Importância do planejamento de treinamento e das avaliações físicas
Definir a carga de treinamento é o primeiro passo para entender a complexidade do treinamento físico (Monteiro, Lopes, 2009). O entendimento de alguns conceitos é fundamental para a estruturação de uma periodização de treinamento. Periodização é um dos mais importantes conceitos do planejamento do treinamento. Esse termo origina-se da palavra período, que é uma porção ou divisão do tempo em pequenos segmentos, mais fáceis de controlar denominados fases (Bompa, 2001). Concordando com este conceito, Plisk & Stone 2003, definem periodização como uma distribuição planeada ou uma variação nos métodos e meios de treino, de forma cíclica ou periódica. Os estímulos periódicos ou cíclicos, durante o exercício, os estímulos utilizados nas sessões de treinamento determinam a carga de trabalho a que se submete o atleta em treinamento. A causa que provoca as alterações de adaptação no organismo do desportista é denominada carga de treinamento (Zakharov, 1992). Carga de treinamento é o resultado da relação da quantidade de trabalho (volume) com seu aspecto qualitativo (intensidade) (Manso 1996). No mesmo óculo, De La Rosa e Farto (2007), afirmam que carga de treinamento é a relação inversa entre o potencial de treinamento e condição física do atleta. Segundo Monteiro e Lopes (2009) os componentes da carga de trabalho determinam a magnitude do estímulo aplicado no treinamento são: intensidade, duração, volume e densidade de treinamento. A intensidade trata-se do aspecto qualitativo da carga e está relacionada ao nível do atleta e em que momento se encontra na temporada. É bastante específica e por isso na escolha dos critérios da intensidade, devemos levar em consideração as particularidades do esporte em questão. Metodologicamente a esgrima se classifica dentro dos esportes de combate. A esgrima apresenta particularidades e características que o diferem dos demais esportes por realizar-se mediante um acessório (espada, florete ou sabre) que impede o contato direto dos corpos. (VELÁZQUEZ FERNÁNDEZ, 2004). A troca de ações entre os adversários, de forma contínua ou descontínua, durante um determinado período de tempo, no combate com intenções táticas é definida como: frases d`armas. Tais conjuntos de trocas de ações entre ambos os esgrimistas do assalto (duelo) formam o desenho de jogo combativo na Esgrima. ((ARKAYEV, 1990)). Estas
ações têm caráter variável, sendo que os estímulos têm como indicador fisiológico os números de ações numa unidade de tempo. Como exemplo, citamos uma frases d`armas onde ocorrem 10 “a fundos” (movimentos ofensivos), em 30 segundos. A duração da carga representa o tempo durante o qual um único conteúdo de treinamento funciona como elemento transformador sobre o organismo (Satrischka, 1998). Durações de 45 e 50 minutos em uma sessão de treinamento têm como objetivo o desenvolvimento de resistência por mobilização do sistema aeróbio. Durações de 20 e 40 minutos, são eficazes para o aumento do limiar anaeróbio. Para o desenvolvimento de potência, os estímulos possuem durações de 15 a 25minutos. Para um treinamento com objetivo de aumentar a resistência anaeróbia lática, os estímulos possuem duração inferior a 10 minutos. Para o desenvolvimento de capacidade anaeróbia alática, a duração de estímulo em cada repetição é de 15 a 30 segundos. Para desenvolver velocidade (potência anaeróbia alática), a duração do estímulo em cada repetição varia entre 5 e 10 segundos. O volume da carga é a medida quantitativa das cargas de treinamento de diferente orientação funcional, que se desenvolvem em uma unidade ou ciclo de treinamento (De La Rosa e Farto, 2007). Este componente pode ser dividido em: Volume Global: Quantificação de todas as cargas de diferente orientação funcional, ou seja, soma de todas as cargas de treinamento (técnico, tático, força explosiva, força máxima, todos os tipos de resistências, flexibilidade). Volume Parcial: determina um tipo de treinamento com orientação funcional, ou seja, existe uma divisão de cada carga e sua orientação funcional por sessão de treinamento, sendo somadas para totalizar a duração de cada sessão (somamos o tempo de treino físico, técnico, tático em cada sessão de treinamento). O volume de treinamento torna-se importante no que se refere ao treinamento de atletas de alto nível. O Volume de horas por micro ciclo e por ano parece haver uma elação entre volume e o rendimento desejado. Platonov (2008) estabelece-se a seguinte relação: Utilizaremos exemplos de competições do calendário anual da Federação Internacional de Esgrima (FIE), de acordo com sua relevância em concordância com Platonov. - Melhores do mundo- 1.000 horas anuais (Jogos olímpicos de Londres 2012)
- eventos internacionais- 800 horas anuais (Espada Masculino Adulto Copa do Mundo por Equipe). - Eventos nacionais- 600 horas anuais (Torneio Cidade de Gramado). - Eventos regionais- 400 horas anuais (Estadual de Esgrima).
