Sensacoes na Ria de Aveiro

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na Ria de Aveiro Sensations on the Ria of Aveiro Sensations sur la Ria d’Aveiro Sensaciones en la Ria de Aveiro

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PT

Mensagem ao leitor Esta publicação pretende dar-lhe a conhecer a cidade de Aveiro e a região envolvente no âmbito cultural, socioeconómico, geográfico e ambiental, tendo como ponto de partida um dos seus elementos diferenciadores, a Ria. Elaborámos vários Programas Turísticos na Ria de Aveiro. Esta publicação pretende ser um guia do seu passeio mas sobretudo uma recordação que fica e o desperta para outras temáticas da região. Não deixe de nos contactar para esclarecer qualquer dúvida, comentar esta publicação ou qualquer dos Programas que lhe estão associados. Disponibilizamo-nos ainda para personalizar ou criar novos produtos à sua medida na qualidade de empresa de Animação Turística e Organizadora de Eventos.Venha conhecer e divertir-se em Aveiro de uma forma organizada e com garantias de qualidade do serviço prestado. Contacte-nos!

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UK

Message for the reader This brochure intends to introduce you to the city of Aveiro and the surrounding area in its environmental, geographical, socioeconomical and cultural context. We shall commence by referring to one of its most distinguishing elements, the Ria. We have planned several Tourist Programs on the Ria of Aveiro. This brochure will serve as your guide during the trip, but it will also be a reminder that will awaken you to other regional events. Please do not hesitate to contact us should you have any doubts or wish to comment on this brochure or any other Program associated to it. As a Tourist Animation Company and Organiser of Events, we are readily avai-lable to personalise or create new products to your liking. Come discover and enjoy the city of Aveiro in an organised fashion. We guarantee quality service. Contact us!

FR

Message au lecteur Cette publication a pour objectif de faire connaître la ville d’Aveiro et la région environnante dans le domaine culturel, socio- économique, géographique et de l’environnement, en prenant comme point de départ un des éléments lui permettant de se différencier, la Ria. Nous avons élaboré différents programmes touristiques sur la Ria d’Aveiro. Cette publication est non seulement un guide de promenades mais surtout un souvenir qui restera et fera naître votre intérêt pour d’autres aspects de la région. N’hésitez pas à nous contacter pour tout éclaircissement, tout commentaire concernant cette publication ou tout autre programme y étant associé. Nous sommes à votre disposition pour personnaliser ou créer de nouveaux produits à votre mesure en tant qu’entreprise d’Animation Touristique et Organisatrice d´Événements.Venez connaître Aveiro et vous y amuser d’une manière organisée et avec la garantie d’un service de qualité. Contactez-nous !

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ES

Mensaje al lector Esta publicación pretende darle a conocer la ciudad de Aveiro y sus alrededores en el ámbito cultural, socioeconómico, geográfico y ambiental, teniendo como punto de partida uno de sus elementos diferenciadores, la Ría. Elaboramos varios Programas Turísticos en la Ría de Aveiro. Esta publicación pretende ser un guía de su paseo, pero sobre todo, un recuerdo que quede en su memoria y lo despierta para otras temáticas de la región. No deje de contactarnos para aclarar cualquier duda, comentar esta publicación o cualquiera de los Programas que le están asociados. En calidad de Empresa de Animación Turística y Organizadora de Eventos, estamos disponibles para personalizar o crear nuevos productos a su medida. Venga a conocer y a divertirse en Aveiro de una forma organizada y con garantías de calidad del servicio prestado. Contáctenos!


PT

Aveiro e a Região UK

Aveiro and the Region FR

Aveiro et la Région ES

Aveiro y la Región

Canal Central

Central Canal

© João Nunes da Silva

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Edifício da Capitania (Assembleia Municipal de Aveiro)

Port Administration building (Town Council of Aveiro)

© João Nunes da Silva

Gastronomia Regional - Enguias fritas

Local gastronomy (fried eels) © João Nunes da Silva

Campos agrícolas do Baixo Vouga (Estarreja)

Agricultural fields near the Vouga river (Estarreja)

© APA (Sérgio Dias)

PT

Aveiro e a região Povoação documentada desde o século X, Aveiro passou a ser vila no séc. XII, graças aos seus recursos económicos e à sua importância geoestratégica. No século XV, o infante D. Pedro, na qualidade de “senhor de Aveiro”, dotou a vila com uma robusta muralha a par com outros significativos melhoramentos, oferecendo melhores condições de segurança à actividade mercantil e pesqueira. Mais tarde, a sua neta, D. Joana de Portugal (que também viria a ser “senhora de Aveiro”), abandonou a corte do rei D. Afonso V, seu pai, e fixou residência nesta vila – a sua “pequena Lisboa” – no Mosteiro de Jesus, onde morreu em 1490. Durante estes séculos, Aveiro foi-se afirmando na região litoral, atraindo a população pelas mais diversificadas actividades, entre elas a exploração do sal e as pescas, a construção naval e o comércio marítimo, com uma forte colónia judaica. O século XVI, grosso modo, foi o seu período áureo, sempre ligado aos interesses coloniais, mercantis e pesqueiros, entrando em decadência pelo final desta centúria, sob governo dos Áustrias (Filipe II). Até então, o crescimento urbano traduzia-se

em 1572, por uma população de cerca de 16.000 habitantes. Entretanto, pelas condições geográficas adversas – assoreamento da barra e represamento das águas – e por dificuldades económicas e políticas, a vila empobreceu e a população foi reduzindo até contar, no final do século XVIII, apenas 3.500 habitantes! Apesar disto, em 11 de Abril de 1759, razões políticas levaram a que passasse a cidade, pela“real benignidade”de D. José I. Na primeira metade do século XIX, as invasões francesas e as lutas liberais dificultaram a recuperação, mas com a abertura da barra, em 1808, uma obra em que foram utilizadas pedras da muralha da cidade, foi restabelecida a ligação ao mar e no princípio da 2ª metade dessa centúria, o caminho-de-ferro trouxe a ligação a Lisboa e Porto, com reconhecido desenvolvimento industrial. Já no século XX, o concelho de Aveiro registou um crescimento populacional e um desenvolvimento global, em áreas diversas como a metalomecânica e a metalurgia, a cerâmica, a pasta de papel, o sector agro-alimentar e a exploração de madeira. E, por conseguinte, houve também uma aposta na educação, a nível 6

secundário e universitário, relevando-se o papel da Universidade, criada a 19 de Fevereiro de 1972 – actualmente a atingir 10 mil inscrições anuais, em cursos de licenciatura, bacharelato e pós-graduação, sendo muito procurados os seus cursos de Engenharia do Ambiente ou Cerâmica, Electrónica, Telecomunicações, Línguas e Educação. Aveiro é hoje uma cidade de olhos postos no futuro, considerada como das cidades portuguesas com melhores condições para se viver. Com uma população que ronda os 70.000 habitantes, encontra-se intimamente ligada à Ria e às cidades de Ílhavo e Gafanha da Nazaré, que muito contribuem para o aumento das suas potencialidades. Um pouco mais a norte, junto à Ria, fica Estarreja e Ovar, e sobre o interior, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga. Para sul, encontram-se Vagos e Mira no litoral, ficando mais para o interior e em pontos mais elevados Águeda, Anadia e Mealhada, entre outros centros populacionais.


UK

Aveiro and the region

A well-documented 10th century village, Aveiro became a town in the 12th century, thanks to its economic resources and strategic geographical importance. During the XV century, Infant D. Pedro in his capacity as “lord of Aveiro” built a fortification and added other significant improvements, providing better security conditions in the trade and fishing activity. At a later date, his granddaughter, D. Joana of Portugal (who would also become the “lady of Aveiro”), abandoned her father’s (King Afonso V) court and fixed residence in this town – her own “little Lisbon” – at the Convent of Jesus, where she died in 1490. During these centuries, Aveiro established itself in the Coastal Region, attracting people due to its many and diverse activities. Among these activities were the exploration of salt and fishing, shipbuilding and nautical trade, with a strong Jewish community. The 16th century was grosso modo, its golden period, always connected to colonial, trade and fishing interes wich entered its period of decay by the end of this century under the rule of the Astúrias (King Filipe II). In1572 urban growth reached

approximately 16 thousand inhabitants. In the meantime, due to adverse geographical conditions – silting up of the “barra” (harbour entrance) and damming up of the waters – and economical and political difficulties, the town became impo-verished and population began to decrease until it reached 3.500 inhabitants at the end of the 18th century! Yet, in spite of all this, on the 11th April 1759, political reasons led it to become a city, due to the “royal benevolence” of King José I. During the first half of the 19th century, French invasions and liberal fighting made recuperation difficult. But with the opening of the harbour entrance, which was built with stones from the original city fortification in 1808, the connection to the sea was re-established and during the second half of that century, the railroad connection between Lisbon and Porto brought with it considerable industrial development. During the 20th century, the county of Aveiro registered a population growth and global development in such diverse areas as metal mechanics and metallurgy, ceramics, paper pulp, farm products and lumber exploration. As a consequence, there was also an investment in education, 7

at secondary and university levels, with special emphasis on the role of the University, founded on the 19th of February of 1972 – currently reaching 10,000 annual registrations, in licentiate, baccalaureate and post-graduate courses. The most sought after courses are Environmental Engineering or Ceramics, Electronics, Telecommunications, Languages and Education. The city of Aveiro is at present a city focused on the future and is considered one of the best Portuguese cities with excellent living conditions. With a population of approximately 70,000 inhabitants, it is closely linked to the Ria and to the cities of Ílhavo and Gafanha da Nazaré, which greatly contribute towards increasing its potentials. Further north, along the Ria, are Estarreja and Ovar, and more inland Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha and Sever do Vouga. In the south we come across the towns, among others, of Vagos and Mira on the coast, while further inland and on a higher plateau are Águeda, Anadia and Mealhada.


As barricas de Ovos Moles

Small Kegs of Ovos Moles © João Nunes da Silva

Os Ovos Moles de Aveiro

The Ovos Moles of Aveiro

© João Nunes da Silva

FR

Aveiro et la région

Population documentée depuis le Xème siècle, Aveiro a pris le statut de bourg au XIIème Siècle grâce à ses ressources économiques et à son importance géostratégique. Au XVème siècle, l’Infant D. Pedro, en qualité de Seigneur d’Aveiro, a doté le bourg d’une robuste muraille et a procédé également à d’autres améliorations significatives afin d’offrir de meilleurs conditions de sécurité pour l’activité marchande et la pêche. Plus tard, sa petitefille D. Joana de Portugal - qui deviendra la Dame d ‘Aveiro - abandonna la cour du Roi D. Afonso V son père, et fixa sa résidence dans cette ville – sa Petite Lisbonne » au monastère de Jésus où elle mourut en 1490. Tout au long de ces siècles, Aveiro s’est affirmée dans la région littorale attirant la population de par la grande diversification de ses activités, telles que l’exploitation du sel et la pêche, la construction navale et le commerce maritime, avec une importante colonie juive. C’est grosso modo, au XVIème siècle, que l’on situe l’âge d’or de ce bourg, toujours lié aux intérêts coloniaux, marchands et à la pêche, entrant en décadence à la fin de ce siècle, sous le gouvernement des AustRias

(Filipe II). Jusque là la croissance urbaine se traduisait, en 1572, par une population d’approximativement 16.000 habitants. Cependant, en raison des conditions géographiques adverses – l’ensablement de l’entrée du port et la rétention des eaux – et des difficultés économiques et politiques, le bourg s’est appauvri et la population s’est peu à peu réduite jusqu’à la fin du XVIIIème siècle pour atteindre les 3.500 habitants! Malgré cela, le 11 Avril 1759, Aveiro a obtenu le statut de ville, grâce à la bienveillance royale de D. José. Durant la première moitié du XIXème siècle, les invasions françaises et les luttes libérales ont rendu difficile la récupération, mais avec l’ouverture du port en 1808, un chantier dans lequel des pierres de la muraille de la ville ont été utilisées, la liaison avec la mer a été rétablie et au début de la 2ème moitié de ce siècle, le chemin de fer a établi la liaison entre Porto et Lisbonne entraînant ainsi le développement industriel. Au XXème siècle, la commune d’Aveiro a enregistré une croissance de sa population et un développement global dans les domaines les plus divers tels que la métallo-mécanique, la céramique, la pâte à papier, le secteur agro-alimentaire et l’exploitation du bois. 8

Le pari a été lancé dans le domaine de l’éducation, au niveau du secondaire et de l’université créée le 19 février 1972, Celle-ci joue un rôle important avec actuellement 10 mille inscriptions annuelles pour la préparation de licences, maîtrises et doctorats, les cours les plus recherchés étant les cours d’ingénierie de l’environnement, céramique, électronique, télécommunications, langues et éducation. La ville d’Aveiro est aujourd’hui une ville dont les yeux sont rivés vers le futur, elle est considérée comme étant l’une des villes portugaises dotée des meilleures conditions de vie. Avec une population environnant les 70 000 habitants, elle se trouve intimement liée à la Ria et aux villes d’Ilhavo et de Gafanha da Nazaré qui contribuent à l’augmentation de ses potentialités. Un peu plus au nord, près de la Ria, on peut découvrir les villes d’Estarreja et d’Ovar, et vers l’intérieur, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergariaa-Velha et Sever do Vouga. Au sud, sur le littoral se situent Vagos et Mira, puis, plus vers l’intérieur sur les points les plus élevés d’autres centres peuplés parmi lesquels Agueda, Anadia et Mealhada.


