NOSSA
Escola Informativo da Secretaria da Educação do Estado da Bahia
Ano IV
Nº15 Agosto/Dezembro de 2011
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL BENEFICIA MAIS DE 50 MIL JOVENS E TRABALHADORES NA BAHIA Mais de 50 mil jovens e trabalhadores estão matriculados na rede estadual de Educação Profissional da Bahia. Um avanço superior a 1.100% em relação a 2006. Hoje, são 72 cursos técnicos de nível médio ofertados, gratuitamente, em 50 centros e 89 unidades escolares distribuídos por todos os Territórios de Identidade. A Educação Profissional desponta como uma grande oportunidade para jovens e trabalhadores baianos se prepararem para uma inserção cidadã na vida social e no mundo do trabalho.
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Educação Profissional prepara jo M ais de 50 mil jovens e trabalhadores estão matriculados na Rede de Educação Profissional da Bahia, o que significa um aumento superior a 1.100 % da oferta de vagas nos últimos quatro anos. Em 2011, os estudantes já têm acesso gratuito a 72 cursos ofertados em 28 Centros Territoriais, 22 Centros Estaduais e 89 unidades de ensino da rede estadual distribuídos em todos os Territórios de Identidade. O Estado investe na formação e qualificação profissional de jovens e trabalhadores para que se beneficiem do desenvolvimento socioeconômico e ambiental da Bahia e tenham uma inserção social e cidadã no mundo do trabalho. A perspectiva é a de que os futuros técnicos contribuam para o desenvolvimento da Bahia marcado, por exemplo, por grandes empreendimentos, como Porto Sul, Ferrovia de Integração Oeste-Leste e Copa do Mundo 2014. A oferta de cursos ocorreu de acordo com as necessidades por qualificação e formação profissional nos Territórios de Identidade, apontadas por diferentes atores sociais e no Plano Plurianual Participativo do Governo da Bahia. Assim, os jovens e trabalhadores fazem cursos que atendem às demandas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental das cadeias produtivas e arranjos socioprodutivos locais, tendo muito mais chances de inserção no mundo do trabalho nos seus locais de origem. Parte integrante de um projeto que visa, dentre outras coisas, o fortalecimento e a qualidade da escola pública e garantir a todos os estudantes o direito de aprender, a Educação Profissional está vinculada aos 10 compromissos do programa Todos pela Escola. A Rede de Educação Profissional da Bahia tem a meta de chegar a 84 mil vagas em 2014.
Trabalho como princípio educativo O trabalho é um princípio educativo. Isso quer dizer que prepara os jovens e trabalhadores para o mundo do trabalho, prepara-os para atender às demandas socioeconômicas e ambientais do Estado da Bahia, conduzindo-os à compreensão da ciência, da técnica e da sua implicação para a sociedade. O estudante torna-se uma pessoa e um cidadão pleno, um sujeito de direitos, capaz de intervir no mundo do trabalho e na sociedade.
Intervenção social
Territorialização
Na Educação Profissional da Bahia, a intervenção social é princípio pedagógico. Possibilita que o estudante aprenda os conteúdos e práticas em situações reais e contribui para a sua formação integral, fazendo com que compreenda a dimensão social da futura profissão. Com isso, permite que o estudante dê um retorno social, aplicando seus conhecimentos e habilidades nos Territórios de Identidade onde vive.
A territorialização da Educação Profissional é uma estratégia de interiorização e inclusão dos estudantes e trabalhadores e faz parte da política de divisão territorial do Estado e do atendimento às demandas do Plano Plurianual Participativo. A expansão por territórios é baseada na criação de Centros Territoriais de Educação Profissional. Com essa estratégia, os jovens e trabalhadores são preparados para trabalhar em seus municípios, em seus territórios, não precisando mais migrar em busca de oportunidades em outras regiões.
