AO PONTO

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N° 1 | FEVEREIRO 2016

AO PONTO R$19,90

GASTRONOMIA FRANCESA O sabor autêntico da culinária clássica em Bauru

Tortellone de gorgonzola ao molho de pera

Food Trucks Restaurantes sobre rodas chegam para ficar

¡Arriba! O calor da cultura mexicana no prato AO PONTO | 1



Saindo do forno

EDITORIAL

A alta gastronomia é aquela que se preocupa com o ingrediente, com o modo de preparo e com a apresentação do prato. Comer não é apenas saciar uma vontade, é saborear o alimento como se

estivesse

experimentando

uma

nova

cultura.

Escolhemos pautas como quem seleciona os melhores ingredientes. O planejamento gráfico foi pensado como quem trabalha com minúcia para apresentar um prato perfeito. E o conteúdo foi produzido como quem prepara uma receita, sempre respeitando cada matéria-prima, já que algumas são melhores frias, outras quentes… AO PONTO prepara, apresenta e serve ao leitor alimentos e palavras que sustentam. A única diferença entre saborear um prato e ler esta revista é que ao terminar de comer, você ficará satisfeito e ao terminar de ler, terá fome. Mas, com isso, não se preocupe: indicamos os melhores estabelecimentos de Bauru e região para pessoas que, como você, exigem mais que qualidade. As próximas páginas estão esperando para serem degustadas. Dê uma olhadinha no menu , experimente a entrada, aprecie o prato principal e, antes da sobremesa, tenha certeza de que voltará. Pode salivar, já estamos preparando em banho-maria a próxima edição. Bom apetite! Equipe

AO PONTO

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ÍNDICE


06 Na Brasa 12 Mundo Viaje pela história e experimente os sabores da gastronomia mexicana

54 Cardápio Conheça o menu do La Terrasse, que encanta trazendo o clássico e a elegância aos bauruenses

20 Frutos do Mar

60 Empreender

24 Sabores do Brasil

62 Infográfico

30 Apurado Izidoro Papassoni Netto fala sobre as delícias e lutas que fazem parte da carreira de um chefe de cozinha

66 Pães e Vinhos

34 Fenômeno 40 Da Estação 42 Ensaio 48 Tendência Com cardápio sofisticado, os food trucks levam o gourmet para as ruas

70 Degustação Da Europa para o Brasil: conheça a Servus Bier e o chope que carrega a tradição da família Bauernebl 74 Drinks 76 Confeitaria 78 Resenha 80 Serviços


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NA BRASA A unidade do IGA no município de Bauru fica localizada na avenida Nações Unidas

Escola de gastronomia e culinária inaugura em Bauru POR LAIS ESTEVES

Conheça a sede do Instituto de Gastronomia das Américas O

Instituto

de

Gastrono-

mia das Américas é uma rede que

oferece

lizantes

para

cursos todas

profissionaas

idades.

A escola ministra aulas para crianças a partir dos 8 anos, jovens e adultos que se interessam pela culinária e gastronomia. De acordo com Mariano Pucci, diretor da escola, o nível dos cursos abrange todos os públicos. “Nossos cursos são pensados para aqueles que nunca trabalharam com alimentos, para AO PONTO | 7


pessoas que querem aperfeiçoar

no qual vivemos, sabemos que os

as suas técnicas ou até para aque-

profissionais melhores capacitados

les que já trabalham na área. Não é

são os que alcançam mais rapida-

preciso ter conhecimentos prévios”.

mente o êxito. Na gastronomia como

Os alunos têm a possibilidade

em qualquer outra área, a concor-

de realizar cursos como o de Gastro-

rência é muito grande, e conside-

nomia e Alta Cozinha, com duração

ramos que as línguas podem fazer

de dois anos, e o curso de Confei-

muita diferença”, explica Mariano.

taria Profissional, com duração de

Segundo o diretor, o muni-

um ano. No entanto, para quem

cípio de Bauru foi escolhido em

deseja fazer cursos rápidos, a es-

virtude da falta de uma institui-

cola oferece opções como o curso

ção desse tipo na região, além de

de Cozinha Diet, Sushi e Cozinha

ser um atraente polo educacional.

japonesa, Bartender, entre outros.

O IGA oferece o curso Cozi-

Além disso, os cursos de Con-

nheirinhos, voltado para crianças

feitaria e Gastronomia e Alta Cozi-

entre 8 e 15 anos de idade. De acor-

nha oferecem disciplinas de inglês

do com o diretor, o alunos apren-

e francês. “No mundo globalizado

dem culinária de uma forma lúdica.

InterIGA

8 | AO PONTO

O InterIGA é um evento que conta com a participação de todas as unidades da escola no país. Segundo Mariano, os alunos têm contato com profissionais da área e podem participar de workshops e palestras. Além disso, durante o InterIGA ocorre uma competição entre os participantes.


Fotos: Érica Travain O material escolar oferecido aos alunos é da própria escola

“Neste curso se ensina de maneira

ríodo do estágio é de 3 a 6 meses.

prática e divertida os segredos da

O Instituto é uma excelente

boa cozinha, o reconhecimento dos

oportunidade para aqueles que de-

ingredientes juntos com seus valo-

sejam abrir seu próprio negócio.

res nutricionais, assim como a higie-

De acordo com Mariano, os cur-

ne e o cuidado com os utensílios”.

sos

profissionalizantes

oferecem

A escola também oferece pro-

aulas práticas e teóricas de Segu-

gramas de estágio no exterior. De

rança e Higiene, Administração e

acordo com o diretor, o Instituto

Marketing Gastronômico, Adminis-

tem parcerias com várias empre-

tração de Bebidas e Alimentos, en-

sas. Os alunos regulares do cur-

tre outras disciplinas. O objetivo é

so de Gastronomia e Confeitaria,

fornecer ferramentas para que os

a partir do segundo ano ou que já

formados possam trabalhar em res-

concluíram o curso podem partici-

taurantes e outros estabelecimentos,

par do programa na França. O pe-

além de abrir sua própria empresa. AO PONTO | 9


10 | AO PONTO


AO PONTO | 11


Tacos mexicanos: o sabor, a tradição e as cores unidos em sintonia fazem sucesso no restaurante Bongo, em Bauru 12 | AO PONTO


¡Ven, que estoy caliente! POR MARIANA KOHLRAUSCH E MARÍLIA MUNHOZ

Cultura e gastronomia mostram ao mundo o que o México tem de mais quente A história começa com a chegada dos europeus à América Latina. Como em muitos países do Novo Mundo, os colonizadores impuseram seus costumes aos

moradores

locais,

culminando

na

miscigenação

que se conhece hoje em toda a região. No México, isso não foi diferente. A colonização espanhola mudou a história do país, trouxe novos costumes e misturou-os àquilo que os povos locais tinham de melhor, a cultura. Com o tempo, o México se tornou o que é hoje: a segunda maior economia latina e um país rico culturalmente, que manteve características de suas origens. Os costumes mexicanos estão estritamente ligados aos povos nativos, mas com uma pitada de tempero europeu. As festas, cores, sabores, arte e riqueza histórica fazem do México um dos destinos turísticos mais procurados do mundo. Mas para entender um povo, dizem que é preciso conhecer os sabores de sua mesa. Então, a viagem começa aqui. Do México para o Brasil, em um voo sem escalas. AO PONTO | 13


As caveiras mexicanas, ao contrário do Brasil, são vistas de maneira divertida e comemorativa

¡Sombreros, fiesta y mucha pimenta!

construído conforme a história era escrita, compondo não só uma, mas várias identidades numa mesma nação.

A cultura de um país expressa o

Levando em consideração a

que seu povo tem de mais tradicional

pluralidade cultural, o mexicano é

e, no México, isso é levado muito a

definido pela alegria, que se ex-

sério. O país é mundialmente conhe-

pressa fundamentalmente nas fes-

cido por sua memória e conhecimen-

tividades religiosas. Exemplo dis-

to incalculável, com influências da ci-

so é a festa do Dia dos Mortos,

vilização Maia, indígena e espanhola

declarada, em 2003, Obra Mes-

nas artes plásticas, costumes, cren-

tra do Patrimônio Oral e Intangí-

ças e culinária. O legado cultural foi

vel da Humanidade, pela UNESCO.

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MUNDO

De origem indígena, anterior à

ditam que, por viverem em um país

chegada dos espanhois, a comemo-

muito quente, ao aumentar a tempe-

ração celebra os mortos com muita

ratura do corpo ingerindo ingredien-

alegria e descontração.

A festivi-

tes picantes, o calor do ambiente ex-

dade acontece entre os dias 31 de

terno torna-se menos intenso. Esse

outubro e 2 de novembro e é mar-

costume se incorporou à cultura do

cada pela comida, música, fantasia

país e fez seu povo famoso e único,

e uma decoração pra lá de inusita-

nesse e em muitos outros aspectos.

da, com a presença das coloridas caveiras mexicanas representando

Pimenta: o calor do México nos pratos

a vida e o bem. A festa é a comemoração da morte de maneira lúdica e alegre, oposto do que acontece no Brasil, como conta a gastrônoma e chefe de cozinha do restaurante Bongo, em Bauru, Célia Sakamoto. Outro artefato cultural emblemático é o sombrero, chapéu de abas largas que servia para proteger do Sol e que foi adaptado como acessório típico do país, mesmo que atualmente seja usado somente como fantasia. Além das festas e vestimentas, outra tradição mexicana é o uso de cores fortes na culinária, presentes nos mais variados temperos e pimentas. Mas qual o motivo de a comida ser tão apimentada? Os mexicanos acreAO PONTO | 15


¡Arriba la buena comida!

pimenta utilizados nos pratos. A es-

A culinária de um povo está di-

peciaria está presente na base da

retamente ligada à cultura. Com o

culinária, mas não é o único condi-

México, isso não é diferente. O milho,

mento importante para o sabor ca-

que é cultivado há muito tempo pe-

racterístico mexicano. A explosão de

los povos pré-colombianos, é a base

cores, riqueza de sabores e aromas

da gastronomia nacional. Também é

das receitas são enaltecidos por uma

o ingrediente principal das tortillas,

gama de temperos. Segundo Célia

massa utilizada em tacos, nachos,

Sakamoto, o cominho é utilizado em

burritos, enchilladas e outros pra-

larga escala, além do coentro fresco.

tos comuns na mesa da população.

