REVISTA NETUNO 25 ANOS

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NETUNO

ESQUADRテグ

NETUNO Ao mar, Nos Ares... O Rei!




Editorial

Coordenação Direção Fotografia Editor Chefe Diretor de Design Editor Editor Produção Gráfica Fotógrafo Produção Artística

1º Ten Kaê 1º Ten Johnnie 1º Ten Lauriano 2º Ten Ferri 1º Sgt Manoel 2º Sgt Valdez 2º Sgt Mendonça 3º Sgt Simsen CB Vanderlei


Índice 6 DEPOIMENTOS Comandante do COMGAR Comandante da FAE II Comandante do 3º/7º GAV

41 MISSÕES Patrulha Marítima Inteligência Operacional Busca

11PRIMORDIOS Patrono da Aviação de Patrulha 1º/2º GAV

51 AERONAVE FAB 7052 Futuro da Patrulha

19 HISTÓRIA Criação do 3º/7º GAV Galeria dos Ex- Comandantes Descrição Heráldica Entrevista Cel Tito

59 CURIOSIDADES Netuno em Números 27 de Setembro... 1990...


Palavras do Comandante do COMGAR Portanto, em 2015, ano que o Esquadrão Netuno completa suas Jubileu de Prata, a Unidade Aérea é coroada com o recebimento de seus vetores já modernizados, os P-95BM, aumentando assim as capacidades de suas equipagens na importante missão de patrulhar as águas brasileiras.

Ao mar! Nos ares! O rei!

Lembro-me como se fosse hoje quando, nos idos de 1990, era criada mais uma Unidade Aérea da Aviação de Patrulha. Naquela ocasião, foram transferidos para Belém 11 Oficiais e 29 Graduados para compor a gênese do Esquadrão Netuno. No ano seguinte, a Unidade foi contemplada com militares oriundos das Escolas de Formação e do 1º Esquadrão de Transporte Aéreo. Evidentemente, a missão desses homens não foi fácil, afinal, a tarefa de criar a identidade de um Esquadrão traz diversos óbices, mas, graças ao esforço dos Netunos Fundadores, todas as dificuldades foram suplantadas e, ao olhar para os dias atuais, podemos afirmar, com absoluta certeza, que a missão foi muito bem cumprida. No cenário atual, a Aviação de Patrulha vem, a cada dia, ocupando local de destaque em nossa Instituição e no país, principalmente pelo aumento vertiginoso das capacidades adquiridas com o reaparelhamento da Força Aérea. A aquisição das aeronaves P-3AM modificou o panorama de operação de nossas aeronaves no Teatro de Operações Marítimo, destacando-se a possibilidade de emprego de torpedos e mísseis, além da recuperação da Doutrina de emprego antissubmarino. Já a modernização das aeronaves P-95B que, com a incorporação dos radar AESA SELEX SEASPRAY 5000 e da moderna aviônica FULL GLASS COCKPIT, trará possibilidades muito maiores a nossas Unidades.


Palavras do Comandante da II FAE Theodore Roosevelt, disse uma vez: “De longe, o maior prêmio que a vida oferece é a chance de trabalhar muito e se dedicar a algo que valha a pena” Posso dizer que fui agraciado pela vida. Calejei as mãos e lavei a face com suor, mas, após um quarto de século, ao ver esses homens perfilados, tenho a certeza de que cada joule foi despendido por algo que valeu a pena. Vós sois o resultado, digno de orgulho, de 25 anos de trabalho árduo de cada um dos que passaram por este Esquadrão. Não me refiro ao indivíduo, mas ao conjunto. Vós, o sinérgico conjunto que se identifica pelo brasão do tridente alado, pela conduta aguerrida e pela inexorável marcha rumo à perfeição. Vós sois o Guardião das Águas do Norte, Esquadrão Netuno. A curta, mas invejável vida deste Esquadrão foi, desde o princípio, um desafio. Foram 170 dias do papel à realidade. Não havia nada em quantidade suficiente, faltava mobiliário, pessoal e ferramentas, mas sobrava determinação, espírito de corpo e a consciência do dever. Em 27 de setembro de 1990 estava ativado o 3º/7º GAV, apenas 3 dias antes do prazo determinado pelo Ministro da Aeronáutica.

Neste contexto, espero que se apoiem nos exemplos daqueles que lhes antecederam e conclamo a todos ao contínuo aperfeiçoamento profissional, à retidão nas atitudes, ao espirito de corpo, à lealdade, à crença no valor de seu trabalho para manutenção de um país soberano e, em especial, no talento de cada um para elevar cada vez mais o nome do Esquadrão Netuno. Aos Netunos e Tritões, desejo felicidades pela passagem do Jubileu de Prata e permaneçam firmes no cumprimento da missão!


Palavras do Comandante do Esquadrão DESAFIO. Esta é a palavra que define a rotina do Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação. Desafiadora foi a efeméride de sua criação, na década de 90, desafiadora é a sua operação desde Belém, desafiador é o seu futuro. Sinto-me honrado e orgulhoso de comandar esta Unidade no decurso de seu Jubileu de Prata! Sua maturidade operacional! Orgulho-me mais ainda de suceder aqueles que, em seu tempo, foram colocados a prova diante dos mais variados cenários: a implantação da Unidade, sua capacitação pela operacional plena, a jornada incessante pelo domínio da Guerra Eletrônica, o trabalho árduo da ascensão a meio SAR primário, as missões operacionais ampliadas com a Ação de Inteligência Operacional e Reconhecimento e, mais recentemente, a modernização de nossos “Cavalos de Guerra”, os veneráveis P-95. Todos, Netunos e Tritões, irmanados pelo dever, souberam superar as adversidades e alcançar os objetivos. Hoje ao caminhar por esta Unidade, é possível sentir seu espírito, moldado pelas gerações de bravos guerreiros que por aqui passaram: é um espírito jovem, esperançoso e altivo, consciente de suas limitações, porém não preso às mesmas. Nota-se que olha ao longe, sem perder o foco no presente e que irradia orgulho por sua história. Esta alma permeia nosso dia a dia e fomenta nosso futuro.

