Viva Voz, n.º 24, maio 2015

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EDIÇÃO N.º 24 MAIO DE 2015 DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DA CULTURA. Pág. 2

MATEMÁTICA E MÚSICA. Págs. 2 e 3

III CONCURSO INFANTO-JUVENIL LA ATREVIDA Pág. 4

DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DA CULTURA

FICHA TÉCNICA Conceção e implementação do projeto: Ana Correia, Lígia Arruda e Lucinda Marques (Professoras bibliotecárias do AEL) Coordenação do projeto: Lígia Arruda Revisão de artigos: Alice Costa Conceção e montagem gráfica: Alexandre Rodrigues e Carla Carvalho Periodicidade: mensal (exceto agosto) Envio de artigos: viva.voz@ael.edu.pt

MÊS DA EUROPA Págs. 5,10 e 11

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AS ATIVIDADES DO PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE, EDUCAÇÃO SEXUAL E EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA (PESESEC) NO AEL Pág. 6


MAIO 2015 "DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA E DA CULTURA" DO ESPAÇO LUSÓFONO

O

Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP) aprovou a data de 05 de Maio como o "Dia da Língua Portuguesa e da Cultura" do espaço lusófono, a celebrar obrigatoriamente todos os anos, com o intuito de reforçar o papel do Português e da Cultura lusófona no mundo. A Escola Secundária D. Pedro V celebrou esta data, com uma palestra, no Auditório Chaves Santos, proferida pela Profª Dr.ª Ana Paula Laborinho, Presidente do Instituto Camões, agora denominado da Língua e da Cooperação. Puderam, assim, os nossos alunos, tomar uma melhor consciência da importância da Língua Portuguesa no mundo. Falado por 244 milhões de pessoas em todo o mundo, o português é a sexta língua mais falada do globo, mas é a quinta mais usada por 82,5 milhões de cibernautas na Internet e a terceira nas redes sociais Facebook e Twitter. No Facebook, o português é a terceira língua mais usada (58,5 milhões de utilizadores) a seguir ao inglês (359 milhões) e ao espanhol (142 milhões). Também no Twitter, o português é a terceira língua mais usada, representando 12% do total de tweets enviados, a seguir ao inglês (39%) e ao

japonês (14%). Para além dos países da CPLP, é preciso contabilizar também as diásporas, que ascendem a quase 10 milhões de falantes de português, incluindo os 4,8 milhões de emigrantes portugueses e três milhões de brasileiros, segundo dados de 2010. A língua portuguesa é ainda falada em locais por onde os portugueses passaram ao longo da História como Macau, Goa (Índia) e Malaca (Malásia). Segundo o Observatório da Língua Portuguesa, o português é a língua mais falada no hemisfério sul, com 217 milhões de falantes em Angola, Brasil, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Entre as línguas europeias, o português surge como a sexta língua do mundo mais utilizada nos negócios. Todos estes números tenderão, no entanto, a mudar, à medida que muda o mapa do português no mundo. Segundo estimativas do Governo português, tendo em conta a evolução demográfica, até 2050 o número de pessoas no mundo a falar a língua de Camões deverá aumentar para 335 milhões. Foram lidos, por vários alunos da Escola Secundária D. Pedro V, textos selecionados de autores dos países de língua oficial portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,

MATEMÁTICA E MÚSICA

A importância das frações na Música A música não existe sem a matemática. A m ús i ca j á exi s ti a a ntes d o desenvolvimento da matemática, porque a combinação dos sons, ainda que em boa parte dominada por relações matemáticas, baseia-se em nossa perceção psicoacústica, ou seja, nossa perceção fisiológica do som. A música pode ser usada para ilustrar alguns conceitos matemáticos. As figuras de tempo (duração) das notas, por exemplo, são frações de compasso do tipo 1/2, 1/4, 1/8, etc.

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Escola Sec. D. Pedro V

Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Alice Costa, Coordenadora do Departamento de Línguas

Escola Sec. D. Pedro V

Repara que no início da pauta, logo após a clave de sol, há uma fração. (quatro por quatro). É essa fração é que nos indica (através do numerador) quantos tempos teremos em cada compasso, e (através do denominador) que figura de som representará cada um desses tempos. Na fração de compasso, o numerador da fração (número que está em cima) indica-nos quantos tempos terá em cada compasso da partitura. No exemplo acima, o numerador (nº 4) diz que cada compasso terá quatro tempos.

Isso quer dizer que de quatro em quatro tempos iniciamos um novo compasso. Ou ainda, se cada tempo do compasso tiver um segundo de duração, a cada quatro segundos, passaríamos de um compasso para o seguinte. Se o numerador for o nº 3, diz-nos que cada compasso terá TRÊS tempos. Isso quer dizer que de TRÊS em TRÊS tempos iniciamos um novo compasso. E qual é a importância do denominador?

A semínima (1/4 da semibreve) é a figura que é representada pelo número 4. Logo, podemos deduzir que, se a fração de compasso é 4/4 (quatro por quatro), cada compasso será formado por quatro semínimas, ou figuras que equivalham às quatro semínimas.

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MAIO 2015 MATEMÁTICA E MÚSICA (CONTINUAÇÃO) E se a fração de compasso fosse tem a ver com a relação matemática 3/2 (três por dois)? entre os sons: duas notas soando juntas são agradáveis ou não conforme a

Neste caso, cada compasso deverá ter três mínimas ou figuras equivalentes, pois a mínima é a figura de som representada pela fração 1/2 (um meio); por isso, o numerador da fração de compasso no exemplo acima é o nº 2. Compassos

distância de suas alturas (frequências), sobretudo pela combinação de seus harmónicos. O intervalo mais consonante é a oitava, onde a frequência de uma nota é o dobro da outra e todos os seus harmónicos são

Escola Sec. D. Pedro V

relações e fez a experiência com um monocórdio, segundo Abdounur, no qual descobriu mais algumas relações entre estes números, como a proporção dos pesos entre si. Podemos notar que o martelo que pesava 6 correspondia à metade (½) do peso do martelo de 12, o martelo de 8 correspondia a dois terços (⅔) do martelo que pesava 12 e o martelo de 9 correspondia a (¾) do martelo que pesava 12. Esta relação foi utilizada por Pitágoras; noa experiência com o monocórdio, ele observou que o som produzido pressionando metade (½) da corda era o mesmo, porém mais agudo que o som produzido pela corda solta (corda inteira), que é conhecido como oitava de um som. Analogamente, observou o som produzido pressionando a corda em (⅔) e (¾), os dois sons combinavam com o som da corda inteira, a estes dáse o nome, respetivamente, de quinta e quarta nota de uma nota padrão que no caso da experiência era a corda solta.

iguais.

Continuando as medições, Pitágoras descobriu as relações observadas na figura.