Atualmente, a cozinha mexi-

A mistura dos sabores nativos

cana une o sofisticado ao popular

com ingredientes europeus dá ori-

e é conhecida internacionalmen-

gem à culinária mexicana de hoje.

te. Devido à importância dela para

Alimentos tipicamente produzidos no

o país, foi declarada pela UNESCO,

Novo Mundo, como o milho, feijão, to-

em 2010, como Patrimônio Cultural

mate, chocolate, abacate, baunilha,

da Humanidade. Mas os pratos mais

entre outros cereais e frutas, foram

conhecidos e experimentados mun-

exportados do México para o mundo

do afora nem sempre são os mais

todo. Por outro lado, os ingredientes

tradicionais na mesa do mexicano.

europeus foram introduzidos às re-

O Mole Poblano é característico

ceitas do país pelos espanhois, como

da cozinha local. A receita combina

as carnes bovinas, suínas e de frango.

a carne de frango ou peru dos es-

Características marcantes des-

panhóis com o mole – molho asteca

sa cozinha são o frescor dos ingre-

feito de chocolate amargo, pimenta e

dientes e os temperos. Não é possí-

outros condimentos e que dá base ao

vel pensar em comida mexicana sem

ensopado. Para a chefe Célia, a recei-

imaginar a quantidade e os tipos de

ta é requintada e peculiar ao paladar

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MUNDO

brasileiro, por isso, não é comum nos

recheios normalmente são de carne

restaurantes mexicanos do Brasil.

ou frango, bem condimentados, e

Os pratos mais conhecidos são

acompanhados de alface e tomate.

aqueles que conseguiram agradar ao

Alguns restaurantes também acres-

paladar de diferentes cozinhas, como

centam cenoura. Os nachos, também

é o caso dos tacos, burritos e nachos.

chamados totopos, são bem popula-

A base dos três são as tortillas de mi-

res, cortados em triângulo e servidos

lho ou trigo. Para os tacos, a massa

em porções com diferentes acom-

é moldada em forma de concha, en-

panhamentos, como queijo, gua-

quanto os burritos são enrolados. Os

camole, sour cream, entre outros.

¡Más sal, por favor! O Guacamole pode ser servido com uma grande variedade de pratos. A receita leva a polpa de avocado com cebolas, pimentas jalapeño picadas, coentro e tomates, temperada com sal, azeite e suco de limão. Ao contrário do Brasil, a fruta não é servida com açúcar.

¡Arriba, abajo, al centro, adentro!

Sal, limão e tequila é uma combinação famosa no Brasil. O sabor intenso da bebida mais tradicional do México é obtido da planta agave azul, que tem origem na cidade de Tequila, no estado de Jalisco. Hoje, a bebida é consumida no mundo todo e indispensável nas fiestas mexicanas.

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¡Viva la lucha! Cores fortes, boa recepção e decoração especial. O ambiente do restaurante Bongo Cocina Mexicana, em Bauru, convida o cliente a uma viagem à cultura e culinária, em que desde o cardápio, sombrero, caveiras mexicanas, até o papel de parede contam história e apresentam o melhor do país. A especialidade da cozinha é a culinária Tex-Mex, uma fusão da

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comida mexicana com a do Sul dos Estados Unidos. Na base das recei-

Fotos: Marília Munhoz e Mariana Kohlrausch

O restaurante Bongo serve diversos pratos mexicanos, como os nachos com guacamole, sour cream e tomate


MUNDO

tas estão o milho, o feijão e o chilli,

tra ideia do Bongo é apresentar um

três elementos que aparecem na

cardápio criativo, inspirado na tradi-

maioria dos pratos servidos no Bon-

cional Lucha Livre do México, sem-

go, que trabalha com ingredientes

pre mesclando cultura e bom humor.

frescos e coloridos da massa aos

O sucesso do restaurante, do

condimentos. Tendo isso em vista, o

ponto de vista de Célia Sakamoto,

prato que mais faz sucesso entre os

está no foco e no cuidado de tra-

clientes é o taco, que está entre as

zer, além da comida de qualidade,

refeições mais famosas do México.

um ambiente descontraído que re-

O proprietário do restaurante,

mete aos costumes locais. Com a

Felipe Dal Medico, idealizou o negó-

boa aceitação do restaurante pelo

cio junto de seu irmão, Thiago Dal

público, a equipe está em processo

Medico, após ter maior contato com

de franquia, expandindo o padrão

a culinária mexicana nos Estados

de qualidade do Bongo para além

Unidos. O Bongo oferece refeições tí-

de Bauru. Para Felipe, o amor e a

picas, mas com modificações ao ori-

dedicação pelo que faz são essen-

ginal, pois para Felipe, é preciso ter

ciais para fazer o negócio dar certo.

consciência de que o brasileiro não é habituado aos temperos mexicanos. Quanto aos condimentos, Cé-

A culinária mexicana ganha espaço no Brasil e conquista o paladar local

lia Sakamoto, afirma que a correção do sal e pimenta é feita pelo próprio cliente, que sabe sua tolerância ao picante. Ela conta que quando se pensa numa cozinha típica, como é o caso do Bongo, procura-se reproduzir os pratos mais tradicionais inserindo ingredientes brasileiros, já que a base é bem parecida à do Brasil. OuAO PONTO | 19


Vilarejo POR LAIS ESTEVES

Tradição em peixes e frutos do mar, o restaurante Fried Fish apresenta sua nova loja, o Fried Fish Vilarejo Sob o comando de João Carlos Toreto, o primeiro restaurante Fried Fish surgiu há 18 anos e já revolucionou o modo de apreciar peixes e frutos do mar, oferecendo uma carne sem espinhos e de excelente qualidade. O Fried Fish Vilajero possui um espaço descontraído e, ao mesmo tempo, requintado, além de ser um ótimo programa para a família e amigos. O sucesso das lojas presentes nas cidades de Bauru, São José do Rio Preto, Jaú e Marília resultou na realização de um novo projeto: as franquias do Fried Fish, que em breve levarão a história do restaurante para todo o Brasil.


FRUTOS DO MAR

Menu

O cardápio mescla frutos do

Localizado na Vila Aviação, o

mar, peixes de água doce e salgada,

novo e diferenciado ambiente sur-

além de oferecer pratos à la carte,

giu a partir da necessidade de um

como a deliciosa moqueca de peixe,

espaço mais amplo, que pudesse

a caldeirada e o badejo grelhado. O Fried Fish Vilarejo tam-

atender todos os seus clientes. A unidade é uma ótima opção

bém possui uma carta de vinhos.

para almoço, no qual é possível sa-

“Para acompanhar os pratos ofe-

borear diversos peixes e a tradicional

recemos vinho branco. Temos op-

comida mineira. O ambiente tam-

ções de vinho argentino, chile-

bém oferece jantar, com uma gran-

no,

de variedade de pratos e porções.

nacionais”,

italiano,

espanhol

explica

e

João

vinhos Carlos.

Fotos: Mariana Kohlrausch

Preparo do acompanhamento do filé de Badejo grelhado

AO PONTO | 21


De acordo com o proprietário,

nhar um delicioso risoto de camarão.

os cubinhos de dourado, o camarão,

Para

os

amantes

da

car-

os peixes do Amazonas e de água

ne bovina, a picanha e o filé mig-

salgada, como o salmão e a merluza,

non à moda do chefe com mo-

estão entre as preferências de quem

lho de gorgonzola são algumas

frequenta o restaurante. O destaque

opções que compõem o cardápio.

é a lagosta, proveniente do litoral do

O menu também oferece pratos

Espirito Santo e da Região Nordeste.

para as crianças, como o filé de fran-

“A lagosta é um prato especial, no

go e a maminha grelhada, que acom-

qual o cliente deve apreciar com um

panham fritas e arroz branco.

bom vinho. Ela é preparada, limpa,

As

sobremesas

seguem

a

temperada e vai ao forno, onde é pré-

sofisticação do cardápio e encerram

-cozida e gratinada na chapa”, expli-

a refeição com chave de ouro.

ca João Carlos. A iguaria é temperada

Os

com azeite, pimenta do reino, dentre

cheesecake de frutas Vermelhas, o

outras especiarias, além de acompa-

creme brûlée, entre outros doces.

clientes

podem

saborear

o

Badejo

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Importado do Chile e da Argentina, os filés de badejo premium chegam ao Fried Fish e são resfriados, cortados, temperados e preparados na chapa ou frigideira. “O prato é servido com molho de camarão, cogumelos, alcaparras e babata sauté” , acrescenta João Carlos.


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“Está ocorrendo um resgate da gastronomia local e isso acontece com o baião de dois. Ele saiu do berço regional para tomar conta do Brasil”. 24 | AO PONTO


SABORES DO BRASIL

“Se baião é bom sozinho, que dirá baião de dois” POR MARIANA KOHLRAUSCH

Típico da comida cearense, o prato do sertão conquistou o paladar brasileiro e seu espaço nos restaurantes de todo o país “Vô juntá feijão de corda, numa

muito. Além da homenagem ao estilo

panela de arroz. Capitão vai já pra

musical nordestino, faz alusão à jun-

sala, que hoje tem baião de dois”.