NETUNO

É com esse espírito que apresentamos esta Revista Histórica, com narrações e imagens de todos os períodos vividos até então, com palavras de nosso efetivo, somadas às participações de nossos Comandantes Operacionais e do Netuno 01, Cel Tito. Obrigado a todos que colaboraram e tenham certeza: Estamos prontos para a missão!


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prim贸rdios


Major-Brigadeiro do Ar Taunay O passado de glórias da Força Aérea Brasileira confunde-se com feitos magnânimos de personalidades que, com valoroso engajamento e sacrifício voluntário, participaram efetivamente da formação de uma Força Aérea altiva, coesa e vitoriosa, hoje, consolidada em nosso país. Nesse contexto, destaca-se o Major Brigadeiro do Ar Taunay, Patrono da Aviação de Patrulha, que, ainda no posto de Capitão, manteve-se firme ao seu ideal, diante do seu desafio maior: Combater em defesa do nosso litoral durante a Segunda Guerra Mundial a bordo de um avião Catalina PBY-5, pertencente ao 1º Grupo da Unidade Volante da Base Aérea do Galeão. Dionísio Cerqueira de Taunay Nasceu no Rio de Janeiro – Rj, em 5 de julho de 1913. Aos 17 anos ingressou na Escola Naval, sendo declarado Guarda-Marinha em 1º de dezembro de 1933. Passou a Segundo-Tenente exercendo funções embarcado nos encouraçados Minas Gerais e São Paulo, porém não demorou muito para que sua relação com a aviação se estreitasse, pois em 9 de julho de 1936 ingressou na Escola de Aviação Naval, situada no Galeão, onde fez o curso de aviador. Seu voo solo aconteceu no dia 15 de setembro de 1936, em um De Havilland DH-82ª Tiger Moth. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, Taunay foi transferido para nova Força Armada, no posto de capitão, onde trilhou um brilhante caminho pela Aeronáutica, fazendo parte do Gabinete do Ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, realizando missões no exterior, na Campanha da Itália e na Campanha do Atlântico Sul, onde protagonizou um ataque histórico a um submarino alemão em 30 de outubro de 1943. Por sua notável participação nas 74 missões na Campanha do Atlântico Sul, coube-lhe a tarefa de transladar as cinco primeiras aeronaves Lockheed P-2V5 Neptune para compor a frota da Aviação de Patrulha do Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAv), com sede na Base Aérea de Salvador, da qual foi Comandante. Em 25 de julho de 1947, foi-lhe conferida a medalha Cruz de Aviação (Fita B), entregue aos tripulantes que realizaram missões de patrulhamento no litoral brasileiro, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 26 de dezembro desse mesmo ano, (By: 2º Sgt Valdez 3º/7º GAV)

comandou o translado, para o Brasil, de uma esquadrilha de aviões North American B-25J Mitchell, saída do Texas, Estados Unidos. Ao atingir o posto de TenenteCoronel, recebeu a Medalha Cruz da Aviação (Fita A), entregue aos tripulantes que realizaram missões de guerra na Itália. Em 1953 assumiu o comando da Base Aérea de Belém, onde permaneceu no cargo até 1º de dezembro desse mesmo ano. Talvez, durante o curto período de tempo em que aqui esteve o, até então, Tenente-Coronel Taunay não tenha imaginado que a mesma Base Aérea que o recebeu como Comandante, um dia acolheria um esquadrão que, com disciplina, amor e coragem, levaria o estandarte da Aviação de Patrulha às mais longínquas águas do nosso mar territorial e jurisdicional a fim de defender o extenso litoral norte da nossa Nação, a saber, o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (Esquadrão Netuno) que durante seus 25 anos de existência tem honrado o legado glorioso da Aviação de Patrulha deixado por Dionísio Cerqueira de Taunay, Patrono da Aviação de Patrulha.


Belém, o berço da Aviação de Patrulha 1°/2° Grupo de Aviação No ano de 1947 pelo aviso nº 05 de 1º de abril, foi ativado o 1º Esquadrão do 2º grupo de Aviação, pois o 7º Regimento de Aviação e o 1º Grupo de Patrulha foram desativados, sendo assim criando na Base Aérea de Belém o 2º Grupo de Aviação. Oriundo do 1º Grupo de Patrulha, o 1º/2º GAV herdou 06 PBY-5 CATALINA, além destes aviões o Esquadrão também recebeu 15 CATALINA do 2º Grupo de Patrulha, sediado na Base Aérea do Galeão no(By: 2º Sgt Valdez 3º/7º GAV) Rio de Janeiro.

(By: ABRA-CAT)

PA-10 do 1°/2° Gav. no inicio dos anos 50.


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1 PBY-5 FAB 05, no estacionamento de aeronaves do 1°/2° GAv em Belém, em junho de 1943. Na foto 2° Ten. Av. GERALDO Monteiro Flores e sua esposa. 2 PBY FAB 04, na Base Aérea do Galeão em 1944. Na foto, o Asp. Of. Av. Luiz Carlos ALIANDRO do 1° Grupo de Patrulha, sediado em Belém. 3 FAB 6526, liderando um voo de formatura. 4 1° Ten. Av. Deusdedit contemplando o pátio de manobras e estacionamento do 1°/2° Gav.

5 Tripulação do FAB 6520, em 1953, após amerrissagem de emergência em um deslocamento de Belém para Recife.

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FAB 6508 estacionado em frente ao Hangar Tenente César.

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FAB 6520 na Baía de Guajará em Belém nos anos 60.

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2° Ten. Av. Carlos Alberto MALCHER em Missão de Busca e Salvamento com resgate, na região de Caracaraí, Roraima.


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FAB 6516 do 1°/2° Grupo de Aviação – primeira aeronave SAR da FAB – estacionada em Belém.

1º Ten Av. SIUDOMAR em Missão de Busca e Salvamento

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A primeira aeronave SAR da FAB com suas tripulações fixas.

