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PELO MUNDO
Movimentações em outros países!
BALENCIAGA TROCA MODELOS POR PERSONAGENS DE “OS SIMPSONS” NA SEMANA DE MODA DE PARIS
A fim de inovar na apresentação de sua coleção Primavera/Verão 2022, a grife Balenciaga dispensou modelos profissionais durante a Semana de Moda de Paris. No lugar de um tradicional desfile na passarela montada no Theatre du Chatelet, a marca exibiu um curta-metragem com “Os Simpsons”, no qual os personagens de Springfield apresentaram as peças da nova coleção.
Na animação exclusiva, Homer enlouquece ao perceber que é o aniversário de Marge e ele não tem um presente para ela. Desesperado, ele envia um e-mail para a Balenciaga pedindo ajuda, depois de perceber o desejo de Marge por um vestido verde do estilista Demna Gvasalia. O vestido é caro demais, e Marge o devolve com um bilhete sincero. O gesto toca o designer, que resolve convidar os moradores de Springfield para desfilarem na passarela da marca em Paris.
Sobre a colaboração com “Os Simpsons”, Demna Gvasalia disse que ele mesmo procurou os produtores da série: “Eu sempre amei ‘Os Simpsons’ por toda a sua natureza irônica e ser, ao mesmo tempo, um pouco romântico e ingênuo”, comenta. Com o interesse mútuo da animação, o projeto só precisou ser um pouco mais desenvolvido para sair do papel.
Confira o curta!
Chamado de show metalinguístico pela própria marca, o evento ainda teve uma segunda parte com a transmissão de uma live no estilo tapete vermelho, pelo qual passaram personalidades de diferentes áreas, como Lewis Hamilton e Elliot Page, vestindo peças Balenciaga.
Fonte: b9
Confira o video clicando no botão
REEBOK LANÇA SEGUNDA COLEÇÃO DE “GHOSTBUSTERS”
A Reebok, em colaboração com a Sony Pictures Consumer Products, revelou uma coleção de calçados e roupas para toda a família inspirada na franquia “Ghostbusters”.
Os calçados desta segunda coleção-cápsula inspiram-se nos filmes originais, enquanto outras peças são modeladas a partir de personagens e temas que serão apresentados no filme “Ghostbusters: Afterlife”, que estreará exclusivamente nos cinemas em 19 de novembro.
A coleção é composta por quatro silhuetas da Reebok em tamanhos adultos e uma versão infantil do modelo Zig Kinetica, que se parece com Muncher – a adição luminescente mais recente do filme semelhante a Slimer – em seu design que brilha no escuro.
Outros modelos incluem o pioneiro Instapump Fury da marca, que se torna uma reminiscência do slime conforme as formas definidoras do tênis assumem o padrão de slime psico-reativo magenta vívido. A Ecto Boot segue pistas da colisão do filme entre o novo e o antigo, combinando o modelo OG Pump dos anos 80 com novos recursos utilitários, como salto de neoprene e cordões rápidos. No modelo final, o Answer IV incorpora os famosos cães Keymaster e Gatekeeper, em que o corpo de couro rachado, ilhós vermelhos e detalhes se juntam para imitar seus personagens icônicos.
Fonte: License Global e Hypebeast
GUCCI LANÇA ITEM DE PAPELARIA DE US$735
A Gucci acaba de lançar um novo item de sua linha de papelaria. Trata-se de um conjunto para 40 lápis de cor, todos presos individualmente a um rolo de tela com o monograma da marca.
O conjunto de lápis de cor da Gucci apresenta ferragens em tom dourado, um fecho de botão, acabamento feito do material Demetra, uma pulseira de listras verde e vermelha e um exterior com monograma Double G. Este conjunto de lápis feito na Itália é vendido por US$ 735 na Gucci.
Fonte: Hypebeast
OS SMURFS ESTAMPAM ÁGUAS FONT VELLA EM PORTUGAL E NA ESPANHA
Planeta Junior assinou um contrato de licenciamento entre IMPS – proprietários da licença The Smurfs – e Águas Danone para garrafas de água licenciadas Font Vella.
