Apostila Anglo 2022 - Português e Matemática - 8º ano - 1 bimestre - Adaptada by espacomosaico27

1 Poesia lírica ..................................... 02 2 Recursos expressivos em poemas ................................................................ 22 3 O que é a poesia? ............................... 35 4 Literatura e imagem ........................ 45 5 Modificadores do sujeito e do verbo ................................................................ 52 6 Produzir poemas ............................. 68 7

Leitura

expressão:

poesia

................................................................ 74 8

Verbo:

seus

complementos

regência ............................................... 78 9 Relatos da vida cotidiana: o diário pessoal .............................................. 100 10 Estrutura de um jornal .............109 11 Formação de palavras derivadas ............................................................. 121 12 Poesia e notícia ...........................138

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Página de referência: 10 O gênero lírico

Seguindo uma tradição antiga, que remonta ao período clássico greco-latino, as obras literárias são classificadas em três grandes gêneros: • épico (ou narrativo), • lírico e • dramático. Os poemas lidos nestas aulas pertencem ao gênero lírico.

Principais características do gênero lírico

• Os textos são, quase sempre, escritos em versos, com uma musicalidade intensa e um ritmo muito marcado. •

Devido

intensidade

expressiva,

textos

geralmente são curtos. • Os poemas exprimem os sentimentos, as vivências profundas e as reflexões de um “eu”, nem sempre identificado. É uma “voz” que fala no poema. Essa voz é chamada de eu lírico, sujeito lírico ou voz lírica.

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Página de referência: 10 • Como se trata da expressão do mundo subjetivo, interior, o tempo verbal geralmente utilizado é o presente.

Atenção: nem todo poema, isto é, nem todo texto escrito em versos é poema lírico. Em princípio, qualquer gênero pode ser realizado em versos. Por outro lado, nem todo poema lírico é escrito em versos. Modernamente são comuns os poemas em prosa, que, embora não sejam versificados, possuem as características mais essenciais da poesia lírica: • brevidade, • intensidade expressiva, • manifestação do mundo interior e • de vivências profundas.

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Página de referência: 10 O eu lírico

Eu lírico (ou sujeito lírico ou voz lírica) é a “voz” que fala no poema lírico e concretiza, por meio de recursos de linguagem próprios (ritmo, musicalidade, escolha e combinação de palavras, imagens), um mundo subjetivo (vivências, sentimentos, afetos, anseios, sensações, reflexões). Importante: o eu lírico pode: • se identificar com algum tipo de pessoa – gênero (masculino/feminino), profissão, etc.; • refletir claramente características biográficas do autor do poema (no poema “Algumas variações sobre o mesmo tema” – texto I –, o eu lírico identifica-se com o autor, Mario Quintana); • ser, caso mais frequente, apenas um “eu” que, ao se exprimir, dá voz aos pensamentos e sentimentos do leitor. Mas, atenção: O eu lírico pode ser apenas uma categoria, um elemento abstrato do gênero lírico, sem nem mesmo se concretizar na primeira pessoa do discurso (eu). Muitas vezes, sobretudo na poesia moderna, ele fica implícito em

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formas narrativas em terceira pessoa, ou em formas dramáticas (diálogos). “O sujeito lírico é o elemento que une todas as escolhas de linguagem de que é feito um texto” (CARA, Salete de Almeida. A poesia lírica. São Paulo: Ática, 1985. p. 52). Veja, como exemplo, a primeira estrofe do texto II: O homem, bicho da terra tão pequeno, [...] faz um foguete, uma cápsula, um módulo toca para a Lua desce cauteloso na Lua pisa na Lua planta bandeirola na Lua experimenta a Lua coloniza a Lua civiliza a Lua humaniza a Lua A forma é narrativa (narração em terceira pessoa: ele, o homem). Entretanto, o ritmo, as enumerações, a gradação (desce, pisa, experimenta, coloniza, civiliza, humaniza), a repetição insistente (Lua, oito vezes) traem a subjetividade, a emoção dessa voz pseudonarrativa, revelando a voz lírica.

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Página de referência: 11 Não confunda eu lírico com: • personagem, que pertence às narrações e às peças de teatro; • narrador, que pertence ao gênero narrativo (nesse gênero, é ele quem faz a mediação entre os acontecimentos, geralmente do passado, e o leitor; no gênero lírico, o eu lírico expressa seus sentimentos, externa seu mundo interior, suas reflexões e vivências); • autor, que cria o poema e, portanto, cria também o eu lírico. Há casos, por exemplo, em que o autor é um homem, e o eu lírico, uma mulher, ou um elemento da natureza.

Evidentemente, o eu lírico exprime sempre, de algum modo, a vivência, o sentimento e o pensamento do poeta. Mas eles são (re) elaborados de tal modo que se tornam pura expressão/conteúdo literário.

Como diz o poeta Fernando Pessoa, “o poeta é um fingidor”. Num poema, o eu que fala é uma invenção do poeta, um “eu fingido”.

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Página de referência: 11 Autopsicografia

O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama o coração.

PESSOA, Fernando. Cancioneiro. In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. p. 98.

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Página de referência: 12 Atenção para as categorias: Personagens

Gênero épico

Gênero

Eventualmente,

(narrativo)

dramático

no poema lírico.

(teatro) Narrador

Gênero épico (narrativo)

Eu lírico

Eventualmente, no teatro.

Gênero lírico

Atividades

1 ----- Complete: Seguindo uma tradição antiga, que remonta ao período clássico greco-latino, as obras literárias são classificadas em três grandes gêneros: • _________________________ (ou narrativo), • _________________________ e • __________________________________.

2 ----- Coloque V de verdadeiro e F de falso na afirmativa a seguir: (_________) nem todo poema, isto é, nem todo texto escrito em versos é poema lírico.

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Página de referência: 14

Todos os textos deste Módulo são poemas que falam de viagem.

Texto I

Algumas variações sobre o mesmo tema I As vacas voam sempre devagar porque elas gostam da paisagem. Porque, para elas, o encanto único de uma viagem é olhar, olhar...

II Partir...

tão

bom!

Mas para que chegar?

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Página de referência: 14 III O melhor de tudo é embarcarmos num poema... Carlos Drummond, um dia, me pôs de passageiro [num poema seu. Ah, seu Carlos maquinista, até hoje ainda não [encontrei palavras para agradecer-lhe... Mas que longa, longa viagem será!

IV E das janelinhas do trenzinho-poema abanaremos para os brotinhos do futuro. Ui, como serão os brotinhos do século XXIII, meu Deus [do Céu? Pergunta boba! Em todas as épocas da História um brotinho é um brotinho é um brotinho...

V Tenho pena, isto sim, dos que viajam de avião a jato: só conhecem do mundo os aeroportos...

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E todos os aeroportos do mundo são iguais, excessivamente [sanitários e com anúncios de Coca-Cola. [...] QUINTANA, Mario. Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 81.

Mario Quintana (1906-1994) Poeta gaúcho, autor dos livros A rua dos cataventos (1940), Canções (1946), Espelho mágico (1948), Aprendiz de feiticeiro (1950), Apontamentos de história sobrenatural (1976), A vaca e o hipogrifo (1977), Lili inventa o mundo (1983), Nariz de vidro (1984) e muitos outros.

Texto II O homem; as viagens

O homem, bicho da Terra tão pequeno chateia-se na Terra

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lugar de muita miséria e pouca diversão, faz um foguete, uma cápsula, um módulo toca para a Lua desce cauteloso na Lua pisa na Lua planta bandeirola na Lua experimenta a Lua coloniza a Lua civiliza a Lua humaniza a Lua

Lua humanizada: tão igual à Terra. O homem chateia-se na Lua. Vamos para Marte – ordena a suas máquinas. Elas obedecem, o homem desce em Marte pisa em Marte experimenta coloniza civiliza

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humaniza Marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado. Vamos a outra parte? Claro – diz o engenho sofisticado e dócil. Vamos a Vênus. O homem põe o pé em Vênus, Vê o visto – é isto? idem idem idem.

O homem funde a cuca se não for a Júpiter proclamar justiça junto com injustiça repetir a fossa repetir o inquieto repetitório.

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Outros planetas restam para outras colônias. O espaço todo vira Terra-a-terra. O homem chega ao Sol ou dá uma volta só para tever? Não-vê que ele inventa roupa insiderável de viver no Sol. Põe o pé e: mas que chato é o Sol, falso touro espanhol domado.

Missão Apolo 11. Em 20 de julho de 1969, o astronauta Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua.

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Restam outros sistemas fora do solar a colonizar. Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?) a dificílima dangerosíssima viagem de si a si mesmo: pôr o pé no chão do seu coração experimentar colonizar civilizar humanizar o homem descobrindo

suas

próprias

inexploradas

entranhas a perene, insuspeitada alegria de con-viver.

ANDRADE, Carlos Drummond de. As impurezas do branco. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978. p. 20-22.

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Página de referência: 16

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) É considerado um dos principais poetas brasileiros do século XX. Nascido em Itabira (MG), Drummond viveu em Belo Horizonte até 1934, ano em que se transferiu para o Rio de Janeiro. Formado em Farmácia, nunca exerceu a profissão, dedicando--se ao jornalismo, ao funcionalismo público e à produção de sua vasta obra literária. Foi poeta,

cronista,

contista.

Entre

suas

principais obras poéticas, figuram Alguma poesia (1930), Sentimento do mundo (1940), José (1942), A rosa do povo (1945), Claro enigma (1951), Lição de coisas (1962), As impurezas do branco (1973) e, entre as obras em prosa, Contos de aprendiz (1951), De notícias & não notícias faz-se a crônica (1974) e Contos plausíveis (1981).

Texto III Amor orbital Não preciso fugir para a Lua numa viagem nupcial na noite sideral.

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Ela brilha como um fruto branco ao alcance de minha mão. “O amor move o sol e ‘l’altre stelle’” em torno de nós dois. Pra que um voo orbital? já os teus olhos são dois satélites azuis em órbita. RICARDO, Cassiano. In: Jeremias Sem-Chorar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968. p. 113.

Cena do filme Viagem ˆ Lua, do diretor francês Georges Méliès. Lançado em 1902, nos primórdios do cinema mudo, é considerado o primeiro filme de ficção científica.

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Página de referência: 17 Cassiano Ricardo (1895-1974) Poeta paulista, participou do movimento modernista iniciado em 1922, com a Semana de Arte Moderna de São

Paulo.

Sua

produção

poética

começou na poesia pré-modernista, depois seguiu algumas tendências de cunho nacionalista do Modernismo. Nas décadas de 1960 e 1970, aderiu ao Concretismo e ao

Praxismo,

vanguardas

época.

Algumas de suas obras: Vamos caçar papagaios (1926), Martim Cererê (1928), Deixa estar, jacaré (1931), Jeremias SemChorar (1964) e Os sobreviventes (1971).

Texto IV

Coleção Berardo. O Chafariz d’El-Rey, c.1570-1580 (óleo sobre tela, 93 cm 3 163 cm).

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Página de referência: 18 Cantiga partindo-se Senhora, partem tão tristes meus olhos por vós, meu bem, que nunca tão tristes vistes outros nenhuns por ninguém. Tão tristes, tão saudosos, tão doentes da partida, tão cansados, tão chorosos, da morte mais desejosos cem mil vezes que da vida. Partem tão tristes os tristes, tão fora d’esperar bem, que nunca tão tristes vistes outros nenhuns por ninguém. BRANCO, João Ruiz de Castelo. In: Garcia de Resende. Antologia do Cancioneiro geral. Sel. Maria Ema Tarracha Ferreira. Lisboa: Ulisseia, 1994. p. 87.

Atividades 1 ---- Qual é o título de texto 1? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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2 ----- Quem é o autor do texto 2?

______________________________________________________________ ______________________________________________________________

3 ---- Onde nasceu Carlos Drummond de Andrade?

(

) Itabira (MG);

(

) Salvador (BA);

4 ---- Escreva sobre o tema retratado no texto 3.