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APOIO



HISTÓRIA


O Alvorecer do Netuno em Belém Em 27 de setembro de 1990 é ativado na Base Aérea de Belém o 3º/7º GAV (Esquadrão Netuno), a mais nova Unidade de Patrulha da FAB. É a Aviação de Patrulha retornando ao seu berço. Do aeródromo de Belém, no final da década de 1930 e início da década de 1940, partiam os primeiros vetores com a missão de patrulhar o vasto litoral brasileiro, os valentes aviões “Corsário”. Eram anos de guerra, da 2ª Guerra Mundial. Em agosto de 1944 é ativado o 1º Grupo de Patrulha, no então 7º Corpo de Base (futura Base Aérea de Belém), operando os bravos e saudosos hidroaviões Catalina, sendo desativado em 1947, após o término da guerra. 43 anos depois, O Esquadrão Netuno nasce para dar continuidade à gloriosa história da Patrulha na Região Norte do país, operando as aeronaves P-95. O 3º/7º GAV realizou sua primeira missão de patrulha, ainda como Núcleo de Unidade de Aérea, em 24 SET 1990, na ANV P-95 7055. A primeira de muitas outras missões e operações, executadas sempre com esmero, determinação e eficiência ao longo dos seus 25 anos de criação.

Originalmente, com a missão de vigilância do mar territorial brasileiro, compreendido pelos litorais do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí e Ceará, ao longo dos anos, outras importantes missões foram designadas e cumpridas pelo 3º/7º GAV, como a missão de Busca e Salvamento. Nesses 25 anos de vida, foram centenas de participações destacadas nas mais variadas operações e exercícios, individualmente (Exercício Ponta Negra e Jajuká), ou em Forças-Tarefas (UNITAS) ou em conjunto com a Marinha de Guerra do Brasil (Operações Atlântico). O Esquadrão Netuno, acompanhando sempre as inovações e atualizações da Aviação de Patrulha passa a operar, a partir desse ano, os P-95BM, com o mesmo profissionalismo, a mesma dedicação e eficiência que nortearam as suas ações nesses 25 anos que se passaram, e que, com certeza, permearão os rumos da UAe nos próximos 25 anos e além...

(By: 1º Sgt Manoel 3º/7º GAV)


GALERIA DOS COMANDANTES

Maj Av Tito 07/08/1990 a 20/01/1993

Ten Cel Av Mauro 20/01/1993 a 31/01/1995

Ten Cel Av Silva Neto 31/01/1995 a 07/01/1997

Ten Av Cel Paes 07/01/1997 a 21/01/1999

Ten Cel Av Gil 21/01/1999 a 09/01/2001

Ten Cel Av Villas Boas 09/01/2001 a 08/01/2003


GALERIA DOS COMANDANTES

Ten Cel Av Barbedo 08/01/2003 a 07/01/2005

Ten Cel Av Nicolaiev 07/01/2005 a 24/01/2007

Ten Cel Av Marcos 24/01/2007 a 14/01/2009

Ten Cel Av M. FidĂŠlis 14/01/2009 a 07/01/2011

Ten Cel Av Avellar 07/01/2011 a 11/01/2013

Ten Cel Av Alves 11/01/2013 a 21/01/2015



Descrição Heráldica

Descrição Heráldica

NETUNO


NETUNO O nome NETUNO em sable (preto), é originário do latim NEPTUNUS". Referencia o deus da mitologia grega, protetor do mar, sobre o qual exercia seus poderes.

Gládio Alado em jaune (amarelo), símbolo do Ministério da Aeronáutica

Uma seta estilizada em Gales (vermelho), evidenciando o poder aéreo na patrulha da costa brasileira. Partindo da mesma, dois feixes eletromagnéticos em jaune (amarelo), se direcionam para o mar, simbolizando o sistema de detecção das aeronaves.

No cantão sinistro da ponta aparece o numeral cardinal "7" em Gales (vermelho).

Escudo francês, com o Chefe em prata (branco) e é contornado por um filete em jaune (amarelo).

Asa estilizada em jaune (amarelo) e prata (branco), sombreada em sable (preto), representando a Força Aérea Brasileira sobre o território nacional.

Fragata em sable (preto), co mo q u e n a ve g a n d o sobre o mar e sendo envolvida pelo sistema de detecção da aeronave.

Parte do território brasileiro em sinopla (verde-claro), com o litoral sobressaindo em jaune (amarelo), onde os esquadrões de patrulha cumprem as suas missões. Sobreposto ao território, encontra-se um tridente em cinza, sombreado em sable (preto), procurando simbolizar cada ponta do mesmo, a localização, identificação e neutralização de objetivos navais inimigos, missão precípua da unidade. A ponta maior do tridente está direcionada para o litoral de Belém do Pará, evidenciando a área geográfica que abriga o Esquadrão.


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4 1 Solenidade militar de ativação do Esquadrão Netuno 2 Chegada da 1ª aeronave, 7059. 3 Participação do Maj. Brig. Othon Monteiro, Comandante do COMAR I, na Operação Atlântico.

4 Chegada de oficiais, Tenente Pitrez e Tenente Marcos


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2 1 Inauguração da estação tática Tritão 1991

2 Entrega de diplomas operacionais, 1991

3 Abertura da Taça Eficiência, 1991 4 Equipe de Futebol do 3º/7ºGAV, 1991

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Recebimento de Prêmio da X RAP, 1992

2 Equipe Campeã da X RAP 3 4 Tripulações operacionais, em 1992


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1 Instrução de sobrevivência no mar, 1993.

4 Formatura de encerramento da RAP 1994

Passagem de Comando, Ten. Cel. Tito e

Deslocamento do Esquadrão para

2 Ten. Cel. Mauro, 1993.

5 Salvador,1996.

3 Oficiais na RAP, 1994

6 Tripulação na RAP de 1996


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Operação Tapuru, 2002

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Passagem sobre navio, 2000

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Voo de formatura, 2000


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1 Passagem de Comando do Ten Cel Baberdo para o Ten Cel Nicolaiev. 2005. 2 Passagem em revista a tropa do Ten Cel Nicolaiev.. 3 Voo de teste do sistema de oxigĂŞnio da aeronave 7051, 2005. 4

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1 Competição de

Manutenção em 2005

2 Tripulação com a fita de contatos do DALIA.

3 Formatura de encerramento da RAP, 2005.

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5 Lançamento de Foguete em Maxaranguape.

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1 Passagem de comando, Ten Cel Marcos e Ten Cel M Fidélis, 2009.

