FAQ - cursos pofissionais - EPA - Carvalhais

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CURSOS PROFISSIONAIS

Tudo o que sempre quis saber …

Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais/Mirandela


FICHA TÉCNICA

TÍTULO CURSOS PROFISSIONAIS

AUTORES Amílcar Lourenço Ana Arminda Azevedo Carla Carneiro Carla Moreno Gil de Sá João Ribeiro Lúcia Dias Luís Monteiro Lurdes Pinto Manuel Taveira Margarida Seixas Mário Pereira Miguel Portugal Nelson Pontes Rafael Ferreira Rosa Santos Sérgio Casado Susana Santos

SUPERVISÃO CIENTÍFICA Luísa Orvalho DATA fevereiro de 2016

@EPA Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais/Mirandela Apartado 70 5370 - 081 Carvalhais


Prefácio Prefácio ao referencial de sensibilização à Estrutura Modular 1 Curos Profissionais nas Escolas Profissionais

Neste livro, em formato digital, espera-se que encontre as respostas que procura às questões

mais

características

frequentes distintivas

sobre do

as

modelo

educativo e formativo, de nível secundário, dos cursos profissionais e quando a decisão é, optar ou não, pelos cursos profissionais oferecidos pela EPA de CarvalhaisMirandela. Esta edição está organizada em três capítulos: o primeiro especialmente dirigida às questões dos alunos, dos encarregados de educação e da comunidade em geral; o segundo às empresas, instituições de acolhimento da formação em contexto de trabalho e às entidades empregadoras; e o terceiro capítulo aos professores e formandos. Para ser professor(a) / formador(a) nos cursos profissionais das escolas profissionais é necessário compreender qual é a identidade do Ensino Profissional, reconhecer as suas características próprias, o que o distingue de qualquer outra oferta de nível secundário de educação, consagrada na Lei de Bases do Sistema Educativo Português, os princípios enquadradores do ensino-aprendizagem

e

avaliação,

do

trabalho

de

planificação

e

desenvolvimento curricular da equipa de professores e formadores, do saber 1

Luísa Orvalho Consultora do SAME|FEP-Católica Porto e Coordenadora do eixo “ Valorização do Ensino profissional”


ao saber agir, da génese das escolas profissionais em Portugal e, em especial a da EPA- Carvalhais, dos novos papéis reservados aos alunos, aos encarregados de educação, às associações socioprofissionais, empresariais e sindicais, ao Estado e à comunidade. Do exercício responsável da autonomia da escola, ao papel regulador e catalisador do Estado, até à criação de sinergias da comunidade local, regional, nacional e internacional, resultará um projeto formativo de jovens profissionais do futuro, mais consentâneo com as exigências da sociedade da Informação e do Conhecimento. O processo de ensino-aprendizagem, nos cursos profissionais, exige novas formas de ensinar, de fazer aprender e avaliar, outro “ofício de professor” e outro “ofício do aluno”. Só uma formação atualizada e contínua dos professores, um trabalho de investigação-ação contextualizada e centrada na escola e uma reflexão permanente da equipa pedagógica pode garantir que cada aluno aprenda até ao seu máximo potencial, sem deixar “módulos em atraso”. O que é a estrutura modular? Sendo uma modalidade de ensino e formação, que confere tripla certificação: nível 4 de Qualificação do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ); nível 4 de Qualificação do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) e Certificação de Educação Escolar de 12º ano, como é que em cada módulo, de cada disciplina das componentes sociocultural e científica, ou em cada UFCD da componente técnica se faz a gestão das competências, das atitudes e não só dos conhecimentos? O que significa que o desenvolvimento curricular é aberto, flexível e integrado? Como operacionalizar a aprendizagem por projetos integrados ligados aos contextos reais da vida e da área profissional? Como gerir os diferentes ritmos de progressão e o apoio personalizado dos alunos, dentro da sala de aula? Como levar os alunos a fazer a autorregulação das suas aprendizagens


