PARECER TÉCNICO DE ESTUDO DE IMPACTO URBANO _________________________________________________________________
PROPOSTA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ZONA DO PARQUE TECNOLÓGICO DE VITÓRIA (ZPT)
LOCALIZAÇÃO: ZONA DO PARQUE TECNOLÓGICO (ZPT), BAIRRO GOIABEIRAS, VITÓRIA – ES.
FEVEREIRO DE 2018
N09202.EIU
Parecer Técnico de Estudo de Impacto Urbano
Objeto de Estudo: Proposta de uso e ocupação do solo para a Zona do Parque Tecnológico de Vitória (ZPT) Proposta: Proposta de emenda nº 13103/2017 Localização: Zona do Parque Tecnológico (ZPT), bairro Goiabeiras, Vitória – ES.
Fevereiro de 2018
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APRESENTAÇÃO
O Estudo de Impacto Urbano apresentado por este parecer técnico se refere à proposta de emenda nº 13103/2017 para o projeto de lei 290/2017, que institui o novo Plano Diretor Urbano de Vitória. Tal proposta prevê, entre outras questões, a permissão de uso misto do solo para uma parte da Zona do Parque Tecnológico (ZPT), localizada no bairro Goiabeiras, que atualmente está destinada exclusivamente para uso não residencial. Este documento foi elaborado com o objetivo de fornecer à todas as partes interessadas as informações sobre a proposta, incluindo quadros numéricos, bem como sobre os possíveis impactos, positivos e negativos, decorrentes da sua aprovação, além de propor medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os impactos negativos. O estudo foi elaborado tendo como base estudos técnicos e através de dados obtidos em levantamentos de campo, pesquisas bibliográficas e análise da referida proposta de emenda.
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SUMÁRIO
IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS ........................................................ 1 1.1 EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO....................................................... 1 1.2 ANOTAÇÃO OU REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DO COORDENADOR DO ESTUDO (ART OU RRT) .................................................................................................. 1 1.3 ANOTAÇÃO OU REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DOS DEMAIS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS (ART OU RRT) ........................................................................ 2 1.4 ENDEREÇO, TELEFONE, FAX E ENDEREÇO ELETRÔNICO ........................................ 2 CARACTERIZAÇÃO DA PROPOSTA ................................................................................. 3 2.1.1 Objetivo da proposta................................................................................................ 3 2.1.2 Área impactada pela proposta ................................................................................. 3 2.1.3 Quadro de índices de controle urbanístico .............................................................. 4 2.1.4 Parâmetros de exigência de vagas de estacionamento .......................................... 7 2.1.5 Altura das edificações.............................................................................................. 7 2.1.6 Outras alterações .................................................................................................... 8 2.1.7 Potencial construtivo da ZPT ................................................................................... 8 ESTRUTURA E METODOLOGIAS UTILIZADAS ................................................................ 9 3.1 ESTRUTURA DO ESTUDO ............................................................................................... 9 3.2 ANÁLISES URBANAS ....................................................................................................... 9 3.2.1 Pesquisa em empreendimento semelhante ............................................................. 9 DIAGNÓSTICO URBANO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ...................................... 10 4.1 LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ..................................................................................................... 11 4.1.1 Considerações relevantes ao Plano Diretor Urbano .............................................. 12 4.1.2 Setorização da Área de Influência Direta .............................................................. 14
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4.1.3 Mapeamento de Uso do Solo ................................................................................ 20 4.1.4 Mapeamento de Gabarito ...................................................................................... 22 4.1.5 Porte das edificações ............................................................................................ 23 4.1.6 Usos não residenciais por raio de atendimento ..................................................... 24 4.1.7 Usos não residenciais por potencial de impacto .................................................... 26 4.1.8 Mapeamento de potenciais áreas renováveis ....................................................... 27 4.2 CARACTERIZAÇÃO DA VIZINHANÇA AFETADA .......................................................... 30 4.2.1 Dados demográficos .............................................................................................. 30 4.2.2 Utilização de áreas livres de uso público ............................................................... 33 4.2.3 Utilização de equipamentos públicos de educação e saúde ................................. 34 4.2.4 Tipos de serviços, atividades e/ou equipamentos deficientes na região ............... 36 4.2.5 Impactos positivos e negativos da implantação e operação do Parque Tecnológico e do uso misto ................................................................................................................ 36 4.3 FATORES AMBIENTAIS E PAISAGÍSTICOS E SUAS INTERAÇÕES ........................... 39 4.3.1 Descrição da paisagem circundante à ZPT ........................................................... 39 4.3.2 Caracterização da área em estudo em função do grau de visibilidade estabelecido entre a mesma e os espaços públicos do entorno ......................................................... 42 4.4 CIRCULAÇÃO URBANA ................................................................................................. 43 4.4.1 Caracterização física e operacional das vias de acesso ....................................... 43 4.4.2 Tráfego Típico da Malha ........................................................................................ 53 4.4.1 Condição atual do transporte público .................................................................... 54 4.4.2 Modais utilizados para deslocamento .................................................................... 56 4.4.3 Tipo de estacionamento de veículo utilizado ......................................................... 57 4.4.4 Dificuldade em circular pela área........................................................................... 57 4.4.5 Principais referenciais que servem de orientação na área .................................... 58
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4.4.6 Circulação de pedestres e ciclistas na região ........................................................ 58 4.4.7 Conclusões da análise de circulação urbana ........................................................ 59 PROGNÓSTICO 1: CONDIÇÃO ATUAL NOVO PDU ....................................................... 60 5.4 ÍNDICES DE CONTROLE URBANÍSTICO ...................................................................... 60 5.5 ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO DA ZPT......................................................................... 60 5.5.1 Estimativa da população fixa ................................................................................. 61 5.5.2 Estimativa da população flutuante ......................................................................... 62 5.5.3 Quadro resumo da população da ZPT................................................................... 62 5.5.4 Estimativa da população na Gleba B ..................................................................... 63 5.6 ESTIMATIVA DE GERAÇÃO DE VIAGENS .................................................................... 64 5.6.1 Estimativa da geração de viagens na Gleba B ...................................................... 66 5.6.2 Análise da necessidade de vagas de estacionamento .......................................... 67 PROGNÓSTICO 2: PROPOSTA DE EMENDA ................................................................. 69 6.1 ÍNDICES DE CONTROLE URBANÍSTICO ...................................................................... 69 6.2 ESTIMATIVA DE ÁREAS E POPULAÇÃO ...................................................................... 69 6.2.1 Quadro de áreas .................................................................................................... 69 6.2.2 Estimativa da população fixa ................................................................................. 70 6.2.3 Estimativa da população flutuante ......................................................................... 71 6.2.4 Quadro resumo da população estimada ................................................................ 72 6.2.5 Estimativa da população na Geba B...................................................................... 72 6.3 ESTIMATIVA DE GERAÇÃO DE VIAGENS .................................................................... 73 6.3.1 Estimativa de geração de viagens do uso comercial ............................................. 73 6.3.2 Estimativa de geração de viagens do uso residencial ........................................... 74 6.3.3 Quadro comparativo de geração de viagens na hora pico .................................... 77 6.3.4 Estimativa de geração de viagens na Geba B ....................................................... 77
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6.4 SIMULAÇÕES GRÁFICAS .............................................................................................. 79 ANÁLISE DOS IMPACTOS URBANOS ............................................................................ 83 7.1 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ........................................................ 83 7.1.1 Uso e ocupação do solo ........................................................................................ 83 7.1.2 Valorização imobiliária ........................................................................................... 84 7.1.3 Equipamentos urbanos e comunitários.................................................................. 85 7.1.4 Novas demandas por infraestruturas urbanas ....................................................... 85 7.1.5 Possíveis impactos decorrentes do aumento da população fixa e flutuante, causados pelo Parque Tecnológico e ocupação futura da área de influência ................................ 86 7.1.6 Circulação de pedestres e ciclistas........................................................................ 86 7.1.7 Circulação de veículos........................................................................................... 87 7.1.8 Repercussões sobre as operações de transporte coletivo .................................... 88 7.1.9 Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural................................................... 88 7.1.10 Influência sobre as atividades econômicas, sociais e culturais locais, tais como atração de novos empreendimentos, indução a mudanças de uso, valorização e outros ....................................................................................................................................... 89 7.1.11 Impactos sobre a saúde e o bem-estar da vizinhança, advindos de emissão atmosféricas, líquidas e de ruídos, entre outros, em todas as fases dos novos empreendimentos ........................................................................................................... 90 7.1.12 Impactos ambientais relativos ao ambiente natural e construído ........................ 90 7.2 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS ........................................................ 90 7.2.1 Uso e ocupação do solo ........................................................................................ 91 7.2.2 Valorização imobiliária ........................................................................................... 91 7.2.3 Equipamentos urbanos e comunitário ................................................................... 91 7.2.4 Novas demandas por infraestruturas urbanas ....................................................... 91
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7.2.5 Possíveis impactos decorrentes do aumento da população fixa e flutuante, causados pelo Parque Tecnológico e ocupação futura da área de influência ................................ 91 7.2.6 Circulação de pedestres e ciclistas........................................................................ 91 7.2.7 Circulação de veículos........................................................................................... 92 7.2.8 Repercussões sobre as operações de transporte coletivo .................................... 92 7.2.9 Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural................................................... 93 7.2.10 Influência sobre as atividades econômicas, sociais e culturais locais ................. 93 7.2.11 Impactos sobre a saúde e o bem-estar da vizinhança, advindos de emissões atmosféricas, líquidas e de ruídos, entre outros, em todas as fases dos novos empreendimentos ........................................................................................................... 94 7.2.12 Impactos ambientais relativos ao ambiente natural e construído ........................ 94 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ............................................................................... 95 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 97
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LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Mapa da ZPT proposta ............................................................................................ 4 Figura 2 - Área de Influência Direta ZPT ............................................................................... 11 Figura 3 - Zoneamento novo PDU ......................................................................................... 13 Figura 4 - Setorização da AID................................................................................................ 15 Figura 5 - Setor 1 ................................................................................................................... 16 Figura 6 - Setor 2 ................................................................................................................... 16 Figura 7 - Setor 3 ................................................................................................................... 17 Figura 8 - Setor 4 ................................................................................................................... 18 Figura 9 - Setor 5 ................................................................................................................... 18 Figura 10 - Setor 6 ................................................................................................................. 19 Figura 11 - Setor 7 ................................................................................................................. 20 Figura 12 - Mapa de Uso do Solo .......................................................................................... 21 Figura 13 - Mapa de Gabaritos .............................................................................................. 22 Figura 14 - Porte das edificações da AID .............................................................................. 24 Figura 15 - Nível de atendimento dos usos não residenciais................................................. 25 Figura 16 - Potencial de impacto dos usos não residenciais ................................................. 27 Figura 17 - Mapa de áreas renováveis .................................................................................. 29 Figura 18 - População de Vitória por bairro ........................................................................... 31 Figura 19 - Densidade habitacional por bairro de Vitória ....................................................... 32
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Figura 20 - Rendimento médio mensal por bairro .................................................................. 33 Figura 21 - Espaços livres de uso público na AID ................................................................. 34 Figura 22 - Equipamentos públicos de saúde e educação .................................................... 35 Figura 23 - Mapa de localização de afloramentos rochosos .................................................. 40 Figura 24 – Presença de vegetação típica no Setor 1 ........................................................... 41 Figura 25 – Rio Santa Maria .................................................................................................. 41 Figura 26 - Visualização do Mestre Álvaro do loteamento em execução na ZPT .................. 43 Figura 27 - Principais vias de acesso à ZPT.......................................................................... 44 Figura 28 - Av. Fernando Ferrari ........................................................................................... 45 Figura 29 - Av. Adalberto Simão Nader ................................................................................. 46 Figura 30 - Av. Antônio Duarte Rabelo .................................................................................. 46 Figura 31 - Av. Jerônimo Vervloet ......................................................................................... 47 Figura 32 - Av. Des. Cassiano Castelo .................................................................................. 48 Figura 33 - Ruas Sertório Franco e Alarico de Lima Cabral .................................................. 48 Figura 34 - Rua José Alves.................................................................................................... 49 Figura 35 - Rua Leopoldo José de Sales ............................................................................... 50 Figura 36 - Ruas José Gomes Loreto e Silvana Rosa ........................................................... 51 Figura 37 - Av. Presidente Costa e Silva ............................................................................... 52 Figura 38 - Av. Pedro Depiante e Rua Antônio Lisboa do Nascimento ................................. 53 Figura 39 - Velocidade do Trânsito em dia típico ................................................................... 54
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Figura 40 - Mapa de localização dos pontos de ônibus ......................................................... 55 Figura 42 - Simulação de implantação geral dos empreendimentos na Gleba B da ZPT ...... 80 Figura 43 - Simulação de implantação de uma das quadras da Área Mista 1 ....................... 81 Figura 44 - Perspectiva da simulação de implantação de uma das quadras da Área Mista 1 ............................................................................................................................................... 81 Figura 45 - Perspectiva da simulação de implantação da Área Mista 2 ................................ 82 Figura 46 - Simulação de implantação da Área Mista 2 ........................................................ 82
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LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Equipe técnica multidisciplinar ............................................................................... 1 Quadro 2 - Divisão modal para uso não residencial ............................................................. 64 Quadro 3 - Taxa de ocupação de veículos para uso não residencial .................................... 65
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Índices de Controle Urbanístico ZPT ...................................................................... 5 Tabela 2 - Tabela de Índices de Controle Urbanístico atual novo PDU ................................. 60 Tabela 3 – Estimativa de potencial construtivo ZPT segundo novo PDU .............................. 61 Tabela 4 - Estimativa de população fixa para ZPT com potencial construtivo do novo PDU . 61 Tabela 5 - Estimativa de população flutuante para ZPT com potencial construtivo do novo PDU ............................................................................................................................................... 62 Tabela 6 - Estimativa da população na ZPT segundo potencial construtivo do novo PDU ... 62 Tabela 7 - Potencial construtivo Gleba B ............................................................................... 63 Tabela 8 - Estimativa de população fixa da Gleba B ............................................................. 63 Tabela 9 - Estimativa de população flutuante na Gleba B ..................................................... 63 Tabela 10 - Estimativa de população fixa e flutuante na Gleba B.......................................... 64 Tabela 11 - Divisão modal segundo expectativa de população na ZPT ................................ 64 Tabela 12 - Estimativa de viagens geradas de automóveis e ônibus na ZPT........................ 65 Tabela 13 - Estimativa de viagens geradas no pico da tarde na ZPT.................................... 65 Tabela 14 - Estimativa de viagens geradas no pico da tarde na Gleba B ............................. 66 Tabela 15 - Divisão modal segundo estimativa de população na Gleba B ............................ 66 Tabela 16 - Estimativa de viagens geradas em automóveis e ônibus na Gleba B ................ 66 Tabela 17 - Estimativa de viagens geradas no pico da tarde na Gleba B ............................. 67 Tabela 18 - Estimativa de viagens produzidas no pico da tarde na Gleba B ......................... 67
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Tabela 19 - Dimensionamento de vagas necessárias para atender a demanda por estacionamento na ZPT ......................................................................................................... 67 Tabela 20 - Comparação entre estimativa de vagas necessárias e exigidas pelo PDU ........ 68 Tabela 21 - Quadro de áreas do uso não residencial na ZPT segundo proposta de emenda ............................................................................................................................................... 69 Tabela 22 - Quadro de áreas do uso residencial na ZPT segundo proposta de emenda ...... 69 Tabela 23 - Quadro de áreas do uso não residencial na Gleba B segundo proposta de emenda ............................................................................................................................................... 70 Tabela 24 - Estimativa da população fixa dos usos não residenciais .................................... 70 Tabela 25 - Estimativa de população fixa para o uso residencial .......................................... 71 Tabela 26 - Estimativa de população flutuante do uso não residencial ................................. 71 Tabela 27 - Estimativa de população flutuante do uso residencial ........................................ 71 Tabela 28 - Quadro resumo da população estimada para a ZPT segundo proposta de emenda ............................................................................................................................................... 72 Tabela 29 - Estimativa de população fixa para uso não residencial na Gleba B ................... 72 Tabela 30 - Estimativa de população flutuante para uso não residencial na Gleba B ........... 72 Tabela 31 - Quadro resumo da população estimada para a Gleba B segundo proposta da emenda .................................................................................................................................. 73 Tabela 32 - Estimativa de divisão modal para o uso comercial de acordo com proposta de emenda .................................................................................................................................. 73 Tabela 33 - Estimativa de geração de viagem pelo uso comercial na ZPT ........................... 74 Tabela 34 - Estimativa de geração de viagem pelo uso comercial no pico da tarde ............. 74
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Tabela 35 - Quadro resumo do número esperado de viagens produzidas pelo uso comercial no pico da tarde ..................................................................................................................... 74 Tabela 36 - Divisão modal do Uso Residencial ..................................................................... 75 Tabela 37 - Tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 1 e 2 quartos pesquisados........................................................................................................................... 75 Tabela 38 - Tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 3 quartos pesquisados........................................................................................................................... 76 Tabela 39 - Projeto de tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 1 e 2 quartos ................................................................................................................................... 76 Tabela 40 - Projeção de tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 3 quartos ................................................................................................................................... 76 Tabela 41 - Projeção de tráfego de veículos gerado pelo uso residencial ............................. 76 Tabela 42 - Quadro comparativo entre a geração de viagens na hora pico no novo PDU e na proposta de emenda .............................................................................................................. 77 Tabela 43 - Expectativa de divisão modal para o uso não residencial na Gleba B................ 77 Tabela 44 - Expectativa de geração de viagem pelo uso não residencial na Gleba B .......... 78 Tabela 45 - Expectativa de geração de viagem na hora pico na Gleba B ............................. 78 Tabela 46 - Quadro resumo da expectativa de viagens produzidas na Gleba B considerando a proposta de emenda ........................................................................................................... 78 Tabela 47 - Comparação entre a geração de viagens na hora pico no novo PDU e na proposta de emenda na Gleba B .......................................................................................................... 79
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IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
Este item apresenta a descrição da equipe técnica responsável pela elaboração do estudo, apresentando a qualificação técnica de cada componente e os seus respectivos registros nos conselhos de classe.
