Este Suplemento faz parte integrante da edição de março 2015 do Ensino Magazine | Produção e Design RVJ-Editores
A música de Idanha-a-Nova candidata-se à Rede das Cidades Criativas da UNESCO O que é a Rede de Cidades Criativas da UNESCO? Idanha-a-Nova está a candidatar-se à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, uma rede que integra um conjunto de 69 localidades, espalhadas pelos cinco continentes. Esta rede foi criada para desenvolver a partilha de conhecimentos, experiências e recursos entre comunidades de todo o mundo. Podem integrar a rede todo o tipo de localidades, independentemente da sua dimensão. Importante é que os candidatos se distingam numa destas sete áreas: literatura, cinema, música, gastronomia, artesanato e arte popular, design ou artes e media. Idanha-a-Nova candidata-se no âmbito da música. O objetivo? Trabalhar com os membros da Rede de Cidades Criativas para promover o desenvolvimento social, económico e cultural do concelho. No caso de vir a fazer parte deste grupo, Idanha-a-Nova será a primeira localidade portuguesa a ser nomeada Cidade da Música da UNESCO. É uma oportunidade para levar mais longe os ancestrais sons, cantares e tradições que tanto orgulho nos dão. Todo o concelho, em especial as atividades ligadas à música, cultura e criatividade, terão aqui uma excelente oportunidade de desenvolvimento.
Os membros da Rede de Cidades Criativas
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Cidades da Música UNESCO
O Adufe, símbolo maior da riqueza e da tradição musical do concelho, é o porta-voz da candidatura de Idanha-a-Nova à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na área da música. Foi escolhido por representar, na perfeição, a identidade cultural deste território. Ao longo dos tempos, as suas formas e sons conheceram as mãos de inúmeras gerações de Idanhenses. Ecoa ainda hoje com uma vitalidade que nos projeta no futuro. É ao som do Adufe que a nossa voz chega mais longe.
Quais são as vantagens? São atualmente nove as Cidades da Música da UNESCO: Bolonha (Itália), Sevilha (Espanha), Mannheim (Alemanha), Hamamatsu (Japão), Bogotá (Colômbia), Brazzaville (República do Congo), Gent (Bélgica), Glasgow (Escócia) e Hannover (Alemanha). Caso a candidatura tenha sucesso,
Idanha-a-Nova irá juntar-se a este grupo internacional de grande prestígio, que já manifestou interesse em trabalhar com o nosso concelho. Ser Cidade da Música é um “selo” que, no fundo, irá reconhecer a importância que a música tem neste concelho. Não apenas a enorme ri-
u Impulsionar o turismo cultural no concelho; u Promover as potencialidades culturais do concelho numa plataforma global; u Partilhar conhecimento e recursos entre grupos culturais de todo o mundo; u Criar novas oportunidades de cooperação e parceria com outras localidades;
Mannheim (Alemanha) Rainer Kern «A combinação entre a investigação cultural que tem sido feita em Idanha, o papel da música na economia local e a música em si, deixa-me entusiasmado com esta candidatura. Terão todo o nosso apoio.»
Bolonha (Itália) Mauro Felicori «Uma pequena localidade pode contribuir para que haja uma compreensão mais profunda das raízes e das tradições por detrás da música. Idanha pode liderar a Rede no campo do ‘folk’».
queza do património musical, herdado dos nossos avós, mas também o carinho com que Idanha-a-Nova recebe há vários anos projetos musicais inovadores de grande projeção nacional e internacional. Colocar Idanha-a-Nova entre as Cidades da Música será um prémio para
toda a população. Um prémio para os grupos culturais, para as associações, para os promotores de eventos, para os investigadores, para os guardiões das tradições. É um caminho que criará mais economia, mais riqueza e, por conseguinte, mais emprego.
u Divulgar os produtos culturais no mercado nacional e internacional; u Tornar a criatividade um elemento essencial do desenvolvimento económico e social local; u Cultivar a inovação através da troca de know-how, experiências e melhores práticas; u Dar formação a agentes culturais na área dos negócios.
