Apostila Anglo - História e Geografia - 3º ano/Livro 2 - Material Adaptado

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Sumário Aula 13 – Colonização espanhola..................................................03 Aula 14 – Brasil colônia: invasões.................................................15 Aula 15 – Brasil colônia: expansão territorial..........................24 Aula 16 – Economia e sociedade mineradora...............................32 Aula 17 – Iluminismo............................................................................39 Aula 18 – América inglesa..................................................................50 Aula 19 – Revolução Francesa........................................................60 Aula 20 – Napoleão Bonaparte........................................................72 Aula 21– Independências na América espanhola.........................82 Aula 22 – Processo de independência do Brasil........................88 Aula 23 – Brasil: Primeiro Reinado...............................................101 Aula 24 – Brasil: período regencial............................................108

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Página de referência: 184

Calendário asteca, também conhecido como Pedra do Sol, do século XVI. 1. A conquista espanhola • Os papéis de Hernán Cortez e Francisco Pizarro na conquista dos mexicas e dos incas. • As ferramentas do domínio espanhol: armas de fogo, armaduras, cavalos e alianças com grupos indígenas. • O efeito das doenças trazidas pelos europeus (varíola, sarampo, gripe e peste) na devastação das populações indígenas. • A

imposição

dos

valores

desestruturação

da

construção

uma

de

cristãos

europeus,

identidade

indígena

cultura

marcada

e

a a

pela

miscigenação. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Página de referência: 185

2. A colonização espanhola • A organização metropolitana: Conselho das Índias e a divisão das colônias em vice-reinos e capitanias. • A administração local: o papel dos chapetones (funcionários que representavam o rei da Espanha na América) e os cabildos, que reuniam membros da elite criolla.

A obra representa a história

do

povo

Purépecha,

que

habitava o noroeste do

México

apogeu

e

seu

o

seu

declínio com o início da

colonização

espanhola.

• A importância da mineração na estruturação da exploração colonial. • A exploração da mão de obra indígena por meio da encomienda e da mita. • A Igreja como instrumento de reforço do poder real e de controle sobre a sociedade colonial.

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Em classe Página de referência: 185

1. (Enem)

Quando surgiram as primeiras notícias sobre a presença de seres estranhos, chegados em barcos grandes como montanhas, que montavam numa espécie de veados enormes, tinham cães grandes e ferozes e possuíam instrumentos lançadores de fogo, Montezuma e seus conselheiros ficaram pensando:

de

um

lado,

talvez

Quetzalcóatl

houvesse

regressado, mas, de outro, não tinham essa confirmação. A dúvida apresentada inseria-se no contexto da chegada dos primeiros europeus à América, e sua origem estava relacionada ao a) domínio da religião e do mito. b) exercício do poder e da política. 2. Leia o texto a seguir, sobre a construção do culto à Virgem de Guadalupe, no México. Diz a lenda que o índio Juan Diego [...] viu uma senhora cercada por luz intensa [...]. Esta senhora pediu que o índio fosse ao bispo da Cidade do México [...] para que ele ordenasse a construção [...] de uma ermida [pequena igreja] em Tepeyac [...]. Indo Juan Diego ao bispo, este duvidou da sua palavra. [...] A 12 de dezembro [de 1531], tendo amanhecido doente o tio com o qual Juan Diego morava, este saiu em busca de um sacerdote [...].

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Página de referência: 186

Passando por Tepeyac, a senhora comunicou-lhe que seu tio já estava bom e que ele poderia colher rosas no alto do cerro [...]. O índio encontrou as rosas e envolveu-asem seu rústico manto, o “ayate”. Ao levar o manto com as rosas para o Ordinário [bispo], eis que uma imagem de Maria estava pintada no “ayate” [...]. No cerro de Tepeyac construiu-se a ermida [pequena igreja] pedida, que, mais tarde, receberia várias outras igrejas, até a inauguração da imensa igreja atual onde repousa o suposto “ayate” de Juan Diego. [...] na “Canción a Nuestra Señora” [canção a Nossa Senhora] de 1577, de autoria de Fernán González de Eslava. [...] Seu poema diz que a Virgem de Guadalupe é formosa, “aunque morena”. Ora, formosa apesar de ou ainda que morena significa que, para o autor, a morenice da Virgem é um obstáculo à sua beleza. Em outras palavras, há um padrão estético aqui que recusa a mestiçagem étnica. [...] Assim, para uma elite branca do México, a Virgem tem por problema seu tom moreno.

O texto traz elementos dos convívios que envolviam: a) cultura europeia, sociedade militarizada e relevo americano. b) cultura indígena, cristianismo e interesses das elites.

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Página de referência: 262

América espanhola: dos povos pré-colombianos à colonização hispânica 1. Civilizações americanas Antes da chegada dos espanhóis, o continente americano era habitado por uma diversidade de povos, chamados genericamente de “pré-colombianos” ou “pré-hispânicos”, ou seja, anteriores à chegada de Cristóvão Colombo.

Falando inúmeras línguas, com modelos econômicos variados e sistemas políticos distintos, esses povos, chamados de índios, estabeleciam diferentes relações com o meio ambiente.

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Página de referência: 262

Os maias

Os maias viviam em cidades-Estado governadas por um chefe político hereditário. A agricultura era a base da economia maia, onde o principal produto cultivado era o milho.

Tikal,

na

Guatemala,

foi

uma

das

mais

importantes cidades maias.

Quando os espanhóis chegaram à região, o esplendor maia havia se encerrado há muitos séculos. Boa parte da população maia havia se dispersado, tendo parte de sua cultura absorvida pelos astecas. Os astecas Por volta do século XII, os astecas chegaram à região do Lago

Texcoco.

Grandes

guerreiros,

eles

conquistaram

cidades, formando um grande império. A agricultura era a base da economia asteca. Eles também domesticavam animais e faziam artesanato.

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Página de referência: 263

A sociedade asteca era dirigida por um imperador. Os membros do povo eram camponeses-soldado. O fim do império ocorreu com a conquista espanhola, sob o comando de Hernán Cortez, entre 1519 e 1521. Os incas Por volta do século XIII, na América do Sul, nas atuais regiões do Peru, do Equador, da Bolívia, de parte do Chile e da Colômbia, desenvolveram-se civilizações que resultaram na criação do Império Inca.

O Estado era chefiado por um imperador chamado Inca, considerado o “filho do Sol” e cultuado como um deus na Terra.

A base da economia dos incas era a agricultura. As aldeias incas pagavam um tributo na forma de prestação de serviços, a mita. A conquista espanhola Após a chegada de Colombo ao continente americano, a convicção de que a nova terra tinha dimensões continentais inaugurou um período em que foram realizadas, a partir de 1503, diversas tentativas de contorná-la, ao mesmo tempo que se buscavam metais preciosos.

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Página de referência: 266

O encontro com civilizações sofisticadas, como as dos impérios inca e asteca, resultou em alguns dos episódios mais violentos da conquista espanhola na América. Além de transmitirem doenças às populações indígenas, os espanhóis dominaram territórios com o uso de canhões e armas de fogo. A combinação de doenças e violência provocou a mortalidade de 90% da população nativa. A administração colonial Para garantir a exploração econômica dos territórios colonizados, a América espanhola foi dividida em vice-reinos: • o Vice-Reino da Nova Espanha; •

e o Vice-Reino do Peru.

Na América, os vice-reinos representavam o rei e, portanto, eram as mais altas autoridades coloniais. Outro órgão muito importante era o cabildo. Eles tratavam de assuntos como segurança, abastecimento e uso dos espaços públicos. A mão de obra indígena Nas colônias espanholas da América prevaleceu a exploração do trabalho indígena.

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Página de referência: 267

A encomienda foi a principal forma de fornecimento de mão de obra para as atividades econômicas espanholas nas colônias. Por

meio

exploração,

desse

um

sistema

espanhol

de

recebia

a

obrigação de tomar sob sua proteção um grupo de indígenas, recebendo em troca o direito de empregar seu trabalho. Nesse sistema, os nativos eram obrigados a trabalhar nos campos, nas minas e nas residências coloniais, dedicando boa parte de suas forças para satisfazer às exigências do colonizador.

A prata extraída do México e de Potosí garantiu

à

espanhola

Coroa grande

riqueza durante o século XVI.

O papel da Igreja no processo de colonização A ação dos religiosos no Novo Mundo estava subordinada aos órgãos governamentais espanhóis. A Igreja zelava pela pregação junto aos colonos europeus e pela catequese e conversão dos indígenas.

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Página de referência: 269

Um dos principais exemplos da ação religiosa junto aos nativos nas colônias americanas foi a criação de reduções indígenas, também chamadas de aldeamentos.

Organizados e administrados pelos jesuítas, que vieram à América com o apoio do papa e sistematizaram a conversão dos nativos por meio de um projeto educacional.

Muitos missionários jesuítas acreditavam que os povos nativos, depois de convertidos, poderiam se integrar à sociedade

colonial

por

meio

do

trabalho,

sem

ser

escravizados, e assim se converter em súditos da Coroa e colaborar para o projeto colonizatório.

Escultura

em

madeira

recuperada

da

redução

jesuíta de Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul. Os traços indígenas e o longo cabelo liso de Nossa Senhora

da

Conceição

refletem

o

sincretismo

religioso

presente

na

produção de esculturas nos aldeamentos coloniais.

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Atividades

1. Como eram chamados os povos que habitavam o continente americano antes da chegada dos espanhóis? (

) pré-colombianos.

(

) hispânicos.

2. Qual era a base da economia maia? (

) o artesanato.

(

) a agricultura.

3. Complete a frase com a palavra correta:

imperador

A

sociedade

presidente

asteca

era

dirigida

por

um

___________________________________________________________________. Os membros do povo eram camponeses-soldado. 4. Os espanhóis chegaram ao continente americano em busca de: (

) encontrar metais preciosos.

(

) conhecer novas culturas.

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5. Para garantir a exploração econômica dos territórios colonizados, a América espanhola foi dividida em ___________: (

) feudos.

(

) vice-reinos.

6. Nas colônias espanholas da América prevaleceu: (

) o trabalho assalariado.

(

) a exploração do trabalho indígena.

7. Complete:

religiosa – nativos – aldeamentos

Um

dos

principais

exemplos

da

ação

___________________________________________________________________ junto

aos

___________________________________________________________________ nas colônias americanas foi a criação de reduções indígenas, também

chamadas

de

___________________________________________________________________. 8. A ________________ foi a principal forma de fornecimento de mão de obra para as atividades econômicas espanholas nas colônias. (

14

) encomienda.

(

) escambo.

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Página de referência: 187

Gravura do Alcacer da Boa Vista, em Pernambuco, retrata o Palácio da Boa Vista às margens do rio Capibaribe durante a dominação holandesa na região. 1. Os primeiros ataques ao território do Brasil • O interesse das nações estrangeiras pelo território de Portugal na América começou logo após a chegada dos portugueses ao continente.

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Página de referência: 188

2. A União Ibérica (1580-1640) • O

desaparecimento

de

dom

Sebastião

levou

à

unificação das Coroas de Portugal e Espanha. 3. As invasões francesas no Brasil • França

Antártica:

huguenotes

franceses

se

instalaram no Rio de Janeiro no século XVI. • França Equinocial: católicos franceses ocuparam o Maranhão no século XVII. 4. As invasões holandesas no Brasil • Durante 24 anos os holandeses se instalaram no litoral nordeste da colônia e dominaram a principal região

produtora

de

cana-de-açúcar

do

Império

Português. • Após a expulsão dos invasores, com a União Ibérica desfeita, Portugal aproximou-se da Inglaterra.

Em classe Texto e imagem para a questão 1 Juro por Deus que me espanta essa grandeza e que daria um milhão por descrevê-la porque a quem não surpreende e maravilha esta máquina insigne, esta riqueza? Miguel de Cervantes, c. 1547-1616.

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Página de referência: 189

Gravura do túmulo de Felipe II (15271598) erguido em Sevilha, na Espanha.

1. O imperador Felipe II e o escritor Miguel de Cervantes, um dos grandes nomes da literatura espanhola, viveram o contexto da União Ibérica (1580-1640). O trecho do poema selecionado é uma descrição do suntuoso túmulo do imperador erguido em Sevilha. O reinado de Felipe II foi marcado pela(s) c) formação de um grandioso império que englobou territórios administrados por Portugal. d) captação de recursos financeiros dos bancos holandeses.

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Página de referência: 189

2. A imagem, produzida durante o século XVII pelo artista Frans Post, foi feita no período de ocupação do nordeste brasileiro pelos holandeses e é um importante registro de como as casas-grandes eram construídas naquela época. O autor nos mostra que

Casa-grande com torre, de Frans Post, 1668.

b) as construções da época visavam abrigar poucas pessoas, por isso o seu tamanho reduzido. c) a torre demonstra uma preocupação com a segurança e a vigilância exercida sobre escravos e possíveis invasores.

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Brasil Colônia: invasões estrangeiras e interiorização da colonização Página de referência: 280

1. Invasões estrangeiras Os primeiros ataques e a União Ibérica

Logo após o anúncio da descoberta de terras no Atlântico,

franceses,

ingleses

e

holandeses

que

não

reconheciam a legitimidade dos acordos ibéricos de divisão de mundo — como o Tratado de Tordesilhas — passaram a se instalar na costa do continente.

A união das coroas

A intensificação das

ibéricas deu origem a um

invasões ocorreu durante

império

colonial

a União Ibérica, período no

gigantesco,

sob

qual

controle

da

o

as

coroas

de

Coroa

Portugal e Espanha foram

que

unificadas, assim como os

despertou desavenças e

impérios coloniais dos dois

disputas

reinos

espanhola,

principais

entre

as

nações

europeias no período.

ibéricos,

passaram

ao

que domínio

espanhol.

Os ingleses ameaçavam o território brasileiro por meio da pirataria. Foram realizados saques nas vilas de Santos, São Vicente, Vitória e na cidade de Recife. Os franceses frequentavam a costa brasileira desde 1504, suas atenções estavam voltadas para o pau-brasil e o estabelecimento de colônias no Novo Mundo.

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Página de referência: 280

Invasões francesas no Brasil Em 1555, os franceses organizaram uma expedição de ocupação do território brasileiro. Para conseguir se instalar na

região,

os

invasores

aliaram-se

aos

Tamoio,

e

os

portugueses não demoraram a responder com armas.

Imagem

de

batalha

entre portugueses e franceses na costa brasileira.

Em poucos anos, o governador-geral Mem de Sá formou uma aliança com outros povos indígenas que viviam na região e, com o apoio dos jesuítas, convenceu os Tamoio a abandonar a aliança feita com os franceses. Após cinco anos de combates, os invasores foram expulsos do Brasil. Invasões holandesas no Brasil Os holandeses mantinham uma vasta rede de comércio ao redor do mundo. Em 1602, conglomerados de comerciantes organizaram a Companhia das Índias Orientais, uma poderosa empresa capaz de cunhar as próprias moedas, declarar guerras e ocupar colônias. A primeira tentativa holandesa de dominar áreas produtoras de cana-de-açúcar no Brasil foi feita na região de Salvador, em 1624, mas a invasão fracassou.

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Página de referência: 281

Na segunda tentativa de invasão, os holandeses dirigiramse à região que mais se destacava pela produção de açúcar: a capitania de Pernambuco. As cidades de Olinda e Recife foram tomadas.

Moedas

quadradas

Companhia

das

da

Índias

Ocidentais (WIC) cunhadas na região de Recife, em Pernambuco, 1645.

Uma administração holandesa da Companhia das Índias Ocidentais foi estabelecida no Brasil. A ocupação holandesa da região foi caracterizada: • pela liberdade religiosa; • pelos empréstimos facilitados aos produtores de cana-de-açúcar; • pela fundação de fortes para defesa; •

e pelas reformas de portos para escoamento da produção.

O

principal

administrador

holandês

do

território

conquistado foi Maurício de Nassau, que governou entre 1637 e 1644. Indicado pela Companhia das Índias Ocidentais para governar o território, assim que chegou estabeleceu-se no Recife e iniciou um projeto de reforma para a cidade,

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Página de referência: 283

Durante o governo de Nassau, Portugal ofereceu a posse de Pernambuco aos holandeses mediante o pagamento de uma indenização.

Vista

da

cidade

Maurícia e Recife, de Frans Post, 1657.

Contudo, o prosseguimento de guerras na Europa envolvendo a Holanda e a queda nos preços do açúcar no mercado europeu levaram a uma paralisação das negociações. Em 1644, Nassau foi dispensado do cargo e retornou à Europa.

Maurício de Nassau.

Insurreição Pernambucana (1645-1654) Após a dispensa de Nassau, a insatisfação dos produtores de açúcar no Brasil cresceu rapidamente. A Companhia das Índias Ocidentais estabeleceu uma nova política de cobranças das dívidas dos senhores de engenho, o que

gerou

revolta de

diversos

setores da sociedade

nordestina contra os holandeses, com apoio de Portugal.

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Atividades 1. A União Ibérica foi: (

) uma fase de acordos políticos entre Portugal e França.

(

) um período no qual as coroas de Portugal e Espanha

foram unificadas. 2. Os _________________ ameaçavam o território brasileiro por meio da pirataria. (

) portugueses.

(

) ingleses.

3. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as informações sobre a ocupação holandesa no Brasil: (

) foi caracterizada pela liberdade religiosa.

(

) a primeira tentativa de ocupação holandesa foi na região

de São Paulo. (

) o principal administrador holandês do território

conquistado foi Maurício de Nassau. 4. A Insurreição Pernambucana foi motivada: (

) pela falta de saneamento básico em Salvador.

(

) pela política de cobranças de dívidas aos senhores de

engenho.

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Página de referência: 190

Desbravamento da mata, obra de Candido Portinari, 1941. Trata-se de uma leitura moderna e livre sobre a ocupação do interior do Brasil durante o período colonial. 1. Expansão territorial: bandeiras • Contexto da colonização de São Vicente: a cidade de São Vicente não era rica no início da colonização da região. Basicamente, a economia local era sustentada com roças de alimentos. • Bandeiras de apresamento: os paulistas utilizavam indígenas para trabalhar em suas roças e, para capturá-los, eram organizadas expedições em bando pelo interior da mata.