1.1 EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO Quadro 1 - Equipe técnica multidisciplinar
Qualificação
Nome
Pedro Henrique Alves
Arquiteto e Urbanista (UFES), Mestre em Planejamento e Gestão
Negreiros
Territorial (UFRJ) – CAU 153888-8
Arquiteto e Urbanista (UFES), Mestre em Arquitetura e Urbanismo Bruno Bowen Vilas Novas
Floris Uyttenhove
(UFES) – CAU-BR 127.456-2 – Cadastro no IBAMA 5449255
Engenheiro Civil (UFES), Mestrando em Engenharia de Transportes (UFES) CREA ES-24.159/D
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2017)
1.2 ANOTAÇÃO OU REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DO COORDENADOR DO ESTUDO (ART OU RRT) O registro de responsabilidade técnica (RRT) do coordenador do estudo se encontrará anexada a este documento.
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1.3 ANOTAÇÃO OU REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA DOS DEMAIS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS (ART OU RRT) Os acervos de registros técnicos (ART) e os registros de responsabilidades técnica (RRT) dos responsáveis técnicos deste estudo se encontrarão anexados a este documento.
1.4 ENDEREÇO, TELEFONE, FAX E ENDEREÇO ELETRÔNICO Razão Social: NOS ARQUITETOS LTDA/ME CNPJ: 22.335.648/0001-51 Endereço: Rua João Nunes Coelho, n.20, sl. 03, CEP: 29065-490 Coordenação geral: Pedro Henrique Alves Negreiros Endereço eletrônico: pedro@escritorionos.com.br Telefone: (27) 2142-4464/ (27) 99982-9898 www.escritorionos.com.br
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CARACTERIZAÇÃO DA PROPOSTA Este capítulo apresentará, de forma objetiva, as informações preliminares sobre a proposta em análise. A proposta, cujos impactos se pretende avaliar, trata-se da alteração dos índices de controle urbanístico da Zona do Parque Tecnológico (ZPT), no bairro Goiabeiras, Vitória, ES. Tais alterações consistem, principalmente, na inserção do uso misto entre os usos permitidos para a zona em questão. Além disso, propõe-se a alteração dos parâmetros de exigências de vagas de estacionamento de veículos e a altura máxima permitida para as edificações. 2.1.1 Objetivo da proposta O objetivo central da proposta em análise é permitir a construção de residências em parte da Zona do Parque Tecnológico (ZPT). 2.1.2 Área impactada pela proposta A Zona do Parque Tecnológico (ZPT) e as subdivisões propostas estão representadas no mapa da Figura 1 - Mapa da ZPT proposta, e possuem as seguintes áreas edificáveis:
Área Comercial: 142.516,83 m² Área Mista 1: 31.645,70 m² Área Mista 2: 6.492,10 m² Total área mista: 38.137,80 m² Área edificável total ZPT: 180.654,63 m² Área total ZPT: 282.586,55 m²
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Figura 1 - Mapa da ZPT proposta
2.1.3 Quadro de índices de controle urbanístico De acordo com a proposta de emenda 13103/2017, para o projeto de lei 290/2017, o quadro de índices de controle urbanístico para a ZPT passa a ser o seguinte:
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Tabela 1 - Índices de Controle Urbanístico ZPT
ANEXO 09
ÍNDICES DE CONTROLE URBANÍSTICO ZPT
TABELA 03 FOLHA 01
COEFICIENTE DE
TAXA DE PERMEABILI-
AFASTAMENTOS
APROVEITAMENTO (CA)
DADE
MÍNIMOS
USO
OCUPAÇÃO MÍNIMO
NÃO RESIDENCIAL MISTO (2 e 3)
TAXA DE
PARCELAMENTO
MÁXIMA BÁSICO MÁXIMO
TAXAMÍNIMA BACIAS (6)
0,3
2,0
0,3
2,0
OBSERVAÇÕES PARA ZPT:
2,75 (1) 3,75 (1 e
60% (5)
10%
4)
FRENTE
CRÍTICAS
ANEXO 13
(m)
4 (7)
FUNDOS E TESTADA
ÁREA
LATERAIS MÍNIMA MÍNIMA (m)
ISENTO
ATÉ 8,40m (8)
(m)
(m²)
30
900 m²
1. Para se atingir o CA Máximo, deverão ser cumpridas as medidas previstas nos itens 14 ao 24 deste anexo, cuja aprovação será mediante à análise da CTA.
2. O uso misto só será permitido nos lotes com área superior a 2.000 m², nas quadras identificadas no Anexo 2 – Mapa 3.
3. Edificações de uso misto deverão dispor de CA mínimo de 1,5 para uso não residencial na Área Mista 1 e 0,5 na Área Mista 2, conforme Anexo 09 – Mapa 01 – Zona do Parque Tecnológico
4. Na utilização do CA máximo para uso misto, deverá ser observado o teto de 2,25 para o uso não residencial e 1,75 para o uso residencial, respeitando o limite de 3,75.
5. O primeiro pavimento não em subsolo das edificações de uso misto, quando destinado ao uso comum e às atividades não residenciais, poderá ocupar toda a área remanescente do terreno após a aplicação do afastamento frontal, da taxa de permeabilidade e das normas de iluminação e ventilação dos compartimentos.
6. 50% (Cinquenta por cento) da área permeável obrigatória deverá ser destinada à vegetação e estar localizada no afastamento frontal da edificação.
7. Deverá ser integrada ao passeio público faixa frontal de 1 metro de área do terreno, computada a partir do alinhamento do lote. Essa faixa deverá estar livre de vedações e qualquer outro elemento construtivo.
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8. Os afastamentos laterais e de fundos será considerado acima da altura indicada neste anexo, sendo aplicado o disposto no ANEXO 15.
9. As calçadas da edificação deverão ser sombreadas por árvores na seguinte proporção: 01 (um) indivíduo arbóreo a cada, no máximo, 7,5m de extensão de calçada.
10. Qualquer edificação deverá conter vestiário com chuveiros para funcionários, sendo no mínimo um masculino e um feminino, respeitando, contudo, maiores exigências do Código de Edificações do município. 11. O pé-direito mínimo para o pavimento térreo deve ser de 4 metros.
12. No mínimo 0,2 de CA para uso não residencial deve ser utilizado no térreo.
13. O número mínimo de vagas destinadas à guarda e estacionamento de veículos automóveis e motocicletas, exigido no Anexo 16, será considerado o número máximo de vagas permitidas na ZPT, sendo que as áreas destinadas as vagas de estacionamento
de veículos automóveis e motocicletas acima desse valor serão incluídas na área computável da edificação, exceto se localizadas em subsolo.
14. Edificações que possuírem 30% da sua cobertura com teto verde, terão acréscimo de 0,05 no CA. 15. Empreendimentos que utilizarem 20% de Taxa de Permeabilidade terão acréscimo de 0,2 no CA.
16. Empreendimentos que utilizarem meios renováveis para geração de energia ou aquecimento de água terão acréscimo de 0,05 no CA.
17. Empreendimentos que ofertarem as vagas destinadas à guarda e estacionamento de veículos automóveis em subsolo inte-
gralmente enterrado, ocupando toda área remanescente do terreno resguardando faixa frontal de 1(um) metro a partir do alinhamento do terreno, terão acréscimo de 0,3 no CA.
18. Empreendimentos que doarem bicicletas à empresa ou condomínio que utilizará a edificação terão acréscimo de 0,05 no CA. 19. Empreendimentos que disponibilizarem, no mínimo, 10% da área do térreo, fora da área de projeção da edificação, das áreas de circulação e estacionamento de veículos e da área permeável, aberta para livre circulação de pedestres, terão acréscimo de 0,2 no CA.
No caso dessa área ser superior a 20%, o acréscimo será de 0,4.
20. Empreendimentos que não utilizarem nenhum tipo de vedação fora da edificação terão acréscimo de 0,3 no CA.
21. Edificações que possuírem, no mínimo, 10% da medida horizontal de sua fachada frontal térrea composta por aberturas para pedestres terão acréscimo de 0,2 no CA.
22. Edificações que possuírem 60% de sua fachada frontal térrea composta por elementos de vedação visualmente permeáveis ou aberturas terão acréscimo de 0,1 no CA.
23. Empreendimentos que possuírem mais de uma unidade não residencial no térreo da edificação terão acréscimo de 0,1 no CA.
24. Poderá haver acréscimo de até 0,5 no CA do empreendimento por meio de Outorga Onerosa do Direito de Construir.
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O valor da outorga onerosa do direito de construir calculado para o empreendimento corresponderá ao produto entre o valor
venal do metro quadrado do terreno, o deflator da zona e a área computável adicional, limitada à 0,5 no CA, discriminado pela seguinte fórmula: OODC Onde:
=
Vvmt
x
Dt
x
ACAdicional
OODC: é valor total da outorga onerosa do direito de construir;
Vvmt: é valor venal do metro quadrado do terreno onde se localiza o empreendimento;
Dt: é o deflator territorial que será multiplicado ao valor venal do metro quadrado do terreno, sendo neste caso igual a 0,1;
AC Adicional: é a área computável adicional, correspondente ao potencial construtivo utilizado além do CA básico, limitado à 0,5 no CA.
Fonte: Câmara dos Vereadores de Vitória (2018)
2.1.4 Parâmetros de exigência de vagas de estacionamento A proposta de emenda, prevê que o número mínimo de vagas destinadas à guarda e estacionamento de veículos automóveis seja de 01 vaga a cada 45 m² de área computável, descontando 08 vagas, e podendo substituir até 5% da demanda total de vagas de automóveis por vagas de motocicletas, na proporção de 01 vaga de auto para 02 vagas de moto. Além disso, o número mínimo de vagas destinadas à guarda e estacionamento de veículos automóveis será considerado o número máximo de vagas permitidas na ZPT, sendo que as áreas destinadas as vagas acima desse valor serão incluídas na área computável da edificação, exceto se localizadas em subsolo. 2.1.5 Altura das edificações A da ZPT passa a ser isenta de gabarito e sem limite de altura, sujeitando-se apenas às normas de segurança de navegação aérea e marítima, estabelecidas pela autoridade competente, e às regras de tombamento e/ou proteção visual de monumentos estabelecidos por qualquer instância federativa.
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2.1.6 Outras alterações Além das alterações citadas acima, propõe-se a inclusão de “Hospital, Atividades de Clínica Médica (clinicas, consultórios e ambulatórios) e Atividades Associativas não especificadas” entre as atividades não-residenciais permitidas na ZPT. 2.1.7 Potencial construtivo da ZPT Potencial construtivo uso residencial: 66.741,15 m² (11%) Potencial construtivo uso não residencial: 537.252,48 m² (89%) Potencial construtivo total: 603.993,63 m²
Obs: Os cálculos incluem os lotes já ocupados, como o da Faculdade Multivix, Vix Logística e Centro de Inovação da PMV. O quadro de áreas detalhado será apresentado no item 6.3.1 deste estudo.
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ESTRUTURA E METODOLOGIAS UTILIZADAS
3.1 ESTRUTURA DO ESTUDO O desenvolvimento do presente estudo foi divido em três partes. A primeira consiste na determinação da Área de Influência Direta (AID) da ZPT e diagnóstico urbano da mesma. Ambos estão apresentados no capítulo 4. A segunda parte consiste no prognóstico da mesma área, primeiramente considerando os parâmetros atuais do novo Plano Diretor Urbano de Vitória (Proposta de Lei 290/2017), no capítulo 5, e posteriormente, no capítulo 6, considerando os parâmetros estabelecidos pela proposta de emenda em questão. A terceira e última parte consiste na avaliação dos impactos da proposta estudada e sugestão de medidas mitigadoras e compensatórias. Tais itens encontram-se no capítulo 7.
3.2 ANÁLISES URBANAS Tanto para o diagnóstico da situação atual, como para os prognósticos, serão realizadas análises urbanas quantitativas, a partir de levantamentos de dados, e qualitativas, por meio de entrevistas, simulações gráficas e outros recursos, detalhados nos capítulos posteriores. 3.2.1 Pesquisa em empreendimento semelhante Para estimativa de população futura na ZPT, seguiu-se a mesma metodologia utilizada pela PMV nos Termos de Referência para elaboração de Estudos de Impacto de Vizinhança, ou seja, os coeficientes da CET-SP referentes à lojas e salas comerciais para os usos comerciais e dados de empreendimentos semelhantes para o uso residencial. Os dados de empreendimentos residenciais foram colhidos de pesquisas realizadas para outros estudos, em empreendimentos com unidades de 1, 2 e 3 quartos. Os empreendimentos escolhidos e mais informações sobre as pesquisas estão apresentados no capítulo 4.
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DIAGNÓSTICO URBANO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA
O objetivo desse capitulo é analisar o uso e ocupação do solo da área de intervenção e sua vizinhança, bem como suas interações com a cidade. A área de estudo para realização do diagnóstico urbano é a Área de Influência Direta (AID) da ZPT, apresentada na Figura 2 - Área de Influência Direta ZPT.
