julho 2015 Suplemento dedicado ao Evento Sabores de Perdição
www.ensino.eu
milhares de pessoas na feira sabores de perdição
Castelo Branco destaca-se no Agroalimentar
concurso
Sabores tradicionais mostram o seu melhor C
PV
Cataa/inovcluster
O caminho da inovação ao sucesso C
P VI
aptece
Sede nacional vem para Castelo Branco C
pedro abrunhosa e sintonizados
Concertos na Devesa C
Organização:
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A Feira Sabores de Perdição que decorreu, de 19 a 21 de junho, em Castelo Branco, ultrapassou as expetativas e foi visitada por milhares de pessoas.
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Câmara Municipal de Castelo Branco
Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, na inauguração do certame
“Procuramos ir a outras áreas com ligação ao Agroalimentar” 6 Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, considera que o setor do frio, a par do agroalimentar, constituem fortes apostas do concelho. O autarca referiu isso mesmo durante a inauguração da última edição da Feira Sabores de Perdição, que levou milhares de pessoas ao centro cívico. Inovação, tradição e investigação foram três dos eixos estratégicos de um certame que voltou a demonstrar que o que é da região é bom, e que Castelo Branco tem uma estratégia bem definida. O presidente da Câmara albicastrense considera que “o setor agroalimentar é uma referência em Castelo Branco e uma força para a região. Nós já há muito tempo que construímos as infraestruturas para o caminho que estamos a percorrer, como é o caso do Centro Tecnológico Agro Alimentar - que permite aos nossos produtores desenvolverem as suas inovações e testarem os seus produtos”. Mas a aposta da autarquia neste setor não se fica por aqui. Luís Correia fala na abertura de novos caminhos para que os “nossos empreendedores e produtores possam em Portugal e no estrangeiro apresentar os seus produtos. Mas temo-los apoiado também na área de caraterização dos seus produtos”. Perante o inspetor geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que inaugurou o certame, Luís Correia destacou a aposta que o município está
O presidente da Câmara, Luís Correia, com o inspetor geral da ASAE, Pedro Gaspar
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A cerimónia de abertura mostrou que Castelo Branco tem um setor agroalimentar forte
componentes para a industria de refrigeração e ar condicionado), e outras que produzem equipamentos frigoríficos, passando pelo laboratório do Instituto de Qualidade e Soldadura, reconhecido pela Divisão de Transportes das Nações Unidas e pelo Instituto Internacional do Frio, e que certifica, por exemplo, os camiões de transporte fri-
gorífico. O presidente da Câmara de Castelo Branco sublinhou também o Centro de Empresas Inovadoras (CEI). “Não ficámos apenas no setor agroalimentar, e por isso críamos o CEI, onde estão cada vez mais empresas instaladas. Esta é uma estratégia que temos vindo a concretizar e estes certames também se enquadram nele. Estas feiras não são apenas uma festa. Constituem uma oportunidade para os nossos produtores venderem os seus produtos e para os promover. Este certame é reconhecido a nível nacional e internacional”, disse. A feira Sabores de Perdição teve espaços para conferências, para apresentação de novos produtos, áreas de fabrico de produtos destinados às crianças, concursos de gastronomia, cozinha ao vivo, artesanato e claro está um placo por onde passaram os Sintonizados (um grupo albicastrense, composto por jovens, que atuou na sexta-feira) e Pedro Abrunhosa (num espetáculo que envolveu e levou o público até ao palco). “Hoje Castelo Branco tem uma estratégia clara para o desenvolvimento económico”, assegurou Luís Correia, que divulgou a concretização de um projeto na área do figo da índia e do comércio de gado. “Nós temos a certeza daquilo que queremos fazer e concretizar. Hoje Castelo Branco é reconhecido pela força que tem no agroalimentar e pela sua capacidade de atração de novas empresas”, concluiu Luís Correia. K Organização:
a desenvolver no setor do frio. “É um setor forte do nosso concelho, que está ligado ao agroalimentar. Temos boas empresas nesta área”. O presidente da Câmara considerao como estratégico para o concelho. Neste momento o ciclo do frio é muito forte na cidade, com empresas de relevo como a Centauro (que produz para todo o mundo
Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia
Sede nacional da Aptece pode vir para Castelo Branco
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6 A Aptece - Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia vai instalar a sua sede em Castelo Branco. Aquele organismo que tem sido responsável pela promoção da gastronomia portuguesa em todo o mundo, e que tem vindo a colaborar em diferentes missões internacionais que o InovCluster e o município albicastrense têm promovido, ficará instalado no Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar (CATAA). A vinda da Aptece para a cidade foi comentada na Feira Sabores de Tradição que decorreu de 19 a 21 de junho, onde aquela associação também marcou presença com sessões de cozinha ao vivo. Questionado sobre esta possibilidade, o presidente da Câmara, Luís Correia, confirmou a notícia. O desafio da instalação da sede em Castelo Branco foi feito pelo presidente da Câmara albicastrense, Luís Correia, e segundo o autarca “faz parte da estratégia da autarquia para a promoção do agroalimentar e dos produtos da região. A Aptece tem participado, com Chefs de cozinha, em muitos eventos nacionais e internacionais que temos incentivado e promovido, como as missões no México, Colômbia, Berlim ou Madrid”. Luís Correia refere que “esta é mais uma instituição importante que vem integrar a nossa estratégia de desenvolvimento, não só na área do agroalimentar como também do turismo”. K
JULHO 2015 ///
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Inspetor geral da ASAE inaugura certame
ASAE é parceiro positivo 6 A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) marcou presença no certame. Primeiro através de uma conferência (ver outra peça neste suplemento), depois na sua inauguração, onde o Inspetor Geral, Pedro Gaspar, reforçou a importância do setor agroalimentar para a economia portuguesa. Aquele responsável, que teve ao seu lado o subinspetor geral, Fernando Pereira, reforçou a ideia da ASAE pugnar por “combater com a concorrência desleal e a prática ilícita, assegurando a leal concorrência dos operadores económicos”. Pedro Gaspar lembrou que “numa primeira fase temos sempre uma perspetiva amiga. Ou seja, quem vier por bem é bem vindo, mas junto de quem não cumprir o código de conduta nós teremos de atuar, dentro da legalidade”. Pedro Gaspar agradeceu também o apoio da Câmara, no âmbito do centro de formação, instalado em Castelo Branco, o qual para além de servir o país tem permitido ministrar formações a agentes de outras nacionalidades. K
Na inauguração do certame o inspetor geral da ASAE disse ser um parceiro do tecido económico
Debate com o público e os produtores
ASAE aborda riscos da cadeia alimentar
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intervenção neste certame albicastrense, numa ação que gerou bastante interesse
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IV
O subinspetor geral da ASAE, Fernando Pereira, falou dos riscos na cadeia alimentar e participação por parte dos muitos cidadãos e produtores presentes na iniciativa.
