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Interculturalidade, solidariedade Misturar, conviver

Dia 5 de maio, no Camões Interculturalidade, solidariedade. Misturar, conviver

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• Lígia Calapez

IJornalistaI

Dia 5 de maio, confluíram, na Escola Secundária Camões – por acaso e/ou por força das muitas iniciativas que nesta escola se realizam – dois eventos diversos, mas que de algum modo refletem preocupações e dinâmicas comuns. E, ambos, de modos diferentes, incluíram a partilha de iguarias de diversas nacionalidades. Talvez porque, em redor de uma mesa, mais facilmente se troquem culturas e diálogo.

No quadro do programa Dia Aberto, inscrevia-se uma atividade – Viagem Intercultural –, que incluía um desafiante jogo em que, num breve inquérito organizado por alunos de diferentes nacionalidades da escola, eram testados os nossos – parcos – conhecimentos de história e geografia de cada um dos países representados (EUA, Líbano, Turquia, Nepal, Nigéria, Guiné, China, Perú). No fim, uma grande mesa repleta de doces típicos dos vários países (e uma referência especial ao dia da língua portuguesa) – oferta a quem participou nesta iniciativa. Também no Camões, no espaço da cantina, realizou-se um workshop

de culinária, ministrado por re-

fugiadas da Ucrânia. Uma forma de solidariedade em que se aprende a confecionar pratos da sua cozinha regional. “Cria-se um ambiente muito informal. As pessoas porem as mãos na massa faz a diferença”, como nos disse a responsável pelo CPR. E que termina na partilha, entre todos, do que todos cozinharam. Partilha em torno de uma mesa, facilitadora de diálogos. Esta ação, insere-se numa prática que já vai longa (apenas interrompida por força da pandemia), que tem como entidade promotora a Junta de Freguesia de Arroios e é acolhida pela Escola Secundária Camões e pelo Conselho Português para os Refugiados (CPR).

Interculturalidade e o exemplo da bola de Berlim

Em breve conversa com a responsável, pela iniciativa, da Junta de Freguesia de Arroios, começámos por falar do porquê desta ideia. A razão é simples, disse-nos: “A freguesia de Arroios é a que tem mais diversidade, pelo menos de Lisboa. São mais de 90 nacionalidades que convivem, diariamente, em Arroios. Teria que haver, de alguma forma, algo que chamasse a interculturalidade”.

Informação ESCOLA 13 Digital

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