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Casa Arte Nova (Hotel As Américas)

“Art Nouveau” house (Hotel As Américas)

© João Nunes da Silva

Decoração de barco Moliceiro (divisa do contrutor)

Moliceiro boat décor (boat builder’s insignia)

© João Nunes da Silva

Decoração de barco Moliceiro (proa)

Moliceiro boat décor (prow)

© João Nunes da Silva

Reflexo de um barco moliceiro

Reflection of a Moliceiro boat

© João Nunes da Silva

ES

Aveiro y la región Población documentada desde el siglo X, Aveiro pasó a ser villa en el siglo XII, gracias a sus recursos económicos y a su importancia geoestratégica. En el siglo XV, el infante D. Pedro, en calidad de “señor de Aveiro”, dotó la villa con una robusta muralla y con otras mejorías significativas, ofreciendo mejores condiciones de seguridad a la actividad mercantil y pesquera. Más tarde, su nieta, D. Joana de Portugal (que también vendría a ser la “señora de Aveiro”), abandonó la corte del rey D. Afonso V, su padre, y fijó residencia en esta villa – su “pequeña Lisboa” – en el monasterio de Jesús, donde murió en 1490. Durante estos siglos, Aveiro se fue afirmando en la región litoral, atrayendo la población por las más diversificadas actividades, entre ellas la explotación de la sal y las pescas, la construcción naval y el comercio marítimo, con una fuerte colonia judaica. El siglo XVI, grosso modo, fue su período áureo, siempre ligado a los intereses coloniales, mercantiles y pesqueros, entrando en decadencia a finales de esta centuria, bajo el gobierno de los Austrias (Felipe II). Hasta ese momento, el crecimiento urbano se caracterizaba, en

1572, por una población aproximada de 16.000 habitantes. Mientras tanto, debido a las adversas condiciones geográficas – obstrucción de la barra y represamiento de las aguas – y por dificultades económicas y políticas, la villa empobreció y la población se fue reduciendo hasta llegar, a finales del siglo XVIII, apenas a 3.500 habitantes. A pesar de esto, el 11 de Abril de 1759, razones políticas llevaron a que pasara a ciudad, a través de la “real benignidad” de D. José I. En la primera mitad del siglo XIX, las invasiones francesas y las luchas liberales dificultaron la recuperación, pero con la apertura de la barra, en 1808, una obra en la que fueron utilizadas piedras de muralla de la ciudad, fue restablecida la ligación al mar y a principios de la 2.ª mitad de esa centuria, el ferrocarril trajo la conexión a Lisboa y Oporto, con reconocido desarrollo industrial. En el siglo XX, Aveiro registró un crecimiento poblacional y un desarrollo global, en diversas áreas como la metalmecánica y la me-talurgia, la cerámica, la pasta de papel, el sector agro-alimentar y la explotación de madera. Y, por fin, hubo también una apuesta en la educación, a nivel de bachillerato y superior, revelándose 10

el papel de la Universidad, fundada el 19 de Febrero de 1972 – actualmente alcanzando 10 mil inscripciones anuales, en carreras de licenciatura, diplomatura y pos graduación, habiendo una fuerte demanda de las carreras de Ingeniería del Ambiente o Cerámica, Electrónica, Telecomunicaciones, Idiomas y Educación. La ciudad de Aveiro es hoy una ciudad con vistas en el futuro, considerada una de las ciudades portuguesas con mejores condiciones para vivir. Con una población que ronda los 70000 habitantes, se encuentra estrechamente ligada a la Ría y a las ciudades de Ílhavo y Gafanha da Nazaré, que contribuyen para el aumento de sus potencialidades. Un poco más al norte, junto a la Ría, quedan Estarreja y Ovar, y en el interior, Santa María da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-aVelha y Sever do Vouga. Al sur se localizan Vagos y Mira en el litoral, quedando más hacia el interior y en puntos más elevados Águeda, Anadia y Mealhada, entre otros centros poblacionales.


PT

Visitar Aveiro A Ria de Aveiro é sem dúvida um elemento que a distingue de outros destinos turísticos, mas a sua tradição na cerâmica e azulejaria tem especial destaque a nível nacional e internacional. Não se pode deixar de visitar a “Vista Alegre” que, fundada em 1824 na quinta da Ermida (na margem de um braço da Ria) na então vila de Ílhavo, projectou mundialmente a região pela sua porcelana e vidros de excelência. Foi também no século XIX que surgiram dentro da própria cidade várias fábricas de azulejaria que em muito contribuíram para o desenvolvimento económico e valorização do património. Já no final desse século, tirando partido da produção artística do azulejo, a arquitectura da “Arte Nova” encontra aqui características muito peculiares para poder expressar toda a sua plasticidade e cromatismo que a enriquecem. Recomendamos um passeio pelo centro da cidade integrando-se na Rota da Arte Nova, com pausa para uma refeição Regional Gourmet, onde não poderão faltar os pratos de peixe e os doces conventuais em que as Enguias e os “Ovos Moles” são referências gastronómicas.

Ainda de grande interesse turístico, destacamos no centro de Aveiro, os museus de “Sta. Joana” e “da Cidade”, bem como a sua Universidade que, pela sua arquitectura contemporânea, é exemplar em planificação urbanística. Já na cidade de Ílhavo não se deve deixar de visitar o seu Museu Marítimo, um espaço de referência onde a história das pescas e toda a sua envolvência está em foco.

UK

Visiting Aveiro The Ria of Aveiro is, without a doubt, an element that distinguishes it from other tourist destinations, but its tradition in ceramics and tiles have a special place at a national and international level. “Vista Alegre”, which was founded in 1824 on the Ermida farm (on a branch of the Ria) in the then town of Ílhavo, should definitely be visited. It brought worldwide recognition to the region due to its excellent porcelain and glass production. It was also during the 19th century that several tile factories surfaced within the city itself that greatly contributed towards its economical development and patrimonial value. Towards the end of that century, and while taking advantage of the artistic production of tile, the “Art 11

Nouveau” architecture found very special characteristics so as to freely express all its plasticity and chromatics which enrich it. We recommend a walk through the centre of town and becoming immersed in the Art Nouveau circuit while taking a break to savour a Regional Gourmet meal, where fish platters and convent desserts, namely Eels and “Ovos Moles” are gastronomic references. Also of great tourist interest is the “Santa Joana” and “City” Museums located in the centre of Aveiro, as well as the University, which due to its modern architecture is a perfect example of urban planning. In the city of Ílhavo you can also visit the Nautical Museum, a space of reference where the history of fishing and its implications are enhanced.

FR

Visiter Aveiro La Ria est sans aucun doute un élément permettant de distinguer Aveiro des autres destinations touristiques, mais sa tradition de céramique et de carrelage joue également un rôle important au niveau national et international. On ne peut éviter de visiter la fa-brique de “Vista Alegre” située sur une marge d’un bras de la Ria et qui fut fondée en 1824 sur la Ferme


Casa de Santa Zita (painéis de azulejo Fonte Nova)

House of Santa Zita (Fonte Nova tile panel) © Luís Leitão

d’Ermida dans la petite ville d’Ilhavo, projetant mondialement la région pour l’excellence de la porcelaine fabriquée et du verre. C‘est également au XIXème siècle que surgirent, dans la ville même, différentes usines de faïence qui contribuèrent au développement économique et à la valorisation du patrimoine. A la fin du XXème siècle, tirant partie de la production artistique du carrelage, l’architecture de L’Art Nouveau retrouva ici les caractéristiques très particulières lui permettant d’exprimer toute la plasticité et le chromatisme qui l’enrichissent. Nous vous recommandons une promenade au centre de la ville s’intégrant dans l’Itinéraire de l’Art Nouveau, avec une pause pour un repas régional de Gourmet, où on ne manquera pas de déguster les plats de poisson et les confiseries conventuelles, parmi lesquelles les anguilles et les «Ovos Moles», principales références gastronomiques. Le Musée “Sainte Joana” et le Musée “de la Ville” sont également d’un grand intérêt touristique, tout comme son Université. En effet celle-ci se distingue par son architecture contemporaine qui est un exemplaire de planification urbaine. On ne

peut oublier de visiter le Musée Maritime d’Ilhavo, un espace de référence où l’histoire de la pêche est retracée ainsi que tout ce qui s’y rattache.

ES

Visitar Aveiro

La Ría de Aveiro es sin duda un elemento que la distingue de otros destinos turísticos, pero su tradición en cerámica y azulejaría tiene especial destaque a nivel nacional e internacional. No se puede dejar de visitar “Vista Alegre” que, fundada en 1824 en la hacienda da Ermida (en el margen de un brazo de la Ría) en la entonces villa de Ílhavo, proyectó mundialmente la región por su porcelana y vidrios de excelencia. Fue también en el siglo XIX que surgieron dentro de la propia ciudad varias fábricas de azulejaría que contribuyeron en gran parte para el desarrollo económico y valoración del patrimonio. A finales de ese siglo, sacando partido de la producción artística del azulejo, la arquitectura de “Arte Nova” encuentra aquí características muy peculiares para poder expresar toda su plasticidad y cromatismo que la enriquecen. Le aconsejamos un paseo por el centro de la ciudad integrándose en la Ruta del Arte Nova, con una pausa para 12

una comida Regional Gourmet, donde no podrán faltar los platos de pescado y los dulces conventuales en los que las Anguilas y los “Ovos Moles” son referencias gastronómicas. También de gran interés turístico, destacamos en el centro de Aveiro, los museos de “Sta. Joana” y “de la Ciudad”, así como su Universidad que, por su arquitectura contemporánea, es ejemplar en planificación urbanística. En la ciudad de Ílhavo no se puede dejar de visitar su Museo Marítimo, un espacio de referencia de la historia de la pesca. Pormenores de painéis de azulejo Fonte Nova da Estação dos Caminhos de Ferro Details of Fonte Nova tile panels at the railway station © Luís Leitão

A Tricana

A woman’s regional traditional dress O Pescador

The Fisherman A Peixaira

The Fishmonger Pormenores em amarelo quebram a monotonia dos tons em azul

Shades of yellow dispersing the blue hue monotony Vindima em Anadia

Grape picking in Anadia


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PT

A Ria de Aveiro | Uma referência nacional UK

The Ria of Aveiro | A national reference FR

La Ria d’ Aveiro | Une référence nationale ES

La Ría de Aveiro | Una referencia nacional

Ria de Aveiro (vista da Ponte da Varela)

Ria of Aveiro (view from the Varela Bridge)

© João Nunes da Silva

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Salinas ao entardecer

Salt pans at sunset

© João Nunes da Silva

PT

A Ria de Aveiro | Uma referência nacional

A Ria de Aveiro estende-se paralelamente ao cordão dunar e ao mar, numa distância de 45 quilómetros de Ovar, a norte, até Mira, a sul, com uma largura máxima de 11 quilómetros, ficando-lhe, sensivelmente ao meio da referida distância, a cidade, capital da região. A Ria resultou do recuo do mar, durante séculos, com a formação de cordões litorais que, a partir do século XVI, formaram uma laguna que constitui um dos mais importantes e belos acidentes hidrográficos da costa portuguesa. Abarca 11.000 hectares, dos quais 6.000 estão permanentemente alagados, e desdobra-se em quatro importantes canais ramificados em esteiros que circundam um sem número de ilhas e ilhotes. É nela que desaguam os rios Vouga, Antuã e Boco, mantendo-se uma única comunicação com o mar pelo canal que corta o cordão litoral, entre as povoações da Barra e de S. Jacinto, pelo qual faz o acesso de embarcações de grande calado ao Porto de Aveiro. A Ria, zona húmida por excelência, oferece uma enorme variedade de recursos, nomeadamente de fauna e flora, e porque, possuindo grandes planos de água

proporciona paisagens de rara beleza, é um local de eleição para a prática de muitos desportos náuticos e outras actividades de âmbito turístico.

UK

The Ria of Aveiro | A national reference

The Ria of Aveiro stretches parallel to the sandy coastal cord and to the sea. It has a distance of 45 Km from Ovar in the north to Mira in the south. It also has a maximum width of 11 Km and the city of Aveiro, as regional capital, is located more or less halfway. The Ria resulted from the centuries old receding coastline, forming coastal cords, which from the 16th century onwards, formed a lagoon. It is one of the most important and beautiful hydrographical disasters on the Portuguese coast. It is made up of 11,000 hectares, of which 6,000 are permanently underwater and branches into four important canal inlets, which surround a number of islands and islets. The rivers Vouga, Antuã and Boco flow into it, maintaining the only link to the sea through the canal which cuts through the coastal cord, between the towns of Barra and S. Jacinto, which has access to the Port of Aveiro, that enables ships with huge keels to enter. The Ria, a 16

“humid zone”, par excellence, offers an enormous variety of resources namely flora and fauna, and due to its great water planes, provides scenery of rare beauty and is a favourite spot for many nautical sports and other activities within the tourist field.

FR La Ría de Aveiro | Une référence nationale La Ria d’Aveiro, parallèle à un cordon dunaire et à la mer, s’étend sur une distance de 45 kilomètres, d’Ovar au nord à Mira au sud, et a une largeur maximum de 11 kilomètres. Sa capitale régionale, Aveiro se situant à mi-distance. La Ria est le résultat du recul de la mer s’étant effectué tout au long des siècles, entrainant la formation de cordons littoraux qui dès le XVIème siècle formèrent une lagune. Celle-ci est l’un des plus importants et des plus beaux accidents hydrographiques de la côte portugaise. Couvrant 11.000 hectares dont, 6.000 sont en permanence couverts d’eau, ce bras de mer se divise en quatre importants canaux ramifiés entourant d’innombrables îles et îlots. C’est ici que se déversent différentes rivières le Vouga, Antuã et Boco, la seule communication


avec la mer se fait par le canal coupant le cordon littoral ente Barra et S. Jacinto, par lequel les grandes embarcations ont accès au Port d’Aveiro. La Ria, « zone humide » par excellence, offre une énorme variété de ressources. La rare beauté de ses paysages due à la richesse de sa faune et de sa flore et aux grands plans d’eau dont elle dispose, en font un lieu privilégié pour la pratique de nombreux sports nautiques et le développement d’activités touristiques les plus diverses.

ES La Ría de Aveiro | Una referencia nacional La Ría de Aveiro se extiende paralelamente al cordón dunar y al mar, en una distancia de 45 km de Ovar, al norte, hasta Mira, al sur, con una anchura máxima de 11 km, quedándole sensiblemente en la mitad de la referida distancia, la ciudad, capital de la región. La Ría resultó del retroceso del mar, durante siglos, con la formación de cordones litorales que, a partir del siglo XVI, formaron una laguna que constituye uno de los más importantes y bellos accidentes hidrográficos de la costa portuguesa. Abarca 11.000 hectáreas, de las cuales 6.000 están permanentemente alagados, y 17

se desdobla en cuatro canales importantes ramificados en esteros que circundan un sinnúmero de islas e islotes. Es en ella que desembocan los ríos Vouga, Antuã y Boco, manteniéndose una única comunicación con el mar por el canal que corta el cordón litoral, entre las poblaciones de Barra y de S.Jacinto, el cual hace el acceso al Puerto de Aveiro. La Ría, “zona húmida” por excelencia, ofrece una enorme variedad de recursos, sobre todo de fauna y flora, y por poseer grandes espacios de agua, proporciona paisajes de rara belleza y es un local de elección para la práctica de muchos deportes náuticos y otras actividades de índole turístico.


