Viva Voz, n.º 30, janeiro 2016

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EDIÇÃO N.º 30 JANEIRO DE 2016

D. Pedro V e o INEM Pág. 3

Museu Cosme Damião Pág. 7

Concurso Nacional de Leitura. Pág. 8

Conferência na ESDPV. Pág. 7

O encontro com os nossos afilhados. Pág. 6


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APADRINHAMENTO

No primeiro dia de aulas conhecemos os nossos afilhados. Antes disso, fizemos os cartões com os nossos nomes para eles escolherem os padrinhos e as madrinhas. Cada um de nós ficou com um afilhado ou uma afilhada. Depois mostrámos-lhes a escola e explicámos as regras. No segundo encontro apresentámoslhes o nosso reconto da história da “Fada Oriana”. Quando acabámos eles cantaram-nos uma canção que se chamava “O amigo”. O Simão sugeriu que em vez de ser “O amigo” fosse “O padrinho”. No terceiro encontro lemos-lhes a história da “Bruxa Mimi”. Eles cantaram a música com a sugestão do Simão e ofereceram-nos pulseiras. Gostámos muito dos encontros com os nossos afilhados.

As nossas opiniões sobre os nossos padrinhos e… madrinhas do 3º A!!!

“Eu gostei de cantar a canção para o meu padrinho. Foi carinhoso.” Rodrigo “Eu gosto da minha madrinha porque me dá atenção.” Júlia “Quando o meu padrinho me diz olá eu sinto que ele gosta de mim.” Ariana “Eu gostei de fazer a pulseira para o meu padrinho, porque ele me levou às cavalitas.” Pedro “Eu gosto de ver a minha madrinha no recreio.” António Raimundo “Eu acho que a minha madrinha é amorosa.” Inês “Eu gosto do meu padrinho porque às vezes brinco com ele.” Leonor Bernardo de Jesus, Miguel António Soares e “Quando eu me aleijo, a minha madriRodrigo Gomes – 3º A da EB1/JI Frei Luís de Sounha leva-me à auxiliar e, eu gosto dissa

so.” Joana “Eu gosto do meu padrinho porque ele convidou-me para ir à casa dele, no fim de semana.” Martim “Gosto de ver a minha madrinha a brincar toda contente com as suas amigas. Ela é linda.” António Pedro “Eu gostei da história da Fada Mimi.” Eulália “Um dia no recreio, eu disse olá ao meu padrinho e ele foi brincar comigo.” Bruno “Eu gosto do meu padrinho porque ele brinca comigo, às vezes.” Francisco Monteiro “Eu gostei quando a minha madrinha me contou a história da bruxa e do gato que se transformou em gato de todas as cores.” Rafael Afilhados do 1.º A – EB1/JI Frei Luís de Sousa

A AVENTURA DA TERRA - UM PLANETA EM EVOLUÇÃO A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, e o único conhecido onde existe vida, localizando-se na Galáxia Via Láctea. Pensa-se que a Via Láctea se formou há 15 milhões de anos. O planeta em que vivemos é o resultado do conjunto de transformações com início há cerca de 4600 milhões de anos.

Após haver condições para a existência de vida na Terra, surgiram as primeiras células procarióticas, seres unicelulares e sem núcleo definido. As células eucarióticas, células mais complexas, surgiram muito mais tarde e na sequência dum processo evolutivo. A vida continua a surgir e a diversificarse. O processo fotossintético, base de quase todas as cadeias alimentares na Terra e dos processos de obtenção de energia pelos seres vivos, é dos mais importantes passos para a continuidade da vida na Terra. Com esta visita aprendemos mais sobre

a vida na Terra e a sua evolução. No final, constatámos que se não modificarmos o nosso comportamento em termos ambientais, a vida na Terra poderá desaparecer. O futuro está nas nossas mãos. Vamos aproveitar e desfrutar da Terra honestamente e sem a estragar mais. Catarina, Joana, Sandra e Sofia, Turma 10.º2

FICHA TÉCNICA Conceção e implementação do projeto: Ana Correia, Lígia Arruda e Lucinda Marques (Professoras bibliotecárias do AEL) Coordenação do projeto: Lígia Arruda Revisão de artigos: Alice Costa e Lígia Arruda Conceção e montagem gráfica: Alexandre Rodrigues e Carla Rodrigues Periodicidade: mensal (exceto julho e agosto) Envio de artigos: viva.voz@ael.edu.pt


