Ano 12 N0 73 R$ 7,90
VIAGEM UMA IMERSÃO NO UNIVERSO DISNEY
COTIDIANO PARA UMA VIDA MAIS PLENA, MEDITAÇÃO
ALEGRIA FLORES VESTEM A CASA E FAZEM A FESTA
verão Cinco frutas, cinco chefs, dez receitas de dar água na boca, perfeitas para curtir os dias de calor
Milene Leal milene@contextomkt.com.br
EDITORA E DIRETORA DE REDAÇÃO REDAÇÃO Ana Guerra, Flavia Mu, Paula Taitelbaum, Loraine Luz, Milene Leal, Fernando Bueno, Dóris Fialcoff REVISÃO Flávio Dotti Cesa DIREÇÃO E EDIÇÃO DE ARTE Luciane Trindade ILUSTRAÇÕES Moa FOTOGRAFIA Letícia Remião, Cris Berger, Carin Mandelli, Fernando Bueno, Dudu Contursi COLUNISTAS Cris Berger, Celso Gutfreind, Cherrine Cardoso, Fernando Lokschin, Luís Augusto Fischer, Roberta Coltro, Tetê Pacheco EDITORA RESPONSÁVEL Milene Leal (7036/30/42 RS)
Izabella Boaz izabella@contextomkt.com.br
DIRETORA DE ATENDIMENTO A revista Estilo Zaffari é uma publicação trimestral da Contexto Marketing Editorial Ltda., sob licença da Companhia Zaffari Comércio e Indústria. Distribuição exclusiva nas lojas da rede Zaffari e Bourbon. Estilo Zaffari não publica matéria editorial paga e não é responsável por opiniões ou conceitos emitidos em entrevistas, artigos e colunas assinadas. É vedada a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem prévia autorização e sem citação da fonte.
TIRAGEM 25.000 exemplares IMPRESSÃO Gráfica Pallotti
ENDEREÇO DA REDAÇÃO Rua Cel. Bordini, 675/cj. 301 – Porto Alegre/RS – Brasil – 90440 000 (51) 3395.2515 (51) 3395.2404 estilozaffari@contextomkt.com.br
ERRATA: Na edição anterior da Estilo Zaffari, por um erro ocorrido no momento do fechamento dos arquivos, publicamos uma fotografia invertida. A imagem da paraquedista, na página 92, está de cabeça para baixo. Pedimos desculpas pelo equívoco! Aqui acima publicamos novamente a página, agora com a foto na posição correta. Créditos das imagens: João Paulo Lucena e Paulo Cesar Guerreiro.
N OTA
D O
E D I TO R
IMPRESCINDÍVEIS MOMENTOS E lá se foi o tumultuado 2015. Que ano difícil, não? Mundialmente difícil, e não apenas para nós, brasileiros, para mim ou para você. 2015 foi complicado para todos, foi complicado para o planeta inteiro, e com certeza não deixará muita saudade. Mas, para não dar ainda mais corpo ao “mimimi” generalizado, nós da Estilo Zaffari resolvemos lembrar o que esse ano tão mal-falado trouxe de bom. Aprendemos muito com ele, sem dúvida. E o principal aprendizado é que a melhor forma de se proteger das más notícias, das tristezas, dos medos e das frustrações é cultivar a alegria que reside nos bons momentos. Atravessamos o ano trazendo aos nossos leitores reportagens sobre diversos temas, mas todas elas focadas em atitudes e sentimentos que acreditamos serem as chaves para o bem-estar cotidiano. Dá uma olhada nos exemplos de assuntos que abordamos: Lugares legais para curtir dias de folga, férias ou simplesmente algumas horas de ócio Comidinhas para tornar as refeições e os encontros mais saborosos Pessoas que criam, inventam, ousam e fazem o dia a dia da gente ser mais interessante Ideias para deixar a casa mais bonita, aconchegante, gostosa Programações culturais, música, arte e tudo o que dá cor à vida Objetos bacanas, diferentes, novidades, criações inusitadas, ideias sustentáveis, projetos inovadores Esportes, atividades físicas lúdicas, autoestima, autoconhecimento, saúde, bem-estar Brincadeiras de criança Esta é a última edição do ano da Estilo Zaffari. Para encerrar 2015 dentro do nosso espírito de positividade e alegria, enchemos as nossas páginas de lindas imagens e belas ideias. Temos comidinhas coloridas e saborosas (receitas elaboradas com frutas, perfeitas para o verão), flores (uma sugestão criativa para deixar a casa com cara de festa), fantasia (uma imersão nas principais atrações da terra do Mickey Mouse), introspecção (uma matéria pra você se enstusiasmar com a prática da meditação), arquitetura (detalhes de uma Porto Alegre que você nunca parou para ver), além de um giro rápido e delicioso por Washington e outro por New York, com sugestões do que visitar nessas duas grandes e belas cidades. Divirta-se, aproveite nossas dicas, curta a sua revista, o seu tempo, os seus prazeres, as pessoas que você ama. Vamos nos despedir suavemente de 2015, e abraçar um 2016 que promete ser muito mais vibrante. Vem 2016! OS EDITORES
Correio RECADINHOS QUERIDOS QUE A ESTILO ZAFFARI 72 RECEBEU PELO FACEBOOK
Sou fã da revista INELVA ZANDONÁ
Muito legal IGNACIO SANTANNA SNOW DOWN
Oba... chegou!!!! NA CHEGADA DA EDIÇÃO ÀS LOJAS DA CIA. ZAFFARI:
IAIÁ BISTRÔ
Amo esta revista Estilosa!!!! Luciana Mutti de Morais corre para pegar a sua. DEBORA BERTOL
Sempre gostei do conteúdo da revista Estilo Zaffari. Primeiro porque é uma revista editada aqui no Estado que não publica matéria editorial paga, e isso sempre me seduz muito. Segundo, porque a qualidade da revista é de alto padrão em tudo, desde o projeto gráfico impecável, conteúdo super interessante das colunas, dicas de viagens, hotéis bacanas, restaurantes descolados, moda, esportes, mas o que mais me chama atenção mesmo é a coluna Vida. Puxa! Fala de Brincar. Aborda a infância e a importância de brincar para o desenvolvimento sadio da criança e o fortalecimento dos laços afetivos! Incrível, tem até a explicação sobre o porquê de brincar. Buenas, para mim afeto é tudo, e matéria que envolva criança então é imperdível! E o mais legal de tudo isso é que o PULP CHICKEN está lá na página 23! Matéria bem legal. Obrigada, Milene Kraemer Leal e Claudia Tajes, ficou demais! Que tu tens bom gosto, Milene todo mundo, já sabe, mas o capricho dessa revista é algo. SARITA VALLIM
Mais uma edição linda!! Parabéns!! SHEILA PESA
ADOREI TUDO!!! JACINTHO PILLA
Obaaaaa! Louca pra ver! PAULA TAITELBAUM
Oba!!! Não deixo de comprar a minha edição sempre que volto para Poa!!! É súper!!!! Adoro!!! CRISTINE LINDNER DEBONI
Simplesmente sensacional e que capa!!!! CRISTINA K. LEAL
Linda como sempre. E que modelo! Bj FERNANDA MEDEIROS AZEVEDO
Milene e Bella, adorei a nova revista Estilo Zaffari. A matéria de capa está demais. Brincar é essencial!!! O texto sobre Portugal foi um presente. Lindos lugares e fotos maravilhosas! Ler as matérias sobre minhas queridas amigas empreendedoras Vicky Fernandez e Sarita Vallim me encheu de orgulho. E adorei ter minhas experiências no House Bistrô Café e Maria Bolaria compartilhadas com os leitores. Parabéns!!! Vocês se superam a cada edição! CLAUDIA MAGNUS CHAVES
www.facebook.com/Revista Estilo Zaffari 6
Estilo Zaffari
POR QUE FAZEMOS REVISTAS?
CONTEXTO MARKETING EDITORIAL, ESPECIALIZADA EM REVISTAS CUSTOMIZADAS www.facebook.com/contextomkt I 51 3395.2515
Cesta Básica
10
Coluna Humanas Criaturas
58
Coluna Vida
66
Vida: Meditação
78
Sampa
86
O Sabor e o Saber
110
Coluna Equilíbrio
108
Moda
114
Mulheres que Amamos
116
Coluna Palavra
122
TURISTANDO EM NEW YORK
WASHINGTON, AMOR À PRIMEIRA VISTA
96
88
FLORES E CORES FAZEM A FESTA!
60
I LOVE DISNEY!
POA: BELEZAS QUE A GENTE NÃO VÊ
68 40
VERÃO: 5 FRUTAS, 10 RECEITAS
26
Cesta básica
NESTA SEÇÃO VOCÊ ENCONTRA DICAS E SUGESTÕES PARA CURTIR O DIA A DIA E SE DIVERTIR DE VERDADE: MÚSICA, MODA, LITERATURA, ARTE, LUGARES, VIAGENS, OBJETOS ESPECIAIS, PESSOAS GENIAIS, COMIDINHAS, PASSEIOS, COMPRAS. BOM PROVEITO!
T E X TO S
P O R F OTO S
10
Estilo Zaffari
LO R A I N E
LU Z
D I V U LG A Ç Ã O
EXPERIÊNCIAS COLETIVAS Tem ares novos e modernos lá pelos trechos finais da Avenida Ipiranga – colocando a região na mira de quem se identifica com sustentabilidade, economia criativa, gastronomia e arte. Alinhado aos novos tempos ditados pela soma, pela junção, pelo coletivo, o espaço faz mais do que promover o consumo disso ou daquilo. A ideia é fomentar novas atitudes, novos comportamentos. O Coletivo Central é um local para se viver experiências. Yara Pansani, Matheus Grimm, Maick Seilá e Emir Sarmento foram os artistas responsáveis por dar cor e forma à proposta. Food trucks, degustação de vinhos e de cervejas artesanais, feira de hortifrútis agroecológicos, palestras e cursos estão entre as ações pensadas e executadas no espaço #centralparquepoa.
COLETIVO CENTRAL ROSSI ACESSO PELA AV. IPIRANGA, 7.454. PLANTÃO DE VENDAS DA ROSSI RESIDENCIAL RUA EDGAR DIEFENTHAELER, SEM Nº. PORTO ALEGRE I RS facebook.com/centralparquepoa instagram.com/centralparquepoa
CENTRO HISTÓRICO MAIS ORGÂNICO O sobrado amarelo antigo, com mais de 90 anos, bem que podia mesmo ser a casinha da vó. O lugar foi restaurado e agora acolhe todos em um bistrô. O nome do lugar é uma homenagem à avó Mercedes e a tudo que ela inspirava para a família. Então, a comida é inspirada nessa forte figura na vida de Aline, proprietária do restaurante que funciona ao meio-dia e também à noite, no Centro Histórico. Em uma palavra? Carinho. Carinho no fazer e oferecer. Os ingredientes do cardápio são prioritariamente orgânicos, e há opções vegetarianas ou para quem tem restrições alimentares. Até a carta de bebidas tem alternativas ecológicas, orgânicas e/ou biodinâmicas. Destaque para a kombucha – uma espécie de refrigerante totalmente do bem. Todas as quintas-feiras, a partir das 16h, acontece uma feirinha com produtores agroecológicos.
BISTRÔ DA VÓ MERCEDES DUQUE DE CAXIAS, 550 CENTRO DE PORTO ALEGRE 51 3013.3269 www.bistrodavomercedes.com.br
DEL BARBIERE TEM CAFÉ DA MANHÃ O Del Barbiere, comandado pelo chef Marcelo Schambeck, oferece café da manhã. O ambiente tem feito sucesso entre os moradores do Centro e também quem trabalha na região. “Mas tem gente que vem para cá fazer reunião com cliente, curtir a folga ou trabalhar”, comenta Schambeck. Há três opções de combos matinais: café e pão na chapa com ovo mexido (R$ 15); café e pão na chapa com ovo frito (R$ 15) e café com torrada de presunto e queijo (R$ 17). Um dos destaques é o pão – receita exclusiva do bistrô – que é assado bem cedinho todos os dias. Nas sextas-feiras, há opções de bolo – de banana, maçã e do que mais a Juliana Pedersen inventar – e biscoitos, sempre divulgados através das redes sociais do Del Barbiere: facebook.com/delbarbiere ou instagram. com/marceloschambeck. O café da manhã do Del Barbiere é servido de terça a sexta-feira, sempre das 9h às 11h. Mais informações: 51 3019.4202.
DEL BARBIERI RUA JERÔNIMO COELHO 188 CENTRO DE PORTO ALEGRE 51 3019.4202 www.delbarbiere.com.br
Cesta básica MENU INTERNACIONAL, ACOLHIMENTO FAMILIAR
O steak tartare, carne crua preparada com ovo e temperos, tradicional nos restaurantes franceses, é a especialidade da casa. A culinária francesa também está representada no filé do desembargador, servido com sauce bernaise, e na soupe l’oignon. Destaque, ainda, para as massas italianas e o spätzel alemão, gratinado com queijos e acompanhado de dois escalopes de file. O menu internacional e o trabalho em equipe fazem do Restaurante Tartare uma boa opção na noite da Capital, na esquina das ruas Maryland e Mata Bacelar. O endereço foi inaugurado no inverno de 2013 por Eduardo de Lorenzi. À sua experiência de trabalho em outros restaurantes se somaram o talento da chef Maria Adolfina e o conhecimento do maître Donato. Eduardo teve o primeiro contato com restaurantes aos 20 anos, como auxiliar de cozinha, em San Diego, na Califórnia (EUA). Mas, à época, seu futuro era bem outro. Dedicado desde criança à natação, transformou-se em atleta profissional, com recordes estaduais e sul-americano e com passagens por diversos clubes. O nado não foi abandonado – hoje é puro lazer – e toda a gana e dedicação de atleta voltaram-se para o ramo da gastronomia e o atendimento a amigos e clientes.
TARTARE RESTAURANTE AV. MARILAND, 696 I BAIRRO SÃO JOÃO 51 3026.3888 I PORTO ALEGRE I RS
BAR COMEMORA OS 62 ANOS AGORA COM CHOPE
O Lourival Bar continua o mesmo: o mais tradicional buteco de Porto Alegre, com 62 anos de história. Inaugurado em 1953, o estabelecimento passou por uma reforma em 2014, que atualizou seu ambiente, e agora apresenta mais novidades: uma agenda musical, promoções especiais e passa a servir chope! O chope, do alemão Schoppen, “copo de meio litro”, é como se denomina no Brasil a cerveja com ou sem pasteurização, servida a partir de barris sob pressão. Bem gelado, é apreciado por todos e idolatrado por muitos. O chope completa a já bem variada carta de cervejas do Lourival, que dá ênfase aos rótulos artesanais, e a própria do Lourival é uma das mais pedidas. A carta de vinhos do bar tem rótulos da distribuidora Terrunyo. Para acompanhar o chope, a gastronomia do Lourival é bem variada, a noite o cardápio à la carte tem petiscos, saladas e pratos principais com peixe, carne e frango. O buffet executivo, servido de segunda a sábado, das 11h30 às 15h, oferece variedade de pratos quentes, saladas e sobremesas. Na agenda cultural que privilegia o samba, como manda a tradição, terça-feira acontece o projeto Samba de Boteco, com show acústico de João Marcelo (surdo e vocal da Banda Sambeabá) e músicos convidados, e na sexta, o Sextas de Boteco, também com shows acústicos diferentes a cada semana. Os dias promocionais são outra atração: tem a segunda clássica do carreteiro, com as opções de filé, charque e linguiça (com uma cerveja 600 ml cortesia), o sábado do filé (com 20% de desconto nos pratos para duas pessoas) e o happy hour das “gurias” (até as 20h pede um clericot e ganha o segundo).
facebook.com/lourivalbar instagram.com/lourivalbar
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Estilo Zaffari
DETOX TOTAL DO HOTEL DES ISLES
A proposta do Hotel Des Isles e da empresa Esprit Jeûne para o outono/inverno na Normandia é um dieta detoxificante ao estilo Buchinger, método que limpa o organismo e acelera o metabolismo. Totalmente monitorado, o programa é à base de água, infusões e caldos, associados a caminhadas, e promete liberar toxinas, dando lugar à vitalidade e ao bem-estar, sem perda de massa muscular. A sinergia exata entre jejuns, dieta e caminhadas promove renovação celular, rejuvenescimento biológico e um forte impacto de superação de si mesmo. Em outras palavras, purificação de corpo e espírito, sob acompanhamento professional. Para isso, ajudam muito as paisagens das ilhas da costa normandas, naturalmente inspiradoras. A atmosfera local é revigorante e ideal para relaxar, com inúmeras opções de trilhas em longas praias contornadas por dunas, abrigadas pelo canal da Mancha, pelas ilhas anglo-normandas e aquecidas pela corrente do Golfo. O programa inclui oficinas com dicas sobre preparo e combinações alimentares. Esprit Jeûne (Espírito Dieta) é uma empresa de Celeste Cândido, que compartilha agora o que, no cuidado com a alimentação, transformou para melhor sua vida. Com várias formações em seu currículo, Celeste é membro-fundadora da Federação Francesa de Dieta e Trilha e autora do ABC da Dieta (Editora Grancher). O hotel no estilo nórdico antigo fica localizado em Barneville-Carteret, a 3h30min de Paris.
HOTEL DES ISLES
www.hoteldesisles.com
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Cesta básica
THE CHEFS
Durante um ano, os irmãos Gabriel e Rodrigo Zambon, chefs do restaurante Seasons, testaram diversas receitas para chegar a um hambúrguer perfeito em sua simplicidade. Assim nasceu The Chefs. A carne 100% proveniente de raças britânicas (Angus & Hereford) é moída diariamente na casa. O pão é artesanal, inspirado no brioche francês, e sai fresquinho da cozinha todas as manhãs. O queijo colonial, de produtor local do interior da serra gaúcha, também é um diferencial e se destaca pela textura amanteigada e pelo sabor suave. Para finalizar, o ketchup é caseiro, receita testada e retestada até chegar ao ponto. “O que servimos são hambúrgueres sem frescura. Afinal, a nossa intenção é fazer algo simples e bem-feito”, explica Gabriel. São sete as variedades de hambúrgueres, além da opção veggie e alternative do pão sem glúten e sem lactose (produção da casa), todos servidos com batatas fritas que passam por três tipos de cozimento para garantir a crocância ideal. As opções de gelatos e milk-shakes não deixam por menos. São usados ingredientes frescos e naturais. O gelato segue o método tradicional de produção: artesanal, sem conservantes. O ambiente é assinado pela arquiteta Carina Tomazzoni e conta com um projeto da Paxart de ilustrações criadas especialmente para o espaço. Também no cardápio, as opções de drinks deixam o restaurante ainda mais descolado.
THE CHEFS – HAMBURGUERIA I PRAÇA DR. MAURÍCIO CARDOSO, 23 I MOINHOS DE VENTO I PORTO ALEGRE I RS TERÇA A QUINTA – 11H30 ATÉ 23H I SEXTA E SÁBADO – 11H30 ATÉ 23H30 51 3508.7781 thechefshamburgueria.com.br
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Estilo Zaffari
“EM RELACIONAMENTO SÉRIO COM…” A vida afetiva pode (re)começar após os 40. É o que comprova o site Coroa Metade, voltado para homens e mulheres mais maduros em busca de relacionamentos sérios. A iniciativa demonstra que a interatividade da rede pode ser aliada, desde que o filtro usado (o site) seja seguro e mostre credibilidade. Trinta e dois casamentos já foram iniciados ali. Com três anos no ar, o site soma 2,4 milhões de visitantes e 90 mil cadastros. “A idade torna as pessoas mais seletivas. O site é procurado basicamente por homens e mulheres que não têm tempo a perder em encontros sem sentido, mas que ainda acreditam que é possível encontrar alguém para compartilhar a dois os grandes e pequenos momentos da vida”, conta Airton Gontow, idealizador e diretor do site. O Coroa Metade segue o modelo de sites de encontros surgidos nos EUA, nos quais se preenchem amplos cadastros antes de começar a teclar. O objetivo é traçar o perfil pessoal do eventual parceiro e assim aumentar as chances de encontrar alguém que realmente valha a pena. Para criar o site, Gontow se baseou em sua história pessoal e na de amigos que estavam solteiros ou separados aos 40 anos e vivenciaram as dificuldades para identificar pessoas para uma relação estável.
COROA METADE www.coroametade.com.br
ESTAMPARIA O fascínio por formas e cores fez Martha Fischer mudar de rumo: deixou a psicopedagogia em busca conhecimentos (e realização!) na área de design. Isso há 12 anos. As estampas em superfícies – jogos americanos, almofadas, guardanapos, cartões e envelopes – são o resultado mais recente dessa aposta. Ela acaba de desenvolver uma linha de estampas em papel em que se destaca um intenso colorido. E nesse período de festas de final de ano, quando nos dedicamos a desejar votos de renovação e felicidade para as pessoas, parece que a ideia vem bem a calhar. “Penso que estamos precisando de alguns momentos especias, reais. Sair um pouco do virtual e relembrar o prazer de receber um cartão ou abrir uma carta. O final do ano é uma época propícia para essas vivências”, comenta Martha. A designer trabalha em casa, sob encomenda. Atualmente, faz formação continuada em design de superfície no Atelier Textil Maria Rita. De 2004 a 2006, experimentou uma sociedade com o designer Carlos Brum Mota, na área de moda. Do atelier deles saíam peças de linho e seda estampadas com carimbos de madeira e também bordadas. O trabalho incluía uma comunidade de jovens carentes, responsáveis por esculpir as peças que eram vendidas em Paris. Com o fim do projeto, Martha passou a se dedicar à estamparia digital.
instagram: @craft_papeis
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PRODUÇÃO PRÓPRIA E CRIATIVIDADE
TÁ CORRIDO? SANTÉ PARA SUA SAÚDE
Incentivo à agricultura local e orgânica, bem como ao comércio justo, com panificação artesanal, receitas saborosas e saudáveis sem quaisquer aditivos químicos e sem abrir mão da sofisticação gastronômica. Assim é Santé Snack Bio – Orgânico Gourmet. Trata-se de um clube de assinaturas, que faz chegar aos clientes produtos gostosos, saudáveis e nutritivos e mais apropriados às necessidades de cada um. A linha Box Santé tem opções de sanduíche com salada e molho; a Feira tem verduras e legumes para a semana; e La Boutique oferece snacks para eventos. O Santé também contempla clientes comerciais, como academias e lojas de orgânicos. No comando da ideia toda, as sócias Luciana Franco e Bárbara Carrion tendo como consultora gastronômica a chef Arika Messa e fichas nutricionais assinadas por Nutriskin.