Currículo
Expediente
Na Educação Profissional da Bahia, a matriz curricular contempla a construção de conhecimentos, valores e habilidades utilizando para isto a Base Nacional Comum (disciplinas das áreas de conhecimento Linguagens, Ciências Exatas e Naturais, e Ciências Humanas). O que se pretende com isso é garantir a Formação Técnica Específica (disciplinas de caráter técnico, específicas para cada curso), mediados pela Formação Técnica Geral (disciplinas fundamentais para a compreensão e atuação no mundo do trabalho). Também articula teoria e prática, ciência, tecnologia e sociedade, e os saberes acadêmicos e os construídos na vida e no trabalho. A perspectiva é levar o estudante à compreensão do mundo do trabalho em geral e dos aspectos relacionados com as ocupações específicas, apropriação das ferramentas e práticas básicas das ocupações. Além disso, instrumentaliza os estudantes para a construção permanente do bem-estar e da autonomia no trabalho. Informativo produzido pela Assessoria de Comunicação da Secretaria da Educação da Bahia Contato: (71) 3115-9026 | nossaescola@educacao.ba.gov.br Coordenação e edição: Shirley Pinheiro (DRT 836) Design e editoração: Juliana Serva | Fotos: Claudionor Jr. e arquivo Secom Texto: Cláudia Oliveira | Revisão de texto: Lucília Coimbra
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jovens para o mundo do trabalho A
Educação Profissional é parte estratégica do desenvolvimento da Bahia, estando vinculada às demandas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental nos Territórios de Identidade, cadeias produtivas e arranjos socioprodutivos locais. Expressa dois direitos fundamentais do cidadão: o direito à educação e o direito ao trabalho. Objetiva a formação integral, envolvendo a formação profissional de jovens e trabalhadores. Além disso, está articulada às diferentes formas de educação, trabalho, ciência e tecnologia. Está voltada, também, ao permanente desenvolvimento da capacidade dos estudantes de adaptar-se, com criatividade e inovação, às novas condições das ocupações e às exigências posteriores de aperfeiçoamento e de especialização profissional.
A quem se destina • Egressos da rede pública de educação • Trabalhadores/as com ensino médio e fundamental incompletos e jovens egressos do ensino médio público • Populações excluídas, como quilombolas, povos indígenas, agricultores/as familiares, trabalhadores/as domésticos/as e apenados • Em todos os cursos, são desenvolvidas ações que impeçam a discriminação de raça/etnia e de gênero, e que permitam a inclusão de pessoas com deficiência
Formas de Articulação
Matrículas de Educação Profissional na Rede Estadual 2007 - 2011.2
50.498
Matrículas por forma de articulação 2011.1
Educação Profissional Integrada (EPI) - contempla cursos técnicos integrados ao ensino médio que duram quatro anos e são voltados para quem terminou o ensino fundamental. Subsequente (Prosub) - os cursos técnicos são direcionados para quem já concluiu o ensino médio e volta à escola para fazer a formação profissional. Duram de um ano e meio a dois anos, dependendo do eixo tecnológico e ocupação a que eles se destinam. Proeja Médio (Educação de Jovens e Adultos) - Integra Educação Profissional de nível técnico ou Formação Inicial e Continuada (FIC) com elevação da escolaridade aos níveis fundamental e médio. Duram de dois a três anos, dependendo do eixo tecnológico e ocupação a que eles se destinam. Proeja Fundamental - a Educação Profissional está integrada ao ensino fundamental, possibilitando a elevação da escolaridade com qualificação social e profissional. É voltado a jovens e adultos trabalhadores/ as de 18 a 29 anos e tem a duração de dois anos.
