Viva Voz, n.º 25, junho 2015

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EDIÇÃO N.º 25 JUNHO DE 2015 OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA. Págs. 2 e 3

MÉRITO ESCOLAR DA LÍNGUA PORTUGUESA. Pág. 3

SARAU D. PEDRO V Pág. 4

OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

FICHA TÉCNICA Conceção e implementação do projeto: Ana Correia, Lígia Arruda e Lucinda Marques (Professoras bibliotecárias do AEL) Coordenação do projeto: Lígia Arruda Revisão de artigos: Alice Costa Conceção e montagem gráfica: Alexandre Rodrigues e Carla Carvalho Periodicidade: mensal (exceto agosto) Envio de artigos: viva.voz@ael.edu.pt

CONCURSO PALAVRAS DO MUNDO EM CARTAZ Pág. 8

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IDA À KIDZANIA

Págs. 12 e 13


JUNHO 2015 EDITORIAL

O

Agrupamento de Escolas das Laranjeiras foi criado em 2012. Pelas condições de que dispomos para a prática da atividade física, queremos uma escola de referência ao nível da Educação Física e do Desporto Escolar. Somos um agrupamento multicultural, integramos alunos de várias nacionalidades, com diferentes culturas, costumes e vivências. Como disciplina curricular presente em todos os anos e em todos os cursos diurnos lecionados nas escolas do nosso agrupamento, a Educação Física tem desempenhado um papel muito relevante na integração dos alunos, proporcionando-lhes atividades que os ajudam a conhecer melhor os seus colegas, a trabalhar melhor com eles, a definir objetivos de desempenho e a

concretizar estratégias pessoais de melhoria. As nossas escolas vivem intensamente a disciplina de Educação Física e todas as atividades físicas que têm sido promovidas. Conhecemos o valor que representamos para a educação e formação dos nossos jovens, quer no desenvolvimento das competências sociais, quer no desenvolvimento físico essencial a um crescimento e maturação harmoniosa e equilibrada, quer ainda no desenvolvimento de competências que contribuem para manter e desenvolver um estilo de vida saudável. No entanto, nem tudo está feito, queremos começar mais cedo… A UNESCO publicou recentemente um conjunto de diretrizes para os vários governos em que a ideia principal é a seguinte: reforçar a necessidade de

OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Integradas na celebração do dia do agrupamento decorreram, no dia 27 de maio, no Auditório Chaves Santos da Escola Secundária D. Pedro V, as provas finais das Olimpíadas da Língua Portuguesa. No presente ano letivo, para além da participação da EB 2,3 Prof. Delfim Santos, da Escola Secundária D. Pedro V e do Instituto dos Pupilos do Exército, esta iniciativa contou com a participação das escolas do 1.º ciclo do agrupamento (António Nobre, Frei Luís de Sousa e Laranjeiras), cujos alunos tiveram um desempenho brilhante. No 1.º ciclo, os premiados foram: Hugo Pernes, da EB1/JI das Laranjeiras – 1º prémio; João Pereira, da EB1/JI Frei Luís de Sousa – 2º prémio; Catarina Melo, da

EB1/JI António Nobre – 3º prémio.

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mais e melhor investimento na Educação Física nos primeiros anos de vida escolar. Quem tem acompanhado as sérias mudanças nas políticas educativas, vividas em Portugal, facilmente chega à conclusão de que estamos pior que há alguns anos. Os alunos têm cada vez menos carga horária de Educação Física e de Desporto Escolar por semana e, como consequência, são menos as oportunidades de desenvolver as competências específicas que estas áreas proporcionam. Mas porque devemos investir na Educação Física? Se dúvidas houvesse, a UNESCO ajuda-nos a esclarecê-las enquadrando os benefícios em quatro áreas de referência: literacia física e integração na sociedade, performance académica, inclusão e saúde. Escola Sec. D. Pedro V

No 2.º ciclo, os prémios couberam a: João Mariz do IPE – 1.º prémio; João Costa do IPE – 2.º prémio; Beatriz Graça da EB 2,3 Prof. Delfim Santos – 3.º prémio e João Lima, da EB 2,3 Prof. Delfim Santos – 4.º prémio. No 3.º ciclo, foram vencedores os alunos Marcelino Mata, do IPE – 1.º prémio; Sofia Comparada, da Escola Secundária D. Pedro V – 2.º prémio e Beatriz Valério, da EB 2,3 Prof. Delfim Santos – 3.º prémio. No Secundário apenas foi atribuído o 1.º prémio à aluna Marta Reis Santos, da Escola Secundária D. Pedro V. Os prémios constaram de livros, canetas, blocos e uma quantia em numerário a depositar na conta dos Encarregados de Educação dos alunos. Os nossos agradecimentos às editoras que contribuíram com ofertas (Asa, Areal, Porto Editora, Texto), à Junta de Freguesia de S. Domingos de Benfica , que contribuiu com a oferta de

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JUNHO 2015 OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA (CONTINUAÇÃO) cheques-livro, à empresa Amoena, que Personagens- Intérpretes (Por ordem de contribuiu com numerário e outros entrada em cena) presentes aos alunos e professores da Cismena- Jéssica Rebola equipa, e à Rede de Bibliotecas Joane - Adeneize Neto Escolares. Pedrinho - Márcia Alves Afonsinho - Beatriz Os alunos do curso profissional de Artes Fonseca do Espetáculo – Interpretação, dos 10.º Auto da Índia (1509) e 11.º anos abrilhantaram a sessão com Cenas I, II, II, IV momentos de música e de teatro. A Ama - Joana Correia estes alunos e professores, Estrela de Moça - Laura Martins Novais, Vitor Sesinando e Mariana Castelhano – Diogo Rosário, os nossos agradecimentos. Varela Saliente-se ainda a atuação do coro do 15 h 50m - OLP - Prova do 2.º ciclo IPE, dirigido pela maestrina Irene Aleixo, 16 h e 20 m - A Gaivota, de Alexandre que abriu a sessão. O´Neil, na voz Diana Facote e Beatriz Teixeira; na viola Gonçalo Marques Programa: 16 he 30 m14 h e 30 m - Breve alocução do sr.