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Página de referência: 191

• Bandeiras de prospecção: além de indígenas para a escravidão, os paulistas também buscavam pedras e metais preciosos no sertão brasileiro. • Sertanismo de contrato: era comum a contratação de bandeirantes para combater quilombos de escravos, povos indígenas e para carregamentos de alimentos. • Análise sobre a construção da imagem do bandeirante: historicamente, a construção do simbolismo em torno das bandeiras está relacionada ao heroísmo, à vanguarda e ao poderio paulista. 2. Expansão territorial: pecuária, extrativismo, trabalho e tratados Pecuária na região nordeste • A pecuária no nordeste da colônia estava associada à produção de cana: transporte, engenhos e a alimentação da sociedade canavieira utilizavam gado. • Com o tempo, a pecuária nordestina avançou em direção

ao

Sertão

nordestino,

ocupando

principalmente os vales dos rios. Pecuária na região sul • Concentrada na região dos Pampas, a pecuária sulina avançou sobre territórios além do Tratado de Tordesilhas.

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Página de referência: 191

• A produção da carne salgada (charque) no litoral empregava grande quantidade de escravos. Colonização da região norte • O Maranhão e a Floresta Amazônica foram ocupados no século XVII por colonos. • No litoral do Maranhão, destacou-se a produção de cana-de-açúcar após a expulsão dos franceses. • A principal atividade econômica na região amazônica foi a extração de drogas do sertão. • O indígena escravizado era, em ambas as atividades, a principal mão de obra.

Estação

de

carros

no

Sertão, aquarela de 1859, de José dos Reis Carvalho.

Tratados de divisão territorial • Após a União Ibérica, Portugal e Espanha passaram a discutir uma nova configuração para os territórios da América. Os principais tratados assinados foram: – Tratado de Madri (1750); – Tratado de Santo Ildefonso (1777); – Tratado de Badajóz (1801). 26

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Em classe

1. O mapa indica os principais caminhos das bandeiras no sertão brasileiro durante os séculos XVII e XVIII. Os motivos e objetivos dos bandeirantes ao promoverem tais expedições

Página de referência: 192

a) estavam ligados às possibilidades de exploração econômica do sertão brasileiro. As bandeiras que se dirigiam ao sul estavam

interessadas

em

buscar

indígenas,

e

aquelas

direcionadas ao centro-oeste, pedras e metais preciosos. b) relacionavam-se ao desejo de ultrapassar os limites de Tordesilhas e conquistar mais territórios para o projeto colonizatório português. As expedições para o sul pretendiam ocupar terras da Espanha, e aquelas que se dirigiam ao norte, da França. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Brasil colônia: expansão territorial 1. Interiorização da colonização

Página de referência: 284

As bandeiras Quando

a

população

de

São

Paulo

passou

a

se

especializar na produção de alimentos para regiões da colônia, os paulistas passaram a organizar expedições para capturar indígenas como mão de obra. Essas expedições ficaram conhecidas como bandeiras.

de

Os bandeirantes também

eram

buscavam metais e pedras

destinadas à busca de

preciosas no interior do

indígenas, para vendê-los

território por meio das

como escravizados.

bandeiras de prospecção.

As

bandeiras

apresamento

A Coroa buscou motivar alguns bandeirantes oferecendo honras e bens a quem descobrisse minas. Na virada do século XVII para o XVIII, os paulistas descobriram grandes depósitos de pedras e metais preciosos nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Os

índios

entravam

em

Guaicuru frequentes

embates com bandeirantes e invasores que tentavam entrar em seu território.

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Página de referência: 186

2. Pecuária

Os primeiros rebanhos de gado foram trazidos pelos colonizadores para o Brasil. Entretanto, tendo em vista o projeto de colonização por meio da economia açucareira, era importante preservar o solo do litoral para o plantio da cana. Por isso, a criação de gado no litoral foi proibida e deslocada para o interior. Pecuária no nordeste da colônia A pecuária tornou-se atividade complementar à produção açucareira, pois o gado era utilizado como meio de transporte e força motriz. O uso do couro e a alimentação também eram importantes derivados da atividade pecuarista. Pecuária no sul da colônia Os maiores rebanhos formaram-se na região da Campanha Gaúcha. Os gaúchos que cuidavam dos rebanhos eram mestiços ou indígenas, assalariados ou trabalhadores em troca de sustento.

Vaqueiro conduzindo tropa no Rio Grande.

No século XVIII, foi desenvolvida a produção de carne salgada, também conhecida como charque.

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Página de referência: 288

Exploração e colonização da região norte Desde o século XVII, os portugueses se interessaram em explorar a vasta Floresta Amazônica. As missões jesuíticas na Amazônia se dedicaram à extração de algumas especiarias da floresta, atividade que também contou com a participação de colonos dispostos a coletar raízes,

frutos,

ervas

e

resinas,

produtos

conhecidos

genericamente como drogas do sertão. Tratados de divisão territorial Após 60 anos de união das duas Coroas ibéricas, o Tratado de Tordesilhas já estava totalmente desconfigurado. Iniciou-se uma ampla discussão diplomática e estratégica que durou mais de 150 anos. Os

portugueses

O

ponto

reivindicavam a posse

importante

dos

dessa

territórios

que

discussão

ocupados

por

assinatura do Tratado

eram

seus colonos que foi aceito espanhóis,

a

de Madri, em 1750.

com

Sacramento, que era isolada das fronteiras do Brasil e deveria ser desocupada.

foi

pelos

exceção da Colônia de

30

mais

Portugal, por sua vez, exigiu como recompensa o direito

de

ocupar

o

território de Sete Povos das Missões.

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Atividades 1. Relacione corretamente:

Eram destinadas à busca Bandeiras de

de indígenas, para vendê-

prospecção

los como escravizados.

Eram destinadas à busca Bandeiras de

de

apresamento

preciosas no interior

metais

e

pedras

do território. 2. Por que a criação de gado no litoral foi proibida? (

) para preservar o solo do litoral para o plantio de cana.

(

) para evitar o desmatamento das terras indígenas.

3. A produção de charque era comum na pecuária do: (

) sul da colônia.

(

) nordeste da colônia.

4. A exploração e a colonização da região norte foi marcada pela: (

) produção de couro.

(

) extração de drogas do sertão.

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Página de referência: 194

Lavagem de ouro em Minas Gerais. A técnica e os equipamentos utilizados são os mesmos do início da mineração. 1. O “achamento” das minas ocorreu no século XVII pelos bandeirantes. Após o anúncio da existência de uma grande quantidade de ouro

no

interior

da

colônia,

um

surto

populacional

provocado pela chegada de colonos e escravos marcou o processo de ocupação das regiões de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Os primeiros obstáculos encontrados pelos colonos na região foram a falta de alimentos e os conflitos com os povos locais e com os paulistas. 32

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Página de referência: 195

2. A mineração no Brasil, em grande parte, foi realizada nas margens dos rios. O ouro de aluvião era retirado em pó, o que dificultava a fiscalização pela Coroa, que proibiu a circulação do ouro de aluvião e obrigou a fundição de todo ouro encontrado na colônia. A carga tributária era alta e impostos como o quinto e a finta faziam parte do cotidiano da população na época.

Garimpo de ouro nas Minas Gerais,

obra de

Moritz

Rugendas,

Johann 1827.

Trata-se da representação de

uma

lavra,

grande

propriedade predomínio

com de

trabalho

escravo.

3. A fortuna gerada pela mineração no Brasil causou impactos em Portugal e na colônia, com o aumento do consumo de produtos ingleses e a formação de uma mentalidade

baseada

na

opulência,

no

luxo

e

no

esbanjamento. Inspirada nos modelos europeus, a cultura formada na sociedade mineradora se caracterizou, nas letras, pelo predomínio do Arcadismo; enquanto na arquitetura, na escultura, na música e na pintura os padrões barrocos foram predominantes.

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33


Página de referência: 195

4. A descoberta de ouro nas minas promoveu maior mobilidade social e circulação de riquezas, por causa do comércio. Na sociedade mineradora, as mulheres merecem destaque em virtude de maiores possibilidades de mobilidade social e de circulação de riquezas. Elas se envolveram em negócios e adquiriram maior participação na sociedade urbana das regiões mineradoras.

Em classe 1. O mito do “El Dorado” Um líder indígena coberto de pó de ouro, uma cidade na qual as paredes reluzem ouro maciço e suas estradas são feitas de tijolos dourados. Essas descrições eram comuns quando se falava sobre o El Dorado: uma cidade lendária que motivou buscas pelo continente americano desde a chegada dos europeus no século XV até o início do século XX. O espanhol Jimenez de Quesada e o inglês Walter Raleigh no século XVI buscaram desesperadamente pelo local. Reluzente exemplo do fascínio e do desejo que o ouro provoca nas civilizações ocidentais, essa cidade nunca foi encontrada.

34

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Página de referência: 195

O texto menciona uma das motivações dos europeus na exploração do território americano. No caso do Brasil, c) a mineração concentrou-se no interior, principalmente no sudeste e no centro-oeste. d) a extração de ouro era proibida e a Coroa portuguesa não incentivou a sua descoberta. 2. No período da economia aurífera, os centros urbanos coloniais

foram

progressivamente

tomados

por

estabelecimentos comerciais que abasteciam a população local.

Segundo

historiadora

recentes

brasileira

pesquisas

Mary

Del

realizadas

Priore,

uma

pela farta

documentação do século XVIII indica que o número de mulheres envolvidas no comércio era bastante significativo. No ano de 1776, o comércio de Vila Rica tinha setenta por cento de seus estabelecimentos administrados por mulheres. A análise do texto nos permite refletir sobre o papel das mulheres na sociedade e na economia mineradora do século XVIII no Brasil. Com isso, pode-se verificar que a) as mulheres estavam sujeitas ao domínio patriarcal, mas tinham influência econômica e social no contexto da mineração. b) a sociedade do período colonial era dominada por homens e às mulheres cabia um papel submisso e de não participação nos negócios. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

35


Brasil colônia: economia e sociedade mineradora Página de referência: 300

1. Economia mineradora

No século XVIII, a região das Minas Gerais passou a vivenciar uma explosão demográfica, com a presença de aventureiros das mais diferentes partes do mundo, inclusive de Portugal, além da própria população colonial. A Coroa portuguesa criou, em 1702, a Intendência das Minas, órgão de fiscalização, administração e policiamento da região mineradora. Nas capitanias que possuíam jazidas auríferas, uma intendência era erguida; esse era o padrão da administração metropolitana no Brasil.

Inicialmente,

a

exploração do ouro foi algo feito sem o devido controle, e o destaque inicial era para pequenas áreas com mão de obra de aventureiros,

sem

compromisso quanto ao pagamento essa

de

tributos;

modalidade

conhecida faiscação.

era como

Com o passar dos anos, devido ao aumento do fluxo migratório e ao despertar

de

Portugal

para a riqueza que o ouro representava, o trabalho de extração se tornou mais

sofisticado,

ocorrendo nas grandes propriedades, número

com

maior

de

escravos; esse processo ficou

conhecido

lavra.

36

um

Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

como


Página de referência: 302

O eixo econômico deslocou-se do Nordeste para o Centro-Sul e, com isso, o Rio de Janeiro se tornou a capital colonial em 1763. Assim, nessa região ocorreu a ampliação da infraestrutura para a acomodação socioeconômica. Gravura representando a mineração no Brasil: africanos escravizados, usando

bateias

para

separar o ouro da água e areia. A fiscalização metropolitana Muitos exploradores criavam estratégias para que o ouro fosse comercializado sem que Portugal recebesse todo o tributo, tendo a expectativa de terem maior lucratividade.

Barra de ouro com marcas da

Casa

de

Fundição,

registrando o pagamento do quinto.

A Coroa portuguesa, entendendo que deveria aumentar a fiscalização para combater o contrabando, criou, em 1720, as Casas de Fundição. A circulação e a comercialização do ouro da colônia para a metrópole só poderia acontecer se o ouro estivesse em barras e com o selo da Coroa.

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37


Atividades 1. Relacione

corretamente

as

formas

de

exploração

Trabalho

de

extração

mineradora:

sofisticado que ocorria em faiscação

grandes propriedades, com número maior de escravos.

Exploração do ouro sem devido controle, realizado lavra

em pequenas áreas, com mão

de

obra

de

aventureiros.

2. A Coroa portuguesa, entendendo que deveria aumentar a fiscalização para combater o contrabando, criou, em 1720, as: (

) Leis Extraordinárias.

(

) Casas de Fundição.

3. Qual era a função da Intendência das Minas? (

) fiscalizar, administrar e policiar a região mineradora.

(

) fazer doações para os moradores mais pobres de Minas.

38

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Página de referência: 197

Leitura da tragédia de Voltaire “O órfão da China“ no salão de Madame Geoffrin, obra de Anicet Charles Gabriel Lemonnier, 1812. 1. Filosofia política iluminista • As origens do movimento: as descobertas de Newton e a busca do racionalismo. • As

críticas

à

sociedade

do

Antigo

Regime:

intervencionismo mercantilista, o papel da Igreja, a concentração de poderes e os privilégios do clero e da nobreza.

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39


Página de referência: 198

• John Locke e a construção do liberalismo político: a defesa da propriedade privada e o direito à resistência à opressão. • Voltaire: a defesa da liberdade de expressão e as críticas à religião. • Montesquieu: o estabelecimento dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. • Rousseau: críticas à propriedade privada e a defesa de um governo que expresse a vontade geral da sociedade. • A Enciclopédia: reunião do conhecimento humano em uma única obra, em diversos volumes.

2. Pensamento econômico liberal e monarquias reformistas • Fisiocracia: em oposição ao mercantilismo, propunha o laissez

faire

les

hommes,

laissez

passer

les

merchandises (“deixe os homens fazerem, deixe as mercadorias passarem”). • Liberalismo econômico e o pensamento de Adam Smith: na obra A riqueza das nações (1776), a defesa do trabalho como fonte de riqueza e da livre-iniciativa.

40

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Página de referência: 198

• A ideia da “mão invisível”, da lei da oferta e da procura e a construção do individualismo econômico. • Despotismo

esclarecido:

a

implementação

de

reformas no Estado absolutista, adaptando as estruturas econômicas estatais à ordem burguesa iluminista e preservando o poder real.

Gravura

do

século

XVIII (1795-1805), de William

Blake,

mostrando uma imagem não

realista

do

cientista inglês Isaac Newton.

Em classe

1. Recentemente, marcado

por

o

noticiário

embates

político

entre

os

brasileiro

poderes

ficou

Judiciário,

Legislativo e Executivo. Esses conflitos – envolvendo juízes, parlamentares e governantes – têm trazido à tona reflexões sobre o convívio entre os três poderes na democracia contemporânea. Nesses debates, é comum encontrar

referências

a

Montesquieu

(1689-1755),

importante pensador iluminista:

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41


Página de referência: 199

Quando, na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistrados, o Poder Legislativo está unido ao Poder Executivo, não há liberdade, pois é de se esperar que o mesmo monarca ou assembleia faça leis tirânicas e as execute tiranicamente. Não há também liberdade, se o poder de julgar não está separado do Poder Legislativo e do Executivo. É possível afirmar que o texto traz argumentos a respeito: c) da necessidade de um sistema judiciário forte, que possa legislar e fiscalizar os outros poderes a fim de garantir o combate à corrupção. d) da necessidade de uma divisão de poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário como forma de combate à tirania e para a defesa das liberdades. 2. (Vunesp – Adaptada) Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma atenção especial por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a mesma segurança podemos estar certos de que o livre-comércio sempre nos assegurará o ouro e prata que tivermos condições de comprar ou empregar, seja para fazer circular

as

nossas

mercadorias,

seja

para

outras

finalidades. SMITH, Adam. No texto, os argumentos a favor da liberdade de comércio são, também, de críticas ao d) livre-comércio.

42

e) mercantilismo.

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Iluminismo 1. Filosofia política iluminista

Página de referência: 313

Crise do absolutismo No século XVIII, a Europa foi marcada pela mudança de mentalidade na sociedade, que passou a criticar os poderes instituídos pela monarquia. Muitos pensadores iluministas questionavam a monarquia absolutista.

Além disso, o regime absolutista tornava-se cada vez mais instável com o crescimento da burguesia e os poderes da nobreza.

O liberalismo de John Locke O

liberalismo,

importante

escola

do

pensamento

econômico e político ocidental, constituiu outro elemento central do pensamento iluminista. O

liberalismo

político

está

relacionado

com

o

pensamento do inglês John Locke. O

filósofo

afirmou

que

a

vida,

a

liberdade e a propriedade eram direitos naturais

dos

cidadãos,

que

decidiam

estabelecer, por meio de uma relação de consentimento com o governo, um contrato social.

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43


Página de referência: 314

O “Século das Luzes”

O Iluminismo é considerado uma espécie de "ferramenta ideológica" da burguesia em ascensão, que fazia da palavra e das ideias suas armas de crítica ao poder político e à organização social em vários países europeus. De maneira geral, as ideias iluministas são otimistas e trazem dois elementos centrais:

a ênfase no uso da

e a busca pela

razão

liberdade.

De

certa forma,

o racionalismo

iluminista foi

um

desdobramento do Renascimento Cultural e da Revolução Científica, cujos destaques, René Descartes e Isaac Newton, afirmaram

o

uso

da

razão

como

instrumento

compreensão da realidade filosófica e natural. Principais pensadores iluministas Jean-Jacques Rousseau Rousseau tornou-se um iluminista atípico, pois

criticava

a

propriedade

privada,

o

artificialismo da vida civilizada e o predomínio da razão. Sua concepção de contrato social defendia uma república baseada na "soberania popular", na qual o povo escolhe seu governo e ratifica as leis por ele propostas.

44

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para

a


Página de referência: 316

Montesquieu Montesquieu criticou a centralização de poder absolutista e propôs a tripartição dos poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo) de forma harmônica e independente. Voltaire Voltaire destacou-se como um defensor da liberdade de expressão e da tolerância, resumidas na máxima: "Posso não concordar com nenhuma palavra que tu dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-la". Enciclopedistas: Diderot e d'Alembert Sob a liderança de Denis Diderot e Jean le Rond d'Alembert, dezenas de filósofos conceberam uma extensa obra para resumir todos os conhecimentos da época dentro de uma perspectiva laica e científica. 2.Pensamento econômico liberal e monarquias reformistas Os economistas no Iluminismo Durante séculos, a prática econômica dos Estados europeus foi orientada pelos princípios mercantilistas. Nesse sentido, valorizavam-se as atividades mercantis voltadas para a obtenção de uma balança comercial favorável, com a finalidade de obter metais preciosos.

