Juntos Navegando
Linha do tempo: acompanhe a evolução do Estaleiro 2
Ano 3 • Edição n.º 16 • dezembro/2014 janeiro e fevereiro/2015
Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) Plano Básico Ambiental (PBA) – Programa de Comunicação Social
Foto Ronaldo Souza
Arley de Assis – Pintor Industrial da Enseada
Enseada:
Foto Julius sÁ
Segurança: delegacia de Salinas é reformada 4
Círculo de Leitura forma turma com apoio da Enseada 4
80% de conclusão das obras e obteve a licença para começar a operar, uma grave crise nacional de liquidez surpreendeu o mercado e forçou a Enseada a desacelerar o ritmo de implantação, antecipando o processo de desmobilização da mão de obra civil, previsto em qualquer obra de grande porte. Praticamente, todo o efetivo envolvido na construção do empreendimento foi desligado nos últimos meses. A medida, difícil para a
avanço físico global. Pautada pelo princípio da transparência, comunicação ampla e interação social – uma marca da empresa desde o início de sua implantação – a Enseada publica este editorial. Se, por um lado, o momento é de atenção, por outro, a empresa acredita e trabalha para a superação da grave crise vivida pela Petrobras, Sete Brasil e estaleiros convidados pelo Governo Federal para uma missão estratégica para o país: a
empresa e para tantas comunidades do entorno, foi necessária, responsável e preventiva, e foi tomada tendo sido previamente pactuada com o sindicato dos trabalhadores e outros órgãos. Hoje, cerca de mil funcionários atuam na fase operacional do empreendimento e a primeira sonda registra 54% de
de reconstruir a indústria naval brasileira. Em defesa da Bahia Muitos são os interlocutores que estão trabalhando pela retomada do “Projeto da Bahia” e ao mesmo tempo sentindo os impactos em função do atual cenário da indústria naval. Conheça a opinião de alguns deles:
Vera Lucia Prefeita de Maragojipe
baianos. Um recorde nacional de absorção de mão de obra local, com milhares de homens e mulheres com oportunidade de iniciar uma carreira, já que foram elevados os índices de primeiro emprego. Apesar de todo o sucesso conquistado pela Enseada em 2014, quando superou a marca dos
Jorge Castelucci Prefeito de Salinas da Margarida
“Estamos extremamente preocupados com a situação e já começamos a colher os impactos aqui em Salinas da Margarida. Estávamos vivendo um novo ciclo de desenvolvimento. A cidade, que antes vivia exclusivamente da pesca, passou a ter oportunidades reais de emprego num empreendimento grandioso. O município não tem hoje como absorver esse efetivo que está sendo desligado. Para nós, muda todo um cenário de expectativas da região. Toda a cadeia de comércio e serviços está sentindo muito”.
“Estamos muito preocupados. Nesses dois anos contabilizamos benefícios para a cidade de Saubara com a chegada do Estaleiro. Agora, com as demissões, os estudantes estão preocupados com a falta de perspectiva real de crescimento. Com a construção do terminal marítimo, prevista para iniciar em março, o impacto positivo ia ser ainda maior, pois o comércio seria mais incentivado. Estamos vivendo um cenário de descrédito, mas esperamos que a situação se resolva”.
Capitão Joelson Prefeito de Saubara
Antonio Ricardo Alban Presidente da Fieb
“O Estaleiro Enseada já está atuando há algum tempo em fase operacional e representa um novo vetor de desenvolvimento econômico. Atrás do estaleiro, que é o maior investimento estruturante no Estado, há toda uma cadeia produtiva que estimula o desenvolvimento da pequena e média indústria, fortalecendo o processo de desenvolvimento da Bahia. No passado, o Brasil já sucateou sua indústria naval e o custo disso foi muito grande para o país. O que está acontecendo agora é que as empresas estão ajustando seus fluxos financeiros, porque essa crise atual não gerou apenas uma interrupção de pagamentos, mas também do fluxo de linhas de crédito”.
“Hoje muitas famílias de Maragogipe e das cidades vizinhas estão entristecidas com toda esta crise que se instalou na indústria naval brasileira. Nota-se sofrimento em cada rosto daqueles que enxergavam na construção do Estaleiro uma oportunidade de emprego, de superação de desafios, de qualidade de vida. Atualmente, com o desaquecimento da economia, com todas essas demissões antecipadas, com a queda no fluxo de vendas do comércio local, com a onda de violência que assola nosso recôncavo e com a ociosidade da nossa juventude, carente de oportunidades, a permanência do estaleiro é vital para o desenvolvimento econômico da região e do Brasil”. Foto Arquivo pessoal
“Houve uma interrupção dos compromissos. O Governo Federal tem a obrigação de seguir a política que ele mesmo traçou e os bancos, principalmente o Banco do Brasil, tem que cumprir com aquilo que tinha contratado. Para o pré-sal ser explorado, temos que ter estaleiros com capacidade de produzir sondas e plataformas que vão viabilizar essa exploração; senão vamos voltar a ser reféns da indústria internacional e importar tudo, colocando nosso povo que está trabalhando no estaleiro para voltar a pescar”.
