(VFROD 3URÀVVLRQDO GH 5LR 0DLRU
17/18
26
ÍN DI CE
FI CHA TÉC NI CA PROPRIEDADE EPRM- Escola Profissional de Rio Maior, Lda., EM
4 EDITORIAL
DIRETOR João União COORDENAÇÃO DA EDIÇÃO Inês Sequeira
5 25 ANOS EPRM 14 ENTREVISTA
REVISÃO DE TEXTOS Helena Coelho PAGINAÇÃO Inês Sequeira CAPA Inês Sequeira COLABORADORES:
16 ESCOLA 30 ALUNOS 33 OPINIÃO
Adelino Bernardes Ana Cristina Silva Ana do Carmo Andreia Agostinho Carlos Abreu Cláudia Solange Gomes Cecília Pereira Eurico Cavaco Helena Valério Inês Sequeira João Bentes da Silva João Paulo Colaço João União José Rui Silva
Leonor Fragoso Marco Henriques Mário Sousa Nuno Monteiro Paulo Marques Raquel Vargas Rodrigo Ferreira Rui Lopes Rui Mendes Sandra Costa Sónia Duarte Soraia Gaspar Stephanie Marques Vanda Quistorp Alunos da EPRM
*os artigos publicados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores.
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL
36 PAP´s 38 CURSOS
Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Dr.ª Isaura Morais
CONSELHO DE GERÊNCIA
João António Lopes Candoso [Câmara Municipal de Rio Maior] Adelino da Costa Bernardes [Associação de Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior] Carlos Abreu [Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior] A EPRM é propriedade do Município de Rio Maior, da Associação de Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior e da Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior
GRÁFICA rioGráfica- Tip. Santos & Marques, Lda. TIRAGEM 1500 Exemplares ISSN 1646-9801 DEPÓSITO LEGAL 275902/8 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Revista EPRM # 26 | 3
EDI TO RIAL Todas as caminhadas começam com um pequeno passo e, na Escola Profissional de Rio Maior, este passo aconteceu há 25 anos com a sua criação. Ao longo dos anos, tenho vindo a constatar que esta escola em muito contribuiu para o desenvolvimento económico e social da nossa região, através de uma formação abrangente, dinâmica e de qualidade que integra diversas competências sociais e técnicas, compatíveis com as exigências do mercado de trabalho, cada vez mais seletivo ao nível do saber- estar, do saber- ser, do saber- pensar e do saber-fazer. Na década de 90 poucos eram os alunos que optavam pelo Ensino Profissional, tanto pelo seu descrédito generalizado, como também, pela fraca oferta formativa existente na altura que, na maioria das vezes, não se ajustava às competências técnicas procuradas pelas nossas empresas. Hoje em dia, verifica-se uma crescente valorização do Ensino Profissional, quer por parte dos alunos, como também, da sociedade em geral. Obviamente que para este acréscimo de notoriedade, muito contribuiu o excelente trabalho desenvolvido na EPRM desde a sua criação. Os cerca de mil alunos diplomados e os mais de três mil estágios realizados são claramente o sinónimo do êxito desta casa. Para além destes números, sinto a necessidade de destacar a taxa de empregabilidade da EPRM, em que seis meses após a conclusão dos cursos, 76% dos nossos alunos diplomados já se encontram a trabalhar ou prosseguiram estudos via ensino superior, chegando aos 90% no primeiro ano. Estes dados são claramente mais um sinal do sucesso evidenciado pela EPRM e, consequentemente, do Ensino Profissional. Nos últimos anos o processo de aprendizagem apresentou também uma grande evolução, passando do tradicional método expositivo, para um método 4 | Revista EPRM # 26
envolvente e de diferenciação pedagógica, em que os alunos são construtores do seu projeto educativo evidenciando uma escola que faz aprender, em vez de ensinar. É com esta visão que a EPRM integra o restrito grupo, a nível nacional, das Escolas 4.0, onde se pretende que os nossos alunos aprendam participando eles próprios na construção das aprendizagens, permitindo assim uma maior coerência entre as práticas pedagógicas e o perfil de aluno que queremos construir. Constata-se assim, que a EPRM procura uma inovação constante no seu processo pedagógico, como instituição de referência que é, ao nível do Ensino Profissional, oferecendo uma oferta formativa que visa colmatar as necessidades evidenciadas por um tecido empresarial vasto, quer no concelho, quer na região envolvente onde se insere. Apesar de algumas dificuldades sentidas ao nível da abertura de novos cursos/turmas com a orientação escolar e profissional desejada, a EPRM está aoserviçodassuasempresasparceirasedacomunidade em geral, indo ao encontro das necessidades formativas identificadas, contribuindo para estimular fatores tão importantes como a produtividade e a eficiência. Resultado é a oferta formativa da EPRM para o próximo ano letivo que engloba dois cursos profissionais de sucesso e alta empregabilidade atestada (Técnico de Manutenção Industrial/Eletromecânica e Técnico de Auxiliar de Saúde) e dois novos cursos profissionais (Técnico de Eletrotecnia e Técnico de Análise Laboratorial) onde se verificam fortes carências de técnicos qualificados no mercado de emprego regional e nacional. É com esta perspetiva que pretendo continuar a promover o sucesso do Ensino Profissional, nomeadamente a formação de qualidade evidenciada na EPRM ao longo destes 25 anos da sua existência.
Há 25 anos na EPRM Testemunhos Nome: Ana Cristina Lobato Pinto Fróis de Figueiredo e Silva
Nome: Adelino da Costa Bernardes Idade: 76 anos
Idade: 54 anos
Função na EPRM há 25 anos: Gerente Percurso na EPRM: Em 1992, quando surgiu a ideia de avançar com o projeto Escola Profissional de Rio Maior, fui convidado a assumir a função de gerente enquanto representante da Associação dos Produtores Agrícolas. É este o cargo que mantenho desde essa altura e que muito me honra. Computador há 25 anos, um sonho ou uma realidade?
Função na EPRM há 25 anos: Professora em regime de acumulação Percurso na EPRM: Fui convidada para lecionar as disciplinas do grupo de Economia e contratada em prestação de serviços e em regime de acumulação; mais tarde assinei um contrato de trabalho dependente. Atualmente, trabalho na escola em regime de prestação de serviços.
Músicas de Rui Veloso, Luís Represas, Resistência, Eros Ramazzotti.
Ao longo dos anos exerci várias funções/ cargos pedagógicos: Coordenadora Técnico Pedagógica; Diretora de Curso; Diretora de Turma; Acompanhante de Estágios Profissionais; Acompanhante/ Coordenadora de Provas de Aptidão Profissional; Acompanhante de atividades de complemento curricular; Coordenadora de Provas Especiais de Recuperação; Membro do Conselho Pedagógico; Presidente do Júri de Avaliação de Estágios em representação do Diretor Pedagógico; Membro do júri de Avaliação de Estágios Profissionais; Membro do júri de Avaliação de Provas de Aptidão Profissional.
Qual foi a inovação mais marcante na sua vida nestes 25 anos?
Durante um ano exerci funções na Direção Pedagógica.
O impressionante desenvolvimento da internet e, em particular, o poder de influência das redes sociais.
Fui gerente da Escola Profissional de 2003 a 2009, primeiro em representação da Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior (quando era Presidente da Direção) e de seguida em representação daCâmaraMunicipaldeRioMaior(noperíodoemquefuiVereadora da Educação).
Já era uma realidade. Personalidade Pública de referência nessa altura? Cavaco Silva. Ainda se lembra que música se ouvia na rádio?
O que mudou na EPRM ao longo de 25 anos? Mudou em muitos aspetos, mas o que mais importa realçar é que as mudanças decorreram de um processo de evolução natural relacionado com o seu contínuo crescimento, com o sucesso dos seus resultados e também com a necessidade de responder afirmativamente a um crescente quadro de exigências regulamentares de funcionamento, tornando-se altamente profissionalizada e uma Escola de referência, em termos de qualidade de ensino, no panorama nacional. Há 25 anos acreditou no Projeto da EPRM, o que considera necessário para que se continue a acreditar? Manter a excelência do quadro dos seus profissionais.
Computador há 25 anos, um sonho ou uma realidade? Sonho e realidade. Fiz o primeiro curso de informática que decorreu em Rio Maior e comprei um computador, mas só mais tarde é que o computador começou a ser utilizado nas escolas…. Personalidade Pública de referência nessa altura? Mário Soares, Aníbal Cavaco Silva, Belmiro de Azevedo e Rosa Mota. Ainda se lembra que música se ouvia na rádio? Hazard, de Richard Marx; Do I have to say the words, de Bryan Adams; Can’t let go, de Mariah Carey… Qual foi a inovação mais marcante na sua vida nestes 25 anos? O computador portátil e a generalização do acesso à internet. O que mudou na EPRM ao longo de 25 anos? As instalações, a população escolar, a gerência, a direção… Há 25 anos acreditou no Projeto da EPRM, o que considera necessário para que se continue a acreditar? Os interesses da escola acima dos interesses pessoais e políticos; a formação de qualidade; trabalho, visão, determinação e paixão!
Revista EPRM # 26 | 5
Há 25 anos na EPRM Testemunhos Nome: João José Bentes da Silva Idade: 59 anos
revia na sua forma de estar e de pensar, pelo que a escolho como Personalidade Pública de referência em 1992.
Função na EPRM há 25 anos:
Ainda se lembra que música se ouvia na rádio?
Diretor administrativo e financeiro.
Não.Masrecordoquenãohaviatelemóveis,emqueossmartphones são a base das comunicações de hoje em dia e o centro dos acessos à internet, outra poderosa ferramenta que não existia há 25 anos.
Percurso na EPRM: Decorria o ano de 1992, ano da fundação da EPRM, quando fui convidado pelo Dr. Carlos Nazaré para assumir essas funções, em parceria com o Diretor Pedagógico, que era o Dr. Humberto Novais. Ainda a EPRM estava sem alunos, nem instalações. Funcionava numa sala do nosso Município, gentilmente cedida para o efeito. Ali decorreram as primeiras reuniões de trabalho, tendo então reunido com as figuras dos parceiros na construção da EPRM: o Dr. Silvino Sequeira, em representação do Município de Rio Maior, o Sr. Adelino Bernardes, em representação da Associação dos Produtores Agrícolas e o Sr. Manuel Ricarte, em representação da Associação Comercial e Industrial, hoje Associação Empresarial. Desde logo levantavam-se dois tipos de questões financeiras: uma relacionada com o funcionamento e outra com o apetrechamento. Estava-se então no 1º Quadro Comunitário de Apoio. Sobre a realidade do apetrechamento, apenas refiro que houve a possibilidade de se apresentar candidatura ao então GETAP (Gabinete de Educação Tecnológica Artística e Profissional) tendo a EPRM sido contemplada com uma subsídio de cerca de 20 mil contos, a fundo perdido de 65% do investimento, ajuda importante, mas insuficiente para as necessidades de aquisição de mobiliário de salas de aula, de computadores para uma sala de informática, de máquinas de desenho para uma sala de Desenho, de equipamentos para as Oficinas de Mecânica, então a funcionar num pavilhão do então ex-ciclo (onde hoje está o Centro de Estágios) e de mobiliários e equipamentos onde funcionassem a Direção, os serviços administrativos, a reprografia, o apoio de bar para os alunos, etc. Tudo se conseguiu … tendo os sócios, através do Município de Rio Maior, entrado com 5.000 contos (hoje, cerca de 25.000 euros) para esse fim, para além do sonho que foi a construção do edifício onde está hoje implantada a EPRM.
Qual foi a inovação mais marcante na sua vida nestes 25 anos? Sem dúvida, a EPRM possuir instalações próprias. Arrancámos na Avenida Paulo VI mas com a implantação da Escola Superior de Desporto em Rio Maior, para esta se instalar nas nossas anteriores instalações houve necessidade de construir instalações próprias para a EPRM. Decorria o ano civil de 1998, e tudo se tornou possível graças ao sonho e empenho do Dr. Silvino Sequeira. Foi possível então apostar no crescimento da EPRM das seis para as nove turmas. Recordo que hoje a escola tem doze turmas! O que mudou na EPRM ao longo de 25 anos? Desde logo, o facto jurídico de a EPRM ter iniciado com um acordo de intenções de três instituições, que vieram a ser as suas sócias por imposição do Decreto-lei nº 4/98 que estabeleceu o regime jurídico das escolas profissionais. Hoje a EPRM é uma empresa municipal, fruto de a maioria do seu capital social ser subscrito pelo Município de Rio Maior, com todas as vantagens e inconvenientes de tal situação. Há 25 anos acreditou no Projeto da EPRM, o que considera necessário para que se continue a acreditar? Há 25 anos, era um Projeto em que importava apostar, considerando a necessidade de uma escola com as características de uma escola profissional que se fazia sentir no sistema de ensino, em geral, e para os jovens de Rio Maior, em particular.
Computador há 25 anos, um sonho ou uma realidade?
As escolas secundárias ofereciam então cursos de características profissionalizantes (cursos tecnológicos) mas longe do que se pretendia para as escolas profissionais.
Um grande sonho. Já se sabia que seria o futuro, mas nunca com a importância que tem hoje. Ainda se trabalhavam com as disquetes de 5 ¼, com capacidades de 360 KB e já com as de 3,5 polegadas com olímpicas capacidades de 1440 KB!
Agora, com a disseminação do tipo de ensino profissional pelas escolas secundárias e com o predomínio do Ministério da Educação, tal conduziu a alguma descaracterização destas escolas.
A título de exemplo, recordo que os primeiros computadores adquiridos para a EPRM tinham um disco rígido de 40 MB. Personalidade Pública de referência nessa altura? Era Primeiro-ministro de então o Dr. Aníbal Cavaco Silva, mais tarde Presidente da República de Portugal. Recordo que na altura me
6 | Revista EPRM # 26
Para o bem de todos, em especial dos alunos que a frequentam, haverá que virar a EPRM cada vez mais para o mercado empresarial, atentas às instruções emanadas do Ministério da Educação. Só assim se poderão cumprir as metas de empregabilidade impostas por Bruxelas e dotar o mercado empresarial dos técnicos intermédios para a satisfação das suas necessidades.
Há 25 anos na EPRM Testemunhos Nome: Helena Valério
“Dançando lambada”- Koama, Art Sullivan e Roberto Carlos.
Idade: 58 anos
Qual foi a inovação mais marcante na sua vida nestes 25 anos?
Função na EPRM há 25 anos: Auxiliar de ação educativa. Percurso na EPRM: Iniciei com funções de auxiliar educativa que mantenho até hoje, e ao longo do meu percurso desempenhei várias tarefas inerentes à minha categoria de auxiliar, tais como: manutenção e limpeza das instalações; apoio à Direção Pedagógica, Professores, GAT e Secretaria; vigilância e preparação das salas de aula; responsável por assegurar troca de aulas e de salas de aula, bem como, apoiar os alunos na resolução de problemas e de requisitos de material. Computador há 25 anos, um sonho ou uma realidade? Computador há 25 anos?! Completamente um sonho.
A grande revolução nas tecnologias, a existência de quatro salas de informática na escola e todas as restantes terem adquirido projetores. O que mudou na EPRM ao longo de 25 anos? Tanta coisa… para quem começou sem nada, apenas com duas turmas num apartamento e uma cave sem condições, hoje temos uma escola fundada de raiz, bem equipada para acolhermos todos os alunos que nos procuram. A EPRM começou apenas com duas turmas e foi crescendo de tal forma que já não temos capacidade de resposta para mais alunos. Há 25 anos acreditou no Projeto da EPRM, o que considera necessário para que se continue a acreditar?
Personalidade Pública de referência nessa altura? A nível Nacional destaco o Dr. Mário Soares e a nível local o Dr. Silvino Sequeira. Ainda se lembra que música se ouvia na rádio? Ai tantas… Júlio Iglesias, José Cid, Marco Paulo, Amália Rodrigues,
Para continuar a acreditar no projeto EPRM é necessário que todos vistam novamente as camisolas e que todos remem para o mesmo lado com empenho e dedicação, para que continuemos a oferecer um ensino de qualidade, que continuemos a ser uma escola de preferência e referência.
W W W. R I O G R A F I C A . P T
PRÉ-IMPRESSÃO IMPRESSÃO ACABAMENTOS
Telm: 919 859 628 | Tel: 243 995 129 / 2661 | E-mail: geral@riografica.com Revista EPRM # 26 | 7
A N O S SA H I ST Ó RIA - EPR M 5-8-1992 Assinatura do contrato Programa na Câmara Municipal de Rio Maior
19-10-1992 Abertura Oficial da EPRM - 2 cursos (C.T. Comércio; C.T. Mecânica/ Desenho)
- 44 alunos 19 professores;
2007-2008
2004-2005
Novas Oficinas de Eletricidade inauguradas a 19 de outubro
A EPRM vence o “Hemiciclo – Jogo da Cidadania” e é convidada a participar na Sessão do Euroescola em abril de 2005 em Estrasburgo, França.
