EXPEDIENTE Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano I Nº 02 outubro 2013 Publicação: Mensal Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante TRT: 2664 Projeto gráfico: EstampaPB Diagramação: Ilka Cristina N. Silva Para Anunciar: smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094
SUMÁRIO Entrevistas Portugal Entrevista com a escritora Amy Dine...........................................................04 Entrevista escritor Armindo Loureiro.......................................................07 Entrevista escritor Carlos Bondoso ..................................................................11 Entrevista escritora Fátima Veloso................................................................14 Entrevista escritor Filipe Assunção...............................................................18 África Entrevista escritor Delmar Gonçalves..............................................................21 Brasil Entrevista escritora Angela Ramalho .............................................................24 Entrevista escritor Diogo Aguiar................................................................29 Entrevista escritora Elisangela Bertotti.......................................................34 Entrevista escritor Fernando Figueirinhas....................................................37 Entrevista escritor Francisco José Gregório.....................................................41 Entrevista escritor Luciano Gouvêa.................................................................45 Entrevista escritora Mirian Menezes de Oliveira.............................................50 Entrevista escritor Rui Leitão...........................................................................54 Entrevista escritor Welington Ferreira Ruas....................................................58 Entrevista escritor Leonardo Marioto.............................................................61
Colunas Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor.
Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa – Fátima Veloso......................................06 Hora da Poesia – Conceição Lima....................................................................10 Solar de Poetas – José Sepúlveda.....................................................................17 No Café com Ronaldo Magella..........................................................................28 Panorama Cultural – Ana Stoppa.....................................................................32 Literatura na Prática – Alexsander Pontes.......................................................36 Mercado Literário – Leo Vieira........................................................................40 O escritor e a Midia – Carlos Souza Yeschua....................................................44 Pense Fora da Caixa – Pense Literatura............................................................48 A Vida em Partes – Francisco Mellão Laraya....................................................53
O projeto Divulga Escritor foi criado em 26 de março de 2013 pela jornalista, radialista, escritora e editora Shirley M. Cavalcante (SMC), o projeto tem como objetivo buscar ferramentas que divulguem literatura, escritores, independentemente de terem livros publicados, ou não, todos podem participar, escritores independentes e de editoras. Hoje, o projeto conta com mais de 2 mil curtidores em sua página no Facebook, já foram entrevistados e divulgados, em 6 meses, mais de 70 escritores, para ajudar com a divulgação dos escritores e suas obras o projeto criou o grupo Divulga Escritor – Livros, no Facebook, assim como o grupo Divulga Escritor Eventos Literários para divulgar Eventos Literários e um site www.divulgaescritor.com. Leitores e escritores vão participando cada vez mais do projeto, a ajuda de todos com a divulgação do projeto é importante para o seu crescimento e desenvolvimento. A primeira edição da Revista Eletrônica Divulga Escritor – Revista Literária da Lusofonia, que teve como slogan de capa Unindo Países, foi divulgada no dia 15 de setembro de 2013, em 01 de outubro de 2013 emitimos o relatório de acessos, o qual disponibilizamos para todos em imagem, contamos com 2.317 impressões, totalizando uma média de 174 acessos por dia, o que consideramos muito bom.
Shirley M. Cavalcante, é jornalista, radialista, editora, autora do livro: Manual Estratégico de Comunicação Empresarial/ Organizacional, administradora do projeto Divulga Escritor, assessora e consultora de Comunicação Empresarial, diretora executiva da SMC Comunicação Humana.