SANTÉ SNACK BIO FB//SANTÉ-SNACK-BIO-ORGÂNICO-GOURMET
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O pão pode unir sabores, culturas e pessoas desde que no ponto certo. O ingrediente principal? A produção artesanal – com muito carinho e delicadeza envolvidos. Eis a Compania, que tem tudo para ser seu maior desejo no final de tarde… quando apetece aquele pão fresquinho. Mas também para qualquer outra hora: não faltam sabores nessa padaria-sanduicheria-loja. Há bolos, muffins, cookies, sorvetes, maioneses para acompanhamento, blends de chás, além de, claro, os pães – quase tudo produzido lá mesmo. No balcão da Compania, uma variedade que inclui pão 7 grãos, baguette, focaccia, pão de bacon, pão de malte, challah, 100% integral, entre outros. Hambúrgueres também estão no cardápio (podendo acompanhar batatas rústicas e molho da casa). Aí vão três sugestões: sanduíche de frango (assado inteiro com limão siciliano e depois lasqueado) com molho de iogurte e tomate confitado no pão de focaccia; o sanduíche de carne de porco defumada e desfiada, com molho barbecue de goiaba no pão de malte; e o hambúrguer com bacon feito ali mesmo e maionese defumada. E sobremesa? Tem! Peras no vinho com sorvete de baunilha, fondant com sorvete de doce de leite, cheesecakes e requeijão assado com sorvete de chocolate stout. Além disso, cervejas artesanais, cafés e chás completam o cardápio.
COMPANIA – TUDO SOBRE PÃO RUA JARAGUÁ, Nº 105 BAIRRO BELA VISTA I PORTO ALEGRE I RS
CAFÉ DA MANHÃ PARA DAR VONTADE DE PULAR DA CAMA Um hábito que está conquistando cada vez mais os gaúchos: curtir o café da manhã na rua em meio a uma reunião ou mesmo a um momento relax. Ainda bem que boas opções estão surgindo em Porto Alegre para incentivar essa mania de forma saudável. É o caso do Quintal Orgânico, restaurante e espaço para eventos que prioriza a gastronomia criativa do bem-estar, que abriu suas portas também para café da manhã desde novembro. O menu leve e saboroso valoriza os ingredientes orgânicos, dos ovos à farinha, do iogurte às frutas. E ainda: apresenta opções sem glúten, sem lactose e sucos e vitaminas naturais. Aliás, os sucos verde, vermelho ou de laranja já são clássicos da casa. O melhor de tudo é que dá para curtir tudo isso na sombrinha da varanda que, nessa primavera, ganhou uma nova horta e flores. Com um espaço tão agradável, eventos e reuniões com brunch já estão sendo programados por lá. Certamente, um café da manhã para se conectar não só com o Wi-Fi mas também com o seu bem-estar. Afinal, amanhecer de bem com a vida já é meio caminho andado para um bom dia, certo?
QUINTAL ORGÂNICO RESTAURANTE E EVENTOS NILO PEÇANHA, 633 I PORTO ALEGRE I RS CAFÉ DA MANHÃ DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 7H30 ÀS 10H ALMOÇO DE SEGUNDA A SÁBADO
AFETOS NO DIVÃ
O título sugere: o tom é menos formal mesmo. E o autor acredita que, por isso, pode atingir públicos como educadores e pais, para além de psicólogos, psicanalistas e profissionais da saúde mental. Crônica dos Afetos é o novo livro do médico e escritor Celso Gutfreind. A obra fala de emoções e sentimentos – e da psicanálise que está inserida em todos esses sentidos. A publicação aborda de forma poética temas densos e delicados, com texto solto e rico em narrativas do cotidiano. “Apesar da prosa, foi um processo mais próximo da poesia, por não ter sido forçado e ter uma primeira versão muito espontânea. Depois, claro, muito trabalho em cada frase, garimpando, garimpando… até chegar próximo do que eu senti”, conta o autor. Crônica dos Afetos traz a prática antes da teoria. Assim na vida, assim na psicanálise. Dividido em seis partes, trata de algumas situações concretas, vividas – partindo da prática e da clínica. Segundo ele, esta é a melhor forma de refletir tudo que se faz: pelas vivências.
CRÔNICA DOS AFETOS – A PSICANÁLISE NO COTIDIANO CELSO GUTFREIND EDITORA ARTMED R$ 54 208 PG
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BELEZA INDÍGENA
Durante o ano de 2015 trabalhamos na Amazônia com as Aldeias Xerente, Javaé e Kraho, numa equipe formada por Letícia Remião – fotógrafa, Thomaz Crocco – Vídeo Maker e eu – na curadoria dos objetos indígenas. Selecionamos os produtos culturais referentes a cada etnia para apresentar o resultado na Feira Mundial de Artesanato Indígena, paralela à Primeira edição dos Jogos Mundiais Indígenas, em Outubro 2015, em Palmas – Tocantins. Quem entra numa aldeia indígena não sai igual. Não só aprendemos muito com a sabedoria deste povo como saímos impregnados da iconografia do entorno. À partir dessa experiência, começei a criar uma série de objetos com desenho de origem, o que resultou na coleção SÉRIE NATIVA. Estamos preparando uma exposição de alguns destes objetos, para expor no verão em Punta del Este/Uruguay no Occidente Studio; e posteriormente na DPOT/São Paulo (em maiode 2016).
JOIAS DE SENTIR
É joia e é arte. A preciosidade está no percurso e no conceito do criador, não exatamente no tipo de material. E isso faz da joalheria contemporânea um movimento com discurso, estética, conteúdo e expressão próprios. Joia de vestir, não; joia de sentir. Porto Alegre já tem endereço para ver tudo isso de perto. Alice Floriano abriu a nova casa faz pouco. Na exposição inaugural, em novembro, a gaúcha trouxe “What has the bird done”, da artista joalheira Sofia Bjorkman. Alice estudou Joalheria Artística e Estudos Artísticos em Lisboa, onde foi convidada a criar e executar joias para o estilista Ricardo Preto.Também passou pela Central St. Martins, em Londres, onde aprendeu com Paul Wells novas formas orgânicas aplicadas à joalheria.
POR HELOISA CROCCO CROCCO STUDIO DESIGN 51 3519.5734
GALERIA ALICE FLORIANO RUA FÉLIX DA CUNHA 1.143 PORTO ALEGRE I RS
HOMENAGEM AO MESTRE Após três anos de trabalho de pesquisa e produção, está finalizada uma justa homenagem a uma referência inquestionável quando o tema é fotografia. O livro “Assis Hoffmann, o Fotógrafo Dentro da Cena” foi idealizado pelo filho do fotojornalista, Leonardo Zigon Hoffmann, que contratou a jornalista Cláudia Aragón pra desvendar o acervo e dirigir sua produção e edição. O conteúdo traduz em imagens a personalidade do homem de caráter e sensível, mas determinado em seu ofício – nem que, pra isso, precisasse driblar a censura internacional e trazer os negativos 35mm dentro da sola de seu sapato. A obra reúne 117 imagens de seu acervo pessoal, arquivado desde a década de 1960. Assis Hoffmann (1941 – 2015) estreou na profissão na década de 1960. Foi pioneiro na modernização e regulamentação da atividade no RS e sócio fundador da Focontexto, agência de fotojornalismo e publicidade que chegou a empregar mais de 70 profissionais na década de 1970. A partir de 1961, autodidata, ele publicou e dirigiu departamentos fotográficos nos jornais Última Hora, Correio do Povo, Zero Hora, Folha da Tarde, Folha da Manhã, revistas Veja, Placar, Realidade, Globo Rural, entre outras. Em 1973, foi autor da imagem de capa do jornal France Soir (França), mostrando o menino que se esgueira na mira de um tanque de guerra. Durante sua carreira, Assis Hoffmann se destacou na cobertura de guerras no Oriente Médio, eventos esportivos (Grandes Prêmios de Fórmula 1 e Copa do Mundo), no registro da miséria nas ruas, da questão indígena, da reforma agrária e diversos eventos políticos – entre os quais, a Campanha da Legalidade, que o fez subir nos telhados do Palácio Piratini, tomado por armas, e entrar no avião que trouxe Jango de volta do Brasil, para tomar posse como Presidente da República.
ASSIS HOFFMANN, O FOTÓGRAFO DENTRO DA CENA R$ 50 + FRETE. PEDIDOS COM: emilia.gomes@zigon.com.br www.facebook.com/AssisHoffmann
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Cesta básica VOCAÇÃO FUNCIONAL
Quem diria que os risotos feitos na fazenda dos pais por Ipe Aranha, e apreciados por família e amigos, eram o princípio da carreira de chef desse advogado bemsucedido – a advogacia quase o tomou por completo, mas a essência de cozinheiro falou mais alto. Como era um frequentador assíduo do restaurante Le Manjue Bistro, do chef Renato Caleffi e de Bruno Fattori, Ipe recebeu o convite para ingressar na equipe da casa, onde por quase cinco meses conciliou a advocacia e a culinária. Realizou diversos cursos profissionalizantes, entre eles um na Escola Wilma Kovesi, com a chef Dolly Irigoyen, em Buenos Aires, e outro estudo sobre culinária mediterrânea, enquanto morou em Malta, na Europa. Em 2013, teve a oportunidade de cozinhar com uma de suas grandes inspirações, a chef Bel Coelho. Daí veio o convite para estagiar no Restaurante Dui, em São Paulo, e cozinhar junto dela em eventos e no Clandestino. O resultado de tanta experiência foi aliado a uma grande paixão de Ipe: a culinária funcional. Atualmente, o ex-advogado tem clientela fixa, inclusive internacional, com atendimento em residência, e comanda os comes e bebes de eventos para grifes e empresas de esportes afinadas com alimentação saudável. Palestras sobre vida saudável e bem-estar também ocupam sua agenda.
instagram.com/ipearanha/
JAPÃO COM BETO CONTE O STB acaba de lançar mais um roteiro bem especial para o oriente com o superacompanhamento de Beto Conte, que ja percorreu 127 países nos 5 continentes: o Grand Tour STB JAPÃO que acontece de 30 de março a 19 de abril de 2016. O roteiro de 16 dias inicia em Osaka em um percurso pelo interior do país até Tokyo, capital do Japão. O Japão mistura tradição milenar com alto grau de desenvolvimento econômico e tecnológico, um perfeito balanço entre o sereno e o frenético. Um passeio através de excepcionais belezas naturais, cozinha sublime e inúmeros pontos de intrigante cultura. Nessa viagem visitara templos e palácios, a tranquilidade de jardins zens e a animação da metrópole. Beto escolheu o início da primavera para desvendar o Japão decorado com as cerejeiras em flor. Um destino que nunca deixa de surpreender e cativar. Ainda há vagas! Confira o roteiro completo em http://www.stbrs.com/grands-tours/japao
INFORMAÇÕES: 51 4001.3000 betoconte@stb.com.br 20
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NOVOS OLHARES
O Grupo Sobrancelhas Design acaba de chegar a Porto Alegre prometendo cuidados, técnica e produtos únicos, desenvolvidos por essa que é uma das maiores redes de franquia no segmento. Método próprio de modelagem de sobrancelhas, pinças de alta precisão e kits personalizados garantem um resultado o mais natural possível, com segurança e conforto. Os clássicos tratamentos para recuperar e melhorar os fios e o design, levando em conta a simetria facial, também ganham uma abordagem única no local. Outra aposta é a depilação facial orgânica, com linhas exclusivas, produzidas com um tipo específico de algodão cultivado sem agrotóxicos e enriquecido em vitaminas antioxidantes, que previnem o envelhecimento. Além do serviço focado em sobrancelhas, o Grupo desenvolveu uma linha exclusiva de make up. Na sede industrial, no Ceará, a tinta exclusiva e os kits de atendimento e higienização passam por um rigoroso processo de certificação de qualidade antes da distribuição. A marca tem mais de 200 unidades, no Brasil, na Guatemala e nos Estados Unidos. A nova sede, em Porto Alegre, segue a estrutura moderna e o conceito de trabalho que consolidaram a rede.
SOBRANCELHAS DESIGN AV. JOÃO WALLIG, 563 BAIRRO PASSO D’AREIA
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Cesta básica
ACQUA MASSAGE EM ÁGUAS FRANCESAS
Com um perfil intimista e localização incomparável, à beira da piscina natural azul-turquesa de Grand Cul-de-Sac, o Le Sereno St. Barth Spa é um encantador bangalô-spa repleto de atividades relaxantes. Aos diferentes tipos de massagens, esfoliações, tratamentos corporais e faciais se soma a técnica Watsu, ou Acqua Massage. Nessa terapia de origem californiana, surgida nos anos 1980, o corpo é conduzido, em flutuação, enquanto o terapeuta faz movimentos no ritmo da respiração, para alongar, aliviar dores e estresse. O relaxamento é intenso e transformador. Nesse hotel, a técnica é aplicada nas águas cristalinas da Lagoa de Grand Cul-de-Sac. Dos cômodos do Spa, é possível contemplar a reserva marinha protegida por uma barreira de corais, de águas rasinhas ideais para a prática de snorkel, vela, windsurfe e kitesurfe. Projetadas pelo designer de interiores parisiense Christian Liaigre, reconhecido por sua identidade minimalista, as acomodações do Le Sereno definem por completo a máxima “menos é mais” – o mobiliário, sóbrio e leve, garante a amplitude do espaço e leva para dentro dos ambientes o azul do mar, as palmeiras, as montanhas verdes.
LE SERENO ST. BARTH SAINT BARTHÉLEMY, ANTILHAS FRANCESAS www.lesereno.com
OLHAR DA THATA
Textos objetivos, mas com muita informação, que vai direto ao ponto: dicas sobre viagens e passeios com crianças. Escrito pelos papais Ana e Daniel, o blog Pipocando com a Thata contempla com conhecimento de causa as dúvidas de casais que curtem fazer as malas mas veem restrições por terem filhos pequenos. Thata, que dá nome ao site, é filha dos criadores. Com um jeitinho todo particular de vivenciar as viagens dos pais, a menina de 3 anos acabou inspirando a iniciativa.“Então nós, seus pais viajantes, decidimos narrar suas aventuras através de nossos textos e fotos e motivar outros pais a percorrer o mundo pelos olhos de seus filhos”, explicam. Na estrutura do Pipocando estão Destinos, Hotéis, Notícias e Passeios, com fotos e detalhes do ponto de vista dos pequenos. Em janeiro, a família planeja estar a bordo do cruzeiro Disney Magic. Em fevereiro, o destino é Lisboa e em março, Foz do Iguaçu.
www.blogpipocando.com.br
GASTRONOMIA PERUANA EM PORTO ALEGRE UMA CAFETERIA DIFERENTE Bebidas e lanches livres de ingredientes de origem animal, palestras, cursos e workshops sobre saúde e alimentação, competições entre baristas… O Café 362 Comendador Caminha é mesmo diferente. A cafeteria é uma iniciativa da loja AcquaLiveSul, especializada na venda de modernos filtros que transformam a água comum, cheia de metais pesados e impurezas, em água alcalina ionizada. Dá para garantir a água do chimarrão também – e desse jeito aí: H2O da melhor qualidade. Além disso, pensando no pessoal que começa o final de semana com uma caminhada ou corrida no Parcão, tem café da manhã com opções funcionais, veganas e até vivas todo sábado, das 9h às 11h. O cardápio de salgados e doces sem ingredientes de origem animal é farto, nutritivo, criativo e saboroso – há coisas que você só vai encontrar lá, como a tortinha viva Parcão Pie. Boa parte do menu foi elaborado po Márcia Unfer, pesquisadora da culinária viva. E, claro, não dá para esquecer de citar os caprichados cafés com leite vegetal, cheios de personalidade, assinados pela competente barista JoJo.
CAFÉ 362 COMENDADOR CAMINHA, 362 BAIRRO MOINHOS DE VENTO PORTO ALEGRE I RS
Em outubro Porto Alegre ganhou uma novidade na área da gastronomia. O Muju Restobar é o primeiro restaurante da capital gaúcha dedicado exclusivamente à gastronomia peruana. Com dois bares, um de bebidas e outro de Ceviche – prato típico do Peru –, o Muju funciona para almoço e jantar, exceto nos domingos à noite.“Buscamos muitas referências para trazer a Porto Alegre o melhor da gastronomia peruana”, conta o sócio-proprietário, Daniel Staudt, revelando que ele e a esposa, Natália, fizeram uma imersão de 15 dias nos melhores restaurantes do país vizinho. “Adoramos o universo gastronômico”, conta Daniel. “É muito interessante ver os detalhes não só da comida, mas de todo o ambiente dos restaurantes, e isso nos ajudou muito a desenvolver o nosso negócio”, completa Natália. A escolha pela gastronomia peruana se deu pelo apreço de Daniel a alguns alimentos muito usados no país, como a batata e a pimenta. “O Daniel adora os dois”, revela a esposa. A identificação de um negócio promissor, já que a culinária peruana está cada vez mais reconhecida, foi essencial para o desenvolvimento do projeto. Decididos, Natália e Daniel buscaram capacitação e firmaram uma parceria com o renomado chef Marco Espinoza, que assina o cardápio. Ele também é sócio do Muju e proprietário de outras casas com perfil semelhante: Taypá Sabores del Peru, em Brasília, e Lima Restobar, no Rio de Janeiro. Além da elaboração dos pratos, Marco também participou do planejamento da operação.
MUJU RESTÔ BAR RUA CEL. BORDINI, 684 I PORTO ALEGRE I RS DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA: DAS 11H45 ÀS 15H E DAS 19H ÀS 24H. SÁBADO: DAS 12H ÀS 16H E DAS 19H ÀS 24H DOMINGO: DAS 12H ÀS 16H 51 3328.0348
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#DESGOURMETIZA
ROUPAS COM ARTE
Em 2010, depois de quatro anos morando fora do Brasil, a estilista Fernanda Sica retornou a Porto Alegre e reencontrou a amiga Clarissa Motta Nunes, artista plástica. Coincidentemente, as duas tornaram-se vizinhas. Foi a partir dessa nova convivência que nasceu uma bela parceria profissional. “Já tínhamos a cumplicidade de melhores amigas e eu sempre tive uma grande admiração pelo trabalho da Clarissa”, conta Fernanda. Ela cria e produz, desde novembro de 2013, uma linha de roupas de tecidos maleáveis como malha, moletom e plush, sempre priorizando o conforto. “Desde que montei a minha própria marca e comecei a fazer roupas, sonhava em fazer uma coleção que tivesse as maravilhosas artes da Cla”, revela. Em novembro de 2015 a dupla colocou esse sonho em prática, lançando a primeira coleção conjunta, chamada “A Pequena Pena”. São todas estampas exclusivas, criadas por Clarissa, com imagens de penas e frases. Fernanda deu o briefing “desenha uma pena pequena” e Clarissa criou lindas estampas com esse tema. Para 2016 Fernanda e Clarissa prometem muitas novidades, novas coleções, novas ideias, novos poemas.
FERNANDA SICA 51 9985.0859 facebook.com/comforclothesfernandasica instagram.com/fernandasicacomfortclothes
“Até quem não sabe fritar ovo vai aprender a cozinhar!”, garante Rita Lobo sobre seu mais recente livro, Cozinha Prática, que pega carona no sucesso do programa no canal GNT. A publicação tem formato de curso de culinária, com receitas e técnicas visando à praticidade e ao sabor. O resultado parece um “intensivão”, para quem quer aprender ou rever os princípios básicos da cozinha. O livro reúne todas as técnicas culinárias, truques de economia doméstica, sugestões de utensílios indispensáveis e receitas apresentadas na temporada #desgourmetiza do programa. “Quando a gente entende os porquês por trás de cada passo da receita, perde o medo de cozinhar e fica livre para preparar um jantar gostoso com o que tem na geladeira”, explica ela. Além de todas as preparações apresentadas na televisão – como arroz soltinho, feijão cremoso, frango grelhado cheio de sabor, batata rústica, molho de tomate rápido, picadinho de filé mignon, bolo de banana caramelada, arroz doce sem leite condensado –, há ainda receitas extras. São 60 ao todo. Entre elas, a musse de chocolate e água, a clássica vaca atolada, o elegante suflê de frango, a prática sopa de milho e até um bom bife com molho de limão e grão de bico para o leitor variar o cardápio da semana. “Quem sabe preparar a própria comida se alimenta melhor, em termos de sabor e, principalmente, de saúde”, finaliza. Rita Lobo é diretora do Panelinha. E o Panelinha é site, canal no YouTube, produtora de TV, editora. Para o canal a cabo GNT, criou, apresenta e produz o programa Cozinha Prática com Rita Lobo. Como autora, essa é sua sexta publicação.