2 Recebimento do FAB 7100, 2009.

3 Patrulha Marítima em Fernando de Noronha.

4 Inauguração das novas instalações, 2010.

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3 1 Formatura do aniversário do Esquadrão, 2011.

2 Patrulha Marítima, 2011. 3 Exercício Ponta Negra, Cachimbo, 2012.

4 Vôo de formatura sobre o Rio Guamá, 2013

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1 Bandeirulha em operação conjunta com P-3, em Salvador.

2 EO-2 realizando registro fotográfico em voo de Patrulha.

3 3 Voo de Patrulha em Atol das Rocas.

4 Paella no Areté de 2014.

5 Por do Sol em frente ao Esquadrão Netuno.

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Formatura de 20 anos do Esquadrão Netuno. Cel Mauro, Maj. Brig. do Ar Peclat e Cel Gil.

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Tripulação realizando patrulha marítima em Macapá.

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Brinde ao Esquadrão Netuno.


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Passagem de Bastão do Cel M. Fidélis para o Cel Tito.

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Palavras do Cel M. Fidélis.

3 Militares do Esquadrão concluindo o Utepas.

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Corredor Polonês (voo solo) Ten Pereira.

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ENTREVISTAEntrevista COM CORONEL TITO, NETUNO 01.

1.Qual a reação do senhor ao saber que seria o responsável pela fundação do Esquadrão Netuno? Comandar deve ser o sonho de todo oficial. Eu não poderia ser diferente. Ao saber da minha indicação, senti muito alegria e entusiasmo, mas consciente das minhas responsabilidades no porvir. 2.Quais os maiores desafios enfrentados no início do esquadrão? Fui transferido para Base Aérea de Belém no dia 17 de julho de 1990, com a missão de montar o Esquadrão deixando-o pronto para ativação em data não posterior ao dia 1 de outubro de 1990. Antecedendo a ativação do Esquadrão, foi criado o Núcleo do 3º/7ºGAv. Assim sendo, iniciei minhas atividades no dia 21 de maio. Minha atenção estava focada em critérios básicos da organização de um Esquadrão, a saber: a- Local onde iria ser montado o Esquadrão - Em reunião no COMAR I, ficou decidido que seria nas instalações do outrora 1º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque. b- Elaboração do Símbolo do Esquadrão - Designei o Tenente Pires Nader, e ele próprio desenhou o nosso símbolo. c- Hino do Esquadrão – A letra ficou a cargo do falecido Suboficial Emílio Leocádio, pertencente ao efetivo do 1º/7º GAv.

d- Dotação de Aeronaves - Chegavam na medida das possibilidades. Ao final do primeiro ano, o Esquadrão contava com cinco aeronaves. e- Formação dos Segundos Pilotos de Patrulha - a cargo do setor de Operações, cujo chefe foi o Cap. Av. Mac Donald, auxiliado pelo Ten. Av. Pitrez e Ten. Av. Santiago. f- Manutenção das Aeronaves - A cargo do Cap. Av. Dante, auxiliado pelo Ten. Av. Leônidas e Ten. Av. Barbosa Junior. O papel desempenhado pela manutenção foi de fundamental importância na manutenção da instrução aérea e nas missões de patrulha. g- Estruturação da Seção de Pessoal - Ten. Av. Pires Nader e Ten. Av. Flávio, estruturando a seção e controlando todas as necessidades do nosso pessoal, assim como mantendo em dia o livro histórico, documento que registra os feitos mais importantes do Esquadrão. h- Estruturação da Seção de Informação - Ten. Av. Marcus e Ten. Av. Fontes - realizando excelentes trabalhos na coleta de informações sobre os alvos, e difundindo a doutrina de informações aos novos oficiais. 3.Quais foram suas primeiras impressões sobre a Base e a cidade de Belém? A Base já era do meu conhecimento, pois na época em que servi no 1º/7º GAv. fiz varias missões de patrulha, em operação conjunta com a Marinha de Guerra, partindo de Belém. Essas missões tinham duração de cinco dias e visavam à identificação de barcos estrangeiros realizando a pesca do camarão no nosso mar territorial. No que diz respeito à capital do Pará, já na minha primeira missão, passei a admirar aquela cidade e o seu povo. Gente alegre e hospitaleira, com uma cultura muito rica e uma bela história de lutas e realizações.


ENTREVISTA

4. O senhor se recorda de alguma história marcante ocorrida no esquadrão sob seu comando? Lembro-me de uma missão realizada pelo Ten. Av. Marcus e o Ten. Av. Leônidas. Eles foram acionados pelo Serviço de Busca e Salvamento para realizar a busca de um pescador que havia desaparecido no litoral do Ceará. Partindo de Fortaleza, a tripulação encontrou o pescador vivo após 35 dias no mar. Como todos sabem, as aeronaves de patrulha têm por missão subsidiária a busca e salvamento. É muito marcante ver um final feliz numa missão dessa natureza. 5. Qual missão/operação mais importante que ocorreu no comando do senhor? Todas as missões foram importantes, quer sejam elas de instrução, de patrulha ou, quando acionado, de busca e salvamento. Passado todo esse tempo, vem à mente uma emblemática - a Operação SOBREIREX realizada em Fernando de Noronha. A Ordem de Operações partiu do Exmo. Brig. do Ar. Sobreira, na época Comandante da Segunda Força Aérea. Naquela Operação foram envolvidos todos os Esquadrões de Patrulha, a Base Aérea de Belém e a Base Aérea de Recife. Nossa missão era o patrulhamento da área compreendida pelo Atol das Rocas, Fernando de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Senti muita alegria em poder ter sobrevoado pela segunda vez o Arquipélago. Ao final da operação, recebemos as felicitações do nosso Comandante, Brig. do Ar Sobreira, pelo desempenho demonstrado por todas as Unidades Aéreas. Por ordem de antiguidade, os Comandantes das Unidades Aéreas envolvidas na operação: 1º GAE Ten. Cel. Av. Wilmar Terroso Freitas - 1º/7º GAv. Maj. Luiz Carlos Ferreira - 2º/7º GAv. - Maj. Av. Edel Noberto Ghelen. 6. Do que o senhor sente falta na aviação de patrulha da época que não há mais hoje em dia? O mundo vive em permanente evolução social, econômica e tecnológica. Portanto, devemos estar sempre focados no futuro. A História da Aviação de Patrulha no Brasil nos