Agradecemos a cada um de vocês que vem lendo, curtindo, comentando, compartilhando nossas entrevistas, revista, eventos, livros, escritores! Agradecemos a cada parceiro, a cada colaborador, colunistas, apoiadores cultural, vocês são muito especiais para a literatura. Contem sempre conosco, novas ferramentas de divulgação serão apresentadas gradativamente para que todos possam usufruir e divulgar seus trabalhos literários, assim como publica-los com maior facilidade. Atenciosamente Shirley M. Cavalcante (SMC) Editora
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Entrevista com a escritora Amy Dine Ana Maria Dine Falcão Sincer e Sepulveda,nasceu em Lisboa a 11 de Novembro de 1951.Desde muito pequena sua Mãe lhe ensinava pequenos poemas para dizer nas festas do Jardim escola. Mais tarde continuou a fazê-lo por si nas festas da Igreja e quando por volta dos 12 anos no liceu teve contacto com trabalhos de escritores e poetas portugueses começou como todos os jovens a ensaiar seus primeiros trabalhos poéticos.Aos 18 anos começou a lécionar Francês, Ciencias Naturais e Desenho. De regresso a Portugal conheceu José Luis Correia Sepulveda com quem casou.Fez então um longo interrégno afim de tomar conta dos 3 filhos. Mais tarde trabalhou num ATL e depois como Ajudante de LAR.Em 2011 integrou o Grupo de Poetas Póveiros e amigos da Póvoa e faz parte do Solar de Poetas desde 2012 como Administradora. “Logo desde os primeiros dias em que soube que meu filho estava por assim dizer “ condenado á morte”eu coloquei em meu coração relatar ponto por ponto todos os factos, fossem tristes ou alegres, fosse qual fosse o desfecho …pois como crente sincera acredito que DEUS dirije nossas vidas se Lho permitirmos. Este livro é pois um testemunho do poder de DEUS.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Amy Dine é um prazer ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos escritora Ana Maria Dine Falcão Sincer e Sepúlveda como foi a escolha do nome artístico Amy Dine? Amy Dine - Estimada amiga e excelente Jornalista Shirley Cavalcante, foi com enorme surpresa que me vi eleita por si para uma entrevista.Por favor não me chame de escritora,pois não me considero tal.Quanto a meu nome artístico : Amy vem de um diminutivo de meu nome próprio Ana Maria e Dine é mesmo o meu apelido e tem sua origem numa aldeia de Trás-os-Montes da qual é oriunda minha família. Você hoje tem um livro publicado “ O Toque de Sua Mão”, um livro que é um testemunho de um fato real, como foi escrever este livro? Vi que você cita datas e acontecimentos precisos que aconteceram naquela data. Você o escrevia enquanto vivia aqueles momentos? Amy Dine - Na realidade escrevi esse livro, “O Toque de Sua Mão” logo após meu filho do meio ter sido curado milagrosamente de um Linfoma grau 4.
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Só nessa ocasião tive tempo e disposição para compilar todos os elementos que reunira durante um ano e então relatar os factos tais como ocorreram. Fazê-lo foi para mim emocionante e gratificante. Ao longo dos meses de doença e tratamento eu tomei nota de tudo o que se estava passando. Este livro é muito emocionante, eu mesma me emocionei em vários momentos ao lê-lo. Amy em que momento você pensou vou publicar um livro? O que a motivou a tomar esta decisão? Amy Dine - Logo desde os primeiros dias em que soube que meu filho estava por assim dizer “condenado á morte” eu coloquei em meu coração relatar ponto por ponto todos os factos, fossem tristes ou alegres, fosse qual fosse o desfecho …pois como crente sincera acredito que DEUS dirije nossas vidas se Lho permitirmos. Este livro é pois um testemunho do poder de DEUS. Hoje você escreve poesias, em que momento surgiu a poeta Amy Dine? Amy Dine - Na realidade nestes últimos dois anos e meio integrei o Grupo de Poetas Póveiros e amigos da Póvoa e também o Solar de poetas há cerca de ano e meio e como tal o ”bichinho” da poesia vai – se desenvolvendo e ganhando forma, contudo já desde os meus 12 anos, quando comecei a estudar a literatura portuguesa fiquei fascinada pelos poetas e suas obras literárias e como quase todos os jovens comecei também os meus ensaios poéticos. Amy o que mais lhe inspira a escrever? Amy Dine - Os temas dos meus poemas são muito variados: amor, natureza, DEUS, família, etc.
Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Amy Dine - Os poemas faço-os por puro prazer e fico feliz quando as pessoas que os ouvem ou lêem me dizem que gostaram. Quanto ao livro “O Toque de Sua Mão” pretendi apenas que todos os que o lessem soubessem que mesmo em meio á angustia e dor existe DEUS a quem podemos recorrer e que nunca nos abandonará. De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Amy Dine - Alguns de meus poemas fazem parte da Antologia dos Poetas Póveiros e amigos da Póvoa. Tenho tambem um blog: amydine.blogspot. com Quanto ao outro livro,foi feita uma edição de 1500 exemplares que está esgotada e neste momento não é ainda o tempo oportuno de avançar com uma nova edição uma vez que o livro não foi editado para fins comerciais . Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades? Amy Dine - O preço que os autores têm de pagar pelos mesmos e depois o terem ainda de por sua conta e risco tentarem organizar eventos para os colocar e dar a conhecer ao publico. As editoras deveriam ter acordos mais aliciantes com os escritores e elas próprias criarem as condições necessárias para a divulgação dos livros promovendo eventos para os quais convidariam publico interessado de acordo com os temas dos livros a apresentar.
