Revista Divulga Escritor Ed. 09

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Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano I I Nº 08 ago/set 2014 Publicação: Bimestral Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante DRT: 2664 Projeto gráfico e Diagramação EstampaPB Para Anunciar: smccomunicacao@ hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com

Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor.

ISSN 2358-0119

Entrevista Agripa Vasconcelos – Escritor das “Gerais”..........................................................04 Brasil Entrevista escritor Daniel Barros.... .......................................................................13 Entrevista escritor Diego Demetrius Fontenele......................................................17 Entrevista escritora Douglas Silva...........................................................................22 Entrevista escritora Glauce Leite............................................................................25 Entrevista escritor José Anchieta............................................................................30 Entrevista escritora Merari Tavares........................................................................34 Entrevista escritora Raquel Mara Lopes Correia....................................................40 Portugal Entrevista escritora Adnilo Lotus de Carmin..........................................................56 Entrevista escritora Daniela Rosário.......................................................................61 Entrevista escritor João Bernardino........................................................................65 Colunas A Vida em Partes – Francisco Mellão Laraya.........................................................11 Mercado Literário – Leo Vieira...............................................................................16 Entre Ideias&Atos – Patrícia Dantas.......................................................................21 Vício de Viagens – Adriana Gomes de Farias..........................................................38 Panorama Cultural – Ana Stoppa............................................................................42 Poeta Poveiros – Amy Dine....................................................................................60 Solar de Poetas – José Sepúlveda............................................................................63 Participação especial Escritor Júnior Pereira.............................................................................................25 Escritora Lígia Beltrão............................................................................................33 Escritora Conceição Lima.......................................................................................55 Escritor Mário de Méroe........................................................................................68 Escritores Top Nacionais Escritora Angela Aguiar..........................................................................................44 Escritora Cristina de Azevedo.................................................................................45 Escritor Diego de Lima...........................................................................................46 Escritora Emília Lima.............................................................................................47 Escritora Eva Zooks................................................................................................48 Escritor Flávio Galindo...........................................................................................49 Escritora Janette Alvim Soares...............................................................................50 Escritor Salatiel Diniz.............................................................................................51 Escritora Tatiana Amaral.........................................................................................52 Escritora Valentine Cirano......................................................................................53 Cobertura da Bienal Internacional do Livro de São Paulo......................................54 Momentos de poesia Eduardo Garcia.......................................................................................................72 Helena Santos.........................................................................................................73 José Lopes da Nave.................................................................................................74 Cobertura de fotos da Bienal Internacional do Livro de São Paulo


Shirley M. Cavalcante

editora

Edição especial de número 9 Uma Edição em que comemoramos um ano da Revista Divulga Escritor. Uma Edição, em que comemoramos o sucesso na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Uma Edição, em que contamos com a participação de aproximadamente 35 escritores contribuindo para a sua publicação. Quero agradecer imensamente a toda equipe administrativa Divulga Escritor, que auxiliam voluntariamente com o desenvolvimento literário da Lusofonia. Divulga Escritor se torna uma referência em divulgação, não só para escritores, mas, para profissionais literários, novos mercados se abrem, quanto mais fortalecemos a literatura, mais pessoas querem se tornar assessores literários, mais pessoas querem divulgar escritores. Estamos todos juntos, rumo a um mesmo objetivo, Ajudar! Não, apenas, ajudar a divulgar escritores, ajudar acima de tudo a realizar sonhos! Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos: Obrigada, Jose Sepulveda, apoio em Portugal. Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal. Obrigada, Francisco Mellão Laraya, apoio Brasil. Obrigada, Mirian Menezes de Oliveira, apoio Brasil. Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal. Obrigada, Patrícia Dantas, apoio Brasil. Obrigada, João Paulo Bernardino, apoio Portugal. Obrigada, Ana Priscila Nascimento, apoio Brasil. Obrigada, Leandro Santos, apoio Brasil. Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil Obrigada, Junior Pereira, apoio Brasil. Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas. Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo! Emocionada, estou, para dizer a cada um de vocês, MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATURA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ESTOU AQUI. Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista elaborada por escritores, com distribuição gratuita para todo o mundo.

www.divulgaescritor.com

Boa Leitura!


AGRIPA VASCONCELOS nasceu em Matozinhos, então município de Santa Luzia, Minas Gerais, em 12 de abril de 1896 e faleceu em Belo Horizonte em 20 de janeiro de 1969. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1920, tendo defendido tese, aprovada com distinção, para obter o título de Doutor. Toda sua vida foi dedicada à Medicina, tendo trabalhado em diversas cidades mineiras e em Recife, onde foi médico chefe do Banco do Brasil até aposentar-se. Fazia de sua profissão um apostolado. Com seus diagnósticos sempre precisos, como clínico geral, obstetra e cirurgião, ia sempre ajudando, curando e fazendo amigos. Foi também um dos maiores escritores e poetas de Minas; pertencia à Academia Mineira de Letras, ao Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e ao Instituto Histórico de Ouro Preto, tendo deixado uma grande obra literária. 4

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Agripa Vasconcelos – Médico e Escritor vas de cada ciclo de sua evolução histórico-econômica. Havia pouca coisa aqui e ali e foi então que, depois de muita pesquisa e dedicação, surgiu da pena magistral de Agripa a SAGAS DO PAÍS DAS GERAIS. Essa grande obra, que é composta de sete romances históricos, colocou-o entre os maiores escritores do seu tempo, pois só a SAGAS bastaria para consagrá-lo. Os seis primeiros volumes foram publicados em 1966 (pela Editora Itatiaia/ MG) e o sétimo em 2003 (pelo SESC/MG), completando assim a coleção:

FOME EM CANAÃ

A história da ascensão e decadência das grandes propriedades rurais, contadas, com sabor de verdadeiro romance nessa história do Ciclo do Latifúndio nas Gerais.

GONGO SÔCO

E

m 1930 Agripa publicou “De Que Morreu Aleijadinho”, o primeiro diagnóstico retrospectivo feito no Brasil sobre o assunto. Trabalhava incessantemente, mas por onde passava ia sempre recolhendo, em seus poucos mo-

mentos de descanso, dados para suas obras, e como um computador, ia armazenando tudo em sua fantástica memória. Minas Gerais estava mesmo reclamando um escritor que narrasse os episódios de sua vida através de figuras representati-

O Ciclo do ouro nas Gerais, recriado com requintada riqueza de detalhes através da figura contraditoriamente mesquinha e generosa do Barão de Catas Altas. No seu apogeu ninguém possuiu tanta riqueza quanto ele. Riqueza tão grande que suas mansões faziam sombra até às côrtes da Europa, tão formidável que despertou a curiosidade do próprio Imperador D. Pedro I, que por duas vezes foi hóspede do nababo. Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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SINHÁ BRABA

A personalidade quase legendária de D. Joaquina do Pompéu, de quem Agripa Vasconcelos era descendente, retratada num livro que partindo do tempo das Bandeiras, descreve o Ciclo da Agropecuária nas Gerais. Este romance não revela apenas a vida da valorosa mineira, mas também o que foi a sua fazenda em movimento, com as terras, os currais, as lagoas, as serras. O Pompéu foi o primeiro núcleo organizado da civilização agrária das Gerais, de onde corriam a pé escravos-correios para Vila Rica e São Sebastião do Rio de Janeiro e partiam gemendo, tropas e tropas carregadas de gêneros para matar as fomes da Côrte. D. Joaquina e o Pompéu foram grandes demais para o seu tempo e esplendor.

A VIDA EM FLOR DE D. BEJA

A estranha figura dessa cortesã que foi diretamente responsável pela integração em Minas de parte considerável de seu território (queiram ou não os seus inimigos de hoje) revivida num romance que fixa o Ciclo do Povoamento das Gerais. Beja foi mulher que viveu na confusão do povoamento primitivo de Farinha Podre e que teve a possibilidade de fazer uma vida cercada de conforto.

vela pela TV MANCHETE em comemoração ao centenário de nascimento de Agripa Vasconcelos, acontecido em 1996, com uma enorme audiência em todo o Brasil.

OURO VERDE E GADO NEGRO:

relata o ciclo do café (o ouro verde) e da escravidão (o gado negro) em Minas. Conta com detalhes a fase do café e da abolição do cativeiro nas Gerais. Ao final de cada um dos volumes das Sagas existe um interessante elucidário de expressões regionais, verbetes e topônimos, do tempo revivido nesses romances. Dois de seus livros foram premiados pela Academia Brasileira de Letras: Suor de Sangue (livro de poemas) recebeu o Prêmio Olavo Bilac e As Diabruras da Comadre Raposa (dedicado aos netos) teve aval da crítica especializada ao receber uma das maiores premiações da época concedida pela ABL, o Prêmio Monteiro Lobato. Outros dois foram transformados em novelas pela extinta Rede Manchete de Televisão, na década de 90, alcançando altos índices de audiência: D. Beija (com Maitê Proença como protagonista) e Xica da Silva (com a estreante, Tais Araujo, no papel principal).

“Eu não invento, apenas romanceio a história. É história e não estória.”

CHICO REI

Dramático retrato do Ciclo da Escravidão nas Gerais, através da história de um rei que foi feito escravo, alforriou-se e revolucionou a antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto. CHICO REI mostra o que foi verdadeiramente a escravidão nas Gerais – um sistema de exploração do trabalho humano em que nunca a generosidade de alguns senhores foi maior que a crueldade da maioria deles. 6

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Esse livro foi transformado em novela pela TV MANCHETE com o nome de D. BEIJA, com sucesso não só em todo o Brasil como em vários países do mundo: Portugal, Espanha, Grécia, Rússia, Cuba, na América Central e do Sul.

CHICA QUE MANDA

A célebre mulata Chica da Silva, que viveu no auge do Ciclo do Diamante nas Gerais, revivida juntamente com sua época de fausto e grandeza. Também este livro transformado em no-


Chuva do Mar

(No baixo e no médio rio Doce, chamam as chuvas temporárias, chuvas do mar - talvez por serem trazidas pelos ventos do Atlântico.)

Versos do escritor Agripa Vasconcelos

Quando Raquel casou, naquela tarde mansa, Vi desfeito de vez meu sonho de SEMENTEIRA criança... NAS PEDRAS Um desespero atroz meu ser Semear, semeei - minhas avassalou ! palavras boas, Mas alguém que conhece os Prevendo o bem da messe mistérios do mundo Num sussurro me disse um promissora. conselho profundo: Nem luas más, sem secas, - Isso é chuva do mar. Vai passar. nem garoas Poderiam frustrar minha E passou. lavoura ! Semeando, humilde, entoei Quando, ainda mocinho, eu sentí, obscuras loas, doido de ira, Não à mão que alçava ao sol Que, parecendo certo, era tudo que aloura. mentira Mas a Deus, mas às águas, O amor que me jurara a pérfida que as lagoas Margot. Conservam contra a Quis morrer - mas alguém que estiagem sorvedoura. conhece esta vida Me falou, sem calor, mas em frase Mas bem cedo senti que sentida: meu trabalho - Isso é chuva do mar. Vai passar. Valia ainda bem menos do que valho... E passou. Foi simplesmente vã minha canseira ! Quando Ofélia seguiu seu destino sombrio, Senti, como ainda sinto, o coração Pois quem semeia em corações humanos vazio!... Semeia em pedras e, sem Faz tanto tempo já que nem sei mais enganos, mais quem sou ! Pode julgar perdida a Mas quem viu em meu pranto uma simples garoa sementeira... Quis em vão me dizer uma palavra boa: - Isso é chuva do mar. Vai passar. Não passou.

Alguns dos HAIKAIS de Agripa Vasconcelos

QUEIXA Vida! A mim que tanto te amo, Tuas mãos não me acarinham... E meus pés sangram na estrada. TERNURA Morrer, sim. Mas com um sorriso, Sentindo nos meus cabelos A ternura de tuas mãos. SAMARITANA Samaritana, só agora, Depois da água que me deste Vi que a sêde era mais suave. IGUALDADE Meus irmãos, ricos e pobres As sepulturas da terra Não têm mais de sete palmos. SAUDADE Eu, se contasse os minutos Pela saudade, um só dia Teria quase mil anos! AO ALEIJADINHO Foi-te tão dura a desgraça Que, de tuas mãos chagadas, Brotaram lírios... de pedra. LUAR DA MADRUGADA No orvalho da madrugada, A rosa branca da lua Despetalou-se em luar. DE PROFUNDIS (para seu filho Leonato Agripa) Meu filho, que tu não venhas Sobre os meus passos na vida! Quero ver teus pés sem sangue !... Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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NOVELAS BASEADAS NOS ROMANCES DE AGRIPA VASCONCELOS

Visitem o Facebook e o site do escritor Agripa Vasconcelos: www.facebook.com/escritoragripavasconcelos www.agripavasconcelos.blogspot.com.br 8

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A VIDA EM PARTES Por Francisco Mellão Laraya advogado, músico e escritor larayaescritor@hotmail.com

O adoecer do dia é o princípio da noite que vem, e céu tinge-se de cores que não são suas, que só vemos no nascer dele, e toda a força da explosão do ser vivencia-se no amanhecer e no entardecer! A beleza do momento não nos leva a tristeza do que já foi, mas a um encantamento e uma reflexão do que será! A noite brota então! A noite que para mim é hora de descanso e inspiração, para muitos, momento de encantamento, onde a vida não deixa de existir, mas muda de forma.

E ela se prepara para um dia que virá então! E desta forma vivemos, entre dias e noites, entre trabalho, suor e inspiração, entre lógica e criatividade, entre o ser e o não ser, como um dia se falou então. Nossa vida assiste ao contar das horas que nos parece imutável, apesar de algumas nos serem mais curtas que outras, mas isto é matéria de outra divagação. Muitas vezes me pergunto: Até que ponto a certeza do nascer e do morrer, nos parece com a beleza do amanhecer e do entardecer?


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Entrevista Escritor Daniel Barros Daniel Barros, 45 anos, alagoano de Maceió. Foi colaborador em O jornal e Gazeta de Alagoas, na década de 1990. É engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Alagoas no ano 1992. Em Brasília, desde o fim dos anos 1990, onde pósgraduou-se em Segurança Pública e iniciou sua carreira literária publicando: O sorriso da cachorra, romance, editora Thesaurus, Brasília 2011; Enterro sem defunto, romance, LER editora, Brasília 2013. Participa das coletâneas: Contos eróticos, editora APED, Rio de Janeiro, 2013; e de Enquanto a noite durar, contos sobrenaturais, editora APED, Rio de Janeiro 2013. É membro da Associação Nacional de Escritores-ANE. “Leiam! Sobretudo meus livros... (risos). Brincadeiras à parte, devemos ler e estimular a leitura. Não só as crianças devem ser incentivadas, mas todos! Jovens, adultos... Nunca é tarde para se tornar um ávido leitor.” Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Daniel, é um prazer tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos em que momento pensou em escrever o seu romance “O Sorriso da Cachorra”? Daniel Barros - O desejo de expressão é inerente à espécie humana, potencializado quando se refere ao sentimento. É preciso pôr para fora para não se sufocar. Como dizia Paulo Leminski no poema “Pergunte ao Pó”: “... o que a gente sente / e não diz / cresce dentro”. Comecei a escrever justamente por essa necessidade de expor sentimentos e ideias. E criar uma história divertida e prazerosa. Entretanto, sem esquecer o espírito de denúncia que temos, nós, os escritores nordestinos. Como foi a construção do enredo e dos personagens? Daniel Barros - Normalmente começo pelo fim. Penso no desfecho final e desenvolvo em cima dessa ideia. Os personagens surgem naturalmente, mas, à medida que escrevo, eles vão tomando formas e vidas próprias. Às vezes, um personagem que a principio seria um coadjuvante, cresce e se torna grande. Aconteceu em ENTERRO SEM DEFUNTO. Catarina

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

era para ser apenas a namorada de Alcides, mas de repente cresceu ao ponto de ser, talvez, a personagem mais forte do livro. Não quero dizer com isso que eles tenham vontade própria, não! Quem manda é o autor, mas tem personagens que nos conquista. Ao terminar de escrever “O Sorriso da Cachorra” você já tinha planos para escrever o “Enterro sem defunto”? Daniel Barros - Sim. Tinha a intenção de escrever sobre tema mais polêmico, mais forte. Abordar aspectos estruturais da sociedade, no que se refere à segurança pública. E escrever um romance policial mais próximo da realidade. Diferente do estilo clássico, Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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em que o mistério vai sendo desvendado à medida que surgem as provas, como os livros de Arthur Conan Doyle, Agatha Christie e Edgar Allan Poe. Enterro sem defunto tende mais para o romance noir, personagens mais humanizados, bebem, fumam, brigam e se envolvem em casos sexuais. E surgem tramas paralelas. Tanto que no meu romance o enredo se dá em dois tempos, numa estética não-linear, intercalando capítulos entre o presente, em que o personagem é policial, e seu passado como fotógrafo. Que temas você aborda em sua obra “Enterro do defunto”? Daniel Barros - Os temas são variados, desde as oligarquias políticas de Alagoas, a polêmica ilha de CUBA e seu povo, sexo, sensualidade, paixão, amizade, luta contra a corrupção e ao trafico de droga e até sobre a estrutura organizacional da polícia judiciária no Brasil. Tema bem atual, como bem podemos acompanhar no noticiário, como a CRISE na Polícia Federal, que é fruto de uma estrutura arcaica e corroída pela corrupção. Mas como escreveu o jornalista Marcos Linhares em uma resenha sobre meu livro: “... obra com seu toque de fino humor, retrato refinado e cru da realidade, recheado com dose de sonho, medo, dor, paixão, sexo, enfim, de vida. A vida espalhada pelas páginas das obras bem ornadas com o barro das palavras desse Daniel alagoano”. Como foi a escolha do título? Daniel Barros - O sorriso da cachorra foi inspirado na obra de Ariano Suassuna, O auto da com14

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padecida. Lá, a esposa do padeiro compra o padre para fazer o testamento da cachorra. Já Enterro sem defunto surge do mistério e da trama que envolve o final do livro, que não posso revelar, pois acabaria o enigma (risos). Busco escolher títulos espirituosos e que despertem o interesse do leitor pela história, bem como o porquê do título. Soube que você gosta de escrever contos. De forma geral, qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de seus textos literários? Daniel Barros - Uma vez perguntado por uma repórter, Ernest Hemingway respondeu: “Se quisesse transmitir mensagens, enviaria telegramas.” Mas longe de mim, o velho mau humor do célebre autor de Por quem os sinos dobram? Sou apenas um contador de histórias, e pela minha origem coloco nelas a realidade dura do nosso país. Como dizia Lêdo Ivo: “... nós, romancistas do Nordeste, denunciadores incômodos e incorrigíveis da pobreza e da injustiça, dos pesadelos e das calamidades, sempre nos distinguimos de nossos confrades do Centro e do Sul pelo nosso ar de estrangeiros, de emissários dessa interminável Oriente que é a nossa terra natal”. Daniel, onde podemos comprar os seus livros? Daniel Barros - Pelos site: http://www.lereditora.com.br/catalogos/adulto/enterro-sem-defunto-detail http://www.livrariacultura.com.br/ scripts/resenha/resenha.asp?nitem=4 2153640&sid=undefinedundefined.