Lontra (um mamífero existente na região)

Otter (an existing mammal in the region)

© João Nunes da Silva

Flamingos na Ria (Marinha da Troncalhada)

Greater Flamingos on the Ria (Marinha da Trocalhada)

© João Nunes da Silva

(páginas seguintes) (next pages)

PT

Um Ecossistema complexo a preservar

A Ria de Aveiro, a par com o estuário do Sado, do Tejo, e a Ria Formosa, é uma das zonas húmidas de maior importância ecológica em Portugal. Como quase todas as zonas húmidas, é um lugar de excepção para a conservação de inúmeras populações de aves, particularmente aves aquáticas. Sofre uma grande influência marinha e é afectada pelos caudais doces dos rios que nela desaguam, dos quais se destaca o rio Vouga. A água, o recurso mais abundante, condicionou de forma acentuada toda a actividade humana na laguna ao longo dos tempos. Solhas, linguados, robalos e enguias, juntamente com a apanha de bivalves, como o berbigão, amêijoa e mexilhão, sustentam ainda hoje muitas populações ribeirinhas. A presença desta enorme mancha de água que a constitui, condiciona igualmente as suas características climatéricas e das respectivas áreas envolventes. Estas condições favoreceram o desenvolvimento e a existência de uma enorme diversidade de habitats que albergam um importantíssimo conjunto de espécies, muitas das quais abrangidas por medidas de protecção ao

abrigo de Directivas Europeias. A Ria de Aveiro é assim detentora de um elevado valor conservacionista, estando classificada como Zona de Protecção Especial para as Aves, motivo pelo qual faz parte da Rede Natura 2000. Algumas das espécies que ocorrem na Ria de Aveiro são a Garça-vermelha, a Águia-sapeira, o Milhafre-preto, o Flamingo, o Perna-longa, a Andorinhado-mar, a Águia-pesqueira, o Guardarios, a Coruja-do-nabal e o Borrelhode-coleira-interrompida. Durante os períodos migratórios e no Inverno a Ria alberga largos milhares de aves que aqui encontram as condições ideiais para se alimentarem e repousarem, nomeadamente Pilritos, Maçaricos e Borrelhos, entre muitas outras. Esta e outras razões fazem da Ria de Aveiro a zona húmida mais relevante para a conservação da avifauna aquática situada a norte do rio Tejo, sendo actualmente uma Zona de Protecção Especial para a Avifauna (ZPE). Pilritos, maçaricos, borrelhos, andorinhas-do-mar, pernalongas, alfaiates e mais recentemente flamingos, são apenas algumas das espécies que se podem observar, sendo os meses 18

de Inverno os mais ricos em diversidade. Actualmente é imperativo o acompanhamento e preservação destas espécies e habitats através das mais diversas acções. As visitas guiadas devidamente controladas são de interesse redobrado, pois dão a conhecer as particularidades e fragilidades dos habitats, sensibilizando a população para a sua valorização e protecção. Ao percorrerem-se as margens da Ria de Aveiro, facilmente nos apercebemos da enorme diversidade paisagística associada, factor que contribuiu para que hoje esta jóia da região se encontre classificada.

UK

A complex Ecosystem that must be preserved

The Ria of Aveiro, along with the estuary of the Sado, Tejo and Ria Formosa, is one of the most important ecological humid areas in Portugal. As with most humid areas, it is an exceptional place for the conservation of innumerable bird species, with emphasis on the aquatic birds. It is greatly influenced by the sea and is affected by sweet water currents from the rivers, which flow into it such as the Vouga River. The water, the most abundant resource, greatly conditioned all


human activity in the lagoon throughout the ages. Sole, flounders, snooks and eels, as well as the bivalves, such as cockle, clams and mussel, feed many coastal populations still today. The presence of this enormous patch of water, also conditions its weather characteristics and of the surrounding areas. Nineteen different types of natural habitats were identified (two of them priorities), which conditioned the inclusion of the Ria of Aveiro in the “Rede Natura 2000”, a European program of organised defence of Natural Habitats. According to the list in Annex I of the Habitats Directive it includes: estuaries, lagoons, swamps, sandbanks, Atlantic salty meadows, dune forests of pinaster (maritime pine trees) and stone pine, active peat bogs, groves of ash trees, oak groves and many others. We consider it not only a very important area for mammals such as the otter, but also important in the riparian formation in the interior region of the lagoon, which support an illustrious avifauna of great conservationist significance. In the autumn and winter seasons alone an estimated ten to fifteen thousand birds are greeted by the Ria, many of them from as far away as the north of Europe. This and many other

reasons make the Ria of Aveiro the most relevant humid area in the conservation of aquatic avifauna north of the Tagus River. It is presently an Avifauna Special Protection Area (ZPE). Sander lings, kingfishers, ring plovers, royal terns, black-winged stilts, avocets and more recently flamingos, are only a few of the species which can be seen, during the winter months, rich in its diversity. Currently, the accompaniment and preservation of these diverse habitats is imperative and action must be taken. The duly controlled guided tours are doubly important because they alert the population to its value and the need for protection with regard to the particularities and frailties of these habitats. When visiting the banks of the Ria of Aveiro, we can easily ascertain the enormous diversity in scenery associated to it. It is a factor, which greatly contributes towards the protection of this regional jewel.

FR

Un Ecosystème complexe à préserver

La Ria d’Aveiro, tout comme l’estuaire du Sado, du Tage et de la Ria Formose, est une des zones humides de très grande importance écologique pour le Portugal. 19

Comme pratiquement toutes les zones humides, c’est un lieu d’exception pour la conservation d’innombrables colonies d’oiseaux, spécialement d’oiseaux aquatiques. Sous une grande influence marine, elle est affectée par les débits d’eau douce qui s’y jettent, dont le plus important est le fleuve Vouga. L’eau, la ressource la plus abondante a conditionné de forme accentuée toute l’activité humaine de la Lagune, tout au long des temps. Les soles, les limandes, les bars et les anguilles associés aux bivalves tels que la coque, la telline et la moule font vivre encore une partie de la population installée sur ses rivages. La présence de cette énorme superficie d’eau qui la constitue conditionne également ses caractéristiques climatiques et celles des zones qui l’entourent. Ces conditions favorisent le développement et l’existence d’une énorme variété d’habitats abritant un important ensemble d’espèces dont nombre d’entre elles font l’objet de mesures de protection dans le cadre de la Directive Européenne. La Ria d’Aveiro joue ainsi un rôle important en raison de sa valeur au niveau de la conservation de l’environnement, elle a été classifiée Zone


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de Protection Spéciale pour les oiseaux, et pour cette raison fait partie du Réseau Natura 2000. Parmi les espèces que l’on peut observer dans la Ria d’Aveiro, on trouve le héron pourpré, le busard des roseaux, le milan noir, le Flamand, l’échasse blanche, l’hirondelle de mer, le Balbuzard pêcheur, le Martin pêcheur, le Hibou des marais et le Gravelot à collier interrompu. Pendant l’époque migratoire et en hiver la Ria abrite des milliers d’oiseaux qui trouvent dans cette zone les conditions idéales pour se nourrir et se reposer, parmi ceux-ci on peut observer notamment les bécasseaux, les barges à queue noire et les Gravelots à collier interrompu. Pour cette raison et beaucoup d’autres encore, la Ria d’Aveiro est la zone humide la plus importante pour la conservation de l’avifaune aquatique située au Nord du Tage. Il est actuellement indispensable d’accompagner et de préserver ces espèces et ces habitats grâce à des actions les plus variées. Les visites guidées dûment contrôlées ont un intérêt redoublé puisqu’elles font connaître les particularités et les fragilités de ces des habitats, sensibilisant ainsi la population à leur valorisation et à leur préservation. En parcourant les marges de la Ria d’Aveiro, on s’aperçoit facilement de l’énorme diversité des paysages lui étant associée, ce facteur essentiel a contribué au fait qu’aujourd’hui ce joyau de la région soit classifié.

Um ecossistema a preservar…

An ecossystem to be preserved

ES Un Ecosistema complejo a preservar La Ría de Aveiro, al igual que el estuario del Sado, del Tajo y de la Ría Formosa, es una de las zonas húmedas de mayor importancia ecológica en Portugal. Como casi todas las zonas húmedas, es un lugar de excepción para la conservación de innúmerables poblaciones de aves, con destaque para las aves acuáticas. Sufre una gran influencia marina y es afectada por los caudales dulces de los ríos que en ella desembocan, de los cuales se destaca el río Vouga. El agua, el recurso más abundante, condicionó de forma acentuada toda la

© João Nunes da Silva

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actividad humana en la laguna a lo largo de los tiempos. Sollas, lenguados, robalos y anguilas, juntamente con la recogida de bivalvos, como el berberecho, almeja y mejillón sustentan hoy día muchas poblaciones de las riberas. La presencia de esta enorme mancha de agua que la constituye, condiciona igualmente sus características climáticas y de las respectivas áreas a su alrededor. Estas condiciones favorecieron el desarrollo y la existencia de una enorme diversidad de hábitats que albergan un importantísimo conjunto de especies, muchas de las cuales abarcadas por medidas de protección


provenientes de Directivas Europeas. La Ría de Aveiro es así, detentora de un elevado valor conservacionista, estando clasificada como Zona de Protección Especial para las Aves, motivo por el que está incluida en la Red Natura 2000. Algunas de las especies que acuden a la Ría de Aveiro son la Garza-Roja, el Aguilucho Lagunero, el Milano negro, el Flamenco, el Cigüeñuela, la Golondrina de mar, el Águila-pesquera, el Guarda rios, la Lechuza campestre y el Chorlitejo Patinegro. Durante los períodos migratorios y durante el Invierno la Ría alberga largos millares de aves que aquí encuentran las

condiciones ideales para alimentarse y reposar, principalmente Correlimos, playeros y Chorlitejos, entre muchas otras. Estas y otras razones hacen de la Ría de Aveiro la zona húmeda más relevante para la conservación de la avifauna acuática ubicada al norte del río Tajo. Actualmente es imperativo el acompañamiento y la preservación de estos diversos hábitats a través de diversas acciones. Las visitas guiadas debidamente controladas son de gran interés, ya que dan a conocer las particularidades y fragilidades de estos hábitats sensibilizando la población para su valoración y protección.

Cuando se recorren las márgenes de la Ría de Aveiro, fácilmente nos damos cuenta de la enorme diversidad paisajística asociada, factor que contribuye para que hoy esta joya de la región se encuentre protegida.

Perna–longa (salina de Aveiro)

Black–winged Stilt (Aveiro salt pans)

© João Nunes da Silva

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PT

Pateira de Fermentelos A Pateira de Fermentelos é considerada a maior lagoa natural da Península Ibérica e a 2ª maior da Europa.Terá iniciado a sua formação em finais do séc. XV com origem num antigo braço marinho, onde desaguavam não só os rios Cértima e Águeda, mas também o Vouga. Resulta actualmente do assoreamento e espraiamento do rio Cértima chegando a atingir uma área de 5km² de dimensões e profundidades variáveis. Encerra importantes habitats e núcleos de biodiversidade com especial destaque para a componente ornitológica, sendo possível observar muitas das espécies de aves que se encontram na Ria de Aveiro. Das muitas espécies que poderíamos listar destacam-se pelo seu interesse conservacionista a Garçavermelha e a Águia-sapeira. A sua importância é tal que faz parte da Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro, assumindo grande relevância para o equilíbrio dos sistemas naturais da zona. Estende-se maioritariamente pelo concelho de Águeda, mas também abrange os concelhos de Oliveira do Bairro e Aveiro, representando para as populações locais um importante elemento diferenciação na área do turismo, pelo seu potencial paisagístico, conservacionista, desportivo e de lazer.

UK

Pateira de Fermentelos The Pateira de Fermentelos is considered the largest natural lagoon of the Iberian Peninsula and the second largest in Europe. Its formation process took place quite possibly, at the end of the 15th century originating from an ancient inlet that ran into the Águeda and Cértima rivers, as well as the Vouga River. It is, at present, the result of the silting up and ebbing of the Cértima River, which covers an area of 5km² of variable depths and dimensions. It comprehends important habitats and biodiversity nucleus with special emphasis on the ornithological factor where it is possible to observe the many bird species that can be found on the Ria of Aveiro. Of the extensive list of species we could enunciate the red heron and the marsh harrier are special due to its conservationist interest. Due to its importance it is part of the Special Protection Area of the Ria of Aveiro, greatly contributing towards the equilibrium of the areas natural systems. It extends primarily into the county of Águeda, but also includes the counties of Oliveira do Bairro and Aveiro, representing for local populations an important differentiating element in tourism, due to its scenic and conservationist potential as well as in sports and leisure. 24

FR

Pateira de Fermentelos La Pateira de Fermentelos est considérée comme étant la plus grande lagune naturelle de la Péninsule Ibérique et la seconde d’Europe. Elle aurait commencé sa formation à la fin du XVème siècle ayant pour origine un ancien bras de mer où se jetaient non seulement les fleuves Cértima et Águeda mais également leVouga. Résultant actuellement de l’ensablement et de l’extension du fleuve Cértima pouvant atteindre une aire de 5km2 de dimensions et profondeurs variables.Abritant d’importants habitats et foyers de biodiversité, plus particulièrement le composant ornithologique, il est possible d’observer de nombreuses espèces d’oiseaux se trouvant dans la Ria d’Aveiro. Parmi les nombreuses espèces que l’on pourrait nommer on retiendra particulièrement le héron pourpré et le busard des roseaux. Son importance est telle qu’elle fait partie de la Zone de Protection Spéciale de la Ria d’Aveiro, ayant une grande importance pour l‘équilibre des systèmes naturels de la zone. S’étendant en grande partie sur la région d’Agueda, mais également sur la commune d’Oliveira do Bairro et d’Aveiro, elle représente pour les populations locales un important élément différenciateur dans le domaine touristique, de par son potentiel paysagistique, conservationniste et également dans le domaine sportif et des loisirs.