Sevilha (Espanha) José Lucas Maza «Mais importante do que a dimensão de Idanha-a-Nova é aquilo que pode trazer para a Rede de Cidades Criativas. Não tenho dúvidas que a sua integração será uma mais-valia.»
Hamamatsu (Japão) Toshiyuki Nemoto «É importante envolver os jovens nas atividades, e vemos isso acontecer em Idanha. O apego emocional que as pessoas daqui têm à sua música é surpreendente e impressionante.»
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Encontro Internacional de Cidades Criativas apoia a Candidatura
Idanha-a-Nova recebeu o Encontro Internacional “As Cidades Criativas e a Música”, no âmbito da candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na área da música. O evento decorreu com grande sucesso nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Centro Cultural Raiano.
Mostrou, acima de tudo, que a candidatura de Idanha já conquistou apoios um pouco por todo o mundo. Marcaram presença os representantes das Cidades da Música da UNESCO de Bolonha (Itália), Sevilha (Espanha), Mannheim (Alemanha) e Hamamatsu (Japão), mas também re-
Jorge Barreto Xavier (Secretário de Estado da Cultura) «O Governo apoia esta candidatura. Não faria sentido não apoiar o trabalho que, ao longo dos anos, aqui tem acontecido, por parte das gentes de Idanha, usando a música como elemento que faz parte da identidade cultural, como elemento de desenvolvimento e como elemento de diferenciação deste território.»
presentantes da Comissão Nacional da UNESCO, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro) e o Secretário de Estado da Cultura, em representação do Governo Português. Participaram também vários espe-
cialistas em música e cultura, vindos de Portugal e de países como os Estados Unidos, Brasil, Espanha, França e Bélgica. Todos fizeram questão de manifestar publicamente o seu apoio à candidatura de Idanha-a-Nova a Cidade da Música!
Ana Abrunhosa (Presidente da CCDR Centro) «Desejamos que esta candidatura venha a ser coroada de êxito. O município de Idanha tem seguido o caminho certo para ser competitivo na criatividade e na inovação, procurando afirmar-se a partir da sua autenticidade e da riqueza das suas artes e tradições.»
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IDANHA-A-NOVA
Uma Candidatura das pessoas para as pessoas “Ao longo do tempo a música trouxe até nós as heranças culturais de que muito nos orgulhamos. Hoje temos a obrigação de as transmitir às novas gerações”. As palavras foram proferidas pelo presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, na apresentação pública da candidatura de Idanha-a-Nova a Cidade da Música da UNESCO. Sintetizam o modo único como a população de Idanha vive a música. São um estímulo para que façamos desse modo de vida uma oportunidade de desenvolvimento económico e social. A candidatura é feita a pensar nos muitos grupos culturais do concelho, na magia única das tradições quaresmais, no milenar toque do adufe que dá ritmo a festas e romarias, nos
inúmeros espetáculos e festivais, nas escolas de música, nos projetos inovadores que levam a música dos mais pequenos aos mais idosos. Foi feita pelas gentes de Idanha para as gentes de Idanha. São elas que mantêm as tradições mais vivas do que nunca!
Lista de membros da Comissão Consultiva da Candidatura Conjunto de personalidades estrangeiras e nacionais, especialistas no âmbito da música e da cultura, que colaboram na candidatura.
Adufe dedica edição especial à candidatura A mais recente edição da Adufe, revista cultural de Idanha-a-Nova, é dedicada à candidatura à rede de Cidades Criativas da UNESCO. Esta edição especial da revista apresenta, em texto e imagem, muitos dos argumentos que sustentam o projeto. É uma viagem por heranças culturais de incalculável valor; por uma rara ligação entre tradição e modernidade; por inesquecíveis músicos de invulgar talento; por uma comunidade orgulhosa das suas raízes e confiante no seu futuro. É, acima de tudo, uma viagem pela música que tão bem fazemos. A revista Adufe está disponível, gratuitamente, em vários espaços públicos do concelho de Idanha-aNova. Pode ainda ser consultada e/ ou descarregada no site do Município, em versão digital.