Como estamos geralmente interessados nas relações ou razões entre as alturas (conhecidas como intervalos ) e não nas alturas precisas em si mesmas para descrever a escala, é comum nos referirmos a todas as alturas da escala em termos de sua razão a partir de uma altura particular, à qual é dado o valor um (escrito geralmente 1/1 quando se discute a entonação justa). Entonação Justa Um som agradável ou desagradável

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O filósofo grego Pitágoras quis saber que relação existia entre os martelos que eram harmónicos; pressupôs algumas possíveis razões como a força com que o martelo era conduzido, e, como não conseguiu encontrar a resposta, decidiu pesar os martelos. Então notou que a massa de cada martelo era de 12, 9, 8 e 6 unidades de medidas. Se utilizarmos estes números podemos notar que 9 é a média aritmética e 8 a média harmônica de 6 e 12. Mas Pitágoras não se satisfez com tais

Mariana Andrade, Professora de Matemática, ESDPV

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MAIO 2015 III CONCURSO INFANTO-JUVENIL LA ATREVIDA

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

III Concurso Infanto-Juvenil La Atrevida Temos dois textos selecionados para fazerem parte da Antologia Atrevida ARCO-ÍRIS Ana Margarida Mendonça Martins de Oliveira – 11-04-2002 Lisboa - Portugal E.B. 2/3 Professor Delfim Santos A LEVA DOS FENÓMENOS ATMOSFÉRICOS Joana Nobre Borralho – 28-05-2001 Lisboa – Portugal E.B. 2/3 Professor Delfim Santos Parabéns às nossas alunas! Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

ALUNOS DO 5.º F E 5.º G DA ESCOLA DELFIM SANTOS FAZEM NOTÍCIA NO DN Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

No dia 7 de maio, as turmas 5.º G e 5.º F da Escola Delfim Santos visitaram o Diário de Notícias (DN), no Pavilhão de Portugal. Pelas 9h, saímos da escola acompanhados pelos professores de Português, Educação Física, H.G.P e Matemática. No autocarro, íamos divertidíssimos, cantámos durante toda a viagem! Por sorte, a nossa visita coincidia com a inauguração das comemorações dos 150 anos do DN, era um dia de festa. À chegada, uma senhora recebeu-nos. Entrámos no pavilhão e deitámos mãos à obra: vestimos os coletes de jornalistas, tirámos fotos de grupo e instalámo-nos na sala de redação. Depois de uma breve apresentação sobre como redigir notícias e como editá-las na página de um jornal, formámos equipas e iniciámos a elaboração da nossa “Primeira página”. Imprimiram-nos os nossos trabalhos e, enquanto víamos um pequeno filme da história do DN, apareceu o ardina que nos “vendeu” o DN “Olha o DN, edição especial 150 anos”. Terminámos a nossa visita com uma rápida passagem pela exposição que assinalava o aniversário deste jornal. Mais umas fotos e despedimo-nos. Foi uma excelente experiência jornalística. Página 4

Turmas 5.º F e 5.º G, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

Mini-jornalistas participam na inauguração das comemorações dos 150 anos do DN

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MAIO 2015 PROJETO "AS AVENTURAS DA EUROPA"

Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

FÍSICO-QUÍMICA

EV E VT

PORTUGUÊS

Exposição final maio, no Bloco A

Ciência e Cientistas, Lendas e Contos tradicionais, Costumes, Tradições, Curiosidades... Estas exposições decorreram na sala de produção e multimédia entre os meses de fevereiro e maio. A equipa da BE selecionou os mais representativos para integrar a exposição final de maio onde se destacou o Dia da Europa - 9 de maio dia em que se comemora a paz e a unidade da Europa

HISTÓRIA

O historiador Francês Jacques Le Goff disse que a Europa "é uma bela aventura"... Foi esta ideia que esteve na base da conceção do projeto elaborado em novembro e apresentado ao Conselho Pedagógico, ao qual foi atribuído o nome de "As aventuras da Europa". O projeto tinha como meta desenvolver o conhecimento dos alunos acerca do continente em que vivem hoje, a partir do trabalho realizado na sala de aula e na Biblioteca Escolar. Porque a Europa foi o palco da Antiguidade da Grécia e de Roma, foi aqui, também que o Cristianismo cresceu ao longo da Idade Média, que se deu o movimento humanístico e artístico conhecido por Renascimento, que ocorreu a mudança da perceção do mundo que resultou da Revolução Científica criadora da Ciência Moderna, que brilhou com intensidade o Iluminismo logo seguido do Romantismo, que eclodiu a Revolução Industrial que alterou a economia de todo o planeta, que surgiu a arte de vanguarda e, que a 9 de maio de 1950 Robert Schumann, querendo levantar a Europa das ruínas da Segunda Guerra Mundial, propôs a criação da Comunidade Económica do Carvão e do Aço antecessora da atual União Europeia. Para este projeto definimos quatro objetivos: Promover a articulação vertical e transversal dos conteúdos. Reforçar o papel da leitura e da Biblioteca no currículo e no desenvolvimento das literacias. Promover encontros com convidados que permitam a colocação de questões e o debate de ideias. Continuar a construir esta aventura que a história nos legou. E propusemos várias atividades: Exposição mensal por cada departamento

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

entre 4 e 15 de

Palestras com convidados exteriores Oficina turmas)

Europa

(inscrição

de

Cinema Em fevereiro, os departamentos começaram a expor os trabalhos dos alunos realizados nas disciplinas que participaram no projeto. Os temas apresentados passaram pela Antiguidade Clássica, Renascimento, Humanismo, Arte de vanguarda, Autores e educação literária, Música, Geografia,

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GEOGRAFIA

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MAIO 2015 PROJETO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE, EDUCAÇÃO SEXUAL E EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA (PESESEC) NO AEL Escola Sec. D. Pedro V

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ecorreram com grande entusiamo as atividades do PESESEC subordinadas às temáticas: Almoço virtual, Cidadania e Prevenção rodoviária e Bullying, Ciberbullying e Dependências. A atividade Almoço virtual da empresa KeyPoint decorreu na ESDPV entre os dias 13 e 17 de abril e na Esc. EB 2,3 Delfim Santos na semana que se lhe seguiu. Na ESDPV, participaram as turmas: 7º1, 7º2, 7º3, 8º1, 8º2, 8º3, 9º1, 9º2, 10º10, 10º11, 10º13, 10º14, 10º 15, 11º 10, 11º12,11º 13, 11º14 e 110 15 e respetivos professores, assim como diversos funcionários administrativos e outros. Tratou-se de uma atividade muito interessante que levou ao conhecimento dos alunos o valor nutricional dos alimentos através da simulação de uma refeição servida no refeitório montado para o efeito em cada uma das escolas. Na parte final das atividades, os alunos responderam a um questionário e foram presenteados com uma garrafa metálica vermelha com a designação da atividade – Almoço Virtual - que se destina à água que deverão beber diariamente. A atividade Cidadania e Prevenção rodoviária, que teve a colaboração da Escola de Condução das Laranjeiras, realizou-se na ESDPV entre os dias 27 e 30 de abril. Esta atividade decorreu em sala de aula e motivou também grande interesse da parte dos alunos que puderam verificar a importância das regras necessárias à circulação, quer dos condutores, quer dos transeuntes.