Pato–real (Pateira de Fermentelos)

Mallard (Pateira de Fermentelos)

© João Nunes da Silva

Bateira acostada na Pateira de Fermentelos

Typical boat anchored at Pateira de Fermentelos © João Nunes da Silva

ES

Pateira de Fermentelos La Pateira de Fementelos es considerada la laguna natural más grande de la Península Ibérica, y la 2.ª más grande de Europa. Su formación remonta a finales del siglo XV con origen en un antiguo brazo marino, donde desembocaban no sólo los ríos Cértima y Águeda, pero también el Vouga. Resulta, actualmente, del aseoramiento y explayamiento del río Cértima, llegando a alcanzar un área de 5km2 de dimensiones y profundidades variables. A ésta afluyen importantes hábitats y núcleos de biodiversidad, con destaque para la componente ornitológica, donde es posible observar muchas especies de aves que se encuentran en la Ría de Aveiro. De las muchas especies que podríamos listar, se destacan por su interés conservacionista, la Garza-Roja y el Águila- sapera. Su importancia es tal, que está incluida en la Zona de Protección Especial de la Ría de Aveiro, asumiendo gran relevancia para el equilibrio de los sistemas naturales de la zona.Se extiende, en su mayor parte, por el municipio de Águeda, pero también por los municipios de Oliveira do Bairro y Aveiro, representando para las poblaciones locales un importante elemento de diferenciación en el área del turismo, por su potencial paisajístico, conservacionista, e incluso deportivo y de ocio. 25


PT

A Ria e sua influência na economia regional | A tradição da produção de Sal na Região UK

The Ria and its influence on regional economy | The tradition of Salt production in the Region FR

La Ria et son influence dans l’économie régionale | La tradition de la production de Sel dans la Région ES

La Ría y su influencia en la economía regional | La tradición de la producción de la Sal en la Región

Exploração de sal

Salt extraction

© João Nunes da Silva

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Marnoto na faina

Marnoto working

© João Nunes da Silva

Pesca da Xávega - preparação do “Aparelho”

Xávega fishing (preparing the net)

© Romeu Bio

Cais dos Bacalhoeiros

Wharf of Codfishing boats

© Luís Leitão

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PT

A Ria e sua influência na economia regional | A tradição da produção de Sal na Região A exploração do sal desenvolveu-se desde o séc. X e ganhou fama nas centúrias seguintes, mas entrou em crise pelo século XVII com as salinas em laboração para sul do país. Ainda assim, manteve-se até aos nossos dias, embora actualmente seja uma actividade irrelevante na economia da região. O sal de Aveiro – “entre todos o primeiro” – era comercializado para todo o país e para a Europa (sobretudo do Norte), destinando-se essencialmente à salga de carne e de peixe, nomeadamente do bacalhau. As técnicas de produção do sal e o seu transporte, não acompanhando a evolução dos tempos, continuam a ser nos moldes tradicionais, desde a limpeza das marinhas até ao armazenamento. Cabia ao marnoto – o trabalhador do sal – desenvolver e acompanhar os vários trabalhos pesados que decorriam nas marinhas, desde meados da Primavera ao final do Outono. A produção guardava–se em montes brancos que, mais tarde, passado o Verão, viravam cinzentos pois eram revestidos... e, pelo Inverno,

transportada para os palheiros ou “armazéns”. O centro desta actividade convergia, então, para o Canal de S. Roque, onde ainda são visíveis exemplares em ruína…

UK

The Ria and its influence on regional economy | The tradition of Salt production in the Region

The exploration of salt began in the 20th century and continued to grow gaining notoriety in the following centuries, but salt pans that were still labouring to the south of the country entered a period of crisis around the 12th century. Although an irrelevant activity in the region’s economy, its activity has been maintained. The salt of Aveiro – “the best of all” – was commercialised in the entire country and in Europe (especially in the north) and was essentially used to salt meat and fish, namely cod. The salt production techniques and its transportation, which did not accompany the evolution of time, are still carried out in the traditional manner, from cleaning the marinhas (salt pans) until its storage. It was the marnoto’s – the salt worker – responsibility to organise and accompany 28

the several heavy jobs, which were carried out in the marinhas, from mid-spring until the end of autumn. The produce was kept in white heaps, which some time later, after the summer, would turn grey… and during the winter, it was transported to the palheiros or “warehouses”. The centre of this activity moved at a later date to the Canal S. Roque, where some of the ruins are still visible…

FR La Ria et son influence dans l’économie régionale | La tradition de la production de Sel dans la Région L’exploitation du sel s’est développée depuis le Xème siècle et a gagné sa notoriété au cours des siècles suivants. Mais ce secteur est entré en crise au XVIIème en raison de la création de salines au sud du pays. Malgré tout, cette activité se maintient encore de nos jours bien que peu significative au niveau de l’économie de la région. Le sel d’Aveiro – “le premier de tous” – était commercialisé dans tout le pays et surtout au nord de l’Europe, il était destiné essentiellement à la salaison de le viande et du poisson, notamment de


la morue. Les techniques de production du sel et son transport n’ont pas accompagné l’évolution des temps, ils continuent à se faire selon les modèles traditionnels que ce soit du nettoyage des marais salants au stockage. Le paludier – l’homme du sel – devait développer et accompagner les différentes étapes du travail d’exploitation des marais salants, travail lourd qui se déroulait du printemps à la fin de l’automne. La production était gardée en tas blancs qui plus tard à la fin de l’été devenaient gris puisqu’ils étaient revêtus… et en hiver transportés dans des paillottes ou hangars. Le centre de cette activité convergeait, alors vers le Canal de S. Roque, où sont encore visibles des exemplaires en ruine…

ES La Ría y su influencia en la economía regional | La tradición de la producción de la Sal en la Región La explotación de la sal se desarrolló desde el siglo X y ganó fama en las centurias siguientes Pero entró en crisis en el siglo XVII con las salinas en ejercicio hacia el sur del país. Aún así se mantuvo hasta nuestros días, pese a que sea una actividad

irrelevante en la economía de la región. La sal de Aveiro – “entre todas la primera” – era comercializada para todo el país y para Europa (sobre todo del Norte), destinándose esencialmente a la saladura de la carne y del pescado, principalmente del bacalao. Las técnicas de producción de sal y su transporte, que no acompañan la evolución de los tiempos, continúan siendo hechas en los moldes tradicionales, desde la limpieza de las marinas hasta el almacenamiento. Cabía al marnoto – el trabajador de la sal – desarrollar y acompañar los varios trabajos pesados que transcurrían en las marinas, desde mediados de la primavera hasta el final del otoño. La producción se guardaba en montañas blancas que, más tarde, pasado el verano, se volvían grises ya que eran revestidas y, durante el invierno, transportada para las chozas (palheiros) o “almacenes”. El centro de esta actividad convergía, entonces, para el canal de S. Roque, donde todavía son visibles ejemplares en ruina…

Ao contrário da exploração do sal, Aveiro mantém uma importante actividade económica na área das pescas. A pesca ancestral centralizava-se na área lagunar, evoluindo ao longo dos tempos para a pesca em mar aberto. Há longas décadas que os Aveirenses se dedicam não só à pesca costeira de pequeno e médio curso, como também foi daqui que se partiu para a pesca ao Bacalhau e outros espécimes de grande porte nos mares do Norte. Esta actividade moldou as gentes e costumes da região que se reflectem ainda hoje na economia e gastronomia, bem como no gosto pela navegação. Toda esta actividade ligada ao mar tem vindo a acompanhar uma crescente importância do Comércio Marítimo, com o aumento da diversidade de produtos exportados pelo Porto Aveiro que se encontra cada vez melhor apetrechado em equipamentos e infra-estruturas. Exemplo desta evolução é a ligação ferroviária ao Porto Comercial que possibilita um aumento da diversidade e quantidade de artigos exportados por esta via.

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PT

Aveiro, uma região de grande tradição nas pescas


UK Aveiro, a region with great fishing traditions

Unlike the exploration of salt, Aveiro maintains an important economic activity within the fishing sector. The ancestral fishing was centralised in the lagoon area, and after many years, evolved into open sea fishing. Over the decades, the Aveirenses have dedicated themselves to short and medium term coastal fishing, but not only. It was also here that fishing for Cod and other large fish specimens in the North Sea began. This activity shaped the region’s people and customs, which are still reflected in today’s eco- nomy and gastronomy, as well as its pleasure for navigation. All this sea-linked activity has accompanied the growing importance in Nautical Trade with an increase in product diversity exported by the Port of Aveiro which is very well equipped and has adequate infra-structures. An example of this evolution is the railroad connection to the Commercial Port, which allows an increase in diversity and quantity of articles exported via this route.

FR

Aveiro, une région de grande tradition de pêche

Contrairement à l’exploitation du sel, Aveiro maintient une importante activité économique dans le domaine de la pêche. La Pêche ancestrale se centralisait dans la zone lagunaire, évoluant tout au long des temps vers la pêche en mer ouverte. Depuis de longues décennies les habitants d’Aveiro se consacrent non seulement à la Pêche côtière, mais aussi à la Pêche au long cours. En effet, c’est d’ici que partirent en direction des mers du Nord, les navires pour la pêche à la morue et autres spécimens de grande dimension Cette activité a modelé les gens et les coutumes de la région, se reflétant encore aujourd’hui dans l’économie et la gastronomie ainsi que dans le goût de la population pour la navigation. Toute

cette activité étroitement liée à la mer est accompagnée d’une importance croissante du Commerce Maritime avec l’augmentation de la diversité de produits exportés par l’intermédiaire du Port d’Aveiro chaque fois mieux équipé en matériel et infrastructures. Un exemple de cette évolution est la liaison ferroviaire entre Aveiro et le Port Commercial qui permet une augmentation de la diversité et de la quantité d’articles exportés.

ES

Aveiro, una región de gran tradición en las pescas

Al contrario de la explotación de la sal, Aveiro mantiene una importante actividad económica en el área de las pescas. La pesca ancestral se centralizaba en el área lagunar, evolucionando a lo largo de los tiempos para la pesca en mar abierto. Hace muchas décadas que los Aveirenses se dedican no sólo a la pesca costera de pequeño y medio curso, como también fue de aquí que partieron para la pesca del Bacalao y otras especies de gran porte en los mares del Norte. Esta actividad moldó las gentes y las costumbres de la región que todavía se reflejan en la economía y gastronomía, así como en el gusto por la navegación. Toda esta actividad ligada al mar ha acompañado una creciente importancia del Comercio Marítimo con el aumento de la diversidad de productos exportados por el Puerto de Aveiro que se encuentra cada vez más abastecido en equipamientos e infraestructuras. Ejemplo de esta evolución es la conexión ferroviaria al Puerto Comercial que posibilita un aumento de la diversidad y cantidad de artículos exportados por esta vía.

PT

A tradição da Pesca ao Bacalhau

Os portugueses descobriram o valor deste peixe no séc. XV por se adequar às necessidades da época em que 30

permaneciam longos períodos em alto mar a cruzar os oceanos. Depois de salgado, este peixe mantém-se conservado sem perder as suas características gustativas. Após vários ensaios com outras espécies piscícolas, esta foi a eleita pelos portugueses quando a identificaram perto do Pólo Norte, na costa da Terra Nova. Durável e acessível a uma parte da população que raramente podia comprar peixe fresco, seu sabor era mais agradável do que o de outros pescados salgados. Numa época em que a religião Cristã fomentava com avidez o consumo de peixe por se tratar de uma “comida fria” em detrimento das “comidas quentes” (carnes vermelhas), o consumo de bacalhau era extremamente incentivado pelos comerciantes como substituto dos alimentos proibidos. O bacalhau passou então a ter uma ligação estreita com a cultura do povo português, tornando-se rapidamente um pilar na gastronomia nacional. A faina decorria, no entanto, em condições extremamente duras pois era executada à linha em mar aberto, com temperaturas muito baixas e a partir de pequenas embarcações de madeira, os doris, que saíam do navio-mãe, o lugre, também construído em madeira, cujo único meio de propulsão era à vela. Só no início da década de 30 do nosso século foi tomada a decisão de incorporar motores de propulsão auxiliar nesses navios. Mais tarde, em 1935 inicia-se a pesca por arrasto com a embarcação “Sta. Joana” (mandada construir por Carlos Roeder na Dinamarca), iniciando-se assim a libertação dos pescadores das duras condições de trabalho a bordo dos referidos doris. Actualmente, Portugal é o maior e principal consumidor de bacalhau a nível mundial, possuindo na sua gastronomia centenas de maneiras diferentes de o confeccionar.


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UK

The tradition of Cod Fishing

The Portuguese discovered the value of this fish during the 15th century because it was suitable for their needs during the long periods they spent at sea. Cod is capable of preserving its qualities once it has been salted. After several test trials with other fishing species, the Portuguese elected the cod when they identified it near the North Pole, on the coast of Newfoundland. Resistant and affordable by people, who normally couldn’t buy fresh fish, its taste was more agreeable than other salted fish. In a time when the Christian faith greatly fomented the consumption of fish because it was “cold food” in detriment of “hot food” (red meat), the consumption of cod was extremely encouraged by traders as a substitute for forbidden food. The cod became greatly connected to the culture of the Portuguese people, rapidly becoming a pillar in national gastronomy. Nevertheless, the routine work on a ship was carried out under extreme conditions. It was done with fishing lines on the open sea in very low temperatures and in small, wooden boats, the doris, which would leave the mothership, the lugger, also built in wood, whose sole means of propulsion were the sails.

Only in our century, during the 1930’s, was the decision made to incorporate auxiliary propulsion engines on these ships. At a later date, in 1935, trawl fishing began with the “Sta. Joana” ship (built by Carlos Roeder in Denmark), thus liberating the fishermen from the harsh working conditions to which they were subjected aboard the doris. At present, Portugal is the world’s main consumer with hundreds of recipes in its cuisine.

FR La tradition de la pêche à la Morue Les portugais ont découvert la valeur de ce poisson au XVème siècle. En effet, celui-ci correspondait aux nécessités de l’époque, les marins naviguant sur les océans et séjournant pour de longues périodes en haute mer. Après sa salaison, ce poisson a la particula-rité de se conserver sans perdre aucune de ses caractéristiques gustatives. Après différents essais avec d’autres espèces de poisson, cette espèce a été choisie par les portugais quand ils l’identifièrent près du Pôle Nord, sur les côtes de Terre Neuve. Durable et accessible à une partie de la population qui rarement pouvait acheter du poisson frais, sa saveur était également plus 32

agréable que celle d’autres poissons salés. À une époque où la religion Chrétienne incitait avec avidité à la consommation de poisson en tant que nourriture froide au détriment de la nourriture chaude, viande rouge, la consommation de morue était extrêmement stimulée par les commerçants pour remplacer les aliments interdits. La morue a commencé alors à avoir une étroite liaison avec la culture du peuple portugais, devenant rapidement un des piliers de la gastronomie nationale. La pêche se déroulait dans des conditions extrêmement dures, à la ligne en mer ouverte, à des températures très basses et à partir de petites embarcations en bois, les doris qui sortaient du bateau-mère, le lougre, également construit en bois et dont l’unique moyen de propulsion était la voile. C’est seulement au début des années 30, au XXème siècle, que l’on prit la décision d’incorporer des moteurs de propulsion auxiliaire dans ces navires. Plus tard, en 1935 commença la pêche avec le chalut avec le chalutier “Santa. Joana” construit à l’initiative de Carlos Roeder au Danemarque, permettant ainsi aux pêcheurs de se libérer des dures conditions de travail à bord des doris. Actuellement, le Portugal est le plus


Gastronomia Regional (Bacalhau à Lagareiro)

Regional gastronomy (Cod)

© Luís Leitão

important et le principal consommateur au niveau mondial, il possède dans sa gastronomie des centaines de façons différentes de le confectionner.