em vez de ser o professor a fazer apenas a classificação dos alunos usando os testes e as fichas? Como organizar o trabalho escolar das equipas pedagógicas de cada curso de forma colaborativa? Como construir respostas formativas à diferença dos alunos? Como operacionalizar as técnicas de diferenciação pedagógica e a diversificação de estratégias de ensino para que todos os alunos aprendam? Ser aluno nos cursos profissionais exige outra postura, outra atitude, outra autonomia e responsabilidade, outra participação e forma ativa de resolver problemas e de usar as novas ferramentas digitais do século XXI. Compromisso, comprometimento, autoconfiança, trabalho em equipa, curiosidade, alegria, paixão, são alguns dos ingredientes para se ser professor e aluno no Ensino Profissional. Sem empresas ou organizações enquadradoras da formação em contexto de trabalho (FCT) não é possível formar técnicos altamente qualificados. As empresas são parceiras de formação e a comunidade tem deveres acrescidos, para que a educação seja integral e sustentável e contribua para o desenvolvimento da região onde a escola profissional se insere. Algumas sugestões para que os professores possam preparar melhor os alunos dos cursos profissionais: 1) Procure usar representações variadas, como diagramas, representações numéricas e matemáticas, simulações, para chegar às diferentes inteligências múltiplas e perfis de aprendizagem dos alunos; 2) Encoraje uma postura questionadora e proporcione momentos em que os alunos possam expor o que sabem, alunos calados na sala de aula não aprendem; 3) Incentive os alunos a participarem de desafios; neste processo, seja um facilitador, dê feedback e faça os compreender os seus próprios processos de aprendizagem;


4) Ensine dando exemplos, citando casos; use, por exemplo, modelos de passo a passo explicando cada etapa; 5) Prime pela motivação dos alunos, escolhendo temas que se conectem com as suas paixões e interesses; incentive-os a resolver problemas, preste atenção na evolução de seus conhecimentos, muito mais que em suas notas; 6) Use avaliações formativas é monitorizado continuamente.

em

que

o

aluno

À questão primeira: Como responder de forma eficaz às diferentes necessidades, interesses e capacidades dos alunos nos cursos profissionais? Promover, segundo Francisco Gutérrez (1996, p. 36), é “facilitar, acompanhar, possibilitar, recuperar, dar lugar, compartilhar, inquietar, problematizar, relacionar, reconhecer, envolver, comunicar, expressar, comprometer, entusiasmar, apaixonar, amar”, é neste sentido que espero que encontre inspiração neste referencial, cujo objetivo é sensibilizar todos os atores envolvidos na formação, para a aplicação da Estrutura Modular nos cursos profissionais, e assim em conjunto, construirmos a escola do século XXI que queremos!


Índice

Alunos, encarregados de educação e comunidade em geral .................................1 Entidades Empregadoras........................................................................................8 Professores e Formadores....................................................................................11


Alunos, encarregados de educação e comunidade em geral 1 - Onde posso encontrar a EPA de Carvalhais/Mirandela? A EPA-Carvalhais fica localizada na freguesia de Carvalhais, zona urbana e concelho de Mirandela, distrito de Bragança, junto à A4, servida por transportes públicos diários. Localização georreferenciada: 41°30’37.49’’ N; 7°09’36.22’’ W 2 - Como posso inscrever-me? Utilizando a ficha de inscrição online disponível no site da escola, www.epacarvalhais.com, por telefone (278201010 / 939042002) ou dirigindo-se à secretaria da escola. 3 - Que elementos são necessários para efetuar a minha candidatura? Apenas o preenchimento da ficha de pré-inscrição. Após a seleção serão solicitadas informações complementares. 4 - Pagam-se propinas? Não. O ensino é gratuito. Estes cursos são financiados pelo POCH. 5 - Tenho acesso a subsídios? Sim. Os cursos são financiados pelo POCH, nomeadamente alimentação, alojamento ou transporte, visitas de estudo, estágios, livros e material escolar. 6 - Sendo um aluno deslocado da sua área de residência, tenho direito a alojamento gratuito? Sim. Alojando-se fora da escola, o aluno é subsidiado. Na escola há alojamento, com pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar, gratuitos.