“Estamos todos preocupados com as demissões e com o cenário que se encontra o Estaleiro Paraguaçu. São milhares de pessoas desempregadas o que causa um impacto negativo para a população. Além dos empregos diretos que foram afetados, muitos comerciantes investiram e também estão sofrendo. Espero que a situação se resolva o quanto antes, pois hoje o Estaleiro é uma das principais fontes de renda da população”.
Foto Divulgação
Foto Ascom/SDE
James Correia Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia
acionista do empreendimento, o estaleiro representa um investimento de R$ 2,7 bilhões e tem como primeiro desafio a construção, já iniciada, de seis sondas de perfuração para exploração do pré-sal. No pico das obras, seu consórcio construtor, o CEP, gerou 7 mil empregos diretos, 90% das vagas para os
Foto Divulgação
O
estaleiro da Enseada, implantado em Maragojipe, na Bahia, é o que se pode chamar de projeto estruturante com utilização de tecnologia no estado da arte em construção naval. Planejado de forma sofisticada por grupos empresariais brasileiros e pela Kawasaki Heavy Industries, do Japão, também
Foto ngelo Pontes/ Coperphoto/Sistema FIEB
Projeto da Bahia que fortalece os baianos
Zevaldo Sousa Historiador e blogueiro da região
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Linha do tempo da Enseada: principais acontecimentos sobre o Estaleiro
Corte de chapa para o casco do primeiro navio, o Ondina, em 22 de novembro
Início da montagem do Goliath
Conclusão do Cais I e atracação do primeiro navio Corte da primeira chapa do navio Ondina (topside) na Unidade São Roque
Lançamento da Pedra Fundamental em 13 de julho
2012
Formatura da primeira turma da Escola Mergulho no Conhecimento
2013
Janeiro
Fevereiro
2014
Março
Abril
Maio
Conclusão do primeiro bloco do navio Ondina (topside) na Unidade São Roque
Início da construção do Estaleiro em julho Visita do governador da Bahia, Jaques Wagner, aos integrantes do TTA no Japão
Desembarque do Jib Crane de 300 toneladas
Assinatura do contrato de arrendamento da Unidade São Roque em 26 de novembro
Aciso em Salinas da Margarida
Assinatura do contrato com a Sete Brasil para a construção dos seis navios sonda em 17 de agosto
Início das obras da ponte sobre o Rio Baetantã
Mobilização dos primeiros integrantes da Diretoria Industrial da Enseada
Mudança de marca EEP – Enseada
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Instalação das pontes rolantes de 120 toneladas na Oficina 6
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Conclusão da montagem do primeiro bloco do navio Pituba (topside) na Unidade Paraguaçu Verticalização da perna fixa do Goliath
Assinatura do Terminal de Uso Privado (TUP)
Entrega do Boi Janeiro à comunidade de Enseada
Junho
Fecom de São Roque
Assinatura da Ordem de Serviço, pelo Governo, para construção do atracadouro de Saubara
Primeiro corte de chapa do navio Pituba (topside) na Unidade Paraguaçu
Julho
Agosto
2014
Setembro
*Crédito das fotos: Arquivo Gerência de Comunicação Externa
Lançamento de três livros quilombolas durante a Flica
Aciso em São Roque
Outubro
Novembro
Dezembro
Formatura da primeira turma de pescadores em São Roque do Paraguaçu
Produção do primeiro megabloco do navio Ondina (topside) na Unidade São Roque
Entrega pelo CEP de parte da Oficina 6 para a Enseada
Fecom e Encontro Cheganças em Saubara
Conquista da Licença de Operação do Ibama Reabertura do Centro de Referência na comunidade de Enseada Mobilização de integrantes da Unidade São Roque para a Unidade Paraguaçu
Concretagem da parede plástica do Dique Seco
Jateamento e pintura do primeiro megabloco do navio Ondina (topside) na Unidade Paraguaçu
Navegando Juntos Boletim informativo da Enseada Indústria Naval S.A. e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP). www.enseada.com.br informes@consorcioep.com.br Presidente: Fernando Barbosa Vice-presidente de Operações: Guilherme Guaragna Diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade: Humberto Rangel Diretor de Pessoas e Organização: Ricardo Lyra Diretor de Execução: José Luis Coutinho de Faria Gerente de Comunicação Externa e Editor: Marcelo Gentil (Conrerp 7ª/nº 233) Redação: Malany Tavares Fotografia: Julius Sá Apoio: Roque Peixoto, Thaise Muniz, Pedro de Luna e Ronaldo Souza Projeto gráfico e editoração: Solisluna Design Revisão: Maria José Bacelar Guimarães Pré-impressão e impressão: Rocha Impressões Tiragem: 20.000 exemplares A Enseada é uma empresa associada à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). www.navegandojuntos.com.br
Foto Julius Sá