Em Brasília, em diversas livrarias, entre elas: Livraria Leitura do Conjunto Nacional e Terraço Shopping, Livraria e distribuidora horizonte do Saber (SCLN 714/715 Bl:A Lj: 16 ASA NORTE BRASÍLIA DF) e Restaurante Fausto & Manoel, CLSW 101, Bloco C, lojas 8/9/10, Sudoeste- Brasília/DF. No site da Livraria Cultura os dois livros podem ser encontrados facilmente. Quais os seus principais objetivos como escritor? Pensa em publicar um novo livro? Daniel Barros - Simples; ser lido! Tornar-me imortal, pois enquanto nossos livros são lidos, nós vivemos. Meu próximo livro, Mar de pedras já está nas mãos do meu revisor (João Carlos Taveira), e estou escrevendo outro, ainda sem título e sem pressa, pois pretendo escrever um livro mais denso, introspectivo... o que demanda um maior cuidado e um desgaste pessoal muito grande. Espero conseguir.

vros. O livro brasileiro ainda é um dos mais caros do mundo, mesmo sem a cobrança de impostos. Precisamos de prêmios literários sérios, onde pelo menos os livros sejam lidos pelos jurados. Na II bienal do livro de Brasília cada jurado teria pouco mais de um mês para ler 50 livros, é evidente que não é possível. O que acontece então para escolher? Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor. Foi muito bom conhecer melhor o Escritor Daniel Barros. Que mensagem você deixa para os nossos leitores? Daniel Barros - Leiam! Sobretudo meus livros... (risos). Brincadeiras à parte, devemos ler e estimular a leitura. Não só as crianças devem ser incentivadas, mas todos! Jovens, adultos... Nunca é tarde para se tornar um ávido leitor.

Quais os seus principais hobbies? Daniel Barros - Não gosto de esporte, não jogo bola, tênis, não pratico corridas... sou um boêmio! Cuido dos meus animais, cachorros, galinhas, carneiros e peixes, não os ornamentais. Crio-os para comer (tilápias, tambaquis, etc.) – E a leitura, naturalmente. Pescar é algo também algo que me proporciona muito prazer. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Daniel Barros - Sem dúvida, precisamos baixar os preços dos li-

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MERCADO LITERÁRIO Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura leovieirasilva@gmail.com.

CRIANDO PERSONAGENS

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personagem é o mais importante elo de identificação com o leitor. Até mais importante que a própria história. Quantas tramas razoáveis não ficaram irresistíveis somente por conta dos personagens que a protagonizaram? É dessa forma que muitos enredos são programados dependendo de seus principais “agentes”. O personagem precisa ter uma boa biografia para que ele se torne verossímil. Vivemos em um mundo capitalista onde tudo é muito escorregadio em razão da concorrência. Neste sentido, não podemos ter pressa para apresentar um bom trabalho. Porque o tempo passa e uma música ou filme são esquecidos. Mas um bom livro não! Todo enredo pede personagens e todos eles precisam ser muito bem desenvolvidos. Eles precisam de biografia e características para que as crianças possam visualizá-los até antes mesmo de ver as ilustrações.

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Existem duas formas de apresentá-los: ou como personagens comuns ou como animais antropomórficos. Alguns até tentam ir além, desenvolvendo um universo complexo, com criaturas aliens ou até mesmo de objetos e veículos animados, mais tudo isso vai da criatividade do autor. Mas não se esqueça que toda literatura pede um motivo. Uma história com um personagem azul fará com que você deixe explicado o motivo para inserir um personagem assim. Livro infantil de fantasia não pode ser literatura ilógica. Os personagens precisam ilustrar o ambiente a ponto de até mesmo dispensar ilustrações. Os melhores enredos de histórias em quadrinhos possuem uma narração tão refinada que até mesmo dispensa os desenhos, tornando apenas uma ferramenta adicional. Neste sentido, o personagem bem caracterizado também precisa “colorir” a história. Seus personagens marcarão a história e poderão até mesmo protagonizar contos futuros.


Entrevista Escritor Diego Demetrius DIEGO DEMETRIUS FONTENELE, nascido em Brasília – DF no dia 06/07/1987 já morou em vários estados brasileiros. Bacharel em arquivologia pela Universidade de Brasília - UnB trabalha na área desde 2005 com experiência em projetos de organização de acervo e tratamento documental. Publicou o livro de poesias “Despertar e outros poemas” no começo de 2014 pela Chiado Editora e já prepara o segundo livro de poesias. “desejo tocar o coração das pessoas. Faze-las acreditar que é possível sonhar e realizar seus sonhos. Como o meu foi realizado. Demorou mas aconteceu”. Boa Leitura!

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Diego Demetrius Fontenele, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto por poesias? Diego Fontenele - O prazer é meu de poder participar desse projeto e ter a oportunidade de divulgar meu trabalho. Minha mãe me ensinou e incentivou a ler quando novo. Amo ler e me considero mais leitor que escritor. Foi uma surpresa pra mim quando aos 13 percebi que escrevia versos com muita facilidade e de maneira muito natural. Era um reflexo de tudo que lia e sentia que precisava me expressar. Nessa época morava no Rio Grande do Sul e estava focado nos estudos de piano e partitura. Então a dedicação a música falou mais alto como forma de expressão. Apenas por volta dos 16 e já de volta a Brasília que comecei a querer escrever continuamente e a poesia tomou o lugar da música como maneira de expressão. Além de poesias, você escreve em outros formatos de textos literários? Diego Fontenele - Sim. Já escrevi alguns contos também, não muitos. Geralmente quando tenho uma ideia já sei se vou escrever em forma

de poesia ou conto. Escrevi uma pequena fábula infantil, mas não levo muito o jeito para esse tipo de literatura. Tenho também esboçado em minha mente um thriller. Todos os personagens, enredo, tudo pronto basta apenas sentar e escrever. Então considero que escreva apenas poesias e contos. Por enquanto. Que temas você aborda em seus escritos? Diego Fontenele - Não costumo ter um tema específico que goste de abordar. Escrevo sobre o que me vem à mente. Pode ser sobre o trânsito, tédio, trivialidades. Porém no livro Despertar e outros poemas as pessoas poderão dizer que o foco é grande sobre amor, desilusão amorosa e que em menor número os poemas tratam Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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sobre amizade, superação, vencer os próprios limites. Irei concordar em parte com elas. Algumas coisas estão claras, mas existe um pouco mais nas entrelinhas. Só lendo o livro pra saber. Como foi a construção do seu livro de poesias “Despertar e outros poemas”? Diego Fontenele - Um trabalho bem árduo. Aos 16 já sonhava que poderia ter um livro publicado, mas não acreditava que um dia poderia ver o sonho se tornar realidade. Quando resolvi no final de 2012 que havia material para publicar um livro comecei a tentar organizar as 60 poesias que já tinha escrito. Muitas não se encaixavam na estrutura que estava dando ao livro e como estava escrevendo cada vez mais ficava difícil dar ordem a tudo. Acabei fechando o livro com 49 poemas e um texto bônus. Não ficou do jeito que queria, mas estaria sendo muito perfeccionista. Os poemas que ficaram de fora da versão final já foram reunidos e estou finalizando um segundo livro de poesias. Mas não existe previsão de quando irei lançar este Segundo. Só espero que não demore tanto tempo como levou com Despertar e outros poemas. Onde podemos comprar o seu livro? Diego Fontenele - No Brasil o livro está à venda no Site da Livraria Cultura http://www.livrariacultura.com.br Em Portugal nas livrarias Bertrad http://www.bertrand.pt/ficha/despertar-e-outros-poemas?id=15705613 eWook http://www.wook.pt/. Na Espanha a Puvill Libros http:// www.puvill.com/book/despertar18

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-e-outros-poemas/209810 Ou o livro pode ser adquirido diretamente no site da Chiado Editora http://www.chiadoeditora.com . Quem quiser entrar em contato

comigo para obter um exemplar autografado pode fazer isso na minha página no facebook. https:// www.facebook.com/diegodemetriusfontenele


Quais os seus principais objetivos como escritor? Diego Fontenele - Um trecho de um dos poemas presentes no livro: “Escrevo porque acredito Que minhas palavras Podem fazer diferença.” E também desejo tocar o coração das pessoas. Faze-las acreditar que é possível sonhar e realizar seus sonhos. Como o meu foi realizado. Demorou mas aconteceu. Quais os principais hobbies do escritor Diego Fontenele? Diego Fontenele - Ler, minha estante está cheia de livros. Amo ver filmes, seriados. Gosto de xadrez e de cozinhar às vezes, mas somente o básico, arroz, ovo, macarrão. Jardinagem também ocupa parte do meu tempo livre. Mas acho que o principal é mesmo colecionar. Tenho uma coleção de cartões postais, cartões telefônicos, latinhas, miniaturas, chaveiros. E já tive de selos e moedas. Como você vê o mercado literário brasileiro? Diego Fontenele - O fato de ter meu livro publicado por uma Editora Portuguesa mostra como está o mercado no Brasil. O mercado brasileiro está fechado para novos escritores. Não existe um estímulo para os talentos novos que só precisam de uma chance para mostrar o seu potencial. Tive uma grande dificuldade com as editoras que entrei em contato. Pior que receber um não como resposta e não receber nenhuma resposta quando se envia um original. Mas não existe nenhum caminho fácil para quem está começando. Sou muito grato a Chiado Editora por ter

acreditado no meu trabalho e estar me apoiando nessa caminhada. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Diego Fontenele - Diminuição dos impostos das editoras pelo Governo Brasileiro (mas essa questão tributária seria pra todos os setores da sociedade) e aumentar os incentivos para divulgação. Claro que existem casos isolados como concursos literários, publicações independentes, mas falta o apoio para a divulgação, ter o livro exposto em grandes redes de livrarias. E incentivar mais à leitura entre a população. Se existir leitores ávidos sempre haverá um mercado para os escritores. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Diego Fontenele, que mensagem você deixa para nossos leitores? Diego Fontenele - Um muito obrigado. A você Shirley pela oportunidade de participar do Divulga Escritor e aos leitores por terem lido essa entrevista. Espero que apreciem também a leitura de Despertar e outros poemas. E leiam sempre.

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ENTRE IDEIAS & ATOS Por Patrícia Dantas Licenciada em História e Pós Graduação em Turismo de Base Local (UFPB), blogueira, poetisa, colunista de alguns portais e revistas eletrônicas - pathdantas2012@gmail.com

A HORA DO TREM

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embro que ele falou sobre o fim da linha. Era o fim da linha do trem que ele esperara um dia, aflito, sem condições de levar uma bagagem para um lugar tão distante. Levava muito mais uma esperança desgastada na alma. “O sofrimento não dá alento, meu filho! – dissera um dia Valete, sua mãe, num daqueles momentos em que a vida se torna mais afoita e sai quebrando a leveza de uma estada tranquila dentro da casa que jamais o ameaçaria, nem que lhe passasse um furacão sobre sua cabeça tórrida de anseios. “Um dia, quem sabe, desbravarei o mundo: não só esse mundo que se apresenta de sobressalto para mim.” – pensara, como um devaneio entre lençóis. Era seu um sonho melancólico e apressado dentro de um corpo que vislumbrava o despertar de algo que ainda não conhecia. E quem podia apresentá-lo ao mundo, àquele universo terno de promessas que gravara na alma com toda a certeza de que um dia chegaria lá? Existia mais alguém esperando por ele? Um dia sim, seus pés tocariam firme o lugar a que fora destinado. Ele saberia a hora certa, o momento exato, embora não soubesse ao certo que estaria por lá. Seus pés poderiam pisar em um mar de medos, disso ele sabia, mas não se preocupava mais, não mais necessitava tolher seus medos. Estava eufórico, no limite de si.

“Vítor, Vítor, meu rapaz, que andas fazendo da tua vida?” Eis a hora marcada conforme acordado. E assim transcorreu Vitor, envolto nessa necessidade aflita de sua existência. Desejava correr, voar mais alto, estrangular-se de tanto gritar, queria a devolução da sua liberdade, rápido, não podia perder seu tempo precioso, o que ainda lhe restava sobreviver. Então que se fizesse assim, como viera até ele. Sutil, rápido, transformador para uma pessoa. Ele fora escolhido para sair mais cedo de algum lugar, da sua cápsula inesgotável que não se rompera em todo o tempo em que estivera na ausência conturbada de si. Mas agora tudo estava rompido, tudo tomava outros rumos: esfacelou-se algo como o vidro cruzando o chão numa queda brusca. “Olha lá, é o trem, Vitor!” – dissera a si mesmo. Não se conteve, seus músculos queriam pular, a garganta ganhou um engasgo rolando as palavras, o sangue flutuava rápido; nos olhos, uma neblina fosca tomou conta; no peito, uma angústia secreta, sem medos, sem despedidas, sem dores, cheia de artifícios, mirando a gama de possibilidades que agora estava em suas mãos, eram suas, pertenciam a um só ser no mundo. E ninguém que ousasse ultrapassá-lo, não tinha mais nenhum espaço a sua volta que não tivesse preenchido pela sua estranheza de vislumbrar uma totalidade: Vitor. O que poderia deixar para trás? Nada, absolutamente. Agora, são outros embalos que o conquistara, tão demoradamente quanto se consome algo dentro do próprio corpo; agora sim, ele estaria por completo todos os dias em sua frente, sem esperas, sem demoras, sem a nostalgia da incompletude. “Por que demorara tanto para encontrar-se?” foi o que conseguiu balbuciar quase compreendendo tudo.

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Entrevista Escritor Douglas Silva Douglas Silva é Escritor, Poeta e Psicólogo formado pela Faculdade de Jaguariúna. Nascido em 1983 na cidade de Mogi Mirim (interior de São Paulo), atualmente reside em Mogi Guaçu, cidade vizinha. Possui várias publicações em Antologias nacionais e internacionais e é autor do Livro de Poesia “Vozes da Alma” e do Romance “Destinos”. Recebeu alguns prêmios literários entre eles ganhou o Prêmio LusoBrasileiro de Poesia melhores Poetas de 2013, além de compor o quadro acadêmico das Academias de Letras e Artes: Membro Acadêmico Correspondente ARTPOP – Academia de Artes de Cabo Frio – Rio de Janeiro. 2011 Membro Acadêmico Correspondente da ALAV – Academia de letras y Artes de Valparaíso- Chile. 2011 Membro Acadêmico HONORÁRIO Correspondente ARAMLERJ Academia real de artes, música e letras do Estado Rio de Janeiro – ARAMLERJ2013. Membro dos POETAS DEL MUNDO (entidade com sede no Chile). Boa Leitura a todos!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Douglas, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto por poesia? Douglas Silva - Shirley, obrigado pelo convite. É um prazer para mim participar do projeto. Meu gosto pela poesia começou em minha adolescência devido à paixão pela literatura que foi motivada pelo contato com diversas obras literárias de diversos autores como Machado de Assis e Fernando Pessoa. Este contato me motivou a tentar transmitir meus sentimentos em forma de poesia, bem como desenvolver em mim o desejo de imprimir a minha própria personalidade em cada composição, sempre levando em consideração o momento atual de minha vida. Que temas você aborda em seus textos poéticos? Douglas Silva - Procuro abordar em meus textos minhas experiências pessoais. Também tento sintetizar alguns dos sentimentos que fazem parte de minha vida como o amor, saudade, alegria, frustrações e por fim toda a natureza que me cerca. Pois acredito que o contato com estes sentimentos permite expressar em forma de poesia toda minha experiência pessoal como ser humano. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos

textos poéticos apresentados em seu livro “Vozes da Alma”? Douglas Silva - Meu livro “Vozes da Alma” por ser minha primeira publicação é a obra mais significativa para mim, mas não posso deixar de lembrar todas as publicações que também fazem parte do meu sonho. Procuro no livro transmitir a essência dos meus sentimentos que são traduzidos em poesia, pois acredito que conduzir a palavra é um “dom” que permite aliar sentimentos e sensibilidades do meu próprio eu. Espero que cada linha traçada possa fazer os leitores encontrarem, ao lerem meus versos, algo positivo que some para reflexão de suas próprias vidas. Em que momento pensou em escrever o seu romance “Destinos”? Douglas Silva - O livro Destinos nasceu no último ano de minha faculdade de psicologia. Possuía


em mim o desejo de escrever um romance e aproveitei todo o ambiente de um estágio técnico realizado em um hospital para definir o enredo que compõem o livro. Conte-nos um pouco sobre “Destinos” que foi lançado agora no mês de agosto, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Douglas Silva - Como disse o livro nasceu por um desejo de escrever um romance, e nele eu descrevo a história entre dois jovens que se conhecem desde a meninice. O enredo tem como cenário principal um hospital onde o personagem Paulo luta pela vida após ter sofrido um acidente que acaba fortalecendo o carinho entre os dois jovens. Porém, Verônica descobre um doloroso segredo que mudaria completamente suas vidas, o que ela não imaginava era que, diante de uma nova declaração de amor, o destino voltasse a colocar em sua presença o amor que ela praticamente já não acreditava que era possível mais existir. Procuro nessa trama demonstrar a importância de lutar pelos seus sonhos, e o destino passa ser mera coincidência que move o caminho dos personagens Verônica e Paulo. Onde podemos comprar os seus livros? Douglas Silva - Todos podem adquirir pelo site da editora http:// www.garciaedizioni.com.br/destinos ou diretamente comigo pelo meu blog http://www.escritordouglassilva.webnode.com.br Quais os principais hobbies do escritor Douglas Silva? Douglas Silva - Atualmente tenho como principais hobbies o cinema,

teatro, músicas, práticas de esportes e a própria escrita que é algo muito valioso para mim. Tudo isso vem me ajudando a superar as frustrações do dia a dia, além de me proporcionar novas experiências que às vezes manifesto em meus textos. Como você vê o mercado literário brasileiro? Douglas Silva - O mercado literário no país está a cada ano crescendo, mas devemos nos atentar quais produções realmente podem ser consideradas como sendo literatura. Hoje em dia com popularização da internet a grande maioria das pessoas se arrisca em escrever alguma coisa, mas isso não está garantindo a qualidade do que é apresentado ao leitor, e as editoras me parecem não se preocuparem muito com esse detalhe. Com isso autores brasileiros vêm perdendo espaço para autores estrangeiros mesmo diante de uma crescente produção literária no país.