O número de sessões de treinamento em um determinado período de tempo é a frequência de treinamento diário. A metodologia do treinamento aponta como maior favorável a seguinte frequência semanal (RAPOSO, 2000). - Fase Base- 3 a 4 sessões
- Fase de preparação- 4 a 8 sessões
- Fase de Construção- 6 a 10 sessões
- Alto rendimento- 8 a 22 sessões- onde se encontram os atletas componentes da Seleção Brasileira de Esgrima.
Este modelo de frequência semanal mostra a necessidade de um comportamento profissional dos atletas de alto rendimento, onde o comprometimento com seu esporte é muito grande, sendo que em alguns momentos da periodização os mesmos terão três estímulos (sessões) diários de treinamento. O último componente é a densidade, esta é definida como a relação temporal entre esforço e a fase de recuperação em uma sessão de treinamento, ou seja, relação entre trabalho (treinamento) e recuperação. A carga de treinamento e a recuperação equilibram-se melhor, harmonizando-se através da intensidade da carga. Esta recuperação tem duas funções importantes no desenvolvimento de novas adaptações, segundo Monteiro e Lopes (2009): - Diminuição dos níveis de fadiga.
- Favorecer os processos de adaptação.
Segundo Grosser (1990) a relação pontual entre a duração do estímulo e a recuperação. A figura abaixo demonstra a relação de trabalho (treinamento) e recuperação, definindo assim uma densidade de treinamento.
100%
Velocidade Relação 1:5 Velocidade e VO2máx
90% Relação 1:3 80%
Velocidade Relação 1:1
70%
Resistência aeróbia Relação 2:1
60%
Resistência aeróbia Relação 5:1
Durações de intervalos de descansos podem interferir nos objetivos do treinamento sua seleção é de grande importância. Os intervalos de descanso podem ser divididos em: - Intervalo Rígido: Tempos muito curto o que leva o desenvolvimento de fadiga em progressão muito rápida. (muito utilizado nos períodos competitivos de treinamento, sendo semelhante aos períodos de estímulo e descanso no combate de Esgrima).
- Intervalo Curto: Recuperação que permite a restauração próxima ao nível do exercício.
- Intervalo Completo: Períodos de recuperação que permitam a restauração completa do organismo para o próximo estímulo.
Com base nas informações abordadas anteriormente conseguimos agrupá-las e iniciar um modelo de periodização. O desenvolvimento de um plano teórico para a evolução dos aspectos físicos, solicitados aos atletas de Esgrima especificamente, envolve a capacidade de conseguir transmitir de forma clara e objetiva os pressupostos teóricos já existentes sobre a ciência do treinamento desportivo, adaptadas para Esgrima, a cada um dos profissionais responsáveis pela preparação física dos esgrimistas.
CARGAS
MACRO CICLO
INÍCIO
BASEACUMULAÇÃO
P R E P A R A T Ó R I O
DEVO SEGUIR UMA PERIODIZAÇÃO?
