Unidade São Roque completa 1 ano de atividades 2 Antonieta Sena de Jesus, Auxiliar de Serviços Gerais
Ano 2 • Edição n.º 12 • agosto/2014
Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) Plano Básico Ambiental (PBA) – Programa de Comunicação Social
Saubara sedia 2ª Fecom e Encontro de Cheganças 3
Foto RONALDO SOUZA
Foto ROQUE PEIXOTO
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Resíduos da Enseada geram renda para cooperativas 4
Enseada aposta em qualificação para formar profissionais do Recôncavo Baiano A
proximidade do fim da construção da Unidade Paraguaçu e o início das atividades na Unidade São Roque vão demandar novos profissionais para trabalhar em diversos setores da Indústria Naval na Enseada. Os interessados em fazer parte das oportunidades que estão surgindo com a implantação do empreendimento devem ficar atentos às vagas de cursos de capacitação ofereci-
Foto BRUNO PINTO
Distribuição das categorias profissionais atuantes nos estaleiros: Operários especializados: 70% Apoio: 10% Técnicos: 8% Administração: 7% Engenheiros: 5% Fonte: Sinaval – pesquisa preliminar por amostragem
dos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em parceria com instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e prefeituras da região. A maioria dessas vagas de emprego tem como prioridade os moradores do Recôncavo, principalmente aqueles que residem nas proximidades dos canteiros. Mas, para isso, é importante investir tempo e dedicação em qualificação profissional. Atualmente, 334 integrantes atuam na produção da Unidade São Roque; destes, 98% são da região do Recôncavo. “Ainda vamos contratar pelo menos mais quatro vezes o que temos hoje de mão de obra direta em atividade até 2016. Os profis-
sionais mais necessários serão soldadores, caldeireiros, encanadores e montadores”, afirmou Bernardo Pedral, gerente administrativo que incentiva a participação dos moradores nos cursos. “Mesmo tendo prioridade, os moradores da região precisam estar devidamente capacitados para que possam disputar com boas condições vagas para a Enseada e para outras oportunidades que têm surgido na região”, completou Bernardo. Das 150 turmas previstas dos cursos de capacitação do Pronatec 8 já foram concluídas, 51 estão em andamento e 91 estão aguardando a liberação do sistema do Ministério da Educação (MEC). Grande parte
dos municípios do Recôncavo está contemplada como local sede dos cursos, dentre eles: Cachoeira, Santo Antônio de Jesus, São Félix, São Roque, Maragojipe sede, Nazaré das Farinhas, Salinas da Margarida e Saubara. “Queremos dar oportunidade de qualificação para o maior número de pessoas possível, mas, além disso, buscamos gente com disposição para se desenvolver em sinergia com o crescimento da empresa e para agregar ao grupo”, revelou Márcia Lapa, gerente de Educação Industrial.
Alunos do Pronatec participam de aula prática na oficina de solda e ajuste mecânico
Dhyellen Pinheiro exibe certificado de curso: “vejo minha qualificação como um grande diferencial”
Pronatec certifica jovens em Maragojipe O Auditório da Casa da Cultura de Maragojipe sediou um grande acontecimento para 160 alunos dos cursos de Caldeiraria e Caldeiraria Naval do Pronatec: a entrega dos certificados de conclusão do curso. Com um pacto firmado em 2013 entre os governos municipal e federal e o Senai, mais de 500 jovens puderam ser qualificados na cidade. Ricardo Celestino, que coordenou os cursos em Maragojipe pelo Senai, disse que a sensação maior é a de dever cumprido por colocar à disposição do mercado novos talentos. “Espero que esses jovens encontrem seu espaço, pois agora são profissionais qualificados e aptos a desempenhar funções que são supervalorizadas pela indústria”, declarou Celestino, que teve como uma das alunas a maragojipana Dhyellen Pinheiro, de 18 anos. Ela sabe que a concorrência no mercado de trabalho é grande, mas não desanima. “O número de pessoas que busca o mesmo emprego que eu cresceu, mas vejo na minha qualificação um bom diferencial. O melhor de tudo é que o curso foi gratuito, e considero esse momento como uma grande conquista”, vibrou a jovem, feliz com a mais nova capacitação.