ção do arroz com o feijão, o casal mais

Com esses versos, Humberto Teixei-

importante da mesa do brasileiro.

ra e Luiz Gonzaga, o rei do baião,

Como a maioria das receitas tí-

prestam homenagem ao sabor mais

picas do país, o baião de dois surge

tradicional

cearense.

da necessidade da população e ganha

Arroz, feijão de corda, carne

espaço nos grandes restaurantes.

seca, queijo coalho, coentro, pimen-

Segundo o chefe Paulo Baldo, do res-

ta. Sabores fortes que dançam no

taurante Bistrô Turquez, em Bauru, a

paladar nordestino compõem um dos

receita nasceu no Ceará e teve origem

pratos mais importantes da gastro-

como um prato de sobrevivência. A

nomia brasileira. E o baião de dois

vida no sertão dependia da durabi-

carrega muito mais que sabor. A re-

lidade da carne seca e da facilidade

ceita, assim como a música, repre-

em obter feijão de corda, grão que

senta a cultura e a história do povo.

se adaptou bem às secas da região.

É um prato tradicional, histórico

“É um prato rápido devido à necessi-

e cultural. Só o nome já representa

dade de praticidade”, afirma o chefe.

da

cozinha

AO PONTO | 25


Apesar das mudanças, a receita

de dois não exige do cozinheiro a

não nega as origens. Segundo o che-

técnica de um chefe. O feijão é co-

fe, “o nordeste tem um leque gigan-

zido em panela aberta, sem pressão,

tesco de opções e sabores e é uma

e sem temperos. Depois de pron-

das cozinhas que mais proporciona

to, é misturado ao arroz e o sabor

ingredientes para o Brasil.” A presen-

fica a cargo do cheiro verde, do sal

ça da carne salgada e o caráter rústi-

e da pimenta. A carne seca é des-

co do prato representam bem o ser-

fiada e refogada com cebola, alho

tão no qual o baião surgiu. O modo

e coentro. O encontro dos ingre-

de preparo também carrega traços

dientes no prato fica completo com

da simplicidade regional. Mas com a

o queijo coalho, que pode ser cor-

ascensão do prato e a sua chegada

tado em tiras e derretido na panela

a restaurantes renomados do Brasil,

ou servido frito sobre a combinação

ele pode se distanciar da realidade na

de sons e sabores do baião de dois.

qual foi criado. “O baião de dois foi

Como qualquer produto cultu-

incrementado. Ele perdeu a função

ral, o prato sofre modificações de acor-

de saciar a fome em si e entrou para

do com a região do país e os ingre-

a área mais gourmet, na qual era

dientes disponíveis em cada local. No

desconhecido. Ele foi tirado do prin-

sudeste, muitas vezes o feijão de cor-

cípio de comida prática e tem hoje

da é substituído pelo fradinho, mais

um preço que, às vezes, não corres-

comum ao paladar desses estados.

ponde à realidade da qual ele veio”.

“Ele perdeu a função de saciar a fome em si e entrou para a área mais gourmet, na qual era desconhecido” 26 | AO PONTO

Fotos: Gabriele Alves

Típica comida caseira, o baião


SABORES DO BRASIL

Atualmente, os chefes vêm res-

e as histórias por trás dos pratos.

gatando as origens da culinária rús-

Para Paulo, a receita cearense re-

tica e regional e levando-as para o

presenta esse fenômeno que acon-

restante do país. A comida do cam-

tece nas cozinhas brasileiras. “Está

po e da tradição familiar ganha força

ocorrendo um resgate da gastro-

nos menus de restaurantes famosos

nomia local e isso acontece com o

e conquista o paladar do brasilei-

baião de dois. Ele saiu do berço re-

ro com sabores únicos, marcantes

gional para tomar conta do Brasil”.

Os sabores marcantes do prato ficam a cargo dos ingredientes e temperos

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HISTÓRIA

r a a i it l e i c e m a R f de sucesso POR MARIANA KOHLRAUSCH

Paixão pela Itália move irmãos no ramo da gastronomia José Battistutta

Henrique conta

Campos

que

antes

de

presença da família nos negócios. Além da ligação de todos com a

morar na Itália, ninguém da família

Itália,

eles

trabalhava com culinária. Foi durante

gastronomia

nutriram e

cultura

amor

pela

do

país.

os 11 anos passados lá que o irmão,

Segundo ele, a gastronomia

José Ricardo Campos Battistutta, se

é muito vasta na Itália e o acesso

interessou por estudar a área.

a cursos de culinária é fácil. Dessa

Voltando ao Brasil, a família

forma, o irmão se dedicou à área

bauruense decidiu se dedicar ao

e trouxe para o Brasil as técnicas e

negócio e, em 2007, o restaurante

sabores italianos. O Casanova ser-

Casanova Giácomo foi inaugurado.

ve massas caseiras, nhoques, riso-

A paixão pela gastronomia italiana

tos e vinhos, produzidos da forma

alimentou a vontade da família que,

tradicional do país. Para manter os

há três anos abriu as portas do Sugh

pratos fiéis, alguns produtos são

Pastifício, localizado no Villaggio Mall,

importados da Itália, enquanto ou-

em Bauru. “A ideia do restaurante

tros são adaptações de ingredien-

nasceu da necessidade de trabalhar

tes brasileiros nos pratos italianos.

e da vontade de ficar mais perto

As massas são artesanais e os

da

Itália”, Para

diz ele,

José

parte

nomes dos pratos são inspirados na

mais

história de Giácomo Casanova, es-

importante de seu trabalho é a

critor, aventureiro e boêmio italiano

28 | AO PONTO

a

Henrique.


Foto: Mariana Kohlrausch

HISTÓRIA

José Henrique e José Ricardo Battisttuta: para eles, a família é o ingrediente mais importante

que viveu no século XVIII e dá nome

mostra que as coisas ficam melhores

ao restaurante. A decoração da casa

quando os dois estão unidos. “Eu não

foi criada pela família. Os enfeites,

sei se fazendo outro trabalho, teríamos

máscaras e pôsteres das paredes fo-

a família tão próxima assim”, diz ele.

ram trazidos por eles e tudo reme-

Assim, ela está presente em

te às cores e costumes de Veneza.

todos os aspectos do restaurante,

A família inteira ajuda nos

desde os detalhes da decoração,

negócios. “Eu cuido de uma par-

até o preparo dos pratos. É des-

te, meu irmão cuida de outra,

sa forma que José Henrique e José

minha mãe ajuda”, além da es-

Ricardo provam que a combina-

posa e da irmã, que gostam de

ção de uma boa história, a paixão

participar da rotina de trabalho.

por um país e o apoio das pessoas

Para quem acha difícil conciliar

próximas podem fazer uma recei-

negócios e família, José Henrique

ta familiar tornar-se um sucesso. AO PONTO | 29


Izidoro Papassoni Netto A paixão que começou na Europa se tornou profissão.

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APURADO

Conheça a história do chefe que comanda a Campos Papassoni Eventos e já trabalhou com grandes nomes da gastronomia brasileira POR LAIS ESTEVES

Você começou na gastronomia por acaso? Minha história com a gastronomia começou em Londres, onde além de cozinhar pra mim mesmo, fiz alguns eventos como

Chef Assistant, atuando na montagem e decoração de pratos. Já pensou em exercer outra atividade além de chef? Sim, antes cursei quatro anos de Direito e estagiei na área também, mas a gastronomia tornou-se minha grande paixão. Onde já trabalhou e quais são suas experiências profissionais? Primeiramente estudei Gastronomia, na USC, após a conclusão do curso fiz duas pós-graduações: cozinha Espanhola, em Valencia na Espanha, e outra de Confeitaria Francesa, em Cap d´Agde na França. Durante o curso de Gastronomia comecei fazendo estágios no período de férias em restaurantes de São Paulo, dentre eles o Maní, uma estrela no Guia Michelin. Depois fui pra Espanha onde trabalhei com o chefe Vicente Torres, uma estrela Michelin, onde obtive know-how da cozinha molecular. De volta ao Brasil, trabalhei em alguns restaurantes em São Paulo e, quando voltei para a Europa, trabalhei na confeitaria do restaurante Auberge del´Ile, duas estrelas Michelin. Após AO PONTO | 31


meu retorno fiz um estágio no D.O.M restaurante de Alex Atala, e logo trabalhei como Chef Pâtissier no restaurante La Brasserie do famoso chefe Erick Jacquin. Já em Bauru prestei uma consultoria gastronômica no badalado La Terrasse. Atualmente trabalho como chefe na empresa Campos Papassoni Eventos, na qual realizo eventos para até 80 pessoas propondo um menu sofisticado e de alto padrão. Atualmente você oferece workshops na loja Ambientale. Como são eles? Os

workshops

na

Ambientale

são

sempre

muito

divertidos e descontraídos. Nosso público alvo são donas de casa que gostam de cozinhar e aprender pratos novos. Costumo propor pratos de fácil execução que

todos

podem

fazer

em

casa

tranquilamente.

Quais são seus pratos preferidos? Que tipo de cozinha você se interessa mais? São muitos, mas destacaria carré de cordeiro e um bom risoto. Gosto muito da cozinha mediterrânea e, claro, da confeitaria. Como você enxerga o cenário da gastronomia bauruense atualmente? O cenário da gastronomia bauruense está em ascensão. Foram abertos vários restaurantes com uma culinária mais sofisticada e diversificada, além da facilidade de mão de obra qualificada devido ao curso de gastronomia.