Participaram nestas sessões as turmas: 10º1, 10º 2, 10º3,10º5, 10º6, 10º7, 10º8, 10º10,10º11, 10º13, 10º 14, 11º4, 12º1, 12º5 e respetivos professores. Os alunos puderam ainda ver diversos filmes sobre as regras necessárias a uma condução cautelosa e respeitadora de todos os que circulam nas estradas portuguesas. Na parte final das sessões, os alunos responderam a um questionário sobre o trabalho realizado em sala de aula. A atividade Bullying e Ciberbullying e Dependências realizou-se no Auditório da escola, no dia 7 de maio, com a participação das turmas: 8º1, 8º2 e 8º3 e 9º1 e 9º2 e também com as turmas do 10º4, 10º5 e 10º13. A sessão foi dinamizada pela Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches ERISA - e contou com a presença do Diretor do AEL que, no início, teceu importantes palavras sobre o tema. Os alunos mostraram-se muito interessados e colocaram numerosas questões, sobretudo sobre a temática do bullying, que foi a que mais os motivou. O PESESEC realiza, no dia 14 de maio, uma nova atividade na ESDPV BioDanza - destinada aos alunos da escola. No dia 21, a mesma atividade será dirigida aos pais e encarregados de educação e aos professores e restantes funcionários da escola.

ARTES DO ESPETÁCULO-INTERPRETAÇÃO

Maria Gabriela Silva, (Coordenadora do PESESEC/PERA – AEL)

Escola Sec. D. Pedro V

Este ano, os alunos do 11º 13 do Curso de Artes do Espetáculo-Interpretação voltaram a vestir as suas personagens de cheerleaders e haka e a participar na animação da receção aos participantes no Campeonato Nacional de Desporto Escolar 2015. Desta vez, foi a estação de Santa Apolónia que se encheu de movimento e boa disposição com as coreografias e refrões de boas vindas aos alunos atletas vindos de todo o país. A atividade decorreu no dia 14 de maio. Notícia enviada pela docente Mariana Rosário, ESDPV

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MAIO 2015 VISITA DE ESTUDO A MAFRA “Então D. João, quinto do seu nome, assim assegurado sobre o mérito do empenho, levantou a voz para que claramente o ouvisse quem estava e o soubessem amanhã cidade e reino, Prometo, pela minha palavra real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a rainha me der um filho no prazo de um ano a contar deste dia em que estamos, (…).” José Saramago, Memorial do Convento

Desta promessa nasceu o Real Convento de Mafra, edificado, fora da vila velha de Mafra, no Alto da Vela. Os alunos das turmas 1, 3, 4 e 5 do 12º ano, acompanhados pelas professoras Carmo Henriques e Leonilde Timóteo, tiveram, no passado dia 20 de abril, a oportunidade de visitar este monumental edifício, cuja construção, juntamente com outros aspetos históricos e ficcionais, dá corpo à obra Memorial do Convento, de José Saramago. Esta visita de estudo, realizada no âmbito da disciplina de Português, dividiu-se em duas atividades: uma visita guiada ao Palácio Nacional de Mafra e a visualização de uma peça de teatro baseada no romance de José Saramago. Após a chegada a Mafra, os alunos foram divididos em dois grupos acompanhados, cada um, por um guia que conduziu e orientou a visita, que se iniciou com uma contemplação exterior da fachada do Palácio. Os respetivos guias

Escola Sec. D. Pedro V

começaram por fazer uma abordagem generalizada da história do Palácio Nacional de Mafra e, simultaneamente, uma contextualização histórica da obra. Neste momento inicial, destaca-se a presença imponente da pedra mãe, enquanto um dos elementos mais simbólicos da obra. Seguidamente, observaram-se as esculturas provenientes de Itália que ornamentam o exterior da Basílica. A visita prosseguiu no interior do monumento, onde os alunos tiveram a oportunidade de observar os pormenores, que refletem a grandiosidade do projeto de D. João V e que permitem estabelecer uma comparação entre a Basílica do Convento de Mafra e a Basílica de S. Pedro, em Roma. Após subirmos numerosos e cansativos degraus, chegámos, finalmente, ao interior do Palácio, de onde se destacam a sala do Trono, os Torreões Norte e Sul – respetivamente, os aposentos privados do Rei e da Rainha as salas de caça, da música, dos jogos, e o salão grande dos frades. Contiguamente ao Palácio surgem o núcleo conventual e, por fim, o ponto alto da visita, a Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, que é considerada a mais importante biblioteca portuguesa. Este espaço, verdadeiramente inspirador do Saber, foi frequentado por José Saramago, quando fazia a sua pesquisa para a realização do Memorial do Convento. Por último, os alunos assistiram a uma representação da obra que se distingue,

numa fase inicial, pela sua componente iterativa e pela sua eficácia em condensar os momentos mais importantes do romance numa peça de pouco mais de duas horas. Para concluir, gostaria de realçar, enquanto aluna, quão importante esta visita de estudo é para a análise da obra Memorial do Convento, não só porque o Palácio Nacional de Mafra corporiza alguns dos seus elementos históricos, ao mesmo tempo que a peça evidencia a sua simbologia, mas também porque ambos incentivam a interpretação da obra e permitem a consolidação do seu estudo.

VISITA DE ESTUDO DO 9º1 E DO 11º5 AO ESTUÁRIO DO TEJO

Marta Cruz, nº 19, 12º5, ESDPV

Escola Sec. D. Pedro V

No dia 22 de Abril, a turma 9º1 Foi uma Visita que tivemos muito gosto participou numa Visita de Estudo ao em realizar. Joana Bernardo, ESDPV Estuário do Tejo, onde também participaram os alunos da turma 11º5. Visitámos o Castelo de S. Jorge, o Cais das Colunas, o Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros, o Museu Naval de Almada e a Casa da Cerca. No final da visita, registámos vários aspetos positivos. Achámos que foi um bom momento de interação com os colegas, conhecemos novos lugares, visitámos o Núcleo Arqueológico dos Correeiros, aprendemos a observar a paisagem, vimos vistas magníficas e visitámos locais onde nunca tínhamos ido.