Onde podemos comprar o seu livro? Amy Dine - Neste momento apenas me restam 30 exemplares dos quais poderei ceder alguns. Se alguém estiver interessado poderá contactar-me através do email: ana.sepulveda.uspv@gmail.com Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Amy Dine, que mensagem você deixa para nossos leitores? Amy Dine - Gostaria de dizer que por maiores que sejam as dificuldades da vida jamais desistam de lutar nem deixem de sonhar; mas não percorram sozinhos a estrada da vida… com DEUS a jornada é mais leve. Muito grata por esta oportunidade e pelo carinho e consideração demonstrados para comigo e meus humildes trabalhos. Que DEUS sempre a abençoe e guie, amiga Shirley.
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Fátima Veloso fatimaveloso@sapo.pt
Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa
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m poema são palavras escritas em solidão, num lugar e num tempo. A poesia é, por isso, uma forma de se distanciar do mundo para pensar e escrever, no momento em que a alma do poeta se perde no labirinto dos sentidos e emoções. Ela abrange assim um conteúdo existencialista e filosófico, indissociável da beleza, da forma e da arte. Paul Celan (poeta romeno) afirma que: “A Poesia pode significar uma mudança na respiração”, assim, consoante a respiração do momento, o poeta exprime os seus estados de alma. A Poesia é, então, a expressão sublime de um momento. É transformar a dor e transcender. É um inventário de fragmentos, um engarrafamento de sentidos. Recorrendo a uma imensa constelação de metáforas, todo o poema é auto figurativo, e, por isso, auto ilustra-se. Assim, a palavra poética é criadora e recriadora do mundo porque fala e pinta a realidade conforme o poeta a vê e sente. A Poesia tem a capacidade de seduzir e de trazer consigo o belo. O Poeta, na expressão do seu sentir, molda as palavras, polvilha-as de mistérios, lapida-lhes o óbvio, dá-lhes luminosidade, sublinha-lhes perplexidades, ousadias e assombros. Cada verso seu é uma melodia que embala os seus múltiplos sentires. Por fim, todo o poema não se explica. Um poema tem a capacidade de gerar diferentes leituras, sem nunca se consumir de todo. Em poesia, faz-se música com a própria dor, em pinceladas fortes ou brandas tendo sempre o “sentir” como pano de fundo. A poesia é contaminada pelas artes e pelo mundo.
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Entrevista escritor Armindo Loureiro Armindo Loureiro (Nome por que gosta de ser tratado e também é conhecido), de seu nome completo Armindo Manuel Soares Pinto Loureiro, natural de São Nicolau/Marco de Canaveses/Porto/Portugal, onde nasceu a 10 de Agosto de 1950. É Aposentado da Função Pública e actualmente é dirigente da Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno de Marco de Canaveses (ViceChanceler) e da Associação de Ex-Combatentes da Guerra do Ultramar (Presidente do Conselho Superior) e ex-dirigente de diversas associações de base da sua terra, é ainda e para já, o actual Presidente da Junta de Freguesia de Tuías, cargo que abandonará nas próximas eleições para dedicar mais tempo àquilo que é o seu gosto primordial… A Poesia! “Para que o Mercado Literário possa ser melhorado há necessidade de os mídia darem uma maior cobertura aos eventos relacionados com a apresentação de novos livros e novos autores… Sem isso, parece-me que o mercado livreiro, irá continuar com todas as dificuldades que se lhe reconhecem.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Armindo Loureiro para nós é um prazer poder contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o incentivou a iniciar a escrita? Qual a sensação de ter seu primeiro livro em mãos? Armindo Loureiro - O prazer é todo meu. O incentivo à escrita partiu de meu falecido pai que, para além de Poeta Popular, era Maestro… Desde tenra idade que me dediquei a ler tudo quanto vinha parar às minhas mãos! Frequentei duas Bibliotecas, a Municipal (Fixa) e a da Fundação
Calouste Gulbenkian (Itinerante) que me possibilitaram uma leitura assaz deveras importante, para que eu, hoje, tenha a bagagem que me é reconhecida. Quando tinha aí cerca de 20 anos apresentei umas quadras a meu pai e ele disse-me de pronto: - Olha lá… Isso não tem métrica! E eu, de pronto, lhe respondi: - Pai, eu não escrevo com métrica… Eu escrevo a metro! Em Setembro de 2009 comecei a Frequentar o Curso de Direito, Na Universidade Lusíada do Porto e em Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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meados de 2010 com 7 cadeiras feitas, lembrei-me de pedir a minha admissão ao Facebook e, a partir desse momento lá se foi o Curso, por água abaixo, se, no primeiro ano (sem Facebook) completei sete Cadeiras do Curso, a partir daí (e com Facebook) foi sempre a descer … Comecei a escrever poesia, primeiro na minha página pessoal e, passado algum tempo, em alguns Grupos… Nos comentários que iam fazendo aos meus poemas algumas das pessoas ligadas ao mundo da poesia, foram-me incentivando para fazer mais e melhor e para escrever um livro com as minhas poesias… A determinado momento o Escritor Miguel Almeida, um dos consagrados da literatura portuguesa, convidou-me para fazer parte de uma Coletânea que ele iria coordenar e assim, nasceu o primeiro livro com intervenção minha (8 poemas) juntamente com mais 29 pessoas que até ali jamais tinham publicado o que quer que fosse. No momento da sua apresentação (Palavras Nossas – Volume 1) fiquei deslumbrado com a aceitação que a minha poesia teve e logo, pensei em escrever um livro de poesia a solo… Foi assim que surgiu o “Rio de Palavras”, que foi apresentado na minha Cidade natal (Marco de Canaveses) em 25 de Abril de 2012. Aqui não posso esquecer os incentivos que me foram dados pelos poetas José Carlos Moutinho e Francis Ferreira, amigos que sempre me disseram que a minha poesia tinha qualidade… Agora, passado todo este tempo, já não tremo perante ninguém a ler poemas meus a sensação é totalmente diferente daquela que tive na primeira apresentação.