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Figura 2 - Área de Influência Direta ZPT
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.1 LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA
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Com base na delimitação da AID procedeu-se o levantamento de campo, onde foram coletadas as informações sobre cada edificação nela construída, bem como os vazios não edificados. O resultado deste levantamento está expresso graficamente em figuras apresentadas ao longo deste estudo. 4.1.1 Considerações relevantes ao Plano Diretor Urbano A AID engloba, além da Zona do Parque Tecnológico (ZPT), as seguintes zonas previstas no novo Plano Diretor Urbano de Vitória (Projeto de Lei 290/2017), conforme Figura 3 - Zoneamento novo PDU: •
Zona Arterial (ZAR 1 e 2);
•
Zona de Ocupação Limitada (ZOL 1 e 2);
•
Zona de Ocupação Restrita (ZOR 2);
•
Zona Especial de Interesse Social (ZEIS 1);
•
Zona de Proteção Ambiental (ZPA 1, 2 e 3).
Os lotes que possuem testada para a Avenida Fernando Ferrari pertencem à Zona Arterial 1 (ZAR 1), que são áreas de abrangência de vias arteriais no Município, com a concentração de transporte coletivo e a presença de usos não residenciais ou mistos. Para esses lotes, o CA máximo varia entre 1,2 e 2,8, e não existe gabarito, estando a altura das edificações limitada apenas pelas normas de segurança de navegação aérea e marítima, estabelecidas pela autoridade competente, e pelas regras de tombamento ou proteção visual de monumentos estabelecidos por instâncias federativas.
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Figura 3 - Zoneamento novo PDU
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Do outro lado da Av. Fernando Ferrari, no bairro Morada de Camburi encontra-se uma porção da Zona Arterial 2 (ZAR 2) e da Zona de Ocupação Restrita 2 (ZOR 2). A ZAR 2 possui CA máximo entre 1,2 e 2,25. Já a ZOR 2, que é caracterizada por áreas com predominância de usos residenciais e maiores restrições ao incremento da ocupação urbana, o CA máximo varia de 1,2 a 1,4. Em ambas o gabarito é de 2 pavimentos. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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À oeste da ZPT estão as Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) 1 e 2. A ZPA 1, constituída pelo afloramento rochoso existente, é destinada à preservação do ecossistema natural através de Unidade de Conservação de Proteção Integral, tendo como objetivo resguardar a diversidade genética de fauna, flora e seus habitats, bem como proteger os recursos hídricos e os sítios arqueológicos, históricos e culturais, proporcionando espaços naturais delimitados por planos de manejo, para fins de incremento à convivência harmônica com a natureza através da pesquisa, da educação ambiental e patrimonial, do turismo e do lazer, respeitando-se os objetivos de conservação legalmente instituídos. A ZPA 2 são áreas destinadas à proteção dos recursos naturais através da preservação e restauração de suas funções ambientais estratégicas para a estabilidade do solo, para a conexão de ecossistemas, para a drenagem e para a conservação dos recursos hídricos e proteção de sítios arqueológicos, históricos e culturais, podendo ser utilizadas para atividades sustentáveis de recreação, turismo, pesquisa científica, monitoramento, educação ambiental e patrimonial, restauração ambiental e produção comunitária de alimentos, desde que mantidas desobstruídas e liberadas de quaisquer edificações que não sejam para atender as suas finalidades. Outra zona de grande relevância na AID, tanto pela área, quanto pela proximidade, é a Zona Especial de Interesse Especial 1 (ZEIS 1). De acordo com o Projeto de Lei 290/2017, esta zona é caracterizada por áreas com carência de infraestrutura e serviços públicos, onde deverão ser promovidas a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos habitacionais de baixa renda, dotadas de índices de controle urbanístico que visam atender as demandas de moradia da população de baixa renda, considerando as dimensões e a conformação dos lotes existentes. O Coeficiente de Aproveitamento máximo na ZEIS 1 varia de 1,8 a 4,0, e o gabarito é de 4 pavimentos. 4.1.2 Setorização da Área de Influência Direta Para efeito de análise da AID quanto as formas de uso e ocupação do solo, adotou-se uma setorização da mesma. Para tal setorização foram consideradas as diferentes características quanto ao modelo de ocupação, tipologia construtiva e parcelamento do solo. Tal divisão está apresentada a seguir.
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Figura 4 - Setorização da AID
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Setor 1 O Setor 1 compreende área da ZPT onde já existe arruamento. As edificações deste setor encontram-se nos seus limites. No seu interior, todos os lotes estão vazios. Essa situação cria um ambiente urbanizado, porém pouco ocupado.
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Figura 5 - Setor 1
Fonte: Google Street View (2018)
Setor 2 Este setor é constituído pelas áreas ainda não urbanizadas da ZPT. Localizado entre as ZPAs, possui uma ocupação esparsa em alguns lotes, sendo a maioria deles ainda sem uso. Figura 6 - Setor 2
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Setor 3 Este setor compreende à área entre a ZPT e a Av. Fernando Ferrari, sendo constituída principalmente pelos bairros Antônio Honório e parte de Goiabeiras. O setor está completamente urbanizado e ocupado. As tipologias predominantes das edificações são casas e pequenos edifícios residenciais, muitos deles possuindo comércio no térreo. Figura 7 - Setor 3
Fonte: Google Street View (2018)
Setor 4 O Setor 4 compreende outra parte do bairro Goiabeiras, uma área que constitui uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), segundo o novo PDU de Vitória. Será também acesso ao Parque Tecnológico. É o setor que possui a ocupação mais precária da AID.
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Figura 8 - Setor 4
Fonte: Google Street View (2018)
Setor 5 O Setor 5 compreende a Av. Fernando Ferrari e o trecho próximo a ela da Av. Adalberto Simão Nader. É o setor mais movimentado da AID, com grande fluxo de pessoas e veículos. É também o setor mais comercial. Figura 9 - Setor 5
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Setor 6 Compreende a porção mais ao norte da AID, fazendo parte do bairro Maria Ortiz. Parte do setor é constituído por uma ZEIS. De modo geral possui um desenho urbano semelhante ao do Setor 3, mas as edificações possuem um padrão construtivo mais baixo que aquele. Figura 10 - Setor 6
Fonte: Google Street View (2018)
Setor 7 O Setor 7 é constituído pelo interior bairro Boa Vista e pela porção à leste da Av. Fernando Ferrari do bairro Goiabeiras. Possui a maior diversidade de usos e tipologias construtivas da ADI, sendo encontradas casas, edifícios mistos e residenciais multifamiliares, além de edificações comerciais. Assim como em toda a AID, as edificações raramente ultrapassam os 4 pavimentos.
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Figura 11 - Setor 7
Fonte: Google Street View (2018)
Setor 8 O Setor 8 é constituído pelas Zonas de Proteção Ambiental existentes na AID. 4.1.3 Mapeamento de Uso do Solo Este item analisa o espaço da AID com relação aos diferentes tipos de usos exercidos nos lotes. Os lotes são classificados entre os usos: não residencial, residencial multifamiliar, residencial unifamiliar, misto, institucional, sem uso e área livre de uso público. Os lotes que se encontram em construção foram classificados pelo seu futuro uso, caso tenha um definido.
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Figura 12 - Mapa de Uso do Solo
Fonte: Geoweb, modificado por Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Pelo mapa apresentado, podemos identificar uma grande diversidade de usos na AID, predominando os usos não residenciais nas principais vias, em espacial na Av. Fernando Ferrari, mas com grande presença de usos residenciais ou mistos no interior dos bairros. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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4.1.4 Mapeamento de Gabarito Neste item foram mapeados e representados graficamente os gabaritos das edificações por lotes, fazendo uma leitura do caráter de verticalização da AID. Para tanto, o mapa da Figura 22 apresenta o gabarito de cada lote distribuído pelas faixas de classificação: 0; 01 a 03 pavimentos; 04 a 06 pavimentos; 07 a 10 pavimentos; e acima de 10 pavimentos. Figura 13 - Mapa de Gabaritos
Fonte: Geoweb, modificado por Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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Nota-se uma quase homogeneidade em relação aos gabaritos na AID, sendo a grande maioria entre 1 e 3 pavimentos. De acordo com o mapa, existem apenas dois lotes com edificações com mais de 6 pavimentos. 4.1.5 Porte das edificações Foi considerado como um indicador de porte o produto resultante entre área do lote e o gabarito da edificação existente no mesmo. Os resultados foram divididos em: pequeno porte até 1.000m², médio porte entre 1.000 e 5.000m², e grande porte, os empreendimentos maiores de 5.000m². Pode-se observar que há uma predominância de edificações de pequeno porte, especialmente nos setores 3 e 6 (bairros Antônio Honório e Maria Ortiz), seguido do médio porte. As edificações de grande porte se concentram nas proximidades da Av. Fernando Ferrari.
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Figura 14 - Porte das edificações da AID
Fonte: Geoweb, modificado por Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.1.6 Usos não residenciais por raio de atendimento Para definição do raio de atendimento da atividade não residencial considerou-se três categorias: de bairro, interbairros e intermunicipal. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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Figura 15 - Nível de atendimento dos usos não residenciais
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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Com relação ao raio de atendimento, o mapa nos revela que os estabelecimentos não residenciais que atendem aos bairros, que são a maioria na AID, se encontram, principalmente, no interior dos mesmos, concentrando-se nas principais vias destes. Os de atendimento interbairros estão concentrados, em sua maior parte, ao longo da Av. Fernando Ferrari. Já os empreendimentos de nível de atendimento intermunicipal estão espalhados dentro dos setores 1 e 5. 4.1.7 Usos não residenciais por potencial de impacto Para definição do potencial de impacto da atividade não residencial considerou-se o cruzamento do porte do empreendimento com seu raio de atendimento, e por fim com o tipo de atividade desempenhada no mesmo. Com relação ao impacto, o mapa nos revela que a maior parte da AID possui usos de baixo impacto. Os usos de médio impacto localizam-se, em sua maioria, ao longo da Av. Fernando Ferrari. Já os de alto impacto, que não minoria na AID, encontram-se na Av. Fernando Ferrari ou no interior da ZPT.
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Figura 16 - Potencial de impacto dos usos não residenciais
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.1.8 Mapeamento de potenciais áreas renováveis Para esta análise, considerou-se 3 categorias: “Área com Alto Potencial de Renovação”, “Área com Baixo Potencial de Renovação” e “Área Não Renovável”. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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Área com Alto Potencial de Renovação é composta de lotes vazios ou com edificações de até dois pavimentos onde o gabarito máximo é 4, e três pavimentos onde o gabarito é 6, exceto na ZOL 2, que possui um baixo Coeficiente de Aproveitamento, e em lotes que possuem uso institucional ou público. Área com Baixo Potencial de Renovação é composta pelos lotes da ZOL 2 com edificações de até dois pavimentos e pelos lotes de até dois pavimentos onde o gabarito máximo é 4, e três pavimentos onde o gabarito é 6, em áreas de pouca atratividade imobiliária. Também foram considerados nesta categoria os lotes menores que 300 m². Já a Área Não Renovável é composta pelos lotes que não se encaixam nas características anteriores. Foram considerados não renováveis também a ZPA 1 e os lotes ocupados menores que 300 m² localizados entre duas áreas não renováveis. As áreas do bairro Goiabeiras fora dos limites da ZPT, bem como os bairros Antônio Honório, Segurança do Lar, Maria Ortiz e Boa Vista, foram consideradas de baixa atração imobiliária devido ao tamanho dos lotes, carência de infraestrutura ou adequações urbanas e pela própria ausência de empreendimentos imobiliários no histórico destas regiões. Evidentemente, essa realidade pode ser alterada com o desenvolvimento do Parque Tecnológico, mas além de ser uma hipótese difícil de se garantir, não é algo que aconteceria no curto ou médio prazo. Dessa forma, como pode ser observado na Figura 17 - Mapa de áreas renováveis, a maior parte da área com alto potencial de renovação se encontra dentro dos limites atuais da ZPT ou na Av. Fernando Ferrari. Considerando que os imóveis com testada para esta avenida possuem vocação não residencial, o local com maior concentração de áreas com alto potencial de renovação para empreendimentos residenciais está na própria ZPT.
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Figura 17 - Mapa de áreas renováveis
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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4.2 CARACTERIZAÇÃO DA VIZINHANÇA AFETADA Este item tem como objetivo traçar um panorama do perfil do usuário da região, a partir de dados censitários e pesquisa amostral junto à população circulante na área destinada a construção do empreendimento em questão. Na pesquisa, analisou-se o perfil socioeconômico dos moradores, além de usos e demandas por serviços e equipamentos públicos e privados. Também é finalidade dessa pesquisa avaliar a percepção dos usuários em relação aos possíveis impactos gerados pela implantação do Parque Tecnológico, com e sem moradias. A pesquisa de opinião pública foi aplicada no dia 19 de fevereiro de 2018, quando foram entrevistadas 68 pessoas. O posicionamento dos entrevistadores foi definido a fim de cobrir as principais rotas de caminhada nas imediações da ZPT, considerando pontos de parada do transporte público e polos geradores de viagens. Desse modo, as entrevistas aconteceram ao longo da Av. Fernando Ferrari e nas proximidades da Faculdade Multivix. A partir da tabulação dos resultados da pesquisa, extraiu-se as informações que serão apresentadas nos itens a seguir. 4.2.1 Dados demográficos De acordo com levantamento feito da população dos bairros com base no Censo 2010 (IBGE), a AID possui aproximadamente 20 mil habitantes, a maio parte concentrada no Setor 6, que pertence ao bairro Maria Ortiz, como mostra a Figura 18 - População de Vitória por bairro.
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Figura 18 - População de Vitória por bairro
Fonte: PMV (2018)
Como pode se observar, apesar do bairro Maria Oritz ser um dos mais populosos da cidade, os outros bairros que compõem a AID possuem poucos habitantes. Com exceção do bairro Goiabeiras, que é em grande parte, ocupado por usos não residenciais, a baixa população dos outros bairros se deve ao seu tamanho. Tal constatação é comprovada na Figura 19 Densidade habitacional por bairro de Vitória.
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Figura 19 - Densidade habitacional por bairro de Vitória
Fonte: PMV, modificado por Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Em relação ao rendimento mensal dos habitantes dos bairros que compõem a AID, pode se observar na Figura 20 - Rendimento médio mensal por bairro que a média destes está entre as mais baixas do município, ou seja, entre 1 e 3 salários mínimos.
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Figura 20 - Rendimento médio mensal por bairro
Fonte: PMV (2018)
4.2.2 Utilização de áreas livres de uso público Realizou-se o levantamento sobre as ofertas e demandas de áreas livres de uso público na AID. Os entrevistados foram questionados se utilizam tais espaços, e em caso afirmativo qual espaço e com qual frequência. Foram definidos os seguintes parâmetros para avaliar a assiduidade: pouco, considerando de uma a duas idas aos locais citados por mês; médio, três a cinco vezes ao mês; e, muito, acima de cinco idas ao mês.
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Constatou-se que metade dos moradores da AID entrevistados não utilizam tais espaços. Os que utilizam, o fazem com grande frequência, sendo as praças os locais mais utilizados. Figura 21 - Espaços livres de uso público na AID
Fonte: Geoweb, modificado por Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.2.3 Utilização de equipamentos públicos de educação e saúde Primeiramente realizou-se o levantamento sobre as ofertas de equipamentos públicos de saúde e educação. Posteriormente, na pesquisa de campo, os entrevistados foram questionados se utilizam esses espaços, e em caso afirmativo, qual seria o equipamento utilizado. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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Figura 22 - Equipamentos públicos de saúde e educação
Fonte: Geoweb, alterado por Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Como pode ser percebido nos mapas acima, existe boa oferta, tanto de equipamentos de educação, quanto de saúde. Os equipamentos de saúde da AID são: Unidade de Saúde Maria Ortiz e Unidade de Saúde Jabour. Nas proximidades também se encontram a Maternidade Santa Úrsula, Unidade de Saúde República e Hospital Mata da Praia. Pelo que se considera um bom raio de cobertura de tais equipamentos, no entanto, é possível que seja necessária uma nova unidade de saúde para atender a população da ZPT. Todavia, tal afirmação só poderia ser comprovada com estudo específico. Tal suspeita é reforçada pela informação de que 85% dos moradores da AID entrevistados utilizam os equipamentos públicos de saúde da região.