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MAIO 2015 A VIDA DO CASAL FELIZ NUMA ALDEIA DE TRÁS-OS-MONTES

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aria Feliz e Feliz são um casal alemão que deixou a antiga República Democrática Alemã há trinta anos. Deixaram o país onde viviam pois não se identificavam com o regime e com as estruturas sociais do país, por não viverem de uma forma sensata, mas sim materialista. Hoje, apesar de já terem estado a viver em vários sítios de Portugal, vivem na margem direita do rio Sordo, em Moçães, no concelho de Vila Real, em Trás os Montes. Vivem em contacto com a Natureza, pois não têm eletricidade e novas tecnologias. Colhem tudo o que comem

e vivem do que a Natureza lhes dá. Trabalham os dias todos, a toda a hora, e nunca tiram férias. De manhã, tomam um banho de água fria e, às vezes, tomam banho de água quente à noite. Vivem quase de uma forma sedentária. Este casal, na minha opinião, mudou-se para Portugal à procura do que eles sentiam que lhes faltava. São felizes pois vivem do que trabalham. O seu lema é “reza e trabalha”; porém, não são religiosos. Procuravam a sensatez e não o materialismo, a paz. Eu admiro-os, contudo não me acho capaz de viver de tal forma.

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https://www.google.pt/search?q=rio+sordo Rita Fonseca, nº27, 7ºE, EB 2,3 Prof. Delfim Santos

IDA AO TEATRO No passado dia onze de maio, fomos assistir à peça de teatro “Os Cozinheiros de Oz” promovida pelos alunos do 12.º 13 do Curso de Artes de Espetáculo, da Escola Secundária D. Pedro V. Deslocámo-nos a pé e, quando chegámos a Sete Rios, encontrámos os meninos da Escola António Nobre, que também iam ver o teatro e estavam a ser acompanhados pelos agentes da PSP. A partir dali, seguimos todos juntos e a PSP ajudou-nos a atravessar as passadeiras, com mais segurança, até chegarmos à Escola D. Pedro V. Quando chegámos à Escola D. Pedro V, fomos muito bem recebidos e até nos ofereceram uma garrafa de água, pois naquele dia estava muito calor e estávamos cheios de sede. Aguardámos um bocadinho à entrada do anfiteatro e, seguidamente, a Joana Matos falou-nos um pouco acerca da peça a que íamos assistir. O teatro começou por volta das quinze horas e terminou às quinze e trinta. A peça foi pequena, mas muito engraçada. Retratava as aventuras de um chefe de cozinha muito resmungão e da sua ajudante, a Umbelina, que estava apaixonada por um cantor que também apareceu para ajudar na cozinha. Ao longo da peça, numa hilariante aventura e boa disposição, foram confecionadas duas sobremesas, uma mousse de chocolate e uma tarte de natas com maçã e amêndoas. O ajudante de sala, que servia às mesas, é que levava as sobremesas para o salão onde estavam os clientes. Mas estes, nós não os chegámos a ver. No início da peça, a Umbelina estava

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

Escola EB1/JI Frei Luís de

a reclamar com o chefe e queixava-se que ele tinha que contratar mais um ajudante porque tinha muito trabalho. Depois, apareceu um rapaz cantor que se ofereceu para ocupar o lugar de ajudante porque estava a precisar de um trabalho. O chefe concordou e começaram logo a fazer uma mousse de chocolate. Enquanto cozinhavam, iam cantando os procedimentos para confecionar a sobremesa. Quem cantou a receita desta sobremesa foi o cantor que estava apaixonado pela cozinheira. No final, percebemos que a mousse não ficou bem feita porque os clientes recusaram comê-la. O chefe começou a disparatar com o rapaz cantor e anunciou que agora seria ele a cantar a próxima receita, que era uma tarte de natas com maçã e amêndoas. E de certeza que iria ficar mesmo boa. Na verdade, ficou péssima e os clientes também a recusaram. Até fizeram uma aposta com o ajudante de sala em que lhe dariam uma boa gorjeta se ele atirasse as tartes à cara dos cozinheiros. E assim aconteceu. Foi uma gargalhada geral, todo o público se divertiu e riu da situação. Gostei muito desta peça de teatro que,

apesar de pequena, foi bastante engraçada e a maior parte das falas das personagens eram sempre a rimar. Carolina Beatriz Marques, 3.º Ano Turma B

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MAIO 2015 PÊRO DIAS E O NATIVO (A IMPORTÂNCIA DAS LÍNGUAS) Bibliografia ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, O Cavaleiro da Dinamarca, s/d, Porto, editora Figueirinhas, pp. 42-45 Webgrafia http://cavaleirodinamarca.webs.com/ perodias.htm; http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%AAro _Dias; http://cavaleirodadinamarca2010.blogs pot.pt/2011/01/quarta-narrativaencaixada-pero-dias.html . https://www.google.pt/search?q=Pero+dias Salvador Gonçalves, nº29, 7ºE, EB 2,3 Prof. Delfim Santos https://www.google.pt/search?q=Pero+dias

Pêro Dias foi um navegador Português do século XIV da época dos Descobrimentos de Portugal, que ajudou bastante para a descoberta de novas terras. Era irmão de Bartolomeu Dias e, juntamente com ele, dobrou o Cabo das Tormentas que viria a ser chamado Cabo da Boa Esperança. O objetivo das suas viagens, no entanto, era apenas o de alcançar o cabo e não passar por ele. Contudo, quando o seu navio foi apanhado por uma tempestade, foi empurrado para além do cabo, no lado oriental de África, afastando-se do resto da tripulação. Pêro Dias teve de voltar pelo mar Vermelho, sendo um dos primeiros ocidentais a tentar tal feito naquele tempo. Existe um episódio na obra O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner Andresen onde se fala de Pêro Dias e dos contactos com povos nativos. Pêro Dias morreu quando tentava comunicar com um nativo africano. Tendo ficado desconfiados um do outro, acabaram por se matar, em legitima defesa, por não se entenderem (E com a lança do gentio e a espada do cristão, os marinheiros fizeram uma cruz, que espetaram na areia entre os túmulos dos dois homens mortos por não poderem dialogar, p. 45). A leitura deste excerto permitiu-me ver como é importante sabermos várias línguas para podermos comunicar convenientemente.

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

CINEMA “A VIDA É BELA”

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

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inda integrado nas atividades do mês da Europa os alunos assistiram, no dia 26 de maio, ao filme "A Vida é Bela". Nesta sessão da hora do almoço, os alunos viram um filme inesquecível, quer pelo desempenho do ator Roberto Benigni, quer pela história romântica e comovente, que se passa durante a 2.ª Guerra Mundial em Itália. O judeu Guido (Robert Benigni) e o seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazi. Aqui, ele tem de usar a imaginação e a ternura para fazer o filho acreditar que estão a participar numa brincadeira com o objetivo de trazer tranquilidade e de o proteger do terror e da violência que os cercam.