32 | AO PONTO


APURADO

Receita do chefe

Blinis de Salmão Defumado com Creme Azedo Ingredientes: 200g de salmão defumado cortado em fatia finas 1 xícara de farinha de trigo 1 xícara de farinha de trigo integral 300ml de cerveja tipo Weiss 1 colher de café de sal 4 gemas 4 claras em neve 1 colher de sopa de manteiga para fritar

Fotos: Espaço Gourmet Ambiental | Paula Ferratone

Para o Creme Azedo: 200ml de creme de leite fresco gelado 30ml de suco de limão sal e pimenta do reino preta à gosto Modo de Preparo: 1. Misture os primeiros ingredientes, cubra com papel filme e deixe na geladeira por 24 horas. 2. No dia seguinte, bata as claras em neve, incorpore as gemas e as claras e logo em seguida, leve ao fogo para preparar os blinis. Fazer discos de 5cm de diâmetro. Dourar dos dois lados e reservar. 3. Utilize um bowl para preparar o creme. Bater com o batedor de arame (fouet). 4. Acrescente o limão, o sal e a pimenta até atingir o ponto de chantilly. Pode utilizar a batedeira se preferir. Montagem: Sobre os blinis dispor a fatia de salmão defumado e uma colher de chá de creme azedo, utilize ovas de azeite e ciboulette para decorar. Servir imediatamente.

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MasterChef Brasil POR GABRIELA ARROYO

Difícil gostar de gastronomia

Franc Roddam, indo ao ar pela primeira

e não conhecer o MasterChef, não

vez na década de 90, no Reino Unido.

é? O sucesso na televisão e nas

O próprio Roddam reformulou o

redes sociais é tão grande aqui

programa em 2005, transformando-o

no Brasil, que o reality já está

em um reality show de culinária.

com as inscrições abertas para a

A partir da mudança, o programa

terceira

quem

conquistou grande audiência televisiva

deseja ser um chefe profissional, o

e hoje está presente em mais de

programa pode ser a oportunidade

40 países. No Brasil, é produzido

de estudar no Le Cordon Bleu.

pela Endemol e transmitido pela

Para quem deseja um tempinho de

Band, nas terças à noite. O primeiro

entretenimento, pode ser o momento

MasterChef Brasil foi transmitido em

de se divertir vendo os ovos nevados

2014. Em 2015, foi ao ar a segunda

do

edição

temporada.

outro

desandar

Para

ou

não.

O programa

e

o

MasterChef

Júnior.

Os jurados e suas casas

O MasterChef foi criado pelo

Tanto no MasterChef quanto

cineasta e documentarista britânico

no MasterChef Júnior, os jurados são

34 | AO PONTO

Foto: Carol Gherardi/Band

Sucesso na tevê e nas redes sociais, o reality provocou uma onda gastronômica no país


FENÔMENO

os chefes Erick Jacquin, Henrique

Tartar&Co é um café e bistrô

Fogaça e Paola Carosella. Diz o

típico parisiense, só que em São Paulo.

ditado popular que ”em casa de

A estrela da casa é o tartare, prato

ferreiro, o espeto é de pau”. Mas

feito com carne crua, mas o cardápio

será

tão

também oferece outros clássicos

exigentes na telinha, não seriam

da culinária francesa como o steak

rigorosos quando o assunto é a

tartar e o île flottante, os conhecidos

própria cozinha? Não é o que parece

ovos nevados. Ares franceses e

quando se conhece os restaurantes

refinamento, com a assinatura do

dos chefes e sobre isso, pelo menos,

chefe francês e jurado Erick Jacquin.

uma coisa é certa: cada casa diz

Arturito oferece uma cozinha

muito sobre quem a comanda.

simples que valoriza o ingrediente

mesmo

que

Henrique Fogaça

jurados

Paola Carosella

Erick Jacquin

AO PONTO | 35


orgânico. Os pães são de produção

adultos nas duas versões anteriores.

própria e um clássico da casa,

Por outro lado, o prêmio revela

acompanham desde as entradas

que os competidores, apesar das

até aos pratos principais. “Respeito

habilidades,

à natureza orgânica do produto”,

Afinal, seja um chefe mirim ou uma

assina a chefe no cardápio. Com um

criança que brinca com barro, qual

misto de delicadeza e severidade,

delas não quer ganhar uma viagem

essa é a argentina Paola Carosella,

com acompanhantes para a Disney,

que também comanda La Guapa,

não é? A diferença é que a viagem

empanadas

Café.

será apenas a sobremesa, cujo

Sal Gastronomia é a união

prato principal é ganhar o programa.

artesanais

&

ainda

são

crianças.

de “Rock´n roll, motos, tatuagens e

panelas”

como

descreve

o

Culinária para crianças

próprio chefe. Por isso, não é de

Com o sucesso do MasterChef

se espantar que o ingrediente em

Júnior, aumentou a procura por cur-

destaque seja a carne, tanto que o

sos de gastronomia para crianças. A

Prêmio Paladar elegeu a carne de

Minichef Gastronomia Jovem é uma

porco da casa como a melhor da

das escolas em São Paulo que ofere-

cidade de São Paulo. Personalidade

ce aulas para crianças. No período de

forte e temperos marcantes, essa

férias, a escola ofereceu o curso “Bra-

é a marca de Henrique Fogaça,

silidade no prato”, ensinando recei-

que também está à frente do

tas como nhoque de mandioquinha e

Cão Véio e do Admiral’s Place.

cocada de forno. Na região de Bau-

MasterChef Júnior

para crianças no período de férias. E,

Nesta versão do talent show,

neste ano, foi inaugurado na cidade

os candidatos tinham entre 9 e 13

o Instituto Gastronômico das Améri-

anos. E, sim, lidavam com facas e

cas (IGA), que tem o curso Cozinhei-

com fogo da mesma forma que os

rinhos, com duração de oito meses.

36 | AO PONTO

Ilustração: Freepik.com

ru, o SESI oferece curso de culinária


Ensinamentos de adulto Duda tem 11 anos e, como gran-

desenvolveram uma habilidade especí-

de parte das crianças, ama brigadeiro.

fica ou revelaram um talento, mas que

Ela sabe uma receita que é de dar água

crianças que não tiveram o mesmo es-

na boca: 1 colher (sopa) de manteiga,

tímulo, podem se sentir mal por não

1 lata de leite condensado, 3 colhe-

saber fazer o mesmo. “O importante

res (sopa) de chocolate em pó. “Co-

é mostrar desde cedo que as pesso-

loca tudo na panela e mexe, quando

as têm aptidões diferentes”, completa.

começar a soltar do fundo é que está

A Duda não perdia um episódio

bom. Daí, é só esperar esfriar. Eu gos-

e também não se sentia mal por

to de comer na colher mesmo”, diz ela.

não saber cozinhar como as crianças

Maria Eduarda Amadeu tem ida-

do programa. Afinal, “tem muito

de e poderia participar do MasterChef

adulto que não sabe preparar um

Júnior, a questão é que, apesar de

tiramisu, né?”. Pois é, tem muita gente

seguir páginas de culinária nas redes

grande que não sabe nem por onde

sociais e amar comer, ela não de-

começar a sobremesa que o Lorenzo

senvolveu suas habilidades na cozi-

apresentou no final do reality mirim.

nha. “Como eu e o pai dela não trabalhamos em casa, sempre falamos que não era para ela mexer na cozita Silvana de Lima, a mãe da Duda. Para a pedagoga Adriana Passuello, programas como o MasterChef

Júnior mostram crianças que foram estimuladas e, como consequência,

Foto: Gabriela Arroyo

nha quando não estivéssemos”, con-

AO PONTO | 37


“Tenho preferência por cozinhar receitas salgadas. Em geral, as que mais me agradam são aquelas rápidas, fáceis”

LEGENDA LEGENDA LEGENDA LEGENDA LEGENDA LEGENDA LEGENDA LEGENDA 38 | AO PONTO


NA WEB

Relaxando na cozinha POR ÉRICA TRAVAIN

O blog Panelaterapia traz semanalmente receitas simples para o universo da internet. Descubra quem gerencia esse conteúdo O conhecido livro de receitas

O blog é uma tarefa diária:

da vovó ganhou uma cara nova na

mesmo que não haja postagens,

internet. Com fotos e vídeos que

é preciso responder comentários,

aguçam o paladar, páginas como

e-mails e cuidar das redes sociais.

Facebook,

O Panelaterapia também é um

já possuem cerca de 1,4 milhão

dos parceiros da Tastemade, rede

de curtidas. No entanto, quem

que reúne canais de gastronomia

está por trás de tanto sucesso?

com o intuito de divulgar a produção

Tatiana Romano, autora do

de vários bloggers e youtubers.

Panelaterapia, sempre teve interesse

“Quando começamos a fazer vídeos,

em cozinhar. No entanto, a aventura

já conhecíamos alguns produtores

culinária começou após o casamento:

de conteúdo de canais que faziam

“decidi criar o blog para ter um

parte da rede e, como ela é a

registro das minhas experiências na

única especificamente voltada para

cozinha, já que, na maioria das vezes,

gastronomia, conversamos com o

não sigo receitas e, por isso, tinha

diretor e firmamos a parceria”, explica

dificuldade em reproduzir novamente

Tatiana. Assim, a blogueira consegue

um

alcançar novos públicos a cada dia.

Foto: Panelaterapia.com/Divulgação

o

Panelaterapia,

prato

que

no

havia

agradado.