Escola Sec. D. Pedro V

OLP -

Diretor do AEL 14h e 40 m – Coro do IPE, dirigido maestrina Irene Aleixo 15h– OLP - Prova do 1.º ciclo 15 h e 30 m - Rapsódia Vicentina: Comédia de Rubena (1521) - Diálogo infantil

MÉRITO ESCOLAR DA LÍNGUA PORTUGUESA

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ABL – ACADEMIA DO BACALHAU DE LISBOA é uma Associação sem fins lucrativos, devidamente legalizada, que faz parte da família de cinquenta e quatro Academias do Bacalhau espalhadas pelo Mundo possuindo a virtude de ser genuinamente Portuguesa. Tem como princípio estatutário a defesa dos Valores Culturais e Tradicionais Portugueses, da Lusofonia e da Portugalidade e desenvolve ações de Solidariedade Social ajudando os mais carenciados e promovendo o bemestar entre os seus associados. Deste modo, a ABL-ACADEMIA DO BACALHAU DE LISBOA, a exemplo de anos anteriores, comemora durante o mês de Junho o Dia de Portugal de Camões e das Comunidades elegendo uma escola do Distrito de Lisboa para premiar os dois melhores alunos do 12.º ano na disciplina de Português. No presente ano letivo, a ABL decidiu agraciar com o Prémio ABL de Mérito Escolar da Língua Portuguesa dois alunos de mérito, com especial destaque para a disciplina de Português, da Escola Secundária D. PEDRO V. Mereceram este prémio duas alunas cujo aproveitamento escolar

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Escola Sec. D. Pedro V

global mereceu destaque e que se distinguiram na disciplina de Português. As duas alunas premiadas são: a Marta Reis Nunes dos Santos, da turma 12.º 2, que obteve a média final de 18 valores na disciplina de Português e a Marta Maria Campos Pinto da Cruz, da turma 12.º 5, que obteve também a média final de 18 valores na disciplina de Português. O Viva Voz congratula-se por ver reconhecidos o trabalho, o empenho e a dedicação destas duas alunas, para quem formula os melhores votos de merecido sucesso académico e realização pessoal. Os Prémios foram atribuídos no dia 19 de junho, num jantar, no Hotel Mundial, em que estiveram presentes as alunas e seus familiares, o Diretor e a Subdiretora do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, Dr. Amílcar Santos e Dr.ª Rosário Vergamota, respetivamente, bem como as professoras de Português, Dr.ª Carmo Correia e Dr.ª Alice Costa. Às alunas e seus familiares, os votos de concretização dos seus sonhos num futuro que se augura promissor. Página 3


JUNHO 2015 SARAU D. PEDRO V

Ginástica e dança O espectáculo decorreu no ginásio da Escola Secundária D. Pedro V, em Lisboa, no dia 17 de Abril de 2015. Um local amplo, renovado há cerca de quatro anos com obras de fraca qualidade, e recentemente novamente restaurado. Para quem aprecia e fotografa este tipo de espectáculo, faltou a luz adequada e um qualquer cenário que tapasse as paredes brancas e algo sujas. Tudo isso foi sobejamente compensado pela qualidade das equipas participantes, algumas quase profissionais, outras amadoras. Uma das características deste sarau é a diversidade de escalões etários, uma verdadeira demonstração de intergeracionalidade abarcando pelo menos três gerações. A jovialidade, a energia e a criatividade não são atributo de uma só geração. Foi bonito ver cabeças brancas e rostos sorridentes dançar como borboletas coloridas, com um prazer e uma dedicação que, de facto, não tem idade. No domínio das danças contemporâneas, vimos também uma grande diversidade de ritmos e coreografias. E quando a dança se alia à ginástica, o efeito torna-se verdadeiramente belo e impressionante. O que é difícil ou impraticável para o comum dos mortais surge com uma naturalidade e leveza surpreendentes. Só apetece repetir “Ora, façam lá isso outra vez porque é fantástico de mais para durar apenas uns minutos… ou uns segundos!” Aquilo que estes ginastas / dançarinos conseguem fazer com o seu corpo transmite bem a ideia de beleza e vida. Um fluxo de eterno movimento com

Escola Sec. D. Pedro V

pausas e silêncios para respirar mais profundamente. E, tal como na própria vida, há sempre muitas surpresas. Mesmo quando a performance tem uma linha narrativa que acompanha a coreografia, não é fácil adivinhar o passo ou movimento seguinte. E, de repente, da pose estática e serena irrompe uma sequência de esvoaçantes acrobacias. Os números acrobáticos de algumas equipas foram de facto notáveis. Só lamento que as fotografias que tirei não lhes façam justiça. Com uma luz baixa e imprópria, a maioria ficou desfocada ou apenas alguns elementos estão focados. Mesmo assim, optei por incluir no álbum algumas dessas fotografias. Para quem viu ao vivo, é mais fácil relembrar e imaginar a beleza daqueles saltos, voos, rodopios, piruetas… A organização e coordenação coube à professora Eugénia Nunes. Envolvidos na organização e realização: A Direção do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, o Grupo Disciplinar de Educação Física, alunos das turmas 3, 4 e 5 dos 12º ano e alunos do 12º 1 do ano letivo 2011-2012. Participaram cerca de 303 ginastas, bailarinos e dançarinos dos seguintes clubes: Clube Desportivo Escola Secundária Miguel Torga, Ginásio Clube Português, Sporting Clube de Portugal e Sport Lisboa e Benfica. As fotografias foram gentilmente cedidas pela Professora Maria da Conceição Ludovino.

Portugal 2. Kangurus– Clube Desportivo Escola Secundária Miguel Torga 3. Rítmica de Grupo – Ginásio Clube Português 4. Imagens– Ginásio Clube Português 5. Mix Appeal – Ginásio Clube Português 6. Fox – “FunkyJazz “ – Clube Desportivo Escola Secundária Miguel Torga 7. MIXstica – Sport Lisboa e Benfica 8. “Dança Tradicional Portuguesa de várias Regiões do País” – Sporting Clube de Portugal 9. Pintos - “Esquema de TeamGym “– Sporting Clube de Portugal 10. Dança Jazz/Contemporâneo – “Mamma Mia” – Ginásio Clube Português 11. Classe de Rapazes – “Esquema do TeamGym” – Sporting Clube de Portugal 12. Anankê- “Anankê 15 anos” – Ginásio

Programa do Espectáculo: 1. Reencontros –Sporting Clube de

2015, photography by São Ludovino

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JUNHO 2015 A PÁGINA DE UM DIÁRIO

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proposta feita aos alunos foi a de descreverem uma personagem e de escreverem uma página do diário dessa personagem inventada. Professora: Isabel Vidal. 1 de junho de 2015. Publicam-se agora dois dos muitos textos escritos pelos alunos.

http://www.vectorsland.com/vector/ superhero

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

também gosta de mim, quis-me beijar! Eu disse logo que não, mas ela agarroume e tentou fazê-lo sem a minha autorização! Claro que eu a impedi com a minha força de super-homem e disse-lhe que não queria ficar com os germes dela. Mas, pelo que parece, empurrei-a com demasiada força, ou pelo menos é o que diz a senhora Carlota, a minha professora. Eu acho que ela é uma vampira, mas ela não o admite, mas eu sei. O que a senhora Carlota quer fazer é roubar todos os meus poderes de super-herói que me correm no sangue. Eu não porque é que me escolheram a mim para ser um super-herói, até perguntei aos meus pais se sabiam, mas o papá diz que está muito ocupado para responder a perguntas e a mamã diz: «Deixa-te de tolices!». Os meus pais também nunca se preocupam comigo, mas depois estão sempre a discutir por mim… E agora tenho de ir, porque a mamã está a chamar para jantar e acho que o jantar é lasanha. Yum! Adeus, amiguinho. Rick, o super-herói.

pulmões esforçam-se para alcançar o ar. A transpiração fria escorre pela minha pele pálida, não sei se da corrida se o primeiro sintoma daquilo que está para vir… Não sei do que tenho mais medo, se de morrer, se de viver. Sei que pensamentos tão mórbidos não me levam a lado nenhum, mas o que posso fazer? Voltar não é uma opção, definitivamente, apesar de o que o Aris continua a repetir. Desde que fugimos que ele se tem vindo a acobardar ao longo do tempo, mas não interessa. Ele vai viver, é só isso que importa. Se regressássemos agora, iríamos ser os dois mortos, eu sabia isso desde que o trouxe comigo. Assinamos a nossa sentença quando fugimos do centro branco a correr. É engraçado… Ver a menina assustada que ia viver uma longa vida e agora a jovem sentenciada pronta a fugir até ao seu último suspiro. Penso que tudo mudou quando aceitei que vinhas e te abri a porta. Espero não te ver em breve, Desconhecida.