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Equipa da BE da Escola EB 2,3 Prof. Delfim Santos

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MAIO 2015 “OFICINA EUROPA" (MAIO MÊS DA EUROPA) Entre 4 e 15 de maio decorreram na Biblioteca Delfim Santos as "Oficina Europa". Estas atividades fizeram parte do projeto "Mês da Europa". A partir de uma parceria com o CIEJD (Centro de Informação Europeia Jacques Delors) organizámos uma exposição de cartazes com os Direitos do Cidadão Europeu e outros que destacam aspetos, políticos, económicos, culturais e sociais que fazem parte da União Europeia desde a sua formação. Esta exposição integrouse numa mostra de trabalhos realizados pelos alunos no âmbito das disciplinas que participaram no projeto. Na "Oficina Europa", tivemos a participação de 15 turmas do 5.º ao 9.º ano de acordo com o calendário elaborado pela equipa da biblioteca. Partindo de uma breve apresentação dos painéis com as exposições, seguiu-se a visualização de um power-point e uma atividade prática realizada em grupo No fim, os alunos preencheram a ficha de avaliação da atividade onde se verificou a participação e o interesse dos alunos, que referiram as suas opiniões, das quais destacamos as seguintes: «...ajuda na aprendizagem. ...gostámos muito. ...gostámos muito e foi muito educativo. ...foi uma boa apresentação e foi

HORA DO CONTO

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

interessante. ...aprendemos bastante sobre a União Europeia. ...gostamos particularmente dos vídeos. ...conseguimos aprender mais sobre a história da União Europeia. ...é uma atividade que precisa de bastante atenção, por isso os alunos mais desatentos não vão conseguir fazer a atividade. ...a apresentação foi ótima. ...aprendemos mais sobre a União Europeia e sobre as leis e os direitos das pessoas. ...sugerimos que haja atividades como esta que nos melhora a aprendizagem. ...foi muito bom e aprendemos mais sobre a Europa.» Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof.Delfim Santos

Escola EB1/JI Frei Luís de Sousa

No dia 5 de maio, no ginásio da nossa escola, os alunos do 1º A e B foram assistir à Hora do Conto, onde ouviram duas histórias: «O sapo apaixonado», de Max Velthuijs e «A raposa das botas altas», de António Torrado. O primeiro livro fala de um sapo que se apaixona por uma pata, e depois de algumas peripécias, a pata também se apaixona pelo sapo. A segunda história fala de uma raposa que é muito preguiçosa e mentirosa. No final, descobre-se a verdade e a raposa fica sem cauda. Todos os alunos assistiram à atividade com muito agrado. 1º B, EB1/ JI Frei Luís de Sousa

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MAIO 2015 MAIO - MÊS DA EUROPA - HINO DA EUROPA

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Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

disciplina de Educação Hino à Alegria. Musical teve uma participação "musical" nas Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos atividades do Mês da Europa. No dia 6 de maio, à hora do almoço, as turmas A, B, D e G do 6.º ano tocaram o “Hino à Alegria” no pátio da escola tendo como maestrina a professora Hermínia Reis, apoiada pelo professor Luís Luís como técnico de som. Os alunos estavam muito bem ensaiados, trabalho que decorreu ao longo das aulas, e tocaram para colegas de outras turmas e professores que estavam a terminar ou a iniciar o período de aulas na escola. Os professores de Educação Musical distribuíram um texto onde se explica os ideais desta peça musical de Beethoven, composta em 1823 e que foi adotada pela UE como hino oficial, em 1985. Este hino não tem letra e utiliza a linguagem universal da música para exaltar os ideais europeus da liberdade, paz e solidariedade. No dia 13 de maio o 6.º B participou na "Oficina Europa" e terminou a tocar o

MAIO - MÊS DA EUROPA Aula Jacques Delors CIEJD (Centro de Informação Europeia Jacques Delors)

Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

aprender também é divertido. Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

No dia 12 de maio, às 10:30 h e às 11:30 h, contámos com a participação da Drª. Célia Morgado do CIEJD que preparou para os alunos do 5.º F e do 9.º B duas sessões Jacques Delors. As sessões começaram com uma encenação de "A Lenda da Europa, uma lenda grega" de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, que contou com a participação dos alunos. A seguir, e sempre apelando à participação dos alunos, foi mostrada uma apresentação em power point sobre a formação, evolução e funcionamento da União Europeia. Estas sessões Jacques Delors foram dois momentos de partilha de informação e de aprendizagem que são importantes no percurso escolar dos alunos. No fim, foram esclarecidas algumas questões relacionadas com a União Europeia e os alunos viram que

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MAIO 2015 O BURNOUT NA CLASSE DOCENTE

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um estudo científico, Isabel David e Sónia Quintão (2012)1 demonstram como o ensino é um contexto de trabalho propício à exposição do Burnout, síndroma que se reflete nas relações interpessoais, tanto a nível pessoal como institucional e ao nível da aprendizagem dos alunos1. Burnout é uma síndrome psicossocial assumida como uma resposta crónica aos stressores emocionais e interpessoais que ocorrem numa situação de trabalho1. Segundo Hudson Hubner França (1987)2, O Burnout é uma síndrome caraterizada pelo esgotamento físico, psíquico e emocional, decorrente do trabalho stressante e excessivo. De acordo com Malach e Jackson (1981)2, esta síndroma concorre para três situações: exaustão emocional, “despersonalização” e redução da realização pessoal no trabalho. As pessoas mais empáticas, sensíveis, dedicadas, entusiastas e altruístas estão mais sujeitas ao burnout. De entre os profissionais mais atingidos, encontramse professores, médicos, enfermeiros, polícias, bombeiros, ou seja, grupos profissionais que mantêm uma estreita relação de ajuda a outras pessoas. Ainda segundo as autoras, em virtude dos grandes desafios decorrentes das rápidas e significativas transformações sociais, políticas e económicas, Actualmente, o papel do professor extrapolou a mediação do processo de conhecimento do aluno, ampliando-se a sua missão para além da sala de aula, com o objectivo de garantir uma articulação entre a escola e a comunidade. A categoria docente é uma das mais expostas a ambientes conflituosos e de alta exigência de trabalho, pois sofre diferentes domínios de pressão, que são originados pelos alunos (e.g. baixa motivação, comportamentos de indisciplina), pela natureza do trabalho realizado (e.g. pressões de tempo, excesso de tarefas a realizar, lidar com a mudança) e pelas relações estabelecidas com os colegas e a organização escolar (e.g. conflitos profissionais, baixo apoio