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45


Página de referência: 317

A partir do século XVIII, no âmbito do Iluminismo, surgiram novas correntes econômicas que rejeitaram os princípios do mercantilismo, como a fisiocracia e, sobretudo, o liberalismo econômico. Os economistas fisiocratas, liderados por

François

Quesnay,

atacavam

o

intervencionismo estatal na economia, alegando que ela funcionava de maneira natural e que qualquer controle externo prejudicava seu desenvolvimento.

A mais eficaz doutrina contrária ao mercantilismo

foi

o

liberalismo

econômico, desenvolvido pelo escocês Adam Smith. Tal teoria afirmava que a economia

possuía

mecanismos

de

autorregulação, dispensando, assim, o controle estatal. As monarquias reformistas Conforme o Estado absolutista entrava em crise, diversos

monarcas

europeus

empreenderam

um

amplo

conjunto de reformas, adaptando as estruturas econômicas estatais à ordem burguesa e preservando seu poder diante das crescentes mudanças. A essa nova fase da monarquia europeia chamou-se despotismo esclarecido.

46

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Página de referência: 317

Os monarcas absolutistas eram bastante seletivos em relação aos princípios iluministas adotados, pois não estavam dispostos a abrir mão do próprio poder. Pelo contrário, os governantes fariam reformas visando: • aumentar o crescimento econômico; • a diminuição do poder da Igreja Católica; •

a eficiência administrativa;

• e o alívio das tensões sociais. Além disso, outras medidas foram tomadas para manter os privilégios da nobreza, as práticas

mercantilistas e

a

submissão das massas camponesas, pois, assim, consolidavam o próprio poder.

O

rei

da

Prússia,

Frederico II, recebendo intelectuais palácio,

em

pintura

seu de

Adolph Menzel, 1850. O rei está no centro da imagem

e

olha

para

Voltaire, que aparece à esquerda, de perfil.

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47


Atividades

1. As ideias iluministas trazem dois elementos centrais: (

) a ênfase no uso da razão e a busca pela liberdade.

(

) o discurso autoritário e a busca pelo controle

religioso.

2. A mais eficaz doutrina contrária ao mercantilismo foi o liberalismo

econômico,

desenvolvido

pelo

escocês

________________.

(

3. Os

) John Locke.

economistas

fisiocratas,

(

liderados

) Adam Smith.

por

François

Quesnay, atacavam: (

) o intervencionismo estatal na economia.

(

) a intervenção da Igreja Católica na economia.

48

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4. Relacione corretamente os pensadores com suas ideias: Criticou

a

centralização poder

de

absolutista

e

propôs a tripartição dos poderes.

Destacou-se como um defensor da liberdade de

expressão

e

da

tolerância. Criticava

a

propriedade privada, o artificialismo da vida civilizada

e

o

predomínio da razão. 5. O filósofo John Locke defendia que: (

) A vida, a liberdade e a propriedade eram direitos naturais

do cidadão. (

) Os cidadãos deveriam renunciar a suas liberdades para

que os reis pudessem governar. 6. Uma das reformas feitas pelos monarcas absolutistas para manter o poder, foi: (

) aumentar o crescimento econômico.

(

) ignorar as tensões sociais.

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49


Página de referência: 200

Pintura de William Trego, de 1883, mostra o general George Washington comandando tropas rumo ao campo de Valley Forge, em 1777, nos estágios iniciais da guerra de independência. Colônias do sul: A implementação do sistema de plantation (latifúndio monocultor voltado para o mercado externo, com mão de obra escravizada). Colônias do norte: A ocupação puritana e o estabelecimento de pequenas e médias propriedades de produção diversificada. 50

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Página de referência: 201

• O

distanciamento

da

metrópole:

a

criação

de

estruturas locais e a intensificação de atividades mercantis, como o comércio triangular. • A Guerra dos Sete Anos e o aumento das tensões tributárias com a Inglaterra. • A reação dos colonos à tributação: No taxation without

representation

(“nenhuma

taxação

sem

representação”). • A Lei do Chá e o Boston Tea Party (a “Festa do chá de Boston”): o acirramento das tensões com as Leis Intoleráveis. Gravura retrata o episódio da Boston Tea Party, em 1773, quando

colonos

protestaram contra as

taxas

pelo

impostas

parlamento

britânico

sobre

o

chá. • O papel do Congresso Continental da Filadélfia na Declaração de Independência dos Estados Unidos. • O caráter iluminista da Declaração de Independência. • A Constituição norte-americana: a construção de uma República federativa.

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51


Em classe Página de referência: 201

1. A Independência dos Estados Unidos é muitas vezes chamada de “Revolução Americana”. No entanto, não existe consenso entre os historiadores a respeito do tema. Leia o texto a seguir sobre os significados da guerra de independência norte-americana:

A luta dos Estados Unidos contra a Inglaterra foi apenas uma “guerra de independência” ou foi uma revolução? [...] Alguns têm procurado ver, na guerra de independência americana, uma revolução [...], outros negam que essa guerra tenha trazido às antigas colônias inglesas profundas modificações econômicas e sociais.

GODECHOT, Jacques. As Revoluções: 1770-1799. Com base no texto, é possível argumentar que: c) não ocorreram profundas transformações em função da exclusão dos colonos na participação do processo político. d) a independência pode ser vista como revolucionária em função da ruptura do pacto colonial e da construção de um novo modelo de Estado.

52

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A formação dos Estados Unidos: da colonização à independência Página de referência: 322

1. A colonização

Com as Grandes Navegações, surgiu a ideia de um “mundo atlântico“ integrando Europa, América e África. Pelo oceano Atlântico transitavam mercadorias, populações e culturas diversas.

Nesse

contexto,

a

Inglaterra,

potência

naval

em

ascensão, deu início a um processo de fixação de colônias no Novo Mundo.

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53


Página de referência: 324

Durante o século XVII, milhares de ingleses instalaram-se nas Treze Colônias da América, uma estreita faixa de terras na porção norte do continente. Aos poucos, as Treze Colônias foram desenvolvendo uma economia diversificada, baseada: • na

agricultura

policultora,

na

produção

manufatureira (colônias do Norte); • e na agroexportação (colônias do Sul). No decorrer do século XVIII, as atividades comerciais expandiam-se consideravelmente em regiões como Caribe, África e Europa, no que se chamou de comércio triangular.

54

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Página de referência: 325

Inicialmente, as Treze Colônias inglesas eram atípicas, pois gozavam de liberdade comercial e autonomia política, devido, principalmente, ao descaso da Inglaterra em relação ao controle e à exploração das novas terras. 2. Processo de independência Já nas últimas décadas do século XVIII, as Treze Colônias foram palco de consecutivos eventos revolucionários. Inspirados em ideais iluministas, os colonos realizaram uma violenta

ruptura

política

com

a

metrópole

inglesa

e

instalaram a primeira república livre das Américas.

A destruição do chá no Porto de Boston, litografia

de

Nathaniel

Currier,

1846.

No decorrer deste século, a Inglaterra passou a adotar uma postura cada vez mais rigorosa em relação às Treze Colônias, criando leis para reduzir sua liberdade comercial e conduzi-las ao exclusivismo comercial metropolitano, bem como para aumentar a arrecadação de tributos para o Estado inglês.

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55


Página de referência: 326

Alguns fatores explicam essa mudança da Inglaterra em relação às Treze Colônias: • o início da Revolução Industrial, onde era preciso garantir mercados consumidores para seus produtos; • a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), conflito em que envolveu os ingleses e suas colônias em confronto com os franceses e suas posses americanas. Apesar

de

vencido

pelos

ingleses,

esse

conflito

provocou vultosos prejuízos aos cofres reais. O governo inglês passou a taxar produtos que não fossem de origem inglesa, além de estabelecer impostos sobre produtos importados, o que desagradou os colonos.

Diante Em

1770,

um

oposições dos colonos,

confronto entre tropas

o governo recuou, mas

inglesas

populares,

manteve a taxação sobre

ocorreu o Massacre de

o chá, acirrando ainda

Boston, no qual cinco

mais

colonos foram mortos.

população local.

e

em

das

o

ânimo

da

Em 1773, a Lei do Chá ratificou o monopólio inglês sobre o comércio do produto, gerando uma forte reação dos colonos de Boston que invadiram os navios da companhia inglesa que vendia o chá e arremessaram centenas de caixas do produto no mar. O episódio ficou conhecido como “A festa do chá de Boston”.

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Página de referência: 326

Diante da perda de legitimidade do governo inglês, e influenciados pelas ideias iluministas, as lideranças coloniais decidiram romper oficialmente com a Inglaterra por meio da célebre Declaração de Independência dos Estados Unidos, no dia 4 de julho de 1776.

Declaração

de

independência, óleo sobre tela, de John Trumbull.

3. A Constituição dos Estados Unidos Os Estados Unidos da América instituíram a primeira república presidencialista do mundo, preservando a autonomia dos estados membros por meio do federalismo. Em 1787, foi promulgada a Constituição norte-americana, até hoje a única que o país teve em toda sua história, extremamente concisa e que: • ratificava o federalismo; •

a separação dos três poderes;

• e o voto censitário. Porém, mulheres, indígenas e negros estavam excluídos da cidadania no novo país.

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Atividades

1. As Treze Colônias desenvolveram uma economia baseada na ________________

policultura,

na

produção

______________

(colônias do sul) e na __________________ (colônias do norte). (

) exportação; artesanal; pecuária.

(

) agricultura; manufatureira; agroexportação.

2. No decorrer do século XVIII, as atividades comerciais expandiam-se consideravelmente em regiões como Caribe, África e Europa, no que se chamou de: (

) comércio triangular.

(

) metalismo.

3. As Treze Colônias realizaram uma violenta ruptura com a metrópole inglesa e: (

) instalaram a primeira república livre das Américas.

(

) realizaram o fechamento dos portos ingleses.

4. Um dos fatores que explicam a mudança da Inglaterra em relação às Treze Colônias foi: (

) o início da Revolução Industrial.

(

) a descoberta de metais preciosos na colônia.

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5. O episódio da invasão dos navios da companhia inglesa que vendia chá e o arremessamento de caixas do produto no mar ficou conhecido como:

(

) “A festa do chá de Boston”.

(

) “A revolta dos colonos”.

6. Os Estados Unidos da América instituíram a primeira república

presidencialista

do

mundo,

preservando

a

autonomia dos estados membros por meio do _____________. (

) federalismo.

(

) anarquismo.

7. A Constituição norte-americana instituiu: (

) a separação dos três poderes.

(

) a inclusão de indígenas na sociedade.

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59


Página de referência: 203

O começo da Revolução Francesa, obra dos irmãos Lesueur, século XVIII. 1. A crise do absolutismo francês • A sociedade de ordens: clero, nobreza e terceiro estado. • A crise econômica na França: desemprego, crise na agricultura e falência do Estado. • A Assembleia dos Estados Gerais e o voto por estado. • A Queda da Bastilha: um símbolo da participação popular no processo revolucionário e da derrubada do Estado absolutista.

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Página de referência: 204

• A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: reconhecimento

dos

direitos

naturais,

como

a

liberdade, a propriedade, a resistência à opressão e a igualdade jurídica. • A formação de um exército popular e revolucionário para conter as forças contrarrevolucionárias. 2. Da República ao Golpe do 18 Brumário • A República e o voto universal masculino. • Os girondinos e o projeto revolucionário burguês. • Os jacobinos no poder: regulamentação da economia, reforma

agrária

e

abolição

da

escravidão

nas

colônias. • O regime do Diretório e o retorno do voto censitário. • O Golpe do 18 Brumário e o fi m do processo revolucionário:

a

importância

do

Exército

e

a

ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder.

Em classe 1. (Uema) A imagem se refere à situação das receitas e das despesas do Estado francês na década de 1780. Pode-se analisar pelos dados que

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61


Página de referência: 204

a) a maior arrecadação do Estado era proveniente dos impostos diretos, pagos, em sua grande maioria, pelos representantes da Igreja Católica francesa, uma das mais poderosas da Europa. b) o elevado déficit público do Estado francês foi um elemento central para o contexto histórico de profunda crise econômica que favoreceu a eclosão da Revolução Francesa em 1789. 2. A palavra revolução, surgida à época do Renascimento, era usada como referência ao movimento dos corpos celestes. O emprego da palavra revolução para definir um processo de profundas modificações sociais está relacionado aos acontecimentos da França no final do século XVIII.

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Página de referência: 205

A esse respeito, leia o que escreveu em 1963 a filósofa Hannah Arendt (1906-1975): A data foi a noite do 14 de julho de 1789, em Paris, quando Luís XVI recebeu do duque de Liancourt a notícia da queda da Bastilha [...]. O famoso diálogo que se travou entre o rei e seu mensageiro é muito lacônico e revelador. O rei, segundo consta, exclamou: “C’est une revolte” [“Isto é uma revolta”]; e Liancourt corrigiu-o: “Non, Sire, c’est une révolution” [“Não, senhor, é uma revolução”]. ARENDT, Hannah. Da Revolução. São Paulo: Ática, 1988. p. 39. A posição assumida por Liancourt no diálogo pode ser associada a uma interpretação da Revolução Francesa que a considera: d) um movimento que alterou as estruturas do Antigo Regime. e) uma revolta contra os privilégios da nobreza e da burguesia.

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A Revolução Francesa Página de referência: 332

1. A crise do absolutismo Com a morte de Luís XV em 1774, assumiu o trono da França seu neto, Luís XVI. Seu governo foi marcado por uma crise

quase

constante,

cujos

aspectos

econômicos

acentuavam o clima de insatisfação generalizada na sociedade francesa.

Retrato

de

Luís

XVI, por AntoineFrançois Callet.

Além da oposição burguesa ao absolutismo alimentada pelas ideias iluminista, havia o descontentamento popular, tanto no campo como nas cidades. A crise econômica e social Na esfera econômica, ocorreu o colapso do feudalismo, superado

pelo

crescimento

demográfico

e

pelas

transformações nas forças produtivas, adicionando-se a esse panorama uma conjuntura marcada por crises econômicas, que influenciaram sobremaneira a crise social.

64

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Página de referência: 333

A crise também esteve na esfera social, pois a sociedade francesa estava dividida em estados ou ordens: • o clero (Primeiro Estado); • a nobreza (Segundo Estado); • e o povo (Terceiro Estado), que abrangia várias classes. Liderado oposição

pela

aos

burguesia,

privilégios

o

das

Terceiro

classes

Estado

fazia

parasitárias.

Os

camponeses pagavam impostos ao clero e à nobreza, e nas cidades

uma

massa

marginalizada

desempregada

(sans-

culottes) incorporava o grande contingente do processo revolucionário.

Ilustração francesa do

século

XVIII

representando membros armados do terceiro estado.

2. A Assembleia Nacional Constituinte (1789 – 1792) O início da Revolução Francesa se deu em 9 de julho, quando os deputados do Terceiro Estado, juntamente aos muitos representantes do baixo clero, declararam-se em Assembleia Nacional Constituinte.

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65


Página de referência: 334

Uma Guarda Nacional foi criada pela burguesia para resistir às forças do rei e comandar a população civil. No dia 14 de julho, uma multidão invadiu o Arsenal dos Inválidos, procurando munições, e depois invadiu a Fortaleza de Bastilha, onde ficavam presos os inimigos da realeza. Foi o estopim da rebelião, que se espalhou por toda a França.

A queda da Bastilha, gravura século

colorida XVIII,

do

mostra

multidão

e

militares

armados

tomando

a

fortaleza da Bastilha.

A criação da República Em 1791, Luís XVI organizou clandestinamente um exército revolucionário de nobres emigrados da França e pediu a intervenção de outros monarcas europeus, notadamente da Áustria e da Prússia, visando reprimir a revolução e salvar a monarquia absolutista.

Assim,

a

monarquia

Quando a situação

foi

se agravou, o monarca

constitucional suspensa,

as

antigas

estruturas derrubadas

e

fugir

com

a

foram

família para a Áustria,

novas

mas foi detido e levado

instituições foram criadas.

66

tentou

de volta a Paris.

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Página de referência: 336

3. Jacobinos no poder: a Convenção Nacional (1792 – 1795) No interior da Assembleia Legislativa, originou-se uma grande disputa entre os grupos políticos, cujos principais eram os girondinos e os jacobinos: • os girondinos representavam a grande burguesia; •

e os jacobinos formavam um elo entre os membros radicais da Assembleia e o movimento popular.

Em junho de 1793, os jacobinos se apossaram da Convenção,

dando

início

ao

período

da

Convenção

Montanhesa. Marat, Hébert, Danton, Saint-Just e Robespierre assumiram o poder. Algumas lideranças girondinas foram guilhotinadas, acusadas de traição. Esse

foi

o

período

mais

radical

da

Revolução Francesa, e, devido ao predomínio da ação popular, foi chamado de Terror.

Robespierre liderava a república popular jacobina, pregando a igualdade e a virtude, e conseguia esmagar a oposição e conter o reacionarismo interno.

Porém, a prática radicalista manifesta nas execuções dos acusados de serem inimigos da revolução fizeram Robespierre ser visto como tirano, por seus partidários e pelo povo.

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67


Página de referência: 337

A morte de Marat, 1793, o jornalista jacobino assassinado

em

sua

banheira por Charlotte Corday.

4. Retorno dos moderados: o Diretório (1795 – 1799) Em julho de 1794 (9 de Termidor), a burguesia conseguiu derrubar os líderes da Montanha e retomar o poder. Robespierre foi guilhotinado. Os representantes do Pântano (alta burguesia sem ideologia definida) tomaram o comando da Convenção, golpe que ficou conhecido como Reação Termidoriana.

Em 1795, a nova Convenção elaborou uma nova Constituição, que restabelecia o voto censitário, marginalizando, assim, grande parte da população. O Poder Executivo passaria a ser exercido por um Diretório.

O Diretório foi uma fase da Revolução Francesa caracterizada por uma república moderada e pela hegemonia girondina, que passou a sofrer oposição dos jacobinos.

68

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Página de referência: 337

Externamente, o Exército francês acumulava vitórias contra as forças absolutistas da Espanha, Holanda, Prússia e reinos da Itália. Destacou-se, então, a presença de Napoleão Bonaparte, habilidoso militar e exímio estrategista, que buscava assegurar a república burguesa contra as ameaças internas.

A

pintura

momento

retrata em

que

o o

conselho francês decide apoiar a tomada do poder por Bonaparte.