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MASTER CLASS Decorreu no dia 11, no Pavilhão da Escola Secundária D. Pedro V a Master Class de Suporte Básico de Vida, organizado pelas alunas do Curso de Gestão Desportiva com a colabora-

ção do Prof. António Candoso e Equipa do INEM!! A atividade teve uma adesão muito superior à esperada com uma presença de aproximadamente 300 alu-

nos pertencentes a cerca de 15 turmas! Muito obrigada a todos pelo enorme sucesso da atividade!! Sofia Oom, docente da ESDPV

EXPOSIÇÃO REAL BODIES NA CORDOARIA NACIONAL

No dia 30 de novembro, a turma D do 9.º ano da Escola Delfim Santos realizou uma visita de estudo à Cordoaria Nacional para ver a exposição Real Bodies – Descubra o corpo humano. Os alunos foram acompanhados pelas professoras de História e de Ciências Naturais. A Cordoaria Nacional foi criada pelo Marquês de Pombal, por Decreto de 1771, sendo o projeto de Reinaldo dos Santos. O conjunto de três oficinas, distribuído por três corpos estendidos paralelamente ao rio Tejo destinava-se à produção de cordas, cabos, velas e outros equipamentos para os navios. Em 1886, procedeu-se a uma reforma, ten-

do sido introduzidas máquinas de vapor e passaram-se a utilizar novos processos de fabrico. Da sua traça arquitetónica praticamente despojada de decoração, destacam -se apenas os portais centrais das fachadas norte e sul, respetivamente, com emolduramento de cantaria, animada por janela de avental e verga curva, e com emolduramento e verga em arco abatido. Foi objeto de várias intervenções ao longo dos tempos impostas pelos incêndios dos séculos XIX e XX, pela necessidade de instalar serviços diversos da sua vocação original. É considerado um dos mais notáveis exemplares de arquitetura industrial setecentista, estando classificado como Monumento Nacional. A exposição Real Bodies é uma fascinante viagem através do nosso corpo. Esta experiência é possível graças à sofisticada técnica de polimerização, que permite que os corpos e órgãos humanos reais permaneçam inalterados ao longo do tempo. Real Bodies é uma exposição muito útil para descobrir como somos constituídos por dentro já que, sob a pele, existe um

conjunto de complexos aparelhos e órgãos associados que, segundo a segundo, trabalham em conjunto para nos manter vivos e em forma. O objetivo desta visita didática e científica é compreender o quão importante é o corpo humano, admirando-o pela beleza e perfeição. A experiência Real Bodies ensina-nos a lição mais importante: devemos aprender a respeitar o nosso corpo, esforçando-nos por lhe dedicar tanto tempo quanto o possível, através de pequenos cuidados diários. Só assim o respeitaremos na sua qualidade de “máquina perfeita”. A exposição de órgãos saudáveis e órgãos doentes colocará em destaque os dramáticos efeitos sobre o corpo de um estilo de vida menos saudável. Esta exposição é composta de 10 galerias, cada uma dedicada a um sistema do corpo humano, representando uma oportunidade única para descobrir a anatomia, conhecimento do corpo humano, a sua estrutura e o seu funcionamento. M.ª Albertina Crespo e Paula Neves, docentes da EB 2,3 Prof. Delfim Santos


4 AS TIC NA EDUCAÇÃO (TICE) E O PAPEL DAS FUNDAÇÕES/ASSOC. NO DESENVOLVIMENTO DAS TECNOLOGIAS

As novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) estão a trazer grandes mudanças ao nível da educação. Numa era da globalização, as TIC trazem uma melhoria substancial a um projeto educativo, tornando-o inovador e com esperança no futuro, características essenciais para o sucesso educativo. Por conseguinte, a aposta nas TICs proporciona reconhecimento à escola, ou ao agrupamento de escolas, como uma entidade responsável pelo processo ensino-aprendizagem dos cidadãos a quem o futuro assiste. Assim, Governo, professores, alunos e comunidade educativa no geral, devem e têm de embarcar nesta nova geração de nativos digitais. Nesse sentido, existem algumas entidades que iniciaram a construção de projetos que contribuem para o desenvolvimento do pensamento computacional. Tais como, a organização nãogovernamental CDI Portugal (http:// cdi.org.pt/), com o projeto Apps for Good, e a Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação (APDSI). A programação de sistemas informáticos (em particular de dispositivos móveis) tem um papel central no projeto Apps for Good (http://cdi.org.pt/ apps-good/), contribuindo para o desenvolvimento do pensamento computacional. A atividade da CDI assenta em 3 pilares:

Student-driven learning: Os estudantes compreendem que podem ter um papel ativo na resolução dos seus próprios problemas, e encontram no projeto Apps for Good uma estrutura de apoio à aprendizagem de competências sociais, resolução de problemas e autoconfiança;

Coding & technology: Num mundo em que são triviais os dispositivos computacionais, em que todo o estudante tem o seu próprio smartphone, os estudantes aprendem a usar a tecnologia (de que dispõem) para resolver problemas;

jovens pela construção do seu próprio futuro e simultaneamente promover a inclusão dos jovens inseridos em grupos de risco;

A evolução do modelo educativo: O paradigma já ultrapassado do ensino pela memorização, e a estrutura pesada dos cursos profissionais atualmente existentes, bem como do próprio MEC, são constrangimentos que urge ultrapassar. Para que esses constrangimentos sejam ultrapassados, não basta a ação unilateral de uma associação. Aqui encontramos a presença de uma outra associação, a APDSI (http:// www.apdsi.pt/). Esta associação agrega diversos grupos de trabalho dos quais se destaca: e-Saúde, eEducação, e-Justiça, e-Energia. As suas principais atividades consistem em:

Promover a reflexão e o debate sobre a Sociedade da Informação, através de conferências e estudos diversos; Ser uma força de pressão sobre os poderes, públicos e privados, no sentido de maximizar e dar abrangência aos benefícios da Sociedade da Informação;

nologias de suporte. Os novos currículos no Ensino em Portugal já preveem disciplinas que visam a formação dos alunos nesta nova área técnica, dando-lhes o direito a usar e compreender a tecnologia, mas este ensino tem de ser adequado à faixa etária dos alunos que se encontram em cada grau de ensino. Iniciando a Informática nas idades mais tenras (préescolar) e dando continuidade na grelha curricular ao longo de toda a escolaridade mínima obrigatória, apetrechará os alunos com ferramentas inovadoras e competitivas internacionalmente, contribuindo para a melhoria do raciocínio lógico e matemático e da resolução de problemas; desenvolvimento das capacidades cognitivas, sociais e colaborativas, de expressão, imaginação, criatividade, persistência, resiliência, responsabilidade, entreajuda, experimentação, teste, aprendizagem com o erro, entre outros. Um exemplo prático, é a grelha proposta pelo professor José Luís Ramos da Universidade de Évora, que se encontra na imagem abaixo.

Quem decide, tem de decidir com base em conhecimento e informação. A APDSI ambiciona colocar Portugal na linha da frente do desenvolvimento da Sociedade da Informação, de uma sociedade da informação inclusiva; Neste sentido desenvolve diversas atividades, como por exemplo um debate com os partidos políticos de 2 em 2 anos.

Real world context: O projeto do grupo de estudantes é desenvolvido em equipa, e em contacto direto É sintomático que em Portugal 30% dos com o mundo do trabalho, com a cidadãos nunca tenham usado a Interajuda de experts. net... Desenvolver uma melhor demoEste projeto tem dois grandes desafios: cracia é um objetivo que só se poderá  A motivação dos jovens/inclusão cumprir aumentando a participação social: âmbito com que nos identifi- cívica dos cidadãos, o que passa por camos no papel de diretor de tur- mais cultura, melhor educação e tecma. É necessário responsabilizar os

O desenvolvimento tecnológico da educação permite aos alunos tomarem para si os conhecimentos mais vantajosos e dominarem as tecnologias muito valorizadas no mercado laboral de todo o mundo. As TIC quando integradas na Educação (as TICE) representam um meio extraordinário de motivação dos alunos a continuarem e, por vezes, regressarem à escola, contribuindo para a redução do abandono escolar e para a conclusão da escolaridade mínima obrigatória. Tendo em conta que as TICE permitem a interdisciplinaridade e a diferenciação da aprendizagem pela modernização das escolas e dos seus professores, acabam também por contribuir para a melhoria da qualidade das aprendizagens. No entanto, devido à iliteracia digital de alguns professores, ao isolamento no seu próprio casulo e à sua resistência à mudança, as TICE nem sempre são uma estratégia possível. Também existem outros riscos/ obstáculos associados mais às crianças mas também às instituições, como por exemplo: a menor capacidade de relacionamento social e o isolamento da criança, a frustração nas crianças que têm mais dificuldades em aprender, as