Joana Nobre Borralho,8.º H, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

Madalena de Melo Matias de Campos Forte, 8.º

Personagem: Sujeito C547. Nome: Desconhecida. Descrição: cabelos encaracolados e loiros, olhos azuis, pele pálida, sujeito altamente perigoso. Sexo: feminino. Estado: desaparecida. Informação: infetada. Incógnito, 22 de maio de ano

Personagem: um rapazinho de seis anos cujos pais se estão a divorciar, mas ele não tem noção do que se passa. Na escola, só causa problemas, mas tem muitas admiradoras, pois é um rapaz bastante bonito, mas do que ele gosta é de bandas desenhadas e bonecos animados. Algarve, 16 de maio de 2011 desconhecido Olá, outra vez, amigo, Querida morte, Hoje nem te passa pela Paro pela primeira vez em dias. cabeça o que me aconteceu, outra O meu coração bate forte e os meus vez! A Marta, aquela rapariga que

Triunfo da Morte, de Pieter Bruegel (1525-69)

TRATAMENTO DOCUMENTAL NA BIBLIOTECA DA EB1 ANTÓNIO NOBRE A equipa da Biblioteca, à semelhança do que está a ser feito nas outras bibliotecas do Agrupamento, está a concluir o tratamento do fundo documental da biblioteca António Nobre. Pensamos que, no fim deste ano letivo, esta biblioteca fique remodelada e com o fundo documental todo tratado e arrumado nas estantes. A partir do próximo ano letivo, alunos e professores da Escola António Nobre poderão usufruir de um espaço

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remodelado, com zonas, cujas funções são definidas pela Rede de Bibliotecas Escolares e com a possibilidade de requisição para a sala de aula ou requisição domiciliária. Assim, todos os alunos do nosso agrupamento, incluindo o Jardim de Infância, podem utilizar as bibliotecas para ler, fazer pesquisas, trabalhos de grupo e fazer requisições de livros. Isto só é possível porque todas as bibliotecas estão agora a funcionar e com o fundo documental inventariado

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

e tratado. Queremos que os nossos alunos comecem cada vez mais cedo a COLARSE à LEITURA! Equipa da BE EB2,3 Prof.

da Escola Delfim Santos

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JUNHO 2015 TIC-TAC, TIC-TAC

Escola Sec. D. Pedro V

T

ic-tac, tic-tac. Não há tic sem tac. Não há relógio. É falso. Falso o tempo que estou sem ti, falso o tempo que passo ao teu lado. Tão depressa me sorris e tão lentamente falas comigo. As tuas palavras são uma melodia para mim, a mais bela das melodias à face da terra. De repente vejo-me só. Tic-tac. Os segundos transformam-se em minutos, os minutos em horas e as horas em dias. Dias inteiros sem o toque suave das tuas mãos, a presença do teu corpo, o calor que vem de ti sem te aperceberes. A tua indiferença deixa-me louca. Será possível estares longe de mim e ser-te indiferente? Tic-tac, tic-tac, tic-tac. A falta que me invade começa a ser insuportável. E num segundo estás novamente à minha frente. Sinto-te a mover, estás tão irrequieto! A tua presença deixa-me nervosa, fico insegura. Ao teu lado parece simplesmente que o tempo não existe. Deixa de ser falso e torna-se admiravelmente verdadeiro. Bruscamente dizes-me um monte de coisas, invades-me com promessas e eu acredito nelas. Apaixono-me por elas, apaixono-me por ti. É nestes momentos que eu fico perdida, que o tempo continua a andar e eu não o vejo passar. Tic-tac. Disseste que ias ser o meu príncipe encantado e raramente estás comigo. Quando estás é tão pouco que chega a ser falso. Tu próprio és falso. Talvez sejas uma invenção da minha cabeça. Imagino-te comigo. E tu não cumpres as tuas promessas. O tempo vai passando incansavelmente. Passa tão ferozmente que eu me perco nele. A página à minha frente continua em branco. Porque é que é tão difícil descrever-te, falar sobre ti? Não sou capaz de entender. Tic-tac, tic-tac. Quero escrever a nossa história para a poder recordar um dia. Quem sabe se até a lerei aos nossos filhos, aos nossos netos. Devo começar por “era uma vez”? Não arranjo as palavras e o tempo corre. O que eu dava para que estivesses aqui neste momento..! Mas a verdade é que não estás. Fugiste. E contigo levaste tudo. És o meu único vício e eu não posso estar mais tempo longe de ti. Quanto tempo já passou desde a última vez? Tic-tac, tic-tac, tic-tac. A tua ausência começa a ser longa. Demoras-te no tempo. És mesmo real? Não fujas de mim por favor! Volta depressa e fica. Fica comigo para todo

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https://www.google.pt/search?q

o sempre e nunca mais te vás embora. Não sei o que fazer mais. Sonho contigo todos os segundos possíveis. E isso está a tornar-se impossível. Eu continuo à espera e tu não apareces. Desespero pelo teu olhar, afinal é o único que me consegue hipnotizar. A tua demora é tão lenta. Demasiado vagarosa face ao tempo precipitado. Alguma vez paraste para pensar no mal que me fazes? Já perdeste segundos a pensar em mim? Já passou tanto tempo desde a última vez! Ambos crescemos, ambos envelhecemos. Eu pelo menos cresci. Aprendi a viver com a tua ausência, com a distância que me separa de ti. Cresci e mudei, posso mesmo dizer que para melhor. A minha dor já não é tão forte como outrora. Vai desaparecendo aos poucos e eu vou aproveitando todo o tempo. O que ainda me resta. Pode ser muito, ou pode ser muito pouco. Só o próprio tempo o dirá. Tic-tac. Dou por mim a pensar no passado. O tempo que já não volta, que já se perdeu e que, acima de tudo, é tudo menos recuperável. Aquele tempo em que te sentavas ao pé de mim e conversávamos. Ou então ficávamos em silêncio e deixávamos que ele falasse por mim, deixávamos que ele falasse por ti. Tic-tac. O passado, em que existias física e psicologicamente, transformou-se num presente em que simplesmente não existes. E é mais que certo de que este presente se transformará num futuro em que não serás nada mais do que meras memórias. Memórias que serão tão vagas que farão com que eu acredite que o teu corpo e a tua alma nada são para além de miragens. Isto tudo, estas mudanças tão repentinas, só serão possíveis através do que de mais falso existe neste mundo: o tempo, que não pára, não pára, não pára.

