cre[ative]
Fotografia
Maquiagens e fotografia inspiradas em cultura POP por Alexander Khokhlov e Valeriya Kutsan
Música
Cobertura Lollapalooza 2014 no Brasil
Entretenimento
Conheça o novo escritório Google em Dublin
Moda
Novas tendências de inverno Fashion Rio
Cinema
Novo sucesso da Marvel: Capitão América 2 - O Soldado invernal
VICTORIA’S SECRET
Gorgeous
Sua nova Fragrância. Sua nova conquista.
[Sumรกrio]
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Fotografia
2D or “
”
not 2D
Make-up e fotografia
inspiradas em cultura Pop
“2D or not 2D” É a segunda série feita pelo artista Alexander Khokhlov e make-up por Valeriya Kutsan. A equipe foi aumentada com Veronica Ershova que havia liderado o processo de retoque e pós-produção. Desta vez, os autores foram inspirados por cartazes bidimensionais. A idéia-chave do projeto era transformar os modelos nas imagens populares 2D. Valeriya utilizado diferentes técnicas de pintura de rosto que você pode ver muitas variações de artes esboço e gráficos para aquarela e pinturas a óleo. Esta é uma combinação de interessantes de maquiagens, estúdio de fotografia e experimentos retoque detalhado.
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Last grid
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Soul pieces
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HQ code
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Blur body
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FOTOGRAFIA Galeria Conhe莽a mais obras de
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Alexander Khokhlov
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Entretenimento
Conheça o escritório
G
em Dublin
oogle Irlanda abre as portas do seu novo campus: Quatro edifícios localizados no coração do bairro histórico das docas de Dublin. Com mais de 47.000 m² de espaço exclusivo de escritórios, o campus representa um lugar de trabalho incrível para as crescentes equipes do Goolge de vendas, marketing, finanças e engenharia, vindas de mais de 65 países e falando mais de 45 línguas. Planejado pelo escritório de arquitetura suíço Camenzind Evolution, em colaboração com a empresa local Henry J. Lyons Architects, o campus representa a sede do Google na União Européia e funciona como um centro de vendas e finanças na Europa, Oriente Médio e África (EMEA). O mais alto dos quatro edifícios do campus é o recentemente construído ‘Google Docks’, de 14 pavimentos, que é também o edifício comercial mais alto de Dublin. Dois outros edifícios - ‘Gasworks House’ e ‘Gordon House’ - já abrigaram o Google e foram completamente reformados. O quarto edifício, ‘One Grand Canal’ - conhecido carinhosamente como ‘1GC’ - foi recentemente equipado.
Recepção Google
Fachada da empresa
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Escritório Google em Dublin .............................................................................................................
Campus Estimulante dentro da cidade
Entrada Principal
Para o plano diretor os arquitetos precisaram encontrar uma solução inteligente quase impossível - criar um campus estimulante e interativo em um ambiente movimentado no meio do centro da cidade. Além de espaços de escritório inovadores, o plano diretor exigiu a organização bem sucedida de uma multiplicidade de funções adicionais, tais como 5 restaurantes, 42 micro cozinhas e centros de comunicação, salas de jogos, centro fitness, piscina, áreas de lazer, conferências, centro de ensino e desenvolvimento, pontos de tecnologia, mais de 400 salas de reunião formais e informais e cabines telefônicas, etc. Todas essas funções adicionais são parte da filosofia de trabalho holística do Google, incentivando um ambiente de trabalho equilibrado e saudável, e possibilitando tanta interação e comunicação entre os funcionários quanto possível. De fato, como pesquisas empíricas e estudos mostram, interação e comunicação são cruciais para criatividade e inovação. Para atingis estes objetivos importantes, a localização de todas as funções foram muito bem distribuídas entre os diferentes pavimentos e edifícios. Além disso, planeja-se construir uma ponte para ligar ‘Google Docks’, ‘Gasworks House’ e ‘Gordon House’, incentivando o fluxo entre os edifícios e as pessoas. Restaurante Principal Cre[ative] | 13
Escritório Google em Dublin
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Os temas escolhidos: ‘BUSCA’
‘APPINESS’
‘@CASA’
‘SEJA VERDE’
‘CRIAÇÃO’
‘ORGANIZAÇÃO’
‘INOVAÇÃO’
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Dedicado ao encontro de qualquer informação como uma experiência rápida e simples
Dedicado aos populares Google Apps
Dedicado à intenção do Google de fazer com que seus usuários se sintam em casa
Expressa o enfoque ecológico do Google
Expressa o espírito livre e de mente aberta do Google, abrindo oportunidades infinitas a seus usuários e permitindo a criatividade
Dedicado à missão do Google de organizar a informação no mundo e torná-la útil e universalmente acessível
Expressa o caráter infinitamente avançado, dinâmico e progressivo do Google.
