJ - Editores, Lda. Grafismo Rui Salgueiro | RVJ - Editores, Lda. Secretariado Francisco Carrega Sílvio Mendes Relações Públicas Carine Pires carine@rvj.pt Colaboradores: Albertino Duarte, Alice Vieira, Antonieta Garcia, António Faustino, António Trigueiros, António Realinho, Ana Castel Branco, Ana Caramona, Ana Rita Garcia, Belo Gomes, Carlos Correia, Carlos Semedo, Cecília Maia Rocha, Cristina Ribeiro, Daniel Trigueiros, Dinis Gardete, Deolinda Alberto, Ernesto Candeias Martins, Eugénia Sousa, Fernando Raposo, Florinda Baptista, Francisco Abreu, Graça Fernandes, Helena Menezes, Helena Mesquita, Joana Mota (grafismo), Joaquim Cardoso Dias, Joaquim Serrasqueiro, Joaquim Bonifácio, Joaquim Moreira, João Camilo, João Gonçalves, João Pedro Luz, João Pires, João de Sousa Teixeira, João Vasco (fotografia), Joaquim Fernandes, Jorge Almeida, Jorge Fraqueiro, Jorge Oliveira, José Felgueiras, José Carlos Moura, José Pires, José Pedro Reis, Janeca (cartoon), José Rafael, Luís Costa, Luis Lourenço, Luis Dinis da Rosa, Luis Souta, Miguel Magalhães, Miguel Resende, Maria João Leitão, Maria João Guardado Moreira, Natividade Pires, Nuno Almeida Santos, Pedro Faustino, Ricardo Nunes, Rogério Ribeiro, Rui Salgueiro, Rute Felgueiras,Sandra Nascimento (grafismo), Sérgio Pereira, Susana Rodrigues (U. Évora) e Valter Lemos Contabilidade: Mário Rui Dias Propriedade: RVJ - Editores Lda. NIF: 503932043 Gerência: João Carrega, Vitor Tomé e Rui Rodrigues (accionistas com mais de 10% do Capital Social) Assinantes: 15 Euros/Ano Empresa Jornalistica n.º221610 Av. do Brasil, 4 r/c Castelo Branco Email: rvj@rvj.pt Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Jornal Reconquista - Zona Industrial - 6000 Castelo Branco
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“Pedagogia (a)crítica no Superior” (X)
Bibliotecas desabitada 7 «Uma época, as coordenadas de uma vida, uma biblioteca traça as fronteiras em que nos movemos» (Nítido Nulo, Vergílio Ferreira, 1971: 52) – Professor, não há download desse livro. Será que a biblioteca da nossa escola o tem? – pergunta ingénua a do estudante, na hora de escolher uma monografia, de entre muitas que constam do programa da uc, e que lhe abrirá pistas (cuida o Prof.S.) para a realização do trabalho de campo que se avizinha. A temida A3ES, na faina avaliativa dos cursos de licenciatura e mestrado, exige que a ficha da unidade curricular apresente, em 3 mil caracteres (sempre a métrica!), uma bibliografia actualizada. Todavia, não questiona qual a percentagem dessas obras está disponível nas várias bibliotecas do Instituto. Compaginar o esforço de actualização científica com as crónicas (e reduzidas) verbas para
a aquisição de livros e revistas, faz com que muitas das obras indicadas nos programas não se encontrem nas estantes da biblioteca (perdão, até este espaço foi espoliado da sua designação identitária; oficialmente, chamam-lhe SDI). O Prof.S. estava cada vez mais convencido que as listas bibliográficas eram ‘para inglês ver’ (i.e, A3ES) e a biblioteca, na época da geração ponto com, era um ‘luxo’ institucional. «Cada dia se publica mais. Cada dia se lê menos.» escreveu António Nóvoa, em 2014, num interessante (mas nada consensual) artigo – «Para que serve a investigação em Educação?». Desvalorizada por estudantes pouco dados a leituras e que, por isso, não lhe sentem grande utilidade. O seu tempo é gasto, quase exclusivamente, a navegarem na net. O deleite da leitura e da consulta bibliográfica fica assim reservado a (alguns) docentes. Daí, considerar que o dinheiro do orçamento estava, de facto, a ser mal empregue. Melhor seria aplicá-lo noutras