Parceria EPRM - IPL - 4 CET’s, nível V - 92 alunos
2012 * EPRM comemora 20 anos com: - 214 Alunos
2013-2014 *Concurso DN 5ª Edição "O Jornal da Escola"
- 11 Turmas
Jornal Ponto & Vírgula eleito o melhor Jornal Escolar
* Ministro da Educação nas Jornadas Profissionais * Projeto Soul D’aire
* Projeto IF-Intelligent Flow
- 11 Cursos
Programa “A Empresa” JAP - 3º lugar na Competição Nacional
4º lugar no Concurso Jovens Cientistas e Investigadores - Fundação da Juventude
- Prémio Melhor Produto
2017 8 | Revista EPRM # 26
EPRM comemora 25 anos com:
295 alunos
M 25 A N O S a mudar vi d as 1995-1996 - 132 Alunos - 6 Turmas - 6 Cursos
2003 * 1º Participação no Projeto “Leonardo Da Vinci” Estágios Transnacionais: - 12 Alunos - 3 Países (França, Alemanha e Bélgica)
2015 * Projeto IF-Intelligent Flow 1º Lugar no concurso "Ciência na Escola" Fundação Ilídio Pinho Participação na INTEL ISEF em Pittsburgh, EUA
1998-1999 Inauguração das novas Instalações da EPRM pelo Sr. Presidente da República Dr. Jorge Sampaio
2002 * EPRM comemora 10 anos com: - 198 Alunos - 7 Cursos - 7 Turmas
2016 *Erasmus + 5 cidades Europeias - 57 alunos (8 semanas)
* Projeto Smartkit
- 8 professores (2 semanas)
3 alunas da EPRM premiadas na final Europeia de ciência (EUCYS 2013)
8 Cursos
12 Turmas
2018 Revista EPRM # 26 | 9
Jantar de comemoração do 25º Aniversário da EPRM A Escola Profissional de Rio Maior comemorou 25 anos de existência nodia15dedezembrode2017,comumJantarConvívio,realizadono Restaurante "O Talego". Este ano, por se comemorar um aniversário especial, foram convidados a associar-se à festa todos os Gerentes, ex-Gerentes e ex-Diretores da EPRM, Empresários e Instituições Escolares parceiras, Professores, ex-Professores, Funcionários e Alunos, tendo comparecido a maioria dos que estão, ou estiveram, ligados à condução dos destinos deste estabelecimento de educação e formação. Na ocasião, além do recordar da história da escola e projetar o seu futuro, foram entregues lembranças e medalhas a todos aqueles que, ao longo dos últimos 25 anos, tiveram influência direta no crescimento da instituição e, também, aos professores e funcionários que lecionam neste estabelecimento de ensino desde a sua fundação; uma cerimónia em que estiveram presentes os fundadores da EPRM, Silvino Sequeira, Manuel Ricarte, Adelino Bernardes, Humberto Novais e José Bentes da Silva. Nos discursos proferidos foi feito o devido reconhecimento aos visionários que encetaram o processo que levou à génese deste projeto. Enalteceu-se o papel daqueles que têm feito crescer esta instituição, acrescentando-lhes valor e qualidade na formação que ministra aos jovens que a procuram, fazendo, por isso, com que a EPRM seja considerada uma referência à escala regional porque procura, incessantemente, estreitar relações com o tecido empresarial e o aparelho produtivo. Terminaram, dirigindo a todos os colaboradores, sejam eles formadores ou funcionários, uma palavra de apreço pelo sucesso, a projeção e a reputação que esta instituição granjeou, justificando que tal, certamente, se deve ao trabalho abnegado de todos. Ficou o apelo aos colaboradores para que consigam encontrar a motivação e o empenho e se leve a bom porto a tarefa de elevar, ainda mais, o nome da Escola Profissional de Rio Maior. Salientando os dados alcançados ao longo destes 25 anos de existência, a Escola Profissional de Rio Maior concretizou mais de 200.000 horas de formação, abriu 74 turmas, admitiu 1657 alunos, certificou duplamente uma enorme percentagem dos alunos admitidos e que concluíram com sucesso os três anos de formação, realizou mais de 3131 estágios curriculares e celebrou mais de 700 protocolos de cooperação com empresas e instituições de projeção regional, nacional e internacional. Promoveu cerca de 223 mobilidades internacionais e muitos dos alunos seguiram estudos superiores nas universidades e politécnicos. O contributo que esta Escola tem dado na promoção do emprego qualificado no concelho e na região, bem como, na valorização do Ensino Profissional, são motivos mais que suficientes para afirmar que toda a comunidade escolar está de parabéns. Vida longa à EPRM! Inês Sequeira Técnica do GAT
10 | Revista EPRM # 26
ESTUDEI NA EPRM Ex-alunos contam-nos o seu percurso na EPRM José Rui Silva C.T. de Animador Sociocultural / Desporto 1993/1996
Em 1993 tomei a decisão de mudar para o ensino profissional, na altura esta mudança fazia sentido, a escola que frequentava não me motivava, não me revia naquele modelo de ensino e o meu objetivo de trabalhar na área do desporto parecia tornar-se mais irreal a cada dia. A proposta de ensino que a escola profissional apresentava, uma estrutura modular com objetivos de curto e médio prazo e que me pareceu interessante e permitiria continuar a poder optar por ingressar no ensino superior, pareceu-me ser a aposta certa. Na altura surgia na Escola Profissional de Rio Maior o Curso de Animador Sociocultural/ Desporto, posso dizer que para mim foi a aposta certa. A escola, o curso e os seus professores deram-me uma visão muito mais próxima da realidade empresarial, do mercado de trabalho e sempre com um grande suporte teórico como base. Após três anos de aprendizagem, posso dizer que a Escola Profissional me preparou para enfrentar os obstáculos do mundo do trabalho. Os estágios foram uma ótima oportunidade de contacto com esse mercado, onde me foi possível aplicar os conhecimentos adquiridos até ao momento. Hoje estou a coordenar a Escola de Natação de Rio Maior, e tenho vindo a desenvolver conjuntamente com a equipa de trabalho da DESMOR um trabalho que procura o aumento da prática desportiva. A definição de um objetivo é o primeiro passo, para tomares decisões, citando “Lewis Carrol” “se não sabes para onde queres ir, qualquer caminho serve.”
Raquel Vargas C.T. de Animador Sociocultural / Desporto 2000/2003
Tudo começou no ano de 2000. No início desse ano, através de uma amiga tive conhecimento que iria abrir o curso profissional de Animação Sociocultural/Desporto na Escola Profissional de Rio Maior. O entusiasmo dessa minha amiga era tanto que me contagiou e fez com que também eu fosse fazer uma pré-inscrição. Esta situação coincidiu com um período da minha vida de reflexão sobre o meu futuro escolar e profissional. A área social era uma área pela qual tinha bastante interesse e pensei que esta poderia ser uma oportunidade para integrar essa área, através de um ensino mais prático. Fui de imediato fazer a pré-inscrição, pois eram imensos alunos a querer integrar esse curso. Fiz então nessa altura a pré-inscrição, mais tarde fui chamada para realizar testes psicotécnicos e também provas de seleção, entre elas uma entrevista. Em julho de 2000 fiz a minha matrícula iniciando assim uma nova fase da minha vida como estudante, numa realidade escolar diferente da qual estava habituada. A minha passagem pela Escola Profissional decorreu de setembro de 2000 a julho de 2003. Durante este tempo foram várias as experiências e vivências. Beneficiei de um ensino muito prático e muito específico de acordo com a área do curso. As aulas e os objetivos eram dirigidos ao interesse e capacidade dos alunos. A relação de proximidade que existia entre os colegas de turma, auxiliares, técnicos, docentes e diretor com os alunos, foi um dos fatores muito positivos e marcantes neste processo escolar. Havia sempre disponibilidade e interesse em ouvir e apoiar os alunos, no que fosse necessário e possível. Como aluna senti-me sempre como um elemento integrante da escola, os alunos eram ouvidos e participavam nos projetos da escola. Durante este tempo realizei dois estágios profissionais, escolhidos por mim, em projetos da área social, um com toxicodependentes e outro com crianças na prevenção do absentismo e abandono escolar. Na realização destes, quer por parte da escola, quer por parte da entidade onde me receberam como estagiária, senti uma enorme confiança com a possibilidade de desenvolver atividades de uma forma autónoma, de acordo com os conhecimentos que tinha. Também tive a oportunidade de participar em organizações de eventos, de realizar ações em algumas iniciativas, visitas de estudo, sempre tudo relacionado com a área de Animação Sociocultural/Desporto. A formação que obtive na Escola Profissional de Rio Maior permitiu adquirir conhecimentos, que caso tivesse optado por ir trabalhar na área assim que acabei o curso, permitiriam desempenhar corretamente e com algum rigor as minhas responsabilidades profissionais. Depois de finalizar o curso profissional segui para a Universidade. Atualmente sou Técnica Superior de Serviço Social e Diretora Técnica do CAFAP - Centro de Apoio Familiar SOS de Rio Maior (Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental) da Associação Aldeias de Crianças SOS.
Revista EPRM # 26 | 11
ESTUDEI NA EPRM Ex-alunos contam-nos o seu percurso na EPRM
Andreia Agostinho
Stephanie Marques
C . T. d e C o m u n i c a ç ã o , Marketing, Relações Públicas e Publicidade 2005/2008
C.T. de Contabilidade 2002/2005
Em certa altura da minha vida tive de decidir qual seria o melhor caminho a escolher. Decidi tentar a minha vez na Escola Profissional de Rio Maior, no Curso Técnico de Contabilidade. Tive o privilégio de conseguir entrar. Um Curso de três anos, onde começou a grande aventura. Uma aventura cheia de conhecimentos e aprendizagem tanto a nível escolar como pessoal. Tive grandes oportunidades em estagiar em duas áreas diferentes relacionadas com o meu curso, ajudando-me bastante na escolha final para entrar no mundo de trabalho. Foi-me oferecida também a grande oportunidade de ir representar a E.P.R.M. a Estrasburgo, no Parlamento Europeu, explicando como é a nossa escola, apresentar a nossa cidade e conhecer outros jovens com outros costumes e línguas. Foi, sem dúvida alguma, uma viagem inesquecível, vivências únicas, com colegas e professores, aproveitando para conhecer também a cidade de Estrasburgo, um campo de concentração e também passar pela minha cidade natal, Paris. Para mim, a EPRM não foi apenas uma escola, também foi uma segunda casa, em que sempre fui acompanhada da melhor forma pelos maravilhosos professores, auxiliares e diretor. A E P R M, uma excelente escola mas também uma família. Só posso agradecer a todos os que me acompanharam nesta caminhada. Obrigada EPRM, foi um orgulho.
12 | Revista EPRM # 26
No término do 3º ciclo, tomei a decisão mais acertada, que terá tido total influência no meu percurso académico e profissional desde então. Apesar do estigma associado ao ensino profissional, de que os alunos ficarão preparados para o mercado de trabalho mas não para seguir os estudos académicos, optei por concorrer e ter a sorte de integrar a Escola Profissional de Rio Maior. Ao longos dos três anos no Curso Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, tive a oportunidade de obterdiversasvalênciasnestasáreas,alémdeseracompanhadacom uma equipa fantástica, desde funcionários, colegas e professores. Além de ser um ensino mais especializado, direcionando os alunos para as matérias específicas do Curso que integram, existe um acompanhamento muito próximo, de profissionais muito competentes e, acima de tudo, muito humanos. Estes profissionais têm uma preocupação constante com a motivação e sucesso escolar e profissional dos alunos, reunindo múltiplos esforços para que todos concluam com sucesso os Cursos e possam ter integração no mercado de trabalho. Sãoincutidosnosalunosvaloresemergentesnasociedade.Aprendese a saber-ser, saber-estar, saber-fazer. Aprende-se a ser humilde, bom colega, amigo e perseverante. Parte daquilo que sou, enquanto pessoa e profissional, devo-o a este ensino, a esta escola e a estes profissionais, que sempre me incentivaram a lutar pelos meus sonhos. Em 2014 concluí o Mestrado em Gestão e Estratégia de Relações Públicas, sou atualmente gestora de recursos humanos e conto com algumas distinções no mercado onde atuo. Orgulho-me de ter frequentado a Escola Profissional de Rio Maior e de poder, ainda hoje, fazer parte desta família. Obrigada!
ESTUDEI NA EPRM Ex-alunos contam-nos o seu percurso na EPRM
Soraia Amorim Gaspar
Rui Mendes
C.T. Auxiliar de Saúde 2012/2015
C.T. de Instalações Elétricas 2015/2018
Posso dizer que os três anos que passei na EPRM foram sem dúvida anos de muita aprendizagem e novas experiências. Como costumo dizer “Entrei para a EPRM a chorar por medo de estar longe de casa e saí da EPRM a chorar pelo facto de sair da escola que me fez tão feliz”. A EPRM foi durante três anos a minha casa e a minha família, nela aprendi muito, tive experiências únicas e, sem dúvida, tornei-me uma pessoa com mais valores. O curso que frequentei foi o de Técnico Auxiliar de Saúde que sem dúvida nenhuma foi uma mais-valia tanto a nível pessoal como profissional. Quando iniciei o curso tinha grandes expetativas que desde logo foram ultrapassadas, posso dizer que foi um curso que hoje em dia com a experiência que tenho do ensino superior consegue dar bastantes bases para quem quer seguir enfermagem, que foi o meu caso; os estágios curriculares foram sem dúvida momentos altos do percurso académico, bem como, a realização da Prova de Aptidão Profissional pois permitem aos alunos o contacto com a realidade do mundo do trabalho e preparam-nos para os desafios do mundo profissional. Para além do curso fiz parte de um grande projeto que foi a SmartKit que sem dúvida nenhuma fez com que a minha experiência na EPRM fosse de muito sucesso; foi sem dúvida uma caminhada com desafios, fraquezas, mas de muitas vitórias. Com este projeto conseguimos levar o nome da EPRM pelo mundo e isso foi muito gratificante para mim, para além de toda a experiência que ganhei ao nível da comunicação. Posso dizer que tenho muito orgulho em ter sido aluna da EPRM, para mim a melhor escola do mundo. Toda a minha experiência académica é recordada com um enorme carinho e com a certeza de que nada seria possível sem o apoio da EPRM e do ótimo ensino tanto teórico como prático que nos é lecionado. Muito Obrigada, EPRM!
Sou o Rui Mendes, tenho 19 anos e atualmente frequento o Curso Técnico e Superior Profissional de Automação, Robótica e Manutenção Industrial no Instituto Politécnico de Leiria. Contudo, nos três anos letivos anteriores frequentei o Curso Profissional de Técnico de Instalações Elétricas na Escola Profissional de Rio Maior e tenho a dizer-vos que foi uma experiência extremamente positiva e que me deu imensas vantagens quanto aos possíveis caminhos que poderia seguir no futuro. Como já se aperceberam eu optei por continuar a estudar, mas a EPRM abre-te outra grande porta: o mercado de trabalho. A maioria dos alunos diplomados tem emprego imediato, fruto das parcerias da escola e também dos ótimos estágios que a mesma proporciona. Outro dos grandes pontos fortes da escola é que te abre imenso os horizontes, proporcionando-te experiências na área dos projetos. Eu juntei-me a uma equipa com um projeto chamado FOR, que consistia basicamente num ecoponto inteligente. Com essa equipa e esse projeto cheguei a várias finais de concursos nacionais, entre eles o concurso INOVA, os Jovens Cientistas que se realizava no Museu da Eletricidade, entre outros. Cheguei mesmo a ganhar um prémio neste último concurso que referi. Enquanto aluno da escola também te podes propor a prémios internos oferecidos pela própria escola e pelos seus parceiros, e a única coisa que necessitas para ganhar é dares o teu melhor. Eu ganhei um prémio no valor de 200€ por ter sido o melhor aluno da minha turma durante os três anos de curso e outro de 500€ por ter sido o melhor aluno de todos os cursos durante os anos letivos 2014/2017, anos em que frequentei a EPRM. Com tudo isto quero apenas dizer que vale muito a pena estudar na Escola Profissional de Rio Maior pois como já deves ter percebido tens imensas vantagens, algumas no presente, mas muitas mais no futuro. Aos que já nela estudam e aos que nela irão estudar, apliquem-se, pois garanto-vos que vai valer muito a pena.
&RQ¿ H QDV QRYDV soluções energeticamente PDLV H¿ FLHQWHV FRP Uponor Combi Port & Aqua Port
Inovação e desenvolvimento em produtos de qualidade. Sistemas modulares adaptados a cada projeto.
Revista EPRM # 26 | 13
Entrevista NOME: João Paulo Domingos União IDADE: 36 anos HABILITAÇÕES ACADÉMICAS: Licenciatura em Gestão FILME: StarWars GRUPO MUSICAL: Pearl Jam HOBBIES: Neste momento é claramente ser Pai. Quando tenho alguma disponibilidade gosto de jogar Ténis e Ping-Pong CLUBE: Sport Lisboa e Benfica [JU] O primeiro impacto foi bastante positivo dado que já conhecia alguns dos colaboradores da EPRM. O facto de conhecer o Diretor Pedagógico na altura, o Professor Luciano Vitorino, que me lecionou matemática no secundário, e também por ter um familiar que dedicou grande parte da sua vida a esta escola, facilitou a minha integração e consciencialização do trabalho a desenvolver. Constatei logo nos primeiros dias, que a EPRM era uma grande família, tanto por parte dos alunos na sua boa relação com os colaboradores da EPRM, como por parte dos colegas que sempre me ajudaram a ultrapassar os principais obstáculos e dificuldades.
[EPRM] Como se poderia apresentar à Comunidade da Escola Profissional de Rio Maior?
[JU] Caracterizo-me por ser uma pessoa de fácil acesso, apologista da eficiência e que valoriza as opiniões de todos aqueles que pretendem contribuir para o sucesso da EPRM. Considero-me compreensivo e coerente mas determinado em promover o Ensino Profissional, especificamente a formação de excelência lecionada na nossa escola. Recomendo a partilha de informação e a discussão participativa como meio integrador de toda a comunidade, promovendo assim uma relação de proximidade e de inclusão na definição das metas e espetativas a atingir por parte da EPRM. Valorizo o trabalho em equipa e o coletivo, pois fomenta o espírito de cooperação entre todos os stakeholders, originando relações de confiança, de flexibilidade e de desenvolvimento de objetivos comuns. Considero fundamental uma boa articulação da EPRM com o seu ambiente externo, nomeadamente com os nossos parceiros institucionais, tendo sempre em consideração os seus contributos na definição de uma formação técnica que vá ao encontro das suas necessidades. Acredito que o diálogo é a principal arma na prevenção e na resolução de possíveis conflitos.
[EPRM] Quando entrou pela primeira vez na Escola Profissional como Formador, qual foi o primeiro impacto com as instalações e a Escola em geral?
14 | Revista EPRM # 26
[EPRM] O que o levou a aceitar o desafio de dirigir a EPRM? [JU] Acima de tudo porque gosto de desafios e porque senti que já fazia parte da família EPRM. Depois porque acredito nas potencialidades da escola e no seu projeto educativo que visa uma educação de qualidade e um crescente enriquecimento de competências por parte dos nossos alunos. Outro motivo pelo qual aceitei o convite para a Direção Pedagógica é que acredito que tenho as competências necessárias para desenvolver um bom trabalho, e assim, dar continuidade a uma crescente valorização do Ensino Profissional, apostando sempre na qualidade da sua formação. Por fim, pela confiança e apoio transmitido pelo Conselho de Gerência e por acreditar no sucesso de Ensino Profissional.
[EPRM] Que projetos futuros tem em mente para continuar a contribuir para o renome que a EPRM possui perante a Comunidade Riomaiorense?