COZINHA PRÁTICA RITA LOBO EDITORA SENAC SÃO PAULO E EDITORA PANELINHA R$ 79 304 PG
cor Sabor
da
do verão CINCO CHEFS + CINCO FRUTAS = 10 RECEITAS P O R
F L AV I A
M U
F OTO S
L E T Í C I A
R E M I Ã O
Quem não adora devorar uma bela fatia de melancia geladinha e observar as formigas em volta, querendo roubar um pouquinho do suco caído no chão? Essa é cena típica de verão, estação que, quando chega, é sempre tão comemorada. E não poderia ser diferente: é colorida, cheia de vida e momentos de alegria. É a temporada das frutas mais doces e refrescantes, perfeitas para comer à beira da piscina, no intervalo do trabalho, à sombra de uma árvore ou na varanda da casa de praia. Porque, além de fresquinhas, as frutas ajudam a repor toda aquela energia gasta nos dias de calorão. A natureza é tão sábia, não é mesmo? Nesta edição, convidamos cinco chefs de cozinha – que você conhecerá nas próximas páginas – para criar receitas com os melhores ingredientes do verão. E também pedimos os conselhos da nutricionista Lenice Zarth Carvalho, que comenta sobre propriedades de cada fruta. O verão pode ser, sim, uma delícia saudável!
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Estilo Zaffari
Sabor AS FRUTAS POR LENICE ZARTH CARVALHO, NUTRICIONISTA BANANA
É rica em vitamina B6, fundamental para o funcionamento cerebral e produção de serotonina – o neurotransmissor que regula sono, humor, apetite. O potássio participa do balanço hídrico do organismo, essencial para dias de calor.
ABACATE
Uma excelente opção para o consumo de ácidos graxos monossaturados: tem gorduras essenciais na prevenção de dislipidemias e presença de sitosterois que contribuem neste processo, auxiliando na redução do colesterol. E o melhor: a fruta não contém muito açúcar!
MANGA
Além de ser rica em fibras, a manga possui betacaroteno – bom para a pele – e vitamina C, antioxidantes fundamentais que ajudam a proteger a saúde e prevenir doenças.
MELANCIA
Além de hidratar, a melancia contém licopeno, que é um carotenoide com ação de proteção à pele dos raios solares, reduzindo o dano provocado pelo sol.
MIRTILO
É uma “berrie” e, por isso, faz parte do grupo de frutas com maior concentração de agentes de proteção das células. Além disso, é poderosos contra o envelhecimento também pela ação antioxidante.
VINICIUS CEZAR
RAFAEL JACOBI
MENTE EFERVESCENTE. VINICIUS CEZAR
ALTO-ASTRAL, SEMPRE COM SORRISO NO
NUNCA CANSA DE FAZER TESTES, EXPE-
ROSTO, FELIZ DA VIDA E PRONTO PARA
RIMENTAÇÕES E TRANSFORMA A COZINHA
UMA GARGALHADA. RAFAEL JACOBI NÃO
NUM VERDADEIRO LABORATÓRIO. É O
PODERIA TER SE CONSAGRADO POR OUTRA
LUGAR ONDE CONSEGUE EXPRESSAR TODA
GASTRONOMIA QUE NÃO FOSSE A TAILAN-
A SUA CRIATIVIDADE.
DESA, QUE É BEM ASSIM: RÁPIDA, ALEGRE E VIBRANTE. TAL PERSONALIDADE, HOJE, ESTÁ EXPRESSA EM OUTRAS COZINHAS, ESPECIALMENTE EM GRANDES EVENTOS.
MAURI OLMI
XAVIER GAMEZ
LEO E LILI
COZINHAR É UMA DIVERSÃO. COMIDA
OLHAR CURIOSO. XAVIER GAMEZ ENCANTA-
LILIANA ANDRIOLA FAZ UMA PIADA. LEO-
É COISA SÉRIA. MAURI OLMI É ASSIM:
-SE A CADA DESCOBERTA DE PRODUTOS
NARDO MAGNI MORRE DE RIR. ELE É
BOM HUMOR E SERIEDADE, TRADIÇÃO
BRASILEIROS. MAS NÃO PERDE A ESSÊN-
DOS SALGADOS; ELA, DOS DOCES. NESTA
E INOVAÇÃO. EM SUA COZINHA, TRAZ AS
CIA: COLOCA O CHARME DE SUA TERRA,
SINTONIA, O CASAL DO MANDARINIER
LEMBRANÇAS DE GUAPORÉ, NO INTERIOR
COSTA BRAVA, NO LITORAL CATALÃO, EM
GASTRONOMIA, RESTAURANTE NA CIDADE
DO RS, MISTURADAS COM REFERÊNCIAS DE
SUAS RECEITAS.
BAIXA, DÁ RITMO À COZINHA. COM ALE-
UNIVERSOS QUE PASSAM LONGE DA COZI-
GRIA, DEDICAÇÃO E MUITO AMOR.
NHA, COMO MÚSICA, ARTE, CULTURA POP.
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Sabor
POR VINICIUS CEZAR
Ceviche de Banana
Tiramissu de Banana
LEITE DE TIGRE 5 LIMÕES 1 PEDAÇO DE GENGIBRE (5 G) 5 TALOS DE COENTRO 1 CEBOLA BRANCA
PÃO DE BANANA: 225 G DE AÇÚCAR 200 G DE MANTEIGA 2 OVOS 3 BANANAS 1 COLHER DE LEITE 1 COLHER DE MIX DE ESPECIARIAS (CANELA, CRAVO, CARDAMOMO, SEMENTE DE ERVA-DOCE E ANIS ESTRELADO) 300 G DE FARINHA DE TRIGO 1 COLHER DE FERMENTO QUÍMICO 1 COLHER DE SAL
CEVICHE 4 BANANAS CATARINA EM CUBOS 1 CEBOLA ROXA EM FATIAS FINAS 1 PIMENTA DEDO-DE-MOÇA PICADA E SEM SEMENTE 100 ML DE LEITE DE TIGRE SAL A GOSTO COENTRO PICADO OU BROTOS CHICHARRÓN DE BANANA 1 BANANA PRATA 50 G DE FARINHA DE TRIGO 200 ML DE ÓLEO DE CANOLA OU BANHA DE PORCO CHIPS DE BANANA VERDE 2 BANANAS VERDES
MODO DE FAZER: Em um liquidificador, coloque o suco dos limões, gengibre, os talos de coentro e a cebola branca e bata por dois minutos. Coe numa peneira fina e reserve. Corte a banana em fatias finas, empane com a farinha de trigo e frite-as até ficarem crocantes. Para o chips de banana verde, lamine finamente ou corte – com auxílio de um mandolin – e asse em forno baixo (130 graus) por 30 minutos ou até ficarem crocantes. Misture os cubos de banana, a cebola roxa, a pimenta dedo-de-moça, o coentro com o leite de tigre e tempere com sal. Disponha em um prato fundo ou taça, finalize com os brotos de coentro, o chicharrón e os chips de banana verde.
CREME DE MASCARPONE 300 G DE MASCARPONE OU CREAM CHEESE DE QUALIDADE 75 ML DE LICOR DE CAFÉ OU MARSALA 1 BANANA AMASSADA 50 G DE AÇÚCAR BANANA CARAMELADA 4 BANANAS 100 G DE AÇÚCAR 1 COLHER DE MANTEIGA SEM SAL 200 ML DE CAFÉ PASSADO FORTE OU ESPRESSO 50 G DE CACAU EM PÓ MODO DE FAZER: Para o pão de banana, bata a manteiga com o açúcar até ficar pálido, adicione os ovos, um a um. Em seguida, coloque as bananas amassadas e o leite. Vá adicionando, colher por colher, a farinha peneirada e, por fim, as especiarias, o fermente e o sal. Coloque em uma forma untada e asse por 30 minutos em forno a 180 graus ou até espetar o palito e sair limpo. Para o creme, misture o mascarpone em temperatura ambiente com o licor, a banana amassada e o açúcar até ficar homogêneo. Para a banana caramelada, em uma frigideira quente, derreta a manteiga e coloque a banana, cortada no meio na longitudinal, e o açúcar e deixe caramelizar dos dois lados e reserve. MONTAGEM: Em uma forma pequena quadrada (15x15), faça uma camada com o creme e em seguida uma camada com o pão, cortado em bastões, do tamanho de uma “bolacha champagne”. Passe o pão no café já frio para que absorva o líquido. Disponha sobre o creme, em seguida mais uma camada do creme, depois as bananas caramelizadas, e repita a camada de creme. Finalize com cacau em pó por cima. Leve à geladeira por, no mínimo, 2 horas antes de servir.
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Sabor
POR RAFAEL JACOBI
Sanduíche de Frango, Avocado, Tomate, Rúcula e Bacon
Salada de Camarões, Abacate e Folhas Jovens ao Molho de Limão Galego
1/2 PEITO DE FRANGO 2 FATIAS DE PÃO PRETO OU MULTIGRÃOS 1 ABACATE OU AVOCADO PEQUENO 1 TOMATE EM FATIAS 5 FOLHAS DE RÚCULA HIGIENIZADA 4 FATIAS DE BACON SAL E PIMENTA A GOSTO
100 G DE MIX DE FOLHAS (MINIR RÚCULA, ALFACE FRISÉE VERDE E ROXA) 200 G DE CAMARÕES MÉDIOS, LIMPOS 1/2 ABACATE 50 ML DE AZEITE DE OLIVA SUCO DE 1 LIMÃO GALEGO 1 COLHER (SOPA) DE MOSTARDA DE DIJON SAL E PIMENTA-DO-REINO
MODO DE FAZER: Em uma frigideira bem quente, coloque o bacon e o peito de frango. Grelhe ambos dos dois lados. Retire o bacon primeiro, deixe secar em papel absorvente, e depois de cozido, o frango. Reserve. Corte o abacate ao meio e, com a ajuda de uma colher ou faca, espalhe nas fatias de pão, como se fosse manteiga; tempere com um pouco de sal e pimenta. A outra metade corte em finas fatias e vá montando o sanduíche adicionando o frango, o tomate fatiado, as folhas de rúcula e, por fim, o bacon sequinho e crocante. Cubra e sirva preso com um palito para não desmoronar.
MODO DE FAZER O MOLHO: Em um bowl ou tigela, coloque a mostarda e o suco de limão, uma pitada de sal, uma pitada de pimenta e, com a ajuda de um batedor, misture bem e vá adicionando o azeite aos poucos até ficar homogêneo. Separe e refrigere. MODO DE FAZER A SALADA: Em uma frigideira antiaderente bem quente, coloque um fio de azeite e grelhe os camarões temperados com sal e pimenta até dourar dos dois lados, retire e reserve. Higienize as folhas e seque bem. Descasque o abacate e retire o caroço. Corte em lâminas. MONTAGEM: No centro do prato, disponha um bouquet das folhas ao centro, coloque os camarões em volta e as lâminas de abacate. Regue com o molho e sirva. Dica: se não for servir em seguida, passe um pouco de suco de limão no abacate para não oxidar.
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Sabor
POR MAURI OLMI
Gaspacho de Manga com Picles de Mostarda e Creme Azedo de Gengibre
Atum, Carpaccio de Funcho e Rabanete e Granita de Manga com Tabasco
2 MANGAS MADURAS 1 PIMENTA VERMELHA SEM SEMENTES 1 PEPINO JAPONÊS SEM SEMENTES 1/2 CEBOLA ROXA SUCO DE 1 LIMÃO TAHITI MOSTARDA EM GRÃO 100 ML DE VINAGRE DE ARROZ 100 ML DE ÁGUA 30 ML DE AÇÚCAR 200 ML DE CREME DE LEITE FRESCO 50 G DE GENGIBRE 50 G DE NOZ PECÃ AZEITE DE OLIVA EXTRAVIRGEM FLORES COMESTÍVEIS
200 G DE LOMBO DE ATUM 1 BULBO DE FUNCHO 3 RABANETES 2 MANGAS MADURAS 5 ML DE TABASCO 2 LIMÕES TAHITI FOLHAS DE COENTRO AZEITE DE OLIVA EXTRAVIRGEM PIMENTA PRETA SAL
MODO DE FAZER O GASPACHO: Descasque e pique as mangas, reserve 1/4 da manga e corte em cubinhos. Reserve na geladeira. Coloque a manga, a cebola, o pepino e a pimenta vermelha no liquidificador, processe até ficar homogêneo, tempere com azeite, sal, pimenta e suco do limão.
MODO DE FAZER: Processe a polpa da manga com suco de um limão, o tabasco e uma pitada de sal. Passe em uma peneira fina e congele em um recipiente baixo por, no mínimo, duas horas. Após esse tempo, passe o garfo para formar uma “raspadinha”. Mantenha no freezer até o momento de servir. Corte o atum em cubos e tempere com o suco e raspas de um limão, sal e pimenta. Passe o funcho e o rabanete em um laminador. Tempere com azeite, misture o atum com a marinada e finalize com a granita e folhas de coentro.
MODO DE FAZER O PICLES DE MOSTARDA: Ferva água e coloque os grãos de mostarda, tire rapidamente e coloque em água fria; repita esse processo por dez vezes até que o grão fique macio. Ferva o vinagre com o açúcar e 100 ml de água. Quando ferver, adicione os grãos de mostarda já pré-cozidos. Reserve. MODO DE FAZER O CREME AZEDO DE GENGIBRE: Rale o gengibre e separe o suco. Adicione ao creme de leite fresco e bata com um fouet até obter uma textura mais leve. MONTAGEM: Adicione o picles de mostarda aos cubos de manga, adicione o gaspacho em um prato fundo, coloque o picles e uma colher do creme azedo. Tempere com azeite e finalize com as flores e com as nozes. Sirva gelado.
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Sabor
POR XAVIER GAMEZ
Gazpacho de Melancia, Crocantes de Charque e Azeite de Menta 600 G DE MELANCIA SEM CASCA 400 G DE TOMATE ITALIANO MADURO 100 G DE SUCO DE LARANJA NATURAL 100 G DE MIOLO DE PÃO RÚSTICO DORMIDO 100 G DE AZEITE DE OLIVA EXTRA VIRGEM 1 DENTE DE ALHO SAL A GOSTO CHARQUE CROCANTE 300 G DE CHARQUE 100 G DE AZEITE DE OLIVA EXTRAVIRGEM 10 G DE MENTA MODO DE FAZER: Tire a pele e as sementes dos tomates. Corte em cubos a melancia e retire as sementes. Descasque o alho. Despeje todos os insumos da receita num liquidificador. Triture à máxima potência até chegar numa textura bem lisa. Reserve a mistura na geladeira até seu consumo. Dessalgue o pedaço de charque em 2 litros de água gelada durante 12 horas. Troque a água e mantenha mais 12 horas dessalgando na geladeira. Seguidamente, seque com papel-toalha e corte em finas fatias. Coloque estas numa forma e asse durante 30 minutos à temperatura de forno alta (200°C). Reserve. Esquente o azeite de oliva extravirgem a fogo fraco. Despeje as folhas de menta e deixar infusionar durante 1 hora. MONTAGEM: Sirva num prato fundo. Coloque os crocantes de charque no centro do prato. Despeje o gazpacho bem gelado. Tempere com um fio de azeite de menta.
Costela Suína e Agridoce de Melancia 2 KG DE COSTELA SUÍNA 200 G DE TOMATE ITALIANO MADURO 300 G DE CEBOLA BRANCA 100 G DE CACHAÇA ENVELHECIDA 100 G DE BANHA DE PORCO 1 GALHO DE TOMILHO SAL E PIMENTA-DO-REINO 800 G DE MELANCIA 80 G DE AÇÚCAR 160 G DE VINAGRE DE MAÇÃ 400 G DE CALDO DE PORCO MOLHO APIMENTADO (TIPO TABASCO) 800 G DE MELÃO AMARELO 200 G DE AÇÚCAR 100 G DE VINAGRE DE MAÇÃ 300 G DE FEIJÃO FAVA 3 DENTES DE ALHO 1 FOLHA DE LOURO 4 CEBOLAS JAPONESAS E SAL MODO DE FAZER: Corte e refogue a cebola com banha. Acrescente tomate, sem sementes, e tomilho até dourar. Coloque os vegetais numa forma e, por cima, a costela suína temperada com sal e pimenta (a parte mais carnuda sobre os vegetais). Coloque água com sal no fundo da forma. Asse por 1h30 a 140°C, molhando a cada 15 minutos com o molho formado no fundo da forma. Após, despeje a cachaça e vire a costela. Siga assando por mais 1 hora, molhando a peça a cada 10 minutos. Reserve. Corte a melancia em cubos e sem sementes. Numa panela, coloque o vinagre e o açúcar. Mexa até dissolva. Despeje a melancia e cozinhe até evaporar o líquido. Acrescente o caldo de porco. Tempere com molho de pimenta e sal. Reduza até chegar em textura de geleia. Reserve. Faça bolas de melão com um boleador. Dissolva 300 g de água, 200 g de açúcar e 100 g de vinagre de maçã. Cubra o melão com a mistura. Deixe na geladeira ao menos 1 dia. Na noite anterior, deixe o feijão fava de molho. Cozinhe até ficar macio com água, alhos e louro. Reserve. Toste a cebola japonesa até queimar a pele exterior. Abafe num recipiente por 30 minutos. Tire a pele queimada e fatie. Reserve. MONTAGEM: Coloque a costela suína e a melancia agridoce no prato. Misture o feijão fava e a cebola japonesa. Tempere com azeite de oliva. Colocar, a gosto, os picles de melão.
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Sabor
POR LEO E LILI
Torta Diplomata de Baunilha e Mirtilo MASSA QUEBRADA 100 G DE AÇÚCAR REFINADO 150 G DE MANTEIGA 3 GEMAS 250 G DE FARINHA DE TRIGO PALET DE MIRTILO 250 ML DE SUCO DE MIRTILO 100 G DE AÇÚCAR REFINADO 5 G DE GELATINA EM PÓ SEM SABOR 25 ML DE ÁGUA CREME DIPLOMATA 500 ML DE LEITE 6 GEMAS 40 G DE AMIDO DE MILHO 180 G DE AÇÚCAR REFINADO 1 FAVA DE BAUNILHA 250 G DE CREME DE LEITE FRESCO MODO DE FAZER A MASSA: Misture a manteiga em temperatura ambiente com o açúcar até obter uma mistura cremosa. Agregue as gemas, uma a uma, e, por fim, misture a farinha. Reserve na geladeira por, no mínimo, 2 horas. Abra a massa em uma forma com fundo falso e asse a 165°C até dourar. MODO DE FAZER O PALET: Ferva o suco de mirtilo com o açúcar. Hidrate a gelatina na água. Adicione a gelatina hidratada ao suco fervido. Coloque em uma forma ou aro com o diâmetro um pouco menor ao tamanho em que assamos a massa quebrada. Congele. MODO DE FAZER O CREME: Ferva o leite com metade do açúcar, a fava de baunilha cortada ao meio longitudinalmente e o amido, mexendo sempre. Misture as gemas com o restante do açúcar; quando a primeira mistura ferver, coloque um pouco no batido de gemas e volte tudo para a panela, mexa até ferver novamente. Reserve em geladeira até estar em temperatura ambiente. Bata a nata até meio ponto (um pouco antes de virar chantilly). Misture tudo com movimentos envolventes. Reserve em geladeira.
Lombo de Cordeiro com Molho Rôti de Vinho e Mirtilo 600 G DE LOMBO DE CORDEIRO 400 G DE BATATAS MÉDIAS 2 COLHERES (SOPA) DE CREME DE LEITE FRESCO 1 BULBO DE ERVA DOCE 100 G DE MIRTILO 2 COLHERES (SOPA) DE MANTEIGA 1 E 1/2 TAÇA DE VINHO TINTO SECO 200 G DE FARINHA DE MANDIOCA 1 RAMO DE ALECRIM ÓLEO DE GIRASSOL SAL E PIMENTA AÇÚCAR MASCAVO MODO DE FAZER: Cozinhe o bulbo da erva-doce cortado em tiras em água até que estejam macias e processe em um processador ou liquidificador até que fique bem liso. Cozinhe as batatas em água até que estejam macias, descasque ainda quentes e passe por uma peneira de metal ou bata no processador. Misture com o purê da erva-doce e reserve em uma panela. Coloque uma colher de manteiga em uma frigideira e deixe que derreta. Adicione a farinha de mandioca e mexa até que doure, adicione o alecrim picado a gosto e ajuste sal e pimenta. Em uma frigideira quente, adicione óleo suficiente para grelhar o lombo de cordeiro. Coloque sal e pimenta nos dois lados do lombo e grelhe de modo que fique mal passado ou ao ponto. Retire da frigideira e reserve. Na mesma frigideira, adicione o vinho tinto e os mirtilos cortados ao meio, deixe que reduza a aproximadamente 1/3 do volume inicial de vinho. Desligue o fogo e adicione uma colher de manteiga. Ajuste sal e pimenta e, se julgar necessário, corrija a acidez com açúcar mascavo.
MODO DE FAZER O CREME: Coloque dentro da massa quebrada assada o palet de mirtilo ainda congelado. E, por cima, disponha o creme com auxílio de uma manga de confeiteiro.