Com o tema das férias de verão e da volta às aulas, as garrafas de água licenciadas Font Vella estão disponíveis em toda a Espanha e em Portugal e apresentam designs individuais e de seis embalagens com personagens-chave dos Smurfs.
“Estamos muito felizes que o Planeta Junior confie em nós para levar a imagem dos Smurfs em nossas garrafas Font Vella Kids”, diz Rodrigo Liébana, chefe de marketing da Danone Waters. “Essas coleções ‘Os Smurfs’ são um exemplo do nosso compromisso em associar água potável com diversão por meio dos personagens favoritos dos pequenos, e dos não tão pequenos.”
“Foi um verdadeiro prazer trabalhar nesta colaboração entre duas marcas icônicas como The Smurfs e Danone – Font Vella, que compartilham os mesmos valores, que incluem: proteção ambiental, e trazendo felicidade”, diz Gregory Pierron, gerente de categoria, publicação e promoções da Planeta Junior. “As obras de arte personalizadas baseadas nos temas de volta às aulas e férias irão encantar os pais modernos que cresceram com os Smurfs e seus filhos.”
“The Smurfs” retornará com uma nova série animada em CGI para crianças de 5 a 10 anos, com estreia mundial em 2022.
Fonte: License Global
DISNEY CHANNEL US ADQUIRE CONTEÚDO DA ZAG
A Disney Channel US adquiriu a série de comédia de ação Ghostforce da ZAG. O desenho sobrenatural estreou no Disney XD na América do Norte, Japão e Índia. Criado e produzido por Jeremy Zag, Ghostforce (52 x 11 minutos) tem como target crianças de 6 a 10 anos de idade e apresenta uma equipe de pré-adolescentes que deve defender sua cidade de ataques macabros. Estreou pela primeira vez em agosto no TF1 da França e, desde então, foi lançado na Disney Channel na Alemanha e em Israel.
Uma linha de brinquedos para a série animada em CG da Playmates e da ZAG Lab será lançada em 2022.
Após o sucesso da Miraculous, a ZAG está focada na expansão de suas outras marcas proprietárias. Além de construir a presença de Ghostforce, a empresa recentemente vendeu a série híbrida de comédia e aventura Power Players para a China, por meio de acordos com a Tencent e a Mango TV.
Fonte: Kidscreen
Tendências, oportunidades e desafios!
Um relatório global do licensing
ALicensing International divulgou, em recente e exclusivo relatório, dados de licenciamento transformados em percepções estratégicas. Explorando as tendências, as oportunidades e os desafios enfrentados pelo negócio no futuro.
O report também inclui as perspectivas de mais de 35 executivos de licenciamento de marcas de todo o mundo sobre as lições aprendidas durante a pandemia de Covid (e como elas podem ser aplicadas no futuro), bem como suas principais questões sobre os próximos anos.
Há um ano, a Licensing International publicou os resultados de seu relatório anual, referente a 2019, que mostrava uma indústria robusta e em contínuo crescimento; com vendas no varejo e outras receitas atingindo US$ 292,8 bilhões.
A força do negócio de licenciamento é inquestionável, com empresas de todos os segmentos mostrando uma vontade criativa em adaptar o modelo de negócio a novas categorias e oportunidades. “A Covid-19 não mudou nada disso. Muito pelo contrário, destacou a capacidade das empresas de se adaptarem a novas circunstâncias que trouxeram mudanças na prática do negócio. Vivemos um ano como nenhum outro”, afirma Maura Regan, presidente da Licensing International.
Embora existam muitas referências sobre como a pandemia afetou os negócios em 2020 e na primeira parte de 2021 – incluindo algumas categorias que prosperaram neste contexto e os contínuos efeitos da crise nos negócios hoje –, o foco está no futuro. “É um convite para que os executivos analisem tais informações que afetarão o negócio a curto e longo prazo”, ressalta Marici Ferreira, CEO do EP Grupo e presidente da Abral/Licensing International.