T R A N S I Ç Ã O
PRÉ- COMPETITIVO
COMPETITIVO
CARACTERÍSTICAS
CHOQUE
80% a 100%
2 A 5 SESSÕES DE TREINO
ORDINÁRIO
60% a 80%
2 A 6 SESSÕES DE TREINO
ESTABILIZADOR
40% a 60%
Estabiliza os estados das cargas dos micro ciclos anteriores
RECUPERATIVO DE MANUTENÇÃO
30% a 40%
RECUPERATIVO
CONTROLE
PRÉCOMPETITIVO
COMPETITIVO
BAIXA INTENSIDADE
TESTESCOMPETIÇÕES
CONFORME CALENDÁRIO COMPETITIVO
COMPETIÇÃO ALVO E SECUNDÁRIAS
Auxilia na redução de perda de ritmo
USAR APÓS M. C. DE CHOQUE E ORDINÁRIO FORÇA E VELOCIDADE1RM E 50m
Força explosiva e Agilidade- Shutle Run
R. Anaeróbia láticaProtocolo Pavani
FORÇA EXPLOSIVAAfundo deslocando e estático
FLEXIBILIDADEteste angular
FORÇAdinamometria isocinética(4,10,30 repetições)
INTENSIDADE ALTA E VOLUME BAIOCARGAS DECRESCENTES
5 A 10 DIAS ANTES DA COMPETIÇÃO
FIM
Figura: Modelo de periodização proposto por Pavani (2012).
Segundo Crescente et al.,(2006), entre os vários fatores, variáveis, que podem influenciar no desempenho de um atleta, temos a condição física avaliada pela frequência cardíaca, VO2 máximo, limiar lático, limiar ventilatório e limiar anaeróbio, indicadores importantes para sinalizar o nível de condicionamento físico do atleta em cada etapa da periodização. As avaliações são realizadas a cada ciclo completo, na transição de cada fase da periodização Nesse ínterim, a avaliação física dos atletas torna-se imprescindível como um identificador da condição do atleta, bem como fornece subsídios ao treinador para a prescrição, planificação e periodização adequada do treinamento esportivo. A escassa bibliografia encontrada no Brasil, sobre o planejamento e a periodização da
Esgrima, configura-se
como um
desenvolvimento do treinamento deste esporte no país.
problema para um
real
Por este fator optamos na realização de avaliações práticas e objetivas, sendo testes específicos da modalidade, que contam com o movimento específico da esgrima e pela facilidade de aplicação, sendo no mesmo local de treinamento. Os testes serão norteadores da periodização buscando informações de maneira prática do nível de condicionamento do atleta em cada fase de treinamento. Os testes propostos avaliarão a flexibilidade, a potência, a velocidade, capacidade anaeróbia alática (predominante na esgrima). Os testes serão descritos em seguida, com seu protocolo, aplicabilidade, componente a ser avaliado e sua respectiva folha de anotações dos resultados, respectivamente.
RESISTÊNCIA ANAEROBIA ALÁCTICA
Teste anaeróbio alático adaptado para esgrima adaptado por Ricardo Pavani (2011). Materiais: pista de esgrima, monitor cardíaco, roupa de esgrima, cronometro, caneta e folha de anotação do teste. Aquecimento e Desaquecimento: executar após mensurar a Frequência cardíaca inicial, o aquecimento com corridas variadas de baixa intensidade durante 5 minutos. Após a realização do teste imediatamente o atleta deverá caminhar por 1 minuto e após este tempo mensurar novamente a frequência cardíaca. Caso o acúmulo de ácido láctico cause desconforto muscular executar um trote regenerativo por 10 minutos e posterior alongamento muscular.
Protocolo: O teste segue o seguinte protocolo: um esgrimista posicionado a seis metros de distância do fim da pista, ao sinal do avaliador o executante do teste realiza o deslocamento para frente, marchando, ao final da pista executa o afundo e retorno deslocando-se posteriormente realizando a técnica de deslocamento chamado romper em máxima velocidade. O teste é dividido em três períodos: 15s (A), 30s (B) e 30s (C), com intervalos de 10s entre os mesmos (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001). Durante cada um dos períodos, o executar a técnica do afundo, utilizando a técnica o maior número de vezes possível. Imediatamente após e 1 minuto após o final
do teste é verificada a frequência cardíaca do atleta. O número de ações denominadas afundou são somados e o índice abaixo é calculado (PAVANI, 2001):
Marcação realizada com cones de sinalização.