5 AS TIC NA EDUCAÇÃO (TICE) E O PAPEL DAS FUNDAÇÕES/ASSOC. NO DESENVOLVIMENTO DAS TECNOLOGIAS cont. turmas com um elevado número de alunos, o insuficiente espaço curricular para as TIC e para a programação, entre outros. Cabe ao docente, com as suas práticas de ensino, ser facilitador e adaptar-se aos alunos e aos níveis de ensino que lhe são colocados, motivando os alunos para a área de Informática, como uma área interessante, aliciante, útil e com futuro no mercado de trabalho, área importantíssima para o desenvolvimento das aprendizagens ao longo da vida e competências profissionais. Por exemplo, para o ensino no 1.º ciclo, uma estratégia de motivação é o recurso à programação com jogos educativos (como é o caso do KODU) ou o ensino da abstração com recurso a materiais não computacionais. É necessário investir nas atualizações das tecnologias nas escolas, a par de uma atualização de currículo das disciplinas na área de Informática, desde o jardim-de-infância (através do desenvolvimento do pensamento computacional das crianças) até aos cursos universitários, não descurando os cursos profissionais. Obviamente que isto implica custos iniciais adicionais, o que por si é um grande obstáculo num país ainda em recessão económica e financeira, mas que se convertem na melhoria da qualidade dos alunos à saída da escolaridade mínima obrigatória. Outro aspeto essencial é o trabalho cooperativo entre os professores universitários e os docentes dos cursos profissionais de Informática. É necessário estabelecer parcerias entre estes níveis de ensino para que a preparação dos alunos no ensino secundário vá ao encontro dos requisitos do ensino universitário, na área de Informática, de qualidade, aliciante para os alunos e reconhecido pelas empresas instituídas no panorama nacional e até internacional. As metas do Ensino representam um embate ideológico sobre o processo ensino-aprendizagem. Estas estão ajustadas apenas para a excelência, quando na realidade é fundamental serem graduadas (por exemplo, definir uma meta menos ambiciosa para uma graduação de 12 ou 13 valores e outra ainda menos ambiciosa para os 10 valores). Apesar de serem, em geral, positivas como são tantas e desadequadas ao nível etário dos alunos, é impossível serem operacionalizadas. Deve-se verificar junto dos professores que estão no terreno como é que as metas e os programas são aplicados para serem revistas/adaptadas. O interesse público não pode ser refém das ‘guerras de capelas’ que existem no Ministério da Educação e Ciência, no Governo. Para definir metas e elaborar currículos, há que ter conhecimento e

consciência das capacidades, competências e abordagens pedagógicas que são apropriadas e importantes para o desenvolvimento global da criança. A ligação da educação profissional ao mercado de trabalho é fundamental. Assim, conseguiremos aliciar as empresas para se disponibilizarem verdadeiramente para a formação útil em contexto de trabalho, relevante no desenvolvimento das competências profissionais técnicas dos alunos. É preciso analisar e prever as competências tecnológicas que o mercado de trabalho exige e redefinir o currículo para ir ao seu encontro. Balizando-se as competências primordiais, consegue-se dar uma formação especializada e de maior qualidade, “dando menos dá-se melhor” (professor David Justino, Conselho Nacional de Educação). Há matérias mais estruturantes que outras e deve ser a partir destas que se deve selecionar os conteúdos a lecionar, “selecionar o que é mais importante em detrimento do que é menos importante” (professor David Justino, Conselho Nacional de Educação). As tecnologias vieram banalizar o valor da informação, promovendo a abundância, alimentado o excesso e facilitando o acesso à informação. A maioria da informação é gratuita, ou de baixo preço, e de fácil acesso, precisamente devido à sua abundância (é tão abundante que muitos investigadores têm de pagar para conseguir publicar os seus artigos, por exemplo em revistas e boletins especializados). No entanto, relembre-se que a assimilação da informação é humanamente limitada, pelo que o aluno não tem capacidade para processar toda a informação que lhe é colocada à disposição pelas diversas fontes de informação (por exemplo, pela internet). O aluno sente-se inundado pelo acesso automático à informação e entra em “Information overload” (professor David Justino, Conselho Nacional de Educação). Cria-se uma desorientação na seleção da informação. Assim, a valorização do conhecimento reside na capacidade de questionar o senso comum e o conhecimento adquirido, selecionar, pensar, formular questões (problematizar, questionar) e processar a informação relevante, construindo soluções para os problemas, o que dará origem a novo conhecimento suscetível de se converter em informação útil para a sociedade. É este novo conhecimento que representa valor acrescido. Pelas palavras de Carl Sagan: “Ciência é muito mais uma maneira de pensar do que um corpo de conhecimento. Saber muito não o torna inteligente. A inteligência traduzse na forma como recolhe, julga, maneja e, sobretudo, onde e como aplica