Os girondinos, temendo a instalação de um novo Terror por parte dos jacobinos, apoiaram um golpe, liderado por Bonaparte, contra o Diretório, chamado de Golpe 18 de Brumário (9 de novembro de 1799). O poder do Estado ficou nas mãos de Napoleão, que ajudou na consolidação das conquistas burguesas. Iniciou-se, assim, a Era Napoleônica, caracterizada por profundas transformações políticas, sociais e econômicas.

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69


Atividades

1. O Terceiro Estado, no qual a ilustração abaixo se refere, era representado por qual classe social?

O

Terceiro

Estado

carregando

o

Primeiro e o Segundo Estado nas costas.

(

) a nobreza.

(

) o povo.

2. A oposição burguesa ao absolutismo era alimentada pelas ideias: (

) socialistas.

(

) iluministas.

3. O estopim da Revolução Francesa foi: (

) a invasão da Fortaleza de Bastilha.

(

) A criação da primeira constituição inglesa.

70

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4. Relacione corretamente:

Representavam a grande

Jacobinos

burguesia.

Formavam um elo entre os membros radicais da Girondinos

Assembleia e o movimento popular.

5. O período mais radical da Revolução Francesa teve como característica: (

) predomínio da ação

popular,

sob liderança dos

jacobinos. (

) predomínio da alta burguesia, sob liderança dos

girondinos.

6. Os

representantes

do

Pântano

(alta

burguesia

sem

ideologia definida) tomaram o comando da Convenção, golpe que ficou conhecido como: (

) Convenção Montanhesa.

(

) Reação Termidoriana.

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71


Página de referência: 206

Obra de Jacques--Louis David, de 1807, retrata a coroação de Napoleão Bonaparte. Note que o próprio Napoleão é quem segura a coroa diante do papa, tradicionalmente

responsável

pelas

honras

coroação. 1. Organização do Estado napoleônico: • Princípios burgueses. • Código Civil.

72

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da


Página de referência: 207

2. Economia e política externa: • Desenvolvimento da indústria. • Criação do Banco da França. • Conquistas territoriais.

Pintura

retrata

as

dificuldades enfrentadas

pelo

exército francês na retirada de Moscou, liderado

pelo

comandante Marshall Ney, século XIX.

3. Rivalidade com a Inglaterra: • Bloqueio Continental e início do declínio do poder burguês. • Campanha ibérica. • Campanha russa. • Derrota e exílio. 4. O Congresso de Viena (1815): • A restauração da ordem absolutista europeia.

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73


Em classe

Página de referência: 207

1. Descrevendo o novo Código Criminal francês, na época de Napoleão Bonaparte, o jurista Jean-Baptiste Treilhard disse: O procurador não deve ter como função apenas perseguir os indivíduos que cometeram infrações; sua função principal e primeira deve ser a de vigiar os indivíduos antes mesmo que a infração seja cometida. TREILHARD, Jean-Baptiste. Código de Instrução Criminal de 1808. In: FOUCAULT, Michel. A nova prática jurídica acabou por colocar em primeiro plano: a) práticas repressivas fundadas em castigos físicos. b) a importância da disciplina e do respeito à lei.

74

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Napoleão Bonaparte e o Congresso de Viena Página de referência: 345

1. Reorganização do Estado francês Uma nova Constituição foi promulgada na França em 1800, alguns meses após a chegada de Napoleão ao poder com o Golpe do 18 Brumário. O Poder Executivo foi fortalecido por meio de um sistema de governo denominado Consulado.

Pintura de Napoleão Bonaparte.

O Consulado teve como ponto de partida a reorganização administrativa da França, que se tornou centralizada. Na chefa de cada departamento administrativo, encontrava-se o prefeito, nomeado pelo primeiro-cônsul e responsável diante dele. Foi elaborado o Código Napoleônico, destinado a conciliar os grandes princípios revolucionários com a concepção

autoritária

princípios

do

Código

do

regime denotam

em um

vigor.

Os

extremo

conservadorismo por parte da classe dominante.

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75


Página de referência: 346

Os triunfos de Napoleão consolidaram seu poder, que se tornou ilimitado. Em 1802, conseguiu, por meio de um plebiscito, tornar vitalício o seu cargo de primeiro-cônsul. Para estimular a economia, o governo napoleônico: • auxiliou a indústria, por meio de tarifas reduzidas e empréstimos; • incentivou

o

comércio,

construindo

ou

reparando estradas, pontes e canais; • criou o Banco da França, que tinha a função de proteger a moeda contra a inflação. Além disso, o governo ganhou o apoio dos camponeses ao permitir que eles conservassem as terras que haviam obtido durante a Revolução. Em 1804, por meio de um plebiscito, Napoleão tornou-se imperador. No mesmo período, também foi elaborada a Constituição Imperial ou Constituição do Ano XII, que determinou a conservação do Senado, do Corpo Legislativo e do Conselho de Estado. Política externa: as guerras napoleônicas Napoleão militares

Bonaparte

afirmando

justificava

estar

suas

libertando

conquistas os

“acorrentados” do Antigo Regime.

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povos


Página de referência: 347

Durante as guerras, o principal adversário da França napoleônica foi a Inglaterra. Incapaz de invadir a ilha devido ao domínio britânico dos mares, Napoleão resolveu enfraquecêla, determinando o bloqueio de sua economia: proibiu que todos

os

países

do

continente

europeu

comprassem

mercadorias inglesas. Essa medida ficou conhecida como Bloqueio Continental.

Declínio: a Campanha Russa A Rússia viu-se com uma dura crise econômica quando não pôde mais, em razão do Bloqueio Continental, trocar produtos com a Inglaterra. Assim, o czar Alexandre I resolveu reabrir os portos russos aos ingleses, o que levou Napoleão a formar um exército para invadir a Rússia.

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77


Página de referência: 348

Em junho de 1812, mais de meio milhão de soldados do Grande Exército chegaram à Rússia. Mas os franceses, defrontando-se com o terrível inverno russo, sem alimentos, sem provisões e sem abastecimentos de retaguarda, foram obrigados a se retirar do país. Em 1813, forças anglo-espanholas atravessaram os Pireneus e invadiram a França. Finalmente, na primavera de 1814, os aliados tomaram Paris e Napoleão foi exilado na pequena ilha de Elba, na costa italiana.

Napoleão

se

despede de seus soldados e parte para o exílio na Ilha de Elba.

Na França foi restaurada a monarquia, com o início do governo de Luís XVIII de Bourbon. A restauração de 1814 teve curta duração. O novo governo incorreu no desagrado de quase toda a França, principalmente dos oficiais do Exército. A partir de 20 de março de 1815, Napoleão reinou por mais cem dias. Porém, foi derrotado novamente, evento que ficou conhecido como

Napoleão fugiu da Ilha de Elba e retornou para a França.

Batalha de Waterloo.

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Página de referência: 350

No dia 21 de junho, Napoleão abdicou pela segunda vez, sendo deportado em exílio definitivo para a Ilha de Santa Helena, onde morreu alguns anos mais tarde. A dinastia dos Bourbons voltou a reinar na França. Era o fim do Império. 2. O Congresso de Viena O

Congresso

de

Viena

(1814)

reuniu

lideranças

absolutistas da Europa. Sua pretensão inicial era frear o avanço das ideias liberais. O acordo pretendia: • restabelecer

as

antigas

fronteiras

europeias,

anteriores às conquistas napoleônicas; • restaurar

os

antigos

tronos

absolutistas

aos

respectivos herdeiros; • e unir os Estados absolutistas contra o avanço das ideias liberais. Diante dos grandes desafios dos Estados absolutistas, foi criada a Santa Aliança, orientada pelo princípio do Direito Divino dos Reis.

O Congresso de Viena,

de

Baptiste

JeanIsabey,

1819.

A

Santa

Aliança

pretendia

combater

movimentos

revolucionários e promover intervenções armadas no mundo colonial, na tentativa de recolonizar e devolver as colônias para suas respectivas metrópoles. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

79


Atividades

1. Os princípios do Código Napoleônico denotavam: (

)

extremo

conservadorismo

por

parte

da

classe

dominante. (

) a manutenção dos princípios liberais da revolução.

2. Qual era o intuito do Bloqueio Continental? (

) impedir a prática de pirataria que acontecia na

Inglaterra. (

) restringir o mercado consumidor para produtos

britânicos, arruinando a economia inglesa, já que o país era o principal concorrente da França. 3. Que situação levou Napoleão a invadir a Rússia? (

) a reabertura dos portos russos para a Inglaterra.

(

) a invasão russa aos territórios franceses.

4. Napoleão foi derrotado no evento que ficou conhecido como _________________:

80

Guerra da

Batalha de

Reconquista

Waterloo

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5. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as informações sobre o Congresso de Viena. (

) Foi realizado após a derrota de Napoleão Bonaparte,

que havia alterado o equilíbrio de forças na Europa. (

) Resultou na formação da Santa Aliança.

(

) Garantiu a Portugal e Espanha ganhos territoriais na

Europa. 6. A Santa Aliança tinha como objetivo: (

) combater movimentos revolucionários e devolver as

colônias para suas respectivas metrópoles. (

) disseminar os ideais iluministas e humanistas pelo mundo.

7. Em

1804,

Napoleão

Bonaparte

recebeu

o

título

de

imperador. Durante sua cerimônia de coroação, ele retirou do papa a coroa e colocou-a em sua cabeça com as próprias mãos. Esse gesto ousado representou

(

)

que

Napoleão

se

considerava mais importante que a tradição da Igreja. (

) a criação de uma nova

religião na França.

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81


Página de referência: 208

O

juramento

representação

da

dos

trinta

conquista

da

e

três

orientais,

independência

dos

uruguaios em obra de Juan Manuel Blanes, c. 1877. 1. O esgotamento do Antigo Sistema Colonial: • Fatores internos (contradições do sistema). • Fatores externos (Iluminismo, independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa e Revolução Industrial). 2. O processo de independência: • Movimento popular e movimento criollo. • O caso do Haiti. • O bolivarismo, projeto de união política do continente.

82

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Página de referência: 209

3. Resultados das independências: •

Fragmentação, instabilidade política, manutenção do caráter agrário-exportador das economias locais.

Em classe (Vunesp) No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia, liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo unitário, assembleia de nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o processo de dispersão do Império. PAZ, Octavio. O labirinto da solidão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. Adaptado. O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX, é correto concluir que: d) o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-se aos interesses oligárquicos. e) as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial.

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83


Emancipação das colônias espanholas na América Página de referência: 355

1. O esgotamento do antigo sistema colonial A busca pela emancipação dos povos coloniais vivenciava, como grande desafio, alcançar a quebra do Pacto Colonial. O cenário europeu foi extremamente favorável ao processo emancipacionista. • O

pensamento

liberal

burguês

acentuou

as

contradições do Antigo Regime, já que não era suficiente para sustentar o colonialismo europeu. • A independência dos Estados Unidos influenciou os latinos a seguirem o mesmo e a destituir o Pacto Colonial. • A

Revolução

Industrial

buscava

novos

fornecedores de matéria prima, ameaçando a permanência do Pacto Colonial. Observava-se

que

um

movimento

de

resistência

ao

colonialismo espanhol estava ganhando força, minando cada vez mais o Antigo Regime, fragilizado diante de tantas oposições. Independência: o movimento popular O movimento de Independência na América espanhola refletiu as tensões vividas pela sociedade colonial no continente.

84

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Página de referência: 356

De um lado havia o poder

da

nascida

elite

criolla,

na

América,

interessada em se livrar do domínio

político

da

metrópole.

De massa

outro

lado,

popular

a

formada

por indígenas, mestiços e escravizados, submetidos a um

violento

regime

de

exploração e desejavam a emancipação social.

Nesse sentido, tais grupos acabaram desencadeando um movimento popular pela independência. Foi o caso da Rebelião de Tupac Amaru,

em

1780,

no

Peru.

Nos

Nesse

episódio, a revolta contra a violência do trabalho acabou resultando em um projeto de restauração do Império

casos,

dois as

revoltas foram violentamente reprimidas, com

Inca.

a elite criolla Da mesma forma, em 1810 no México, revoltaram-se as populações indígenas, sob a liderança dos padres Hidalgo e Morelos, lutando contra o domínio dos espanhóis e o poder dos

colocando-se ao

lado

dos

chapetones na repressão

ao

movimento.

grandes proprietários. O único movimento popular pela independência que teve resultados efetivos foi a emancipação da colônia francesa do Haiti.

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85


Página de referência: 357

O movimento iniciou-se em 1791, com uma grande revolta de cativos. O movimento teve sua conclusão em 1804, quando o comandante Dessalines, ex-escravizado, derrotou as tropas francesas

que

tentavam

a

recolonização,

fundando

a

República do Haiti. Independência: o movimento criollo A guerra de independência da América espanhola foi travada entre tropas espanholas e exércitos locais, com grande participação popular, porém sob efetiva liderança

criolla. Nesse contexto, começaram a se destacar alguns líderes, logo conhecidos como os “libertadores da América”, como: •

José de San Martín, que comandou tropas de Buenos Aires;

e Simón Bolívar, partindo da região da Venezuela.

Apesar disso, a independência gerou um regime de instabilidades políticas e de guerras civis nos novos países. Os grandes proprietários passaram a exercer um poder local fundado no monopólio da violência.

Chamados de caudilhos, esses chefes

políticos

controle

da

pleiteavam

presidência

o

dessas

repúblicas.

86

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Atividades

1. A

busca

pela

autodeterminação

e

a

consequente

emancipação dos povos coloniais vivenciava, como grande desafio, alcançar: (

) a quebra do Pacto Colonial.

(

) a queda do mercantilismo.

2. Por meio da __________________, as forças capitalistas de produção estimulavam os grandes empreendedores para que eles ampliassem seus lucros. Circule a opção correta:

Revolução

Política de Escambo

Industrial

3. A independência dos Estados Unidos representou:

(

) uma explosão libertária para as Américas.

(

) um retrocesso na economia global.

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87


Página de referência: 210

Chegada de dom João VI a Salvador, obra de Candido Portinari. 1. As revoltas da região mineradora do Brasil: •

Guerra dos Emboabas (1707-1709).

Revolta de Filipe dos Santos (1720).

Debate acerca do termo “nativismo”.

2. O reinado de dom José I (1750-1777): • A administração pombalina. 88

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Página de referência: 211

3. As principais revoltas emancipacionistas no Brasil: • Inconfidência Mineira (1789). • Conjuração Baiana (1798). • Revolução Pernambucana (1817). 4. Principais medidas econômicas do Período Joanino: • Abertura dos Portos (1808). • Alvará de liberdade manufatureira (1808). • Tratados de 1810 com a Inglaterra. 5. Principais processos políticos do Período Joanino: • Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815). • Morte de dona Maria I e aclamação de dom João VI no Brasil. 6. Política expansionista do Período Joanino: • Guerra da Cisplatina (1825-1826). 7. Ascensão do liberalismo em Portugal: • A Constituinte portuguesa. • A Revolução Liberal do Porto (1820). • O retorno da família real para Portugal. • O processo de independência do Brasil.

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89


Em classe Página de referência: 211

1. A respeito da administração pombalina, a historiadora Elisa Frühauf Garcia afirma: Em meados do século XVIII, o ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro marquês de Pombal, elaborou uma série de medidas visando integrar as populações indígenas da América à sociedade colonial portuguesa. Estas medidas foram sistematizadas no Diretório que se deve observar nas povoações dos índios do Pará e do Maranhão enquanto sua majestade não mandar o contrário, publicado em 3 de maio de 1757 e transformado em lei por meio do alvará de 17 de agosto de 1758. O Diretório tinha como objetivo principal a completa integração dos índios à sociedade portuguesa, buscando não apenas o 􀀀 m das discriminações sobre estes, mas a extinção das diferenças entre índios e brancos. Dessa forma, projetava um futuro no qual não seria possível distinguir uns dos outros, seja em termos físicos, por meio da miscigenação biológica, seja em termos comportamentais, por intermédio de uma série de dispositivos de homogeneização cultural. Como um dos elementos viabilizadores deste futuro, em que não seria possível distinguir brancos de índios, o Diretório enfatizava a necessidade da realização de casamentos mistos, assim como ordenava que os filhos gerados nestas uniões fossem considerados mais capacitados que os colonos brancos para ocupar cargos administrativos nas antigas aldeias

indígenas

transformadas

em

vilas

e

portugueses. 90

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lugares


Página de referência: 212

Proibia, por outro lado, o hábito bastante disseminado de se chamarem os índios de “negros da terra” ou simplesmente “negros”. Este hábito, por sua vez, exemplifica o lugar social ao qual eram remetidos os índios, ao associá-los com a cor dos escravos africanos e seus descendentes. O

texto

descreve

um

projeto

pombalino

para

as

populações nativas no Brasil. A integração entre os colonos e os indígenas visava c) assegurar o processo de colonização como forma de posse do território e de uma população conquistada. d) eliminar a presença jesuítica na América e expulsar os indígenas que não aderiram à catequese católica. 2. (Enem) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808. Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem a) incentivado o clamor popular por liberdade. b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.

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91


Processo de Independência do Brasil Página de referência: 366

1. Crise do antigo sistema colonial Ao

optar

pela

colonização,

as

metrópoles

foram

obrigadas a fazer investimentos na América, que resultaram na criação de uma economia colonial forte e, paralelamente, de uma sociedade que exigia maior participação nas decisões locais. O controle sobre a

Progressivamente,

colônia brasileira gerou

a economia colonial se

resistências por parte dos

diversificou,

colonos, especialmente na

sociedade colonial foi

região das minas, onde se

ganhando cada vez mais

organizaram

força e, sob certos

rebeliões

contra o poder da Coroa.

a

aspectos, autonomia.

Guerra dos Emboabas (1707-1709)

Representação da

Guerra

dos

Emboabas.

A Guerra dos Emboabas foi um conflito entre os paulistas, primeiros a chegar nas regiões das minas, e os forasteiros, chamados de emboabas pelos paulistas.

92

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Página de referência: 367

As guerras duraram dois anos e os paulistas foram derrotados. Como consequência, a Coroa estabeleceu regras para a divisão das minas e a cobrança de impostos foi reestruturada. Revolta de Vila Rica ou Filipe dos Santos (1720) A excessiva cobrança de impostos revoltou a população das Minas Gerais. Em 1720, o comerciante português Filipe dos Santos, acompanhado de 2 mil mineiros, protestou contra a instalação das casas de fundição e contra o alto preço cobrado pelas mercadorias vendidas na região.

Os

revoltosos

combatidos

e

foram

Filipe

dos

Santos foi enforcado.

Detalhe de O julgamento de

Filipe dos Santos.