Quais as ações de melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Douglas Silva - Acredito que é importante as editoras não apenas se preocuparem com a impressão da obra, mas em construir políticas que favoreça a diminuição dos custos para que os leitores de todas as classes sociais possam ter condições de adquirir uma publicação. Também é importante melhorar a valorização do autor que hoje sofre com os altos custos para conseguir publicar suas obras. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Douglas Silva, que mensagem você deixa para nossos leitores? Douglas Silva - Quero agradecer ao Divulga Escritor pela oportunidade de ter apresentado um pouquinho do meu trabalho. E dizer aos meus leitores que sonhos são feitos para serem realizados. Então, jamais desistam de seus sonhos por mais difícil que pareça. Pois tudo que é difícil para alcançar se torna para sempre quando realizado. Para quem deseja publicar um livro, primeiramente tem que amar este mundo, pois somente quando amamos o que fazemos é possível superar as dificuldades que estarão diante de nós. Forte abraço a todos e mais uma vez muito obrigado pela oportunidade de compartilhar um pouco de minhas ideias com vocês. Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Participação Especial

Escritor/palestrante Júnior Pereira

VIVER É MUITO MAIS QUE APENAS RESPIRAR

Por Palestrante Júnior Pereira

Estamos nessa terra para vivermos, e viver é muito mais que apenas respirar ou sentir o palpitar do coração, viver é desfrutar de cada momento sabendo que são importantes e que são os mesmos que determinam o futuro. O problema é, que a maioria das pessoas não dão a mínima para isso, e acabam levando a vida sem pensar nas consequências, precisamos está cientes que tudo que plantarmos colheremos. É justamente por isso que existe a necessidade de tomarmos as atitudes certas hoje, pois o nosso amanhã depende disso.

São diversas as circunstâncias que tentam nos impedir de crescer, evoluir e exercer a capacidade que temos, porém se estivermos certos do que queremos para nossas vidas, não deixaremos que nada nos impeça de alcançarmos o necessário. Na verdade o que mais precisamos é descobrir o sentido de estarmos aqui e uma grande maioria acaba morrendo sem descobrir essa verdade. Só descobriremos o porque estamos aqui, quando fizermos uma viagem para dentro de nós mesmos, é lá que estão escondidos todos os segredos. Dentro de cada ser humano,

está escondido toda capacidade de realizar, vencer e ser feliz, quando descobrimos o quanto somos capazes, descobrimos também que não estamos aqui para sofrer e sim para ser felizes e completos, usar a capacidade que possuímos é a ferramenta perfeita para o sucesso. Deus nos criou para usufruir do melhor, porém cada um de nós precisa buscar usar sua capacidade, quando estamos dispostos á correr atrás do que queremos, não existe nada que nos impeça de chegar ao alvo. Por isso, não deixe que a sua vida seja inútil, por o contrário, seja útil, projete, sonhe, realize, Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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não dê ouvidos a pessoas negativas, abrace o positivo, acredite que tudo é possível. Nunca aceite que a sua vida esteja abaixo da media, muito menos se contente ou aceite que é normal viver sem propósitos e sem vitórias, isso é um engano! Você está nessa terra para viver de verdade, os anos que lhe restam podem ser os melhores anos da sua vida, só depende de você. Viva, foi para isso que você veio ao mundo, pense nisso! Por Júnior Pereira, Palestrante e Escritor

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Agende palestra com Palestrante Júnior Pereira

Com mais de 10 anos de experiência, o Palestrante, Psicanalista e escritor Júnior Pereira, já viajou por mais de oito estados brasileiros e dois países estrangeiros ministrando palestras de auto ajuda e motivação. O mesmo ministra em média dez palestras por mês, onde tem ajudado pessoas a si encontrarem na vida, suas palestras são ministradas em diversos lugares como: Escolas, empresas, projetos, igrejas, grupos e eventos no geral. Júnior Pereira também eu Autor dos livros, “25 Passos para o sucesso, paz interior e felicidade” e Segredos para uma vida abundante. Para contratar palestra, acesse o site: www.autoajudaemotivacao. com.br


Entrevista Escritora Glauce Leite Glauce Aparecida de Carvalho Leite, Joseense formada em Letras pela Univap e PósGraduada em Gramática pela Unitau.Trabalha como Orientadora Pedagógica e Professora de Língua Portuguesa e Leitura desde 2000 para alunos do Ensino Fundamental e Médio nas Redes Estadual e Municipal em São José dos Campos. Escreveu “Princesinhas do Século XXI”, lançado em Maio/2013. Possui um “fanpage” que já atingiu mais de mil leitores, www.facebook.com. escrevisobrevoce, lá você encontra poesia, reflexões e leituras que se referem ao comportamento humano. Boa Leitura a todos

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Glauce Leite é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita? Glauce Leite - O mundo da escrita me encanta desde os 19 anos, quando enviei a um jornal de minha cidade um texto em forma de carta ao leitor. Desde então sempre escrevi sobre o comportamento humano e mais tarde interessei-me pela poesia e textos literários. Que temas você aborda em seus textos literários? Glauce Leite - Sinto bastante afinidade com o mundo feminino. Também gosto de provocar o leitor quando o comportamento humano se exalta. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos contos publicados em seu livro “Princesinhas do século XXI”? Glauce Leite - A mensagem de que a mulher é o ser mais complexo e interessantíssimo do planeta. Em que momento se sentiu preparada para publicar sua primeira obra literária? Glauce Leite - Acredito que sentir-me preparada para tal ato foi

um sinal de que sentia-me bastante segura como mulher. Onde podemos comprar o seu livro? Glauce Leite - Atualmente mantenho uma fanpage - www.facebook. com/escrevisobrevoce é só entrar em contato. Quais os seus principais objetivos como escritora? Glauce Leite - Provocar alguma reação no maior número de pessoas possível De que forma você divulga o seu trabalho literário? Glauce Leite - Atualmente tenho meu livro “Princesinhas do Século XXI” e mantenho minha fanpage com mais de 1600 seguidores. Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Como você vê o mercado literário brasileiro? Glauce Leite - É um mercado fadado à transformações e não podemos deixar de acompanha-las. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Glauce Leite - Com certeza o investimento na Educação, com incentivo financeiro à profissão de professor e ao estimulo à leitura na escola e em casa. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Glauce Leite, que mensagem você deixa para nossos leitores? Glauce Leite - Leia por prazer Leia para fazer Leia para ser...

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Entrevista Escritor José Anchieta José de Anchieta Antunes de Souza, nasceu em Olinda, em 24 de janeiro de 1938. Desde jovem desfrutou do prazer de escrever, sem ter o cuidado de guardar seus textos, deixados perdidos pelos caminhos da vida. As letras escritas à mão ou em máquina datilográfica, desceram a ribanceira do esquecimento, do não retorno... Com 59 anos aposentou-se e estabeleceu residência em Gravatá – PE, onde vive até hoje, com a esposa, a escritora uruguaia-brasileira Dea G. Coirolo e um dos netos. Aqui retomou a arte de escrever. Faz parte da Academia de Letras, Artes e Ofícios Municipais de Pernambuco em Bezerros. Tem dois livros em preparação: um de crônicas da vida e o outro sob um bebê, desde sua gestação até os três anos de idade, que conta “segredos ao pé do ouvido do seu avô” e discorre irônica e humoristicamente sobre o deslumbramento das descobertas que proporciona o crescimento. Vem fazendo uma coleção de crônicas humorísticas com um personagem chamado Libório, onde muitas de suas experiências de vida dão um toque às histórias. Aqui apresentamos uns poemas escritos depois de seus setenta anos de idade quando resolveu acrescentar poesia a sua escritura. Publicou na Antologia poesia do Brasil, volume 18, do XXI Congresso Brasileiro de Poesia em Setembro de 2013. Tem publicações on-line, sendo colunista do blog de Lenilson de Caruaru e como tradutor oficial da Academia de Letras (ALAOMPE) da língua portuguesa para a espanhola. “A mensagem da cultura, do humor, uma imagem filosófica, um conto com conteúdo, a mensagem da paz, a outra da revolta com os descasos dos governantes.” Boa Leitura! 30

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor Anchieta Antunes é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita? Anchieta Antunes - A leitura: sem ela não podemos divagar, viajar, cavalgar e relatar. A escrita é o tônus do cérebro, o sangue da criação que corre nas veias da imaginação. A águia de meu pensamento e criatividade, sempre está na ponta de um lápis com a ponta feita, e pronto para marcar as linhas de um discurso ainda não escrito. Para mim, escrever é tão bom quanto ler, sempre será o meu alento de vida.


SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor, em seu livro de crônicas que estar escrevendo sobre a vida? Anchieta Antunes - A mensagem da cultura, do humor, uma imagem filosófica, um conto com conteúdo, a mensagem da paz, a outra da revolta com os descasos dos governantes. Qualquer mensagem bem elaborada vale a pena ser lida e discutidas em tertúlias ao tilintar das chávenas de porcelana cultural. Estou curiosa para saber um pouco mais sobre o segundo livro que estas a escrever, soube que tem um bebê como personagem principal, conte-nos um pouco sobre esta obra literária. Anchieta Antunes - Minha neta “Letícia Victória de Moura Garcia” tinha acabado de se estabelecer confortavelmente no útero da mãe, quando ela, a mãe, nos compareceu para contar a novidade. Imediatamente comecei a escrever como se um bebê contasse segredos de sua formação intra-uterina, nascimento e crescimento, no ouvido do avô. A personagem falando em primeira pessoa. O bebê dita o livro, e só para de falar no meu ouvido de avô quando completa quatro anos. É a visão humorística que a menina tem do mundo dos adultos e suas regras, enquanto ela cresce desde o óvulo a uma pessoinha de quatro anos. Escrevemos nosso melhor livro, eu e ela, em alguns momentos ríamos adoidados com os eventos relatados. Foi o meu maior deleite de escrita.

Você tem alguma previsão para publicação dos livros? Anchieta Antunes - Previsão? Será que sei o que significa este palavrão associado ao intrincado termo “grana?” Binômio cruel, malvado e sem data certa! Publicarei quando Deus, e ou algum patrocinador deletério resolver me ajudar a divulgar “minha obra de arte”. De que forma você divulga o seu trabalho literário? Anchieta Antunes - De maneira singela e, até infantil! Uso e-mail, face book, publico no blog de lenilson.com.br/anchieta/antunes/ como colunista. No blog da ALAOMPE (Academia de Letras, Artes e Ofícios Municipais de Pernambuco), alaompe.wordpress.com/; no log de Poesias de Luis Eduardo Garcia Aguiar; charrua-oriental. blogspot.com.br/; no meu blog anchietaantunes.blogspot.com.br / imprimo e entrego pessoalmente aos amigos, parentes e envio para minha amiga Shirley Cavalcante, que distribui para um montão de gente, através do Divulga Escritor. Quais os principais hobbies do escritor Anchieta Antunes Anchieta Antunes - O escritor Anchieta Antunes não tem hobbie, tem manias: de escrever, de ler, de dormir, de freqüentar a Academia para saber das novidades, e num futuro próximo quero aprender a fazer “origame”. Gosto de trabalhar com as mãos porque tenho muita facilidade e destreza com elas. Veremos!!! Como você vê o mercado literário brasileiro? Anchieta Antunes - Não vejo! Te-

nho pesadelos! Não tenho muitas informações a respeito, mas leio revistas e criticas literárias nelas, e em outras publicações periódicas. Não percebo nenhum movimento auspicioso de âmbito nacional em busca da divulgação maciça de cultura, de poesias, contos e mesmo romances, a não os de escritores estrangeiros que recebem milhões de dólares com seus livros vendidos na Brasil. E nós não merecemos ser divulgados, estimulados, vendidos, mesmo a preços irrisórios, valores simbólicos, com o único intuito de fazer nascer a escrita tupiniquim? Não merecemos ser escritores, mesmo que medíocres? Quais as ações de melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Anchieta Antunes - Melhoras? Vejamos! Diminuir a carga tributária em pelo menos 50%. Os Editores cobram caro porque têm que repassar para o erário público uma parte do lucro que percebe em sua atividade comercial. Isto significa mais ou menos o seguinte: “o povo trabalha para o governo, e não o governo para o povo”, o que no frigir dos ovos, está havendo, como sempre houve, “uma injusta inversão de valores”. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Anchieta Antunes, que mensagem você deixa para nossos leitores? Anchieta Antunes - Ah! Que responsabilidade a minha! Só imagino a pessoa que está lendo esta enRevista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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trevista, e espera que, como num passe de mágica, ou com o uso de uma “varinha de condão’ , eu, ou alguém iluminado possa resolver os problemas de comunicação, de aquisição, de empréstimos ou outros quaisquer meios, para conseguir ler os melhores livros, os mais procurados, os “Best- seller” , sem ter que se desdobrar para satisfazer um gosto singular, para conseguir ler o que gosta, para desfrutar do prazer de uma boa leitura. Como fazer? Eu uso os meios de compra modernos tais como: compra “on line” . Todas as grandes livrarias atendem via internet, o que todo mundo já sabe. Expedientes tais como intercambio de livros entre amigos e parentes. Bibliotecas Públicas, Bibliotecas das Academias, que têm o maior prazer em ceder para leitura os exemplares à sua disposição. A Academia à qual pertenço – ALAOMPE – tem mais de mil exemplares para empréstimo. Apenas como conselho: “LEIAM CUMPULSIVAMENTE”

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como muita gente faz, inclusive eu. Agradeço a atenção e me desculpe pela prolixidade das respostas, e isto acontece porque “ADORO ESCREVER”.

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Participação Especial

Escritora Lígia Beltrão

NUNCA É TARDE, QUANDO O AMOR ACONTECE...

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le a olhava deitada, quase adormecida. Admirava aquela mulher. Uma gota de suor escorria do seu pescoço e descia entre seus seios, lavando a cavidade do umbigo e perdia-se no seu ventre nu. Seu rosto iluminado parecia sonhar com anjos. Revia a cena vivida há poucos minutos. O mágico instante de uma entrega sem pudores, ou medos, o mágico instante do gozo, que não foi só dos corpos, mas das almas. Foi sublime! Dava-se conta agora, de que nunca fora realmente feliz. Nunca, até que encontrou com ela. Sentia o perfume dos seus cabelos negros, jogados sobre o travesseiro displicentemente. Sentia o perfume de fêmea que ela exalava por todos os poros. Era uma mulher única. Olhou ao redor, as roupas misturadas e jogadas pelo chão, resquícios de uma guerra

travada onde não havia vencido ou vencedor, mas dois seres que se encontraram e se completaram na magia do instante. Havia dentro dele um ruído interior que extrapolava a alma. A imagem dela fazia-o devanear. Era um privilegiado. Encontrara seu prêmio maior na vida. E lá estava ela diante dele com toda a beleza da sua idade, exposta. Era uma linda mulher, não havia como negar. Noite gloriosa. Noite de desejos aflorados, de cheiro e sabor de sexo, de palavras descobertas, pronunciadas no supremo êxtase do sentir. Peitos pulsantes, mãos trêmulas... E a ansiedade louca que sentia? Achava que não conseguiria. Vivia só há tanto tempo que nem lembrava mais como se fazia direito. Ela encorajava-o. Chamou-o de Apolo. Fazia-o sentir-se um homem completo. Indefinível. A existência daquele

amor se lavra em inscrições irretocáveis. Junta as fagulhas e mergulha na própria essência. É um homem renascido no existir. De repente, se pergunta se foi um amante de tempos não viventes, ou, de um tempo reinventado de modo a melhor vivê-lo? O corpo se sente vivo, palpitante de espírito. Bendita seja aquela mulher, oráculo do seu maior amor. Encosta-se ao corpo dela que se aconchega a ele recebendo-o com o seu ar leve de quem vende felicidade. É a mais bela realidade de um casal de sessenta anos, que, finalmente se encontrou e se entregou na busca da sua outra metade, quando já não se acredita muito em encontrá-la. Benditos sejam os deuses que os uniram mesmo no ocaso dos seus dias. Bendito seja o amor, reconstrutor de sonhos e de vidas. Renasceram. Nunca é tarde quando o amor acontece. Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Entrevista Entrevista Escritora Merari Tavares Merari Tavares nasceu em São Paulo, em 7 de agosto de 1990. Musicista, Graduada em Letras, licenciada em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, pela FAAT – Faculdades Atibaia e, Produção Editorial - UNIL Universidade do Livro. Publicou 4 livros solos: Rháuwey – Uma Escola do Barulho; Florência – A Borboleta que virou Bailarina; Minha Namorada Virtual e 30 Minutos Com Um Estranho. Recebeu diversos Prêmios Nacionais e Internacionais. No ano de 2012/2013 esteve na Feria del Libro, de Buenos Aires, e também, na Casa de Jorge Amado, lançando e divulgando seu trabalho como escritora. “Hoje, o hábito da leitura faz parte da vida da maioria dos brasileiros. A tecnologia está a cada dia mais avançada, e sendo assim, as notícias são instantâneas. Querendo ou não, o brasileiro está lendo a maioria do tempo, uma vez que estão conectados quase 24h. Prova disso foi o resultado da Bienal de São Paulo de 2014 que surpreendeu a muitos.” Boa Leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Merari é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita? Merari Tavares - Prezada Shirley, a honra é toda minha. Sinto-me mui honrada pelo convite. Desde já, quero agradecê-los pela rica oportunidade. Minha paixão pela leitura nasceu quando era ainda menina. Em casa, meus pais sempre leram muito. Meu pai vivia lendo jornal. Minha mãe — professora —, sempre me incentivou a ler; trazia novos livros que me encantavam e, frequentemente,


