Suplemento UBI - Edição 208

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junho 2015 Suplemento Comercial dedicado à Universidade da Beira Interior

Produção RVJ - Editores

www.ensino.eu dossier

UBI, 24 horas por dia

A Universidade da Beira Interior tem mais de sete mil alunos. A academia está aberta 24 horas por dia. Num mundo mais global, pisca o olho à comunidade lusófona.

Estudo Contínuo

Shell eco-marathon

entrevista

UBIcar Sala aberta Universidade é terceiro na biblioteca procura novos em Roterdão central mercados C

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p II e III

JUNHO 2015 ///


universidade

UBI afirma-se em novos mercados 6 A Universidade da Beira Interior (UBI) tem feito uma forte aposta na internacionalização. A comunidade de alunos estrangeiros no seio da academia já é grande. António Fidalgo, em entrevista ao Ensino Magazine fala dessa aposta, mas aborda também outras questões importantes como o subfinanciamento das instituições de ensino superior. O subfinanciamento do ensino superior tem sido uma das suas preocupações. O que deve ser feito para alterar essa situação? Temos que chegar a uma fórmula que permita às universidades uma previsibilidade das receitas e de dotação orçamental. Estas alterações contínuas não são positivas, têm havido ajustamentos que significam mais cortes, pelo que era importante chegarmos a um patamar de estabilidade e, depois, haver uma distribuição equitativa pelas diferentes instituições. A internacionalização tem merecido uma forte aposta da UBI. Cada vez são mais os alunos estrangeiros que procuram a instituição. Só alunos brasileiros são quase 200... Não são só alunos brasileiros. A internacionalização da instituição tem sido um aspeto que temos trabalhado com sucesso. Temos aumentado o número de estudantes estrangeiros e hoje temos mais de 10% de alunos estrangeiros. Isto é importante porque a previsão é que o número de estudantes nacionais baixe. Nós temos capacidade instalada, neste momento estudam na UBI mais de sete mil alunos. Gostaríamos de manter esses números ou até mesmo subi-lo, mas isso só será possível através da vinda de estudantes internacionais. Referiu que havia alunos de outras nacionalidades para além da brasileira, quais são? O estatuto do estudante internacional só saiu no ano passado. O nosso mercado é o dos países de língua portuguesa. Temos alunos angolanos e também de Cabo Verde. A UBi já tem um grande historial nesta matéria, estamos a trabalhar com antigos alunos desses países , explorando o ativo que são esses alunos, para que possam ser uma comunidade de referência para a captação de novos estudantes. É nisso que estamos a apostar, para que possamos aumentar o número de alunos estrangeiros na nossa instituição. Esse recrutamento é feito para os cursos de licenciatura, ou também para mestrados e doutoramentos? É para os três ciclos de estudo. Nas

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António Fidalgo, reitor da UBI licenciaturas houve uma forte aposta, mas o crescimento mais elevado registou-se nos mestrados e doutoramentos. Em 2013/2014 recuperámos da quebra do ano anterior, e neste momento estamos numa fase ascendente, pelo que acreditamos que o número venha a subir. Os alunos portugueses candidatos ao ensino superior são cada vez menos. É complicado inverter estes números? Nos próximos anos essa quebra vai acentuar-se. A demografia é a grande dificuldade das instituições de ensino superior. O programa + Superior pode ser um bom instrumento para as instituições de ensino superior captarem novos alunos? Acredito que sim. Este ano vem mais a tempo. No ano passado a medida foi positiva, mas só se teve em consideração as notas de entrada. Isto fez com que os alunos beneficiados fossem os daqueles cursos que à partida nós tínhamos as vagas preenchidas, casos de medicina e engenharia aeronáutica. Este ano são as próprias instituições que indicam quais os cursos que podem receber

essas vagas do + Superior. Ainda assim no ano passado tivemos 80 bolsas, mas acabámos por atribuir 100, pois houve outras instituições que não aproveitaram todas as suas vagas. Ainda em relação ao alunos, uma das suas apostas era ter a academia aberta 24 horas por dia. Isso já acontece? Já tínhamos a UBI aberta aos finsde-semana. Com a concessão do bar da Biblioteca, conseguimos ter as salas de estudo abertas aos sábados e domingos, e neste momento temos uma sala aberta 24 horas por dia. A adesão tem sido boa e vai marcar a universidade. Como é que tem sido a relação entre a equipa reitoral e a Associação Académica? É muito forte. Há uma estreita relação entre a reitoria e a associação académica.

vel notícia de que houve projetos vencedores no programa comunitário H2020, sendo um deles de 7,2 milhões de euros, e em que a UBI é líder. São concursos muito competitivos a nível europeu. E a UBI tem tido uma taxa de sucesso muito boa. E tem havido uma forte ligação ao tecido empresarial? Neste momento está a haver muita ligação, através da vice-reitoria e da reitoria. Temos tido essa ligação, por exemplo com a Celtejo e outras empresas. A ideia é submeter projetos comuns à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Mas estamos atentos a outras parcerias. Há um acordo privilegiado com a PT, que por força das circunstâncias da empresa está algo suspenso, mas no qual estamos a trabalhar para que essa parceria possa avançar. De qualquer modo, o centro de competências que estava previsto está em andamento.

