4 minute read
CAPA – ESG
ESG
Nos últimos tempos, o termo ESG tem ganhado grande visibilidade, graças a uma preocupação crescente do mercado financeiro com a sustentabilidade. As questões ambientais, sociais e de governança passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor empresarial. A aparente novidade parece tirar o sono das organizações, que buscam entender o que é ESG e as adaptações necessárias para estar em conformidade com essa exigência. Mas, na verdade, o ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial, como explicou o diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global em artigo publicado pela Exame.
Segundo relatório da PwC, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, o que representa US$ 8,9 trilhões, em relação a 15,1% no fim do ano passado. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.
O QUE É ESG E POR QUE É IMPORTANTE?
ESG, ou ASG em português, é a sigla que representa os termos environmental (ambiental), social (social) e governance (governança); sua função é medir o impacto social e sustentável que um investimento em determinado negócio traz.
Por se tratarem de critérios relacionados a sustentabilidade, são indicadores importantes da performance financeira de uma companhia no futuro. Nesse contexto, cada termo representa um conjunto de critérios e padrões operacionais identificáveis que são utilizados por investidores, principalmente os que prezam pela responsabilidade social das organizações nas quais pretendem manter investimentos.
Fonte: GreenLegis
No Brasil, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020 – mais da metade da captação veio de fundos criados nos últimos 12 meses. Este levantamento foi feito pela Morningstar e pela Capital Reset. COMO SEGUIR AS PRÁTICAS ESG
Fonte: Pacto Global Rede Brasil
ESG nada mais é do que a própria sustentabilidade empresarial. Uma empresa que está em conformidade com práticas ESG entende quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e consegue agir sobre eles. É necessário minimizar os negativos e potencializar os positivos, assim como equacionar os prejuízos já provocados.
TRADUZINDO ODS PARA OS NEGÓCIOS
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU em 2015, são hoje em dia o principal guia que a sua empresa deve seguir para adequar suas operações a boas práticas ESG. Eles resumem os desafios sociais, ambientais e de governança do nosso tempo, que só conseguiremos superar com o engajamento das empresas.
As metas visam traduzir os ODS para os negócios, com foco em ampliar o impacto das empresas em desafios globais.
ISE: EDP, RENNER, TELEFÔNICA, CPFL E NATURA LIDERAM RANKING ESG DA B3
A B3 publicou no final de janeiro, pela primeira vez, o ranking de pontuação ESG das empresas que integram a carteira do seu Índice de Sustentabilidade Empresarial, o ISE. Os dados constam de uma ampla plataforma de consulta colocada no ar pela bolsa.
Nas dez primeiras posições do ranking da carteira atualmente em vigor, e que já segue a nova metodologia, estão: EDP Energias do Brasil, Lojas Renner, Telefônica do Brasil, CPFL Energias, Natura &Co, Klabin, Itaú Unibanco Holding, Ambipar, Suzano e Engie.
Um dos nomes mais polêmicos da nova carteira por causa do setor de atuação, envolvimento na Lava Jato e do desastre socioambiental em Alagoas, a petroquímica Braskem aparece com uma das mais altas pontuações, na 14ª colocação.
Fonte: Capital Reset
A plataforma aberta pela B3 vai muito além de dar transparência à pontuação de cada uma das 73 empresas que se inscreveram para fazer parte do índice (de 197 convidadas).
É possível ver, por exemplo, quais empresas obtiveram uma pontuação mínima para integrar a carteira, mas foram excluídas por não passarem pelos filtros reputacional e climático, que são elaborados, respectivamente, por Reprisk e CDP.
Foi o caso, por exemplo, dos frigoríficos Marfrig e JBS, que aparecem em 34º e 37º em pontuação, mas não entraram na carteira em vigor, que conta com 34 ações, de 34 empresas.
No portal aberto pela bolsa, cada empresa tem um dashboard completo, com a pontuação em cada um dos aspectos considerados.