car seu livro “Rio de Palavras”? Que temas abordas em seu livro? Armindo Loureiro - Os amigos, nas Tertúlias Poéticas, que frequentava amiudadamente, diziam-me que eu tinha belos poemas e que era bonito vê-los publicados em Livro e foi assim que o “Rio de Palavras” surgiu. É um livro onde imperam as Quadras e os poemas divergem nos seus temas… O Ar, a Terra, o Mar, a Vida, o amor, etc., etc..
Conte-nos o que o motivou a publi-
Qual o público que você pretende
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Por que o titulo “Rio de Palavras”? Armindo Loureiro - Rio de Palavras, porque considero, que a minha poesia é um rio composto por muitas palavras as quais, têm a beleza das águas e eu faço parte de uma localidade onde imperam os rios e a serra… Marco de Canaveses “Entre o Tâmega e o Douro, onde começa o Marão”! Que temas você aborta em sua escrita? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas? Armindo Loureiro - Na minha escrita abordo com alguma incidência temas relacionados com o amor mas, contudo, não descuro outros temas… Sou confrontado assiduamente, para fazer poemas em relação a motes que me são fornecidos naquele momento, Considero-me e consideram-me um “Repentista” já que, a poesia está de tal forma impregnada em mim que, os versos saem em catadupa. Talvez o romantismo que hoje transpiro na poesia que faço tenha tido origem no ter acompanhado de perto cantores como Francisco José ou Tony de Matos… O meu ouvido habituou-se a esse tipo de poemas-cantados… E bem por esses artistas!
atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Armindo Loureiro - Gostaria que as crianças fossem mais direcionadas para o campo das letras e que a poesia de alguns dos nossos consagrados autores fosse lida e interpretada em todos os níveis de ensino… Ao mesmo tempo gostaria que toda a gente tivesse um pouco do seu tempo de lazer para dedicar à leitura pois, os neurónios ficar-lhe-iam agradecidos. Quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar um novo livro? Armindo Loureiro - Tenho vários projetos em carteira e, para além dos dois livros atrás indicados também, participei em mais três coletâneas… Mãe (1 poema); Palavras de Cristal (3 poemas); e Erotismus (8 poemas)… Neste momento está para sair um livro de poemas da minha autoria, cuja responsabilidade será da CerciMarco já que, lhe ofereci 100 poemas com temas de variada natureza e só estou a aguardar que uma amiga minha faça o necessário Prefácio para o entregar à Editora… Escritor Armindo Loureiro, conte-nos como se sentiu ao receber as menções honrosas do grupo Solar de Poetas? Armindo Loureiro - É com muita satisfação que o digo aqui… Fiquei maravilhado com as Menções que me foram atribuídas não só pelo grupo Solar de Poetas como também, pelo grupo Graffitis del Alma, com sede em Caracas – Venezuela. Onde podemos comprar o seu livro? Armindo Loureiro - O meu livro “Rio de Palavras” só pode ser comprado à minha pessoa, já que é uma edi-
ção de autor. O meu contacto é o do Face… Armindo Loureiro! As pessoas por mensagem privada, pedem-me o livro, e eu dir-lhe-ei as condições de venda do mesmo. Neste momento o preço base é de 12 euros aos quais terei que acrescentar o custo do envio. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal? Armindo Loureiro - Para que o Mercado Literário possa ser melhorado há necessidade de os mídia darem uma maior cobertura aos eventos relacionados com a apresentação de novos livros e novos autores… Sem isso, parece-me que o mercado livreiro, irá continuar com todas as dificuldades que se lhe reconhecem. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Armindo Loureiro, que mensagem você deixa para nossos leitores? Armindo Loureiro - Eu é que agradeço ao Projeto Divulga Escritor a disponibilidade para possibilitarem que eu tenha podido dizer o que me vai na alma em relação a muitas coisas que vão mal, pelo menos em Portugal, em aspetos literários… Gostaria, que os vindouros tivessem outra apetência pela literatura e que os Governos facilitassem mais os autores.