Não penses que não aprendi nada ao longo de todos estes anos da minha demorada existência. A verdade é que aprendi. Calmamente me apercebi de que o meu maior inimigo é o tempo. Foi a minha grande descoberta. À custa do tempo eu fiquei sem nada, ele roubou-me tudo o que me pertencia, rapidamente, silenciosamente. Tinha-te a ti, por isso tinha tudo. E tão ferozmente me foste roubado, que o tudo passou a ser o nada. Perdi me no tempo e nunca mais me encontrei. Continuo à espera que cumpras o que me prometeste. Não te lembras do que dizias? Provavelmente o tempo fez com que te esquecesses de mim. Eu lá me vou habituando a essa ideia… Estes últimos dias têm passado tão vagarosamente. Tenho tempo para escrever a nossa história e as palavras evaporam velozmente. A página continua em branco. Quem sabe se não ficará em branco até ao resto da minha vida, até à eternidade. As horas que me restam são cada vez mais curtas. Por isso eu levo-te comigo. E comigo levo as tuas promessas e o teu sorriso. Porque, tal como não há tic sem tac, não pode haver um eu sem um tu.

Salvador Dali, A persistência da memória

Tic-

tac.

https://www.google.pt/search?q

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JUNHO 2015 DIA DA EUROPA No âmbito das comemorações do Dia da Europa, foi realizada uma exposição interdisciplinar, entre os dias 4 e 15 de maio de 2015, na Escola Básica 2,3 Prof. Delfim Santos. A redação do projeto para o grupo de Português esteve a meu cargo, tendo trabalhado com os alunos das turmas E, F e G do 7º ano. Foram realizados trabalhos, tendo em conta o programa e, nomeadamente, as obras História de uma Gaivota…, de Luis Sepúlveda e O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner Andresen relativamente a temas como respeito, tolerância, integração, amizade, solidariedade e valorização das línguas. Além destes, os alunos realizaram também trabalhos sobre temas histórico-culturais, artísticos e científicos de diferentes países da Europa, tendo posto em prática a produção de textos de tipologia diversificada. Nesta perspetiva, as aprendizagens dos alunos foram decorrentes da realização de tarefas significativas e sociais. Integrados nestes objetivos, estiveram os convites realizados pelas diferentes turmas dirigidos aos vários intervenientes da comunidade educativa. Considero que o reconhecimento do trabalho dos alunos por esta é gratificante, incentivando-os a participações futuras.

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

Os alunos de Português Língua Não Materna também participaram com trabalhos, tendo posto à prova a competência plurilingue ao realizarem a tradução de receitas dos suas línguas para Português. A seguir aos objetivos que defini para esta atividade, apresentam-se, a título de exemplo, alguns trabalhos dos alunos. . Conhecer aspetos de similitude e contraste das diferentes línguas e culturas europeias; . Valorizar o Multilinguismo e o Multiculturalismo; . Incutir o respeito pelas línguas e culturas de outros povos; . Incentivar à participação em atividades interculturais facilitadoras da integração e da diminuição de reações xenófobas; . Integrar linguisticamente os alunos falantes de outras línguas; . Incutir o gosto pela aprendizagem de outras línguas com o intuito de obtenção de maior sucesso escolar e profissional; . Incentivar a mobilização das competências da Língua Materna para a aprendizagem de outras línguas. Helena Pereira, professora, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

CLUBE DE LEITURA VISITA DE ESTUDO

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iajar pelo mundo através de à obra de René Lalique, onde o conjunto de joias e outros objetos de obras do museu da FCG arte de que se destacam os vidros No dia 2 de Junho, vinte e mereceram uma atenção mais quatro alunos do Clube de demorada dos alunos. leitura da biblioteca Delfim Santos As diferentes culturas observadas participaram numa visita orientada ao durante a visita conduziram os alunos a M us e u d a F u n d a çã o C a l o us t e uma viagem no tempo e no espaço, G u l b e n k i a n . dando, assim, uma viagem à volta do No início da visita, os alunos ouviram mundo da arte que pode ser sempre uma pequena História acerca do f e i t a n o m u s e u d a F C G . Museu da FCG e das suas coleções de Finamente, aterraram nos jardins, onde arte. A seguir, deram a volta ao mundo o lanche, o descanso e a brincadeira em dez obras de arte, atravessando tomaram conta do tempo e do s p a ç o . cidades e países de vários continentes. e Quando embarcaram nesta visita- Esta viagem foi vivida pelos alunos do viagem, ouvindo as explicações da clube de leitura como muito interesse. guia, observaram as obras que foram escolhidas para esta visita, desde a cerâmica, à tapeçaria e à pintura. Começaram a viagem no Egito, e seguiram depois para a Grécia, Pérsia (atual Irão), Arménia, Turquia, China e chegaram a França. O percurso terminou no espaço destinado

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Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

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JUNHO 2015 TESTEMUNHO DOS MEUS PAIS EM PORTUGAL Os meus pais são moldavos e, quando chegaram a Portugal, é claro que foi difícil por causa da língua no trabalho e no quotidiano. Aprenderam a língua após seis meses da sua chegada e arranjaram trabalho ao fim de três semanas. A minha mãe arranjou um trabalho numa fábrica e depois num restaurante e o meu pai num aeroporto e a seguir numa empresa de ar condicionado. Eles acharam o povo português bemeducado, sempre pronto a ajudar e

com boa disposição. Eles, quando viram os cultos dos portugueses e os monumentos, acharam-nos interessantes. Meu Testemunho Eu já nasci em Portugal e sinto-me bem integrado. Tenho muitos amigos e não sinto grandes dificuldades na Língua Portuguesa. Considero-me um privilegiado, porque sou bilingue, sendo também minha a língua e a cultura dos meus pais. Ninguém devia negar as suas origens,

PROJETO CRIA CAPAS A Equipa da BE na sala de aula Articulação com as disciplinas de Português e de Educação Visual No dia 8 de junho de manhã, a equipa da BE foi à sala de aula de Português das turmas A, B e C do 8.º ano, a propósito do projeto "Cria Capas" do livro "O Mundo em que vivi" de Ilse Losa. Este livro foi lido e trabalhado pelos alunos durante o 3.º período nas aulas de Português e de Educação Visual. Em articulação com este projeto, a BE apresentou o tema “Holocausto”, a partir de um power

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

porque todas as línguas e culturas são importantes. Quando isso deixar de acontecer, talvez os outros passem a valorizar e a respeitar mais o que é diferente. Daniel Basarab, nº5, 7ºE, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

point e de um filme/documentário, com o objetivo de fazer a contextualização da obra de Ilse Losa no espaço e no tempo. Os alunos ouviram e viram em silêncio a apresentação que foi feita e no fim colocaram questões. Tentamos sempre que as respostas fossem esclarecedoras e pensamos também que a força das imagens os alertou para o conhecimento de um tempo, não muito distante, que marcou profundamente a História da Europa e do Mundo. Os trabalhos realizados pelos alunos, no âmbito do projeto "Cria capas", foram expostos na BE e na Sala de Multimédia e Produção e revelam a criatividade e

CONCURSO PALAVRAS DO MUNDO EM CARTAZ

a imaginação dos alunos leitores, não só pelo design e imagens escolhidas mas também pelas críticas apresentadas nas badanas das capas, provando a opinião que construíram sobre a esta obra – O Mundo em Vivi de Ilse Losa.