áreas… informática, de certeza, ou, porque não, no património (o edifício precisava de obras urgentes). A única greve a que assistiu na Escola xpto, promovida pelos estudantes, teve a ver com a exigência de mais computadores. Nunca os viu reivindicar por mais livros ou mais revistas para a biblioteca (perdão, CRECM, estes acrónimos são mesmo difíceis de memorizar). Numa tentativa (vã) de aumentar a consulta de revistas, o Prof.S., enquanto coordenador do departamento, conseguiu que todos os seus colegas aceitassem incluir nos programas, pelo menos, duas revistas da área científica respectiva (e que fossem assinadas pela escola). Também nas orientações para os trabalhos de avaliação indicava, de forma explícita, que na secção de ‘referências’ deviam indicar as «fontes bibliográficas, documentais ou outras (e nunca apenas webgrafia)». Mas como eles só andam na net, o que lhe aparece no final do semestre, em regra, são trabalhos
com uma listagem de referências que, com rigor, só poderia ser encimada por um título – webgrafia. Uma colega sua dizia, com graça, que estavamos a assistir a uma gradual invasão de uma espécie de fast-food, no campo da leitura: os alunos querem tudo mastigado e digerido… e isso é o que a Internet lhes possibilita. Ir à biblioteca consultar dicionários, desfolhar umas revistas ou requisitar um livro… dá muito trabalho. De facto, sempre que o Prof.S. passava pelo SDI (ou será Centro de Documentação?) verificava que aquele lugar estava praticamente vazio de estudantes; uns poucos, a fazerem trabalhos de grupo mas pesquisas bibliográficas isso não. A maioria nem lá vai para levantar o jornal Público que diariamente lhes é oferecido (uma acção promocional do ‘dar agora para receber no futuro’… da espanholização bancária). Dão-se mal os jovens com aquele espaço de silêncio onde não há movimento, música de fundo, ecrãs tácteis, jogos…
Afinal, o sonho (não confessado) do Prof.S. era ter nas suas aulas gente como aquele ‘aluno exemplar’ que Maria Carlos Radich descreveu nas Crónicas Docentes (Edições Afrontamento, 1983: 61-7): quando pediu ao professor mais bibliografia, este perguntou-lhe, admirado: «Conseguiu localizar as referências todas?» A resposta foi pronta: «Consegui, sim senhor. Se não estão na primeira biblioteca [ou será Mediateca ?] a que vou, corro as outras. Nalguma acabam por estar.» E no fim, entregava, numa sétima versão, um trabalho «sublime» onde nem faltavam «as nuances» e «uma poeira de loucura». K Luís Souta _ luis.souta@ese.ips.pt Este texto está redigido segundo a “antiga” e identitária ortografia _
CRÓNICA
Cartas desde la ilusión 7 Querido amigo: Hoy quiero continuar con las reflexiones de mi carta del mes anterior. Recordarás que el “tópico” era la idea de que el alumno aprende haciendo, y no escuchando al profesor. Mi idea sobre la educación parte de un principio relativamente similar en cuanto a su expresión, aunque muy diferente en cuanto a su contenido y a las implicaciones que supone desde el punto de vista de la práctica educativa. Me explico una vez más: yo creo que el alumno aprende controlando (no tanto haciendo) bajo la “batuta” del profesor. Pero todos sabemos que el alumno (niño o adolescente o, incluso, joven) está desarrollando su capacidad de control, ya que, a menos edad, menos capacidad de ejercer el control sobre las acciones, los pensamientos, las emociones, etc. Estoy convencido de que la capacidad de control es un deseo, un objetivo, una meta…, si quieres, un proceso, más que una realización o un producto. También
estoy convencido, como psicólogo, que esta meta es inalcanzable por parte del ser humano. Por tanto, nunca conseguiremos controlar todo en todo momento. Sin embargo, parece que los educadores tendemos a tratar de conseguir que nuestros alumnos consigan eso mismo que nosotros no somos, ni seremos, capaces de alcanzar de una manera definitiva. Y uno de los errores adicionales que, en mi opinión, hemos cometido en nuestro sistema educativo consiste en creer y/o intentar que nuestros discípulos consigan controlar todo en todo momento ejerciendo, sobre todo, una de nuestras facultades mentales, la memoria, excluyendo excesivamente la acción del resto (o de casi todas) de las facultades mentales (inteligencia -en todas sus dimensiones-, creatividad, etc.). Por eso pienso, y seguiré pensando hasta que alguien me convenza de lo contrario, que la labor del profesor consiste en promover en los alumnos su capacidad de control.