esta informação.” A tecnologia é uma ferramenta utilizada para processar a informação, é um instrumento que potencia a criação de conhecimento em qualquer área e agiliza as maneiras de pensar. É neste sentido que é importante trabalhar com e para os alunos dominarem as tecnologias ou se focarem no domínio do conhecimento que lhes permite utilizar bem as tecnologias. Não basta enviar e -mails e fazer contas no MS-Excel, é importante fazer pesquisas em motores de busca na internet mas esta só é útil se as palavras-chave introduzidas forem as certas, pois com palavras diferentes os resultados são diferentes. Partindo da formulação de um problema, utilizando a informação como matéria-prima, produz-se conhecimento utilizando as tecnologias. Mas para isso tem de se dominar os conceitos para se ser criativo e inovador, pois sem conhecimento apenas se consegue ser um criativo ignorante. As TICE só podem ser transversais se as disciplinas forem transversais; uma aprendizagem realmente integrada. O professor de Informática tem um papel colaborativo com as outras áreas de conhecimento (Matemática, Português, Inglês, Ciências, etc.) em regime quase de coadjuvação com laboratórios (não com computadores Magalhães). O grande investimento deve iniciar-se no ensino Secundário, seguindo-se os restantes níveis de ensino, com Programação/Linguagens de Programação, dando 2.ª prioridade ao 1.º ciclo (uma solução possível e desejável). Pelas palavras do professor David Justino, as novas gerações de alunos já mudaram para o sistema operativo Windows e os professores ainda trabalham em MS-DOS. Apesar de parecer que os alunos estão desconcentrados, isso não corresponde à realidade. Estes alunos têm várias janelas abertas em simultâneo e fazem multitasking. Por isso, é de extrema relevância aproveitar estas capacidades e implementar as TICE.

Continua na pág. seguinte


6 AS TIC NA EDUCAÇÃO (TICE) E O PAPEL DAS FUNDAÇÕES/ASSOC. NO DESENVOLVIMENTO DAS TECNOLOGIAS cont. Outro aspeto a considerar é o papel do coordenador TIC (de Informática) que deve ser olhado com respeito e consideração. O professor com este cargo é, muitas vezes, quem garante o funcionamento pleno da escola, desde o hardware ao software, seja este educacional, pedagógico, administrativo ou de gestão. E a que custo? Como o professor António Osório (Universidade do Minho) salientou, as horas atribuídas ao coordenador de Informática são, de todo, insuficientes e é devido à ‘carolice’ de vários colegas ‘informáticos’ que tudo é garantido, para que todos os profes-

sores da escola/do agrupamento tenham as devidas condições de trabalho. Este papel tem de ser colocado no mesmo patamar que o do professor bibliotecário pois é de igual ou até de maior importância para o funcionamento da escola/do agrupamento. É muito importante apostar no ensino das TIC, robótica e programação Informática, no sentido de ir ao encontro das competências pedidas no mercado de trabalho que, em Portugal e segundo o Dr. João Costa, diretor geral da Microsoft em Portugal, tem falta de 5.000 informáticos. Esta aposta permite

promover a equidade social (igualdade de oportunidades a todos, independentemente do seu estrato social e condições económicas), combater a infoexclusão e a iliteracia digital, permitindo o acesso às tecnologias modernas. “O PC é para todos e não só para alguns!” (professor José Ramos, Universidade de Évora). Fontes de informação: I Congresso Nacional de Professores de Informática - painéis de discussão, 2 e 3 de Outubro de 2015. Susana Cascais, Nuno Figueiredo, Professores do Grupo 550 – Informática, Agrupamento de Escolas das Laranjeiras

ENCONTRO COM OS NOSSOS AFILHADOS No dia 16 de dezembro de 2015, a turma do 4.º B e os meninos da sala 2 do JI encontraram-se para fazer a troca de prendas do Natal. A nossa turma construiu um pequeno centro de mesa com pinhas, uma rodela de um tronco de uma árvore e outros materiais da natureza. Acrescentámos uma fotografia plastificada e um car-

tãozinho a desejar um FELIZ NATAL. Os nossos afilhados ofereceram-nos um postal construído por eles. No momento da troca de prendas entoámos canções alusivas ao Natal. Depois convivemos um bocadinho e, de seguida, fomos para a nossa sala de aula. Na despedida, a professora dos nossos