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Conceição Lima
Hora de Poesia
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HORA DA POESIA nasceu de um sonho antigo do qual a falta de tempo me afastava...Os sonhos viram certezas, encontram ecos dão retornos e viram prazer! Foi um filho tardio, de amor serôdio, mas muito desejado, muito amadurecido, já amado! Dois anos depois, chega o momento de olhar para trás, com o olhar liberto, crítico...olhar de balanço!A HORA DA POESIA não se reduz a 60 minutos de programa,não se limita ao encontro com Poetas...é mais,muito mais: é deixar que a poesia me penetre, me impregne, me acompanhe, seja companheira, solidária e cúmplice dos actos da minha vida 8 mesmo os mais simples, os mais prosaicos...) Por isso, não conta o cansaço, nunca conta!; por isso, este flutuar, que, às vezes, teima em me despregar do chão; por isso, a Esperança, mesmo nos dias mais secos, mais estéreis e7 ou mais sombrios; por isso, este apelo incessante ao amanhã, ao sol, mesmo nas manhãs envergonhadas;por isso, a força interior que me arranca da sombra; A poesia?
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Com ela, por ela, atiro a albarda ao ar e ...vivo!! Deixem-me poisar....lá ia eu!!!!!! Semanalmente se concretizam os seus dois objetivos. - divulgar os poetas de Língua Portuguesa; promover a escrita poética. O comboio está em marcha e em todas as 4ªs feiras, pelas 21 horas,em A HORA DA POESIA, na Rádio Vizela,97.2, vivo de mão dada com os Poetas. recordo-os,divulgo-os, dou-lhes visibilidade e,eles pagam-me, devolvendo-me deste mundo cinzento e anémico, a energia da Vida! Muito trabalho?Sim! Muita ânsia?Sim! Muito envolvimento emocional?Sim! Mas... Muito retorno! Muita ajuda! Muita compreensão! Muita cumplicidade! Muito colo! Meta cumprida?Não!Nunca se chega ao fim de um sonho se a vida não nos trocar as voltas. .Continuarei, enquanto a Vida não tiver outro projecto para mim!!!
Entrevista escritor Carlos Bondoso Escritor Carlos Fernando Bondoso, nasceu em Moimenta da Beira, uma linda vila de Portugal. Acompanhou seus pais na sua ida para África, mais propriamente S.Tomé e Príncipe, tinha três anos de idade. Permaneceu naquele continente vinte e seis anos, que lhe marcaram profundamente e foi aí que começou a ter o gosto pela escrita quando ainda estudante no único liceu existente D.João II. Foram marcantes esses tempos para o autor que fez amizades das quais nunca se distanciou pois mantem contactos permanentes com esses seus amigos e isso para o autor é de uma riqueza imensurável. Presentemente mora na cidade do Montijo. “O meu primeiro livro ”sombras que falam” foi escrito baseado na minha vivência em África. Quase todos os poemas revelam o encanto que tenho por aquela gente e beleza daquelas ilhas no meio do mundo. Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Carlos Bondoso é uma honra tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos como começou seu gosto pela escrita? Como foi o caminho percorrido até a publicação do seu primeiro livro, soube que você perdeu alguns de seus escritos, como foi que aconteceu? Carlos Bondoso - O meu gosto pela escrita começou, nos meus tempos de estudante no liceu. Foi ai que comecei a fazer as minhas primeiras redações e poemas que por vezes até eram lidas em voz alta para a turma como referenciada pelo próprio professor. Tudo foi guardado assim como os meus livros mais preciosos quase todos eles de grandes escritores russos. Entretanto depois de ter cumprido serviço militar,fui para Luanda-Angola,onde trabalhei numa empresa de importação de automóveis. Os meus pais resolveram regressar a Portugal e com eles vieram todos os meus escritos de quando era estudante assim como todos os meus livros. Azar... essa mala desapareceu no porto de Lisboa. Estive em Angola cinco anos e nesse período nunca mais escrevi. Regressei a Portugal e mais propriamente à quatro anos recomecei a escrever. Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor? Carlos Bondoso - As minhas grandes referências literárias são os grandes escritores russos que nessa altura me influenciaram a ter o gosto pela literatura, nomeadamente Máximo Gorki, Nicolay Godol com a sua obra prima “almas mortas” Fiodor Dostoievski com o “Idiota” “irmãos caramazov” Leão Tolstoi com “guerra e paz” e Anton Tchekhov um grande contista. Os poetas de referência são Fernando Pessoa,Mário Quintana, Miguel Torga e ainda os clássicos Antero de Quental,Cesário Verde entre outros. Fale-nos um pouco sobre seus livros “Sombras que Falam” e “cor Púrpura” O que diferencia um do outro? Para quem você indica a leitura de seus livros? Carlos Bondoso - O meu primeiro livro ”sombras que falam” foi escrito baseado na minha vivência em África. Quase todos os poemas revelam 12
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o encanto que tenho por aquela gente e beleza daquelas ilhas no meio do mundo. O segundo “cor púrpura” também publicado em 2012, é um livro de poemas de amor de inquietude e de alguma intervenção.Passo a citar algumas palavras do prefaciador do livro Dr.João Saltão professor universitário. “A discrição intrínseca de atmosferas gris que emergem da solidão e do abandono,estão retratadas magistralmente neste conjunto de poemas, através da doçura paradoxalmente crua do dizer do autor, fazendo desta dicotomia entre o aprazivelmente belo e o desencanto do abandono, a força perturbadora deste livro.” Indico a leitura dos meus livros a todos os amantes de poesia e mesmo àqueles que não apreciam. Escritor Carlos Bondoso, estou sabendo que vem ai um terceiro livro, já temos um título para o livro? que temas você vai abordar no livro através de suas poesias? Quais são seus próximos projetos literários? Carlos Bondoso - Já tenho um terceiro livro pronto a ser editado em Outubro deste ano que tem por título “a outra face do verso” é mais um livro de poesia, com poemas de amor de denúncia e dos sentidos. Estou também a escrever um romance que espero publicar em 2014.
Carlos Bondoso - Através do Facebook, de algumas revistas literárias para as quais escrevo, assim como, para “as flores do mal” para a “chama folhas poéticas” para os” confrades da poesia” para o boletim informativo e cultural da “Associação Portuguesa de Poetas” da qual eu sou vice presidente da delegação da zona sul do tejo. Quem é o Carlos Bondoso? O que você gosta de fazer nos dias livres? Carlos Bondoso - Sou um homem normal que gosta muito de viver, de falar com os amigos, olhar o mar e receber aquele tempero do sal. Tornei-me escravo das palavras e dificilmente vou serenar. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal? Carlos Bondoso - Às editoras recomendava uma melhor divulgação dos novos escritores pois há gente a escrever muito bem. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Carlos Bondoso, que mensagem você deixa para nossos leitores? Carlos Bondoso - O meu muito obrigado e para nunca deixem de ler porque ler é saber!
Onde podemos comprar os seus livros?. Carlos Bondoso - Os meus livros podem ser adquiridos nas livrarias da “chiado editora”,fnac e ainda em todas as livrarias do país que tenha parceria com a editora “chiado editora”. O meu e-mail é: carlosbondosofernando@gmail.com De que forma você, hoje, divulga seu trabalho?