FUTURO PRESENTE PASSADO
PRESENTE E FUTURO
Para o negócio de licenciamento – bem como para os produtos de consumo e negócios de serviços em geral –, as perspectivas são positivas. Afinal, as taxas de vacinação em muitas (se não na maioria) das principais economias ao redor o mundo está aumentando constantemente, as restrições instituídas pelos gorvenos estão sendo relaxadas, e negócios como varejo físico, cinemas, parques temáticos e atendimento presencial em eventos estão em direção à “normalidade”.
Mas a definição de “normalidade” foi redefinida em âmbitos maiores e menores e será a capacidade das empresas em reconhecê-la na prática de seus negócios o fator determinante para o sucesso.
O ritmo e a forma da recuperação continuam desiguais em torno do mundo, essencialmente em função das taxas de vacinação. A economia da China era a primeira a mostrar sinais de recuperação significativa, crescendo 18,3% (em comparação ao período do ano anterior) nos primeiros três meses de 2021, a taxa mais rápida de crescimento desde o início dos registros no início de 1990. Isso não é surpreendente, uma vez que a China entrou em bloqueio antes do resto do mundo. Por outro lado, no Japão, onde as taxas de vacinação ficaram em torno de 10% da população no final de junho, as restrições ao varejo permaneceram em vigor, e a realização dos Jogos Olímpicos foi marcada por estádios e arenas vazios.
Nos Estados Unidos, a receita de vendas no varejo em 2021 cresceu 17% até 8 de maio, de acordo com o Grupo NPD, que também apontou que esse é um salto de 18% em relação a 2019. O crescimento da economia, segundo a NDP, está diretamente relacionado ao aumento nas taxas de vacinação e à medida em que mais consumidores, bem como empresas e escolas, começam a mapear seus caminhos pós-pandêmicos.
Essa é uma recuperação mais rápida do que alguns imaginaram, conforme comentou um licenciado dos EUA no final de 2020: “Não espero que 2021 seja um ano mágico de reviravolta, acho que vai levar mais tempo para fazer as coisas voltarem ao normal. Minha maior pergunta é: quando as pessoas irão aos eventos ao vivo novamente?”. Essa pergunta foi aos poucos sendo respondida nos EUA em junho, com shows começando a ser encenados, eventos esportivos disputados na frente de multidões (embora com restrições em algumas partes do país), a plateia ao cinema aumentando lentamente e os parques temáticos reabrindo.
Já um proprietário de marca com sede nos EUA prevê uma trajetória de crescimento contínuo: “Haverá menos interrupções porque sabemos melhor o que esperar da Covid e instituímos uma melhor gestão da cadeia de abastecimento. Espero que possamos voltar a visitar as feiras de negócios, pois acredito que muito se perde nas reuniões virtuais”.
Mas, mesmo entre quaisquer previsões, há um sentimento predominante de otimismo cauteloso entre a maioria dos respondentes. “Prevemos um crescimento conservador até 2021 e trabalhando para gerenciar as expectativas de todos para um aumento de receitas”, disse um agente dos EUA.
Se houver uma única palavra-chave implícita em muitos dos comentários e das percepções contidas no relatório, ela é “conforto”. O ano de 2020, com vidas reviradas de muitas maneiras, foi caracterizado por um notável aumento para muitas marcas clássicas, uma vez que os consumidores gravitavam em torno do familiar. Nos comentários dos executivos de todo o mundo, contidos no material, há muitos falando neste ganho de foco das marcas perenes – movimento impulsionado por parte dos varejistas, que buscam diminuir seus perfis de risco.
E o conforto é um fenômeno que veio à tona em conversas recentes entre diretores executivos de vários países com a Licensing International, segundo a entidade. Vários deles dizem que os profissionais em todos os níveis da cadeia produtiva estão buscando nomes e fornecedores dentro de suas próprias fronteiras e culturas.