ES La tradición de la Pesca del Bacalao Los portugueses descubrieron el valor de este pescado en el siglo XV ya que este se adecuaba a las necesidades de la época, en la que permanecían largos períodos en alta mar cruzando océanos. Después de salado, este pescado se mantiene conservado sin perder sus características gustativas. Después de varios experimentos con otras especies piscícolas ésta fue la elegida por los portugueses cuando la identificaron cerca del Polo Norte , en la costa de Terra Nova. Duradero y accesible a una parte de la población que raramente podía comprar pescado fresco, su sabor era más agradable que el de los demás pescados salados. En una época en que la religión Cristiana fomentaba con avidez el consumo del pescado por tratarse de una “comida fría” en detrimento de las “comidas calientes” (carnes rojas), el consumo del bacalao era extremamente incentivado por los comerciantes como sustituto de los alimentos prohibidos. El

bacalao pasó a tener una ligación estrecha con la cultura del pueblo portugués convirtiéndose rápidamente en un pilar de la gastronomía nacional. La pesca trascurría en condiciones muy duras, ya que era ejecutada en mar abierto, con temperaturas muy bajas y a partir de pequeñas embarcaciones de madera, los doris, que salían del “barco madre”, el lugre, también construido en madera, cuyo único medio de propulsión era la vela. Sólo a principios de la década de 30 de nuestro siglo fue tomada la decisión de incorporar motores de propulsión auxiliar en esos barcos. Más tarde, en 1935 se inicia la pesca por arrastre con la embarcación “Sta. Joana” (mandada construir por Carlos Roeder en Dinamarca) iniciándose de esta forma la liberación de los pescadores de las duras condiciones de trabajo a bordo de los 33

referidos doris. Actualmente, Portugal es el mayor y principal consumidor a nível mundial, existiendo en su gastronomia centenas de formas diferentes de cocinarlo.


PT

Arte Xávega A Xávega é um tipo de pesca que se encontra em vias de extinção, mas ainda se pratica na região de Aveiro, nas Praia da Vagueira e Furadouro. É uma pesca de arrasto que se diferencia das restantes pelo facto de o barco sair de terra deixando uma corda a que permanece ligado. Dando a volta a mais de 500 metros de distância da costa, o barco deixa a rede que depois é arrastada até á praia, puxada por bois que são actualmente auxiliados por tractores. Assim, a rede traz o peixe que vai apanhando pelo caminho espraiando, depois, o “saco” na praia. Como é natural, esta actividade gera uma grande curiosidade dos populares e o peixe fresco que ali chega, saltitante, faz nascer água na boca ao pensar nas brasas de um fogareiro.

UK

Arte Xávega The Xávega is an endangered traditional fishing method, which is still carried out in the region of Aveiro, at the Vagueira and Furadouro Beaches. It is a different type of trawl fishing due to the fact that the boat exits land with a rope tied to it. It goes out about 500 meters from the coast and starts circling leaving behind the net which is then dragged onto the shore and pulled

by oxen that are currently aided by tractors. Thus, the net brings in the fish caught along the way, and spreads the “bag” on the beach. As usual, this activity generates great curiosity among the population and when the jumping fresh fish arrives on the shore it makes your mouth water.

FR

L’art Xávega

« Xávega » est un type de pêche en voie de disparition, mais qui est encore pratiqué dans la région d’Aveiro notamment sur la Plage de Vagueira et du Furadouro. C’est une Pêche au filet différente des autres, se caractérisant par le fait que le bateau en partant de terre reste relié à une corde, il fait un tour à plus de 500 mètres de distance de la côte, lance les trailles qui ensuite sont tirées par des bœufs ou des tracteurs. Ainsi, le filet ramène sur la plage le sac contenant les poissons capturés en chemin. Naturellement cette activité engendre la curiosité de la population et le poisson frais sautillant qui arrive sur le rivage fait venir l’eau à la bouche du spectateur qui l’imagine déjà grillé sur les braises du Barbecue.

ES

Arte Xávega Xávega es un tipo de pesca que se encuentra en vías de extinción, pero todavía se practica en la Ría de Aveiro, en las playas de Vagueira y Furadouro. Es una pesca de arrastre que se distingue de las demás por el hecho de que en ésta, el barco de pesca sale de la tierra dejando una cuerda que está siempre ligada a éste. Dando la vuelta a más de 500 metros de distancia de la costa, el barco deja la red que después es arrastrada hasta la playa, jalada por bueyes que son actualmente auxiliados por tractores. Así, la red trae el pescado que va cogiendo por el camino, arrojando, después, la “bolsa” en la playa. Como es normal, esta actividad genera una gran curiosidad y el pescado fresco que allí llega, se hace la boca agua al pensar en las brasas de un hornillo.

Arte Xávega

Xávega Art © Romeu Bio

Arte Xávega (Bois ajudam a puxar a rede para terra)

Xávega Art (Oxen help pull net to shore) © Romeu Bio

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PT

Embarcações típicas da Região UK

Typical Regional fishing boats FR

Les Embarcations typiques de la Région ES

Embarcaciones típicas de la Región

O Moliceiro e seu elegante perfil

The Moliceiro and its elegant profile

© João Nunes da Silva

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Pescador na sua Bateira (Pateira de Fermentelos)

Fisherman in his typical boat(Pateira de Fermentelos) © João Nunes da Silva

Pesca da chincha com Caçadeira adaptada

Sweep–net fishing on a typical boat

© João Nunes da Silva

PT

Embarcações típicas da Região Até meados do século XX, grande parte das actividades socioeconómicas da Região estava intimamente relacionada com a Ria, o que exigia uma diversidade de embarcações adequadas às diferentes actividades. Além das tradicionais actividades agrícolas; havia a produção, armazenamento e comercialização do sal; a pesca ribeirinha e de alto-mar; e os transportes de pessoas e mercadorias em geral. Assim surgiram os moliceiros para a apanha do moliço (algas existentes no leito da Ria), os mercantéis para o transporte de mercadorias em geral, e as bateiras para a pesca e caça nesta região alagadiça. Os barcos moliceiros, parecendo ser, de entre eles, os mais sofisticados e de feições delicadas, destinavam-se à colheita e transporte do moliço, produto que transformaria solos de areia em férteis terrenos agrícolas. São barcos de fundo chato, apropriado à navegação em águas baixas e dotados de grande estabilidade. Construído em madeira de pinho, resiste em média 12 anos ao serviço. Quando bem carregado, podendo atingir as cinco toneladas de carga, os seus bordos rasam

a superfície da água e em certas ocasiões ficam praticamente submersos. Dois elementos essenciais o particularizam: a decoração pintada de algumas superfícies exteriores e a extrema elegância e requinte das extremidades pontiagudas da proa e da ré que conferem uma certa identidade ao seu perfil. O comprimento total ronda os 15m e a largura os 2,5m, variando de acordo com a zona da Ria onde seja construído. Também se destaca o enorme leme, justificado pelas necessidades da manobra. A decoração pintada no exterior do casco é a mais evidente, com destaque para os quatro diferentes painéis que decoram ambos os lados da proa e popa, que pintados directamente sobre a madeira do barco constituem uma prática artística ancestral sem paralelo na cultura popular portuguesa. Estas vistosas “iluminuras” são extremamente variadas, podendo retratar cenas do quotidiano num sentido festivo, jocoso e fantasista, bem como cenas e personagens populares ou históricas entre outras. Os mercantéis são barcos pesados, destinados essencialmente a cargas, em especial ao transporte do sal, tomando nesse caso a designação de barco saleiro. Os mercantéis possuem muitos traços 40

comuns com os moliceiros mas distinguem-se destes pela menor riqueza decorativa da pintura exterior, de extrema simplicidade, e por um desenho de proa mais comum. As bateiras são pequenos barcos, pintados ou não em cores singelas, em geral destinados à pesca e à caça e como tal, formal e funcionalmente diferentes dos anteriores.

UK

Typical Regional fishing

boats Up until the mid 20th century, a great part of the socio-economical activities of the Region were intimately connected to the Ria, which demanded great diversity with regards to the acquisition of adequate vessels for its different activities. Besides the traditional farming activities, there was the production, storage and commercialisation of salt, high-sea and river fishing, as well as the transportation of people and merchandise in general. This is how the moliceiros, used for gathering moliço (existing riverbed algae), the mercantéis for transporting goods in general, and the bateiras for fishing and hunting in these swamped regions, originated. The moliceiro boats, which seemed the most sophisticated and with the most


delicate features among all, were destinedto gather and transport moliço, a product that would transform sandy soil into fertile farmland. They are flat bottom boats excellent for navigating in shallow waters and with great stability. It is made of pinewood and can work up to 12 years. It can transport a load of up to five tons in weight, leading its boarder to graze the water surface and in certain occasions be practically submerged. It has two essential elements which make it unique: the painted decorations on part of the exterior and the extreme elegance and formal refinement of the sharp extremities of the bow and stern which convey a certain identity to its silhouette. The total length is approximately 15m and its width is 2,5m. This could vary depending on where it was built on the Ria. We would also like to highlight the enormous helm that is required for manoeuvre purposes. The painted decoration on the surface of the hull is the most evident, with special emphasis on the four different panels which decorate both sides of the bow and stern. It is painted directly on the boat’s wood shell and is an ancient artistic practice without precedent in popular Portuguese culture. These flashy “iluminuras” are extremely varied. They can

portray everyday scenes in a festive, funny and fantasised way, as well as and scenes popular or historical figures. The mercanteis are heavy cargo boats, used mainly in the transportation of salt, thereby adopting the name saleiro. The mercanteis have many common traces with the moliceiros, but also differ due to the inferiority of the outer surface’s decorative painting, where it is extremely simple with a more common design on the prow. The bateiras are small boats, painted, or not, in single colours, generally used for fishing and hunting and as such, formal and functionally different from the latter.

FR

Les Embarcations typiques de la région

Jusqu’au milieu du XXème Siècle la plupart des activités socio-économiques de la Région étaient étroitement liées à la Ria, ce qui exigeait une diversité d’embarcations adéquates aux différentes activités. Outre les activités agricoles traditionnelles, il y avait la production, le stockage et la commercialisation du sel, la pêche côtière et en haute mer et le transport de personnes et de marchandises en général. C’est ainsi que sont apparus les « moliceiros » pour le 41

ramassage des algues (Limons) se trouvant dans le lit de la Ria, les bateaux marchands pour le transport des marchandises en générale et les barques dites Bateiras destinées à la pêche et à la chasse dans cette région marécageuse. Les « moliceiros », aux formes délicates semblent être les plus sophistiqués, ils se destinaient au ramassage et au transport des limons, algues transformant les sols sableux en terrains agricoles fertiles. Ce sont des bateaux au fond plat, destinés à la navigation en eaux peu profondes et dotés d’une grande stabilité. Construits en bois de pin, ils peuvent résister en moyenne à 12 ans de service. Leur charge maximale est de 5 tonnes, à charge complète leurs bords rasent la superficie de l’eau, ils sont pratiquement submergés. Deux éléments essentiels les caractérisent : d’une part leur décoration composée de peintures représentatives sur certaines parties de la superficie extérieure et de l’autre l’extrême élégance et le raffinement de leurs formes avec les extrémités pointues de la proue et de la poupe conférant une certaine identité à leur profil. D’une longueur totale d’environ 15m et d’une largeur de 2,5m variant suivant la zone de la Ria où le « moliceiro » a


Pôr do sol na Ria

Sunset on the Ria

© João Nunes da Silva

été construit. On doit noter également l’énorme gouvernail justifié par les nécessités de manœuvre. La décoration peinte à l’extérieur de la coque est la plus évidente. On ne peut qu’admirer les quatre différents panneaux qui décorent les côtés de la proue et de la poupe, ceuxci sont peints directement sur le bois du bateau suivant une pratique ancestrale sans parallèle dans la culture populaire portugaise. Ces superbes enluminures sont extrêmement variées, pouvant reproduire des scènes du quotidien dans un cadre de réjouissances, plaisant et fantaisiste, ou des scènes et personnages populaires ou historiques entre autres. Les marchands sont des bateaux lourds, essentiellement destinés au transport de cargaisons, plus particulièrement au transport du sel, prenant dans ce cas la dénomination de Bateau « Saleiro ». Les marchands bien que possédant des caractéristiques communes aux « moliceiros » se distinguent de ceux-ci de par leur peinture décorative extérieure moins riche, d’une extrême simplicité et une proue au dessin plus commun. Les “bateiras” sont des barques peintes ou non de couleur unie, généralement utilisées pour la pêche et la chasse et comme tel ont une forme et une

fonctionnalité bien différentes des bateaux précédents. ES Embarcaciones típicas

de la Región Hasta mediados del siglo XX, gran parte de las actividades socioeconómicas de la Región estaba estrechamente relacionada con la Ría, lo que exigía una diversidad de embarcaciones adecuadas a las diferentes actividades. Además de las tradicionales actividades agrícolas; había la producción, almacenamiento y comercialización de la sal; la pesca de ribera (en el río y a orillas del mar) y en alta mar, y el transporte de personas y mercancías en general. Así surgieron los moliceiros para la recogida de moliço (algas existentes en el lecho de la Ría), los mercantéis para el transporte de mercancías en general, y las bateiras para la pesca y caza en esta región pantanosa. Los barcos moliceiros, pareciendo ser, entre ellos, los más sofisticados y de líneas delicadas, se destinaban a recoger y a transportar el moliço, producto que transformaba suelos de arena en terrenos agrícolas fértiles. Son barcos de fondo chato, apropiado a la navegación en aguas bajas y dotados de gran estabilidad. Construido en madera de pino resiste, en media, 12 años. Cuando 42

éste es bien cargado, pudiendo alcanzar las cinco toneladas de carga, sus bordos rasan la superficie del agua y en ciertas ocasiones quedan prácticamente sumergidos. Dos elementos esenciales lo particularizan: la decoración pintada de algunas superficies exteriores y la extrema elegancia y requinte formal de las extremidades puntiagudas de la proa y de la popa que confieren una cierta identidad a su perfil. La longitud total ronda los 15 m y la anchura los 2,5 metros, variando según la zona de la Ría donde es construido. También se destaca el enorme timón, justificado por las necesidades de maniobra. La decoración pintada en el exterior del casco es la más evidente, con destaque para los cuatro paneles diferentes que decoran ambos lados de la proa y popa, que pintados directamente sobre la madera del barco constituyen una práctica artística ancestral en la cultura popular portuguesa. Estas vistosas “pinturas de colores” son extremamente variadas, pudiendo retratar escenas del cotidiano en un sentido festivo, jocoso y de fantasía, así como escenas y personajes populares o históricos, entre otras. Los mercantéis son barcos pesados, destinados esencialmente a cargas, en especial al transporte de la sal, tomando en ese caso la designación de barco saleiro. Los


mercantéis poseen muchos trazos comunes con los moliceiros pero se distinguen de éstos por la menor riqueza decorativa de la pintura exterior, de extrema simplicidad, y por un dibujo de proa más común. Las bateiras son pequeños barcos, pintados o no, en colores sencillos y naturales, en general destinados a la pesca y a la caza y como tal, formal y funcionalmente diferentes de los anteriores.