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Entrevista escritora Fátima Veloso Maria de Fátima Borges Veloso nasceu na Póvoa de Varzim, onde sempre residiu. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Franceses e Ingleses. É professora de Língua Portuguesa do Ensino Básico, no segundo ciclo, desde 1986. Trabalha na Escola E.B. 2,3 Cego do Maio onde é também responsável pelas atividades dinamizadas pelo Clube de Teatro, há doze anos. A paixão pelo ensino da língua materna fez despertar desde o início da sua carreira outra grande paixão: a paixão pela Escrita. Com os alunos, dinamizou projetos de escrita colaborativa, resultando desse processo, a publicação a nível de escola, de três pequenas obras: “Mar, Sempre Mar”; “Num País Chamado «Beiriz» e “Lengalengas, Petas, Letras & Outras Tretas”. Esta última levada à cena, na rua – no Passeio Alegre, na cidade da Póvoa de Varzim, no Carnaval de 2010. É membro do Varazim Teatro, onde fez algumas formações e do Grupo de Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa com o qual participa em encontros onde diz Poesia. Participou na Antologia dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa. Em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor, a escritora conta-nos sobre sua trajetória e projetos literários, ela nos dá algumas dicas que une a arte teatral com a poesia. Vamos acompanhar de perto um pouco da nossa escritora Fátima Veloso. Boa Leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Fátima Veloso, para nós é um prazer contar com sua participação no Projeto Divulga Escritor, você hoje trabalha com teatro, conte-nos, como é feito o trabalho unindo a arte teatral com a poesia? Fátima Veloso - Obrigada, Shirley, para mim é um prazer, uma honra, poder participar neste projeto. No Clube de Teatro que coordeno, os alunos dão vida aos textos de autores portugueses/estrangeiros ora adaptando-os, ora reproduzindo-os, ora cruzando-os com textos de outros autores e outras artes (canto, dança, circo, música …, sendo a Poesia a arte favorita), ora criando os seus próprios textos. O Clube recebe escritores na escola, dramatiza textos, representa peças de teatro, prepara e realiza simulações de programas radiofónicos e televisivos, organiza tertúlias com temáticas relacionadas com o Teatro, a Poesia, Problemáticas e desafios da Escola … tendo como convidados professores moderadores, poetas , atores amadores e/ou profissionais, locais. Deste modo, sendo o Teatro, o momento em que as palavras sobem ao Palco e a Poesia, o momento em que as palavras se desprendem do seu
vazio interior para ganharem formas, sentidos, cores, sabores, sons… gritos de alma , verificamos que ambas as artes trabalham a “palavra”, lapidando-a, moldando-a, torneando-a, dando-lhe formas, brilhos e sentidos e que é no palco que ela (a palavra) nos conta emoções… É desta forma, a meu ver, que as duas artes se entrosam, se comprometem, se unem, subindo ao palco para serem ouvidas, sentidas e… aplaudidas. O Teatro e a Poesia são artes da palavra. Estou curiosa, do que precisamos para realizar um evento unindo o teatro e a poesia. Hoje qualquer poeta pode se programar para realização deste tipo de evento? O que fazer para realizar um evento deste tipo? Nos dê algumas dicas. Fátima Veloso - Precisamos de um programa, cujo alinhamento de intervenções, leitura/dramatizações de textos, animação teatral/musical e/ou de canto tenha uma sequência lógica. Podemos surpreender o público, com uma dramatização/breve representação teatral, antes de se iniciar as intervenções dos elementos da mesa de honra. Um ou vários atores/diseurs colocados em sítios dispersos, na plateia, dirão um texto em torno da Palavra, da Poesia… ou simplesmente um poema do poeta a apresentar (ou de um outro poeta qualquer). Ou apenas surgir/surgirem sem ninguém contar, entrando na sala declamando, interagindo com o público e com os elementos da mesa. Cria-se assim uma excelente expectativa em relação ao momento que vai decorrer. Há poemas que resultam bem se forem dramatizados: aqueles que se aproximam de um monólogo ou que contêm diálogos ou cujo tema é abordado com ironia, revolta, inconformismo… Alguns poe-
mas que escrevo têm uma vertente pedagógica. Nestes, os “atores-diseurs” recorrem a adereços e à interação uns com os outros, para dizerem os poemas. É tudo uma questão de criatividade. Quando começou seu gosto pela escrita? Que temas você aborda, hoje, em seu trabalho como escritora? Fátima Veloso - A leitura e a escrita sempre me fascinaram, mas só aos 16 anos é que resolvi transpor para o papel as minhas emoções. Escrevi 70 poemas de Amor e Desilusão, num caderno A4 que acabei por perder. Desiludida com esta perda, desisti de escrever. Contudo, a paixão pelo ensino da língua materna e os projetos de escrita que desenvolvi com os alunos, despertaram de novo aquele prazer de escrever que há tanto tempo estava adormecido. Por volta dos 33 anos, voltou aquela necessidade de exprimir novamente as minhas emoções através da Poesia. Desde então até há um ano atrás, a minha Poesia foi uma longa conversa com a gaveta. O Grupo de Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa de que faço parte, após ter tido conhecimento dos meus escritos, incentivou-me e apoiou-me na sua publicação. O livro foi apresentado pela primeira vez, no dia 19 de maio de 2012, no Diana Bar, na Póvoa de Varzim. No livro “Para além do Azul “, são várias as temáticas abordadas. Estas oscilam entre a solidão, a saudade, o sentido de perda e de partida, a exaltação dos sentidos, Deus, o Mar, a Paisagem, o cosmos no seu esplendor, a sede de infinito, a elevação do Amor, Fantasia, o meu país… Você trabalha com projetos em escolas como é feito este trabalho? Fátima Veloso - Tenho um projeto de teatro há 15 anos: o Clube de Teatro “O Inventão”. Participei na Mostra
