Ensino Magazine Edição nº 251

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ENSINO SUPERIOR PÚBLICO

POLITÉCNICO DE SETÚBAL

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Publicação Mensal Ano XXI K No251 Distribuição Gratuita

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ex-secretário de estado da indústria

«No futuro, a escola vai ensinar mais atitudes e menos conteúdos» A quarta revolução industrial está em curso e João Vasconcelos aborda as suas implicações no futuro, sempre com os olhos postos no presente.

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Análise forense para autoridades C

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Carminho No seu quinto álbum, Carminho, ou melhor, Maria do Carmo, despe-se de artifícios e revela-se simplesmente «Maria». A voz que nasceu no meio do fado apresenta aos 34 anos o seu trabalho mais pessoal.

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ensino jovem

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João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria

«No futuro, a escola vai ensinar mais atitudes e menos conteúdos» 6 A quarta revolução industrial está em curso e João Vasconcelos aborda as suas implicações no futuro, sempre com os olhos postos no presente. A revolução tecnológica Publicidade

está a mudar o modo como vivemos, como pensamos e como trabalhamos. No que diz respeito à realidade portuguesa, temos feito tudo o que está ao nosso alcance para acautelar es-

tes impactos? Do lado do Estado tem havido várias estratégias, do lado da formação, do ensino, da indústria 4.0, da Startup Portugal, da Web Summit, mas há muito mais

a fazer. Para nós e a Europa. Porque os Estados Unidos continuam a dominar. Se agarrarmos num smartphone as plataformas que existem são a Apple e a Android. Nas próprias App e nos sof-

tware são as empresas asiáticas ou norte--americanas a ditar as leis. O problema é que o modelo de ciência e inovação na Europa estava muito baseado em indústrias tradicionais (farmacêuticas, automóvel, patentes, aço, ferro, laboratórios, etc.) e o digital não tem nada a ver com isso. Baseia-se em novos modelos de negócio e opera a uma maior velocidade. Um estudo recente aponta que apenas 30 por cento da nossa economia está digitalizada. Qual a quota parte de responsabilidade do Estado nas barreiras colocadas à progressão do ecossistema digital? O Estado tem pouca responsabilidade se uma empresa está pouco ou muito digitalizada. O nível de digitalização da nossa economia reside mais no esforço dos empresários do que no Estado. Ao Estado caberá formar quadros através do ensino profissional e superior, politécnico, universidades, etc. Isto para além de promover apoios em termos dos quadros fiscais e apoios comunitários. E, neste campo, o Estado tem feito o seu papel. Por exemplo, andamos muito mais rápido em termos de fibra ótica do que os próprios privados exigiam. A própria administração pública, no seu processo de digitalização, andou muito mais depressa do que muitas empresas privadas. Precisamos é de mais líderes empresariais a compreender as vantagens provenientes destas mudanças e das alterações tecnológicas. Os ganhos são enormes. As economias mais digitalizadas no seu dia a dia são as que têm mais e melhor emprego. O digital mudou tudo e não apenas ao nível da internet. Que áreas são mais sensíveis à mudança? O digital alterou tudo. Desde a maneira como produzimos coisas, como vendemos coisas, mas também a forma como nos relacio-

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namos, como namoramos, como somos pais, como somos filhos, como somos netos. Aproximou culturas, famílias, etc. Tem permitido avanços civilizacionais únicos. Nunca tivemos tanta gente no mundo a dispor de acesso simultâneo a informação, a cinema, a música, a livros, etc. O digital tem ameaças? Certamente, como todas as grandes mudanças tecnológicas. Mas a história diz-nos que sempre que temos mudanças de paradigmas tecnológicos a Humanidade ficou melhor. O emprego e a economia ficaram melhor. Acho que vamos ficar melhor com esta revolução digital. Porventura haverá setores e pessoas mais afetadas, mas é preciso responder com políticas e estratégias públicas e privadas. Tem-se falado muito na “uberização” da economia e a forma como isso transforma os modelos de negócio. Esta lógica promove mais a autonomia ou a precariedade? Quando se fala da “uberização” da economia é sempre de maneira depreciativa. Dando a entender que o emprego da economia digital é muito semelhante ao emprego do motorista da plataforma da “Uber”. Nós temos de entender que há novas formas de emprego e também de distribuição da riqueza das empresas. Nas empresas digitais existe uma valorização única dos colaboradores, como não acontecia na indústria ou no comércio. É frequente no digital os colaboradores serem acionistas das empresas. Graças ao digital temos novas categorias profissionais. Há mesmo quem diga que dentro de duas décadas cerca de 70 por cento das profissões atuais já não existirão. Temos os free lance, ou os chamados nómadas digitais que trabalham remotamente e vivem em diversos países e cidades. Trabalham via computador e caraterizam-se por ;


não ter vínculo laboral a uma só empresa. É o caso dos designers, engenheiros, fotógrafos, arquitetos. E o que é que os une? Trabalham a partir de plataformas digitais. E a sua qualidade de vida não é pior do que caso tivessem um vínculo laboral com uma só empresa e se estivessem associados aos riscos e aos insucessos dessa companhia. Em suma, eu acho a “uberização” da economia positiva, também porque acredito que nesta revolução digital que está a acontecer conseguiremos salvaguardar um modelo social de defesa dos direitos dos trabalhadores e das suas carreiras, do sistema de segurança social que temos, etc. Startups e unicórnios são expressões que entraram no léxico. Trocado por miúdos, o que representam e significam para a nova economia? Sim, são termos que se ouvem todos os dias. Unicórnio é uma empresa avaliada em 1 bilião de euros e que regista um crescimento muito rápido. Nós nunca tínhamos feito parte deste “campeonato” e agora temos três unicórnios de empresários portugueses, enquanto a Espanha não tem nenhum. Pela primeira vez temos empresas relevantes numa revolução industrial, no momento em que ela está a acontecer. Claro que também têm desvantagens e desafios porque são consumidoras de enormes montantes de capital de risco, que por vezes se perde. São empresas com produtos e serviços que se vendem à escala global, o que explica o seu crescimento acelerado, em 3, 4 ou 5 anos. Acompanhou de perto, especialmente quando foi secretário de Estado da indústria, o processo de implantação da Web Summit

em Portugal. Em que medida é que este evento se reveste de importância para o país, nas suas diversas dimensões? A Web Summit é essencial e fulcral para Portugal. Sempre tivemos a necessidade de associar a marca Portugal a valores como a ciência, a investigação, a inovação, a engenharia e o empreendedorismo. A Web Summit permite-nos alterar a imagem que o mundo empresarial e a imprensa económica têm do nosso país. E isso tem-nos trazido benefícios enormes. Só os investimentos diretos da Google, da Mercedes, da Wolksvagen, da BMW e dezenas e dezenas de startups, etc. Pela sua dimensão, dezenas e dezenas de eventos associados e o dinheiro gasto em restaurantes e hotéis tem tido um grande impacto. Recebemos dezenas de chefes de Estado, mais de dois mil jornalistas

de todo o mundo. Não estávamos habituados a ser durante uma semana o centro do mundo. A Web Summit é neste momento o maior evento em termos de discussão sobre aspetos tecnológicos e o seu impacto na democracia, nos estados, na imprensa, etc. É o principal evento do Planeta onde se discute inovação e futuro. Foi o fundador da internet, Tim Berners Lee, que disse durante a Web Summit, em Lisboa, que «a internet precisa de conserto». Concorda? É exagerado dizer que vivemos numa democracia digital sem controlo? Os avisos do Tim Berners Lee são muito sábios. Não há um regulador para a internet, ela está acima de estados, de governos e dos reguladores nacionais. E mesmo os países que a tentam controlar, apenas atrasam al-

CARA DA NOTÍCIA 6 Porta-estandarte do empreendedorismo João Vasconcelos tornou-se conhecido no espaço público como dinamizador do empreendedorismo jovem e ficou associado à realização em Lisboa, em novembro de 2016, da maior cimeira de startups, a Web Summit. Foi o diretor executivo da Startup Lisboa e responsável pelo LIDE Empreededorismo, uma associação com foco na promoção da sustentabilidade e responsabilidade social nos negócios e nas empresas. Foi ainda o mentor de vários programas de aceleração empresarial, tal como o Startup Pirates, Founder Institute, Lisbon Challenge e Seedcamp. Na atual legislatura foi secretário de Estado da indústria, cargo de que se demitiu em julho de 2017. Os carros autónomos e a modernização da indústria e a requalificação profissional dos trabalhadores em Portugal foram dois dos dossiês em que João Vasconcelos se empenhou mais na sua passagem pelo Governo de António Costa. Foi adjunto e assessor do gabinete do Primeiro-Ministro, José Sócrates, com responsabilidade na área dos assuntos regionais e economia, entre 2005 até 2011. Foi vicepresidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), entre 1999 e 2005. K

guns processos, mas com resultados frágeis. A internet necessita de regulação, mas não exageremos: os medos e as desvantagens da internet acontecem noutros setores. O que dizer das “fake news” na imprensa escrita, na televisão e na rádio? A internet necessita de um olhar atento de reguladores, mas outros setores, como o comércio, a imprensa e a indústria, também precisam. Eu acredito que estão a faltar organizações multinacionais que tenham essa responsabilidade. Mas creio que os Estados estão a organizar-se nesse sentido e a dar esses passos. Trump e Bolsonaro são dois exemplos recentes de dois chefes de Estado eleitos, em grande medida, pelas redes sociais e que comunicam, preferencialmente, por estes meios. A União Europeia vai lançar um projeto contra as “fake news”, tendo em vista as eleições de maio. É possível contrariar o poder desmedido das empresas tecnológicas? As “fake news” são um fenómeno muito falado agora graças a Trump, mas sempre existiram na imprensa escrita e até nas televisões. A vontade manifestada pelos políticos em legislar sobre as “fake news” é muito perigosa. Foi muito perigoso quando quiseram fazer isso com a televisão, os jornais e a rádio e será perigoso se fizerem isso na internet. Porquê? Porque grande parte das “fake news” não o são a 100 por cento. Há notícias a que lhes são dadas uma dimensão extraordinária, mas até são verdadeiras. Mas eu quero realçar que no digital as “fake news” são acompanhadas por um movimento de resposta massivo. Aconteceu, recentemente, nas eleições brasileiras. As empresas tecnológicas (Google ;

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e Facebook) são as mais interessadas em limitar as “fake news” e nos últimos meses têm feito um trabalho extraordinário para conter esses fenómenos. Argumenta que em Portugal existe uma recriminação excessiva do falhanço. É este horror ao fracasso que impede a existência de uma cultura de empreendedorismo? Portugal é o segundo país da Europa com maior cultura de empreendedorismo. Não sei o que aconteceu a uma geração que andou a dizer que eramos avessos ao risco, o que é uma completa mentira que passou para a comunicação social, sem solidez factual. Os números demonstram isso todos os dias. Para o mundo empresarial, como funcionários, como emigrantes, como povo que tem de riscar há vários séculos. Não temos recursos naturais suficientes para sermos um pais rico. Por isso, está no sangue do português ser empreendedor. Infelizmente, o Estado e as empresas privadas recriminam em demasiado Publicidade

o falhanço. É verdade. As leis não são mais do que a consciência social. É muito difícil em Portugal uma pessoa se erguer após um fracasso num produto, serviço ou numa ideia de negócio. Isto tem de ser al-

terado urgentemente. Porque o que falha é a ideia de negócio e não o empreendedor. Todos os empreendedores de sucesso no mundo tiveram dezenas ou centenas de ideias que falharam, mas há sempre uma

que vinga. O que é preciso é falhar rápido e barato, o que nem sempre é possível em Portugal. Num artigo que publicou em 2017 no “Jornal de Negócios” escreveu que «sem mais educação falta-nos o sentido crítico», ao mesmo tempo que alertava que Portugal ocupava o penúltimo lugar do ranking da UE em termos de pessoas com o ensino secundário e superior. O que falta para a educação se tornar um desígnio nacional: investimento ou vontade política? A educação é a base da sociedade e o atraso da população ativa em termos de habilitações literárias explica-se e espelha-se em diversos problemas: nas empresas, na democracia e no Estado. Notase também nos produtos e serviços da nossa economia, na gestão, nos processos e na eficácia. Mas também se vê noutros campos: na imprensa, na democracia, no debate publico, nos políticos, nos líderes, nos dirigentes, etc. Quando o nível de sofisticação, de ensino e cultura é baixo, reflete-se em todos os setores da sociedade. Como resolver? Por exemplo, sabendo que os problemas da educação são muito mais graves do que os das carreiras dos professores. É preciso discutir outras coisas: novos conteúdos pedagógicos, outras salas de aulas, outras maneiras de ensinar. O modelo atual de ensino está ultrapassado. Tem centenas de anos. Radica na indústria. As escolas são quase linhas de produção industrial. Temos de discutir autonomia, ver as realidades concretas de cada região, de cada escola. Temos de debater muito mais. Os problemas da educação não se esgotam nas carreiras e vencimentos. É nos bancos das escolas que são lançadas as bases para um país mais empreendedor e mais arrojado?

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Os bancos de escola têm um papel fundamental para estimular o empreendedorismo, a inovação, o arrojo e a curiosidade. Sabemos que os jovens vão entrar na vida ativa no decurso de uma revolução tecnológica. Estes jovens podem ambicionar carreiras e profissões que provavelmente já não vão existir quando eles entrarem no mercado de trabalho. No futuro, as escolas, mais do que ensinar conteúdos – que estão à disposição dos alunos através de um clique – vão ensinar atitudes. Vamos ter de estimular muito mais a curiosidade e a vontade de conhecer e ir além do que se sabe, para lá da mera memorização de elementos. Acho que não se deve exigir tudo à escola, mas é preciso reconhecer que a escola pública em Portugal – num país com tantas limitações económicas e sociais – tem um papel fundamental. As primeiras lições de empreendedorismo devem ser dadas na escola pública. Podemos, algum dia, vir a ter um visionário da tecnologia português: um Elon Musk, por exemplo? Sim, no digital podemos ter um Elon Musk português. Ser português até pode ser uma vantagem. Robotização, inteligência artificial e novas formas não convencionais de emprego. Os especialistas dizem que o mercado de trabalho está a ser fustigado pela tempestade perfeita. Como serão os empregos no futuro? Antes de mais, é preciso ver que estamos no meio de uma revolução – a quarta revolução industrial. Muitos empregos serão afetados, outros serão criados. Há muitas funções que são hoje desempenhadas por humanos e que podem ser feitas com mais perfeição por máquinas. E ainda bem. E o que temos assistido nas economias onde há mais introdução de tecnologias e robótica, é a valorização das funções desempenhadas por seres humanos. Temos muito mais gente a viver de funções e a praticar funções que só um ser humano pode executar. Que transmitam sentimentos e emoções. Mas há mais exemplos desta tendência: a música está toda no digital, no Spotify ou no iTunes e nunca houve, como agora, tanta gente a frequentar concertos ou a ir a festivais. Dou-lhe outro: todo o mundo dos negócios é digital e nunca houve tanta gente em feiras, congressos e seminários. Tudo o que tem o dedo do homem vale dinheiro e permite remunerar melhor quem fez esse trabalho, na indústria, no comércio, etc. Nuno Dias da Silva _ Direitos Reservados H   

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Águas termais

UBI prova mais-valia 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) desenvolveu um estudo que aponta para a eficácia da utilização da água mineral natural sulfúrea no tratamento de patologias respiratórias e cujas conclusões preliminares foram apresentadas num seminário realizado em dezembro, no Grande Hotel do Luso. O estudo está a ser desenvolvido com as Termas do Centro, com o objetivo de valorizar o potencial terapêutico e económico destas estruturas e, segundo Luís Taborda Barata, docente e investigador da Faculdade de Ciências da Saúde, tem por base um estudo feito num modelo in vitro da rinite crónica alérgica. Foram examinados os efeitos da nebulização de água mineral natural sulfúrea, que pode produzir

melhorias a partir do segundo dia de aplicação de aerossóis. O estudo aponta ainda para a ação anti-inflamatória no sistema respiratório que resulta da utilização deste recurso termal. Estes dados decorrem das ações que têm sido desenvolvidas na UBI, mais especificamente na Faculdade de Ciências da Saúde e Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS). Um dos projetos em curso, coordenado por Luís Taborda Barata, pretende avaliar e caracterizar essa mesma eficácia. O outro, coordenado pela docente e investigadora da UBI Ana Palmeira de Oliveira, decorre em parceria com a Universidade de Coimbra e destina-se a avaliar o potencial bioativo dos recursos termais da região Centro. K

Para apoiar candidatos

UBI lança SAFE 6 A Universidade da Beira Interior acaba de implementar o Sistema de Apoio a Futuros Estudantes (SAFE), um modelo integrado de contactos – telefónico e online – que permite à instituição prestar informação e esclarecimento de dúvidas a todos os candidatos interessados em a frequentarem, sejam eles portugueses ou estrangeiros. Nesta fase experimental, o SAFE está dotado de um endereço de e-mail (safe@ubi.pt) e de um número de telemóvel (969 160 883), que pode ser usado através da aplicação whatsapp. No futuro, estes recursos poderão ser aumentados. Com este sistema, os candidatos aos cursos dos três ciclos da UBI dispõem de um meio único e privilegiado para a obtenção de elementos relacionados com acesso à universidade (candidaturas, documentos necessários e procedimentos diversos), bem como apoios sociais (alojamento, bolsas e alimentação), entre outros. A resPublicidade

posta às questões será remetida até 24 horas. “O SAFE tem especial importância para os candidatos internacionais, que passam a beneficiar, desde a primeira hora e independentemente da distância a que se encontram, da proximidade que é uma das nossas imagens de marca”, salienta João Canavilhas, vice-reitor para o Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais. Desta forma, “os futuros estudantes têm disponível um ponto de contacto único, ultrapassando o desconhecimento do serviço da UBI a que se devem dirigir para receber as respostas a todas as suas dúvidas, independentemente do assunto”, acrescenta. O SAFE junta-se aos restantes meios de contacto e apoio a todos os que procuram informação sobre a UBI, nomeadamente as redes sociais Facebook e Instagram, nas quais a academia tem cerca de 55 mil seguidores. K

Intervenção em Parkinson e a saúde mental

UBIMedical premeia startups 6 As startups NeuroSoV e o MountainCare são as vencedoras da primeira edição do Health - Capital Semente Cup, programa promovido pelo UBIMedical com o objetivo de apoiar duas empresas por ano, as quais recebem agora um prémio no valor de 5.000 euros e um ano grátis das instalações naquela incubadora de empresas na área da Saúde. O NeuroSoV, desenvolvido pela investigadora da Faculdade de Ciências da Saúde Ana Clara Cristovão, consiste em modelos de avaliação pré-clínica da neurotoxicidade e eficácia in vitro e in vivo para a triagem de molé-

culas com potencial terapêutico para a doença de Parkinson e outras doenças neurodegenerativas. O MountainCare consiste numa plataforma que emprega algoritmos de inteligência artificial e machine learning para analisar os dados das redes sociais e estabelecer um perfil da saúde mental dos utilizadores. A plataforma também permite aos utilizadores incluírem mais informação, nomeadamente sinais vitais de smartbands de modo a complementar as análises. A equipa MountainCare é constituída por três estudantes da Universidade da Beira Interior (UBI),

de Engenharia Informática (Vasco Lopes e José Manteigueiro) e Mestrado Integrado em Medicina (Valéria Garcia). O UBI Medical vai agora fazer o acompanhamento dos projetos empreendedores, oferecendo sessões de mentoria/coaching, apoio na elaboração do plano de negócios, apoio na elaboração de candidaturas a financiamento e consultoria em propriedade intelectual. Facilita ainda o acesso a redes de empreendedores, investidores e facilitadores, apoia na procura de parcerias e colaborações com outras empresas e entidades, bem como na angariação de fundos. K

Com dois filmes nomeados

UBI no Fantasporto 6 ‘Um Marco no Futebol’ e ‘Eikasia’ são os títulos dos dois filmes produzidos por alunos da Universidade da Beira Interior e que estão nomeados para a categoria ‘Melhor Escola de Cinema/Best Film School’, da edição deste ano do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto, que decorre de 22 de fevereiro a 3 de março.