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Página de referência: 22 Efeitos

produzidos

poema

por

recursos

expressivos

Quando você ouviu pela primeira vez os versos dos poemas lidos nas aulas de Leitura, deve ter tido a sensação de não compreender a linguagem dos poetas e se perguntado: “Mas o que eles estão querendo dizer com isso?”. Esse desconcerto é natural, porque, assim como temos de aprender a ler e a entender narrativas, notícias, textos jurídicos, também temos de aprender a ler e a entender os textos poéticos para sermos de alguma forma contagiados pela experiência estética que motivou o poeta a criar sua obra. Uma das razões para essa dificuldade inicial é o fato de

poetas

subverterem

linguagem

cotidiana,

ampliando as possibilidades oferecidas pelos recursos expressivos – chamados de figuras de linguagem – que abarcam vários tipos: os sonoros, os semânticos, os

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gráfico-espaciais, as imagens e sua relação com o texto verbal. E por que os poetas subvertem os esquemas linguísticos? Porque buscam formas inovadoras – e, portanto, distantes da linguagem do dia a dia – de externar seus sentimentos ou o estranhamento diante do mundo e da vida. O convívio com a poesia desenvolve uma percepção muito rica da realidade, favorece a familiaridade com uma linguagem

literária

mais

elaborada

enriquece

sensibilidade para as obras de arte e as coisas da vida. Nestas recursos apresentar

aulas,

você

expressivos a

vai

descobrir

usados

realidade

pelos

alguns poetas

maneira

dos para

inédita

surpreendente.

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Página de referência: 23

Figuras de Linguagem

Figuras

Linguagem,

também chamadas de figuras de

estilo,

são

estilísticos dar

recursos

usados

maior

comunicação

para

ênfase e

torná-la

mais bonita.

Atividades

1 ---- Complete o que são figuras de linguagem:

Estilo

recursos

bonita

Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de _____________________,

são

_________________________

estilísticos usados para dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais ___________________________.

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Página de referência: 24 Elipse A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de forma fácil. Exemplo: Tomara você me entenda. (Tomara que você me entenda.)

Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou) a comer sanduíches entre as refeições..."

2 ---- O que é a Elipse?

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Página de referência: 24 Gradação A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax). Exemplo:

Inicialmente

calma,

depois

apenas

controlada, até o ponto de total nervosismo.

Na tirinha, o personagem foi explicando de forma crescente a ideia.

3 ---- Complete sobre a gradação.

gradação

_______________________

que

__________________________

apresentação progridem

(clímax)

de forma

decrescente

(anticlímax).

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Página de referência: 25

Usamos as reticências para denotar hesitação, interrupção do pensamento.

Reticências:

Exemplo:

“Sei que você fez promessa... mas uma promessa assim... não sei... Creio que, bem pensado... Você acha que, prima Justina?” (Machado de Assis).

4 ----- Na frase Eu… eu não sei… não sei o que podemos fazer agora… justifique o uso das reticências:

(

) a frase demonstra certeza do interlocutor.

(

)

frase

demonstra

hesitação

interlocutor.

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Página de referência: 26

Emprego da letra s (I) Leia este poema, de Elias José: Tem tudo a ver A poesia tem tudo a ver com tua dor e alegrias, com as cores, as formas, os cheiros, os sabores e a música do mundo. A poesia tem tudo a ver com o sorriso da criança, o diálogo dos namorados, as lágrimas diante da morte, os olhos pedindo pão. A poesia tem tudo a ver com a plumagem, o voo e o canto, a veloz acrobacia dos peixes, as cores todas do arco-íris, o ritmo dos rios e cachoeiras, o brilho da lua, do sol e das estrelas, a explosão em verde, em flores e frutos. A poesia — é só abrir os olhos e ver — tem tudo a ver com tudo.

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Página de referência: 27 1---- Identifique no poema palavras que apresentam o som /s/ (“sê”). Escreva abaixo as palavras que você identificou. ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

2---- Em algumas palavras, a letra s possui som /z/ (“zê”). Identifique essas palavras no texto e circule.

Assim, conforme você observou, emprega-se a letra s: • quando a palavra é formada com os sufixos -oso, -osa,

que

indicam

qualidade

abundância,

intensidade: atenciosa cheiroso charmosa furiosa

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Página de referência: 27 • nas formas verbais dos verbos pôr e querer e seus derivados: puser quiser supusermos quisermos

Também se emprega a letra s: • nos sufixos -ês, -esa, que indicam origem, procedência: tailandês tailandesa japonês • no sufixo -ense, que indica origem, naturalidade: amapaense espírito-santense

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Página de referência: 27

Emprego da letra z Leia as seguintes estampas de camisetas.

(Disponível em: www.vandal.com.br/prints/58d34e5e0f86934d4400b1cb e www.vandal.com.br/products/72160-dad. Acesso em: 21/4/2018.)

1----- As estampas fazem referência ao principal vínculo entre pais e filhos. Escreva como você chama a sua mãe e o seu pai? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

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Página de referência: 28

No 7º ano, você viu que a terminação -sinho/-sinha é utilizada em palavras derivadas de outras que contêm a letra -s na sílaba final e que as terminações -inho e zinho são utilizadas nas demais palavras, dependendo da sonoridade da sílaba final (o que também pode ter relação com a variedade linguística usada pelo falante). Veja outros casos do emprego da letra z: • em substantivos abstratos derivados de adjetivos que não contêm a letra s na sílaba final + ez ou eza:

Certo + eza ------------- certeza fraco + eza ------------- fraqueza pálido + eza ------------- palidez

•em verbos derivados de palavras que não contêm a letra -s na sílaba final + izar:

frágil + izar ------------- fragilizar civil + izar ------------- civilizar

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Atividades

1----- Veja estes exemplos de derivação de palavras e associe: leve ----------- leveza tímido ------------- timidez cru

escassez

escasso

crueza

macio

baixeza

baixo

maciez

avaro

moleza

mole

avareza

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Página de referência: 30

O que é a poesia?

Desde as primeiras aulas deste Caderno, você vem lendo

analisando

poemas.

Nestas,

procuraremos

respostas para uma questão que intriga até mesmo os poetas: O que é a poesia?

Imagem em 3D de elefante em um galho de árvore seca.

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Página de referência: 30

Texto I Leia o texto e acompanhe as ideias do poeta Ulisses Tavares sobre o que é e para que serve a poesia. Papo de poeta [...] O que é poeta? O que é poesia? Para que serve a poesia? E só agora [...] posso responder em definitivo [...]: Eu não sei o que é poeta. Eu não sei o que é poesia. E também não sei para que serve a poesia. Quando eu era menino [...] tinha coragem de mostrar os versos para a namoradinha, mas para os amigos não: no interior onde eu morava, cidade de operários e agricultores, poesia não era coisa de macho. [...] Agora, literalmente, poeta é todo aquele que faz poesia e ponto final. [...]

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... o que é poesia? Em minhas primeiras loucuras escritas [...] Não me preocupava com a clareza, com quase nada. Se as palavras me pareciam bonitas, eu colocava lá e pronto. Depois complicou tudo, porque poesia e amor são assim uma espécie de vício. Quanto mais você experimenta, mais você quer. E mais exigente você fica. O mais fantástico da poesia, o seu charme, é que ela pode ser tudo. E pode ser de todas as formas. Por exemplo: há mil anos que se fazem poemas de amor. No entanto, cada poeta faz poesia de amor de um jeito. A poesia tem a capacidade de cantar o mesmo sentimento de forma sempre diferente. [...] Agora, devagar com o ardor que o santo da poesia é de barro. [...] O compromisso com a beleza, com a originalidade é inevitável, e isso não se resolve só com palavras bonitinhas. [...] Quanto a “para que serve a poesia” [...] Poesia serve tanto para protestar contra a guerra como para enaltecer o espírito de luta. [...]

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E, afinal de contas, até que é bom que a poesia não sirva para nada. Igual às flores, que você pode até plantar em canteiros e achar lindo, mas que não nasceram para canteiros. [...] TAVARES, Ulisses. Viva a poesia viva. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 3-6.

Ulisses Tavares (1950-) Escreveu seu primeiro livro aos 9 anos e hoje tem mais de 112 obras publicadas. Além de livros, é também autor de HQ, compositor e roteirista de televisão e cinema. E um ativo ecologista e defensor dos animais. Dentre suas obras infantojuvenis estão: Viva a poesia viva!, Caindo na real, Diário de uma paixão, Só não venha de calça branca, Aos poucos fico louco e Sete casos do detetive Xulé.

Texto II Leia o poema de Elias José.

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Página de referência: 31 Tem tudo a ver A poesia tem tudo a ver com tua dor e alegrias, com as cores, as formas, os cheiros, os sabores e a música do mundo. A poesia tem tudo a ver com o sorriso da criança, o diálogo dos namorados, as lágrimas diante da morte, os olhos pedindo pão. A poesia tem tudo a ver com a plumagem, o voo e o canto, a veloz acrobacia dos peixes, as cores todas do arco-íris, o ritmo dos rios e cachoeiras, o brilho da lua, do sol e das estrelas, a explosão em verde, em flores e frutos.

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A poesia – é só abrir os olhos e ver – tem tudo a ver com tudo. JOSÉ, Elias. Tem tudo a ver. Disponível em: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/elias_jose.html. Acesso em: 18 mar. 2021.

Elias José (1936-2008) Romancista e poeta, é autor de cerca de cem livros, alguns dos quais publicados em vários países. Escreveu, entre outros: O fantasma no porão; Primeiras lições de amor; A cidade que perdeu o seu mar; Mundo criado, trabalho dobrado; Deu doideira na cidade; O mundo todo revirado e As histórias e os lugares.

Atividades

1 ---- Quem é o autor do texto 1? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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2 ---- Ulisses Tavares tem quantas obras publicadas?

(

) tem mais de 112 obras publicadas.

(

) tem mais de 50 obras publicadas.

3 ---- Qual é o título do texto 2?

______________________________________________________________ ______________________________________________________________

4 --- Quem é este da imagem abaixo?

______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 33 Comparação Chamada de comparação explícita, ao contrário da metáfora, neste caso são utilizados conectivos de comparação (como, assim, tal qual). Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas.

Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o amor é como o motor do carro"

• Escreva uma frase que haja a figura de linguagem: comparação.

______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 33 Metáfora A

metáfora

representa

uma

comparação

palavras com significados diferentes e cujo termo comparativo fica subentendido na frase. Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como uma nuvem que voa.)

Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável"

• O que é uma metáfora?

______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 36

Leia silenciosamente a crônica de Mario Quintana.

Pausa

1 Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura de coisas feitas, ou na feitura de minhas próprias coisas, surpreendo-me a indagar com que se parecem os óculos sobre a mesa. 2 Com algum inseto de grandes olhos e negras e

longas

pernas

antenas? 3 Com algum ciclista tombado?

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4 Não, nada disso me contenta ainda. Com que se parecem mesmo? E sinto que, enquanto eu não puder captar

sua

implícita

imagem-poema,

inquietação

perdurará. 5 E, enquanto o meu Sancho Pança, cheio de si e de senso comum, declara ao meu Dom Quixote que uns óculos sobre a mesa, além de parecerem apenas uns óculos sobre a mesa, são, de fato, um par de óculos sobre a mesa, fico a pensar qual dos dois – Dom Quixote ou Sancho? – vive uma vida mais intensa e portanto mais verdadeira... 6 E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação das coisas em imagens, para terem mais vida, e da vida em poesia, para ser mais vivida. 7 Esse enigma, eu o passo a ti, pobre leitor. 8 E agora? 9 Por enquanto, ante a atual insolubilidade da coisa, só me resta citar o terrível dilema de Stechetti: 10 “Io sonno un poeta o sonno un imbecile?” 11 Alternativa, aliás, extensiva ao leitor de poesia...

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12 A verdade é que a minha atroz função não é resolver e sim propor enigmas, fazer o leitor pensar e não pensar por ele. 13 E daí? 14 – Mas o melhor – pondera-me, com a sua voz pausada, o meu Sancho Pança –, o melhor é repor depressa os óculos no nariz.

QUINTANA, Mario. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 147-148.

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Página de referência: 36

Qual assunto é retratado no texto acima?

Personificação A personificação ou prosopopeia é a atribuição de qualidades

sentimentos

humanos

aos

seres

irracionais. Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

A personificação é expressa na última parte do quadrinho onde o Zé Lelé afirma que o espelho está olhando ele. Assim, utilizou-se uma caraterística dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho).

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Página de referência: 36 Metonímia A metonímia é a transposição de significados considerando parte pelo todo, autor pela obra. Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)

Uso da metonímia que substitui o vocábulo boi por "cabeças de gado"

Hipérbole A hipérbole corresponde ao exagero intencional na expressão. Exemplo: Quase morri de estudar.

A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole

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Atividades

1 ---- Complete:

Personificação A personificação ou prosopopeia é a atribuição de __________________________ e _____________________________ humanos aos seres irracionais.

2 ----- O que é a metonímia?

3 ----- A hipérbole corresponde ao quê?

(

) Suavizar o discurso.

(

) ao exagero intencional na expressão.

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Página de referência: 46 Sujeito e verbo na oração

O substantivo e o verbo podem formar frases sem estarem acompanhados de outras palavras. Por isso, dizemos que eles são os eixos da frase.