Ahora bien, reconozco que, en este momento, surgen algunas preguntas o cuestiones/ problemas que resultan dificultosas en lo que toca a su resolución. La primera, y más fundamental (a mi juicio) es la siguiente: ¿cómo conseguiremos promover el control en nuestros alumnos si nosotros mismos nos mostramos incapaces, en demasiadas ocasiones, de ejercer el control sobre lo que acontece en el aula? (evidentemente, no quiero entrar en aspectos o dimensiones personales de esta pregunta). La segunda pregunta o problema quedaría formulada de la siguiente manera: ¿En qué consiste el control que debemos/ deberíamos promover en nuestros alumnos? La tercera pregunta que se deriva es: ¿Estamos formados para ello? ¿Se nos ha entrenado, en el proceso de nuestra formación como profesores, para afrontar esta necesidad fundamental? Podríamos formular la cuarta
pregunta de la siguiente manera: ¿Por qué, en lugar de libros de texto orientados/dirigidos a los alumnos, no se editan libros o se realizan cursos formativos para los profesores acerca de la manera de ayudar a los alumnos a desarrollar el control sobre las cosas, los acontecimientos, los conocimientos necesarios en cada momento, la emociones que suscita cada situación, etc.? Podríamos seguir formulando otras cuantas preguntas más en relación con este tema del desarrollo del control que deberían ir consiguiendo nuestros alumnos a lo largo de su experiencia educativa. No sé hasta qué punto estaré en lo cierto si afirmo que nuestros alumnos finalizan su experiencia educativa (incluyendo la Universidad) sin conseguir y disfrutar de una sensación de control que les permita afrontar el futuro con optimismo. Lo que sí creo cierto es que los alumnos que consiguen esa sensación no lo hacen si no es desde la base de su esfuerzo personal, de su intento
de dominar las situaciones, de emprender ideas nuevas… Realmente, son pocos los alumnos que muestran ese cambio en su dinámica personal y profesional gracias al proceso educativo. Es una pena, pero la realidad es así. No obstante, reconozco que me agradaría que todos los profesores viviésemos la satisfacción que produce el que una/ un alumna/o te diga: “Gracias, profesor, porque tu asignatura (o tu intervención educativa) ha cambiado mi manera de enfocar las cosas y los problemas… y, por tanto, ha cambiado mi vida”. Espero que en la próxima carta sigamos reflexionando sobre el control y el esfuerzo personal. Hasta la próxima, como siempre, ¡salud y felicidad!. K Juan A. Castro Posada _ juancastrop@gmail.com
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Fingertips querem conquistar o mundo 7 Os portugueses Fingertips, compostos por Joana Gomes e Rui Saraiva, preparam uma digressão por Estados Unidos e Europa. O mote internacional está dado pela nova canção «Out of Control», produzida em Los Angeles e com vídeo gravado em Xangai. Segue-se a conquista do mundo. A Joana tornou-se vocalista dos Fingertips em 2010. Como viveu esse momento? Foi uma aventura. Eu sempre fui fã dos Fingertips, desde que em 2003 a banda lançou o primeiro single, numa altura em que eu era só uma estudante a tentar tirar boas notas. Quando em 2010 a banda lançou uma campanha para encontrar uma nova voz, eu vi ali uma boa oportunidade para concretizar o meu maior sonho: ser cantora. Concorri ao desafio e acabei por sair vencedora. De um dia para o outro vi-me na transição de fã para vocalista da minha banda favorita, o que é incrível. Felizmente, os Fingertips são uma banda composta por pessoas fantásticas que me receberam muito bem. Quanto à forma como os fãs viram a mudança de vocalista, acho que é natural que no início estivessem um pouco de pé atrás. Mas depois a engrenagem voltou ao que era. Hoje temos um grupo de fãs que nos acompanha e dá a força de que precisamos para compor. Sentiu logo química com a banda? Sim, e isso foi muito bom. Nós conseguimos encontrar um equilíbrio logo desde o início. Eu sentia-me como um peixinho fora de água quando entrei na banda, porque não conhecia o processo. Mas a banda ajudoume na adaptação. O Rui [Saraiva], que está nos Fingertips desde inicio, ajudou-me imenso, explicou-me como se compõem canções, como colocamos cá fora tudo aquilo que nos vai na alma. Foi essencialmente ele quem me motivou a escrever as letras das canções, porque quando entrei para a banda não ti-