‘Um Marco No Futebol’ foi realizado por José Caetano, que também é autor do argumento, para a Unidade Curricular “Projeto II”. É uma curta-metragem de 10 minutos, do género Mockumentary (falso documentário), sobre a chegada de um novo jogador de futebol ao clube Marco de Canaveses. A qualidade do filme valeu-lhe já o Prémio da

secção “Ensaios”, do festival Caminhos do Cinema Português, que decorreu em Coimbra, em novembro do ano passado. ‘Eikasia’ é o Projeto Final da Licenciatura em Cinema de Francisco Morais e Miguel Pinto, realizadores e autores do argumento. Com 24’29’’ de duração, insere-se no género de Ficção Científica. K

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Para o Erasmus+

Candidaturas até dia 31 6 As inscrições para o programa de mobilidade Erasmus+ 2019/2020, destinadas a alunos da Universidade da Beira Interior (UBI), estão abertas até dia 31 de janeiro, podendo os interessados formalizar, até essa data, o seu interesse em ter uma experiência de estudo numa universidade estrangeira, mediante o acesso à plataforma online disponível no Balcão Virtual. Estão disponíveis cerca de 300 vagas em igual número de universidades europeias, para estudantes de licenciatura,

UBI

mestrado e doutoramento. Os acordos disponíveis para cada curso podem ser consultados na página do Gabinete de Internacionalização e Saídas Profissionais (GISP) da UBI. Os candidatos terão obrigatoriamente de realizar o teste de línguas em função da Universidade e país onde pretendem realizar o período de estudos, para aferição de competências linguísticas suficientes para a frequência de aulas num estabelecimento de ensino superior no estrangeiro. K

Novas administradoras 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) tem duas novas administradoras. Ana Isabel de Jesus Martinho assumiu a administração da UBI, enquanto Maria Fernanda Santos Azevedo desempenha a mesma função nos Serviços de Ação Social da UBI. A mudança foi originada pela cessação de funções de Vasco Lino, que acumulava a administração da UBI e dos SASUBI, desde abril de 2016. Durante a tomada de posse, o reitor da UBI, António Fidalgo, agradeceu a disponibilidade dos empossados para assumir os novos cargos, que “embora não estejam na mira pública e mediática, são cruciais para o bom funcionamento da instituição”. Lembrou que a UBI “cresceu e é hoje uma instituição já com uma grande complexidade, obrigando ao trabalho de equipa e a uma

gestão racional de investimentos à eficácia dos mesmos”. “Ao confirmar a minha confiança nos empossados e nas suas capacidades, quero manifestar-lhes o apoio necessário ao exercício competente das suas funções”, concluiu António Fidalgo. Ana Isabel de Jesus Martinho é licenciada em Biologia, pela Universidade de Évora, e doutorada em Biomedicina pela UBI. Ainda na Universidade da Beira Interior especializou-se em Marketing, área em que frequentou o Mestrado. Tem desempenhado funções como técnica superior da equipa do Gabinete de Inovação e Desenvolvimento. Neste departamento teve responsabilidades no apoio, planeamento, organização e elaboração de candidaturas a Programas de Financiamento de I&D nacional e internacional, na execução de procedimentos com

vista à transferência de tecnologia e condução processual relacionada com propriedade industrial, entre outras. Maria Fernanda Santos Azevedo obteve Bacharelato em Administração e Contabilidade no Instituto Universitário da Beira Interior (IUBI), onde também concluiu a Licenciatura em Gestão de Empresas. Frequentou o Mestrado em Gestão no âmbito da Mudança Organizacional e Gestão da Qualidade Total. Colaborou com a Comissão Instaladora do Instituto Politécnico da Covilhã e tinha até agora a categoria de Chefe de Divisão, Responsável da Divisão Financeira. Pedro Miguel Almeida Marques, até agora Chefe de Divisão nos SASUBI, irá substituir Maria Fernanda Santos Azevedo como Responsável da Divisão Financeira, tendo tomado posse também na mesma ocasião. K

Impacto em avaliação

Eucaliptos nos ribeiros 6 Um estudo internacional liderado por Verónica Ferreira, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade de Coimbra, acaba de avaliar o impacto de plantações de eucaliptos no funcionamento dos ribeiros em diferentes regiões do mundo, tendo contado com a participação de 18 cientistas de várias instituições da Península Ibérica, América do Sul e África. As experiências realizadas em sete regiões da Península Ibérica, África Central e América do Sul permitiram aos investigadores concluir que “o efeito das plantações de eucaliptos varia entre regiões e depende

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do tipo de organismos decompositores”, não sendo possível “fazer generalizações sobre o efeito das plantações desta espécie no funcionamento dos ribeiros uma vez que têm de ser considerados fatores climáticos, o tipo de vegetação nativa e o tipo de comunidade aquática”, nota Verónica Ferreira. As plantações de eucaliptos ocupam uma área total de mais de 20 milhões de hectares em todo o mundo, mas os seus efeitos no funcionamento dos ribeiros têm sido estudados essencialmente na Península Ibérica, o que limita o real conhecimento sobre o impacto que

estas plantações podem ter em ribeiros de outras regiões onde o clima, a vegetação nativa e as comunidades aquáticas diferem. “Foi esta lacuna que tentámos colmatar. Por isso, avaliámos o funcionamento de ribeiros em plantações de eucaliptos por comparação com ribeiros semelhantes mas que atravessavam florestas de espécies nativas, em diferentes regiões na área de distribuição das plantações de eucaliptos de modo a expandir o conhecimento sobre os efeitos das plantações nos ribeiros”, afirma Verónica Ferreira. K

No Interior da Cultura

UBI na Antena 2 6 A Universidade da Beira Interior e a Rádio Difusão Portuguesa acabam de iniciar uma parceria que deu origem a uma série de 13 programas a emitir na Antena 2, às sextas-feiras, com a designação de ‘No Interior da Cultura’, os quais são emitidos às 14h20, até 29 de março, e ficam depois disponíveis no site da RTP. A rubrica, impulsionada pelos elementos do Mestrado em Estudos de Cultura, curso de 2.º Ciclo da Faculdade de Artes e Letras, e a rádio pública nacional, consiste num conjunto de conversas que se destinam a valorizar figuras da área cultural. Um total de 13 convidados, oriundos de diversas áreas, vão

conversar com Luís Caetano, para promover uma ampla reflexão sobre a cultura, num registo intencionalmente inclusivo e próximo dos ouvintes. Pretende-se “olhar a cultura enquanto conceito global e intemporal e, ao mesmo tempo, descobrir experiências locais e regionais, num país que conhece há muito o despovoamento do interior e a concentração macrocéfala de meios e valências”, refere o portal do programa. Com este programa, a UBI cumpre uma importante missão para a região e o país, no âmbito da sua área de atuação cultural e científica, em convergência com uma das rádios nacionais que mais atenção dá a este campo. K

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História

Ferreira Patricio é membro honorário 6 Manuel Ferreira Patrício, professor catedrático jubilado e antigo reitor da Universidade de Évora, um dos mais conceituados académicos portugueses nas áreas da pedagogia e da educação acaba de ser considerado membro honorário da Academia Portuguesa da História. A sessão solene para empossar os novos membros decorreu este mês, no Palácio dos Lilases em Lisboa, com a participação da ministra da Cultura, Graça Fonseca, onde, para além de Manuel Ferreira Patrício passam também a fazer parte da Academia Portuguesa de História, como “académicos honorários”, Pedro Santana Lopes, António Miguel Forjaz Pacheco Trigueiros, José Alarcão Troni, José Bouza Serrano e Fernando Baptista. Manuel Ferreira Patrício, entre outras distinções, foi agraciado em 2012 com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique na sessão solene comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesa e com a Medalha de Mérito Municipal, Classe Ouro, pela Câmara Municipal de Évora. A Academia Portuguesa da História, fundada em 1720 por João V e restaurada em 1936, é atualmente presidida pela historiadora Manuela Mendonça. K

FameLab

Évora recebe eliminatória 6 A Universidade de Évora (UÉ) recebe, pela primeira vez, uma eliminatória regional do FameLab, o mais popular concurso internacional de comunicação de ciência. As candidaturas para a eliminatória de Évora, que se realiza no dia 16 de março, estão abertas entre 1 e 22 de fevereiro de 2019, onde serão apurados os semifinalistas. O concurso está aberto a qualquer pessoa com idade igual ou superior a 18 anos, que trabalhe ou estude nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia ou matemática. O desafio é demonstrar em apenas três minutos a sua capacidade de comunicar ao público em geral os temas científicos mais diversos, recorrendo apenas à palavra e ao gesto. K

6 O docente da Universidade de Évora (UÉ), Miguel Bastos Araújo, é o vencedor do Prémio Pessoa 2018. Em nota enviada ao Ensino Magazine, a Universidade de Évora mostra-se satisfeita com essa distinção. Para a reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, a atribuição do prémio, “para além de ser evidentemente justa, reconhece a importância não só do cientista, como também reconhece a relevância da área científica Alterações Climáticas e Biodiversidade no mundo atual, tendo sido por estes motivos que a UÉ propôs a sua candidatura, e é com orgulho que vê esta distinção ser atribuída”, dirigindo ainda os parabéns ao professor Miguel Araújo. Miguel Bastos Araújo, titular da Cátedra Rui Nabeiro de Biodiversidade (a primeira Cátedra financiada com fundos privados em Portugal) e diretor do Polo de Évora do Laboratório Associado InBIO, é internacionalmente reconhecido como líder científico em biogeografia, macroecologia e modelação ecológica, tendo-se destacado pela originalidade e impacto da sua investigação nas áreas da biodiversidade e das alterações climáticas globais. Um artigo recentemente

aceite pela prestigiosa revista “Science Advances” (Araújo et al. 2019), culmina 20 anos de trabalho com a proposta de “standards” para modelos de biodiversidade utilizados em processos de decisão política. A utilização de “standards” é prática corrente em medicina e engenharia, onde os erros decorrentes de uma deficiente ou anómala utilização de dados e/ou procedimentos pode

ter consequências dramáticas para a saúde e integridade de vidas humanas. A sua utilização nas ciências do ambiente é, pela primeira vez, alvo de proposta por Bastos Araújo e sua equipa de colaboradores abrindo portas uma nova era no desenvolvimento científico e metodológico desta área do conhecimento. A missão científica de Miguel Araújo é reforçar as bases

científicas da política de ambiente na área da biodiversidade. Neste domínio tem procurado desenvolver mecanismos de gestão e de redução da incerteza e contribuído significativamente para o aprofundamento do conhecimento dos impactes atuais e futuros das alterações ambientais globais na distribuição das espécies e dos serviços ambientais proporcionados pelos ecossistemas. K

Prémio Vergílio Ferreira

Évora distingue Nélida Piñon 6 O Prémio Vergílio Ferreira 2019 atravessou este ano o Atlântico, tendo sido atribuído à escritora Nélida Piñon, informou a Universidade de Évora em nota de imprensa. Este galardão, instituído em 1996, incide sobre o conjunto da obra de um autor que se tenha distinguido nos domínios da ficção ou do ensaio. Numa edição que contou com candidaturas oriundas de 4 países, o júri decidiu atribuir este ano o prémio a Nélida Piñon, tendo ficado escrito em ata que “o Prémio Vergílio Ferreira 2019 foi atribuído à escritora Nélida Piñon pela latitude e profundidade da sua obra, que revela uma linguagem capaz de estabelecer e harmonizar um diálogo fértil entre a memória feminina e a História”. O júri do Prémio é composto este ano por Fernando Cabral Martins (Prof. Universidade Nova de Lisboa), Ângela Fernandes (Prof. Faculdade de Letras da Universida-

de de Lisboa), Anabela Mota Ribeiro (Jornalista), Cláudia Afonso Teixeira (Prof. Universidade de Évora), e Antonio Sáez Delgado (Prof. Universidade de Évora, presidente). A cerimónia de entrega do Prémio acontece no dia de 1 março, data em que se assina-

la a morte do escritor, contando com as habituais intervenções da premiada, do júri e da reitora da Universidade de Évora. Recorde-se que o prémio Vergílio Ferreira foi atribuído pela primeira vez a Maria Velho da Costa, a que se seguiram, entre

outros, Mia Couto, Almeida Faria, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Luísa Dacosta, José Gil, Hélia Correia, Lídia Jorge e João de Melo, tendo sido o galardoado da edição de 2018 o escritor Gonçalo M. Tavares. K

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Encontro científico

Caminho de Santiago na UTAD!

6 ‘O Caminho Português Interior de Santiago de Compostela’ foi o tema do encontro científico realizado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a 10 de janeiro, que reuniu um vasto conjunto de especialistas para apresentarem e debaterem os resultados do seu trabalho, em torno das potencialidades turísticas, culturais e económicas deste milenar percurso sagrado. Na sessão de abertura intervieram o reitor da UTAD (Fontainhas Fernandes), o diretor do CETRAD (Timothy Koehnen), o representante de Junta da Galiza e diretor do Xacobeu (Rafael Sánchez), a vice-presidente do Município de Vila Pouca de Aguiar (Ana Rita Dias) e o diretor regional da Cultura do Norte (António Ponte), para além do coordena-

dor do projeto GEOPARD na UTAD (Xerardo Pereiro). O encontro apresentou o processo em curso para criar a Fede-

ração Portuguesa dos Caminhos de Santiago, com o propósito de articular esforços que potenciem os vários percursos jacobeus re-

conhecidos no país. A apresentação teve lugar num momento em que o governo prepara legislação para certificar os caminhos de Santiago e assim preencher um vazio legal que permitirá às diversas entidades (autarquias, Igreja, associações de peregrinos, entre outras) melhor valorizar os seus projetos. O reitor da UTAD realçou, por sua vez, a ligação natural de Portugal com a Galiza, tendo como elo o fenómeno jacobeu, considerando os caminhos de Santiago um marco fundamental dessa aproximação, com reflexos em domínios multidisciplinares, que vão da cultura à espiritualidade e à ciência. O futuro da Europa está cada vez mais na consolidação de grandes regiões – afirmou o reitor – “e aqui está um importante embrião.” K

Robôs auxiliam idosos na toma de medicamentos

UTAD desenvolve testes

6 A Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) está a desenvolver um projeto que estuda a interação entre robôs e pessoas idosas para a prestação de apoio nas suas necessidades do dia-a-dia. No âmbito do trabalho foi criado um sistema robótico para auxílio a idosos no cumprimento dos regimes de medicação a que estejam sujeitos. O robô usa o seu sistema de locomoção para se movimentar até ao idoso e, através técnicas de visão por computador, deteta a embalagem do medicamento e identifica a pessoa que o deve tomar no horário correto. O estudo centra-se numa realidade que cada vez mais preocupa as sociedades modernas e Portugal especialmente, onde as projeções indicam que, no ano de 2060, existirão três idosos para apenas um jovem, numa esperança média de vida de 81 anos. Neste quadro, reconhecem os investigadores, “o crescimento exponencial da população idosa e correspondente diminuição de população jovem ativa nos países desenvolvidos, está a conduzir Publicidade

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à falta de mão-de-obra especializada para prestar os cuidados necessários aos idosos”. Daí que os avanços registados no campo da robótica permitam que “os robôs surjam como uma alternativa para preencher a lacuna existente entre a necessidade e o fornecimento de cuidados de saúde a uma população cada vez mais envelhecida”. Ainda no âmbito do projeto foram recentemente colocados em duas instituições de apoio à terceira idade da cidade de Vila Real, dois robôs de telepresença para que os familiares possam interagir à distância com o idoso, através destes equipamentos. A informação recolhida será usada para perceber qual a aceitação destas novas tecnologias por parte dos idosos e dos familiares. O trabalho, desenvolvido por uma equipa de investigadores da Escola de Ciências e Tecnologia e da Escola Superior de Saúde da UTAD, deu origem a uma dissertação de Mestrado em Engenharia Informática apresentada pelo estudante Leonel Agostinho Costa Crisóstomo, sob a orientação de Vítor Filipe. K

C4G na UBI T O Colaboratório para as Geociências da Universidade da Beira Interior (C4G) acaba de ser oficializado como membro associado da UNAVCO, um consórcio internacional de instituições de ensino que promove e apoia estudos no âmbito da geociência. A entrada na organização foi oficializada em dezembro, durante o AGU Fall Meeting, que decorreu em Washington, no mês de dezembro. “Tornar-se membro da UNAVCO é importante para o C4G e para todas as instituições que formam este consórcio”, afirma Rui Fernandes, representante do Colaboratório liderado pela UBI e que engloba laboratórios, universidades e instituições privadas. O C4G promove o trabalho em rede e a partilha de equipamento, dados e ferramentas no campo das ciências da Terra Sólida. K

Design THinking em Aveiro T O workshop Design Thinking 4 Business Innovation, terá lugar nos próximos dias 23 e 30 de março, na UNAVE, da Universidade de Aveiro, sendo ministrado pela formadora é Dina Oliveira, licenciada em Gestão de Marketing, com especialização em Design Thinking, pela EDIT, Porto, e mestre pela Universidade de Aveiro. Com um total de 16 horas, em horário laboral, visa dotar os formandos de um conjunto de conhecimentos e ferramentas que poderão usar, no futuro, em diferentes contextos, mas especialmente, para mudar a forma de pensar/agir perante um obstáculo, uma oportunidade ou um desafio. K

Lisboa distingue Secretário de Macau T A Universidade de Lisboa vai atribuir o título de Doutor Honoris Causa a Alexis Tam Chon Weng, numa cerimónia a realizar a 11 de março, com início às 15h30, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa. A distinção homenageia e reconhece o seu contributo para o desenvolvimento da Educação e, em especial, para a promoção do ensino da língua e da cultura portuguesas em Macau e na China. Alexis Tam Chon Weng é o atual Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do IV Governo da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, com a tutela das áreas da Educação, Cultura, Desporto, Saúde, Ação Social, Segurança Social e Turismo. Nascido em julho de 1962, no Myanmar, estudou na China, em Portugal e na Escócia. Em 2014, por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique. K


IADE-Universidade Europeia

Global Game Jam regressa 6 O IADE, Faculdade de Design, Tecnologias e Comunicação da Universidade Europeia vai participar, pelo terceiro ano consecutivo, na Global Game Jam, a maior iniciativa internacional totalmente dedicada à criação de jogos. A competição terá lugar entre 25 e 27 de janeiro, no campus de Santos, e também simultaneamente em vários espaços por todo o mundo. Em apenas 48 horas, os participantes - divididos por pequenos grupos, unindo esforços, conhecimentos e criatividade -, vão criar videojogos

que terão de responder a um tema único, ainda secreto e que será desvendado na sessão de abertura, no dia 25. Em Portugal a iniciativa é promovida pela Ludoteca e este ano serão sete espaços que vão receber estudantes, professores, profissionais da área dos jogos e todas as pessoas que tenham interesse em participar. Organizados em equipas terão de se aplicar durante 48h seguidas para criarem jogos inovadores e que se relacionem de alguma forma com o tema da edição. K