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treinarão os integrantes da Enseada das áreas de Pipe Shop, Almoxarifado e Oficina 6, no período de julho a dezembro de 2014. De acordo com o gerente Industrial, Mario Moura, o TTA, além do treinamento de pessoas, contempla também o compartilhamento de softwares da grande multinacional japonesa. “Estamos traduzin-
Primeiro grupo de mestres japoneses chega à Enseada
do mais de 6 mil procedimentos”, revelou. Segundo ele, receber os integrantes do Japão no canteiro é outra forma de transferência tecnológica. “Uma coisa é enviarmos nossos integrantes; outra, é trazer alguém de fora. Isso vai beneficiar aqueles que não tiveram a oportunidade de ir para Sakaide”, disse o gerente. A expectativa dos integran-
tes de São Roque é a melhor possível. Claudiovan Santos, supervisor de montagem da Oficina 3, considera a presença dos japoneses na unidade muito positiva para o desenvolvimento do projeto. “A metodologia japonesa só agrega às nossas atividades”, falou o supervisor. Para os novos integrantes, é possível dizer “youkoso ou”, em português, bem-vin-
Foto JULIUS SÁ
“Vamos trabalhar juntos para construir esse navio”. A frase de Takuji Ujike mostra o espírito de equipe partilhado com outros cinco japoneses que chegaram à Unidade São Roque, da Enseada, no último mês. Eles vieram do estaleiro da Kawasaki em Sakaide, no Japão, por meio do Acordo de Transferência de Tecnologia (TTA) e serão os mestres que
Foto BRUNO PINTO
Capacitação de integrantes ganha reforço do Japão
Integrantes participam de cerimônia especial em comemoração à data
Unidade São Roque completa 1 ano de implantação Todo aniversário tem um sabor especial, principalmente aquele que é cheio de conquistas para comemorar. Foi o que aconteceu na Unidade São Roque da Enseada Indústria Naval, que celebrou 1 ano de atividades no dia 5 de agosto. A programação especial contou com a encenação de um grupo de teatro e discursos das principais lideranças do canteiro, que desta-
caram alguns marcos durante o primeiro ano da Unidade. “Nesse período, já realizamos muitas ações importantes para a construção do navio Ondina, como o primeiro corte de chapa em janeiro. No aniversário de dois anos eu espero ver as unidades São Roque e Paraguaçu operando juntas e de forma integrada”, disse Yasumasa Yao, diretor industrial.
Com palavras de incentivo, o vice-presidente de tecnologias adjunto, Hitoshi Kudo, falou sobre o perfil dinâmico da Enseada no mercado local. "O comprometimento e a nossa união nos fortalece a cada dia e nos torna uma indústria de construção naval de alta competitividade, na Bahia e no Brasil”, afirmou o executivo.
dos: Hiroshi Matsunari, Koki Mishima, Takuji Ujike, Koji Nishihiro, Takuya Higashiyama e Minoru Okamoto. O treinamento de pessoas pelo TTA já levou 78 integrantes da Enseada para o Japão desde o início do programa, em 2013. Boa parte deles é composta por morador da região do Recôncavo Baiano.