Veja este exemplo, em que o substantivo é o sujeito da oração:

Bailarinos dançam. substantivo

verbo

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Página de referência: 47 Os modificadores do sujeito

No campo da sintaxe, as classes de palavras que podem funcionar como modificadoras do sujeito (cujo núcleo é um substantivo ou palavra com esse valor) são chamadas de adjuntos adnominais, justamente por virem junto (adjuntos) de um “nome” (adnominais).

Você já estudou Sintagma é o conjunto composto de um núcleo (nome ou verbo) e de outros termos que a ele se ligam, de modo a formar

uma

unidade

significativa

(um

bloco

com

significado próprio) que fará parte da oração. Por exemplo:

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Página de referência: 47 A chuva forte caiu de repente. sintagma nominal

sintagma verbal

O sintagma nominal é assim chamado porque o substantivo também é conhecido como nome. As outras palavras que acompanham o núcleo nominal são chamadas de modificadores (ou determinantes) do nome.

As classes de palavras que podem ser adjuntos adnominais e, portanto, fazer parte de sintagmas nominais são:

•

Adjetivos

locuções

adjetivas:

atribuem

qualidade, propriedade ou estados próprios dos seres. Os adjetivos concordam em gênero e número com os substantivos que modificam. adjetivo

Pessoas inteligentes encantam. sujeito

sujeito

Crianças sem educação irritam. locução adjetiva

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Página de referência: 48 • Artigos: concordam em gênero e número com o substantivo que modificam e diferenciam entre algo que é conhecido no contexto (artigo definido) e algo que é apresentado pela primeira vez (artigo indefinido).

artigo

Os visitantes chegaram. sujeito

O uso do artigo definido os indica que o interlocutor consegue identificar quais visitantes são esses, por já terem sido citados no contexto. Observe a diferença que o artigo indefinido provoca neste enunciado:

artigo

Um visitante chegou. sujeito

Agora, o interlocutor entende que algum visitante chegou, mas não é possível identificá-lo no contexto porque não foi citado antes.

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Página de referência: 48

• Numerais: quantificam os seres e a posição que ocupam numa sequência. Numeral

Quatro cachorrinhos nasceram. sujeito

•

Pronomes

adjetivos:

pronomes

possessivos,

demonstrativos e indefinidos que, como os adjetivos, modificam os substantivos, concordando com eles em pessoa, número e gênero.

Pronome possessivo

Minhas irmãs viajaram. sujeito

Pronome indefinido

Poucos animais fugiram. sujeito

Pronome demonstrativo

Aquelas crianças brincavam. sujeito

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Atividades 1 ---- No campo da sintaxe, as classes de palavras que podem funcionar como modificadoras do sujeito (cujo núcleo é um substantivo ou palavra com esse valor) são chamadas de:

(

) adjuntos adnominais;

(

) Sujeito;

2 ----- O que é o sintagma? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

3 ---- O sintagma nominal é assim chamado por quê? (

) porque o substantivo também é conhecido como

nome. (

) porque o substantivo também é conhecido como

número.

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Página de referência: 49 Os modificadores do verbo

advérbios

expressões

adverbiais

são

modificadores verbais e agrupam-se de acordo com o tipo de informação (também chamada de circunstância nos livros de gramática) que acrescentam ao verbo. Na sintaxe, são chamados de adjuntos adverbiais, por virem junto dos verbos.

Veja alguns exemplos:

• de lugar. Respondem à pergunta onde? O livro está em cima da mesa.

• de tempo. Respondem às perguntas (desde ou até) quando? Durante quanto tempo? O Natal é comemorado no dia 25 de dezembro.

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Página de referência: 49

• de modo. Respondem à pergunta como? A noite caiu rapidamente.

• de intensidade. Respondem às perguntas em que medida, quanto? Os automóveis modernos correm muito.

• de companhia. Respondem à pergunta com quem? Maria saiu com o namorado.

• de instrumento. Respondem à pergunta com quê? Os alunos escreviam com caneta esferográfica.

• de causa. Respondem à pergunta por quê? Os imigrantes choravam de saudades da sua terra.

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Atividades 1 ---- Acrescente ao sujeito um modificador que torne o sentido do enunciado compatível com a lógica.

a. Flores nunca morrem. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

b. Homens não usam pente. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

c. Boca não fala. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

d. Dente não caria. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 51

Ao formular um texto, o enunciador escolhe os modificadores do sujeito e do verbo de acordo com o efeito que pretende causar no interlocutor. Os poetas, particularmente, selecionam as palavras com especial cuidado para exprimir, em seus textos, profundos anseios, inquietudes e despertar emoções no leitor/ouvinte. Encontre os modificadores dos sujeitos e dos verbos em destaque nos versos a seguir e comente o efeito de sentido que eles produzem.

a. O homem, bicho da Terra tão pequeno chateia-se na Terra lugar

muita

miséria

pouca diversão, b. Claro – diz o engenho sofisticado e dócil. Vamos a Vênus. c. Ao acabarem todos

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só resta ao homem (estará equipado?) a dificílima dangerosíssima viagem de si a si mesmo: Trechos extraídos de: ANDRADE, Carlos Drummond de. As impurezas do branco. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978. p. 20-22.

Vírgula entre o sujeito e seu verbo?

A vírgula assinala, no interior da oração, uma pausa inconclusa, isto é, uma pausa que, diferentemente do ponto-final, indica a continuidade do pensamento. Por isso, em uma oração formada por sujeito e verbo, sem que haja entre eles um termo ou uma oração, não ocorre pausa e, portanto, não se pode usar a vírgula.

verbo

Seu olhar devassa o nevoeiro. sujeito

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Página de referência: 51 Se, no entanto, um termo ou oração colocados entre o sujeito e o verbo puderem ser subtraídos, essa intercalação precisa ser marcada por dupla vírgula:

Seu olhar,

fixo no horizonte,

sujeito

intercalação

devassa o nevoeiro. verbo

Atividades

---- Reescreva as orações, incluindo entre o sujeito e o verbo um elemento que funcione como modificador e que possa ser subtraído:

a. Os óculos desapareceram. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

b. As vacas ruminam devagar. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 52

Na grafia das palavras, o emprego de algumas consoantes costuma gerar dúvidas. É o caso da letra x, que pode representar vários sons. Veja:

Exemplos

Som

texto

/s/

extinto lixo

/ch/

puxar próximo

/s/

auxílio exercício

/z/

exame fixo

/cs/

anexo

Há também o caso em que o x não tem valor fonético quando precede o s, formando um dígrafo com o som de /s/, posicionando-se entre as vogais e e u, como acontece em exsudar (sair em forma de suor), exsurgir (levantar-se, erguer-se).

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Página de referência: 53

Uma dica para grafar corretamente palavras com x representando um dos quatro sons citados ou nenhum som é lembrar que as palavras derivadas de outras quase sempre mantêm a grafia do radical de origem: • próximo, aproximar, proximidade, aproximação. • exame, examinar, reexaminar, examinador. • excitar, excitante, excitação, excitável.

Considere estas palavras, de uso bastante corrente: exemplo, excesso, exagero, existir, exigir, complexo, excêntrico, exaltar, êxito. --- Complete as palavras, que fazem parte da família das listadas acima:

a) --- e___istência b) --- e___entricidade c) --- ine___istente d) --- e___emplar e) --- e___igência

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f) --- e___essivamente g) --- e___altado h) --- e___itoso

i) --- e___edente j) --- e___agerar k) --- comple___idade

l) --- e___essivo m) --- e___igente n) --- e___emplificar

o) --- coe___istir p) --- e___agerado

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Página de referência: 56

Produzir poemas

Se os pintores recorrem aos traços e às cores de forma particular para mostrar a realidade tal como eles a veem; se os fotógrafos lutam para captar luzes, cores diferenciadas e o melhor ângulo; os poetas recorrem às palavras para comunicar o que desejam.

Carlos Drummond de Andrade

Manoel de Barros

Orides Fonseca Cecília Meireles

Mario Quintana Paulo Leminski

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Página de referência: 57

Estas imagens reproduzem pinturas de artistas muito conceituados: o russo Wassily Kandinsky e a brasileira Tarsila do Amaral.

Observe-as com atenção e leia o título de cada uma. Para compreendê-las melhor, responda às questões a seguir.

Imagem I

Azul do céu, de Wassily Kandinsky, 1940 (óleo sobre tela, 100 cm × 73 cm).

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Página de referência: 58

Imagem II

Segunda classe, de Tarsila do Amaral, 1933 (óleo sobre tela, 110 cm × 151 cm).

• Descreva o que você ver na imagem acima. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 58

Produzir um poema não é uma tarefa simples. É preciso

deixar-se

levar

pela

imaginação

pela

sensibilidade e mostrar aspectos da realidade – objetos, pessoas, paisagens, fatos, sentimentos, etc. – de que muitas vezes não nos damos conta em nosso dia a dia. Escreva

poema

lírico, ou seja, um poema que revele

sentimentos,

emoções, vivências de um eu (que pode ser seu ou não).

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______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Um sarau para chamar de seu: confira oito eventos para curtir em Porto Alegre Encontros com leituras de livros, bate-papos e atividades musicais tornaram-se atração constante na Capital, com várias vertentes e estilos Ler trechos de livros, ouvir e tocar peças musicais, discutir ideias ou qualquer outra proposta para reunir as pessoas. Desde o século 19, os saraus atraem interessados em compartilhar temas gerais em um horário marcado entre o fim do dia e o início da noite. Em Porto Alegre, exemplos mais tradicionais, como o Sarau Elétrico [...], acabaram inspirando outros e criando uma cultura que ajudou esse tipo de encontro a se prolongar por bares e espaços culturais. Hoje, os saraus são boas opções de programas para a vida noturna da Capital. Conheça alguns em atividade. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br 74

Ação literária na periferia de São Paulo faz 15 anos e amplia público Saraus, festivais e slams são exemplos de atividades de incentivo à leitura organizadas na zona sul Iara Biderman. A garagem da casa de Suzi Soares e Robinson Padial, o Binho, tornou-se um centro cultural no bairro de Campo Limpo e polo literário da zona sul de São Paulo. Ali, são realizados saraus poéticos, clube de leitores, conversas com escritores. É também o quartel-general da Felizs (Feira Literária da Zona Sul), realizada há quatro anos pelo Sarau do Binho. BIDERMAN, Iara. Folha de S.Paulo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2019/09/acao-literaria-na-periferia-de-sao-paulo-faz-15anos-e-amplia-publico.shtml. Acesso em: 21 mar. 2021.

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Página de referência: 64

Apresentação do sarau

Há algumas semanas, você vem preparando esta atividade com seu grupo de trabalho. Agora é o momento de apresentar os poemas, ou, na expressão usada nos eventos culturais de poesia, “colocá-los na roda”. O sucesso do grupo depende do desempenho de cada membro, tanto no papel de leitor como nas funções auxiliares. Procure, então, fazer a sua parte com dedicação e criatividade, seguindo as decisões tomadas durante a elaboração da atividade e oferecendo ao público a melhor representação conseguida nos ensaios. O grupo deve seguir as regras combinadas com o professor, sobretudo aquelas relacionadas ao tempo, evitando atrasos, e à atenção que se deve dar às apresentações dos colegas.

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Página de referência: 67

Complementos verbais

Já vimos, em outras aulas, que o verbo faz parte de uma classe de palavras fundamental para a organização da oração. É o verbo que indica, por meio da concordância, o sujeito de uma sentença. E também é o elemento que pode exigir

recusar

complementos,

dependendo

contexto. Por exemplo:

As crianças leem muito. Nesse enunciado, o verbo ler dispensa complemento, porque significa “o ato de ler”.

As crianças leem muitos livros. Agora, o verbo ler aparece seguido do complemento objeto direto muitos livros, porque a intenção é indicar o que as crianças leem. Ao analisar a presença ou ausência de complementos dos verbos, estamos nos referindo à transitividade verbal.

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Página de referência: 67 Você já estudou A transitividade é a característica dos verbos que necessitam de um ou mais complementos para formar uma frase de sentido completo. Em relação à exigência ou não de complementos, determinada pelo contexto do enunciado, os verbos podem ser: Intransitivos: são empregados sem complemento, podendo ser modificados por adjunto adverbial.

O livro desapareceu. O livro desapareceu no meio das caixas.

Transitivos: são seguidos de um complemento que conclui seu sentido. Nas frases com verbo transitivo, diferentemente daquelas com verbo intransitivo, a ação do verbo estende-se a outro termo, que pode ser um objeto direto ou um objeto indireto.