Do fotojornalista Alfredo Cunha

UMinho acolhe exposição 6 A Universidade do Minho tem patente, até 31 de janeiro, a exposição ‘Olhar e Ajudar’, do fotojornalista Alfredo Cunha, na fachada do edifício do Largo do Paço, em Braga. A mostra contém dezenas de fotografias que ilustram situações de pobreza, doença, destruição e guerra, captadas pelo autor em vários países. Alfredo Cunha nasceu em 1953 em Celorico da Beira, na Guarda. Começou a sua carreira profissional em 1970, tendo registado alguns dos episódios mais marcantes da Revolução dos Cravos. Trabalhou nos principais jornais nacionais, como O Século, Público e Jornal de Notícias, e em agências noticiosas. Foi ainda fotógrafo oficial dos presidentes da República António Ramalho Eanes e Mário Soares. Já recebeu diversas distinções e homenagens, destacando-se a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique e as menções honrosas atribuídas no Euro Press Photo 1994 e no

Prémio Fotojornalismo Visão | BES de 2007 e 2008. Nas últimas décadas publicou dezenas de livros, incluindo ‘Raízes da Nossa Força’, ‘Os Rapazes dos Tanques’, ‘Toda a Esperança do Mundo’ e ‘Fátima - Enquanto Houver Portugueses’, além de ter organizado as exposições ‘Portugal Livre’ e ‘Da Descolonização à Cooperação’, entre outras. K

Tratamento do cancro da bexiga

Algarve fez descoberta 6 Uma equipa do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve, liderada por Pedro Castelo Branco, participou num consórcio internacional e descobriu que determinadas alterações específicas na regulação do gene da telomerase - TERT - responsável pela multiplicação das células cancerígenas - contribui para a

progressão do cancro da bexiga. Sendo um dos 10 tipos de cancro mais comuns em todo o mundo e o quinto mais frequente na Europa, a segmentação do risco para este tipo de tumor continua, ainda, a ser uma importante necessidade não correspondida. Compreender o mecanismo pode abrir portas a novas formas de terapia mais personalizadas. K

Para estudantes

Nova residência na UÉ 6 O contrato de adjudicação para a construção de uma nova residência universitária para estudantes da Universidade de Évora acaba de ser assinado, informou a universidade. Com uma área de aproximadamente 27.000m² e um investimento de cerca de quatro milhões de euros, o Évora Campus Residence vai “nascer” perto das piscinas municipais de Évora, num terreno a Norte da Rua Rotary Internacional. Com unidades de alojamento concebidas numa lógica modular, incluí vários grupos de moradias com diferentes áreas, oferecendo alojamento para um total de 306 estudantes e professores residentes ou ainda visitantes da Universidade de Évora, distribuído por 114 habitações. Esta nova residência é produto do esforço que a Universidade de Évora tem vindo a realizar no sentido de encontrar soluções para fazer face à crescente dificuldade dos estudantes universitários encontra-

rem alojamento na cidade de Évora. Citada na mesma nota de imprensa, Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, referiu que “não sendo expectável que todos os estudantes encontrem alojamento em residência universitária, é no entanto essencial que consigam alojamento a preços aceitáveis e em zonas de fácil acesso aos principais edifícios da Universidade; por isso avançámos para esta solução.” A sessão pública de assinatura do contrato de adjudicação à Skycity S.A contou, ainda, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto Sá e do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, que apresentaram outras soluções já em desenvolvimento, quer ao nível local, quer ao nível central, nomeadamente, o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior. Ana Rita Silva, reeleita esta se-

mana como presidente da Associação Académica da Universidade de Évora fez questão de frisar que “a habitação é a parcela mais importante e variável, naquilo que são os custos inerentes a frequentar o ensino superior. Este crescente problema de alojamento, agravado com o crescimento do sector turístico (…) tem vindo a “expulsar” do seu interior os habitantes que promovem o ano inteiro uma economia estável ao município onde residem.” Foi a partir desta abordagem que a presidente da AAUÉ endereçou à reitora uma palavra de agradecimento por “cumprir o que há muito temos debatido e por ter encontrado esta solução”. Recorde-se que o número de camas disponíveis nas sete residências da Universidade de Évora cobre apenas 6,5% da população estudantil desta instituição de ensino superior, traduzindo-se em 549 camas para um universo de cerca de 8500 estudantes. K

Associação Portuguesa de Literatura Comparada

Odete Jubilado eleita 6 Odete Jubilado, professora do Departamento de Linguística e Literaturas da Escola de Ciência Sociais da Universidade de Évora foi eleita por unanimidade presidente da Associação Portuguesa de Literatura Comparada (APLC) pelo triénio de 2019-2021. A eleição teve lugar na biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa no dia 19 de dezembro de 2018, iniciando funções com a sua equipa no dia 02 de janeiro do presente ano. Oficialmente criada a 14 de maio de 1987, a Associação Portuguesa de Literatura Comparada promo-

ve o desenvolvimento dos estudos comparatistas em Portugal; a institucionalização académica da área e a conservação e reforço dos laços internacionais estabelecidos. A Direção é composta por Odete Jubilado (Universidade de Évora) que preside, assumindo como vice-presidente, Ana Isabel Moniz (Universidade da Madeira); secretária: Teresa Mendes (Instituto Politécnico de Portalegre);Tesoureiro: Simão Valente (Universidade de Lisboa); vogal: Anabela Oliveira (Universidade de Trás-os-Mon-

tes e Alto Douro). A Mesa da Assembleia Geral é presidida por Maria Luísa Malato (Universidade do Porto); vice-presidente: Eugénia Pereira (Universidade de Aveiro); secretária: Célia Vieira (Instituto Superior da Maia). O Conselho Fiscal é presidido por Fernando Gomes (Universidade de Évora); vogal: Carina Infante do Carmo (Universidade do Algarve); Vogal: Dominique Faria (Universidade dos Açores) com os Suplentes: Ana Raquel Fernandes (Universidade Europeia) e Celina Martins (Universidade da Madeira). K

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IPCB, IPG, IPS e UBI juntos

Falta de juventude é um problema sério 6 Um dos bens mais escassos do país é a juventude. As palavras são do reitor da Universidade da Beira Interior, António Fidalgo e foram proferidas na Conferência Internacional “Regional Helix” dedicada à indústria e inovação, que decorreu nos passados dias 17 e 18 de janeiro, no Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco (CEi). António Fidalgo, reitor da UBI, foi objetivo numa das ameaças que afeta o interior e o país: “Se há um bem escasso em Portugal é a juventude. E os grandes centros do litoral vêm-nos buscar esse bem escasso que são os nossos jovens. Nós temos que remar contra isso (…). Não podemos estar a importar mão-de-obra asiática e ver os nossos jovens qualificados irem para Lisboa ou para o estrangeiro (…). Por isso, precisamos desta inovação, da relação das universidades e politécnicos com as empresas e com as autarquias”. A iniciativa, organizada pela Câmara de Castelo Branco, e integrada no Dia Europeu da Indústria, teve como parceiros os institutos politécnicos de Castelo Branco e da Guarda (IPG), a Universidade da Beira Interior (UBI), o Centro de Apoio Tecnológico Agro Alimentar, o CEi e o InovCluster. O debate reuniu cerca de 30 especialistas nacionais e estrangeiros de empresas, autarquias e instituições de ensino superior

e cerca de 120 participantes. A inovação e a formação de quadros por parte das academias foram temas em destaque, com os responsáveis do IPCB, IPG, Politécnico de Setúbal e da UBI a sublinharem o papel que as instituições têm e devem assumir. “A inovação, a tecnologia e o empreendedorismo fazem parte das nossas áreas de intervenção prioritárias”, justificou Luís Correia, presidente do Município albicastrense. O autarca aproveitou a ocasião para recordar os investimentos efetuados pela Câmara no concelho de Castelo Branco naquelas

áreas, dando como exemplos o Centro de Empresas Inovadoras, o Centro de Apoio Tecnológico Agro Alimentar, o InovCluster, a Central de Transformação do Figo da Índia, a Melaria, a Fábrica da Criatividade, a Aceleradora de Empresas na Zona Industrial ou da Destilaria. “Desde há vários anos que estamos a criar infraestruturas para apoiar as empresas. Não nos limitamos a construir, mas em dinamizá-las, em dar-lhes vida, como acontece com este encontro internacional” que junta instituições de ensino superior e o tecido empresarial. Na sessão de abertura, o autarca conside-

rou que o concelho e a região tem empresários audazes e deu como exemplo o que acontece nos “setores do frio, automóvel e agroalimentar”. O reitor da UBI deu como bons exemplos os setores “do frio, do agroalimentar, têxtil e das novas tecnologias”. No seu entender a grande falha “é a falta de mãode-obra qualificada”. António Fidalgo falou ainda na captação de alunos estrangeiros, lembrando que a UBI “foi das que trouxe mais estudantes de outros países para a região. Na Covilhã eles já dinamizam a sociedade”. Na sua intervenção defendeu ainda que

as instituições de ensino superior “devem ter um espírito amplo e aberto, para não se deixarem ultrapassar, para que os nossos jovens estejam na crista da onda e sejam capazes de competir”. E quando se fala em competitividade, fala-se também em qualidade e nas condições que são proporcionadas aos jovens no ensino superior. “Agora fala-se muito em residências para estudantes, quando isso no Interior já temos. Oxalá que Lisboa continue bem em termos turísticos, mas também não pode querer tudo, nem residências de estudantes pagas por todos”, disse. K

Helix Regional

São preciso estratégias conjuntas 6 No mesmo encontro, António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), lembrou que as três instituições de ensinosuperior dos distritos de Castelo Branco e Guarda “têm margem de crescimento. Temos é que ter planeamento conjunto. Se for definida uma estratégia conjunta e com o contributo de todos os setores isso será possível”. O responsável pelo IPCB realçou, neste contexto a importância “do encontro internacional”, referindo-se também o facto da “Câmara de Castelo

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Branco estar a puxar pelas instituições de ensino superior e para o qual nós devemos estar preparados. Esta é uma alteração de contexto e de envolvência”, disse, para depois abordar a necessidade de se captarem mais alunos estrangeiros e de reforçar a aproximação às empresas. António Fernandes abordou a essa ligação com o exemplo dos Curso que o IPCB está a desenvolver com a empresa Altran, no Fundão, mas também nos protocolos que foram assinados no âmbito do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores

Politécnicos com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, ou ainda com os cursos de curta duração para executivos, em parceria com a Associação Empresarial da Beira Baixa. A relação entre o tecido empresarial, as academias e os clusters é um dos pontos charneira para o desenvolvimento, para o crescimento económico e para a inovação. Alexandra Rodrigues, da Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), referiu-se ao trabalho que “Castelo Branco tem feito nesta tipologia de interface, com os clusters”, acrescentan-

do que “a CCDRC tem trabalhado com eles”. Alexandra Rodrigues, que representou a presidente (Ana Abrunhosa) da CCDRC no evento falou noutro desafio cada vez mais importante para as empresas. “A questão da digitalização na economia é fundamental e vão haver fundos (comunitários) disponíveis para essa área. Estamos a trabalhar numa plataforma que apresente os vários agentes na área da digitalização”. A questão da digitalização também foi abordada pelo vi-

ce-presidente do Politécnico da Guarda, Carlos Rodrigues considerou que “cabem às instituições de ensino superior, como o IPG, responderem aos novos desafios para a inovação, como é o caso da digitalização”. O papel das instituições de ensino superior no desenvolvimento regional também foi frisado pelo presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Pedro Dominguinhos. O presidente do Politécnico de Setúbal, trouxe à discussão o exemplo da aeronáutica naquela região do país. K


Plano validado em Conselho Geral

Estratégia aprovada até 2022 6 O Plano Estratégico do Instituto Politécnico de Castelo Branco 2019-2022 foi aprovado pelo Conselho Geral da instituição. O programa está assente em dois grupos de eixos estratégicos, a saber: missão e recursos. A reestruturação organizacional do IPCB é apontada como “uma importante linha de orientação estratégica, pelo que deverá ser realizada e apresentada ao Conselho Geral, uma reflexão sobre as potenciais melhorias de eficácia e eficiência resultantes de associações ou fusões entre Escolas do IPCB”, diz o documento a que tivemos acesso. António Fernandes, presi-

dente do IPCB, revela que “o Plano Estratégico constitui-se como um importante instru-

mento de coordenação de esforços, apontando objetivos institucionais relativamente

às questões da inovação no ensino e na oferta formativa, ao desenvolvimento da investigação e transferência de conhecimento, à importância da terceira missão da instituição, ao envolvimento das pessoas, à importância dos recursos financeiros e das infraestruturas”. Aquele responsável adianta que com este Plano “pretendese que o Politécnico de Castelo Branco evolua para um nível organizacional interno mais eficaz e mais eficiente, e que consiga captar mais jovens para o ensino superior, nacionais e internacionais”. Na sua perspetiva, o IPCB deverá, necessariamente, apos-

tar na qualidade das atividades que desenvolve, reunindo as melhores equipas e atingindo os melhores resultados, privilegiando: a consolidação da oferta formativa; o desenvolvimento da investigação; e a cooperação institucional entre os vários serviços e as Escolas do IPCB, incentivandoa partilha de recursos humanos e materiais e a colaboração efetiva”. António Fernandes fala ainda no envolvimento dos principais atores da região (Comunidades Intermunicipais, Câmaras Municipais, instituições de âmbito social e cultural, empresas) num processo de cooperação alargada”, e na sustentabilidade financeira da instituição. K

Plano até 2022

Eixos para o desenvolvimento 6 Plano está assente em dois grupos de eixos estratégicos (Missão e Recursos). No eixo Missão, surgem três linhas de orientação: Ensino, Investigação e a Terceira Missão. No caso do Ensino, pretende-se intervir ao nível da diversificação da oferta formativa, presencial e a distância, destinada a novos públicos, e promover a formação ao longo da vida. Esta linha de intervenção tem ainda como objetivos “promover uma preparação sólida dos estudantes procurando melhorar a taxa de empregabilidade e reforçando o acesso dos estudantes a práticas de investigação; e fomentar a melhoria das práticas de aprendizagem, promovendo a qualidade do ensino, o sucesso escolar e a orientação para o exercício da profissão”. Na vertente dedicada à Investigação, o IPCB assume como objetivos institucionais “promover o alinhamento estratégico da Instituição com a coordenação da atividade de investigação das Unidades de Investigação e Desenvolvimento; Promover a interdisciplinaridade e a utilização comum de recursos que vise a promoção global da investigação; e promover o aproveitamento máximo das oportunidades de financiamento a nível regional, nacional e internacional”.

Finalmente, na Terceira Missão (que engloba todas as áreas de interação com a sociedade, para além do ensino e da investigação), surgem como objetivos institucionais “Fortalecer a participação do IPCB como um catalisador de sinergias a nível regional, contribuindo para o desenvolvimento da cidade, da região e do país; e Promover a posição do IPCB como uma referência de inovação e empreendedorismo e participação em redes nacionais e internacionais”. O segundo grupo de eixo estratégico diz respeito aos Recursos e tem associados três linhas estratégicas: Pessoas;

Recursos Económico Financeiros; e Infraestruturas. Também aqui surgem objetivos institucionais, que passam por “fomentar a participação ativa das pessoas nas decisões estratégicas do desenvolvimento do IPCB; Proceder à renovação do corpo docente e proporcionar a progressão na carreira; e promover a igualdade de oportunidades de acesso, reconhecer e dignificar o papel de todos bem como a igualdade de género”, no caso da linha estratégica dedicada às pessoas. No que respeita aos Recursos Económico Financeiros, são objetivos institucionais “fomentar uma cultura de rigor

financeiro e melhorar a gestão dos recursos económico-financeiros; Promover a captação de fontes de financiamento alternativas; e avaliar o retorno financeiro, económico e social dos projetos desenvolvidos”. Já no campo das infraestruturas, procura-se “promover a manutenção e requalificação dos espaços e infraestruturas”. O Plano Estratégico inclui ainda as chamadas “Dimensões Transversais”. Aqui surgem aspetos como a Qualidade (onde se pretende valorizar o modelo de gestão e garantia de qualidade, promovendo a sua melhoria contínua); a Internacionalização (através da captação de estudantes internacionais e da melhoria das relações do IPCB com redes internacionais que potenciem o seu posicionamento internacional); ou Cultura, sociedade, cidadania, inclusão e apoio aos estudantes (onde se procurará promover a cultura, a inclusão multicultural e o desenvolvimento da sociedade; o envolvimento institucional e a participação cívica da comunidade académica; e o sucesso escolar”. As Dimensões Transversais incluem ainda a governação, gestão e estrutura organiza-

cional. É neste capítulo que se procurará “promover a reestruturação do IPCB” (aqui deverá ser realizada e apresentada ao Conselho Geral, uma reflexão sobre as potenciais melhorias de eficácia e eficiência resultantes de associações ou fusões entre Escolas do IPCB), para além da implementação de um modelo de gestão baseado no conceito da contabilidade analítica. Nesta matéria, o presidente do IPCB entende que o processo deve ser feito em “cooperação plena com os diretores das Escolas e assentar na adoção de uma abordagem factual baseada em referenciais capazes de promover a melhoria dos padrões de qualidade da formação, da investigação, da prestação de serviços, da coesão interna e da articulação entre serviços”. O Plano Estratégico revela que a “nível organizacional é importante apostar na criação de condições de apoio administrativo aos órgãos de gestão e aos docentes. No contexto da governação e gestão da Instituição, considera-se fundamental a implementação de um modelo que permita gerir eficazmente os recursos existentes e a afetação criteriosa dos mesmos”. K

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ESECB

Ateliês de Ciência com crianças

João Paulo Catarino visita IPCB

Floresta como oportunidade 6 O Secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, visitou, no passado dia 22 de janeiro, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, instituição onde concluiu a sua formação académica. O governante aproveitou a ocasião para salientar a importância do IPCB na “valorização dos produtos produzidos na região, que considerou terem hoje em dia com a mesma qualidade e imagem dos seus congéneres de outros países europeus”. O Secretário de Estado da Valorização do Interior elencou depois um conjunto de desafios e oportunidades de parceria entre o IPCB, as empresas e outras

instituições públicas e privadas, nomeadamente na área da investigação na fileira do pinheiro bravo, na criação de projetos para a prestação de apoio domiciliário a pessoas idosas (particularmente nos 7 concelhos afetados pelos incêndios de 2017), a criação de polos dos museus nacionais no interior do país ou valorização do turismo no interior e valorização dos produtos endógenos. Citado em nota de imprensa enviada ao nosso jornal, o presidente do IPCB salientou “que a instituição tem por princípio responder afirmativamente aos desafios que lhe são colocados, dando como exemplo o aumento de 5% das vagas disponíveis para o concurso nacional de acesso ao

ensino superior no ano 2018, que permitiu aumentar o número de novos estudantes no IPCB”. António Fernandes mencionou que o IPCB tem neste momento cerca de 100 docentes integrados nas Unidades de Investigação e Desenvolvimento do IPCB, em áreas mencionadas por João Paulo Catarino, referindo que o processo de reestruturação interna do IPCB que está agora a iniciar-se terá como objetivo criar uma organização que seja internamente mais eficiente e que a nível externo consiga captar mais jovens para o ensino superior, nacionais e internacionais, e melhorar a cooperação efetiva com os parceiros institucionais. K

Três formações vão avançar no IPCB

Curso para executivos 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai arrancar nos primeiros meses do ano 3 novos cursos de formação para executivos, no seguimento de uma parceria com a AEBB – Associação Empresarial da Beira Baixa, informou a instituição em comunicado enviado ao nosso jornal. Finanças para não Financeiros, Gestão Administrativa de Recursos Humanos e Direito do Trabalho e ainda Marketing e Comercialização são as 3 formações que irão arrancar nesta primeira fase, estando a lecionação a cargo de docentes da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova do IPCB. Os cursos terão uma duração de 25 horas e serão lecionados em horário pós-laboral nas instalações das escolas superiores do IPCB. Os destinatários desta nova oferta formativa do IPCB são empresários, dirigentes e outros

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6 A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESECB) está a promover ateliês de “Ciência… a sério” na Escola Afonso de Paiva. A iniciativa, coordenada pelos docentes Dolores Estrela Alveirinho e Paulo Afonso, resultou de um convite dos professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico daquela escola. As atividades de ciência experimental, realizadas durante duas tardes nos espaços da EB Afonso de Paiva, contaram com a participação das sete turmas de alunos do 1.º ao 4.º ano de escolaridade, envolvendo um total de 175 crianças, acompanhadas pelas respetivas professoras.