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s alunos do 7.º F inspiraram- Consulta aqui a lista vencedores deste se na obra de Alice Vieira, concurso Leandro, rei da Helíria, para os cartazes do concurso Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos "Palavras do Mundo em Cartaz" integrado na Semana da Leitura. A obra foi estudada na disciplina de Português e os cartazes foram feitos nas aulas de Educação Visual. Seguindo o regulamento, a Professora de Educação Visual selecionou o trabalho da aluna Cláudia Gonçalves para representar o 3º ciclo da Escola Básica Prof. Delfim Santos. O trabalho vencedor do 3.º Ciclo foi o da aluna Bruna Afonseca Agrupamento de Escolas A-ver-o-mar.

O SILÊNCIO Como uma sede estendida, esculpia os volumes, recortava as linhas, aprofundava espaços. Denso da própria realidade, Página 8

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

com um estremecer profundo, percorria a casa, omnipresente.

Bruno Rocha e Pedro Martins, 8.º A, EB.2,3 Prof. Delfim Santos

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JUNHO 2015 MAIO - MÊS DA EUROPA

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

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s turmas do Jardim de Infância e 1.º ciclo da Escola das Laranjeiras participaram no projeto «Mês da Europa». Em novembro, a equipa da Biblioteca apresentou o projeto nas Escolas do 1.º ciclo e Jardim de Infância do agrupamento com o objetivo de promover a articulação vertical e transversal dos conteúdos e reforçar o papel da leitura e da Biblioteca no currículo e no desenvolvimento das literacias. A escola das Laranjeiras acolheu muito bem o projeto e incluiu-o na planificação ao longo do ano. Durante o mês de maio organizou uma exposição com os trabalhos realizados pelos alunos do Jardim de Infância e do 1.º ciclo nos painéis do rés -do-chão e no 1.º piso. Os trabalhos que estão expostos mostram o empenho e a participação dos alunos mais novos do agrupamento e dos seus professores no projeto "Mês da Europa". Todos podem ler sobre geografia, história, valores, lendas, curiosidades, tradições, personalidades... da Europa. Equipa da BE da Escola EB2,3 Professor Delfim Santos

GLADIADOR Naquela cela, o tempo abrandava e descansava um pouco. Lá estava eu, ao canto, encostado a uma parede que escorria água e deitava pó. Os homens das outras celas arfavam como cavalos encanzinados. Lá fora, já na arena, ouviam-se gritos e aplausos. Entrou um homem, de grande porte, para a nossa «cave» e observou-nos pois o imperador deveria ter-lhe dado ordens sobre como queria o gladiador seguinte. O homem abriu a cela do mais pexote e levou-o enquanto ele pedia misericórdia. Este rapaz era pouco experiente, por isso toda a gente sabia o que aconteceria. Mas é isso que o público gosta, da carnificina, de ver os homens naquele transe com aquela osga toda. É disso que eles gostam e é disso que o imperador gosta.

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

imperador. Tantas vidas já tirei a homens inocentes, só para quê? Para prolongar a minha vida durante mais uns dias?

Joana Borralho, n.º 16, 8.º H, EB 2 3, Prof. Delfim Santos

Ouviu-se um corpo a cair morto lá fora e aplausos e gritos excitados percorreram toda a arena. O homem de grande porte voltou a aparecer e com ar de desgosto abriu a minha cela e equipou-me com uma simples durindana. Olhei para os outros homens presos e eles pressentiram o meu ódio. Entrei na arena, passo a passo, e ignorei os gritos e os assobios. Vi o sangue no chão deixado pelo último. Vi do outro lado da arena os soldados do imperador prontos para avançar e lutar até à morte.

Mosaico romano

Olhei para o imperador com ódio, Há muito tempo, vivia eu na Itália até desgosto e raiva e pensei na batalha tudo acontecer. Comecei por tirar vidas que viria, convicto de que seria a minha numa pequena arena do grande última.

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JUNHO 2015 IDA AO MUSEU DE METROLOGIA

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EB1/JI Frei Luís de Sousa

o dia quatro de junho, fomos visitar o Museu de Metrologia, que fica situado em Lisboa, na zona dos Olivais. Deslocámo-nos no autocarro dos Alfacinhas e, quando lá chegámos, dirigimo-nos primeiro para o local onde fazem o controlo dos taxímetros dos táxis que estão em circulação. Ali, fomos recebidos pelo Senhor João que nos apresentou um power point sobre as medidas de comprimento, capacidade e massa. Com esta atividade aprendemos mais coisas acerca das medidas. À medida que o senhor João passava os slides fazia-nos perguntas às quais respondemos com facilidade, porque já tínhamos trabalhado estes assuntos na nossa sala de aula. De seguida, aprendemos os procedimentos sobre como era feita a fiscalização dos taxímetros dos táxis. Depois, subimos as escadas exteriores do museu e lanchámos à entrada da sala das exposições, onde havia um sofá e uma mesa. Quando acabámos de lanchar, fomos divididos em três grupos. Um dos grupos foi para a exposição onde se encontravam várias balanças, pesos, taxímetros e instrumentos para fiscalização das diferentes medidas. Outro grupo foi para o laboratório, onde havia balanças muito sensíveis que são usadas nos laboratórios onde se fazem os medicamentos. Também havia uma balança muito antiga e diversos pesos, sobre os quais foi dito que são muito sensíveis e que, para se manusearem, têm de ser usadas luvas. Este laboratório tem como objetivo testar, verificar e passar certificados das balanças aos comerciantes, para que estes as possam usar como deve ser. Assim, quando vamos às compras, não somos enganados no peso das coisas que compramos. Por fim, o último grupo foi até à sala das experiências, onde se pesaram feijões e sementes de abóbora em balanças de pratos. No final desta atividade, deliciámo-nos com algumas sementes de abóbora. Para que ficássemos todos a conhecer os vários espaços do museu, os três grupos rodaram à vez pelos três espaços. Foi uma visita fantástica, onde aprendemos coisas novas e consolidámos diversos assuntos que já tínhamos tratado. 3.º Ano, Turma B da EB1/JI Frei Luís de Sousa