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7 - Ao estudar na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais, estou abrangido por algum seguro? Sim. A escola oferece um seguro de acidentes pessoais, válido em contexto escolar e de estágio, assim como de percurso da sua residência habitual para e de a escola. 8 - Que tipo de instalações tem a EPA? Para além do habitual em qualquer escola pública, como auditório, biblioteca e sala de TIC, a EPA possui ainda núcleos de alojamento para alunas e alunos, separadamente, uma exploração agropecuária com 57 ha, com vinha, olival, pomares, pastagens, estufas, hortícolas, centro hípico, capril, ovil e oficinas tecnológicas, como lagar de azeite, adega e lagar de vinho, queijaria, minimercado, oficina de mecânica/mecatrónica, eletricidade/energias renováveis, mecanização agrícola e parque de máquinas com 10 tratores e variados equipamentos. 9 - Ao frequentar a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais/Mirandela, a que projetos/eventos poderei ter acesso? Estágios e visitas gratuitas nacionais e internacionais, Desporto Escolar, Concursos de Empreendedorismo, Parlamento dos Jovens, Semana do Desenvolvimento Rural e do Empreendedorismo, entre outros. 10 - O que a escola disponibiliza aos pais e/ou encarregados de educação? A escola faculta uma parcela de terreno para a instalação de uma horta familiar e um Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional, onde poderão ver reconhecidas e certificadas as suas competências, e ainda conferências e palestras, reuniões técnicas do seu interesse. 11 - O que são os cursos profissionais? Os Cursos Profissionais são um dos percursos do nível secundário de educação, de dupla certificação, escolar e profissional, caracterizados por 2


uma forte ligação ao mundo profissional, com aprendizagens que valorizam o desenvolvimento de competências para um dado perfil profissional, permitindo o prosseguimento de estudos. Mais informações aqui 12 - Qual o tipo de formação proporcionada nos cursos profissionais? Estes cursos assentam numa formação integral dos jovens, valorizadora de competências para a vida e para o mundo do trabalho, no século XXI, compreendendo componentes de formação sociocultural, científica, tecnológica e prática, em parceria com empresas e outras entidades do tecido económico local e regional, nacional e europeu. 13 - Qual a duração dos cursos profissionais? Cursos de formação profissional, de 3 anos letivos, para o nível IV (conferem equivalência escolar ao 12º ano), e de dois anos letivos para o nível II (conferem equivalência ao 9º ano). 14 – O que se entende por cursos de Nível II e IV? - Nível II: Jovens que tenham concluído pelo menos o 6º ano de escolaridade e procurem uma via profissionalizante, com certificação escolar e profissional. - Nível IV: Jovens que tenham concluído pelo menos o 9º ano de escolaridade ou equivalente e procurem uma via profissionalizante, com certificação escolar e profissional. Nivel II de qualificação – 3.º ciclo do ensino básico, com certificação escolar e profissional. Nível IV de qualificação - Ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação (cursos profissionais, cursos de aprendizagem, cursos de educação e formação ou cursos artísticos-especializados no domínio das artes visuais ou audiovisuais) ou ensino secundário vocacionado para o prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional de um mínimo de 6 meses. Mais informações em http://www.forum.pt/parceiros/espaco-anqep/7712

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15 - Um aluno que não tenha realizado exames nacionais de 9º ano pode matricular-se no 10º ano de um Curso Profissional? Sim, pode. Os Cursos Profissionais destinam-se a jovens com o 9.º ano de escolaridade ou formação equivalente, mesmo não tendo realizado os exames nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática do 9.º ano. 16 - Um aluno com o 12.º ano de escolaridade completo pode matricular-se num curso profissional? Sim, desde que não tenha 20 anos de idade, (de acordo com a legislação atual). 17 - Um aluno que tenha frequentado o ensino secundário de prosseguimento de estudos e pretenda mudar para um curso profissional tem equivalências? Sim. Existe a possibilidade de equivalências nas disciplinas das componentes científicas e sociocultural. 18 - Se um aluno de um Curso Profissional não realizar um determinado módulo de uma disciplina, pode continuar a frequentar e obter aprovação nos módulos seguintes dessa disciplina? A título excecional sim. Nesse caso, a escola desencadeia mecanismos de apoio que permitam ao aluno a recuperação de aprendizagens, de acordo com as suas necessidades e ritmos de aprendizagem. 19 - O aluno poderá fazer a melhoria de classificações dos módulos? Sim, mediante a realização de uma prova de avaliação modular extraordinária. 20 - O que é a FCT? A formação em contexto de trabalho (FCT) visa a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para a qualificação profissional a adquirir, que se realiza numa 4