A anteceder este momento de caráter mais científico, cujo debate foi moderado por Fernando Santos Pereira, Subinspetor Geral da ASAE, o Inspetor-Geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, e o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, teceram algumas considerações sobre a oportunidade desta conferência, justificando-a “pela procura de um debate vivo e descomplexado de todas as matérias que envolvem os alimentos e a cadeia alimentar, vertentes que preocupam quer esta autoridade quer as autarquias... a área científico-laboratorial é extremamente importante para levar por diante todo este trabalho com rigor”. Terminada a conferência foi apresentado o livro “Contra as bactérias más”, de Rita Vilela, que aborda precisamente algumas destas temáticas de uma forma mais ligeira e acessível a públicos de todas as idades, com especial enfoque para as crianças e a juventude. K
Organização:
6 “Perceção pelo consumidor dos riscos na cadeia alimentar” foi o tema de uma conferência proferida no âmbito da Feira Sabores de Perdição, em Castelo Branco, por Fernando Boinas, doutorado em medicina veterinária pela Universidade de Reading, do Reino Unido. Este especialista, atualmente docente na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, tem como principais interesses de investigação a área da epidemiologia veterinária e é membro do Conselho Científico da ASAE, órgão especializado e de acompanhamento da área dos riscos na cadeia alimentar, em matérias científicas, de desenvolvimento tecnológico e de projetos de investigação, gozando de plena autonomia técnico-científica para o efeito. Foi precisamente sobre estes assuntos (estudos de casos de brucelose em pequenos ruminantes e bovinos; BSE; Gripe das aves... e outros) que versou a sua
Concurso teve muitos aderentes, sobretudo das freguesias
Sabores tradicionais marcaram presença
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6 No âmbito da Feira, foi também realizado um concurso de sabores, com o objetivo de recriar pratos tradicionais ou que estivessem relacionados com os produtos do concelho. Todas as freguesias apresentaram pratos que foram bem acolhidos pelo exigente júri, o qual foi composto por representantes da Câmara de Castelo Branco, Qualifica, Aptece, InovCluster, CATAA e da rádio TSF. “O importante foi recuperarmos uma data de coisas que estavam quase perdidas”, disse Ana Soeiro, da Qualifica. Todos os pratos mereceram a aprovação do júri, mas no final foram destacados os seguintes: Lagostins e Bucho de Ossos (Malpica do Tejo), Bacalhau dos cucos, botelha de leite e batatas em cru (Louriçal do Campo), Migas de Feijão Frade (Lardosa), Carnes Frescas (Sarzedas), Papas de Carolo (Tinalhas), Tigelada (União de freguesias Cebolais de Cima/Retaxo), Arroz doce (União Freguesias de Ninho do Açor/Sobral), Bolos de Festa (S. Vicente da Beira) e Fersura. Ana Soeiro, secretária-geral da Qualifica (Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses) revelou em nome do júri que “nos sentimos uns privilegiados por termos provado todas estas iguarias regionais e, por isso, todos os participantes estão de parabéns, os pratos são excelentes”. Aconselhou as pessoas que confecionaram os mesmos a “não colocarem outros produtos a enfeitar os pratos, na medida em que eles valem por si, assim mesmo como são, e valem o que valem precisamente por serem assim tradicionais”. “Que estes produtos e estas formas de os confecionar nunca se percam” foi a mensagem que deixou aos presentes, perante um numeroso público que não arredou pé e que, no final, pôde degustar as maravilhas da gastronomia regional que ali foram expostas nesta mostra. “Há uma urgência de facto em manter estes conhecimentos e esta forma de dar vida à gastronomia, fruto de décadas de trabalho”, reconheceu Luís Pinto de Andrade, do CATAA, uma recomendação também seguida pelos restantes elementos do júri que agradeceram a dedicação das pessoas “a estas preciosidades que têm muito valor e que acabam também por defender e dar mostras da identidade de um povo como é o nosso”. “Sabores que também atraem pessoas às nossas terras e podem incentivar as economias regionais, porque o que se guarda no estômago, guarda-se também no coração”, como lembrou Amadeu Araújo, da TSF. K
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CATAA/InovCluster
O caminho da inovação: da motivação ao sucesso