Vale a pena observar se isso é uma reação de curto prazo aos tempos difíceis que vivemos ou uma mudança mais fundamental.
ALGUMAS OUTRAS TENDÊNCIAS E QUESTÕES PRINCIPAIS
Varejistas e licenciados continuam a ser cautelosos sobre novas propriedades de todos os tipos, então, as evergreen são mais interessantes para eles.
Videgames e colecionáveis, inclusive digitais, são categorias que tiveram um forte desempenho durante a pandemia, em grande parte devido ao fato de que os bloqueios limitavam outras opções de entretenimento externo. Isso é esperado para continuar pelo menos até o final de 2021, se não mais, porque as duas últimas categorias interagem com a crescente categoria de NFTs. Proprietários de marcas de todos os tipos estão tentando descobrir se e como podem se encaixar no negócio de venda de colecionáveis digitais na forma de NFTs (tokens não fungíveis), para desenvolver estratégias em torno da categoria.
Com que rapidez o negócio de vestuário voltará aos níveis pré-pandêmicos? As vendas globais de vestuário foram atingidas em cheio pela Covid-19, pois, com o bloqueio, as lojas de departamento e lojas especializadas permaneceram fechadas, e os consumidores não tiveram nenhuma razão para reabastecer seus guarda-roupas. As vendas apenas começaram a recuperar-se à medida que avançamos para o segundo trimestre de 2021. As vendas de vestuário nos Estados Unidos diminuíram em 19% em 2020, de acordo com NPD Group – enquanto as vendas de calças de moletom aumentaram 17%.
O formato do varejo é uma grande questão. Qual é o presente e o futuro dos shoppings e do varejo especializado? O comércio eletrônico continuará forte e muitas empresas que ainda não têm marketing direto ao consumidor (DTC) e estratégias de vendas terão que criá-los rapidamente. Os proprietários de marcas estão cada vez mais levando em consideração, ao avaliar os licenciados, se eles têm boa distribuição em plataformas de comércio eletrônico.
Em meio à pandemia, a indústria global de brinquedos teve um resultado positivo e as vendas devem permanecer fortes. De acordo com dados do Grupo NPD citados pela Toy Association, as vendas globais de brinquedos atingiram US$ 94,7 bilhões em 2020, um aumento percentual de 2,6 em relação ao ano anterior.
A cadeia de suprimentos continua sendo um grande problema para quase todas as categorias de produtos, com custos exorbitantes de frete, principalmente da China e outras fábricas asiáticas, e um aperto no espaço de contêineres. Outra preocupação da cadeia de abastecimento é a disponibilidade de chips de computador, que são um elemento integrante de muitos produtos. O que se esperava no início deste ano como uma crise de curto prazo continua a afetar uma ampla gama de setores.
A sustentabilidade como o principal ponto de atração para os consumidores – embora a palavra permaneça mal definida, está se tornando “uma aposta na mesa”, pois se tenta incluir mensagens sustentáveis em um número crescente de categorias, especialmente para consumidores milllennial e mais jovens.
A indústria do cinema está voltando lentamente e o cenário de distribuição mudou no último ano e meio com as plataformas de streaming proliferando e crescendo. A definição de um “novo normal” de como as pessoas veem os filmes terá impacto sobre o andamento do negócio de licenciamento baseado em grandes filmes − isso enquanto o licenciamento experiencial (parques temáticos, experiências licenciadas, restaurantes temáticos) é um grande sucesso e torna-se cada vez mais um elemento importante para licenciadores de todos os tipos daqui para frente. ram de US$ 25,1 bilhões, com vendas unitárias estáveis, mas um aumento de 16% no preço médio de venda. A NPD também relatou um aumento de 5% no negócio de brinquedos do Reino Unido. Alguns dos maiores aumentos de categoria nos EUA foram em brinquedos esportivos, que incluem patins, skates e patinetes (+ 31%), bonecas e acessórios da moda (+ 56%), conjuntos de construção (+ 26%), jogos (+ 29%) e brinquedos sazonais de verão (+ 24%). No primeiro trimestre de 2021, os aumentos continuaram, com vendas em dólares crescendo 27% e um aumento de 17% em unidades e 9% em preço médio de venda.