empresa/instituição de acolhimento, orientada por um professor da escola, que complementa as aprendizagens que o aluno foi desenvolvendo na escola, tendo assim o primeiro contacto com o mundo real do trabalho. 21 - O que é a PAP? A Prova de Aptidão Profissional (PAP) é um projeto, apresentada no final do curso, perante um júri tripartido, em que o aluno demonstra os saberes e as competências desenvolvidas, ao longo da formação. 22 - Qual o limite de faltas nos cursos profissionais? Os alunos não podem ter mais de 10% de faltas injustificadas aos módulos das diferentes disciplinas, e 5% na Formação em Contexto de Trabalho. As faltas justificadas podem ser recuperadas. 23 - Quando é que um aluno obtém o diploma final de um curso profissional? Quando obtém aprovação em todos os módulos de todas as disciplinas, incluindo na FCT e na PAP. O diploma confere certificado escolar equivalente ao 12º ano e certificado de qualificação profissional de nível IV, do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ). 24 - Qual a certificação atribuída? Uma dupla certificação - certificação escolar de 12º ano de escolaridade e uma certificação profissional, de nível IV (União Europeia), que permite a livre circulação do trabalhador no espaço europeu. 25 - Qual a vantagem em obter um curso profissional na EPA? Para além de oferecer uma dupla certificação : - Certificação escolar, o 12.º ano; - Certificação profissional (apto para exercer mais rapidamente uma profissão de caráter técnico, num contexto de falta de profissionais 5


especializados), oferece ainda oficinas tecnológicas modernamente equipadas e projetos nacionais e internacionais reconhecidos a nível europeu. 26 - Se interromper o percurso escolar posso regressar? Sim, se na escola ainda estiver em funcionamento o curso profissional. Neste caso faz-se a integração do aluno acionando-se os meios de prosseguimento de estudos. 27 - Como se processa a inserção na vida ativa? O modelo de formação e certificação adquirido nos cursos profissionais da EPA facilita a inserção na vida ativa, com reconhecimento tanto a nível nacional como internacional. 28 - Depois de acabar o curso, existe acompanhamento aos diplomados? Sim. A EPA dispõe de um Gabinete de Inserção Profissional (GIP), gip.epa@gmail.com, que acompanha a inserção dos diplomados no mercado de trabalho, nos primeiros anos da vida ativa, fornecendo informação às empresas sobre o perfil dos diplomados. Além disso, a Associação dos Amigos da Escola, nos seus encontros anuais, possibilita também trocas de experiências profissionais e contactos com potenciais empregadores.

29 – Se interromper um percurso de educação e formação profissional em determinado período, posso retomá-lo na Europa? Sim, através de pedido de equivalências em vigor em cada país ou através do sistema europeu de créditos – ECVET. Mais informações aqui

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30 – O que é o ECVET? É um sistema europeu que permite ao cidadão prosseguir no seu percurso de aprendizagem, num quadro de mobilidade a partir dos resultados da aprendizagem.

31 – O ensino profissional é dual? Sim. A EPA reconhece, para os seus cursos profissionais, as empresas e outras entidades do mercado de trabalho como um espaço de formação onde se desenvolvem em contexto real de trabalho aprendizagens significativas. A formação na EPA é consideração dual pela alternância entre formação em escola e na empresa.

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Entidades Empregadoras 1 - Qual a vantagem em ter um colaborador diplomado com um curso profissional? A garantia de possuir competências técnicas e transversais adequadas ao exigente e competitivo mundo do trabalho atual. 2 - A escola colabora com as forças vivas da região? Para além do trabalho com as autarquias locais, a EPA tem uma vasta rede de parceiros com trabalho profícuo em diferentes níveis, tais como a DRAPN, CAP, UTAD, IPB, Instituto Piaget, ANCRAS, CAPRISERRA, LEICRAS, ANCOTEQ, ACRIGA, AOTAD, APPITAD, CVRTM, Adegas Cooperativas, REFCAST, Companhia das Lezírias (Coudelaria de Alter do Chão) Centro de Saúde, GNR, Associação Industrial e Comercial de Mirandela, Santa Casa da Misericórdia, CPCJ, Serviço Regional de Segurança Social, APEPA, diversas empresas privadas e outros. 3 - O que diferencia os diplomados da EPA relativamente aos outros? Uma formação realizada num contexto muito próximo do mundo real do trabalho, orientado por um projeto educativo direcionado para o empreendedorismo, sustentabilidade social e ambiental. 4 - Que profissões regulamentadas nas áreas da agricultura e das florestas pode oferecer a EPA? A EPA é uma entidade formadora competente reconhecida para ministrar os cursos que oferece. Nas áreas da agricultura e das florestas as profissões regulamentadas são: aplicador de produtos fitofarmacêuticos, aplicador especializado de produtos fitofarmacêuticos, enólogo, formador de operador de máquinas agrícolas, formador em micologia, inspector de campos de multiplicação de plantas, inspector de equipamentos de aplicação de produtos fitofarmacêuticos, técnico de amostragem de sementes, técnico de 8