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4.2.4 Tipos de serviços, atividades e/ou equipamentos deficientes na região Neste item avalia-se quais atividades e/ou outros equipamentos públicos e privados estão em deficiência na área segundo a opinião dos entrevistados. Dos moradores entrevistados, 71% afirmam haver necessidade de algum equipamento extra na região. Entre os equipamentos citados, não houve predominância de nenhum específico, como mostra o Gráfico 1 Equipamento e/ou serviços deficientes na região. Entre o total da população circulante entrevistada, a necessidade desses serviços, atividades ou equipamentos cai, mas destaca-se o desejo por mais segurança. Gráfico 1 - Equipamento e/ou serviços deficientes na região
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.2.5 Impactos positivos e negativos da implantação e operação do Parque Tecnológico e do uso misto Primeiramente foi cada entrevistado foi questionado sobre ter ou não conhecimento a respeito do Parque Tecnológico. Em seguida, foi solicitada a opinião com relação aos impactos positivos e negativos referentes à implantação do parque e ao uso misto no mesmo.
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Chamou atenção o fato de que mais da metade dos entrevistados não tinha conhecimento sobre o parque (53%), e que esse número foi ainda maior entre os moradores da AID (57%). Entre os que tinha conhecimento sobre o parque, metade dos moradores da AID entrevistados acreditam que o mesmo trará impactos negativos para a região. Já quando se considera o total da população circulante, 60% acredita que os impactos serão positivos. Os impactos negativos mais citados entre os moradores foram: congestionamento, falta de estacionamento e retirada de áreas verdes. Considerando toda a população circulante, o único citado foi o congestionamento. Já em relação aos impactos positivos, seguem gráficos abaixo. Gráfico 2 - Impactos positivos do Parque Tecnológico
IMPACTOS POSITIVOS SEGUNDO MORADORES
IMPACTOS POSITIVOS SEGUNDO TOTAL DA POPULAÇÃO CIRCULANTE
Maior atração para comercio e serviços
Maior atração para comercio e serviços
Maior geração de empregos
Maior geração de empregos
Mais segurança
Mais segurança
Maior valorização imobiliária
Maior valorização imobiliária Bom para os alunos da Multivix Outros
22% 33%
20%
33% 6% 11% 17%
17%
33% 8%
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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Quando perguntados se na ZPT deveria haver residências, a maioria dos entrevistados afirmaram que sim, sendo 86% dos moradores e 67% do total dos entrevistados. Considerando apenas os entrevistados que consideram haver algum impacto em função do uso misto, o impacto positivo mais mencionado entre os moradores da AID foi a segurança (34%). Já entre toda a população circulante, a segurança, especificamente, ficou em segundo lugar (23%), mas 37% acredita que será benéfico para o bairro de modo geral. Em relação aos impactos negativos, a maioria apontou que o uso misto será prejudicial ao Parque Tecnológico. Gráfico 3 - Impactos positivos do uso misto segundo entrevistados
IMPACTOS POSITIVOS TOTAL ENTREVISTADOS Maior atração para comercio e serviços Será benéfico para o bairro Mais segurança Maior valorização imobiliária
10%
10%
7% 13% 37%
Movimentação de pessoas
23%
Outros
IMPACTOS POSITIVOS ENTRE MORADORES DA AID Maior atração para comercio e serviços 11%
Será benéfico para o bairro Mais segurança Maior valorização imobiliária
11%
11% 22% 11%
Morar mais perto do trabalho Movimentação de pessoas
34%
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018) NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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Os resultados apresentados indicam que, entre os moradores, como esperado, há uma preocupação maior com a qualidade urbana e com questões locais. Já o restante da população enxerga em primeiro lugar os impactos para o desenvolvimento do Parque Tecnológico.
4.3 FATORES AMBIENTAIS E PAISAGÍSTICOS E SUAS INTERAÇÕES Este item trata da análise de inserção dos empreendimentos da ZPT e avaliação de sua relação com a paisagem e fatores ambientais do seu entorno imediato. 4.3.1 Descrição da paisagem circundante à ZPT 4.3.1.1 Componentes Geológicos A ZPT está localizada sobre uma área cuja maior porção é plana. A exceção é o afloramento rochoso existente aos fundos da Faculdade Multivix, que constitui a ZPA 1. Um pouco mais distante, no entanto, a região é circundada por afloramentos rochosos componentes da cadeia montanhosa que constitui a geografia da Ilha de Vitória e pelo Mestre Álvaro. Estes estão apresentados na Figura 23 - Mapa de localização de afloramentos rochosos . Entre os afloramentos apresentados, pode-se destacar, ao sul da área em análise, o Morro da Gamela e o Morro de São Benedito; à sudoeste, a Pedra dos Olhos; e ao norte, o Mestre Álvaro.
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Figura 23 - Mapa de localização de afloramentos rochosos
Fonte: Base Google Earth com Intervenções do Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.3.1.2 Componentes Biológicos Em relação à vegetação, dentro dos limites da ZPT, no Setor 1 encontra-se arborização urbana, nas calçadas em frente à lotes ocupados. Já no Setor 7, a presença de vegetação é mais abundante, visto que se trata de uma área pouco ocupada. No entorno da ZPT, nos setores 2, 3 e 6, a presença de vegetação é similar à do Setor 1, ou seja, arborização urbana em frente aos lotes já ocupados. A diferença é que, por serem áreas já ocupadas, a presença de árvores é maior. No entorno imediato à ZPT encontram-se também as Zonas de Proteção Ambiental, onde a presença de vegetação arbórea ocupa praticamente a totalidade dessas áreas. No entorno, destaca-se também o mangue e o Rio Santa Maria, conforme Figura 25 – Rio Santa Maria.
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Figura 24 – Presença de vegetação típica no Setor 1
Fonte: Google Street View (2018) Figura 25 – Rio Santa Maria
Fonte: Google Street View (2018)
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4.3.1.3 Componentes Antrópicos Para a avaliação dos componentes antrópicos da paisagem realizou-se uma análise interpretativa do local, através da observação dos gabaritos e tipologias construídas dominantes. No mapeamento do gabarito por lote apresentado no item 4.1.4 do presente capítulo, foi possível observar que, no entorno, existe pouca variação de gabaritos, predominando edificações de até 3 pavimentos. A ocorrência vai diminuindo com o aumento do gabarito, até 7 pavimentos. Dessa forma, conclui-se que se os empreendimentos da ZPT atingirem a altura máxima permitida, estarão desarmônicos com o entorno nos quesitos gabarito e tipologia arquitetônica. No entanto, não se vê nesse um fato negativo, pois tal ocupação pode estimular uma renovação urbana na região. 4.3.1.4 Componentes Histórico-Culturais Este item trata de elementos singulares e/ou de valor histórico, cultural existentes na paisagem do entorno do empreendimento em análise. O principal elemento identificado foi o mangue, encontrado à oeste da ZPT, e já demonstrado na Figura 25 – Rio Santa Maria. 4.3.2 Caracterização da área em estudo em função do grau de visibilidade estabelecido entre a mesma e os espaços públicos do entorno Este subitem investiga a relação entre a ZPT e o seu entorno, considerando os elementos naturais e construídos que compõem a paisagem. Para tanto, foi realizado levantamento fotográfico e a análise está apresentada a seguir. Os registros fotográficos demonstraram que a partir da área já loteada é possível visualizar facilmente o morro existente atrás da Multivix e o Mestre Álvaro. De alguns pontos conseguese avistar o topo do Morro São Benedito. Os edifícios a serem construídos deverão obstruir a visão dos mesmos. Por outro lado, sua verticalidade poderá permitir aos seus usuários uma melhor visualização desses e outros marcos visuais, como o Morro da Gamela e a Pedra dos Dois Olhos.
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Figura 26 - Visualização do Mestre Álvaro do loteamento em execução na ZPT
Fonte: Google Street View (2017)
4.4 CIRCULAÇÃO URBANA 4.4.1 Caracterização física e operacional das vias de acesso Este item trata de apresentar as características geométricas e de operação das ruas e avenidas que servem de acesso ou saída para a ZPT. As vias analisadas neste estudo seguem apresentadas na Figura 27 - Principais vias de acesso à ZPT.
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Figura 27 - Principais vias de acesso à ZPT
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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•
Av. Fernando Ferrari
Trecho de um dos principais eixos viários da região metropolitana, corta toda a parte continental da cidade de Vitória. Neste trecho a via possui três faixas de rolamento em cada sentido de tráfego, separadas por canteiro central, sem vagas de estacionamento. Há, em alguns trechos das calçadas, ciclofaixas descontinuas. O fluxo de veículos é intenso durante todo o dia. Figura 28 - Av. Fernando Ferrari
Fonte: Google Street View (2018)
•
Av. Adalberto Simão Nader
Outro eixo viário de importância metropolitana, liga o eixo Beira Mar-Rodovia Norte Sul à Av. Fernando Ferrari. Possui duas faixas de rolamento no sentido Camburi e três no sentido Av. Fernando Ferrari, separadas por canteiro central. Possui vagas de estacionamento em alguns trechos no sentido Camburi. Há compartilhamento com bicicletas na faixa da direita de cada sentido e ciclovia próximo à interseção com a Av. Fernando Ferrari. O fluxo de veículos é intenso durante todo o dia. Essa via será o acesso ao novo terminal do aeroporto de Vitória e futuramente será ampliada.
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Figura 29 - Av. Adalberto Simão Nader
Fonte: Google Street View (2018)
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Av. Prof. Fernando Duarte Rabelo
É o principal acesso aos bairros Maria Ortiz e Antônio Honório pelas avenidas Fernando Ferrari e Adalberto Simão Nader. Possui duas faixas de rolamento em cada sentido, além de faixa de estacionamento ou baia de ônibus. Há também ciclovia no canteiro central. Figura 30 - Av. Antônio Duarte Rabelo
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Av. Jerônimo Vervloet
Divide o bairro Antônio Honório de Goiabeiras e também da ZPT. Possui, em quase toda sua extensão, uma faixa de rolamento em cada sentido. Embora não haja demarcação, veículos estacionam, ora em um dos lados da pista, ora nos dois. No trecho mais próximo da Av. Fernando Ferrari, a via possui apenas uma faixa de rolamento neste sentido, com faixa de estacionamento dos dois lados. Figura 31 - Av. Jerônimo Vervloet
Fonte: Google Street View (2018)
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Av. Des. Cassiano Castelo
Principal acesso para a área da ZPT. No trecho de acesso/saída (Figura 32 - Av. Des. Cassiano Castelo à direta), possui apenas uma faixa de rolamento em cada sentido, sem faixa de estacionamento. Ao se aproximar da Av. Jerônimo Vervloet, ganha uma faixa de estacionamento.
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Figura 32 - Av. Des. Cassiano Castelo
Fonte: Google Street View (2018)
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Ruas Sertório Franco e Alarico de Lima Cabral
Acesso e saída alternativa da ZPT. Possuem apenas uma faixa de rolamento e uma de estacionamento. A Rua Sertório Franco está no sentido ZPT e a Rua Alarico de Lima Cabral no sentido Av. Prof. Fernando Duarte Rabelo. Figura 33 - Ruas Sertório Franco e Alarico de Lima Cabral
Fonte: Google Street View (2018)
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Rua José Alves
Vai do interior da ZPT à Rua Leopoldo Gomes de Sales. No trecho da ZPT, assim como as outras vias do loteamento em execução, possui largura superior às vias internas dos bairros vizinhos, com uma faixa de rolamento em cada sentido e estacionamento dos dois lados. Já no trecho fora da ZPT, no interior do bairro Goiabeiras, possui apenas uma faixa de rolamento, no sentido Rua Leopoldo Gomes de Sales e uma faixa de estacionamento. Figura 34 - Rua José Alves
Fonte: Google Street View (2018)
•
Rua Leopoldo José de Sales
Localizada no interior do bairro Goiabeiras, tende a ser o principal acesso ao Setor I do Parque Tecnológico. Possui uma faixa de rolamento por sentido, além de estacionamentos não demarcados dos dois lados. Ao se aproximar da Av. Fernando Ferrari, divide-se em duas, cada uma com um sentido.
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Figura 35 - Rua Leopoldo José de Sales
Fonte: Google Street View (2018)
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Ruas José Gomes Loreto e Silvana Rosa
A Rua José Gomes Loreto (à esquerda), com uma fixa de rolamento por sentido, liga a Av. Fernando Ferrari à Rua Leopoldo Gomes de Sales. Apesar de não possuir faixa de estacionamento, são encontrados veículos estacionamentos na borda da faixa sentido Rua Leopoldo Gomes de Sales, ocupando a calçada. A Rua Silvana Rosa faz a mesma ligação, porém, pelo limite da ocupação deste setor do bairro Goiabeiras com o mangue. Não possui demarcação de faixas, mas são encontrados estacionados do lado direito da pista (a via segue no sentido Rua Leopoldo Gomes de Sales), sobrando espaço para o equivalente à uma faixa de rolamento.
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Figura 36 - Ruas José Gomes Loreto e Silvana Rosa
Fonte: Google Street View (2018)
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Av. Pres. Costa e Silva
Um dos principais acessos ao bairro Goiabeiras (e, consequentemente, à ZPT) para os bairros Boa Vista, Morada de Camburi, República e Mata da Praia. No trecho de acesso à Av. Fernando Ferrari, possui três faixas de rolamento neste sentido. Apesar de não haver demarcação, são encontrados veículos estacionados no canto esquerdo da via, onde há um alargamento da faixa.
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Figura 37 - Av. Presidente Costa e Silva
Fonte: Google Street View (2018)
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Av. Pedro Depiante e Rua Antônio Lisboa do Nascimento
As duas ruas, juntamente com a Av. Pres. Costa e Silva, fazem o retorno para acesso à ZPT para quem vem pela Av. Fernando Ferrari no sentido Carapina. O trecho utilizado da Av. Pedro Depiante não possui demarcação de faixas, encontram-se veículos estacionados no lado esquerdo da via, sobrando espaço para o equivalente à uma faixa de rolamento no sentido Rua Antônio Lisboa do Nascimento. A Rua Antônio Lisboa do Nascimento da continuidade ao retorno, possuindo uma faixa de rolamento no sentido Av. Pres. Costa e Silva e duas faixas de estacionamento.
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Figura 38 - Av. Pedro Depiante e Rua Antônio Lisboa do Nascimento
Fonte: Google Street View (2018)
Pode-se perceber que nas proximidades da ZPT existem grandes avenidas, de importância metropolitana, mas que os acessos à área em questão são constituídos de vias estreitas e que, em alguns casos, não são capazes de absorver à demanda por estacionamento. 4.4.2 Tráfego Típico da Malha O Google Maps disponibiliza uma ferramenta que permite a análise do trânsito nas grandes cidades, podendo esta ser do momento da consulta, ou de dados típicos. Estas informações são obtidas a partir do GPS instalado na grande maioria dos smartphones, o que fornece uma grande precisão das informações. A avaliação do Trânsito Típico pode ser feita em um determinado horário e dia da semana. Para esta avaliação, foi escolhida uma quarta-feira. Segue, com Figura 39 - Velocidade do Trânsito em dia típico, área de interesse ao longo dos períodos de pico, às 08:15 e às 18:00.