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nha certeza se conseguiria fazê-lo. Antes de abraçar este projeto já tinha experiência na música? Não. Sempre tive o sonho de ser cantora e sempre me envolvi com o mundo da música, mas mais como fã. Na altura, a minha principal participação na música era num grupo coral, portanto não tem muito a ver com aquilo que estou a fazer agora (risos). Mas é uma boa escola. Também tive uma banda de garagem com amigos, no liceu. Em 2015 foi lançado o single «Out of Control», com um vídeo gravado em Xangai, na China. Que tal foi a experiência de filmar nessa cidade? Também foi uma aventura. O EP que queremos lançar este verão foi composto à medida que íamos viajando. Isso acabou por trazer outra energia às nossas canções, que penso ser visível no tema «Out of Control». Escolhemos Xangai para as filmagens do vídeo porque é uma cidade muito irreverente que consegue equilibrar a China mais antiga com a China mais moderna. Então foi a escolha perfeita para o vídeo da canção? A cidade encaixa perfeitamente naquilo que queremos transmitir com o tema «Out of Control». No fundo, essa canção é um grito contra as regras preestabelecidas pela sociedade, quando parece que uma pessoa ao nascer já tem o destino traçado. Muitas vezes sentimos isso logo no seio familiar. É importante que cada individuo saiba que tem uma luz própria. Tem é que a saber seguir. O «Out of Control» quer ser a ignição dessa procura em cada um de nós. Que feedback têm recebido? Tem sido bastante positivo. Em primeiro lugar as pessoas disseram-nos que é bas-
tante diferente daquilo a que estavam habituadas por parte dos Fingertips. E de facto, é. É uma música mais vibrante, tem outra energia. Embora o vídeo tenha sido gravado em Xangai, a canção foi produzida em Los Angeles com o produtor dos Thes Killers e Imagine Dragons, Mark Needham, que nos ajudou a encontrar a energia que procurávamos. Os nossos fãs dizem que estanham ao início mas depois não conseguem parar de ouvir. É incrível ouvir isso. Por outro lado, também temos tido um feedback bastante positivo no território americano, que é onde estamos a trabalhar, neste momento, ao nível da internacionalização da banda. A América foi um dos primeiros locais a enviarnos mensagens, a pedir-nos entrevistas, a querer ver-nos ao vivo. Isso é um bom sinal. Entretanto saiu mais um avanço do EP, a canção «Kiss Me». Qual foi a inspiração? A música é inspirada naquela fase dos 16 anos, quando vivemos a loucura das paixonetas de verão. É uma canção mais fresca, toda verão. Faz-nos sentir outra vez na adolescência.
Quais os objetivos da banda para 2016? Em abril estamos a dar concertos em Los Angeles. De resto, quem quiser pode seguir-nos nas redes sociais para saber onde vamos atuar, mais tarde em Portugal. Ainda queremos fazer uma digressão europeia. Portanto, a internacionalização é um objetivo claro. Sem dúvida. As pessoas não têm de estar confinadas ao lugar onde nasceram, ou onde têm a sua casa ou família. É assim que vemos o mundo. Podemos estar hoje em Portugal, país que adoramos, mas também ir além-fronteiras e mostrarmos a nossa música nos quatro cantos do mundo. K Entrevista: Hugo Rafael _ Facebook Oficial H Texto: Tiago Carvalho _
A sonoridade do futuro EP será um pouco à imagem dos singles já editados? Sim. Agora estamos a fazer um rock mais alternativo, mas garantimos que vão continuar a haver baladas nos discos dos Fingetirps. Os nossos fãs podem estar descansados (risos). No horizonte está também a edição de um longa duração? Neste momento, não estamos a pensar nisso. Mas certamente irá acontecer, porque durante o processo de gravação surgem sempre novas músicas. Às vezes o problema é escolher quais aquelas que queremos que façam parte do disco. Para já o EP, depois logo se vê.
A RÁDIO NO SEU MELHOR! Há 30 anos perto de si... Cernache do BonJardim | Tel. 274 800 020 | geral@radiocondestavel.pt
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Novidades literárias
Zadie Smith
7 D. QUIXOTE. Trilogia da Mão, de Mário Cláudio. A obra reúne os romances que formam a «Trilogia da Mão», meditação sobre as raízes míticas da portugalidade, contempladas por um olhar enamorado do Norte recôndito. Em Amadeo - que venceu em 1984 o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores acompanha-se o percurso do pintor Amadeo de Souza-Cardoso. Em Guilhermina, estamos com a violoncelista Guilhermina Suggia, vivendo com ela o Portugal e a Inglaterra da primeira metade de Novecentos. Em Rosa, penetramos no universo da louceira Rosa Ramalha que, na sua olaria caseira dos arredores de Barcelos, haveria de criar, com o barro, um estranho país de reis e de bichos, de santos e de monstros.
OFICINA DO LIVRO. As Duas Condes-
7 «Até agora, uma coisa era certa: Claire Malcom era viciada em auto-sabotagem. Segundo um padrão tão profundamente mergulhado na sua vida que Byford suspeitava que ele tivesse origem no início da infância, Claire sabotava compulsivamente todas as possibilidades de ter uma felicidade pessoal. Parecia estar convencida de que não era felicidade o que merecia.» In “Uma Questão de Beleza” Zadie Smith nasceu na zona noroeste de Londres, em 1975, e é considerada uma das escritoras inglesas mais destacadas da sua geração. Descendente de ingleses e jamaicanos, tinha apenas 24 anos quando irrompeu no panorama da literatura contemporânea, com a publicação de “Dentes Brancos”, o seu primeiro romance, enorme sucesso de público e crítica. “Traduzido para mais de 20 línguas, o
livro foi galardoado com o Guardian First Book Award, o Whitbread First Novel Award e o The Betty Trask Award”, escreve o portal online Companhia das Letras.