Iniciar com a posição da guarda,
deslocar-se até a linha de 6 metros e executar o movimento do afundo, voltar à guarda e executar o movimento de retorno à posição iniciar rompendo e repetir o ciclo conforme os estímulos solicitados pelo teste. Posição inicial do atleta está na linha inicial, em guarda:
O atleta descola-se até a linha de 6 metros, marchando.
Executa o afundo, posteriormente volta à guarda retornando a posição inicial do teste rompendo.
O número de ações denominadas afundou são somados e o índice abaixo é calculado (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001):
Quanto melhor o desempenho no teste, menor o valor do índice (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001). A Figura apresenta o esquema do teste:
POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES
O treinamento de força com intensidade baixa a moderada (10-70% 1RM) e elevada velocidade de execução é denominado treinamento de potência com sobrecarga (Lamas; Drezner; Tricoli; Ugrinowitsch, 2008). Este tipo de treinamento é amplamente utilizado na prática do treinamento esportivo, uma vez que a elevada demanda de produção de potência é uma característica comum a diversas modalidades esportivas. O componente potência é fundamental para surpreender o adversário nos combates de Esgrima, quando somada com o componente técnico potencializam as chances de tocar o adversário, sendo este o objetivo da esgrima.
Avaliação da potência no afundo:
É feita em duas etapas. Primeiro mede-se a amplitude máxima de um afundo estático (a= calcanhar do pé da frente até anteparo). Em seguida executa-se um afundo com o máximo de potência e mede-se o quanto este afundo deslocou (b). Dividindo-se a medida (b) pela (a), chega-se ao Coeficiente de Potência do Afundo (p).
FLEXIBILIDADE
A flexibilidade pode ser definida como amplitude de movimento em determinada articulação (Delgado 2004). A Flexibilidade está relacionada com os níveos de condicionamento necessário para o desempenho esportivo. O encurtamento do sistema muscular o enfraquece, além de gerar aumento do gasto energético, desestabilizar a postura e como consequência acaba diminuindo a capacidade de produzir movimento qualificado. Entre os testes de verificação de Flexibilidade, acreditamos que o mais adequado é Teste de avaliação da flexibilidade do afundo e avaliação do arrasto interno no afundo, proposto por Marcos Cardoso, adaptado por Pavani, por avaliar o principal movimento ofensivo da Esgrima, denominado afundo.
AVALIAÇÃO DO ARRASTO INTERNO NO AFUNDO:
Verifica se o atleta mantém a sua amplitude máxima na execução de um afundo explosivo, ou se cria um arrasto interno no afundo, que é indesejado. Primeiro mede-se a amplitude máxima de um afundo estático (a=calcanhar do pé da frente até parte interna do pé de trás). Em seguida executa-se um afundo com o máximo de potência e mede-se novamente amplitude máxima do afundo (b= calcanhar do pé da frente até parte interna do pé de trás). O resultado deve ser o mais próximo a zero possível.
Protocolo:
A) Aquecimento global e aquecimento específico com utilização de 5 a 10 repetições do movimento específico (afundo). B) 1 minuto de intervalo. Leve alongamento C) Tentar o movimento específico buscando máxima amplitude das articulações dos membros inferiores D) O avaliado deverá executar três tentativas com intervalo de 1 minuto entre elas com leve alongamento dos membros inferiores, a melhor tentativa será validada.
Folha de anotações
Avaliação da flexibilidade no afundo
Nome do avaliado:___________________________________________________
Tentativas
Valores (a)
Valores (h) Valor (C)
1º. Tentativa 2º. Tentativa 3º. Tentativa
C=a ⁄ h
Melhor tentativa:
Data:______________ Hora:_____________
AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE NO AFUNDO:
Protocolo: A) Aquecimento global e aquecimento específico com utilização de 5 a 10 repetições do movimento específico (afundo). B) 1 minuto de intervalo. Leve alongamento C) Tentar o movimento específico buscando máxima amplitude das articulações dos membros inferiores D) O avaliado deverá executar três tentativas com intervalo de 1 minuto entre elas com leve alongamento dos membros inferiores, a melhor tentativa será validada.