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Viagem
I love
Disney P O R
M I L E N E
L E A L
Em se tratando de Disney, sou uma veterana. Já estive em Orlando umas seis ou sete vezes, adoro esse programa e já fui curtir a terra do Mickey com e sem crianças. Mas desta vez fiz uma viagem totalmente diferente das outras. Foi uma imersão no universo Disney, com o objetivo de conhecer em detalhes o que eles têm de melhor para oferecer a seus visitantes: hotéis, parques, serviços, gastronomia. Em uma semana, vivi a “experiência Disney” de forma completa e intensa. E voltei de lá ainda mais encantada. Viajei como jornalista, não como turista. Mas tratei de me colocar no lugar do viajante que faz aquela desejada viagem de férias, que planeja, sonha, organiza e se enche de expectativas... 40
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Viagem
SHOW FANTASMIC, NO HOLLYWOOD STUDIOS, COMBINA LUZES, ÁGUA, PERSONAGENS E FOGOS DE ARTIFÍCIO Aprendi muitas coisas nessa imersão na Disney, e provavelmente a mais importante delas tenha sido a seguinte: economizar tempo é fundamental. Ou talvez a expressão correta seja “valorizar o tempo”. Fiquei dentro do complexo Disney, hospedada em um hotel do grupo, e pude perceber quanta diferença isso faz. Todos os hotéis da Disney estão bem perto dos quatro principais parques – alguns inclusive grudadinhos neles –, e você não perde mais de 10 minutos dentro do carro. Uma economia impressionante de tempo, especialmente porque chegar mais cedo significa desfrutar das atrações de forma muito mais tranquila. Tempo precioso que você vai transformar em diversão, curtição, relax, convivência com seus parceiros de viagem. Isso sem mencionar uma outra vantagem: a Disney oferece, de forma gratuita, transporte para os parques via monorail, barcos ou ônibus. Para quem viaja com crianças pequenas, tudo se torna ainda mais perfeito. Os deslocamentos, curtos e rápidos, são também lúdicos e fazem parte da aventura. Outro aprendizado marcante desta viagem: é possível comer bem na Disney, sim. Muito bem, aliás. Para quem curte gastronomia, há opções incríveis, restaurantes que poderiam frequentar a lista dos “Top 10” em várias
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capitais do mundo. Mesmo para quem não se dispõe a investir muito em refeições, há opções excelentes, tanto nos restaurantes como nas lanchonetes e bares. E uma coisa pra lá de civilizada: as restrições alimentares são contempladas na grande maioria dos estabelecimentos. Celíacos, intolerantes à lactose, vegetarianos, veganos... todos encontram o que comer. Mesmo que o menu não disponha dos itens adequados, o padrão Disney de atendimento garante que os funcionários estejam informados sobre os vários tipos de restrições e que possibilitem ao cliente conversar com o chef ou buscar alternativas de pratos, que podem ser preparados na hora. É algo realmente muito civilizado, surpreendente para quem está acostumado a enfrentar mil dificuldades para comer no Brasil. Minha semana de imersão na Disney foi fantástica. Conheci também as novidades tecnológicas que foram criadas para facilitar a vida do visitante, as novas atrações, os planos de expansão de parques. E quero contar tudo o que descobri. Vamos lá?
A PRÁTICA MAGIC BAND Agora, para entrar nos parques, você não ganha mais um cartão de ingresso, mas uma pulseira! A Magic Band é
RESTAURANTE “BE OUR GUEST”, NO MAGIC KINGDOM. AO FUNDO, BEM NO ALTO, O CASTELO DA FERA
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ATRAÇÕES MAIS TRANQUILAS E OUTRAS BEM RADICAIS. NA DISNEY TEM BRINCADEIRAS PARA TODOS. A MONTANHA-RUSSA DOS SETE ANÕES É UM DOS BRINQUEDOS MAIS NOVOS DO MAGIG KINGDOM uma das novidades mais interessantes da Disney, pois facilita, e muito, a vida do turista. Além da entrada nos parques, veja só o que mais ela faz: Funciona como chave da porta do seu quarto nos hotéis Disney (adeus cartãozinho magnético!). Armazena informações do seu cartão de crédito, habilitando você a fazer compras em todo o complexo Disney sem precisar carregar mais nada (você vai registrar uma senha especial para digitar no momento das compras). Dá acesso a áreas especiais dos hotéis, caso sua hospedagem inclua esse benefício (Club Level). É a sua identificação, sua “carteira de identidade” na Disney. É com ela que você ganha acesso ao Fast Pass nas atrações, aciona suas reservas em restaurantes, etc.
MY DISNEY EXPERIENCE Outra grande novidade é o site My Disney Experience, uma verdadeira “mão na roda”. Já que, hoje em dia, andamos todos conectados o tempo todo, carregando smartphones pra lá e pra cá, navegando na internet
sempre que temos wifi disponível (e dentro dos parques o wifi sempre funciona muito bem), a Disney resolveu transformar esse hábito em um grande facilitador para seus visitantes. O My Disney Experience reúne uma imensidão de informações, tanto sobre os parques e outras atrações da Disney como sobre você e sua programação: suas reservas em restaurantes, seus Fast Passes, as fotos que você armazenou (via PhotoPass), suas compras, suas reservas, seus ingressos, quem compõe o seu grupo de viagem, quais são as atrações que você e sua família querem visitar, etc. O site informa os horários de abertura e fechamento de cada parque a cada dia, os horários e a localização das atrações, o tempo de espera médio nos principais brinquedos, os horários dos shows, tudo o que você precisa saber sobre os restaurantes, onde estão os personagens que você quer ver, onde ficam os banheiros e os pontos de atendimento ao turista em cada parque e inúmeras outras informações importantes e úteis. E mais:
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Viagem é por meio do site que você pode fazer agendamento de Fast Passes e organizar a sua visita nos parques, tudo digitalmente, na palma da mão. Cada visitante tem direito a agendar por dia três Fast Passes em cada parque. E você pode fazer isso com antecedência, de forma planejada. Depois de utilizá-los, pode agendar outros, tudo via My Disney Experience. É muito fácil, prático e funcional.
DISNEY MAGICAL EXPRESS Especialmente para quem se hospeda nos hotéis da Disney, o carro pode ser um item bem dispensável. Pra começar, a Disney oferece um serviço de transporte do aeroporto ao hotel (e obviamente também o retorno hotel-aeroporto), em modernos e confortáveis ônibus. O trajeto é feito em cerca de 25 minutos (dependendo do horário e do trânsito, claro) e a frota é composta de vários ônibus, que saem do terminal em intervalos bem curtos, conforme o ritmo de chegada dos passageiros. Tudo é muito fácil: você já estará sendo esperado, basta fornecer o seu nome ou o número da sua reserva ou apresentar a Magic Band (se já estiver de posse da sua). Sua bagagem é acomodada no compartimento de carga pelos motoristas, que são, além de tudo, grandes entertainers: conversam com os hóspedes, contam histórias, cantam e convidam os passageiros a cantar junto. As crianças se divertem e o tempo passa rapidinho. Para ir aos parques e ao Disney Springs (antigo Downtown Disney), existem vários tipos de transporte disponíveis para os hóspedes dos hotéis do complexo Disney: ônibus, barcos, monorail. Todos eles são ágeis, estão disponíveis a toda hora e são gratuitos. A escolha vai depender do hotel em que você estiver hospedado e do parque que desejar visitar. A vantagem, além da despreocupação com chaves de carro, documentos, gasolina, itinerários, etc., é ter a certeza de que você será “largado” sempre bem próximo à entrada dos parques (o que não acontece quando você precisa parar o seu carro naqueles gigantescos estacionamentos dos parques...).
O DISNEY MAGICAL EXPRESS É O TRANSPORTE OFICIAL; A MAGIC BAND É O ACESSÓRIO MAIS ÚTIL DA DISNEY, É A CARTEIRA DE IDENTIDADE DO VISITANTE
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HOTELARIA CAMPEÃ Estar na Disney e curtir os parques já é um programa excelente. Mas estar hospedado em um dos hotéis do complexo Disney torna tudo ainda melhor. A Disney tem três categorias de hotéis: econômicos (value resort hotels), moderados (moderate resort hotels) e de luxo (deluxe resort hotels). A maior vantagem de todos eles é a proximidade dos parques, além da possibilidade de usufruir de horas extras de diversão. Hospedar-se a uma pequena distância dos parques realmente torna a sua viagem diferente. Não perder tempo em deslocamentos faz com que você possa chegar mais cedo aos parques, o que é fundamental para evitar filas gigantes nas principais atrações.
NO ART OF ANIMATION OS HÓSPEDES MERGULHAM NO UNIVERSO DE QUATRO FILMES DE ANIMAÇÃO: NEMO, REI LEÃO, ARIEL E CARROS. O HOTEL É PERFEITO PARA CRIANÇAS Estilo Zaffari
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Para quem tem crianças pequenas, os hotéis econômicos são uma ótima opção, pois são os mais “tematizados”, mais coloridos, mais conectados com o universo infantil. O mais novo deles é o Art of Animation, que tem quatro áreas distintas, inspiradas em filmes da Disney: Procurando Nemo, Carros, Rei Leão e Pequena Sereia. Não só os quartos como todas as áreas externas do hotel são tematizadas de acordo com esses filmes e seus personagens, formando verdadeiros parques que remetem às histórias. Para as crianças, o efeito é impactante, é como uma imersão dentro do filme, com todos os seus personagens favoritos. O Art of Animation tem três grandes piscinas com espumas, a maior delas localizada na área do filme Procurando Nemo. O hotel conta com um restaurante quick service, o Landscape of Flavors, que oferece diversas opções de refeições rápidas, como pizzas, sanduíches e pratos da culinária americana. E tem também uma grande loja chamada Ink and Paint, que oferece produtos Disney e outros itens úteis para o dia a a dia. Na categoria luxo conheci dois hotéis: Boardwalk Inn e Grand Floridian Resort & Spa. O Boardwalk Inn tem uma grande atração: fica às margens do Crescent Lake, diante de um calçadão e de um píer que compõem uma das mais
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agradáveis áreas para passeio fora dos parques. E mais: o hotel está a cerca de 10 minutos de caminhada do Epcot Center. Literalmente ao lado do parque. Quem não gosta de caminhar pode ir ao Epcot de barco: no píer em frente ao hotel aportam barcos que levam ao Epcot e ao Hollywood Studios, em intervalos de minutos. No calçadão do Boardwalk estão instalados restaurantes, cafés, padaria, bares, casas noturnas, lojas, quiosques de lanches e de bebidas, opções variadas para todos os momentos e todos os gostos. É ali também que você pode andar nas Surrey Bikes, bicicletas que acomodam a família toda e que tornam o passeio pela área ainda mais divertido. Para quem está hospedado no hotel, os quartos de frente para o lago proporcionam vistas lindíssimas, tanto de dia como à noite. Sentar na varanda e apreciar a beleza do local após um dia de ferveção nos parques é um prêmio! A região do Boardwalk foi concebida com inspiração nas praias da Costa Atlântica na década de 40, e por isso é muito charmosa, com seus toldos listrados e as fachadas coloridas dos prédios. O Grand Floridian tem uma ambientação um pouco mais sofisticada e é um dos mais renomados hotéis da Disney. Foi construído em estilo vitoriano e fica às mar-
A ALTA GASTRONOMIA TAMBÉM É UMA DAS ATRAÇÕES, ASSIM COMO A HOTELARIA PADRÃO LUXO DO BOARDWALK E DO GRAND FLORIDIAN
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LUXO DISNEY: O ESTRELADO RESTAURANTE CITRICUS E O LINDO LOBBY DO HOTEL GRAND FLORIDIAN gens da Seven Seas Lagoon, o que garante um visual lindo e diversão extra na prainha e na água. Outra vantagem: o Grand Floridian fica pertíssimo do Magic Kingdom, a apena uma estação de distância via Monorail. Alguns quartos, inclusive, oferecem belas vistas do parque. No Lobby, diariamente, a partir das 15h, a música de um piano de cauda toma conta do ambiente, proporcionando aos hóspedes ótimos momentos de relax. A área das piscinas do Grand Floridian é muito bonita e muito ampla: são duas piscinas, uma delas com cascata e toboágua. Na área de gastronomia o hotel é campeão. É lá que estão dois dos mais conceituados restaurantes da Disney: Victoria & Albert’s e Citricus. E é também no Grand Floridian que fica o 1900 Park Fare, restaurante que oferece refeições com personagens e é um dois mais disputados da Disney. Os apartamentos do Grand Floridian são espaçosos e confortáveis, e há mais de 20 diferentes opções de hospedagem, contemplando os mais diversos perfis de clientes. Para completar o pacote de atrações, o hotel conta ainda com um Spa, o Senses, que oferece uma variedade de tratamentos e terapias. Alguns hotéis da Disney oferecem como opção de hospedagem as villas, casas equipadas com cozinha e sala de estar, ótimas para acomodar famílias e grupos. No Grand Floridian as villas foram recentemente renovadas e são lindas, cheias de conforto e de detalhes tecnológicos.
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No Boardwalk elas ficam em meio a uma área verde cheia de alamedas tranquilas, parecem casinhas de uma cidade do interior. E são também muito confortáveis e bem equipadas.
GASTRONOMIA PARA LEMBRAR COM SAUDADE Aquela velha frase “Só quem não come bem na Disney é o Pateta” tem muito fundamento, sabe? De fato, basta um pouco de informação para que você descubra lugares com opções excelentes de pratos das mais diversas especialidades, incluindo padarias especiais, lanchonetes simples ou sofisticadas, restaurantes para refeições rápidas (mas gostosas e bem preparadas), restaurantes temáticos e até casas mais requintadas, com chefs de renome internacional. Há opções para todos os paladares e todos os bolsos. É possível comer bem dentro dos parques, sim! Ninguém precisa passar seus dias à base de pizza e hambúrguer, a não ser que assim o deseje. Mesmo nas lanchonetes (restaurantes quick service), quase sempre há opções de refeições mais nutritivas. Quer um exemplo? No parque Hollywood Studios, no ABC Commissary, almocei um filé de salmão com pilaf de quinua, por U$ 12,50. E este era o prato mais caro do cardápio. No Magic Kingdom, no Cosmic Ray’s Starlight Café, especializado em sanduíches, há uma opção de hambúrguer vegetariano (bem gostoso) e um prato que inclui meio frango assado com purê de bata-
PASSEIO NO CARRO ANFÍBIO DO THE BOATHOUSE, UM DOS MELHORES RESTAURANTES DA DISNEY tas e legumes. Então, mesmo que a sua turma queira botar o pé na jaca e se entupir de sanduíches e batatas fritas, você ainda pode comer algo mais “leve”. Alguns restaurantes da Disney são realmente especiais. E é deles que vou falar a seguir:
THE BOATHOUSE: todo decorado segundo o tema náutico, esse restaurante é, sem dúvida, um dos melhores da Disney. Fica em Disney Springs (ex-Downtown Disney), na beira do lago, e oferece diversos ambientes diferentes, todos muito acolhedores e agradáveis. Na área ao ar livre, no deck, o cardápio é mais casual, incluindo sanduíches e hambúrgueres. O restaurante conta com três bares, que em muitos momentos oferecem shows musicais ao vivo. Na área interna, mais sofisticada, há opções para diferentes preferências gastronômicas. Mas obviamente o forte são os frutos do mar, como lagostas, caranguejos, peixes. Todos pescados no dia, com técnica sustentável. Comi um crabcake delicioso, experimentei a lagosta (também excelente), adorei os acompanhamentos (meu grupo provou vários, e todos eram muito bons, com destaque para a batata frita trufada e os aspargos grelhados) e caí de amores pelas sobremesas: torta de limão no pote, com sorvete de baunilha; Gibson S’mores Baked Alaska, um gigantesco sorvete crocante de chocolate coberto por uma grossa camada de marschmellow assado (porção para 4 pessoas!). O cardápio tem uma seção de raw food, ou
SOBREMESA DELICIOSA DA TRATTORIA AL FORNO, QUE FICA NO DISNEY BOARWALK
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Viagem seja, alimentos crus, com opções interessantíssimas.O Boathouse tem cardápio especial para crianças e é também um centro de entretenimento: da marina do restaurante partem passeios em embarcações antigas ou a bordo de um carro anfíbio vintage, charmosíssimo.
TRATTORIA AL FORNO: culinária italiana caprichada, em um ambiente acolhedor e amplo, com ótimo atendimento. Fica na área do Boardwalk, no calçadão, de frente para o lago. O menu é bem extenso e inclui pratos de massas, carnes, peixes, além de opções vegetarianas. As entradas são maravilhosas, com destaque para os mexilhões, que fazem a fama da casa. Provamos também as lulas fritas com molho agridoce de balsâmico, muito saborosas, e uma pizza de cogumelo Portobello assado, divina. As pizzas, aliás, são deliciosas, assadas em forno a lenha. Os pratos incluem especialidades regionais e os clássicos da cozinha italiana. Comi um Rollatini de Berinjela e, de sobremesa, os típicos Cannolis. Tudo muito bem feito e muito saboroso. Como é de praxe na Disney, o restaurante tem menu kids. Ah, o Trattoria também serve café da manhã, e é uma delícia!
OS ADULTOS VÃO CURTIR O STEAK, A CRIANÇADA PREFERE O BOLO DE CARNE EM FORMATO DE MICKEY. A IDEIA É AGRADAR A TODOS!
BE OUR GUEST: disputadíssimo restaurante no Magic Kingdom, no Castelo da Fera. Os salões reproduzem com perfeição os cenários do filme, o que torna a experiência fascinante para crianças e adultos também. Serve café da manhã, almoço e jantar. No jantar o menu é mais sofisticado. Comi um salmão saborosíssimo, depois de uma entrada bem interessante: uma tábua de queijos, patês e embutidos, acompanhada de um pão delicioso, que vem à mesa quentinho. Nos horários de almoço o restaurante opera no sistema quick service, mas com confortos e charmes proporcionados pela tecnologia. THE HOLLYWOOD BROWN DERBY: um dos mais renomados restaurantes table service do parque Hollywood Studios, inspirado nos “anos dourados” de Hollywood. Todo decorado com madeira, propõe uma atmosfera mais formal e requintada. O cardápio contempla especialidades da culinária americana contemporânea, como lombo suíno, filé com trufas brancas, garoupa negra, costela e pernil de cordeiro e a célebre salada Brown Derby Cobb. Para a sobremesa, a melhor pedida é o Dessert Trio: três minissobremesas a sua escolha, dentre as diversas opções do menu. VICTORIA & ALBERT’S: este é um dos mais renomados restaurantes da Disney, talvez o mais especial e nobre de todos eles. Está instalado no hotel Grand Floridian e proporciona a seus clientes uma verdadeira experiência gastronômica. O cardápio muda diariamente, de acordo com
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NA TRATTORIA AL FORNO, AMBIENTE CONFORTÁVEL E COZINHA ITALIANA CLÁSSICA; AS REFEIÇÕES COM PERSONAGENS SÃO PROGRAMAS IMPERDÍVEIS PARA AS CRIANÇAS Estilo Zaffari
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ISSO É DISNEY: RESTAURANTES TEMÁTICOS E ESPECIALIZADOS NA GASTRONOMIA DE DIFERENTES LUGARES a disponibilidade de ingredientes em mercados globais: trufas da Itália, ostras da Flórida, carnes do Japão, etc. O ambiente é sofisticado e elegante, com serviço impecável. Para os clientes mais exigentes, o Queen Victoria’s Room contém apenas quatro mesas e oferece um menu de até10 pratos especialmente escolhidos pelo chef.
OUTRAS DICAS: para encontrar personagens, o Cristal Palace, no Magic Kingdom, é uma ótima opção. Lá estão Pooh, Tigrão e sua turma. A comida, estilo buffet, é farta e variada, com opções para todos os gostos. Outro restaurante que oferece o contato com personagens é o The Tusker House, no Animal Kingdom. Lá você encontra Mickey, Pateta, Donald, Margarida. Uma alegria só! E o buffet é um escândalo de tão completo e variado, especialmente no café da manhã. SERVIÇO ESPECIAL: VIP TOUR GUIDE Escapar das filas nas principais atrações dos parques é o desejo de 10 entre 10 turistas, claro. Os mais organizados se saem muito bem como “furadores de fila” usando o sistema de Fast Pass. Mas para isso é preciso planejamento, atenção e informação. O Fast Pass funciona perfeitamente e é gratuito, utilizá-lo com sucesso depende apenas da sua capacidade de organização.
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Mas sempre existem aqueles viajantes que não querem perder um segundo sequer, os que são mais comodistas, os desinformados ou avoados, os que viajam em grupos e precisam de alguém que organize a turma, os que não falam um idioma que permita a comunicação fácil, além daqueles que realmente dispõem de pouquíssimo tempo e que precisam otimizá-lo ao máximo. Para todos estes perfis o Vip Tour Guide é um serviço perfeito. Funciona da seguinte forma: um guia credenciado pela Disney e com muita experiência nos parques vai acompanhar o turista (ou grupos de até 10 pessoas), definindo o roteiro que será seguido – ele escolhe as atrações mais importantes do parque, define as prioridades de acordo com os pedidos dos clientes, determina horários, etc. Com sua experiência e o conhecimento sobre os momentos de pique de movimento em cada atração, o guia monta um roteiro personalizado para o grupo. Acompanhados desse profissional, os turistas não precisam enfrentar as tradicionais filas que se formam nas principais atrações, entrando em todas elas diretamente ou pelas filas mais curtas, as filas do Fast Pass. Esse serviço viabiliza conhecer o que há de melhor nos parques em muito menos tempo. Quer um exemplo? A guia que cuidou do nosso grupo já atendeu uma família que queria conhecer os quatro parques da Disney em apenas um dia, visitando as principais atrações de cada um. E conseguiu rea-
DO MUNDO, DELÍCIAS PARA O PALADAR E AMBIENTES FEITOS PARA DIVERTIR ADULTOS E CRIANÇAS
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NOVA ÁREA NO ANIMAL KINGDOM: O FASCINANTE MUNDO DE PANDORA, DE AVATAR, ESTÁ EM CONSTRUÇÃO NO HOLLYWOOD STUDIOS, A NOVA TOY STORY LAND VAI REPRODUZIR O QUINTAL DO MENINO ANDY lizar o desejo dos clientes! Muito prático, sem dúvida. Mas esse conforto tem seu preço: uma hora de Vip Tour Guide custa cerca de U$ 300 (conforme a temporada) e o serviço deve ser contratado por um mínimo de 6 horas diárias.