PT

Porto de Aveiro O Porto de Aveiro é hoje a infra-estrutura portuária mais moderna do país, face ao plano de desenvolvimento decorrido entre 2000 e 2006. Tem vindo a evidenciar um significativo dinamismo, reflectido num crescimento de tráfego apreciável e num aumento progressivo do grau de diversificação dos produtos movimentados, nomeadamente o segmento de contentores. Com um tráfego anual de cerca de 4 milhões de toneladas e um crescimento médio anual muito superior à média nacional, tornou-se o principal porto português na movimentação de produtos metalúrgicos e de grande relevo na movimentação de carga fraccionada. Actualmente é um porto multifuncional, desempenhando um papel primordial

no serviço dos principais sectores da indústria da sua região, tais como cerâmica, química, vitivinícola, metalúrgica, madeira e derivados, agro-alimentar, construção e automóvel. A Plataforma Logística do Porto de Aveiro está hoje integrada na rede nacional de plataformas logísticas – Portugal Logístico - a qual permitirá albergar operações de armazenamento de longa duração e outras actividades logísticas e industriais. Sendo o Porto mais próximo de Madrid, apresenta-se no centro de um importante eixo de comunicações, com excelentes acessos rodoviários e ferroviários, tendo ainda a seu favor a ausência de pressão urbanística, bons sistemas de segurança e boas práticas ambientais. Hoje destaca-se pela significativa capacidade de acostagem, uma das maiores do país, oferecendo a potenciais investidores uma grande capacidade de terraplenos para implantação de actividade logísticas e industriais. A ligação ferroviária ao Porto de Aveiro e o novo acesso marítimo da barra marcará um novo posicionamento deste porto no contexto ibérico, reafirmando Aveiro como um dos mais competitivos nós logísticos multimodais do centro de Portugal e da Península Ibérica. 43

UK Port of Aveiro Thanks to the development project, which took place between 2000 and 2006, the Aveiro Port is considered the most modern port infrastructure in the country. It has shown remarkable vitality, which can be seen in the substantial traffic growth and in a steady increase in the diversification level of products being transferred, namely the container segment. With an annual traffic of approximately 4 million tons and an average annual growth considerably superior to that of the national average, it became the main Portuguese port in the transportation of metallurgical products and is highly proficient in the transportation of fraction cargo. It is, at present, a multifunctional port, with a major role in providing services to the main industrial sectors of the region, such as ceramics, chemistry, wine, metallurgic, lumber and by-products, food, construction and automobile. The Logistic Platform of the Aveiro Port is presently integrated in the national network of logistic platforms – Portugal Logístico – which will allow for long-term storage operations and other logistic and industrial activities.


Due to the fact that it is the nearest Port to Madrid, it is located in the centre of an important communication axle, with excellent motorway and railroad access. The absence of urban pressure, good security systems and environmental practices also works in its favour. It is presently in an outstanding position due to its significant accosting capacity, one of the largest in the country, offering potential investors a large levelled ground area so as to implement logistic and industrial activities. The railroad connection to the Aveiro Port and the new harbour entrance will enhance its position within the Iberian framework, reasserting Aveiro as one of the most competitive multimodal logistic junctures of the centre of Portugal and of the Iberian Peninsula.

FR

Port d’ Aveiro Le port d’Aveiro est aujourd’hui l’infrastructure portuaire la plus moderne du pays, grâce au plan de développement mis en place entre 2000 et 2006. On peut observer un dynamisme significatif, se traduisant par une croissance appréciable du trafic et une augmentation progressive du degré de diversification des produits mouvementés notamment le

segment des conteneurs. Avec un trafic annuel d’environ 4 millions de tonnes et une croissance moyenne annuelle bien supérieure à la moyenne nationale, il est devenu le principal Port portugais de par les mouvements de produits métallurgiques et d’une grande envergure pour les mouvements de cargaisons fractionnées. Actuellement, c’est un port multifonctionnel, jouant un rôle fondamental au service des principaux secteurs de l’industrie de sa région, tels que l’industrie céramique, chimique vitivinicole, métallurgique, industrie du bois et dérivés, agro-alimentaire, construction et automobile. La plateforme logistique du Port d’Aveiro est aujourd’hui intégrées dans le réseau national de plateformes Logistiques – Portugal Logistique – qui permettra d’abriter des opérations de stockage de longue durée et autres activités logistiques et industrielles. Étant le port le plus prés de Madrid, localisé au centre d’un important axe de communications, bénéficiant d’excellents accès routiers et ferroviaires, il a encore en sa faveur l’absence de pression urbaine, et l’avantage d’être doté de bons systèmes de sécurité et de bonnes pratiques 44

de protection de l’environnement., Se distinguant aujourd’hui par sa capacité significative d’accostage, une des meilleures du pays, offrant aux potentiels investisseurs une grande capacité de terrassement pour l’implémentation d’activités logistiques et industrielles. La liaison ferroviaire au Port d’Aveiro et le nouvel accès maritime de la « Barra » marquera un nouveau positionnement de ce Port dans le contexte Ibérique, réaffirmant Aveiro comme un des plus compétitifs nœuds logistiques multimodaux du centre du Portugal et de la Péninsule Ibérique.

ES

Puerto de Aveiro El Puerto de Aveiro es hoy la infraestructura portuaria más moderna del país, ante el plan de desarrollo transcurrido entre 2000 y 2006. Ha evidenciado un significativo dinamismo, reflejado en un importante crecimiento de tráfico y en un aumento progresivo del grado de diversificación de los productos transportados, especialmente el segmento de los contenedores. Con un tráfico anual de cerca de 4 millones de toneladas y un crecimiento medio anual muy superior a la media nacional, se ha convertido en el principal puerto portugués


en el transporte de productos metalúrgicos y de gran relieve en la movimentación de carga fraccionada. Actualmente es un puerto multifuncional, desempeñando un papel primordial en el servicio de los principales sectores de la industria de su región, tales como la cerámica, química, vitivinícola, metalúrgica, madera y derivados, agro-alimentar, construcción y automóvil. La Plataforma Logística del Puerto de Aveiro está hoy integrada en la red nacional de plataformas logísticas – Portugal Logístico – la cual permitirá albergar operaciones de almacenamiento de larga duración y otras actividades logísticas e industriales. Siendo el Puerto más próximo de Madrid, está ubicado en el centro de un importante eje de comunicaciones, con excelentes accesos por carretera y ferrocarril, teniendo a su favor la ausencia de presión urbanística, buenos sistemas de seguridad y buenas prácticas ambientales. Hoy se destaca por la significativa capacidad de acostaje, una de las más grandes del país, ofreciendo a potenciales inversionistas una gran capacidad de terraplenos para implementación de actividades logísticas e industriales. La conexión ferroviaria al Puerto de Aveiro y el nuevo acceso marítimo de la entrada de la barra marcará un nuevo posicionamiento de este puerto en el contexto ibérico, reafirmando Aveiro como uno de los más competitivos nudos logísticos multimodales del centro de Portugal y de la Península Ibérica.

Porto de Aveiro

Port of Aveiro

© APA (Paulo Magalhães)

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A povoação da Barra

The town of Barra

© Romeu Bio

A barra de Aveiro

Port of Aveiro

© Romeu Bio

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PT

A barra e o seu farol O “Farol da Barra” é o mais alto de Portugal, e um dos mais altos do mundo. Foi construído entre 1885 e 1893, tendo custado naquela época 51.000 escudos. A sua principal fonte luminosa era obtida por incandescência do vapor do petróleo. Porém, tendo sido electrificado em 1936, só em 1950 o sistema iluminante passou a ser alimentado a energia eléctrica. Apesar de estar dotado actualmente de um elevador, ainda é possível subir pela sua escadaria em caracol, composta por um 1º sector, em pedra, de 271 degraus seguido de um 2º sector metálico de 20 degraus. O foco luminoso eleva-se a 62m de altura (66m acima do nível do mar), sendo na actualidade o seu alcance em condições normais de transparência atmosférica de 26 milhas náuticas, cerca de 42Km, interceptando os faróis da Figueira da Foz e de Leça da Palmeira. Esta notável construção passou a velar pela segurança da navegação que até aí não dispunha de um ponto de orientação. Sem o farol, as embarcações da época eram frequentemente atraídas para terra, devido à ilusão de afastamento provocada por uma porção de costa muito plana com as primeiras elevações a grande distância do mar.

UK

The Harbour Entrance and the lighthouse

The “Barra Lighthouse” is the tallest in Portugal, and is one of the tallest in the world. It was built between 1885 and 1893 and cost, at the time, 51.000 escudos. Its main source of light was obtained through the incandescence vapour of petrol. Although it was electrified in 1936, the electrical lighting system only became operative in 1950. Although it currently has an elevator, it is still possible to climb the snail-shaped staircase, made up of 271 stone-steps in the 1st sector followed by a 2nd metallic sector with 20 steps. The luminous projector is fixed at a height of 62m (66m above sea level), and in normal atmospheric visibility conditions can reach a distance of 26 nautical miles, approximately 42Km, intercepting the lighthouses of Figueira da Foz and Leça da Palmeira This admirable construction was then able to watch over the safety of all navigating vessels, which up to this point was nonexistent. Without the lighthouse, the ships would frequently be attracted to land, due to the illusion of distance, caused by a very flat coastline with the first elevations quite far from the sea. 46

FR

Barra et son phare! Le phare de Barra est le plus élevé du Portugal et l’un des plus haut du monde. Construit entre 1885 et 1893, il a coûté à l’époque 51.000 escudos. Sa principale source lumineuse était obtenue grâce à un brûleur à incandescence par la vapeur de pétrole. Malgré son électrification en 1936, c’est seulement en 1950 que le système d’illumination a été alimenté à l’énergie électrique. Bien qu’actuellement doté d’un ascenseur, il est encore possible d’utiliser les escaliers en colimaçon, composés d’un premier secteur en Pierre de 271 marches et d’un deuxième secteur métallique de 20 marches. Le foyer lumineux s’élève à 62 m de hauteur soit 66 m au-dessus du niveau de la mer. Actuellement, dans les conditions normales de transparence atmosphérique, sa portée est de 26 milles nautiques, soit environ 42 km, interceptant ainsi les phares de Figueira da Foz et de Leça da Palmeira. Cette remarquable construction commença à veiller à la sécurité de la navigation qui jusque là ne disposait pas de point d’orientation. Sans le phare les embarcations de l’époque étaient fréquemment attirées par la terre, en raison d’une illusion d’éloignement provoquée par une portion de côte


plane avec les premières élévations de terrain à une grande distance de la mer. supérieure à la moyenne nationale, il est devenu le principal Port portugais de par les mouvements de produits métallurgiques et d’une grande envergure pour les mouvements de cargaisons fractionnées. Actuellement, c’est un port multifonctionnel, jouant un rôle fondamental au service des principaux secteurs de l’industrie de sa région, tels que l’industrie céramique, chimique vitivinicole, métallurgique, industrie du bois et dérivés, agro-alimentaire, construction et automobile. La plateforme logistique du Port d’Aveiro est aujourd’hui intégrées dans le réseau national de plateformes Logistiques - Portugal Logistique - qui permettra d’abriter des opérations de stockage de longue durée et autres activités logistiques et industrielles. Étant le port le plus prés de Madrid, localisé au centre d’un important axe de communications, bénéficiant d’excellents accès routiers et ferroviaires, il a encore en sa faveur l’absence de pression urbaine, et l’avantage d’être doté de bons systèmes de sécurité et de bonnes pratiques de protection de l’environnement., Se distinguant aujourd’hui par sa capacité

significative d’accostage, une des meilleures du pays, offrant aux potentiels investisseurs une grande capacité de terrassement pour l’implémentation d’activités logistiques et industrielles. La liaison ferroviaire au Port d’Aveiro et le nouvel accès maritime de la « Barra » marquera un nouveau positionnement de ce Port dans le contexte Ibérique, réaffirmant Aveiro comme un des plus compétitifs nœuds logistiques multimodaux du centre du Portugal et de la Péninsule Ibérique. ES La barra y su faro El “Faro de Barra” es el más alto de Portugal, y uno de los más altos del mundo. Fue construido entre 1885 y 1893, y en aquella época costó 51.000 escudos. Su principal fuente luminosa era obtenida por incandescencia del vapor del petróleo. A pesar de haber sido electrificado en 1936, sólo en 1950 el sistema iluminante pasó a ser alimentado con energía eléctrica. Apesar de estar dotado actualmente de un ascensor, todavía es posible subir por su escalera de caracol, compuesta por un 1.º sector de piedra de 271 escalones seguido de un 2.º sector metálico de 20 escalones. El foco luminoso se eleva a 62 m de altura (66m arriba del nivel del 47

mar), siendo en la actualidad su alcance en condiciones normales de transparencia atmosférica de 26 millas náuticas, cerca de 42 km, interceptando los faros de Figueira da Foz y Leça da Palmeira. Esta notable construcción pasó a velar por la seguridad de la navegación que hasta entonces no disponía de un punto de orientación. Sin el faro, las embarcaciones de la época eran frecuentemente atraídas para la tierra, debido a la ilusión de alejamiento, provocada por una porción de costa muy plana con las primeras elevaciones a gran distancia del mar.


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Cais de Bacalhoeiros (Gafanha da Nazaré, década de 40)

Codfishing boat’s wharf at Gafanha da Nazaré (in the fourties)

© APA

Estaleiros de São Jacinto (década de 50)

Shipyard of São Jacinto (in the fifties) © APA

PT

Aveiro, uma referência na Construção Naval

Na região de Aveiro a construção naval, em madeira, é uma actividade multi-secular que teve o seu apogeu no séculos XV e XVI – beneficiando de grandes privilégios dados pelos reis de Portugal – mas que entrou em decadência com o fecho da barra no final do século XVII. Nesse período áureo da construção naval, o seu principal centro era ao longo do Canal de S. Roque, organizando-se os “obreiros” como outras antigas corporações, em torno de um santo padroeiro – no caso, S. Roque! No entanto, após a reabertura artificial e definitiva da barra, em 1808, este tipo de construção naval conheceu notável desenvolvimento, tendo aqui sido construídos os típicos “varinos” do Tejo, barcos para o transporte de sal no rio Sado, tal como outros para a pesca da Xávega. Na primeira metade do século XX, deu-se um novo incremento, com dezenas de navios para a pesca do bacalhau, os quais atingiam, com alguma frequência, mais de cinquenta metros de comprimento, quinhentas toneladas de arqueação e quatro mastros. Pelo final do século XIX, a partir da década de 80, gradualmente, ganharam fama os

Estaleiros Mónica, na Gafanha da Nazaré, conhecendo novo período de projecção pela 2ª metade do século XX. Esses estaleiros chegaram a empregar mais de 250 operários, tendo produzido dezenas de navios para a pesca do bacalhau, alguns dos quais foram mesmo inovadores na frota portuguesa. Mas não é só da construção de barcos em madeira que Aveiro tem um histórico brilhante. Em 1945, com o fim da II Grande Guerra, os Estaleiros de S. Jacinto iniciam a sua actividade em pleno dedicando-se à construção naval, em ferro. Foi pioneiro na construção de navios com a utilização de soldadura eléctrica, tecnologia que só vários anos depois, países com grande tradição na construção naval, como a Inglaterra, viriam a utilizar. Deste estaleiro sairiam muitas outras inovações técnicas ao mais alto nível, lançando Portugal como referência nesta área e garantindo uma boa actividade do estaleiro ao longo de décadas. Inovações importantes como a reestruturações das diferentes áreas de trabalho dentro dos navios, o lançamento em 1963 do primeiro navio português com corrente alterna (iluminação e força motriz), projecção e construção dos primeiros navios de arrasto pela popa 50

para a pesca longínqua e costeira, bem como, ainda assente no mesmo princípio técnico, os primeiros navios de pesca ao espadarte. Estas e muitas outras inovações não só em barcos de pesca mas também em navios-tanque, fruteiros, dragas e rebocadores contribuíram fortemente para o desempenho dessas embarcações bem como para a melhoria acentuada das condições de vida dos marinheiros. Tudo isto, fruto de um excelente trabalho de equipa dirigido por Carlos Roeder, que conseguiu manter o estaleiro em boa actividade apesar de vários contratempos políticos e sociais, chegando a empregar mais de 600 trabalhadores em 1975. Em 1995, com 45 anos dedicados à construção naval, estes estaleiros finalizavam já no términos da sua actividade cerca de 211 navios dos mais variados tipos, alguns dos quais com grande inovação tecnológica. Actualmente, apenas um número pequeno de navios Portugueses se dedica à pesca, uma vez que o peixe passou a ser importado na sua maior parte.