2. A administração Pombalina (1750 – 1777) A administração e as reformas do marquês de Pombal foram marcadas por influências liberais-iluministas. Como ministro de dom José I, a partir de 1750, Pombal promoveu uma intensa reorganização da arrecadação de impostos, reformas educacionais e a adoção de medidas de estímulo ao crescimento econômico. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

93


Página de referência: 371

3. As revoltas emancipacionistas no Brasil A partir do período pombalino, as revoltas no Brasil foram cada vez mais influenciadas pelos ideais iluministas. A bem-sucedida independência das Treze Colônias inglesas, que originou os Estados Unidos da América, difundiu o Iluminismo entre os colonos de boa parte do continente americano. Resumidamente,

podemos

organizar

os

principais

conflitos durante o Brasil colonial da seguinte maneira:

A Inconfidência Mineira A Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na então capitania de Minas Gerais em 1789. O objetivo era proclamar uma República independente, criar uma universidade e abolir dívidas junto à Fazenda Real. O movimento, porém, foi descoberto antes do dia marcado para a eclosão por conta de uma delação e seus líderes foram presos e condenados. Um

dos

inconfidentes,

José

da

Silva

Xavier,

mais

conhecido como Tiradentes, foi enforcado em praça pública e esquartejado. 94

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Página de referência: 373

A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates foi um movimento político popular ocorrido em Salvador, Bahia, em 1798. Tinha como objetivos separar a Bahia de Portugal, abolir a escravatura e atender às reivindicações das camadas pobres da população. A Conjuração Baiana foi composta, em sua maioria, por escravizados, negros livres, brancos pobres e mestiços, que exerciam as mais diferentes profissões. Os líderes do movimento, todos pobres, foram executados. A Revolução Pernambucana Movimento separatista – o último que ocorreu no período colonial – de caráter republicano que aconteceu na Capitania de Pernambuco. Esse movimento foi liderado pelas elites locais, porém contou com grande adesão popular. Essa revolta teve como causa direta as mudanças ocasionadas nessa região por causa da transferência da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. 4. Período Joanino A transferência da Corte portuguesa Diante das pressões napoleônicas e da iminente ameaça de invasão das tropas franco-espanholas, em novembro de 1807, a fuga da família real materializou-se.

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95


Página de referência: 376

Chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro em 7 março de 1808.

A Corte instalou-se no Rio de Janeiro. Mas, antes mesmo de

desembarcar

no Brasil,

já demonstrava o caráter

autoritário de seu governo, expulsando o povo de suas moradias, pois a colônia não tinha estrutura para receber toda aquela gente. Principais medidas econômicas do Período Joanino O governo de d. João VI no Brasil tomou diversas providências com o intuito de estabilizar a administração do Império colonial luso: • Construção do Paço Imperial, formalizando uma sede da realeza no Brasil. • Montagem

de

desenvolver

a

um

aparelho

administração

burocrático da

colônia

para e

o

controle das demais áreas coloniais do Império luso. • Criação do Banco do Brasil, que tinha o objetivo de facilitar as atividades de crédito e de arrecadação pública que armazenavam as contas do Estado para o pagamento da burocracia da Coroa.

96

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Página de referência: 379

Principais processos políticos do Período Joanino Com a elevação do Brasil à condição de reino unido, a reversão consumava-se. O Brasil, que no passado era uma rica colônia lusa, agora teria a condição oficial de reino, sede metropolitana e centro administrativo imperial. 5. A ascensão do liberalismo em Portugal e o retorno da família real A Revolução Liberal lutava pela implantação de uma monarquia liberal, exigindo a recolonização do Brasil e o imediato fechamento dos portos.

Dom

João

VI,

após

permanecer no Brasil por

treze

anos,

e

comitiva embarcam para Lisboa no porto do Rio de Janeiro, em 1821.

As pressões intensificaram-se para que a família real deixasse o Brasil e retornasse para Portugal. Em meio às pressões, d. João entendia que os laços entre Brasil e Portugal

se

perpetuariam

caso

seu

filho

d.

Pedro

I

permanecesse no Brasil. A saída de d. João VI foi emblemática para a crise econômica colonial, já que ele levou consigo todo o capital do Banco do Brasil, levando-o à falência. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

97


Página de referência: 381

O processo de independência do Brasil A aristocracia rural, os burocratas, os comerciantes brasileiros e até os portugueses que tinham vínculo ou negócios com o Brasil eram contrários à recolonização, exigida pelos integrantes da Revolução do Porto. Diante dessa postura, reuniram-se em um grupo

político

conhecido

como

Partido

Brasileiro, que requeria o apoio de d. Pedro I contra a recolonização.

D. Pedro I aprovou um ministério de brasileiros sob a liderança de José Bonifácio, que restringia, cada vez mais, as possibilidades de a Coroa portuguesa tomar decisões no Brasil sem a aprovação dele. Em junho de 1822, o príncipe consentia, por meio de uma Assembleia Constituinte, que fossem criados dispositivos legais para orientar a sociedade brasileira.

A

proclamação

Independência, François

da de

René

Moreaux, 1844.

A declaração de independência foi inevitável ante o aprofundamento das tensões perante a Coroa portuguesa. 98

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Atividades

1. O governo de ____________ no Brasil tomou diversas providências com o intuito de estabilizar a administração do Império colonial luso.

(

) D. João VI.

(

) D. Pedro I.

2. A criação do Banco do Brasil tinha o objetivo de: (

) facilitar as atividades de crédito e de arrecadação

pública que armazenavam as contas do Estado. (

) desenvolver a administração da colônia e o controle

das demais áreas coloniais do Império luso. 3. O _________ foi um grupo político que requeria o apoio de d. Pedro I contra a recolonização. (

) Partido Brasileiro.

(

) Partido Liberal.

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99


4. Relacione corretamente:

Tinha

como

separar

a

Portugal,

Inconfidência

objetivos Bahia

de

abolir

a

escravatura e atender

Mineira

às

reivindicações

camadas

pobres

das da

população. Essa revolta teve como causa

direta

mudanças Conjuração

as

ocasionadas

nessa região por causa

Baiana

da

transferência

da

Corte portuguesa para o Brasil em 1808. Foi

um

movimento

de

caráter separatista que ocorreu

na

então

capitania de Minas Gerais

Revolução

em 1789. O objetivo era

Pernambucana

proclamar

uma

República independente.

5. A Revolução Liberal lutava pela implantação de uma: (

) monarquia liberal.

(

) democracia.

100

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Página de referência: 213

A tela, encomendada para a comemoração do centenário da Independência, mostra dom Pedro I compondo a música do hino da Independência. 1. A construção do Estado nacional monárquico: • Constituição de 1823. • Constituição de 1824. • Dificuldades econômicas.

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101


Página de referência: 214

2.

Conflitos

militares na

formação do Império: • Disputas internas. • Disputas externas. 3. A situação política do Primeiro Reinado: • Atritos entre “portugueses” e “brasileiros”. • A abdicação de dom Pedro I.

Em classe

1. Sessão do Conselho de

Estado,

obra

Georgina

de de

Albuquerque.

A tela de Georgina de Albuquerque foi pintada 100 anos após a independência do Brasil e retrata uma reunião do Conselho

de

Estado

sendo

presidida

pela

imperatriz

Leopoldina em 1822. A obra destaca um aspecto pouco explorado na historiografia sobre o Primeiro Reinado: a influência da imperatriz e das mulheres na política da época. Sobre o tema, é correto afirmar que:

102

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Página de referência: 215

c) a imperatriz Leopoldina atuou politicamente no movimento de independência; contudo, as mulheres tinham participação política restrita nas eleições e na política da época. d)

os

principais

partidos

políticos

da

época

possuíam

lideranças femininas, ressaltando a importância das mulheres e da imperatriz no cenário político do período. 2. (FGV-SP) Observe o mapa.

Os

dados

do

mapa

mostram que a emancipação política do Brasil d)

foi

complexo,

um no

processo qual

não

houve adesão imediata de algumas províncias ao Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando às guerras de independência. e) diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação negociada.

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103


Página de referência: 395

A formação do Estado brasileiro 1. O Primeiro Reinado O Primeiro Reinado, conduzido por dom Pedro I, pode ser considerado a etapa crucial na consolidação do processo de independência do Brasil. Após a separação dos reinos, em 1822, o Estado brasileiro já tinha alguns de seus pilares instaurados: o regime monárquico, as fronteiras, os trabalhos para a aprovação de uma Constituição e parte do sistema fiscal. Contudo, conflitos políticos, disputas territoriais e a instabilidade econômica fizeram do Primeiro Reinado e do Período Regencial uma fase bastante conturbada. A construção do Estado nacional monárquico Após a Proclamação da Independência, foi necessária a elaboração de uma Constituição, estabelecendo os direitos e as práticas políticas e administrativas. Assim, a Assembleia Constituinte foi iniciada em 3 de maio de 1823, com uma tendência liberal.

Representação de membros da Assembleia Constituinte na abertura dos trabalhos.

104

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Página de referência: 396

O Partido Brasileiro era formado por dois grupos: • o conservador, que defendia a divisão do poder entre o Parlamento e o imperador e eleições indiretas; • e o liberal, que propunha que a soberania nacional deveria

ficar

limitada

ao

Parlamento,

havendo

eleições diretas. Do outro lado, estava o Partido Português, contrário à divisão política e administrativa entre Brasil e Portugal, cujos membros queriam manter a concentração do poder nas mãos do imperador D. Pedro I. As propostas do projeto constitucional de 1823 geraram discussões. Como os conservadores estavam politicamente isolados, começaram a acusar D. Pedro I de se unir ao Partido Português para recolonizar o Brasil.

Após

a

dissolução

da

O auge da crise foi a

Assembleia, foi convocado um

publicação

Conselho

carta em um jornal que

de

Estado,

que

de

auxiliaria na redação da nova

acusava

Constituição. Sob influência

Armadas de apoiar D.

lusitana,

Pedro I. A situação fez

o

constitucional origem 1824

à se

projeto que

daria

Constituição pautava

em

monarquia hereditária.

com

as

uma

que

D.

Forças

Pedro

de

decretasse

a

uma

dissolução

da

Assembleia Constituinte.

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105


Página de referência: 397

Constituição de 1824 A

Carta

outorgada

determinava

quatro

poderes:

Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

Pelo Poder Moderador, o imperador tinha autonomia para se sobrepor aos demais poderes.

Reação contra o império: a Confederação do Equador A

Confederação

do

Equador

era

um

movimento

separatista que buscava fundar uma república representativa e federalista no Nordeste, independente do Brasil. A abdicação de D. Pedro I e o nascimento de um novo período político A relação entre D. Pedro I e a nação brasileira não era de harmonia e estabilidade. O autoritarismo do imperador era notório,

materializado

pela

dissolução

da

Assembleia

Constituinte de 1823 e pela outorga da Constituição de 1824. Outro fator decisivo da ruína desse governo esteve associado à crise econômica: a elevada carga tributária e a desvalorização da moeda nacional tornavam instável a atividade produtiva interna. Pressionado pela aristocracia e pela população, D. Pedro I abdicou do trono brasileiro em nome de seu filho D. Pedro II, que, pela menoridade, não assumiu imediatamente, ficando o pequeno sucessor aos cuidados de José Bonifácio. 106

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Atividades

1. Relacione os grupos que compunham o Partido Brasileiro.

Defendia Conservador

a

divisão

do

poder entre o Parlamento e o imperador e eleições indiretas.

Propunha que a soberania nacional Liberal

deveria

ficar

limitada ao Parlamento, havendo eleições diretas.

2. Os membros do Partido Português: (

) queriam manter a concentração de poder nas mãos do

imperador. (

) lutavam pela abolição do trabalho escravo.

3. O que foi a Confederação do Equador? (

) movimento contrário ao Primeiro Reinado, que buscava

fundar uma república representativa e federalista. (

) movimento popular que lutava contra a cobrança de

impostos sob os produtos produzidos na colônia.

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107


Página de referência: 216

Representação

da

Guerra

dos

Farrapos,

a

revolução gaúcha para transformar a então província do Rio Grande do Sul em uma república independente do Império do Brasil, 1. Quadro político no início do período regencial. 2. O avanço liberal: • As Regências Trinas. • O Ato Adicional de 1834. • A Regência Una de Feijó.

108

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Página de referência: 217

3. O regresso conservador: • A Regência Una de Araújo Lima. • A Lei Interpretativa do Ato Adicional (1840). • O Golpe da Maioridade.

Juramento da Regência ]

Trina Permanente, obra

de

Manuel

de

Araújo, século XIX.

4. As principais agitações políticas e sociais do período regencial: • Revolta dos Malês (1835). • Cabanagem (1835-1840). • Farroupilha (1835-1845). • Sabinada (1837-1838). • Balaiada (1838-1842).

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109


Em classe Página de referência: 217

1. (FGV-SP) Sobre a regência do paulista Diogo Antônio Feijó, entre 1835 e 1837, é correto afirmar que d) o isolamento político do regente Feijó, que provocou a sua renúncia do mandato, relacionou-se com a sua incapacidade de conter as rebeliões que se espalhavam por várias províncias do Império e com a vitória eleitoral do grupo regressista. e) as condições econômicas brasileiras foram se deteriorando durante a década de 1830 e provocaram um forte desgaste da regência de Feijó, que renunciou ao cargo depois de um acordo para uma reforma constitucional. 2. (Unicamp-SP) O escritor José de Alencar relata como ocorriam as reuniões do Clube da Maioridade, realizadas na casa de seu pai em 1840. Discutia-se nessas ocasiões a antecipação da maioridade do imperador D. Pedro II, então com apenas 14 anos, para que ele pudesse assumir o trono antes do tempo determinado pela Constituição. No fim da vida, José de Alencar rememora os episódios de sua infância e chega a uma surpreendente conclusão: os políticos que frequentavam sua casa na ocasião iam lá não porque estavam pensando no futuro do país, mas apenas para devorar tabletes e bombons de chocolate.

110

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Página de referência: 218

Conforme o relato do escritor, os membros do Clube da Maioridade, discutindo altos assuntos na sala de sua casa, pareciam realmente gente séria e preocupada com os destinos do Brasil, até que chegava a hora do chocolate. Para Alencar, a discussão política no Brasil se resumia a um “devorar de chocolate”, isto é, cada um defendia apenas seus interesses particulares e nada mais. Sobre o Golpe da Maioridade e a visão de José de Alencar a esse respeito, é correto afirmar que: a) O golpe foi uma manobra das elites políticas, que criaram uma forma de alterar a Constituição e contemplar os seus interesses durante o Período Regencial, fato criticado por Alencar ao fazer uma anedota com o chocolate. b) Ao entregar o poder a um jovem de 14 anos, alegando ser maior de 18, os políticos do Império manifestavam uma ousada visão política para evitar a influência da Inglaterra nos assuntos brasileiros, preservando seus interesses como donos de escravos.

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111


Brasil: Período Regencial (1831-1840) Página de referência: 402

Sem a presença de d. Pedro I, as instituições se deparariam com novos desafios. Como o príncipe herdeiro ainda era criança, foi estabelecido um governo regencial até que ele alcançasse a maioridade. O Período Regencial revelava, de imediato, uma tendência à descentralização, evidenciada tanto pela ausência de um rei para exercer a função centralista, como pela própria construção de uma estrutura de poder sob a liderança de regentes. De modo geral, três grupos políticos constituíram o Período Regencial. • Liberais

moderados

Conhecidos

como

chimangos,

desejavam o prevalecimento da monarquia, com maior autonomia das províncias, mas sem ameaçar a unidade do Império e a conservação do escravismo. • Liberais exaltados – Conhecidos como farroupilhas, apoiavam a descentralização política. Seus representantes eram membros da classe média urbana, como advogados, jornalistas e comerciantes. • Restauradores – Conhecidos como caramurus, queriam a restauração do absolutismo. Eram representados por comerciantes portugueses, militares e burocratas. Um de seus líderes era José Bonifácio.

112

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Página de referência: 404

Essas diferentes tendências políticas entraram em conflito no decorrer do Período Regencial. Em meio a esse contexto conturbado, várias revoltas

eclodiram

nas

províncias,

pela

combinação de problemas sociais com o desejo de maior autonomia provincial.

Criação da Guarda Nacional Devido às constantes ameaças de instabilidade social e à possibilidade de revoltas nas províncias, a Guarda Nacional foi criada com objetivo de combater as revoltas populares.

Embarque

da

Guarda Nacional em 1865.

O

coronel

era

um

representante

da

aristocracia

municipal que exercia influência no poder político local e controlava a comunidade em que estava inserido. Ato adicional de 1834 Pensando em diminuir as tensões durante o Governo Regencial, foi estabelecido o Ato Adicional de 1834, que estipulava maior autonomia administrativa para as províncias.

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113


Página de referência: 405

O Ato Adicional pode ser visto como um avanço liberal, uma

tendência

de

descentralização,

cujo

referencial

comparativo foi a Constituição de 1824. Após a promulgação do Ato Adicional, as forças políticas se reorganizaram, originando dois grupos:

Os

progressistas,

formados pelos moderados e exaltados, que defendiam autonomia das províncias a partir do Ato Adicional;

Os

regressistas,

formados por uma parcela dos moderados e pelos restauradores, opunham

às

que

se

medidas

descentralizadoras.

As facções progressistas e regressistas deram origem, respectivamente, aos partidos Liberal e Conservador, que atuaram no Segundo Reinado. Regência Una Regência Una de Padre Feijó A primeira Regência Una (1835-1837) foi do ex-ministro da Justiça, o padre Diogo Feijó, líder dos progressistas. Seu governo foi marcado por forte turbulência, com a eclosão de várias revoltas regenciais, dentre elas: • a Cabanagem (Pará); • a Sabinada (Bahia); • e a Farroupilha (Rio Grande do Sul) 114

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Página de referência: 406

Em

1837,

os

regressistas

ganharam

as

eleições

legislativas, acirrando o clima de rivalidade entre eles e Diogo Feijó, o que causou a renúncia do regente. Quem assumiu o cargo foi o líder regressista Araújo Lima.

Pedro de Araújo Lima, marquês

de

regente

e

Olinda, primeiro-

ministro do Império.