Em nota de imprensa, o IPCB revela que da Escola Superior de Educação participaram os alunos do 2.º e 3.º ano da Licenciatura em Educação Básica, a frequentar as unidades curriculares de Ciências da Natureza e Experimentais e Didática da Matemática, respetivamente, e ainda os alunos do 1.º ano do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, a frequentar a UC de Ciências Naturais, num total de 55 estudantes. A equipa da ESECB-IPCB contou ainda com a participação ativa de alunos ERASMUS, de nacionalidade espanhola e italiana, que fazem parte destas turmas. K

Ciência Viva

IPCB nas jornadas de parcerias em Proença 6 O Instituto Politécnico de Castelo Branco foi uma das instituições participantes nas Jornadas de Parcerias, que se realizaram no dia 16 de janeiro no Centro de Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova. Trata-se de uma iniciativa promovida pela Ciência Viva, que contou com a presença da sua presidente, Rosália Vargas e da subdiretora Geral da Educação, Maria João Horta. Com o objetivo de criar espaços de colaboração entre investigadores, docentes e autarcas, estas jornadas visaram a partilha do conhecimento através de uma rede de parcerias entre as comunidades científica e educativa.

Durante a sessão, os responsáveis das unidades orgânicas do Politécnico de Castelo Branco apresentaram as áreas de intervenção das diferentes Escolas Superiores do IPCB, demonstrando disponibilidade para desenvolver projetos no âmbito dos Clubes de Ciência Viva promovidos nas escolas secundárias da região, procurando assim a constituição de parcerias estratégicas para uma rede de ações a desenvolver nessas escolas. Ao longo dos trabalhos foi ainda destacada a importância dos municípios na abertura dos Clubes às comunidades em que se inserem. K

ESGIN

quadros e/ou colaboradores de Pequenas e Médias Empresas que pretendam melhorar os seus conhecimentos nas áreas específicas de cada curso. Para o Presidente do IPCB, António Fernandes, a proposta de funcionamento dos novos cursos em articulação com o tecido empresarial da região promove a cultura de formação ao longo da vida e insere-se na estratégia

definida de realização de formação orientada profissionalmente e pensada especificamente para responder às necessidades das empresas. É um projeto que queremos alargar a outras áreas do conhecimento, onde o IPCB tem capacidade instalada. As inscrições encontram-se já a decorrer, estando toda a informação disponível na página do IPCB na Internet, em www.ipcb.pt. K

Estudantes com nova presidente 6 Margarida Temudo Prudêncio, aluna da licenciatura em Gestão Hoteleira, acaba de tomar posse como presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (AEESGIN), do Instituto Politécnico de Castelo Branco. A cerimónia decorreu a 8 de janeiro, no auditório Pro-

fessor Domingos Rijo e que contou com a presença do Vice-Presidente do IPCB, Nuno Filipe Castela; da direção da ESGIN-IPCB, Sara Brito Filipe e João Renato Sebastião; dos Presidentes das Associações de Estudantes do Instituto Politécnico de Castelo Branco, bem como de elementos da comunidade académica. K


Portalegre

Politécnico faz azeite solidário Secretário de Estado afirma

BioBIP é exemplo 6 O Secretário de Estado da Valorização do Interior, João Catarino, visitou a BioBIP - Bioenergy and Business Incubator of Portalegre no campus do Politécnico de Portalegre, no dia 12 de dezembro. Na sequência da visita teve oportunidade de expressar que “a Incubadora é um excelente exemplo

do papel crucial que os politécnicos podem ter na ligação da comunidade académica ao tecido empresarial e no desenvolvimento de produtos e soluções inovadoras”, reforçando a importância que esta infraestrutura tem tido ao nível do desenvolvimento regional, em áreas cruciais para competitividade da região Alentejo. K

Portalegre

Projeto ZooWish vence final 6 O Projeto Zoowish apresentado por Marta Sousa, licenciada em Enfermagem veterinária pela Escola Superior Agrária de Elvas do Politécnico de Portalegre foi o vencedor do concurso de ideias SPEED TALENT – Acelerador de Talentos, um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional Alentejo 2020, que resulta de uma parceria alargada, constituída por nove entidades da região. Tal como explicou a vencedora do concurso, “a Zoowish é uma plataforma online que permite aos utilizadores encontrarem rapidamente

respostas para os seus animais, ao nível de estadia familiar, petsitting ou gowalking”. A mesma empreendedora assegurou que “este prémio representa uma grande oportunidade para a Zoowish porque estamos prestes a lançar o novo site e vai ser ótimo para fazermos uma boa campanha de comunicação que irá acompanhar o lançamento do site”. Segundo Marta Sousa, “a experiência para o utilizador vai ser bastante melhor, mas a nível de negócio já funciona na totalidade”. De realçar ainda que o projeto Zoowish está incubado na BioBip (Bioenergy and Business Incubator), em Portalegre. K

Portalegre

Valoriza avaliado 6 O Centro de Investigação e Valorização de Recursos Endógenos - Valoriza recebeu no passado mês a comissão de avaliação externa da Fundação para a Ciência e Tecnologia composta por 7 especialistas estrangeiros, que integram a equipa de avaliadores do painel THEMATIC AREAS - Sustainable Energy Systems, Circular Economy and Technologies for the Environment.

Durante a sessão, que contou com a presença da maioria dos investigadores, foi feita a apresentação do VALORIZA pelo seu Coordenador, seguindo-se um período de questões e de reuniões mais restritas. No final da reunião com a Comissão Externa de Avaliação foi feita uma visita à BioBIP e à BioBIP_Energy. K

6 O Instituto Politécnico de Portalegre acaba de produzir uma campanha de azeite solidário, a partir do olival que possui no seu campus. O azeite será agora entregue a alunos e instituições de apoio social da região. Deste modo, “está cumprida a componente solidária do projeto «Olival Ecológico e Solidário do IPP»”, afirma a instituição. A colheita de azeitona do olival localizado no Campus Politécnico rendeu mais de 100 litros de azeite, que serão canalizados para os estudantes beneficiários do programa “IPP Amigo” e para instituições de apoio social. No início do ano ficou concluída a colheita de cerca de uma tonelada de azeitona e o seu encaminhamento para o lagar. “O Politécnico de Portalegre agradece a todos quantos têm contribuído para este projeto, que possibilitaram que se cumpra mais uma ação de responsabilidade social. Um agradecimento particular é dirigido aos dez estudantes que, durante a pausa letiva, de forma altruísta, se voluntariaram para assegurar a apanha da azeitona. Tal foi possível graças à ação da Associação Académica do Politécnico de Portalegre, num processo em que participaram estudantes de todas as Escolas, coordenado pelo aluno Diogo Aragonês e com o apoio técnico e a orientação da Escola Superior Agrária (Luís Alcino da Conceição e António Brito)”, revela o presidente

da instituição, Albano Silva. Em nota de imprensa, o Politécnico de Portalegre realça que não é feito qualquer tratamento fitossanitário ao olival do Campus Politécnico, que além de outras finalidades, é ainda utilizado como meio peda-

gógico, por vários docentes, no âmbito de atividades letivas da Escola Superior Agrária de Elvas (licenciatura em Agronomia, mestrado em Agricultura Sustentável e CTeSP em Produção Agropecuária e em Viticultura e Enologia). K

Portalegre

Aluno ganha em Macau 6 Bruno Morgado, aluno do Instituto Politécnico de Portalegre, em programa de mobilidade no Instituto Politécnico de Macau (China), ganhou a Bolsa de Mérito atribuída pela Fundação Macau a Estudantes Portugueses em Intercâmbio (2018/2019). Esta é a segunda vez consecutiva que um aluno da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Portalegre recebe esta distinção, que premeia o desempenho académico relevante. O estudante do 4º ano de Enfermagem é um dos 13 alunos da Escola Superior de Saúde a quem foi proporcionado, desde 2011, um estágio de quatro meses, em Macau, com práticas no Hospital Conde de S. Januário. Durante o período de mobilidade, o Politécnico de Portalegre atribuiu uma bolsa, para custear as despesas de deslocação, e o IPMacau atribuiu uma bolsa mensal e forneceu o alojamento. Por outro

lado, em intercâmbio, nos últimos anos, a Escola Superior de Saúde já recebeu 16 estudantes oriundos do IPMacau. Os estudantes do Politécnico de Portalegre, em áreas a definir, anualmente, dispõem da possibilidade de passar um período de es-

tudos ou de estágio em Macau, sob orientação do IPMacau, ao abrigo de um acordo específico estabelecido pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). Em março de 2019, será aberto novo período de candidaturas. K

JANEIRO 2019 /// 013


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Inscrições até 31 de janeiro

Concurso ONcontrol avança 6 ‘Automatiza o teu mundo’ é o desafio lançado pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), no âmbito da terceira edição do concurso ONcontrol, cujo período de inscrições foi alargado até ao próximo dia 31 de janeiro.

A competição, dirigida aos jovens do ensino secundário e profissional do distrito de Setúbal, em particular os das áreas tecnológicas, pretende envolver os alunos no desenvolvimento de sistemas de controlo baseados na tecnologia Arduino, uma plataforma de prototipagem eletrónica. K

Ministro da Ciência da Sérvia de visita

Setúbal mostra indústria 6 O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) acaba de receber a visita de uma comitiva do Ministério da Educação, Ciência e Desenvolvimento Tecnológico da Sérvia, no âmbito das iniciativas de cooperação científica entre Portugal e a República da Sérvia, a qual esteve focada na ligação entre a instituição e o tecido empresarial da região, que se traduz numa taxa de empregabilidade que é a segunda maior do ensino politécnico português. “O que me impressionou mais foi a conexão que conseguiram aqui desenvolver entre a academia, os estudantes e a indústria”, referiu o ministro Mladen Sarcevic, identificando “muitas semelhanças com o que estamos a tentar desenvolver neste momento na Sérvia”. O governante sérvio explicou ainda as particularidades do

“modelo de educação dual” que tem vindo a ser implementado naquele país do leste europeu, onde, “para além do Estado, também algumas empresas podem financiar o ensino superior nas áreas que nos parecem estratégicas”. A visita da comitiva ministerial sérvia passou pelas escolas superiores de Ciências Empresariais e de Saúde, com paragem nos laboratórios de Logística e Sense&Motion (Movimento Humano), seguindose, já na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, a Oficina Lu Ban Portuguesa (Laboratório em Indústria 4.0), inaugurada em dezembro último, em parceria com o Governo Municipal de Tianjin, China, e o Innovation Lab, também recentemente inaugurado. O ministro Mladen Sarcevic teve ainda oportunidade de

dialogar com os estudantes do programa BrightStart, que está a ser desenvolvido em parceria com a Deloitte, no âmbito da estratégia de responsabilidade social da empresa multinacional, através do financiamento das propinas e da atribuição de bolsas aos estudantes selecionados. O programa, que já vai na segunda edição, consiste na formação de jovens na área das Tecnologias de Informação, em regime de cursos de curta duração (CTeSP), contemplando a componente teórica, em sala de aula, e prática, em contexto de trabalho real, sendo o exemplo acabado daquela que é a marca distintiva do IPS. “A nossa aposta muito clara no saber-fazer, em estreita parceria com as empresas”, vincou o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos. K

Pobreza, Exclusão Social e Saúde

Debate em Setúbal 6 O auditório nobre do Instituto Politécnico de Setúbal recebe, a 1 e 2 de fevereiro, a partir das 9h30, o seminário ‘Pobreza, Exclusão Social e Saúde – uma visão interdisciplinar’, que reunirá investigadores e profissionais de várias áreas do saber para uma partilha alargada de conhecimento teórico e práticas de intervenção. O encontro é uma organização das escolas superiores

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de Saúde (ESS) e de Ciências Empresariais (ESCE) do IPS, em parceria com o Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS) da Universidade de Évora, e pretende suscitar uma reflexão sobre as questões da saúde num quadro de vulnerabilidade social, assente num debate interdisciplinar com contributos da História, Saúde e outras Ciências Sociais.

Ao longo de dois dias, a discussão centra-se em quatro painéis temáticos, nomeadamente, a ‘Pobreza e exclusão social em Portugal’, ‘Retratos da pobreza – perspetiva histórica’, ‘Equidade em Saúde’ e ‘Práticas de integração e de apoio’. O programa do seminário contempla igualmente um espaço para apresentação de comunicações livres. K

Aplicação ONParkinson

Setúbal aposta em AP 6 As escolas superiores de Saúde e de Tecnologia de Setúbal estão a desenvolver uma aplicação móvel cujo principal propósito é capacitar os doentes de Parkinson e respetivos familiares/cuidadores para uma melhor gestão da sua patologia, sendo que o primeiro protótipo já está pronto para testes de médio prazo, graças ao apoio da consultora Aubay Portugal, com a oferta de 10 tablets em dezembro último. Estes equipamentos vão permitir a introdução consecutiva de dados e, deste modo, testar a usabilidade e potenciar a personalização que esta nova ferramenta vem permitir. O projeto ONParkinson, coordenado pelos departamentos de Fisioterapia e de Informática, está a ser desenvolvido em parceria com a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) e distingue-se da restante oferta já disponível no mercado pelo seu enfoque na comunicação entre a tríade utente, familiar/cuidador e profissional de saúde. Inclui as componentes de aplicação móvel, para utilização personalizada por parte das pessoas com Doença de Parkinson e familiares/cuidadores, bem como de plataforma

web, através da qual os profissionais de saúde podem definir os respetivos planos de exercício e progressões, mediante feedback. “Tendo em conta as aplicações que já existem, procurámos, compreendendo a evolução da doença, introduzir desde o início a figura do cuidador, que é algo que nós não encontramos no mercado. É esta a grande mais-valia da aplicação”, explica Carla Pereira, uma das duas coordenadoras do projeto que, tal como o nome indica, se foca no período “on”, aquele em que o paciente se encontra ainda em estado de boa função motora. Patrícia Macedo, da ESTSetúbal/IPS, destaca, por seu turno, o carácter “multidisciplinar” do projeto, pelo qual já passaram equipas de estudantes de áreas como Fisioterapia, Engenharia Biomédica e Engenharia Informática, bem como o facto de este ter como ponto de partida as “necessidades reais dos doentes”, apuradas através de um “estudo aprofundado junto da APDPk”. “Partimos daí e depois fomos tentar perceber como é que a ciência poderia ajudar a construir uma solução que desse resposta a estas necessidades”, conclui. K


Politécnico de Leiria

Análise forense em curso para autoridades 6 O Politécnico de Leiria dinamiza dois cursos em Análise Digital Forense, dirigidos a técnicos de informática da Autoridade Tributária (AT) e da Guarda Nacional Republicana (GNR). Esta formação avançada, que decorre na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), inclui ainda metodologias e abordagens práticas de análise digital forense, que permite dotar os formandos de conhecimentos sólidos e competências no âmbito da cibersegurança. «Atualmente a maioria dos crimes, informáticos ou não, envolve o recurso a equipamentos eletrónicos. Em fase de investigação estes equipamentos são apreendidos e posteriormente analisados, com vista à identificação de factos que comprovem a autoria ou não dos crimes. O aumento exponencial de equipamentos apreendidos tem trazido constrangimentos aos órgãos de polícia criminal, nomeadamente à realização em tempo útil das perícias aos equipamentos», explica Mário Antunes, professor do departamento de Engenharia Informática da ESTG e coordenador desta formação avançada. «Como consequência, estes organismos têm vindo a apetrechar as suas unidades de investigação de técnicos em análise digital forense, tentando assim aumentar o número de perícias realizadas, e consequentemente diminuir o tempo de investigação de cada processo.» Assim, de 7 a 18 de janeiro decorreu na ESTG o curso destinado aos técnicos de informática da Autoridade Tributária, que terão

unidades curriculares como regulamentação e regime jurídico, fundamentos de redes e protocolos, administração de sistemas e serviços de rede e laboratórios de análise digital forense. O curso destinado aos técnicos de informática da Guarda Nacional Republicana, que vai na segunda edição, decorre entre 21 de janeiro e 15 de fevereiro na ESTG. O plano curricular desta formação integra a introdução à segurança informática, regulamentação e regime jurídico, fundamentos de redes e protocolos, fundamentos de segurança em redes, administração de sistemas e serviços de rede, fundamentos de programação segura, laboratório de hacking, laboratório de recuperação de sistemas, e ferramentas para análise e investigação forense. A discussão e apresentação dos trabalhos finais realiza-se em julho. «Os cursos de formação avançada que agora se iniciam refletem o caminho já percorrido pelo Politécnico de Leiria, no âmbito da formação em Cibersegurança e Informática Forense», destaca Mário Antunes. «Desde 2013 realizámos cinco edições da pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense, direcionadas à PJ e GNR, ao Ministério Público e às empresas; instalámos um laboratório para realização de perícias forenses relacionadas com processos provenientes do Ministério Público; iniciámos em 2017 o mestrado em Cibersegurança e Informática Forense, que tem tido uma procura superior ao número de vagas disponíveis; foram reali-

zadas publicações científicas e trabalhos de investigação na área da análise digital forense, tendo alguns deles sido premiados internacionalmente; e temos orientado e coorientado trabalhos de mestrado e doutoramento na área da cibersegurança e informática forense», remata o professor da ESTG. K Publicidade

ESAD.CR

Alunos sobem ao palco 6 Um grupo de estudantes finalistas da licenciatura em Teatro da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD. CR) do Politécnico de Leiria subiram ao palco do Teatro da Rainha nos dias 24 e 26 de janeiro, para apresentar a peça “A luz da noite – Já

são 7 horas?”. Sob a direção de Rita Durão, 11 estudantes finalistas apresentaram a criação coletiva de uma colagem de textos de Luigi Pirandello e Ramón del Valle-Inclán, num espetáculo que resulta da coprodução da ESAD.CR e do Teatro da Rainha. K