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JUNHO 2015 “UM CHEIRINHO A QUÍMICA E A FÍSICA…”

EB1/JI das Laranjeiras

Os alunos do 2º B da EB1 das Laranjeiras voltaram a ter na sala “um cheirinho a Química e a Física…”. No dia 23 de abril, esteve na nossa sala a mãe da nossa colega Maria e fizemos várias experiências. Contactámos com fenómenos nos quais se manifestam várias características do ar: diferenças entre o ar quente e o ar frio, a sua utilidade, a identificação do dióxido de carbono, a pressão atmosférica, o facto do ar ocupar espaço, a transformação do Colocar a garrafa com o balão em estado líquido em estado gasoso... água fria, nada acontece; colocar a garrafa com o balão em água quente, A FORÇA DO AR o ar aquece e o balão enche. Verificar que o ar exerce pressão. COMBUSTÃO DE UMA VELA DENTRO DE UM COPO INVERTIDO

Feixe de luz branca

Aparecimento do arco irís

Reflexão da luz

Devido à força que o ar, no exterior, exerce sobre a cartolina, esta permanece segura ao copo, impedindo que a água se entorne.

Refração da luz

Enquanto houver oxigénio dentro do copo, existe chama. Quando o oxigénio acaba, a chama apaga-se. Observámos ainda várias experiências com a luz.

Ao introduzir a palhinha dentro da batata, a força que o ar, no interior da palhinha tapada, exerce sobre as suas paredes impede-a de se dobrar. A pressão do ar aumenta à medida que este é comprimido pela porção de batata que vai entrando na palhinha.

Convergência e divergência através de lentes especiais.

O ar quente sobe

Composição de cores

Nesta aula aprendemos muito. Nós adorámos as experiências. 2ºB, EB1/JI das Laranjeiras

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JUNHO 2015 IDA À KIDZANIA

EB1/JI Frei Luís de Sousa

oficial da kidzania). Para podermos usar os 50 kidzos, tivemos que ir ao banco trocá-los por notas. Alguns meninos foram imediatamente à Escola de Culinária “Bom Petisco”. Ali aprendemos a confecionar um saboroso crepe onde o ingrediente principal era o atum, mas também adicionámos queijo e cenoura cortada

outros preferiram experimentar a carta de condução na pista de karts. Havia vários empregos e todos gostámos de experimentar diversas profissões. No final de cada emprego

A visita à kidzania foi no dia 3 de junho. Saímos da escola pelas 09:30 e chegámos à Kidzania por volta das 10:15. Quando chegámos lanchámos e fomos também recebidos por monitoras que nos colocaram uma pulseira no pulso para podermos entrar em segurança no recinto. Passados alguns instantes, quando todos acabaram de lanchar, entrámos na maravilhosa cidade da Kidzania. Estávamos todos muito ansiosos. Alguns meninos da nossa turma já lá tinham ido e outros não, mas todos queriam ter um bom dia de diversão e trabalho.

A Kidzania funciona no Centro Comercial Dolce Vita, na Pontinha, e é uma cidade construída à nossa escala, com ruas, edifícios, lojas, fábricas e veículos, na qual são recriadas inúmeras profissões e atividades que os adultos desempenham no seu dia a dia. Quando entrámos, ficámos muito surpreendidos, pois parecia que estávamos a entrar numa cidade de verdade. Havia árvores, uma praça central, dois em pequenos palitos. pisos e vários locais de trabalho.

ganhávamos 8 kidzos e cada emprego demorava mais ou menos 15 minutos. A oferta de empregos era enorme, designadamente para a profissão de cozinheiro, jornalista, dentista, veterinário, advogado, juiz, pivô para televisão, cirurgião, caixa de

Ao entrar, recebemos um cheque de 50 kidzos Após isto, alguns meninos e meninas (a moeda quiseram ganhar dinheiro a trabalhar e

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JUNHO 2015 IDA À KIDZANIA (continuação)

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No salão de beleza, aprendemos a superdivertido. cuidar dos cabelos e fizemos maquilhagem ao nosso par, foi

Na escola de música, tocámos vários instrumentos e aprendemos a tocar a música do “Bongo”.

A INTEGRAÇÃO DE UMA ALUNA ESTRANGEIRA

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eu nome é Karla e tenho treze anos. Sou estrangeira e cheguei do Brasil há seis meses. Em Portugal, de parentes só tenho uma tia e dois primos que moram aqui há alguns anos. Confesso que foi e está sendo bem difícil me adaptar, pois a cultura, as disciplinas e o clima são muito diferentes. Quanto à escola, os professores e demais funcionários foram muito recetivos, mas acho que os professores deveriam ser mais pacientes, pois a escola daqui é diferente da do Brasil. Não considero meus colegas muito acolhedores, mas não os julgo, pois eu sou um pouco tímida em relação a isso e muitos estrangeiros sofrem bullying. Sei que para meus colegas também é difícil, pois cheguei aqui há pouco tempo e também têm de se acostumar com uma pessoa nova na turma, que fala e age de modo diferente, e digo isso por experiencia própria.

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Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

Estou- me esforçando ao máximo para me integrar e quem sabe até fazer novos amigos, porque ter amigos do teu lado faz toda a diferença. Bom, isso só com o tempo. Entretanto, vou tentando me acostumar. Mas, sinceramente, se eu pudesse, voltava agora para o Brasil, porque lá foi onde eu nasci e cresci. Mas quem sabe se eu não posso mudar de opinião, pois Portugal é um país muito bonito e organizado. Enfim, um bom lugar para se viver. Mas, por enquanto, minha mente de adolescente fala mais alto e ainda prefiro voltar. Como não sei o dia de amanhã, vivo cada dia tentando me adaptar. Karla Rocha, nº 28, 7º F, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

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JUNHO 2015 VISITA DE ESTUDO AO MUSEU DA METROLOGIA No dia 28 de maio, a turma do 3.º A da Escola EB1/JI Frei Luís de Sousa foi ao Museu da Metrologia. O museu fica nos Olivais e, quando chegámos, fomos convidados a ver uma sessão de informação de medidas de comprimento, capacidade e de massa. De seguida, fomos divididos em três grupos: um dos grupos foi para o museu, onde se encontram várias balanças, pesos, taxímetros e instrumentos para fiscalizarem as medidas de comprimento, capacidade e massa.

EB1/JI Frei Luís de Sousa

Um outro grupo foi para o laboratório. Lá havia balanças muito sensíveis que Texto servem para pesar microgramas, ou seja, medidas mil vezes mais pequenas que o miligrama. O laboratório tem como objetivo testar, verificar e passar certificados às balanças para que possam funcionar como deve ser. Por fim, o último grupo foi até à sala das experiências, onde experimentámos pesar feijão e pipas, em balanças de pratos. Foi uma visita muito interessante, onde aprendemos mais sobre medidas.