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Figura 39 - Velocidade do Trânsito em dia típico
Fonte: Google Maps (2017)
Analisando os resultados, percebe-se que as vias apresentadas no item anterior já sofrem piora no tráfego nos horários de pico, mesmo antes da existência do Parque Tecnológico, o que, junto com a apresentação das características das mesmas, acende um alerta sobre os impactos que os futuros empreendimentos causarão sobre a circulação urbana na região.
4.4.1 Condição atual do transporte público A AID é atendida por linhas de ônibus dos sistemas de transporte público municipal e intermunicipal, do sistema Transcol e Seletivo. Os pontos de ônibus das linhas cobrem toda a área já consolidada da AID, conforme a Figura 40 - Mapa de localização dos pontos de ônibus.
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Figura 40 - Mapa de localização dos pontos de ônibus
Fonte: Geoweb Vitória, alterado por Nós Arquitetos Engenheiros Associados (2018).
Quanto ao serviço de táxi, a AID conta com um ponto na Praça Coronel Francisco Pereira do Nascimento. No entanto, a popularidade dos aplicativos de transporte particular torna esta análise pouco relevante. 4.4.1.1 Origem e destino A fim de se compreender o tipo de deslocamento feito pelos usuários da região, bem como as distâncias percorridas pelos mesmos, os entrevistados foram abordados sobre sua origem e o seu destino. Notou-se uma grande variedade de origens e destinos, com grande peso de distâncias maiores, como os municípios vizinhos. Tal fato evidencia a presença de atividades de atendimento intermunicipal na região.
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Gráfico 4 - Origem e destino dos entrevistados
ORIGEM - DESTINO Goiabeiras
10% 6% 13%
Maria Ortiz Outros bairros
23%
Cariacica
26%
Vila Velha 22%
Serra
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.4.1.2 Motivo do deslocamento No formulário da pesquisa, o principal motivo de atração à região foi o trabalho, seguido do estudo, exclusivamente em função da Faculdade Multivix. Gráfico 5 - Motivo do deslocamento da população entrevistada
Trabalha
13% 5%
Estuda
44%
Mora na Área Outros
38%
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.4.2 Modais utilizados para deslocamento Os entrevistados foram questionados sobre o meio de transporte utilizado por eles no deslocamento na região. Analisando o gráfico, nota-se que os moradores da AID andam principalmente a pé. Já considerando o total dos entrevistados, o ônibus e o carro são os modais mais utilizados. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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Gráfico 6 - Modais utilizados pelos entrevistados
TOTAL ENTREVISTADOS A pé Bicicleta Ônibus
Automóvel Motocicleta
MORADORES A pé Bicicleta
10%
Automóvel Ônibus
22%
39%
45% 37%
11%
22%
11% 3%
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
4.4.3 Tipo de estacionamento de veículo utilizado Neste item, questionou-se aos entrevistados se utilizam estacionamento e, em caso afirmativo, distingue-se se é privativo ou na via pública. Observou-se que quase a totalidade dos entrevistados que utilizam o carro estacionam na via pública. 4.4.4 Dificuldade em circular pela área A fim de serem identificadas as principais dificuldades de circulação na AID, os entrevistados foram abordados quanto as condições da circulação enquanto motoristas, passageiros, ciclistas ou pedestres. A grande maioria dos entrevistados não apontou nenhuma dificuldade de circulação enquanto motoristas. Já em relação aos pedestres, maioria apontou que as calçadas são inadequadas. Entre os pedestres moradores, a falta de faixa de pedestre, especialmente em frente à Multivix foi o problema mais citado.
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4.4.5 Principais referenciais que servem de orientação na área Neste item busca-se identificar os principais edifícios, monumentos ou espaços públicos que se destacam como elementos de reconhecimento da área. Cada entrevistado pode mencionar uma ou duas referências. Entre as principais referências apontadas, desatacaram-se a Multivix e a “Pracinha de Goiabeiras”. 4.4.6 Circulação de pedestres e ciclistas na região Este item avalia as condições atuais e futuras da circulação de pedestres e ciclistas no entorno imediato da área de intervenção. Tal avaliação se dá com base em identificação das principais linhas de fluxo e respostas dos entrevistados quanto às dificuldades para circulação enquanto pedestres ou ciclistas. Para determinação das linhas de fluxo de pedestres, foi feita vistoria em campo com o objetivo de identificar os principais percursos utilizados pelos mesmos, além de uma suposição das principais calçadas e travessias que interligarão as edificações do Parque Tecnológico com os pontos de parada de transporte coletivo que alimentam a região atualmente. Concluiu-se que as principais linhas de fluxo de pedestres ocorrerão nas vias: •
Av. Fernando Ferrari;
•
Rua Armando Moreira de Oliveira;
•
Rua José Alves;
•
Av. Jerônimo Vervloet;
•
Rua Alarico de Lima Cabral;
•
Rua Des. Cassiano Castelo.
A área em questão apresenta calçadas com diferentes níveis de qualidade, podendo se destacar entre os problemas, a largura de algumas, especialmente nas vias internas do bairro, a ausência das “calçadas cidadãs” também em alguns trechos, pisos desnivelados, mobiliário posicionados incorretamente e buracos nas calçadas em geral. De acordo com pesquisa realizada com os moradores, estes apontam a falta de faixas de pedestres como um dos principais problemas.
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Em se tratando do sombreamento, item que confere uma ambiência confortável aos ciclistas e pedestres, notou-se falta especialmente dentro dos limites da ZPT. Quanto à segurança, o uso e ocupação dos lotes pertencentes à ZPT contribuem para um ambiente seguro durante o dia, mas inseguro a noite e aos finais de semana, devido à grande quantidade de lotes vazios e à predominância de edificações comerciais e de serviço, que geram movimentação de pessoas apenas no horário comercial. 4.4.7 Conclusões da análise de circulação urbana Através das informações apresentadas neste relatório, pode-se constatar que a região já sofre com congestionamentos, que podem ser agravados com a instalação do Parque Tecnológico. Isso porque, apesar da proximidade com grandes avenidas, as vias de acesso imediato são estreitas. Em relação à circulação de pedestres, esta tende a ser beneficiada pelo parque, já que os novos empreendimentos deverão construir calçadas dentro das normas de acessibilidade e, durante seu uso, trarão mais pessoas circulando na área. Cabe ressaltar, porém, que se a ZPT for destinada apenas para usos não residenciais, a tendência é que a questão da insegurança nos horários não comerciais mude pouco. Ressalta-se também que as calçadas das vias de acesso não estão em condições de receber incremento no volume de usuários com o conforto e segurança que se espera. Sugere-se que haja um esforço do poder público para melhoras as condições dessas calçadas, bem como da sinalização viária na região.
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PROGNÓSTICO 1: CONDIÇÃO ATUAL NOVO PDU
Neste capítulo será feito um prognóstico do uso e ocupação do solo e seus desdobramentos considerando os índices de controle urbanísticos contidos no atual texto do novo PDU (Projeto de Lei 290/2017). Para tal será feita uma estimativa da população futura, fixa e flutuante e, seguida, aplicado o IMM.
5.4 ÍNDICES DE CONTROLE URBANÍSTICO O atual texto do novo PDU de Vitória, prevê os seguintes índices de controle urbanístico para a ZPT: Tabela 2 - Tabela de Índices de Controle Urbanístico atual novo PDU
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
Mínimo
Uso misto e
Usos não resi-
residencial
denciais
AFASTAMENTOS TO
TP Frontal
PARCELAMENTO
Laterais
Testada
Área mí-
e fundos
mínima
nima
30 m
900 m²
Isento 0,2
NA
2,25
60%
10%
4m
até 8,40
Fonte: Prefeitura de Vitória (2018)
5.5 ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO DA ZPT Para estimativa da população da ZPT serão considerados duas áreas. A primeira, referente ao Setor II, cuja execução do parcelamento está sendo finalizada. A outra será a área edificável total prevista para a ZPT, ou seja, considerando também os setores I e III. Os parâmetros a serem utilizados na estimativa da população fixa e flutuante da ZPT, serão os utilizados nos Termos de Referências para elaboração de Estudos de Impacto de Vizinhança para empreendimentos não residenciais, conforme indicado abaixo. Comércio no térreo: •
População fixa = 0,0944 pessoas/m²
•
População flutuante = 0,3519 pessoas/m²
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Atividades não residenciais nos pavimentos superiores: •
População fixa = 0,0817 pessoas/m²
•
População flutuante = 0,4483 pessoas/m²
Para o cálculo da população será considerada um CA de 0,25 para atividades no pavimento térreo e 2,0 para atividades nos pavimentos superiores, o que gera uma proporção de 1,11/10, considerada realista, baseada nos exemplos de empreendimentos comerciais que possuem CA semelhantes em Vitória. 5.5.1 Estimativa da população fixa Tabela 3 – Estimativa de potencial construtivo ZPT segundo novo PDU
Área loteável da ZPT 209.306,90 m²
CA térreo
Potencial Construtivo Térreo
CA Superiores
Potencial Construtivo Superiores
Potencial Construtivo Total
0,25
52.326,72 m²
2,0
418.613,80 m²
470.940,52 m²
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Considerando os lotes com potencial renovável da área loteável da ZPT, temos uma área total de 209.306,90 m². Aplicando os Coeficientes de Aproveitamento, chega-se à um potencial construtivo total de 470.940 m². Tabela 4 - Estimativa de população fixa para ZPT com potencial construtivo do novo PDU
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Fixa Térreo
População Fixa Térreo
Potencial Construtivo Superiores
Coefic. Pop. Fixa Superiores
População Fixa Superiores
População Fixa Total
52.326,72 m²
0,0944
3.218,13
418.613,80 m²
0,0817
22.281,5
25.499,63
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
O cálculo da população fixa foi feito multiplicando o potencial construtivo para o pavimento térreo pelo coeficiente de população fixa para esta área e, em seguida, fazendo o mesmo
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processo com os pavimentos superiores. O resultado foi uma população fixa de 25.500 pessoas. 5.5.2 Estimativa da população flutuante Tabela 5 - Estimativa de população flutuante para ZPT com potencial construtivo do novo PDU
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Flutuante Térreo
População Flutuante Térreo
Potencial Construtivo Superiores
Coefic. Pop. Flutuante Superiores
População Flutuante Superiores
População Flutuante Total
52.326,72 m²
0,0944
11.996,64
418.613,80 m²
0,0817
122.261,9
159.757,96
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
O cálculo da população fixa foi feito multiplicando o potencial construtivo para o pavimento térreo pelo coeficiente de população fixa para esta área e, em seguida, fazendo o mesmo processo com os pavimentos superiores. O resultado foi uma população fixa de 159.758 pessoas. 5.5.3 Quadro resumo da população da ZPT Tabela 6 - Estimativa da população na ZPT segundo potencial construtivo do novo PDU
ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO DA ZPT População Fixa
25.500 pessoas
População Flutuante
159.758 pessoas
TOTAL
185.258 pessoas
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Conforme Tabela 6 - Estimativa da população na ZPT segundo potencial construtivo do novo PDU, o acréscimo de população estimada para toda a ZPT, considerando apenas os lotes privados não edificados é de 185.258 pessoas.
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5.5.4 Estimativa da população na Gleba B Como a Gleba B é a única das que compõem o Parque Tecnológico que já está com o loteamento em execução, serão feitos os mesmos cálculos para esta área. Tabela 7 - Potencial construtivo Gleba B
Área loteável da ZPT
CA térreo
Potencial Construtivo Térreo
CA Superiores
Potencial Construtivo Superiores
Potencial Construtivo Total
53.627,77 m²
0,25
13.406,94 m²
2,0
107.255,54 m²
120.662,48 m²
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018) Tabela 8 - Estimativa de população fixa da Gleba B
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Fixa Térreo
População Fixa Térreo
Potencial Construtivo Superiores
Coefic. Pop. Fixa Superiores
População Fixa Superiores
População Fixa Total
13.406,94 m²
0,0944
1.265,62
107.255,54 m²
0,0817
8.762,78
10.028,39
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018) Tabela 9 - Estimativa de população flutuante na Gleba B
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Flutuante Térreo
População Flutuante Térreo
Potencial Construtivo Superiores
Coefic. Pop. Flutuante Superiores
População Flutuante Superiores
População Flutuante Total
13.406,94 m²
0,3519
4.717,90
107.255,54 m²
0,4483
48.082,66
52.800,56
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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Tabela 10 - Estimativa de população fixa e flutuante na Gleba B
ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO DA GLEBA B População Fixa
10.029 pessoas
População Flutuante
52.801 pessoas
TOTAL
62.830 pessoas
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
5.6 ESTIMATIVA DE GERAÇÃO DE VIAGENS Tanto os índices de divisão modal, como a taxa de ocupação de veículos, serão os utilizados nos Termos de Referência da Prefeitura de Vitória para elaboração de Estudos de Impactos de Vizinhança. Quadro 2 - Divisão modal para uso não residencial
Fonte: PMV (2015) Tabela 11 - Divisão modal segundo expectativa de população na ZPT
PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL TOTAL GERAL
Pop. Fixa Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante
DIVISÃO MODAL AUTOS 11.744,58 52.743,78 1.135,68 4.986,91 12.880,26 57.730,70 70.610,96
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ÔNIBUS 9.358,23 52.218,06 1.999,75 3.444,17 11.357,98 55.662,23 67.020,21
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Quadro 3 - Taxa de ocupação de veículos para uso não residencial
Fonte: PMV (2015) Tabela 12 - Estimativa de viagens geradas de automóveis e ônibus na ZPT
DIVISÃO MODAL
PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL
AUTOS
ÔNIBUS
Pop. Fixa
9.787,15
133,69
Pop. Flutuante
37.674,13
745,97
908,54
28,57
Pop. Flutuante
4.155,76
49,20
Pop. Fixa
10.695,69
162,26
Pop. Flutuante
41.829,89 52.525,58
795,17 957,43
Pop. Fixa
TOTAL GERAL
Volume de viagens a considerar na hora pico do tráfego: •
Fator Hora Pico População flutuante = 12 % das viagens/dia
•
Fator Hora Pico População fixa = 70% das viagens/dia
•
Alocação = 85% viagens produzidas e 15% atraídas Tabela 13 - Estimativa de viagens geradas no pico da tarde na ZPT
DIVISÃO MODAL PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL TOTAL GERAL
AUTOS
ÔNIBUS
Pop. Fixa
6.851,01
93,583
Pop. Flutuante
4.520,90
89,5164
Pop. Fixa
635,978
19,999
Pop. Flutuante
498,69
5,904
Pop. Fixa
7.486,98
113,582
Pop. Flutuante
5.019,59 12.506,57
95,4204 209,0024
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Tabela 14 - Estimativa de viagens geradas no pico da tarde na Gleba B
NÚMERO DE VIAGENS PRODUZIDAS NO PICO DA TARDE AUTOS ÔNIBUS 10.631 178
5.6.1 Estimativa da geração de viagens na Gleba B Tabela 15 - Divisão modal segundo estimativa de população na Gleba B
PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL
Pop. Fixa Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante
TOTAL GERAL
DIVISÃO MODAL AUTOS 4.618,86 20.742,86 446,64 1.961,23 5.065,50 22.704,09 27.769,59
ÔNIBUS 3.680,37 20.536,10 786,45 1.354,51 4.466,82 21.890,61 26.357,43
Tabela 16 - Estimativa de viagens geradas em automóveis e ônibus na Gleba B
DIVISÃO MODAL PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL TOTAL GERAL
AUTOS
ÔNIBUS
Pop. Fixa
3.849,05
52,58
Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante
14.816,33 357,312 1.634,36
293,37 11,235 19,35
Pop. Fixa
4.206,36
63,81
Pop. Flutuante
16.450,69 20.657,05
312,72 376,53
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Tabela 17 - Estimativa de viagens geradas no pico da tarde na Gleba B
DIVISÃO MODAL PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL
AUTOS
ÔNIBUS
Pop. Fixa
2.694,34
36,806
Pop. Flutuante
1.777,96
35,2044
Pop. Fixa
250,1184
7,8645
196,12
2,322
Pop. Fixa
2.944,45
44,6705
Pop. Flutuante
1.974,08 4.918,54
37,5264 82,1969
Pop. Flutuante
TOTAL GERAL
Tabela 18 - Estimativa de viagens produzidas no pico da tarde na Gleba B
NÚMERO DE VIAGENS PRODUZIDAS NO PICO DA TARDE AUTOS ÔNIBUS 4.181 70
Utilizando a mesma metodologia de cálculo para a totalidade da ZPT, chagou-se a estimativa que, apenas na Gleba B, serão produzidas 4.181 viagens de automóveis e 70 em ônibus na hora pico da tarde, caso todos os empreendimentos utilizem seu coeficiente de aproveitamento máximo. 5.6.2 Análise da necessidade de vagas de estacionamento Tempo Médio de Permanência = 1 hora Estimativa de veículos a considerar na hora pico do estacionamento: •
Fator Hora Pico População flutuante = 12 % autos
•
Fator Hora Pico População fixa = 100 % autos Tabela 19 - Dimensionamento de vagas necessárias para atender a demanda por estacionamento na ZPT
NÚMERO DE VEÍCULOS
FATOR HORA PICO Pop. Fixa 7.486,98 100% Pop. Flutuante 5.019,59 12% TOTAL
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VAGAS NECESSÁRIAS 7.487 603 8.090
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Tabela 20 - Comparação entre estimativa de vagas necessárias e exigidas pelo PDU
VAGAS EXIGÊNCIA PDU DIMENCIONADAS
POTENCIAL CONSTRUTIVO ZPT
VAGAS EXIGIDAS PELO PDU
DIFERENÇA PDU x DIMENSIONAMENTO
1 vaga/40 m² - 8 vagas
470.940,52 m²
11.766
45%
8.090
A partir dos cálculos de demanda por vagas de estacionamento para o uso comercial, concluise que a exigência atual do novo PDU para a área está superdimensionada, extrapolando em 45% a demanda estimada. Vale lembrar que a estimativa foi feita com base nos parâmetros fornecidos pela própria PMV nos Termos de Referência para realização de Estudos de Impacto de Vizinhança para empreendimentos de uso comercial.