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De 3 a 6 de abril

Ensino Magazine vai estar na Futurália 6 O Ensino magazine volta a marcar presença na Futurália, que decorre de 3 a 6 de abril, na FIL, no parque das Nações, em Lisboa. A principal publicação portuguesa dedicada ao ensino, cultura e juventude, irá promover algumas atividades em colaboração com os alunos do curso profissional de fotografia da Escola Secundária Matias Aires, na Agualva-Cacém. Além da distribuição de exemplares

016 /// JANEIRO 2019

a todos os visitantes, o Ensino Magazine vai promover o jogo da roda da sorte e irá preparar uma edição dedicada ao evento. A Futurália assume-se como a maior feira de ensino nacional, e tem por objetivo divulgar as ofertas formativas aos jovens, mas também de formação e empregabilidade. O Ensino Magazine marca presença no evento como media partner. K


O ipcb tem o Teu curso!

cursos técnicos supEriorEs profissionais (ctesp) Escola supErior aGrária

Escola supErior dE Educação

Escola supErior dE tEcnoloGia

Análises Químicas e Biológicas Cuidados Veterinários Produção Agrícola Proteção Civil Recursos Florestais

Assessoria e Comunicação Empresarial Desporto Recreação Educativa para Crianças

Automação e Gestão Industrial Comunicações Móveis Desenvolvimento de Produtos Multimédia Fabrico e Manutenção de Drones Instalações Elétricas e Telecomunicações Reabilitação do Edificado Redes e Sistemas Informáticos Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

Escola supErior dE artEs aplicadas

Escola supErior dE GEstão Gestão Empresarial Organização e Gestão de Eventos

Comunicação Audiovisual

licEnciaturas Escola supErior aGrária

Escola supErior dE Educação

Escola supErior dE saúdE dr. lopEs dias

Agronomia Biotecnologia Alimentar Engenharia de Protecção Civil Enfermagem Veterinária

Desporto e Atividade Física Educação Básica Secretariado Serviço Social

Ciências Biomédicas Laboratoriais Enfermagem Fisiologia Clínica Fisioterapia Imagem Médica e Radioterapia

Escola supErior dE artEs aplicadas

Escola supErior dE GEstão

Design de Comunicação e Audiovisual Design de Interiores e Equipamento Design de Moda e Têxtil Música - variante de Canto Música - variante de Formação Musical Música - variante de Instrumento Música - variante de Música Electrónica e Produção Musical

Gestão (ramo de Contabilidade ou ramo de Recursos Humanos) Gestão Comercial Gestão Hoteleira Gestão Turística Solicitadoria

Escola supErior dE tEcnoloGia Engenharia Civil Engenharia das Energias Renováveis Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações Engenharia Industrial Engenharia Informática Tecnologias da Informação e Multimédia

mEstrados / pós-GraduaçõEs Escola supErior aGrária

Escola supErior dE Educação

Escola supErior dE artEs aplicadas

Engenharia Agronómica Engenharia Zootécnica Inovação e Qualidade na Produção Alimentar Protecção Civil / Pós-Graduação* Sistemas de Informação Geográfica / Pós-Graduação*

Atividade Física Administração Escolar / Pós-Graduação Educação Especial - Domínio Cognitivo e Motor Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico Gerontologia Social / ESECB/ESALD Intervenção Social Escolar Supervisão e Avaliação Escolar

Design de Interiores e Mobiliário Design do Vestuário e Têxtil Design Gráfico Ensino de Música Música

Escola supErior dE GEstão Gestão de Empresas Gestão de Negócios / Pós-Graduação* Solicitadoria Empresarial

Escola supErior dE saúdE dr. lopEs dias Cuidados Paliativos

Escola supErior dE tEcnoloGia Desenvolvimento de Software e Sistemas Interativos Reabilitação Sustentável de Edifícios/ Pós-Graduação* * Ensino a distância

/ipcb.pt

@IPCBoficial

/ipcb.pt

politecnicocbranco

www.ipcb.pT JANEIRO 2019 /// 017


018 /// JANEIRO 2019


Pilhas para ajudar o IPO

Coimbra junta 120 quilogramas

Prémio Casa das Ciências 2018

Santarém ganha 6 Os docentes da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém, Bento Cavadas e Elisabete Linhares, foram galardoados com o Prémio de Distinção da Casa das Ciências 2018 com o recurso educativo “CreativeLab_Sci&Math | Bad Plastics - Oceanos livres de plástico: participar na mudança!”. O projeto desenvolvido pelos professores do Departamento de Ciências Matemáticas e Naturais da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém está focado na inovação no ensino das ciências e da matemática. O principal objetivo deste projeto é a formação de educadores e professores em práticas didáticas de caráter interdisciplinar, entre a matemática e as ciências, em ambientes educativos inovadores.

Para a dinamização das atividades são usadas metodologias investigativas e com integração curricular das tecnologias, programação e robótica. Como resultado, algumas das atividades do projeto são partilhadas na Casa das Ciências para que estejam acessíveis a todos os professores e possam ser utilizadas em contexto de aula. Bento Cavadas recebeu ainda uma Menção Honrosa, também na categoria ‘Recurso Educativo’, em conjunto com os professores Nuno Ribeiro, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), e Bruno Sousa, do Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira (Lagoa), com o trabalho ‘Crise vulcânica’. K

mos continuar a ajudar o IPO”. Ana Ferreira, pró-presidente do IPC, refere que “é gratificante para a comunidade do

Politécnico de Coimbra poder colaborar numa ação tão nobre de responsabilidade social e ambiental”. K

Poliempreende

Cávado e Ave

Instituto celebra 25 anos 6 O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) comemora este ano 25 anos, tendo como objetivo central tornar-se, até 2021, uma Universidade Politécnica reconhecida pela qualidade da sua formação, utilidade da produção científica e transferência de conhecimento para a sociedade e pelo forte contributo para o desenvolvimento sustentável da sociedade. A mais curto prazo, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo vai funcionar na Quinta do Costeado como Escola-Hotel, no concelho de Guimarães, e a Escola Superior de Design (ESD) vai funcionar no centro da cidade de Barcelos potencializando o contacto com a comunidade. Atualmente o IPCA tem mais de 4500 estudantes a frequentar cursos de licenciatura, mestrado,

6 O Politécnico de Coimbra (IPC) juntou-se à Ecopilhas numa ação de sensibilização para a recolha de pilhas e baterias, cujo valor obtido a favor do Instituto Português de Oncologia (IPO). O Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental do Politécnico de Coimbra, em colaboração com os seus Coordenadores Eco-Escolas, recolheu cerca de 120 Kg de pilhas e baterias usadas junto das respetivas Unidades Orgânicas, Residências e Serviços Centrais do IPC, durante o 10º Peditório de Pilhas e Baterias Usadas, que decorreu no mês de dezembro de 2018, sob o mote “juntos va-

Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), cursos de pósgraduação e cursos breves. A instituição dispõe de um Campus com todas as condições, de que se destaca a nova Biblioteca, inaugurada em dezembro de 2018, e o edifício da Escola Superior de Tecnologia. Mas o Campus está ainda em construção, tendo sido adquirido em junho do ano passado um terreno contíguo ao Campus onde vai ser construído o Pavilhão Desportivo e um parque de estacionamento. Neste momento, decorre também, no Campus, a construção do Mechatronics Factory Lab (M. Factory Lab), um laboratório industrial que vai proporcionar a formação em contexto prático, nas áreas da mecatrónica, mecânica, robótica e gestão industrial, a ser inaugurado este ano. K

Prémios entregues em Viseu 6 A Sala de Atos do Instituto Politécnico de Viseu foi o palco escolhido para a sessão solene de entrega dos Prémios da Edição Regional do Poliempreende 2018, que decorreu a 10 de janeiro, tendo contado com a presença do presidente da instituição, João Monney Paiva, do coordenador do Poliempreende e dos coordenadores das escolas superiores e os membros das equipas vencedoras da edição de 2018. O primeiro prémio (2000 eu-

ros) foi entregue a ao projeto SMOT (ESTGL), desenvolvido por Hugo Emanuel Félix Guerra, Francisco Bernardo Azevedo e Jéssica Sofia Bastos Silva. O segundo (1500 euros) coube à iniciativa denominada ‘Quadro Interativo de Apoio a Invisuais (ESTGV), da autoria de Luís Miguel Marques Fonseca, Filipe Amaral do Couto, João Pedro Madeira Dias e Luís Filipe Sousa Oliveira. Finalmente, as alunas Mónica Rafaela Mesquita Santos e Sónia Sandra Maio Mesquita receberam o terceiro.

Cada equipa recebeu na sessão final 50% do prémio total, sendo o restante atribuído em caso de efetivação de registo de empresa. João Monney Paiva destacou, na sessão, que o Poliempreende “destina-se a incrementar o contacto com a realidade de uma empresa a partir de uma ideia”. Concluiu a sua intervenção felicitando as equipas vencedoras e todos os alunos participantes no concurso. K Joaquim Amaral _

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Moçambique

Mondlane e Bélgica juntos 6 A Universidade Eduardo Mondlane e as Universidades Flamengas da Bélgica assinalaram ontem (17/12) dez anos de cooperação institucional através do Programa Desafio, um programa de desenvolvimento em saúde reprodutiva, HIV/SIDA e assuntos de família através da investigação multidisciplinar interuniversitária. O evento marcou o encerramento deste programa que ao longo dos 10 anos de colaboração, contribuiu para o desenvolvimento institucional da UEM e na formação de 11 Doutores, nas universidades flamengas e 25 Mestres em universidades Sul-Africanas e na UEM, sendo que, actualmente 3 continuam a frequentar Douto-

Escola Portuguesa

Alunos de Macau cantam as janeiras ramento na Bélgica cuja previsão de graduação é 2019. No âmbito do Programa Desafio, foram criados o Instituto de Direitos Socias, na Faculdade de Direito; a Unidade de Saúde

Reprodutiva, na Faculdade de Medicina; o Centro de Estatísticas, na Faculdade de Ciências; e o Fortalecimento do Centro de Línguas, na Faculdade de Letras e Ciências Sociais, entre outros. K

6 Os alunos da Escola Portuguesa de Macau cantaram as janeiras para a comunidade académica, num momento muito apreciado por todos. O cantar das janeiras é uma tradição que em Portugal está

enraizada e que procura levar alegria e transmitir otimismo. Foi isso que aconteceu numa escola, onde a questão cultural tem sido bem vincada com as muitas atividades que tem realizado. K

EPM-CELP

Plano de Leitura promove filme

Moçambique

UniLúrio contra Lepra 6 Uma Equipe holandesa gestora do “Projecto Lepra”, no qual a Universidade Lúrio (UniLúrio) faz parte, visitou no passado dia 25 de janeiro, o Campus Universitário de Marrere. A visita de trabalho permitiu à equipa conhecer aquele campus e reunir-se com a vice-reitora académica, Sónia Maciel.

Este projeto de investigação na área da lepra, tem como título “Profilaxia pós - exposição para Lepra: comparando a eficácia e viabilização de uma intervenção de campanha comunitária de saúde de pele, a uma intervenção baseada em centro de saúde”. Ao nível de Moçambique, Fernando Mitano, docente e director

científico na UniLúrio, será o investigador principal, neste projeto que terá a duração de três anos. Durante a sua implementação, o projeto oferecerá uma bolsa de estudos para Doutoramento na área da saúde, sendo que os estudos/pesquisas vão decorrer em três distritos, a destacar Murrupula, Mugovola e Meconta. K

6 A equipa do Plano Nacional de Cinema (PNC) da EPM-CELP promoveu a exibição do filme “Papel de Natal”, de José Miguel Ribeiro, que estimula a consciencialização ecológica, sobretudo, em tempo de consumismo. A curtametragem, focada em temas como a proteção do meio ambiente, a devastação da floresta, o consumismo e as alternativas possíveis para um mundo melhor, foi projetada , no auditório Carlos Paredes, para uma plateia composta por

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Rita Ruivo

Psicóloga Clínica (Novas Terapias)

Ordem dos Psicólogos (Céd. Prof. Nº 11479)

Av. Maria da Conceição, 49 r/c B 2775-605 Carcavelos Telf.: 966 576 123 | E-Mail: psicologia@rvj.pt

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alunos do terceiro ano do ensino básico. A obra cinematográfica procura debater alternativas que partem do significado do Natal e das prendas que à efeméride estão associadas. Esta linha de orientação foi o ponto de partida para ouvir o público, que participou de forma crítica e surpreendentemente fundamentada, revelando-se interventivo e capaz de apresentar alternativas “ao monstro” da poluição. K EPM-CELP _


Com o apoio do Santander Universidades

Gonçalo Quadros vence prémio Universidade Coimbra 6 Gonçalo Quadros, fundador e presidente-executivo da Critical Software, é o grande vencedor do Prémio Universidade de Coimbra 2019, uma das mais relevantes distinções nas áreas da ciência e da cultura, no valor de 25 mil euros, que conta com o patrocínio do Banco Santander, através do Santander Universidades. Nascido em Coimbra e licenciado em Engenharia Eletrotécnica, Gonçalo Quadros é o principal responsável e dinamizador da Critical Software, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de software e serviços de engenharia de informação para o suporte de sistemas críticos, nascida também ela nos laboratórios da Universidade de Coimbra (e incubada no Instituto Pedro Nunes). Autor de várias dezenas de artigos de investigação na área de computação e redes de comunicação, ex-professor nas universidades de Coimbra e Aveiro, Gonçalo Quadros tem vindo a distinguir-se tanto pela sua intervenção social, educativa e universitária como pelo caráter inovador dos projetos em que se envolve, em que se inclui a Critical Software, hoje com escritórios e clientes espalhados pelo mundo. Em 2006, o empresário foi distinguido com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito. Criado em 2004, o Prémio Universidade de Coimbra distingue anualmente uma per-

sonalidade de nacionalidade portuguesa que se tenha afirmado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência. O vencedor da edição de 2019 foi anunciado esta quinta-feira na Sala do Senado da Reitoria da Universidade de Coimbra pelo reitor João Gabriel Silva, em conferência de imprensa. O galardão vai ser entregue no dia 1 de março, na sessão solene comemorativa do 729.º aniversário da Universidade. O júri do Prémio é presidido pelo reitor João Gabriel Silva e tem como vice-presi-

Inscrições abertas

Santander e Casa da América Latina

Prémio Inter Pares

Fernando Martins vence prémio Quartin

6 As inscrições para a nova edição do Prémio Primus Inter Pares, que distingue anualmente os melhores alunos finalistas de Gestão, Economia e Engenharia em Portugal, estão abertas até ao próximo dia 23 de fevereiro, através do site www.primusinterpares.universia.pt. O Prémio, que já vai na 16ª edição, atribui aos três melhores candidatos destas áreas a oportunidade privilegiada de frequentar um MBA em escolas de negócio nacionais ou internacionais. As instituições envolvidas são: o IESE, em Barcelona; o IE Business School, em Madrid; o Lisbon MBA (Universidade Católica e Universidade NOVA); o ISCTE; o ISEG; e a Porto Business School. Os 4ºs classificados recebem um curso de pós-graduação. Para concorrer, os estudantes têm de ter nacionalidade portuguesa, menos de 26 anos e frequentar o último ano de mestrado, na sequência de uma licenciatura em Gestão de Empresas, Economia ou Engenharia. Os candidatos passarão por diversas provas de avaliação, que incluirão provas físicas e de equipa para os 24 finalistas apurados. Dessa fase serão selecioados os 5 melhores, que serão depois entrevistados pelo júri do Prémio. Os vencedores serão anunciados numa cerimónia em junho de 2019. O Prémio Primus Inter Pares é uma iniciativa do Banco Santander e do Jornal Expresso. K

6 Fernando Martins, Manaíra Aires Athayde e Gil Correia receberam, no último mês, o Prémio Científico Mário Quartin Graça, uma parceria entre o Banco Santander em Portugal e a Casa da América Latina. Os Prémios foram entregues na sede da Casa da América Latina, numa cerimónia que contou com a presença de Luís Bento do Santos, administrador do Banco Santander Totta; Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa; e Manuela Júdice, secretária-geral da Casa da América Latina. Fernando Martins, de nacionalidade portuguesa, venceu na categoria de Ciências Económicas e Empresariais, com a tese “Price and wages rigidities: macroeconomic evidence”, concluída no Instituto Superior de Economia e Gestão, uma dissertação sobre a dimensão da rigidez de preços e salários em Portugal, bem como das suas principais fontes. Manaíra Aires Athayde, de nacionalidade brasileira, destacou-se na categoria de Ciências Sociais e Humanas com a tese “Ruy Belo e o Modernismo Brasileiro. Poesia, Espólio”, realizada na Universidade de Coimbra, onde investiga como determinadas características, práticas e temáticas da literatura brasileira se encontram na construção do discurso poético e crítico de Ruy Belo.

dentes Inês Oom de Sousa, administradora do Banco Santander Totta, e Domingos de Andrade, diretor do Jornal de Notícias. Nesta edição participaram como vogais Álvaro Garrido (Faculdade de Economia da UC), Eugénia Cunha (Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC), José Augusto Bernardes (Faculdade de Letras da UC), Maria Manuel Clementino (Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC), Fernando Freire de Sousa (Presidente CCDRN), Eduardo Fragoso (Associação António Fragoso) e António Filipe Pimentel (Museu Nacional de Arte Antiga).

Gil Correia, de nacionalidade portuguesa, foi o vencedor da categoria de Tecnologias e Ciências Naturais, com o trabalho “Integração de caracterização de reservatórios com ajuste de histórico baseado em poços piloto: aplicação ao campo Norne”, realizado na Universidade Estadual de Campinas, onde o investigador aplicou um fluxograma de modelagem geológica aplicada a um reservatório real.