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UK

Aveiro, a reference in Shipbuilding

In the region of Aveiro, shipbuilding is an activity, which has been around for many centuries. It reached its peak in the 15th and 16th century – benefiting from huge privileges given by the kings of Portugal – but entered into decay after they closed the harbour entrance at the end of the 17th century. During the golden shipbuilding period, its operational centre was along the Canal S. Roque, where the “obreiros” organized themselves as other old corporations, around a patron saint – in this case, Saint Roque! Nevertheless, after the definite and artificial opening of the harbour entrance in 1808, this type of shipbuilding encountered considerable development, with the construction of the typical Tagus “varinos”. These boats were used to transport salt in the Sado River, such as others were used in Xávega fishing. During the first half of the 20th century, a new increment came about with dozens of cod fishing ships that quite frequently would reach over fifty meters in length, five hundred tons in gauging and four masts. By the end of the 19th century, more specifically 1880 and onwards, the Monica

Shipyards, in Gafanha da Nazaré, gradually became famous and achieved a renewed period of projection during the second half of the 20th century. These shipyards employed over 250 workers and built dozens of cod fishing ships, some of which were actually innovations in the portuguese fleet. But Aveiro’s brilliant history is not solely in the construction of wooden ships. In 1945 at the end of World War II, the S. Jacinto shipyard many more high-level technological innovations surfaced, making Portugal a reference in this area and guaranteeing work stability throughout decades. Important innovations were carried out based on the same technical principle. These included re-structuring different working areas on ships, launching the first Portuguese ship with alternate current (lighting and power) in 1963, the projection and construction of the first stern trawl fishing ships for coastal and long-distance fishing, as well as the first swordfish vessels. These and many other innovations not only in fishing boats but also in tank ships, fruit carriers, drags and tow boats, greatly contributed towards the performance of these ships and to the considerable 52

improvement of the sailor’s quality of life. All of this was achieved thanks to the excellent teamwork, which was managed by Carlos Roeder, who was able to maintain the shipping yard in good working conditions employing over 600 workers in 1975, despite the various political and social upheavals. With an existence of 50 years, 45 of which dedicated to shipbuilding, in 1995 these shipyards, practically at the end of their activity, finished 211 different types of ships, some of them with great technological innovation. Currently, only a small number of Portuguese ships are dedicated to fishing due to the fact that fish is mostly imported and is also replaced with the frozen kind.

FR

Aveiro, une référence dans la Construction Navale

Dans la région d’Aveiro la construction navale en bois est une activité séculaire dont l’apogée fut au XVème et XVIème siècle – bénéficiant à cette époque de grands privilèges accordés par les rois du Portugal – mais sa décadence s’est amorcée avec la fermeture de l’entrée du port à la fin du XVIIème siècle. A l’époque de l’âge d’or de la construction Navale, son principal centre se situait au Canal S. Roque où, tout


Sharpie em reparação no estaleiro do mestre “Zé de Pardilhó” (cais da Ribeira da Aldeia , Pardilhó)

Sharpie being repared at master “Zé de Pardilhó’s” shipyard (Ribeira da Aldeia wharf, Pardilhó) © Luís Leitão

comme d’autres anciennes corporations, les ouvriers s’organisaient autour de leur saint patron, en l’occurrence, S. Roque ! Cependant, après la réouverture artificielle et définitive de la Barre en 1808, ce type de construction navale a connu un remarquable développement. En effet, c’est ici que furent construits les typiques « Varinos » du Tage, les bateaux pour le transport de sel sur le fleuve Sado, ainsi que les bateaux pour la pêche Xávega. Dans la première moitié du XXème siècle, un nouveau développement eut lieu, des dizaines de navires pour la pêche à la morue sortirent de ces chantiers, certains d’entre eux de plus de cinquante mètres de longueur, jaugeant cinq tonneaux et munis de quatre mâts.Vers la fin du XIXème siècle, vers les années 80, le chantier Naval “Mónica” situé à Gafanha da Nazaré gagna peu à peu du prestige avec une nouvelle période de projection à la moitié du XXème siècle. Ces chantiers employèrent à cette époque plus de 250 ouvriers, fabriquant des dizaines de navire pour la pêche à la morue, dont certains très innovateurs pour la flotte portugaise. Mais ce n’est pas seulement grâce à la construction de bateaux en bois qu’Aveiro a un historique brillant. En 1945, à la fin de

la Seconde Guerre Mondiale, les Chantiers Navals de S. Jacinto commencèrent leur activité se consacrant à la construction de navires en fer. Pionniers dans la construction du premier navire utilisant la soudure électrique, technologie que les pays de grande tradition dans la construction navale, comme l’Angleterre n’utilisèrent que plusieurs années plus tard. De ces chantiers sortirent beaucoup d’autres innovations techniques du plus haut niveau, faisant du Portugal une référence dans ce domaine et permettant de garantir l’activité du Chantiers pendant de longues Années. Parmi le plus importantes innovations ont doit référer la restructuration des différentes zones de travail dans les navires, le lancement en 1963 du premier navire muni de courant alterne, illumination et force motrice, la projection et construction des premiers navire de chalut par la poupe pour la pêche au long cours et côtière, ainsi que l’application de cette technique aux premiers navires de pêche à l’espadon. Toutes ces innovations appliquées non seulement aux bateaux de pêches mais aussi aux navires citerne, fruitiers, dragues et remorques ont énormément contribué à l’accomplissement des activités de 53

ces embarcations et à l’amélioration des conditions de travail de la vie des marins. Tout cela grâce à l’excellent travail de l’équipe dirigée par Carlos Roeder, qui réussit à maintenir le chantier en activité malgré différents contretemps politiques et sociaux, employant en 1975, 600 travailleurs. En 1995, après 50 ans d’existence dont 45 consacrés à la construction navale, le chantier Naval, à la fin de son activité, comptait la fabrication de plus de 211 navires des modèles les plus variés, dont certains pourvus d’une grande innovation technologique. Actuellement, seul un petit nombre de navires Portugais se consacre à la pêche, la plupart du poisson provenant essentiellement de l’importation et l’utilisation du poisson surgelé ayant remplacé celle du poisson frais.


Mestre “Zé de Pardilhó” no seu estaleiro

Master “Zé de Pardilhó” at his shipyard

© Luís Leitão

ES

Aveiro, una referencia en la Construcción Naval

En la región de Aveiro la construcción naval, en madera, es una actividad multisecular que tuvo su apogeo en los siglos XV y XVI – beneficiando de grandes privilegios dados por los reyes de Portugal – pero que entró en decadencia con el cierre de la barra a finales del siglo XVII. En ese período áureo de construcción naval, su principal centro era a lo largo del Canal de S. Roque, organizándose los “obreros” como otras antiguas corporaciones, en torno a un santo patrono – en el caso, S. Roque! Sin embargo, después de la reapertura oficial y definitiva de Barra, en 1808, este tipo de construcción naval conoció un notable desarrollo, siendo construidos aquí los típicos “varinos” del Tajo, barcos para el transporte de la sal en el río Sado, tal como otros para la pesca Xávega. En la primera mitad del siglo XX, se dio un nuevo incremento, con decenas de barcos para la pesca del bacalao, los cuales alcanzaban, con alguna frecuencia, más de cincuenta metros de longitud, quinientas toneladas de arqueo y cuatro mástiles. A finales del siglo XIX, a partir de la década de 80, gradualmente, ganaron fama los Estaleiros Mónica (astilleros), en Gafanha de Nazaré,

conociendo nuevo período de proyección en la 2.ª mitad del siglo XX. Esos astilleros llegaron a emplear más de 250 obreros y produjeron decenas de barcos para la pesca del bacalao, algunos de los cuales fueron innovadores en la flota portuguesa. Pero no sólo es de la cons- trucción de los barcos en madera que Aveiro tiene un histórico brillante. En 1945 con el final de la II Guerra Mundial, los Astilleros de S. Jacinto inician su actividad en pleno, dedicándose a la construcción naval, en hierro. Pionero en el primer barco construido con la utilización de soldadura eléctrica, tecnología que sólo varios años después, países con gran tradición en la construcción naval, como Inglaterra, vendrían a utilizar de este astillero. De éste surgieron otras innovaciones técnicas al más alto nivel, lanzando Portugal como referencia en esta área y garantizando una buena actividad del astillero a lo largo de varias décadas. Innovaciones importantes como la reestructuración de diferentes áreas de trabajo dentro de los barcos, el lanzamiento en 1963 del primer barco portugués con corriente alterna (iluminación y fuerza motriz), proyección y construcción de los primeros barcos de arrastre por la popa para la pesca lejana y costera, así como, 54

los primeros barcos de pesca al espadarte. Éstas y muchas otras innovaciones no sólo en barcos de pesca pero también en navíos tanque, navíos fruteros, dragas y revocadores contribuyeron fuertemente para el desempeño de esas embarcaciones así como para la mejoría de las condiciones de vida de los marineros. Todo esto, fruto de un excelente trabajo de equipo dirigido por Carlos Roeder, que consiguió mantener el astillero en buena actividad a pesar de varios contratiempos políticos y sociales, llegando a emplear más de 600 trabajadores en 1975. En 1995, con 50 años de existencia, de los cuales apenas 45 dedicados a la construcción naval, estos astilleros finalizaban su actividad con cerca de 211 navíos de los más variados tipos, algunos de los cuales con gran innovación tecnológica. Actualmente apenas un pequeño número de navíos Portugueses se dedica a la pesca una vez que el pescado pasó, en su mayor parte, a ser importado, además de haber sido sustituido por el pescado congelado.


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A Ria em São Jacinto

Ria in São Jacinto

© Luís Leitão

PT A Ria de Aveiro e as suas gentes | Povoação de S. Jacinto S. Jacinto é uma pequena povoação isolada numa península entre o mar e a Ria, com pouco mais de mil habitantes. Teve um enorme crescimento económico e populacional no auge da pesca do bacalhau em Portugal, com a instalação nesta localidade dos estaleiros navais de Carlos Reeder, e de uma grande área para a seca desse peixe. Hoje em dia os estaleiros encontram-se praticamente abandonados, e a secagem tradicional do bacalhau quase não existe, fruto da secagem feita num processo industrial.O seu acesso a Aveiro é assegurado diariamente por via aquática através de ferryboat, enquanto a ligação terrestre se processa pelo norte, na direcção de Estarreja. A sua história anda associada à Base Aérea Militar, criada em 1917, no final da 1ª Grande Guerra, para hidroaviões anti-submarino, sob coordenação da Marinha Francesa. No final da guerra, passou a Base Aeronaval da Marinha Portuguesa e, em 1927, foi aqui instalada a Escola de Aviação Naval “Almirante Gago Coutinho” construindo-se , posteriormente, uma pista terrestre que permitiu operar também com aviões convencionais. Em 1978, a unidade

passou a integrar uma base de tropas pára-quedistas em conjunto com o aeródromo militar. Em 1993 a base de pára-quedistas passou à tutela do Exército com a denominação de Área Militar de S. Jacinto. Actualmente, desactivada como base militar, torna-se numa unidade de utilização civil, como Aeródromo Municipal de Aveiro.

UK The Ria of Aveiro and its people | The town of S. Jacinto S. Jacinto is a small town isolated in a peninsula between the sea and the Ria with a little over one thousand residents. It had its greatest population and economical growth during the height of cod fishing in Portugal, with the installation of the São Jacinto Shipping Yards, and of a huge drying area for this fish. Nowadays, the shipping yards are practically abandoned and, due to the industrial drying process system, the traditional drying method is practically non-existent. Travelling to Aveiro is done daily by ferryboat, or by land, through the north in the direction of Estarreja. Its history is associated to the Military Base founded in 1917, at the end of World War I for anti-submarine hydroplanes and was 56

under the co-ordination of the French Navy. At the end of the war, it became a Portuguese Naval Aircraft Base and in 1927 the “Admiral Gago Coutinho” Naval Aviation School was opened here. Subsequently, a landing strip was built which allowed conventional aircraft, besides the hydroplanes, to operate. A paratrooper’s base was integrated in this unit in 1978 together with the military aerodrome. In 1993 the paratrooper’s base came under the tutelage of the Army and given the name of S. Jacinto Military Area. Presently, the military base has been desactivated and in its stead surfaced the Aveiro Municipal Aerodrome for civilian use.

FR La Ria d’ Aveiro et sa population | La Population de S. Jacinto S. Jacinto est un petit village isolé sur une péninsule entre la mer et la Ria qui n’a pas plus de mille habitants. Cette localité a connu une énorme croissance économique et de sa population lors de l’apogée de la pêche à la morue, grâce à l’installation des Chantiers Navals de S. Jacinto et d’une grande superficie destinée au séchage de la morue. De nos jours, les chantiers Navals sont pratiquement


abandonnés et le séchage traditionnel de la morue n’existe pratiquement plus, résultat du séchage fait par procédé industriel. L’accès à Aveiro est assuré quotidiennement par voie aquatique grâce au Ferryboat, alors que la liaison terrestre se fait par le Nord en direction d’Estarreja. Son histoire est associée à la Base Aérienne Militaire créée en 1917, à la fin de la 1ère Guerre Mondiale. C’était une base pour hydro-avions anti-sousmarin qui se trouvait sous la coordination de la Marine Française. A la fin de la guerre, elle est devenue la base Aéronavale de la Marine Portugaise et en 1927, on y installa l’Ecole d’Aviation Navale “Amiral Gago Coutinho” et une piste terrestre fut construite postérieurement, permettant également aux avions conventionnels d’y opérer en plus des hydravions. En 1978, cet aérodrome militaire a intégré une base de troupes de parachutistes. En 1993 la base de parachutistes est passée sous la tutelle de l’armée sous la dénomination de Zone Militaire de S. Jacinto. Actuellement dépourvu de toute activité militaire, elle s’est transformée en unité d’utilisation civile en tant qu’Aérodrome Municipal d’Aveiro.