Ao sucesso da obra de estreia seguiram-se “O Homem dos Autógrafos” (2002) e “Uma Questão de Beleza” (2005), romance muito aclamado e considerado um dos dez melhores de 2005, finalista do Prémio Man Booker e Prémio Orange de Ficção 2006. Em 2012, Zadie Smith publicou uma nova obra. O épico “NW” volta a olhar para Londres, mais especificamente para o bairro de Kilburn, na zona noroeste da cidade, “onde culturas do mundo inteiro se encontram e se transformam, uma região moldada por sucessivas ondas migratórias”, descreve a Companhia das Letras. Foi considerado o livro do ano pelas publicações Wall Street Journal, QG e New Yorker. Zadie Smith é ainda autora de contos, críticas literárias e ensaios em áreas como a literatura, cinema, arte, entre outras. K Tiago Carvalho _ www.bbc.co.uk H
sas, de Pedro Beltrão. Logo a seguir às Invasões Francesas, com o país depauperado e ainda não completamente refeito do terror. É neste período que vivem as duas condessas – Isabel e Maria Mância, mãe e filha, ambas órfãs de pai desde pequenas, ambas viúvas em menos de três anos de casamento, ambas casadas pouco tempo depois de enviuvarem. Esta é a história de duas mulheres de uma coragem sem limites: uma história de sofrimento, mas com momentos de indizível felicidade.
PACTOR. Sociologia da Família e do Género, de Isabel Dias. Esta obra analisa dois objetos fundamentais: as dinâmicas familiares e as relações sociais de género nas sociedades contemporâneas. Está organizada em três grandes partes: a primeira dá conta da identidade e das orientações epistemológicas da Sociologia da Família e do Género, a segunda é dedicada ao estudo de grandes temas desta área disciplinar e a terceira incide sobre a problemática do género, socialização e construção de identidades. lIDEL.
Protocolo Empresarial, de Susana de Salazar Casanova e Henrique Pietra Torres. A atividade empresarial encontra-se em permanente evolução, o que torna a imagem transmitida, tanto a nível pessoal como profissional, um elemento essencial para o sucesso de uma empresa. Tendo em conta o novo ambiente global, este guia apresenta de forma sucinta e prática as principais normas de protocolo nos mais diferentes contextos profissionais. K
Patrícia Pinto H
RVJ - Editores
As linhas que perduram 6 O poeta albicastrense, António Salvado, lançou esta segunda-feira, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, o seu novo livro “As linhas que perduram”. Com edição da RVJ Editores, o livro tem o alto patrocínio da Câmara de Castelo Branco, e foi apresentado por Manuel da Silva Ramos, que de forma objetiva falou não só deste livro como da obra do autor. António Salvado é um dos poetas portugueses mais respeitados, tendo a sua obra sido traduzida em várias línguas como espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, russo ou japonês. “Os primeiros poemas que publiquei
foi no Reconquista”, disse em resposta a uma das questões da plateia. Sim, porque a apresentação foi interativa com o público presente a ter oportunidade de dialogar com o autor. A apresentação desta obra contou ainda com a leitura de poemas do livro por Maria de Lurdes Barata, Costa Alves e Gonçalo Salvado. Um momento interessante e que enriqueceu a cerimónia. Fernando Raposo, vereador da cultura, em representação do presidente da autarquia, Luís Correia, destacou a obra de António Salvado e lembrou que o poeta é um exemplo para a cultura em Castelo Branco
e para o aparecimento de novos valores. O autarca sublinhou também a política cultural do município, que tem permitido não só a edição de muitas obras, mas também tem criado uma dinâmica cultural muito forte, com o envolvimento de grupos e agentes culturais do concelho. Já João Carrega, da RVJ Editores, referiu que Castelo Branco é hoje “uma das cidades do interior do país que mais livros edita. É um exemplo nacional. O que resulta em muito da ousadia dos autores e das editoras, mas sobretudo do apoio que estes têm tido por parte da Câmara de Castelo Branco”. K
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press das coisas
pela objetiva de j. vasco
RunPhone
“Com atenção à violência sobre as crianças”
3 Com o crescente fenómeno de adesão ao “running”, os RunPhones são uma mais valia para o desportista que gosta de correr e de ouvir música. Combinam auriculares com uma bandolete o que os torna num acessório útil para usar enquanto corre. Existe em várias cores. Preço: 29,99 euros. K
Linda Martini «Sirumba» 3 Os Linda Martini são considerados como uma das bandas mais relevantes da música portuguesa. «Sirumba» é o sucessor do muito aclamado álbum de 2013, «Turbo Lento», o primeiro disco editado com o selo da Universal Music Portugal. «Unicórnio de Sta Engrácia» é o tema de apresentação do novo álbum. K
Prazeres da boa mesa
Bacalhau de Cura Tradicional Portuguesa ETG Cozido a Baixa Temperatura 3Ingred. p/ o Bolinho de Choc. (10 pax):
pelo chinês de malha fina. Voltar a submergir os lombinhos no molho até à altura de servir. Lavar e saltear em azeite e alho os mini tomatinhos cacho.