Este prémio já distinguiu personalidades como a coreógrafa Madalena Victorino, o cientista Adélio Mendes, o crítico gastronómico José Quitério, o ex-reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa, o autor e compositor António Pinho Vargas, o artista plástico Julião Sarmento, o cineasta Pedro Costa, a cientista Maria de Sousa e o professor Adélio Mendes, entre outros. O historiador, musicólogo e professor Rui Vieira Nery foi o vencedor do Prémio Universidade de Coimbra 2018. O Santander, através do programa Santander Universidades, assume o compromisso de promover as melhores práticas na resposta aos desafios da sociedade portuguesa, sendo já uma referência a nível nacional no que diz respeito à promoção do Ensino Superior, colaborando atualmente com 53 instituições do Ensino Superior. O Banco investe anualmente mais de 7 milhões de euros na área de Responsabilidade Social e Corporativa. O Banco Santander, a empresa que mais investe no apoio à educação no mundo (Relatório Varkey/UNESCO– Fortune 500), mantém mais de 1.200 acordos de colaboração com universidades e instituições académicas de 21 países através do Santander Universidades e, através da rede Universia, agrupa mais de 1.300 instituições académicas ibero-americanas. K

Ao vencer a respetiva categoria, cada investigador recebe um prémio pecuniário de 5.000 euros. O júri atribuiu ainda uma menção honrosa a Virgílio Coelho, de nacionalidade brasileira, com a tese “O Fio de Ariadne: Desilusão e Sensibilidade Política em Os Maias, de Eça de Queiroz”, concluída na Universidade Federal de Minas Gerais. K

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unesco

(Des)envolver… com consciência cívica! 7 Acentuar a identidade da Escola Secundária Quinta do Marquês, como uma escola associada da UNESCO, com um projeto abrangente e pluridisciplinar, é à partida, um compromisso com os objetivos e as finalidades que nos desafiam. Desenvolver espaços de diálogo para potenciar valores de cidadania e da igualdade, como a solidariedade, a tolerância, a partilha, a sustentabilidade, a diversidade e a responsabilidade de um mundo melhor são as prioridades absolutas. Neste ano letivo, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares associados aos objetivos definidos no quadro da UNESCO e o apoio de entidades parceiras (Autarquias, ONGs, Instituições de Ensino Superior, organizações privadas e públicas, entre outros) oferecem vantagens de uma visão compartilhada e de uma prática co-

operativa. Esta dinâmica gera iniciativas e métodos de ensino inovadores, numa perspetiva interdisciplinar centrada no aluno, promovendo o seu papel ativo e crítico na construção do conhecimento. Os alunos dão a sua voz na implementação dos projetos, sentem-se envolvidos e

participam ativamente numa ação refletida, inclusa e eficaz para a construção de um mundo melhor. Da lista de projetos em curso, permito-me destacar as quatro áreas temáticas principais: As preocupações mundiais e o papel das Nações Unidas, com as

migrações, os encontros e desencontros entre culturas, os perigos emergentes dos nacionalismos, os conflitos étnico-culturais e a consciência cívica; O Desenvolvimento Sustentável, com os recursos económicos e os riscos, o acesso aos sistemas de saúde, o melhor uso da biodiversidade para dietas mais nutritivas, melhores meios de subsistência para comunidades sustentáveis, a erradi-

cação da pobreza, a redução das desigualdades, as alterações climáticas e os ecossistemas marinhos; A paz e os Direitos Humanos, com ações de solidariedade, de voluntariado e sensibilização pelos Direitos Humanos, bem como, o papel das ONGs na construção da paz; e A aprendizagem intercultural, com a comemoração do 2019 Ano Internacional das Línguas indígenas, as interculturas, as identidades e o património. Desenvolvem-se atividades onde as relações de harmonia, a consciência cívica e a promoção de valores andam de mãos dadas, apoiam iniciativas e potenciam alunos, famílias e a própria comunidade extraescolar em prol de uma visão comum para a humanidade. São exemplo disso, as ações de sensibilização, as ações de solidariedade, as ações de voluntariado que levam a uma transformação

de práticas e vivências, numa participação plena e efetiva na sociedade. É neste desenrolar contínuo de emoções, reflexões e ações individuais que caminhamos ou que nos propomos caminhar. (Des)envolver pequenas ações que fazem a diferença…pequenas atitudes que constroem a escola ao gosto de cada um e à dimensão do mundo, na procura de soluções para os problemas do mundo. Este é o desafio que diz respeito a todos, numa caminhada comum por um futuro melhor. K Maria do Carmo Marrão _

Coordenadora do projeto UNESCO Escola Secundária Quinta do Marquês Correção Na última edição do Ensino Magazine, por lapso, o título do artigo surgiu com uma palavra trocada: “Boas práticas e encontro de sabores”, quando o correto seria: “Boas práticas e encontro de saberes”. Aos nossos leitores e aos visados ficam as nossas desculpas pelo sucedido.

Afirmação do território

Leiria com cátedra Unesco 7 Para Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, a Cátedra UNESCO em “Gestão das Artes e da Cultura, Cidades e Criatividade” atribuída ao Politécnico de Leiria «afirma todo este território, que funciona em rede, destaca o que de bom existe aqui em termos culturais e artísticos, e de produção de conhecimento, e que fazemos questão de colocar ao serviço da sociedade». Rui Pedrosa preconiza para a Cátedra UNESCO, que tem sede na Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR), a missão de gerar uma nova centralidade ao serviço de uma rede alargada de players na região e no País, porque deve ser um projeto aglutinador que mobiliza o território. O presidente do Politécnico de Leiria promete «uma plataforma diferenciadora, de impacto social na dimensão cultural, e ao serviço da co-

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munidade». A Cátedra atribuída pela UNESCO, e cujo titular é o professor João Bonifácio Serra, foi apresentada a 5 de dezembro, e tem como objetivos concretos a conceção de uma revista dedicada à curadoria artística, programação e gestão cultural, a criação do Observatório Living Cities, para investigação e formação em gestão e políticas urbanas para as artes e a cultura, a dinamização do Fórum para as Artes e Sustentabilidade, e a participação no projeto internacional Mirror Identity Drawings, para exploração da identidade através do desenho enquanto ferramenta de pesquisa e compreensão. O diretor da ESAD.CR, João Santos, destacou o desenvolvimento económico e social que conferirá à região, até pela sua capacidade agregadora e de materialização que tem muito a dar à sociedade. Para o titular da

Cátedra, João Bonifácio Serra, este compromisso com a UNESCO, que começou a ser desenhado em 2017, reforça o projeto de criação da ESAD. CR, a missão impressa nas suas raízes, e permite recentrar este desígnio e fortalecer as redes de conhecimento. A Cátedra tem como missão desenvolver investigação e formação em gestão e políticas urbanas das artes e da cultura, em articulação

com diversas organizações portuguesas e estrangeiras, nomeadamente para municípios da região, mas também para outros parceiros da América Latina e dos países africanos de língua portuguesa. Na sua intervenção, Rita Brito, representante da Comissão Nacional da UNESCO, sintetizou a missão desta e das restantes 11 cátedras existentes em Portugal: «partilha, progressão e intercâm-

bio do conhecimento». O Conselho Consultivo da Cátedra UNESCO da ESAD. CR é composto por João Caraça, consultor da Fundação Calouste Gulbenkian; Maria Fernanda Rollo, professora e investigadora e antiga secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Fernando Tinta Ferreira, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha; Raquel Henriques da Silva, professo-

ra e investigadora de História de Arte; Carlos Martins, gestor cultural; Emídio Ferreira, professor e investigador de História de Arte; Madalena Victorino, coreógrafa e curadora; Inês Moreira, professora e curadora; e Ana Umbelino, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Torres Vedras. A professora da ESAD. CR Luísa Arroz, coordenadora da licenciatura em Programação e Produção Cultural e do mestrado em Gestão Cultural é a coordenadora técnicocientífica da Cátedra. Na apresentação da Cátedra UNESCO do Politécnico de Leiria, João Caraça proferiu a lição inaugural da Cátedra, com o tema “A Arte de usar a Ciência”, onde estabeleceu uma relação entre a criação de conhecimento e o seu uso pela sociedade, relação essa que tem de ser trabalhada e melhorada, e que consubstancia a principal missão do projeto. K


Editorial

Formação para toda a vida? 7 Um dos aspectos que ressalta da mais recente produção em matéria educativa oriunda dos organismos da União Europeia, reporta-se a um novo entendimento da formação de docentes, no sentido de os preparar para assumirem a mudança permanente como uma das condicionantes do seu percurso profissional. Creio que, quanto a essa afirmação, existe um lato consenso. Segundo as recomendações divulgadas, a necessidade da melhoria da formação inicial dos docentes não deve esconder a sua função certificante para o exercício da docência, entendendo-a, todavia, como ponto de partida para a formação permanente. Isto é: a formação deve tornar-se contínua, dado que vivemos momentos de precoce desactualização, também ela permanente. Porém, para ser verdadeiramente contínua, a formação inicial deve ser considerada como condição necessária, mas

não imperativamente suficiente para o desenvolvimento da profissionalidade docente. Há mesmo quem a catalogue como o primeiro passo para a desprofissionalização. Assim sendo, o que se deve exigir de um sistema de formação de professores é que procure corresponder, simultaneamente, ao desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes, reconhecendo-se que, cada vez mais, esse desenvolvimento se reparte por diferentes etapas: a do formando candidato a professor, a da indução - que corresponde aos primeiros anos de carreira, e a do professor em exercício, já com alguma experiência profissional, partilhada entre pares. Este triplo entendimento tem beneficiado, infelizmente, de mais produção teórica do que de correspondentes medidas práticas, pelo que quase que nos atreveríamos a considerar que estamos perante um dos grandes mitos das ciências

da educação, o qual tem acompanhado os investigadores no decurso das últimas quatro décadas. Considera-se que o professor deve ser formado, durante a formação inicial, para ter uma grande capacidade de adaptação. Que deve ser sujeito a uma formação plástica e em banda larga que lhe permita enfrentar os ventos de mudança científica, tecnológica, social e cultural, que ocorrem a um ritmo exponencial. Com isso pretende-se não comprometer a inovação e a renovação desejadas, e consideradas condições indispensáveis à melhoria da qualidade de ensino e da eficácia organizacional das escolas. Daí a importância da aprendizagem ao longo de toda a vida, da aprendizagem permanente. Daí a responsabilidade que todos aqueles que se encontram envolvidos na educação têm em descobrir que também eles são aprendizes.

E este facto releva a principal mudança a que nos referíamos: da educação para a aprendizagem permanente. O que pressupõe uma mente que interroga, uma atitude dinâmica e uma capacidade para continuar a reformular o nosso próprio entendimento das coisas e das nossas convicções pessoais. Entendida neste contexto, a formação ao longo do percurso profissional deverá fundamentar-se na necessidade e exigência da alteração de atitudes, mentalidades e competências profissionais e pessoais, com vista a um melhor desempenho da prática lectiva, tendo como horizonte a consequente melhoria da aprendizagem e o desenvolvimento integral dos alunos. Alunos esses que são, afinal, a única razão porque ainda existem escolas e professores. Resta saber até que ponto todos os intervenientes no sistema educativo estão receptivos a assumir e aceitar a de-

cisão de passar do que se diz, ao que faz. Ou, melhor, ao que deveria ser feito. Já que nesta matéria, e no que respeita ao sistema educativo português, poucas experiências significativas alteraram a percepção de que, em termos de custos e eficácia, a formação permanente, quantas e quantas vezes, não tem passado do estatuto mediano de um incontornável jogo de mútuos equívocos. K João Ruivo _ ruivo@rvj.pt Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Primeira coluna

A chave da mobilidade 7 A internacionalização das instituições de ensino superior constitui um objetivo estratégico de universidades e politécnicos, através de projetos de investigação, de processos de dupla titulação, da captação de alunos internacionais, e no reforço de programas de mobilidade, como acontece com o Erasmus +, promovido pela União Europeia, que em 2017 bateu recordes de participação, com mais de 800 mil pessoas a circular entre os países participantes, dos quais 21 mil dizem respeito a Portugal. Falando desta forma parece que são coisas simples. Mas, na verdade, são complexas, exigem ousadia, inovação e aquilo a que podemos chamar de empreen-

dedorismo académico à escala global. O programa Erasmus +, nas suas várias vertentes, tem permitido que milhares de estudantes, docentes e não docentes, façam programas de mobilidade, concluam parte dos seus cursos em instituições de ensino superior de outros países, façam estágios profissionais em empresas de outros países que não os seus, ou exerçam as suas funções em universidades ou politécnicos estrangeiros. Para se ter uma ideia da importância deste programa, entre 2013 e 2017, mais de dois milhões de pessoas beneficiaram de bolsas para aquilo a que se chama de programas de aprendizagem ao longo da vida. O valor orçamen-

tado, pela União Europeia, para o período 2014-2020 é de 14,7 mil milhões de euros. O programa Erasmus + é um dos projetos mais bem conseguidos da União Europeia, que tem permitido experiências únicas a quem nele participa, que permite abrir horizontes, conhecer novas realidades, e criar uma rede de contactos poderosa. Esta dimensão de abertura vem ao encontro daquilo que são as academias do futuro, e para o que os alunos, docentes e não docentes (mas sobretudo os primeiros dois grupos) vão encontrar na sua vida. Uma competição à escala global, onde todos são cidadãos do mundo e não apenas da cidade ou do país onde vivem ou

nasceram. Esta rede de conhecimento tem vindo a ganhar força, a reforçar parcerias e a garantir o aparecimento de projetos internacionais, sejam eles académicos, de investigação, ou de vida. E esta é a força do Erasmus +, que aqueles que estão em condições de participar não devem desperdiçar. Também as instituições de ensino portuguesas devem ter a capacidade de atrair participantes para este programa, criando as condições para enviar e acolher. Portugal enviou, no ano letivo 2016-2017, mais de nove mil estudantes para estudar no estrangeiro e 2354 pessoal docente, recebendo, respetivamente, 14306 estu-

dantes e 3825 docentes. Os números são já relevantes, mas o nosso país deve fazer um esforço para os melhorar, na certeza que o retorno será sempre maior que o investimento. K João Carrega _ carrega@rvj.pt

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CRÓNica

Sexeno de transferencia 7 Las misiones principales que se reconocen a la universidad contemporánea son, como recordará el lector, las de la formación de profesionales al más alto nivel (docencia), la producción de conocimiento (investigación), y la extensión universitaria. A esta última, por claras influencias anglosajonas, en lo conceptual y hasta en lo lingüístico, se ha comenzado a denominar “transferencia”, que a nosotros no nos acaba de gustar. Transferencia en nuestra lengua castellana posee una connotación más fría y distante entre quien posee algo y lo transfiere, que el verbo proyectar, siempre más expansivo y generoso, o extender, que pensamos tiene más identidad con la función de la universidad en la sociedad, dado que nos habla de continuidad en la extensión y continuidad de una actividad, de un proyecto docente o investigador. Y dicho esto, el papanatismo académico reinante hoy en España, que babea ante todo lo anglosajón, sea bueno, malo o regular, ha adoptado sin que casi nadie rechiste el concepto de transferencia de la ciencia a la sociedad. Por tanto, hablemos de transferencia de la investigación, aplicada-proyectada-extendida a la sociedad, al entorno próximo, o no tanto. Para aclarar al lector, cuando hablamos entre nosotros de sexenios (de investigación) o quinquenios (de docencia), utilizamos un argot propio de la universidad española, que significa desde 1989 lo siguiente, referido a complementos de productividad de los profesores como docentes o como investigadores. Es decir, si un profesor es evaluado en sus últimos cinco años

como “buen” profesor, recibirá una ayuda mensual económica complementaria en su salario, y a lo largo de toda su vida académica en la universidad. De esa manera, cuando ha alcanzado un máximo posible de seis quinquenios de “buen” profesor (30 años) , su salario se verá notoriamente incrementado cada uno de los meses del año, y durante toda su vida académica activa. La concesión de estos quinquenios requiere un filtro por parte de cada una de las universidades, que hasta ahora ciertamente no ha sido especialmente exigente, por lo que la mayoría de los profesores, salvo circunstancias extrañas o muy adversas, obtienen los seis quinquenios de docencia. Algo equivalente sucede al profesor universitario español con la investigación, si bien aquí se habla de sexenios, y se trata de un proceso muy distinto, muy exigente y competitivo y nada fácil de obtener . Es concedido por parte de una comisión evaluadora nacional, que durante algunos meses revisa la documentación que cada candidato presenta una vez al año, y cada seis años más si obtiene la calificación favorable. Es decir, un profesor de forma voluntaria puede someter su producción investigadora cada seis años ante la ANECA ( Agencia Nacional de Evaluación de la Calidad y Acreditación ), organismo público válido para toda España, y si obtiene una calificación positiva de uno o de seis sexenios de investigación, va a recibir un incremento salarial notorio cada mes de su vida laboral activa. Además, esta evaluación de la investigación discrimina mucho más la aportación investigadora de los profesores universitarios, y representa una forma contundente de

identificar quien es quien en la corporación universitaria y en la comunidad científica del pais. El disponer o no de sexenios de investigación condiciona muchas prácticas, posiciones, rankings, valoraciones en la vida universitaria de los profesores, mucho más allá de la mejora económica, por importante que ella sea. Cuenta en la trayectoria universitaria personal mucho más, generalmente, el prestigio que la obtención de un sexenio (o de varios) representa, pues supone el reconocimiento a si una persona es un buen investigador o es mediocre, o nulo. Hay excelentes profesores como docentes que no investigan. También hay profesores con sexenios de investigación que son pésimos docentes. La reflexión que hace ya más de 80 años hizo Ortega y Gasset sobre lo que ocurría en la universidad alemana nos sigue siendo muy útil para enjuiciar nuestras universidades. Con frecuencia no van unidas investigación y docencia en la actividad de un profesor universitario, aunque lo deseable es que así fuera. Pero vayamos al tema que hoy nos ocupa. Estos dos tipos de evaluación de la docencia y de la investigación de un profesor universitario en España explican por qué cada profesor tiene un salario final distinto (o es altamente difícil que coincidan los de varios profesores entre sí), porque las circunstancias son ciertamente muy diferentes en cada universidad, en cada Comunidad Autónoma (que otorga complementos económicos propios, y otro pequeño complemento por desempeño de cargo directivo en algún momento de la vida académica). Pero ahora se añade otra circunstancia nueva, que han llama-

Publicação Periódica nº 121611 Dep. Legal nº 120847/98

do desde la Administración Central del Estado Español sexenio de transferencia. ¿En qué consiste? Se trata de un sexenio de investigación aplicada, diferente del sexenio de investigación, que parece que va a valorar la proyección, la extensión, la “ transferencia” de la investigación que hace un profesor (catedrático o titular) hacia el mundo de la empresa, actividades económicas, y otras de ciencia aplicada, de tareas sociales que benefician a la comunidad. De esta manera, si alguien que ya tiene sexenios de investigación reconocidos, también solicita el “sexenio de transferencia”, y lo consigue, va a obtener un buen reconocimiento científico y social, porque también se valorará la función extensiva de la ciencia que viene investigando, de sus proyectos. Admitiendo que la denominación “transferencia” nos parece poco correcta conceptual y lingüísticamente en español, sí nos parece que este sexenio de transferencia es una buena oportunidad para que sea reconocida la ciencia aplicada de sus agentes universitarios, tanto en su vertiente económica, empresarial, como social. Vamos a ver cómo se desarrolla esta iniciativa que acaba de convocarse de forma experimental entre nosotros, y que ha generado recientes expectativas en la comunidad universitaria española. K José Maria Hernández Díaz_ Universidad de Salamanca jmhd@usal.es

Prémio Internacional junta salamanca e castelo branco

Portugal e México ganham prémio de Poesia António Salvado 7 A poeta portuguesa Maria João Pessoa e o escritor mexicano Gerardo Rodrigues são os vencedores do Prémio Internacional de Poesia de Castelo Branco “António Salvado”. O anúncio foi feito, no passado dia 26 de janeiro pelo presidente do júri do concurso Alfredo Alencart, docente da Universidade de Salamanca. O prémio promovido pela Junta de Freguesia de Castelo Branco e Câmara albicastrense contou, nesta primeira edição, com 500 poemários a concurso. Facto que foi destacado pelos presidentes das autarquias (Luís Correia, pre-

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Alfredo Alencart, com o poeta António Salvado, os autarcas Luís Correia e Leopoldo Rodrigues, e o vice-reitor da Universidade de Salamanca, Enrique Cabero Morán

sidente da Câmara, e Leopoldo Rodrigues, da Freguesia), e pelo vice-reitor da Universidade de Salamanca, Enrique Cabero Morán, que agradeceram o trabalho do grupo de pré-leitores que selecionaram os poemários finalistas, cujos vencedores vão ser publicados em livro nas duas línguas, português e castelhano. António Salvado, poeta albicastrense com mais de 70 títulos publicados, agradeceu o facto do seu nome ter sido atribuído a um prémio, lembrando que “ainda esta noite vou começar a traduzir o livro do poeta mexicano”. K