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Distrito de São Roque é beneficiado com Ação Cívico Social ram necessários quatro caminhões com capacidade de cinco toneladas com equipamentos diversos, um caminhão cisterna transportando água, além de 76 profissionais de diversas especialidades (médicos, dentistas, barbeiros, farmacêuticos). Confira como foi a Aciso através do vídeo no nosso canal no Youtube: www.youtube.com/ estaleiroeepsa
Foto Ronaldo Souza
A Ação Cívico Social (Aciso) realizada em São Roque do Paraguaçu em novembro, por meio de parceria entre a Marinha do Brasil, a Enseada Indústria Naval e a Prefeitura de Maragojipe, ofereceu à comunidade mais de 6 mil atendimentos e serviços gratuitos nas áreas de saúde, documentação, justiça e cidadania, além de promover palestras educativas. Para que esses atendimentos fossem realizados, fo-
Melhorias contemplaram a fachada, rede elétrica e grades de segurança
Delegacia de Salinas é reformada com apoio do Estaleiro Salinas da Margarida teve sua delegacia reformada com o apoio da Enseada Indústria Naval e do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP). Dentre as melhorias realizadas, a população pode ver a reforma da fachada, a jardinagem da entrada e das laterais e a reforma e pintura dos mourões externos de entrada. Internamente, por exemplo, foram feitas pinturas de salas e celas de carceragem, substituição da rede elétrica e das grades de segurança do teto, substituição de tomadas, manutenção dos aparelhos de ar condicionado e instalações de telas de aço e grades nas janelas, para oferecer mais segurança. De acordo com a delegada Izabel Ciuffo Sento-Sé Reis, depois de uma fuga, a carceragem ficou sem condições de receber novos presos. “Tivemos que transferir alguns presos para outros municípios, pois as grades foram danificadas nessa fuga. A parceria com a Enseada foi muito boa, pois supriu a necessidade de ter uma carceragem mais segura, oferecendo mais tranquilidade à população”, afirmou a delegada. A cidade de Salinas da Margarida faz parte da Área de Influência Direta (AID) da Enseada, juntamente com Maragojipe e Saubara.
Um dos serviços realizados foi a emissão de carteiras de identidade
Centro de Referência da Enseada abriga formatura da primeira turma do Círculo de Leitura celebrar a primeira de muitas conquistas que estão por vir: a formatura. Antes do momento mais esperado, o de receber os certificados, as crianças leram trechos de diversos livros scolhidos por elas. Enquanto
Foto Ronaldo Souza
Ana Flavia foi uma das nove crianças, com idade entre 10 e 12 anos, que participaram do programa Círculo de Leitura, desenvolvido pela Enseada. Após quatro meses de dedicação, ela e os colegas puderam
Crianças concluem ciclo de aprendizagem educacional
participavam do programa, meninos e meninas desenvolveram atividades de leitura e interpretação de texto baseada nas lendas e histórias dos quilombos de Enseada. “Aprendi a ler melhor e a gostar mais de ouvir histórias. As tarefas da escola ficaram mais fáceis de fazer. Meus pais e minha avó estão orgulhosos de mim”, comemorou Ana Flavia. A professora de Ana e das demais crianças, Cassimélia da Silva, percebeu a diferença que o Círculo de Leitura promoveu no crescimento educacional delas. “Leitura, escrita, comportamento. Eles melhoraram muito depois do programa. A oralidade foi mais desenvolvida. Estou muito or-
gulhosa, porque todos passaram de ano”, disse Cassimélia. O programa foi desenvolvido no Centro de Referência da Enseada e tem como objetivo principal estimular o hábito da leitura, trabalhando noções de meio ambiente, cultura e sustentabilidade. Responsável por executar o Círculo de leitura nas manhãs de terça e quinta-feira, a Jovem Aprendiz do Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP), Yasmin Oliveira, ficou feliz com o resultado pessoal e profissional alcançado. “Foram muitas experiências. Acompanhei a realidade de várias famílias. Essas vivências ajudaram a me tornar mais profissional e convicta da minha responsabilidade”, destacou Yasmin.
Para Sandra Costa, coordenadora de Responsabilidade Social da Enseada, o “Círculo” é uma ferramenta que aproxima e incentiva as crianças à leitura, criando um canal de interação direto com os pais e responsáveis. “As relações humanas são estreitadas e fortalecidas. É bastante nítido o reflexo positivo do programa na escola e nas casas”, comentou a coordenadora. Fala comunidade Quer ficar por dentro das principais notícias e ainda interagir com o Estaleiro? Então acesse o nosso blog oficial: www.navegandojuntos.com.br