10 Lombos de Bacalhau C. Tradicional 1 Garrafa Vinho Monocasta Baga 1 Molho de Coentros 30 Mini Tomates Cacho 5 Dentes de Alho 1 Cebola Roxa Q.B. de Flor de Sal Q.B. de Pimenta Preta de Moinho 150 g de Manteiga 1 L de Azeite do Ribatejo DOP 1 C. Sob. de Vinagre 1 Latas de Grão Cozido 2 Tomates Chucha Preparação: Aparar os lombinhos de bacalhau e marinar 2 horas com o vinho de casta BAGA, 35 dentes de alho laminados, pimenta e um fio de azeite. Esmagar muito bem o grão de 1 lata. Passar pelo passador e misturar a outra lata de grão, mas inteiro. Juntar os coentros picados, 1 dente de alho bem picado, o tomate chucha sem sementes em concassé e a ce-
Empratamento: Depois de todos os temperos rectificados, colocar grão em duas texturas no centro do prato, dispor em cima deste 1 lombinho de bacalhau. Aplicar uma colherada de molho, finalizar com três tomatinhos salteados e com o crocante de pão caseiro. K Chef Mário Rui Ramos _ (Chef Executivo)
bola roxa em cubinhos. Juntar azeite, pimenta, flor de sal e um golpe de vinagre. Rectificar os temperos. Reservar. Levar o bacalhau ao lume a 70ºC com a marinada e o restante azeite (o bacalhau deverá ficar completamente submerso). Depois de cozido, retirar o bacalhau, triturar o líquido com coentros e a manteiga. Passar
www.ensino.eu 028 /// ABRIL 2016 28
Bocas do Galinheiro
Patricia Highsmith: a senhora crime 7 Patricia Highsmith escreveu “Carol” ou “The Price of Salt” quando tinha 27 anos, sob o pseudónimo de Claire Morgan - pouco tempo depois de terminar a sua primeira novela, “O Desconhecido do Norte Expresso”, que só haveria de sair em 1949 - uma história de amor entre mulheres, na qual a escritora retrata um episódio da sua vida, contado no posfácio, escrito em 1989, da recente edição portuguesa da obra. Em 1948 Highsmith encontrava-se a trabalhar na seção de brinquedos de um grande armazém em Manhattan, quando uma manhã entrou uma mulher alourada de casaco de peles, hesitante, sobre se comprava uma boneca, deu um nome e uma direcção para que lha enviassem e foi-se embora. Depois deste episódio que estranhamente a perturbou bastante, a autora foi então para casa e “nessa noite esbocei uma ideia, um enredo, uma história sobre a mulher loura e elegante, num casaco de peles. Escrevi umas oito páginas no meu caderno de notas. Essa era a história inteira de “O Preço do Sal”, o título inicial de Carol. Fluiu-me da caneta como se do nada – o princípio, o meio e o fim. Levou-me umas duas horas a escrever, talvez menos”. Carol foi a primeira novela de tema homossexual a ter um final feliz, mas a fragilidade da felicidade, ligada ao perigo, marca esta única novela de amor de Patricia Highsmith, uma novela que começa com o encontro entre Therese, uma jovem cenógrafa que trabalha acidentalmente como vendedora, e Carol, a elegante e sofisticada loura que muda para sempre o curso da vida da jovem. A adaptação cinematográfica da novela, o ano passado,
http://www.pegadafeminina.pt H
Cena do filme “Carol”
dirigida por Todd Haynes e interpretada por Cate Blanchett e Rooney Mara e que contou com seis nomeações na última edição dos Oscars da Academia, faz uma recriação sublime daquela Nova Iorque dos anos 50 - muito perto do seu “Longe do Paraíso”, de 2002, na linha do melodrama, a lembrar Douglas Sirk – e com uma notável contenção consegue uma abordagem marcante dum tema que por aqueles anos era verdadeiramente tabu, a que não são alheias as fantásticas e premiadas actuações das duas protagonistas. Adaptação marcante duma escritora de excepção, abordando um tema que está nos antípodas dos seus livros policiais e
de suspense. Mas, a apropriação pelo cinema de obras de Patricia Highsmith, remonta à sua primeira publicação, “Strangers on a Train”, que deu origem ao filme “O Desconhecido do Norte Expresso”, dirigido em 1951 por Alfred Hitchcock, com a curiosidade de ter na equipa de argumentistas outro valeroso escritor de policiais, Raymond Chandler, cuja obra veio também a ser manancial de grandes fitas de Série B. Mas serão as suas novelas centradas na personagem Tom Ripley, um sedutor pantomineiro, frio e calculista, que não hesita em matar para atingir o que pretende, que mais atrairam vários re-