• O objeto direto completa o sentido do verbo sem a presença de preposição necessária. Nesse caso, o verbo é transitivo direto: O gato derrubou o vaso. Objeto direto

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Página de referência: 68 • O objeto indireto completa o sentido do verbo com o auxílio de preposição necessária. Nesse caso, o verbo é transitivo indireto: preposição

O filme

agradou

aos convidados. Objeto indireto

O objeto direto

Para identificar o objeto direto, é preciso levar em conta estas noções:

1. O objeto direto pode ser substituído pelos pronomes oblíquos átonos o(s), a(s), que indicam o gênero e o número do substantivo objeto direto.

Eu comprei as frutas. Objeto direto

Eu as comprei. Objeto direto

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Página de referência: 68 2. O objeto direto responde às perguntas quem? (geralmente quando se trata de pessoa) e quê? ou o quê? (quando se trata de coisa), feitas depois da sequência sujeito + verbo.

Os fãs abraçaram a cantora. Sujeito + verbo

Os fãs abraçaram quem? Se “a cantora” é a resposta, então esse termo é o objeto direto.

Eu comprei as frutas. Sujeito + verbo

Eu comprei o quê? Se “as frutas” é a resposta, então esse termo é o objeto direto.

Características do objeto direto • É um substantivo, ou palavra com esse valor, afetado pela ação praticada pelo sujeito.

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• Completa o sentido de um verbo transitivo. • Não se liga ao verbo por meio de preposição necessária.

Atividades

----

analisar

presença

ausência

complementos dos verbos, estamos nos referindo à: (

) transitividade verbal.

(

) intransitividade verbal.

2 ---- O que são verbos intransitivos? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

3 ---- O que são verbos intransitivos? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Página de referência: 69

O objeto indireto

Observe este exemplo:

O professor propôs um enigma ao aluno.

O termo ao aluno é um complemento que se liga ao verbo com o auxílio da preposição a e indica o ser ao qual se destina a ação de “propor um enigma”. Exerce então a função de objeto indireto. A oração citada terá o mesmo sentido se for escrita assim: O professor propôs-lhe um enigma.

Neste caso, o objeto indireto foi substituído pelo pronome lhe, ou seja, “propôs a ele”. Mas, em grande parte dos casos, o objeto indireto pode ser substituído por preposição seguida de pronome oblíquo tônico (mim, ti, si, ele(s), ela(s), nós, vós):

Contei a ele toda a história.

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Página de referência: 69

Características do objeto indireto

• Refere-se a um ser em favor do qual se faz uma ação. • Completa o sentido de um verbo transitivo. • Liga-se ao verbo por meio de preposição necessária. • Em alguns casos, é substituível por lhe(s); e, em muitos, pela preposição seguida de pronome oblíquo tônico (mim, ti, si, ele(s), ela(s), nós, vós). • Pode ser representado por substantivo ou palavra com esse valor.

Grife os objetos diretos e contorne os objetos indiretos nos enunciados a seguir.

a. Maria enviou várias mensagens eletrônicas a João.

b. Os alunos doaram livros usados para crianças carentes.

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c. O professor fez perguntas sobre Gramática aos seus alunos.

d. O visitante dirigiu um olhar curioso ao dono da casa.

e. A você desejo paz e felicidade.

f. A secretaria encaminhou ao chefe todas as cartas comerciais.

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Página de referência: 71 Regência Verbal

• Os termos, quando exigem a presença de outro, chamam-se regentes ou subordinantes;

• Os que completam a significação dos anteriores chamam-se regidos ou subordinados.

Regência nominal • Quando o termo regente é um nome

Regência verbal • Quando o termo regente é um verbo.

(substantivo, adjetivo ou advérbio).

• O termo regido pode

• .

ser ou não

• O termo regido é

preposicionado.

obrigatoriamente preposicionado.

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Assistir – No sentido de ver, presenciar, é transitivo indireto e rege a preposição a.

“Algumas famílias, de longe, na calçada, assistiam ao espetáculo.” (Aníbal Machado) – No sentido de prestar assistência, ajudar, é transitivo direto e também indireto.

“O médico assiste os doentes.” “O médico assiste aos doentes.” – No sentido de caber, pertencer, é transitivo indireto.

“Não lhe assiste o direito de oprimir os fracos.” – No sentido de morar, é intransitivo e rege a preposição em.

“Felizmente um ano depois volta ele ao sul e até 72 assiste em Avignon.” (Manuel Bandeira)

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Casar – intransitivo:

“Quando ela casara, estava na Europa.” (Machado de Assis) – transitivo indireto:

“Então o Muniz é uma pessoa digna de casar com a mana?” – transitivo direto:

“Titia não a quer casar antes dos vinte anos.” (Machado de Assis) – transitivo direto e indireto:

“Quatro velas de cera alumiavam-no lugubremente, casando os seus clarões aos últimos clarões do dia.” (Júlio Ribeiro)

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Atividades

1 – Assinale a alternativa correta.

Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). (

) regência verbal

(

) regência nominal

Quando o termo regente é um verbo. (

) regência verbal

(

) regência nominal

2 – Sublinhe a regência nas frases.

“Algumas famílias, de longe, na calçada, assistiam ao espetáculo.”

“O médico assiste os doentes.”

“Quando ela casara, estava na Europa.”

“Titia não a quer casar antes dos vinte anos.”

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Chamar Pode ser: – transitivo direto:

“Marcela chamou um moleque... e mandou-o a uma loja na vizinhança.” (Machado de Assis) – transitivo indireto:

“Gurgel tornou à sala e disse a Capitu que a filha chamava por ela.” (Machado de Assis) –

transitivo

seguido

predicativo

objeto,

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admitindo quatro regências diferentes:

“Chamei-o covarde.” “Chamei-o de covarde.” “Chamei-lhe covarde.” “Chamei-lhe de covarde.”

Chegar, ir, dirigir-se – São verbos, normalmente, intransitivos regendo a preposição a quando indicam lugar.

“Cheguei a casa cedo.” “Dirigi-me ao banco.” “Fui ao colégio.” Esquecer e Esquecer-se Pode ser: – transitivo direto:

“Esqueci o nome dela.” – transitivo indireto:

“Esqueci-me do nome dela.” – transitivo indireto na 3.a pessoa, do singular ou plural, concordando com o sujeito, que no caso é o que foi esquecido.

“Esqueceu-me o nome dela.”

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Lembrar e Lembrar-se Segue a mesma regência do verbo esquecer.

“Lembrei o nome dela.” “Lembrei-me do nome dela.” “Lembrou-me o nome dela.” Informar, avisar e certificar São transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções: – O referente, a pessoa, funciona como objeto direto, e o referente, a coisa, funciona como objeto indireto (rege as preposições de, sobre):

“Informaram o aluno da (sobre) sua aprovação.” – O referente, a coisa, funciona como objeto direto, e o referente, a pessoa, funciona como objeto indireto (rege a preposição a):

“Informaram a aprovação ao aluno.”

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Atividades

1 – Sublinhe a regência nas frases.

“Marcela chamou um moleque... e mandou-o a uma loja na vizinhança.”

“Chamei-o covarde.”

“Chamei-lhe covarde.”

“Cheguei a casa cedo.”

“Esqueci o nome dela.”

“Esqueceu-me o nome dela.”

“Lembrei-me do nome dela.”

“Informaram o aluno da (sobre) sua aprovação.”

“Informaram a aprovação ao aluno.”

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Namorar É transitivo direto e não rege preposição com:

“— João namorou sua vizinha muito tempo?” “— Sim, ele a namorou durante quatro anos?” Obedecer É transitivo indireto, regendo a preposição a:

“Desculpa, Tomásia, que eu devo obedecer ao meu amigo.” Desobedecer Antônimo de obedecer, também é transitivo indireto:

“... ele não podia mais desobedecer às vontades de Deus.” Pagar, perdoar e agradecer Podem ser: – transitivos diretos (quando o objeto for coisa):

“Já paguei as contas.” – transitivos indiretos (quando o objeto for pessoa):

“Já paguei aos meus credores.” – transitivos diretos e indiretos (quando se referem a coisas e pessoas ao mesmo tempo):

“Já paguei as contas aos meus credores.”

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Preferir É transitivo direto e indireto.

“Prefere ser escravo a combater.” Prevenir – No sentido de evitar (dano, mal), é transitivo direto.

“A prudência previne as desgraças.” – No sentido de avisar com antecedência, é transitivo direto e indireto.

“Vou prevenir minha irmã de que Teresa de Jesus irá para casa.” (Camilo) Proceder – No sentido de ter fundamento, portar-se, conduzirse, é intransitivo.

“Esse comportamento não procede.” “Procedia honestamente a filha do alcaide!” – No sentido de originar-se, é transitivo indireto.

“A língua portuguesa procede do latim.” – No sentido de realizar, dar início a, é transitivo indireto.

“Mandou proceder ao recolhimento dos títulos.” (Rui Barbosa)

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Simpatizar – É verbo transitivo indireto regendo a preposição com:

“Simpatizo muito com suas ideias.” Antipatizar – Segue a regência de simpatizar.

“Quando fomos apresentados, não antipatizei com ele.” (Olavo Bilac) Visar – No sentido de dirigir a pontaria, apontar arma de fogo, é transitivo direto.

“Visei o alvo.” – No sentido de vistar, é transitivo direto.

“As autoridades visaram o passaporte.” – No sentido de pretender, objetivar, é transitivo indireto, regendo preposição a.

“Nela visei, acima de tudo, ao bem da comunidade.”

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Atividades

1 – Sublinhe a regência nas frases. “— João namorou sua vizinha muito tempo?” “— Sim, ele a namorou durante quatro anos?” “Desculpa, Tomásia, que eu devo obedecer ao meu amigo.” “... ele não podia mais desobedecer às vontades de Deus.” “Já paguei aos meus credores.” “Prefere ser escravo a combater.” “A língua portuguesa procede do latim.” “Simpatizo muito com suas ideias.” “Quando fomos apresentados, não antipatizei com ele.” “Nela visei, acima de tudo, ao bem da comunidade.”

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2 – Selecione a regência incorreta. a) Cheguei em Curitiba atrasado para a reunião. b) Assisti ao filme várias vezes. 3 – Observe a tirinha.

Onde está o humor da tirinha? ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

4 – Qual frase está com a regência correta?

(

) Avisei-o da mudança dos horários.

(

) Informaram a todos nós de que houve violação

dos direitos humanos.

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Página de referência: 82

Relatos da vida cotidiana: o diário pessoal

Nas últimas aulas de Produção de textos (Módulo 6, página 55), você produziu um poema lírico, ou seja, um poema em que um “eu” (real ou não) expressava suas vivências e seus sentimentos. Outro gênero textual em que um “eu” expressa suas vivências é o diário pessoal – um “interlocutor” a quem se pode contar segredos que não se quer revelar a mais ninguém.

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Página de referência: 82 Veja as características desse gênero textual estão descritas a seguir: • É composto de vários textos, escritos no dia a dia e ordenados cronologicamente. • Na maioria das vezes é tratado como se fosse uma pessoa real, ou seja, é personificado: Vou levar você comigo, meu querido Diário. • Também por isso, é frequente a interlocução (“conversa”) do autor com o texto, como se ele fosse um amigo: Trouxe você comigo, mas não escrevi nada. Você não está bravo, está? • Os textos não têm uma estrutura rígida; mas geralmente apresentam: • vocativo – forma de cumprimento, de saudação ao próprio diário: Meu querido diário... • data – parte importante do gênero, pois permite que, muito tempo depois, se saiba exatamente quando se fez ou se vivenciou algo; • desenvolvimento – registro das informações.

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102

Página de referência: 83

Observe as capas de livros reproduzidas a seguir e leia as sinopses que as acompanham. Atente para a época em que as obras foram produzidas, a autoria e a finalidade de cada uma. Sinopse Nessa obra, escrita por Jeff Kinney, o garoto Greg Heffley, aluno

Ensino

Fundamental,

conta as desventuras de sua vida escolar e como se envolveu em situações pouco

difíceis

busca

popularidade

um de

proteção). Sinopse Anne

Frank

escreveu

seu

diário

enquanto se escondia dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Nele se revelam seus sentimentos (do medo aterrorizante às pequenas alegrias) até que ela e sua família foram descobertas e deportadas para os campos de concentração de Auschwitz.

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103

Página de referência: 84 Sinopse Neste primeiro livro da série “Querido Diário Otário”, escrito por Jim Benton, a garota Jamie Kelly consegue, por meio de estratégias mirabolantes, saber segredos de sua maior inimiga, Angelina. Mas isso lhe trará grandes problemas.