deixou um legado de sacrifícios e honradez. Desta forma, as gerações futuras também tem por responsabilidade a preservação de todo esse patrimônio histórico e cultural. Esse patrimônio é a força que se agiganta no presente, conduzindo as novas gerações de patrulheiros a pensar no futuro da nossa aviação. Para se ter a ideia dessa realidade, senti muita alegria e felicidade quando o Alto Comando da Aeronáutica decidiu pela compra das aeronaves P-3 Orion. Esse feito foi a realização de um sonho de todos os patrulheiros da minha época, e antecessores. Assim sendo, não há do que se sentir falta, pois cada época é única e traz em si uma contribuição para o futuro. 7. Como era a operacionalidade do esquadrão na época? As equipagens estavam sempre motivadas. Havia um grande espirito de corpo. Percebíamos que os Oficiais, os Graduados, Cabos e Soldados dedicavam-se inteiramente ao Esquadrão. Toda essa dedicação não ocorria apenas durante o expediente mais também em madrugadas nas quais deixaram suas famílias para se dedicar a próxima missão. Nessa situação, a manutenção foi de fundamental importância para o cumprimento da instrução aérea e das missões de patrulha. Esse sentimento de comprometimento com a missão foi a tônica do efetivo durante todo o meu comando. 8. O senhor gostaria de deixar alguma mensagem ao Esquadrão Netuno? Gostaria de parabenizar e agradecer ao Comandante do 3º/7º GAv. Ten. Cel. Av. Luiz dos Santos Alves, assim como aos seus comandados, por essa oportunidade de poder manifestar, por ocasião do vigésimo quinto aniversário do Esquadrão Netuno, algumas opiniões e fatos sobre um passado que teve seu início em maio de 1990.

CORONEL TITO, NETUNO 01.



miss천es


Patrulha Marítima Fundamental para o desenvolvimento e a sobrevivência das nações, não existe país que dispõe de litoral e não identifique as potencialidades que este oferece. Desde épocas mais remotas, mares e oceanos são usados como via de transporte, meio para captação de recursos e não obstante como cenário de guerras. É importante relembrar que o mar foi nossa via de descobrimento, de colonização, de invasões, de consolidação da independência, de comércio e de agressões, além de arena de defesa da soberania em diversos episódios, inclusive em duas guerras mundiais. Por ele o país tem buscado sua autosustentabilidade, exportando por via marítima cerca de 95% de seu comércio para o e x t e r i o r. N o s ú l t i m o s a n o s , o desenvolvimento tecnológico trouxe descobertas, no solo e subsolo marinho, de recursos naturais de grande importância, fazendo com que 80% do petróleo nacional

fossem extraídos do próprio subsolo marinho, produzindo um total de um milhão de barris/dia. A atividade pesqueira, outra potencialidade do mar representa valiosa fonte de alimento e geração de empregos. Mais recente, a descoberta do pré-sal, se mostra como recurso capaz de alavancar a economia brasileira mas representa, antes de tudo, um desafio estratégico e de defesa. Um país que explora o mar fortalece suas expectativas científicas e econômicas, tornando-se, no cenário político internacional, uma nação rica e detentora de imensuráveis recursos naturais atraindo a atenção estrangeira para o investimento nos diversos setores de sua economia.

(By: 1º Ten Stolze 3º/7º GAV)


Foto de algumas missões de Patrulha Marítima realizadas pelo Esquadrão Netuno nos últimos 02 anos.


Inteligência Operacional Inteligência Operacional e Reconhecimento Aéreo: A versatilidade da Aviação de Patrulha Segundo a DCA 1-1 – Doutrina básica da Força Aérea Brasileira, Inteligência Operacional é a Ação de Força que consiste em empregar Meios de Força Aérea para produzir conhecimento sobre o oponente e para salvaguardar o conhecimento sensível das forças amigas. Para executar este tipo de missão, que exige o emprego de aeronaves e tripulações preparadas para ambientes operacionais complexos, não foi difícil perceber que a Aviação de Patrulha já havia sido naturalmente forjada no Teatro de Operações Marítimo após diversos anos de operações em eventos que envolvem cenários com multiplicidade de meios e amplo uso do Espectro Eletromagnético. Os novos sensores embarcados no P95BM permitirão a expansão das capacidades deste vetor. Além do uso dos equipamentos de Guerra Eletrônica aero embarcados para a realização de missões de Inteligência de sinais – SIGINT, vislumbra-se agora a obtenção de imagens a partir do RADAR SAR, ampliando assim o emprego do “Bandeirulha” em mais uma vertente do Reconhecimento Aéreo: A inteligência de Imagens – IMINT. Mas a versatilidade desta Aviação não para por aí. A criatividade dos patrulheiros permitiu o desenvolvimento do uso do P-95 em missões de interferência eletrônica, realizada a partir da preparação e do lançamento quase artesanal de “nuvens de chaff”. Tal missão contribui até os dias atuais na formação dos nossos controladores de voo e operadores dos radares empregados na Defesa Aeroespacial

brasileira. No futuro, com a possibilidade da implantação do FLIR com câmeras de TV e Infravermelho, poderemos expandir a capacidade de emprego noturno do Bandeirulha. Além disso, este equipamento poderá abrir mais um leque de missões para estas aeronaves e seus tripulantes: A participação em Operações conjuntas com Organizações Governamentais em atividades de combate ao contrabando e tráfico de entorpecentes, realizadas principalmente nas proximidades da extensa fronteira seca do Brasil. Desta forma, percebe-se no contexto atual que as aeronaves de patrulha não estão restritas ao ambiente marítimo. Ao longo do tempo nossa aviação tornou-se “Multimissão”, podendo ser empregada a qualquer tempo, em qualquer hora e em qualquer lugar que a operação de aeronaves versáteis, com tripulantes altamente qualificados e imbuídos de dever. (By: Maj Trope 3º/7º GAV)


Busca ... EU SABIA QUE VOCÊS VIRIAM!