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6 Imediatamente antes da abertura oficial da Feira “Sabores de Perdição” teve lugar uma iniciativa promovida pelo CATAA/InovCluster a propósito do “Caminho da Inovação: da motivação ao sucesso”. Luís Pinto de Andrade elucidou os presentes sobre o papel de cada uma das instituições, explicando também de forma detalhada a estratégia do setor agroalimentar na Região Centro. Dos efetivos ao trabalho desenvolvido até ao momento, as infraestruturas disponíveis, os apoios e os investimentos efetuados foram ali explanados por este responsável, tendo o mesmo destacado “o importante papel que quer o centro tecnológico quer o InovCluster têm desempenhado na ajuda à diminuição do défice da balança comercial portuguesa, facilitando o aumento das exportações”. Na sua intervenção falou de inovação, de empreendedorismo e também das novas tendências dos mercados no que aos produtos agroalimentares diz respeito. Alimentos seguros e saudáveis; produtos gourmet; embalamento; sustentabilidade e eficiência dos processos produtivos foram apenas alguns dos muitos temas abordados a este nível. Bem assim como as atuais tendências agroalimentares à escala global que estão disponíveis mais pormenorizadamente para os associados daquelas instituições ao serviço dos produtores. Luís Pinto de Andrade apresentou ainda quatro casos de empresários jovens, inovadores e que têm trabalho com o CATAA e o InovCluster nos últimos tempos, com bons resultados (Cogumelos da Xica, Tapada das Sortes, Dayana e Map4Cheese), tendo os mesmos apresentado aos presentes algumas ideias e conceitos que os têm conduzido no caminho do sucesso. K
Sabores com muitas novidades
Milhares rumaram ao centro cívico
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6 A última edição da Feira Sabores de Perdição apresentou muitas novidades. De 19 a 21 de junho, nas Docas, em Castelo Branco, o melhor dos produtos regionais e do artesanato esteve patente numa mostra abrangente. Pedro Abrunhosa e o grupo albicastrense Sintonizados animaram as noites de sábado e sexta-feira, respetivamente. O programa foi um dos mais diversificados de sempre. Luís Correia explica que “há espaços destinados aos mais novos (com as chamadas fábricas de fruta, gomas, chocolate, queijo, ou pão e com a atividade sabor dos sentidos), áreas de promoção de negócios para os empresários, conferências e um concurso de gastronomia sobre sabores esquecidos, e no qual qualquer pessoa pôde participar com um prato por si confecionado”. Luís Correia explica que a Feira Sabores de Perdição se integra “naquilo que é a nossa perspetiva para o agroalimentar. É um certame que irá reforçar o concelho de Castelo Branco”. Este ano, o certame surgiu com um conjunto significativo de atividades. Numa tenda situada na praça 25 de Abril, ficou instalada a zona dedicada às crianças. Na Kidsfood, como foi designada, ficaram instaladas as fábricas da fruta, das gomas e dos chocolates, das bolachas e do pão, ou do queijo; mas também um espaço lúdico. Foi também nesse local que decorreu a atividade sabor dos sentidos, o que permitu aos mais jovens verem, cheirarem e provarem diversos alimentos, como o mel, a fruta, a compota, os queijos de Castelo Branco e as infusões. Para os empresários que necessitaram de conversar ou concretizar negócios, foi criado no Cybercentro o espaço + Negócio. A Feira Sabores de Perdição integrou ainda, na tenda principal, um espaço dedicado ao saber, onde decorreram três conferências: “Mitos da alimentação”, pela ASAE, no dia 19, das 14H30 às 16H30; “O Caminho da Inovação”, pelo CATAA/InovCluster, das 17H00 às 18H00; e “Valorização dos Produtos Tradicionais, pela Qualifica, através da sua presidente, Ana Soeiro, no dia 20, às 16H30. Outra das novidades foi o concurso de culinária, em que qualquer pessoa pôde concorrer, que teve como tema “Sabores quase esquecidos”, e onde as freguesias marcaram presença. Ao longo dos três dias do certame, e na tenda principal, estiveram expostos produtos inovadores, e houve também degustação de produtos. Finalmente, houve também cozinha ao vivo, ao longo dos três dias, com a participação de vários chefes ligados à Aptece - Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia. Os produtos da região serão os ingredientes de excelência, e a atividade decorreu numa carrinha equipada para o efeito e situada à entrada da tenda principal. K
JULHO 2015 ///
VII
Espetáculos em toda a linha
Pedro Abrunhosa, Sintonizados e muita animação de rua
/// JULHO 2015
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6 Pedro Abrunhosa foi o cabeça de cartaz da feira Sabores de Perdição, realizando um concerto memorável, que envolveu e levou o público ao palco. No sábado, dia 20, o auditório ao ar livre da Devesa foi preenchido por milhares de pessoas. Um dia antes coube ao grupo albicastrense Sintonizados animar a festa, num espetáculo que mostrou todas as mais valias deste novo grupo de música nacional, que apresentou a maioria das músicas do seu mais recente álbum de originais. Ao longo dos três dias da feira, houve animação constante, com teatro interativo e a percussão dos Chibatas. K