Escritório Google em Dublin ............................................................................................................. A área principal de cada pavimento é o centro de comunicação que é integrado entre várias funcionalidades dependendo de cada pavimento - de plano aberto e espaços de trabalho flexíveis, a micro cozinhas e salas de reunião informais, áreas de trabalho alternativas, áreas de jogos, cafés, academias e até mesmo uma piscina coberta de 25 m. Estes centros espetaculares são criados como pontos altos únicos de cada pavimento, trazendo uma qualidade única à experiência de trabalho. O caráter distinto do tema de cada pavimento também se reflete nos diferentes materiais, cores e formas de ligação literal ou de forma mais inconsciente ao tema específico dedicado a cada pavimento.
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Escritório Google em Dublin .............................................................................................................
Sustentabilidade Ambiental P
arece que o Google está mesmo disposto a se torna uma empresa sustentável. Tanto que, na última semana, o responsável pelos projetos verdes do grupo, Anthony Ravitz, publicou no blog oficial da multinacional um vídeo contando como são pensadas e construídas as sedes sustentáveis da empresa. Ravitz contou que o conceito de sustentabilidade começa ainda na escolha do edifício, já que o grupo prefere reformar um prédio existente em vez de derrubar a estrutura e construir uma sede totalmente nova. As plantas também são flexíveis e os espaços podem ganhar diferentes funções, de acordo com a necessidade. Segundo Ravitz, do conceito, passando pelo design, construção e operação, tudo é feito para que os prédios funcionem como sistemas vivos e naturais, com otimização do acesso à natureza, ao ar limpo e à luz natural. “Quando se trata de tornar nosso escritório mais verde, nós aplicamos o mesmo foco que usamos em todos os nossos produtos: colocar o usuário em primeiro lugar. Nós queremos criar o ambiente de trabalho mais saudável possível, onde os Googlers possam prosperar e inovar.” - Anthony Ravitz O grupo também evita utilizar produtos que contenham materiais com compostos orgânicos voláteis (COV) ou com substâncias tóxicas para a saúde humana. Até sistemas de filtragem de ar de dois estágios são utilizados para eliminar os vestígios de COV e garantir que tintas, mobiliários e carpetes não sejam danosos à saúde dos Googlers.
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Para reduzir os impactos ao meio ambiente, o Google investe em sistemas de aquecimento e refrigeração mais eficientes, além de projetos de captação de energia alternativa, como a instalação de painéis solar. Já os empregados participam de um programa de “competição saudável”, batizado de Exercício Sustentável do Google, cujo objetivo é fazer com que eles desenvolvam áreas de limpeza, uso eficiente de água e estratégias inovadoras de gestão de resíduos. A água dos chuveiros e torneiras, que já possuem sistemas de eficiência de consumo, é reutilizada em um sistema de tratamento, e depois segue para as descargas dos toaletes. Já o aquecimento é feito através de um sistema de aquecimento solar.