“Curva à esquerda, alvo às nove horas, uma milha... Aumenta a razão de curva! Curva boa!... Marcador de mar lançado!... O alvo está no sentido da fumaça do marcador. É de cor vermelha, está boiando na superfície da água e... nossa! está acenando para a aeronave!... Tripulação, o alvo é o objetivo da busca”.

Pode parecer apenas mais um procedimento doutrinário, mas o brado dessas frases numa missão de Busca é algo que todo tripulante deseja ouvir. O sentimento de salvar vidas é algo epidêmico, o qual chega a superar as condições físicas e psicológicas dos envolvidos numa missão dessa natureza. Ao longo dos últimos 25 anos, a Aviação de Patrulha vem sendo inserida nesse contexto, passando a auxiliar o SISSAR (Sistema SAR Aeronáutico) nas atividades de busca em ambiente marítimo. Fazendo parte dessa nova ação de Força Aérea, o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação, Esquadrão Netuno, passava a designar suas aeronaves P-95 para o cumprimento das missões que lhe seriam atribuídas. Inicialmente foram muitos os obstáculos enfrentados para se chegar às condições mínimas de suporte ao cumprimento da missão, alguns destes relacionados às mudanças estruturais na aeronave (adaptação das janelas para observação, instalação de assentos adequados para os observadores, configuração do sistema de comunicação interna entre os tripulantes, etc.) e outros de cunho logístico (aquisição de sensor fotográfico específico, de óculos com lente polarizada, de binóculos com sistema para redução de vibração, de GPS portátil, etc.).


Além destes, sem perda de generalidade, o fator humano pode ser considerado o mais importante obstáculo contornado. No decorrer do tempo, o desenvolvimento de técnicas e táticas, acompanhadas por suas validações operacionais, foi exigido à exaustão dos militares que viriam compor a função de Observador SAR. Assim sendo, horas dedicadas em sala de aula, alternadas com os inúmeros voos realizados para sedimentação da doutrina SAR, foram destinadas à capacitação profissional dos tripulantes. Nesse ínterim, o sentimento de responsabilidade e a devoção às atividades de Busca afloravam em cada um. A vontade de cumprir à risca todos os procedimentos exigidos passava de um simples desempenho operacional para uma necessidade ideológica. O resultado de toda essa empreitada? Sucesso!

(By: Cap Beltrão 1º/6º GAV)


Esquadrão Netuno localiza barco à deriva No dia 28 de abril de 2009, o 3°/7º GAv pôde mais uma vez demonstrar a sua capacidade de cumprir missões de Busca. Na referida data, estava ocorrendo a Regata Transatlântica, a Remo Bouvet Rames Guyane, na qual os participantes realizam o percurso Senegal-Guiana Francesa-Senegal, passando pelo Oceano Atlântico ao norte do Brasil. No Dia 26 de abril um dos participantes, um barco com denominação "Saco", tripulado por De Gaullier Bertran, apresentou problemas no sistema de navegação de sua embarcação, ficando à deriva e tendo acionado o seu equipamento EPIRB. A equipe de sobreaviso do Esquadrão NETUNO foi acionada pelo SALVAERO AMAZÔNICO para iniciar as buscas. Um dia após o ocorrido uma aeronave P-95A, FAB 7059, decolou de Belém para o ponto de Início das buscas que se localizava a aproximadamente 70 Nm do través de Amapá. No decorrer da missão foram feitos contatos com as embarcações nas áreas próximas da busca, com o intuito de que auxiliassem na localização do barco. Após 4 horas de busca, e limitados pelo pôr-do-sol, a busca foi interrompida naquele dia. No dia seguinte, 28 de abril, a missão foi reiniciada com decolagem às 06:50h. Passadas algumas horas, para a vibração de toda tripulação, a embarcação perdida foi avistada. Após alguns questionamentos constatou-se que o Sr. De Gaullier Bertran estava com bom estado de saúde, que o mesmo tinha alimento a bordo e que ainda tinha condições de sobrevivência. Tal situação foi reportada ao SALVAERO que acionou um helicóptero H-1H, do 1°/8° GAV que se dirigiu para o resgate. Porém, após alguns contatos com embarcações nas proximidades, o veleiro Pas Que Beau prontificou-se em fazer o socorro, rebocando a embarcação até Caiena, capital de Guiana Francesa. A aeronave do 1°/8° GAV foi desengajada, retornado para sede. Tendo por encerrada com êxito a missão de busca, a tripulação do Esquadrão NETUNO regressou para Belém, com a consciência do dever cumprido, e a certeza de sua contribuição para a manutenção da vigilância no mar. (By: CECOMSAER)


FAB resgata piloto civil na floresta Amazônica

O esquadrão Netuno participou no dia 31 de outubro de 2011 da busca de um monomotor que fez um pouso forçado em Santarém (PA). O piloto Gonçalo Ferreira Lima Neto, 42 anos, natural da região, reportou emergência seis minutos depois da decolagem na pista de Augustinho, garimpo a 250 quilômetros a Noroeste de Santarém. O piloto chegou a relatar que iria fazer um pouso forçado ao lado de um rio, mas minutos depois, o monomotor caiu em cima de uma castanheira em meio a floresta Amazônica. Após a queda, Gonçalo Ferreira Lima ainda conseguiu pedir ajuda pelo rádio do avião civil. Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira foram mobilizadas para a missão de busca e resgate. Um P-95, do 3º/7º GAV e um helicóptero H-60 BlackHawk, do 7º/8º GAV. O piloto do monomotor foi resgatado da floresta com ferimentos leves.

(By: CECOMSAER)


Missão conjunta entre 3º/7º GAV e 1º ETA

Ação integrada entre Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil permitiu que dois brasileiros, tripulantes do navio de pesquisa Ocean Stalwart, d a R e p ú b l i c a d e Va n u a t u , r e c e b e s s e m medicamentos por meio de lançamento aéreo. No dia 31 de maio de 2013, o Comando do 4º Distrito Naval da Marinha recebeu a solicitação de evacuação aérea para dois tripulantes, Marcelo Maia Figueira, 46 anos, diabético, que apresentava hiperglicemia e necrose em um dos dedos do pé – quadro agravado pela falta de insulina a bordo – e Gabriela Oliveira, 26 anos, que apresentava quadro de hipotensão, desidratação, desmaio e anemia. A embarcação encontrava-se a aproximadamente 1.740 km da cidade de São Luis. De imediato, o Comando do 4º DN disponibilizou um médico para orientar por telefone o enfermeiro a bordo, que conseguiu estabilizar o estado de saúde dos tripulantes, dispensando, assim, a evacuação imediata dos pacientes. Entretanto, no dia 2 de junho, o agravamento do quadro de saúde do casal fez com que o SALVAMAR acionasse o SALVAERO para que a FAB realizasse o lançamento dos medicamentos ao mar.