AO PONTO | 39


DA ESTAÇÃO

Washoku POR GABRIELA ARROYO

Um patrimônio da humanidade para ser degustado As técnicas milenares, a sazo-

diferente. O motivo dessa variação

nalidade dos ingredientes e a cultura

de ingredientes se deve à geografia,

do país são os aspectos que diferen-

que possibilita quatro estações bem

ciam a culinária japonesa tradicional

marcadas.

dos outros tipos de culinária e foram

No momento, é inverno no Japão,

por esses motivos que, em 2013,

mas se fosse verão como é no Brasil

a UNESCO a reconheceu como Pa-

e você estivesse lá, conhecendo a culi-

trimônio Cultural Imaterial da Hu-

nária tradicional, provavelmente encon-

manidade. Conhecida também como

traria refeições como a da foto. Kumossoto

explica

que

no

nária japonesa em geral até o século

washoku os pratos respeitam uma

XIX, momento em que técnicas ociden-

sequência de dificuldade no momento

tais começaram a ser introduzidas.

do preparo e que essa sequência é

Mesmo com as influências ex-

observada o ano todo e não apenas

ternas, “os japoneses prezam muito

em uma estação específica. Os pratos

pelo visual da comida e pelo modo

podem ir do cru, grelhado, frito, assado

como ela é apresentada”, explica o

até o cozido, sendo o prato cru o mais

professor de culinária asiática André

delicado a ser executado.

Kumossoto. Nesse sentido, a sazona-

Em Bauru, o restaurante que ser-

lidade dos ingredientes no washoku

ve alguns pratos que se aproximam

revela sua importância, já que cada

desse conceito culinário é o Noboru Co-

um possibilita o preparo de um prato

zinha Oriental.

40 | AO PONTO

Foto: André Kumussoto

washoku ou nihon ryōri, essa era a culi-


Ingredientes Ingredientes mais frescos, como o macarrão de trigo sarraceno e o macarrão somen, que é um tipo muito fino feito à base de cebola de trigo e chega a ser servido com pedras de gelo.

Os pratos contêm pouco ou nenhum tempero, para que se possa “sentir o sabor original dos ingredientes”, explica o professor.

Consumido com molhos levemente adocicados. Grãos como a soja são utilizados em molhos e no queijo (tofu).

Peixes de rio, como a enguia ou peixes marinhos, como crustáceos e camarão. O professor André revelou que no Japão existe um tipo específico de camarão: o amembi, que por ser mais adocicado é consumido cru. No verão, encontram-se mais facilmente os peixes, pois nesse período eles já se procriaram e cresceram.

Os vegetais são encontrados com maior facilidade durante todo o ano, por isso, consome-se muito cebolinha, pepino, cenoura e diversos tipos de cogumelo.

AO PONTO | 41


42 | AO PONTO


ENSAIO

Mão

! a s s a m na POR ÉRICA TRAVAIN

A preparação de uma pizza Napolitana – molho, queijo muçarela e parmesão – em fotos de dar água na boca

AO PONTO | 43


44 | AO PONTO


Um forneiro especializado é responsável por assar as pizzas. Embora pareça simples, é preciso ter técnicas para colocá-las no forno e adequálas conforme o gosto do cliente: bordas mais torradas, massa crocante e etc. AO PONTO | 45


Às 16h30min, os ingredientes da massa começam a ser misturados. Depois de pronta, é separada em pequenos pedaços para crescerem até o momento de serem enfornados, ou seja, cerca de três horas depois. Em média, a Bambina Pizzaria produz 80 pizzas diariamente. 46 | AO PONTO


AO PONTO | 47


Food Trucks: de carona com o sabor POR MARÍLIA MUNHOZ

Nova onda gastronômica atrai o público pela inovação e qualidade Os food trucks nasceram nos

fisticado, com pratos nacionais e in-

Estados Unidos e se popularizaram

ternacionais, preços atrativos e a mo-

rapidamente por apresentar uma

bilidade de restaurante sobre rodas.

novidade ao mundo dos fast foods e trailers de rua. Oferecem cardápio so48 | AO PONTO

No

Brasil,

empresas

espe-

cializadas organizam festivais de


TENDÊNCIA

food truck para levar a tendência além das capitais. Exemplo disso foi o “Food Trucks Festival”, realizado em Jaú, em dezembro. O evento contou com diversos caminhões, entre eles Buenos Food Truck, Brasa Truck, Natortilha, Mercadão Food Trailer e Truck da Roça. Dando partida no negócio A novidade interessa empreendedores que veem a tendência como inovação, como foi o caso de Guilherme Bortolucci, sócio proprietário do Mercadão Food Trailer, que oferece

Buenos Food Truck tem layout jovem e descontraído com mistura de diferentes culturas

o tradicional sanduíche de mortadela do Mercado Municipal de São Paulo. Segundo Guilherme, estar em constante movimento é uma possibilidade de venda maior do que em um ponto fixo, pois em eventos a oportunidade de conhecer a novidade é única. Buscando valorizar a culinária do interior paulista, Dante Feltrin, do Truck da Roça, especializou seu negócio em lanches e doces, com ingredientes artesanais. Vê no conceito food truck a vantagem de

Brasa burguer: artesanal é tradição

trabalhar com equipe e estabeleciAO PONTO | 49


O caminhão do Brasa Truck foi desenvolvido com temática rústica, seguindo o estilo da cozinha

Nacho com a qualidade do Natortilha

Foi dada a largada! Delimitar

uma

temática

e

desenvolver a culinária é essencial quando já se tem tantos food trucks em movimento. Quando teve a ideia, Bruno Fernández, proprietário do Brasa Truck, junto de seus sócios Leonardo Russo e Luiz Roberto Queroz, delimitou inicialmente a Cestel: o famoso pastel na cestinha

culinária, especializada em churrasco. Também pensando no tema,

mento mais dinâmicos do que um

Jeferson Antonio Bueno, proprietá-

restaurante, fornecendo o produto

rio do Buenos Food Truck, resolveu

com a mesma qualidade ao cliente.

usar figuras marcantes da cultura

Feltrin conta que decidiu pelo ramo

nacional e internacional, além da

quando pensou em franquiar o pon-

característica de clientes no projeto.

to fixo e esbarrou na burocracia.

A representação significa que todos

50 | AO PONTO


TENDÊNCIA

públicos consomem, além do pas-

Em festivais, o planejamento

tel tradicional, o Cestel – cesta de

da equipe sobre o número e conser-

pastel recheada –, uma das princi-

vação das refeições é minucioso. O

pais atrações do Buenos Food Truck.

ideal, de acordo com Bruno Fernán-

Já os donos do Natortilha

dez, do Brasa Truck, é transportar

Food Truck, Andreia Cristina dos

um estoque além do habitual quan-

Santos e Rodrigo Ferrari, idealiza-

do as distâncias são maiores, como

ram a base da culinária mexicana

foi o caso do festival realizado em

no preparo de tortilhas e nachos.

Presidente Prudente, em que carre-

Para Andreia, a comodidade e des-

gou 3,5 mil porções no caminhão.

contração dos food trucks é um

Para além de toda a burocracia

atrativo, pois não requer a formali-

em manter um food truck, há uma

dade de um restaurante e o público

atmosfera positiva que acompanha

sempre os recebe com entusiasmo.

a tendência: a de inovar a gastronomia de rua com estilo e qualidade.

Ativando os motores Antes de iniciar os serviços, um food truck deve atender a diversas exigências, que envolvem a condição e uso dos equipamentos, elaboração de alimentos, planejamento no uso de energia elétrica e produtos químicos, bem como manutenções preventivas no veículo. Para

funcionar

como

food

truck, o veículo deve estar completamente regularizado. A higiene é essencial para a qualidade e um dos aspectos mais fiscalizados.

O famoso lanche do Truck da Roça AO PONTO | 51


52 | AO PONTO


AO PONTO | 53


CARDÁPIO

La Terrasse, sabor autêntico e elegância à altura POR GABRIELE ALVES

O restaurante bauruense se destaca pelos ingredientes próprios e apresenta um cardápio clássico que envolve o paladar Quem

restauran-

mobília um pouco mais rústica

te La Terrasse pela primeira vez,

emolduram o ambiente que tam-

em Bauru, antes mesmo de co-

bém traz como opção a varanda

nhecer o cardápio e os pratos de-

arejada e espaçosa, perfeita para

liciosos, já se deslumbra com o

quem deseja um local mais aberto.

refinamento do estabelecimento.

E não para por aí. É no último

Logo no salão principal, pol-

andar que a exuberância pode ser

tronas estofadas, mesas para duas

contemplada de uma maneira mais

ou mais pessoas e uma adega

leve: o terraço, um dos diferenciais

completa e convidativa recepcio-

do

nam os clientes que chegam por

deixa a desejar e promete ser um

ali. A decoração em espelhos e a

complemento ao sabor da casa.

54 | AO PONTO

visita

o

restaurante,

realmente

não


Transformação que deu certo Há quatro anos, o La Terrasse é referência da alta gastronomia em Bauru e o negócio surgiu, justamente, por exigência do público. Antes de ser um restaurante −

no mesmo endereço atual −

funcionava um café anexo à loja Tânia Boutique, mas os clientes exigiam pratos, acompanhamentos e um cardápio bem mais elaborado. O La Terrasse foi inaugurado naquele momento, para atender à demanda de um jeito personalizado.