• Escreva os Títulos dos tipos de diários acima: Diário 1: _________________________________________________ ___________________________________________________________

Diário 2: _________________________________________________ ___________________________________________________________

Diário 3: _________________________________________________ ___________________________________________________________

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104

Página de referência: 85

Proposta Procure se lembrar do que fez num dos últimos 15 dias. Você escreverá uma página de diário pessoal relatando as experiências e os sentimentos que vivenciou. Planejamento • Defina o dia que será objeto da página de diário a ser criada. Não é necessário que nele tenha ocorrido qualquer experiência pessoal excepcional. Mas você poderá

relatar

como

fatos

(importantes

não)

ocorridos naquele dia repercutiram em sua vida ou em seus sentimentos. • Lembre-se de como foi esse dia e anote o que viveu ou presenciou.

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107

Página de referência: 97 Estrutura de um jornal: distribuição e ordenação das matérias jornalísticas Ao abrir um jornal, o leitor encontra um grande volume e uma grande variedade de informações. Para localizar rapidamente os assuntos de seu interesse e para avaliar a relevância dos conteúdos, ele precisa saber como as matérias estão organizadas e distribuídas nessa publicação. Os jornais são redigidos, diagramados e paginados com o objetivo de facilitar a leitura. Os padrões de organização pouco diferem de um jornal para outro. Veja, em diagramas, a estrutura geral mais comum dos grandes jornais. Primeira página

Segunda e/ou terceira página

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Página de referência: 97 Páginas internas

Pequeno vocabulário de jornalismo

• Artigo: texto jornalístico de interpretação ou de opinião, geralmente assinado pelo autor.

• Boxe: espaço delimitado, junto a uma matéria, com informações adicionais.

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Página de referência: 98 • Cabeçalho: linha no topo de cada página que contém as seguintes informações: título, seção, caderno, cidade, data da edição, número da página, etc. O cabeçalho da primeira página contém o logotipo do jornal; cadernos e suplementos podem apresentar seus próprios logotipos.

• Caderno: cada conjunto de páginas dobradas (sem grampeamento)

que

forma

exemplar

jornal

(geralmente contém matérias de uma seção ou de uma editoria).

• Chamada: texto curto, publicado na primeira página, que apresenta a notícia ao leitor e o remete para o conteúdo integral, em página interna. Merecem chamada as notícias que são consideradas as mais importantes da edição.

• Chapéu: palavra sublinhada, colocada acima e à esquerda do título para indicar o assunto da matéria.

• Coluna: como estrutura da diagramação, divisão vertical da página; como gênero jornalístico, seção fixa, publicada com regularidade, de caráter editorial ou assinada pelo jornalista (colunista).

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Página de referência: 98 • Editorial: texto em que se exprime a opinião do jornal sobre determinado assunto.

• Entrevista: diálogo entre jornalista e pessoa envolvida em acontecimento noticiado, especialista em assuntos abordados, personalidade, etc. Uma entrevista pode ser publicada integralmente, em discurso direto (texto em forma de diálogo), ou redigida pelo jornalista em discurso indireto.

•

Intertítulo

(ou

entretítulo):

pequeno

título

inserido dentro do texto.

• Legenda: texto explicativo que acompanha uma imagem.

• Manchete: título da matéria principal da edição. Vem destacada, com letras maiores, no alto da página.

• Matéria: nome genérico dado a qualquer texto jornalístico (notícia, reportagem, entrevista, etc.).

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Página de referência: 98 • Notícia: relato de fato ou de acontecimento recente.

• Olho: pequeno boxe ou janela, que destaca um trecho do texto.

•

Reportagem:

como

atividade,

busca

informações sobre determinado assunto, realizada pelo jornalista (repórter); como gênero textual, é o relato dos acontecimentos apurados. A reportagem é mais ampla que a notícia, incluindo depoimentos, opiniões, análises, etc.

• Repórter: jornalista que apura e redige informações (notícias e reportagens).

• Seção: parte da publicação organizada segundo um tema (ex.: política, saúde, esportes, etc.).

• Subtítulo: complemento ao título com detalhes importantes da matéria.

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Página de referência: 98 • Suplementos: cadernos que tratam de assuntos específicos; circulam com determinadas edições do jornal.

•

Título:

síntese

precisa

informação

mais

importante do texto; deve despertar o interesse do leitor para o tema de que trata e destacar o particular em detrimento do geral.

FOLHA de S.Paulo. Manual de redação. São Paulo: Publifolha, 2001, 2018; LAGE, Nilson. Linguagem jornalística. 6. ed. São Paulo: Ática, 2007.

Saiba mais História do jornal A palavra jornal, em seu sentido etimológico, significa “publicação diária”. Portanto, deveríamos usar outros nomes

para

hebdomadário), Entretanto, palavras,

periódicos:

quinzenário,

como

ela

significados.

demais

ocorre

adquiriu Hoje

semanário

mensário,

frequentemente longo

chamamos

anuário. com

tempo

jornal

(ou as

novos

qualquer

publicação periódica em cadernos de folhas soltas, seja ela diária ou não.

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O jornal impresso é uma das maiores conquistas da comunicação do mundo moderno. Suas origens remontam à Itália do final do século XVI. Naquele tempo, as publicações noticiosas não eram diárias e geralmente se chamavam gazetas, palavra que integra o nome de muitos periódicos ainda hoje. Só no século XVIII surgiram as primeiras publicações diárias com as características que se conservam até hoje e o nome “jornal”. Um dos jornais mais antigos do mundo é o The Times, fundado em Londres em 1785 e em plena atividade até hoje. O jornal no Brasil Até o início do século XIX, os brasileiros tinham de se contentar em ler as notícias defasadas dos jornais europeus que aqui chegavam de navio. Em 1808, quando da mudança da família real portuguesa para cá, o então príncipe regente dom João criou a Imprensa Régia e, com ela, a Gazeta do Rio de Janeiro. No mesmo ano, Hipólito José da Costa fundou o Correio Braziliense, que era impresso em Londres e enviado mensalmente para o Rio de Janeiro. Esse jornal, o primeiro criado por um brasileiro, fazia propaganda da independência. Da iniciativa pioneira de Hipólito da Costa até hoje, os jornais têm desempenhado um papel importante na vida do país. Além de exercer sua função informativa, ajudam a promover os grandes debates nacionais.

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Atualmente, essas funções são partilhadas com o rádio, a televisão e a internet. Mas os jornais escritos não perderam importância. Embora não possam competir em agilidade com as redes sociais, ainda têm seu público, talvez mais crítico e mais exigente que o dos outros veículos.

Atividade em grupo.

1. Folheiem o jornal que trouxeram de casa (pedido na aula anterior) e procurem observar: a. na primeira página: a manchete da edição, as fotos e suas legendas, os títulos das diversas chamadas, o índice, os boxes, etc.; b. as páginas em que se localizam os editoriais, os artigos assinados, as cartas dos leitores; c. nas páginas internas de cadernos e suplementos: o sistema de numeração de páginas; a relação entre as páginas e o índice da primeira página, se houver; os assuntos das seções e dos cadernos (indicados nos cabeçalhos ou nos chapéus que antecedem certos títulos);

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Página de referência: 99 d. se as matérias que mereceram chamada na primeira página receberam destaque também na página interna em que foram desenvolvidas.

Terminada essa observação geral, façam o que se pede a seguir.

2. Primeiro, escolham a matéria que mais chamou a atenção do grupo dentre as que não foram objeto de chamada na primeira página.

Para realizar a escolha: • selecionem os títulos/subtítulos que considerarem mais interessantes; • em seguida, leiam os primeiros parágrafos das matérias cujos títulos foram selecionados.

Realizada a escolha, leiam a matéria completa e preencham o quadro com as informações do periódico.

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Página de referência: 100

Seção:

Caderno:

Página:

Título:

Subtítulo:

3. Leiam a primeira e a segunda chamada da primeira página e preencham o quadro com passagens do texto. Nome do Jornal:

Cidade:

Data:

Manchete da edição: a. Quem? b. O quê? c. Quando? d. Onde? e. Por quê? Remissão:

Título da matéria na página interna:

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Título: a. Quem? b. O quê? c. Quando? d. Onde? e. Por quê? Remissão:

Título da matéria na página interna:

4. Considerando o conteúdo da segunda ou terceira página, preencham o quadro.

1º editorial (título):

2º editorial (título):

Artigos (títulos e autores):

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Página de referência: 102 Todas as tarefas referem-se ao texto de jornal escolhido por seu grupo no item 2 da seção Atividade. 1.

Releia

esquematize

texto,

destacando

resumidamente as seguintes informações.

a. O quê (assunto, fato). ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

b. Quem (pessoas e/ou entidades envolvidas). ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

c. Quando. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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d. Onde. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

e. Como. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

f. Por quê (causas), para quê (finalidades).

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Página de referência: 104

A criação de novas palavras

O escritor francês Victor Hugo afirmou que a palavra é um ser vivo. E é mesmo: a todo momento, novas palavras são incorporadas ao léxico, ao passo que outras

tornam

anacrônicas

acabam

por

desaparecer; além disso, elas mudam seu sentido no decorrer do tempo. Isso ocorre devido à natureza dinâmica das línguas, que se transformam porque os seres humanos mudam e com eles tudo o que faz parte de sua realidade cotidiana. A experiência humana acumulada durante séculos está contida na história das palavras e de seus sentidos.

criação

palavras

modificação

dos

significados daquelas que já existem são contínuas e se devem a várias motivações:

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a. Nomear novas experiências, como o advento de um fenômeno, a criação de objetos ou o surgimento de um conceito diferente. Por exemplo: a palavra nerd, para designar a pessoa que se dedica de maneira exclusiva ao estudo ou ao trabalho. Ou as palavras bafômetro, internet,

viralizar,

mensaleiro

(congressista

considerado culpado pela justiça no julgamento do chamado mensalão). b. Expressar uma ideia em outra classe de palavras, como a formação de verbos a partir de palavras da língua inglesa daunlodar (de download), clicar (de click), ou a criação de novas palavras no âmbito de nosso próprio idioma. Por exemplo: canalizar (verbo a partir do substantivo

canal),

adoração

adorável

(respectivamente, substantivo e adjetivo a partir do verbo

adorar),

brasiliense

(adjetivo

partir

substantivo Brasília), alegremente (advérbio a partir do adjetivo alegre), etc. c. Expressar ponto de vista, que pode ser, por exemplo,

apreço

(golaço,

gol),

desprezo

(politiqueiro, de político, ou gentalha, de gente), ternura (mãinha, diminutivo de mãe, usado na região Nordeste), compaixão (tadinho, de coitado), etc. d. Identificar-se com um grupo – como o dos jovens, por meio de gírias. Por exemplo:

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breja (por cerveja), lacrar (como sinônimo de sobressair em uma situação), parça (por parceiro), profissa (por profissional), etc. As palavras no diminutivo, por sua vez, aproximam as pessoas da linguagem infantil. Por exemplo: soninho, brinquedinho, alegrinho. É importante destacar que mais de uma das motivações citadas pode induzir à criação de uma palavra ou expressão e, consequentemente, à expansão do léxico da língua. Novas palavras não são formadas aleatoriamente na língua. Há fórmulas próprias para a construção delas, a partir do material que já faz parte do léxico. Assim, não podemos sair por aí inventando palavras e esperando que nossos interlocutores nos entendam. Para que a comunicação seja automática e, em grande parte dos casos, para que a nova palavra seja documentada em dicionário, utilizam-se formas disponíveis no léxico da língua mediante certos procedimentos formais, como veremos nestas aulas. Há dois processos principais de formação de palavras em português: • a derivação e • a composição.

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Página de referência: 105

Derivação O processo de derivação consiste em formar uma palavra, chamada derivada, a partir de outra, chamada primitiva. A derivação pode ser de seis tipos:

derivação prefixal Ocorre quando há acréscimo de um prefixo a um radical:

inapto

apto

prefixo

radical

derivação sufixal Ocorre quando há acréscimo de um sufixo a um radical:

Realismo

real

ismo

prefixo

radical

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125

Página de referência: 105 derivação parassintética Ocorre quando há acréscimo simultâneo, isto é, ao mesmo tempo, de um prefixo e de um sufixo a um radical:

emagrecer

magr

ecer

prefixo

radical

sufixo

derivação prefixal e sufixal Ocorre quando há acréscimo não simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um radical:

Infelizmente

feliz

mente

prefixo

radical

sufixo

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Página de referência: 105 derivação regressiva Ocorre

quando

há

eliminação

morfemas

(desinências, sufixos, etc.) no final da palavra:

Falar

Fala

combater

Combate

Pular

Pulo

Os derivados regressivos são, em sua maioria, substantivos abstratos terminados em: -- A; --- E; --- O.