A investigação é outro eixo estratégico. O UBImedical pode ser um instrumento de excelência?

Quando é que o UBImedical estará a funcionar em pleno?

Com certeza. Nós tivemos a agradá-

Está a funcionar e já justifica uma ;


visita. Temos várias empresas a trabalhar nesse espaço, de gente muito jovem. Temos tido uma adesão muito grande de novos projetos na área de confluência da medicina e informática. O Governo quer mexer no regime dos consórcios. O que lhe parece a proposta da tutela? O próprio Conselho de Reitores (CRUP) foi muito crítico de forma unânime. Até porque esta proposta vai contra o único consórcio que existe que é o da UNorte. Há também o interesse das universidades do centro, em colaboração com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em fazerem um consórcio. Mas os consórcios já estão previstos no REGIES, pelo que não há necessidade de legislar sobre isso. A UBI, Universidade de Aveiro e Universidade de Coimbra temos reunido com regularidade na CCDRC. Há muitas parcerias a estabelecer e vontade de o fazer. Assumiu as funções de reitor há quase dois anos. Que balanço faz do trabalho desenvolvido? Penso que a UBI se desenvolveu no seguimento do que já vinha sendo uma tradição na instituição, ou seja dentro de uma gestão muito parcimoniosa, de tal maneira que nós somos das instituições de ensino superior mais robustas, no sentido de conseguirmos funcionar com menos dotação orçamental. A UBI é a universidade em que as fórmulas, que estão a ser propostas, nos dão direito a maior financiamento por parte do Estado do que estamos a receber. Mas tudo isto é feito à custa de muitos sacrifícios e de cortes que lesam a instituição. Para concorrermos a fundos comunitários tem que qualificar o seu pessoal docente e ter equipas de capacitação. Por isso temos a necessidade de elaborar bons projetos, o que se faz com equipas qualificadas. E os docentes têm feito um grande esforço, têm que trabalhar mais, pois temos apresentado muitas candidaturas. Neste momento a UBI tem-se desenvolvido nas duas áreas chave - ensino e investigação. A Universidade, apesar de todas as dificuldades, tem vindo a fazer um grande esforço de financiamento. No ano passado conseguimos quatro milhões de euros em projetos. Este ano há mudança de quadro comunitário, mas continuamos num percurso de solidez. K   

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Shell Eco-Marathon Europe

UBIcar em terceiro 6 O UBIcar, da Universidade da Beira Interior, classificou-se em terceiro lugar na categoria Urban Concept da Shell EcoMarathon Europe, que decorreu de 21 a 24 de maio, em Roterdão, na Holanda, enquanto o segundo carro da UBI, o AERO UBI, que foi pela segunda vez à competição, alcançou o 19.º posto entre meia centena de veículos. O UBIcar, desenvolvido por 14 alunos e um docente do Departamento de Engenharia Eletromecânica, protagonizou três tentativas, tendo percorrido distâncias muito próximas em todas elas, sendo a melhor marca de 233,5 quilómetros.

A classificação é definida pela melhor performance, tendo a equipa da UBI alcançado

o terceiro lugar, atrás dos franceses Lycee Louis Delage, que percorreram 517,3 quilómetros,

e da equipa polaca SKAP 2, que conseguiu 317,3. “Os resultados têm vindo a melhorar, espelhando a aprendizagem que tem sido feita”, disse Paulo Fael, docente responsável pelo projeto UBICAR, lembrando que “dezenas de alunos das engenharias Eletromecânica, Aeronáutica, Mecânica, Eletrotécnica e de Gestão Industrial, assim como de Design Industrial, têm passado por este projeto ao longo destes anos e todos têm salientado a aprendizagem prática que obtiveram do decurso da sua participação”. K Rodolfo Pinto Silva _

Estudo contínuo na UBI

“Sala Aberta” na Biblioteca 6 A Universidade da Beira Interior inaugurou, a 3 de junho, um espaço na Biblioteca Central que vai estar disponível para os alunos estudarem de noite, respondendo assim às solicitações dos estudantes. Denominado Sala Aberta, funciona durante a noite, entre as 23h00 e as 8h30, sendo o acesso feito através de uma porta situada no pátio da Biblioteca Central, dotada com leitor eletrónico de

Cartões da UBI, “o que vai permitir saber quem entrou, quando entrou e quando saiu”, refere José Rosa, diretor da Biblioteca. A abertura desta Sala é uma medida descrita como emblemática do reitor da Universidade, António Fidalgo, que com ela, quer dar um “sinal a toda a Academia: na UBI pode e deve estudar-se ‘around the clock’, a horas e desoras. Basta querer”, explica José Rosa. K