SEMANA DA LEITURA

No dia 4 de junho, a biblioteca da Escola E.B.1/JI das Laranjeiras, promoveu a Semana da Leitura e da Poesia – “PALAVRAS DO MUNDO”. Durante este dia, proporcionou-se aos alunos da Escola e Jardim de Infância um conjunto de atividades promotoras

EB1/JI das Laranjeiras

da leitura, dando visibilidade à palavra escrita, cantada, declamada e ilustrada. A Semana da Leitura teve como objetivo estimular o gosto pela leitura, conhecer diferentes autores e estilos literários e reforçar a sua importância para o desenvolvimento intelectual e formação do indivíduo.

Professor Paulo Maurício (2ºA), EB.1/JI das Laranjeiras

FESTA DE FINAL DE ANO NAS LARANJEIRAS

EB1/JI das Laranjeiras

No dia 12 de junho, realizou-se na EB1/JI pela Associação de Pais onde houve As educadoras Sofia Tonicher e Maria Madalena Rafael, EB1/JI, Laranjeiras das Laranjeiras a Festa de Final de ano, comida e muita diversão. que contou com uma aprentação de cada turma e a despedida dos alunos do 4º Ano. As crianças ensairam a apreesntação e decoraram a escola com muito empenho e dedicação para que este dia ficasse na memória de todos. A Festa terminou num Arraial preparado

OLIMPÍADAS DO PORTUGUÊS Ontem, dia 27 de maio, decorreram as Olimpíadas do Português. Na minha opinião, as Olimpíadas do Português são importantes para mostrar aos alunos bons em gramática que podem ser melhores. Ontem, o Agrupamento das Laranjeiras ganhou no 1.º ciclo. No 2.º ciclo, o João Lima da nossa turma ficou em 4.º lugar, a Beatriz Graça, do 6.º D, ficou em 3.º lugar. Em 1.º e 2.º lugar ficaram os Pupilos do Exército. Também ganharam no 3.º Ciclo. No secundário, ganhou uma rapariga do D. Pedro V. Não lhe fizeram perguntas, por era a única concorrente, pois os outros não

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Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos Jo apareceram. O melhor de tudo foi quando ão lanchámos: tanta coisa, bolos mais Di as, bolos […]. Enfim, esta cerimónia foi bonita. Boa 6.º I. sorte para o futuro aos miúdos das EB Olimpíadas.

2,3 Pr of. De lfi m Sa nt os

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JUNHO 2015 VISITA AO JARDIM ZOOLÓGICO

EB1/JI das Laranjeiras

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s turmas do Jardim de Infância das Laranjeiras fizeram o passeio de Final de Ano ao Jardim Zoológico de Lisboa cujo objetivo foi “Educar para conservar a vida animal e os ecossistemas”. Nesta visita as crianças puderam assistir ao espectáculo na “Baía dos Golfinhos”, participar num ateliê promovido pelo Centro Pedagógico do Jardim, passear no comboio e saborear um belo geladinho. As educadoras, Sofia Tonicher e Maria Madalena Rafael, EB1/JI, Laranjeiras

DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA No Jardim de Infância das Laranjeiras, comemorou-se o Dia Internacional da Família tendo os familiares sido convidados a participar nas atividades preparadas pelas educadoras. Foram realizadas as seguintes atividades: Ateliês de Pintura, Ateliês de Recorte e Colagem, Desenho “Às Cegas”, “Jogo do Rabo dos Macacos” e o “jogo dos Peixinhos”. As crianças estiveram muito felizes assim como os adultos que puderam vir até à escola partilhar este momento. Neste dia, todas as crianças fizeram uma SURPRESA para oferecer à família.

As

VISITA DE ESTUDO À QUINTA PEDAGÓGICA DOS OLIVAIS No dia 10 de abril, sexta-feira, fomos à Quinta Pedagógica dos Olivais. Saímos da escola às 14 horas, de autocarro. Quando chegámos, colocámos as malas num banco e fomos lavar as mãos para fazer uma compota de maçã. Vestimos um avental, cortámos 4 maçãs reinetas aos bocadinhos, colocámos 500 gramas de açúcar, 1 pauzinho de canela e meia chávena de vinho do Porto. Depois, mexemos os ingredientes e a cozinheira, Maria do Céu, colocou a panela no fogão. Nós fomos lavar as mãos e visitar a quinta. Vimos alguns animais como o cavalo, o coelho e as cabras e demos-lhes

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EB1/JI das Laranjeiras educadoras, Sofia Tonicher e Maria Madalena Rafael, EB1/JI, Laranjeiras

EB1/JI das Laranjeiras

comida. A seguir, lavámos as mãos para ir lanchar. Quando estávamos a lanchar, vimos um pavão a abrir as penas. No fim do passeio, deram-nos a compota de maçã e regressámos para a escola.

Texto coletivo realizado pelos alunos do 2º C da EB1 das Laranjeiras

Desenho de Carolina Pires 2ºC EB1 Laranjeiras

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JUNHO 2015 MEMÓRIAS DE 2050 As festas de anos Hoje em dia, ninguém festeja o seu aniversário. É apenas mais um dia. Pronto, ainda existe aquela pessoa caridosa que se preocupa e oferece um presente ao aniversariante, desejando os parabéns. Mas naquele tempo… Naquele tempo, sim, festejava-se como deve ser. Havia sempre uma grande festa no dia em que tinham passado alguns anos desde que nascemos. Às vezes, mais do que uma, uma para os amigos e outra para a família. Ia toda a gente, família,

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

amigos, conhecido, amigos dos amigos e familiares desconhecidos. Era sempre uma animação. Todos vinham e desejavam com muita alegria «Parabéns!» e ofereciam-nos presentes. Normalmente, almoçávamos, lanchávamos ou jantavamos todos juntos e já quase no fim da festa, toda a gente se reunia à volta de uma mesa e cantavam os chamados «Parabéns» em frente a um bolo com as velas acesas. No fim, toda a gente se ia embora e o aniversariante ficava ali, feliz pela festa, do ano seguinte. Vasco Pestana Couto, 7.º D, EB 2,3 Prof. Delfim mas já entusiasmado à espera da festa

Santos

O MUNDO EM QUE VIVI, DE ILSE LOSA A obra O mundo em que vivi, de Ilse Losa, é um livro que fala da discriminação que existia na Alemanha relativamente aos judeus. Na minha opinião, este livro tem vários aspetos positivos. Primeiramente, está muito bem escrito, sendo por isso um livro adequado a várias idades. Depois, é um livro que fala de um tema bastante interessante e que nos ajuda a perceber como era a realidade na altura que retrata. Por fim, ao estar

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escrito na primeira pessoa e sendo ela Rose, uma judia, acho que se percebe melhor tudo o que os judeus passaram e o sofrimento que isso lhes trouxe. Em suma, gostei muito de ler o livro, que achei muito interessante e descritivo. Catarina Almeida Garcia da Silva, 8.º H, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

DIA DA CRIANÇA 1 de junho de 2015 A Biblioteca comemorou o Dia da Criança com uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos de Ensino Especial (UEEA). Decorou os painéis com textos da carta dos direitos fundamentais do cidadão europeu e organizou uma mostra de livros alusiva a esta comemoração. Neste dia da criança, a equipa da BE convidou os alunos “MELHORES LEITORES” de requisição domiciliária e os alunos que se distinguiram ao longo do ano nas atividades desenvolvidas pela Biblioteca para receberem os prémios que lhe foram atribuídos. O professor Luís Luís associou-se a esta festa das crianças da Escola e encheu o pátio da escola com música. A turma que participou neste momento de música foi o 5.º I.