alizadores ao longo dos anos, a começar por René Clément que em 1960 agarra em “The Talented Mr. Ripley” para fazer um dos seus filmes mais reconhecido, com Alain Delon, Maurice Ronet e Marie Laforêt, “À Luz do Sol” (À Plein Soleil). Seguiuse Wim Wenders com o seu “O Amigo Americano”, de 1977, uma adaptação livre do “Ripley’s Game”, com Dennis Hopper e Bruno Ganz, sendo que em 1999 é Anthony Minghella que juntando Matt Damon, Gwynett Paltrow e Jude Law faz o seu “O Talentoso Mr. Ripley”, da novela homónima, para, em 2002, ser Liliana Cavani a realizar uma nova adaptação de “Ripley’s Game”, “O Jogo de Mr. Ripley”, com um
arrasador John Malvovich, só ele “chega” para o filme, acolitado por Douglas Scott e Lena Headey, havendo ainda outra abordagem da personagem em 2005, numa direcção de Roger Spottiswoode, em “O Regresso de Mr. Ripley” (Ripley Under Ground), baseado no romance “The Talented Mr. Ripley”, desta vez com Barry Pepper, Jacinda Barrett e Ian Hart. Claro que outras obras serviram de mote para várias subidas ao grande écran desta mestre do policial, de que se destacam “O Assassino de Nice”, realizado em 1963 por Claude Autant-Lara, adaptando “The Blunderer”, o seu regresso ao suspense depois de “Carol”, ou “O Grito do Mocho”, de Claude Chabrol, adaptação do ano de 1987 da novela “The Cry of the Owl” que com o título “O Presságio da Coruja”, pela mão de Lanie Thraves, foi estreado em 2009. “Amor Impossível”, 1977, baseado em “This Sweet Sickness”, realizado por Claude Miller, com Gérard Depardiou e Miou-Miou, “Eaux profondes”, 1981, realizado por Michel Deville, segundo o romance “Deep Water”, com Isabelle Huppert e Jean-Louis Trintignant, “O Diário de Edith”, da novela homónima, dirigida em 1983 por Hans W. Geissendörfer, com Angela Winkler e Vadim Glowna ou “As Duas Faces de Janeiro”, 2014, tirado do romance “The Two Faces of January”, um filme de Hossein Amini, com Viggo Mortensen e Kirsten Dunst. Uma amostra, necessariamente concisa, da atenção que a 7º arte prestou a uma escritora cuja obsessão pelo crime a levou a uma das obras mais marcantes do género. Até à próxima e bons filmes! K Luís Dinis da Rosa _
Cartoon: Bruno Janeca H Argumento: Dinis Gardete _
29 ABRIL 2016 /// 029
QUATRO RODAS
O melhor do país, com emoção até ao fim c O Rali Cidade de Castelo Branco, organizado pela Escuderia Castelo Branco voltou a demonstrar o porquê de ter sido considerado o melhor rali do país nos últimos anos. A prova pontuável para o campeonato nacional da especialidade, contou também para outyros troféus. O Ensino Magazine acompanhou a prova ganha por João Barros (Ford Fiesta R5) que aproveitou um deslize de José Pedro Fontes (Citroen DS3 R5) na segunda passagem por S. Domingos. Quando parecia que Pedro Fontes tinha tudo controlado, acabou por fazer um pião na primeira especial da tarde e cedeu a liderança a Barros. Este aproveitou e apesar da tentativa de recuperação do campeão nacional na especial seguinte, segurou o primeiro posto. No derradeiro troço foi o mais rápido e
bateu Fontes por um segundo. No terceiro posto classificouse Miguel Campos (Skoda Fabia R5). Classificação: 1.º João Barros/ Jorge Henriques (Ford Fiesta R5), 1:05:06; 2.º José Pedro Fontes/ Inês Ponte (Citroen DS3 R5), a 6s30; 3.º Miguel Campos/Carlos Magalhães (Skoda Fabia R5), a 31s; 4.º Pedro Meireles/Mário Castro (Skoda Fabia R5), 1m30s; 5.º Carlos Vieira/Jorge Carvalho (Citroen DS3 R5), a 1m47s; 6.º Miguel Barbosa/Miguel Ramalho (Skoda Fabia R5), a 3m55s. K
setor automóvel Fiat Tipo apresentado em Genebra
Opel Astra eleito carro do ano de 2016
3 A Fiat apresentou no Salão de Genebra os diferentes modelos da família Tipo: Sedan, cinco portas e carrinha. As opções de motorizações são idênticas às do três volumes, isto é, os Diesel 1.3 MJet II com 95 cv e 1.6 com 120 cv. Os automóveis estão disponíveis com caixa manual de cinco ou seis velocidades, dependendo da versão, ou automática de seis relações. As versões mais equipadas contemplam ar condicionado, ligação Bluetooth e DAB. K
