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obrigatório de máscaras no Distrito Federal

EDUCAÇÃO> Centros interescolares de línguas (CIL) abrem matrículas BRASÍLIA, 2 QUINZENA DE ABRIL DE 2020

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NASCE BRASÍLIA. SESSENTA ANOS DE UMA IDEIA FELIZ

Três dias de festa marcaram a inauguração da capital federal, feito que sacramentou a vitória política de JK

Foto: LÚCIO FLÁVIO Agência Brasília

Foram três longos dias de festa. E teve de tudo. De baile de gala a corrida de carros em pleno Eixo Monumental. Celebração de missa a cascata de fogos de artifícios, uma novidade para muitos até então. Quem presenciou, tem as imagens gravadas na memória como se fosse hoje. Estima-se que mais de 200 mil pessoas acompanharam as solenidades. Grande parte varou a noite sem pregar os olhos.

A inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960, há exatos 60 anos, foi um acontecimento, embora muitos daqueles que já moravam na cidade, bem como parte do resto do país, não acreditassem que aquela ousadia ou “loucura” do presidente Juscelino Kubistchek, como diziam os desafetos, fosse dar certo. E deu.

Segundo dados do Censo daquele ano, a população da nova capital girava em torno de 140 mil pessoas. Desse número, mais de 87 mil eram homens, em sua maioria, trabalhadores que vieram prestar serviço nas várias obras espalhadas pelo local. Tanto quanto as mulheres, estimadas à época em 53 mil, a idade média desses primeiros a chegarem era 22 anos. “Algumas pessoas não estavam convencidas, nem as que moravam aqui”, lembra hoje a coreógrafa Gisèle Santoro, 81 anos. “Tinha algumas construções, mas você olhava para os lados e não tinha nada. Para ir ao Lago Sul, dava-se uma volta danada, porque não tinha a ponte e as mansões pareciam mais distantes”.

Gisèle teve o privilégio de dançar em cima do Congresso Nacional no dia da festa. “Eram uns 12 bailarinos, chegamos num avião da FAB, e, como tinha chovido, a cidade era só lama. Dançamos na parte de cima do Congresso, com a orquestra embaixo, e a iluminação foi um espetáculo.”

E foi mesmo. Podia-se ver o clarão dos efeitos de luzes ao longe. Luzes que anunciavam, metaforicamente, o alvorecer de um novo Brasil. Um Brasil comprometido com o progresso e o desenvolvimento, e cujo símbolo dessa nova identidade nacional recaía exatamente sobre Brasília, a cidade moderna e futurista construída no coração do Planalto Central, prometendo ligar o país de Norte a Sul, do Oiapoque ao Chuí. Daí as lágrimas sinceras e convulsivas derramadas por Juscelino Kubistchek um dia antes, no primeiro dia das celebrações, durante a missa solene celebrada por dom Manuel Gonçalves Cerejeira. Uma cena que despertou atenção do vice João Goulart, sentado ao seu lado, e foi registrada em fl agrante marcante. “Só vi meu pai chorar em duas

ocasiões: na morte de familiares e na inauguração de Brasília”, diria mais tarde a fi lha de JK, Maria Estela.

Era um pranto de alívio, misturado com alegria. Afi nal, concretizava-se ali o projeto de toda uma vida, de uma carreira, a realização de uma utopia que nasceu de um presidente que desafi ou o impossível. A transferência da nova capital para o coração do país foi encarada por JK em “sua mais importante batalha travada em vida pública”, como destacou o jornalista e historiador Ronaldo Costa Couto. “A inauguração da cidade tem profundo signifi cado histórico pelo fato em si e por incluir a transferência simultânea da capital, sinalizar afi rmação nacional para dentro e para fora, apontar novos rumos”, escreve Ronaldo no livro Brasília Kubitschek de Oliveira.

Fonte: Agência de Brasília

stação News

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Esporte

Flamengo planeja corte de 25%

Cada vez mais preocupados com os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus, os dirigentes do Flamengo avançaram na decisão de fazer cortes na folha salarial para que se proteger do impacto no caixa rubro-negro. E a solução mais madura nas reuniões por videoconferência é de redução de 25% dos salários acima de R$ 4 mil e, em um segundo momento, fazer valer a Medida Provisória 936 para quem recebe próximo de um salário mínimo. Um dos pontos em discussão é se a medida já afetará a folha de abril, que será paga até o quinto dia útil de maio, ou se fi cará para a seguinte. O clube busca alternativas para postergar este impacto. O Flamengo não se manifestou ofi cialmente sobre o tema. A decisão é similar a que foi tomada pelo Atlético-MG, que afetou quem recebe acima de R$5 mil. Mas vai na contramão do cenário europeu e até mesmo de brasileiros, como o Fortaleza, quando jogadores e dirigentes abriram mão do pagamento para que funcionários não fossem impactados. A previsão é de que seja emitido um comunicado confi rmando que ninguém precisará se apresentar para trabalhar na sede social da Gávea hoje. O plano de momento é de que quem tenha o salário cortado em 25% passe a trabalhar em sistema de home offi ce com carga horária reduzida. A readequação permanecerá por período indeterminado mesmo após a volta normal das atividades. GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO

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