ES La Ría de Aveiro y sus gentes | Pueblo de S. Jacinto

S. Jacinto es un pequeño pueblo aislado en una península entre el mar y la Ría, con poco más de mil habitantes. Tuvo un enorme crecimiento económico y poblacional en el auge de la pesca del bacalao en Portugal, con la instalación en esta localidad de los Astilleros Navales de São Jacinto y de una gran área para el secado de ese pescado. Hoy en día los astilleros se encuentran prácticamente abandonados y el secado tradicional del bacalao casi no existe, fruto del secado hecho a través de procesos industriales. Su acceso a Aveiro es asegurado diariamente por vía acuática a través de ferryboat, mientras que la conexión terrestre se procesa por el norte, en el sentido de Estarreja. Su historia está asociada a la Base Aérea Militar, creada en 1917, a finales de la 1.ª Guerra Mundial, para hidroaviones anti-submarino, bajo la coordinación de la Marina Francesa. Al final de la guerra, pasó a Base Aeronaval de la Marina Portuguesa y, en 1927, fue aquí instalada la Escuela de Aviación Naval “Almirante Gago Coutinho” construyéndose, posteriormente, una pista terrestre que permitió operar con hidroaviones y con aviones convencionales. 57

En 1978, la unidad pasó a integrar una base de tropas paracaidistas juntamente con el aeródromo militar. En 1993 la base de paracaidista pasó a tutela del Ejército con la denominación de Área Militar de S. Jacinto. Actualmente, desactivada de la actividad militar, se convierte en una unidad de utilización civil, como Aeródromo Municipal de Aveiro.

PT Povoação da Costa Nova do Prado A Costa Nova nasceu de um pequeno aglomerado de pescadores, edificado sobre uma estreita faixa dunar, entre o Atlântico e a Ria de Aveiro, com menos de um quilómetro de largura e constante ameaça do mar. E ainda hoje é possível descobrir sinais dos condicionalismos impostos por essas condições adversas, que contudo, não impediram a proliferação de prédios de betão. À primeira vista, as ruas e escadarias são estreitas, como estreitos são os edifícios, de piso térreo e andar superior. Mas é o conjunto que deslumbra, em múltiplo colorido dessas pequenas vivendas feitas com base de madeira. A povoação terá começado no início do século XIX, aquando da abertura


da barra em 1808, já que esta obra marítima obrigou os pescadores da Arte Xávega em S. Jacinto, a deslocar-se para Sul da barra. Fixaram-se, então, em frente à Gafanha da Encarnação, onde existia um enorme espaço verde e chamaram ao lugar Costa Nova do Prado (nova, em relação à “costa velha” – a de S. Jacinto – e Prado, pelo espaço verde). A princípio, a Costa Nova era um povoado de palheiros - construções de tábuas sobrepostas e cobertas a colmo ou caniço – destinadas à guarda de alfaias da apanha do moliço e da pesca. Posteriormente vieram outras famílias, e a pouco e pouco os palheiros foram dando lugar a habitações correntes e de veraneio, pois pelos meados da primeira metade de Oitocentos começou a ser “chic” ir a banhos, nomeadamente as famílias burguesas e culturalmente mais evoluídas. Actualmente, esta praia é um bom cartaz turístico atraindo milhares de turistas no Verão… mas é muito agradável passeá-la no Outono!

UK The town of Costa Nova do Prado Costa Nova originated with a small group of fishermen and was built on a narrow sandy coastal cord between the Atlantic and the

Ria of Aveiro, with less than one kilometre in width and constantly threatened by the sea. It is still possible today to discover signs of these circumstances, which were inflicted by adverse conditions, despite the proliferation of concrete buildings… At a first glance, the streets and stairways are narrow, and the buildings are also narrow with a ground and first floor. But, in fact, it is the whole picture of those small wood-built, multiple coloured houses that takes your breath away. The town was founded, quite possibly, in the beginning of the 19th century, when the harbour entrance was opened (in 1808), due to the fact that this nautical construction forced the S. Jacinto Arte Xávega fishermen to move south of the harbour. Therefore, they fixed residence opposite Gafanha da Encarnação, where a vast green area existed and they named it the town of Costa Nova do Prado (nova (new), in relation to “costa velha” (old coast) – at S. Jacinto – and Prado for its green area). In the beginning, Costa Nova was a town of palheiros – built with overlapping boards of wood and covered with straw or canes destined for sheltering tools that were used for gathering seaweed and fishing. Later, other families came and slowly the palheiros gave way 58

to regular residential homes and holiday retreats. During the mid-1800’s it became “chic” to go bathing, namely the more culturally advanced and bourgeoisie families. At present, this beach is an excellent tourist poster attracting thousands of tourists during the summer…but it is also very pleasant to go for walks there during the autumn months!

FR Le village de Costa Nova do Prado Costa Nova est né d’une petite agglomération de pêcheurs. Situé sur un étroit ruban dunaire entre l’Atlantique et la Ria, ce village de moins d’un kilomètre de largeur est sous constante menace de la mer. Aujourd’hui encore, il est possible de découvrir les signes des règles imposées par ces conditions adverses, malgré la prolifération d’immeubles en béton... À première vue, les rues et les escaliers sont étroits, tout comme les édifices, avec ou sans étage. Mais c’est l’ensemble qui éblouit, en raison des couleurs multiples de ces petites villas construites en bois. Le peuplement de ce village aurait commencé au début du XIXème siècle, lors de l’ouverture de l’entrée du port en 1808. En effet, ce


Vista aérea da Costa Nova

Bird’s eye view of Costa Nova © Romeu Bio

As casas típicas da Costa Nova

Typical houses in Costa Nova © João Nunes da Silva

chantier maritime obligea les pêcheurs de l’Art Xávega de S. Jacinto, à se déplacer vers le sud de l’entrée du port. C’est ainsi qu’ils se fixèrent en face de Gafanha da Encarnação, où existait un énorme espace vert qu’ils appelèrent Costa Nova do Prado (“nova” voulant dire Nouvelle, en raison de la « Costa velha » vieille côte qu’il avaient quittée – S. Jacinto – et Prado, signifiant prairie en raison de l’espace vert. Au début, Costa Nova était un village de paillottes - constructions en planche superposées et couvertes de chaume ou de roseaux – destinées à garder les instruments du ramassage d’algues et de la pêche. Postérieurement, vinrent d’autres familles et petit à petit les paillottes se transformèrent en habitations courantes et de villégiature. En effet, dans la première moitié des années mille huit cents, pour les familles bourgeoises et au niveau culturel plus élevé cela faisait chic d’aller prendre un bain. Actuellement cette plage est une belle affiche touristique, attirant des milliers de touristes tous les étés… Mais il est également très agréable de s’y promener en Automne!

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Acesso à praia (São Jacinto)

Access to the beach (São Jacinto)

© João Nunes da Silva

ES Pueblo de Costa Nova do Prado Costa Nova nació de un pequeño aglomerado de pescadores, edificado sobre una estrecha porción dunar, entre el Atlántico y la Ría de Aveiro, con menos de 1 km de anchura y constante amenaza del mar. Hoy todavía es posible descubrir señales de condicionantes impuestas por esas condiciones adversas, a pesar de la proliferación de edificios de concreto…A primera vista, las calles y las escaleras son estrechas, así como los edificios, de planta baja y planta superior. Pero es el conjunto que deslumbra por el múltiplo colorido de las pequeñas casas hechas en madera. La población habrá empezado en inicios del siglo XIX, cuando se dio la apertura de la barra (en 1808), ya que esta obra marítima obligó a los pescadores del Arte Xávega en S. Jacinto, a desplazarse hacia el Sur de la barra. Se fijaron, entonces, enfrente a Gafanha de Nazaré, donde existía un enorme espacio verde y llamaron al lugar Costa Nova do Prado (nova, relativo a la “costa vieja” – la de S. Jacinto – y Prado, por el espacio verde). Inicialmente, Costa Nova era un pueblo de palheiros (chozas) – construcciones en tablas de madera sobrepuestas y cubiertas de colmo o cañas

- donde se guardaban los utensilios que se usaban en la pesca y para coger el moliço. Posteriormente vinieron otras familias, y poco a poco los palheiros se convirtieron en habitaciones corrientes y de veraneo, ya que a mediados de la primera mitad de Ochocientos empezó a ser “chic” bañarse en el mar, sobre todo por parte de las familias burguesas y cultas. Actualmente, esta playa es un buen cartel turístico, atrayendo millares de turistas en el Verano… pero es muy agradable pasear por sus calles durante el otoño!

PT

Outras Povoações

Outras povoações como as Gafanhas, Murtosa, Torreira,Vagueira e Mira são banhadas pela Ria, beneficiando dela para o seu desenvolvimento económico. Tradicionalmente, através das pescas na laguna ou agro-pecuária à beira Ria e, mais recentemente, usufruindo da sua originalidade e genuinidade como cartaz turístico.

UK

Other Towns

Other towns such as the Gafanhas, Murtosa, Torreira, Vagueira and Mira are bathed by the Ria and thanks to it reap economic benefits. This is achieved through the 60

traditional fishing in the lagoon or farming and cattle raising by the banks and more recently, is taking advantage of its originality and genuineness as a tourist attraction.

FR

Autres populations

D’autres populations comme Gafanha Murtosa, Torreira,Vagueira et Mira sont baignées par la Ria, bénéficiant ainsi de celle-ci pour leur développement économique. Traditionnellement grâce à la pêche dans la lagune ou à l’élevage au bord de la Ria et, plus récemment, jonissant de son originalité et de sa particularité comme affiche touristique.

ES

Otros Pueblos

Otros pueblos como Gafanha, Murtosa, Torreira, Vagueira y Mira son bañadas por la Ría, beneficiando de ella para su desarrollo económico. Tradicionalmente a través de las pescas en la laguna o agro-pecuaria a orillas de la Ría y, más recientemente, disfrutando de su originalidad y genuinidad como afiche turístico.


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BIBLIOGRAFIA E FONTES

FICHA TÉCNICA

CONTACTOS ÚTEIS

“OS ESTALEIROS DE SÃO JACINTO - 50 ANOS DE HISTÓRIA”, Henrique Moutela - Janeiro de 1990 (retirado da página Web dos Estaleiros de São Jacinto)

AUTOR: Luís Leitão

Segurança /Security PSP /City Police...................... 234 302 510 962 000 437 Bombeiros /Firemen............ 234 422 122 234 422 333

“PINTURAS DOS BARCOS DA RIA”, Helder Pacheco (Boletins Culturais da página Web da ADERAV) “MOLICEIROS”, Diamantino Dias (1971) Edição da Comissão Municipal de Turismo de Aveiro

TRADUÇÃO: International House, Aveiro

“A PRINCESA SANTA JOANA E A SUA ÉPOCA” (1452 – 1490), de Mons. João Gonçalves Gaspar - 2ª edição (corrigida), 1988 “AVEIRO MEDIAVAL”, Maria João Violante Branco Marques da Silva - edição da Câmara Municipal de Aveiro, 1991 “MOLICEIROS DA RIA DE AVEIRO”, Câmara Municipal de Aveiro, 1997

TEXTOS: (originais e adaptados) Luís Leitão

CARTOGRAFIA: Luís Pinto DESIGN GRÁFICO: Nuno Alexandre Oliveira José Miguel Cardoso www.nunoalexandre.com

FOTOGRAFIA: João Nunes da Silva, Romeu Bio, Luís Leitão, Sérgio Dias e Paulo Magalhães. COLABORADORES: Amaro Neves, Célia Laranjeira, Fernando Leão, João Nunes da Silva e Rogério Leitão.

“AZULEJARIA ANTIGA EM AVEIRO”, Amaro Neves, Aveiro, 1985

EDIÇÃO: I000Cerimónias – Organização de Eventos, Lda, Julho de 2009

“AVEIRO – HISTÓRIA E ARTE”, Amaro Neves, Aveiro, 1984

IMPRESSÃO: 4Kromos – Actividades Gráficas, Lda

“CONSTRUÇÃO NAVAL EM MADEIRA NA REGIÃO AVEIRENSE” Destaque | Cardoso Ferreira | 13/11/2003 Copyright © Correio do Vouga

TIRAGEM: 4.000 exemplares

Saúde /Health INEM /Emergency.................. 112 CIAV / anti-venenos /Urgency Anti-poison ................................................ 808 250 143 Hospital................................ 234 378 300 Transportes /Transports CP /Railway Station................ 808 208 208 Taxi......................................... 234 423 766 234 385 799 Informação Turística /Tourist

Information Turismo do Centro de Portugal: 234 420 760 geral@turismodocentro.pt Aveiro Welcome Centre: 234 377 761 turismo@cm-aveiro.pt I000Cerimónias, Lda 936 654 581 | www.sensacoes.pt Hotelaria de Referência da Região

/Places of Reference to Stay

DEPÓSITO LEGAL: _ _ _ _ _ _

“ROTA DA ARTE NOVA” | Aveiro | Portugal, Região de Turismo Rota da Luz

Aveiro BiniBag Guest House (alojamento local) 927 894 095 /6/7 binibaghostel@gmail.com Hotel Afonso V * * * (residencial) 234 425 191 | www.hoteisafonsov.com.pt Hotel as Américas * * * * (residencial) 234 346 010 | www.hotelasamericas.com

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Hotel Imperial * * * 234 380 150 | www.hotelimperial.pt Hotel Jardim Afonso V * * * (residencial) 234 426 514 | www.hoteisafonsov.com.pt Hotel Meliá Ria * * * * 234 401 000 | melia.ria@solmelia.com Pensão Palmeira (residencial) 3ª 234 422 521 www.residencialpalmeira.com

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Esta publicação pretende dar-lhe a conhecer a cidade de Aveiro e a região envolvente no âmbito cultural, socioeconómico, geográfico e ambiental, tendo como ponto de partida um dos seus elementos diferenciadores, a Ria. Elaborámos vários Programas Turísticos na Ria de Aveiro. Esta publicação pretende ser um guia do seu passeio mas sobretudo uma recordação que fica e o desperta para outras temáticas da região.

This brochure intends to introduce you to the city of Aveiro and the surrounding area in its environmental, geographical, socioeconomical and cultural context. We have planned several Tourist Programs on the Ria of Aveiro. This brochure will serve as your guide during the trip, but it will also be a reminder that will awaken you to other regional events.

Reflexo de um moliceiro na Ria

Reflection of a “moliceiro” on the Ria © João Nunes da Silva

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