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127

Página de referência: 105 derivação imprópria Ocorre quando há mudança no sentido e na classe gramatical da palavra:

O monstro do filme não é tão feio. substantivo

Houve um comício monstro. adjetivo

COMPOSIÇÃO

O processo de composição consiste em formar palavras por meio da união de dois ou mais radicais. A composição pode ser de dois tipos:

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128

Página de referência: 106

Prefixos latinos

ad-, a- (movimento para aproximação): adjunto, apor. ante- (anteriormente): antessala, antevéspera. ambi- (duplicidade): ambiguidade, ambidestro. bene-, ben-, bem- (bem): bendizer, benfazejo. bis-, bi- (dois, duplicidade): bisneto, biciclo, bicentenário. com-,

con-,

co-

(companhia,

sociedade,

concomitância):

compadre, copiloto, colaborar. contr-a (oposição): contrapor, contramuro, controverter. de- (movimento para baixo, separação, intensidade, negação): depenar, decompor. de(s)-,

di(s)-

(negação,

ação

contrária):

desventura,

discordância, difícil.

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129

Página de referência: 106 dis(s)- (duplicidade, separação, diversidade de partes): dissecar (“cortar em dois”). em-, en-, e-, in- (movimento para dentro, negação): enterrar, ingerir, insuportável. ex-, es-, e- (movimento para fora, mudança de estado, esforço):

esvaziar,

evadir,

expatriar,

expectorar,

emigrar,

esforçar. infra- (abaixo): infra-assinado. intro- (dentro): introduzir. per- (ação completa): perfazer. pluri- (muito): pluricelular. pôs-, post- (posição posterior, no tempo e no espaço): postônico, pós-escrito. pre- (anteriormente, antecedência, superioridade): prefácio, prever, predomínio. pró- (movimento para a frente, em lugar de, em proveito de): progredir, projeção. re- (movimento para trás, repetição, intensidade): regredir, refazer, ressaltar, rescaldar (escaldar muito). retro- (para trás): retroceder, retroagir. semi- (metade de, quase): semicírculo, semibárbaro, semivogal. so-, sob-, sub-, sus- (embaixo de): soterrar, sobestar, submarino.

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130

Página de referência: 107 trans-,

tras-,

transportar,

tres-,

traduzir,

tra-, tretresloucar,

(além

de,

tresnoitar,

através

de):

trespassar,

tresler. tris-, tras-, tres- tre (três): trissílabo, triciclo. ultra- (além de, excesso, passar além de): ultrapassar, ultrafino. un-, uni- (unidade): uniforme, unicelular. vice-, vis- (em lugar de, imediatamente abaixo num cargo ou função): vice-presidente, vice-campeão, visconde. BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. p. 509-512.

Prefixos gregos

a-, an- (antes de vogal) (privação, negação, insuficiência, carência, contradição): afônico, anemia, anônimo, anorexia, amoral.

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131

Página de referência: 107 anfí- (duplicidade, dos dois lados): anfíbio, anfiteatro. ant-í (oposição, ação antípodas, antiaéreo.

contrária):

antídoto,

antártico,

arqui-, arce- (superioridade hierárquica, primazia, excesso): arquiduque, arquimilionário, arquibancada. di- (duplicidade, intensidade): dilema, dissílabo, ditongo, dígrafo. diá- (através de): diálogo, diagrama. dis- (dificuldade): dispepsia, disenteria. en-, em-, e- (interioridade): enciclopédia, emblema, elipse. endo- (movimento para dentro): endocarpo, endovenosa. epí- (sobre, em cima de): epiderme, epitáfio. eu- (excelência, eufemismo.

perfeição,

bondade):

eufonia,

euforia,

ex- (exterioridade, separação): êxodo, exumar. hemi- (metade, divisão de duas partes): hemiciclo, hemisfério. hipér- (acima, muito): hipermercado, hipérbato. metá- (mudança, sucessão): metamorfose, metáfora. paráparalela.

(proximidade,

semelhança):

parábola,

paradigma,

perí- (em torno de): perímetro, período, periscópio. poli- (multiplicidade): polissílabo, politeísmo. pró- (anterioridade): prólogo, prognóstico, profeta. sin-, sim-, si- (conjunto, simultaneidade): sinagoga, sinopse, simpatia. tele- (distância, afastamento, controle feito à distância): telégrafo, telepatia, teleguiado. BECHARA, Evanildo. Gramática escolar da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. p. 513-515.

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Página de referência: 110

composição por justaposição Ocorre quando não há alteração nas palavras componentes: ➢ quinta-feira; ➢ pé-de-meia; ➢ couve-flor.

composição por aglutinação Ocorre quando há perda de alguns sons nas palavras componentes:

Planalto

Embora

plano

alto

Boa

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hora

133

Página de referência: 111

OUTROS PROCESSOS

Onomatopeia Consiste

uso

palavras

que

imitam

aproximadamente sons e ruídos produzidos por armas de fogo, sinos, campainhas, veículos, instrumentos musicais, vozes de animais, etc.

✓ tique-taque ✓ tlim-tlim ✓ cacarejar

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Página de referência: 112

Redução Consiste

apresentar

palavras

modo

resumido, com o objetivo de economizar tempo e espaço na comunicação falada e escrita.

São palavras formadas por esse processo: •

siglas:

AIDS

(Acquired

Immunological

Deficiency Syndrome, “síndrome da imunodeficiência adquirida”); OAB (Ordem dos Advogados do Brasil);

•

abreviações:

moto

(motocicleta);

pneu

(pneumático);

• as abreviaturas: p. (página); r. (rua).

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Exercícios

1----- Complete sobre o que é derivação. Formar

palavra

processo

primitiva

derivação

consiste

_____________________________ uma ________________________, chamada

derivada,

partir

outra,

chamada

_________________________________.

2----- Complete a derivação prefixal.

inapto prefixo

radical

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3---- Associe a derivação regressiva.

Falar

Pulo

combater

Fala

Pular

Combate

4----- Do que são chamadas essas palavras?

(

) onomatopeia

(

) abreviatura

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Página de referência: 118 Poesia e notícia Você iniciou este Caderno refletindo sobre a poesia e lendo/produzindo poemas. E, nas últimas aulas de Leitura, passou à estrutura do jornal impresso.

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Página de referência: 118

Numa de suas crônicas, “Notícia de um assalto inusitado”, o poeta Ferreira Gullar conta que, certa noite, foi assaltado por um cheiro inebriante de jasmim. E, ao discorrer sobre esse acontecimento e como ele o levou a produzir um poema, Gullar escreve: O poema , sabe, nasce do espanto [...]. Até certo ponto, por seu caráter inusitado, o poema é uma notícia: notícia de um fato fora da História [...], e que o poeta [...] quer dar a conhecer ao mundo [...]. Um

assaltante

impunemente

disfarçado

num

arbusto,

agindo

bairro

residencial constitui de certo modo um furo jornalístico. E nisso o poema se assemelha à notícia,

frutos

ambos

ineditismo e do espanto. furo:

notícia de um

fato

inesperado dada em primeira mão; notícia exclusiva. GULLAR, Ferreira. Folha de S.Paulo. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/ fq1708200818.htm. Acesso em: 20 fev. 202

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Página de referência: 119

Você escreverá uma notícia cuja característica seja o ineditismo, que seja capaz de “espantar” o leitor. Uma notícia que seja adequada a um veículo (um jornal, um site) chamado Notícia do Dia.

Primeira versão

Você já planejou seu texto em casa e sabe: para quem escreverá (público-alvo) e sobre o que escreverá. Redija, então, a primeira versão de sua notícia. Para isso, lembre-se de algumas características desse gênero textual.

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Página de referência: 119 • A notícia relata o que aconteceu, com quem, onde, quando, como e por quê. • O texto: • é escrito em 3ª pessoa, com verbos no pretérito; • deve conter: • o lide: introdução com informações básicas (quem, o quê, onde e quando); • o desenvolvimento ou corpo: parte que fornece detalhes sobre o fato, inclusive como e por quê; • um título (manchete): frase curta que resuma o fato e desperte a curiosidade do leitor.

Quando terminar, reúna-se com um colega para fazer a revisão do texto.

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Página de referência: 120 Revisão/Reescrita Siga as orientações do professor e faça a revisão da notícia que produziu. Verifique se:

• o texto foi escrito em 3ª pessoa e está estruturado em pelo menos dois parágrafos: lide e desenvolvimento; • o lide contém as informações básicas sobre o fato (o quê, quem, quando, onde); • o desenvolvimento apresenta detalhes sobre o fato e enriquece as informações do lide; • a linguagem é clara e direta, ou seja, não há trechos ambíguos ou que permitam mais de uma interpretação; • as frases são curtas e foram escritas na ordem direta (sujeito + verbo + complemento); • as palavras estão corretamente grafadas, inclusive os nomes de pessoas, instituições, etc. • o título é curto e resume claramente o assunto principal da notícia. Terminada a revisão, passe à versão final do texto.

Versão final Esta etapa será realizada em casa (tarefa 2).

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Rascunho.

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145

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146

Página de referência: 121 Se na seção Prática escrita 1 você produziu uma notícia, agora escreverá um poema. Não um poema qualquer, mas um texto que tenha como inspiração a notícia sobre um fato realmente ocorrido. Planejamento Retome a notícia que trouxe de casa – ou outra, trazida por um colega – na tarefa 1 e releia-a com atenção. Em seguida, grife aspectos que considere possíveis de repassar a um poema. Primeira versão Ao escrever seu poema, lembre-se: • do que escreveu Ferreira Gullar, ao comparar esse gênero e a notícia: no poema [...] o autor se confunde com o que diz, mistura-se com o fato, de tal modo que não se distingue o ocorrido do imaginado. O poeta [...] não informa – inventa... Por isso, deixe solta a sua imaginação e procure novos aspectos, elementos que só você percebeu no fato que decidiu tematizar.

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147

Página de referência: 121 • de que num poema, o como dizer é tão ou mais importante quanto o que dizer. Sendo assim, utilize recursos como os que observou em aulas anteriores de Leitura, de Estudo da língua e em nossas aulas de Produção de textos: • rimas; • ritmo; • metáforas, comparações; • gradação (bebeu / cantou / dançou; experimenta / coloniza / civiliza / humaniza); • neologismos (criação de novas palavras, como as de Drummond: “tever”; “dangerosíssima”, “insiderável”). O poema não precisa ser longo, pode ter muitos ou poucos versos e estrofes. Mas, como você sabe: “O compromisso com a beleza, com a originalidade é inevitável, e isso não se resolve só com palavras bonitinhas”. Pense nisso ao produzir o texto e o título que dará a ele. E, quando terminar, passe à revisão. Revisão/Reescrita Reúna-se com um colega para revisar os textos de ambos. Mas não troquem os textos. Primeiro, a dupla revisa um texto e, depois, revisa o outro.

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Rascunho.

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150

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151

Página de referência: 122 1. Na próxima aula você e seus colegas escreverão uma notícia que seja adequada a uma seção de jornal (ou a um site de notícias) cujo nome é: Notícia do Dia. Neste momento, você fará o Planejamento desse texto, definindo e anotando em seu caderno: o público a que a notícia se destinará e o fato a ser noticiado.

“O poema se assemelha à notícia, frutos ambos do ineditismo e do espanto.”

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152

Página de referência: 122 2. a. Para concluir o texto já revisado em classe, siga mais estas etapas. I. Encontre pelo menos uma imagem para ilustrá-la. II.

Considere

texto,

imagem

que

selecionou/produziu e as instruções de seu professor e elabore a versão final da notícia. b. I. Releia o poema “O homem; as viagens”, de Carlos Drummond de Andrade, que leu e analisou no primeiro Módulo (página 13) deste Caderno e que, como você sabe, teve inspiração em fatos que realmente ocorreram. II. Leia também este trecho sobre o mesmo poema. [...] Para os mais jovens, é interessante lembrar que os anos 60 e pelo menos a primeira metade dos 70 foram marcados pela competição entre os Estados Unidos e a União

Soviética

muitos

campos,

inclusive

exploração do cosmos, numa disputa que recebeu o nome de corrida espacial. [...]

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153

Página de referência: 123 Neste poema, que foi inicialmente publicado como crônica no Jornal do Brasil, Drummond mostra que, mais importante do que chegar a Marte ou a qualquer outro mundo distante, o fundamental para a humanidade é resolver os problemas da fome, da desigualdade e das injustiças aqui mesmo. Para isso, ele propõe que o ser humano faça uma viagem de si a si mesmo e questione o que andamos fazendo com

nossos

semelhantes

com

nosso

velho

maltratado planeta Terra.

Depois de acirrada disputa entre a então União Soviética e os Estados Unidos, os estadunidenses vencem a corrida espacial ao fazer dois astronautas pisarem na Lua, em 20 de julho de 1969.

MACHADO, Carlos. Disponível em: www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond05.htm.Acesso em: 20 fev. 2021.