micologia, técnico em modo de produção biológico, técnico em produção integrada e técnico em protecção integrada. Ver Portaria n.º 90, 30 de Março de 2012. 5 - Quais as competências que distinguem os diplomados da EPA? Responsabilidade, envolvimento, capacidade de trabalho em equipa, domínio das novas tecnologias, autonomia, disponibilidade para a aprendizagem ao longo da vida, inovação, capacidade de adaptação a novas situações, resiliência e capacidade crítica. 6 - Como posso candidatar-me a receber alunos em FCT na modalidade de Estágio? Deve manifestar essa intenção junto da escola (geral@epacarvalhais.com) ou diretamente no GIP (gip.epa@gmail.com). 7 – A FCT tem custos para a empresa? Não. São apenas estabelecidos, em parceria com a empresa, o plano/roteiro de formação e o protocolo. O aluno tem um seguro. 8 – A escola está aberta à assinatura de mais protocolos de parceria? Sim. Desde que sejam relevantes em termos de qualificantes e vão ao encontro do projeto educativo da escola. 9- Um estagiário pode desenvolver a sua FCT numa empresa com delegação no estrangeiro? Sim, desde que cumpra o plano de estágio acordado. Perspectivamos estágios na: Eslovénia, Turquia, Escócia, Itália, Espanha e França. XXX indicar os países

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10- Quem avalia a FCT? De acordo com o regulamento da FCT, o Monitor da empresa de acolhimento faz uma avaliação qualitativa em articulação com o professor orientador da escola. O conselho de turma ratifica a classificação proposta pelo professor orientador. 11 - Como posso contactar diplomados da EPA? Através do Gabinete de Inserção Profissional (GIP) da EPA ou qualquer outro contacto disponível.

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Professores e Formadores 1 - O que é a estrutura modular (EM)? A EM é um modelo de organização curricular de ensino profissional em que os saberes, que constituem um curso de formação, são apresentados através de um conjunto de módulos de aprendizagem, flexíveis e com implicações ao nível da cultura organizacional das práticas pedagógicas assentes em princípios psicopedagógicos estruturantes. Estas unidades de aprendizagem autónomas e significativas permitem a aquisição, de forma diferenciada, de um conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes. Mais informações aqui 2 - O que são módulos de aprendizagem? Os módulos são componentes significativas do currículo, completos em si mesmos e simultaneamente interligados, fazendo parte de um todo cuja estrutura interna permite sequências alternativas, percursos flexíveis, que permitem ritmos de progressão mais diferenciados e personalizados. 3 – Quais as características diferenciadoras da EM? A flexibilidade, a coerência interna, a progressão diferenciada dos alunos no plano de estudos, avaliação modular com significado essencialmente formativo. 4 – Que tipo de processo ensino-aprendizagem prevalece na EPA? Privilegiam-se situações personalizadas de aprendizagem, sem esquecer as potencialidades das aprendizagens colaborativas. O aluno não é uma abstração, mas uma Pessoa, cujas circunstâncias ou condições sociais, económicas e culturais influenciam a sua visão do mundo. As suas aprendizagens devem, por isso, ser tidas em conta no processo de ensino.

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5 – Como se organiza o ensino das aprendizagens num currículo organizado por módulos (EM)? A concretização do currículo faz-se a partir da proposta curricular base, a partir da qual a escola constrói o projeto curricular integrado no respetivo projeto educativo e que cada professor ou equipa de professores desenvolve ao realizar a planificação das atividades para o(s) grupo(s) de aluno(s), de acordo com as especificidades de cada grupo. 6- Como se processa a planificação curricular? Da planificação curricular de nível local poderão resultar macromódulos, módulos pluridisciplinares, fusão de módulos de uma mesma disciplina, a inclusão de módulos intercalares, a reorganização da sequencialidade interna dos módulos e a manutenção de módulos uni-disciplinares. Dado que os alunos têm necessidades, características e interesses muito diversos, os professores deverão optar por uma gestão diferenciada do currículo e adotar, tanto quanto possível, uma metodologia de aprendizagem baseada em projetos integradores, para favorecer a motivação e dar sentido às aprendizagens. 7 – O que é uma gestão diferenciada do currículo? Trata-se de ensinar a todos e cada um a partir das suas necessidades, características, interesses e perfis de aprendizagem. Os professores podem diferenciar o currículo, diferenciando conteúdos, processos e produtos. 8 – O que é a aprendizagem baseada em projetos? É uma forma de gerir o currículo em que os alunos são desafiados a resolver problemas ou a fazer simulações da vida real. Possibilita uma aprendizagem que mobiliza conhecimentos de diversas áreas de modo integrado, implica uma aprendizagem direta e ativa do aluno e é ideal para dar sentido às aprendizagens, uma vez que estas acontecem em contexto de mundo real e em que os alunos se sentem mais motivados.