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E
m nova casa, o Lollapalooza Brasil deixou o Jockey Club e se instalou no Autódromo de Interlagos, também em São Paulo, nesse sábado (5) e domingo (6) de abril. Em 2014, o evento teve como principais headliners Muse, Nine Inch Nails, Soundgarden e Arcade Fire, com bons momentos, mas muito aquém em relação a mobilização de fãs se lembrarmos de Pearl Jam, Foo Fighters e Arctic Monkeys, dos anos anteriores. Com a carga esgotada de 70 mil pessoas no primeiro dia e 60 mil no encerramento, o principal item questionável do evento foi a mobilidade, tanto para a chegada e saída do público ao autódromo quanto na circulação entre os afastados palcos, que geraram momentos de caos e empurra-empurra nos horários mais próximos das atrações principais. A acessibilidade levantada pelo criador do festival, Perry Farrell, - que chegou a levar a imprensa de trem para mostrar o local - não se comprovou para o público normal no dia D. O sistema não comportou o número de usuários, chegou a barrar a entrada na estação Autódromo e causou muita confusão para quem queria deixar o evento.
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Cobertura Lollapalooza no Brasil
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Os shows:
MUSE
Primeiro dia
Premiados. Adorados. Consagrados. Matthew Bellamy, Christopher Wolstenholme e Dominic Howard são a banda que talvez todas as bandas gostariam de ser. O Muse é um grupo de rock formado em 1994, em Devon (Inglaterra), que possui fãs no mundo todo. São seis álbuns lançados, shows em diversos países e várias premiações, incluindo o Grammy 2011 de Melhor Álbum de Rock, com The Resistance. No show do LollaBR 2014, o Muse chegou com tudo para agitar o Autódromo de Interlagos, trazendo no case sucessos como “Uprising”, “Hysteria” e “Supermassive Black Hole”. O vocalista Matt Bellamy, que afirmou estar doente e chegou a cancelar outro show em São Paulo, se esforçou, sofreu, mas entregou um show completo para fãs novos e antigos da banda. Os britânicos passearam por sua discografia, distribuíram guitarradas em Plug In Baby, Bliss e Time is Running Out, mas também contemplaram seus novos fãs com hits como Madness. A banda chegou a homenagear Kurt Cobain, cuja data completava 20 anos da morte do líder do Nirvana, ao tocar a música Lithium.
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Cobertura Lollapalooza no Brasil
Os shows:
Imagine dragons
O show do Imagine Dragons foi eleito o melhor do Lollapalooza 2014 em São Paulo, com 29% dos voto em enquete no site G1.com. Não era o maior palco, era na verdade uma espécie de barranco no Autódromo de Interlagos, mas o tamanho do público era de atração principal. O grupo de Las Vegas Imagine Dragons ganhou a faixa mais jovem da plateia do Lollapalooza no final da tarde de sábado, fruto do sucesso de músicas como “Radioactive” e “Demons”. Refrão forte, vocal com um quê de Coldplay, toque eletrônico de dubstep e muita força na percussão e bateria são costurados pelo quarteto de forma bem-feita em seus hits. Ouvintes com muitos discos clássicos na prateleira (ou no HD do computador) podem encarar com cinismo o estilo certinho, sem ousadia, mas esses fãs do Imagine Dragons, grande parte deles na fase final da adolescência, abraçaram com fervor os hits ao vivo. O vocalista Dan Reynolds faz tudo direito para conquistar o público. Solta frases como “o Brasil tem a maior plateia do mundo” e “nós amamos
Os shows:
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Primeiro dia
vocês de verdade.” Conta que o pai morou por aqui por dois anos e ele foi criado com guaraná em casa. Além de ter ouvido que o povo brasileiro é “humilde e amoroso” e que agora Reynolds (que é cantor competente) teve a oportunidade de ver isso ao vivo. Pronto, a parte do carisma já estava ganha. O grupo, no entanto, tem talento na hora de compor sucessos - nunca uma tarefa fácil principalmente em faixas como “Demons” e “On top of the world”, os pontos altos da apresentação. “Radioactive” também tem essa marca - embora a parte do dubstep possa soar indigesta para os ouvidos de alguns. Mais interessante é o “momento Olodum”, com os tambores à frente do palco - em que é possível traçar um paralelo com a era “Roots” do Sepultura (evidentemente sem o peso nas guitarras dos brasileiros). Em quase todas as músicas, aliás, a parte percussiva/rítmica é evidenciada.