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154

Página de referência: 123 III. Pesquise em jornais, revistas e sites e encontre uma notícia que, a seu ver, poderá inspirar a produção de um poema. Copie, imprima ou faça um print screen dessa notícia e tenha-a em mãos na próxima aula. 3. Faça a versão final do poema elaborado e revisado em classe. Para isso, leve em conta as orientações do professor.

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SUMÁRIO 1 Ângulos internos em quadriláteros notáveis...........3 2 Congruência .....................................................................31 3 Organização de dados de pesquisa ............................36 4 Expressões algébricas ..................................................49 5 Regularidades em sequências ......................................56 6 Medidas de ângulos em triângulos ............................61 7 Princípio multiplicativo da contagem ........................70

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Vista noturna da pirâmide de vidro do Museu do Louvre, em Paris. A imagem revela o contraste entre o estilo clássico do palácio e o estilo futurista da pirâmide.

Em cada face da pirâmide de vidro, linhas paralelas metálicas, igualmente espaçadas, cruzam-se de modo a formar quadriláteros idênticos. 1. Classifique esses quadriláteros. 2. O fato de que os quadriláteros formados têm os lados paralelos permite estabelecer alguma relação entre as medidas dos seus ângulos internos? Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 435

Retas paralelas cortadas por uma transversal Retas Na matemática, as retas são linhas infinitas formadas por

pontos.

Elas

são

representadas

por

letras

minúsculas e devem ser desenhadas com setas para os dois lados, indicando que não possuem fim.

Retas paralelas Observe o mapa abaixo. As ruas em amarelo são paralelas. Elas nunca irão se cruzar.

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As Retas paralelas não possuem pontos em comum.

Agora é sua vez! Observando o mapa abaixo marque com um x as alternativas corretas:

(

) A Rua Luís é paralela à Rua Oto.

(

) A Rua João é paralela à Rua Maria

(

) A Rua Clara é paralela à Rua Ana.

(

) A Rua Rui é paralela à Rua Maria.

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Vamos observar agora a rua em vermelho.

A rua Alpha, em vermelho, é transversal às ruas em amarelo.

Veja o desenho abaixo:

reta transversal

Uma reta é transversal a uma outra se possui apenas um ponto em comum.

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Atividades a) As retas r e s não possuem ponto em

comum,

portanto

são

retas

________________________

b) A reta t é _______________________ à t

reta s, pois possui apenas um ponto em comum.

As ruas A e B, formam retas: (

) Transversais

(

) Paralelas

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α β

Os ângulos α e β formados entre as retas paralelas r e s e a reta transversal t tem a mesma medida.

α=β Atividades

! Observe a figura ao lado. Qual é a medida do ângulo β?

35°

β β = _________

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Tales de Mileto foi um importante filósofo, astrônomo e matemático grego que usou seus conhecimentos

sobre

Geometria

proporcionalidade para determinar a altura de uma pirâmide.

Ele observou que os raios solares que chegavam à Terra estavam na posição inclinada e eram paralelos. Então, ele concluiu que havia uma proporcionalidade entre as medidas da sombra e da altura dos objetos. Então, ele fincou uma estaca na areia, mediu as sombras respectivas da pirâmide e da estaca em uma determinada hora do dia e estabeleceu a proporção:

ALTURA DA PIRÂMIDE

SOMBRA DA PIRÂMIDE

ALTURA DA ESTACA

SOMBRA DA ESTACA

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Retas paralelas cortadas por retas transversais formam segmentos de retas proporcionalmente correspondentes”.

De acordo com o teorema de Tales, Faça as seguintes proporções:

2 4

5 10

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Atividades 1 – Observe t e os pontos P e Q: P 

Q 

a) Pinte de vermelho a semirreta PQ. b) Pinte de azul a semirreta QP. c) Qual é a intersecção dessas semirretas? _____________________ 2 – Ligue corretamente:

Semirreta

Reta

Segmento

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3 – Observe a figura e complete as lacunas com as semirretas que você identificar:

Observe a figura e complete a lacuna com o segmento que você identificar:

4 – Observe a figura abaixo e pinte: Or De vermelho a semirreta 

 De azul a semirreta Os

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5 – Observe a figura e pinte as semirretas que tem origem no ponto B:

Qual é a origem da semirreta  AC ? _________

Quantas semirretas da reta s podemos obter com origem em A? ________________________

Quantas semirretas da reta s podemos obter com origem em B? ________________________

Quantas semirretas da reta s podemos obter com origem em C? ____________________________

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6 – Observe a figura e responda às perguntas: a) Quantas semirretas da reta r podemos obter com origem em X? ________________________

Quantas semirretas da reta r podemos obter com origem em Y? ________________________

Quantas semirretas da reta r podemos obter com origem em Z? ________________________

b) Quais são os segmentos que podemos obter?

c) O ponto Y é o ponto interno de qual dos segmentos obtidos no item b? Quais são as extremidades desse segmento? ___________________

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7 – Marque os pontos A, B, C, D e E, nessa ordem, na reta x abaixo.

x a) Qual é a semirreta de x que tem origem no ponto C?

b) Quais são os segmentos de reta com extremo no ponto A? 8 – Observe os pontos abaixo:

Desenhe de azul os segmentos de reta que tem extremidade no ponto B. Desenhe de vermelho os segmentos de reta que tenham extremidade no ponto D.

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9 – Observe a figura:

a) Quais são os lados do ângulo BÂC? b) Qual é o vértice o ângulo de lados c) Quais são os lados do ângulo 10 – Na figura abaixo estão destacados dois ângulos. Escreva

nas

lacunas

quais

são

ângulos

destacados.

Escreva nas lacunas quais são os vértices dos ângulos destacados.

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11 – Em qual dos horários abaixo encontramos um ângulo reto formado pelos ponteiros das horas e dos minutos de um relógio? Circule.

12 – Observe a planta de um bairro mostrada na figura abaixo. a) Assinale com um x a alternativa correta:

(

) A Rua A é paralela à Rua M.

(

) A Rua A é paralela à Rua B.

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b) Assinale com um x a resposta correta:

(

) A Rua M e a Rua B são concorrentes.

(

) A Rua N é a Rua M são concorrentes.

c) Assinale com um x a resposta correta:

(

) A Rua C e a Rua A são concorrentes.

(

) A Rua C é a Rua A são paralelas.

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Área do retângulo

Altura (h)

Área

Base (b)

Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura, faça composições de quadradinhos e responda às questões. a) Qual a medida da base do retângulo? _____________ b) Qual a medida da altura do retângulo? _____________

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Atividades

1. Calcule a área das figuras a seguir: a)

Base =

Altura =

_____ x _____ = ______ b)

base =

altura =

_____ x _____ = ______ Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

Área do paralelogramo

Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura, faça composições de quadradinhos e responda às questões.

A) Qual a medida da base do paralelogramo? _______________

B) Qual a medida da altura do paralelogramo?

_______________

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Atividades

Calcule a área das figuras a seguir: a)

Base =

Altura =

_____ x _____ = ______ b)

base =

altura =

_____ x _____ = ______ Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

Área do triângulo Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura, faça composições de quadradinhos e responda às questões.

Tracejando a diagonal “d” do retângulo, obtêm-se dois triângulos: Logo, a área de cada triângulo será a metade da área do retângulo original, descrita por:

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Exemplo: Calcule a área do triângulo sabendo que cada quadradinho é equivalente a 1cm2:

Para o cálculo da área do triângulo, temos: b = 8 cm h = 2 cm

Atividades 1. Calcule a área das figuras: a)

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Área do trapézio

Considere cada

equivalente a 1 cm2, ou seja, com

lado igual a 1 cm. Para expressar a área de cada figura, faça composições de quadradinhos e responda às questões.

a) Qual a medida da base do retângulo? ______________ b) Qual a medida da altura do retângulo? _______________ c) Qual a medida da base menor do trapézio? _______________ d) Qual a medida da base maior do trapézio? _______________

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Podemos

dizer

que

área

trapézio

______________ da área do retângulo.

Temos que

Logo

EXEMPLO: Calcule a área do trapézio a seguir:

(15 + 5) . 8

20 . 8 Base maior = B = 15 Base menor = b = 5 160_ Altura = h = 8

2 80

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Atividades

Calcule a área das figuras: a) (

Base maior = B = _________ _____

Base menor = b = _________

2 Altura = h = ___________

(

Base maior = B = _________ Base menor = b = _________

_____

Altura = h = ___________

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Área do losango

Diagonal maior

Diagonal menor

a) Qual a medida da diagonal menor do losango? ___________________

b) E a medida da diagonal maior do losango? ____________________

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Atividades

1. Calcule a área de cada figura a seguir: a)

Diagonal maior = D = _________ Diagonal menor = d = _________

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Ao observar a foto das Torres Petronas, temos a impressão de que elas são idênticas, ou seja, uma parece ser cópia perfeita da outra. Esse fato explica por que elas são chamadas de torres gêmeas. Mas como podemos verificar se realmente não existe nenhuma diferença entre as duas torres? Afinal, são construções imensas, cheias de detalhes, e uma pequena diferença poderia passar despercebida em uma primeira análise visual. A questão levantada para as duas torres é muito importante em Geometria. Por exemplo, para compreender as principais propriedades dos quadriláteros, é necessário saber como verificar se determinadas figuras geométricas são ou não são idênticas. Para começar a pensar nesse tipo de problema, faça o que se pede a seguir. 1. Como você faria para verificar se, de fato, as Torres Petronas são idênticas? 2. Em seu caderno, desenhe dois quadriláteros idênticos. Em seguida, explique brevemente por que eles podem idênticos. Material adaptado pelo ser Espaçoconsiderados Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 447 Congruência de polígonos

em Geometria, duas figuras idênticas recebem um nome especial – elas são chamadas de congruentes.

Triângulos congruentes

A congruência de triângulos é uma das bases do estudo da Geometria. Historicamente, há registros de aplicação da noção de congruência datados do século VI a.C.

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Congruência

Dois triângulos são congruentes quando seus lados e seus ângulos possuem as mesmas medidas.

Exemplo:

Estes riscos indicam que os lados são iguais Lado bc = lado ef

Dizemos que: ∆

abc ≅ ∆ def

Lê-se triângulo ABC é congruente ao triângulo DEF

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Atividades 1-Considere as peças do Tangram numeradas na imagem abaixo:

Construa uma figura que seja congruente à peça 5, outra que seja congruente à peça 6. Desenhe em seu caderno as peças utilizadas em cada caso.

2-Observe os triângulos abaixo:

• Eles são congruentes? (

) sim

(

) não

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3 - Os triângulos 1 e 2 são congruentes. Nomeie seus vértices, registrando-os na figura a seguir.

4 - Os triângulos desenhados abaixo são tais que

Calcule os valores de x, y e z.

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tipos

gráficos

que

compõem a abertura deste

Módulo

apresentam

resultados de pesquisas diversas, realizadas em diferentes momentos . 2.

Você

conhece

etapas

envolvidas na realização de uma pesquisa até que ela seja publicada, ou seja, até a divulgação de seus resultados?

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Página de referência: 470 A

pesquisa

estatística

comunicação

dos

resultados O

nome

Instituto

Brasileiro de

Geografia e

Estatística (IBGE), assim como de outros institutos que realizam pesquisas a respeito de diversos temas – censo populacional, condições econômicas, sociais e educacionais do país, pesquisas de opinião etc. – é bastante empregado em diferentes contextos das aulas de Matemática e de outras disciplinas.

1. Os tipos de gráficos que compõem a abertura deste Módulo apresentam resultados de pesquisas diversas, realizadas em diferentes momentos . 2. Você conhece as etapas envolvidas na realização de uma pesquisa até que ela seja publicada, ou seja, até a divulgação de seus resultados? Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

Noções de Estatística

Quantos alunos do sexo masculino e do sexo feminino há na sua classe? Faça esse levantamento e construa uma tabela que indique a quantidade de alunos por sexo e a taxa percentual que cada um tem em relação ao total. Quantidade de alunos por sexo Alunos

Quantidade

Porcentagem

Masculino Feminino

Total

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Representações (organizando dados)

Vamos conhecer melhor um ramo da Matemática que chamamos de Estatística. A estatística está presente no nosso dia a dia. • Nos jornais; • Nas revistas; • Nos noticiários de televisão; • Na média final das matérias do seu boletim.