[JU] Antes de pensar em implementar novos projetos na EPRM, pretendo manter e cimentar o que se faz de bem nesta escola. A relação de proximidade com os alunos, com os nossos parceiros e com a sociedade em geral é fundamental para sustentar a qualidade da formação lecionada na EPRM. É óbvio que pretendo desenvolver alguns projetos que promovam essencialmente a aquisição de competências por parte dos nossos alunos, valorizando a vivência de experiências e o mérito, tendo como principal objetivo a capacitação de competências técnicas mas também sociais e comportamentais. Outro dos objetivos é o apetrechamento de recursos materiais que suportem uma formação técnica competente com forte ligação ao tecido empresarial.
[EPRM] Atendendo à sua experiência como Formador e agora como Diretor Pedagógico, que opinião detém sobre o Ensino Profissional?
[JU] O Ensino Profissional tem como principal objetivo proporcionar uma aprendizagem essencialmente prática e muito orientada para o mercado de trabalho. Esta constatação ocorre da realização de vários estágios curriculares e de toda a componente técnica lecionada nos diversos cursos. Considero assim, que o Ensino Profissional é um motor para o desenvolvimento económico de qualquer sociedade e se existir qualidade na sua formação, certamente irá proporcionar um aumento de qualidade dos produtos e serviços gerados, acrescentando-lhes valor para as empresas e para a economia em geral. Para além desta importante constatação, é necessário salientar que o Ensino Profissional é uma opção bastante válida, quer para os alunos que pretendem integrar o mercado de trabalho depois de concluir a escolaridade obrigatória, como também, para os alunos que pretendem prosseguir estudos, via ensino superior.
que a EPRM possui uma admirável equipa pedagógica, capaz de enfrentar os atuais desafios e proporcionar aos nossos alunos uma formação de grande qualidade. É claramente uma das mais-valias da EPRM, em conjunto com os restantes colaboradores internos, e é uma variável fundamental para uma formação de excelência e consequentemente, para o sucesso da EPRM e dos seus alunos.
[EPRM] Que mensagem gostaria de transmitir à Comunidade Escolar da EPRM?
[JU] À Comunidade Escolar gostaria de transmitir que me encontro determinado em contribuir para o sucesso da EPRM, valorizando o trabalho em equipa e as opiniões de todos os stakeholders. Gostaria ainda de frisar que me irei esforçar para dar aos colaboradores da EPRM as condições e os recursos necessários para uma formação de excelência, potenciando assim o sucesso profissional da nossa escola e consequentemente dos nossos alunos. Estes jovens serão o futuro de amanhã e por isso desejo que a EPRM possa contribuir de uma forma muita vincada para a sua formação profissional, potenciando a sua empregabilidade e a realização dos seus objetivos pessoais.
Gostaria ainda de evidenciar outra das mais-valias do Ensino Profissional que é a possibilidade de realizar estágios internacionais. Este facto permite aos alunos conhecerem outras realidades e alargar o seu leque de competências, sejam elas curriculares ou não.
[EPRM]Tendo em conta a sua curta mas intensa experiência como Diretor Pedagógico, como definiria em geral, neste momento, os alunos desta escola?
[JU]Nasuagrandemaioriasãoalunosempenhadosedeterminados emconcluiroseuciclodeformaçãoeondeseobserva asuaevolução ano após ano. Embora se constate as suas competências técnicas, por vezes verifica-se que ainda existe alguma falta de maturidade, que tem originado alguns problemas de indisciplina. Ainda assim, valorizo de uma forma geral as suas competências essencialmente pelo trabalho desenvolvido em termos curriculares e pelo feedback positivo das entidades de acolhimento onde os nossos alunos realizam as suas formações em contexto de trabalho.
[EPRM] E o Corpo Docente? [JU] Defino o corpo docente da EPRM como ótimos profissionais com excelentes competências técnicas, sempre dispostos a ajudar os nossos alunos, tanto a nível pedagógico como a nível social. Acredito
Revista EPRM # 26 | 15
EPRM COMEMORA 25º ANIVERSÁRIO E DIA DO DIPLOMA
A Escola Profissional de Rio Maior (EPRM) comemorou, no dia 19 de outubro, o seu 25º aniversário e, conjuntamente, o Dia do Diploma. A cerimónia decorreu no Auditório Silvino Sequeira, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior e contou com a presença de toda a comunidade escolar e de várias entidades convidadas. Estiveram presentes cerca de 300 alunos, alunos Diplomados, professores, funcionários e várias entidades parceiras, tais como, Câmara Municipal de Rio Maior, Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, CLDS, CNIRM, UPONOR, TALENTER, OLITREM,GRÉMIO RIOMAIORENSE, RODOVIÁRIA DO TEJO, FRAVIZEL, ANEME, REMAX entre outras. João União, Diretor Pedagógico da EPRM, iniciou a sessão agradecendo aos alunos que terminaram o seu percurso, em junho passado, terem escolhido a EPRM e foi com o seu contributo que a EPRM alcançou resultados escolares de relevo: 3,7% de abandono escolar, 90% de sucesso escolar, 87% de Diplomados e 64% 74% de empregabilidade após 3 meses da conclusão do curso, sendo que 45% dos alunos diplomados encontram-se a trabalhar e 29% irão dar continuidade os seus estudos via ensino superior. Aos novos alunos e aos que continuam na EPRM, que sigam o exemplo dos que receberam o seu diploma pois fizeram uma excelente escolha quando resolveram matricular-se nesta escola. Fazendo a ponte
16 | Revista EPRM # 26
com o mercado de trabalho, frisou a importância das parcerias da EPRM e referiu que é devido à generosidade e responsabilidade social de algumas empresas e entidades parceiras, que é possível oferecer os prémios de mérito aos melhores alunos. Antes da entrega dos Prémios de Mérito, o Presidente do Conselho de Gerência da EPRM usou da palavra e começou por agradecer a todos os que colaboraram com a escola nos últimos 25 anos. João Lopes Candoso fez ainda referência ao gradual aumento do número de alunos desde a sua criação, “eram 44 em 1992 e hoje são 300, muitos deles de concelhos vizinhos”, salientou. Frisou ainda que foram criadas condições para que “a escola se tornasse estável e sustentável”, acrescentando ainda que “graças à criatividade e inovação, os seus alunos têm resultados muito positivos”. Quanto aos Prémios de Mérito, que desde 2011 não são atribuídos a nível nacional, a EPRM continua a entregá-los, graças a uma “política
de parcerias” em que foram distribuídos cerca de 2.600€ pelos 14 alunos que mais se distinguiram nos últimos três anos letivos, o ciclo de formação 2014/2017. As dez empresas parceiras que, usando da sua responsabilidade social, se associaram à Escola, financiando a atribuição dos Prémios de Mérito foram a REMAX, António Filipe Neto, INTERMARCHÉ Rio Maior, UPONOR, OLITREM, GRÉMIO RIOMAIORENSE, TALENTER, FRAVIZEL, ADENE e ANEME e os alunos vencedores foram: João Correia, do Curso Técnico de Manutenção Industrial que recebeu o prémio de 100€ patrocinado pela Fravizel, Eduarda Martins do Curso Técnico de Comércio que recebeu o prémio de 100€ patrocinado por António Filipe Neto, Inês Valada Frazão, do Curso Técnico de Comércio que recebeu o prémio de 100€ patrocinado pela REMAX, Diogo Cruz (100€), Diogo Barbosa (150€) do Curso Técnico de Energias Renováveis e Francisco Costa (250€) do Curso Técnico de Manutenção Industrial o prémio foi patrocinado pela OLITREM, Francisco Santos (100€), Rafael Lopes (150€) e Cláudio Gonçalves do Curso Técnico de Instalações Elétricas o prémio foi patrocinado pela UPONOR, André Figueiredo do Curso Técnico de Manutenção Industrial que recebeu o prémio de 150€ patrocinado por ANEME, Débora Marcelino do Curso Técnico de Comércio que recebeu o prémio de 150€ patrocinado pelo INTERMARCHÉ de Rio Maior, Daniel Filipe do Curso Técnico de Energias Renováveis que recebeu o prémio de 250€ patrocinado pela ADENE e Ana Carolina Urbano do Curso Técnico de Comércio que recebeu o prémio de 250€ patrocinado pela TALENTER. O Melhor Aluno do Ciclo de Formação 2014/2017 foi o Rui Filipe Mendes que arrecadou o prémio de 500€, patrocinado pelo Grémio Riomaiorense – Prémio José Pedro Canadas. Antes das intervenções finais houve um momento musical protagonizado pelo Conselho de Delegados da EPRM, alusivo à comemoração dos 25 anos da EPRM.
Rio Maior e da Cooperativa Agrícola de Rio Maior que juntamente com a Câmara Municipal são parceiros desta escola desde a sua génese. Prosseguindo, agradeceu também aos órgãos de gestão, ao corpo docente, aos funcionários e aos alunos “o seu contributo diário para que esta escola continue a ser uma referência na formação profissional, na região e no país”, considerando que “um ensino de qualidade faz toda a diferença”. Isaura Morais deixou ainda uma mensagem ao frisar que “em Rio Maior continuaremos sempre a apostar na educação, pois consideramos ser o pilar do desenvolvimento”, terminando a sua intervenção endereçando os parabéns à EPRM e o desejo que “continue por muitos anos na senda do sucesso”. Após o término da sessão regressou-se às instalações da EPRM, onde se descerrou uma Tela comemorativa do 25º Aniversário da EPRM, cantou-se os parabéns, apagaram-se as velas do enorme bolo que assinalava o momento e, de seguida, realizou-se uma visita guiadas às instalações da Escola. Da parte de tarde, toda a comunidade educativa da EPRM participou numa “GLOW Party”, onde se reforçaram os laços de amizade e se reforçou o espírito de grupo. Durante a festa foi distribuído um lanche para todos, com o apoio das Indústrias Carnes Nobre, Panpor e Sumol/Compal. Foi um dia memorável, onde reinou a boa disposição e a amizade! Assim vale a pena fazer 25 anos! Inês Sequeira Técnica do GAT
Na sua intervenção o Delegado Regional da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, o Dr. Francisco Neves, elogiou o funcionamento da EPRM e o trabalho de toda a comunidade escolar. Referiu a importância da escola e da sua formação, e que deve continuar a apostar na inovação e deu aos alunos o conselho de não terem medo de errar, “se isso acontecer acreditem que para a próxima vai ser melhor. Nunca desistam porque os erros fazem parte da aprendizagem”. No final da sessão, a Sr.ª Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, relembrou os 25 anos de história da EPRM e agradeceu os contributos da Associação Empresarial do Concelho de
Revista EPRM # 26 | 17
UMA ESCOLA 4.0, UMA ESCOL(H)A COM FUTURO! Formalmente consolidado no início dos anos noventa, o ensino profissional em Portugal tem hoje um estatuto e um papel amplamente reconhecido no panorama das ofertas de ensino e formação profissional inicial de jovens. No entanto, e tal como tem sucedido com outros níveis de ensino e formação, o desenvolvimento tecnológico e, sobretudo, os apelos do mercado de trabalho e emprego, têm colocado imensos desafios ao modelo do ensino profissional, que se encontra neste momento numa verdadeira encruzilhada face aos dilemas associados à necessidade de renovação, com as inevitáveis componentes de qualidade, inovação e criatividade, entre muitas outras. Recorremos, com a devida vénia, às palavras de Alexandre Oliveira (ETPM, 2017), para clarificar o que pretendemos transmitir, quando refere que a abordagem em torno do ensino profissional tem sido orientada, na sua essência, para os domínios da aprendizagem modular, da flexibilidade, do respeito pelos ritmos de aprendizagem, das situações de aprendizagem desenhadas em projetos integradores e da ligação ao tecido socioeconómico local, sendo por demais evidente que se sente, no dia-a-dia, e ouvindo os anseios dos nossos jovens alunos, a necessidade de uma nova ambição para o ensino profissional. É neste contexto, e partilhando destas preocupações e anseios, que a Escola Profissional de Rio Maior se tem envolvido, com especial intensidade, em alguns processos de reflexão sobre a ação, procurando não só a melhoria no trabalho em torno das situações de aprendizagem, como também associar-se à aceitação de uma “disrupção necessária” em algumas das dimensões associadas ao nosso ensino profissional, de modo a conferir maior coerência entre as práticas pedagógicas e o perfil de aluno que queremos construir. Uma Escola que faz aprender, em vez de ensinar, onde o aluno é construtor do seu projeto de vida; uma Escola como centro de investigação e desenvolvimento na ação, promotora de uma comunidade aprendente global; uma Escola onde as competências digitais são transversais e onde o aluno é utilizador/produtor de tecnologia e uma intencionalidade em todos os processos de aprendizagem. São estes os desígnios da nova Escola que estamos a edificar. A este movimento de escolas foi atribuída a designação de Rede de Escolas 4.0, por afinidade lógica com um dos novos modelos de desenvolvimento tecnológico e empresarial, e a ela se juntaram, na sua génese: a Escola Técnica e Profissional da Moita, A Escola Profissional Amar Terra Verde (Vila Verde), A Escola Profissional Raúl Dória (Porto) e a Escola Profissional de Ourém (Insignare). E são estas as escolas que se apresentam como construtoras de um futuro melhor! Escolas que querem ser espaços de aprendizagem, onde os seus alunos aprendam e percebam o porquê das coisas e onde as equipas pedagógicas se afirmem enquanto agentes facilitadores do desenvolvimento de
18 | Revista EPRM # 26
ferramentas para um mundo incerto, desconhecido, desafiante e, certamente, cheio de novas oportunidades. No contexto das atividades já realizadas, sobressai a assinatura, a 27 de novembro de 2017, em Ourém, de um manifesto que irá permitir a materialização de um conjunto de pilares essenciais, a serem trabalhados e refletidos em diferentes e diversos momentos de reflexão-ação. Eis alguns dos seus pilares fundamentais, que se espera, num futuro próximo, possam vir a ser devidamente materializados e consolidados: - Uma Escola com intencionalidade, que se deve organizar não só para obter resultados, mas sobretudo para gerar impactos e assegurar a procura permanente do sentido e do significado do que se planeia e do que se faz; - Uma Escola que faz aprender e onde o aluno é construtor do seu projeto de vida, associado a um perfil facilitador das aprendizagens e vivências do século XXI; - Uma Escola que deve ser um centro de investigação e desenvolvimento, que deve assumir a liderança do que investiga e desenvolve, em ação e em permanência, e cria as condições para que se consiga extrair o melhor de cada um dos elementos da sua equipa. - Uma Escola promotora de uma comunidade aprendente global, promotora de uma cultura de validação externa e de assunção de compromissos de melhoria contínua, que define e executa um plano anual de atividades que corresponde a uma aprendizagem mútua e participa na construção de redes de aprendizagem nacionais e internacionais, identificando ferramentas de avaliação de impactos, alinhados e partilhados com os sistemas nacionais e internacionais (União Europeia, OCDE…); Em suma, uma Escola onde as competências digitais são transversais e onde o aluno deve ser utilizador e produtor de tecnologia. João Paulo Colaço Técnico do GAT
DESAFIOS DA FORMAÇÃO TECNOLÓGICA
Uma das características marcantes dos tempos em que vivemos é
Neste contexto é, especialmente para os formadores em áreas
certamente a evolução tecnológica a uma velocidade nunca antes
tecnológicas, um desafio crescente preparar os jovens para esta
vista. As novas tecnologias têm alterado de forma profunda a
realidade que irão encontrar no seu futuro profissional imediato.
sociedade, desde as telecomunicações à energia, aos transportes, à
Cada vez mais, não basta transmitir conhecimentos acerca dos
produção agrícola e industrial. Não é fácil prever o que irá acontecer
equipamentos e tecnologias atuais, mas é de extrema importância
nas próximas décadas, no entanto, podemos estar certos de que esta
dotar os jovens de competências abrangentes para se adaptarem à
evolução tecnológica irá manter-se e até aumentar de velocidade.
rápida evolução do mundo em que irão viver e trabalhar.
Naindústria,temosvindoaassistiraumatendênciaparaautomatizar
Esta realidade exige aos formadores e às escolas um uma atenção
os processos e tarefas, até nos setores mais tradicionais. Por um
permanente ao contexto envolvente e um crescente esforço para
lado, é certo que esta automatização de processos está a eliminar
atualizar conhecimentos, equipamentos e programas curriculares.
postos de trabalho, principalmente os pouco qualificados. Por
Só assim poderemos preparar os jovens para os desafios que os
outro lado, a automatização leva a aumentos da produtividade, ao
esperam.
desenvolvimento de novas indústrias e à crescente necessidade de técnicos habilitados para efetuar a montagem e manutenção destes sistemas. Desta forma, contribui para a criação de novos postos de trabalho mais qualificados.
Nuno Monteiro Formador
Revista EPRM # 26 | 19
EPRM REALIZA AS SUAS XXIV A Escola Profissional de Rio Maior (EPRM) celebrou entre os dias 9 e 11 de maio de 2017 as suas XXIV Jornadas Profissionais. A Sessão de Abertura decorreu no dia 9 de maio, no Auditório da Escola Superior de Desporto, numa cerimónia que contou com a presença na mesa de honra o Sr. Secretário de Estado da Educação, João Costa, a Sr.ª Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, Gonçalo Xufre, presidente do Conselho Diretivo da ANQEP, Joana Mira Godinho, Diretora da Agência Nacional ERASMUS+, Diretora Regional do IPDJ, Eduarda Marques, João Lopes Candoso, vereador da CMRM e Presidente do Conselho de Gerência da EPRM, Adelino Bernardes, Presidente da Associação de Produtores Agrícolas da Região de Rio Maior e Sérgio Gonçalves, Presidente da Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior.
Técnicos de Manutenção Industrial, Instalações Elétricas, Comércio e Energias Renováveis. Estes prémios são financiados pela EPRM aos 5 melhores alunos de cada curso. O aluno que fica em 1º lugar recebe 200€, o 2º lugar recebe 100€ e os 3ºǥ lugares recebem 50€. A EPRM pretende, deste modo, valorizar os alunos que revelam maior empenho, dedicação e companheirismo junto da comunidade escolar.