PROJETO DE ARTICULAÇÃO VERTICAL “LEITURA A PARES” Este projeto desenvolve-se em visitas periódicas entre as salas e os alunos mais velhos leem regularmente para as crianças mais novas. Realizam-se duas sessões mensais, estando os alunos divididos em dez grupos heterogéneos. Na primeira sessão, cada grupo lê uma história e realiza, em conjunto, um registo gráfico acerca do livro; na segunda sessão, os grupos apresentam o resumo da história e o trabalho realizado, ao grande grupo. EB1/JI António Nobre, Turma A – 3º ano e Grupo 1

afilhados, professora Cristina Araújo, deu-nos as figuras de barro, que tínhamos construído e pintado no início do 1.º período com os nossos afilhados. Adorámos conviver mais uma vez com os nossos afilhados. Esperamos fazer mais atividades em conjunto ao longo deste ano letivo. Carolina Ramalho e Vasco Silva, 4.º Ano Turma B, da EB1/JI Frei Luís de Sou-


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MUSEU COSME DAMIÃO No dia 13 de Janeiro, duas turmas do 4.º Ano da EB 1 Frei Luís de Sousa participaram no projeto A Magia da Palavra, que decorreu no Museu Cosme Damião. Os alunos prepararam a leitura da obra Uma Viagem ao Tempo dos Castelos, uma vez que iam ter um encontro com as autoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães, parceiras do projeto. Esta presença foi muito gratificante para os alunos que são leitores dos livros destas escritoras e, possivelmente, alguns destes já foram lidas pelos seus pais. Este projeto contou ainda com os apoios da Leya, ACP, Barraqueiro Transportes e Frubis. Os alunos chegaram ao Estádio do Sport Lisboa e Benfica por volta das 10 horas, sendo o transporte feito pela Barraqueiro Transportes; vinham acompanhados por professores, por

duas representantes do ACP e da empresa de transportes e por um representante do Museu. Os alunos foram conduzidos até ao auditório onde foram recebidos pelas escritoras. Depois de ocupados os lugares, surgiram as questões que estavam bem preparadas, mostrando um excelente trabalho de aulas de leitura. As respostas foram dadas em jeito de conversa sempre num ambiente muito descontraído e que proporcionou boas aprendizagens sobre os livros e a vida das escritoras. O último livro Uma aventura na Pousada Misteriosa, mereceu também destaque neste encontro onde as escritoras mostraram alguns momentos da aventura que viveram para escrever mais esta "aventura". Depois autografaram um exemplar, que foi oferecido pela Leya a cada aluno, sendo dois para a biblioteca.

MUSEU COSME DAMIÃO Fomos ao Museu Cosme Damião. No dia 13 de janeiro, a turma do 4.ºA da Escola Frei Luís de Sousa, participou na atividade A Magia da Palavra promovida pelo Museu Cosme Damião, que se situa no estádio da Luz. A atividade consistiu em falar com as autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. No início da conversa, entre as autoras e os alunos, houve uma pequena apresentação. De seguida, responderam a perguntas sobre os livros que escrevem e a algumas curiosidade sobre as histórias que inventam e como se inspiram. Para finalizar a atividade, as autoras assinaram um livro da sua autoria oferecido pelo A.C.P kids. Na segunda parte da visita, conhecemos o Museu Cosme Damião onde pudemos observar os troféus mais anti-

gos e importantes do Spot Lisboa e Benfica. Fomos ao Coração do Benfica que é um simulador onde se sente a força de ser benfiquista. Por fim, rematámos à baliza eletrónica e vimos a águia Vitória. Regressámos à escola em segurança rodoviária com ajuda do A.C.P. Kids. Gostámos especialmente desta visita, foi muito divertida e interessante. Texto coletivo do 4.º ano turma A, EB1/ JI Frei Luís de Sousa

Seguiu-se, depois, uma visita ao museu acompanhada por monitores. Aqui mereceu atenção a história desportiva do clube desde a sua fundação até à atualidade inserida, sempre, em acontecimentos da História de Portugal e Universal que mais marcaram o século XX. Ainda houve tempo para marcar uns golos, entrar num simulador e saborear os frutos da Frubis. Já no regresso ao autocarro a águia Vitória esperava este grupo de visitantes da FLS. Foi uma atividade que juntou a leitura ao desporto, mostrando que se pode gostar das duas coisas ao mesmo tempo: ler e praticar desporto. Depois de uma manhã cheia de saber, desporto e emoção, os alunos chegaram à escola às 13.00h. A equipa da BE da Escola Prof. Delfim Santos