MAIS NOVIDADES EM BREVE Star Wars, Avatar e Toy Story são os filmes que inspiraram as grandes novidades que a Disney está preparando para os próximos anos. No Animal Kingdom está em construção o Mundo de Pandora, considerado a maior expansão já realizada nos parques da Disney. A inauguração da nova área vai coincidir com o lançamento do segundo filme de Avatar. Hollywood Studios também vai ficar muito mais interessante com a nova área temática de Star Wars, que promete trazer à vida os personagens e histórias da série de filmes. As atrações previstas incluem pilotar uma
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das famosas naves espaciais durante uma batalha épica. Também em Hollywood Studios está sendo construída a Toy Story Land, que reproduz o quintal do menino Andy e leva os visitantes a diversas aventuras com os brinquedos-heróis do filme. Downtown Disney agora se chama Disney Springs e ganhou mais espaço, mais lojas e novos restaurantes temáticos. A área segue em reformas até 2017 e promete muitas novidades, dentre elas uma grande loja e cafeteria da rede Starbucks.
SERVIÇO: AÉREO COM A COPA AIRLINES: o voo Porto Alegre/Panamá/ Orlando é ótimo, uma excelente opção para os gaúchos, pois não faz escala em São Paulo e nem no Rio de Janeiro. O aeroporto do Panamá foi ampliado e está muito confortável.
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Humanas criaturas T E T Ê
PAC H E C O
O ÚLTIMO DIA
Acordo com a mensagem inspiradora de minha editora preferida: “Olha, hoje é o último dia para o envio do texto da coluna. Metade da revista já está na gráfica”. Abro rapidamente vários arquivos de texto no computador na esperança de encontrar entre os milhares de rascunhos alguma ideia que me salve. Um sentimento opressor de final dos tempos me invade. Não há ideia que se salve, muito menos que me salve. É desesperador para quem precisa começar algo, pensar no fim. Somos aterrorizados pelo fim desde que nascemos. O fim veste carapuça e carrega foice. O fim dá medo. Mas o começo também. E se pensarmos que todo começo leva a um fim, então, que tal nem começarmos? Pronto. Já tenho a desculpa de que preciso para deixar o texto pra lá e pensar em outra coisa. O ser humano procrastinador (presente!) é tão arrogante que acredita fielmente que vai conseguir fazer na última hora do último dia o que deveria ter feito pelo menos uma semana antes. Mas caso sua arrogância permitisse tal êxito, e a entrega houvesse ocorrido no prazo, que felicidade haveria nisso? Qual é a grande provação em atender às expectativas dos outros? O êxtase é uma promessa para o fim dos fins. Não para uma antecipação. A antecipação nada mais é do que uma covardia. Sendo assim, arrumo uma coragem travestida de vergonha e me entrego ao começo para acabar logo com isso. Isso é uma boa ideia. Começo a rascunhar. Penso que o ano finalmente chegou ao fim. Mas essa maldição de ano sequer deveria ter começado.
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Tão vendo? Minha tese. Este ano acabou com a gente. Politicamente, ecologicamente, afetivamente. Este ano foi o fim do afeto. O fim dos tempos. Odiamos uns aos outros como nunca antes. Só não foi o fim da picada porque nunca vimos tanta peste em forma de mosquito. Se é verdade que o fim justifica os meios, então estamos numa provação que em algum momento fará sentido. É provável que não estejamos mais aqui para saber, mas tudo bem. Aqui em casa prego o uso das coisas até o fim. Porque de verdade vejo beleza nisso. Um tênis com furos na sola é uma boa notícia, um vidro de perfume onde não se extrai mais nenhuma gota é um alento. Acabou é uma palavra redentora. E só porque ela delimita o começo de alguma outra, logo, uma esperança. Algo se completou nos dando a chance de fazer coisas novas. Não recomeçar, mas simplesmente começar. De angustiada passo a quase feliz, pois vejo que venci o começo do texto e a cara de reprovação da minha editora preferida vai ganhando uma distância saudável de mim. Acabou o leite, disse a empregada. Que bom, tomaram todo o leite! Acabou a moral dos políticos, disse a TV. Que bom! Agora moral a gente dita com nosso próprio comportamento. Acabou este texto, disse meu alterego, todo mundo já entendeu o que você tinha pra não dizer. Caro alter, isto é, se tiveram coragem de ler até o fim.
TETÊ PACHECO É PUBLICITÁRIA
Casa
festa Flores e cores fazem a
P O R
M I L E N E
L E A L
F OTO S
D E C O R A Ç Ã O
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Z U C A
C A R I N
F E I J Ó
M A N D E L L I
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Casa
UMA DECORAÇÃO FESTIVA COM ESPÍRITO DE VERÃO. ALEGRE, LINDA E DIFERENTE DO QUE SE VÊ POR AÍ. O AMARELO FOI UMA ESCOLHA PERFEITA, MAS A GRANDE SACADA DA FLORISTA ZUCA FEIJÓ FOI USAR ABACAXIS E SUAS BELAS COROAS COMO ELEMENTOS DE DESTAQUE NOS ARRANJOS.
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Casa
ZUCA FEIJÓ OPTOU PELA VARIEDADE DE ESPÉCIES DE FLORES E UMA SÓ COR, PARA UM EFEITO MAIS LEVE. A MESA BRANCA RECEBEU JOGOS AMERICANOS DE LINHO E GUARDANAPOS DO MESMO TECIDO, DELICADAMENTE AMARRADOS COM FITA RÚSTICA E UM RAMINHO DE PIMENTAS AMARELAS. OS ABACAXIS COLOCADOS DENTRO DE VASOS DE CRISTAL SURPREENDEM E SÃO O GRANDE DESTAQUE DA DECORAÇÃO. ELES TAMBÉM ESTÃO PRESENTES NOS ARRANJOS DE FLORES, QUE VALORIZAM O VERDE DE SUAS COROAS. BRANCO, AMARELO E VERDE, AS CORES DE UMA FESTA COOL E CHEIA DE ALEGRIA.
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Vida C E L S O
G U T F R E I N D
O CASO DA ALIANÇA
A mulher pediu para eu usar aliança. Ela roçou a sua aliança na minha mão lisa sem aliança apesar de uns calos, um inclusive onde ela antevia a aliança. A mulher tinha mapas e orçamento para a aliança, mas sossegou por um tempo. Depois ela insistiu para eu comprar a aliança e eu disse não. A mulher pediu explicações, estendeu o tempo para a discussão e fomos à luta da diversidade quando desferi os primeiros golpes de palavra. A aliança já estava comprada, eu disse e depois eu corrigi: aliança de verdade não se compra, ela se constrói por dentro. Não é para inglês ver, não é para ninguém ver e nem se vê por fora. Porque alianças verdadeiras são invisíveis: as autênticas são infensas à opinião alheia e sabem ser independentes dos diz-que-diz-que. Alianças não se importam com o que é de fora para dentro, com o que os outros pensam, com o que não entrou no piquenique autêntico do amor, no pátio liberto do amor, no círculo dos amantes que se bastam. A mulher parecia pasma. Acusou o golpe com um olhar assustado e assustador, mas não paralisei e até aprofundei com um direto de verbos e imagens e expandi a ladainha: o desejo esboça a aliança e molda um pedaço dela. Querer estar com o outro avança a obra dessa joia rara, assim como poder não querer, sabendo que vai querer de novo e esperar. Esperar é a aliança. Guardar em si a ânsia do concreto, do amparo, a falta de antes, a angústia pelo depois e tudo isso é mais simbólico do que a própria aliança.
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Contar e ouvir são a maior aliança. Suportar o silêncio é a aliança, onde realmente se constrói a parte essencial de seu miolo prateado ou dourado e arredores pingentes. E tinha mais: com ou sem aliança, achar um outro bonito na alma do corpo, desejá-lo por um momento fantasma e aparentemente traidor, sabendo que esse desejo não vinga, porque é menor do que o desejo pelo desejo que se vive e consolida a fidelidade de dentro para fora (no corpo da alma), então sim na saúde e na doença – mas não incondicional – e tudo isso é menor do que a consideração pelo sagrado e profano, passageiro e eterno e agora. Porque alianças em si são só agora, já alianças de dentro são agora, antes, depois, verdadeiro invólucro da única eternidade que nos cabe. Considerar pinta a aliança, continuar considerando no cotidiano pole a aliança, poder sair, poder entrar, poder terminar como começou mantém firme a aliança no dedo que toca mais ainda por dentro, onde tem a mão inteira, o corpo inteiro, a alma inteira, metáfora da melhor versão de dois, aquela que veio da vida e chegou ao patamar de um encontro e ao estatuto da memória, essa verdadeira eternidade. Então, a mulher disse para eu parar de enrolar e fui comprar a aliança.
CELSO GUTFREIND É PSIQUIATRA E ESCRITOR, ESPECIALISTA EM PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA
Ensaio
invisível Porto Alegre invisível
TEXTO FERNANDO BUENO FOTOS DUDU CONTURSI E FERNANDO BUENO
Já faz alguns anos que comecei a caminhar pelas ruas de Porto Alegre. Para ser mais preciso, foi na virada do século, quando depois de quase 30 anos mudei de endereço. Fechei meu estúdio na Coronel Bordini e reabri em Canela, onde tento passar a maior parte do tempo. Como profissionalmente esta operação não foi muito simples, por mais de dez anos mantive um escritório no Centro Histórico. Essa foi a principal razão para que eu desse início às andanças pela cidade, mas houve outras. Primeiro: quando estou na cidade, fico em um apartamento na Fernando Machado, ex-rua do Arvoredo. Depois: sigo ordens médicas, caminhar mais, andar despacito e perder peso. Por fim, como a grana anda curta para todo mundo e estacionar no centro está cada vez mais caro, vendi o carro (aliás, os dois carros que tinha na época). Hoje tenho um só e uso muito menos. Bem, também posso dar créditos aos trabalhos que fiz nesse período: “Porto Alegre na Vitrine”, “Caras de Pedra”, “Os Hotéis” (para um site de pesquisa). Mas, enfim, foi assim que comecei a conhecer uma cidade que era quase invisível para mim, como o é para a maioria dos porto-alegrenses e para a quase totalidade dos gaúchos. A verdade é que todos nós andamos por Porto Alegre, passamos mas não vemos, paramos mas não enxergamos. E isso tudo me faz lembrar de “O Mapa”, poesia do grande Mario Quintana.
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“SINTO UMA DOR INFINITA DAS RUAS DE PORTO ALEGRE ONDE JAMAIS PASSAREI”
Ensaio
Caminhando pela cidade e observando tudo com atenção fui apreendendo um pouco mais da nossa história, conhecendo melhor a obra dos nossos grandes arquitetos, como o Theo Wiederspahn, os Corona, o Otto Menchen e tantos outros. Lendo nas placas das ruas os nomes dos nossos cidadãos – alguns heróis, outros nem tanto –, eles foram se tornando mais íntimos para mim.
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“HÁ TANTA ESQUINA ESQUISITA TANTA NUANÇA DE PAREDES HÁ TANTA MOÇA BONITA NAS RUAS QUE NÃO ANDEI”
Ensaio
“(E HÁ UMA RUA ENCANTADA QUE NEM EM SONHOS SONHEI)”
As fotos deste ensaio farão parte de um livro sobre a arquitetura neoclássica de Porto Alegre, cujo autor é o Ministro Fernando Cacciatore de Garcia. As imagens são minhas e do Dudu Contursi, amigo, companheiro e parceiro de trabalho que me convidou para participar da edição do livro. Com a mochila nas costas, tripé e máquinas em punho iniciamos nossas caminhadas pela cidade. Algumas foram longas, outras nem tanto. Caminhávamos, voltávamos, seguíamos adiante e assim foi por dias seguidos. Esperamos passar muitas chuvas, driblamos uma infinidade de fios, de placas de propaganda, muitos moradores de rua e aprendemos a olhar melhor os detalhes, as palmetas, o florido, os capitéis. Nos encantamos com a arquitetura e a majestade de muitos prédios históricos, observamos as colunas dóricas, as jônicas, começamos a distinguir o clássico e o rigoroso do eclético, a respeitar o moderno sem esquecer do barroco. Além disto, passamos a curtir mais o Quintana. Ângulos que nunca percebemos e detalhes que nunca vimos, pois sempre estamos com pressa, com medo de ser atropelados ou, muitas vezes, assaltados. Tratamos nossa cidade com gélida indiferença, como uma desconhecida. E quando a maltratam todos os dias nem nos damos por conta. Estilo Zaffari
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“QUANDO EU FOR UM DIA DESSES POEIRA OU FOLHA LEVADA NO VENTO DA MADRUGADA SEREI UM POUCO DO NADA”
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Para Porto Alegre não virar poeira ou nada, aqui vai uma dica: a cidade é nossa, é nosso lar, onde jogam os nossos times, onde seu filho estuda, onde provavelmente vamos ser enterrados e seremos todos um pouco mais que nada. Por isso, cuidá-la, respeitá-la, mantê-la cheirosa e bonita é nossa obrigação, não só do prefeito ou do governador. Eles passarão e nós passarinhos ficaremos por aqui, muito mais tempo. Calce um tênis velho, tire os anéis e o relógio, deixe a carteira em casa e ande por ruas em que jamais andou, despacito, sem pressa ou medo, olhe as nuanças das paredes, as esquinas esquisitas e conheça a sua Porto Alegre Invisível. Garanto que, além das moças bonitas, você vai amar a sua cidade. Agora, se você não se emocionou com este convite à aventura, ok, fique sentado na poltrona e esperando o livro do Ministro Fernando Cacciatore de Garcia sair do prelo (o lançamento será na próxima Semana de Porto Alegre), pois lá estarão todas essas imagens.
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“OLHO O MAPA DA CIDADE COMO QUEM EXAMINASSE A ANATOMIA DE UM CORPO (É NEM QUE FOSSE O MEU CORPO)” MARIO QUINTANA
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Mergulho
em si mesmo P O R
A N A
G U E R R A
Quantas vezes por dia você se permite respirar? Respirar de verdade, com consciência, calma e concentração? E quantas vezes por dia você fica em silêncio absoluto? Pois o simples ato de respirar fundo e em silêncio pode ser a chave para uma vida mais plena.
É difícil precisar quando a meditação surgiu, mas existem descrições do método em textos taoístas e hindus e acredita-se que, na antiga China (por volta de 300 a.C.), mestres como Lao-Tzu e Chuang-Tzu usavam exercícios meditativos. De lá para cá, a atividade transpôs fronteiras geográficas, sociais, culturais e religiosas, tornando-se reconhecida por médicos, educadores e psicólogos por promover o autoconhecimento, a saúde e a qualidade de vida. Mas afinal, o que é meditar? Engana-se quem acha é sinônimo de não pensar. A instrutora de meditação Lia Fleck, formada pelo instituição norte-americana Chopra Center, esclarece: “Meditar é uma forma de guiar e observar nossos próprios pensamentos, e não de evitá-los. A prática nos ajuda a encontrar a testemunha silenciosa dentro de si, sendo uma forma de exercitar o autoconhecimento”. Segundo Lia, a técnica ainda propicia o relaxamento e a mudança de padrões de pensamento, auxiliando no controle de quadros de estresse e ansiedade. Trata-se de uma ferramenta indicada para todas as fases da vida, sendo particularmente eficiente para superar medos e lidar com perdas e o luto. Quem medita atesta seus inúmeros benefícios. É o caso da empresária Christine Audrey Gerbauld, 37 anos, que descobriu a atividade por meio de sua professora de yoga. Sua aliada para lidar com o estresse, a meditação ajudou na melhora do sono e mudou a forma como Christine encara a vida: “Aprendi que é difícil se entregar, mas a recompensa é grande. Aceito os problemas e a vida como ela é, sem me agarrar em nada. Isso me deixa mais livre e feliz”.
“A MEDITAÇÃO MUDOU A MINHA VIDA” O testemunho do publicitário Marcelo Firpo, 43 anos, exemplifica como a meditação pode mudar a vida das pessoas. Adepto da prática há cerca de quatro anos, ele dedica pelo menos 30 minutos diários para a atividade, pela manhã e antes de dormir. “Meditar é apenas acordar para a realidade como ela é de fato, e isso pode ser feito a qualquer momento, em qualquer lugar, sob qualquer circunstância”, diz ele, que também medita sem situações prosaicas do dia a dia, enquanto dirige ou espera em uma fila.
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Vida Em seu ritual, ele costuma sentar e observar a própria respiração. Os pensamentos vêm, mas ele os deixa passar. Com o passar do tempo ele percebeu como a mente funciona: “Você não é os seus pensamentos, suas emoções nem mesmo sua identidade. A verdadeira natureza da mente é aberta, livre, luminosa. Isso é o mais próximo que dá pra explicar em palavras”. Ele afirma que meditar mudou sua vida e que continua mudando. “Eu sou só um praticante, não sei quase nada, mas se olhar pra trás, para a pessoa que eu era quando comecei e para a pessoa que sou hoje, posso dizer com certeza que mudei muito, pra melhor. Em termos práticos, meditar fez de mim uma pessoa mais tranquila, consciente e saudável.”
SAÚDE E EQUILÍBRIO Prova de que traz inúmeras vantagens para a saúde é o fato de a prática ser estudada pelas principais instituições médicas do Brasil e do mundo. No Hospital Albert Einstein de São Paulo, por exemplo, ela é utilizada por uma equipe de medicina integrativa na Oncologia. É o que diz a pesquisadora Elisa Harumi Kozasa, que ainda destaca as mudanças no cérebro de quem medita: áreas que envolvem a atenção, a regulação emocional e a autoconsciência são ativadas durante a prática, e estudos indicam diferenças na atividade em determinadas áreas cerebrais (pré-frontais e ínsula, por exemplo) de quem medita. E os benefícios não param por aí: segundo a médica e Ph.D. Bernadete Nonnenmacher, a rotina de meditação faz com que as pessoas tenham maior controle sobre as emoções negativas, além de aumentar a empatia, a criatividade e a imunidade. Professora certificada de meditação, Bernadete não apenas indica a atividade para seus pacientes como também os ensina a praticar. Meditadores, segundo ela, fazem escolhas mais conscientes e optam por alimentos mais saudáveis, praticam mais atividades físicas e buscam relacionamentos harmoniosos.
BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO Reduz o estresse Melhora do sistema cardiovascular Promove o autoconhecimento Melhora da qualidade do sono, sendo utilizado no tratamento à insônia Fortalecimento do sistema imunológico Promove a consciência corporal Auxilia no manejo da dor crônica Coadjuvante no tratamento à hipertensão arterial Aliada no tratamento da hipertensão, depressão e ansiedade. 80
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DICAS DE LEITURA da LIA FLECK 10% Mais Feliz – Dan Harris Busque Dentro de Você – Chade-Meng Tan A Arte da Meditação – Daniel Goleman Três Portais para a Meditação – As Práticas no Sufismo, no Budismo e no Judaísmo – David Cooper O Poder do Silêncio – Eckhart Tolle O Poder do Agora – Eckhart Tolle Praticando o Poder do Agora – Eckhat Tolle 8 Minutos de Meditação – Victor Davich A Mente Alerta – Jon Kabatt-Zinn
ONDE APRENDER A MEDITAR Centro de Saúde Perfeita: www.centrosaudeperfeita.com Namastê: www.namaste.com.br Brahma Kumaris: www.brahmakumaris.org Centro de Estudos Budistas: http://www.cebb.org.br/
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A ROTINA DE MEDITAÇÃO FAZ COM QUE AS PESSOAS TENHAM MAIS CONTROLE SOBRE AS EMOÇÕES NEGATIVAS
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PERFEITA PARA OS PEQUENOS Engana-se quem acha que meditar é bom apenas para os adultos. Segundo a pedagoga Márcia Bianchi Marques, a meditação diária faz com que as crianças entendam suas próprias emoções. Desta forma, lidam melhor com a frustração e a raiva, melhorando os relacionamentos interpessoais. O exercício ainda diminui a impulsividade e propicia a concentração da garotada. Segundo a pesquisadora Elisa Harumi Kozasa, a experiência deve ser adaptada ao ritmo deles, sendo mais breve e lúdica. A meditação na infância traz tantos ganhos que projetos levando a prática para dentro das escolas fazem sucesso. Conheça alguns deles: ESCOLA MUNICIPAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Desde 2008, a Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, da cidade gaúcha de Gramado, incluiu a meditação na rotina dos alunos. Aplicada inicialmente para estudantes da 5ª série, se expandiu e hoje outras turmas são beneficiadas, atingindo crianças de 7 a 11 anos. O recurso trouxe inúmeras mudanças positivas: diminuiu a agressividade verbal entre os alunos, aumentou a atenção e concentração em sala de aula e melhorou a autoestima das crianças. Segundo a coordenadora do projeto, Márcia Bianchi Marques, os alunos ficam mais afetuosos, calmos e atentos com a meditação. MAHATMA MEDITAÇÃO PAZ NAS ESCOLAS Entidade sem fins lucrativos fundada pela médica psiquiatra Anmol Arora, promove a cultura da paz em quase 300 escolas, através de técnicas de meditação. Atua em vários estados brasileiros e em países como Espanha e Portugal, abrangendo cerca de 42 mil crianças e adolescentes. Entre os objetivos da ONG estão: ensinar técnicas simples e fáceis de meditação para crianças, adolescentes e professores; estimular a paz nas escolas, comunidades e cidades; incentivar um pensamento coletivo positivo de responsabilidade e pertencimento a uma comunidade desde a infância e melhorar a saúde integral dos alunos, professores e demais cuidadores.