A sessão foi marcada por várias intervenções quer pelos representantes da EPRM, quer pelos convidados presentes. Em todas elas a mensagem foi de congratulação pela notoriedade que a EPRM tem vindo a alcançar e o sucesso do seu projeto educativo. O Diretor Pedagógico da EPRM abriu oficialmente as XXIV Jornadas, apresentando dados relativamente à proveniência dos alunos da EPRM, sendo cerca de 40% provenientes de fora do concelho de Rio Maior, que segundo o mesmo “traduz a capacidade de atração da Escola, assim como o facto de os jovens e as suas famílias reconhecerem a qualidade do Projeto Educativo da EPRM”. Foram também abordados temas como o abandono escolar precoce, que na EPRM é de 4,7%, abaixo do nível nacional que está acima dos 13%, o sucesso escolar que ronda os 94%, a taxa de empregabilidade igual ou superior a 90%, distribuída pelos alunos que optaram pelo mercado de trabalho e o ensino superior, após um ano da conclusão do curso. Todos estes resultados salientou Luciano Vitorino “têm sido conseguidos com o empenho e dedicação de todos, professores/ formadores e alunos…” Após a apresentação destes resultados, Luciano Vitorino deixou algumas palavras de encorajamento aos alunos, de agradecimento pela confiança no Projeto Educativo, à Sr.ª Diretora da Agência Nacional ERASMUS+, ao Presidente do Conselho Diretivo da ANQEP e ao Sr. Secretário de Estado, por continuarem a apostar no Ensino Profissional.
No curso de Manutenção Industrial o vencedor foi Bernardo Ferreira, ficando André Figueiredo em 2.º e Francisco Costa, João Henriques e João Ferreira em 3.º No curso de Instalações Elétricas o 1.º lugar foi para Rui Mendes, cabendo o 2.º a Cláudio Gonçalves e os 3.ºǥ a Marcelo Amado, Leandro Gomes e Francisco Santos. Quanto ao Curso de Comércio a vencedora foi Débora Marcelino, ficando em 2.º Inês Valada Frazão e em 3.ºs Maria Isabelinha, Ana Urbano e Bruno Miguel. Por fim, o curso de Energias Renováveis teve como vencedor Daniel Filipe, ficando em 2.º David Almeida e em 3.ºǥ Diogo Barbosa, Sérgio Laranjeira e Diogo Cruz.
Seguiu-se uma breve apresentação do Projeto ERASMUS+, através do testemunho de dois jovens que falaram das suas experiências vividas em Málaga (Espanha) e Derry (Irlanda do Norte). A Diretora da Agência Nacional ERASMUS +, Joana Mira Godinho, interveio de seguida realçando que “é muito bom comemorar o Dia da Europa no meio de tantos jovens”. Joana Mira Godinho sustentou ainda que o Programa ERASMUS tem já 30 anos e que apesar de início ser mais vocacionado para o ensino superior hoje em dia faz investimentos quase desde o berço até ao fim da vida, explicando que o atual ERASMUS+ abrange desde o pré-escolar até à habilitação de adultos, contribuindo para que todos os que estão em atividade de educação e formação tenham a oportunidade de participar em parcerias e mobilidades. De seguida, foram atribuídos os Prémios de Mérito aos alunos que se distinguiram ao longo do ciclo de formação 2014-2017 nos Cursos
20 | Revista EPRM # 26
Seguiu-se a intervenção do Presidente do Conselho de Gerência da EPRM, Lopes Candoso, que começou por agradecer ao Secretário de Estado da Educação, João Costa, por ter aceite o convite para estar presente na inauguração das XXIV Jornadas Profissionais. “Ser Presidente do Conselho de Gerência da EPRM é um cargo que desempenho com orgulho pois é muito gratificante trabalhar com pessoas empenhadas no crescimento desta instituição”, afirmou Lopes Candoso, salientando ainda que “A EPRM tem realizado nos
IV JORNADAS PROFISSIONAIS últimos anos os investimentos necessários para que o ensino seja de excelência e os cursos ministrados tenham em conta a realidade empresarial”. Prosseguindo, o presidente do Conselho de Gerência disse que “apesar da situação económica do país, a gestão rigorosa e criteriosa que implementámos na EPRM tem permitido com fundos próprios fazer os investimentos necessários”, destacando o apoio às atividades da escola, nomeadamente visitas de estudo ao estrangeiro e a recente aquisição de um robot industrial.
Educação que começou por destacar o excelente trabalho que tem sido desenvolvido por parte do Presidente do Conselho Diretivo da Associação Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, Gonçalo Xufre. Seguidamente, João Costa deu os parabéns a todos os alunos da EPRM, destacando também o trabalho desenvolvido naquele estabelecimento de ensino, “vê-se que se respira aqui um ambiente familiar”, sustentou o Secretário de Estado.
Cristiano Aniceto, Presidente do Conselho de Delegados da EPRM deixou também ele uma mensagem aos alunos: “Peço-vos que estudem e aproveitem tudo o que os professores têm para vos ensinar. Abram os vossos horizontes e sejam felizes”, realçou.
João Costa enumerou de seguida algumas medidas que o Governo tem vindo a desenvolver com o intuito de valorizar o ensino profissional.
Foi também apresentada a Revista Nº 25 que tem como principal objetivo divulgar o projeto educativo da EPRM junto das empresas e de toda a comunidade em geral.
A terminar, o Secretário de Estado desejou a todos os alunos “uma vida muito feliz construída em cima das competências que esta escola vos dá”, concluiu.
AtéfinaldasessãousaramaindadapalavraGonçaloXufre,Presidente do Conselho Diretivo da ANQEP, Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior e João Costa, Secretário de Estado da Educação.
Após a sessão de abertura a comitiva dirigiu-se às instalações da escola onde se procedeu ao tradicional lançamento dos balões e à visita das exposições técnicas dos vários cursos existentes. Durante esta visita foi possível verificar como os alunos se empenham em apresentar e explicar as várias valências dos cursos que frequentam e as atividades que desenvolvem ao longo do ano letivo.
Gonçalo Xufre começou por agradecer o convite para estar presente nesta sessão, realçando que era com muito gosto que o fazia. O Presidente do Conselho Diretivo da ANQEP realçou na sua intervenção que “o ensino profissional é o percurso educativo que melhor promove o sucesso escolar”, acrescentando que “a forma como o ensino profissional tem vindo a ser trabalhada nos últimos anos é a forma correta de trabalhar nos processos educativos e daí a razão do sucesso que tem tido apesar de todo o estigma que ainda lhe está associado”.
Durante os dias 9 e 10 de maio, cerca de 320 alunos as escolas EB Marinhas do Sal, EB Fernando Casimiro, Escola Secundária de Rio Maior, Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques – Escola Básica de Alcanede e EB Manique do Intendente visitaram as exposições.
Para Isaura Morais a “EPRM é uma aposta na formação de ativos direcionados ao mercado de trabalho e às necessidades das empresas dando-lhes qualificação para a sua vida futura, abrindolhes a portas do emprego”. Destacou ainda os prémios que a EPRM tem alcançado ao longo dos anos e que constituem uma grande satisfação para toda a comunidade. A sessão terminou com a intervenção do Secretário de Estado da
Revista EPRM # 26 | 21
que apelou à interação entre todos os pais e filhos presentes que culminou com um Lanche Convívio onde todos puderam desfrutar de uma confraternização salutar e de festa. O encerramento das XXIV Jornadas Profissionais este ano foi com a organização de uma tertúlia intitulada “Escola – Empresa”, que teve lugar no Salão de Banquetes “O Talego”, no Alto da Serra – Rio Maior, durante um jantar que reuniu mais de uma centena de pessoas, na sua grande maioria representantes de empresas parceiras da EPRM.
A EPRM através destas visitas pretende dar a conhecer aos seus “futuros alunos” o seu projeto educativo, os cursos existentes e os cursos que oferece no ano letivo seguinte.
No segundo dia (10 de maio) da parte da tarde, Carla Carvalho Dias, Public Speaker, despertou as mentes da comunidade escolar da EPRM. Durante hora e meia, Carla Carvalho Dias falou sobre a importância da qualidade do serviço, de servir bem para ser bem servido, da proatividade e polivalência. Foi um momento em que alunos da EPRM escutaram, riram, refletiram, questionaram e, acima de tudo, retiraram aprendizagens que podem influenciar o seu futuro enquanto profissionais e como seres humanos. Ao final da tarde foi realizada uma atividade que envolveu colaboradores da escola, Pais e Filhos num contexto mais descontraído e informal
O Presidente do Conselho de Gerência da EPRM, Eng.º Lopes Candoso considerou que esta tertúlia foi “o fechar com chave de ouro destas XXIV Jornadas da Escola Profissional de Rio Maior”, acrescentando que “o objetivo desta tertúlia era juntar à mesa a componente escolar com a empresarial e pô-los a falar a mesma linguagem de forma a que cada uma delas compreenda melhor a outra realidade”. A tertúlia teve como oradores convidados Tiago Encarnação, Diretor Operacional do Grupo Lusanova e José Matias Alves, Professor da Universidade Católica do Porto, tendo este começado por revelar o enorme prazer em estar presente na celebração das XXIV Jornadas Profissionais. José Matias Alves destacou que “o maior ativo das escolas profissionais é a potencialidade de oferecer uma oportunidade de carreira”, acrescentando de seguida que “a EPRM já deu provas de ser uma escola de referência a nível nacional”. Por sua vez, Tiago Encarnação defendeu a necessidade de nortear o ensino técnico e profissional pelas necessidades “reais do mercado de trabalho”. NodecorrerdestatertúliaforamaindadistinguidasatravésdoPrémio “Parceiro +” as empresas Galtrailer – Estágio 3000, Rodoviária do Tejo – Empregador, Alferpac – Inovador e o Eng.º Élio Oliveira, Bielco – Reconhecimento. No final, Luciano Vitorino, Diretor Pedagógico, revelou “ser um grandedefensordeumEnsinoProfissionalenriquecidoporumaforte ligação ao tecido empresarial/mercado de trabalho”, reconhecendo que o êxito alcançado nesta tertúlia “é bastante encorajador para continuarmos a trilhar o nosso caminho, o caminho de uma escola que se quer de qualidade, credível e que se quer afirmar cada vez mais como uma referência. Julgo que foi, mesmo, um grande dia para a EPRM. De certo modo, acabámos por fazer história, graças à boa vontade de todos os nossos parceiros”, revelou. Resta agradecer a todos os alunos, professores, funcionários e convidados, o incansável apoio, disponibilidade e alegria que pautaram estas Jornadas e que as tornaram mais uma vez inesquecíveis. Inês Sequeira Técnica do GAT
22 | Revista EPRM # 26
#EPRMSomosSTEP1 A Escola Profissional de Rio Maior no presente ano letivo, 2017/2018, decidiu participar no Projeto Nacional STEP 1 promovido pela ANEQP - Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional – que criou e promoveu um projeto de apoio aos jovens na transição para o mundo do trabalho e/ou para o prosseguimento de estudos superiores, projeto esse com características inovadoras e que pudesse ser implementado junto dos jovens que se encontram a terminar cursos de dupla certificação de nível IV. O Projeto STEP 1 tem como objetivos principais: Desenvolver competências de autoeficácia na procura de emprego e reforçar a importância da aprendizagem ao longo da vida, sendo os destinatários jovens finalistas de modalidades de educação e formação, nomeadamente, cursos de dupla certificação de nível IV. A Escola Profissional de Rio Maior entrou neste projeto com uma turma finalista, do Curso Profissional de Técnico de Auxiliar de Saúde. O Step 1 é um projeto constituído por 12 STEP´s, em que seis deles são obrigatórios. Nós, EPRM, decidimos que iríamos construir os seguintes STEP´s: 1.0 Pitch – Inicial; 1.1 – Interesses, Valores e Expetativas; 1.2. – Entrevista Individual; 1.3. – Prosseguimento de Estudos; 1.5. e 1.6 – Técnicas de Procura de Emprego; 1.7. – Rumo ao Sucesso: Networking; 1.8. – Rumo ao Sucesso: Empreendedorismo; 1.9. – Agarrar as Oportunidades: Mobilidades; 1.10. – Preparação do Pitch Final e 1.11. – Pitch Final. As sessões foram dinamizadas pelas psicólogas da EPRM, com a colaboração de uma estagiária do curso de psicologia do ISCTE e foram integradas na disciplina de Área de Integração, na sua maioria, no entanto, também contou com a colaboração de professores/ formadores de outras disciplinas do curso. Como dinamizadores em termos de entidades parceiras da escola contamos com a Tallenter, Programa Erasmus +, Empresas com protocolo com a EPRM e os Institutos Politécnicos de Santarém e de Leiria, com os quais também possuímos protocolo.
oportunidades. Desta forma, destacamos três pontos importantes deste projeto: os encontros com profissionais/ex-alunos, visitas de estudo a futuros e possíveis locais de trabalho, promoção da criação do próprio emprego. Seguidamente destacamos a possibilidade das mobilidades: sob a forma de Erasmus+ e no projeto EF, onde existe um vasto leque de possibilidades, entre o voluntariado, estágios, estudos, cursos, fora de Portugal. E finalmente, o Prosseguimento de Estudos, onde promovemos a participação dos alunos no Fórum Estudante e na MostraRio. Estes STEP´s são flexíveis, existe o estreitamento de relações com entidades externas à escola e permite também a partilha entre escolas, participantes no projeto, de informações, documentos de trabalho, ideias novas, com vista à melhoria contínua. Através desta flexibilidade e da dinâmica usada na EPRM, usamos algumas ferramentas digitais para trabalhar com os alunos, tais como: Questionários on-line, Padlet, Kahoot, Timeline e Mapas Concetuais. O grande desafio, em género de reflexão, numa perspetiva de orientação de carreira e na Perspetiva #EPRMSomosSTEP1: este projeto faz todo o sentido, no entanto, seria muito interessante ser um projeto a dois ou três anos, uma vez que o 12º ano no ensino profissional é um ano de muito trabalho e dedicação ao Projeto de Aptidão Profissional, no término de Módulos, na preparação do último estágio e (em alguns casos) no estudo para os Exames Nacionais. Sónia Duarte Técnica do GAT
Estes STEP´s traduzem-se em atividades realizadas em sala de aula, visitas de estudo, participação em dias abertos e feiras de
ϰϱϬ >ƚƐ ĂǀĞ ĚĞ sŝŶŚŽ Ͳ ĂƚƵƌĂƐ Ϯ dĞŵƉĞƌ
Revista EPRM # 26 | 23
XPTO III Um sonho tornado realidade ou uma mão cheia de competências proporcionadas por esta oportunidade… “Uma fantástica oportunidade de desenvolvimento pessoal!”; “Incrível! Maturidade!” são os relatos que nos chegam quando pedimos que em pouquíssimas palavras descrevam a experiência. No final do passado ano letivo, dois alunos recém formados pela nossa escola tiveram oportunidade de fazer estágio por um período de três meses em contexto internacional. Samanta Varela e Pedro Alves viveram duas fantásticas experiências de estágio: ela na Irlanda, em Londonderry, onde trabalhou como técnica de comércio numa loja de roupa de criança; ele na Grécia, em Rethymno, como técnico de energias renováveis numa empresa que opera nesse mesmo ramo. Tendo como suporte as aprendizagens realizadas ao longo dos três anos de curso e todas as suas competências académicas e pessoais, partiram com bastante curiosidade e alguma ansiedade. Passar três meses fora da zona de conforto é, claramente, um ato de coragem e uma ótima forma de promover a autonomia e a confiança nas próprias capacidades! A EPRM reconhece isso mesmo nos alunos e partilha estas experiências reforçando o valor que é atribuído ao incremento do potencial de cada um. Acreditamos que o processo formativo é muito mais vasto do que apenas um acumulado de aprendizagens escolares e por isso apostamos em projetos dinâmicos, experiências reais e só assim sentimos ser possível um ensino de excelência! Agradecemos às nossas parceiras da Euroyouth com quem vimos a trabalhar de há alguns anos (para cá) e que aumentam o número de estágios Erasmus+ que a EPRM oferece, todos os anos, aos alunos. Leonor Fragoso Técnica do GAT
XPTO IV Doze alunos da EPRM estão já a preparar as bagagens para mais uma aventura Erasmus+!!
linguística e cultural e super motivados para descobrirem o que os próximos meses lhes reservam.
Joana, Sofiya, Luís, Marco, Brandt, Inês, Luís Pedro, Ana Sofia, Adriana, Samir, Jéssica e Bernardo têm já os bilhetes na mão. Voarão em direção a Espanha, Áustria, Alemanha e Eslovénia, neste que é já o quarto projeto de estágios internacionais realizado em parceria pela EPRM com a Euroyouth.
Certos de que regressarão com imensas experiências e renovadas competências, desejamos a todos coragem e sorte! Que levem a EPRM ainda mais longe e regressem profissionais técnicos nas áreas da saúde, manutenção industrial e eletrónica, automação e instrumentação ainda mais competentes e bem preparados para o ingresso no mercado de trabalho e para os desafios da vida adulta!
Aprender uma nova língua, conhecer a realidade profissional em contexto transnacional, expandir horizontes, fazer novos amigos ou descobrir novas culturas são apenas alguns dos desafios que lhes foram lançados. Todos estão já em formação de preparação
24 | Revista EPRM # 26
Leonor Fragoso Técnica do GAT
(In)Disciplina EPRM «Educador é, para mim, aquele que é suscetível de se apresentar e de ser aceite como modelo de pessoa.» João dos Santos Existem muitos estudos, e atuais, que se debruçam e em que se reflete na indisciplina, nas causas, nas consequências e possíveis estratégias de combate, explorando-se a opinião de professores, de alunos e de encarregados de educação. De uma forma muito geral, quando tentamos definir indisciplina, falamos em comportamentos que fogem ao cumprimento de normas e regras, desobediências a figuras de autoridade. Comportamentos esses que podem ou não ser punidos, dependendo do professor, havendo falta de transparência no que pode e deve ser punível. Muitas vezes ou na maior parte das vezes a indisciplina é um “grito de ajuda”, que pode e deve ser analisado com as fases de desenvolvimento, onde se insere a adolescência, por excelência e a entrada na idade de jovem-adulto. Quando falamos em soluções para a indisciplina, ou no que é possível fazer para termos alunos disciplinados, não podemos afirmar que há uma solução que se aplica e, está tudo resolvido! Não há uma solução, há todo um conjunto de estratégias e metodologias que podem fazer com que os índices de indisciplina não sejam elevados em determinada escola/grupo ou turma. Temos como estratégias de combate à indisciplina e à promoção do sucesso escolar: Trabalho de projeto; Envolvência dos alunos no processo ensino-aprendizagem; Valorização do saber-fazer de cada aluno; Criação de um ambiente de afeto na escola e a definição de Regras: claras, poucas e sempre cumpridas, transversais a todos. A EPRM não é alheia à (In)Disciplina e, por esse motivo, decidiu trabalhar com os três agentes envolvidos: alunos, professores e encarregados de educação, sobre os três aspetos mais importantes: comportamentos indisciplinados, papel do professor e do aluno e punições. A ideia é, sem dúvida, poder ouvir todos os intervenientes, fazendo com que sejam eles mesmos agentes de mudança. O trabalho com os alunos é feito em sala de aula, com dinâmicas, em que são os alunos a voz ativa, são eles que definem o problema e as soluções. Simultaneamente, em trabalho colaborativo, trabalha-se com os professores, onde também se apontam problemas, causas e soluções. Os encarregados de educação são envolvidos também,
tendo consciência dos problemas reais que existem e estando, connosco, do lado da solução. Este projeto é um projeto a longo prazo, começou com algumas atividades este ano letivo, mas existirão muitas outras atividades, tarefas e reflexões, de onde irão sair um conjunto de regras e consequências, transversais, pensadas e elaboradas colaborativamente por todos e para todos! Sónia Duarte Técnica do GAT
Revista EPRM # 26 | 25
M o me nt o s q u e
marcam a vi Módulo zero
V.E. a Londres - C. T. de Comércio Dia Mundial do Coração
Atividade Desporto Natureza - Orient.