À medida que o negócio do cinema se expande e a lista de lançamentos de filmes altamente licenciados se estabiliza, as vendas de brinquedos licenciados com tais títulos devem se expandir. Um potencial fator limitante para o negócio de brinquedos para o resto de 2021 – cadeia de abastecimento. Um varejista do Reino Unido adverte, para a temporada de férias de 2021: “Pela primeira vez, haverá literalmente uma escassez de brinquedos, devido ao transporte da China, e também, para alguns produtos, a escassez contínua de chips de computador”.
A categoria de brinquedos teve um dos melhores desempenhos durante a pandemia, com as crianças e seus pais confinados em casa. É um padrão que continuou em 2021. De acordo com dados do NPD Group citados pela Toy Association, as vendas globais de brinquedos alcançaram US$ 94,7 bilhões em 2020, um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior. Nos EUA, segundo a NPD, as vendas no varejo de brinquedos em 2020 fo-
Mesmo antes da agitação racial que eclodiu nos EUA (e se espalhou por outros lugares no mundo) em 2020, já havia movimentos em andamento em várias indústrias para melhorar a representação de comunidades subrepresentadas dentro da força de trabalho, programas de marketing e linhas de produtos. Esses esforços prometem continuar no futuro e se tornar um diferenciador-chave entre
empresas e marcas.
E POR AQUI? QUAL O MOOD DO NEGÓCIO DE MARCAS E PERSONAGENS?
Confira as análises de alguns dos experts do mercado
O mercado infantil é consideravelmente mais estável e consolidado quando falamos de licenciamento. Porém, com um grande desafio, que é a vasta concorrência, devido à imensa diversidade de personagens ofertada a esse público. O melhor caminho para se destacar nesse target é sempre buscar lançamentos diferenciados, focando em estratégias atuais e modernas para conquistar as crianças.
Tivemos alguns acontecimentos muito importantes que fizeram com que o mercado brasileiro amadurecesse bastante em relação à prática do licenciamento. Houve um grande movimento de crescimento do mercado geek, gerando uma grande demanda por personagens. A crise provocada pela pandemia fez com que o mercado se movimentasse bastante e as empresas começassem a investir em alternativas para diferenciarem seus produtos.
Após o pico da pandemia, notamos uma movimentação de diversas empresas do mercado focadas no licenciamento – algumas que nunca haviam trabalhado com personagens. Devido à mudança do mercado, essas empresas enxergaram na ferramenta uma maneira de agregar valor em seus produtos e de se diferenciar nos pontos de venda.
Para a Sanrio, esse novo momento tem sido ótimo e promissor. O fato de Hello Kitty ser uma marca clássica, reconhecida e multitarget, nos ajuda a abranger diferentes públicos e categorias de produtos, atendendo diversos segmentos e projetos. Outro grande diferencial é que a marca conta com uma infinidade de guias de estilo, proporcionando diversos conceitos de produtos para diferentes públicos. Também temos trabalhado muito com a experiência de marca para o consumidor, buscando sempre ativar o marketing 360 em nossos lançamentos junto aos licenciados.
Temos notado também um forte crescimento da propriedade Hello Kitty & Amigos, tanto para produtos quanto para ativações. Acreditamos que esse movimento se deve ao fato de tornar a experiência para o consumidor completa e abrangente, uma vez que a proposta da marca é conseguir uma identificação com uma maior quantidade de perfis de consumidores. Por sermos uma marca japonesa, podemos também acrescentar que o japonismo está ganhando cada vez mais adeptos.