AO PONTO

conversou com o

chefe Thiago Araújo para entender o que faz o restaurante ser tão singular em Bauru. Ele conta como como cria e determina os pratos que exibem elegância aliada ao sabor:

AO PONTO | 55


Quais são as referências do La Terrasse e suas especialidades? Aqui nós trabalhamos com cozinha clássica e damos preferência para massas frescas, risotos, filés, os molhos um pouquinho mais complexos e algumas entradas mais modernas como o dadinho de tapioca e o camarão empanado com coco. E o diferencial do bistrô? Acredito que seja o modo de preparo. Não compramos nada pronto, os molhos são todos feitos aqui. Fazemos a manteiga, os pães, as massas. Como é feita a escolha dos pratos para compor o cardápio? Nós tentamos dar uma mudada de seis em seis meses. Tiramos umas coisas, colocamos outras. Analisamos os ingredientes em alta, vemos os que ficam parados, e reformulamos. Ficamos de olho nos grandes chefes da Europa, nas tendências dos restaurantes mais aclamados. Para manter a fidelização desse público, o que o La Terrasse promove? A gente agrada e acaricia muito nossos clientes. Nosso cardápio tem sugestões pré-definidas, mas se o cliente quiser mudar alguma coisa na hora de solicitar, o deixamos bem à vontade. Damos atenção, vamos à mesa e explicamos a construção dos pratos. 56 | AO PONTO


Abrindo o cardápio O

chefe

abriu

o

cardápio

e deu três sugestões de pratos para

quem

deseja

apreciar

o

sabor da cozinha do La Terrasse. Confira a seguir a combinação de paladares que cada um contém:

Salada Italiana Um mix de folhas orgânicas, servido na cestinha de parmesão com tomate seco produzido na casa, muçarela de búfula, azeite trufado, manjericão e aceto balsam. AO PONTO | 57


58 | AO PONTO

Tortellone de gorgonzola, cream cheese e nozes ao molho de pera Massa fresca recheada com gorgonzola, cream cheese e nozes, com molho de pera caramelizada com creme de leite fresco. “Deixamos reduzir um pouco de vinho e outros temperos, assim o tortellone termina de cozinhar nesse mesmo molho. Em volta é açafrão que você pode puxar para dentro do prato e comer”, acrescenta o chefe.


Sobremesa em trilogia No prato seguem um brownie clássico, um semifreddo argentino de doce de leite produzido à La Terrasse com chocolate, e um profiterole com creme de mascarpone e frutas vermelhas.

CARDÁPIO

AO PONTO | 59


Inovar POR GABRIELA ARROYO

Menu do Brigadeiro e Gelato aposta no sucesso do food truck adaptado para carrinhos pequenos

O brigadeiro nasceu no Brasil e, duto, é também sua imagem e seu apesar de ser uma receita simples e valor simbólico – significados que a fácil de ser preparada, faz muito su- palavra gourmet certamente carrega. cesso por aqui. Atualmente, o docinho

Saber explorar o potencial dos

ganhou uma versão mais requintada: produtos, com um toque de inovação e o brigadeiro gourmet. Isso revela que valorizando as estratégias de venda é não é apenas o alimento em si que empreender. E bons empreendedores se vende ao comercializar um pro-

são o que não falta em Bauru e região.

Pesquisar os interesses do público, estudar o modelo de negócio e saber o que comercializar: etapas essenciais para quem empreende 60 | AO PONTO


l

EMPREENDER

DOCE MOMENTO

l

Juliana Moreira e Paula Retz têm um car-

rinho de duas rodas, delicadamente decorado. Elas o levam aos mais diversos locais, de aniversários a eventos coorporativos, seguindo a tendência food truck, com a diferença de que o veículo é menor e empurrado pelas próprias empresárias. “Vimos uma empresa que oferecia esse tipo de serviço, achamos que faltava algo do tipo por aqui e, por isso, resolvemos projeto? Brigadeiros! A ideia surgiu durante a

copa de 2014 e se tornou real em abril de 2015. Elas revelam que apostar nesse modelo de negócio surgiu da vontade de ter um empreendimento econômico, já que levando o carrinho até os clientes, eliminam-se custos fixos como o aluguel. Saber que público atender e o que eles desejam consumir também são fatores essenciais na hora de empreender. Como o doce negócio busca agradar tanto adultos quanto crianças, “fizemos uma pesquisa para saber as preferências” de cada faixa etária, esclarecem. E completam: “pesquisar o que a concorrência está fazendo também é

Com o sucesso dos brigadeiros, elas começaram a apostar também nos gelatos, pois consideram que inovar faz parte do negócio. Quanto a quem prepara os doces, Juliana e Paula esclarecem: “nós mesmas preparamos os brigadeiros e os geladinhos, já as paletas e os picolés orgânicos são fornecidos por uma empresa especializada”.

Fotos: Gabriela Arroyo e Mariana Kohlrausch

adaptar a ideia ao nosso projeto”, explicam. O

fundamental, mercado existe para todos”. AO PONTO | 61


Etiqueta à francesa POR GABRIELE ALVES

Serviço exibe sofisticação e se destaca por ser o tipo mais completo e formal para ocasiões especiais Quando Luis XIV – um dos serviço chamado à francesa, o jeireis franceses mais elegantes que o to mais completo de montar uma mundo já conheceu – decidiu que mesa para almoço e jantar com exutodos os segmentos da corte poderiam berância. Hoje, esse modo de servir compartilhar de seus hábitos mais passou a ser recorrente em eventos finos, o convite que fez a cada respeitosos promovidos por resturanuma dessas pessoas era chamado tes, navios, embaixadas e, inclusive,

étiquette e descrito por muitas regras por famílias que comemoram datas e orientações de comportamento. emblemáticas, como o casamento. Entretanto,

não

se

tratava

apenas de normas nos grandes sa-

AO PONTO

conversou com

a consultora de etiqueta social, Glo-

lões, mas também da conduta dos rinha Braga Ortolan, para conhecer novos convidados diante da mesa

os detalhes desse serviço que é fa-

de jantar que os aguardava. Com miliar para ela há um bom tempo. essa maneira de popularizar os cos-

“Meu avô era muito requintado e fa-

tumes reais, ficou em evidência o

zia questão que minha mãe tivesse

62 | AO PONTO


INFOGRÁFICO

Fotos: Gabriele Alves

professores particulares em casa. Ela tinha professora de piano, professor de línguas e a professora de etiqueta – uma francesa. Essa educação foi passada desde que éramos pequenos, depois fui me aperfeiçoando, mas em casa começou assim”, destaca.

Sousplat (su embaixo; plat prato) É apenas um enfeite onde os pratos devem ser apoiados.

A elegância do serviço Glorinha conta que em qualquer lugar do mundo a mesa à francesa é conhecida, mas na Europa ela é bem mais utilizada. “Aonde você for, Paris ou Londres, por exemplo, você encontra essa mesa mais tradicional assim”, pontua. Geralmente, nesse serviço existe uma equipe de garçons para servir os convidados. O menu es-

Talheres O cardápio determina quais serão utilizados. Se houver algum prato especial como o escargot, é ideal que haja a pinça e o garfo específico para ele.

colhido é determinante para a composição e disposição de talheres, pratos e taças na mesa. “Preciso sempre saber do cardápio. Se eu não servir peixe, não preciso do talher de peixe. Se não for servido vinho tinto, a taça de vinho é dispensada da mesa”. Apesar disso, a divisão é sempre entre entrada, prato principal, acompanhamento e sobremesas.

Taças As mais utilizadas são: a taça de champanhe, a taça de água, a taça de vinho branco e a taça de vinho tinto. Pode não parecer, mas seus tamanhos são distintos entre si. AO PONTO | 63


a hora de servir Prato de pão e faca para manteiga Sempre à esquerda superior do prato principal, alinhado com o guardanapo.

Talheres de sobremesa Sempre acima do prato principal. Se a sobremesa não exigir cortes, dispense a faca.

Pratos Prato raso em baixo e prato fundo em cima. Lembrar que todo prato fundo deve vir sempre com uma base, o sousplat.

Guardanapo É adequado mantê-lo ao lado dos garfos, mas pode vir dentro do prato. Nunca é retirado enquanto a pessoa estiver à mesa. 64 | AO PONTO


INFOGRÁFICO

Foto: Shutterstock Images

Taças As taças são dipostas por tamanho, da menor para a maior. A taça de água, a taça de vinho tinto, vinho branco, a taça do champanhe e a taça do licor. A dica de Glorinha é: “nunca encha o copo e nem encoste a jarra ou o bocal da garrafa no copo. Um jeito refinado de tomar a bebida é dando um gole por vez, calmamente”, ressalta.

Xícara de café É opcinal na composição da mesa.

Talheres Todos alinhados por tamanho. As facas sempre dispostas ao lado direito junto com as colheres, enquanto os garfos ficam ao lado esquerdo. Glorinha relembra: “Nunca segure a faca com a mão esquerda, é gafe”. AO PONTO | 65


Harmonia de sabores POR ÉRICA TRAVAIN

Encontre o vinho ideal para saborear um tradicional pão português com aroma marcante de azeite Uma casca crocante e interior

diversas panificadoras brasileiras. Sua

macio que exala o cheiro particular produção requer delicadeza e preparo do azeite extravirgem. Esse é o pão

singular para que a massa cresça e

português que já ocupa espaço em

doure uniformemente.

66 | AO PONTO


Em padarias com grande demanda, o pão é preparado em batedeiras industriais que misturam os componentes secos e, em seguida, os molhados. Em alguns casos, devido à qualidade dos ingredientes, há a necessidade de acrescentar água para “dar ponto” na massa. Farinha de trigo, fermento biológico seco, sal, açúcar refinado, azeite, margarina e ovos são os ingredientes que compõem o pão.

Contudo, o procedimento não ocorre em todos os casos. O ponto ideal é chamado de véu, quando ao esticar a massa com a mão, torna-se praticamente transparente. Depois de pronta, é coberta com um saco plástico transparente e descansa por cerca de duas horas. Após crescer é divida em pedaços, aberta e, por fim, modelada até AO PONTO | 67


apresentar pontas finas. Em seguida, o padeiro cobre o pão português com farinha de trigo, distribui a massa em uma assadeira e faz um corte longitudinal.