Atividade Desporto Natureza - Surf
Atividade Desporto Natureza - Paddle Chalenger - 10º ano
Trabalho Colaborativo
XIV Aniversário da EPRM Dia do Diploma Dia da Alimentação
V.E. a Madrid - C. T. de Instalações Elétricas Atividade Outdoor - 11ºD
Torneio Inter Turmas - Futsal
Torneio Inter Turmas - Futsal 26 | Revista EPRM # 26
Jantar de Natal - Staff EPRM
ida da escola Estágios Nacionais Apoio Pedagógico
Estágios Internacionais
XIV Jornadas Profissionais
Apresentação PAP’s Formação Técnica- Siemens Apresentação PAP’s
XXIV Jornadas Profissionais
Formação Técnica
XXIV Jornadas Profissionais XXIV Jornadas Profissionais
Formação Schaeffler
Embaixador Ensino Profissional
Atividade Outdoor - Staff EPRM Encerramento Ano Letivo
Embaixadora Ensino Profissional
Atividade Outdoor - Staff EPRM
Encerramento Ano Letivo
Revista EPRM # 26 | 27
Alunos do Curso Técnico de Comércio na semi-final do concurso Young Business Talents 17/18 Os alunos Ana Alves, Marta Santos e Lucas Silva do Curso Técnico de Comércio estão desde janeiro a representar a ERPM no concurso Young Business Talents (YBT) by Nivea. O YBT é um simulador empresarial utilizado por escolas de todo o mundo que permite aos alunos do ensino secundário/profissional colocar em prática conhecimentos adquiridos nas disciplinas de gestão/economia, tomando todo o tipo de decisões dentro de uma empresa fictícia que concorre em provas regionais com outras empresas (escolas). Essas empresas produzem e comercializam, de forma fictícia, cremes hidratantes e protetores solares, sendo que a atribuição de pontos é feita conforme o resultado líquido de cada exercício da simulação. Todasassemanas,osalunosparticipantesreúnem-separapreencher um plano de gestão anual com as decisões que posteriormente são inseridas no simulador (cada semana equivale a um exercício económico). Essas decisões têm como base um cenário comum a
28 | Revista EPRM # 26
todos os grupos de alunos participantes e estão relacionadas com: - a produção anual de protetores solares e/ou cremes hidratantes; - a quantidade de recursos humanos e delegações comerciais; - a definição dos preços de venda e margem dos retalhistas; - o número de ações promocionais e campanhas publicitárias; - a definição da percentagem de linear (trade marketing). Alcançando ou não a final, é garantido que a participação neste concurso promove o desenvolvimento de competências para a vida, estimula a cultura de empreendedorismo e inovação e valoriza o currículo dos nossos alunos. Na vida profissional ou mesmo na vida privada, tudo é gestão e tudo tem que ser gerido. No fim de conta todos temos uma conta de resultados e um balanço! Rodrigo Ferreira Formador
Fora da “caixa” – A Natureza como meio de Ensino “Com “ Com S Saúde aú ú úd de e D Diversão iversã ão – A Aprender p prend der S SEMPRE!” EMPRE!” Desafiados pela exigência dos Alunos e da Escola Profissional de Rio Maior, e considerando o sucesso das iniciativas anteriores o Grupo Disciplinar de Educação Física voltou a organizar dois fantásticos dias dedicados às Atividades de Exploração da Natureza. As premissas foram as mesmas de edições anteriores: • Momento avaliativo dos Módulos de Atividades de Exploração da Natureza I e II; • Proporcionar aos alunos novas vivências num ambiente diferente, pleno de espírito de companheirismo e camaradagem com os colegas e professores; • Aquisição do conhecimento das vantagens e benefícios físicos da atividade física ao ar livre, que por excelência é um meio muito relaxante, aliviando o stress, melhorando o humor e proporcionando uma maior qualidade de vida em todos os aspetos da saúde e do bem-estar. Foi nos dias 10 (11ºanos) e 13 (10ºanos) de outubro de 2017, que se realizaram as visitas de estudo. Todos se encontravam mais empolgados e expectantes que nunca, com a participação na visita de estudo ao “ grande mundo” das atividades de exploração da natureza. Os alunos de 10ºano, pois seria a primeira vez que iriam participar em tal visita de estudo e para os alunos de 11º ano, pois iriam experimentar novas modalidades. O encontro dos alunos e professores foi feito na EPRM, para que se pudessem preparar os últimospormenores. De seguida, seguimos viagem até Peniche, local onde decorreram as várias atividades de exploração da natureza, nos dois dias. No dia 10/10/2017, os alunos de 11º ano dirigiram-se para o Clube Naval de Peniche. Durante o dia, em esquema de rotação, os alunos fizeram o Stand-Up Paddle, modalidade inovadora e de fácil aquisição inicial com grande margem de progressão e sucesso, com condições excelentes para a aprendizagem, no plano de água da muralha e na marina de Peniche; Realizaram jogos de “team building”, a fim de trabalhar competências de liderança, cooperação, interajuda, comunicação e trabalho em equipa e ainda colocámos as pagaias na água e fizemos Canoagem individualmente ou em canoas de dois, na zona do porto de pesca e marina de Peniche.
No dia 13/10/2017, os alunos de 10ºano dirigiram-se para a Praia da Gamboa em Peniche. Da parte da manhã os alunos viveram uma experiência de Surf/Bodyboard. Modalidades com cada vez mais praticantes e adeptos no domínio nacional e internacional, devido à sua especificidade, dificuldade, magia e contacto com a natureza. Os alunos tiveram uma aula de surf e bodyboard, onde obtiveram conhecimentos básicos (na areia) para, logo de seguida, os colocar em prática, da melhor forma possível a “surfar nas ondas”. Da parte da tarde, os alunos realizaram uma corrida de orientação na zona da “Papôa”. Os alunos realizaramum percurso por trilhos e carreiros, com vários pontos marcados num mapa, em trios, numa corrida contra o tempo, testando a sua orientação e atenção nas chaves e cifras, aproveitando também para apreciar a beleza natural que a Papôa oferece.
Do balanço efetuado pelos alunos e professores, podemos afirmar mais uma vez e com toda a certeza que a atividade foi um grande sucesso, atingindo-se os objetivos, previamente estabelecidos e evidenciando os sorrisos “estampados” na cara dos nossos alunos. Uma vez mais, o Grupo Disciplinar de Educação Física quer agradecer àDireçãodaEscolaProfissionaldeRioMaior,pelaformavanguardista e empreendedora com que continua a aceitar esta proposta de aprendizagem. Aos nossos alunos pela forma empenhada com que “aprenderam” e aos professores que os acompanharam nesta av aventura. Ao Clube Naval de Peniche, ao Centro de Atividades N Náuticas do Desporto Escolar de Peniche e à Escola de Surf d Peniche por terem colaborado nesta “odisseia” e que de co continua a marcar pela diferença, na construção de uma e escola de valor e um ensino de excelência. P o ano, queremos continuar a deixar “pegada” de forma Para p profícua e efetiva, no trilho do crescimento e formação de ca um dos nossos alunos. cada A todos, o nosso sincero OBRIGADO. P’O Grupo de Educação Física da Escola Profissional de Rio Maior Professor Eurico Cavaco
Revista EPRM # 26| 29
Agora falo eu... ser aluno na EPRM Diogo Costa Milhanas Curso Profissional de Técnico de Manutenção Industrial/Eletromecânica 10º ano
Mariana Jorge Curso Profissional de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade 11º ano
Após passar três anos num curso de ciências, coloquei como hipótese a minha entrada na Escola Profissional de Rio Maior visto que, a meio das férias de verão, decidi matricular-me no curso Técnico de Manutenção Industrial. Tinha grandes expetativas, e todas elas foram correspondidas mais tarde ou mais cedo. Em menos de uma semana toda a gente da turma já se dava bem, e estava integrado como um dos seus elementos. Os professores são bastante simpáticos e interessados, sendo que qualquer que seja o problema apresentado, tentam tratar dele o mais rápido possível. A escola ajuda bastante os alunos com o subsídio de alimentação, acabando por ser também uma mais-valia no que respeita ao facto de ser aluno na mesma.
Quando tive de decidir sobre a continuidade do meu percurso
O meu percurso não tem sido muito difícil, sendo que as minhas avaliações não diferem muito das minhas expetativas. As disciplinas são todas diferentes umas das outras, o que faz com que a vida de estudante não seja tão monótona, no entanto, estão relacionadas todas umas com as outras em alguns aspetos. As aulas práticas ajudam bastante na aprendizagem de novas técnicas oficinais, uma vez que aprendemos enquanto fazemos. Tive a minha primeira experiência no mundo do trabalho através de um estágio que durou quatro semanas, o que me ajudou a evoluir como pessoa e como aluno. Aprendi imenso e também me diverti imenso, sendo que esse tempo passou num instante. O chefe e os trabalhadores ficaram satisfeitos com o meu trabalho e ainda puseram ao meu dispor a hipótese de ir estagiar para o mesmo local no ano que vem. Conheci pessoas novas, que me ajudaram tanto no local de trabalho como fora dele, sendo que no fim de tudo ainda fiz alguns amigos.
oportunidades gratificantes para o futuro dos alunos, pelo facto de
Estou bastante contente com o meu percurso até aqui e não me arrependo da escolha que fiz em trocar o curso científico por um curso profissional de manutenção industrial, até porque este me está a correr melhor! Resumindo, em menos de um ano fiz amigos novos, melhorei as minhas notas e as minhas aptidões como aluno e ainda consegui melhorar o meu currículo. Se nos dois anos que me faltam, continuar tudo igual ou ainda melhor, só me resta dizer que estes três anos foram dos melhores três anos da minha vida. Apesar de muita gente dizer que me ia arrepender com a escolha que eu fiz, em menos de um ano consegui provar que esta foi a escolha certa e é com orgulho que digo que sou de um curso profissional.
fez-me crescer e deu-me vontade de querer aprender mais. No
30 | Revista R i t EPRM#26 EPRM # 26
escolar, depois de concluído o 9º ano, achei que deveria seguir o ensino profissional. Por isso, escolhi o Curso Profissional de Técnico de Comércio noutra escola que não a Escola Profissional de Rio Maior. Fiz o 10º ano completo nesse curso, mas como este não era o que estava à espera e a escola também não era do meu agrado, por inúmeras razões, no final do ano decidi mudar para a EPRM, para o Curso Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, uma vez que tem as disciplinas de marketing e de psicologia, que são especialmente do meu agrado. Escolhi esta escola pelo que ouvia falar, que era e é uma escola que proporciona imensas realizar estágios curriculares durante os três anos de escolaridade, o que é muito benéfico para quando os alunos integram o mundo do trabalho. Escolhi um curso profissional não por dizerem que é a via mais fácil, mas sim pelo nível IV de escolaridade que confere e por estar mais preparada para o mercado de trabalho. Quando vim para a EPRM, senti que esta escola, para além de ser uma escola, é também uma família. Acho que as praxes no início do 10º ano são uma ótima forma de integrar os novos alunos no espírito da EPRM. No 10º ano, não senti grandes dificuldades uma vez que aqui todos estão sempre prontos a ajudar. A minha primeira formação em contexto real de trabalho foi espetacular, aprendi conceitos base para o meu curso que não aprendi em sala de aula, meu 11º ano, realizei outra formação em contexto real de trabalho, que teve uma duração superior à primeira, e tive outra experiência única, uma vez que saí da zona de Rio Maior, e aí sim, tive na verdade uma formação em contexto real de trabalho, com bastante responsabilidade. Este segundo estágio foi bem mais dinâmico e produtivo, ao contrário do primeiro, lógico, uma vez que o primeiro estágio era mais para observar o que poderíamos vir a fazer no nosso futuro. A EPRM é fantástica por nos proporcionar momentos como estes que são importantíssimos para o nosso futuro.
Agora falo eu... ser aluno na EPRM Catarina Vitorino Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde 12º ano
Sou a Catarina, atualmente encontro-me a frequentar o último ano do ciclo de três anos de formação do Curso Técnico de Auxiliar de Saúde. Após realizar o 9ºano de escolaridade e para dar seguimento aos meus estudos, decidi ingressar o curso de Ciências e Tecnologias na Escola Secundária de Rio Maior, curso esse que frequentei apenas durante um ano, acabando por completar apenas o 10ºano, tendo em conta que com o decorrer do tempo, me apercebi que não me encontrava feliz nem a obter os resultados que esperava. No final desse mesmo ano letivo em que frequentei a Escola Secundária, ouvia diversas opiniões relativas ao ensino profissional, sendo que na grande maioria eram opiniões positivas, e foi-me informado que era uma via de ensino muito boa, mas existem também diversas opiniões que afirmavam que o ensino profissional era para “burros”. No entanto, após ter conhecimento de que iria abrir o curso de Auxiliar de Saúde no ano letivo seguinte, decidi logo, sem hesitação, mudar de escola e matricular-me nesse mesmo curso, pois teria a oportunidade de poder chegar ao ensino superior frequentando o curso de Enfermagem como sempre pretendi. Dei
então início a uma nova etapa da minha vida, considerando assim que tenha feito uma das mudanças mais importantes da minha vida. Desde o primeiro ano na Escola Profissional de Rio Maior (EPRM), que já obtive oportunidades únicas como a realização de um estágio internacional integrado no programa Erasmus+, que me permitiu crescer não só a nível profissional, como também a nível pessoal. Na EPRM, todos os alunos possuem apoios fundamentais que lhes permitem demonstrar que apesar das dificuldades que cada um de nós tem, conseguimos sempre destacar pela positiva aquilo em que realmente somos bons. Ao longo destes três anos, a Escola Profissional de Rio Maior permitiu-me perceber aquilo que realmente quero seguir no meu futuro, através da realização dos estágios curriculares que possibilitam aos alunos passar por todas as áreas relacionadas com o setor de formação que se encontram a adquirir. Considero que através desta escola consegui obter um elevado desenvolvimento pessoal, assim como, o meu crescimento a vários níveis. Considero também que escolher o ensino profissional é uma boa opção para todos os alunos, tendo em conta que através dos cursos frequentados, os alunos podem ingressar no ensino superior assim como lhes é possível ingressar, assim que terminem o curso, no mundo do trabalho, levando já consigo muita experiência adquirida na formação em contexto de trabalho. Para concluir, tenho a agradecer à EPRM, por todos os bons momentos proporcionados, assim como, a todos os professores pelos ensinamentos e vivências transmitidas.
Revista EPRM # 26 | 31
Agora falo eu... de aluno a formador... na EPRM Rodrigo Ferreira CT de Gestão de PME´s 2009/2012
De aluno a formador, da EPRM para… a EPRM (quase!) Foi em 2009 que tomei a feliz decisão de ingressar na Escola Profissional de Rio Maior. Apesar de na altura ser bastante jovem, imaturo e até rebelde, o meu objetivo a longo prazo estava bem definido: licenciar-me em gestão ou numa área relacionada. Foi então que numa visita à EPRM durante as Jornadas Profissionais me deparei com a oferta formativa para o ciclo 2009/2012 e lá estava “ele”, o “grande” Curso Técnico de Gestão… Por que não concluir o 12º ano de escolaridade adquirindo ao mesmo tempo competências na área de gestão? Assim foi! Após três anos de aulas, de dois fenomenais momentos de estágio e de vários momentos inesquecíveis, concluí o curso com sucesso em junho de 2012 após a apresentação da minha Prova de Aptidão Profissional. Concluí a licenciatura em Gestão Hoteleira em 2015, concluirei ainda este ano letivo o mestrado em Gestão e vou frequentar uma pós-graduação em Fiscalidade no próximo ano letivo. Trabalhei durante toda a licenciatura essencialmente na área comercial, não por questões económicas, mas porque sentia a necessidade de estar integrado no mercado de trabalho (obrigado EPRM!) Fui operador de telemarketing e vendi programas de férias no Grupo Pestana, trabalhei num gabinete de contabilidade e fui promotor de vendas e merchandiser em representação de marcas como a Asus, Microsoft, Lenovo, TomTom e Sagres/Luso em diversos pontos de venda do eixo Lisboa-Sintra-Cascais.
Após dois anos a trabalhar na área da banca (CGD e SIBS Processos), voltei para Rio Maior com o objetivo de abraçar novos projetos (pessoais e profissionais) e nessa mesma altura aceitei o convite para voltar a casa… para voltar à EPRM, desta vez do “outro lado” e com o objetivo de acrescentar valor à formação pessoal e profissional de vários jovens, pouco mais jovens do que eu, o que na minha opinião se tem traduzido numa enorme mais-valia. Como formador, acredito que só através da construção de uma relação de proximidade e entreajuda com os alunos é possível alcançar o sucesso escolar e é isso que tenho tentado fazer desde o início deste ano letivo. Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os que tão bem me integraram: diretor pedagógico, professores/formadores, funcionários e em especial aos ALUNOS do C69, C70 e C74 que fazem com que cada bloco de 90 minutos valha a pena. Fui feliz na EPRM e sem dúvida continuo a sê-lo!
Conecte a sua casa ao futuro
NOVO VULCANO SENSOR CONNECT
O primeiro esquentador com controlo total de temperatura pelo smartphone ou tablet. A classe de eficiência energética e respetivo perfil de consumo indicam a classificação do produto Sensor Connect de 15 litros.
