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Cidadania
Resiliência, o novo rosto do neoliberalismo material em questão. Recentemente, o termo resiliência, muito utilizado pelas línguas anglo-saxónicas, sobretudo pelo inglês dos EUA, “resilience”, alargou o seu significado, podendo ser definido como a “capacidade de adaptação de um ser vivo perante um agente perturbador ou um estado ou situação adversos” (Fonte: Rojas, Olivia-Muñoz – ‘Luces y sombras de la resiliência’, El País, Madrid, 6.03. 2021).
O novo significado do termo ‘resiliência’ parece ter entrado na linguagem comum. Basta pensar nos planos de “recuperação e resiliência”, designação atribuída pela União Europeia aos programas de financiamento das atividades económicas afetadas pela crise pandémica. No entanto, esta utilização tecnocrática do termo, que o aproxima do seu primeiro significado, esconde por detrás da sua aparente neutralidade um significado mais profundo que
ESCOLA
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riginalmente, o termo resiliência significava a “capacidade de resistência de um material ao choque que é medido pela energia necessária de um provete de material com dimensões determinadas” (‘Dicionário de Língua Portuguesa’, Porto, Porto Editora, 2010). O provete é uma pequena peça utilizada para testar a capacidade de resistência do
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Joaquim Jorge Veiguinha
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