Com isso, analisando os pontos mencionados acima, entendemos que durante os últimos meses o mercado de licenciamento de personagens no Brasil vive um momento de sucesso e de oportunidades. As marcas estão cada vez mais abertas para explorar as possibilidades que essa ferramenta oferece, tanto abordando o licenciamento convencional, quanto ativando as mais diversas parcerias, collabs e co-brandings.” – Monica Joseph, gerente comercial e
marketing da Sanrio.
O licenciamento proporciona a conexão emocional da criança com nossas marcas, levando nosso público ao universo da animação e ao contato com seus personagens queridos. Além disso, é um canal educativo, levando pontos importantes para a formação de uma criança, como respeito, trabalho em equipe, alimentação saudável, sustentabilidade, proteção ambiental etc. E justamente a comunicação desses aspectos positivos, de todos os benefícios do licenciamento para este público e o quanto ele poderia ser benéfico para a formação das crianças é uma questão delicada, pois temos muitas restrições de publicidade infantil.” –
Jacqueline Padua, diretora de licenciamento da ViacomCBS Brasil.
2021 foi um ano ainda muito incerto, começou mais otimista, mas, com o atraso das vacinas, todas as verbas das grandes empresas foram congeladas e isso atrasou muito as negociações, pois grande parte das indústrias e varejos começaram a reduzir portfólio e diminuir drasticamente o investimento.
A falta de investimento dos parceiros está não só em apostar em novas marcas, mas em continuar investindo em marcas existentes e lançando novidades para o público. Estamos passando atualmente por uma falta absurda de matéria prima, praticamente todos os nossos licenciados tiveram que aumentar o preço do produto no PDV porque o papelão triplicou de valor, ou plástico, algodão e por aí vai. O que é ruim, pois o produto licenciado já tem um custo um pouco mais elevado por conta dos royalties, e ainda com a matéria prima no valor absurdo que está, alguns produtos começam a ficar com preços impraticáveis. O mesmo se aplica ao dólar na situação que estamos, grande parte dos itens são importados e quando chegam no Brasil os valores estão altíssimos, e o consumidor não tem comprado itens caros. Como oportunidade, enxergo que a crise nos trouxe uma abertura maior para olhar para parcerias e não só o negócio em si, mas as famosas collabs; esse termo nunca esteve tão em alta como está agora, e o licenciamento nada mais é do que a união de duas marcas para que cada uma – com o melhor dos seus universos de atuação –, consiga produzir um produto/experiencia/serviço com o tom de voz e proposito alinhado, entregando para o consumidor algo único. Temos percebido isso aqui na Globo, que a parceria faz toda a diferença; é preciso estar aberto e disposto ao novo, ao diferente, ao disruptivo.
Outro fator muito positivo do mercado é que o investimento muitas vezes pode ser feito pelo parceiro só depois que ele começar a vender o produto; ele faz o investimento na linha de produtos, mas só começa a pagar de fato depois que vende, e isso o ajuda a ter um fôlego financeiro maior.
O licenciamento também tem contribuído muito para que algumas marcas cheguem em determinados públicos-alvo, estando perto de consumidores de forma assertiva e muito cirúrgica.” – Rachel Costa, re-
tail, communication & brand experience coordinator da Globo.
A aceleração da mudança nos hábitos de consumo de conteúdo e produtos com o crescimento dos canais digitais trouxe oportunidades e desafios para nosso negócio.
No universo de licenciamento/extensão de marca talvez a maior oportunidade seja na oferta de conteúdos locais e internacionais através de múltiplas plataformas que ganharam relevância e massa crítica suficiente para sustentar sua monetização em produtos de consumo. A importância das marcas e personagens na oferta de experiências, sejam digitais ou presenciais, cresceu. Marcas nostálgicas voltaram! Por outro lado, a volatilidade aumentou. Os prazos encurtaram. O ecossistema do licenciamento precisa se adaptar a esta nova realidade. Não temos mais 12 meses para lançamento de produtos e campanhas. Os meses agora são semanas e as semanas tornaram-se dias!” – David Diesendruck, CEO da Redibra.