Primeiro dia
Cobertura Lollapalooza no Brasil
Outras duas bandas habituadas com grandes festivais fizeram bons shows:
Cage the Elephant e Phoenix, que usaram a energia de seus vocalistas para ganhar o público com facilidade.
Lorde
A estreia de Lorde no Brasil teve público e repertório de palco principal, mas execução que condiz com um espaço secundário. No palco Interlagos, o terceiro mais importante do Lollapalooza São Paulo, ela cantou apenas com baterista e um outro músico, nos teclados e sintetizadores. De top preto e calça branca, a garota de 17 anos se contorce no ritmo da bateria. Balança o cabelo cacheado e duela com vozes pré-gravadas. Se já é bom assim, em formato quase pocket show, imagina com backing vocais e banda “de verdade”. A performance alia boa voz, tremeliques e discursos ensaiados, pouco naturais. Tudo faz a plateia gritar. Um passeio com uma bandeira do Brasil, no hit “Royals”, faz garotas, garotos e até crianças (sim, algumas estavam lá) se esgoelarem. Na grade, algumas meninas com coroas de flores na cabeça choram. É assim também em “Glory and gore”, que abre o show.
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Cobertura Lollapalooza no Brasil
Os shows:
Segundo dia
O dia começou mais cedo no segundo dia de Lollapalooza. Às 11h45, a chilena Francisca Valenzuela abriu o festival. Cheia de carisma, a cantora mostrou seu pop honesto, mas sem cair no típico pop rock latino-americano. Francisca havia se apresentado na edição chilena do festival em 2011. Uma presença forte brasileira no segundo dia do festival foi da banda Raimundos. Liderados por Digão, o quarteto deu um passeio nos fãs lembrando seus maiores sucessos dos anos. O grupo colocou seus fãs - até quem não é fã para pular com Puteiro em João Pessoa, Eu Quero Ver o Ôco e Me Lambe. O público cantou em coro, pulou e até abriu uma roda, provalmente a primeira do festival nesta edição. Um dos expoentes do grunge de Seattle nos anos 90, o Soundgarden tocou no palco Onix após a reunião da banda, esta que não conta apenas com o baterista Matt Cameron, atualmente no Pearl Jam. Embora o grupo não demonstre o mesmo entusiasmo no palco, canções já consideradas clássicas, como Black Hole Sun, entoaram o coro dos fãs que se emocionaram ao ver o grupo. Mas o posto de grande show do dia - e do festival - foi sem muito esforço para os canadenses do Arcade Fire. Apostando em canções do disco novo Reflektor e sem esquecer dos outros álbuns (à exceção de Neon Bible) o Arcade Fire fez a maior apresentação do festival e candidato a melhor show do ano no Brasil. Da abertura com Reflektor ao fechamento com Wake Up, a performance de Win Butler e seus parceiros mostrou toda a evolução desde que a banda passou pela primeira vez no Brasil no distante Tim Festival de 2005, ocasião em que a banda já executou uma apresentação memorável.
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Cobertura Lollapalooza no Brasil
Ellie Goulding De camisa da seleção brasileira com o nome de Goulding nas costas, ela mostrou performance atlética. Ela rebola e provoca gritinhos masculinos e femininos na plateia logo no começo, em “Ritual”. No final, bate em um tambor colocado no meio do palco. Ela volta a pegar as baquetas em outros momentos, como “Starry eyed”. Ela guarda as músicas mais conhecidas para o final. “I need your love” ganha versão mais orgânica do que a parceria com o produtor Calvin Harris. Esta é uma marca do show de Ellie: transpor o pop eletrônico para bons arranjos de banda. O refrão repetido à exaustão de “Burn”, depois que Ellie já tinha tirado a camisa e ficado só de sutiã para aliviar o calor, encerra o show.