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Melhores leitores de requisição domiciliária Gonçalo Ribeiro - 6.º Ano Turma E Maria Madalena Oliveira 7.º Ano Turma D Mariam Coulibaly - 7.º Ano Turma G Mariana Silva - 5.º Ano Turma C Como pretendemos estimular cada vez mais o prazer da leitura, verificamos que no fim todos gostaram dos prémios e, lembrando já o tempo de férias que se aproxima, pensamos que faz bem ler em qualquer lugar. Equipa da BE da Escola EB2,3 Professor Delfim Santos

Estes são os alunos premiados pela BE: Concurso Mascote da BE Sofia Silva - 7.º Ano Turma F Beatriz Barra - 7.º Ano Turma F Concurso Nacional de Leitura Rafael Pereira - 7.º Ano Turma E

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JUNHO 2015 DIA DA CRIANÇA NAS LARANJEIRAS

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

Ponto de Poesia 2015

todos, desde o Jardim de Infância ao 4.º ano. Os alunos estavam muito bem No dia 4 de junho, para comemorar o preparados e as encenações Dia da Criança na Escola das Laranjeiras, a Equipa da BE organizou o ponto de Poesia na Biblioteca. No início de maio, as professoras bibliotecárias distribuíram livros de poesia pelas salas de aula e os professores escolheram os que mais gostavam para os trabalhar com os alunos nas aulas. Apresentaram também um calendário aos professores e uma metodologia de leitura e apresentação dos poemas que os professores aceitaram ou reorganizaram de acordo com o trabalho dos alunos. Para este ponto de poesia foram escolhidos, entre outros, os poemas de Álvaro Magalhães "O Limpa palavras"; de Eugénio de Andrade "Aquela Nuvem e as outras"; de Eugénio Viale Moutinho "O livrinho de Versos para rir"; de José Fanha "Cantigas e Cantigos Para Formigas e Formigos"; de Luís Infante "Poemas Pequeninos para meninos e meninas"; de Matilde Rosa Araújo "O livro de Tila", de Luísa Ducla Soares "Todos no Sofá" e vários poetas da antologia "O meu primeiro livro de Poesia" de Sophia de Mello Breyner Andresen. Ao longo deste dia da poesia, dedicado às crianças da Escola das Laranjeiras aplaudimos os alunos mais novos do agrupamento, uma vez que contámos com a participação de

MANIFESTO

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

Gritava contra o silêncio.

Grito-uivo: MANIFESTO!

E o grito, fenda aberta Como ferida, Derramando sangue, Na paz da noite...

Gritava contra as paredes, Contra as pedras.

Gritava como se quisesse atingir um ausente, Acordar um adormecido, Tocar o coração de um morto!

Gritava para o fundo do silêncio.

Cláudia Silva e Maria Inês, 8.º C, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

Grito-desespero Grito-saudade Grito-tristeza

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JUNHO 2015 INTEGRAÇÃO NA ESCOLA

D

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

interessassem pelos meus modos e origens. tradições. Se fosse estrangeiro, tentava juntar-me Rita Fonseca, nº27, 7ºE a uma pessoa que se identificasse comigo. Quando chega alguém novo, Vasco Oliveira, nº30, 7ºE estrangeiro, à escola, devemos ajudá-lo a integrar-se. Por exemplo, fazer festas no magusto e no Natal, mostrar-lhe a escola e pô-lo numa turma de PLNM. Diogo Ferreira, nº7, 7ºE No dia da Europa nunca desvalorizar a Lá por as pessoas serem diferentes não cultura dos outros. quer dizer que não tenham direitos

everíamos começar por falar com esse novo aluno e perguntar-lhe de onde vinha, como eram as escolas no pais onde vivia, para nós nos aprecebermos da melhor maneira a o que estaria habituado e o ajudarmos, pois se eu chegasse a uma escola no estrangeiro, era assim que gostava de ser recebido.

Se um estrangeiro chegasse à minha escola, eu mostrava-lha e tentaria aprender ao máximo sobre a sua Cultura e Histórias. Acharia muito interessante, pois é sempre bom e engraçado, saber como cada pessoa come, fala ...

Maria Sousa, nº16, 7ºE

Se um aluno estrangeiro chegasse à nossa escola, eu cumprimentava-o e apresentava-o a todos os meus colegas e amigos para ele não ficar sozinho, num "mundo desconhecido". Faria isto como também gostava que Iria também descobrir mais sobre os mo fizessem a mim se eu fosse costumes e tradições do seu país e explicava-lhe um pouco das minhas, estrangeira. Gostava que me respeitassem e se descobrindo mais sobre as nossas

O GRITO O silêncio, profundo,

iguais. Os estrangeiros chegados a uma escola não devem ser tratados de maneira diferente.

Se chegar um aluno estrangeiro à turma, por exemplo, Chinês, vou começar a conviver mais com ele e até não sei se podíamos ir a um restaurante Chinês. Daniel Basarab, nº5, 7ºE

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

como

um

estremecer Gritava como se estivesse só no mundo

Percorria a casa. E foi então que se ouviu o grito.

Desde o fogo da estrela

Como se tivesse ultrapassado toda a Até ao brilho polido da mesa companhia Se tinha tornado desconhecido. E tivesse encontrado a pura solidão... Maria Freitas e Iúri Rocha, 8.º A. EB. 2,3, Prof. Delfim Santos

Longo, agudo, desmedido. Gritava para o fundo do universo, A mulher gritava contra as paredes,

Para o fundo do espaço,

Contra as pedras,

Para o fundo da ocultação da noite,

Contra a sombra da noite...

Para o fundo do silêncio.

Como se arrancasse do chão O desespero puro.

Tudo agora,

A G R U PA M E N T O D E E S C O L A S D A S L A R A N J E I R A S Escola Secundária D. Pedro V

Estrada das Laranjeira, 122 1600-136 Lisboa

direcao@ael.edu.pt

Escola Básica 2. 3. Prof. Delfim Santos

Rua Maestro Frederico Freitas 1500-400 Lisboa

eb23delfimsantos@mail.telepac.pt

EB1/JI Frei Luís de Sousa

Rua Raul Carapinha 1500-042 Lisboa

escola.freiluis49@gmail.com

EB1/JI António Nobre

Rua António Nobre, 49 1500-046 Lisboa

eb1antonionobre@gmail.com

EB1/JI Laranjeiras

Rua Virgílio Correia, 30 1600-224 Lisboa

eb1daslaranjeiras@gmail.com

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