32 | Revista EPRM # 26
““O O que que os os jovens jovens de de hoje hoje precisam de para emprego precisam d e ssaber aber p ara tterem erem e mprego amanhã” amanhã”
Nuno Malta
Carlos Abreu
Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior
Associação Empresarial do Concelho de Rio Maior
Hoje em dia vivemos numa realidade muito diferente daquela que se vivia há cerca de dez anos. As certezas de hoje, não são as mesmas de amanhã. O mesmo se passa com o mercado de trabalho. As relações laborais são cada vez mais dinâmicas, e quem trabalha tem de estar cada vez mais preparado para a mudança. A questão que se coloca: como nos adaptar a esta realidade? Sem dúvida alguma que o principal é ter formação. A escola tem um papel fundamental para que os jovens possam ingressar no mercado de trabalho. Na escola, os jovens adquirem conhecimento, experiência, aprendem a trabalhar em equipa. A escola, hoje, permite que os jovens desenvolvam as mais variadas competências para que amanhã tenham emprego. O que os jovens precisam para amanhã terem emprego é experiência, formação, serem multifacetados e proativos. E é na escola que constroem as bases de um futuro de sucesso.
A velocidade de mudança tecnológica de hoje é muito rápida, os jovens têm que tirar partido daquilo que as máquinas ainda não conseguem fazer, com imaginação, disciplina, criatividade e adaptação. Quando se entra no mercado de trabalho, há que estar bem formado e não ter receio de agir. Os jovens de hoje precisam de talento, vontade e muita energia, e sobretudo saber não desistir à primeira contradição que aparecer no seu percurso de vida profissional, sabendo arriscar. Para tal, é essencial aplicar competências, tais como, seriedade, educação e valores comportamentais, que juntos serão uma maisvalia para ingressar no mercado de trabalho. Ao contrário do que se pensa, a qualificação profissional transforma a vida destes jovens, com preparação para um mercado cada vez mais exigente, abrindo quase sempre as portas para um primeiro emprego, e evitando em muito, o abandono escolar.
Revista EPRM # 26 | 33
““O O que que os os jovens jovens de de hoje hoje precisam de para emprego precisam d e ssaber aber p ara tterem erem e mprego amanhã” amanhã” Sandra Costa Docente
EPRM
Vanda Quistorp Diretor Técnica Santa Casa da Misericórdia
Competências chave do século XXI No relatório elaborado pelo National Research Council, publicado em 2012, “Educação para a Vida e para o Trabalho: Desenvolvendo TransferênciadeConhecimentoeHabilidadesdoSéculoXXI“,reforçase a necessidade de o aluno conseguir transferir o conhecimento adquirido através da sua utilização no contexto real e da partilha desse conhecimento com outras pessoas, desenvolvendo assim as designadas “competências para o século XXI”. Também para Tony Wagner (2010), investigador de Inovação na Educação no Centro de Tecnologia e Empreendedorismo da Universidade de Harvard, as aprendizagens básicas da matemática, da escrita e da leitura já não são suficientes. No seu livro “The global achievement gap” defende que a escola deve desenvolver sete "competências de sobrevivência" necessárias para que as crianças possam enfrentar os desafios futuros: pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, colaboração, agilidade e adaptabilidade, iniciativa e empreendedorismo, boa comunicação oral e escrita, capacidade de aceder à informação e analisá-la e, por fim, curiosidade e imaginação. Neste contexto de mudança (permanente) em que já se contam quase duas décadas deste novo século, a escola e o sistema educativo e em particular o ensino profissional, continuam a confrontar-se com alguns desafios, desde logo, na minha opinião, a necessidade de ofertas formativas diferenciadoras, pelos diversos agentes de educação e formação profissional, capazes de mobilizar e envolver recursos locais e criar parcerias estratégicas e de promover nos alunos o desenvolvimento das competências exigidas pela sociedade e pelo mercado de trabalho, em resposta às necessidades económicas e sociais e de realização pessoal e profissional. Da minha experiência enquanto orientadora de estágio, no exercício de funções de acompanhamento dos alunos em formação em contexto de trabalho, posso partilhar a minha perceção daquilo que considero serem as competências mais valorizadas pelas empresas para além das competências técnicas específicas, nos alunos em formação, mas, sobretudo, nos colaboradores que pretendem recrutar. Destaco assim, a valorização dada ao entusiasmo e motivação para aprender e desenvolver-se continuamente, as competências digitais, as competências de comunicação oral e escrita, o domínio de pelo menos uma língua estrangeira, a capacidade de executar projetos e assumir riscos, de aceitar e gerir a mudança, o interesse pela inovação e criatividade e a capacidade de cooperar proativamente. Voltando a Wagner, penso que só uma educação assente no desenvolvimento das referidas “competências de sobrevivência” poderá dotar os jovens destas competências chave, que não são para o século XXI, são já as competências do século XXI. Referências Bibliográficas
NATIONAL RESEARCH COUNCIL (2012). Education for Life and Work. Developing Transferable Knowledge and Skills in the 21st Century. Washington, DC: The National Academies Press. WAGNER, TONY (2010). The Global Achievement Gap: Why Even Our Best Schools Don't Teach the New Survival Skills Our Children Need--and What We Can Do About It. Paperback.
34 | Revista EPRM # 26
Ser Técnico Auxiliar de Saúde é uma escolha de carreira e uma profissão multifacetada, que envolve o desempenho de várias tarefas em simultâneo, logo exige muito de quem a pratica, tanto física como psicologicamente. Não é uma profissão fácil, uma vez que exige perseverança e aptidão para lidar com seres humanos fragilizados, bem como a capacidade de resolver situações inesperadas, às quais é necessário saber responder com habilidade e tacto. Ser Técnico Auxiliar de Saúde exige não só disponibilidade e vocação, mas também grande dedicação e amor à profissão, tendo em conta que, sendo o braço direito de enfermeiros e de outros profissionais com formação superior dentro de diversas instituições de saúde, este profissional tem uma grande importância nas tarefas inerentes aos cuidados diários a ter com os pacientes. Os Técnicos Auxiliares de Saúde têm na sua longa lista de responsabilidades aspetos fundamentais como a limpeza dos espaços e materiais, higiene, alimentação e segurança dos utentes, bem como algumas questões administrativas, e em casos de internamento, ajudam a zelar pelo conforto dos pacientes, sendo muitas vezes a ponte entre estes e os médicos e enfermeiros. Sabendo que os utentes deste tipo de serviços são pessoas debilitadas, sensíveis e por vezes pouco sociáveis, necessitam de toda a atenção e carinho da parte de quem cuida e lida diariamente com eles, logo espera-se que o Técnico Auxiliar de Saúde demonstre determinadas qualidades nomeadamente a simpatia e a capacidade de comunicar habilmente com os outros. Sensibilidade, paciência, empatia e respeito pelas características individuais de cada pessoa, são qualidades que um Técnico Auxiliar de Saúde deve apresentar, qualidades estas desejadas por qualquer Entidade empregadora, de forma a proporcionar melhor qualidade de vida aos utentes que procuram os serviços de saúde pelas mais diversas situações. Todas estas vertentes da profissão de Auxiliar de Saúde podem ser aprendidas através de uma formação adequada para o efeito. A forma como o profissional de saúde estabelece relação com o paciente pode influenciar no cuidado prestado e também pode ser, ela mesma, (a relação) uma maneira de cuidar.
““O O que que os os jovens jovens de de hoje hoje precisam de para emprego precisam d e ssaber aber p ara tterem erem e mprego amanhã” amanhã” João Fonseca Fonte Salem
"Os dias de hoje são exigentes, especialmente para os nossos jovens. Não dispondo da experiência que o tempo lhes dará, têm de se munir de outras competências que lhes permitam vingar no mundo do trabalho. Dentro destas, as competências técnicas são sem dúvida importantes: assentes num bom ensino, numa boa aprendizagem e na capacidade do aluno de apreender o que o rodeia, encontrando nas "fórmulas" que lhe foram proporcionadas pela Escola a explicação para um padrão de comportamento do sistema onde se move. Não creio, no entanto, que sejam as competências técnicas que farão qualquer aluno distinguir-se dos demais e se transformar num profissional de excelência. Como qualquer de nós, também os nossos jovens não chegarão longe se caminharem sozinhos e se tiverem uma visão egocêntrica do trabalho. Um trabalhador extraordinário não se define pela quantidade de tarefas que consegue cumprir ou pelo facto de ser capaz de levá-las a cabo sem erros. Um profissional excelente coloca as suas valências ao serviço dos outros, sejam eles os clientes ou colegas de equipa. Tem a capacidade de compreender as regras e de, sempre que necessário, se abrir exceções por motivos de serviço, de atenção a quem beneficia do seu trabalho e desde que não se coloquem em causa princípios-base. Talvez este não seja tema para se ensinar numa escola, mas é imprescindível que seja lembrado. Se queremos que os nossos jovens tenham sucesso, temos de lhes prestar toda a atenção. Estes jovens, por seu lado, se querem ser profissionais excelentes têm, também eles, que colocar o foco da sua atividade nas pessoas que beneficiarão do seu trabalho, colocando todos os seus talentos ao seu serviço. Quando perceberem o impacto positivo que a sua atividade tem na vida de outras pessoas, encontrarão um Sentido para o seu trabalho, uma razão "maior" para o seu esforço. Encontrarão também a maior motivação para prosseguirem, sendo que curiosamente esta motivação lhe vem dos outros.
Rosário Fonseca Genéris
No seu percurso os jovens estudantes adquirem as competências e os necessários conhecimentos técnicos ao exercício de uma profissão. Existem, no entanto, algumas características que são essenciais desenvolver para se vir a ter uma carreira de sucesso. Mas afinal qual o perfil procurado pelas empresas no recrutamento dos seus colaboradores? O conhecimento prático, para além das bases teóricas, é um elemento muito valorizado hoje em dia pelas empresas, em particular no setor industrial. A capacidade de análise e resolução estruturada de problemas, o sentido crítico e a orientação à solução é algo que diferencia um colaborador e que lhe abre portas para o futuro em termos de progressão profissional. No que respeita ao perfil pessoal são também procuradas características que assegurem a integração na empresa, na equipa e o comprometimento com os valores da organização. Um bom relacionamento interpessoal, capacidade de adaptação às mudanças, assertividade na comunicação e um forte espírito de equipa são algumas das características mais importantes. As empresas pretendem colaboradores responsáveis, que realizem as suas funções de forma precisa e criteriosa, que demonstrem comprometimento com os resultados e que assegurem o cumprimento dos compromissos. A proatividade e iniciativa, bem com a resiliência, deverão ser continuamente demonstradas. Para se ser um bom profissional é necessário hoje em dia um desenvolvimento e empenho constantes. Não basta o conhecimento adquirido ao longo do percurso académico e cursos de formação, exige-se uma aprendizagem contínua quer através das experiências vividas e oportunidades dadas, quer pela procura incessante de mais conhecimento. Por fim, e será esta a verdadeira alavanca do sucesso, a paixão com que se abraça uma oportunidade profissional, um projeto, um novo desafio!
Revista EPRM # 26 | 35
Projetos de Aptidão Profissional A Prova de Aptidão Profissional (PAP) consiste na apresentação e defesa, perante um júri, de um projeto consubstanciado num produto, material ou intelectual, numa intervenção ou numa atuação, consoante a natureza do curso, bem como do respetivo relatório final de realização e apresentação crítica, demonstrativo de saberes e competências profissionais, adquiridos ao longo da formação e estruturante do futuro profissional do estudante. A PAP tem um carácter de investigação aplicada, integradora e mobilizadora dos saberes e competências adquiridos ao longo do plano de formação desenvolvido em sala de aula e em contexto de trabalho. O projeto é pessoal e centra-se em temas e problemas perspetivados e desenvolvidos pelo aluno em estreita ligação com as práticas em contexto de trabalho. Todos os alunos do Ensino Profissional, para concluir o curso profissional em que estão inseridos, devem apresentar no último ano de formação o projeto que se designa de Prova de Aptidão Profissional (PAP). De outro ponto de vista, a PAP deve ainda resultar num produto técnico e economicamente relevante para a atividade empresarial/profissional do setor, pela sua utilidade e qualidade. Deve demonstrar também a sensibilidade e a preparação do aluno para as necessidades concretas do setor de atividade em que se integrará, no desempenho das suas funções e funcionar como uma oportunidade de demonstrar potenciais empregadores e capacidade do aluno para um desempenho profissional rigoroso.
INTENSIVE DIRT CLEANER Francisco Martins Curso Profissional de Técnico de Manutenção Industrial/Eletromecânica – 12ºA
O processo de limpeza de aviários após um período de três meses de criação de aves é uma tarefa que demora muito tempo a ser concretizada devido à grande dimensão dos aviários e ao grande esforço físico que requer por parte do criador. Quando é terminado o processo de limpeza do pavimento, os aviários, os comedores e bebedores necessitam de ser lavados e desinfetados para que todas as doenças e micróbios desapareçam com o objetivo de não contaminarem a próxima criação. Este processo é bastante moroso e exigente. A fim de terminar a tarefa de limpeza e desinfeção sucede-se o processo de revestimento do chão com aparas e montagem dos bebedores e comedores, com o intuito de receber novas aves para uma futura criação. Desta forma, surgiu a Intensive Dirt Cleaner, que consiste numa vassoura mecânica transformada para poder ser acoplada a uma mini máquina carregadora. O projeto permite, assim, a limpeza de grandes áreas em menor tempo e com menor esforço humano e a ideia surgiu da necessidade de criar um utensílio de limpeza que pudesse dar resposta a uma dificuldade, neste caso, pessoal. O pai do Francisco é criador de aves e possui três aviários, com cerca de 2000mР cada e a tarefa de limpeza no final de cada criação é bastante exigente no que se refere ao esforço físico e demorada em termos de execução, já para não referir as questões de saúde inerentes a todo o processo, uma vez que quem procede à limpeza tem um contacto direto com os excrementos das aves. Assim, como futuro Técnico de Manutenção Industrial, considerou que seria de todo pertinente desenvolver como projeto PAP algo em que pudesse ver uma aplicação prática imediata, surgindo, desta forma, a ideia de conceber um utensílio de limpeza adequado a superfícies de grandes dimensões. Como tal, a Intensive Dirt Cleaner permite retirar todo o estrume dos aviários, varrendo o espaço, tarefa que passará então a ser executada com maior rapidez, facilidade e até eficácia.
36 | Revista EPRM # 26
CARTESIANO 3000 Mário Robalo Curso Profissional de Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação, 12º B
Num momento em que a indústria está a sofrer bastantes alterações a nível de automação, decidi fazer algo que se inserisse nesta área. Daí,imagineioCartesiano3000,umprotótipodeumrobôcartesiano que se destina a grandes áreas industriais ou armazéns para a manipulação de materiais. Os robôs cartesianos têm movimentos em três eixos ortonormados (x,y e z), sendo muito utilizados em operações de montagem e manipulação de peças na indústria. Este robô tem como objetivos a agilização de processos, sendo mais eficiente do que a mão humana e reduzindo também os problemas lombares devidos à repetição e à monotonia de certos trabalhos. Apresenta ainda um fácil interface homem-máquina através de uma consola tátil. O sistema é controlado com um autómato Siemens S7-1200 e dispõe de acionamento eletropneumático para a movimentação. A deteção da posição efetua-se por sensores magnéticos. Desenvolvi a programação para o controlo do robô com dois modos de funcionamento, manual e automático. No modo automático, o robô efetua a montagem de uma peça com dois componentes. Apesar de ter representado um desafio exigente ao longo de um ano, penso que consegui atingir os objetivos a que me propus e adquiri novas competências nesta área da automação.
Projetos de Aptidão Profissional MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS
CORTA CANTOS MC
Sara Santos Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde 12º C
Mário Carvalho Curso Profissional de Técnico de Manutenção Industrial/Eletromecânica – 12ºD
O projeto que constituiu a Prova de Aptidão Profissional consistiu na elaboração de um manual de primeiros socorros destinado a crianças. O manual é um guia básico em que, através de uma linguagem simples e objetiva, apresenta os procedimentos gerais de primeiros socorros a adotar com crianças. Para consolidar a apresentação do manual, foi realizada a apresentação do mesmo em diversas escolas envolvidas no projeto.
Hoje em dia as boas empresas não recrutam técnicos que não sejam capazes de desempenhar funções de planeamento. Para isso, é necessário muito rigor na planificação, através do desenho técnico e dos cronogramas estabelecidos para as diferentes datas. O consumidor, atualmente, pretende algo inovador que não seja muito dispendioso para facilitar o seu trabalho com o mínimo esforço e financiamento possível.
O manual é composto por vários exercícios e, cada exercício foi ilustrado por escolas do concelho de Rio Maior, nomeadamente a Escola Básica Marinhas do Sal, Escola Básica Integrada Fernando Casimiro Pereira da Silva, Centro Escolar Poeta Ruy Belo, Escola Básica Latino Coelho e o Colégio Alto Pina. A criação do guia foi realizada com o intuito de enriquecer o conhecimento das crianças acerca do tema de primeiros socorros, assim como, dotá-las dos conhecimentos necessários para que saibam como agir se presenciarem alguma situação de emergência abordada no mesmo. O objetivo foi, também, desenvolver sessões com a finalidade de apresentar os conteúdos do manual para que as crianças aprendessem de forma didática a praticar algumas das técnicas abordadas no manual. Considerando que o plano curricular da disciplina de saúde prevê um módulo de formação em primeiros socorros, este tema desde logo despertou bastante interesse na Sara. Escolheu desenvolver este projeto, uma vez que considerou que existe falta de esclarecimento sobre o tema na faixa etária mais jovem, nomeadamente nas crianças.
É essencial que exista uma estrutura de produção e de serviços compatível com as necessidades identificadas, pois o fabricante não sustentará por muito tempo serviços sem qualidade. Desta forma, considero que o meu projeto tem condições para integrar a procura existente no mercado. Mas, para isso, fiz uma escolha rigorosa na seleção dos materiais para que o produto não representasse um elevado investimento monetário. A máquina que construí tem como objetivo cortar cantos de chapa de aço, cuja espessura não exceda os 6mm, cortará um canto de cada vez e após finalizado o processo de corte, a chapa irá ser quinada e daí resultará um tabuleiro. O perímetro de cada corte poderá ser até 300mm. O projeto destina-se a todas as empresas do setor alimentar e setor metalomecânico (com serviço de quinagem), pois a máquina está apta a auxiliar a preparação de chapas para quinagem e na construção de tabuleiros utilizados pelas mesmas. É possível ainda o estabelecimento de parcerias com empresas revendedoras de máquinas industriais. O Corta Cantos MC traz grandes benefícios, pois através da maior rapidez e precisão no corte de chapa, o proprietário poderá aumentar o seu número de produção e através disso conseguir uma maior venda do seu produto.