Os desbravadores Quem participou de todo o processo inicial de atividades no canteiro pode falar do que aconteceu nesse período de um ano. Bernardo Pedral (gerente administrativo), Manoel Brito (coordenador administrativo) e Mario Moura (gerente industrial) foram os primeiros a chegar à Unidade. Para Bernardo, foi um ano de muitas mudanças. “Hoje estamos vivendo um tempo de pensar no futuro e no desenvolvimento, pois, se mantivermos o cenário de conquistas de 2013, posso afirmar que muitos desafios virão pela frente”, disse Pedral. O que mais chamou a atenção de Manoel, com mais de 30 anos de experiência trabalhando em obra, foi o sentimento de infinitude da indústria. “Obra você sabe que tem início, meio e fim. Isso aqui [estaleiro] foi feito para durar para sempre. Passar essa sensação para os outros integrantes me motivou muito a seguir em frente. Hoje temos um canteiro com a nossa identidade e com pessoas de diferentes culturas. Com certeza posso dizer também que passamos por muitas mudanças administrativas positivas ao longo desse processo” revelou o coordenador. Já Mario Moura destaca como grande marco dos últimos doze meses o início da construção da primeira sonda, em janeiro. “Isso nos enche de orgulho; nos torna competitivos. Sabemos que estamos contribuindo para o desenvolvimento da indústria naval e da região", enfatizou o gerente. Mario Moura, Bernardo Pedral e Manoel Brito: os três primeiros a chegar ao canteiro
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Saubara foi cenário de eventos para promoção da cultura e movimentação da economia local
População local e turistas participam da Fecom e do Encontro de Cheganças Uma mistura cultural regada a empreendedorismo movimentou o bucólico município de Saubara, no início do mês de agosto. A agitação na cidade aconteceu graças à 2ª Feira do Empreendedor Comunitário (Fecom), ao II Encontro de Cheganças da Bahia e à festa do padroeiro, São Domingos de Gusmão. Durante um fim de semana, os cerca de 12 mil habitantes dividiram a cidade com centenas de turistas. Realizada pela Enseada, em parceria com a prefeitura de Saubara, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Global Ship, a NutriGolden e a Gereré Tour, a Fecom foi uma grande opção de negócios e entretenimento para moradores e pessoas de outras localidades que visitaram o município nesse período.
Sandra Costa, coordenadora de Responsabilidade Social da Enseada, disse ter ficado impressionada com a riqueza natural e cultural da comunidade. “É um povo participativo, que preserva suas raízes. Exemplos como este aqui nos dá mais
estímulo para continuar promovendo ações de apoio ao desenvolvimento econômico, sustentável e de fortalecimento do empreendedorismo”, declarou Costa. O prefeito de Saubara, Joelson das Virgens, destacou a
Beleza do artesanato chamou a atenção dos visitantes da Fecom
participação popular nos eventos da cidade como um grande diferencial para o município. “Preservamos as nossas raízes e as nossas tradições. A feira aconteceu para nós num momento de festa e de muito orgulho. Ano que vem, com certeza, ela será ampliada e novos empreendedores participarão”, comentou o prefeito. Conquistando novas gerações O Encontro de Cheganças vem se tornando cada vez mais de grande valor para a população de Saubara. De acordo com Rosildo do Rosário, organizador do evento e contramestre do grupo Fragata Brasileira, o Encontro relembra a tradição que foram as marujadas para a comunidade. “Essa mobilização que fazemos com outros municípios vem nos garantin-
do um novo momento de visibilidade. Estamos passando nossa cultura de geração para geração, para que isso não se perca. A comunidade sai ganhando, pois o tempo não vai fazer com que essa manifestação desapareça”, disse Rosildo, que frisou a importância de instituições, como a Enseada, apoiarem esse tipo de iniciativa. “O registro do Encontro, através de um minidocumentário feito pelo Estaleiro, demonstra o entendimento e apoio às questões sociais do município”, expressou o contramestre. A Enseada lançará, em breve, um vídeo produzido durante o II Encontro de Cheganças de Saubara. Fique atento ao canal do empreendimento no Youtube: www. youtube.com/estaleiroeepsa