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PROGNÓSTICO 2: PROPOSTA DE EMENDA
Neste capítulo será feito um prognóstico do uso e ocupação do solo e seus desdobramentos considerando os índices de controle urbanísticos contidos na proposta de emenda objeto deste estudo. Para tal será feita uma estimativa da população futura, fixa e flutuante, das áreas construídas, das viagens geradas e apresentadas simulações gráficas da ocupação estimada.
6.1 ÍNDICES DE CONTROLE URBANÍSTICO Os índices de controle urbanístico estão apresentados na Tabela 1 - Índices de Controle Urbanístico ZPT localizada na página 5 (Capítulo 2) deste estudo.
6.2 ESTIMATIVA DE ÁREAS E POPULAÇÃO 6.2.1 Quadro de áreas Tabela 21 - Quadro de áreas do uso não residencial na ZPT segundo proposta de emenda
ÁREA COMERCIAL ÁREA MISTA 1 ÁREA MISTA 2 TOTAL ZPT
Área Comercial (m²)
CA Comercial Térreo
Potencial Construtivo Térreo
CA Comercial Superiores
Potencial Construtivo Superiores
Potencial Construtivo Total (m²)
171.169,10 31.645,70 6.492,10 209.306,90
0,25 0,25 0,25
42.792,28 7.911,43 1.623,03 52.326,73
2,5 1,75 0,25
427.922,75 55.379,97 1.623,02 484.925,75
470.715,03 63.291,40 3.246,05 537.252,48
Tabela 22 - Quadro de áreas do uso residencial na ZPT segundo proposta de emenda
Área ÁREA MISTA 1 ÁREA MISTA 2 TOTAL ZPT
31.645,70 m² 6.492,10 m² 38.137,80 m²
CA Residencial 1,75 1,75
Potencial Construtivo Residencial 55.379,98 m² 11.361,18 m² 66.741,15 m²
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6.2.1.1 Quadro de áreas Gleba B Tabela 23 - Quadro de áreas do uso não residencial na Gleba B segundo proposta de emenda
ÁREA COMERCIAL ÁREA MISTA 1 ÁREA MISTA 2 TOTAL ZPT
Área Comercial (m²)
CA Comercial Térreo
Potencial Construtivo Térreo
CA Comercial Superiores
Potencial Construtivo Superiores
Potencial Construtivo Total (m²)
15.489,97 31.645,70 6.492,10 53.627,77
0,25 0,25 0,25
3.872,49 7.911,43 1.623,03 13.406,94
2,5 1,75 0,25
38.724,93 55.379,98 1.623,03 95.727,93
42.597,42 63.291,40 3246,05 109.134,87
Para o uso residencial, os valores são os mesmos da Tabela 22 - Quadro de áreas do uso residencial na ZPT segundo proposta de emenda, já que tal se concentra exclusivamente na Gleba B. 6.2.2 Estimativa da população fixa 6.2.2.1 Estimativa da população fixa do uso comercial A estimativa de população fixa do uso comercial será feita utilizando a mesma metodologia dos cálculos anteriores. Tabela 24 - Estimativa da população fixa dos usos não residenciais
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Fixa Térreo
População Térreo
52.326,73
0,0944
4.939,64
Potencial Coefic. ConstruPop. Fixa tivo SuperiSuperiores ores
População Superiores
População Fixa Total
484.925,75
39.618,43
44.559
0,0817
6.2.2.2 Estimativa da população fixa do uso residencial Para estimar a população do uso residencial, foram utilizadas pesquisas em empreendimentos com tal uso. Para abranger as habitações de 1 a 3 quartos, foram utilizados dois empreendimentos como referência: o Ed. Atlantis, localizado na Rua Dr. João Carlos de Souza, nº 121, Barro Vermelho, que possui unidades de 1 e 2 quartos, e o Ed. Costa Paradiso, localizado na Rua Dora Vivacqua, n° 71, Jardim Camburi, que possui unidades de 3 quartos.
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Foi utilizada a proporção de 1/3 do potencial construtivo para cada tipo de unidade. Sendo assim, com o potencial construtivo total para o uso residencial, que é de 66.741,15 m², temse 22.247,05 m² para cada tipo de unidade. Tabela 25 - Estimativa de população fixa para o uso residencial
ÁREA
22.247,05
TIPO UNIDADE
ÁREA MÉDIA UNIDADE
Nº UNIDADES
POP. FIXA MÉDIA/ UNIDADE
POP. FIXA CALCULADA
1Q 2Q 3Q
43,14 58,74 82,15
516 379 271
1,69 2,19 2,7
872 829 731 2432
TOTAL
6.2.3 Estimativa da população flutuante 6.2.3.1 Estimativa da população flutuante do uso comercial Tabela 26 - Estimativa de população flutuante do uso não residencial
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Flutuante Térreo
População Térreo
Potencial Construtivo Superiores
Coefic. Pop. Flutuante Superiores
População Superiores
População Flutuante Total
52.326,73
0,3519
18.413,77
484.925,75
0,4483
217.392,21
235.806
6.2.3.2 Estimativa da população flutuante do uso residencial Tabela 27 - Estimativa de população flutuante do uso residencial
ÁREA
22247,05
TIPO UNIDADE
ÁREA MÉDIA UNIDADE
Nº UNIDADES
POP. FLUTUANTE MÉDIA/ UNIDADE
POP. FLUTUANTE CALCULADA
1Q 2Q 3Q
43,14 58,74 82,15
516 379 271
0,22 0,22 1,3
113 83 352 549
TOTAL
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6.2.4 Quadro resumo da população estimada Tabela 28 - Quadro resumo da população estimada para a ZPT segundo proposta de emenda
Comercial
44.559
Residencial
2.432
Comercial
235.806
Residencial
549
POPULAÇÃO FIXA
POPULAÇÃO FLUTUANTE
TOTAL
283.346
6.2.5 Estimativa da população na Geba B
6.2.5.1 Estimativa da população do uso comercial na Gleba B Tabela 29 - Estimativa de população fixa para uso não residencial na Gleba B
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Fixa Térreo
População Térreo
Potencial Construtivo Superiores
Coefic. Pop. Fixa Superiores
População Superiores
População Fixa Total
13.406,94
0,0944
1.265,62
95.727,925
0,0817
7.820,97
9.087
Tabela 30 - Estimativa de população flutuante para uso não residencial na Gleba B
Potencial Construtivo Térreo
Coefic. Pop. Flutuante Térreo
População Flutuante Térreo
Potencial Construtivo Superiores
Coefic. Pop. Flutuante Superiores
População Superiores
População Flutuante Total
13.406,94
0,3519
4.717,90
95.727,925
0,4483
42.914,83
47.633
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6.2.5.2 Quadro resumo da população estimada para a Gleba B Tabela 31 - Quadro resumo da população estimada para a Gleba B segundo proposta da emenda
Comercial
9.087
Residencial
2.432
Comercial
47.633
Residencial
549
POPULAÇÃO FIXA
POPULAÇÃO FLUTUANTE
TOTAL
59.701
6.3 ESTIMATIVA DE GERAÇÃO DE VIAGENS 6.3.1 Estimativa de geração de viagens do uso comercial Tabela 32 - Estimativa de divisão modal para o uso comercial de acordo com proposta de emenda
DIVISÃO MODAL AUTOS ÔNIBUS PAV. SUPERIORES
TÉRREO TOTAL TOTAL GERAL
Pop. Fixa
20882,88
16639,74
Pop. Flutuante Pop. Fixa
93783,00 1743,20
92848,21 3069,49
Pop. Flutuante
7654,61
5286,59
Pop. Fixa Pop. Flutuante
22626,08 101437,61 124063,68
19709,24 98134,81 117844,05
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Tabela 33 - Estimativa de geração de viagem pelo uso comercial na ZPT
DIVISÃO MODAL AUTOS ÔNIBUS PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL
Pop. Fixa
17.402,40
237,71
Pop. Flutuante
66.987,86
1.326,40
Pop. Fixa
1.394,56
43,85
Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante
6.378,84 18.796,96 73.366,70 92.163,65
75,52 281,56 1.401,93 1.683,49
TOTAL GERAL
Tabela 34 - Estimativa de geração de viagem pelo uso comercial no pico da tarde
PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL TOTAL GERAL
Pop. Fixa Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante Pop. Fixa Pop. Flutuante
DIVISÃO MODAL AUTOS ÔNIBUS 12.181,68 166,40 8.038,54 159,17 976,19
30,69
765,46 13.157,87 8.804,00 21.961,87
9,06 197,09 168,23 365,32
Tabela 35 - Quadro resumo do número esperado de viagens produzidas pelo uso comercial no pico da tarde
NÚMERO DE VIAGENS PRODUZIDAS NO PICO DA TARDE AUTOS ÔNIBUS 18.668 311
6.3.2 Estimativa de geração de viagens do uso residencial Para análise dos impactos na circulação urbana, o objetivo da estimativa de geração de viagens do uso residencial foi de analisar a participação na geração total de viagens da ZPT. Por este motivo, será considerado apenas o horário de pico da tarde, para que possa ser somado ao pico do uso comercial, que gerará a maior parte das viagens. Para a determinação das viagens produzidas no pico da tarde pelo uso residencial foram utilizados os seguintes dados das pesquisas realizadas nos empreendimentos de referência: NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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•
Morador Estacionamento: entrada e saída de veículos do estacionamento
•
Morador, Funcionários e Visitantes: Contagem de pessoas e divisão modal (Carro + Taxi + Carona). Para morador adotou-se a divisão modal de 59,0%, para funcionários 9% e para visitantes 73%.
•
Carga e Descarga: Número de operações
As porcentagens acima são resultado da divisão modal encontrada no empreendimento, conforme Tabela 36 - Divisão modal do . Tabela 36 - Divisão modal do Uso Residencial
Categoria Morador Funcionário Visitante Total
A pé 31% 14% 12% 57%
Carro 26% 9% 65% 100%
Táxi 10% 0% 0% 10%
Ônibus 7% 77% 10% 94%
Bicicleta 0% 0% 0% 0%
Carona 23% 0% 7% 30%
Moto 3% 0% 6% 9%
Total 100% 100% 100% 100%
Para a estimativa do tráfego gerado pelos visitantes e funcionários do uso residencial, multiplicou-se o volume dos que entraram no edifício pela portaria pelos percentuais de divisão modal presentes na Tabela 36 - Divisão modal do Uso Residencial referentes a carro, táxi e carona. O mesmo foi feito com os moradores, porém a esse número foi adicionado o volume de carros de moradores que entraram e saíram do empreendimento. Para o volume de carga e descarga de mercadorias foram utilizados os dados da sua respectiva pesquisa. Os resultados são apresentados na tabela a seguir. Tabela 37 - Tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 1 e 2 quartos pesquisados
Morador estacionamento 6
Morador contagem Pop. fixa 7,08 13,62
Funcionário 0,54
Carga/ Visitante descarga Pop. Flut. 3,84 1,5 5,34
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Total 18,96
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Tabela 38 - Tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 3 quartos pesquisados
Morador contagem
Funcionário
Pop. fixa 0,84 4,62 5,46
Visitante Pop. Flut. 0,533204
Total
5,99
Para estimar a população do uso residencial da ZPT, será utilizada a proporção em relação a área computável dos empreendimentos referência e o potencial construtivo do uso residencial da ZPT, ou seja, 66.741,15 / 6.153,63 = 10,85. Dessa forma temos: Tabela 39 - Projeto de tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 1 e 2 quartos
Morador estacionamento 41,63
Morador contagem Pop. fixa 49,13
Funcionário 3,75
Carga/ Visitante descarga Pop. Flut. 26,64 10,41
94,51
37,05
Total 132
Tabela 40 - Projeção de tráfego gerado pelo uso residencial nos empreendimentos de 3 quartos
Morador Funciocontagem nário Pop. fixa 5,83 32,06 37,89
Visitante Pop. Flut.
total
3,70
42
Tabela 41 - Projeção de tráfego de veículos gerado pelo uso residencial
Morador estacionamento 23,13
Morador contagem Pop. fixa 40,94 67,19
Funcionário 3,12
Carga/ Visitante descarga Pop. Flut. 19,03 6,94 25,97
Total 93
Os mesmos cálculos foram feitos considerando a proporção referente ao ônibus. O resultado está apresentado no item a seguir.