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social, avaliação por parte da direcção da escola e/ou ministério1. Deste modo, os professores, por estarem constantemente expostos a ambientes conflituosos, pela exigência e pressão constantes a que têm sido sujeitos nos últimos anos, estãoparticularmente expostos ao Burnout. Assim, as autoras verificaram as relações entre Burnout, personalidade, afectividade, estratégias de Coping (esforços cognitivos e comportamentais para lidar com situações de dano3) , satisfação com a vida e carga horária em docentes de vários níveis de ensino1, para concluírem que: os professores do primeiro ciclo apresentam valores superiores em amabilidade e descarga emocional; os professores do segundo ciclo e ensino secundário revelaram valores superiores em exaustão emocional e na estratégia de Coping e procura de recompensas alternativas; e os professores universitários apresentam valores superiores de conscienciosidade e satisfação com a vida1. Mostram, ainda, que profissionais extrovertidos, amáveis, conscientes e abertos à experiência se correlacionam inversamente com a despersonalização, fazendo-nos crer que esses aspetos da personalidade concorrem para sentimentos mais positivos perante os destinatários do trabalho. Demonstrou-se, também, que, quanto maior é a afetividade positiva, maior é a realização pessoal e menores são as manifestações de exaustão emocional e de despersonalização. Também os professores que recorrem a estratégias de Coping apresentaram maior realização pessoal, enquanto os que têm estratégias mais centradas nas emoções apresentam mais Burnout. Finalmente, os docentes que demonstram maior satisfação com a vida e maior realização pessoal apresentaram menos Burnout e menor exaustão emocional e despersonalização. Em síntese, os estilos de personalidade caracterizados por níveis elevados de extroversão e amabilidade, bem como a utilização de estratégias de coping mais focadas no problema parecem ser factores protectores, estando associados a uma maior realização pessoal1. Pelo contrário, (…) a existência de afe tividade negativa, assim como a utilização de estratégias de coping mais centradas nas emoções parecem modular um padrão de vulnerabilidade para o Burnout. Se é, então, inquestionável que a nossa profissão é propícia a este fenómeno

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de esgotamento físico, intelectual, emocional, conhecido com Burnout (com consequências na forma como nos relacionamos com os alunos, com os pares ou outros, desencadeando sentimentos de insatisfação e fraca realização), também não deixa de ser um facto que a nossa personalidade pode ser determinante no contributo reconstrutivo ou intensificador desse fenómeno e funcionar como um fator protetor, como é o caso da extroversão, da amabilidade e do recurso a esforços cognitivos e comportamentais para lidar com situações de conflito. 1-

David, I., Qintão, S.. Burnout em Professores: A sua Relação com a Personalidade, Estratégias de Coping e Satisfação com a Vida. Acta Médica Portuguesa, América do Norte, 25, jul. 2012. 2 http://www.prt18.mpt.gov.br/eventos/ saude_mental_palestras/pereira/sld001.htm 3 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Coping NOTA: Nas citações, foi mantida a ortografia original, fora das regras preconizadas pelo acordo ortográfico de 1990, em vigor desde 2009.

Elisabete Manata, professora, EB2,3 Prof. Delfim Santos

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MAIO 2015 VISITA DE ESTUDO DO 9º1 E DO 11º5 AO ESTUÁRIO DO TEJO No dia 22 de Abril, a turma 9º1 participou numa Visita de Estudo ao Estuário do Tejo, onde também participaram os alunos da turma 11º5. Visitámos o Castelo de S. Jorge, o Cais das Colunas, o Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros, o Museu Naval de Almada e a Casa da Cerca. No final da visita, registámos vários aspetos positivos. Achámos que foi um bom momento de interação com os colegas, conhecemos novos lugares, visitámos o Núcleo Arqueológico dos Correeiros, aprendemos a observar a paisagem, vimos vistas magníficas e

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visitámos locais onde nunca tínhamos ido. Foi uma Visita que tivemos muito gosto em realizar. Joana Bernardo, ESDPV

AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA DELFIM SANTOS

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No dia 26 de Maio, os alunos da nossa porventura os alunos dizem que ainda escola responderam a um questionário poderemos melhorar na Biblioteca que é um instrumento de recolha de Escolar. informação e faz parte do Modelo de Avaliação das Bibliotecas Escolares de Equipa da BE da Escola EB 2,3 Prof. Delfim Santos 2014 a 2017. Para termos uma amostra de 10% dos alunos, pedimos a colaboração dos professores. Segundo um calendário previamente elaborado e divulgado na escola, os professores enviaram dois alunos de cada turma. A escolha podia ser aleatória ou segundo o interesse dos alunos. Agora temos dados para mudar o que

VOLUNTÁRIAS DA LEITURA NAS LARANJEIRAS

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O nosso projeto de voluntariado continua nas três escolas do 1.º Ciclo do Agrupamento das Laranjeiras. Os alunos têm beneficiado muito com esta parceria entre a Biblioteca Escolar e o Projeto Voluntários da Leitura. Estão a ultrapassar as suas dificuldades a adquirir o gosto pelos livros e pela leitura. Já os vemos a requisitar livros para casa e contam-nos muito entusiasmados o que andam a ler! Obrigada a todos quantos têm colaborado para fazer a diferença na vida destas crianças. Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof.Delfim Santos

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MAIO 2015 AS SANDES SAUDÁVEIS

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o dia catorze de maio, Gostámos muito desta atividade e fizemos sandes saudáveis na esperamos fazer mais atividades como nossa sala de aula. Para nos esta. Texto coletivo do 3.º Ano Turma B ajudar nesta atividade, recebemos a ajuda das enfermeiras Conceição e Marlene do Centro de Saúde de Sete Rios. Também tivemos a ajuda da dona Isabel e da nossa professora. Antes de começarmos a fazer as sandes, lavámos muito bem as nossas mãos, pusemos uma touca, vestimos aventais e colocámos uma toalha e papel prata à volta das mesas. Cumprimos com todas as regras de higiene necessárias para a boa confeção das sandes. Seguidamente, a nossa professora distribuiu um prato por cada um de nós e colocou os ingredientes (pão, alface, tomate, atum, carne assada, fiambre de peru e de frango, milho, etc.) que trouxemos no centro da mesa. Depois, à medida que íamos tirando os ingredientes que queríamos, passávamos os mesmos à volta da mesa para que todos conseguissem confecionar as suas sandes. Por fim, limpámos as mesas, organizámos as mesmas em forma de U, lavámos novamente as mãos e, depois, deliciámo-nos com as saborosas sandes, que foram o nosso lanche da manhã. Para o lanche convidámos os nossos afilhados da sala 2 do Jardim de Infância, que nos ofereceram um desenho lindíssimo feito por eles. Tivemos assim mais uma oportunidade de estarmos a confraternizar com os nossos afilhados.