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PASSO A PASSO MEDITAR PARECE SER UMA ATIVIDADE COMPLEXA, MAS COM AS DICAS DA INSTRUTORA LIA FLECK VOCÊ PODE INICIAR A PRÁTICA AINDA HOJE:
Fique isolado: desligue o telefone, avise os familiares para não interromperem você. Se você gosta de incenso ou velas, use-os, pois ajudam a levar o inconsciente à meditação. Não coloque música – o silêncio é seu amigo. Sente-se em uma cadeira confortável, com as costas retas, pés apoiados no chão e braços apoiados. Feche os olhos. Respire. Inspire e expire profundamente, principalmente no início da prática. Sinta o ar entrando em seu corpo. Faça 4 perguntas para sua alma: Quem sou eu? O que eu quero? Qual o meu dharma (propósito de vida)? De que tenho gratidão? São perguntas retóricas, ou seja: não se preocupe em respondê-las. Repetir um mantra auxilia na prática: use o mantra “So Hum”. Se um pensamento aparecer, fique tranquilo e volte para o mantra. Você pode ser tomado por emoções durante a meditação e isso é normal. Sinta a emoção e volte para o mantra. Coloque um timer para tocar após 30 minutos, mas quando o alarme tocar, volte devagar, ainda respirando com calma e concentração. Retome suas atividades após a meditação, de preferência sem pressa.
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Sampa C R I S
B E R G E R
A ENTRADINHA QUE TEM O ADEQUADO NOME DE “AQUARELA DO BRASIL” É BONITA DE VER E DELICIOSA DE COMER. ESPERE PROVAR O MELHOR BISCOITO DE POLVILHO DA SUA VIDA
QUEM PROVAR,
FABIO VIEIRA, ELEITO CHEF REVELAÇÃO EM 2014 PELA VEJINHA SP
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A cidade de São Paulo tem o justo título de capital gastronômica do Brasil e desponta como uma das melhores cidades do mundo para desfrutar dos prazeres de uma boa mesa. Atala, Trajano, Rizzo e Sakamoto são alguns dos sobrenomes que detêm um lugar no topo da lista dos chefs queridinhos de Sampa. Adoro todos, mas fico feliz quando me deparo com descobertas. Foi assim com o Fabio Vieira. Nem sempre a primeira impressão é a que fica. Entrei no sobradinho da José Maria Lisboa com a Joaquim Eugênio de Lima, nos Jardins, e fiquei em dúvida: “É aqui mesmo o Micaela?”. Ele havia sido indicado por uma amiga de gosto apurado e entendida no assunto, mas o lugar não prometia nem metade do que entregou. Escolhi sentar no andar de cima e perto da janela. Percebi que o Fabio ia de mesa em mesa para falar com os comensais. Logo chegou na nossa e não demorou muito para engrenarmos em uma descontraída conversa. Ele nos contou que havia estudado comunicação e que até os 30 anos era músico. Inclusive foi integrante de uma banda que “quase” fez sucesso, a Jamaiscana. Mas ao entrar na terceira década de vida, virou cozinheiro. O Micaela, nome de sua bisavó, tem apenas dois anos, abriu em 2013 e já ganhou o aval de grandes críticos da pauliceia, como Josimar Melo. Até o seu prato chegar à mesa você pode achar que ele é um restaurante de comida caseira, caipira, mineira... Mas ao olhar a apresentação e provar, entende que não é nada disso: Fabio usa e abusa de ingredientes brasileiros,
OS BOLINHOS DE MANDIOCA COM PIRACUÍ SÃO DE LAMBER OS DEDOS, UM A UM
VERÁ! grande parte do Pará, e tem o pedigree dos melhores. O paulista de Avaré, interior do Estado, foi eleito chef revelação em 2014 pela Vejinha SP e cozinha divinamente. Se você fizesse uma degustação às cegas de um prato dele, poderia dizer que é assinado por um dos grandes mestres do cenário gastronômico brasileiro. Portanto, esqueça a simplicidade da casa de paredes vermelhas, telhas à mostra e sem nenhum grande arquiteto por trás e foque no cardápio, que é a grande atração. De entrada, peça pela Aquarela do Brasil, onde são servidas lascas de biscoito de polvilho, assadas na hora, e absolutamente esplêndidas, acompanhadas de 4 antepastos. E pelos bolinhos de mandioca com piracuí, igualmente apetitosos. Quem gosta de sabores do mar deve optar pelo peixe do dia em leite de castanha servido com uma farofinha deliciosa. Se o paladar pedir uma carne, vá de Queima do Alho, que é uma mistura de caldo de feijão gordo, minicarreteiro, paçoca de carne de sol e picadinho de ancho na grelha. E para adoçar, o bolo gelado de coco queimado com calda de caramelo quente. No final das contas, você vai lá para “comer” ou conversar? “Cara” não é documento. E o Micaela pode configurar, tranquilamente, no rol dos melhores restôs a se encontrar em Sampa. Quem “provar”, verá. CRIS BERGER É JORNALISTA E ESCRITORA
crisberger@crisberger.com
Rua José Maria Lisboa, 228 I Jardins, 11 3473.6849 I www.restaurantemicaela.com.br
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Washington:
amor
Ă primeira vista P O R
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M I L E N E
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FOTO: MARA RÚBIA ALVES DE LIMA
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Nunca, nunca, nunca pensei que me apaixonaria por Washington. A cidade entrou no meu roteiro de viagem mais ou menos por acaso. Estava indo para New York e queria aproveitar para conhecer um lugar novo, um destino inédito pra mim. Displicente, reservei apenas dois dias e meio para permanecer na capital federal americana. E se arrependimento matasse... Washington me surpreendeu de todas as formas. Em primeiro lugar, pela estética. A cidade é linda, sim. Avenidas largas, arquitetura elegante, calçadas bonitas, vegetação, organização e muita limpeza. Isso sem falar, é claro, dos prédios históricos, dos monumentos, das praças. É um prazer andar a pé em Washington. Lá, qualquer caminhada se transforma em um passeio interessante. Depois desse primeiro impacto com a beleza da cidade, meu queixo caiu ao conhecer o National Mall. Em que outro lugar do mundo você vai encontrar 10 museus concentrados em uma única avenida? E mais: todos os museus são espetaculares, e todos eles gratuitos. O National Mall é uma área de cerca de 3 quilômetros de extensão, que vai do Capitólio até o Lincoln Memorial. Mais ou menos no meio do caminho está o famoso Obelisco. Uma extensa área verde separa as duas alamedas onde se concentram os museus. Se você quiser, dá pra passar o dia inteirinho por ali,
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conhecendo os monumentos e prédios históricos, tirando fotos, sentando nos bancos do parque pra relaxar e, sobretudo, visitando os museus. Eu tive tempo de ir somente a três deles: National Museum of Natural History, National Air & Space Museum e Hirshhorn Museum and Sculpture Garden. Adorei as minhas escolhas, mas fiquei com pena de não ter entrado na National Gallery of Art. Não deu tempo mesmo... É que fora do National Mall existe um outro museu que considerei imperdível e que fiz questão de visitar: Newseum, o museu da notícia. Ele tem um acervo tão interessante, tanta coisa sobre a história americana e mundial apresentada sob o ponto de vista do jornalismo e da mídia, que qualquer pessoa pode passar horas e horas percorrendo as salas de exposição. É satisfação garantida.
A PÉ, PRA LÁ E PRA CÁ Estar bem localizado é muito importante em Washington, ainda mais para quem tem pouco tempo na cidade. E a localização é um dos pontos fortes do hotel Rouge. Ele está na avenida que termina diante da Casa Branca, mas fica em um trecho bem mais calmo, sem estresse de trânsito. No nosso primeiro dia na cidade, de manhã cedo, fui ao balcão do lobby perguntar se a área dos monumentos estava
FOTOS: MARA RÚBIA ALVES DE LIMA
DC É ASSIM: BELOS MUSEUS COM ENTRADA GRATUITA, AVENIDAS LARGAS, LIMPAS E ARBORIZADAS, PRÉDIOS BAIXOS. O BAIRRO GEORGETOWN É CHARMOSO E BADALADO, TANTO DE DIA COMO À NOITE Estilo Zaffari
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MONUMENTOS EM PERSPECTIVA: O MEMORIAL DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E, AO FUNDO, O OBELISCO longe dali e se poderíamos ir a pé. A resposta foi engraçada. A moça pegou um mapa da cidade, assinalou nele o hotel, riscou uma linha reta e assinalou a Casa Branca. E me olhou sorrindo. Foi assim que eu fiquei sabendo que bastaria caminhar algumas quadras para chegar à região mais turística e aos principais pontos de interesse da cidade. Ponto para o Rouge! Abrigados com casacos, gorros e luvas, saímos para a rua. E estava bem frio, mesmo já sendo final de março. Em 2015, o inverno americano foi rigoroso e longo. Em minutos estávamos diante da Casa Branca. Era sábado e alguns grupos estavam fazendo manifestações no largo em frente à residência oficial do presidente dos EUA (na verdade, o largo fica nos fundos da Casa Branca). Tudo bem tranquilo e pacífico, manifestantes misturados aos turistas, muita gente tirando fotos, crianças de patinete, fisionomias e idiomas dos mais diversos cantos do mundo. Contornando o quarteirão a gente chega a uma enorme área verde e já vislumbra o famoso Obelisco de Washington. É interessante ver quanta gente faz esse mesmo trajeto e vai descobrindo a pé os ícones da cidade. Aliás, uma das coisas mais legais de Washington é observar as pessoas na rua. Sim, tem gente do mundo inteiro, mas tem muitos americanos, famílias inteiras, com crianças de todas as idades. Visitar a capital federal
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é um programa para os cidadãos do país, e eles vão fundo na exploração dos monumentos, explicam para as crianças quem são os personagens e relatam cada momento marcante da história. Nesse dia percorremos todo o “eixo dos monumentos”, tudo a pé, tranquilamente. Do Lincoln Memorial ao Capitólio, passando pelo Obelisco (ou Washington Monument), pelo Memorial da Segunda Guerra Mundial, pelo Monumento aos Veteranos do Vietnan, pelo Memorial dos Veteranos da Guerra da Coreia. Só deixamos de fora o Jefferson Memorial, que fica um pouquinho afastado dos demais monumentos, na outra margem do Rio Potomac, e por isso entrou no nosso roteiro do dia seguinte.
GEORGETOWN É PURO CHARME À noite, a pedida é ir flanar por Georgetown. É nesse bairro de arquitetura vitoriana que se concentram restaurantes, bares e lojas legais. A M Street é o coração de Georgetown, e foi para lá que nos dirigimos, de táxi. A corrida foi rápida e barata. Enquanto conversávamos com a motorista, uma argelina cheia de histórias pra contar, já começamos a observar o agito de Georgetown pelas janelas do carro. A rua estava repleta de pedestres, gente de todas as idades e perfis, casais, grupos, famílias. Nosso foco prioritário era o restau-
O CAPITÓLIO É MAJESTOSO. NENHUMA OUTRA EDIFICAÇÃO DE DC PODE SER MAIS ALTA DO QUE ELE rante Clyde’s, tradicionalíssimo endereço de culinária americana que havia sido muito recomendado por uma amiga jornalista. Ainda bem que tínhamos feito uma reserva, pois ao chegar lá nos deparamos com o restaurante lotado e um grupinho razoável de pessoas esperando mesas. Deu tempo de passear um pouco e foi divertido caminhar pelos diversos quarteirões da M Street. Vimos gente de todos os lugares do mundo, uma fila enorme contornando uma loja de cupcakes, vários restaurantes e bares interessantes, uma grande e completa loja da rede Dean & Delucca e várias lojas bonitas de grifes conhecidas e desconhecidas. Vale lembrar: Georgetown também é lindo e animado durante o dia. Se você tem intenção de fazer compras, reserve uma manhã ou tarde para percorrer as ruas desse bairro. O jantar no Clyde’s foi uma experiência e tanto. Além do ambiente mega-aconchegante, o atendimento também foi muito acolhedor. O menu oferece pratos típicos da culinária americana, e eu fui ao extremo: escolhi comer um Meatloaf (bolo de carne) com purê de batatas e brócolis refogados, um prato simples e trivial que vi inúmeras vezes nos filmes americanos. Era um desejo e o Clyde’s o realizou da melhor maneira possível. Meu Meatloaf estava excelente, delicioso, valeu a pedida. O interessante é que no car-
dápio já há indicações dos vinhos que harmonizam melhor com cada prato, e você pode pedir um cálice. Perfeito para quando não se quer beber muito, e cada um dos comensais pode escolher o vinho que mais combina com o seu prato. Depois do jantar, resolvemos voltar de Georgetown para o hotel a pé. O friozinho estimulava a caminhada, e queríamos conhecer um pouco mais de Washington. Não há perigo algum em andar pelas ruas da cidade, mesmo à noite e mesmo passando por lugares pouco movimentados.
OS MARAVILHOSOS MUSEUS No dia seguinte nos dedicamos a explorar os museus do National Mall, começando pelo de História Natural. Chegamos cedo e já encontramos um volume bem razoável de pessoas na fila de entrada. Predominância absoluta de famílias, afinal, este é o museu onde as crianças (e os adultos também!) podem ver fósseis de dinossauros e reproduções de animais marinhos, terrestres e aéreos em seus hábitats originais, com belíssimos e informativos cenários. Almoçamos por lá mesmo, no café do museu. Enfrentamos uma longa fila, pagamos caro e comemos uma pizza bem ruinzinha. Mas valeu pela praticidade, afinal, nosso tempo era curto! Dali partimos para o que fica bem perto e havia sido
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O MUSEU DO AR E DO ESPAÇO É ENCANTADOR PARA TODAS AS IDADES. DÁ PRA FICAR HORAS POR LÁ muito recomendando por amigos. De fato, o museu é um espetáculo. Lindo, interessante, cheio de atrações para todas as idades, repleto de informação e de curiosidades sobre aviões, naves espaciais, sobre a história da aviação e as viagens do homem ao espaço. Foi difícil sair de lá, pois fica uma sensação de que faltou ver muita coisa, explorar vários detalhes das exposições. Com uma certa pressa, pois o dia já estava terminando, ainda demos uma passada no jardim de esculturas do Hirshhorn Museum, lugar perfeito para dar uma relaxada ao ar livre, curtir o restinho de sol e apreciar as belíssimas obras que ficam expostas pelo gramado. O jantar desta noite foi no Oyammel, restaurante mexicano que encontramos no aplicativo Open Table, e que também havia sido recomendado pela nossa agente de turismo. O lugar ficou mais famoso a partir da noite em que Obama e Michelle o escolheram para um jantar romântico. Mas o Oyamel faz jus à fama, e ainda merecia ser mais conhecido. Nossa, que delícia de jantar! A guacamole, a melhor que eu já comi na vida, é preparada na sua frente, com o tanto de pimenta que você definir. O rapaz traz o abacate e os temperos e faz surgir aquela delícia, que a gente come com nachos (ou tortilla chips) bem quentinhos e crocantes,
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nada gordurosos. O jantar foi perfeito, das entradas à sobremesa, e com preço muito acessível.
DE TREM PARA NY No dia seguinte já era hora de ir embora de Washington, infelizmente. Passamos a manhã dando alguns passeios pelos arredores, descobrindo mais alguns recantos, praças e monumentos lindos, passamos a pé em frente ao Old Ebitt Grill, restaurante tradicionalíssimo de DC, que sempre tem filas na porta e que é famoso também pelo seu brunch. De Washington fomos para New York, e escolhemos fazer de trem o trecho entre as duas cidades. A experiência valeu porque tivemos a oportunidade de conhecer a linda estação de trens de DC. É um ícone da cidade e merece ser visitada. A viagem em si não tem muita graça, já que o trajeto inclui principalmente subúrbios e zonas industriais, e muito pouco das belas paisagens que tínhamos imaginado. É claro que faltou conhecer muita coisa em Washington. Poderíamos passar uma semana por lá, tranquilamente, e ainda assim não conheceríamos tudo. Só para curtir os museus, é preciso bastante tempo e, por isso, uma certa sensação de frutração é inevitável. Solução? Voltar o mais breve possível.
ESCULTURAS NO JARDIM DO HIRSHHORN MUSEUM. NA FOTO DO CANTO, O IMPERDÍVEL RESTAURANTE OYAMEL DICAS DA JORNALISTA ANA GUERRA Chinatown vale uma visita. O bairro tem muitas opções de restaurantes orientais ótimos (chineses, vietnamitas, etc.). O Zoo de DC é lindo. Faça a visita guiada no Capitólio e à Biblioteca do Congresso! A cidade é repleta de estudantes, em geral muito atléticos e esportistas. Chama a atenção a quantidade de pessoas correndo pelas ruas, mesmo no inverno. Vale a dica: correr pelas ruas de Washington é muito legal. A cidade é plana, limpa e muito segura. Muitos casais com filhos pequeninos circulam de lá para cá. A cidade é kids friendly, ótima para viagens em família. O transporte público funciona bem: metrô superlimpo e organizado, táxis baratos. FOTOS: DIVULGAÇÃO
Washington tem grandes lojas de redes conhecidas, como a Macy’s, por exemplo, mas elas são muito mais tranquilas do que as lojas de NY. Para quem gosta de esportes, vale curtir jogos de times como o Washington Wizards (basquete), em uma arena moderna e superbem localizada.
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Turistando em
New York P O R
M I L E N E
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F OTO S
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B E R G E R
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Viagem Minha última vez em New York havia sido há quase 15 anos. E aquela foi uma viagem do tipo “cabeça”: só programas culturais, shows alternativos, bares de jazz fora do circuito, restaurantes descolados. Uma programação ótima, claro. Mas dessa vez, depois de tanto tempo, resolvi fazer diferente. Resolvi ser turista padrão em New York. Sábia decisão! Foi uma delícia curtir os programas que eu nunca tinha feito, aqueles que todo mundo faz quando visita New York pela primeira vez. Fui ver a Estátua da Liberdade bem de pertinho, subi no Empire State Building, caminhei por todo o Central Park, fui ao Rockfeller Center e ao seu Top of the Rock, conheci o Museu do 11 de Setembro e passei uma tarde no Metropolitan Museum.
HOTÉIS: DUAS PROPOSTAS DIVERSAS Essa estada em New York teve dois momentos distintos no que se refere a hospedagem. Primeiro ficamos em plena Times Square, em meio ao agito, no hotel Row, na 8th street. O Row é uma opção interessante para quem curte a região da Times Square, os espetáculos da Broadway, as luzes feéricas dos painéis e letreiros, as grandes lojas de marcas famosas, a concentração de pessoas na rua. É um hotel de grande porte, com muitos andares e muitos quartos, onde circula uma quantidade de
gente impressionante em todos os momentos do dia. O lobby é meio tumultuado e em certos horários se formam filas para os elevadores. O serviço é gentil e eficiente, mas obviamente sem personalização ou exclusividade. Mas o melhor do Row é que, uma vez dentro do quarto, a Times Square fica isolada do lado de fora. Fiquei hospedada em um quarto de esquina, em andar bem alto, com duas janelas que permitiam uma bela visão das luzes e prédios vizinhos. Ao fechar o blackout, porém, o ambiente ficava escurinho, ótimo para dormir. A cama king era muito confortável, com travesseiros também excelentes. O banheiro, apesar de compacto, era bastante funcional, com uma ducha perfeita. No Row a proposta é oferecer um ótimo padrão de qualidade e conforto, sem afetação e sem luxos. A decoração reflete esse conceito, o estilo é moderno e bem despojado. Divertido era sair do hotel a pé e ir topando com atrações tradicionais de New York, com as filas nos teatros da Broadway, com aquela galera que fica parada diante dos painéis luminosos que interagem com o público. A Times Square é um ícone de New York, afinal de contas. A localização do Row tem também um lado prático: ali perto há infinitas opções de cafés, lancherias, bares. Descobrimos um Dean & Delucca na 8th street, a algumas quadras do hotel. Quase na frente do Row há uma loja da Shake Shack, famosa rede especializada em
hambúrgueres e milk-shakes. Há vários Starbucks, pizzarias e restaurantes bem cotados nos guias gastronômicos. E mais uma vantagem: há diversas estações de metrô a poucos passos do hotel. Dois dias depois nos mudamos para a Park Avenue South, hotel Gansevoort, e vivemos uma experiência diametralmente oposta. Um hotel bem menor, com serviço elegante, atendimento personalizado e ambientação mais clássica. O hotel é fabuloso em tudo, começando pela localização. E é dentro do quarto e no rooftop que a excelência do Gansevoort se manifesta de verdade. O quarto é amplo, bem decorado e muitíssimo confortável. Cama king, travesseiros king, lençóis macios... difícil é levantar e sai para a rua. Banheiro grande, com banheira e chuveiro separados, pia e bancada amplas, amenities de qualidade, muitas toalhas... tudo o que é preciso para que o hóspede se sinta bem e possa descansar após um longo dia na cidade. O serviço é impecável. O quarto tem ainda um ambiente de estar, com sofá, poltrona e mesa de centro. Ótimo para noites em que a gente deseja ficar mais recolhido, tomar um vinho no quarto, ouvir música, fazer um lanche, descansar. O fato é que toda a ambientação do apartamento proporciona essa sensação de bem-estar e relax, com uma iluminação ótima, que oferece diferentes opções de luminosidade. Para quem gosta de agito, o rooftop do hotel ofere-
ADOREI VISITAR UM A UM OS ÍCONES DA CIDADE MAIS ICÔNICA DO MUNDO. VER A ESTÁTUA DA LIBERDADE DE PERTO É ESPETACULAR, AINDA MAIS QUE SE CHEGA LÁ DE BARCO, APRECIANDO VISTAS LINDAS DE MANHATTAN
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O SKYLINE DE MANHATTAN É SEMPRE UMA BELA VISÃO. O CENTRAL PARK É PROGRAMA OBRIGATÓRIO E SE DER PARA PASSEAR DE BARCO NÃO HESITE: VALE A PENA! ce o que há de melhor: dois bares bem badalados, uma vista linda para o entorno e o Empire State Building, um público jovem, bem-vestido, animado. Nas sextas e sábados à noite forma-se uma fila na frente do hotel, pois os dois bares da cobertura são realmente bem disputados. Hóspedes têm preferência para subir ao topo e não precisam enfrentar a fila, claro. Ah, é também na cobertura que fica a piscina do Gansevoort, um local agradabilíssimo e que merece ser visitado. Parte dela fica ao ar livre e parte dentro de uma área coberta, onde há espreguiçadeiras e poltronas muito convidativas. Nos arredores do hotel, mais conforto: na esquina da rua 29 de um lado há um Starbucks, de outro um Bread & Butter (misto de café, delicatessen, confeitaria, restaurante e minimercado que foi o nosso ponto de partida em várias manhãs de caminhada pela cidade). Na rua 28 tem uma estação de metrô, o que torna os deslocamentos facílimos. E na mesma 28, esquina com a Lexinton, alguns restaurantes indianos bem típicos, que valem a visita. Também escutei ótimas referências ao Aselina, restaurante que fica no térreo do Gansevoort e oferece culinária italiana.