NETUNO

Enquanto o Hospital Naval de Belém providenciava a medicação e os materiais médicos necessários, duas aeronaves da FAB foram engajadas na missão: um P-95B Bandeirulha do 3º/7º GAV, Esquadrão Netuno, e um C-95A Bandeirante do 1º ETA, Esquadrão Tracajá. O P-95B tinha a missão específica de localizar a embarcação e repassar as coordenadas à tripulação do C-95A, que faria o lançamento do fardo com os medicamentos. No dia 3 de junho, nas primeiras horas do engajamento das aeronaves, o P-95B do Esquadrão Netuno localizou o alvo a aproximadamente 500 km de São Luis e lançou um marcador de mar que permitiu que a aeronave do Esquadrão Tracajá realizasse o lançamento dos medicamentos com precisão. De posse dos remédios, a tripulação da embarcação conseguiu estabilizar novamente o quadro de saúde dos doentes, que seguiram até o Porto de Itaqui, onde receberam o aporte médico de emergência.

(By: CECOMSAER)



AERONAVE


FAB 7052 Foto 1: FAB 7052 mostrado no “Farnboroug Airshow”, em 1978.

A incorporação do P-95A ao Esquadrão Orungan concretizou-se nos idos de 1978. Àquela época, o 1°/7° GAV recebeu os primeiros cinco P-95A, entre os quais, o de matrícula 7052 apelidado de “Taiaçu”, em alusão ao nome popular de uma ave encontrada em algumas regiões da Amazônia. No dia 22 de agosto do mesmo ano, o P-95A FAB 7052 decolou rumo à Farnboroug, Inglaterra, a fim de ser apresentado na Feira Internacional “Farnboroug Airshow” como a mais nova aeronave de Patrulha Marítima de fabricação nacional. A primeira etapa dessa viagem (Fernando de Noronha - Dacar) teve a duração de 08:20h, sendo necessária a utilização do sistema de oxigênio para voar nas altitudes de 15.000 pés, 17.000 pés, 18.000 pés e 21.000 pés, uma magnífica proeza para as características de desempenho dessa aeronave. No dia 29 de agosto de 1991, o 3º/7º GAV recebeu a aeronave FAB 7052 conduzida pelo Maj Av José Tito do Canto Filho, Cap Av Oscar Pacheco Passo Junior e 3S BAV Luiz Aimi. Desde então, esta valorosa aeronave cumpriu missões de patrulhamento ostensivo das Águas Jurisdicionais Brasileiras em prol da ordenação do tráfego marítimo, e da localização de náufragos ou embarcações à deriva, totalizando quase 16.000 horas voadas e um pouco mais de 10.000 pousos executados.

Faz-se mister ressaltar que as reminiscências daquele tempo iniciado em 1991 doravante aos dias atuais, só aconteceram pelo concurso de homens corajosos e motivados, os quais tiveram o privilégio de serem os protagonistas do legado desta aeronave, seja a bordo ou na manutenção, numa história que transcendeu a própria existência do Esquadrão Netuno.

10.000 pousos executados.

(By: Maj Alexandre 3º/7º GAV)



E o futuro?

Qual a missão? Vivemos momentos distintos na história desta Unidade e cabe uma reflexão prospectiva sobre os anos que virão, sobre os novos desafios da Força Aérea Brasileira, de suas Aviações e Unidades. Longe de tentar fazer previsões de futurologia, este breve artigo irá procurar contextualizar, com base nas lições aprendidas, possibilidades que se avizinham aos profissionais da Aviação de Patrulha e, em especial, aos Netunos e Tritões. No advento da Segunda Guerra Mundial, em um cenário de guerra total, quando se sabia qual era a ameaça e o principal objetivo era sua eliminação, surgiu a Aviação de Patrulha no seio da Força Aérea: seu objetivo conter os submarinos nazistas e facistas que açoitavam o Atlântico Sul. Missão

que já nasceu sob o adágio da interoperabilidade entre as Forças, do uso eficaz da arma aérea e da cooperação multilateral. Muito foi aprendido e ensinado, e a Aviação de Patrulha que principiou as ações da guerra aérea, solidificou-se na recentemente organizada Força Aérea. Nascemos em Combate! Fomos criados para o Combate! A necessidade de impor a soberania nas 200 milhas de Zona Econômica Exclusiva, nos levou novamente ao Combate na década de 60, no episódio conhecido como Guerra da Lagosta. No decorrer desta crise, ficou patente que manter equipagens em condições de se contrapor a ameaça que vinha do mar, permitiu ao Brasil vantagem estratégica na resolução diplomática da contenda. Vigilância a qualquer dia e hora, alcance privilegiado, uso inteligente dos sensores e pronta-resposta, classificaram as

atividades das aeronaves de Patrulha. Na Paz ou na Guerra, estaremos prontos. Nos anos da Guerra Fria, muito se evoluiu no emprego da Aviação de Patrulha, na capacidade da guerra antissubmarino, impulsionada pelos Gruman P-16 Tracker e na capacidade expedicionária dos Lockheed P-15 Netuno. Aprendemos com as Operações I n t e r n a c i o n a i s , c o m o a s U N I TA S , a s peculiaridades de se operar em conjunto e das necessidades de melhores meios de comunicação e de controle. Aprendemos também novas facetas da Guerra, sua parte política e econômica. Aprendemos, a duras penas, que a Força Aérea se faz também com