lia e contava historinhas para mim. Sendo assim, o gosto pela leitura se perpetuou. Contudo, o anseio em se tornar escritora nasceu por volta dos doze anos. Na escola, eu me destacava nas redações. Era a matéria em que mais gostava. Sempre fui apaixonada por escrever. Enquanto muitos quebravam a cabeça para compreender e corresponder ao tema solicitado, isso era “fichinha” para mim, ao contrário do que ocorria na área de exatas! (risos). Como foi a construção do seu livro “Rháuwey – Uma Escola do Barulho”? Merari Tavares - O Rháuwey, por ser um livro infantil não foi um projeto de longa duração. E, apesar de ser o meu primeiro livro publicado, não foi o meu primeiro livro a ser escrito. Aliás, por incrível que pareça, o meu primeiro livro escrito ainda está engavetado e, creio que muito em breve será lançado. A ideia inicial era escrever para os adolescentes, mas, na época, conheci uma escritora e ela me convidou para participar de algumas antologias infantis; arrisquei, meus textos foram selecionados, e depois, acabei pegando o gosto por esse tipo de escrita e

o Rháuwey nasceu, relatando a história de quatro garotos que ingressam na 5ª série. Esse quarteto apronta mil e uma pegadinhas com os professores. É uma história que muitas crianças, principalmente as levadas, se identificarão com a história. Que temas você aborda em seu livro “Florência – A Borboleta que virou Bailarina”? Merari Tavares - No livro Florência – A Borboleta que virou Bailarina, o enredo ocorre na floresta do Vale Dourado. Tudo acontece quando Florência escapa da montanha russa e cai dentro da bolsa de Poly Dawson, uma professora de Balé. E assim, ela se apaixona pelo som que soa internamente no teatro. A partir daí, resolve organizar uma grande festa e apresentação musical na floresta. este livro, abordo temas como: amizade, união, persistência, e arte da música em si; desde a organização de uma orquestra, afinação dos instrumentos e das vozes, o ensaio da partitura e a persistência para a concretização de um grande sonho, que no caso de Florência era se tornar Bailarina. Em agosto de 2014, você lançou na Bienal Internacional do livro de São Paulo, dois títulos, poderias nos contar um pouco sobre as obras: Merari Tavares - Minha Namorada Virtual – é um livro baseado na vida real, que narra a história de dois jovens que se conhecem pela internet e enfrentam alguns obstáculos, inclusive, a distância, que somente o verdadeiro amor é capaz de superar!!!

Nesta obra, relato o romance virtual que, por vezes, pode gerar uma compulsão em busca da felicidade. Mas é possível ser feliz sem conhecer? Sabemos que a dor faz parte de quem vive conscientemente, então, por que somos tentados? Seria uma tentação, ou, uma saída para conhecer alguém? 30 Minutos Com Um Estranho – narra a história de Karry, uma jovem com tudo de bom na vida: família, namorado, amigos e, de repente, por um deslize, impulsivamente se envolve com um cara que mal conhece; recebe um convite e, embriagada, acaba se entregando e engravidando, e claro, perdendo o grande amor de sua vida — o seu namorado. Será que Peter, o namorado de Karry, realmente a esquecerá para sempre, depois desse grande erro, ou ainda, haverá uma reconciliação? Como tomar uma decisão sem ao menos saber ao certo a real identidade de uma pessoa que entrou em sua vida por mero acaso? Onde podemos comprar os seus livros? Merari Tavares - Meus livros poderão ser adquiridos diretamente comigo (autografados) através do e-mail: merari_ta@msn. com e através dos seguintes sites: Cantinho do Leitor: http://www. cantinhodoleitor.com.br/minha-namorada-virtual.html - http:// w w w. c ant i n ho d ol e itor. c om . br/30-minutos-com-um-estranho.html - Garcia edizioni: http://www. garciaedizioni.com.br/minha-namorada-virtual - http://www.garciaedizioni.com.br/30-minutos-com-um-estranho Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Quais os seus principais objetivos como escritora? Merari Tavares - Como escritora, meus principais objetivos são proporcionar ao leitor, viajar e conhecer o outro lado do mundo, através das palavras. Amo escrever para o público infanto-juvenil. Nas histórias infantis, procuro criar cenas comuns com a do leitor, fazendo com que ele se identifique com a história narrada; ainda assim, dou uma mesclada com o mundo das fábulas e personagens encantados. Já nos romances juvenis, mesclo o romantismo e criatividade com as cenas comuns do nosso cotidiano. Sempre, proporcionando ao leitor uma leitura suave, fazendo com que ele se identifique com a situação, e ao final, que ele tenha ainda, um momento de reflexão. As histórias escritas por mim, geralmente são um misto de real X imaginário.

Querendo ou não, o brasileiro está lendo a maioria do tempo, uma vez que estão conectados quase 24h. Prova disso foi o resultado da Bienal de São Paulo de 2014 que surpreendeu a muitos. O mercado literário brasileiro aos poucos está evoluindo. A tecnologia a cada dia se renova e, nos dias atuais, a fonte de pesquisa é imensurável. Assim sendo, muitos autores não se restringem apenas a uma Editora, pois o mercado é farto, diferente de alguns anos atrás, que tudo era mais restrito. Atualmente, temos observado que as Editoras e o mercado literário brasileiro estão abrindo as portas e apostando em novos autores. Um exemplo mesmo disso é a Garcia edizioni, uma editora que abre as portas e abraça os novos escritores, não restringindo o gênero a ser publicado.

De que forma você divulga o seu trabalho literário? Merari Tavares - Através dos Blogs e Fan Pages: http://escritorameraritavares.blogspot.com - http://minhanamoradavirtual. blogspot.comhttps://www.facebook.com/minhanamoradavirtual - https://www.facebook. com/30minutoscomumestranho https://www.facebook.com/pages/ Merari-Tavares/187786397951251 ?fref=ts

Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Merari Tavares - Conforme já citado na questão anterior, as mudanças são contínuas e o mercado literário está aos poucos, caminhando com essa evolução, abrindo portas e valorizando os autores nacionais. Tenho observado muitos autores e livros saírem das gavetas, autores brasileiros que estão se destacando, pelo simples fato, das Editoras nacionais apostarem em seus trabalhos.

Como você vê o mercado literário brasileiro? Merari Tavares - Hoje, o hábito da leitura faz parte da vida da maioria dos brasileiros. A tecnologia está a cada dia mais avançada, e sendo assim, as notícias são instantâneas.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Merari Tavares, que mensagem você deixa para nossos leitores?

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Merari Tavares - Mais uma vez, sou muito agradecida por essa rica oportunidade concedida pelo Divulga Escritor. Eu gostaria apenas de agradecer a todos os meus leitores; leitores estes que estão espalhados por todo canto. Vocês não têm ideia de quanto é gratificante quando recebo algum recadinho de vocês, dizendo que leram, gostaram e se identificaram com a história. Leiam mesmo, e bastante, pois são nos livros onde encontramos consolo quando mais ninguém nos ouve. Livro é a fonte de conhecimento, além de enriquecer o nosso vocabulário, nos permite viajar e conhecer o outro lado do mundo. E para quem ainda não conhecia a mim e minhas obras, acesse: http://escritorameraritavares.blogspot.com. Estarei esperando vocês!!!

Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor


Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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VÍCIO DE VIAGEM

VENEZA – A CIDADE A apenas 2h50m de Milão e a 1h25m de Verona, a famosa cidade sobre as águas, é um dos destinos mais almejado pelos casais apaixonados, e foi nossa preferida sem sombra de dúvida. Apesar de a cidade ser meio sujinha, e alguns canais terem cheiro de esgoto, é uma cidade extremamente preparada para receber o turista. Nos restaurantes é comum cardápios em várias línguas, e atendentes que entendiam ou se esforçavam para falar português. E todo mundo fala inglês. Muitas lojas e muitos ambulantes. Lá você vê muito chinês em lojas, e africanos com falsificações na rua. Quem não gosta nada dessa invasão são os venezianos. Os chineses falsificam até as famosas mascaras de Veneza, ao invés de usar porcelana, usam gesso ou plásticos e vendem bem mais barato! Ficamos imaginando a vida de quem mora lá, fazer tudo a pé ou de barco, e quando a água sobe? E quando chove? E pra construir, comprar mercadoria?? Claro que pelo acesso a ilha não ser fácil, tudo lá é mais caro até para os moradores. O ônibus lá é um barco chamado vaporeto, você compra o bilhete e ele te leva às paradas por toda a ilha ou para as ilhas vizinhas de Murano e Burano ou para o cemitério (que também é um ponto turístico lá). É o transporte mais barato, uns 3 euros. Um bilhete serve para um dia todo. Três ou quatro dias são o sufi38

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ciente para conhecer e curtir Veneza. Ficamos em um hotel bem centralizado próximo a Piazza San Marco, onde ficam os principais pontos turísticos. Era pequeno e sem elevador, e por um momento achamos ter escolhido mal, mas soubemos que pelo aproveitamento de espaços a maioria dos hotéis é assim. Chegamos a Veneza de trem (na parte terrestre da ilha) e pegamos um barco para atravessar para a parte central da ilha. Como já era fim de tarde fomos direto procurar o hotel, e nos perdemos com mala e tudo pelas ruelas, até que por sorte vi a placa com o nome do hotel, porque a entrada dele era só uma porta de vidro e se confundia com a porta das lojinhas. Nossa noite começou com uma voltinha pela Piazza San Marco, que fica com uma iluminação um

tanto romântica dos restaurantes a sua volta. As ruas estavam movimentadas e foi difícil escolher um lugar mais tranqüilo para jantar. O restaurante Trattoria ai Leoncini foi uma boa opção, o carpaccio de entrada e o bacalhau, acompanhados de um bom vinho da casa foram excelentes. Depois do jantar caminhamos até a Ponte Rialto, que a noite, iluminada é linda e de cima dela a visão dos bares e restaurantes em volta do grande canal também impressiona. A Ponte di Rialto é de uma beleza extrema, e, assim como a Ponte Vecchio em Florença, funciona não somente como um meio para cruzar o Grande Canal, mas também como uma espécie de shopping center, pois é repleta de lojas. Esta ponte, que é um dos principais pontos turísticos de Veneza. No dia seguinte nos perdemos propositalmente pelas ruelas da cidade com um mapa na mão, para nos situarmos melhor, tiramos fotos, admiramos as gôndolas nos canais e fomos ao Museu de História Natural. Veneza tem 4 museus, 3 praças, 6 palácios, mais de 15 igrejas, 5 pontes e outros locais como bibliotecas e o cemitério. De tarde passamos no cemitério San Michele a 20 min. de barco de Veneza. O lugar é tão bonito e organizado, com flores, jardins e uma igreja que nem parece o que realmente é. Ao voltarmos fizemos


Adriana Gomes de Farias - Mais detalhes e sugestões você encontra no blog viciodeviagens.blogspot.com.br no instagram @viciodeviagens

E SOBRE AS ÁGUAS

o passeio de gôndola que custa 80 euros, mas cuidado, os gondoleiros são espertos, prefira pagar o preço normal pelo passeio completo, geralmente os descontos oferecidos terminam em passeios “meia-boca” e não vale o estresse. A gôndola originalmente era um barco de transporte de caixões funerários até o cemitério, por isso são pretas. Só depois caíram no gosto das pessoas e viraram atração turística. À noite fomos a um barzinho muito legal chamado Bacarro Jazz, com um chopp de caneca gigante e uma pizza deliciosa. No segundo dia fomos logo cedo para a ilha de Murano. Adorei o passeio, pois pela visão de dentro do vaporeto deu pra ter uma noção do tamanho das ilhas. O cristal aventurine foi inventado

nesta ilha e, durante algum tempo, Murano chegou a ser o maior produtor de cristal da Europa. As fábricas de vidro se instalaram lá pelo risco de incêndio em Veneza, já que a maioria das construções era de madeira. Eu achei Murano mais organizada e mais limpa que Veneza, todas as lojinhas vendem artesanato de vidros e cristais coloridos, e em algumas, você pode ver os artesãos trabalhando e moldando os vidros. De tarde voltamos para a Piazza San Marco. Os pontos turísticos de lá são: a Basílica de São Marco, a Campanile (torre que abriga os sinos da basílica), o Palazzo Ducale e a Torre do Relógio. A praça é o centro turístico da cidade e é o local mais lotado de turistas. Entramos apenas na Basílica de San Marco, que é enorme por dentro, linda e a vista do terraço externo é a mais bonita que tive de Veneza, ainda mais com o dia ensolarado que fazia. Na Basílica ficam guardados os restos mortais de São Marcos, o Evangelista. Apesar da fila enorme na porta, anda bem rápido e a entrada é grátis. Para subir ao Museu de São Marcos na parte superior e ir ao terraço custa EUR 4,00 a entrada. A Torre dell´Orologio foi construída no final do sec. XV. Uma lenda conta que após os inventores terminarem a obra tiveram seus olhos arrancados para que não reproduzissem jamais o projeto. O relógio marca o tempo

pelos signos do zodíaco e pelas fases da lua. No alto está a figura do leão alado de San Marco, símbolo da cidade. O sino toca de hora em hora e se escuta de todo lugar na ilha. Pensa que maravilha: nosso hotel pertinho do Orologio. A primeira noite foi a mais difícil!!! Não visitamos nem a Campanile (torre que abriga os sinos da basílica), nem o Palazzo Ducale. Dizem que a vista de cima da torre é a mais ampla e a mais bonita da cidade e custa 8 euros para subir. Já o Palazzo é enorme por dentro repleto de pinturas e a visita custa 14 euros. No terceiro dia já saímos de Veneza para buscar o carro na locadora que ficava no bairro chamado Mestre, na parte de Veneza que fica no continente. E assim continuar nossa viagem... Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Entrevista Entrevista Escritora Raquel Mara Lopes Correia Raquel Mara Lopes Correia, natural do Rio de Janeiro, Autora dos livros “Entrelaçando Vozes sobre o Discurso Pedagógico” (2001), “Um Sapinho Muito Curioso” (2011), “Quem Ama, Nunca Desiste!” (2012), com participação premiada na 1ª Antologia de Poesias do Prêmio SFX (2013); além de diversos títulos em livros Artesanais. Colaboradora de Organizações não governamentais e universitárias em diferentes projetos educativos. Professora, graduada em Pedagogia, com Especialização em Educação Brasileira, Psicopedagogia, Libras e Educação Especial. Mestrado em em Educação. Conta, canta e encanta o público com suas histórias. “Atualmente o mercado literário possui muitas opções para quem gosta de ler. Outras tantas para quem deseja presentear. Mas, as prateleiras das livrarias ainda estão muito cheias. A literatura, principalmente a nacional ainda carece de mais incentivo e reconhecimento.” Boa Leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Raquel, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, o que a motivou a trabalhar para o público infantil? Raquel Correia - Shirley, é uma alegria enorme poder participar do Projeto Divulga Escritor. Desde meu tempo de criança já me identificava com a leitura de diferentes gêneros literários. Recordo-me, com muita alegria, de obras que li, durante minha infância, como: “Vivi Pimenta e o Calhambeque Triste”, “Memórias de um Cabo de Vassoura”, “Justino, o


Retirante”, “O Caso da Borboleta Atíria”, “O Escaravelho do Diabo”, entre tantas outras leituras. Tempos depois, ao realizar o Curso de Formação de Professores, além de apreciar as histórias infantis, também arriscava em escrever textos e desenvolver ilustrações. Desde aqueles momentos a motivação já era presente em mim. Seu livro “Entrelaçando Vozes sobre o Discurso Pedagógico” apresenta algum estudo relacionado ao público infantil, conte-nos um pouco sobre a construção desta obra. Raquel Correia - “Entrelaçando Vozes sobre o Discurso Pedagógico” foi a publicação de um estudo que fiz sobre as abordagens dadas ao discurso e sua influência na prática educativa. Esta obra enfatiza a necessidade de reflexão sobre a prática de educadores. É um trabalho de cunho acadêmico. Está mais voltado ao público adulto que frequenta cursos de formação de professores. Possui uma linha mais didática, permitindo aos leitores a compreensão de discursos que entrelaçam vertentes educativas diferentes, como a curricular, ideológica e o próprio discurso realizado nos espaços escolares. O título foi escolhido, justamente, por entrelaçar vozes de autores que falam sobre o assunto, entre eles Bernstein, Foucault, Forquin, Orlandi e Freire. Que temas você aborda em seu livro “Um Sapinho Muito Curioso”? Raquel Correia - “Um Sapinho Muito Curioso” foi minha primeira publicação infantil.