Âmbito Local Alfredo Vasconcelos (Diretor Geral de Produção do Boom Festival) Ana Rita Garcia (Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova – IPCB) António Catana (Historiador) António Realinho (ADRACES) Armanda Patrício (Prof. e Maestrina) Armindo Jacinto (Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova) Carlos Neto de Carvalho (Geopark Naturtejo) Celeste Amaro (Direção Regional de Cultura do Centro) Cristina Preguiça (Chefe de Gabinete CMIN) Cristina Rodrigues (Arquiteta, Artista Plástica e Professora na Universidade de Manchester) Fernanda Gabriel (Presidente da Associação de Jornalistas do Parlamento Europeu) Fernando Raposo (Conservatório Regional de Castelo Branco) Filipe Faria (Diretor da Arte das Musas e Diretor do Festival Fora do Lugar) Flávio Pinho (Historiador e Etnomusicólogo) Hein Demyttenaere (Ô Hotels e Resorts) Idalina Costa (Escola Prof. da Raia) João Abrantes (Filarmónica Idanhense) João Carlos Sousa (Centro Municipal Cultura e Desenvolvimento)
João Neves (IPCB) João Paulo Janeiro (Diretor do CIOB – Concerto Ibérico Orquestra Barroca) Joaquim Morão (Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa) José Filomeno Raimundo (Escola Superior de Artes – IPCB) Luís Filipe Castro Mendes (Embaixador e Poeta) Patrícia Dias (Técnica Superior CMIN) Paulo Longo (Chefe Divisão Cultura CMIN) Rui Silva (Mestre em Percussão Histórica) Âmbito Nacional Ana Laíns (Fadista) Ana Mafalda Pernão (Diretora da Escola de Música do Conservatório Nacional) Carlos Medeiros (Presidente da Comissão da Candidatura Consultiva da Candidatura e Presidente da IPI Consulting) Eduardo Marçal Grilo (Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian e ex. Ministro da Educação) Elisabete Matos (Cantora de Ópera) Fernando Andersen Guimarães (Embaixador e ex. Presidente da Comissão Nacional da UNESCO) Guilherme de Oliveira Martins (Presidente do Centro Nacional de Cultura, ex. Ministro da Educação e ex. Ministro das Finanças) Joana Carneiro (Maestrina Titular da Or-
questra Sinfónica Portuguesa, Diretora do Teatro Nacional de São Carlos e Diretora Musical da Sinfónica de Berkeley - USA) Jorge Sampaio (ex. Presidente da República Portuguesa) José Manuel Castanheira (Cenógrafo, Diretor da Academia Internacional de Cenografia e Presidente da Associação Portuguesa de Cenografia) Luís Cipriano (Maestro e Presidente da Associação Cultural da Beira Interior) Pedro Roseta (ex. Ministro da Cultura e ex. Embaixador de Portugal na OCDE) Âmbito Internacional Alain Vogel Singer (Presidente do Município de Pézenas e Presidente da AVEC Alliance des Villes Européennes de Culture) Ana Carla Fonseca Reis (Administradora da Fundação Getúlio Vargas e especialista em Economia Criativa) Françoise Sabatier (ex. Diretora da Caisse Nationale des Monuments Historiques et des Sites e ex. Commissaire Générale à la SEMA - Société d’Encouragement aux Métiers d’Art) Jessie Westenholz (Presidente da Jeunesses Musicales International) José Maria Ballester (ex. Director da Cultura, Património Cultural e Natural do Conselho da Europa) Lucette Andrade (ex. Embaixadora da UNESCO para África)
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