O mercado de licenciamento é especial por ser uma fonte inesgotável de oportunidades. E, falando em oportunidades, depois de passarmos por tempos dificílimos com a pandemia, o mercado volta a demonstrar sua força. Cada vez mais marcas e indústrias estão ingressando nesse modelo de negócio e grandes players, como a Globo e a própria EP Grupo, criando eventos específicos para promover conteúdo e oportunidades em licenciamento de marcas.
Existem ainda inúmeras oportunidades no mercado de licenciamento, com a crescente alta de produtos digitais e relacionados à tecnologia blockchain, como fan tokens e NFT, o céu é o limite.
Enxergo inúmeros desafios para o mercado crescer de forma mais sustentável e escalável, entre eles, destaco aqueles que considero os mais importantes: tecnologia e formação de mão de obra qualificada. Precisamos cada vez mais inserir a tecnologia nos processos ligados ao licenciamento de marcas. Esse mercado é muito criativo e depende das pessoas, que muitas vezes ficam presas a processos operacionais. O licenciamento é muito maior que relatórios de royalties e aprovação de produtos. Para minimizarmos a operação, precisamos que a tecnologia esteja cada vez mais presente. Da mesma forma, precisamos capacitar mais pessoas para ingressarem no mercado. Quanto mais profissionais de licenciamento existirem, maiores serão as chances de aumentarmos o volume de negócios gerados.” – Bruno Koerich,
CEO da Destra.
A A2 Brands visualizou, desde o início de suas atividades, a oportunidade de conectar influenciadores e marcas digitais com grande conexão emocional e de seus públicos com o mercado de produtos de consumo e promoções. Com o avançar das redes sociais, streamings e demais plataformas, os conteúdos e as marcas precisam se adaptar e ter uma presença cada vez mais transmídia – presença em várias plataformas e audiências.
Os influenciadores digitais conseguem ter uma leitura de seu público de forma muito ágil, conseguem entender os conteúdos que mais engajam e o que seus fãs buscam como produtos físicos e digitais e, com isso, temos muita agilidade em propor parcerias, linhas de produtos e divulgação.
Além dessa agilidade em entender seu público, cada vez mais necessária nesse mercado, os influenciadores digitais são sua principal mídia; eles próprios, seus canais e perfis nas redes sociais são os principais meios de comunicação, o que gera mais assertividade nas divulgações e no engajamento.
O maior desafio para projetos de licenciamento ligados a influenciadores e marcas digitais é trazer a bordo dos projetos indústrias e varejistas que possuam a mesma agilidade e assertividade em desenvolvimento de produtos, distribuição no mercado e capacidade de ampliar ainda mais a divulgação e o engajamento com o produto. Acreditamos que os influenciadores e marcas digitais ainda possuem um amplo espaço para crescerem e se tornarem ainda mais fortes no mercado de licenciamento. A ampliação de pontos de contato destes influenciadores e marcas digitais, como Luluca, que possui mais de 22M de seguidores, Brancoala com mais de 12M; Tastemade, com 22M e até animações como Vera e o Reino do Arco-Íris, que, além de estar em Netflix, Gloobinho e TV Cultura, lançou seu canal no YouTube e, em apenas 3 meses, atingiu a marca de 19M de views, mostra que o fato de figurarem em diversas plataformas de conteúdo amplia ainda mais o grande potencial de crescimento, por estarem conectados e criando engajamento com seu público.
Luluca, por exemplo, iniciou sua carreira como youtuber e atualmente, após 6 anos de canal, já é considerada a marca mais querida de meninas entre 6 a 8 anos de idade, com base na pesquisa da Play Pesquisa e Conteúdo Inteligente deste ano, e isso só foi possível pelo seu alto engajamento e por ampliarmos seus pontos de contato, atuações e linhas de produtos.”– Alessandra Nogueira, sócia/diretora