3 O novo Opel Astra foi eleito carro do ano no Salão de Genebra, no final de fevereiro. Este é o título mais prestigiado da indústria automóvel, contando já com 52 anos de história. É atribuído por 58 jornalistas de 22 países, que elegeram o Astra de uma lista de sete finalistas. O mesmo modelo já tinha sido recentemente eleito “Carro do Ano” em Portugal, por um painel formado por jornalistas da área automóvel. K
Audi Q2 disponível em outubro 3 A Audi revelou que o novo modelo Q2 estará disponível para encomenda no verão e as primeiras unidades deverão chegar no outono. Trata-se do mais pequeno dos “Q”, modelo de cinco lugares e cinco portas com 4,19 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,51 m de altura e uma distância entre eixos de 2,6 m. O sistema de infotainment e sistemas de assistência à condução são herdados dos modelos maiores da marca. K Publicidade
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ubi faz Festival aéreo em Castelo Branco
Anda comigo ver os aviões... 6 O aeródromo de Castelo Branco recebeu o festival aéreo integrado no Encontro Nacional de Aeronáutica, organizado pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior, o AeroUBI. A organização sublinha que este “é o único festival, à escala mundial, organizado exclusivamente por estudantes universitários”. As jornadas decorreram entre 20 e 24 de abril e o festival aconteceu no último dia, contando com grupos como a Força Aérea Portuguesa, Patrulha Fantasma, Aero Fénix, Aeroclube de Viseu, Aeroclube de Leiria e Aeroclube da Covilhã. K
Em Beja
Politécnicos criam rede agrícola 6 O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), o Politécnico de Beja e a Agência Nacional de Inovação promoveram, no passado dia 21 de abril, o primeiro Fórum Politécnico. A iniciativa foi desenvolvida em estreita colaboração com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e permitiu o lançamento da rede de experimentação entre o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e as escolas agrícolas. O evento surgiu integrado no Programa de Modernização e Valorização dos Institutos Politécnicos, criado pelo MCTES em articulação com uma estratégia para o desenvolvimento da rede Cidades e Regiões com Conhecimento, que visa valorizar o impacto dos institutos politécnicos na sociedade e na economia e reforçar nestes institutos atividades e projetos de Investi-
Castelo Branco
gação e Desenvolvimento (I&D) baseados na experiência (practice based research) em articulação com o tecido produtivo, social ou artístico. Esta primeira edição, denominada “Bio-regiões, valorização agro-industrial e produção animal: das Escolas Superiores Agrárias às Quintas de investigação e desenvolvimento experimental”, é organizada com o Instituto Politécnico de Beja nas instalações da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), integrando-se na 33ª edição da Ovibeja. A sessão de abertura contou com a presença do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, do representante do CCISP e presidente do Politécnico de Castelo Branco, Carlos Maia, do presidente do Politécnico de Beja, Vito Carioca, Presidente do Instituto Politécnico de Beja e do presidente do INIAV, Nuno Canada. K Publicidade
Bispo no IPCB 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco realiza no dia 28 de abril, pelas 20:30, a Conferência “Um Sínodo Universal à Escuta da Família”, que terá como orador D. Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre – Castelo Branco. Organizada no âmbito da iniciativa “Conferências do Politécnico”, esta conferência realiza-se no Auditório Comenius dos Serviços Centrais e da Presidência do IPCB, sendo a participação gratuita e aberta a toda a comunidade. Recorde-se que no âmbito deste ciclo de conferências já passaram pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco personalidades tão diferentes como o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o antigo presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, a eurodeputada Marisa Matias, ou o médico Eduardo Pereira, entre outros. K
032 /// ABRIL 2016
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