Regência Una de Araújo Lima A Regência Una de Araújo Lima (1837-1840) representou um regresso conservador, já que ele buscou eliminar a descentralização através da Lei Interpretativa. A justificativa dos conservadores para a retomada do centralismo monárquico pautava-se na acusação de que o caráter liberal do Ato Adicional estimulava a eclosão de revoltas. Golpe da maioridade Os liberais, não satisfeitos com os rumos que a política governamental tomava, articularam um movimento golpista cujo objetivo era antecipar a maioridade de d. Pedro II, que, na época, tinha 14 anos. Eles alegavam que restaurar a figura do imperador poderia silenciar as revoltas e impedir a ameaça de fragmentação que acometia o país.

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115


Página de referência: 407

As revoltas do Período Regencial

A Revolta dos Malês (1835) A Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador, foi uma rebelião organizada pelos escravos de origem islâmica, os quais buscavam principalmente a liberdade religiosa, contudo foi reprimida pelas tropas imperiais. Quase 70 rebeldes foram mortos, outros foram presos, deportados para a África ou condenados à pena de açoites.

116

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Página de referência: 408

A Cabanagem (1835 –-1840)

A Cabanagem foi um levante ocorrido no Pará entre os ricos comerciantes e a população pobre local, que se revoltou diante das condições de miséria vivenciadas por mestiços, indígenas e negros. Os cabanos eram contra os privilégios que comerciantes portugueses tinham na atividade econômica da região e no comércio de drogas do sertão. O movimento foi duramente reprimido, com o extermínio de milhares de cabanos. A Farroupilha (1835-1845) A Revolução Farroupilha foi um movimento liderado pelos proprietários de fazendas de gado do Rio Grande do Sul, conhecidos como estancieiros. Eles

reivindicavam

maior

autonomia

provincial, redução dos tributos sobre o charque e uma política protecionista que dificultasse a entrada do charque platino. Após acordos, algumas concessões foram dadas aos farroupilhas, como: • anistia aos revoltosos; • redução dos impostos na região; • e a incorporação dos oficiais farroupilhas ao Exército brasileiro.

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117


Página de referência: 411

Sabinada (1837-1838)

A Sabinada foi uma revolta regencial ocorrida na Bahia sob a liderança do médico Francisco Sabino Alves da Rocha Vieira, que pretendia implantar uma república na Bahia até a maioridade de d. Pedro II. Com a liderança de Francisco Sabino, camadas médias e populares instalaram

uma

expressava

o

república

descentralização

que

desejo

pela

administrativa.

Entretanto, o grupo foi reprimido, e milhares

de

executados

revoltosos pelas

foram

forças

do

governo regencial.

A Balaiada (1838-1842) A Balaiada foi uma luta popular que sucedeu na província do Maranhão. A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos.

O nome dessa luta popular provém dos "balaios", nome dos cestos fabricados na região. O movimento sucumbiu diante da atuação das forças imperiais.

118

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Atividades 1. Relacione

corretamente as características dos três

grupos políticos que constituíram o Período Regencial:

Liberais moderados

Apoiavam a descentralização política.

Queriam a Liberais exaltados

restauração do absolutismo.

Desejavam o Restauradores

prevalecimento da monarquia.

2. A Guarda Nacional foi criada com o objetivo de: (

) combater as revoltas populares.

(

) derrubar a monarquia.

3. O Ato Adicional de 1834: (

) estipulava maior autonomia administrativa para as

províncias. (

) limitava o poder dos grupos políticos regenciais.

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119


4. A primeira Regência Una (1835-1837) foi do ex-ministro da Justiça, o padre _____________, líder dos progressistas.

(

) Diogo Feijó.

(

) José de Anchieta.

5. Relacione as revoltas do Período Regencial.

Foi um levante ocorrido no Revolta dos Malês

Pará

entre

os

comerciantes

ricos e

a

população pobre local.

foi um movimento liderado pelos Cabanagem

proprietários

de

fazendas de gado do Rio Grande do Sul, conhecidos como estancieiros.

Foi uma rebelião organizada pelos escravos de origem Farroupilha

islâmica, os quais buscavam a liberdade religiosa.

120

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1


Sumário Aula 13 – Os grandes domínios climáticos no Brasil................03 Aulas 14 e 15 – Os grandes domínios vegetais no Brasil..........11 Aula16 – Mudanças climáticas.........................................................25 Aulas 17 e 18 – As bacias hidrográficas.......................................33 Aulas 19 e 20 – Os combustíveis fósseis: petróleo....................44 Aulas 21 e 22 – A geração de energia elétrica no Brasil........52 Aula 23 – As fontes alternativas de energia..............................64 Aula 24 – Distribuição e crescimento da população do Brasil.......................................................................................................74

2

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Página de referência: 220

Chuva na Chapada das Mesas, no município de Carolina (MA), em 2017. O clima brasileiro é influenciado pela latitude, pela altitude e, especialmente, pelas massas de ar.

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3


Página de referência: 221

• mCe – responsável pelas intensas chuvas convectivas de verão. • mTa – responsável pelas chuvas orográficas (de relevo) no litoral serrano do Sudeste. • mPa – responsável pela ocorrência de chuvas frontais no litoral nordestino durante o inverno ao encontrar a massa Tropical atlântica. • mTc – responsável pelo agravamento da estiagem no Centro-Oeste. • mEa – responsável pela intensificação de chuvas durante o verão no litoral do Norte e do Nordeste.

4

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Página de referência: 222

2. Classificação climática brasileira • Equatorial úmido Abrange

praticamente

toda

a

região

Norte (com exceção do Tocantins e do sudeste do Pará) e parte dos estados de Mato Grosso e do Maranhão. Elevada

média

térmica

e

elevada

pluviosidade o ano todo.

• Tropical Abrange a maior parte da região CentroOeste

e

parte

das

regiões

Norte,

Nordeste e Sudeste. Elevada média térmica; verão chuvoso e inverno seco.

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5


Página de referência: 222

• Tropical semiárido Está presente no Sertão nordestino e no vale médio do rio São Francisco. Elevada média térmica; chuvas escassas e irregulares.

• Tropical úmido (litorâneo) É característico do litoral oriental e meridional do Brasil. Elevada média térmica; no inverno, chuvas concentradas no litoral nordestino e, no verão, no litoral do Sudeste.

6

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Página de referência: 222

• Tropical de altitude Abrange sobretudo os planaltos e as serras do Sudeste do país. Temperaturas

mais

amenas;

verão

chuvoso e inverno seco.

• Subtropical úmido Atua na porção meridional do estado de São Paulo, em grande parte do estado do Paraná e nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Maior amplitude térmica anual; estações do ano mais bem definidas, com chuvas regulares e bem distribuídas ao longo do ano.

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7


em classe Página de referência: 223

1. (Udesc) O território brasileiro apresenta diferentes tipos de clima que são influenciados por fatores variados, como a fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Com relação às características climáticas do Brasil, analise as proposições. I. A influência tropical no clima brasileiro está associada ao fato da maior parte do país estar localizada em uma área entre o equador e o trópico de Capricórnio. II. Os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul têm clima subtropical por estarem localizados abaixo do trópico de Capricórnio. III. No Brasil predominam climas quentes e úmidos. IV. No interior da região Nordeste o clima predominante é o clima tropical, tendendo a seco pela irregularidade de ação das massas de ar. V. No interior da região Nordeste o clima predominante é o clima árido por causa da falta de umidade. Assinale a alternativa correta. c) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.

8

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Página de referência: 223

2. (PUC-RS) Analise os climogramas abaixo, que representam os principais domínios climáticos brasileiros, e preencha os parênteses com a legenda correspondente.

(

) tropical

(

) subtropical

(

) equatorial

(

) tropical semiárido A numeração correta, de cima para baixo, é

d) 2 – 4 – 1 – 3 e) 3 – 1 – 2 – 4

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9


atividades 1. A massa Equatorial continental (mCe), é responsável: (

) pelas intensas chuvas convectivas de verão.

(

) pelas chuvas orográficas (de relevo) no litoral serrano

do Sudeste. 2. Assinale o climograma que representa o clima tropical.

(

)

(

)

3. O clima _________________ apresenta elevada média térmica e chuvas escassas e irregulares. (

) tropical semiárido.

(

) tropical de altitude.

4. O clima tropical úmido é característico do(a): (

) Sertão nordestino.

(

) litoral oriental e meridional.

10

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Página de referência: 225

Vista aérea de árvores do Cerrado, na Reserva Natural

Serra

do

Tombador,

no

município

de

Cavalcante (GO), em 2016. O Brasil, em virtude de sua grande extensão territorial, tem uma enorme variedade de formações vegetais. Classificação da vegetação 1. Formações vegetais florestadas • Floresta Amazônica

• Mata de Araucária

• Mata Atlântica

• Mata dos Cocais

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11


Página de referência: 226

A Floresta Amazônica A

Floresta

Amazônica

é

extremamente

heterogênea e densa, com predominância do clima

equatorial

úmido

e

de

vegetação

perenifólia, latifoliada e higrófila. Calcula-se que concentre mais de um terço de todas as espécies vegetais e animais do planeta. Essa biodiversidade é resultado da localização em área de clima quente e chuvoso.

A existência da grande biodiversidade vegetal na Mata Amazônica favoreceu o desenvolvimento da atividade extrativa vegetal (coleta). Entre as produções extrativas, destacam-se a extração do látex, da castanha-do-pará e do guaraná.

12

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Página de referência: 226

A Mata Atlântica

Originalmente era encontrada ao longo do litoral brasileiro, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, porém, desde a chegada dos portugueses, foi a formação vegetal que mais sofreu o impacto da ação antrópica: foi intensamente ocupada e devastada. Entre as atividades econômicas encontram-se a extração vegetal do pau-brasil e o cultivo da cana-deaçúcar, no Nordeste, e do café, no Sudeste. A Mata de Araucária Formação que se estendia originalmente do sul de São Paulo ao norte do Rio Grande do Sul. É

uma

floresta

aciculifoliada

subtropical

perenifólia adaptada ao clima subtropical úmido. Possui grande variedade de espécies vegetais, entre as quais destaca-se a Araucaria angustifolia, ou pinheiro-doparaná.

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13


Página de referência: 226

A Mata dos Cocais

Formação vegetal típica do Meio-Norte

(sub-região

do

Nordeste formada pelos estados do Maranhão e do Piauí), a Mata dos Cocais é uma paisagem vegetal de transição entre os domínios vegetais da Caatinga, no semiárido nordestino, e da Floresta Amazônica. A mata é denominada “dos Cocais” porque as espécies que nela predominam são palmeiras que produzem coco. Atualmente, a Mata dos Cocais tem sido alvo de intenso desmatamento, como resultado, principalmente, do avanço da agropecuária: cultivo da soja e pecuária bovina. 2. Formações vegetais complexas • Cerrado • Caatinga • Pantanal O Cerrado A formação vegetal complexa do Cerrado, é uma paisagem vegetal típica das áreas de predomínio do clima tropical, portanto quente, com baixa amplitude térmica anual e existência de duas estações bem marcadas: verão chuvoso e inverno seco. 14

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Página de referência: 226

É a segunda maior formação vegetal do país. Entretanto, sua extensão original vem reduzindo em razão da devastação causada pela expansão da pecuária bovina e pelo plantio da soja. Caracterizado pequenas

pelo

árvores

retorcidos,

com

e

predomínio

arbustos

de

bastante

casca

grossa

e

contém,

além

de

raízes

profundas. O

Cerrado

gramíneas, “Cerradão”,

florestas cujas

denominadas

árvores

podem

alcançar mais de 15 metros de altura. A Caatinga A

Caatinga

é

uma

formação

vegetal

complexa, típica do Sertão nordestino, de clima semiárido, com menos de 700 mm de precipitações anuais. As plantas, para sobreviver às

secas,

desenvolveram

diversas adaptações. Algumas, como

as

cactáceas,

têm

espinhos em vez de folhas, o que reduz

a

evapotranspiração;

outras perdem as folhas para não perder água.

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15


Página de referência: 226

O Pantanal O Pantanal Mato-Grossense está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com altitude média de 100 metros acima do nível do mar, caracteriza-se como a maior planície inundável do mundo. As chuvas e as características do relevo são os principais fatores responsáveis pelas inundações que ocorrem na região. Nas áreas periodicamente alagadas do Pantanal, a vegetação é rasteira e desenvolve-se apenas durante a estiagem de inverno. Nas áreas eventualmente alagadas, desenvolvem-se arbustos misturados à vegetação rasteira.

3. Formações vegetais campestres e litorâneas Os

• Campos • Vegetação de dunas

problemas

ambientais decorrentes do desmatamento têm se

• Restinga

agravado

• Manguezal

intensificação

devido

atividades humanas.

16

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à das


Página de referência: 226

Formação campestre Os campos são formações herbáceas que geralmente aparecem em forma de manchas de pequena extensão. Bastante diversificadas, essas formações

relacionam-se

à

existência

de

topografia suave ou climas mais frios e secos. Entre as diversas áreas de formação

campestre,

merecem

destaque os campos meridionais, como a campanha gaúcha, no Rio Grande do Sul, e os campos de vacaria, no Mato Grosso do Sul. A pecuária é a atividade econômica mais comum nessas regiões. Formações litorâneas Por toda a extensão do litoral brasileiro encontram-se formações que abrigam grande variedade vegetal. As principais são: • Vegetação de duna, com vegetais rasteiros de raízes profundas e de grande extensão horizontal; • Restingas, que misturam espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas; • Manguezais, que se adaptam à intensa salinidade e à falta de oxigenação do solo das áreas sujeitas à ação das marés

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17


Página de referência: 226

Os impactos ambientais do desmatamento A devastação vegetal provoca inúmeros problemas ambientais nas áreas onde ela ocorre, por exemplo: • a

aceleração

do

processo

de

erosão

(a

velocidade de escoamento da água das chuvas é maior em lugares cuja cobertura vegetal foi retirada); • a diminuição da umidade relativa do ar (em razão da

diminuição

da

umidade

proveniente

da

evapotranspiração da vegetação); • o empobrecimento dos solos (por causa da diminuição da deposição de material orgânico em suas camadas superficiais); • a intensificação do processo de assoreamento dos rios (aumento da deposição dos sedimentos no leito dos cursos fluviais), contribuindo para o agravamento das enchentes.

Mata ciliar às margens

do

rio

Ingá, no estado da Paraíba, em 2017.

18

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em classe 1. (Vunesp) A extração de madeira, especialmente do pau-brasil, os ciclos do açúcar e café e o desmatamento para instalação de indústrias são eventos de nossa história que contribuíram para a degradação desse bioma. O texto refere-se ao bioma a) Mata Atlântica.

Página de referência: 226

b) Caatinga.

2. (Unifesp) Observe o mapa.

A sequência correta de vegetação natural indicada pelo perfil AB é: c) Floresta Amazônica, Mata dos Cocais, Caatinga e Mata Atlântica. d) Mata dos Cocais, Cerrado, Mata Atlântica e Campo.

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19


Página de referência: 227

3. (FGV-SP) A questão está relacionada ao mapa e ao texto apresentados a seguir.

[...] é um complexo de vegetação heterogênea, um mosaico de cerrados, florestas e até mesmo caatinga. [...] Inúmeros programas nacionais e internacionais de proteção ao ambiente foram instaurados para defender esse ecossistema único, frágil e ameaçado, ao mesmo tempo

pela

pecuária

extensiva,

pela

dispersão

de

mercúrio e pelos resíduos de pesticidas (utilizados pelos agricultores) carreados do planalto que o domina, e pela exploração de suas matas galeria, o que aumenta a erosão e a sedimentação. O texto refere-se à área do mapa indicada com o número d) 4. e) 5. 20

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Página de referência: 227

4. (Ufscar-SP) São descritos dois processos de degradação ambiental que ocorrem no Brasil:

I. Nesta área o processo de “desertificação” decorre da

intensificação

das

atividades

tradicionais

de

pastoreio, acima dos níveis de suporte do ecossistema; da realização de práticas agrícolas sem conhecimento técnico e do corte de vegetação nativa para servir como lenha. A área atingida pelo processo de desertificação é superior a 600 000 km2.

II. Nesta área o processo é de “arenização”, causado pela ação das águas e do vento sobre depósitos arenosos pouco consolidados em ambiente de clima úmido. O constante pisoteio do gado, o uso do fogo para eliminar as sobras secas da pastagem após o inverno e o uso de máquinas pesadas na atividade agrícola criam sulcos que aceleram o processo de formação

dos

areais.

A

degradação

atinge

10

municípios e corresponde a uma área de 3,67 km2.

Os domínios vegetais que envolvem as áreas I e II são, respectivamente: a) Caatinga e Campos. b) Caatinga e Cerrado

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Página de referência: 228

5. (UEL-PR) O mosaico botânico brasileiro resulta da expansão e

da retração

de

florestas,

cerrados e

caatingas,

provocadas pela alternância de climas úmidos e secos nas regiões tropicais durante os períodos glaciais. Com base nessas considerações, analise a tabela a seguir.

Com base na tabela, assinale a alternativa que apresenta, correta

e

respectivamente,

a

sequência

dos

representados pelas letras X, Y e Z. a) Caatinga, Cerrado e Floresta. b) Caatinga, Floresta e Cerrado.

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biomas


atividades 1. A ________________________ é extremamente heterogênea e densa, com predominância do clima equatorial úmido e de vegetação perenifólia, latifoliada e higrófila. (

) Mata de Araucária.

(

) Floresta Amazônica.

2. Quais são as principais atividades econômicas da Floresta Amazônica? (

) agropecuária.

(

) atividade extrativista vegetal.

3. Complete a frase corretamente:

Mata dos Cocais

Caatinga

Atualmente,

a

___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ tem sido alvo de intenso desmatamento, como resultado, principalmente, do avanço da agropecuária: cultivo da soja e pecuária bovina.

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4. Relacione corretamente: formação

vegetal

complexa, Cerrado

Sertão

típica

do

nordestino,

de

clima semiárido.

com altitude média de 100 metros acima do nível do mar, caracteriza-se como

Caatinga

a maior planície inundável do mundo.

predomínio de pequenas árvores

e

arbustos

bastante retorcidos, com

Pantanal

casca

grossa

e

raízes

profundas. 5. Qual é a principal atividade econômica das áreas de formação campestre? (

) pecuária.

(

) extrativismo.

6. A vegetação de dunas tem como característica: (

) vegetais rasteiros de raízes profundas e de grande

extensão horizontal (

24

) espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas.

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Página de referência: 229

Urso-polar caminha sobre mar congelado na ilha Ellesmere, no Canadá. 1. A atmosfera terrestre pode ser dividida em três camadas principais • Troposfera, onde ocorrem os fenômenos meteorológicos. • Estratosfera, onde se encontra a camada de ozônio. • Ionosfera, que apresenta três subcamadas – mesosfera, termosfera e exosfera.