Os objetivos inerentes ao projeto “Com a saúde também se brinca” consistem em: - Reconhecer situações em que exista perigo de vida eminente; - Saber de que forma e quando pedir ajuda; - Saber iniciar de imediato, manobras que contribuam para preservar a circulação e oxigenação, até à chegada de ajuda diferenciada; - Alertar a população para a importância de reter conhecimentos de socorrismo e como executar rápida e eficazmente; - Diminuir a taxa de mortalidade/morbilidade.
Revista EPRM # 26 | 37
C.T. Manutenção Industrial / Eletromecânica 1º ano
APOSTA DE FUTURO! O primeiro passo foi dado ao inscreverem-se no curso de Técnico de Manutenção. Um curso polivalente onde serão colocados perante desafios de forma constante com o objetivo de desenvolverem todo um conjunto de competências pessoais e técnicas que possuem, por vezes escondidas e desconhecidas. Num Mundo em constante desenvolvimento e mudança, é urgente e necessário ser capaz de responder às solicitações de forma correta e assertiva demonstrando, assim, a capacidade de organização e planeamento que um técnico deve ter. O caminho só agora começou a ser traçado, mas muitos desafios e apostas já vos foram sendo colocados. Acredito na força desta equipa e sei que o sucesso será a meta! Nem todos 38 | Revista EPRM # 26
os caminhos serão fáceis, nem as respostas estarão “à mão de semear”, mas é esse desafio que vos fará crescer como pessoas e como profissionais na área. Um Técnico de Manutenção Industrial é um profissional polivalente cuja capacidade de decisão e trabalho se salienta e demonstra no dia a dia das empresas. Muitos de vós aperfeiçoar-se-ão em áreas diferentes, mas o sentido de manter e preservar estará sempre presente. Fazer o que se gosta e gostarmos do que se faz é meio passo para o sucesso!
Cláudia Solange Gomes Diretora de Curso
C.T. Eletrónica Automação e Instrumentação 1º ano
O 1º ANO DO CURSO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO No passado mês de setembro, iniciaram o seu percurso formativo na EPRM os alunos do primeiro ano deste curso. Estes alunos tiveram o seu primeiro momento de Formação em Contexto de Trabalho no mês de outubro, com a duração de três dias. Neste momento de FCT pretende-se que os novos alunos tomem contacto com as atividades, empresas e profissões que podem vir a desempenhar no final do seu curso. Nos dias 25 e 26 de outubro, os alunos puderam participar numa visita de estudo ao Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel, no Porto, e às empresas do grupo TJ Moldes, na Marinha Grande. O dia 27 de outubro decorreu na EPRM, tendo os alunos participado em encontros com profissionais do sector elétrico e eletrónico e com ex-alunos do curso. Mantendo a proximidade com as empresas da região que
caracteriza a Escola Profissional, os alunos tiveram o segundo momento de FCT de 26 de fevereiro a 23 de março, com a duraçãodequatrosemanas.Comacolaboraçãodasempresas e entidades que acolheram os alunos, estes tiveram a sua primeira experiência de trabalho. Esta FCT pretende transmitir aos novos alunos competências transversais, valores, atitudes e experiências muito valorizadas pelo mercado de trabalho. Os alunos deste curso puderam ainda participar em visitas de estudo à unidade de descasque e embalamento de arroz da Mundiarroz, ao Observatório da Cortiça em Coruche, ao Museu das Telecomunicações em Lisboa e assistir a uma peça de teatro no Cineteatro de Rio Maior.
Nuno Monteiro Diretor de Curso
Revista EPRM # 26 | 39
C.T. Gestão e Programação de Sistemas Informáticos 1º ano
A elevada concorrência e constante evolução que hoje em dia se coloca a nível global, em particular na área das tecnologias, impõe a necessidade de incutir aos alunos o maior conhecimento possível. Para tal, a EPRM aposta nas parcerias com as empresas, permitindo que os seus formandos contactem com um vasto leque de experiências profissionais e efetivamente possam “munir-se de armas” para superar a concorrência e alcançar o sucesso a nível profissional. Com efeito, este artigo pretende espelhar todo o trabalho desenvolvido, ao longo deste ano letivo, com a turma de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos (triénio 2017-2010) que se encontra a concluir o primeiro ano do seu ciclo de formação. Durante o primeiro trimestre e inserido no plano de trabalho do primeiro momento de FCT, a turma visitou: Parque Tecnológico de Óbidos (Softpack, Performarkt, Pixels, Tecdoor, Makewise, NewOxigen); Janela Digital, em Óbidos; Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria; inCentea – empresa de consultoria e tecnologia de gestão, em Leiria; Secção de informática da Câmara Municipal de Rio Maior e algumas empresas da área de intervenção do curso, em Rio Maior. Com vista ao enriquecimento de competências, os formandos participaram em diversos workshops, nomeadamente: - Programação Phyton; - Programação de Apps; - Criação de jogos digitais; Com o intuito de, num momento descontraído, permitir o convívio com profissionais da área do curso para partilha de experiências,
40 | Revista EPRM # 26
convidamos dois ex-alunos: Ricardo Maltez, do curso de GPSI, que se encontra a trabalhar e a estudar no ensino superior. O Ricardo fez ainda questão de mostrar aos alunos todas as atividades em que se envolveu durante os três anos e também o seu projeto (PAP) final de curso. Andreia Agostinho, do curso de Comunicação, que atualmente trabalha na Olisipo como Talent Manager. A Andreia falou sobre a gestão de carreiras dos profissionais das IT e apresentou os vários “rumos” que os nossos alunos podem e devem seguir para serem profissionais de sucesso. Durante o segundo trimestre a turma visitou a Fundação Portuguesa das Comunicações, em particular as exposições “Casa do Futuro”, “Cabos Submarinos” e “Vencer a Distância” com o objetivo de dar a conhecer o trabalho desenvolvido por esta instituição, nomeadamente, a conservação e a divulgação do património histórico, científico e tecnológico das Comunicações. Ainda no segundo período, decorreu o segundo momento de FCT, com a duração de quatro semanas, onde os objetivos prioritários foram o contacto com as vivências inerentes às relações pessoais e profissionais em contexto real de trabalho e também acompanhar técnicos na realização de tarefas e na pesquisa de soluções para situações-problema. O balanço foi francamente positivo pois a generalidade dos alunos demonstrou interesse, motivação e empenho nas tarefas propostas pelos tutores, em contexto de formação.
Cecília Pereira Diretora de Curso
C.T. Comércio 1º ano
O Curso Técnico de Comércio já se encontra em alto-mar! Cerca de 26 alunos decidiram embarcar nesta viagem que não tem limite de bagagem. A rota está repleta de desafios, aventuras, conquistas, batalhas ganhas (e perdidas) e, sem dúvida, muitas aprendizagens! É fundamental fornecer a estes alunos uma formação atual e diferenciadora capaz de se adaptar às atuais exigências do mercado de trabalho. O e-Commerce, a massificação dos smartphones e as redes sociais vieram alterar a forma de “fazer comércio”. Hoje em dia é possível comprar todo o tipo de bens e serviços através de um simples clique e, ainda antes disso, analisar a opinião de quem já comprou. Para além disso, o ponto de venda moderno deixou de ser um mero local de transação de bens e prestação de serviços e passou a ser um espaço dinâmico e de lazer onde as pessoas querem ver, tocar, sentir, ouvir, experimentar… Entre 23 de fevereiro e 26 de março decorreu o segundo momento de FCT. Durante quatro semanas de estágio em diversas empresas da região, os alunos contactaram com as vivências inerentes ao
contexto real de trabalho, acompanhando e executando tarefas de acordo com o perfil curricular do curso. Neste momento está prevista uma visita de estudo a Campo Maior e a Badajoz no âmbito de um Projeto Integrador que envolverá as disciplinas de Comercializar e Vender, Comunicar no Ponto de Venda, Organizar e Gerir a Empresa e Economia. As atividades desta visita incluem uma visita à fábrica da Delta Cafés, ao Centro de Ciência do Café e à Adega Mayor. Já em território espanhol, os alunos vão aplicar inquéritos no centro histórico de Badajoz e ainda visitar o centro comercial El Corte Inglés acompanhados pelo responsável de relações externas. Um sincero agradecimento a todos os que têm colaborado com esta viagem! Rodrigo Ferreira Diretor de Curso
Revista EPRM # 26 | 41
C.T. Manutenção Industrial / Eletromecânica 2º ano
A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Nos tempos modernos a maioria das empresas tem programas e políticas internas que valorizam a importância da manutenção dos seus equipamentos industriais, um gestor da manutenção consegue identificar falhas e corrigir erros antes de colocar em risco todo o processo de produção (linhas de produção ou postos de trabalho individuais parados, traduzem-se em grandes prejuízos para as empresas).
Por que é preciso fazer a manutenção de equipamentos industriais?
Uma equipa de manutenção deve estar preparada para exercer sistematicamente dois tipos de trabalho:
Na realidade, a indústria regista muitos casos de inúmeras horas paradas, devido à produção não se encontrar a laborar, pagandose a funcionários que não estão a trabalhar porque uma máquina importante está avariada.
- Manutenção preventiva: Realizar serviços para evitar a redução do desempenho dos equipamentos industriais, impedir que as máquinas parem de funcionar ou que provoquem prejuízos ao meio ambiente e coloquem em risco a integridade física e a segurança dos trabalhadores. - Manutenção Corretiva: Realizar o serviço necessário para que um equipamento com problemas, que esteja parado ou com desempenho irregular, volte a funcionar, para dar continuação ao processo produtivo e reduzir ao máximo os prejuízos. A Manutenção Preventiva e a Manutenção Corretiva devem ser efetuadas por profissionais e têm o objetivo de evitar prejuízos elevados para as empresas.
42 | Revista EPRM # 26
O uso intensivo e rotineiro dos equipamentos industriais gera um desgaste natural e causa a degeneração das peças e componentes. A importância da manutenção nos equipamentos industriais está ligada a gestão do trabalho e produção, que não pode render pouco e, muito menos, parar por falta de equipamentos.
A gestão moderna e eficiente coloca o custo da manutenção preventiva e corretiva somada à importância de se manter a produção no máximo das suas capacidades, e percebe-se que o investimento feito em prevenção é muito menor do que o custo gerado por equipamentos danificados, linhas de produção paradas, atrasos nas encomendas, etc… A manutenção de equipamentos industriais deve realizar trabalhos para aumentar a vida útil e produtiva dos sistemas elétricos, mecânicos e eletromecânicos, e assim reduzir os custos globais das empresas. Mário Sousa Diretor de Curso
C.T. Instalações Elétricas 2º ano
O nome Eletricidade provém de elektron, que é âmbar em Grego, devido à descoberta, e não invenção, de fenómenos elétricos que remontam a algumas centenas de anos antes de cristo observado por Tales de Mileto, entre outros. Ao friccionar uma vareta de âmbar obtém-se eletrificação por fricção. No decorrer dos séculos muitos cientistas como: Benjamin Franklin; James Watt; Michael Faraday; Thomas Alvas Edison; Heinrich Rudolph Hertz; Nikola Tesla e muitos outros participaram no desenvolvimento do conhecimento deste fenómeno e de equipamentos relacionados que chegado aos dias de hoje nos proporcionam imensas vantagens e comodidades. A complexidade da utilização da eletricidade originou diferentes áreas de estudo e aplicações como: Produção e transporte de energia elétrica; eletricidade de edificações; eletrónica; automação; robótica entre outros. Um modelo social que hoje depende do fenómeno da eletricidade para dar continuidade à sua evolução. A extensa diversidade de aplicações exige pessoas devidamente qualificadas para dar resposta à preparação, execução e manutenção dos devidos sistemas elétricos, onde as escolas profissionais têm aqui um papel decisivo no desenvolvimento de uma comunidade, de um país. A Escola Profissional de Rio Maior tem essa responsabilidade e eu, como Diretor de Curso da turma de Técnico de Instalações Elétricas, para além da carga burocrática inerente, tenho também
a responsabilidade e o desejo de conseguir despertar os alunos para a importância dos conhecimentos específicos das instalações elétricas como por exemplo na escolha de material elétrico, consulta das Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão, calcular instalações de edificações onde a teoria e a prática se complementam. Como Diretor de Curso tenho a oportunidade de acompanhar e orientar estes alunos em trabalhos que serão expostos nas jornadas tais como a instalação elétrica na casinha de madeira que constitui um excelente componente didático e construção de quadros elétricos de comando industrial. Tive a satisfação de acompanhar e verificar o bom desempenho e o entusiasmo dos alunos nos estágios. Considero este ponto de extrema importância porque proporciona uma oportunidade de o aluno ter contacto com questões reais e específicas de trabalho que muitas vezes são impossíveis de serem abordadas nas escolas. Os alunos nos estágios vincam um marco de crescimento. Irei também como Diretor de Curso acompanhar as Provas de Aptidão Profissional, onde cada aluno tem a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos no seu percurso académico, num projeto à sua escolha e terá que planear, executar e defender esse projeto perante um júri que confirma as aptidões do aluno apto para o mundo do trabalho com os requisitos necessários. Rui Lopes Diretor de Curso
Revista EPRM # 26 | 43
C.T. Gestão de Transportes 2º ano
TRANSPORTES VS MOBILIDADE - ENCURTAR DISTÂNCIAS Foram há muitos anos colocados espelhos nos elevadores, para que as pessoas se distraiam elas próprias no transporte, e não deem pelo tempo de viagem, dando a sensação de que se…encurtou a distância. Hoje, utilizar um transporte de Rio Maior para Faro que nos permita com Wi-Fi, a distração de estar “conectados ao mundo”…encurta distâncias. Esta mobilidade de ideias e de conhecimento, facultada pela internet e pelas tecnologias de informação e comunicação, transformaram definitivamente o conceito de transporte de bens e de pessoas, tornando as distâncias mais curtas. Vivemos a globalização e interligação das economias, que vai gerando um conjunto de novas oportunidades e desafios às empresas de transportes e aos recursos humanos que as 44 | Revista EPRM # 26
integram. É importante estar atento às mudanças geradas no perfil do técnico de gestão de transportes e à “distância” entre o nível de competências exigido pelas empresas de transporte e o nível de competências que o futuro desafia às empresas de mobilidade. Esse é o trabalhado assumido pela EPRM e o desafio proposto a todos os nossos futuros técnicos de gestão de transportes… encurtar distâncias…e ajustar a formação dos nossos alunos ao paradigma da mobilidade, sugerido hoje, a todas as empresas que atuam no setor dos transportes. Marco Henriques Diretor de Curso
C.T. Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade 2º ano
1/2 CAMINHO ANDADO PARA O SUCESSO Sensivelmente a meio do ciclo de formação, os nossos alunos do Curso Profissional de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade já tiveram oportunidade de realizar dois importantes momentos de Formação em Contexto de Trabalho (FCT), durante os quais foram desenvolvendo atividades, maioritariamente práticas, que lhes permitiram a experimentação e mobilização de competências relevantes para o seu perfil de desempenho profissional, bem como, a aquisição de um “saber serestar-fazer” complementar da formação teórica. Estes alunos nesta altura estão já a “dar forma” às suas Provas de Aptidão Profissional (PAP) que lhes vão permitir elaborar projetos transdisciplinares que evidenciem os conhecimentos e competências adquiridos ao longo do plano de formação, tanto em sala como em contexto de trabalho. As PAP, à semelhança da FCT, vêm reforçar o caráter fortemente prático dos cursos profissionais pois visam proporcionar aos alunos a experiência de conceção e definição de projetos de caráter profissional, exequíveis e adequados ao desempenho de técnicos de nível IV. Outro aspeto diferenciador da formação destes futuros Técnicos de
Comunicação tem sido a prática continuada de desenvolvimento de Projetos Integradores (PI) que nos tem permitido realizar uma abordagem interdisciplinar, relacionando a teoria e a prática como estratégia de aprendizagem. Dos PI destacamos o “MarkeTHINKING DAY” que ainda está em fase de desenvolvimento e tem como intuito a organização de uma conferência em que o tema principal será o Marketing. Este projeto surgiu da necessidade de promover o contacto dos alunos com profissionais da sua área de formação, bem como, da oportunidade de proporcionar momentos de prática profissional simulada. O PI será desenvolvido no âmbito das quatro disciplinas da componente técnica do curso: Técnicas Práticas de Comunicação e Relações Públicas; Comunicação Gráfica e Audiovisual; Comunicação Publicitária e Criatividade e Marketing. A conferência realizar-se-á no dia 15 de maio, no Cineteatro de Rio Maior. Acreditamos o “meio caminho” já percorrido por estes jovens tem sido determinante para o seu sucesso escolar agora, e será decisivo, também em termos profissionais, no seu futuro. Ana do Carmo Diretora do Curso
Revista EPRM # 26 | 45
C.T. Manutenção Industrial / Eletromecânica 3º ano
Foi em 2015 que, a par com a turma do Curso Técnico de Manutenção Industrial, internamente conhecida como C63, ingressei nesta Escola. A minha integração nesta equipa teve, tal como com a turma, os seus altos e baixos. Cedo nos apercebemos que este grupo, heterogéneo como todos o são, tinha o potencial para elevar o nome da Escola. Como tal, foram-lhe lançados vários desafios, tanto a nível técnico como a nível científico e sociocultural aos quais a turma foi correspondendo. De início, e numa perspetiva de abertura de horizontes, esta turma teve de interagir com um conjunto de empresas cujo leque de ofertas sai um pouco do que é, à partida, espectável pelos alunos desta área tecnológica. Nestas empresas foi destacada a importância da transdisciplinaridade – corroborando as metodologias preconizadas na nossa Escola – e a ligação entre o Desenho Técnico, o projeto e a posterior execução. Todos os trabalhos oficinais realizados desde então 46 | Revista EPRM # 26
tiveram a interdisciplinaridade na sua base. A par com as atividades letivas, foram realizados um conjunto de workshops e de visitas técnicas, com empresas parceiras e outros, visando não só o cimentar dos conteúdos ministrados, mas também complementar estes assuntos com outras abordagens e diferentes perspetivas. Como balanço, e nesta altura em que estes alunos se encontram a terminar as suas Provas de Aptidão Profissional, apraz-me afirmar que, complementando a teórica com a prática, as novas tecnologias com os métodos de produção mais tradicionais, numa estreita ligação ao tecido empresarial, estes alunos estão em excelentes condições para ingressar na sua vida profissional ou, em alternativa, prosseguir estudos a nível superior. E é com profunda satisfação que os vejo delinearem os seus caminhos e partirem, contribuindo assim para a sua realização pessoal e para o bom-nome da Escola. Paulo Marques Diretor de Curso
C.T. Eletrónica Automação e Instrumentação 3º ano
Dentro de poucos dias irão terminar o seu percurso escolar na EPRM os estudantes do terceiro ano do curso de Eletrónica, Automação e Instrumentação. Seguir-se-á um período de nove semanas de Formação em Contexto de Trabalho, em empresas nacionais ou em mobilidade transnacional, a decorrer em diferentes países europeus. O projeto educativo da EPRM pretende proporcionar aos seus alunos uma experiência diversificada e enriquecedora. Assim, no corrente ano letivo, estes alunos realizaram em visitas de estudo à Central Termoelétrica do Pego, ao Palácio Nacional de Mafra, à feira Futurália, à Assembleia da República e às unidades industriais da Olitrem e da Font Salem. Assistiram a peças de teatro relacionadas com as disciplinas de Português e de Inglês. Puderam também participar nas Jornadas Experimentais de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Politécnico de Leiria onde participaram em Workshops,
visitaram os laboratórios e ficaram a conhecer a oferta daquela instituição. Nos dias 19 e 20 de abril, tiveram lugar as apresentações dos projetos de Prova de Aptidão Profissional, perante um júri composto por elementos da Escola e por elementos externos de empresas e entidades relacionadas com o perfil de saída deste curso. Cada um dos alunos apresentou o seu projeto, resultado de um ano de trabalho em que puderam demonstrar as competências adquiridas ao longo do seu curso. A equipa de professores e formadores deseja a estes alunos os maiores sucessos pessoais e profissionais na nova etapa que se inicia em breve nas suas vidas.