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MATEMÁTICA A RIMAR Nos trabalhos expostos, realizados pelas crianças do grupo 1 do Jardim-deInfância António Nobre, articulou-se a abordagem de diferentes áreas de conteúdo, linguagem oral/abordagem à escrita, matemática e expressões e de domínios inscritos em cada uma, de modo a integrarem-se num processo flexível de aprendizagem com sentido para as crianças. Esperança Moreira, Educadora de Infância da EB1/JI António Nobre

PNL A fase de escola do Concurso Nacional de Leitura, do Plano Nacional de Leitura, realizou-se no dia 20 de janeiro, pelas 17h40, na Biblioteca da Escola Prof. Delfim Santos. Para esta fase do CNL, a equipa da Biblioteca e os professores de Português escolheram o livro História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar de Luís Sepúlveda e, ao longo do tem-

po que antecedeu a prova, foram fazendo ações de promoção de leitura junto dos alunos. Assim, congratulamo-nos com o empenho dos alunos do 3.º Ciclo e o apoio dos professores de Português neste concurso. Este ano tivemos cerca de quarenta concorrentes! Foi uma prova que serviu para celebrar,

CONFERÊNCIA No dia 20 de janeiro, os alunos da ESDPV receberam a Prof. Dr.ª M. Elisabete M. Almeida, Investigadora Coordenadora aposentada do INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação) autora do livro A "Vida" dos Materiais e os Materiais e a Vida. Esta obra, única no seu género e de grande utilidade para a divulgação dos materiais junto dos mais jovens, apresenta, em versos ilustrados, os cerca de 160 materiais mais usados pelo Homem no seu quotidiano, sendo a apresentação em fichas de duas páginas que se encontram organizados segundo o seguinte índice resumido:

  

mineral e vegetal) A aumentar a utilidade deste livro salienta-se, ainda, a existência de dois índices remissivos (por materiais e produtos, e por aplicações e características). A autora ainda ofereceu à nossa biblioteca quatro livros da sua autoria: ALMEIDA, M. Elisabete M, 1946. Divirta-se a viajar comigo / M. Elisabete M. de Almeida ; fot. António Teixeira... [et al.]. Lisboa : Intermezzo, 2006-. - v. : il. ; 31 cm. - 1º v.: 289, [3] p.. - 2º v.: 299, [1] p.. 3.º v.: 355,[3] p. ISBN 972-98950-7-4. ISBN 978-989-95449-2 -5 ALMEIDA, M. Elisabete M, 1946A vida : um" retrato" de época... no Introdução dealbar do século XXI... / M. Elisabete Materiais Artificiais (cerâmicos e afins, M. Almeida. - Lisboa : MediaLand, 2013. metálicos, poliméricos, compósitos, - 97, [3] p. : muito il. ; 31cm ISBN 978-989 especiais) -95449-8-7 Equipa da BECRE da ESDPV Materiais Naturais (de origem animal,

ÁRVORES No âmbito deste projeto de articulação vertical entre o grupo 1do Jardim de Infância e a turma A do 4º ano da EB1/ JI António Nobre, os alunos iniciaram, na sessão mensal realizada a 14 de janeiro, a elaboração de um álbum; neste vão ser registadas as informações, relativas ao tema, pesquisadas pelos alunos.

Esperança Moreira, Educadora de Infância da EB1/JI António Nobre

mais uma vez, um momento de festa da leitura na nossa biblioteca, desta vez com os alunos do 3.º Ciclo. Os alunos vencedores são: Beatriz Graça do 7.º A; Mafalda Côrte-Real do 8.ºG e Carolina Gomes do 8.ºE. Estes alunos participarão na fase distrital do CNL em representação da Escola. A equipa da BE da Escola Prof. Delfim Santos


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PLANTAS E BICHOS No dia 13 de janeiro, veio à sala do grupo 1 do Jardim de Infância António Nobre uma Técnica da C. M. de Lisboa para promover a sensibilização ambiental junto destes alunos, através de uma atividade subordinada ao tema À descoberta das plantas e dos animais da cidade de Lisboa. Nesta primeira sessão, em sala de aula,

foi apresentado um jogo sobre biodiversidade. A segunda sessão consiste numa saída de campo a um jardim da cidade, o Parque Urbano dos Moinhos de Santana, para identificação de várias espécies. Nessa altura daremos mais notícias! Esperança Moreira, Educadora de Infância da EB1/JI António Nobre