Esta Literatura apresenta a história de Pula-Pulão, um sapinho muito esperto e questionador que, um dia, resolve perguntar a sua mãe como é que ele nasceu. O livro apresenta a temática da metamorfose dos anfíbios. Pode ser trabalhado em projetos educativos, como leitura complementar aos estudos do conhecimento científico, da Lingua Portuguesa, do meio ambiente, entre tantas outras propostas pedagógicas. Além disso, também aborda, nas entrelinhas, a importância do relacionamento familiar, principalmente, diante os momentos de curiosidade e questionamento infantil. Considero uma obra que diverte público com as ações do sapinho curioso. Uma história que ensina, orienta e educa. Escrevi e ilustrei a história. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através do seu livro “Quem Ama, Nunca

Desiste!”? Raquel Correia - Esta obra, para mim, é sensacional! Visto que apresenta uma história de AMOR INCONDICIONAL e de superação, abordando uma temática que, além de antiga, vem sendo discutida nos espaços educativos recentemente: A INCLUSÃO. “Quem Ama, Nunca Desiste!” retrata a vida de uma família que recebe a missão de amar uma criança autista, tentando aprender a lidar com os enigmas que esta síndrome possui. O livro considera limites, desafios e possibilidades de ações que podem ser utilizadas com crianças autistas em casa, na escola e nos espaços sociais. Um conhecimento que toda a sociedade precisa ter para incluir indivíduos com necessidsades educativas especiais. Aceitar, cuidar e trabalhar com crianças que possuem tais necessidades é um desafio que estará sempre presente. Acredito que este livro possibilita ao leitor conhecimentos para que os primeiros passos sejam dados em direção ao acolhimento e inclusão. Onde podemos comprar os seus livros? Raquel Correia - Com exceção da obra “Entrelaçando Vozes sobre o discurso pedagógico” - que estou intentando em reeditar, os livros “Um Sapinho Muito Curioso” e “Quem Ama, Nunca Desiste!” podem ser solicitados através do e-mail: raquelmlcorreia@ yahoo.com.br. Poderão ser adquiridos na Livraria da Cooperativa Cultural Universitária – Centro de Convivência Djalma Marinho no Campus da UFRN (site:www.cooRevista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Que ações você indicaria para melhoria do mercado literário no Brasil? Raquel Correia - A realização de Feiras regionais e locais com a presença dos autores. Vejo que há uma relevante diferença quando os leitores conhecem, presencialmente, o autor, pois, a leitura da obra se torna mais significativa. Ler a obra por ler é interessante, instigante e desafiador. Mas, ler a obra sabendo quem a escreveu, ou melhor, tendo o contato direto com o criador daquele texto, conhecendo sua caminhada e ouvindo sua voz, muda, completamente, o sentimento do leitor, que passa a ler com outros olhos, os olhos de quem conheceu o autor.

perativacultural.com.br), na Super Banca (Shopping Via Direta em Natal-RN) e, também, solicitados pelo site da Livraria Saraiva(www. livrariasaraiva.com.br). Que tipos de palestras você apresenta? Raquel Correia - As palestras voltam-se às temáticas educacionais. Temas que envolvem a tarefa do professor. “A arte de Contar histórias”, por exemplo, é um dos mais solicitados. Entretanto, procuro saber qual a necessidade da instituição, adequando o assunto ao interesse do grupo para o qual a palestra será proferida. Quem desejar contrata-la como deve fazer? Raquel Correia - Os interessados devem entrar em contato pelo 42

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email: raquelmlcorreia@yahoo. com.br. No endereço: http://raquelcorreiaescritora.blogspot. com/ é possível conhecer um pouco das atividades que desenvolvo. Ali disponho textos, histórias, poesias e fotos que retratam um pouco do trabalho que venho realizando. Como você vê o mercado literário brasileiro na área em que você atua? Raquel Correia - Atualmente o mercado literário possui muitas opções para quem gosta de ler. Outras tantas para quem deseja presentear. Mas, as prateleiras das livrarias ainda estão muito cheias. A literatura, principalmente a nacional, carece de mais incentivo e reconhecimento.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Raquel Mara Lopes Correia, que mensagem você deixa para nossos leitores? Raquel Correia - A leitura das palavras faz diferença para compreender o contexto em que se vive. A leitura do mundo e da vida são enriquecidas com o esclarecimento das letras. Um bom leitor precisa fazer a diferença, lendo o mundo e a vida com os olhos do coração e do conhecimento.

Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor


PANORAMA CULTURAL Por Ana Stoppa - Advogada, Pós Graduada em Direito e Processo do Trabalho, PUC/SP, Escritora, Ambientalista, Ativista Cultural. anamstoppa@ hotmail.com

PALAVRAS Palavras expressam vida, aroma, cores, sons, energia, musicalidade,movimento, paz, amor, felicidade, esperança, luz e harmonia, quando utilizadas com sabedoria. No entanto, como ganham vida nas mãos ou na voz de quem as escrevem ou as proferem, se mal utilizadas transmitem tristeza, destruição, vazios, contendas, mesquinhez, escuridão e inutilidades de todos os gêneros. Por isso pensar nunca é demais, até porque na reflexão reside a capacidade de se aprimorar o espírito, de se compreender o sentido da vida, das palavras transmissoras de bons sentimentos dentre eles o amor ao próximo, um dos dez mandamentos de Deus. Corações perversos não fazem versos e não raras vezes o correto se revela no reverso, por isso julgamentos ou posturas impensadas caminham para a vala da segregação. Por falar em versos, versando sobre a vida, esta de breve nos assusta. Corre apressada feito o rio para o mar. Mar, berço de sonhos, morada

das sereias, santuário líquido criado por Deus, que por nos amar desmedidamente dentre tantos tesouro nos ofertou esta imensidão azul. Como azuis são as palavras lívidas, serenas, amorosas, fraternais, construtivas, incentivadoras, esperançosas e solidárias, todas abrigadas no infinito dicionário do amor fraternal, obra única para o encontro da paz interior, lembrando que querendo ou não os seres humanos revelam nas atitudes cotidianas o nível de paz e equilíbrio que carregam no coração. Universos isolados geralmente são escuros, úmidos, tristes, inóspitos, incapazes de abrir a mínima fenda para a entrada do sol ou permitir a prática da razão. No emaranhado de palavras onde as letras abraçam ou guerreiam, se amam ou ou se odeiam a razão se mostra o fiel da balança, basta que se reflita para que estas se manifestem de pronto para socorrer os incautos despejadores de letras tristes, destrutivas, amargas. Por isso a importância de se agir com a razão alidada à sabedo-

ria e a consciência da brevidade do tempo; dp papel de cada um visando colaborar para a construção de um mundo melhor através de atitudes positivas, de posturas éticas, da prática da dialética. Manifestações negativas ou julgamentos em relação ao próximo, rosários de palavras negativas proferidas de graça, revelam em síntese que os atores habituados a estas posturas carecem de urgentes ajustes nos quesitos aprendizado e simplicidade. As palavras ácidas, antes de atingirem o semelhante corroem quem as proferem, ao passo que aquelas tecidas com a brandura das almas cientes do aprendizado, são capazes de proporcionar alegria para quem as recebe e uma indescritível paz interior para os que as compartilham. Alento, encanto, acalanto, canto de paz, doce melodia que o coração inebria transmutando a dor em infinita alegria, sentimentos capazes de pacificar o mundo, como o aprendizado nos faz compreender o sentido da palavra amor.

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Escritora Top Nacional Angela Aguiar Angela Aguiar:

Nasceu em 1985.É casada e mãe de 3 filhos. Mineira natural da cidade de Guapé-Mg, mora em Heliodora-Mg a 9 anos. Quando leu o seu primeiro romance, que foi de Stephenie Meyer ‘’A Saga Crepúsculo’’, se apaixonou por esse mundo literário e não parou mais de ler, principalmente romances. Considera-se uma viciada em livros, sempre adorou escrever de brincadeira, nas horas vagas, e foi assim que uma grande a amiga a incentivou a escrever esse primeiro livro. Ela diz que foi um desafio maravilhoso, e espera realmente que os leitores gostem, assim como ela amou por escrevê-lo. Sobre o livro, diz: Acho que não se trata de um conto de fadas, procurei deixar como é a realidade, os sentimentos e situações. É como eu espero que ter conseguido transmitir, pois na vida nada é fácil, mas vale a pena cada minuto vivido. Todos merecemos ‘Uma Chance a Mais’.

Uma Chance a Mais:

Até onde você é capaz de chegar por um amor verdadeiro? Elena encontrou com sua alma gêmea em seu primeiro dia de faculdade, mas não da forma tradicional. Era amor, ela soube no mesmo instante em que olhou dentro de seus olhos. Felipe soube que Elena era sua destinada desde o primeiro instante em que

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a viu, antes do seu primeiro dia de faculdade. Um amor irresistível, calmo, sereno, mas que arrebatou os dois sem que percebessem. Nada poderia jamais os separar certo? Talvez... Anos se passam e as lembranças, a dor a perseguem. Elena acredita que não existe esperança. Ela acredita que não merece ser feliz, que sua alma se foi. Ela pensa que um juramento feito em um momento de desespero, há anos atrás, não poderá cumprir. E é nestes momentos mais difíceis que ela descobre em seus amigos, uma esperança. E de repente um anjo aparece em sua vida, ou melhor, ela cai em seus braços, deixando-a perturbada mexendo com seus sentimentos e a vida dela começa a mudar totalmente. Apesar de não aceitar a presença do decidido Igor Lins, ele está disposto a provar a ela que a vida continua, e a cada dia é único. Como se deixar ser feliz? Como se reencontrar? Como se deixar amar? Elena vai descobrir ou esse será seu destino? Ame, se apaixone, se emocione e dê boas risadas mais acima de tudo descubra que não importa a dificuldade... há sempre ¬— ‘’Uma Chance a Mais’’— de ser feliz!!! Adquira o seu exemplar: solloeditorial@gmail.com http://solloeditorial.wix.com/solloeditora


Escritora Top Nacional Cristina de Azevedo Cristina de Azevedo, a promessa da literatura nacional

A autora Cristina de Azevedo é estreante na literatura. Ela é de Foz do Iguaçu, estuda Teologia e lançou seu romance, Nacqua – O Reino Escondido, na Bienal do Livro de São Paulo. Os leitores receberam a nova autora de braços abertos e fizeram do lançamento um momento único! O livro conta a história de Larissa, uma jovem que sofreu com a morte de seus pais adotivos e com um casamento frustrado. O que ela mais queria era paz. No entanto, nem em seu pior pesadelo imaginou que teria sua vida roubada. Diante de tais circunstâncias, teve que aprender a viver novamente, e descobre que uma lenda antiga é na verdade, real. As cataratas

do Iguaçu escondem um grande mistério, tudo que ela mais ama corre perigo, o futuro está em suas mãos. Porém, em Nacqua, o amanhã pode não existir. O pano de fundo para seu primeiro romance teve como inspiração sua terra natal e a beleza das Cataratas do Iguaçu. Logo a famosa queda d´água se transformou em um romance cheio de magia e mistério pelas mãos de Cristina e nascia “Nacqua”. No entanto, “Nacqua” não é o primogénito de Cristina: “ Borboleta – Rompendo o Casulo” e “Renascendo em Sangue” foram anteriormente publicados de forma independente pela Amazon, no formato de e-books, e estão disponíveis na plataforma para quem quiser conhecer o começo de seu trabalho. Mesmo querendo curtir ao máximo o momento presente com seus livros lançados, já tem o outro pé nos próximos projetos: um livro para 2015 e outros engatilhados. Além disso, viaja com o Mochila Literária pelo Brasil todo, com o intuito de difundir e expandir a literatura Brasileira.

Por Paola Patricio Assessora Literária

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Escritor Top Nacional Diego de Lima menina pode ser a chave para a salvação da humanidade, a pequena Safira, que estava sobre a proteção dos rebeldes, mas acaba sendo sequestrada por Cássius, um “ex-general” renegado, que perdeu a mulher que amava e pretende usar a menina como moeda de troca para obter sua vingança. Escolha seu lado, pois a batalha começou e todos terão que lutar!

DIEGO DE LIMA

SENTEL YORK : A BATALHA PELO AMANHECER | 15X21 | 178 PÁGINAS O ano é o 90 da Era Apocalíptica, e uma rebelião se inicia em Sentel York, a última cidade remanescente na face da terra. Liderados por Eric, um ex-Major da extinta Força Especial da Salvação, os rebeldes tentam fazer frente aos denominados “generais”, fiéis servidores do Imperador Bu que, com a morte de seus grandes rivais, o Imperador Chacal e o Imperador M, se auto-proclamou o senhor de Sentel York. Em meio a esse confronto eminente, uma 46

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Filho de uma potiguar e um parabaibano que migraram para o Rio de Janeiro na década de oitenta, Diego se considera o “encontro” de três culturas: a nordestina, passada através de seus pais e com a qual ele sempre se identificou muito, amante das danças, costumes e comidas nordestinas que é. A cultura da favela, onde viveu até os dez anos de idade, e onde pode conhecer a dura realidade de uma vida de privações. E a cultura do “asfalto” (como é conhecida pelos moradores da favela) da Zona Sul do Rio de Janeiro onde passou a viver a partir dos onze anos, devido ao emprego do pai, porteiro de um condomínio de luxo em Ipanema, um dos metros quadrado mais caro de todo o Brasil. Links: www.diegodelima.com.br www.facebook.com/sentel.york www.sentelyork.blogspot.com


Escritora Top Nacional Emília Lima Emília Lima:

A maior paixão dessa escritora sempre foi os livros. Desde pequena adorava ler e foi muito incentivada pelos avós maternos Marlotinho e Zelinha, que só lhe davam de presente livros. Dona de uma extensa biblioteca, ela às vezes se esquece do mundo quando está lendo e para todo lugar que vai sempre carrega muitos livros com ela. “É meu refúgio. Preciso disso para me retirar do mundo em alguns momentos do dia”, diz a mesma. Ela tem dois filhos e mora na Bahia. Seu primeiro livro é Alina e diz que pretende seguir a carreira de escritora pelo resto de sua vida. “Escrever Alina foi uma mudança na minha vida. E quero que essa mudança permaneça para sempre.”

Alina:

Alina é uma obra de ficção, ambientada na Bahia no final do Séc. XVI e conta a história da família Cirilo, proveniente de Portugal com o intuito de ajudar na colonização do Brasil-colônia. O livro conta a história da vida da família Cirilo e principalmente de Alina Cirilo, personagem principal do livro e do amor dela por Pedro Garcia, um grande amor, mas um amor proibido. Alina é uma personagem de personalidade forte e muito determinada. Alguns acontecimentos mudam drasticamente o rumo da sua vida e mesmo assim ela consegue levar tudo adiante, com toda a coragem que uma moça de sua idade e de sua posição social pode ter. Este livro fala sobre amor, família e as renúncias que às vezes temos que fazer em benefício das pessoas que mais amamos. E, também, de que quando um amor é verdadeiro, ele acontece, mesmo que achemos que o tempo desse amor já passou. Adquira o seu exemplar: solloeditorial@gmail.com http://solloeditorial.wix.com/solloeditora

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Escritora Top Nacional Eva Zooks Eva Zooks aposta na literatura hot e faz sucesso na literatura nacional Eva Zooks é de Goiânia, formada em Letras e Mestre em Literatura Brasileira Contemporânea. Depois de Caminho das Águas, romance que deu o ponta pé inicial na sua carreira como escritora, Eva lançou Cicatrizes, na Bienal do Livro de São Paulo. Apostando na literatura hot, o livro Cicatrizes conta a história de Cassie, perdida em um mar de ilusão. Faz o leitor ultrapassar os limites e mergulhar em uma história com muito amor. No entanto, a dor e o medo também estão presentes em sua narrativa. Cassie, uma mulher com problemas emocionais mostra ao leitor que as cicatrizes nem sempre são externas e que, às vezes, algumas atitudes são consequências das marcas que se tem. Hawk, uma homem bem sucedido, porém de frieza aparente, também carrega as suas dores. Mas, juntos mostram o significado da palavra superação. O lançamento do livro foi um sucesso de público e de vendas. Cicatrizes está sendo o queridinho dos leitores amantes da literatura hot. Com uma história envolvente, Eva vem conquistando leitores por saber dosar amor e sensualidade em sua história. O livro está disponível também na 48

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versão e-book, pelo site da Amazon.com. A autora, em uma escrita intensa, com cenas picantes e com a pitada certa de humor, conseguiu escrever um livro atraente, com temas e conflitos para mexer com a emoção do leitor. Eva também participa de projetos literários voltado para a divulgação da literatura nacional, como por exemplo, o Mochila Literária. A escritora viaja capitais do Brasil, juntamente com outros escritores, mostrando ao público leitor o que a literatura nacional tem de melhor.

Por Paola Patricio Assessora Literária


Escritor Top Nacional Flávio Galindo Flávio Galindo:

Flávio Galindo, da cidade de Osasco, grande São Paulo, descobriu sua vocação pela escrita logo cedo. Apesar de ter menos de 3 décadas de vida, o autor começou lançando dois de três volumes da trilogia O Guerreiro das Estrelas, de ficção, mas foi o tempo e a vida que o mostrou a paixão pelo gênero de romance. Ainda em finalização dessa trilogia, Flávio agora foca nos romances e isso ficou bem claro, pois é com a Sollo que ele começará a seguir o caminho para o amor. Sempre voltado para a fé, ele escreve muito sobre a fé que devemos ter em nós mesmos para alcançar os nossos objetivos. São leituras envolventes e com boas tramas. Não esqueçam desse nome!

Cair para Voar:

O tempo sempre foi um paradigma. Ele passa e pronto. Tomamos nossas decisões. Mas e se por um segundo sequer, ele pudesse voltar? Foi com essa questão que Rodrigo se viu parado de frente ao abismo. A vida lhe proporcionara riquezas, mas sua maior ele perdera. Então o tempo lhe deu uma escolha. A escolha de fazer diferente. O que você faria se pudesse reviver sua maior história de amor? O que você faria para mudar? Largaria todas as suas decisões passadas? Conheça a história de Rodrigo e Jéssica, um amor que nem mesmo o tempo pode contra. Adquira o seu exemplar: solloeditorial@gmail.com http://solloeditorial.wix.com/solloeditora

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Escritora Top Nacional Janette Alvim Soares Pássaros ainda cantam em minha janela

Janette Alvim Soares é natural do Estado de Minas Gerais, passou grande parte de sua infância em uma pequena fazenda. Se formou em Magistério no Colégio de Freiras de sua cidade natal, Ponte Nova. Órfã de pai aos três anos, sentia o peso de que algo lhe faltava, e de certa forma, esse fato influenciou muito sua vida. Após toda sua trajetória de vida como hippie, em busca de suas realizações emocionais e pessoais, vive em uma pequena cidade litorânea do estado do Espírito Santo, onde encontra grande prazer em continuar cuidando de seu jardim, admirando o mar e a natureza que a cerca. Vive só, depois de várias experiências amorosas, mas continua acreditando no amor...