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MODA
Moda Inverno Novas tendências de inverno Fashion Rio
Quer incrementar o visual sem muito esforço? Abuse das roupas e bolsas matelassadas, aquelas com acabamento que se parece com pequenas “almofadinhas” de diversas formas, como quadrado, triângulo e losango. As peças matelassadas são clássicas e acompanham desde looks de festa até aqueles básicos e despojados que você usa no dia a dia e estarão em alta nesse inverno!
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Jaquetas
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Fa莽a Seu Pr贸prio Look
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Clique nas setas e monte o look de sua preferĂŞncia
Jaquetas
Shorts, calças e saias
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riachuelo apresenta:
OUTONO INVERNO
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Cinema
Capitão América 2 O Soldado Invernal
Já faz algum tempo que o público vem exigindo da Marvel Studios, um pouco mais de ousadia artística, em relação à evolução de conceitos, nos seus últimos títulos lançados. Do ponto de vista temático, o que a produtora, em grande parcela, construiu é algo deveras admirável, pois transformou o subgênero movie heroes no maior filão da indústria cinematográfica americana, criando um enorme e lucrativo universo midiático. No entanto, desde o promissor Homem de Ferro (2008), não víamos nada que, realmente, fosse além do entretenimento. Talvez em passagens mais dramáticas do Thor (2011), por exemplo, sentimos certa ambiguidade no vilão Loki. Mas nada que nos fizesse refletir, digamos assim. Ou seja, apesar de tudo, uma peça importante ainda faltava no tabuleiro. Com este emblemático Capitão América 2 – O Soldado Invernal, a produtora não só consolida tal feito, como, também, perpetra o que podemos chamar, hiperbolicamente, de melhor ou mais interessante filme já feito com o selo Marvel – sim, nem mesmo títulos elogiadíssimos como X-Men: Primeira Classe (2011), X-Men 2 (2003) e Homem-Aranha 2 (2004) conseguem bater de frente com o longa dirigido por Anthony e Joe Russo. Arrisco-me dizer que a fita é tão importante para o estúdio, quanto Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) foi para a rival DC.
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Logo, fica claro que alguns pontos foram fundamentais para esse acontecimento. As escolhas narrativas e abordagens temáticas dos irmãos Russo, são cirúrgicas e precisas. Assim, tomando como base estrutural a fase do escritor Ed Brubaker, na HQ do Capitão América, Anthony e Joe, diferente do que muitos pensavam, deixam de lado os ares noir-conspiratórios do conto original, e seguem uma linha mais documental, semelhante a que o cineasta Paul Greengrass empregou na franquia do agente Jason Bourne. Câmeras de mão eletrizantes, recheadas de planos detalhes, com forte impacto nas cenas de luta e perseguição. Só que, diferente de alguns diretores que emularam Greengrass, vemos, em tomadas externas, os Russo investindo em planos mais abertos, se dando ao luxo de poder contar com vários efeitos práticos, num estilo que muito parece Michael Mann, em trabalhos como Profissão: Ladrão e Fogo Contra Fogo. Mesclando, organicamente, fórmulas distintas.
O roteiro da dupla Christopher Markus e Stephen McFeely, é uma atração à parte, pois, não seguindo a maioria dos títulos do gênero, possui várias subtramas e consegue desenvolver bem todas elas. Com uma enorme gama de personagens interessantíssimos, por criar, com sucesso, o processo de identificação, passamos por vários ciclos dentro da história. Primeiro no aprofundamento da amizade, depois nos conflitos da S.H.I.E.L.D.; ora nos planos internos da companhia, ora no que vai se desenvolver entre o protagonista e antagonista; ou, até mesmo, num laço de romance que passa por aqui. Nada soa desnecessário, tudo é bem posto. Os diálogos nunca são expositivos e as gags estão excelentes. Esteticamente, o filme também mostra-se interessantíssimo, pelo diretor de fotografia, Trent Opaloch (Elysium), usar lentes mais frias, escuras e azuladas, justamente por tratar de um conflito extremo, imprimindo um aspecto mais tenso à trama – além de fazer uma rima com a personalidade e origem do vilão. Sendo bem auxiliado pelo irretocável design de produção, assinado por Peter Wenham (O Ultimato Bourne), que prefere utilizar locações reais como avenidas e represas a cidades cenográficas ou estúdios. Tal como o figurino, criado por Judianna Makovsky (Jogos Vorazes), deixa de lado o colorido de Capitão América: O Primeiro Vingador (2011), e aposta em tons mais escuros, em que o próprio protagonista segue o esquema. Assim, a parte técnica se completa com a trilha de Henry Jackman (Capitão Phillips), que soa parecidíssima ao estilo denso das composições de Hans Zimmer (O Homem de Aço). E, não por acaso, confere um tom enigmático à película.