Nuno Monteiro Diretor de Curso
Revista EPRM # 26 | 47
C.T. Auxiliar de Saúde 3º ano
O Curso Técnico Auxiliar de Saúde enquadra-se na família profissional de tecnologias da saúde - área de educação e formação de saúde - programas não classificados noutra área de formação (729), de acordo com a classificação aprovada pela Portaria n.º 256/2005, de 16 de março. Os alunos que concluírem com aproveitamento este curso profissional ficam com certificação ao nível secundário de educação e o nível IV de formação profissional, nos termos da regulamentação em vigor.
ciclo letivo, todos os alunos já realizaram Formações em Contexto de Trabalho (FCT), ficando aptos a auxiliar na prestação de cuidados de saúde aos utentes; recolher e transportar amostras biológicas; limpar e higienizar os espaços; apoiar logisticamente e administrativamente as diferentes unidades e serviços de saúde; proceder à limpeza, higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, entre outros.
O objetivo principal que se pretende com a existência do Curso Técnico Auxiliar de Saúde é preparar jovens profissionais com competências técnicas na área de auxílio e na prestação de cuidados de saúde a enfermeiros e outros profissionais de saúde em unidades clínicas ou afins.
AsprincipaissaídasprofissionaisparaosalunosqueconcluemoCurso Técnico Auxiliar de Saúde são: hospitais (públicos e privados); centros de saúde; consultórios médicos; clínicas; outros estabelecimentos de saúde; centros de dia; lares; centros de acolhimento e residência de crianças; unidades de cuidados continuados; serviços de apoio ao domicílio e institutos de estética.
No decorrer do ciclo letivo, para além de toda uma componente de formação sócio-cultural, científica e técnica, os alunos têm a oportunidade de realizar estágios curriculares, que visam facilitar a mobilização e a transferência de competências por parte dos mesmos nos vários ramos de atividade, fomentam o trabalho em equipa e remetem o aluno para uma perspetiva mais concreta do mercado de trabalho.
Neste sentido, consideramos ser pertinente dar continuidade e desenvolver a oferta formativa na área do Curso Técnico Auxiliar de Saúde, por forma a ir ao encontro da promoção de uma formação profissional que desenvolva competências adequadas a diferentes públicos-alvo e áreas de intervenção, permitindo a criação de condições para uma inserção profissional estável dos futuros técnicos de saúde.
Chegados ao 3º ano do curso (12º ano), todos os alunos têm de desenvolver os seus Projetos de Aptidão Profissional (PAP), que têm carácter de investigação aplicada, integradora e mobilizadora dos saberes e competências adquiridas ao longo do plano de formação desenvolvido em sala de aula e em contexto de trabalho. No final do
É com este objetivo que nos focamos diariamente, de forma a motivar, elucidar e ajudar os nossos alunos para que consigam alcançar um futuro melhor!
48 | Revista EPRM # 26
Vanda Quistorp Diretora do Curso
C.T. Manutenção Industrial / Eletromecânica 3º ano
O FUTURO É JÁ AMANHÃ!
A incerteza do dia de amanhã obriga-nos a olhar para mais longe e fora dos nossos limites de forma a conseguirmos encontrar e garantir o nosso lugar! Não será fácil o caminho que terão que percorrer, mas de facilidades nunca resultou nada de bom, por isso, arregacem as mangas e esforcemse de forma a garantir que serão os melhores Técnicos de Manutenção Industrial no desempenho das vossas funções. Acredito em vós, e já deram imensas provas de que essa confiança tem razão de ser e que quando realmente o desejam vocês conseguem ir mais além e fazer melhor que todos. Não desistam, não desmoralizem, nem pensem em recorrer à lei do menor esforço no vosso dia-a-dia, pois o futuro só será daqueles que lutarem por ele e que realmente o queiram! A área da Manutenção é uma área vasta e cheia de
especialidades. Escolham aquela com a qual mais têm empatia, desenvolvam os vossos conhecimentos e partam à aventura! Estes três anos voaram como o estalar de dedos. Foram anos de aprendizagem, crescimento e lutas mas, acima de tudo anos de formação de técnicos e de carácter. Não se deixem ficar à sombra de quem já sabe muito, pois o Mundo e as tecnologias mudam constantemente e só quem está atento conseguirá vingar. Os momentos mais difíceis serão compensados pela alegria e prazer de ver um trabalho concluído e bem feito! Fazer o que se gosta e gostarmos do que se faz é meio passo para o sucesso! Cláudia Solange Gomes Diretora de Curso
Revista EPRM # 26 | 49
Com um agradecimento senƟdo, apresentamos as empresas que acolheram os nossos alunos em Formação em Contexto de Trabalho [estágio], no ano 2018 *A. C. Lourenço, Lda. *A. LOPES & VERDINHO, Lda. *A.L. Eletricidade Unipessoal *ACMan Manutenção
*Auto Sueco, S.A. *Autofran *Autogirar, S.A. *Biblioteca Municipal [Rio Maior] *Bielco *Bitzone, Lda. e Comércio de *Brumma Veículos, S.A. Tecnologias *AcƟve Fisio InformáƟcas, Lda. *Afinomaq, Lda. *Centro Hospitalar *Alexandre Caldas da Rainha e Norberto Reparações Elétricas *Centro Hospitalar de Leiria *Auto, Lda *Alferpac - Projectos, *Câmara Municipal de Rio Maior Assistência e Obras *CBE – Materiais Públicas, S.A. *Amaro da Silva, Lda. Rodoviários *CCC - Centro *Amiauto Pro, Lda. Cultural e de *Amitrónica, Lda. Congressos das *António Bernardo Montagens Elétricas Caldas da Rainha *Centro de Educação Unipessoal, Lda. Especial “O Ninho” *António Fernando Neves - Eletricidade, *Centro Nacional de Exposições Estudos e Projetos do Ministério da Elétricos, Lda. Agricultura *ArcoFrigo, Lda. *Centro Social S. *Arfiltrucks, Lda. BaƟsta *ArƟficiel S.A. *Cerro Mar Hotel & [Visabeira] Spa *Auto Francisco *CIMLT - Comunidade Mata, Lda. Intermunicipal da *Auto Reparadora Lezíria do Tejo Ricardo & Ricardo 50 | Revista EPRM # 26
*Cisterluso Equipamentos e Transportes, Lda. *Clínica Lusíadas *CooperaƟva Agrícola de Rio Maior, C.R.L. *DANIEL & LINO, Lda. *Deritec, Lda. *DESMOR *DOFILOFI, de Dorisa Filipa Lopes Fialho *Dura AutomoƟve Portuguesa Indústria de Componentes para Automóveis, Lda. *E.S.T. - Empresa Serviços Técnicos, Lda. *ELECTRO 21 *Electro Aveicim, Unipessoal, Lda. ELITEFITNESS Unipessoal, Lda. *Enoport, Produção de Bebidas, S.A. Entreposto *SANTAGRI, S.A. *Euroindy Kartódromo, Lda. *Fama-Transportes, Lda. *Farmácia Central [
*Farmácia Paulino *Ferplay, Lda. *FexarƟ, Lda. *Figura Volante, Lda. *Fisirio, Lda. *FontSalem, S.A. *Foto Franco *Four Seasons, Ritz Hotel *Fravizel *Freiriauto, Lda. *Frigicomp, Lda. *Galmax - Comércio e Serviços, Lda. *Galtrailer *Generis FarmacêuƟca, S.A. *GIFTSEASON, Lda. *GRAFTUGA *Grupo Mundie Tec *Grupo Vendap *GYPTEC Ibérica *Gessos Técnicos, S.A. *Happy Dente [Rio Maior] *Havidanainternet, Lda. *Hiper FM *RádioMaior, Lda. *HORTELÃ MAGENTA *Hospital CUF Santarém *Hospital de Santo António
*Iberomoldes, S.A. *Instalmaior Unipessoal, Lda. Ύ/ŶƐƟƚƵƚŽ WŽůŝƚĠĐŶŝĐŽ ĚĞ ^ĂŶƚĂƌĠŵ Ͳ ƐĐŽůĂ ^ƵƉĞƌŝŽƌ ĚĞ ĞƐƉŽƌƚŽ de Rio Maior Ύ/Es W Ͳ /ŶĚƷƐƚƌŝĂ ĚĞ ǀĞşĐƵůŽƐ ƉĞƐĂĚŽƐ͕ Lda. *Invepe, Lda. Ύ/sK hd > Z/ ^͕ Lda. Ύ: : >ŽƵƌŽ WĞƌĞŝƌĂ͕ S.A. Ύ:E ĞŶƚĞƌ Ͳ ^ĞƌǀŝĕŽƐ Ğ ƋƵŝƉĂŵĞŶƚŽƐ ĚĞ Rega, Lda. Ύ:ŽĚĞů Ͳ WƌŽĚƵƚŽƐ YƵşŵŝĐŽƐ͕ ^͘ ͘ Ύ:ŽƐĠ ƌĞŝĂƐ Unipessoal, Lda. Ύ:ŽƐĠ ĂƌƌĂĚĂƐ͕ >ĚĂ͘ Ύ<hd//< Ͳ WĞƌĨƵŵĂƌŝĂ Ğ ŽƐŵĠƟĐĂ Ύ>^ Ͳ >ŽũĂ ĚŽ ^Ăů͕ >ĚĂ͘ Ύ>^ ůĞƚƌŝĐŝĚĂĚĞ *LUSICAL Ύ>ƵƐŽĐŽůĐŚĆŽ͕ ^͘ ͘ *Maior Color ΎDĂŝŽƌ ŶĞƌŐŝĂ͕ >ĚĂ͘ ΎDĂŝŽƌůƵdž Renováveis Unipessoal, Lda. ΎDĂŝŽƌƉĞĕĂƐ Ͳ ĐĞƐƐſƌŝŽƐ ƉĂƌĂ ƵƚŽŵſǀĞŝƐ͕ >ĚĂ͘
ΎDĂƌƋƵĞƐ͕ >ĚĂ͘ Ͳ
ΎZ K Ͳ ZŽĚŽǀŝĄƌŝĂ ĚŽ
Ύ^ĞƉ^ĂŶĐŚŽ͕ >ĚĂ͘
ŽŶĐĞƐƐŝŽŶĄƌŝŽ Ğ
Oeste, Lda.
^/ > K WŽƌƚƵŐƵĞƐĂ͕
KĮĐŝŶĂ ƵƚŽƌŝnjĂĚĂ
ΎZĞĐƟĨƌĂŐƵĂƐ
S.A.
DĞƌĐĞĚĞƐͲ ĞŶnj
Ͳ ^ĞƌƌĂůŚĂƌŝĂ
*Siemens, S.A.
ΎD d >DKZ
DĞĐąŶŝĐĂ͕ >ĚĂ͘
Ύ^ŝĨƵĐĞů ʹ ^şůŝĐĂƐ͕ ^͘ ͘
ΎDĂƚƵƚĂŶŽ͕ ^͘ ͘
ΎZŝďĂůŶĞƚ Ͳ ^ŝƐƚĞŵĂƐ
*Soatomo
ΎDĞŐĂŵĂŝŽƌ Ͳ
ĚĞ /ŶĨŽƌŵĂĕĆŽ
Ύ^K>h O ^ ʹ
/ŶĨŽƌŵĄƟĐĂ Ğ
*Rimol, Lda.
/ŶĨŽƌŵĄƟĐĂ͕
&ŽƌŵĂĕĆŽ
ΎZŝŽ'ƌĄĮĐĂ
ůĞƚƌſŶŝĐĂ Ğ ^ĞƌǀŝĕŽƐ͕
ΎDĞƌĐĂĚŽ sĞƌĚĞ
ΎZŝŽŵĂŐŝĐ
Lda.
ΎD/ < Ͳ ŽŵĠƌĐŝŽ
ΎZŝƚŵŽƐ /ůƵƐƚƌĂĚŽƐ
Ύ^KdZ W y
ĚĞ sĞƐƚƵĄƌŝŽ
*Rodoviária do Lis
Ͳ dƌĂŶƐƉŽƌƚĞƐ
ΎDK >&
ΎZŽĚŽǀŝĄƌŝĂ ĚŽ dĞũŽ͕
Rodoviários
*Movistone, Lda.
^͘ ͘ Ͳ ZŝŽ DĂŝŽƌ
Ύ^ŽƵƐĂ͕ ^͘ ͘
ΎEĂƚƵƌŝĚĂĚĞ
ΎZŽĚŽǀŝĄƌŝĂ ĚŽ dĞũŽ͕
Ύ^W /E Ͳ ^ĞƌǀŝĕŽƐ Ğ
ΎEĞdžWƵůƐĞ
^͘ ͘ Ͳ ^ĂŶƚĂƌĠŵ
WĂƉĞůĂƌŝĂ͕ >ĚĂ͘
ΎE: & ZZ /Z
ΎZŽƚĂ Ě͛ ǀĞŶƚŽƐ
Ύ^hW Z/K Ͳ
ΎEK Z
ΎZdZ Ͳ dŽƌŶĞĂƌŝĂ Ğ
^ƵƉĞƌŵĞƌĐĂĚŽƐ͕ >ĚĂ͘
ůŝŵĞŶƚĂĕĆŽ͕ ^͘ ͘
&ƌĞnjĂŐĞŵ
ΎdϰϬ ^ƉŽƌƚ
*OFIMOTO, Lda.
ΎZƵŝ WĞĚƌĂ Ͳ tŽƌĚ ŽĨ
ΎdĞĐŵŝůů͕ >ĚĂ͘
*Olitrem
EĂƚƵƌĂů ^ƚŽŶĞ͕ ^͘ ͘
ΎdĞĐŶŽǀŝĂ͕ ^͘ ͘
ΎW EWKZ Ͳ WƌŽĚƵƚŽƐ
Ύ^ ĚĂ DŝƐĞƌŝĐſƌĚŝĂ
*Transmosense
Alimentares, S.A.
Ͳ ůĐĂŶĞĚĞ
Transportadora, Lda.
ΎW Z W Z
Ύ^ ĚĂ DŝƐĞƌŝĐſƌĚŝĂ
ΎdƌĂŶƐƉŽƌƚĞƐ ĠƌĞŽƐ
ΎWĂƵůŽ ůĞdžĂŶĚƌĞ
– Rio Maior
WŽƌƚƵŐƵĞƐĞƐ͕ ^͘ ͘
Gomes
Ύ^ĐĂŶƌŝŽ Ͳ
*Transportes Vieira
ΎWŽůŝĐůşŶŝĐĂ ĚĂ
ZĞƉĂƌĂĕƁĞƐ sĞşĐƵůŽƐ
sĂĐĂƐ͕ >ĚĂ͘
ĞŶĞĚŝƚĂ
WĞƐĂĚŽƐ͕ >ĚĂ͘
ΎddZt Ͳ ZŝŽ DĂŝŽƌ
ΎWŽƚĞŶĐŝĂů͘Wƚ͕ >ĚĂ͘
Ύ^ĐŚĂĞŋĞƌ WŽƌƚƵŐĂů͕
ΎhE/ K ^
ΎWZ' /ŶƐƚĂůĂĕƁĞƐ
S.A.
&Z 'h ^/ ^
ůĠƚƌŝĐĂƐ
Ύ^ĐŚŵŝƚnj ĂƌŐŽ Ƶůů
D E/Yh K
ΎWƌŝŵĞ
Ύ^ĐŝĞŶĐĞϰzŽƵ
/Ed E Ed ͕ s/> EKs
ΎYƵŝƚĞƌŵŽƚŽƐ͕ >ĚĂ͘
Ύ^ ^Z Ͳ ^WKZd
^͘ W ZK D h^^
*R. Soares
/s/^/KE ^Z͕ ^͘ ͘
Ύs > 'Z E Ͳ,Kd >
ΎZĄĚŝŽ ĞŶĞĚŝƚĂ &D
Ύ^ĞŐƵƌĂŶƚ ůĂƌŵĞƐ Ğ
Ύt ^d ϲϬ
ΎZĂnjĆŽ ĞĐŝŵĂů͕ >ĚĂ͘
ŽŵſƟĐĂ͕ >ĚĂ͘
ΎtŽƌƚĞŶ Ͳ ^