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Os segredos de uma ex-hippie revelados nos mínimos detalhes. Uma história emocionante e envolvente que tranformará completamente o seu modo de olhar o mundo à sua volta. Esse livro narra a trajetória de vida de uma jovem que fugiu de casa no final da década de 70 para ser hippie, em busca de respostas para seus questionamentos interiores, peculiares de uma adolescente que não se enquadra nas futilidades e superficialidades que o mundo em si apresenta. Passou pelo mundo das drogas, viajou por todo o Brasil e fronteiras, passou pela experiência de ser mãe duas vezes na década de 80, e por desilusões amorosas marcantes. Em meados dos anos 90 se descobriu portadora do vírus HIV, e no ano de 2004 conseguiu encontrar aquilo que sempre procurou ao longo de sua existência, passando a viver uma vida definitivamente e radicalmente transformada.


Escritor Top Nacional Salatiel Diniz Sobre o Autor:

Salatiel Soares Diniz nasceu em Paulista – PE, aos 21 de novembro de 1968. Filho de Severino Soares Diniz e Severina Leonor Diniz. Foi aluno do Ginásio Pernambucano. Graduou-se em Psicologia no ano de 1994 pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO. Fez especialização em Arteterapia (2001) pela Clínica Pomar – RJ. Psicólogo Perito de Trânsito. Pós Graduação em Gestão da Educação e Criatividade, pelo Centro Integrado de Tecnologia e Pesquisa (CINTEP). Lecionou as disciplinas de Telemarketing e Operador de Caixa na Microlins – Carpina; na Faculdade Joaquim Nabuco – Recife lecionou as disciplinas de Avaliação de Desempenho, Ética e Meio Ambiente, Psicologia Organizacional e Clima Organizacional nos cursos técnicos de Administração e Recursos Humanos. Pelo INNAM proferiu palestras motivacionais nas cidades de Maragogi - AL, Maceió-AL, João Pessoa – PB, Campina Grande – PB e Natal – RN. Membro da Renovare Consultoria. Colunista do Portal da Educação (www.portaleducacao.com.br). Professor nas disciplinas de Ética e Empreendedorismo, Rotinas de Pessoal, Legislação Trabalhista, Marketing Pessoal e Profissional, Psicólogo nas Olimpíadas do Conhecimento (com alunos dos cursos de cabeleireiro e gastronomia) no SENAC-PB. Autor dos livros: Gestão de Atendimento ao Cliente (Editora Viena, 2014) e Gestão de Pessoas (Editora Viena, 2013); Vivendo e aprendendo, com o mestre Jesus (Clube de Autores, 2012). Coautor nos livros Capital Intelectual (Ed. Ser Mais, 2013) e Seleta Cultural Brasil-Portugal 2014 (Ed. LP-Books, 2014). Contatos: http://www.salatieldiniz.com.br/ http://www.facebook.com/salatieldinizpalestrante - contato@salatieldiniz.com.br

O livro Gestão de Atendimento ao Cliente - Como valorizar o relacionamento interpessoal entre os clientes internos e externos apresenta os conceitos com um aspecto prático e com uma linguagem clara, fácil e didática. Tem o intuito de orientar as empresas a prestarem um serviço de melhor qualidade no atendimento as pessoas, no que se refere à excelência profissional e ao relacionamento interpessoal, fazendo a estratégia de gerenciar o atendimento um diferencial competitivo. Entre os assuntos abordados estão: gestão de marketing e o comportamento do consumidor; a teoria da hierarquia das necessidades; o processo de vendas e o pós-venda; a comunicação e os seus mecanismos; comunicação interna e inovação; marketing de relacionamento e fidelização; como recepcionar o cliente e saber quais são suas necessidades; dedicação na hora do atendimento; atitude para se posicionar em frente ao cliente; gestão de pessoas e o comportamento organizacional; passos importantes para o planejamento estratégico; desmitificando o código de defesa do consumidor; a importância do Procon na vida do consumidor; relacionamento interpessoal; potencializando a qualidade de Vida no trabalho. Objetivando, assim, apresentar aos leitores (estudantes, professores e profissionais que desejam melhorar a qualidade no atendimento prestado) um material que lhes auxilie no estudo e na forma correta de tratar os clientes.

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Escritora Top Nacional Tatiana Amaral Tatiana Amaral é o mais novo sucesso da literatura hot nacional A autora é baiana, casada e formada em Administração com habilitação em Marketing. Trabalhou por um tempo na área, mas nunca se sentiu realizada. Começou a escrever quando conheceu as fanfics e, já na sua primeira publicação, decidiu que era isso que queria fazer pelo resto da vida. Hoje vive apenas da escrita e dedica seu tempo aos livros que ainda serão lançados. O público é fiel desde que começou a escrever fanfics, sendo assim, Tatiana tomou coragem e começou a escrever seu primeiro livro. O resultado foi um reconhecimento imenso por parte dos leitores. O sucesso que a autora faz é devido a simpatia e atenção com que trata a todos. Tatiana Amaral já possui uma lista de livros publicados e um público leitor fiel ao seu trabalho. Ela é autora dos livros Segredo, Traições – Porque a vida não é um conto de fadas, Casei e agora? – As desventuras do meu casamento, e a consagrada trilogia Função CEO, que já está no segundo volume. Mas o sucesso está chegando, e sem ser aos poucos, com a trilogia Função CEO. Leitoras de todo país estão loucas para saber o desfecho dessa história de amor cheia de cenas quentes! O segundo livro mal foi lançado e já é um sucesso de público. O lançamento oficial foi feito na Bienal do Livro de São Paulo, onde a autora esgotou 52

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todo o estoque de Função CEO – A descoberta do amor. E as leitoras já estão ansiosas para o último livro da trilogia. Além do sucesso de vendas dos livros físicos, os livros digitais também estão em alta! Tatiana tem se tornado um fenômeno da literatura nacional. Por Paola Patricio Assessora Literária


Escritora Top Nacional Valentine Cirano Valentine Cirano é o mais novo destaque da literatura jovem

Valentine Cirano é carioca, mas mora em São José dos Campos. Se aventurou por cinco anos nos Estados Unidos e formou-se professora de inglês pela Brigham Young University e pela Nomen Global. É escritora e gosta de transitar por diversos gêneros. Prova disso é que ela lançou livros infantis, de aventura e seu último lançamento, Átina Black e o Império de Cronos, para o público jovem. O lançamento do livro Átina Black e o Império de Cronos, da autora Valentine Cirano, rendeu

bons frutos. No primeiro final de semana da Bienal do Livro de São Paulo, a escritora lançou seu novo livro teen e fez sucesso com os jovens. Entre autógrafos, fotos e bate papos os livros se esgotaram, fazendo do lançamento um sucesso! Sucesso este que fez com que a autora retornasse a bienal no último final de semana para mais uma sessão de autógrafos. O livro, recheado de aventuras com os deuses do Olimpo, está nas livrarias desde o dia 10 de junho e vem conquistando os jovens leitores. Valentine Cirano usou e abusou de sua imaginação, criando uma aventura de tirar o fôlego. Átina Black e o Império de Cronos conta a história de deuses gregos, trazendo muita aventura em suas páginas. Hades nunca aceitou seu irmão Zeus como o deus dos céus e da terra. Sua inveja e ódio o levariam à uma terrível e implacável vingança. O Olimpo corria grande perigo. Os deuses ameaçavam destruir toda a Terra e a humanidade com cataclismos. Havia uma única esperança: Átina Blake, a filha de Zeus. O segredo da jovem semideusa Átina Blake ficou guardado por muitos anos até que ela estivesse pronta para

encarar seu destino como a protetora do Monte Olimpo. Somente ela poderia resgatar os poderes do pai e trazer paz novamente entre os céus e a Terra. Juntamente com seus amigos semideuses da escola Thomas Greek, Átina embarca em uma emocionante aventura no submundo de Hades, lutando contra monstros e titãs para recuperar os poderes de Zeus e restituir-lhe a soberania do Monte Olimpo. A escritora tem se destacado no meio literário por não ter medo de transitar pelos gêneros. “Escrevo todos os gêneros pois gosto de diversificar para atingir todos os gostos literários.”, diz a autora. Além de escritora, Valentine é professora de inglês formada pela Brigham Young University e pela Nomen Global, ambas localizadas nos Estados Unidos.

Por Paola Patricio Assessora Literária Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Participação Especial

Escritora Conceição Lima

Não acredito que já lá vão três anos!!! Nasceu como fio de nascente; tornou-se um rio. de bom caudal!! O sonho, de outrora, virou certeza e agora, é consubstanciar, amadurecer, rechear, esse sonho já longínquo que não quero perder de vista… Pretendo em cada semana, que o meu sonho seja o sonhos dos outros: espalhar, mais e mais longe, a poesia dos nossos Poetas! A HORA DA POESIA, não se contabiliza pelos sessenta minutos da sua duração.É MAIS: é um balão colorido que nos ajuda a flutuar, a despregar do chão e agarrar as estrelas… Divulgar a Poesia dos Poetas de Língua Portuguesa é missão e gozo; é cumplicidade , solidariedade e companheirismo.. É ELA, que me sustém neste cinzentismo absurdo; é a Poesia que me impregna os dias para aguentar a anemia dos Ideais: é a Poesia que me devolve a força, para, com os Poetas, lutar contra o entorpecimento da sociedade: é a Poesia que

ilumina a sombra de quem luta por Princípios e Valores… Sou a felizarda que anda de “mão dada”, “de braço dado”, de “cabeça no ombro”, com os Poetas… Estar ligada aos Poetas, à boa Poesia, é dar resposta ao apelo da Vida e da Esperança| Os meus agradecimentos sinceros à boa e grande equipa que me acompanha: RÁDIO VIZELA , 97.2, que , semanalmente, me deixa ser Radialista e me leva mais longe na divulgação; ao Bruno, um amigo, meu suporte, em estúdio: SOLAR DOS POETAS na pessoa do meu amigo , José Sepúlveda, que acarinha, divulga e engrandece o programa: OUVINTES, fiéis companheiros das noites de 4ª feira (21 horas) POETAS , cuja matéria prima, é o meu chão, o meu colchão, o meu balão!

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Entrevista Escritora Adnilo Lotus de Carmin Adnilo Lotus de Carmim é natural de Santa Cruz do Bispo. Passou parte da vida em França e vive na Maia. É licenciada pela Universidade do Porto em Línguas e Literaturas Modernas e Mestre em Linguística. Foi premiada diversas vezes pela Société des Poètes et Artistes de France, na categoria de poesia – Section Jeunes, Prémio Henry François Guitard – Poesia Jeunes – Poesia livre – Contos e Novelas. Em 2008 foi premiada pela Papiro Editora na categoria de romance com a obra “Os Lírios da Vida”. É autora de prefácios de várias obras literárias, nomeadamente de: - As Cores do meu Silêncio do autor Carlos Bondoso; - À luz da escrita do autor João Dizentte; - DUPLOS ANTOLOGIA dos autores Mirian Cerqueira Leitee Maurício Gervazoni. É autora dos romances: - Lírios da Vida (2008) - mar desfeito (2009) “A mensagem que pretendo transmitir é que devemos estar atentos aos gestos e às atitudes dos outros. Um simples olhar pode influenciar o nosso comportamento. Os olhos são autênticos espelhos e, por isso, muito nos podem revelar. Não devemos julgar as pessoas à toa.” Boa Leitura!

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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Adnilo Lotus de Carmim é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto pela escrita? Adnilo Lotus - É um prazer ser entrevistada e participar no projeto Divulga Escritor. Penso que desde sempre fui motivada pela escrita pois desde que me conheço que escrevo. Lembro-me de inventar sílabas e palavras, lembro-me de criar músicas ainda sem saber escrever. Eu ouvia os outros cantarem e depois inventava as minhas próprias músicas inclusive com refrões. Os meus pais e amigos ficavam perplexos. Quando entrei para a escola primária, não ia aborrecida, pelo contrário ia feliz porque sabia que iria aprender a


escrever para pôr por escrito as músicas e as letras que inventava. Tive uma ótima professora primária que percebeu desde logo que eu era uma pessoa muito dedicada e um dia chamou os meus pais para irem falar com ela. Quando cheguei a casa, os meus pais estavam muito emocionados pois a professora tinha-os informado que eu escrevia de uma forma fora do comum. Portanto, aos sete anos eu comecei a redigir o que antes fazia oralmente. Penso que escrevo desde sempre e o que me motivou foi com certeza o facto de eu sentir necessidade de o fazer. O meu contacto com a música e com a dança iniciou-se muito cedo. O meu pai era convidado para cantar fado em festas e eu comovia-me ao aouví-lo cantar. Na minha casa sempre existiram livros e, aos dez anos, já tinha devorado a pequena biblioteca do meu pai. Nos intervalos da escola, enquanto os meus colegas se divertiam a brincar no recreio, eu lia. Tudo me servia para ler. Lembro-me de nessa altura já ser muito crítica nas minhas leituras. Aos doze anos tinha cadernos cheios de poemas e um romance escrito. Tenho pena que com as várias mudanças de casa eu lhes tenha perdido o rasto. Tudo isto para explicar que o que me motivou a escrever foi o facto de eu ver na criatividade uma forma de estar na vida. Sem escrever eu sentia-me vazia. Inconscientemente, eu fazia-o sem que fosse obrigada a isso. Quer eu estivesse na escola, numa festa, num jantar, de repente, era assaltada por uma ideia e registava-a num pequeno caderno, ou se este não estivesse à mão, decorava-a e ao chegar a casa

colocava-a por escrito. Não se tratava de um escape mas sim de algo que me definia. E esta sensação de definição sempre me acompanhou. Nada sou quando não escrevo. Se não escrevo, é porque uma parte de mim não vive e eu preciso de escrever para me sentir viva e equilibrada. Quando era adolescente enviei os meus poemas para um concurso literário, da Société des Poètes et Artistes de France e fiquei muito surpreendida quando fui premiada. Posteriormente ganhei mais alguns prémios nessa área. Como foi a construção do seu romance Lírios da Vida? Adnilo Lotus - Foi uma construção morosa. Demorei cinco anos a desenvolver o livro. Durante dois anos, vesti a pele de Olavo, a personagem principal. Acordava e deitava-me a pensar nele. Nas suas características físicas e psicológicas. Na família pela qual ele nutria uma grande admiração e também um sentimento de culpa por entender que nem sempre foi honesto. Demorei tanto tempo a terminar o livro porque algumas vezes suspendia a escrita. Quando acabei a obra, em 2008, submeti-a ao concurso literário da editora

Papiro, tendo ganhado o prémio na categoria de romance. Ao escrever Lírios da Vida, você já pensava em escrever “mar desfeito”? Adnilo Lotus - Não. De todo. A publicação dos Lírios da Vida foi em 2008, mas, o livro foi escrito uns anos antes. O mar desfeito foi escrito entre 2005 e 2008. Como foi a escolha do Título “ Mar Desfeito”? Adnilo Lotus - A escolha do título deve-se ao facto de a narrativa se Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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passar junto ao mar. A personagem principal nasceu e vive à beira mar e o seu confidente foi sempre o mar. Era no mar que Marta encontrava o auxílio de que necessitava. Quando tudo sai fora do controlo de Marta, até o seu fiel e terno amigo parece virar-lhe costas e perder a beleza de outrora. Parece desfeito, à semelhança da sua vida que não passa de um eterno e imenso mar desfeito. Por todas estas razões eu escolhi este título. Escritora Adnilo, você estará lançando agora, pela Editora Modocromia, o seu livro “Cellos Transparentes”, qual a ligação desta obra com a música? Adnilo Lotus - A música é uma constante no livro. O facto de uma das personagens ser música faz com que toda a narrativa seja permeada pelas propriedades do violoncelo e feita através de uma prosa embriegada de poesia. A poesia é uma constante. Aliás, eu defendo que um bom livro deve ter uma forte componente poética. A poesia deve andar de braço dado com a prosa e ambas são capazes de transmitir as sensações e as melodias mais belas ao ponto de o leitor ficar extasiado. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de “Cellos Transparentes”? Adnilo Lotus - A mensagem que pretendo transmitir é que devemos estar atentos aos gestos e às atitudes dos outros. Um simples olhar pode influenciar o nosso comportamento. Os olhos são autênticos espelhos e, por isso, muito nos podem revelar. Não devemos julgar as pessoas à toa. Há sem58

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pre um lado bom e um lado mau e, por vezes, o lado mau pode sobrepor-se ao bom. A vida é a soma de todos os equílibrios e quando estamos recorrentemente a ser infelizes e maltratados isso pode ter repercussões muito negativas e, direi mesmo, nefastas. Tudo na vida é uma questão de equílibrio. O passado tem uma grande influência sobre o presente e o futuro e, se esse passado for trágico, pode trazer conseguências muito negativas. Tentemos viver com o mínimo de qualidade de vida. Deste modo, conseguiremos ter mais sucesso no presente e no futuro.

Modocromia, http://editoramodocromia.blogspot.pt

A quem você indica a leitura desta obra? Adnilo Lotus - Esta obra é bastante abrangente e a sua leitura é adequada para jovens e adultos. A trama e o conteúdo não são adequados a crianças, mas de resto, recomendo o livro a quem gostar de uma leitura densa e rica, com uma marcada carga emocional.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Adnilo Lotus Carmin, que mensagem você deixa para nossos leitores? Adnilo Lotus - A escrita é uma arte que nos enche a alma. Podemos criar personagens, dar-lhes vida, moldá-las e tudo isso se passa no nosso imaginário. Aos leitores recomendo que leiam o mais que puderem, pois a leitura, para além de ser um ato lúdico, é instrutiva e ajuda-nos a conhecer coisas, lugares e emoções. O facto de a língua portuguesa estar espalhada por todo o mundo é favorável à divulgação de autores lusófonos. Finalizando, incito os leitores a não desistirem dos seus sonhos.