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Capitão América - O soldado Invernal
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O cast não aparece de forma negativa, mas é o que podemos apontar como o ponto que não compromete. O Steve Rogers de Chris Evans (Scott Pilgrim Contra o Mundo), apesar de muito sério e centrado, dessa vez, ainda não passa a total imponência necessária para com o mito Capitão América. Sebastian Stan (Cisne Negro), que aqui aparece com um físico bem diferente do longa anterior, entrega um papel direto e automatizado do Soldado Invernal. Samuel L. Jackson (RoboCop) não inova e refaz seu velho Nick Fury, canastrão autoritário – dessa vez com cenas de batalhas em campo. Anthony Mackie (Guerra ao Terror), que interpreta o Falcão, apesar de seu personagem ganhar um bom destaque, tem uma tímida passagem. O veterano Robert Redford (Até o Fim) empresta seu jeitão cafajeste e dá um ar canalha ao magnata Alexander Pierce. Mas é a belíssima Scarlett Johansson (Ela) que rouba a cena aqui. Com uma ótima coreografia de luta e força no olhar, ela se entrega por inteiro ao papel. Pulsante em seus três atos, variando entre belíssimos planos abertos e impactantes cenas de combates corpo-a-corpo, em meio a uma trama densa, que tem como background alguns conflitos políticos, sociais e militares, Capitão América 2 – O Soldado Invernal é, sem duvidas, o que surgiu de melhor, em todos esses anos, no universo Marvel. Esperamos que seus sucessores o tomem como referência e levem um pouco mais a sério o fazer do filme. Que não se contentem, apenas, em aventuras simplórias esquecíveis. Que sejam originais, mas possuam um maior cuidado para obra, de modo geral.
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Em apen conseguiu internacio lançado o longa ar bilheteria o total de Vingador‘ lançado d internacio em 30 do
No total, Invernal‘ 207,1 mil milhões ultrapassa primeiro fi
Depois d ‘Os Ving encontra vivendo p tentando Mas, quan é atacada de intriga
Unindo s (Scarlett J essa cons enfrenta profission o plano co heróis cha o Falcão logo se ve e formid
Capitão América - O soldado Invernal
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nas 10 dias de exibição, o longa u ultrapassar a bilheteria onal total do primeiro filme, em 2011. Exibido em 32 países, rrecadou US$ 207,1 milhões nas as internacionais, ultrapassando e ‘Capitão América: O Primeiro ‘: US$ 193 milhões. O filme foi dia 28 de Março no mercado onal, e estreou em primeiro lugar os 32 países em que foi lançado.
, ‘Capitão América: O Soldado soma US$ 303 milhões (US$ lhões internacional + US$ 96,2 nacionalmente), praticamente ando a arrecadação total do filme, US$ 370 milhões em 2011.
dos eventos cataclísmicos de gadores’, ‘Capitão América 2’ Steve Rogers (Chris Evans), pacificamente em Washington e se ajustar ao mundo moderno. ndo uma parceira da S.H.I.E.L.D. a, Steve se envolve em uma teia as que ameaça o mundo todo.
suas forças com a Viúva Negra Johansson), o herói luta para expor spiração cada vez maior, enquanto a todo momento assassinos nais enviados para matá-lo. Quando ompleto dos vilões é revelado, os amam um novo aliado para ajudar, (Anthony Mackie). Porém, eles eem contra um inimigo inesperado dável – o Soldado Invernal.
Assista ao Trailer
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cre[ative] Produzido por
EricaPortugal
Agradecimentos