Eixos tecnológicos 2011.1
Quadro evolutivo da Educação Profissional da Bahia 2007 2011.2 Matrículas 4.016 50.498 Centros Estaduais de Educação Profissional 0 22 Centros Territoriais de Educação Profissional 0 28 Escolas com Educação Profissional 34 89 Cursos 15 72 Municípios 22 105 Territórios beneficiados 14 26
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“Pra gente que é do Nordeste de Amaralina, que já passou por dificuldade no atendimento, por conhecer a realidade da comunidade, não tem nada que nos deixe mais felizes do que poder ajudar as pessoas” Jamine Ribeiro, 17, do 2º ano do Técnico em Enfermagem na modalidade Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Colégio Estadual Carlos Correa de Menezes Sant´Anna
“O curso alia teoria e prática. Em atividade recente, nós, estudantes do curso, assumimos o cardápio do Centro. Colocamos em prática o que aprendemos nas aulas teóricas: a técnicas de corte, o método de cozinhar, a organização e planejamento de cardápio, a importância da higiene na manipulação dos alimentos. Comecei o curso pela curiosidade. Agora, quero seguir carreira nesta área e aprofundar meus estudos” Solange Ferreira, 40, estudante do curso Técnico em Cozinha, do Centro Estadual de Educação Profissional em Serviços e Processos Industriais Irmã Dulce (CEEP Irmã Dulce), em Simões Filho
“Sabemos que nossa qualidade de vida depende de atitudes conscientes. Hoje tenho mais consciência do quanto é importante colocar em prática o que aprendi e aprendo no curso em benefício da comunidade onde moro” Márcia Ferraz, 37, estudante do Curso Técnico em Meio Ambiente, do Centro Territorial de Educação Profissional de Itaparica (CETEP Itaparica), em Paulo Afonso
“Esse curso técnico já mudou bastante minha vida. Meu irmão também faz logística, tá trabalhando. Foi por causa dele que me interessei. Tô fazendo estágio no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Nós dois já estamos ajudando minha mãe, com as despesas de casa, melhorias para convivência. Tudo melhorou bastante, já comprei computador. Cada dia, eu gosto mais do meu curso” Jair Nascimento Brito, 16, 3° ano do Técnico em Logística do CEEP Luiz Pinto de Carvalho
“Eu sinto uma alegria imensa porque a comunidade está alegre. Sou da comunidade e fico orgulhoso de fazer esse curso e poder ajudar as pessoas” Carlos David, 22, estudante do Técnico em Enfermagem na modalidade Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do Colégio Estadual Carlos Correa de Menezes Sant´Anna
Educação Profissional enriquece o currículo do ensino médio Em mais uma ação da Educação Profissional vinculada ao Todos pela Escola, a Secretaria da Educação do Estado traça novas estratégias para consolidar e ampliar a oferta de educação integral na rede pública estadual, por meio da educação profissional. Uma das novidades é a oferta de cursos técnicos de nível médio no chamado contraturno do ensino médio. O contraturno visa articular educação básica com a educação profissional, na perspectiva da educação integral. Isto significa ofertar qualificação social e profissional aos estudantes do terceiro ano que já cursaram parte significativa das disciplinas do ensino médio, ampliando a carga horária dos mesmos no ambiente escolar, em horário diferente do turno letivo convencional em que estudam as disciplinas da base nacional comum. Desta forma, a rede de Educação Profissional oferecerá qualificação e orientação social e profissional aos jovens,
promovendo a interação dos Centros de Educação Profissional com as Escolas de Educação Básica, sem dispersão de recursos, otimizando o uso dos laboratórios e equipamentos. A experiência do contraturno já está sendo desenvolvida no Colégio Estadual Santo Antônio das Queimadas, no distrito de Riacho da Onça, município de Queimadas. No contraturno, estudantes do 3º ano do ensino médio, estão fazendo o curso do arco ocupacional Agroextrativismo. A agricultora familiar Valdinete da Silva é uma das beneficiadas. “O curso está me proporcionando um leque de conhecimentos, espero que outras pessoas possam aprender também, pois hoje eu trabalho com frango de corte, ovino, vaca de leite e algumas cabras. Tales, meu filho, sempre fala pro pai que é preciso cortar o umbigo dos borreguinhos e que devemos cuidar dos animais com carinho para eles não ficarem estressados. Estamos confiantes de aumentar nosso lucro”, comemora.
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