Navegando Juntos Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP). www.enseada.com.br informes@consorcioep.com.br Presidente: Fernando Barbosa Vice-presidente de Operações: Guilherme Guaragna Diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade: Humberto Rangel Diretor de Pessoas e Organização: Ricardo Lyra Diretor de Execução: José Luis Coutinho de Faria Gerente de Comunicação Externa e Editor: Marcelo Gentil (Conrerp 7ª/nº 1771) Redação: Malany Tavares Fotografia: Julius Sá Apoio: Bruno Pinto, Roque Peixoto, Thaise Muniz, Pedro de Luna, Ronaldo Souza, Marli Santos e Caíque Fróis Projeto gráfico e editoração: Solisluna Design Revisão: Maria José Bacelar Guimarães Pré-impressão e impressão: Rocha Impressões Tiragem: 20.000 exemplares A Enseada é uma empresa associada à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). www.navegandojuntos.com.br
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Reutilizar: tornar a utilizar; dar nova utilização; efetuar nova utilização em algo. Olhando no dicionário, a simplicidade dessa palavra não dá a real dimensão do que ela significa, principalmente para quem tira da reutilização o seu sustento. Esse é o caso de quatro cooperativas de Saubara e Maragojipe que têm recebido da Enseada os resíduos gerados na construção da Unidade Paraguaçu. São elas: Cooperativa de Trabalho das Mulheres de Saubara (COOPTMS), Cooperativa de Badameiros de Saubara (COOBASA), Associação de Produtores Alternativos de Cabuçu (APAC) e Cooperativa de Costureiros e Artesãos de Maragojipe (COOPCAM). Apenas no primeiro semestre de 2014, essas cooperativas tiveram um faturamento de R$ 27 mil em decorrência da doação de resíduos feita pela
Foto MALANY TAVARES
Resíduos doados pelo Estaleiro geram renda para cooperativas do Recôncavo
COOPCAM, em São Roque, viu oportunidade de crescimento em parceria com a Enseada
Enseada. As sobras de madeira deram vida a móveis; o óleo de fritura gerado pelo refeitório foi transformado em barras de sabão; lonas e fardamentos viraram sacolas; plásticos e papelões foram vendidos, gerando
fundos para a compra de utensílios usados na confecção de vassouras ecológicas. Os produtos foram comercializados em feiras e eventos, movimentando a economia da região. De acordo com Maria Cre-
nilda da Cruz, presidente da COOPCAM, o apoio da Enseada tem dado uma mãozinha às cooperadas. “O Estaleiro nos fornece a matéria-prima e ainda compra os produtos que fazemos com elas. Assim
vamos conseguindo recursos para o nosso crescimento. Estávamos há muitos anos tentando formalizar a cooperativa e agora, aos poucos, estamos conseguindo. Graças a essa parceria, conseguimos até tomar um curso no Sebrae, que nos ensinou a melhor forma de gerenciar nosso negócio.”, revelou Maria. Sandra Costa, coordenadora de Responsabilidade Social do empreendimento, afirma que essas ações estruturantes nas comunidades pesqueiras contribuem para o fomento ao empreendedorismo sustentável. “A doação de resíduos para associações e cooperativas movimenta a economia local, gerando emprego e renda, além de contribuir para o equilíbrio do meio ambiente e para uma cultura de responsabilidade socioambiental responsável”, completou.
Foto MALANY TAVARES
Centro de Referência da Enseada já está em funcionamento
Espaço já conta com atividades do Círculo de Leitura para crianças da comunidade
A Enseada Indústria Naval reabriu, desde junho, o Centro de Referência na localidade de Enseada do Paraguaçu. O Centro foi criado com o objetivo de oferecer para a comunidade ações de educação ambiental, saúde e segurança, atividades culturais e reuniões. No espaço já existe uma biblioteca e em breve contará com um infocentro para promover a inclusão digital dos moradores e estimular a frequência dos jovens. Para oferecer mais conforto aos visitantes, o espaço passou por uma pequena reforma e algumas melhorias. “Queremos que o nosso Centro de Referência seja um lugar onde as pessoas possam se sentir bem ao frequentar; por isso investimos em uma decoração linda, feita por um artista plástico que utilizou os
resíduos descartados na construção da Unidade Paraguaçu. Nesse espaço, podemos também dar mais vida ao projeto Círculo de Leitura, que incentiva as crianças do quilombo de Enseada do Paraguaçu a mergulhar no mundo dos livros”, disse entusiasmada a coordenadora de Responsabilidade Social, Sandra Costa. O Centro funciona de segunda a sexta, das 8 h às 12 h, e lá a comunidade pode interagir com o empreendimento, tirando dúvidas ou levando sugestões, críticas e reclamações. Fala comunidade Quer ficar por dentro das principais notícias e ainda interagir com o Estaleiro? Então acesse o nosso blog oficial: www.navegandojuntos.com.br