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6.3.3 Quadro comparativo de geração de viagens na hora pico Tabela 42 - Quadro comparativo entre a geração de viagens na hora pico no novo PDU e na proposta de emenda
NÚMERO DE VIAGENS PRODUZIDAS NO PICO
AUTOMÓVEL
ÔNIBUS
COMERCIAL
18.668
311
RESIDENCIAL
93
1
TOTAL
18.761
312
TOTAL TEXTO ATUAL PDU
16.317
273
+ 2.444 (15%)
+ 39 (14,3%)
DA TARDE
DIFERENÇA
6.3.4 Estimativa de geração de viagens na Geba B Tabela 43 - Expectativa de divisão modal para o uso não residencial na Gleba B
DIVISÃO MODAL AUTOS ÔNIBUS PAV. SUPERIORES
TÉRREO TOTAL TOTAL GERAL
Pop. Fixa
4122,43
3284,81
Pop. Flutuante
18513,46
18328,92
Pop. Fixa
446,64
786,45
Pop. Flutuante
1961,23
1354,51
Pop. Fixa Pop. Flutuante
4569,07 20474,69 25043,76
4071,26 19683,43 23754,69
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Tabela 44 - Expectativa de geração de viagem pelo uso não residencial na Gleba B
DIVISÃO MODAL PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL
AUTOS
ÔNIBUS
Pop. Fixa
3.435,36
46,93
Pop. Flutuante
13.223,90
261,84
357,31
11,24
Pop. Flutuante
1.634,36
19,35
Pop. Fixa
3.792,67
58,16
Pop. Flutuante
14.858,26
281,19
18.650,93
339,35
Pop. Fixa
TOTAL GERAL
Tabela 45 - Expectativa de geração de viagem na hora pico na Gleba B
DIVISÃO MODAL PAV. SUPERIORES TÉRREO TOTAL TOTAL GERAL
AUTOS
ÔNIBUS
Pop. Fixa
2.404,75
32,85
Pop. Flutuante
1.586,87
31,42
Pop. Fixa
250,12
7,86
Pop. Flutuante
196,12
2,32
Pop. Fixa
2.654,87
40,71
Pop. Flutuante
1.782,99 4.437,86
33,74 74,46
Tabela 46 - Quadro resumo da expectativa de viagens produzidas na Gleba B considerando a proposta de emenda
NÚMERO DE VIAGENS PRODUZIDAS NO PICO DA TARDE AUTOS ÔNIBUS 3.772 63
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Tabela 47 - Comparação entre a geração de viagens na hora pico no novo PDU e na proposta de emenda na Gleba B
NÚMERO DE VIAGENS PRODUZIDAS NO PICO
AUTOMÓVEL
ÔNIBUS
COMERCIAL
3.772
63
RESIDENCIAL
93
1
TOTAL
3.865
64
TOTAL TEXTO ATUAL PDU
4.181
70
- 316 (7,6%)
- 6 (8,6%)
DA TARDE
DIFERENÇA
6.4 SIMULAÇÕES GRÁFICAS Com o objetivo de facilitar a compreensão sobre os impactos da proposta de emenda nos futuros empreendimentos e no Parque Tecnológico no que se refere ao potencial construtivo de cada uso, foi realizado um estudo de massas, que culminou nas simulações gráficas apresentadas a seguir. A Figura 41 - Simulação de implantação geral dos empreendimentos na Gleba B da ZPTapresenta uma possível implantação dos futuros empreendimentos da Gleba B da ZPT, considerando o potencial construtivo que se tem em cada lote ainda não ocupado. Tal potencial é resultado do CA máximo possível de ser atingido para cada uso, que por sua vez podem ser limitados pela altura máxima permitida pelo DECEA e outorgas impossíveis de serem aplicadas em determinados lotes. A partir de tal imagem pode se ter uma melhor compreensão da compreensão da proporção entre os usos residenciais e não residenciais na Gleba B da ZPT, bem como a densidade construtiva máxima estimada.
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Figura 41 - Simulação de implantação geral dos empreendimentos na Gleba B da ZPT
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
Tal simulação representa as seguintes áreas: •
Potencial construtivo total Gleba B: 175.876,02 m²
•
Potencial construtivo uso residencial: 66.741,15 m² (37,94%)
•
Potencial construtivo uso não residencial: 109.134,87 m² (62,06%)
É importante ressaltar que na simulação e cálculos acima não estão consideradas as edificações existentes ou em construção da Gleba B, como por exemplo a Faculdade Multivix e o Centro de Inovação da PMV. Conforme previsto anteriormente, a proposta de emenda estimulará uma ocupação mais adensada, com edificações mais próximas umas das outras do que se vê na maioria dos parques tecnológicos brasileiros. Do ponto de vista urbanístico, esta é uma vantagem, especialmente se os espaços vazios forem utilizados como áreas de fruição pública, permanência ou paisagismo, o que também é incentivado pelas outorgas propostas. Dessa forma, a expectativa é que sejam criados espaços como os apresentados nas imagens a seguir. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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Figura 42 - Simulação de implantação de uma das quadras da Área Mista 1
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018) Figura 43 - Perspectiva da simulação de implantação de uma das quadras da Área Mista 1
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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Figura 44 - Perspectiva da simulação de implantação da Área Mista 2
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018) Figura 45 - Simulação de implantação da Área Mista 2
Fonte: Nós Arquitetos e Engenheiros Associados (2018)
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ANÁLISE DOS IMPACTOS URBANOS
Este capítulo tem como objetivo analisar os impactos da proposta de emenda objeto deste estudo, comparando com a proposta atual do novo PDU, sob diversos aspectos, com ênfase no ponto de vista urbanístico. Em um segundo momento, serão sugeridas medidas mitigadoras e compensatórias para os impactos negativos.
7.1 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS 7.1.1 Uso e ocupação do solo Em relação ao uso do solo, a proposta de emenda permite e estimula usos e portes, além de composições volumétricas e gabaritos, que não representam o praticado de modo geral atualmente na AID e não compatíveis com a malha viária do entorno. No entanto, cabe ressaltar que o mesmo vale para a proposta do atual texto do novo PDU. De um modo geral, pode-se afirmar que a população residente e os usuários da área de influência sofrerão alguns impactos relacionados à implantação dos novos empreendimentos, impactos esses positivos e negativos. O entorno da ZPT se encontra já consolidado, destacando-se o uso residencial como predominante em número de unidades, mas com grande ocorrência de usos não residenciais, principalmente na Av. Fernando Ferrari, provocando um equilíbrio entre usos quando se trata da área ocupada. Tal cenário contribui para uma boa dinâmica urbana nos bairros que compõem a AID. Se tratando do interior da ZPT, hoje vazia em sua maior parte, os poucos lotes ocupados possuem usos não residenciais. O Parque Tecnológico gerará mais movimento na região, mas a presença de atividades residenciais, mescladas com as já previstas no atual texto do novo PDU, diminuiria o efeito de “esvaziamento” das atividades em horário pós-comercial, aumentando ainda mais a dinâmica urbana. Outro aspecto positivo é a sinergia dos usos e atividades que poderão surgir na ZPT com a Faculdade Multivix, a UFES e outros empreendimentos da região. Tanto a oferta de moradias,
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quanto de comércio e serviços viabilizados pelos novos usos residenciais, gerará maior facilidade de locomoção e qualidade de vida para os já usuários da região. Sobre a necessidade ou não de novos usos residenciais, cabe ressaltar que, apesar de grande oferta já existente, os novos empreendimentos tendem a possuir plantas, instalações e amenidades mais adequadas às necessidades dos novos usuários. Neste ponto, a proposta de emenda aqui avaliada impactará positivamente, já que, como apresentado anteriormente, o entorno da ZPT é composto, em sua grande maioria, por lotes com baixo potencial de renovação. 7.1.2 Valorização imobiliária Com relação as possibilidades de valorização ou desvalorização imobiliária, tanto a proposta atual do novo PDU quanto a proposta de emenda objeto deste estudo tendem a trazer impacto positivo, uma vez que urbanizará parte da ZPT, que hoje não é urbanizada, e incrementará a oferta de comércios e serviços na região, favorecendo uma valorização e qualificação do espaço urbano, tendo em vista que atrairá um maior número de pessoas circulando pela área. Se tratando especificamente da proposta de emenda, os empreendimentos mistos trarão mais pessoas circulando pela área também a noite, além de aumento na demanda por novos comércios e serviços, contribuindo na viabilização da criação dos mesmos. Há de se considerar ainda que as novas habitações, exatamente por serem novas, tenderão a possuir um valor de mercado acima das existentes no entorno, trazendo para a região um perfil de morador com maior poder aquisitivo e por consequência, incentivando a vinda de novos empreendimentos, retroalimentando este processo. O único aspecto aparentemente negativo consequente desta valorização imobiliária é o possível efeito de gentrificação. Tal efeito pode ocorrer com ou sem uso misto, mas a presença de residências pode intensificá-lo. É preciso ter em mente, no entanto, que, apesar do senso comum presumir a gentrificação como um processo intrinsicamente maligno, estudos mostram que ela não faz com que os antigos moradores fiquem economicamente menos favorecidos, e que o motivo de uma possível saída do bairro é porque este melhorou urbanisticamente.
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Vale ressaltar que na pesquisa realizada com a população circulante, todos os moradores entrevistados que citaram a valorização imobiliária como um impacto para a região, o enxergaram como positivo. 7.1.3 Equipamentos urbanos e comunitários Quanto aos equipamentos de educação e saúde pública, baseando-se nas pesquisas de opinião, nenhum morador entrevistado mencionou necessidade desses equipamentos atualmente, no entanto, sabe-se que a demanda será afetada, tendo em vista que a proposta de emenda em análise prevê usos residenciais para a ZPT. Já os equipamentos de lazer são citados como deficientes por 17% dos moradores entrevistados (10% se considerando toda a população circulante). A proposta de emenda poderá proporcionará um aumento significativo do número de pessoas utilizando o espaço público, que, cabe ressaltar, tende a ser ampliado, visto que a proposta de emenda prevê aumento de coeficiente de aproveitamento para empreendimentos que disponibilizarem de 10 a 20% de área de uso público em seus lotes. Cabe ressaltar, ainda, que a proposta de emenda prevê compra de coeficiente de aproveitamento por meio de Outorga Onerosa do Direito de Construir. Tal medida pode arrecadar recursos para serem investidos na melhoria ou manutenção dos equipamentos urbanos da região. 7.1.4 Novas demandas por infraestruturas urbanas Com relação à infraestrutura a ser demandada pelos empreendimentos oriundos da proposta de emenda em análise, verificou-se que o uso misto, da forma que está sendo proposto, não provocará aumento populacional na região, não havendo impactos, portanto, na demanda por serviços públicos. O aumento do coeficiente de aproveitamento na Área Comercial, no entanto, pode acarretar em novas demandas. Cabe ressaltar que a proposta de emenda incentiva o aumento para 20% de área permeável, contribuindo para a drenagem pluvial.
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7.1.5 Possíveis impactos decorrentes do aumento da população fixa e flutuante, causados pelo Parque Tecnológico e ocupação futura da área de influência Na fase de construção dos novos empreendimentos, o impacto gerado neste aspecto é considerado positivo, visto que, haverá contratação de mão de obra e de serviços, assim como aquisição de materiais de construção, implicando na geração de uma série de tributos. Já na fase de ocupação, ocorrerão dois processos que geram impactos favoráveis em relação a dinamização da economia. O primeiro processo refere-se à comercialização das unidades, que contribuirá na geração de impostos e o outro, está relacionado à oferta de trabalho de mão de obra referente a serviços domésticos e de profissionais necessários à manutenção da própria edificação. Considera-se positivo este aspecto devido a geração de empregos e a possibilidade de empregar a mão de obra local. Além disso, a implantação dos empreendimentos mistos gerará incremento de consumo e maior uso das atividades instaladas na região pelos novos usuários, que cooperará na dinamização da receita municipal. Por outro lado, o aumento populacional trará, como já mencionado anteriormente, novas demandas por equipamentos e infraestruturas urbanas, além de grande incremento na circulação de pessoas e veículos, que tende a ser superior à capacidade das vias de acesso. Este assunto será melhor abordado nos itens a seguir. Ressalta-se, no entanto, que tais impactos não serão agravados pelo uso misto. 7.1.6 Circulação de pedestres e ciclistas A AID apresenta calçadas com diferentes níveis de qualidade. Entende-se que é imprescindível a melhoria nas condições das calçadas, mas que cabe ao proprietário de cada imóvel a manutenção e recuperação das mesmas. Se tratando da ZPT, o loteamento em andamento prevê calçadas de 3 metros de largura, medida considerada satisfatória para absorver o volume de pedestres gerado pelo Parque Tecnológico. Além disso, como requisito para aprovação do projeto arquitetônico dos novos empreendimentos, tem-se a adequação das calçadas dos mesmos aos moldes do Projeto Calçada Cidadã – Lei 6525/06, sendo esta executada na finalização da construção de cada edificação.
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Em comparação com a proposta atual do novo PDU, a proposta de emenda avaliada neste estudo prevê algumas medidas que melhorarão ainda mais a circulação de pedestres. São elas: •
Alargamento das calçadas em 1 metro: tal medida poderá servir para alargamento da faixa de percurso ou criação de faixa de transição para inserção de mobiliário;
•
Arborização obrigatória: mais conforto para os pedestres;
•
Atividades não residenciais no térreo e aumento de CA em troca de maior permeabilidade visual e número de aberturas nas fachadas: criação de fachadas ativas, que tornam a caminhada mais interessante e segura.
•
O uso residencial, combinado com os não residenciais, trará maior vitalidade para região, tanto durante o dia, quanto à noite, tornando a permanência e a circulação nos espaços públicos mais agradável e segura.
Em relação aos ciclistas, estes serão beneficiados pela arborização e pela obrigatoriedade de construção de vestiários nos novos empreendimentos. 7.1.7 Circulação de veículos Foi identificada uma grande discrepância entre o porte dos empreendimentos esperados na ZPT e a capacidade das vias de acesso aos mesmos, motivo pelo qual espera-se um grande impacto na circulação de veículos. Tal impacto, no entanto, não será proveniente do uso misto. Pelo contrário, este tende a ser indiferente ou até positivo neste aspecto, visto que muitas viagens poderão ser evitadas com pessoas morando e trabalhando na região. Cabe citar que, embora não se possa garantir, de acordo com os cálculos realizados neste estudo, a expectativa é que o uso misto reduza em cerca de 8% o impacto no trânsito da região na hora pico. Ainda assim, com ou sem uso misto, a implantação dos empreendimentos causará impactos no sistema viário que podem necessitar de alterações geométricas, de circulação ou sinalização para mitigar a piora na qualidade do tráfego. No entanto, as melhorias somente terão efetividade de longo prazo com medidas que atinjam a malha viária de toda Grande Vitória, o que passam, necessariamente, pela redução do uso do carro.