planejamento e logística. Temos que perdurar em Combate! Perdurar e nos multiplicar, talvez estes tenham sido os fatores iniciais para o empenho no domínio do espectro eletromagnético: fazer muito mais com o que tínhamos, saber fazer e saber o porquê. A Guerra eletrônica que destacou, mais uma vez, a capacidade das equipagens de Patrulha e fomentou a ampliação das capacidades de inteligência operacional. Surgiram cursos, doutrinas e sistemas de apoio, bem como novas necessidades frente à guerra moderna. Observamos, em posição privilegiada, conflitos no Atlântico Sul e à distância (via CNN) os conflitos no Oriente. A aviação se transformou, assim como se transformaria a própria Força Aérea. Aprendemos que conhecimento gera poder. Neste cenário surgia no Guamá a mais nova Unidade de Patrulha da FAB, já impregnada de novos conceitos e visões de futuro. Os N e t u n o s e Tr i t õ e s , u t i l i z a r a m 11 0 % d a capacidade de sua plataforma d'armas, os P-95 A, era necessário e importante estarmos prontos, as missões não respeitam tempo e hora. Adaptamos e criamos estruturas de apoio e de Comando e Controle, até hoje, vistas como exemplo. Sofremos com as intempéries

climáticas e com as restrições orçamentárias e prosseguimos, focados na missão. Chegando aos dias atuais, com uma Aviação renovada pela implantação do P-3AM, com o decorrente e estratégico, emprego de armas por aquela plataforma, não se pode negar o impacto positivo para a Nação Brasileira, que pode contar com um vetor para defesa de seus interesses em qualquer parte do mundo. Neste bojo, os P-95B, estão sendo modernizados e ademais da nova aviônica

digital, recebem o novo RADAR SEASPRAY, potencializando seu emprego, permitindo mais uma vez, explorarmos tudo e, um pouco mais, que a plataforma nos oferece. O uso operacional deste renovado vetor permitirá a aplicação de novas doutrinas e a ampliação das táticas de Patrulha, Reconhecimento e Inteligência Operacional. Eis que ao olhar o passado e o presente, podemos inferir o cenário operacional que teremos em breve: meios aéreos interagindo por intermédio de links de dados, recebendo e repassando informações em tempo quase real para a cadeia de Comando e Controle, uso intensivo das comunicações satelitais e, provavelmente, de comunicações civis. Uma crescente dispersão de tecnologias, que tornarão os alvos mais furtivos e rápidos, com emprego de armamento inteligente e de longa distância. Serão dias onde a surpresa tática será calcada na inovação tecnológica e o controle do ciberespaço ameaçará as estruturas militares de guerra, veremos menos a face do inimigo e sofreremos mais suas ações virtuais. Será pouco útil dividir as áreas de conflito em marítima e terrestre, pois o espaço que as une, também estreitará os limites do embate. Navios ameaçarão tropas no terreno, tropas imporão respeito aos navios pelo uso de mísseis de longo alcance. Os meios aéreos, tripulados ou não, permearão os combates. Possivelmente a potência hegemônica


atual enfrentará rivais regionais e globais, com uso de todas as facetas da guerra (política-econômicamilitar), o mundo terá novas crises humanitárias e cismas religiosos que, quando ao largo de nossa Nação, ainda assim provocarão indignação e temores. Parte desta prospecção de futuro poderá tornar-se real, parte nunca deixará estas linhas, entretanto o mais importante para o cumprimento de nosso dever nos anos vindouros já está disponível nas Unidades Aéreas de Patrulha: nossas equipagens. Serão os jovens tenentes os decisores de amanhã, serão os especialistas de agora os mantenedores de nossa Força Aérea. Serão eles que lutarão as próximas batalhas, essa é, e também será a nossa missão: Voar, Combater e Vencer! Assim, ainda que o futuro não possa ser descortinado em palavras, saibam todos que: a Aviação de Patrulha; nascida em combate, interoperativa, guerreira, capaz e visionária; continuará a ser esteio e propulsora de homens e mulheres que aceitaram o desafio de empregar de forma eficaz a arma aérea.

Senhores Netunos e Tritões, quem venham os próximos 25 anos! (By: Ten Cel Santos 3º/7º GAV)





Netuno em números Ao longo de 25 anos o Netuno voou mais de 41.853 horas que equivale a mais de 8.370 missões de Patrulha ou Busca

O suficiente para voar mais de 4.185.300 km que corresponde a 328 voltas no planeta Terra e um pouco mais de 10 idas até a lua.

Em suas missões de patrulha fez mais de 8100 contatos. Em 2013 e 2014 foi o esquadrão que realizou mais contatos com embarcações, sendo assim bicampeão do Prêmio “Contato Força Aérea Brasileira”.

Para tudo isso, foi consumido aproximadamente 25.111.800 libras de combustível ou 729.500 caminhões tanques.

Foram aproximadamente 396.725 pousos equivalentes a 157 pousos em cada aeródromo Brasileiro ou pelo menos 96 pousos em aeroportos comerciais ao redor do mundo.


27 de Setembro... É o 270º dia do ano

1589 - O duque alemão Guilherme V funda a Hofbräuhaus, especializada na produção de cerveja marrom

1825 - Inauguração da primeira linha-férrea do Mundo

.

1940 - O Pacto Tripartite, que formava o Eixo, foi assinado pela Alemanha, Itália e Japão, na Segunda Guerra.

1950 - É inventada a secretária eletrônica.

NETUNO

1953 - Fundação

1990 – CRIAÇÃO DO 3º/7º GAV. ESQUADRÃO NETUNO.

1998 - Criação do site de busca Google.

da TV Record.


1990...

11 de Fevereiro – Nelson Mandela é libertado da prisão depois 27 anos.

15 de Março – Fernando Collor de Melo assume a Presidência

4 de Agosto – Estreia a Escolinha do Professor Raimundo.. NETUNO

28 de Agosto - O Kuwait é anexado ao Iraque. 27 de Setembro – Criação do 3°/7° GAv, Esquadrão NETUNO

20 de Outubro - A emissora MTV entra no ar no Brasil. 3 de Outubro - Ocorre a queda do muro de Berlim.

21 de Outubro – Ayrton Senna é bicampeão mundial de Fórmula 1

21 de Novembro - é lançado no Japão o videogame Super Nintendo.



AO MAR!!!

NOS


ARES!!!

O REI!!!



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