Fotos: Érica Travain

Os segredos A massa então cresce por mais uma hora e é levada para assar em temperatura média. Durante o cozimento, o forno emana vapores que garantem a crocância externa da massa. Para garantir o aroma mais acentuado, existe ainda a possibilidade de derramar azeite sobre a fenda do pão português. Tais segredos garantem o sabor e a textura peculiares da massa.

68 | AO PONTO


PÃES E VINHOS

Harmonização Cada vinho se comporta de uma maneira quando é servido junto com outros alimentos. Por isso, muitas vezes, é difícil eleger um único tipo que irá acompanhar uma refeição inteira, da entrada à sobremesa. No entanto, certos vinhos tendem a combinar melhor com o pão português. “O pão é um alimento mais ou menos neutro.

Ciconia Vinho Verde é uma denominação de vinhos produzidos em uma região específica no norte de Portugal. Costumam ser leves, refrescantes e possuem acidez elevada. R$ 37

pal em uma refeição, mas há exceções. Se fosse aplicar uma regra básica, acompanharia qualquer tipo de vinho”, explica o degustador Alfredo Kesam, membro da Associação Brasileira de Sommeliers em Bauru (SP). No entanto, devido ao aroma pronunciado de azeite e à grande

Frascati Frascati é uma denominação de vinhos brancos na Itália. Possui muito frescor, acidez marcante e pode ser produzido como vinho tranquilo (sem gás) ou espumante. R$ 45

quantidade deste ingrediente na receita, um vinho com acidez elevada provocaria uma combinação melhor. “Se você fizesse uma harmonização do pão com um vinho que não tem uma acidez muito pronunciada, daria a sensação de que o alimento iria se sobrepor ao vinho. Uma harmoniza-

Casal Garcia Ideal para acompanhar aperitivos, saladas e pratos orientais leves. É produzido em Portugal na região de Vinho Verde. R$ 35

ção eficaz é aquela em que ambos se complementam”, elucida Kesam. AO PONTO | 69

Fotos: Ciconia, Frascati e Casal Garcia | Reprodução

Na verdade, não é o alimento princi-


SERVUS Bier

POR LAIS ESTEVES

Conheça a história da Família Bauernebl, que trouxe a tradição europeia da produção de uma bebida artesanal fabricada no Brasil

70 | AO PONTO


DEGUSTAÇÃO

Fotos: Lais Esteves

Tradição em Cerveja

mentos difíceis, refu-

A paixão pela cerveja atravessou gerações da

giando-se na Áustria

Família Bauernebl. São trezentos anos de tradição na

durante a Segunda

arte de produzir a bebida. A história da família come-

Guerra Mundial. Na-

çou na Bélgica, passou pela Alemanha, Tchecoslová-

quele país, Nikolaus

quia e Hungria, além da atual Eslováquia. Foi neste

concluiu os estudos

último país, em 1933, que nasceu Nikolaus Bauernebl.

e foi trabalhar como

A casa da família ficava próxima à grande cervejaria

aprendiz em uma pe-

herdada pelo seu pai. Desde pequeno, o mestre cer-

quena fábrica de cer-

vejeiro estava sempre acompanhando o trabalho e a

veja da região. Após

distribuição das garrafas nos bares da cidade. Naquela

três anos ele viu um

época, as entregas eram feitas a cavalo, por meio de

artigo no Jornal de

carroças especiais. “Era muito claro para mim que eu

Viena, no qual estava

queria ser cervejeiro. Sou praticamente o único da fa-

escrito que a maior

mília entre primos e primas que optou pela profissão”,

cervejaria da cidade

conta Nikolaus. Em 1944, a família passou por mo-

estava procurando joAO PONTO | 71


vens cervejeiros para trabalhar no Brasil. Em setembro de 1953, aos 20 anos, Nikolaus chegou na cidade de Agudos, para trabalhar na Companhia Paulista de Cervejas Vienenses, que um ano e meio depois se tornou a Brahma, atual Ambev. Um ano mais tarde, ele recebeu o convite para fazer uma pós-graduação na Alemanha. Nikolaus volta para o Brasil com o título de mestre cervejeiro. Em 1995, ele se aposentou e, em 1998, trabalhou na Cervejaria dos Monges, em Bauru, onde ficou durante quatro anos. A Servus A cervejaria surgiu a partir do sonho de retomar os negócios da família. A Servus Bier foi inaugurada no dia 1º de março de 2013. O nome, de origem latina, é um cumprimento em alguns países da Europa, que significa “eu quero servir você, eu sou seu servo”. Qualidade premium Todos os chopes são feitos em um processo 100% artesanal e natural. O sabor inigualável se deve ao cumprimento rigoroso da ‘Lei Bavária da Pureza’, de 1516. A regra, estipulada pelo Príncipe da Bavária há 500 anos atrás, estabelece que só é permitido utilizar três ingredientes para a produção da cerveja: água, malte e lúpulo. Portanto, os chopes da Servus não possuem nenhum aditivo químico, além de maltes e lúpulo importados da Alemanha. 72 | AO PONTO

Processo de produção O chope é fabricado com puro malte. A cevada chega malteada e na primeira etapa é colocada na tina de mosturação onde o amido é transformado em açúcar. Depois, o mosto é filtrado e em seguida cozido. No cozinhador de mosto, o caldo doce e lupulado é fervido durante uma hora. O açúcar, por meio da levedura, se transforma em álcool, gás carbônico e caloria. Cada tipo de bebida tem uma porcentagem de açúcar. A porcentagem de açúcar regula a porcentagem de álcool da bebida. Quanto mais açúcar, mais álcool. Após a fermentação, ocorre o processo de maturação que leva cerca de 20 a 30 dias.


CHOPES

A Servus possui cinco tipos:

Servus Slavia

Chope premium especial mais leve.

Possui notas finas de nozes e a doçura

Possui teor alcóolico de 4%, puro

de maltes especiais importados. Teor

malte e buquê aromático de lúpulos

alcoólico de 5%.

importados da Alemanha, além de ter a maior drinkability. Servus Weiss

Servus Munich

Possui coloração marrom escuro, com creme bege volumoso. É um chope

Este chope, rico em gás carbônico,

encorpado e aroma picante de maltes

é leve e refrescante. Possui creme

importados. Teor alcoólico de 5,3%.

branco volumoso e aromas de cravo e banana, com notas cítricas. Seu teor

Servus Einbeck Bock

alcoólico é de 4,7%.

Sabor forte e encorpado. Coloração

Servus Wiener Gold

âmbar avermelhada. Destaca-se pelo equilíbrio entre a doçura dos maltes

Baseado na receita Premium com mais

especiais, o amargor do lúpulo e o

de 150 anos da Bauernebl & Filhos.

seu teor alcoólico de 6%. AO PONTO | 73


Um brinde

ao requinte POR MARÍLIA MUNHOZ

Saiba quais bebidas escolher nos momentos especiais A depender do local,

proprietário da franquia Rei da Caipirinha, es-

horário e propósito, fes-

pecializada em bebidas e eventos há seis anos.

tas pedem cuidado com os

A orientação de um profissional expe-

detalhes, que devem dar

riente na escolha das bebidas é essencial,

sofisticação e delicadeza

pois direciona o cliente na elaboração de uma

à celebração. Entre os as-

festa adequada. Nesse aspecto, Rodrigues,

suntos a serem pensados

que tem 19 anos de experiência no ramo,

estão as bebidas, parte

conta que é preciso pensar desde o tama-

essencial na organização

nho do copo, material utilizado, até as com-

de um evento, que indi-

binações de drinques para cada situação.

cam o nível de requinte e

Segundo ele, o local e o tipo de serviço ofe-

formalidade

ocasião.

recido determinam a escolha dos drinques.

Atualmente, em mo-

O cliente que contrata um serviço espe-

mentos mais sofisticados,

cializado busca qualidade e requinte, já que

os drinques, espumantes

toda a logística e produtos utilizados nesse tipo

e frisantes tomam o lu-

de serviço requerem custos especiais, como as

gar das cervejas, que são

bebidas, iluminação, som, decoração diferen-

usadas em festas menos

ciada, explica Rodrigues. Outro detalhe impor-

formais, segundo explica

tante é estar sempre atento aos ingredientes uti-

Jorge

lizados, que devem ser frescos e selecionados.

Tadeu

74 | AO PONTO

da

Rodrigues,


DRINKS

Caipirinha De origem paulista, a bebida brasileira mais conhecida nacional e internacionalmente é servida em casamentos e festas familiares. É feita com cachaça, limão-taiti (ou outra fruta), gelo e açúcar. Tradicionalmente é feita no copo em que será servida.

Dica de especialista

Whisky Sour: traduzido como “whisky

azedo”, a principal característica dessa bebida é o contraste entre o limão, o açúcar e o uísque. É comumente servida em cerimoniais mais sofisticados juntamente com bebidas como margarita, alexander, mojito, nevada russa, ice blue e gim.