Já temos uma data prevista para o lançamento? Adnilo Lotus - O lançamento será no dia 26 de setembro, no Forum Mira, no Porto, uma galeria que divulga não somente escritores mas igualmente artistas como fotógrafos, pintores, cineastas ou seja a cultura em geral. Onde podemos comprar os seus livros? Adnilo Lotus - Os meus livros “Lírios da Vida” e “mar desfeito” podem ser comprados na Fnac e o livro Cellos Transparentes pode ser aquirido na livraria Bertrand, na Livraria Barata, ou na editora

Como você vê o mercado literário em Portugal? Adnilo Lotus - O mercado nacional, dada a dimensão do país, é reduzido. A divulgação de obras literárias raramente consegue atingir uma escala satisfatória que só é conseguida por um pequeno grupo de pessoas. Penso que os apoios à literatura são escassos e isso impede a consagração de autores e o nascimento de novos escritores. Claro está que estou a falar de obras literárias.

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POETA POVEIROS E AMIGOS DA POVOA

Amy Dine

É com imenso prazer que comunico que no passado dia 13 deste mês de Setembro trouxemos a publico a primeira antologia do Grupo Poetas Póveiros e amigos da Póvoa ,do Facebook.Uma vez mais contámos com a presença de inúmeros amigos e tivemos a participação de excelentes diseurs.Como vem sendo hábito tivemos casa cheia! Deixo-vos com o preambulo da mesma,escrito por Manuel Joaquim Craveiro um dos poetas fundadores do grupo.

PREÂMBULO

A complexidade pela diversidade que é atribuída a esta obra de temática livre, alargada aos aderentes dos “Poetas Poveiros” desde Aveiro a Miranda do Douro, bem como a alguns, poucos, poetas algarvios que excepcionalmente dela fazem parte, e bem, são o corolário para os mais conhecidos e a oportunidade de iniciação e estímulo aos que ora lhes foi dada oportunidade. A “viagem” poética, expressa estados de alma e uma multiplicidade de sentidos possíveis, onde a consciência deambula e descobre detalhes do que nos rodeia. São poemas livres, como livres são os seus autores. A “viagem” só tem para oferecer conhecimento e conquistar o coração dos leitores. A chegada ao universo da publicação de poesia não pode assustar, pois são registos simples

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com mensagens profundas, embora, como dizia José Régio “Quase todas as poesias precisam ser “depuradas”. Não, não é jactância. É o tipo de leitura da qual não se sai ileso, porque o próprio poeta, ao transformar o vivido em matéria explícita da poesia acaba por se enredar nos poemas, como se através deles se fizesse representar para apresentar uma imagem. Mário Quintana, definia assim a poesia: Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti... Com esta definição encantadora e que retrata fielmente a poesia, saúdo os autores que fazem parte desta antologia, pela coragem e empenho na sua feitura e divulgação, contribuindo para dar mais vida à cultura, por vezes tão maltratada e secundarizada no nosso País.

Póvoa de Varzim, 13 de Agosto de 2014 Manuel Joaquim Craveiro


Entrevista Escritora Daniela Rosário Daniela Rodrigues do Rosário é licenciada em Comunicação Social, com especialização em Comunicação Empresarial (2009), pela Escola Superior de Tecnologia de Abrantes do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e possui uma Pós-Graduação em Ciências Documentais (2012), pela Escola Superior de Gestão de Tomar, do mesmo instituto. Na Pós-Graduação realizou o projeto de investigação intitulado “Comboio foguete (1953-66): da construção da narrativa à exposição”. É atualmente mestranda de 2ºano em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural, também no IPT. Lançou-se na aventura da escrita com a obra infantil “A borboleta Zulmira” (2013) da Editora Fonte da Palavra, seguindo-se o lançamento de “O verdadeiro amor nunca morre”, publicado pela Chiado Editora, no mês de junho de 2014. Exerce, atualmente, funções no Gabinete de Comunicação e Imagem do Museu Nacional Ferroviário. Boa Leitura a todos

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Daniela Rosário é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a escrever para o público infantil? Daniela Rosário - Adoro trabalhar com crianças e poder escrever para elas, transmitir-lhes uma mensagem e sobretudo contar-lhes a história é uma experiência simplesmente fantástica. Saio das apresentações do meu livro infantil, de coração cheio. Cheio de mimos, abraços, sorrisos e de frases como “cheiras tão bem”, “és tão bonita”. Risos. Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de sua obra infantil “A borboleta Zulmira”? Daniela Rosário - “A borboleta Zulmira” conta a história de uma borboleta que enfrenta vários conflitos interiores próprios do crescimento. Esta é uma lição sobre igualdade e aceitação das diferenças. Em que momento pensou em escrever o seu livro “O verdadeiro amor nunca morre”? Daniela Rosário - O livro “O verdadeiro amor nunca morre” estava começado há muitos anos. O lançamento do meu livro infantil,

deu-me forças e motivação para o terminar. Foi publicado no passado mês de junho, tendo sido a apresentação no fantástico auditório da Casa-Museu dos Patudos, na vila de Alpiarça. Como foi a construção desta obra literária? Daniela Rosário - Foi um processo longo, onde as personagens ganharam vida e moldaram toda a história. O verdadeiro amor nunca morre conta a história de Maria Eduarda, uma professora, talentosa e de uma beleza estonteante. Vive uma vida pacata em Alcácer do Sal até que um dia reencontra Tiago Rebelo que vem trabalhar na livraria Book´style, que abre na cidade. Se por um lado Maria Eduarda tem um casamento feliz, a chegada daquele homem vai dar uma volta à sua vida ….pois têm um passado forte que os une. Um livro cheio de histórias que se tocam por aquilo que nos move todos os dias….o amor. Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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você deixa para nossos leitores? Daniela Rosário - Continuem a acompanhar os meus livros e as minhas histórias e eu continuarei certamente a trabalhar para Vós. Muito obrigada por todo o carinho e mensagens que tenho recebido ao longo dos últimos tempos na minha página oficial de Facebook - https://www.facebook. com/pages/Daniela-Ros%C3% A1rio/247667612079447.

Quais os seus principais objetivos como escritora? Daniela Rosário - Escrever, escrever e escrever e não desiludir os meus leitores. Mas sobretudo, manter-me fiel aos meus principios e ideiais. Onde podemos comprar os seus livros? Daniela Rosário - Os meus livros estão à venda em Portugal Continental, Madeira e Açores, sempre através da Chiado Editora ou das lojas Bertrand, Fnac, El Corte Inglés e no Brasil, nas Livrarias Cultura e Saraiva. Quais os principais hobbies da escritora Daniela Rosário? Daniela Rosário - Sem dúvida escrever, ler e viajar. Como você vê o mercado literário em Portugal? Daniela Rosário - O mercado literário em Portugal é renhido. 62

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É difícil entrar, mas sobretudo mantermo-nos lá. Os nossos leitores são os melhores aliados, sem sombra de dúvida. A Chiado Editora, também tem dado um apoio fantástico na promoção de “O verdadeiro amor nunca morre”. Sou-lhes muito grata por terem acreditado neste projeto. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário Português? Daniela Rosário - Sem dúvida o mercado português deve apostar cada vez mais nos seus autores, incentivando a compra de Literatura Portuguesa. Naturalmente, sempre com o apoio dos órgaos de Comunicação Social. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Daniela Rosário, que mensagem

Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor


SOLAR DE POETAS

Por José Sepúlveda

XIV ENCONTRO NACIONAL DE POETAS NO GERÊS No dia 20 de setembro findo, tive o privilégio de assistir à festa da Poesia, que teve lugar na pequena Vila do Gerês, um dos mais lindos recantos deste Portugal “à beira-mar plantado”, como dizia o pai dos poetas, Luís de Camões. Tratou-se do XIV Encontro Nacional de Poesia. O convite partira meses antes do amigo e criador do evento Dr. Barroso da Ponte, professor, escritor, poeta e jornalista que, em boa hora, há catorze anos tomou a iniciativa de organizar o primeiro Encontro na cidade berço da nacionalidade, Guimarães. Foi aí que decorreu ainda o segundo Encontro, tendo então passado para a linda e emblemática Vila do Gerês, onde o Município de Terras do Bouro o acarinha e lhe presta grande apoio. Movido pela curiosidade e com a ânsia de ali encontrar uma mão-cheia de poetas que conhecia apenas através do ciberespaço, trouxas na mão, lá fui serra acima ao encontro de muitos amigos. A Vila do Gerês, um dos lugares mais belos de Portugal, é um berço de poetas e escritores e fonte de inspiração para muitas das suas produções literárias e um verdadeiro ninho de surpresas em cada recanto. Mas vamos ao Encontro. Logo de manhã, pouco passava das dez horas, os poetas foram-se concentrando no Centro de Animação Termal da Vila do Gerês. Já com algumas dezenas de poetas reunidos, eis que chega um autocarro repleto de poetas oriundo da cidade do Porto para marcar presença muito forte no decorrer de toda a atividade. A manhã passou num ápice, com a intervenção dos poetas presentes que puderam apresentar uma pequena mostra poética da sua criação. Mui-

to participado e interessante este programa, onde poetas mais experientes se cruzavam com trovadores que iniciavam assim o seu trajeto poético. Do certame, idealizado e promovido pelo Barroso da Fonte, conta agora na sua organização com a participação do Município de Terras do Bouro e o Jornal Poetas e Trovadores, cuja propriedade e direção é do mesmo Barroso da Fonte e da Calidum-Clube de Autores Minhoto/ Galaicos e dele faz parte um concurso de quadras populares cujo júri foi constituído por poetas que vieram participar no mesmo. Depois de um alegre convívio no decorrer do almoço, feito separadamente em grupos de amigos, os poetas e amigos da poesia reuniram-se de novo junto Auditório para visitar a emblemática barragem de Vilarinho das Furnas e o preciosíssimo Museu da Geira, no Campo do Gerês. Obra de valor inigualável, o Museu relata a história local, salientando a sua evolução sobretudo a partir da romanização do território, trajeto habitual por onde se movimentavam as hostes romanas, e para os peregrinos que se dirigiam para Santiago de Compostela, na Galiza, através de diversos percursos – os conhecidos Caminhos de Santiago. E por ali passamos uma belíssima tarde cultural e de convívio que culminou com um lanche-ajantarado oferecido gentilmente pelos anfitriões, o Município de Terras do Bouro. Esta feliz iniciativa, que deve ser não só incentivada como divulgada profusamente, irá, certamente, tornar-se uma referência em anos futuros. Parabéns aos promotores por esta prestimosa iniciativa, prova concludente de que… a poesia vive!

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Entrevista Escritor João Bernardino JOÃO PAULO ÉVORA BERNARDINO, de 47 anos, nacionalidade portuguesa, trabalha em empresa de Consultoria de Gestão como Director Comercial. Actualmente tenho 2 livros a publicar em 2014: “A VOZ DA EMOÇÃO” e “SEGUNDA OPORTUNIDADE” (romances); “O AMOR EM PEDAÇOS” (poesia). Anteriormente fui Vice-Presidente e mais tarde Presidente da Assembleia Geral da Associação Carpe Diem, em Alcobaça; Fui Director Adjunto da Revista Carpe Diem, além de Coordenador do Departamento Filosófico-Doutrinal e representante do Conselho permanente e Consultivo de Informação e Redacção da revista Carpe Diem. PRÉMIOS Alcançados: - 1º Prémio Literário no Concurso José Fontana-Vida e Obra, em 1990, em Lisboa; - Menção Honrosa no Prémio Literário Carpe Diem, em 1990 e 1991, em Alcobaça; - 1º Prémio X Quinzena Cultural Bancária em Poesia Lírica pelo Sindicato dos Bancários, em 1994; - 1º Prémio XI Quinzena Cultural Bancária em Poesia Lírica pelo Sindicato dos Bancários, em 1995; - 1º Prémio Romance no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar , em 1996, no Porto; - 1º Prémio no II Concurso Literário da Editora Papel D’Arroz – “Eu tenho um Sonho” , em 2014, Lisboa. “Acaba por ser uma metáfora aos artistas e essencialmente aos escritores que, com uma simples ajuda, podem também passar do anonimato para o estrelato apenas porque se apostam neles.” Boa Leitura a todos

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritor João Bernardino é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto por literatura? João Bernardino - A honra é toda minha e agradeço a consideração pela oportunidade que me dão. Faz este ano 40 anos que vi o meu 1º texto ser publicado num jornal nacional, pelo que quase direi ter nascido com uma caneta e bloco de notas. Meus pais nunca tiveram hábitos de leitura e muito menos de escrita pelo que acredito ser natural esta minha faculdade de escrever. Depois, ao longo dos anos, sempre me interessei pela literatura, até porque Portugal tem uma riqueza enorme e incomparável quer de escritores (Camões, Fernando Pessoa, Eça Queiroz, José Sarmago) quer de obras munRevista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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dialmente consagradas e isso sempre me deu muita vontade de fazer algo mais pela nossa literatura. Você já atuou, entre outras instituições, na direção da AJEP – Associação Nacional de Jovens Escritores de Portugal. Em sua opinião, quais os principais desafios encontrados pelo escritor no mercado literário em Portugal? João Bernardino - Os desafios são imensos, como creio acontecer actualmente no Brasil. Há cada vez mais escritores que estão a florescer e a aproveitar as imensas antologias promovidas por variadas editoras independentes para mostrarem os seus trabalhos. Porém, quando pretendem editar os seus originais, as editoras recusam por não serem obras que lhes permitam rentabilizar rapidamente o investimento. Então, a troco de um valor momentário considerável, acabam por publicar em editoras que publicam e divulgam as suas obras. E com a enorme crise que abala Portugal, raros são os escritores que colocam à luz do dia os seus projectos, gorando-se, desta forma, a possibilidade de refrescar a nossa literatura e mostramos até além-fronteiras a qualidade da nossa literatura. Quais ações de melhorias que você citaria para o desenvolvimento do mercado literário português? João Bernardino - Uma forte aposta em novos escritores que despontam pelo país e que não enganam pela sua qualidade. São excelentes escritores, com óptimos textos e que, claramente, vende66

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riam no mercado nacional. Outra melhoria era a redução do preço dos livros (pelo menos 25%) para que houvesse uma maior leitura e, consequentemente, oportunidade das pessoas escreverem melhor. A leitura é fundamental para bem se escrever. Deveria haver mais concursos literários para estimular os jovens a escrever mais e melhor e, por último, haver um valor substancialmente maior no Orçamento do Estado para a Cultura em Portugal que, nesta fase, “desbarata” toda a cultura, em especial a das novas gerações. Vamos conversar agora um pouco sobre os seus livros. Conte-nos, como foi a construção do enredo e personagens do seu romance , com publicação prevista para 2014, “A Voz da Emoção”? João Bernardino - É um livro a ser publicado em 2014 como prémio de ter vencido um concurso literário promovido por uma editora portuguesa. O enredo dos meus personagens são criados no momento em que pego no papel e na caneta e começam a ganhar forma. Nunca determino como e quando acaba. No caso deste romance tem a ver com uma moça com grande vocação para a música e que, por imperativos da sua vida (morte do marido e fracas possibilidades de singrar em Portugal) se vê forçada a emigrar para França onde, por mera casualidade, conhece um produtor de música que, ao longo da história, a torna na maior cantora mundial de todos os tempos. Acaba por ser uma metáfora aos artistas e essencialmente aos escritores que, com uma simples ajuda, podem tam-

bém passar do anonimato para o estrelato apenas porque se apostam neles. “A Voz da Emoção” tem alguma ligação com o seu outro romance, a ser publicado, “Segunda Oportunidade”? João Bernardino - Não têm qualquer ligação porque considero (não sei se bem ou mal) que um escritor, apesar de dever manter um estilo próprio, deve ser versátil e mostrar que é capaz de algo diferente. Além disso, “Segunda Oportunidade” é a minha grande aposta editorial e à qual, talvez por isso, não desprezando os meus demais trabalhos anteriores, dediquei uma maior atenção a todos os níveis para poder ser um óptimo romance, capaz de rivalizar com os dos escritores de renome. Vamos ver se assim acontecerá aquando do seu lançamento ou num futuro próximo. Conte-nos um pouco sobre “Segunda Oportunidade”? João Bernardino - É uma história admirável de um amor carregado de encruzilhadas entre as personagens principais mas tão forte que o próprio destino não consegue derrubar. Afinal, quantas pessoas passam uma vida inteira à procura de um verdadeiro amor? E quantas realmente o encontram? Porém, tudo na vida tem um preço. Também para Maria, a personagem principal, quando, apesar de casada com um marido libertino e desejar sobreviver com os filhos num casamento infeliz, conhece um homem que lhe mostrará o outro lado da vida, cheio de amor. Mas teria assim tantas


certezas para dar o passo definitivo da sua vida? Seria ele verdadeiramente o homem da sua vida? Amava-o para que pudesse mudar de vida ou para fugir da sua malfadada sorte? Qual a principal mensagem que você quer transmitir ao leitor através de seus textos literários? João Bernardino - Que o amor sai sempre vencedor e que, se sonharmos sempre em grande, também conseguiremos a nossa recompensa em igual escala. É claro que teremos sempre de trabalhar muito, nos dedicarmos de corpo e alma mas, quando prosseguimos os nossos objectivos com optimismo e determinação, alcançamos até o Céu. E que, se colocarmos muito amor no que fazemos, não só na escrita mas sobretudo na vida, os nossos dias serão, com certeza, mais felizes e tornar-nos-ão umas pessoas melhores. Quais os principais hobbies do escritor João Bernardino? João Bernardino - Escrever e apresentar rúbricas para rádios, para sites internacionais, nomeadamente no Brasil, onde começo felizmente a ser descoberto e, graças a Deus, bem aceite e respeitado, quer pelos meus trabalhos de literatura portuguesa mas também pela poesia que escrevo sobre o amor, não me deixa muito tempo livre. Mas é de uma forma muito feliz que, apesar de não considerar isso um hobby mas uma enorme paixão, o que mais me realiza fora da escrita é poder brincar com a minha filha, andarmos de bicicleta, irmos à natação, pintarmos e

dançarmos. É a minha felicidade. Além disso, pratico andebol para manter a elegância (risos) e a sanidade mental o mais apurada possível. Pensas em publicar, novos livros, além dos romances que estão no prelo? João Bernardino - Com a publicação dos dois romances sei que vou adquirir a velocidade certa para escrever com mais intensidade. Estou optimista com os futuros resultados destes dois livros e tenho um outro romance já terminado sobre o Terceiro Segredo de Fátima (tema religioso mundialmente conhecido) e outro que tem já 50 páginas escritas. Além disso, através da minha página de Facebook (João Paulo Bernardino – Escritor , que convido a visitar e a curtir) tenho-me lançado no mundo da poesia com resultados surpreendentes e elogiantes e que, com mais de 350 poemas já escritos, tenciono publicar em breve com o título “AMOR AOS PEDAÇOS”. E quem sabe se do Brasil não surje um convite generoso para publicar alguma obra. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor João Bernardino, que mensagem você deixa para nossos leitores? João Bernardino - A mensagem para quem começa agora é que antes leiam muito porque o trabalho que vos espera não vai ser fácil. É preciso muito esforço e dedicação e que nunca desanimem. Isso é o pior para o inician-

te. Acreditem nas vossas capacidades e não se menosprezem. E como dizia o escritor Nobel da Literatura José Saramago, “não tenham pressa e não percam tempo”. Aos que já andam neste mundo há mais tempo como eu, ajudem os mais novos a escrever ainda mais e com maior paixão pois o vosso momento também chegará. Não acontece apenas aos outros. Um dia alcançarão o sucesso merecido, como a personagem do meu livro “A Voz da Emoção”. Acreditem! Mas, sobretudo, nunca deixem de escrever. Nunca! Obrigado pela consideração e pela entrevista. Foi um prazer enorme participar no Divulgar Escritor. Bem-haja. E nunca deixem de escrever!

Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Participação Especial

Escritor Mário de Méroe

Capitanias Hereditárias

Uma abordagem jurídico-dinástica da experiência feudal no Brasil

SUMÁRIO I - Linhas Gerais sobre o Sistema Feudal II - A Experiência Brasileira I) Linhas Gerais sobre o Sistema Feudal. A organização estatal atuante na Idade Média, é conhecida como feudalismo. Nesse sistema, o senhorio (suserano) cedia terras e empregos em caráter vitalício, para exploração econômica. Como contraprestação, o vassalo (feudatário) deveria prestar serviços, na corte ou nas forças armadas, obrigando-se, também, a fornecer homens, alimentos e armas ao rei, em caso de guerra. O senhor feudal dispunha de extensa gama de poderes de governo: administrava a justiça, cunhava moeda, instituía tributos, efetuava casamentos, declarava direitos e deveres de seus vassalos, mantinha o policiamento do 68

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feudo e homens de guerra, para defender seus domínios. Seu único dever era o de fidelidade ao rei, a quem deveria fornecer homens armados para eventuais (muito frequentes) lutas, bem como alimentos, animais e armas. O feudatário poderia subenfeudar seus domínios, criando assim, uma espécie de hierarquia, nas classes da nobreza. A esse respeito, o ilustre prof. Baroni Santos, em sua magnífica obra Tratado de Heráldica, 1º volume, pág. 228, discorrendo sobre o título nobiliárquico de visconde (vicecomitis), cita um exemplo: “Os condes de Paris subenfeudaram uma parte de seu condado a outros senhores, que usaram o título de viscondes”. Muitos senhores feudais rivalizavam-se com o rei, em extensão de domínios, exércitos e riqueza pessoal. Daí a frequência das lutas de conquista, da qual poderiam

resultar novo rei, novos suseranos, e muitos outros vassalos, nem sempre sob as mesmas regras. II) A Experiência Brasileira No início de sua colonização, levada a efeito por Portugal, o Brasil, então denominado “Terra de Santa Cruz”, teve sua única experiência de governo constituído sob regime feudal. Com a divisão territorial da extensa costa brasileira, promovida por Dom João III, constituíram-se 12 circunscrições administrativas, cujas áreas traçadas, paralelamente, em forma de grandes lotes lineares de terra, com faixas de terra de 30 e 100 léguas, eram limitadas ao Oeste pelo Tratado de Tordesilhas, e a leste, pelo oceano Atlântico. Nesse sistema de colonização utilizado pelos portugueses, iniciado por volta de 1534, o território era doado pelo rei a um fidalgo, de sua confiança, cuja


administração deveria seguir a orientação legislativa da metrópole. As relações entre o donatário e a Coroa constavam de um documento oficial, denominado foral, no qual o rei delegava algumas atribuições administrativas, como: cobrar impostos, fundar aldeias e vilas, exercer a justiça e distribuir parte das terras sob sua jurisdição, criando as sesmarias. As capitanias, por seu caráter hereditário, não poderiam ser subdivididas nem alienadas pelo donatário, e seu objetivo originário era povoar a terra recém descoberta, e explorá-la, com os recursos próprios dos donatários. De fato, porém, criaram-se verdadeiros feudos, sob governo quase absoluto do “capitão”, nomeado pelo rei de Portugal. A atividade administrativa limitava-se a simples exploração econômica, desenfreada, sem nenhuma preocupação com a preservação do patrimônio ambiental e das riquezas naturais. A legislação adotada era, em tese, a vigente em Lisboa, livremente interpretada e aplicada pelo senhorio. O título de soberania do donatário era Capitão, com autoridade máxima, civil, administrativa e militar. O capitão era, de fato e de direito, o dominus da capitania. Na nomenclatura nobiliárquica, esse título, em razão da extensão dos poderes e funções inerentes, tem semelhanças com o “rás” etíope, e, também, com as atribuições do duque, no sentido originário (dux, comandante, chefe, senhor de um ducado). A propriedade do feudo deveria transmitir-se aos descendentes do

donatário, nos moldes da sucessão nobiliárquica de então (primogenitura varonil); na ausência de herdeiro, os direitos sobre a capitania seriam revertidos à Coroa Portuguesa, que nomearia novo donatário, a seu critério. Citaremos apenas alguns dos donatários, como precursores dessa fase da civilização brasileira: Um dos primeiros investidos nessa função foi Martin Afonso de Sousa, que tornou-se famoso como capitão-mor da Índia Portuguesa de então. Estabeleceu suas colônias na ilha de Guaymbé e em São Vicente. Outro capitão foi Vasco Fernando Coutinho, fidalgo português, que trouxe consigo muitos colonos e explorou plantações de cana-de-açúcar. Cita-se, também, a capitania de Porto Seguro, doada a Pero Tourinho. Este donatário desfrutava de bom conceito entre os índios, pela lisura no trato. Seus sucessores, entretanto, tornaram-se despóticos, sendo odiados pelo maus tratos e perseguições que infligiam nativos, os quais abandonaram a capitania, fugindo para o interior do país. A capitania de Ilhéus foi doada a Jorge de Figueiredo Correa. A capitania da Bahia de Todos-os-Santos (que abrangia o correspondente aos Estados da Bahia e de Pernambuco atuais) foi outorgada a Francisco Pereira Coutinho, que recebeu precioso auxílio do lendário Caramuru (Diogo Alvares Correia), em sua administração. Apesar de ditas hereditárias, as capitanias eram propriedade da Coroa. Os donatários recebiam do

rei poderes para administrá-las e esses poderes eram transmitidos via hereditária, continuando a propriedade da terra um privilégio do Estado. Alguns donatários não tomaram posse de suas terras, possivelmente por se tratar de empresa arriscada e que demandava grandes investimentos de recursos próprios. Esse sistema de governo teve curta duração (1534 a 1548), e foi abolido – pela manifesta ineficiência, com a centralização dos poderes de governo na metrópole. Em 1548, iniciou-se nova fase administrativa, com a criação dos Governos Gerais. O governador-geral era o representante da coroa portuguesa no Brasil, possuindo assessores denominados: provedor-mor, que organizava o sistema tributário; o ouvidor-mor, que administrava a justiça; o capitão-mor da costa, que respondia pela defesa militar. O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, fidalgo e militar português, que tomou posse em 1549. Nessa data, fundou a cidade de Salvador, criando a primeira povoação brasileira com foros de cidade. A partir de 1720, os governadores gerais passaram a ser denominados vice-reis, e esse sistema vigorou até 1808, quando a família real portuguesa estabeleceu-se no Brasil. Em 1815, o príncipe regente D. João, futuro rei D. João VI elevou o Brasil à categoria de reino, formando a coligação dos Reinos Unidos de Portugal, Brasil e Algarves, sob sua coroa. Revista Divulgar Escritor • outubro/novembro de 2014

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Seguiu-se a independência política, em 1822, sendo mantido o regime monárquico, com a instituição do primeiro império, tendo como monarca Dom Pedro I (1798-1834); a outorga da primeira constituição em 1824, a abdicação em 1831 a favor de seu filho, à época, com 5 anos de idade. Durante a menoridade do segundo Imperador, o Brasil foi governado por regência até 1840, quando, por necessidades de Estado, foi declarada a maioridade de D. Pedro, para assumir o trono. Dom Pedro II (1825-1891) foi coroado em 1840. Governou o país por quase meio século, desenvolveu o comércio, e aboliu a escravatura; foi um soberano magnânimo e empreendedor, sendo considerado o monarca mais culto de sua época. Com a implantação do regime republicano em 15 de novembro de 1889, D. Pedro II foi deposto, sem renúncia, partindo em exílio dinástico para a Europa, tendo falecido em 1891. A chefia da Casa Imperial passou, iuri sangüinis, à princesa Isabel (1846-1921), sua filha primogênita, casada com o Conde D’Eu. A princesa Imperial já exercera a regência do Império em 1888, quando assinou o ato de abolição da escravatura, denominado “Lei Áurea”. Com seu falecimento, seguiu-se a linha dinástica sem interrupções, até a atualidade. Em 1993, houve um plebiscito, com opção de restauração monárquica, que obteve mais de 10% dos votos válidos. Este artigo foi veiculado pelo Jornal Brasileiro de Cultura http://jbcultura.com.br/mmeroe/ capitan.htm 70

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Sobre o autor

Mário de Méroe é advogado em São Paulo-SP, membro catedrático da Academia Brasileira de Ciências Sociais e Políticas, e Doutor Honoris Causa em Ciências Sociais. No seara do Direito Nobiliário, são de sua lavra as obras: “Tradições Nobiliárias Internacionais e sua Integração ao Direito Civil Brasileiro”, “Estudos de Direito Nobiliário”, pela Editora Centauro – São Paulo-SP, e “A Perpetuação das Qualidades Soberanas em Dinastias ex-Reinantes”, e-book. No campo histórico-eclesiástico elaborou o estudo “La Teocrazia Bizantina in Italia: “Studio sugli attributi di sovranità della Real Casa di Margiana e Arachosia, dinastia teocratica di dirito Storico in esilio”, veiculado na Itália. É autor da trilogia composta pelos romances: “O Refúgio – A saga de pessoas especiais que cruzaram o caminho de Jesus”, agosto/2010 e “O Estigma – Desvendando o segredo da lança que profanou o corpo de Jesus”, junho/2012, e “O Outro – A saga do salteador que foi crucificado ao lado esquerdo de Jesus”, 2013, publicada pela Paco Editorial-SP, veiculados também em formato digital (e-books). Colunista no site Divulga Escritor, com artigos quinzenais, no endereço: http://www.divulgaescritor.com/products/mario-de-meroe/ Site do autor: www.mariodemeroe.org



Momentos de poesia www.divulgaescritor.com

Saramago, Dante, Camões, Cervantes, Martí, Gilvan, Vargas Llosa, García Marquez. Homero, Shakespeare, Mota, Solano, Sabino, Clarice, Antônio Maria, Graciliano. Ascenso Ferreira, Millôr, Molière, Maria Eugênia, García Lorca, Miró, Violeta Parra, Jorge Amado.

REENCONTRO A saudade tem idade. Visitei a minha gente, de maneira contente, fui a minha cidade. Carinho e amor à vontade para os meus fui brindar; Montevidéu, eu pude andar, pelas tuas ruas e praças, taciturno você abraça e me incita a voltar. LITERÁRIOS Pessoa, Drummond, Castro Alves, Bandeira, Bilac, Quintana, Cardozo, Carlos Pena. João Cabral, Vinicius, Dos Anjos, Andrade, Cecília, Coralina, Veríssimo, Guimarães. Benedetti, Borges, Bécquer, Galeano, Neruda, Barreto, Victor Hugo, Machado.

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Gregório de Matos, Azevedo, Waldemar Lopes, Celina, Lins, Oswald, Varela, Jimenez Juan Ramón... MORADA (Paulista PE) Paulista, teu regaço que não havia notado, de caminho andado, ficou em mim um pedaço. Praias e sol, sargaço, areia, chão pisado. ACLAMAÇÃO AO RECIFE Recife, tu me dás razões para desta cidade gostar... Tua música, tua gente, teus ritmos, tua mistura, teu folclore, teu carnaval de rua, teu sol, teu mar. Recife, tu me dás razões para desta cidade gostar... Beberibe, Capibaribe, Bacia do Pina, Beira-Mar, Recife Antigo, Boa Vista, Agamenon, Caxangá. Teus coqueiros, teu clima, tuas frutas, frutos do mar,

Eduardo Garcia Casa Forte, Imbiribeira, Espinheiro, Cruz Cabugá. Recife, tu me dás razões para desta cidade gostar... Teus folguedos juninos, coco, ciranda, baião, maracatu, caboclinhos, xaxado, frevo, xote, bumba meu boi, Alceu Valença, Chico Science, Gilberto Freyre, forró, Gonzagão. Recife, tu me dás razões que me despertam admiração... Apipucos, Aurora, Graças, do Sol, Fundão, Água Fria, Guararapes, Dantas Barreto, do Brum, Campo Grande, Rosarinho, Estelita, Malakoff. Recife, tu me dás razões que despertam admiração... Encruzilhada, Entroncamento, Chora Menino, Derby, Bom Jesus, Maciel Pinheiro, tuas pontes, Pracinha do Diário, teus fortes, Treze de Maio, Museu Brennand. Recife, tu me dás razões para desta cidade gostar!


FAROL Não sei nadar Tenho pavor ao mar E ninguém me consegue arrastar Mas pelo meu amor No mar entrei, sem me amedrontar O mar, chamou-me destravada E à terra me fez voltar Numa onda, enrolada Sã, inteira, só um pouco despenteada Quis tratar-me com delicadeza Pois sabia que estava apaixonada E que não tinha encontrado a pessoa amada, Apesar do risco a que me sujeitara Triste conclui: amar, não é ser amado É abrir as mãos e largar Abrir os braços e apertar, se for o caso Mas o meu amor Se se sentir a naufragar Saberá como e onde me encontrar Há em mim um Farol De luz constante e intensa Alimentada pelo Amor Essa luz, jamais cessará E quem entra no meu coração Nunca mais se sente perdido E esteja ele onde estiver Se o destino a mim o devolver Sentirá que à chegada estarei à sua espera E que no meu colo Encontrará sempre, o seu Porto de Abrigo VÃO-SE AS FÉRIAS, FICAM AS SAUDADES Afinal para que servem as férias? Brinquei, brinquei e até abusei. Fiquei toda empenada, mas não parei Não sou feita de porcelana Ainda assim, há sempre algo que se parte Mas faço umas colagens, com arte Nada me impediu de correr, saltar, tropeçar, cair e me esborrachar

Idade? Só podem estar a brincar! Com 50 anos, sou uma criança. Ah, referem-se ao politicamente correto? Bem, política não sou e correta, tem dias. Só devia caminhar? Mas nem pensar Até já tentei voar. Um dia destes consigo e vocês verão onde vou poisar! Então as férias não são para extravasar? Banhos de sol, lua e mar, tive até fartar Passear, descobrir e aprender Também fizeram parte da minha lista de quereres As surpresas agradáveis não faltaram Amigos do coração, me visitaram E não pude evitar, rir e chorar de emoção É que sou fraca…do coração!!! Mas foi uma diversão. Venham mais e mais vezes Sou um ser inacabado. Quando feliz, adoro infernizar a vida aos amigos Sejam reais ou virtuais Mas eles percebem que é a minha maneira torta De lhes dizer ou mostrar Que estou, sou…sempre…é só chamar. E no ser, também se inclui o destrambelhada Não resisto às “palhaçadas” Em casa só recebo amigos E eles sabem os riscos que correm Mas nunca querem perder os momentos de loucura Porque a amizade É uma mistura de ervas aromáticas, pura!

Helena Santos

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CINTILO DE LUAR Quando a noite chegar, a terra adormecerá, o luar será o único brilho que nos olha. Tenho a melancolia, de estares junto a mim, fica comigo no sonho desta noite. Se o céu estrelado escurecer a montanha desmoronar, não chorarei uma lágrima, enquanto estiveres comigo. Fica, até ao amanhecer nada recearás. Abriga a parte do teu arrebol guarda-o para mim, para te ver em paisagem edílica, de pele trigueira de sol, com o perfume do jasmim do teu corpo e a lua suspensa entre o meu sonho de bruma, a esconder a escuridão, enquanto te contemplo, num tempo de relógio suspenso. Quero ver-te claramente, aproximando-te, como doce Primavera, encaminhando o carinho para mim. A mais doce canção, quero ouvi-la, da tua boca na liberdade de um beijo. AO LUAR Sentados ao luar, abraçados, contemplando o mar no nosso amor refugiados, sonhando quimeras, futuras. Luz das almas reflectia-se na calmaria das águas, serenas, lânguidas, de promessa de ânsia, 74

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mágoas distanciando em beijos ardentes meditando pela noite anelando que seria já. Sombra não era, apenas o desejo de estarmos, sermos almas afeiçoadas de amor numa só. O sol atrasar-se-ia. O luar, em voo, era nosso, Apenas nosso.

José Lopes da Nave

ALVORECER O mar de cor amarela violácea da aurora matizado ainda de neblina desperta para a vida numa sinfonia de cor, espraiando-se, beijando sequiosamente a areia. As gaivotas ensaiam o voo sobre a tranquilidade do mar e, no cais, os barcos esperam os pescadores que preparam a faina diária. A montanha, ao longe, resplandece sob os auspícios do sol, espreguiçando-se, ainda. As palmeiras abraçam-se com a brisa matinal a magnólia acorda o seu colorido róseo as searas ondulam harmoniosamente numa dança sensual o vale verdejante canta a vida enquanto o rio se encaminha preguiçosamente. O orvalho dá o último beijo à planície. O sol acorda e aquece uma nova vida.


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