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Aprender y enseñar en la Era digital

Teorías del Aprendizaje para la nueva Era. 1: El Conectivismo 7 El conjunto de aportaciones que venimos haciendo en este espacio intenta mejorar la comprensión, asimilación y provecho de las tecnologías de la Comunicación y la integración didáctica de las mismas. Y si la invasión de las tecnologías ha revolucionado muchos ámbitos, entre ellos particularmente el del conocimiento, también lo ha hecho con las teorías que describen los principios y procesos de la aprensión de ese conocimiento, el aprendizaje. Hasta la llegada en firme de las tecnologías las tres grandes teorías de aprendizaje estudiadas en el ámbito de la enseñanza eran el conductismo, el cognitivismo y el constructivismo. Sin embargo, en un marco modelado actualmente por modelos conexionistas, redes de aprendizaje y comunidades virtuales, parece que con ellas solas no se explican plenamente los procesos de aprehensión del conocimiento. Frente a la idea de enseñar como transmisión de conocimientos, debe hablarse ahora de “la construcción de conocimiento”. Es fundamental repensar la relación entre la educación y las prácticas que exige la creación de conocimiento, como tratamos de hacer en nuestra publicación sobre “La Evaluación en la Era Digital” (Ed. Síntesis). Y sobre esta idea se han cons-

truido interesantes planteamientos y teorías, como las que desde principios del siglo XXI comenzaron a postular algunos autores comenzando a conformar una especie de cuarta teoría del aprendizaje, cuyo concepto clave son las conexiones que se establecen a través de la red. Efectivamente, la que podríamos llamar “Teoría del aprendizaje para la era digital”, fue propuesta por Stephen Downes y George Siemens, los cuales tratan de explicar el aprendizaje complejo en una sociedad digital en rápida evolución. El propio Siemens, en un artículo de 2004 titulado “Connectivism. A learning theory for the digital age”, parte de las condiciones de la sociedad actual conectada en red, para realizar una aproximación totalmente nueva al aprendizaje que tiene

lugar en las redes y que redefine el papel de los educadores en un mundo progresivamente conformado por estructuras en red. El autor canadiense cree que en este mundo nuevo, conectado en red, las teorías tradicionales del aprendizaje carecen de capacidad explicativa al excluir el aprendizaje que ocurre fuera de la persona, por lo que defiende el carácter individual del mismo. Y como consecuencia, opina que el tipo de instrucción que se impartía en las escuelas no preparaba a los jóvenes para enfrentarse con los cambios que supone la era digital. Por eso considera necesario un replanteamiento de las teorías con un doble objetivo: primero, que sean capaces de describir el aprendizaje que tiene lugar en las redes y segundo, que

redefina el papel de los educadores en un mundo progresivamente definido por estructuras en red. Así nace el llamado “Conectivismo” o, como merecidamente se la denomina, “Teoría del aprendizaje para la era digital”. El Conectivismo reúne aspectos de la neurociencia, de la teoría de redes, de los sistemas adaptativos complejos y otras teorías afines. Respecto a las teorías de aprendizaje convencionales de la Psicología de la Educación se ha apoyado particularmente en el constructivismo. Hasta el punto de que, para algunos, el Conectivismo es como una versión actual del constructivismo, al tomar en consideración el contexto digital ilimitado de los intercambios humanos. Según los autores de esta teoría, el aprendizaje puede ocurrir fuera del sujeto, pudiendo residir en dispositivos no humanos. Y una parte del mismo se produce a través de las conexiones dentro de las redes. El modelo utiliza el concepto de una red con nodos y conexiones para definir el aprendizaje como representamos en el gráfico adjunto. Para algunos autores, tanto el Conectivismo como el Aprendizaje Ubicuo (del que algún día trataremos) han roto barreras espaciales y temporales dentro de la experiencia

del aprendizaje, apoyándose en dispositivos conectados entre sí, dándose en diferentes escenarios a la vez. La información y el conocimiento están al alcance de forma inmediata, generando nuevas prácticas sociales y lingüísticas en la vida cotidiana de los sujetos a través de la interconectividad en red. Así pues, el aprendizaje se supone con la creación de nuevas conexiones y la capacidad de operar entre las redes al alcance de cada uno. Es decir, para el Conectivismo el aprendizaje posee un carácter relacional, de modo que la capacidad de aprender depende de la riqueza cultural que irradie el contexto social en que se encuentre el individuo. K Florentino Blázquez Entonado_ Catedrático de Didáctica Emérito Universidad de Extremadura

AULA - IFEMA

Ensino Magazine en Madrid 7 El periódico Ensino Magazine volverá a estar presente en AULA, la mayor feria de la educación que tiene lugar en la Península Ibérica. La participación proviene de la asociación entre el IFEMA y nuestra publicación. Para el director del periódico, “la participación es parte de la estrategia de internacionalización de la revista”. AULA, Salón Internacional del Estudiante y de la Oferta Educativa, vuelve a acoger la oferta de todas las universidades públicas de Madrid. IFEMA organiza la sexta edición de la SEMANA DE LA EDUCACIÓN 2019, los días 27 al 31 de marzo próximos. El punto de encuentro que reúne en 5 días a más de 146.000 estudiantes, padres y madres, profesores, orientado-

res, responsables de centros educativos y profesionales de la educación.

La Semana de la Educación es el mayor evento para el mundo educativo de España, al ofre-

cer, através de sus cinco salones y eventos singulares: Aula, Salón Internacional de

Postgrado y Formación Continua, Congreso RED – Interdidac, Expoelearning y Schools Day, una amplia panorámica de este sector. Más de 443 empresas, instituciones y entidades participantes proporcionan la información más actual y ofrecen, además, una función de asesoramiento personalizado. En 2018 participaron 9.224 profesionales que compartieron prácticas y conocieron los mejores recursos para la formación a través del Congreso RED. La orientación a estudiantes, familias y profesionales de la educación es uno de los principales valores que aporta la feria. El Espacio de Orientación Educativa atendió, en 2018, cerca de 4.000 consultas individuales y de centros, de manera gratuita y personalizada. K

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Musicalbi lança álbum de originais

A vontade de preservar e imortalizar a música portuguesa 6 Após o lançamento do disco “Lado Calmo” em 2014, o grupo Musicalbi acaba de lançar oficialmente o seu novo trabalho discográfico, e o seu primeiro trabalho de originais, a que deu o nome de “Solidão e Xisto”. Um trabalho que Carlos Salvado, um dos responsáveis da banda, diz, nesta entrevista, poder ser apresentado em qualquer sala de espetáculos do mundo. Fundado em Castelo Branco, em 1983, o grupo é considerado uma das referências da nova música tradicional, contando com centenas de espetáculos realizados a nível nacional e internacional. Como embaixadores, destaque para concertos em Espanha, França, Macau, China, Polónia e México. Solidão e Xisto é o primeiro CD de originais do grupo. O porquê de só agora avançarem para um projeto de originais, depois de terem lançado seis discos? Basicamente porque o Musicalbi sempre foi fiel ao seu objetivo principal, que é a recolha e a divulgação da música tradicional portuguesa. No entanto sentimos que tínhamos de dar algo de diferente ao nosso público, e também porque era já um desejo antigo começarmos a introduzir originais no nosso repertório. Mas, apesar de ser um disco de originais, o Musicalbi, teve o cuidado de respeitar as raízes da música tradicional portuguesa, preconizando assim um projeto que se distancia do até à data, intersetando os seus alicerces com sonoridades ditas contemporâneas. Brotou a vontade de atualizar timbres, de elevar a Beira Baixa, de a representar e, igualmente, denunciar a sua realidade. Concentrou os sons tradicionais desde a viola beiroa ao adufe com técnicas atuais e efeitos musicais que se conjugam com a velha cultura. “Em Solidão e Xisto” torna-se visível a dicotomia litoral/interior, evidenciando a desertificação, esquecimento e a solidão tão características do interior. Deste modo, o Musicalbi amplia o seu próprio conceito à realização de originais e no seu berço encontra-se muita motivação e vontade de fazer, preservar e imortalizar a música portuguesa.

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ultrapassado depois de vermos, que o todo o esforço deu um fruto promissor e com muita qualidade.

Neste trabalho cantam alguns poetas reconhecidos internacionalmente, como António Salvado. Esse foi um desafio para o grupo? Um desafio que na realidade não foi difícil de concretizar. Quando assumimos que iríamos arrancar com um projeto de originais, sabíamos antemão que seria necessário alguém escrever as letras, já que as músicas estavam a ser elaboradas pelo nosso colega António Pedro e que também escreveu duas para este CD. Um dos primeiros nomes que nos veio à cabeça e que era fundamental ter, foi o do poeta albicastrense António Salvado, sem dúvida a melhor referência da poesia albicastrense. Os outros letristas surgem por afinidade à própria Banda e aos seus elementos, a quem lançámos o desafio de escreverem para nós. E assim surgem os quatro temas da escritora Joana Lopes, natural da Sertã e já com um trabalho no campo infantil de reconhecimento nacional; quatro temas do músico e compositor portuense José Flávio Martins, com quem mantemos um relacionamento de amizade há mais de 15 anos. Um outro tema foi uma encomenda que fizemos à jovem fadista Valéria Carvalho que nos fizesse um poema ligado às romarias e assim surgiu a música “Senhoras”.

O Musicalbi tem já um percurso de 35 anos . Sentem que este é o CD que fazia falta à vossa discografia? Claro que sim. Depois de 6 álbuns dedicados à música tradicional, sobretudo à da região da Beira Baixa, estava na altura de algo diferente, de mostrarmos ao nosso público e a nós próprios que também temos essa capacidade de enveredarmos por algo que fugia ao nosso principal ADN. Apesar disso tivemos o cuidado de respeitar as raízes, sobretudo pela a aposta timbrica tão própria do Musicalbi, onde não esquecemos os dois instrumentos mais importantes e com história, o Adufe e a viola Beiroa. Uma das particularidades deste trabalho é a colaboração de outros músicos e a produção de José Barros, dos Navegante. Como é que surgiu essa possibilidade? Inicialmente tínhamos em mente o músico José Flávio Martins, mas por este estar a construir um novo projeto, não teve essa disponibilidade. Depois por sugestão de Armando Carvalheda, autor e produtor do programa Viva a Música da Antena 1, avançamos para José Barros. Como sabem José Barros é uma das maiores referências da Música Tradicional Portuguesa, das pessoas que mais experiência e sabedoria tem neste campo.

Após ter ouvido os temas praticamente a cru, e ter dito que aceitava o desafio porque acreditava muito no potencial das músicas foi para nós uma satisfação e motivo de orgulho. O papel dele não só foi importante como produtor, mas também porque foi o responsável pelas gravações, tendo gravado também alguns instrumentos e voz e desta maneira ter dado o seu contributo acompanhou à construção dos temas. Que tipo de exigências este trabalho trouxe à banda? Principalmente no campo financeiro, pelos gastos que este CD nos exigiu. As gravações foram realizadas em Sintra o que por si próprio já é sinónimo de gastos, deslocações, refeições, alojamento, ou seja toda a logística necessária para uma banda destas ter de sair da cidade durante muitas horas e vários dias para concretizar este trabalho. Depois ouve a necessidade de convidarmos alguns músicos que, à partida sabíamos que iriam trazer uma mais valia na qualidade técnica e artística a este CD. Por último, a exigência de nos fixarmos de corpo e alma a um trabalho que deu trabalho e que nos tirou muitas horas e dias ao nosso quotidiano, à nossa vida diária e sobretudo às nossas famílias. Mas tudo isto foi sem dúvida

A Antena 1 fez a pré apresentação do vosso trabalho, cujo lançamento nacional aconteceu no passado dia 12 em Castelo Branco. Qual o feedback que têm tido? Tivemos o privilégio de ter a Rádio Antena 1 a dar esse destaque ao CD, bem como igualmente e pela quarta vez consecutiva dos últimos álbuns, marcarmos presença em direto e ao vivo para o público no Programa Viva a Música de Armando Carvalheda que decorreu no passado dia 24 de janeiro. Para nós esta passagem neste programa é fundamental, não pela importância que ele tem dentro da Antena 1, sendo que já se faz há cerca de 19 anos, mas também porque é um dos mais importantes na divulgação da música Folk portuguesa. “Solidão e Xisto” tem merecido as melhores criticas, não só por quem assistiu ao espetáculo de lançamento, mas por todos aqueles que já tiveram oportunidade de ouvir o CD E estas criticas têm vindo das mais diversas pessoas e personalidades ligadas à cultura e particularmente à música. Sem dúvida o melhor trabalho do Musicalbi. Este CD vai dar origem a alguma tournée? Não sei se lhe podemos chamar tournée, o que sei e queremos, é levar este concerto ao maior número possível de salas de espetáculo deste país, muito particularmente e a curto prazo nas salas da região. Já estamos em contactos com várias câmaras municipais e agentes culturais, para que “Solidão e Xisto” possa ser apresentado e que as pessoas tenham oportunidade de ouvir e assistir a um grande concerto. E aqui lanço este repto a todos, que nos ajudem a divulgar este trabalho. Estamos convictos que é um espetáculo ao nível do melhor que se faz em Portugal dentro da música Folk, e que pode fazer parte de qualquer agenda cultural em qualquer parte do mundo. K


gente e livros

edições

Novidades literárias 7 D.QUIXOTE. Zack, de Mons Kallentoft & Markus Lutteman. Belo e irreverente, Zack é um jovem detetive da Polícia de Estocolmo à procura de si próprio. Este é o primeiro livro de uma série sobre o jovem detetive Zack Herry que, como um Hércules dos tempos modernos, tenta combater os criminosos do submundo de Estocolmo, enquanto se debate com as memórias de uma noite estrelada com cheiro a relva e sangue. Zack é uma personagem contraditória que nos cativa desde o primeiro momento. A série é já um sucesso em vários países.

PACTOR.

Violência Doméstica e de Género, de Isabel Dias (Coordenação). A violência doméstica e de género é historicamente persistente. Está instalada de forma profunda na estrutura da sociedade e surpreende-nos constantemente. Implica um conjunto de ações e atividades multifacetadas. Assume inúmeras formas e atinge pessoas cujos direitos fundamentais são violados pelos agressores e pela falta de respostas ajustadas às suas necessidades. Este livro é, assim, um guia de conhecimento técnico-científico para académicos e profissionais que tratam a violência doméstica e de género em diversos contextos de intervenção junto das vítimas e dos agressores conjugais.

LUA DE PAPEL. O Candidato do Kremlin - Trilogia Red Sparrow - Livro 3, de Jason Matthews. Há 15 anos que os serviços secretos russos trabalham no mais maquiavélico projeto de Vladimir Putin: introduzir um dos seus agentes-duplos na cúpula da CIA. Estão a um passo de o conseguir. Está prestes a ser nomeado um novo diretor, e os americanos estão longe de suspeitar que ele é, na verdade, o Candidato do Kremlin. Este é o mais arrepiante e atual thriller do espião-escritor Jason Matthews. Obra final da épica e muito aclamada trilogia “Red Sparrow”, iniciada com “Traição” e “O Palácio da Traição”, empurra-nos a um ritmo trepidante para o mais surpreendente e violento dos desfechos. K

www.ensino.eu

Haruki Murakami 7 Apontado com frequência ao Prémio Nobel da Literatura, Haruki Murakami é um dos mais populares escritores japoneses. A sua obra está traduzida para mais de 50 idiomas. Haruki Murakami nasceu em Kyoto, Japão, em 1949. Cresceu na cidade portuária de Kobe e, mais tarde, formou-se em Dramaturgia Clássica na Universidade de Waseda, em Tóquio, onde viveu dias intensos, incluindo a participação em protestos contra a Guerra do Vietname. Ali conhece também a sua esposa. Após frequentar a universidade, Murakami abre um bar de jazz em Tóquio, que gere com a esposa durante sete anos, entre 1974 e 1982. Sobre aquele espaço, afirmaria mais tarde: “Tudo o que preciso saber na vida aprendi no meu bar de jazz”. O romance de estreia, “Hear The Wind Sings” (1979), venceu o Prémio Literário Gunzou e levou Murakami a dedicar-se quase em exclusividade à escrita. Seguiram-se os livros “Pinball 1973” (1980) e

citacoes.in H

“Em Busca do Carneiro Selvagem” (1982), que em conjunto com o primeiro formam “A Trilogia do Rato”, personagem transversal aos três romances. Entre outros, Murakami é também o

autor dos romances “Norwegian Wood” (1987); “Dance Dance Dance” (1988); “Crónica do Pássaro de Corda” (1994); “Sputnik, Meu Amor” (1999); “Kafka à BeiraMar” (2002); “A Rapariga que Inventou um Sonho” (2008) ou “1Q84” (2010). Escreveu ainda três coletâneas de contos e uma novela ilustrada. Ao longo da sua carreira, Murakami foi sempre influenciado pela cultura Ocidental, nomeadamente a música e a literatura, marcas que se encontram refletidas nos títulos de que alguns dos seus livros. É um dos escritores japoneses contemporâneos mais divulgados e premiados em todo o mundo. Caso raro nos dias que correm, o sucesso comercial das suas obras é acompanhado do aplauso da crítica, que o considera um dos “grandes romancistas vivos” (The Guardian) e a “mais peculiar e sedutora voz da ficção moderna” (Los Angeles Times). Tiago Carvalho _

Fundação “la Caixa” e BPI apresentam exposição

A Floresta no centro da cidade 6 A Fundação “la Caixa” e o BPI, em colaboração com a Câmara Municipal de Castelo Branco, tem patente, no centro cívico de Castelo Branco, a exposição “A Floresta”. Uma mostra itinerante que foi inaugurada no passado dia 24 de janeiro pelos presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Luís Correia, e presidente honorário do BPI e curador da Fundação “la Caixa”, Artur Santos Silva. Esta é primeira exposição itinerante da Fundação “la Caixa” em Portugal. Esta mesma exposição, adaptada agora à rea-

lidade de Portugal, teve mais de um milhão de visitantes nas várias cidades de Espanha onde esteve presente. A Fundação “la Caixa”, com sede em Espanha e uma das mais relevantes a nível internacional, iniciou este ano a sua implantação em Portugal, consequência da entrada do BPI no Grupo CaixaBank. A primeira parte da exposição centra-se na organização hierárquica dos diferentes níveis de vida, desde a biosfera até ao nível microscópico. Ao mesmo tempo, é feita uma viagem pelos diferen-

tes elementos que compõem e caracterizam os ecossistemas florestais e as suas dinâmicas naturais, desde o modo como o crescimento das árvores afeta o clima às relações que se estabelecem entre seres vivos, passando pelos diferente componentes e processos que ocorrem no solo da floresta. Atualmente, a Península Ibérica tem 21,6 milhões de hectares de floresta, o que corresponde a 36% da sua superfície total, pouco menos de 60 milhões de hectares. K

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press das coisas

pela objetiva de j. vasco

Câmera D-Link Omna 3 Uma solução para ter a sua casa a um click de distância. Com um design moderno e elegante, a Omna é uma câmara de vigilância remota que se integra no Apple HomeKit para que possa ver a sua casa a partir de dispositivos móveis e tablets iOS. Outras câmaras têm um campo de visão limitado entre os 70 e os 120 graus, mas a tecnologia ótica da D-Link – com lente de 180 graus e anti distorção – permite ver áreas amplas com a máxima qualidade. Preço: 127,49 euros. K

Bruce Springsteen «Springsteen On Brodway» 3 “Springsteen On Brodway” é um álbum de canções e histórias de Bruce Springsteen, que é também a banda sonora do especial da Netflix dedicado ao músico norte-americano. Baseado na sua última autobiografia, “Born To Run”, este duplo CD e Vinil inclui a performance completa de um espetáculo acústico com Springsteen a solo à guitarra e ao piano com as suas histórias. Adicionalmente este espetáculo inclui uma participação especial de Patty Scialfa. K

Começar o ano com uma flor 3 Feliz Ano Novo

Prazeres da boa mesa

Véu e bacon crocante com ervilhas (de alecrim) da Joana 3Ingred. p/4 pessoas 80g de Véu de Porco 4 Fatias de Bacon 5g de Alho seco (1 dente de Alho) 30g de Maltodextrina 1 C. de Sopa de Salsa muito picada 2 Gotas de Óleo Essencial de Alecrim AROMAS DO VALADO 90g de Azeite Virgem Beira Baixa DOP Q.b. Flor de Sal Q.b. Pimenta Preta de Moinho Preparação: Temperar o véu de porco e o bacon com alho e pimenta preta. Reservar no frio durante 2 horas. Misturar a Maltodextrina com a salsa picada, o sal e pimenta. Adicionar o azeite e o óleo essencial de alecrim. Mexer até se obter uma pasta moldável. Formar pequenos globos similares a ervilhas. Levar o bacon e o véu bem esticados numa folha de papel siliconizado ao forno até dourar e ficar crocante.