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Nesse sentido, a proposta de emenda analisada por este estudo poderá contribuir positivamente, já que a construção de residências poderá trazer uma população que mora e trabalha na região, diminuindo a necessidade de deslocamento por veículos motorizados. Além disso, a melhoria nas condições de circulação de pedestres e ciclistas poderá incentivar a migração de usuários da região para estes modais. Entre essas, citam-se: obrigatoriedade de implantação de vestiários para funcionários nos empreendimentos, incentivo à arborização urbana, à melhoria de condições das calçadas, às fachadas ativas e ao uso misto. 7.1.8 Repercussões sobre as operações de transporte coletivo Através da demanda prevista para os novos empreendimentos, foi feito o dimensionamento e identificado o acréscimo total de viagens nas linhas de ônibus. Pela análise expedita, é possível estimar que serão necessárias novas linhas de ônibus e acréscimo de frota. É notório que algumas linhas de ônibus já se encontram saturadas, assim como alguns abrigos já não suportam o volume de pessoas existente. O acréscimo de CA para a Área Comercial, previsto na proposta de emenda, agrava os impactos já citados, quando considerada toda a área da ZPT, e não apenas a área já loteada. Já o uso misto não interfere de forma negativa, pelo contrário, o que se observa é um maior equilíbrio entre viagens produzidas e atraídas na hora pico, diminuindo a necessidade de acréscimo de frota. Cabe ressaltar que o aumento de demanda, que contribui para saturação do sistema de transporte, pode ser um aliado do mesmo, dede que este seja bem administrado, pois ajuda a viabilizar sistemas de maior capacidade ou qualidade, e a reduzir custos para os usuários. 7.1.9 Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural Em relação ao patrimônio natural, os novos empreendimentos, seja na atual proposta do novo PDU ou na proposta de emenda avaliada, tendem a obstruir a vista do Mestre Álvaro de diversos pontos da AID. Em relação ao patrimônio cultural, não foram identificados elementos de relevância paisagística. NÓS ARQUITETOS ENGENHEIROS ASSOCIADOS PROJETOS INTEGRADOS EM BIM Rua João Nunes Coelho, n°20, sl 03, Mata da Praia, Vitória, ES www.nosarquitetos.com.br | +55(27)2142.4464
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Sobre a paisagem urbana ao nível dos olhos, a proposta de emenda tende a contribuir positivamente, pois estimula a criação de áreas abertas, arborização, mobiliário urbano e fachadas ativas. Além disso, desestimula a construção de muros e de pavimentos de garagem fora do subsolo. 7.1.10 Influência sobre as atividades econômicas, sociais e culturais locais, tais como atração de novos empreendimentos, indução a mudanças de uso, valorização e outros Por se tratar de uma área com muitos lotes sem uso e ainda não urbanizada em sua totalidade, qualquer ocupação trará impactos sobre as atividades econômicas locais. Se tratando de um parque tecnológico, os impactos em relação às atividades econômicas serão positivos, não só à nível local, mas até estadual. Já a substituição de parte da ZPT de área exclusivamente não residencial pelo uso misto poderá causar impactos positivos e negativos sobre as atividades econômicas. A proposta de emenda em análise não reduz o potencial construtivo do uso comercial da ZPT como um todo, mas sim da área já urbanizada. No entanto, a redução é pequena e, dessa forma, o foco da análise deve ser em relação à presença de residências e não no potencial construtivo comercial. Em consulta a profissionais voltados à inovação, foi informado (sem comprovação técnica) que a presença de residências pode desestimular a vinda de empresas âncoras para o local. Dessa forma, o uso misto pode prejudicar o município do ponto de vista econômico. Do ponto de vista urbanístico, o uso misto pode impulsionar e economia local, com a maior atração a comércios e serviços de bairro, que darão suporte ao uso residencial, gerando uma oferta de empregos mais diversificada. Em relação à cultura local, destaca-se a presença das paneleiras, patrimônio cultural imaterial capixaba, que é símbolo do bairro. Dessa forma, o desenvolvimento do Parque Tecnológico pode gerar um conflito de identidade na região.
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7.1.11 Impactos sobre a saúde e o bem-estar da vizinhança, advindos de emissão atmosféricas, líquidas e de ruídos, entre outros, em todas as fases dos novos empreendimentos No âmbito sobre o bem-estar e a saúde da população localizada na região, de modo geral, não haverá interferência significativa uma vez que os empreendimentos previstos na ZPT não são poluidores substanciais, nem emissores de ruídos que possam interferir na qualidade de vida dos moradores das imediações e usuários de serviços locais. Tal constatação vale tanto para o uso exclusivo não residencial quanto para o misto. 7.1.12 Impactos ambientais relativos ao ambiente natural e construído Em relação aos impactos ambientais, esse estudo não realizou análises aprofundadas sobre o tema. No entanto, pode se afirmar que o uso misto não altera os impactos do uso comercial. O mesmo não pode ser afirmado em relação ao aumento do potencial construtivo.
7.2 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS As medidas mitigadoras possuem como objetivo amenizar os impactos negativos dos novos empreendimentos, enquanto as compensatórias têm um papel indenizatório pelo impacto negativo causado. Tais impactos se referem tanto aos novos empreendimentos como um todo, quanto à inserção do uso misto na Zona do Parque Tecnológico. Este item apresenta uma síntese das medidas mitigadoras e compensatórias, relacionando estas medidas aos aspectos aos quais os impactos estão associados. Serão relacionadas medidas mitigadoras e/ou compensatórias para os impactos negativos provocados pelo empreendimento, bem como medidas capazes de majorar os impactos positivos causados pelo mesmo. Cabe ressaltar que as medidas de outorga previstas na proposta de emenda, por si só, já funcionam como medidas mitigadoras e compensatórias.
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7.2.1 Uso e ocupação do solo O uso misto contribuirá para uma maior vitalidade urbana na região e para o não esvaziamento dos espaços públicos pós horário comercial, não sendo necessária a apresentação de medida mitigadora. 7.2.2 Valorização imobiliária O uso misto tende a valorizar ainda mais a região, não sendo necessária medida mitigadora. 7.2.3 Equipamentos urbanos e comunitário Para mitigar o incremento na demanda por equipamentos de saúde, educação e lazer, sugerese a criação de um fundo a partir dos recursos arrecadados da Outorga Onerosa do Direito de Construir, destinado a viabilizar financeiramente melhorias nesses equipamentos. 7.2.4 Novas demandas por infraestruturas urbanas Foi identificado aumento de demanda para a área comercial. No entanto, a maior parte da demanda se encontrará nas áreas ainda não urbanizadas da ZPT, sendo, portanto, uma expectativa de longo prazo. Até que isto aconteça, o município terá oportunidade de rever detalhes do Plano Diretor. O que se recomenda, portanto, é uma atenção à manutenção dos índices de controle urbanístico da área comercial nos próximos anos. 7.2.5 Possíveis impactos decorrentes do aumento da população fixa e flutuante, causados pelo Parque Tecnológico e ocupação futura da área de influência Os impactos causados por este empreendimento quanto ao aumento das populações fixa e flutuante são positivos, portanto não requerem medidas mitigadoras. 7.2.6 Circulação de pedestres e ciclistas Os impactos dos empreendimentos oriundos da proposta de emenda avaliada neste estudo sobre a circulação de pedestres são positivos. No entanto, para melhorar ainda mais tais
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condições, sugere-se utilizar o mesmo fundo citado acima para reforma das calçadas precárias nos locais identificados como principais linhas de fluxos de pedestres que não se encontram na ZPT. Apesar desta ser uma responsabilidade do proprietário dos terrenos, algumas das linhas de percursos passam em uma ZEIS, onde dificilmente as calçadas receberão investimentos se não vier do poder público. Se tratando da circulação de ciclistas, os impactos também tendem a ser positivos. Sugerese, entretanto, que se transforme as vias da ZPT em Zonas 30, ou seja, vias onde a velocidade máxima permitida é de 30 km/h. Dessa forma, as vias podem ser compartilhadas entre bicicletas e automóveis, dando boas condições de circulação para ciclistas com poucos investimentos, pois não haverá necessidade de criação de ciclovia ou ciclofaixa. 7.2.7 Circulação de veículos Além das medidas de outorga previstas na proposta de emenda, recomenda-se, como medidas mitigadoras: 1) Estudo para possíveis alterações no sistema viário; 2) Aplicação de medidas de Gestão de Demanda de Viagens; 3) Outros incentivos ao transporte não motorizado. A Gestão de Demanda de Viagem (GDV) é um conceito que visa otimizar o uso da infraestrutura e opções de transporte disponíveis. Entre as medidas de GDV estão: políticas de estacionamento por parte do poder público, adoção do teletrabalho, de carga horária flexível e de preferência de contratação de mão de obra local, por parte das empresas que lá se instalarão. 7.2.8 Repercussões sobre as operações de transporte coletivo As medidas para a circulação de veículos repercutirão de forma positiva nas operações do transporte coletivo. Ainda assim, é fundamental que se tenha um planejamento de longo prazo para absorver a demanda gerada pelo Parque Tecnológico, como ou sem uso misto.
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7.2.9 Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural Dos impactos na paisagem identificados, a obstrução da vista para o Mestre Álvaro é a mais relevante. Sendo assim, recomenda-se que os novos empreendimentos atentem para esta questão, de forma a, quando possível, evitar que aconteça tal obstrução. 7.2.10 Influência sobre as atividades econômicas, sociais e culturais locais Existe uma grande resistência em relação ao uso misto por se acreditar que este pode desencorajar a vinda de empresas âncora para o Parque Tecnológico, o que teria um impacto negativo sobre as atividades econômicas no município. O que se recomenda como medida mitigadora é utilizar o os benefícios do uso misto e da proposta de emenda em análise, que já foram constatados neste estudo, para posicionar o parque de Vitória, transformando o risco em um diferencial atrativo. Uma boa experiência para o visitante passa, necessariamente, por uma boa relação dos moradores com o local. E a forma como nos relacionamos com a cidade é matéria-prima para o trabalho do fortalecimento dos lugares. É importante que haja, portanto, uma estratégia de transição gradual na transformação da área em questão, evitando, assim, resistência. Além disso, os moradores, novos e antigos, devem sentir-se pertencentes à Zona do Parque Tecnológico. Para que isso aconteça, devem partilhar características, experiências e vivências entre si, inserindo-se em um processo de construção de identidade, que é o resultado das apropriações do espaço. Dessa forma, o que sugerimos é um trabalho de place branding seguido de placemaking. “Place branding é o processo de concepção, planejamento, construção e comunicação de um lugar com referência à sua identidade à fim de alcançar a imagem desejada. ” (ESTEVES, 2016) “(...) é o processo de identificar vocações, potencializar identidades e desenvolver ideias capazes de transformar e alavancar os lugares por meio da identificação entre moradores, empresários locais e poder público, criando uma experiência única para moradores e visitantes”. (PLACE FOR US, apud ESTEVES, 2016)
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Já o placemaking é um processo que visa melhorar a realidade de um lugar através de um processo colaborativo que envolve moradores e partes interessadas neste lugar. O potencial dessas práticas é de integrar os diferentes anseios e pontos de vistas numa estratégia alinhada com uma agenda coletiva. É um trabalho feito colaborativamente, que começa através de da coleta de informações, pesquisa de campo, dinâmicas de grupo e outros processos capazes de ilustrar a complexidade dos padrões cotidianos e anseios. Dessa forma, o Parque Tecnológico poderá transformar riscos econômicos, sociais e culturais em potencialidades, gerando mais valor, tanto para as empresas que lá se instalarão, quanto para os moradores, novos e antigos. 7.2.11 Impactos sobre a saúde e o bem-estar da vizinhança, advindos de emissões atmosféricas, líquidas e de ruídos, entre outros, em todas as fases dos novos empreendimentos Não foram identificados impactos negativos significativos oriundos especificamente da proposta de emenda analisada em relação à atual proposta do novo PDU, portanto não são sugeridas medidas mitigadoras ou compensatórias. 7.2.12 Impactos ambientais relativos ao ambiente natural e construído Em relação aos impactos ambientais, é importante que sejam feitos estudos específicos para que se conheça os riscos e se tenha um embasamento técnico para elaboração de um plano de ações.
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CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Com base nas análises levantadas ao longo deste estudo, o presente capítulo apresenta uma consideração geral e recomendações necessárias a respeito da proposta de emenda avaliada. Em relação ao uso do solo, foram identificados apenas impactos positivos, pois o uso misto diminuirá o efeito de esvaziamento do Parque Tecnológico após o horário comercial e nos finais de semana, trazendo uma maior dinâmica urbana para a região, além de maior sensação de segurança. Além disso, o uso residencial tende a contribuir com a valorização da área, pois a tendência é que os novos imóveis, por serem novos, sejam ocupados por moradores com poder aquisitivo maior do que o encontrado atualmente. Em relação aos equipamentos públicos de saúde e educação, estes sofrerão aumento de demanda, podendo ser necessária a criação de novas unidades, especialmente de saúde. Já em relação aos equipamentos de lazer, o uso misto poderá proporcionará um aumento significativo do número de pessoas utilizando o espaço público, que tende a ser ampliado, visto que a proposta de emenda prevê aumento de coeficiente de aproveitamento para empreendimentos que disponibilizarem áreas de uso público em seus lotes. Destaca-se também os impactos positivos na circulação de pedestres e ciclistas, com alargamento das calçadas, arborização, incentivo a fachadas ativas e obrigatoriedade de construção de vestiários nos novos empreendimentos, previstos na proposta de emenda. Tais impactos se desdobrarão positivamente também na circulação de veículos e nas operações de transporte público. Ainda assim, alterações no sistema viário podem ser necessárias, em função do grande aumento na geração de viagens que ocorrerá na região. Tal aumento será significativo, principalmente em decorrência do aumento do CA máximo para a área comercial. No entanto, a maior parte da área exclusivamente comercial encontra-se fora da área urbanizada da ZPT, o que indica que sua ocupação não ocorra no curto prazo. Dessa forma, os coeficientes poderão ser revisados e ajustados de acordo com a necessidade futuramente. De imediato, recomenda-se, a implantação de Gestão de Demanda de Viagem, tanto por parte do poder público, quanto das empresas instaladas no parque.
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Ainda em relação ao aumento da geração de viagens, ressalta-se que o uso misto tem a capacidade de reduzir a necessidade de deslocamento por modos motorizados. Em relação aos impactos econômicos, a presença de residências pode desestimular a vinda de empresas âncoras para o local, prejudicando o município do ponto de econômico. Do ponto de vista urbanístico, o uso misto pode impulsionar e economia local, com a maior atração a comércios e serviços de bairro, que darão suporte ao uso residencial, gerando uma oferta de empregos mais diversificada. Dessa forma, sugere-se utilizar o os benefícios do uso misto e da proposta de emenda analisada para posicionar o parque de Vitória, transformando o risco em um diferencial atrativo. Em relação à cultura local, o desenvolvimento do Parque Tecnológico pode gerar um conflito de identidade na região, que tem as paneleiras como símbolo do bairro. É importante que haja, portanto, uma estratégia de transição gradual na transformação da área em questão, evitando, assim, resistência. Sugere-se, portanto, um trabalho de Place Branding seguido de Placemaking. Dessa forma, o Parque Tecnológico poderá transformar riscos econômicos, sociais e culturais em potencialidades, gerando mais valor, tanto para as empresas que lá se instalarão, quanto para os moradores, novos e antigos. Conclui-se, portanto, que diante do apresentado ao longo deste estudo, a proposta de emenda tende a trazer mais impactos positivos do que negativos, principalmente se aplicadas as medidas mitigadoras e compensatórias sugeridas neste estudo.
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REFERÊNCIAS
CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA. Emenda Modificativa Aditiva - Projeto de Lei nº 290/2017 - PDU " Altera a redação do Artigo 33, inclui o § 8º do Artigo 107, altera o Anexo 2 - Mapa 02Zoneamento de Gabaritos e Alturas; altera o Anexo 08- Tabela 1 - Atividades permitidas por zona; altera o anexo 08 - Tabela 2 - Atividades distribuídas por grupos e subgrupos; Altera o anexo 09 - índices de Controle Urbanísticos por zona; altera o Anexo 16- Tabela Exigência Vagas. Todos do Projeto de Lei 290/2017." Vitória, 2017. ESTEVES, C. Place Branding. São Paulo, 2016. NEGREIROS, P. H. A. A Cidade Inteligente Bottom-up: o bairro da Enseada do Suá. Rio de Janeiro, 2017. VITÓRIA (Município). Lei nº 6.705, de 13 de outubro de 2006. Institui o Plano Diretor Urbano de Vitória e dá outras providências. Prefeitura Municipal de Vitória, Vitória, 2006. VITÓRIA (Município). Projeto de Lei nº 290/2017. Institui o Plano Diretor Urbano de Vitória e dá outras providências. Prefeitura Municipal de Vitória, Vitória, 2017.
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