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Vejamos alguns exemplos de sua utilidade: • Na contagem da população

• Na área d saúde

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• Em institutos de pesquisa

• Em indústrias

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Como organizar dados em tabelas

Vejamos alguns exemplos: 1. Em uma sala de aula com 40 alunos, 16 preferem as aulas

voleibol

preferem

aulas

basquetebol. Construa uma tabela que apresente essas informações com a taxa percentual em relação ao total de alunos. • 1.º passo: atribuímos um título à tabela: “Preferência esportiva” • 2.º passo: escrevemos em cada coluna quais informações ela transmitirá:

3.º passo: preenchemos as colunas com os dados de que dispomos. Complete a coluna nº de alunos

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Um jornal de uma cidade fez uma pesquisa para saber quais são as rádios de maior audiência entre os alunos do 8.º ano de uma escola. Foram citadas quatro rádios: A, B, C e D. A votação foi assim:

Complete a coluna nº de alunos

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Variáveis quantitativas e variáveis qualitativas

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Atividades 1. Os dados a seguir representam as notas obtidas pelos alunos em uma prova de Inglês.

a) Complete a tabela abaixo com a quantidade de alunos que obteve cada nota.

Aproveitamento da prova de inglês Notas

Quantidade de alunos

Porcentagem

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2. Responda:

a) Quantos alunos obtiveram nota menor que 5,0? __________________-

Quanto esse valor representa em porcentagem? __________________

b) Quantos alunos obtiveram nota maior ou igual a 5,0? ___________________

Quanto esse valor representa em porcentagem? _____________________

c) Qual nota aparece com mais frequência? ____________________

d) Quantos alunos tiraram nota máxima? ______________________

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3. Ao realizar uma pesquisa com os alunos de uma sala sobre a distância da escola até suas respectivas casas, obtiveram-se os seguintes dados:

• 8 alunos moravam a menos de 3 km da escola. • 22 alunos moravam a uma distância entre 3 e 5 km (inclusive). • 10 alunos moravam a uma distância maior que 5 km. Complete a coluna com as “quantidade de alunos”

Distância: casa x escola Distância

Quantidade de alunos

Taxa percentual

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Com a maior utilização de automóveis, o consumo de combustíveis aumenta, o que gera mais poluentes para a atmosfera, principalmente gás carbônico (CO2). Esse gás é considerado por muitos cientistas um dos principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo agravamento do aquecimento global. Você já estudou o assunto nas aulas de Ciências e, certamente, já leu notícias que tratam dessa questão. Em razão disso, foi criado o Dia Mundial Sem Carro, celebrado em 22 de setembro. O primeiro país a celebrar essa data foi a França, no ano de 1997. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 494

Introdução às expressões algébricas

Como você faria para determinar a quantidade de pessoas em um evento de grande porte? Seria

viável

contar

pessoa

por

pessoa?

Dependendo do evento, essa seria uma tarefa trabalhosa e demandaria muito tempo.

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Termos de uma expressão algébrica Considere a expressão algébrica −9+7wy3 Observe que essa expressão é formada por partes. Chamamos cada uma dessas partes de termo. Agora, veja como podemos classificar os termos dessa expressão.

Termo numérico

termos

Termo algébrico

numéricos

uma

expressão

algébrica não apresentam letras. Já os termos algébricos correspondem ao produto de um número, chamado de coeficiente, e uma parte literal (que contém letras). No exemplo acima, temos:

Coeficiente

Parte lateral

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Simplificação de uma expressão algébrica Algumas

expressões

contêm

termos

semelhantes, ou seja, termos que apresentam a parte literal igual. Quando

uma

expressão

apresenta

termos

semelhantes podemos simplificá-la.

4+2t+5wx–a+1+wx+3a2–2–2t–a2

1. Primeiro,

verificamos

ela

apresenta

termos

semelhantes. 2. Depois de identificar os termos semelhantes e os termos numéricos. 3. Podemos destacá-los com cores iguais para facilitar a simplificação.

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Agrupamos os termos semelhantes e usamos a propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição para simplificar a expressão.

Por fim, simplificamos os termos numéricos.

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Atividades

1 - Identifique os pares de termos semelhantes.

2 - Associe cada expressão à sua forma simplificada.

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3 – Simplifique as expressões.

a) 3ab + 2ab

b) 4,2x + 5,3x

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Página de referência: 508 Sequências são conjuntos cujos elementos dispostos em uma determinada ordem, devido a uma lei ou aleatoriamente. Exemplo: sequência dos múltiplos positivos de 7.

• M (7) = { (1,7); (2,14); (3,21);...} Em que os primeiros elementos dos pares ordenados indicam as respectivas posições dos termos.

Ou, simplesmente:

• M (7) = (7,14,21,28,...) Em que se indicam apenas os múltiplos positivos de 7.

Uma sequência pode ser finita ou infinita.

Em uma sequência finita,

Em uma sequência infinita,

conhecem-se o primeiro e o

o último termo não é

último elemento.

conhecido.

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Uma sequência pode ser representada de cinco

maneiras diferentes.

Descrição dos termos Consiste em enumerar os elementos da sequência, colocando-os entre parênteses, geralmente por serem de natureza aleatória.

Exemplo: Sequência das quantidades de bebês nascidos nos 7 primeiros dias do ano de em um determinado hospital.

Número de bebês: {0,1,1,4,5,3,2}

Note que foi feita a listagem ordenada dos termos da sequência,

que,

aparentemente,

não

apresentam

relações entre si e são de natureza aleatória.

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Lei de Recorrência Consiste

uma

lei

que

permite

encontrar

qualquer termo aₙ sequência "recorrendo" a termo(s) anterior(es). Note que, na Lei de Recorrência, é necessário conhecer o primeiro termo a1 caso contrário, não será possível

"recorrer"

termo

para

encontrar o segundo termo a2.

Exemplos: Observe

como

ficaria

seguinte

sequência,

representada por meio da descrição dos termos, usando-se a Lei de Recorrência.

F = {1,1,2,3,5,8,13,21,34,...} Sequência de Fibonacci Note que cada termo, a partir do terceiro, representa a soma dos dois termos imediatamente anteriores. Lei de Recorrência:

a1 = 1 a2=1 an = an-2 +an-1

Em que n ≥ 3

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Atividades

Observe a sequência de figuras abaixo e responda:

A). Qual o próximo elemento da sequência? _________________________________________________________________________________________

B). Qual o 12º elemento da sequência? _________________________________________________________________________________________

C). Qual o 15º elemento da sequência? _________________________________________________________________________________________

Agora observe a sequência dos números naturais ímpares e complete as lacunas. ( 1, 3, 5, 7, 9, _____, _____, _____, ...)

Como

você

fez

para

completar

numérica

sequência acima?

_______________________________________

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Como é possível observar na imagem, a estrutura conhecida como tesoura, que sustenta o telhado da casa, é composta de triângulos. 1. Indique uma propriedade geométrica dos triângulos que justifique sua utilização nesse tipo de estrutura. 2. Ao projetar um telhado, o arquiteto deve definir sua inclinação em relação à horizontal, o que determina as medidas dos ângulos internos dos triângulos que compõem a tesoura. Se ele decidir compor a tesoura com triângulos retângulos em que um dos ângulos internos meça 10°, mesmo valor da inclinação do telhado, quais serão Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

as medidas dos outros ângulos desses triângulos?

Página de referência: 523 Definição Dados três pontos não colineares (A, B e C), chama-se triângulo a união dos três segmentos.

Região triangular

Elementos do triângulo Vértices

B Atividades

Marque os vértices A, B e C no triângulo abaixo:

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Ângulos Internamente um triângulo possui três ângulos. Os ângulos são representados pelas letras gregas α, β, γ, etc.

Atividades

Pinte os ângulos α, β e θ do triângulo abaixo:

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Lados

LADO BC

LADO AC

LADO AB

Atividades Identifique os lados do triângulo abaixo:

C Lado Lado

B Lado

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Propriedades Teorema angular de Tales Internamente um triângulo possui três ângulos. Em todo triângulo a soma dos seus ângulos internos é 180°. c

α + β + θ = 180°

α β

α = 95°,

Para

β = 60°

e θ = 25° temos:

C 25°

95°

60°

b a 95° + 60° + 25° = 180°

Complete:

Em todo triângulo a soma dos seus ângulos internos é __________.

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Atividades

1) Qual é a medida do ângulo α na figura a seguir?

2) Calcule o valor de x no triângulo a seguir.

3) Qual é a medida do ângulo α na figura a seguir?

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Teorema do ângulo externo Em qualquer triângulo, a soma dos ângulos externos é igual a 360°.

143 °

128°

3 89°

Exercícios resolvidos 1) Calcule o valor do ângulo externo x: Vamos chamar o ângulo interno do vértice S de y y + 65° + 32° = 180° y

y + 97° = 180° y = 180° ‒ 97° y = 83°

Agora vamos calcular a medida de x: x + 83° = 180° x = 180° - 83 83°

x = 97°

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2) Calcule o valor do ângulo x: x

x + 120° + 140° = 360° x + 260° = 360°

120°

x = 360° ‒ 260° 140°

x = 100°

Atividades

1) Calcule o valor do ângulo externo x:

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2) Calcule o valor do ângulo externo x:

3) Calcule o valor do ângulo externo y:

120°

120° y

4) Calcule o valor do ângulo externo x: 55°

150° 155°

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Você já reparou que existem dois modelos de placas de veículos? 1. A placa com três letras e quatro números, ainda em circulação no país, está sendo substituída pela conhecida placa “padrão Mercosul”, com quatro letras e três algarismos, sendo: três letras + um algarismo + uma letra + + dois algarismos. Esse modelo passou a ser obrigatório para todos os novos carros a partir de 2020, e não existem placas que usem apenas o algarismo 0. 2. Essa mudança de padrão, que consiste em reduzir um algarismo e aumentar uma letra, interfere na quantidade de placas que podem ser produzidas? Justifique. Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

Página de referência: 540 Princípio da adição

O princípio aditivo da contagem realiza a união dos elementos de dois ou mais conjuntos. Isso porque a adição (+) e a união (U) relacionam-se, pois em ambos os operadores há a reunião de elementos. Para que você compreenda melhor essa definição, vamos aplicá-la a um exemplo: De quantas maneiras posso escolher uma sobremesa entre duas tortas, quatro bolos e três sorvetes?

3 sorvetes

4 bolos

2 tortas

= 9

MANEIRAS

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Atividades Da escola à casa do Caio há 2 caminhos que passam pelo parque principal da cidade. Há, também, 3 caminhos, da escola a sua casa, que não passam por esse parque. Por quantos caminhos diferentes Caio consegue chegar até a escola?

Resposta: _________________________________________________

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Princípio da multiplicação Depois de esperar ansiosamente pelo final de semana, Pedro chegou à casa de sua namorada Viviane planejando convidá-la para sair e conhecer uma nova Pizzaria que abriu na cidade. Diagrama de possibilidades Viviane ficou preocupada com a roupa que iria vestir: Com que roupa eu vou?

Para se resolver problemas como esse utilizamos o Princípio Fundamental da Contagem ou Princípio Multiplicativo.

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Princípio Fundamental da Contagem Assim, para Viviane saber o total de combinações possíveis feitas com suas roupas, deverá saber inicialmente o total de peças separadas por tipos: calças, blusas e sapatos.

Viviane tem 5 casacos, 7 calças e 10 pares de sapatos.

5 7

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Pelo Princípio Fundamental

da Contagem basta multiplicar a quantidade de um determinado item pela quantidade dos itens seguintes!

x 7

x 10 =

350

Assim, com os seus itens de vestuário poderíamos fazer 350 combinações!

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Formando combinações Veja o exemplo no diagrama de árvore a seguir!

Com 1 casaco, 3 calças e 3 pares de sapatos podemos formar 9 combinações diferentes.

O diagrama de árvore permite que você simule, diferentes combinações, não só com suas roupas!

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Atividades

1) Raíza tem 2 calças e 3 camisetas de cores diferentes. Ela vai à escola de segunda a sexta, mas não quer repetir um mesmo conjunto de calça e camiseta

mesma

semana.

Raíza conseguirá realizar seu desejo?

Resposta: _______________________________________________ Material adaptado pelo Espaço Mosaico - 2022 | www.mosaicoespaco.com.br

2) E se a Raíza, além das 6 possíveis combinações de blusa e saia, tivesse ainda 4 chapéus diferentes? Quantos looks ela poderia montar?

Resposta: ______________________________________________

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Arranjos com repetição ou arranjos completos • Podemos repetir os elementos; • A ordem é importante. Quantos números de 3 algarismos podemos fazer com os números 1, 2, 3 e 4?

3 Basta multiplicar 4 x 4 x 4 = 64 ou 4 = 4 x 4 x 4 = 64

Lembrando da potenciação 43 = 4 x 4 x 4 = 64

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Atividades 1 . Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os números 3, 4 e 5?

_______ x _______ x _______ = _______ Utilizando a fórmula teremos:

= 33 = ____ x ____ x ____ = ______

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Apostila Anglo 2022 - Português e Matemática - 8º ano - 1 bimestre - Adaptada

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