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9 – Que tipo de avaliação deve ser privilegiada? Numa gestão curricular que atende às necessidades, características e interesses dos alunos e que, portanto, está focada nas suas aprendizagens, com base numa avaliação diagnóstica, privilegia-se a avaliação formativa, que, enquanto avaliação para a aprendizagem, permite fazer com que os alunos adquiram competências ao nível dos conhecimentos, aptidões e atitudes, que serão objeto de uma avaliação sumativa final em cada módulo, que não pode ser inferior a 10 valores. 10 - Como se faz a progressão dos alunos? A progressão no plano de estudos realiza-se mediante a consecução de aprendizagens significativas definidas para cada módulo, macromódulo (conjunto de módulos) ou projetos integradores de módulos unidisciplinares ou pluridisciplinares, previamente definidos. A diversidade das progressões é determinada pelos ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos. Por isso, num determinado grupo de alunos o professor não pode agir como se todos estivessem no mesmo módulo, não deve expor para todos, não deve centrar o ensino no módulo ideal do programa: deve trabalhar em cada grupo, ouvir, esclarecer dúvidas, fazer breves exposições que se coadunem com os problemas do módulo em que cada grupo se encontra, fornecer materiais para um trabalho com o máximo de eficácia e autonomia. Os momentos de avaliação qualitativas, previstos na lei, devem ser considerados avaliação formativa, isto é dar ao professor indicações para que este possa definir propostas de planos de recuperação que incluam estratégias diferenciadas e diversificadas para apoiar e promover aqueles alunos que não estão a acompanhar o(s) ritmo(s) dos demais.

11 – Em suma, quais são as competências principais requeridas pelo professor /formador no ensino profissional, organizado em EM? Para gerir o currículo do ensino profissional de forma flexível, integrada e contextualizada - projetos integradores - os professores deverão: clarificar que conhecimentos, capacidades/competências, atitudes e comportamentos intelectuais e manuais os alunos devem adquirir no final dum curso, duma disciplina, dum módulo: decidir qual(ais) o(s) contributo(s) de cada uma e 13


de todas as disciplinas do plano curricular para atingir essas capacidades/competências que se pretende que cada aluno venha a adquirir no final do seu percurso; recolher evidências para avaliar o ponto de partida de cada aluno, para o ensinar em conformidade com isso, adaptando as atividades e a metodologia à realidade heterogénea da classe-turma, do grupo-turma, do grupo-alunos, do aluno. Para conseguir, com êxito, trabalhar por projetos, adotando estratégias de ensino diferenciadas e pondo em prática uma perspetiva construtivista da aprendizagem, o trabalho dos professores é muitíssimo facilitado e aumenta a qualidade da aprendizagem quando trabalham de forma colaborativa, concebendo projetos, partilhando boas práticas, recursos e materiais didáticos, bibliografia, fazendo supervisão pedagógica em vez de administrativa. Para gerir o currículo e implementar com sucesso uma pedagogia diferenciada assente num desenvolvimento de projetos integradores, o professor deve ser: - Claro e objetivo na abordagem das temáticas, metodologias, recursos e critérios de avaliação; - Mediador e decisor nas relações intra e inter pares; - Reflexivo e colaborador, trabalhando em equipa em contexto escolar; - Motivador e promotor de aprendizagens significativas; - Resiliente e autoconfiante, na relação Eu-outro; - Empreendedor e aberto à mudança na perspetiva da melhoria contínua e do conhecimento sempre inacabado; - Construtor do conhecimento e disponível, apelando a aprendizagens participativas e proativas, estruturando-as e contextualizando-as.

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Carvalhais- Mirandela 2016

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