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Página de referência: 230

2. A atmosfera é composta de • Nitrogênio (78,08%) • Argônio (0,93%) • Gases traços (0,002%) • Oxigênio (20,95%) • Dióxido de carbono (0,038%)

3. Efeito estufa

aquecimento natural da atmosfera

Presença vapor

de

de

água,

dióxido carbono metano

de (CO2), (CH4)

e

óxido

nitroso

(N2O),

entre

O

aumento

da

emissão de gases estufa pelo ser humano causar desequilíbrio térmico.

outros.

pode um

Sequestro

de

carbono: representa

a

retirada

de

carbono

da

atmosfera

pela

vegetação e pelos oceanos.

Observe a seguir a tabela que mostra a participação relativa dos três gases (dióxido de carbono, metano e óxido nitroso) que mais contribuem para a intensificação do processo de efeito estufa.

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Página de referência: 230

O aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera é resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural) e da devastação e queimada

florestal,

pois

são

fatores

que

diminuem

o

sequestro e a absorção de carbono da atmosfera. 4.IPCC IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (sigla em inglês) • Avaliação

das

pesquisas

científicas

sobre

mudanças

climáticas. • Elaboração de relatórios com alertas para a sociedade global. O aquecimento global Aquecimento global é a denominação dada ao fenômeno da elevação da temperatura média do nosso planeta que vem ocorrendo nas últimas décadas. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

27


Página de referência: 231

Esse

fenômeno,

segundo

relatório

do

Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado em 2007, é resultado principalmente do aumento da emissão de gases do efeito estufa pelos seres humanos.

5. Conferências sobre mudanças climáticas • Rio-92 (1992) Convenção--Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima: necessidade de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

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Página de referência: 231

• Protocolo de Kyoto (1997) Metas

para

2012

não

foram

alcançadas.

Metas

reavaliadas e redimensionadas em Durban, na África do Sul (2011) • Rio+20 (2012) Foco no desenvolvimento sustentável. • 21ª Conferência das Partes – COP-21 (2015) Países vão buscar alcançar suas metas nacionais de redução de emissão a partir de 2020, sem comprometer o cenário social e econômico locais.

Falta de consenso.

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em classe Página de referência: 231

1. (Acafe-SC) Desde a sua origem a Terra sempre sofreu mudanças climáticas. (...) Entretanto, recentemente foram detectados alguns fenômenos provocados pela ação humana que têm alterado o clima no planeta bem mais rapidamente do que os acontecimentos transcorridos ao longo da história. Sobre as ações humanas na nossa casa, que é o planeta Terra, é correto afirmar, exceto: a) A poluição atmosférica, além de provocar chuvas ácidas e afetar a saúde da população, tem também intensificado o efeito estufa, o qual se reflete no aquecimento global. b) A expansão urbana altera o comportamento térmico e tem como uma de suas consequências a formação das chamadas “ilhas de calor” nas zonas rurais onde as temperaturas, em média, são mais altas que as das cidades. 2. (Uerj)

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Página de referência: 232

A comparação entre os gráficos permite associar as mudanças na rede de transporte aos seus impactos ambientais. A

principal

consequência

sobre

o

meio

ambiente

resultante dos investimentos na matriz de transportes da União Europeia entre 1970 e 2004 é: a) agravamento do aquecimento global. b) acentuação do fenômeno da ilha de calor. 3. (Unifor-CE) Aquecimento global é a teoria apoiada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, o qual se refere ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que alegadamente se tem verificado nas décadas mais recentes com possibilidade de continuidade durante o corrente século. Sobre o assunto, assinale a alternativa CORRETA. d) O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que grande parte do aquecimento observado durante os últimos anos decorre do efeito estufa. e) Diversos meteorologistas e climatólogos afirmam que o aumento da temperatura média se deve exclusivamente a causas naturais.

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atividades 1. A

____________________

é

onde

ocorrem

os

fenômenos

meteorológicos. (

) ionosfera.

(

) troposfera.

2. Circule qual o gás mais abundante na atmosfera.

Oxigênio

Argônio

Nitrogênio

3. A emissão de dióxido de carbono está relacionada a: (

) queima de combustíveis fósseis e devastação florestal.

(

) indústrias de refrigeração.

4. O IPCC foi criado com o objetivo de: (

) aumentar a emissão de dióxido de carbono na atmosfera.

(

) avaliar pesquisas científicas sobre mudanças climáticas.

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Página de referência: 233

Imagem aérea do Parque Nacional de Anavilhanas mostra o rio Negro cortando a vegetação, em Novo Airão (AM). Foto de 2017. 1. Curso fluvial

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Página de referência: 234

Os cursos fluviais (rios) são correntes de água que se deslocam por canais permanentes e rumos definidos. Partem da nascente, localizada na área mais elevada do terreno por onde ele escoa, em direção à foz (ou desembocadura, quando deságua em outro rio), localizada na área mais baixa do percurso desse rio.

Para localizar um ponto qualquer ao longo de um rio, costuma- -se dividi-lo em três partes: • alto curso ou montante, onde está a nascente; • médio curso, na região intermediária entre a nascente e a foz; • e baixo curso, onde está a foz.

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Página de referência: 234

Algumas das características mais importantes dos rios que compõem as bacias hidrográficas brasileiras: • Quase todos apresentam regime pluvial, com grande influência da água das chuvas nas cheias (no verão) e nas vazantes (no inverno). • Devido ao regime pluvial, a maioria tem períodos de cheia no verão e períodos de vazante no inverno. Isso porque grande parte do clima brasileiro é semiúmido, caracterizado por verões chuvosos e invernos secos. • A maioria é perene (permanente; não seca no período de vazante). Apenas alguns rios que têm as nascentes no Sertão

nordestino,

de

clima

semiárido,

são

intermitentes (temporários, que secam no período de vazante). • Todos são exorreicos, ou seja, deságuam nos oceanos, mesmo os rios que correm para o interior do país.

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Página de referência: 234

• A foz (desembocadura) tem, majoritariamente, a forma de estuário. Também é possível identificar algumas fozes que apresentam aspectos que as caracterizam em estuário e em delta, sendo denominadas mistas ou complexas. • Predominam os rios planálticos, com desníveis acentuados (quedas de água) ao longo de seu curso.

Desse modo, o Brasil dispõe de um elevado potencial hidráulico e o utiliza para gerar mais de 80% da energia elétrica consumida no país.

3. Regime dos rios • Nival – águas oriundas do derretimento da neve. • Pluvial – águas provenientes das chuvas. • Misto – surge das chuvas e também do derretimento das geleiras.

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Página de referência: 235

5. Bacias brasileiras São as maiores e extrapolam

as

fronteiras brasileiras. As bacias do TocantinsAraguaia

e

Francisco maiores

do

São

são

as

localizadas

inteiramente

em

território nacional.

Bacia Amazônica • É a mais extensa do planeta e ocupa quase metade do território brasileiro. • Possui o maior potencial de geração de energia hidrelétrica do país. • Tem cerca de 25 mil quilômetros de rios navegáveis, principal meio de transporte amazônico. Bacia Platina (formada pelas regiões hidrográficas do Paraná, do Uruguai e do Paraguai) • Abrange a área mais populosa e urbanizada do Brasil e da América do Sul. • Tem a maior potência hidrelétrica instalada do Brasil (e a maior usina: Itaipu). Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Página de referência: 236

7. Transposição de São Francisco • Projeto que pretende construir dois canais (Norte e Leste). • O objetivo é abastecer com água parte do Sertão Nordestino. • O projeto é polêmico, sendo alvo de críticas de ambientalistas e da comunidade científica.

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em classe Página de referência: 236

1. (Udesc) Analise as proposições em relação aos conceitos que envolvem a hidrografia. I. Rio é um curso de água doce que deságua em outro rio, em um lago ou no mar. II. Denomina-se nascente o lugar onde nasce um rio. III. Margens são as terras que servem de limite ao rio, nos seus dois lados. Define-se margem esquerda ou direita, ficando-se de costas para a nascente. IV. Foz é o lugar onde o rio se torna mais volumoso, normalmente na metade de seu curso. V. Denomina-se bacia o conjunto das águas que deságuam em um rio maior. Assinale a alternativa correta. b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras. 2. (UEL-PR) A Ilha do Mel, visualizada na imagem, situa-se na região de Paranaguá, cidade do litoral paranaense que comporta um importante porto. No local predomina o tipo geográfico:

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Página de referência: 237

b) Delta – depósito sedimentar aluvial formado por um curso fluvial desembocando em um corpo de água mais ou menos calmo (lago, laguna, mar, oceano ou outro rio), cuja porção subaérea apresenta-se em planta com formas triangular, lobada, digitada etc. c) Estuário – parte terminal de um rio ou lagoa em que o fluxo e o refluxo das marés provocam variações na salinidade da água, no pH, na temperatura, na velocidade das correntes, dinâmica que associada à vegetação proporciona exuberante fauna. 3. (Cefet-MG) Sobre as bacias hidrográficas brasileiras, afirma-se que I. a Bacia Amazônica, de regime pluvial e nival, é a maior do Brasil. II. a característica climática semiárida inviabiliza a geração hidrelétrica na Bacia do São Francisco. III. a maior produção hidroelétrica brasileira é verificada na Bacia do Paraná. IV. a expansão da soja tem impactado os rios da Bacia do Paraguai. V. a maior ilha fluvial do mundo, a do Bananal, encontra-se no interior da Bacia do rio Parnaíba. Estão corretas apenas as afirmativas c) I, III e IV.

40

d) II, IV e V.

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Página de referência: 237

4. (IFSP) Leia o excerto abaixo. As toneladas de lama que vazaram no rompimento há dez dias de duas barragens da empresa Samarco, em Mariana (MG), são protagonistas do maior desastre ambiental provocado pela indústria da mineração brasileira – a Samarco é empresa fruto da sociedade entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. Sessenta bilhões de litros de rejeitos de mineração de ferro – o equivalente a 24 mil piscinas olímpicas – foram despejados ao longo de mais de 500 km na bacia do rio Doce, a quinta maior do País. Segundo ecólogos, geofísicos e gestores ambientais, pode levar décadas, ou mesmo séculos, para que os prejuízos ambientais sejam revertidos. As bacias hidrográficas são regiões geográficas formadas por rios que deságuam em um curso principal de água. Essas bacias são alimentadas pelas águas

da

chuva,

lençóis

subterrâneos etc. Ademais, a delimitação

de

uma

bacia

hidrográfica tem como principal elemento o relevo da região. Com base no trecho da matéria jornalística e no mapa, assinale a alternativa que apresenta a região hidrográfica a que pertence a Bacia do rio Doce, as regiões administrativas pelas quais passa esta bacia e o estado ao qual pertence esta bacia, respectivamente.

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Página de referência: 237

a)

Região

hidrográfica

do

Nordeste

Oriental;

região

Nordeste; estado de Pernambuco. b) Região hidrográfica do Atlântico Sudeste; região Sudeste; estado de Minas Gerais. 5. (Uern) Analise o mapa. O rio São Francisco é a principal fonte de água para

a

irrigação

e

geração de energia do Nordeste

brasileiro,

visto que atravessa uma região

de

seca,

responsável

sendo pelo

consumo de toda a área no seu entorno. O projeto de transposição das suas águas recebeu várias críticas, mas, para muitos, foi a melhor alternativa a fim de reduzir o problema da instabilidade climática e da tensão social no Nordeste. São críticas a respeito da transposição do rio São Francisco, EXCETO: c) Existem soluções menos custosas e mais sustentáveis para sanar o problema da falta de água no semiárido, como a construção de poços e cisternas. d) Como aconteceu na transposição do rio Colorado, nos Estados Unidos e em Israel, a transposição do rio São Francisco seria uma catástrofe, ocasionando vários impactos na região, não solucionando a questão da seca.

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atividades 1. A nascente de um rio está localizada: (

) na área mais elevada do terreno.

(

) na área mais baixa do percurso desse rio.

2. Relacione corretamente: Marcado pela presença de Estuário

vários

canais

de

escoamento e formato triangular.

Desembocadura larga e profunda, com apenas Delta

um

canal

de

escoamento. 3. O regime pluvial de rios, possui água provenientes: (

) do derretimento da neve.

(

) das chuvas.

4. Sobre os rios brasileiros, assinale com verdadeiro (V) ou falso (F). (

) quase todos apresentam regime nivial.

(

) a maioria tem períodos de cheia no verão e períodos de

vazante no inverno. (

) Todos são exorreicos, ou seja, deságuam nos oceanos.

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Página de referência: 239

Tanques de armazenamento de petróleo em Dhahran, na Arábia Saudita. Foto de 1985. 1. Petróleo • Substância oleosa combustível de coloração escura encontrada em rochas sedimentares. • Formado a partir do soterramento de restos animais e vegetais no fundo de antigos lagos ou mares. • Fonte energética mais utilizada no mundo para a produção de combustíveis amplamente usados (diesel e gasolina).

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Página de referência: 240

2.

A

evolução

do

consumo

das

diferentes

fontes

energéticas

3. Reservas de petróleo

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45


Página de referência: 241

4. Opep – Organização dos Países Exportadores de Petróleo

5. Queima de petróleo e derivados • Gera emissão de gases de efeito estufa (dióxido de carbono) • Crescente busca por alternativas energéticas limpas 6. Petróleo no Brasil Fase do monopólio • Iniciada com a criação da empresa estatal Petrobras em 1953. • A estatal detinha o monopólio de pesquisa, exploração, transporte, refino e comercialização. 46

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Página de referência: 242

Quebra do monopólio (década de 1990) • O setor do petróleo foi aberto para empresas públicas ou privadas sediadas no Brasil. • A Petrobras tornou-se uma empresa de capital misto (com participação de capital público e privado). 7. Produção e autossuficiência O A

maior

Brasil

alcançou

a

autossuficiência

produção

volumétrica na produção

brasileira é offshore (fundo do mar), com

em 2015. No entanto, ainda

destaque para a bacia

importa petróleo leve e

de Campos (RJ).

derivados

de

petróleo,

como o diesel.

8. Pré-sal brasileiro • Gigantescas reservas de petróleo e gás natural. • Camada

de

rocha

sedimentar, situada a mais de

7

quilômetros

de

profundidade. • Os

altos

custos

tecnológicos dificultam seu maior aproveitamento.

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47


em classe Página de referência: 242

1. (Vunesp) Os fluxos de importação e de exportação expressos no mapa evidenciam d) a ausência de países integrantes do Brics nas importações de petróleo.

e) o predomínio dos paísesmembros

da

Opep

nas

exportações de petróleo. 2. (FGV-SP) Analise a figura a seguir.

Os fluxos na figura identificam a circulação de um produto entre as áreas vendedoras e as compradoras.

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Página de referência: 243

Assinale a alternativa que identifica corretamente um dos fluxos numerados. c) 3 – O petróleo é vendido por um grande número de fornecedores de vários continentes para os Estados Unidos, grande consumidor mundial. d) 4 – Os minérios radioativos são vendidos pelos países do Sul para as centrais nucleares de países desenvolvidos. 3. (Cefet-MG) Com o avanço do consumo como lógica de expansão capitalista, a demanda por energia tende a crescer em todo o mundo. A partir da análise do gráfico, é correto inferir que a(o)

d) ampliação gradual do uso do hidrocarboneto revelará a inserção crescente da população no circuito consumista. e) limitação espacial das reservas de petróleo impedirá a expansão industrial nas áreas economicamente desenvolvidas.

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Página de referência: 243

4. (Enem) No mundo contemporâneo, as reservas energéticas tornam-se estratégicas para muitos países no cenário internacional. Os gráficos apresentados mostram os dez países com as maiores reservas de petróleo e gás natural em reservas comprovadas até janeiro de 2008.

As

reservas

venezuelanas

figuram

em

ambas

as

classificações porque d) já estão comprometidas com o setor industrial interno daquele país. e) a Venezuela é uma grande potência energética mundial. 5. Observe, no mapa, a área destacada no litoral brasileiro. A área destacada no litoral brasileiro corresponde: d) à bacia cristalina de Santa Catarina, a principal área de produção de petróleo no país. e) à área do subsolo oceânico onde se localiza a camada do présal.

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atividades 1. Assinale com verdadeiro (V) ou falso (F) as informações sobre o petróleo: (

) é uma substância de coloração transparente.

(

) é encontrado em rochas sedimentares.

(

) é formado a partir da decomposição de folhas.

2. O petróleo é utilizado, principalmente, para: (

) a produção de agrotóxicos.

(

) a produção de combustíveis como diesel e gasolina.

3. Complete: queima – emissão – gases

A _________________________________________________________________ de

petróleo

e

derivados

gera

___________________________________________________________________ de ________________________________________________________________ de efeito estufa.

4. O que dificulta o aproveitamento do pré-sal? (

) os altos custos tecnológicos.

(

) a falta de investimento estatal. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Página de referência: 245

Vertedouro da usina hidrelétrica de Itaipu, a maior geradora de energia elétrica do mundo. Foto de 2017.

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Página de referência: 246

O predomínio das usinas hidrelétricas Diferentemente do que ocorre no resto do mundo, que privilegia as termelétricas, abastecidas, sobretudo, pelo gás natural e pelo carvão mineral, no Brasil a maior parte da energia elétrica é produzida em usinas hidrelétricas.

O predomínio das usinas hidrelétricas no Brasil se deve ao fato de o país apresentar durante muitas décadas um elevado nível de dependência externa de combustíveis fósseis, o que dificultava a implantação de termelétricas, e de ter um elevado potencial hidrelétrico em seu território.

Resultado

da

grande

quantidade

de

extensos e volumosos rios planálticos, com acentuados desníveis (quedas-d’água).

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Página de referência: 246

A geração e o consumo de energia elétrica A empresa que controla a maior parte dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil é a Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.), companhia de economia mista e capital aberto controlada pelo governo brasileiro.

A Eletrobras age por intermédio de suas subsidiárias: Furnas,

Chesf,

Eletronorte,

Eletrosul,

Companhia

de

Geração Térmica de Energia Elétrica e Eletronuclear. A capacidade de geração da Eletrobras, incluindo metade da geração realizada pela usina hidrelétrica de Itaipu, pertence ao Brasil.

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Página de referência: 246

A maior parte das usinas hidrelétricas brasileiras está situada no complexo regional do Centro-Sul, especificamente no domínio da sub-bacia hidrográfica do Paraná.