Fotos: Marília Munhoz

Batida de morango Está entre as batidas mais pedidas. Servida comumente em aniversários e festas mais informais, o drinque é uma mistura de vodca (ou pinga), leite condensado, morango e gelo. Refresca e dá charme à ocasião. AO PONTO | 75


Naked cake,

o sabor despido em elegância POR GABRIELE ALVES

O bolo se tornou o queridinho das festas e faz um pedido de “devora-me” que foge ao tradicional; entenda o porquê Dispensa a cobertura, expõe as camadas de massa e recheio e pode vir em um, dois, três ou mais andares. Mas esqueça a decoração em pasta americana e flores de açúcar comum nos bolos tradicionais. O naked cake, conhecido como bolo pelado ou nu se destaca por deixar de lado, justamente, os cremes que envolvem a massa. 76 | AO PONTO


CONFEITARIA

Porém, fique tranquilo: ele não deixa de ser delicioso. A influ-

Passos

ência desse bolo em festas passou a ser maior depois que a cantora e atriz Hillary Duff inovou em seu casamento, em 2010, na Califórnia. A tendência, porém, só desembarcou com força no Brasil no ano de 2013. “Em Bauru, a procura foi muito grande para aniversários e batizados, mas principalmente para casamentos no campo”, comenta Deborah Franciscato, chefe de confeitaria do L’Atelier Sucré,

Fotos: Gabriele Alves Bolos: Sodie Doces

em Bauru.

Montando o naked Deborah conta ainda que, apesar de não ter a cobertura, o naked cake não é um bolo muito fácil. “Temos que ter muito cuidado com a estrutura, porque ele não esconde nada, o recheio fica exposto. Se for um recheio muito mole ele começa a desmoronar e se você não toma cuidado com a massa, ela quebra”, ressalta a chefe. Em um bolo tradicional, a cobertura esconde as imperfeições que podem ficar na massa, afinal, ela se encarrega de “vestir” o bolo. No naked cake, isso não é possível. AO PONTO | 77


Pegando fogo

Morno POR GABRIELA ARROYO

O último lançamento de gastronomia nos cinemas não apresenta receita nova, mas dá água na boca O enredo é clichê, a estética, não,

duas estrelas do Guia Michelin em seu

e é justamente as cenas na cozinha do restaurante parisiense, o famoso cherestaurante The Longham que salvam fe conhece o fracasso – muito mais o filme ‘Pegando fogo’. Com direção

por seu desequilíbrio pessoal do que

do americano John Wells e roteiro do pela falta de talento nas cozinhas. canadense Michael Kalesniko, o lon-

A narrativa mostra a busca de

ga se torna uma boa experiência para

Jones em reinventar-se enquanto

quem gosta de gastronomia devido chefe (agora em uma versão londriàs composições belíssimas com facas,

na) e em reencontrar-se enquanto

fogo e ingredientes, o que certamente

homem, de modo que a conquista

foi possível graças às consultorias de das três estrelas simbolizam, acima chefes renomados, como Mario Batali. de tudo, a superação. Se ele con-

Adam Jones, interpretado por seguiu? O enredo clichê responde. Bradley Cooper, é a personagem prin- Mas, por outro lado, a estética do filcipal. Após obter sucesso e conquistar me foi agradável até a última cena.

78 | AO PONTO


Sucesso ou tragédia No filme, é contado que os anônimos inspetores do Guia Michelin são sempre dois e têm um ritual: um chega às 19h e o outro às 19h30, colocam um garfo no chão, bebem água, um pede à la carte e o outro aceita a sugestão do chefe. Será? “O Guia Michelin tem mais de 100 anos e é cercado de boatos, por isso, não temos como saber o que é verdade ou mentira. O que se tem certeza é que ser avaliado e ter uma estrela no Guia é o sonho de todo chefe da alta gastronomia, pois é a mais alta avaliação,

garantindo

notoriedade

mundial. O que pode ser o sucesso ou a tragédia de um restaurante”, opina o gastrônomo Fernando Santos. Estrela do menu Adam Jones escolheu o peixe para ser a estrela principal do menu do The Longham e, em um de seus pratos, apostou na combinação da carne branca com o sabor adocicado do estragão. Para quem ficou com água na boca, o gastrônomo Fernando Santos ensina a preparar um molho feito à base de gemas, muito utilizado para acompanhar peixes, frango e algumas saladas.

Receita Molho Béarnaise Ingredientes: 2 cebolas roxas picadas 2 colheres sopa de estragão fresco picado 1 ramo de tomilho fresco 1 folha de louro fresco 4 colheres sopa de vinagre de vinho branco 4 colheres sopa de vinho branco Sal a gosto 3 gemas 100g de manteiga em temperatura ambiente 1 limão Modo de preparo: Em uma panela, leve ao fogo médio a cebola, a pimenta, metade do estragão, o tomilho, a folha de louro, o vinho branco, o vinagre e sal a gosto. Deixe reduzir 2/3 do líquido. Peneire e deixe amornar. Em uma bowl, misture as gemas com o líquido reduzido. Leve ao banho maria, acrescentando a manteiga, aos poucos, batendo sempre e vigorosamente com um fouet, até formar um molho consistente. Retire do banho-maria e acrescente o restante de estragão, gotas de limão e sal, se necessário. A textura do molho deve ser aveludada.

AO PONTO | 79

Ilustração: Freepik.com

RESENHA


Foto: Gabriele Alves

Além do prato BAMBINA PIZZARIA Endereço: Rua Alfredo Fontão, 6-80, Jardim América, Bauru Telefone: (14) 3223 9000 Site: pizzariabambina.com.br Facebook: facebook.com/ bambinapizzariabauru BISTRÔ TURQUEZ Endereço: Rua Eng. Saint Martin, 17-07, Bauru Telefone: (14) 3021 0406 Facebook: facebook.com/ bistroturquez BONGO COCINA TEX-MEX Endereço: Alameda Doutor Octávio Pinheiro Brisolla, 15-7, Bauru Telefone: (14) 3204 2378 E-mail: restaurantebongo@hotmail.com Site: restaurantebongo.com.br Facebook: facebook.com/ bongococina Instagram: @bongococinatexmex

80 | AO PONTO


SERVIÇOS

BUENOS FOOD TRUCK E-mail: contato@buenosfoodtruck.com Site: buenosfoodtruck.com Facebook: facebook.com/ buenosfoodtruck/ Instagram: @buenosfoodtruck/ BRASA TRUCK E-mail: contato@brasatruck.com.br Site: brasatruck.com.br Facebook: facebook.com/brasatruck Instagram: @brasatruck CASANOVA GIÁCOMO Endereço: Rua Machado de Assis, 10-66, Bauru Telefone: (14) 3018 0066 FOOD TRUCK NATORTILHA Telefone: (19) 99339 0799 Site: natortilha.com.br Facebook: facebook.com/ foodtrucknatortilha Instagram: @natortilha FRIED FISH VILAREJO Telefone: (14) 3227 6264 Clelular: (14) 99769 7679 Site: friedfish.com.br INSTITUTO GASTRONÔMICO DAS AMÉRICAS Endereço: Avenida Nações Unidas, 31- 28, Vila Universitária, Bauru Telefone: (14) 3243 4151 E-mail: bauru@igabrasil.com

LA TERRASSE Endereço: Praça Antônio Padilha Filho, 1-16, Bauru Telefone: (14) 3214 3528 Facebook: facebook.com/laterrassecafe L’ATELIER SUCRÉ Endereço: Rua Azarias Leite, 15-61, Vila Mesquita, Bauru Telefone: (14) 3226 1363 Facebook: facebook.com/ deborahfranciscato.lateliersucre MENU DO BRIGADEIRO Telefone: (14) 99103 5288 Facebook: facebook.com/ menudobrigadeiro Instagram: @menudobrigadeiro MERCADÃO FOOD TRAILER Telefone: (19) 99781 2711 E-mail: mercadaofoodtrailer@hotmail.com MINICHEF GASTRONOMIA JOVEM Endereço: Rua das Fiandeiras, 828, Vila Olímpia, São Paulo Telefone: (11) 3582 5088 E-mail: vilaolimpia@minichefs.com.br Facebook: facebook.com/ mercadaofoodtrailer REI DA CAIPIRINHA Telefone: (14) 99702 5098 E-mail: reidacaipirinha@hotmail.com Site: reidacaipirinha.com.br Facebook: facebook.com/reida.caipirinha.94 AO PONTO | 81


SUGH PASTIFÍCIO Endereço: Av. Affonso José Aiello, 14-45, Villaggio Mall Center, Bauru Telefone: (14) 3016 6819 SERVUS BIER Endereço: Rua Arnaldo de Jesus Carvalho Munhoz, 3-80, Bauru Telefone: (14) 3223 1192 Site: servusbier.com.br SESI CAT RAPHAEL NO SHESE Endereço: Rua Rubens Arruda, 8-50, Jardim Estoril, Bauru Telefone: (14) 3104 3900 E-mail: subauru@sesisp.org.br SODIÊ DOCES Endereço: Rua Rio Branco, 22-30, Vila América, Bauru Telefone: (14) 3223 2359

AO PONTO Ano 1, nº 1 - 2016

REDAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Érica Travain Gabriela Arroyo Gabriele Alves Lais Esteves Mariana Kohlrausch Marília Munhoz ORIENTAÇÃO EDITORIAL Prof. Ms. Liliane de Lucena Ito Prof. Dr. Mauro Souza Ventura Prof. Ms. Pedro Santoro Zambon CIRCULAÇÃO Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Unesp | Bauru (14) 3103-6000 CORRESPONDÊNCIA Av. Eng. Luís Edmundo Carrijo Coube 14-01 | Nucleo Hab. Pres. Geisel Bauru - SP CEP: 17033-360

TRUCK DA ROÇA Telefone: (14) 3653 3095 Facebook: facebook.com/truckdaroca Esta é uma publicação para as disciplinas Jornalismo Impresso III e Planejamento GráficoEditorial em Jornalismo III do curso de Comunicação Social - Jornalismo

CONTATOS ericafta@gmail.com gabrielavarroyo@gmail.com gabrielealves.ras@gmail.com laisfernandaesteves@gmail.com marianaukohlrausch@gmail.com mariliac_munhoz@hotmail.com 82 | AO PONTO




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