VOLUNTÁRIA DA LEITURA A CONTAR HISTÓRIAS

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A Virgínia já é contadora de histórias do nosso agrupamento há alguns anos. Na 4.ª feira, dia 6 de maio, a turma do 3.º B da Escola Frei Luís de Sousa foi presenteada com a sua presença. A Virgínia mais uma vez contou e encantou os alunos, desta vez com o conto de José Saramago "O silêncio da água". Os alunos e a professora tinham preparado esta apresentação, procurando o significado de algumas palavras difíceis e estiveram muito atentos e interessados a ouvir "O silêncio da água". A Biblioteca Delfim Santos emprestou dois exemplares do livro "O silêncio da água" à biblioteca Frei Luís de Sousa e os alunos podem agora requisitá-los. Equipa da BE da Escola EB2,3 Prof. Delfim Santos

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MAIO 2015 O QUE É SER BOMBEIRO?

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er bombeiro é muito mais que uma profissão, é uma vocação. É ter alma e coração num só. Nada existe de mais belo do que salvar vidas, mas custa muito carregar as cicatrizes das perdas. Um bombeiro, seja voluntário ou profissional, investe a sua vida numa profissão de risco, com o único objetivo de proteger o Ser Humano ou até uma árvore que um incêndio teima em queimar. Um Bombeiro trabalha por amor ao próximo e pela paixão que o une à sua farda e aos seus ideais. Mas porquê ser bombeiro, quando existem tantas profissões? Porque ser Bombeiro é trabalhar dia e noite. É não esquecer o choro que se ouviu, a tensão angustiada de familiares a perguntar pelos seus entes queridos, é sentir o desespero de dar o nosso melhor para salvar uma vida e não ser possível. É escutar o pedido de ajuda de quem precisa, sem olhar a raça, cor, idade ou religião. É ajudar sem distinção. É estar disponível sempre que for preciso. É saber ouvir o desabafo de um idoso, que só necessita de um pouco de atenção. É ser amigo, confidente e socorrista. É ter um sorriso de alento, quando nos sangra o coração. É chegar

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após um serviço difícil e voltar a sair guardando a mágoa do anterior. É entrar num local a arder, sem saber se lá está alguém. É rastejar na procura de pessoas com o fogo acima de nós. É ouvir o uivo das árvores que choram para as salvar. É enfrentar o inferno das chamas, com coragem na alma e medo no coração. É enfrentar horas e dias de calor. É sentir a pele a ressentirse com as queimaduras provocadas pelas chamas. É sentir o aperto ao respirar causado pelo fumo. É sentir o gosto das cinzas na saliva. São noites mal dormidas, refeições por fazer. É sentir o corpo ressentir-se mas estar sempre pronto para combater. É enfrentar as chamas para proteger a natureza, que infelizmente alguns menosprezam. É salvar bens de alguém que tanto lhe custou a ganhar. É ouvir a sirene e sair a correr sem saber qual o destino, sabendo apenas que a presença é necessária para ajudar e salvar algo ou alguém. Ser bombeiro é também aprender, é estudar para saber. É aprender com a experiência, dedicação e estudo. É olhar para trás e saber que demos o nosso melhor. É aprender com os erros e aperfeiçoar o que está certo. É uma

A CONTADORA DE HISTÓRIAS NA NOSSA SALA DE AULA No dia seis de maio, a Virgínia Almeida, contadora de histórias, veio à nossa sala de aula pela segunda vez, pois já tinha estado connosco no ano anterior. Gostámos tanto das histórias contadas por ela que pedimos à nossa professora para a convidar de novo. Este ano, ela contou-nos a história “O silêncio da Água”, do autor José Saramago. Esta história não era muito grande e falava acerca de um rapaz que tinha ido pescar para a foz do Almonda, afluente do rio Tejo. Quando o rapaz lançou a cana ao rio, quase que pescou um peixe vulgar, um barbo. Mas este fugiu, e como o rapaz ficou sem isco correu até casa dos seus avós, que ficava a mais de um quilómetro do lugar onde se encontrava, para arranjar isco e preparar de novo a cana para pescar o peixe. Quando chegou a casa dos avós, estava bastante ofegante e rapidamente contou à sua avó o que tinha acontecido. Depois, pegou no isco, preparou de novo a cana e voltou ao rio. Esteve lá até ao anoitecer, mas não conseguiu pescar o barbo. No entanto, ficou feliz à mesma porque,

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constante aprendizagem. Todos os sentimentos ficam guardados, todos ficam encerrados no nosso interior e todos nublam o nosso pensamento para sempre. É das melhores profissões do mundo e também das mais incompreendidas. É saber o porquê de sair a correr a qualquer hora do dia ou da noite, indo em socorro sem saber se se volta para casa. Os bombeiros existem todos os dias. Todos os dias lutam por fazer o seu trabalho. Eis a essência de um bombeiro. Só consegue perceber esta essência quem já sentiu a dor de perder uma vida ou a alegria que nos invade quando a conseguimos salvar, assim como o prazer em conseguir extinguir um incêndio que há dias teimava em arder. Isto é ser bombeiro. Ana Rita Coutinho, 12º 1ª, ESDPV

www.jornalacores9.net

EB1/JI Frei Luís de Sousa

apesar de tudo, conseguiu deixar a sua marca nas guelras do peixe quando lá deixou o seu anzol. Quem o pescasse saberia que aquele peixe já tinha sido de alguém… A história é pequenina mas muito divertida e tem ilustrações muito engraçadas e muito bem desenhadas. O ilustrador chama-se Manuel Estrada. A Virgínia também trouxe um mapa de Portugal onde situou o local onde esta história se passou. Adorámos ver sítios, rios e outros locais que já conhecíamos no mapa. Recomendamos a leitura desta história que tanto apreciámos.

Catarina, Mário e Tomás, 3.º Ano Turma B

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MAIO 2015 PAINEL FINAL

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Com a chegada do bom tempo e dos de fazer. primeiros dias de calor, apetece ir Boas Férias! passear até à beira-mar, pisar a areia da praia e pensar nas pequeninas As professoras de educação especial Alexandra Gonçalves e Virgínia Vitorino criaturas que vivem no mar…. Na Unidade de Apoio aos Alunos com Autismo da nossa escola, reciclámos caixas de ovos e fizemos pequenas criaturas marinhas: estrelinhas, algas, caranguejos, peixes, polvos, ostras… Juntámos outros materiais como palhinhas, tiras de papel crepe… com as mãos surgiram grandes algas, onde se colaram as mais pequeninas, pintámos grandes e coloridos peixes…. Foi um projeto divertido e que gostámos