Nessa sub-bacia estão em dos

funcionamento sistemas

usinas Furnas,

Gerasul, Cesp e Cemig, além de Itaipu, responsáveis pelo abastecimento

de

grande

parte do Centro-Sul.

A usina Itaipu Binacional, instalada no rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, é controlada por esses dois países e, em 2016, recuperou o status de maior usina em produção anual de energia no mundo.

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Página de referência: 246

A bacia do rio São Francisco abrange uma área de aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados. A maior parte dessa bacia está nos estados de Minas Gerais e da Bahia. Seu principal rio, o São Francisco, nasce na região da Serra da Canastra, sul de Minas Gerais.

A Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), subsidiária da Eletrobras, é a empresa responsável pelo sistema de geração voltado para o aproveitamento do potencial hidráulico do rio São Francisco no Nordeste; no Sudeste está a cargo da Cemig, onde se destaca a usina de Três Marias.

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em classe Página de referência: 247

1. (PUC-PR) Questionado sobre os significativos aumentos na tarifa de energia elétrica ao longo de 2015, o professor de Geografia respondeu que uma das principais justificativas é o custo energético da falta de água. Além disso, apresentou a tabela abaixo.

A justificativa apresentada pelo docente e os dados da tabela geraram um debate sobre a estrutura brasileira de geração de energia elétrica e a forte dependência dos fatores climáticos. Ao fim da aula, os alunos entenderam que d) grande parte da comunidade científica alega que com as mudanças climáticas globais torna-se necessário o aumento da utilização de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade. e)

o

menor

volume

de

chuvas

diminui

a

geração

de

hidroeletricidade, o que impõe a utilização de termelétricas, que encarecem a produção de energia elétrica. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Página de referência: 247

2. (UEL-PR) A força das águas tem viabilizado a construção de usinas hidrelétricas de grande porte no Brasil, sendo Itaipu um

exemplo.

Com

base

nos

conhecimentos

sobre

desenvolvimento e a questão socioambiental, considere as afirmativas a seguir. I. A retirada das populações das áreas atingidas por construção de hidrelétricas tem produzido impactos sociais, como o desenraizamento cultural. II. Itaipu é um exemplo da prioridade dada à preservação dos habitats naturais no projeto nacional-desenvolvimentista defendido pelos militares pós-64. III. As incertezas sobre os impactos ambientais com a construção

de

usinas

hidrelétricas

trouxeram,

por

desdobramento, a formação de movimentos dos atingidos pelas barragens. IV.

A

construção

de

hidrelétricas

liga-se,

também,

à

preocupação com a crise energética mundial prevista para as próximas décadas. Assinale a alternativa correta. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 3. (ESPM-SP) O Brasil é um dos mais privilegiados países em todo o mundo em relação aos recursos hídricos. Levando-se em consideração a sequência de mapas abaixo, essa condição reflete-se no fato de que:

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Página de referência: 248

c) a exploração da bauxita justifica a instalação da usina de Tucuruí junto à bacia C. d) apesar de não ser a de maior potencial hidrelétrico, a bacia D é a que apresenta o maior aproveitamento e fornecimento energético do país. 4. (FGV-SP) Sem a construção de novas hidrelétricas com grandes reservatórios, diminui a capacidade do Brasil de poupar água para produção de eletricidade nos meses de estiagem. As novas hidrelétricas construídas no Brasil não possuem reservatórios volumosos. São as chamadas usinas “a fio d’água”, que têm como ponto positivo a redução do impacto ambiental, mas têm redução de produção de energia durante os meses de estiagem. No Brasil, o maior exemplo de hidrelétrica a fio d’água, na atualidade, é c) Belo Monte, no rio Xingu. d) Sobradinho, no rio São Francisco.

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Página de referência: 248

5. (ESPM-SP) Observe a canção, o fragmento de texto e o mapa a seguir, que tratam de assuntos convergentes: O homem chega, já desfaz a natureza tira gente põe represa, diz que tudo vai mudar. [...] E, passo a passo, vai seguindo a profecia do beato que dizia que o sertão ia alagar. O sertão vai virar mar, dá no coração, o medo que algum dia o mar também vire sertão. Adeus Remanso, Casa Nova, Sento Sé, Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir Debaixo d’água lá se vai a vida inteira, por cima da cachoeira o Gaiola vai sumir (Sá e Guarabira.) [...] não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. (p: 514, Editora Francisco Alves)

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Página de referência: 249

Em relação ao que estão retratando a canção, a narração de uma das mais importantes obras literárias nacionais e o mapa, está correto afirmar: d) A personagem mencionada na canção é Antônio Conselheiro e a referência é à usina hidrelétrica de Sobradinho, construída sobre o palco de Canudos, cuja saga fora narrada por Euclides da Cunha na obra citada. e) A obra Os sertões, de Euclides da Cunha narra a batalha de Canudos onde outrora fora o palco daquilo que é hoje a usina hidrelétrica de Paulo Afonso, Bahia, contida na canção de Sá e Guarabira.

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Página de referência: 249

6. (Vunesp) O mapa mostra a localização de uma grande usina hidrelétrica destinada a abastecer as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Assinalar a alternativa que contém, na seguinte ordem: 1 – o nome da hidrelétrica; 2 – o nome do rio em que se localiza.

d) 1 – Tucuruí; 2 – Araguaia. e) 1 – Tucuruí; 2 – Tocantins.

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atividades 1. no Brasil a maior parte da energia elétrica é produzida: (

) com derivados de petróleo.

(

) em usinas hidrelétricas.

2. Qual é o setor que mais consome energia elétrica no Brasil? Circule a resposta correta.

indústria

agricultura

pecuária

3. A maior parte das usinas hidrelétricas brasileiras está situada no complexo regional do: (

) Nordeste.

(

) Centro-Sul.

4. A usina Itaipu Binacional, instalada no rio Paraná, é controlada por quais países? (

) Brasil e Paraguai.

(

) Equador e Peru.

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Página de referência: 250

Parque eólico no município de Osório (RS), em 2017. 1. Fontes alternativas de energia São consideradas menos poluentes e mais econômicas.

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Página de referência: 251

Energia eólica A

energia

proveniente

eólica

dos

é

ventos

(produção de energia elétrica). Nos dias atuais, a energia eólica é utilizada, sobretudo, para movimentar

aerogeradores

(geradores elétricos integrados ao eixo do cata-vento), produzindo energia elétrica. Os países que mais produzem eletricidade usando a força dos ventos como fonte de energia são a China, os Estados Unidos, a Alemanha e a Índia. Energia solar Proveniente

do

Sol

(produção de energia elétrica ou energia térmica). Os países que mais produzem energia solar são China,

Estados

Alemanha, responsáveis

Japão por

Unidos, e

Itália,

68%

da

produção mundial dessa fonte em 2015. A utilização da energia solar no Brasil é relativamente pequena se comparada à desses países. No entanto, essa utilização deve crescer nos próximos anos, como resultado, principalmente, da viabilidade econômica para utilizá-la em residências

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Energia geotérmica

Página de referência: 251

Aproveitamento do calor interno da Terra (aquecimento de água e movimentação de turbinas)

Estados Unidos, Islândia, Filipinas, Indonésia, México e Itália se destacam na utilização desse tipo de energia. O Brasil, não possui usinas geradoras de energia a partir da fonte geotérmica. Energia das marés A energia das marés consiste no aproveitamento da movimentação das águas pela variação das marés para produzir energia elétrica.

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Página de referência: 251

A energia da biomassa Obtida

de

matérias

orgânicas

(calor,

biogás

e

biocombustíveis). A produção de biocombustível e biodiesel no Brasil tem incentivos governamentais.

A produção de etanol no Brasil O Brasil se destaca como um dos países pioneiros na adoção em larga escala de uma fonte alternativa ao petróleo, o etanol (álcool combustível). Para isso, criou em 1975 o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), possibilitado pela existência de expressiva estrutura de produção de cana-deaçúcar e de álcool. O Sudeste é a região que mais produz álcool (anidro e hidratado), e São Paulo é o estado que se destaca, responsável por mais de 50% da produção nacional.

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Página de referência: 251

A produção de biodiesel no brasil O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos químicos usando como matérias-primas óleos vegetais ou gorduras animais. Nos

últimos

anos,

o

Brasil

vem

estimulando

o

desenvolvimento da produção e do consumo de biodiesel no país por meio do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB).

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em classe Página de referência: 251

1. (UFPE) As afirmativas a seguir referem-se ao tema “as fontes de energia”. Assinale a INCORRETA. d) Dentre as principais vantagens proporcionadas pelas fontes de energia alternativas, podemos citar: não alteram as condições climáticas ambientais, não contaminam o meio ambiente nem produzem mutações nos seres vivos. e) No Nordeste brasileiro, a utilização da energia solar tornase difícil, porque os valores regionais de insolação, em face do clima seco dominante no sertão, são baixos, comparados com os de outras regiões mais úmidas do país. 2. (UEL-PR – Adaptada) Sobre fontes de energia é correto afirmar que: a) As hidrelétricas possuem como desvantagens mudar a paisagem de um curso de água, inundar grandes áreas e realocar populações. b) Cerca de 30% das centrais de energia nucleares mundiais ficam no Canadá, Japão, EUA, ex-URSS e Europa. 3. (UCS-RS) A energia solar, como fonte de geração de eletricidade, já é uma realidade em diversos países e, nos últimos anos, vem aumentando a capacidade instalada. Diante da crise que o Brasil enfrenta com a falta de chuva, entra em discussão, novamente, a utilização dessa fonte energética. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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Página de referência: 252

A charge a seguir retrata o aproveitamento da energia solar.

Sobre fontes de energia, é correto afirmar que I. a energia dos ventos, conhecida como eólica, é utilizada há muitos anos, para realizar trabalhos como bombear água e moer grãos. Em uma usina eólica, a conversão da energia é realizada por meio de um aerogerador, ou seja, um gerador de eletricidade acoplado a um eixo que gira com a força do vento nas pás da turbina. II. a energia solar pode ser aproveitada para a produção de eletricidade

e

de

calor.

Coletores

solares

para

o

aquecimento de água são um dos exemplos mais bem-sucedidos da aplicação de energia solar em todo o mundo. No caso do Brasil, que recebe uma incidência muito grande de raios solares, esse tipo de aproveitamento pode ter um papel muito importante, principalmente na substituição de chuveiros elétricos, que estão entre os aparelhos que mais consomem energia.

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Página de referência: 252

III. chamamos de biomassa materiais de origem orgânica que, geralmente, são desperdiçados em processos industriais. Ela pode ser aproveitada para produzir tanto calor como eletricidade. O biogás obtido na decomposição do lixo orgânico é um exemplo de biomassa que pode ser utilizado na produção de energia. IV. a maior parte da energia elétrica produzida no Brasil vem de uma fonte renovável – a água. O território brasileiro é cortado por rios, e as usinas hidrelétricas são uma opção para garantir a energia de que o País precisa para crescer. Das proposições acima, d) apenas I, II e III estão corretas. e) I, II, III e IV estão corretas.

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atividades 1. As fontes alternativas de energia são consideradas: (

) mais poluentes e menos econômicas.

(

) menos poluentes e mais econômicas.

2. Observe o gráfico a seguir.

Qual fonte de energia é menos utilizada no Brasil? (

) eólica.

(

) hidrelétrica.

3. A energia _________________ se utiliza do aproveitamento do calor interno da Terra. (

) geométrica.

(

) solar.

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4. Relacione corretamente:

Obtida Energia geométrica

de

matérias

orgânicas (calor, biogás e biocombustíveis).

Energia da biomassa

Consiste

no

aproveitamento

da

movimentação das águas pela variação das marés.

Aproveitamento

do

calor interno da Terra Energia das marés

(aquecimento de água e movimentação

de

turbinas)

5. O ______________________ é a região que mais produz álcool (anidro e hidratado), e São Paulo é o estado que se destaca, responsável por mais de 50% da produção nacional (

) Sudeste.

(

) Norte.

6. O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de: (

) fontes não renováveis.

(

) fontes renováveis.

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Página de referência: 254

Representação da América do Sul à noite.

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Página de referência: 255

População absoluta do Brasil e sua distribuição nas macrorregiões De acordo com o estudo Estimativas de População dos Municípios 2017 realizado pelo IBGE, a população absoluta (número de habitantes) do Brasil nesse ano superava a casa dos 207 milhões de habitantes. O Brasil se situava, assim, entre os cinco países mais populosos do mundo, superado apenas pela China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.

A densidade demográfica no Brasil e em suas macrorregiões A densidade demográfica de um país retrata a relação entre o número total de habitantes e sua área total e não leva em conta a distribuição populacional pelo território. No Brasil, por exemplo, com sua grande dimensão territorial, a população está distribuída de maneira bastante irregular. O mesmo ocorre em outros países com grande extensão territorial.

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Página de referência: 255

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Página de referência: 255

O crescimento populacional no Brasil Em 1872 (data do primeiro Censo realizado no Brasil), a população brasileira era de aproximadamente 10 milhões de habitantes; em pouco menos de 70 anos a população quadruplicou, ultrapassando 40 milhões de habitantes em 1940. Esse populacional

extraordinário decorreu

não

crescimento apenas

do

crescimento vegetativo, mas também da entrada de um grande número de imigrantes.

Ao longo da década de 1980, o processo de transição demográfica se consolidou no país, estendendo-se até os dias atuais. A taxa de crescimento vegetativo está em declínio, assim como a taxa de fecundidade e, consequentemente, também a de natalidade.

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Página de referência: 255

Em 2015, a taxa de natalidade no Brasil era de 1,4% e a taxa de mortalidade era de 0,6%, consequentemente, o crescimento vegetativo da população, nesse ano, era da ordem de 0,8% ao ano.

A taxa de fecundidade, como regra, é mais elevada nas regiões menos favorecidas do ponto de vista social e econômico.

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Página de referência: 255

O declínio da taxa de mortalidade infantil no Brasil Paralelamente ao declínio da taxa de fecundidade, verificou-se também um acentuado declínio no país nas últimas décadas da taxa de mortalidade infantil, que teve uma redução de mais de 50% entre 2000 e 2015.

Segundo

muitos

analistas,

essa

conquista

social

brasileira foi resultado de uma série de fatores, no entanto eles ressaltam que para atingir a nova meta estipulada pela ODS é necessário: • ampliar o serviço de saúde; • aumentar a cobertura vacinal da população; • ampliar a cobertura pré-natal; • aumentar as taxas de aleitamento materno; • elevar o nível de escolaridade das mães; • melhorar o nível de renda da população. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2020 | www.mosaicoespaco.com.br

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em classe Página de referência: 256

1. (UPE) A análise do mapa a seguir permite afirmar:

1. as maiores densidades demográficas estão situadas em eixos espaciais fortemente urbanizados, como as áreas litorâneas, a Região do Vale do Paraíba e grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Esse quadro geográfico é histórico e se notabiliza como consequência da implantação próxima à costa brasileira dos primeiros territórios de povoamento. 2. as capitais planejadas de Belo Horizonte e Cuiabá também concentram grandes manchas urbanas nas Regiões Nordeste e Centro-Oeste, enquanto Teresina aparece como uma mancha urbana esvaziada demograficamente, situada em posição central na Região Norte e na Amazônia sul-americana.

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Página de referência: 256

3. o Norte e o Centro-Oeste passaram por alterações na densidade demográfica, nas últimas décadas, por serem regiões que vêm apresentando características de áreas acentuadamente

urbanizadas e

de

grande

produtividade

agrícola. Áreas contíguas à mancha localizada na Região Norte, de tradição pastoril, também estão dentre as áreas de maior povoamento. Está CORRETO o que se afirma em a) 1, apenas. b) 2, apenas. 2. (UEL-PR) 90 milhões em ação, pra frente, Brasil, do meu [coração. Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, salve a [seleção. De repente é aquela corrente pra frente. Parece que todo o Brasil deu a mão. Todos ligados na mesma emoção. Tudo é um só coração. Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, Brasil, Salve a seleção. Canção: Pra frente Brasil/Copa 1970.

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Página de referência: 257

Da Copa de 1970 à Copa de 2010, a população brasileira passou de 93.139.037 para uma população estimada em 193.114.840 habitantes. IBGE – Popclock. 23 jun. 2010. Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica do crescimento vegetativo da população no Brasil, ao longo desses 40 anos, assinale a alternativa correta. a) A taxa de crescimento anual da população brasileira foi maior na primeira década do século XXI que nos anos 19 0, apesar da estabilização da taxa bruta de mortalidade. b) A contínua redução da taxa de fecundidade explica a queda na taxa de crescimento anual da população, apesar de o número total de habitantes ter mais que dobrado. 3. (UFRGS-RS) Observe o gráfico abaixo.

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Página de referência: 257

Sobre a distribuição da população mostrada pelo gráfico, é correto afirmar que a) a base estreita é o resultado da baixa fecundidade atual no Brasil, ao mesmo tempo em que se percebe a expectativa de vida maior das mulheres. b) a base estreita é o resultado da alta taxa de natalidade, ao mesmo tempo em que se percebe a baixa expectativa de vida da população. 4. (EsPCEx-SP) Observe a tabela abaixo, que mostra a evolução das taxas de fecundidade no Brasil:

Dentre os reflexos dessa realidade, na demografia brasileira, pode-se destacar a redução

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Página de referência: 257

I. da população brasileira, em termos absolutos, a partir de 2010. II. da proporção de jovens no conjunto da população brasileira. III. da taxa de natalidade e o aumento da mortalidade infantil. IV. do crescimento vegetativo. V. das taxas de reposição populacional, que, atualmente, já se apresentam abaixo do nível de reposição. Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas. d) I, III e V e) II, IV e V

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atividades 1. Qual é a macrorregião mais populosa do Brasil? Circule.

2. A densidade demográfica de um país retrata: (

) a quantidade de habitantes por país.

(

) a relação entre o número total de habitantes e sua área

total. 3. A consolidação da urbanização do Brasil ocorreu a partir da década de: (

) 1980.

(

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) 1970.

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4. Uma das razões que ocasionou o crescimento populacional no Brasil, foi: (

) a falta de medidas públicas para controlar o aumento da

população. (

) a entrada de grande número de imigrantes no país.

5. Observe o gráfico abaixo.

Entre 1980 e 2015, a taxa de fecundidade: (

) aumentou.

(

) diminuiu.

6. A taxa de fecundidade, como regra, é mais elevada nas regiões: (

) onde vivem as classes sociais mais altas.

(

) menos favorecidas socialmente e economicamente.

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