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O METRÔ Não há por que usar outro meio de transporte em New York. O metrô funciona tão bem, é tão prático e tão barato que não há razão para gastar dinheiro com táxis. A não ser, é claro, nos momentos em que você estiver carregado de malas. De resto, circule à vontade pelo tub, de dia ou à noite, pois o metrô é seguro mesmo durante a madrugada. Ah, e é claro: se você vai passar alguns dias na cidade e pretende se locomover bastante, não fique nos tickets avulsos, compre um passe para vários dias, que é mais barato e mais prático. NEW YORK CITY PASS Como o meu projeto era turistar em New York, optei por comprar um New York City Pass, uma espécie de kit de passeios turísticos na cidade, que inclui aquele básico imperdível: Estátua da Liberdade (só a visita externa, para entrar na estátua é preciso comprar outro ticket, e com antecedência) e Ellis Island, Empire State Building, Top of the Rock (alto do Rockfeller Center), Memorial e Museu do 11 de Setembro, Museu de História Natural,
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CURTIMOS A HIGH LINE AO ENTARDECER, APROVEITANDO OS ÚLTIMOS RAIOS DE SOL. PASSEAR NO PARQUE SUSPENSO É UM DOS MELHORES PROGRAMAS DE NEW YORK Metropolitan Museum, Museu Gugenheim, Cruzeiros da Circle Line. Museu Intrépido do Mar, Ar e Espaço. Você pode escolher 6 atrações dessa lista, sendo que no Empire State Building pode subir duas vezes: de dia e à noite. Achei prático o sistema do City Pass. E, com certeza, fica bem mais barato do que comprar os ingressos avulsos para todas essas atrações e ainda garante o privilégio de entrar nas filas mais curtas.
O QUE EU MAIS AMEI Nosso melhor passeio em New York foi muito simples. No final da tarde, de metrô, fomos até o bairro Chelsea, para acessar a High Line. Passamos em um café, compramos aqueles copos grandes de cappuccino e fomos curtir o pôr do sol na High Line. Primeiro, uma voltinha de reconhecimento do lugar. Depois paramos e escolhemos um banco para curtir tranquilamente o final do dia, o calorzinho gostoso do sol, as lindas vistas da cidade e do rio. Assim como nós, um monte de gente fazia a mesma coisa. A High Line foi concebida para isso mesmo: é um parque suspenso, tem plantas, bancos, espreguiçadeiras e até pequenas “arquibancadas” instaladas em pontos estratégicos para você observar lugares legais da cidade ou simplesmente se deixar ficar. Depois da High Line, fomos a pé até o Chelsea Market. Ponto alto da viagem, esse misto de mercado
e complexo de restaurantes é um dos lugares mais interessantes de New York. Sabia que encontraria um lugar bacana, mas não imaginava que seria tão especial. O ambiente em si já é uma atração: antes de ser transformado em mercado e complexo gastronômico, o Chelsea Market foi uma fábrica de biscoitos. E lá estão as estruturas de ferro originais, paredes de tijolos aparentes, detalhes preservados da edificação. É uma delícia ir descobrindo cada recanto e cada uma das inúmeras opções gastronômicas. Soube que o restaurante italiano é ótimo e fiquei absolutamente encantada com o mercado de frutos do mar, cujo bar de sushi é disputadíssimo. Um balcão com bancos altos reúne adeptos dos sanduíches especiais da casa, recheados com salmão, caranguejo, lagosta ou o que você escolher. Também adorei o minimercado, cheio de produtos de alta qualidade. O bistrô tailandês exalava aromas deliciosos, o mexicano também me pareceu saboroso, quase sucumbi aos cookies da Wish e aos minidonuts fritos na hora de uma pequena loja instalada num dos cantinhos do complexo... O Chelsea Market é bastante frequentado pelos turistas, mas o público local está lá em peso. Fomos no comecinho da noite, tomamos uns cálices de vinho e curtimos a movimentação do lugar, que já estava bem cheio. Fiquei com pena de não ter tido chance de voltar, pois esse lugar justifica diversas visitas.
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NO CHELSEA MARKET O MERCADO DE FRUTOS DO MAR É UM DOS DESTAQUES, MAS HÁ MUITAS ATRAÇÕES
OS “TEM QUE IR” EATALY: não se pode ir a NY sem dar uma passadinha no Eataly. Complexo de especialidades gastronômicas italianas, o Eataly engloba mercado, bazar de utensílios e objetos decorativos, padaria, café, sorveteria, bares e restaurantes. É programa para muitas horas, e para repetir muitas vezes. Quem curte cozinhar e quem curte comer vai adorar esse local, cheio de opções de restaurantes e de comidinhas rápidas, além de produtos italianos de alta qualidade e de todos os insumos e ingredientes para preparar refeições gloriosas. Os nova-iorquinos frequentam muito, assim como os turistas. Jantei no restaurante de massas e sentei ao lado de duas israelenses moradoras de NY, que me disseram ter o costume de passar por lá pelo menos uma vez por semana. O restaurante de peixes estava lotado, o bar de antepastos e vinhos idem. Mas a espera por uma mesa ou por um lugar no balcão é agradabilíssima: você fica percorrendo os corredores e apreciando os produtos, e sempre acha alguma coisa pra comprar. Após o jantar, fomos ao balcão dos “gelatos” e provamos dois sabores de sorvete, ambos deliciosos. Em seguida, um expresso bem italiano. Uma ótima ideia é comprar pães, frios, um vinho e ou-
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tros quitutes e fazer um piquenique num dos parques da cidade. Será um dos piqueniques mais deliciosos da sua vida, com certeza.
BALTHAZAR: esse já é um clássico. Incrível como o Balthazar se mantém há anos no topo, sempre cheio, sempre badalado, tanto no almoço como no jantar. Reservas são obrigatórias. No Balthazar você vai comer bem (a cozinha, de inspiração francesa, é bem gostosa), desfrutar de um ambiente ótimo e curtir o agito da clientela, que mescla turistas e nova-iorquinos. O salmão é uma boa pedida, assim como os steaks. Dizem que as ostras são ótimas, eu nunca provei. Para a sobremesa, sugiro os profiteroles. CHOTE NAWAB: restaurante indiano na Lexington Avenue, um dentre muitos instalados nessa espécie de quadrilátero da Índia em NY. Escolhemos este porque estava cheio (o que é sempre um bom sinal) e nos pareceu o ambiente mais acolhedor. Foi uma aposta certeira. Comida excelente, atendimento gentilíssimo. Recebemos explicações sobre todos os pratos, o garçom nos trouxe provinhas de coisas bem típicas, sugeriu bebidas e foi muito cuidadoso ao recomendar o “nível” de pimen-
O RESTAURANTE BALTHAZAR SE MANTÉM UM SUCESSO HÁ MUITOS ANOS. ERA COOL, VIROU UM CLÁSSICO
ta que deveríamos solicitar. O cardápio inclui umas 8 opções diferentes de pães, que sempre acompanham os pratos e são deliciosos. Mesmo tendo optado pelo mínimo de primenta possível, saímos de lá com as bocas anestesiadas e a gostosa sensação de ter descoberto um lugar excelente que não consta nos guias e sites oficiais.
DEAN & DELUCCA: a loja do Soho é a mais legal de todas, repleta de coisas gostosas para comer ali mesmo ou para levar para casa, além de lindos utensílios de cozinha e de ingredientes capazes de tornar qualquer receita merecedora de uma estrela Michelan. Azeites, pães, frios, verduras, chocolates... tudo no Dean & Delucca parece especial e apetitoso. Parece e é. O café da loja vive lotado. MADISON SQUARE GARDEN – Fui assistir a um jogo de basquete entre o NY Knicks e o Boston Celtics. Adorei o programa! O estádio/arena é um espetáculo em si: bem localizado, de fácil acesso, muito funcional e organizado (a multidão entra e sai sem tumulto algum), muito confortável e com inúmeras opções de lanches, bebidas, etc. Outro ponto alto é a disposição dos assentos e dos acessos a cada setor. Você acha o seu lugar com facilida-
de e, melhor ainda, consegue uma ótima visão do jogo mesmo sem pagar pelos ingressos mais caros. Quanto ao jogo, é muito divertido. Música o tempo inteiro, telões que mostram em detalhes o que acontece na quadra, flashes divertidos do público, atrações extras nos intervalos, cheerleaders em performances impecáveis, astros do esporte dando entrevistas... enfim, é um programa completo e muito alto-astral. Interessante também para observar o comportamento do público norte-americano nessas ocasiões. Vale até como estudo antropológico!
VISTA NOTURNA DO EMPIRE STATE BUILDING – Meu projeto “turistando em NY” incluiu duas visitas ao topo do Empire State Building, uma diurna e uma noturna. Me impressionei mais com a vista da cidade à noite, que realmente é linda. De dia preferi a vista do Top of the Rock, pela possibilidade de ver melhor o Central Park. Na noite em que fiz a visita, na área fechada do terraço, um saxofonista tocava jazz, o que tornou o programa ainda mais divertido. Ah, fui no final de março e ainda estava extremamente frio em NY. No inverno é preciso se agasalhar muito bem, caso contrário você não conseguirá permanecer mais do que alguns segundos do lado de fora do terraço.
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Viagem
ROUGE
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ROUGE, A KIMPTOM HOTEL: 1315 16th St. NW, Washington DC, DC 20036. Faixa de preço: R$384 – R$1126 (com base nas tarifas médias de quartos standard, fonte: trip advisor). www.rougehotel.com
ROW NYC HOTEL: 700 8th Avenue, New York, NY 1003. Faixa de preço: R$516 - R$1473 (com base nas tarifas médias de quartos standard, fonte: trip advisor). www.rownyc.com
RESTAURANTE OYAMEL COCINA MEXICANA: 401 7th Street NW, Washington, DC 20004 I (202) 6281005. www.oyamel.com
GANSEVOORT HOTEL: 420 Park Avenue South, New York, NY 10016. Faixa de preço: R$988 - R$2632 (com base nas tarifas médias de quartos standard, fonte: trip advisor). www.gansevoorthotelgroup.com
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RESTAURANTE BALTHAZAR: 80 Spring St, Nova York, NY 10012 – soho. www.balthazarny.com RESTAURANTE CHOTE NAWAB: 115 Lexinton Avenue, New York, ny 10016. www.chotenawabnyc.com lgarcia@diariodebordo.tur.br l
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Equilíbrio C H E R R I N E
C A R D O S O
É HORA DE AMAR
Nesta coluna, a última de 2015, eu quero falar sobre amor. Na verdade, sobre a arte de amar. Tivemos um ano bem difícil! Foram momentos de tensão, de ataques, de descaso; em suma provocado pelo próprio homem, em maior ou menor grau. Pelas diferenças, pelo racismo, pelo preconceito, pela ganância, pelo egoísmo. Todas atitudes que somente o ser humano tem. Animais tidos como irracionais nunca provocariam as barbáries e falcatruas que acompanhamos ao longo deste ano todo. Amam incondicionalmente e não deixam espaço para sentimentos e ações ruins. Entregam-se, protegem, cuidam. Quantos vídeos pipocaram pelas redes sociais mostrando a doçura de bichos de espécie diferentes, se protegendo, se amando, sendo amigos? Certamente, só por eu mencionar isso, você já se lembrou de alguns. Bom seria se pudéssemos ver somente esses e não nos deixar contagiar pelas dezenas de outros que trazem as situações ruins. Mas meu objetivo não é recordar os ruins. Na verdade, eu quero lembrar a importância do amor. Não aquele que soltamos da boca pra fora muitas vezes, pronunciando esta palavra tão importante, mas com pouco cuidado. E sim o amor que temos que preservar, alimentar e estimular todos os dias entre os que estão conosco nesta jornada. E ficou mais fácil entender a importância deste sentimento ao ver duas campanhas publicitárias sendo vinculadas agora, para as festividades de fim de ano. Uma estrangeira, em que um senhor de idade se vê sozinho e praticamente esquecido pela sua família, bem nas festas de Natal. Certamente, não há sentimento mais difícil a enfrentar do que o da solidão. Seres humanos, por mais individualistas que sejam ou se tornem, não sabem ser 100% felizes solitários. E há uma diferença entre ser sozinho e sentir-se solitário. O senhorzinho da propaganda só conseguiu unir os seus familiares quando enviou um cartão de anúncio de seu próprio
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enterro. Só desta forma pôde rever seus filhos e netos. Todos os compartilhamentos que pude acompanhar diziam: “Difícil evitar as lágrimas”. Foi mesmo! Amar requer atenção. E é aquele que aparentemente menos parece precisar dela que é o que mais necessita. E a outra campanha é a de um casal de idosos também. No entanto, a propaganda começa com um senhor falando sobre o amor que sente pela sua esposa. De como lembra dela ao sentir o aroma de um perfume. De como é sortudo por estar ao lado da mulher mais linda do mundo. E diz saber o que é o amor verdadeiro! De sentir que o tempo passou apenas para ele, pois ela segue linda e irradiante como quando se conheceram, de como as pessoas os acompanham com os olhos por onde passam, sentindo o exalar deste sentimento. Quem não deseja um amor assim? É tão bom poder demonstrar àquele que está ao seu lado a importância de sua presença. É tão gostoso compartilhar dias e horas ao lado de quem realmente importa. É simples e fácil fazer alguém feliz, basta apenas querer. Quando se faz o outro feliz, dobra-se a sua própria felicidade. Ainda que 2015 tenha sido de muitas coisas pesadas, tristes, pessoas com falsos interesses ao próximo, com muito mais intenção de beneficiar a si mesmas, de desastres naturais, de desastres não naturais, de pessoas sentindo, sofrendo, de pessoas precisando fugir, dependendo da compaixão do outro, é o momento de TRANSFORMAR! Transformar a atitude, a forma de pensar, de agir, de sentir, de se relacionar, a forma de amar! Para 2016, que a palavra de ordem seja AMOR.
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O sabor e o saber F E R N A N D O
LO K S C H I N
MODOS À MESA
Ao abdicar ao trono e se refugiar em Londres em 1821, Louis Phillipe I – o avô do Conde D’Eu – afirmou que a política britânica era menos brutal que a francesa por ser exercida após as refeições. Ele mesmo sobrevivera a sete atentados, e seu pai, Duque de Orleans, morreu guilhotinado pela revolução que apoiara com entusiasmo. Fiel às tradições da ‘margem nobre’ do Canal da Mancha, Churchill preferia reunir seu Gabinete depois e não antes do jantar. O alimento, ao contrário do jejum, promove a concórdia, induz à fraternidade – mesmo a comida inglesa. O estômago cheio fomenta o amor ao próximo. É difícil brigar de barriga cheia. Trata-se de um fenômeno natural; a fome aguça a agressividade, estímulo a predação, mas até o leão amansa enquanto digere a gazela. Como escreveu deliciosamente J. Jerome em 1889, “um jantar deixa o homem sisudo mais alegre e o esnobe de bigode esquece-se de mostrar sua antipatia”. Apetite satisfeito, humor satisfeito. A palavra comer agrega o prefixo ‘com’ a raiz ed, ‘ingerir’ (como em edível e o I. eat), a enfatizar o com-e(d)r como algo que se faz com o outro. Os gregos chamavam de monofago o comedor solitário, um pervertido. Comer só era uma forma de degredo. Dos insetos aos primatas, os animais sociais comem reunidos. Não há individualismo no formigueiro; passada boca a boca, cada formiga recebe a mesma dieta e detém exatamente o mesmo estado nutricional. E os bugios, ao dividirem alimento e comportamento, dividem ritmos biológicos: a colônia come, evacua e ovula ao mesmo tempo. Algo parecido ocorria nos internatos vitorianos onde as meninas sincronizavam dietas, rotinas e menstruações. Pão e vinho fazem a comunhão. Para Carlyle, a alma, tal o estômago, se expandiria com o alimento. Conforme o Manual dos Gulosos (1803), a Lei do Silêncio dos Frades Cartuxos era mais penosa no refeitório, “teriam preferido a frugalidade do ermitão à mesa esplendorosa, mas com liberdade de conversar”. Na cena mais bonita do filme O Jantar (1998), de Ettore
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Scola, a proprietária instrui o garçom a dar especial atenção ao cliente solitário – o bistrô será seu comensal. Melhor só que mal acompanhado. Ao entrar num restaurante, um amigo foi recepcionado com um exagero de amabilidade tal que se viu reagindo: “Eu vim jantar, e não fazer amigos!”. Provavelmente teria se resignado ao carinho caricato do maître se não estivesse faminto. Diz-me o que comes e te direi quem és. Somos todos o que, quando, quanto, onde, como, com quem e quem nós e nossos ancestrais comeram. O comer define o grupo social, pode até dar o nome: esquimó quer dizer ‘comedor de carne crua’, moicano é o ‘comedor de quem tem espírito’, ou seja, de gente. A dieta emblemática do Brasil é a louvada mandioca e gente – a carcaça de prisioneiros com espírito. Hans Staden foi poupado do tacape graças a seu pavor: os tupinambás não comiam covardes, só guerreiros. Não há sociedade sem normas alimentares. No leste da África é ofensivo receber o alimento com uma das mãos – o respeito exige as duas. Já o muçulmano só leva a mão direita à boca, a esquerda, impura, serve à abertura oposta. O coreano sente na gorjeta uma ofensa, o tailandês ouve no arroto um elogio, o chinês vê no prato vazio um pedido de repetição. Comer define valores e escolhas. Sentar à mesa e dividir a vitela e vinho é diferente de tragar um hambúrguer abduzido do deep freezer ao deep fryier na companhia do celular e automóvel. Os gauleses se decidiam pela guerra num banquete, comemoravam a paz noutro. É universal: nascimento, acasalamento e morte, encontros e despedidas, tudo é marcado por comida e bebida. Parece que não havendo comida não há o momento. Foram sábios os luso-ibéricos ao adotarem a palavra mesa quando a vizinhança come numa ‘tábua’ (It. tavola, I. e F. table). A mesa nasceu sagrada: mensa era o altar onde os gregos depositavam oferendas (originalmente à lua, G. mene). Não surpreende que ‘gostar’ invoque o gosto do alimen-
to e que ‘saber’ nasça de sabor. A civilização é um subproduto da barriga cheia. Autor de um belo texto de gastronomia, Salvador Dalí afirmou que ‘ou a beleza é comestível ou não é beleza’. O surrealista fazia eco a Epicuro: “A fonte e a raiz do bom é o prazer do estômago: todas as regras sábias e tolas são auferidas por este parâmetro”, e ainda “o bom só é entendido na comparação ao prazer do alimento.” O filósofo sugeria viver tal um convidado dos deuses num jantar: “servido peixe ou doçura, não critique, aceite”. Todo alimento é metáfora. Pepino é um problema antigo. Aristóteles comparava a existência com o pepino, mais amargo nas extremidades, enquanto Marco Aurélio meditava: “se achar o pepino azedo, simplesmente jogue fora – não fique questionando por que os males acontecem”. Conforme Platão – ‘prato grande’, pelo tamanho da testa – , a refeição serve para minorar os destemperamentos, o vinho a dissolver e enxaguar tristezas. Seu mentor, Sócrates, gostava tanto de jantar como de filosofar e tinha por hábito caminhar em frente sua casa. Perguntado a razão, dizia estar antegozando o prazer da ceia. Era comum que batesse à porta de alguém com a justificativa: “Não requer convite para o homem de bem jantar na casa de outro homem de bem”. Mas Sócrates, que costumava andar descalço, chegava com sandálias nos pés. A mesa exige respeito, certo grau de deferência. A vida examinada inclui a mesa examinada. Muitos filósofos e poetas deram tratos à mesa – há muito de profundo no superficial, muito de superficial no profundo. Hesíodo (Séc. VII A.C.) advertia não cortar as unhas na refeição e sugeria convidar quem mora próximo, “pois quando algo ruim acontece, os vizinhos acorrem, os parentes não”. A toxicidade da conversa intelectual à mesa foi abordada por Plutarco (Séc. I D.C.): o prazer fica difícil, a ressaca, fácil. Política e religião são temas indigestos. E o ‘não se fala em corda em casa de enforcado’ é um provérbio tão antigo como a forca. Contemporâneo de Plutarco e primeiro intelectual cristão, Clemente de Alexandria pregava: não se incline sobre a comida protegendo-a como fazem os animais, arrote
A MESA É DESFRUTE E NÃO CONSTRANGIMENTO. O MAIS IMPORTANTE NO JANTAR É A COMPANHIA
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OS ANIMAIS SOCIAIS COMEM REUNIDOS. MODOS NA MESA EXPRESSAM MODOS NA VIDA com discrição, não assoe o nariz com violência, não palite os dentes até sangrar. Passados mil e quinhentos anos, Erasmo, um erudito da Reforma, publicou o De Civilatate (1530), a bíblia da etiqueta: lave as mãos e limpe as unhas antes de comer; afaste pensamentos ruins, evite entristecer a si e aos outros; falar de boca cheia é feio e perigoso – pode engasgar; a cadeira não é de balanço, deixe o cotovelo fora da mesa e o guardanapo no ombro esquerdo; não limpe os dedos na boca ou na toalha; não roa ossos como os cães. E mais: jamais passe a faca nos dentes, e sim gravetos, penas e ossos; dentes são armas não mostradas à mesa, se der uma risada incontrolável cubra a boca com a mão ou guardanapo. As imagens de Erasmo são curiosas: comensais de idiomas diversos ficam confusos como os hebreus em Babel, quem pede água fresca bebe água fervendo. Os cursos de um jantar são como atos de uma peça teatral. A mesa é posta com estratégia afim à do exército em batalha. Com idosos, fale do passado, com viajantes, das terras distantes, com militares, dos combates – ‘perigos superados são sempre prazerosos...’. Nos textos do Séc. XIX, o fundamento da mesa é a companhia (L. com panis) e não a comida, dão como contraponto ao formalismo a amabilidade. Repetem que Napoleão foi derrotado em Leipzig por comer depressa – sua úlcera agravada (daí a mão na barriga). Advertem não levantar o prato até a boca e não soprar a sopa. Ensinam minorar adversidades, ‘se achar um verme na salada, deixe de lado sem fazer alarde’. A refeição rejeita afetação. No Guia dos Esnobes (1846), comer ervilhas com a faca foi a grave causa do rompimento de Tackeray com o amigo que lhe emprestara dinheiro e lhe salvara a vida! Por outro lado, ‘outro esnobe, um militar insuportável’ foi afugentado pelo autor com uma diminuta arma branca: “bastou usar o garfo como palito...”. Zombarias à parte, é Erasmo quem dá o melhor conselho: “A essência das boas maneiras consiste em abonar os deslizes, desfrutar da companhia mesmo se os comportamentos forem diversos.” A mesa não tolera um único conviva constrangido.