CINEMA Da Disney chega-nos uma fascinante e misteriosa aventura, "Tomorrowland: Terra do Amanhã", do realizador Brad Bird, vencedor de dois OSCARES®, e protagonizado pelo vencedor de um Prémio da Academia, George Clooney. Ligados por um destino comum, o antigo menino inteligente Frank (Clooney), cansado de desilusões, e Casey (Britt Robertson), uma adolescente otimista e brilhante explodindo de curiosidade científica, embarcam numa missão perigosa para descobrir os segredos de um enigmático local, num tempo e lugar conhecidos como “Tomorrowland”. O que eles vão fazer vai mudar o mundo, e a eles, para sempre. http:// cinemas.nos.pt/

Steven Spielberg regressa como produtor executivo de “Mundo Jurássico”, a próxima e muita aguardada obra da sua

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série “Parque Jurássico”. Colin Trevorrow realiza este épico de ação e aventura a partir do argumento escrito em conjunto com Derek Connolly. Frank Marshall e Pat Crowley juntam-se à equipa como produtores. http://cinemas.nos.pt/

Um conto premonitório sobre as relações entre uma espécie superior e o seu inferior caído em desgraça. Banido e traído, “o melhor amigo do homem” revolta-se contra o seu antigo mestre. http://cinemas.nos.pt/

Aterrorizado, Oskari vagueia pela vasta e implacável floresta, quando de repente ouve um estrondo. Correndo na direcção do barulho para investigar, descobre uma cápsula de escape e salvação… da Air Force One. E o homem apeado e ferido mesmo à sua frente é nada mais, nada menos,

do que o Presidente dos Estados Unidos da América! Entretanto, nos céus sobranceiros, um grupo de terroristas dirige-se para o local de embate - vão no seu encalço, na expetativa de raptar o Presidente. Assim, o destino de um dos homens mais poderosos do mundo está agora nas mãos de um rapaz de 13 anos. Mergulhados num jogo mortal de gato e rato e com poucas horas à frente, Oskari e o Presidente precisam de agir em equipa para sobreviver à noite mais extraordinária das suas vidas. http:// cinemas.nos.pt/

Exasperado com a situação, Júlio César decide mudar de tática. Já que os seus exércitos são incapazes de se impor pela força, será a civilização romana, ela própria, que irá seduzir os bárbaros gauleses. Será então necessário construir ao lado da aldeia um condomínio residencial, luxuoso, destinado a proprietários romanos: “O Domínio dos Deuses”. Resistirão os nossos amigos gauleses ao isco do lucro e a todo o conforto romano? Será que a sua aldeia se vai transformar numa simples atração turística? Mais uma vez, Astérix (voz de Manuel Marques) e Obélix (voz de Eduardo Madeira) vão fazer de tudo para contrariar os planos de César. http://cinemas.nos.pt/

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MAIO 2015 PASSATEMPOS Descobre as diferenças (7)

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MAIO 2015 LIVROS Uma seleção de contos inéditos em livro, marcada pela prodigiosa arte de contar do escritor angolano, pela sua notável galeria de personagens, bem como pelo seu sentido de humor e de sensibilidade tão presentes em Um Estranho em Goa, A Vida no Céu ou A Rainha Ginga. Um ditador africano, muito respeitado em Portugal, escreve a sua biografia. Um famoso marinheiro maltês visita São Tomé, depois de passar por um lugar onde o tempo não passa. Um antropólogo descobre-se nu e indefeso diante de uma mulher. Uma zebra persegue um escritor. Uma virgem perde a cabeça. Neste O Livro dos Camaleões cruzam-se personagens em busca de uma identidade, ou em trânsito de identidade, atravessando diversas épocas, do século XIX aos nossos dias, e diversas geografias, das savanas do Sul de Angola às ruidosas ruas do Rio de Janeiro. Algumas destas personagens são arrancadas à realidade ou inspiradas em figuras reais. Não se trata de saber onde termina a realidade e começa a ficção. Trata-se de questionar a própria natureza do real.

Sabes Onde é Que os Teus P a i s s e Conheceram? é um livro que vai deixar as c r i a n ç a s curiosas para descobrir o que aconteceu na primeira vez que os pais se viram, e a convidá-los a contar a história de como se apaixonaram. Já os pais vão poder recordar esse momento mágico e partilhá-lo com os seus filhos e, quem sabe, até encontrar no livro a sua história. Terá sido num jogo de futebol? Na bomba de gasolina, enquanto abasteciam? A comprar bilhetes para o concerto da banda preferida? Várias histórias de amor ilustradas de forma original e emotiva por Paulo Galindro. Sabes Que Também Podes Ralhar com os Teus Pais? e Sabes Onde É Que os Teus Pais se Conheceram? são os dois primeiros títulos de uma coleção que tem como missão aproximar pais e filhos. http://www.fnac.pt

Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, Ensino Secundário, Leitura Autónoma, este é o mais importante li vro de Thomas Mann e foi http://www.fnac.pt provavelmente decisivo para ser galardoado, em 1929, com o Prémio Nobel da Literatura. História mágica ou

fi l osófi ca , r o m a n c e histórico ou de f o r m a ç ã o , narrativa sobre o tempo ou viagem interior de um jovem alemão honrado e ávido de experiências, este romance envolve e enreda o leitor em teias mágicas que não mais o libertarão, entre a sátira e a seriedade, o humor e a ironia, a luz e o niilismo, numa sinfonia contrapontística em que li beralismo e conservadorismo, decadência e sublimação, doença e saúde, espírito e natureza, morte e vida, honra e volúpia se sucedem num torvelinho que só a Primeira Guerra Mundial conseguirá dissipar quando as fundações da Terra e da montanha mágica começam a tremer, quando o mundo hermético feito de tédio, torpor e exasperação começa a abalar, por ação do trovão e do enxofre, das baionetas e dos canhões, é que o arganaz adormecido esfrega os olhos e começa a endireitar-se, saindo da sua tenaz hibernação, expulso do seu reino e dos seus sonhos, salvo e liberto, depois de quebrado tão longo e mágico encanto. Tradução muito cuidada feita pela professora Gilda Lopes Encarnação (Universidade de Évora). http://www.fnac.pt

A G R U PA M E N T O D E E S C O L A S D A S L A R A N J E I R A S Escola Secundária D. Pedro V

Estrada das Laranjeira, 122 1600-136 Lisboa

direcao@ael.edu.pt

Escola Básica 2. 3. Prof. Delfim Santos

Rua Maestro Frederico Freitas 1500-400 Lisboa

eb23delfimsantos@mail.telepac.pt

EB1/JI Frei Luís de Sousa

Rua Raul Carapinha 1500-042 Lisboa

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EB1/JI António Nobre

Rua António Nobre, 49 1500-046 Lisboa

eb1antonionobre@gmail.com

EB1/JI Laranjeiras

Rua Virgílio Correia, 30 1600-224 Lisboa

eb1daslaranjeiras@gmail.com

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