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Chef Mário Rui Ramos _ Chef Executivo

Corrigir os temperos, em caso de necessidade. Empratar todos os elementos. K Receita criada no âmbito da investigação da utilização de óleos essenciais na cozinha, do livro “Geoaromas, A Inovação na Gastronomia – Receitas”, IPCB, Edição RVJ Editores; Apoio: Alunos das aulas práticas de cozinha (IPCB/ ESGIN); Sérgio Rodrigues e alunos de fotografia (IPCB/ESART); Helena Vinagre (Aromas do Valado).

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BOCAS DO GALINHEIRO

Velho? Não obrigado 7 De há una anos a esta parte assistimos a um fenómeno curioso. Com os mesmos protagonistas, o mesmo registo, mas com uns anitos a mais, uma geração de actores que está tão bem, não se nega a caricaturar-se. Basta recordar “Red:Perigosos” e “Red 2: Ainda Mais Perigosos” (2010 e 2013), em que Bruce Willis, John Malcovich, Morgan Freeman e Helen Mirren, antigos operacionais de serviços secretos voltam à acção e dão uma mãozinha ao mundo, em filmes plenos de humor. Num registo semelhante, apesar de se levarem mais a sério, temos “Os Mercenários”, já vai no terceiro, uma incursão de nomes bem conhecidos do chamado cinema de acção que, tirando algumas excepções, já andam todos para lá dos sessenta, com Sylvester Satallone à cabeça, primeiro como realizador e protagonista e depois só actor, onde vão desfilando Arnold Schewarznegger, Jean-Claude Van Damme, Dolf Ludgreen, Harrison Ford e outros. Em comum o gozo que se nota nas suas interpretações. Divertem-se, nem se dão ao trabalho de esconder as mazelas da idade, apesar de que alguns não resistem aqui e ali a uns retoques e acabamentos. Mais recentemente estreou o que se diz ser o último filme de Robert Redford (quem não se lembra dele há 40 ou mesmo 50 anos, em filmes emblemáticos como “Butch Cassidy and The Sundance Kid”, ao lado de Paul Newman, “As Brancas Montanhas da Morte” ou “Os Homens do Presidente”?), “O Cavalheiro com Arma”, onde interpreta um inveterado ladrão de bancos e perito em fugas de prisões, que insiste em manter a actividade ape-

João Luís Rosa H sar da provecta idade. E, quando já se pensava que iria assentar ao lado de uma “jovem” Sissy Spacek, não, saiu e foi assaltar mais quatro bancos, como se tivesse 20 anos. Sempre a sorrir! Foi preso, claro, mas já com planos para a fuga seguinte. Esta nova onda de filmes reflecte uma das conquistas das sociedades modernas, da portuguesa em particular nos últimos 40 anos,

que tem sido o aumento da esperança média de vida. As pessoas vivem mais, pelo que uma das consequências é o aumento da idade da reforma, agora indexada à esperança média de vida (se se vive até mais tarde, também se é contribuinte para o sistema da Segurança Social até mais tarde, é uma nova “lei” da vida), mas também se torna premente garantir qualidade de vida aos mais idosos. Daí

a preocupação e a aposta no que se convencionou chamar de envelhecimento activo. Não estranha pois que esta nova realidade não tenha passado despercebida ao cinema e que sejamos confrontados com esta diversidade de filmes que se debruçam sobre a problemática do envelhecimento nas suas diferentes facetas, mas sobretudo filmes que põe gerações de actores mais velhos a protagonizarem filmes cuja matriz era reservado aos mais novos. Porém, não se pense que isto de aparecerem veteranos em papéis principais é coisa recente, não é. Podíamos chamar aqui uma mão cheia de actores que filmaram até muito tarde, muitos deles em papéis que convocavam a idade, casos de John Wayne em “O Atirador”, de 1976, um velho pistoleiro que regressa às origens para acabar os seus dias, James Stewart e Bette Davis no telefilme “O Direito de Escolher” (1983), em que fazem um casal que se decide por um pacto de suicídio perante a doença dela, ou Henry Fonda e Katharine Hepburn que contracenam (pela primeira vez) em “A Casa do Lago”, de 1981, em que representam um casal de reformados que se veem envolvidos no relacionamento com a filha, Jane Fonda, na verdade filha de Henry, e o enteado desta. E, podíamos acrescentar nomes e nomes à lista. Mas também podemos trazer a irreverência de “Harold and Maude” (Ensina-me a Viver, 1971), de Hal Ashby, ou a improvável amizade de um jovem obcecado pela morte e a septuagenária que já só o que lhe apetece, ou seja, viver. Ou então, juntando os dois lados da câmara, Manuel

de Oliveira, então com 93 anos dirige Michel Piccoli em “Vou Para Casa”, de 2001, sobre o desafio de um velho actor que tem que cuidar do neto, depois da morte da mulher, da filha e do genro num acidente, e se lhe coloca a decisão de ter que por um ponto final na sua carreira. Noutro registo, mais dramático, os problemas da falta de qualidade de vida também são focados em filmes como “Amour”, de Michael Haneka. Quando um casal de professores de música reformadas é confrontado com o abalo provocado pelo facto de a mulher ter sofrido um AVC e tudo o que isso significa para ambos, todas as soluções são possíveis, mesmo as mais dolorosas. Não podíamos deixar de trazer aqui Clint Eastwood, realizador e actor que com quase com 89 anos estreia agora “The Mule”, sobre um correio de droga de 90 anos, depois filmes memoráveis em que a questão da idade está presente, de “Gran Torino”, ou como um carro se torna a chave para uma maneira diferente de ver o mundo, a “Space Cowboys”, sobre uma equipa de astronautas que depois da reforma concretizam o grande sonho de irem para o espaço, com um sacrifício épico ao som de “Fly Me to The Moon”. Podemos dizer, sem excepções, o que estes filmes têm em comum são as magníficas interpretações, na maioria verdadeiros hinos à arte de bem representar, destes e outros experientes actores. Até à próxima e bons filmes! K Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico _

Luís Dinis da Rosa _

Vamos lá estar

Qualifica conta com Ensino Magazine 6 O Ensino Magazine acaba de garantir a sua presença na Qualifica 2019, uma das maiores feiras ibéricas de educação e juventude. O evento decorre em março, na Exponor, no Porto, de 28 de fevereiro a 3 de março. Com o tema New jobs, more freedom Novas mentalidades no mercado do trabalho, o evento promete levar mais de 40 mil pessoas. A formação para profissões que ainda não existem é pois o tema do certame em que o Ensino magazine surje como media partner, e onde terá um expositor para a distribuição de exemplares de uma

edição dedicada ao evento, e onde fará atividades com a sua roda da sorte. Em nota de imprensa, a Qualifica realça o facto de “num futuro próximo, o mercado de trabalho sofrerá alterações. Muitos dos trabalhos serão automatizados. Contudo, funções centradas nas capacidades únicas dos seres humanos e que requerem criatividade e empatia serão valorizadas. Paralelamente encontramos uma nova geração que procura significado e desafios no desempenho de uma profissão e que valoriza mais a liberdade do que bens materiais”. K

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Edições RVJ

Edições RVJ

Receitas dos avôs e daqueles que não o são

Materiaes elogia Tavares Proença

6 “Receitas dos avôs e daqueles que não o são” é um livro de homenagem aos avôs e aos netos, às refeições mais caseiras e aos petiscos. Ao convívio entre gerações. À amizade. Porque como diz a velha máxima, “isto é o que melhor levamos da vida”. Foi desta forma que o coordenador da obra, João Carrega, se começou por referir ao trabalho apresentado, onde diferentes personalidades, de várias profissões, avôs ou netos, deram a cara e assumiram a responsabilidade de cozinhar e mostrar as suas receitas. O livro, editado pela RVJ Editores, faz parte da coleção “Receitas e Sabores”, aos quais se juntam “Receitas das Avós” e “Receitas da Avós – 2ª edição revista e aumentada”. A obra foi apresentada, na passada sexta-feira, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, por Joaquim Moreira, docente de história, o qual enumerou cada uma das receitas e cada um dos homens que aceitou o desafio da editora. Com o auditório cheio, foram dadas a conhecer as iguarias, e pegando no mote das receitas e dos

petiscos, Luís Correia, presidente da câmara albicastrense, destacou a importância das mesmas e voltou a lançar o repto aos restaurantes do concelho para colocarem nas suas ementas alguns dos pratos apresentados na obra. A apresentação contou ainda com as intervenções de José Júlio Cruz, autor do posfácio e de uma das receitas do livro, que sublinhou a riqueza da obra, e do professor universitário e diretor da ETEPA, João Ruivo, que frisou o papel que a RVJ Editores tem tido na promoção da cultura, sobretudo com a edição de livros e com a publicação do principal jornal do país dedicado ao ensino e cultura (Ensino Magazine),

elogiando a aposta que a autarquia tem estado a fazer na área cultural, tornando a cidade atrativa e um exemplo. A apresentação contou com a presença de diferentes personalidades como a deputada na Assembleia da República, Hortense Martins, os presidentes da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge, da Assembleia Municipal de Castelo Branco, Arnaldo Brás, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, da Associação de Futebol de Castelo Branco, Manuel Candeias, e da ACICB, Sérgio Bento, ou o ex-secretário de Estado, Valter Lemos, entre muitos outros responsáveis. K

6 A Sociedade dos Amigos do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior apresentou no passado dia 8 de janeiro, o número 3 da nova série da revista “Materiaes” , órgão científico da associação que foi criada pelo próprio Francisco Tavares Proença Júnior, em 1910. Perante a presença de muitos sócios e amigos, a revista foi apresentada por Miguel Nascimento, vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia do Fundão. Esta edição tem textos de Raquel Vilaça, Filomena Barata, Lopes Marcelo, Pedro Salvado, António Silveira Catana, Júlio Vaz de Carvalho, Benedita Duque Vieira, Alphonso Naharro, António Joaquim Nunes, José Santoloya Silva, Joaquim Baptista, Maria de Lurdes, Manuel Costa Alves e Adelaide Salvado. No entender de Adelaide Salvado, presidente do Conselho Diretor da Sociedade de Amigos, a revista, que teve a edição da RVJ Editores, “prossegue a principal função do título criado em 1910 pelo fundador do museu, o arqueólogo Tavares Proença, estudar numa perspetiva integrada os

patrimónios da região que Castelo Branco centra». A cerimónia incluiu ainda a apresentação da edição fac-similada do trabalho de Tavares Proença “A Anta da Urgueira”, sobre um monumento megalítico situado no concelho de Vila Velha de Ródão. Francisco Henriques teve oportunidade de falar um pouco sobre a anta e as possibilidades do monumento poder ser visitável e constituir mais um ponto de atração turística. K

As ESCOLHAs DE VALTER LEMOS Royal Enfield Clássicas acessíveis

Renegade Um italo-americano

3 A Royal Enfield é muitas vezes referida como “a mais antiga marca global de motocicletas em produção contínua”. Mas ostenta também o título de primeira marca a fabricar uma moto de série a diesel em todo o mundo (1993). É uma marca originalmente inglesa e a primeira moto foi produzida em 1901. Em 1932 iniciou a produção da “Bullet”, o seu modelo mais conhecido. Em 1955 a empresa inglesa fez um acordo com a indiana Madras sendo criada a Enfield India. Em 1970 a empresa encerra as suas atividades no Reino Unido, mas a Enfield India continua a produzir e em 1994 passa a designar-se por Royal Enfield Motors. Atualmente a Royal Enfield é a marca com maior produção mundial de motos de série de média cilindrada, tendo atingido as 800 mil unidades no ano passado (em 2010 produzia apenas 50 mil). No final de 2018 a Royal En-

A JEEP é a criadora dos 4x4 modernos. De tal forma que, em português, as viaturas todo-o-terreno são designadas por jipes! O antepassado destes é o inesquecível Willys, viatura presente em todos os filmes sobre a II Guerra mundial, por se tratar da principal viatura ligeira do exército americano. Há alguns anos o grupo italiano Fiat comprou a americana Cryshler que integrava a marca JEEP, tendo promovido uma renovação da respetiva gama. Assim nasceu o mais pequeno dos JEEP – o Renegade. O pequeno SUV mantém o estilo de linhas angulosas características da JEEP, mas é construído a partir da mesma plataforma do Fiat 500X. A principal versão vendida em Portugal tem sido a de motor Fiat 1.6 diesel de 120 cv, mas agora, na onda em curso na indústria automóvel de lançamento de versões menos poluentes com potentes pequenos motores turbo a gasolina, o Rene-

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field apresentou, na Feira de Milão, as novas Intercetor 650 e Continental 650. Estas motos suscitaram o interesse generalizado do público motard. Apresentam um estilo “old school”, quer no design, com depósito em gota e guiador alto ao estilo roadster, quer no novo motor bicilindrico de 648cc arrefecido a ar e óleo, debitando 47 cv e servido por uma caixa de seis velocidades e embraiagem deslizante. Tudo mostra muitas semelhanças com a Triumph, o que não surpreende, dado o facto deste novo motor ter sido desenvolvido em Inglaterra sob

a orientação de Simon Warburton, anterior responsável técnico daquela e hoje chefe do departamento de investigação e desenvolvimento da Royal Enfield. A qualidade de construção e a leveza e suavidade de condução têm sido amplamente referidas pela imprensa especializada e justificam algumas preocupações dos responsáveis da Triumph e outras marcas do género, dados os preços de comercialização, que são inferiores em cerca de um terço, situando-se entre os 6 e os 7 mil euros.

gade adotou um 1.0 com 120 cv e um 1.3 com 150 ou 180 cv. As novas versões possuem iluminação Led, conetividade e diversos sistemas de segurança ativa e passiva, mas não são baratas. Os preços iniciam-se nos 22.400 euros, com tração à frente, mas para dispor de 4X4 (motor 2.0 diesel) é necessário despender pelo menos 29 mil euros, o que são quantias já elevadas para um pequeno Suv, apesar da genuinidade da marca e da singularidade do estilo. K


Dentro de uma década

Manuel Heitor diz que propinas no superior podem acabar

6 O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, considerou durante a Convenção Nacional do Ensino Superior 2030, que decorreu no ISCTE-IUL, em Lisboa, no dia 7 de janeiro, que o fim das propinas no ensino superior, no prazo de uma década, “deve ser um cenário favorável”. Após estas declarações, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também no mesmo encontro, considerou que a ideia defendida pelo ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, “da extinção das propinas, a concretizar-se, a ser possível concretizar-se, é um passo decisivo”. Aos jornalistas afirmou que “isso significa o dar um passo para terminar o que é um drama, que é o número elevadíssimo de alunos que terminam o ensino secundário e não têm dinheiro para o ensino superior, porque as famílias não têm condições, portanto, têm de trabalhar, não podem permitir-se aceder ao ensino superior”. Manuel Heitor, em declarações à imprensa, à margem daquele encontro nacional, considerou que esse cenário, a acontecer só será possível através de “um esforço coletivo de todos os portugueses”. Na sua perspetiva, na Europa existe um sistema muito diversificado. No entanto, “a tendência normal é reduzir, no prazo de uma década, os custos das famílias sem reforçar a carga fiscal, mas equilibrando os rendimentos, para que sejam os beneficiários individualmente e os empregadores a ter maiores contribuições no ensino superior”, esclareceu. Já no debate, Pedro Teixeira, do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior, anotou a questão das propinas como negativa para Portugal, em relação à Europa. “Temos propinas acima da OCDE”, disse. O Ministro do Ensino Superior sublinhou ainda o facto de “hoje termos a certeza de que aprender no ensino superior garante acesso a melhores empre-

gos”. Manuel Heitor diz que é importante “alargar essa possibilidade a mais jovens”. Defendeu ainda “a ideia de uma sociedade mais equitativa, com um ensino superior “menos elitista, massificado e mais aberto a todos”. No mesmo encontro, o titular da pasta da Ciência e do Ensino Superior no Governo, referiu-se ao esforço efetuado para aumentar o número de bolsas da ação social. Manuel Heitor disse que esse aumento foi de 24%, que passaram de 64 mil alunos apoiados em 2015 para os atuais 80 mil, destacando ainda as bolsas de mobilidade para o interior do país, que triplicaram. O Ministro aproveitou a Convenção para reforçar uma ideia que já tinha também sido divulgada no Ensino Magazine, e que passa pela necessidade de captar mais jovens para o ensino superior. Manuel Heitor lembrou que Portugal tem “120 mil jovens com 18 anos e só formamos metade deles. (…) Se hoje temos quatro em cada dez jovens de 20 anos no ensino superior, temos de chegar a seis a cada dez jovens com 20 anos participando no ensino superior”, disse. Mas a captação de alunos para as instituições de ensino superior portuguesas deve ter em conta o mercado global. A ideia foi partilhada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. “Nós podemos ser a Austrália da Europa”, referiu o governante. As palavras do tutelar dos Negócios Estrangeiros surgiram depois do próprio Ministro do Ensino Superior ter revelado que os dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) mostram que os estudantes em todo o mundo vão triplicar, pelo que a aposta das universidades e politécnicos deve passar por cursos ministrados em diferentes línguas. Também aos jornalistas, Fontainhas Fernandes, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), considerou que a internacionali-

zação das instituições não se resume apenas a trazer alunos estrangeiros para as instituições. Na sua opinião é necessário “modernizar”, mas também rejuvenescer as instituições. Este é um percurso que se faz, mas que é

preciso ser visto a longo prazo e não pode ser feito com medidas avulsas”, disse. A Convenção pretende ser um forte contributo para a “Nova Agenda Estratégica para o Ensino Superior em Portugal”. K

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