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Quando Felipe da Macedônia (Séc. IV A.C.) se abrigou num castelo junto a uma comitiva para a qual seu hospedeiro não estava preparado, fez saber aos seus que os apetites deveriam ser reservados para uma sobremesa especial. Todos comeram comedidamente e houve comida para todos. E na recepção da Rainha Vitória ao Xá da Pérsia, quando o homenageado, em vez de lavar as mãos, bebeu a água de lavanda trazida à mesa, a rainha prontamente imitou o gesto. Nos costumes há o que permanece e o que muda. No Floresta Negra, lendário restaurante de Porto Alegre, os menus, como os toaletes, eram separados por gênero: o feminino não mostrava preços. A dama fazia o pedido sem levar a conta em conta. O ‘quarto de hora de Rabelais’, a espera entre o fim do jantar e o pagamento, era uma ansiedade só do cavalheiro. O sommelier (na origem, ‘cuidador das bestas de carga’, F. somme) não mais esfrega a rolha no nariz alheio nem se dirige ao homem para que prove o vinho. Ou solicita um voluntário ou, melhor, democratiza o teste, fazendo com que todos experimentem. Só a falta de respeito é intolerável. O fio da faca não é voltado ao comensal do lado. Há quem ironize o posicionamento do celular à mesa, à direita ou à esquerda do prato? Vi o maître do Babbo de Nova Iorque advertir uma jovem que, o rosto maquiado de molho, jantava teclando o celular: “Não ofenda o carinho com que este spaguetti foi preparado, escolha entre a minha comida e seu celular”. Elegância deriva de eleger, fazer a escolha certa. Termino com o jantar do partido conservador inglês onde Churchill, o político correto politicamente incorreto, ao flagrar um convidado escondendo um saleiro no bolso, prontamente embolsou o pimenteiro. Na despedida, mostrou ao convidado o que tinha no bolso sussurando: “Fomos descobertos, melhor devolvermos”. Modos na mesa expressam modos na vida. Feliz do país onde quem rouba não governa, quem governa não rouba. FERNANDO LOKSCHIN É MÉDICO E GOURMET fernando@vanet.com.br
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CUIDADO COM O FLORAL. Estampas mignon em floral dão um toque um tanto retrô ao estilo masculino e podem envelhecer você ou deixá-lo com um ar “naftalina”… Pois é… Se você gosta de uma estampa floral, sugiro apostar em CAMISETAS COM BERMUDAS bem esportivas. Nada de usar floral em peças clássicas, ok?
OUSADIAS E IDEIAS PARA O GUARDA-ROUPA MASCULINO Vamos falar de tendências de moda para o homem no verão 2016? Nesta época, as duas perguntas que mais escuto: “O que posso aproveitar do meu atual guarda-roupa e que está moderno?” ou “No que devo investir e que está na moda para atualizar meu visual?”. Para o homem de estilo tradicional, que adora ou precisa de um guarda-roupa com muitos ternos clássicos, atemporais, as tendências atuais apontam para um relaxamento neste visual “tão eterno”. Há uma espécie de movimento das maiores e melhores grifes mundiais para um convite a um toque de urbanização e esportificação do clássico. E isto se traduz em muitas peças em seda, inúmeros itens em couro perfurado, microestampas e peças híbridas. Para os homens de estilos mais básicos e casuais, a
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tendência é ousar nas cores e nas misturas de estampas: floral e listrados estão em alta. Combinações que podem ajudar a alongar uma silhueta mais gordinha ou expandir os muito magros. As barras das calças estão mais curtas para esta tribo. Calçados sem meia são outro detalhe. Aliás, o estilo “sem meia”, com os calcanhares aparecendo, com barra da calça dobrada, calça cropped ou jogger é quase “uniforme”. Já para os homens mais modernos e ousados a dica é continuar investindo em alguns itens que já emplacaram nos melhores guarda-roupas masculinos da Europa e EUA neste último verão: o tom vermelho – que é considerado “a” cor para renovar looks masculinos, assim como o estilo navy, com suas listras horizontais e a combinação jeans com jeans.
A COMBINAÇÃO JEANS COM JEANS pode e deve invadir o guarda-roupa clássico. Que tal um terno de corte impecável todo em jeans, sem ser estonado e em cor escura? Eis uma ótima ideia para quem é MODERNO E PRECISA ESTAR NA BECA. Neste caso, abuse de belas camisas sociais e sempre sem gravata. Definitivamente, gravata nunca combina com jeans, ok?
DECOTE OMBRO A OMBRO nunca valoriza quem tem pescoço curto ou ombros caídos e redondos. Se o decote ombro a ombro for ARREMATADO POR BABADOS, ele se torna inadequado a quem tem muito busto ou está acima do peso
SILHUETAS DE FORMATO TRIÂNGULO ou quem tem quadril largo devem evitar babados na região abaixo da cintura, bem como blusas com MANGAS EM BABADOS, que também criam volume nada adequado à região do quadril
Quer RENOVAR E DESCONTRAIR O ESTILO de um vestido cocktail para usá-lo em festas de final de ano? Experimente combiná-lo com uma jaqueta jeans. O HI-LO CONTINUA EM ALTA
TENDÊNCIA FORTÍSSIMA: BABADOS DE TODOS OS JEITOS Babado forte!! A semana de moda de Paris, em setembro de 2015, foi categórica ao anunciar a moda feminina do verão 2016: sai o bordado e entra o babado. É um tal de reinventar o sex appel da mulher. Você já deve estar notando esta tendência também nas principais grifes nacionais. Mas afinal, quem pode aderir? Pois é… Hoje em dia, a moda serve apenas como uma mera sugestão. Inspirações daqui e dali que irão fazer você ajustá-las (ou não!) ao seu estilo pessoal, estilo de vida e silhueta. Se você gosta de parecer mignon, esqueça os babados. Eles sempre oferecem a ilusão de mais volume ao seu corpo. Também quem quer evitar chamar a atenção para a passagem do tempo deve esquecê-los – principalmente próximo ao rosto em decotes. Infelizmente os babados costumam envelhecer peles e aparências já cansadas, ainda que pareçam justamente oferecer um estilo arejado, com movimento, despojado e glamouroso. Preste bem atenção ao vesti-los. Bem, mas para quem ama babados e não está nem aí para o fato de eles transformarem o corpo e marcarem o tempo,
vamos às principais novidades do que a moda internacional sugere. No desfile de John Galliano, os babados vieram acompanhados de brilhos e transparências, em peças bem festivas e joviais. Já Alexander McQueen trouxe babados aplicando-os em vestidos ultrarromânticos de perfume vintage. Interessantes inspirações para looks festas 2016. Já para quem pretende aderir à tendência de forma mais suave, com apenas um toque de babado, a dica vem de Giambattista Valli – que apresentou opções discretas, usando babados apenas em acabamentos para minissaias de petit pois ou em longos vestidos bohos com decotes ombro a ombro. Já o grande Elie Saab mesclou glamourosos vestidos de festas – o seu forte – com jovens cocktail dresses repletos de babados, onde jaquetas esportivas e moderninhas quebravam o tom ultrarromântico das peças. Lavin e Sonia Rykiel – dois nomes chiquérrimos da moda internacional – apostaram em peças com pequenos detalhes de babados nas mangas, em laços e amarrações em barras, de maneira nada óbvia e autoral.
ROBERTA COLTRO É CONSULTORA DE MODA, ESTILO E COMPORTAMENTO
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mulheres que amamos
DA ESTILO ZAFFARI. A ÚLTIMA DE 2015. E PARA FINALIZAR O ANO E A REVISTA COM ELEGÂNCIA, INTELIGÊNCIA, FORÇA E DELICADEZA, AQUI ESTÁ A SEÇÃO MULHERES QUE AMAMOS! COMO VOCÊ DEVE LEMBRAR, PEGAMOS ESSE NOME “EMPRESTADO” DA REVISTA PLAYBOY, POIS NENHUMA OUTRA NOMENCLATURA PODERIA TRADUZIR MELHOR O CONTEÚDO DAS PÁGINAS QUE VOCÊ VAI LER A SEGUIR. AQUI REUNIMOS MULHERES ADMIRÁVEIS, NOTÁVEIS, INTERESSANTES, INDISPENSÁVEIS. MULHERES QUE REALMENTE DESPERTAM E MERECEM O NOSSO AMOR. NESTA EDIÇÃO, DESTACAMOS TRÊS MARAVILHOSAS MULHERES: ELIANA AZEREDO, OLINDA ALLESSANDRINI E THEREZINHA CAUDURO HARB. UM VIVA PARA ELAS E PARA 2016!
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ELIANA AZEREDO
Fundadora e diretora da Capacità Eventos, a empresária Eliana Azeredo é um furacão. Decidida e inquieta, celebra o bom momento de sua empresa, que acabou de completar 20 anos. Seu perfil de líder foi lapidado ainda na adolescência: primogênita de uma grande família italiana, cuidava dos sete irmãos, cozinhava e mantinha a casa organizada para que os pais trabalhassem. Nascida em Passo Fundo, aos 20 anos mudou-se para Porto Alegre e, por acaso, conseguiu um emprego na área de eventos. Não demorou para descobrir seu talento nato para a coisa e, desde lá, não parou mais. Com mais de 30 anos de estrada, a workaholic assumida ainda se emociona e sente um friozinho na barriga a cada trabalho. Fascinada por cada etapa, do planejamento à execução, dedica-se inteiramente a todos os eventos que produz. Se engana quem acha que sua rotina é puro glamour: os bastidores da empresa exigem trabalho árduo, com longas jornadas e muitas viagens. Ela ainda encara o desafio constante de empreender no Brasil, com altos impostos e muita burocracia. Mesmo com os obstáculos, Eliana é otimista em relação ao futuro e sente-se agradecida por trabalhar com o que ama: “Meu trabalho me proporciona muitas alegrias, entre elas a possibilidade de conhecer novos lugares. Já produzi eventos em Davos, Paris e em todo o território brasileiro”. Na intimidade, seus prazeres são simples: gosta de viajar e comer fora com o marido, Ibanês, e com a filha Fernanda. Embora goste muito de gastronomia, se arrisca pouco na cozinha: “Faço um belo arroz com galinha, mas o chef da casa é meu marido, especialista em risoto”. Sua alma é festeira e o que a faz feliz é reunir pessoas. Não abre mão de promover, a cada Natal, o encontro de cerca de 60 familiares. Gosta de movimento, animação e agito. Adora dançar e é apaixonada por Carnaval. Fã da Portela, já desfilou sete vezes na Sapucaí – e já garantiu seu lugar na avenida no samba em 2016. Eliana é alegre, impecável e bela como os eventos que produz. POR ANA GUERRA, JORNALISTA
FOTO: NILTON SANTOLIN
CHEGOU AO FIM MAIS UMA LINDA EDIÇÃO
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FOTO: DIVULGAÇÃO
OLINDA ALLESSANDRINI Cores. Foi por meio delas que a pianista Olinda Allessandrini iniciou, com apenas 4 anos, a compor uma brilhante carreira. Em Caxias do Sul, onde nasceu, sua primeira professora de música, Juliana Lamb, associava cada nota na partitura a uma cor. Assim, se a sonoridade do instrumento já encantava a pequena artista em formação, o dó-ré-mi-fá em arco-íris passou a fazer parte de sua vida em tom de “agora é para sempre”. A curiosidade pelo dedilhar, no entanto, começou ainda mais cedo. “Minha mãe estudava piano e eu adorava ouvi-la tocar. Lá em casa, o piano ficava sempre aberto, a gente tinha livre acesso”, lembra Olinda, que frequentou a Escola de Belas Artes até os 16 anos, graduando-se em Piano pela Universidade de Caxias do Sul. Após, cursou Virtuosidade no Instituto de Artes da UFRGS e recebeu medalha de ouro, um dos inúmeros reconhecimentos conquistados em sua trajetória. Entre os mais importantes estão os primeiros lugares nos concursos nacionais de piano “Lorenzo Fernandez”, no Rio de Janeiro, e da Universidade Católica de Salvador, na Bahia. Neste segundo, arrebatou o público com a interpretação da Sonata em Si Menor, de Liszt, e ganhou o prêmio especial de Melhor Intérprete de Liszt. No Rio Grande do Sul já soma três troféus do Prêmio Açorianos como Destaque Especial em Música Erudita; e em 2010 recebeu da Assembleia Legislativa e da Federasul o Prêmio Líderes e Vencedores, como Expressão Cultural. Entusiasta, Olinda vai bem além do aprofundamento na técnica e performance ao piano. Ela quer compreender a música radiografando o contexto
das suas origens, tanto autorais quanto sociais. A pesquisa, portanto, é uma constante em sua rotina. E os resultados geram resgates históricos preciosos, que ela generosamente compartilha em belíssimos projetos. São tantas as frentes em prol da música às quais ela se dedica que tentar resumi-las faria com que me sentisse em dívida. Assim, melhor falar das últimas novidades, como o recém-lançado DVD Pampiano, com direção de Caio Amon, que convida o espectador a um passeio em que a música erudita visita o folclore do Pampa. “Estou muito feliz com este trabalho. O Caio uniu o requinte de uma sala de concerto às raízes de nossa cultura pampeana”, comemora Olinda. Este ano, após um longo hiato de tempo, a pianista dá voz e volume à sua dedicação ao constante estudo e ao respeito pela criação musical e retorna à Rádio da Universidade. Desde outubro, todas as quintas-feiras, das 15h às 16h, Olinda proporciona, ao vivo, uma verdadeira aula sobre o mundo musical erudito brasileiro e das Américas. Para homenagear os compositores em pauta e os ouvintes, sempre interpreta uma peça no piano do estúdio. E quem não pode ouvir no horário original não precisa se preocupar, pois o Programa Olinda Allessandrini fica disponível no site (www.radio.ufrgs.br) por uma semana. Então, sintonize, em ondas AM ou cibernéticas, acomode-se e entregue-se w esta experiência de música contada. Quem narra é aquela mesma menina que descobriu seu talento brincando com o arco-íris. POR DÓRIS FIALCOFF, JORNALISTA
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THEREZINHA CAUDURO HARB
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da confeitaria, pois logo é requisitada pelos vários amigos e clientes que lá circulam. Ao dar conta de suas múltiplas tarefas, atrai a admiração daqueles que a conhecem. Fazer as compras necessárias, substituir algum funcionário em sua função, orientar e mesmo preparar salgados e doces oferecidos aos clientes é parte de sua rotina. Inquieta, mantém planos e desejos para os próximos anos, entre os quais o de continuar viajando e andar de moto. Na carona, espero! Assistir a um jogo de futebol em um estádio foi um de seus sonhos realizados recentemente. Faz questão de comemorar cada aniversário reunindo a família por um fim de semana. Esse é o maior e melhor presente que poderia receber. Ela, como ninguém, soube ao longo de sua vida ser esposa, mãe, empresária e uma avó muito presente. Com uma vontade incrível de viver e essa energia inesgotável, Therezinha é um grande exemplo para todos nós. POR SUZANA PORCELLO SCHILLING, HISTORIADORA
FOTO: DIVULGAÇÃO
Atualmente, mulheres que se destacam pelo trabalho que fazem são valorizadas e tem suas histórias relatadas em programas de entrevistas, jornais, revistas. Mas o que dizer de uma mulher de 87 anos que continua ativa em sua profissão, além de colecionar amigos e admiradores? Essa pessoa querida é Therezinha Yolanda Cauduro Harb. Mãe de uma grande amiga que partiu prematuramente, ela foi me conquistando a medida em que eu a conhecia melhor. Exemplo de mulher forte, guerreira, antenada e alinhada com as novas tecnologias. Sempre querendo aprender mais e disposta a compartilhar os conhecimentos adquiridos, muitos intuitivamente. Tem como filosofia de vida e característica marcante o fato de se reinventar diariamente. Faz disso sua força motriz, para enfrentar os desafios que a vida lhe impôs. Pode ser encontrada, diariamente, em seu local de trabalho: a tradicional Confeitaria Maomé, que ajudou a fundar há quase 40 anos. Comandando, atuando e produzindo, é uma figura querida no bairro Bom Fim. Impossível sentar com ela para conversar em uma das mesas
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Palavra LU Í S
AU G U S TO
F I S C H E R
CARREGAR O MUNDO NAS COSTAS
Exatos cem anos atrás, vinha ao mundo impressa uma das histórias mais impressionantes que se pode conceber – e que pouca gente ousaria escrever. Começa assim: “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso”. O ambiente e o clima são bem familiares a qualquer um: acordar depois de sonhos intranquilos, sentir-se estranho nessa hora, isso é coisa que qualquer um viveu e vive. Certo, não é nada normal o cara se perceber transformado num inseto monstruoso. (Estou citando a tradução de Modesto Carone para a editora Companhia das Letras.) Mas não é bem assim que faz a melhor arte, distorcer para acentuar os conteúdos de verdade? Estamos lembrando da mundialmente famosa novela (de umas 80 páginas) de Franz Kafka chamada A metamorfose. Lançado em 1915, o livro nunca mais parou de ser lido – nem de incomodar os leitores, e até mesmo os não leitores, que dele ficam sabendo por tabela. Não há quem passe indiferente pela história. Gregor Samsa era um cara normalzinho, como o prezado leitor e eu, e sem aviso tem sua vida prejudicada de modo insuportável. “Viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas”; dele saíam “numerosas pernas, lastimavelmente finas em comparação com o volume do resto do corpo”. Sim, pode bem ser uma barata, pela descrição. Parte da força da literatura kafkiana se deve a uma vasta e imprecisa sensação de culpa, justamente aquela culpa mais pesada, a culpa não se sabe de quê, nem por quê. Culpa por ter feito algo, por ter deixado de fazer algo, por haver sonhado, por tudo isso ou por nada disso. Culpa em aberto, culpa sem tamanho nem forma. Não é que eu queira esculhambar o final de ano de quem lê. Pelo contrário, gostaria de saudar a cada um para desejar ótimo ano novo, toda uma nova e sorridente fase. Mas olha, cá pra nós, não tá fácil. Daí que a lembrança
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desse clássico centenário vem bem a calhar. Lê-lo nos faz pessoas melhores, apesar de tudo, ou contra tudo. As sensações terríveis que vive nosso Gregor Samsa talvez, no fim das contas, até aliviem a carga que levamos sobre os ombros, carga que ao final de cada ano fica visível justamente pela simbologia da mudança e renovação implicada nas festas natalinas. E foi pensando nisso, nessa fase do ano, que lembrei de sugerir ao caro leitor que não deixe de experimentar essa leitura – de preferência combinada com outra, muito diferente; uma leitura capaz de nos aliviar aquela carga, transformá-la em algo ameno, compreensível, suportável. Estou me referindo a Tomo conta do mundo, livro de crônicas de alta qualidade literária e, não menos, de grande valor (psic)analítico. O subtítulo do livro ajuda a entender de que se trata: Conficções de uma psicanalista, que se chama Diana Corso (editora Arquipélago). Já se vê que a Diana gostou da brincadeira da palavra que usou, misturando confissão e ficção, duas modalidades de relato que, se têm diferenças, guardam também um parentesco importante. O livro recolhe textos antes esparsos em jornais e revistas Brasil afora, num conjunto agradável de ler, e sempre inteligente e agudo. Manias de cada um, problemas que todos têm e não sabem como lidar, rotina diária, tristezas e alegrias em sucessão aleatória – a vida, em suma, do jeitinho como ela se apresenta, tudo isso entra na conta de seu texto. Ao final do livro, temos um belo e alentado ensaio sobre Virginia Woolf, a imensa escritora inglesa, uma das inventoras da escrita feminina moderna. O ensaio comenta sua obra abrindo várias portas para a leitura. Vai fazer bem ler. O Kafka e a Diana, os dois! LUÍS AUGUSTO FISCHER, PROFESSOR DE LITERATURA E ESCRITOR
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