Por meio de uma fórmula matemática, é possível estabelecer um indicador da flexibilidade no afundo de um esgrimista. A amplitude (a= calcanhar do pé da frente até parte interna do pé de trás) do afundo, dividida pela altura do vão entre o púbis e o solo (h) nos fornece o coeficiente de flexibilidade (c). Quanto maior o valor desse coeficiente, melhor será a flexibilidade das articulações de membros inferiores envolvidas na execução do afundo. Com estudos mais aprofundados, será possível estabelecer um coeficiente mínimo para o afundo do esgrimista de alto-rendimento.
Folha de anotações:
Avaliação da flexibilidade no afundo
Nome do avaliado:___________________________________________________ Tentativas
Valores (a)
Valores (h) Valor (C)
1º. Tentativa 2º. Tentativa 3º. Tentativa
C=a ⁄ h
Data:______________ Hora:_____________
Melhor tentativa:
VELOCIDADE MÁXIMA
Deslocamento à frente (marchando) em velocidade - 5m. Objetivo: menor tempo possível. (Espada) 5m é uma medida próxima à máxima distância que o atleta de espada utiliza em velocidade máxima ofensiva sem mudança de direção durante um match. As linhas de marcação da pista de esgrima podem ser utilizadas para a execução dessa avaliação. • Deslocamento à frente (marchando) em velocidade - 9m. Objetivo: menor tempo possível. (Florete e Sabre) 9m é uma medida próxima à máxima distância que o atleta de florete ou sabre utiliza em velocidade máxima ofensiva sem mudança de direção durante um match. As linhas de marcação da pista de esgrima podem ser utilizadas para a execução dessa avaliação.
FORÇA RELATIVA-FORÇA MÁXIMA DE MEMBROS INFERIORES Protocolo de 1 Repetição Máxima
A) Aquecimento de 5 a 10 repetições, peso leve (40% a 60% da estimativa de 1RM) B) 1 minuto de intervalo. Leve alongamento C) Aquecimento de 3 a 5 repetições, peso moderado (60% a 80% da estimativa de 1RM). ‘ D) 2 minutos de intervalo E) Tentar o 1RM num peso próximo do máximo Se o praticante completar de 2 a 3 repetições – adiciona: Para testes de membros superiores de 4 kg a 9 kg ou 5% a 10% Para testes de membros inferiores de 14 kg a 18 kg ou 10% a 20% G) Repetir item E, nos casos quando: Se o praticante completar de 2 a 3 repetir - após 3 a 5 min. de intervalo Repetir as tentativas até realizar apenas 1RM Só será considerada tentativa válida aquela com a técnica perfeita Se forem necessárias mais de três tentativas – dar intervalo de 24h descanso
Achando a carga Nº específico de repetições (achar a carga) 3RM, 6RM, 9RM ou 12RM (67%, 77%, 85%, 93%... talvez?) Carga submáxima (máximo de repetições) Teste de 2 a 10 repetições Carga estimada Masc.= 80% a 100% peso corporal Carga estimada Fem.= 50% a 60% peso corporal Intervalos 5-10 min. entre as tentativas Não exceder a três tentativas no dia (24h intervalo)
Carga submáxima (máximo de repetições)
Ex. masc. teste de RM = 8 repetições x 52 kg
1RM estimado = 62 kg
Considerações no uso dos resultados de RM
Grau de treinamento do praticante: quanto mais treinado, mais repetições realizará; 2. O número de repetições: a partir do percentual de RM estimado por teste, portanto quando o praticante realiza várias séries, pode ser necessário diminuir o peso para completar o número de repetições desejadas; 3. A utilização de equipamentos guiados: pode superestimar o valor obtido, por aumentar o percentual em relação ao peso livre; 4. A utilização de grande massa muscular pode resultar em um número de repetições maiores do que um grupo pequeno, num mesmo percentual de RM;
5. O Teste de RM requer muito tempo, não sendo prático para períodos muito curtos (ex. semanais).
Classificação da Força de membros inferiores