CALENDÁRIO DE LEITURAS O calendário da BE, para 2016, ficou pronto no início do 2.º período e foi o resultado da colaboração de alunos dos três ciclos com o apoio técnico de uma designer gráfica sob a orientação da PB Ana Correia. Atribuímos-lhe um nome: Calendário de Leituras porque pretende articular a palavra, a leitura e a arte. Tivemos uma participação bastante alargada o que tornou difícil a escolha dos melhores trabalhos. A equipa da BE aproveitou as reuniões dos Diretores de Turma com os Encarregados de Educação, no início do 2º Período, para fazer a apresentação do

calendário aos pais e Encarregados de Educação, onde podia ser adquirido. O mesmo aconteceu nas escolas do 1.º Ciclo (4.º Ano das Laranjeiras e Frei Luís de Sousa, apenas a António Nobre não participou, por falta de tempo). Assim, congratulamo-nos com o empenho de toda a comunidade escolar alunos, professores, diretores de turma, funcionários e encarregados de educação - nesta atividade que articula vários anos de escolaridade e áreas disciplinares e que faz parte do projeto apresentado ao aLer+. Temos percebido que o calendário tem contado com

TEATRO Visita do 12º.13, curso profissional de Interpretação de Artes do Espetáculo ao Museu Nacional de Dança e Teatro. Na avaliação desta visita não foi apontado nenhum aspeto negativo (a condizer como o ar feliz dos fotografados!)

DOAÇÃO DE LIVROS No início de ano letivo, os pais e encarregados de educação doaram livros em bom estado à Biblioteca da Escola Frei Luís de Sousa. A equipa da BE terminou o tratamento documental de todos os livros que já estão disponíveis para os alunos da escola. Assim, tal como tínhamos referido no início de dezembro, apresentámos agora as novidades aos nossos leitores e alguns livros foram já requisitados para serem lidos em casa. A equipa da BE Prof. Delfim Santos

Carlos Melo, docente da ESDPV

opiniões muito gratificantes, quer ditas diretamente, quer através da rede social Facebook. O valor obtido com esta venda destinase à compra de livros novos para as bibliotecas, porque sabemos que os nossos alunos gostam cada vez mais de ler. Desejamos que este calendário acompanhe momentos de boas leituras ao longo do ano de 2016. A equipa da BE da Escola Prof. Delfim Santos


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PROJETO COM ARTE No decorrer do mês de novembro, o grupo da sala 2 do JI da EB1 das Laranjeiras participou no “Projeto com Arte” em parceria com o Teatro de Carnide. Este projeto teve como objetivo trabalhar as emoções através da mimica, expressão e movimento corporal. As atividades planificadas foram realizadas durante quatro sessões. Duas, com visita à sala de aula das atrizes do teatro, que encarnavam diferentes personagens e outras duas, com a deslocação do grupo ao teatro; tendo sido a última uma apresentação final preparada pelo grupo, sobre o tema trabalhado no decorrer do projeto. A participação de todos foi efusiva e

produtiva. Na sala de aula, foram várias as atividades realizadas alusivas ao tema; quer através de jogos de expressão corporal, diálogos, registos assim como através de atividades de expressão plástica. Também foi inventado um poema, que, posteriormente, foi declamado no teatro. Poema das Emoções “Ai que susto! Ai que medo! Digo às vezes sem saber, Fico triste e a pensar… Zangado não vale a pena E triste também não! Vou guardar felicidade,

Dentro do meu coração!” O grupo revelou criatividade e imaginação em todo o processo, tendo assimilado os conteúdos trabalhados com facilidade e interesse. Em conclusão este projeto foi promotor de conhecimento e de atitudes positivas em relação à interação entre pares assim como à expressão de sentimentos. As crianças aderiram, gostaram muito e compreenderam o tema trabalhado. Este foi, inclusive, tema de conversa entre as famílias, tendo as crianças, partilhado com os seus pais as atividades dinamizadas. EB1/JI das Laranjeiras, sala 2/, Educadora Dores Rocha

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS Escola Secundária D. Pedro V

Estrada das Laranjeira, 122 1600-136 Lisboa

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Escola Básica 2. 3. Prof. Delfim Santos

Rua Maestro Frederico Freitas 1500-400 Lisboa

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EB1/JI Frei Luís de Sousa

Rua Raul Carapinha 1500-042 Lisboa

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