Estudo da UBI conclui

Partidos Políticos não apostam no online 6 A interação online entre os partidos políticos portugueses e os potenciais eleitores é muito limitada, pois os partidos não querem perder o controlo da mensagem e usam a Internet mais como ferramenta de difusão do que para ouvirem os seus potenciais eleitores. A conclusão é de um projeto de investigação da Universidade da Beira Interior, que analisou, ao longo dos últimos três anos, os websites dos partidos para estudar a forma como se comunicam com os cidadãos por esta via. Orientado pelo professor catedrático do Departamento de Comunicação e Artes, Paulo Serra, o estudo conclui que a maioria dos cidadãos acede aos sites à procura de informações atualizadas e com a expetativa de es-

tabelecer um diálogo através de ferramentas que, aparentemente, favorecem a interação nos pró-

prios sites ou nas redes sociais. A realidade é que, geralmente, os partidos não participam das

conversas online nem nos diálogos que, a acontecerem, não ocorrem entre os políticos e os comentadores, mas apenas entre os segundos, o que resulta numa comunicação “horizontal”. Na análise foram tomados como referência os sites dos cinco partidos políticos com representação parlamentar: Centro Democrático e Social-Partido Popular (CDS-PP), Partido Social Democrata (PSD), Partido Socialista (PS), Partido Comunista Português (PCP) e Bloco de Esquerda (BE). Os investigadores estudaram as suas páginas web e realizaram testes para verificar o grau de interação com os cidadãos, como enviar e-mails ou fazer comentários nas notícias da web e nas páginas do Facebook de cada partido. K

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Doutoramento na UBI

Os media e a GNR 6 A estrutura distrital de Castelo Branco da Guarda Nacional Republicana (GNR) tem um acesso privilegiado aos órgãos de informação local, mas os media têm o poder de selecionar o que é notícia. Esta é uma das conclusões da tese de doutoramento em Ciências da Comunicação que José Carlos Gonçalves defendeu na Universidade da Beira Interior (UBI), com orientação do docente da instituição José Ricardo Carvalheiro e coorientação

de Teresa Cierco, da Universidade do Porto. Com o título “A relação entre os media e a GNR em Portugal, a nível local, à luz da teoria dos campos”, a tese deixa claro que “a intenção final dos agentes que se disputam socialmente passa pela legitimação pública”, sendo que a GNR “consegue a cobertura noticiosa que mais lhe convém” e que o poder dos media reside “essencialmente em selecionar e ter a última palavra no que é notícia, face

Leitura: UBI premiada

vocações. A experiência começou em dezembro e terminou na quarta-feira, 27 de maio. K

T O projeto ‘À Luz da Poesia e da Ciência’, do Centro de Promoção de Leitura Serra da Estrela (CPLSE) e da Universidade da Beira Interior (UBI), ganhou o primeiro prémio na Feira de Ciências À Descoberta da Luz/ Hands-on Science, que decorreu no Colégio do Minho, em Viana do Castelo, a 25 de maio. “À Luz da Poesia e da Ciência” é um projeto integrado nas Comemorações do Ano Internacional da Luz/2015 e foi desenvolvido pelo CPLSE em parceria com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e Departamento de Física da UBI em Escolas /do 1º Ciclo do Ensino Básico do Tortosendo pertencentes ao Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, da Covilhã. K

Academia Júnior na UBI T A primeira edição da Academia Júnior de Ciência, organizada pela Universidade da Beira Interior (UBI), concluiu com a certeza que deverá regressar no próximo ano. Nesta experiência inicial foram selecionados 21 dos melhores estudantes de seis escolas secundárias da região, que elogiaram a iniciativa da UBI, destinada a incentivar o gosto pelas chamadas ciências “duras” e trabalho laboratorial, entre outros objetivos: mostrar como funciona uma universidade, através do convite a viver as instalações e ajudar a descobrir

IV

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Bênção das Pastas T Perto de 800 alunos que acabam as licenciaturas e mestrados integrados na Universidade da Beira Interior participaram na Bênção das Pastas, que decorreu a 23 de maio. O desfile começou na Faculdade de Ciências da Saúde e terminou no Complexo Desportivo, que recebeu a cerimónia pela segunda vez. A eucaristia foi celebrada na presença do Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício. “A Universidade dá muito a parte prática, teórica e do associativismo. Uma visão do que se passa no mundo real e da relação com as empresas”, lembra Francisca Castelo Branco, presidente da AAUBI, que deixa votos de maior sucesso e salienta o fortalecimento da ligação à UBI. K

cursos acreditados T O Mestrado Integrado em Arquitetura da Universidade da Beira Interior foi acreditado pelo período máximo (6 anos) pelo Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Também o 1º ciclo de Biotecnologia e o 2º ciclo de bioquímica da Faculdade de Ciências foram acreditados pelo período máximo. K

ao poder da polícia (GNR) de se constituir como fonte de informação”. Os meios, valorizam também a proximidade através dos seus enquadramentos e, no âmbito desta ligação entre jornalistas e militares, ambos os campos valorizam a credibilidade na interação aconPublicidade

tecida. Segundo José Carlos Gonçalves, estas conclusões permitem conhecer a relação existente “que não tinha sido estudada nos termos em que aconteceu” e identificar “as formas de relacionamento entre si e as estruturas de organização de cada lado na interação existente”. K


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