de Teatro Escolar, na Póvoa de Varzim, em 2005 com a peça “Vem aí o Circo da Lua” e nesse ano animamos a Feira do Livro, em agosto, na rua, também com esta peça (adaptada do conto “O circo da Lua”, de André Gago). Esta Mostra decorre todos os anos na primeira semana de abril. Em abril de 2014, estaremos de novo na ribalta com uma nova peça. Com este projeto, animamos a escola em vários momentos do ano letivo para alunos, professores e também encarregados de educação. O clube também participa em eventos de Poesia fora da escola, quando é convidado. Fale-nos um pouco sobre seu livro “Para além do Azul”. Que mensagem você quer transmitir para as pessoas através do seu livro? Fátima Veloso - No livro “Para além do Azul “ , as palavras movem-se, flutuam, segredam… desabafam… nas várias temáticas abordadas. O sujeito poético é um “eu” suspenso que “poetiza” o mundo que o rodeia. A obra tem uma estrutura própria: entre o 1º e o último poema desenrolam-se desabafos e estados de alma. Estes dois poemas têm a mesma estrutura mas sentidos diferentes; sendo que o 1º poema refere o nosso mundo debaixo deste azul como um mundo de contrastes (Bem /Mal; Dor/Prazer…) Enquanto que o último termina com uma esperança… como se uma vontade surgisse ao poeta de se abrir ao novo… ao caminho da luz…onde a felicidade afinal é possível… Em todos os poemas se fala do Azul. Debaixo deste céu azul, que é o nosso mundo terreno, tenho a matéria prima para escrever porque é aqui que tudo acontece: momentos felizes, menos felizes, desilusões … Para além deste Azul, fica o meu espaço psicológico, Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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aquele onde eu encontro a Paz e a inspiração para escrever, para criar, para refletir… para sonhar… É “Para além deste Azul” que eu encontro as legendas – as palavras- para as imagens e emoções que vivencio debaixo deste céu que é meu e de todos os que me rodeiam… Com este livro pretendo levar as minhas emoções e o meu fascínio pela palavra a todos quantos me leem e me ouvem. Todos usamos as palavras para comunicar (e mais do que nunca é necessário quebrar silêncios). Através dos meus poemas, pretendo mostrar que as palavras dizem coisas, contam segredos… provocam-nos; incendeiam-nos, comovem-nos…, informam-nos… despertam-nos emoções … aprisionam-nos nas suas teias de sentidos, enfeitiçam-nos, entranham-se nos nossos ouvidos, na nossa pele, na nossa alma e uma vez dentro de nós, exercem toda a sua magia e encantamento… As palavras estão vivas … e sabemos que nem todas são bonitas… há palavras que nos magoam, que nos doem … mas todas elas “bonitas e feias” exigem a nossa atenção… exigem-nos reflexão, respostas… ações… E porque somos um país que escreve, eu pretendo que as minhas palavras de alguma forma contribuam para um mundo melhor. Escritora Fátima Veloso, pensas em publicar um novo livro? Fale um pouco sobre seus próximos projetos literários. Fátima Veloso - Gostaria imensamente de publicar um novo livro, sim, Shirley. Este foi o primeiro livro publicado (há um ano); recentemente participei na Antologia dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa e continuo a escrever. Quem sabe um novo rebento literário, surja, novamente, sob as luzes da ribalta. 16
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De que forma você divulga, hoje, o seu trabalho? Fátima Veloso - Divulgo, apenas e simplesmente, em duas páginas do facebook: https://www.facebook.com/ fatima.veloso.56 https://www.facebook.com/pages/Para-al%C3%A9m-do-Azul/176168955851676?ref=hl e nas apresentações públicas faço, incluindo feiras do livro, escolas, entre familiares, amigos… Onde podemos comprar o seu livro? Fátima Veloso - Na livraria Locus, na Póvoa de Varzim e através dos seguintes endereços: www.wook.pt www.bertrand.pt fatimaveloso@ sapo.pt
critor, muito bom conhecer melhor a Escritora Fátima Veloso, que mensagem você deixa para nossos leitores? Fátima Veloso - Obrigada mais uma vez, Shirley, pela oportunidade que me foi dada em participar neste projeto. Aos leitores direi que leiam. Deixem-se envolver no encantamento das palavras e seus sentidos, dos autores consagrados e menos consagrados do nosso país e dos países de expressão de língua portuguesa. Um país que lê, é um país que não esquece as suas raízes, a sua identidade. É um país informado que usa a palavra como arma na procura da justiça, da liberdade, do desenvolvimento... da sua felicidade.
Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal? Fátima Veloso - São publicados diariamente 40 novos livros, em Portugal. Com tantos novos autores, o mercado fica sufocado. É, por isso, quase impossível, um autor desconhecido singrar num espaço tão exíguo. Contudo, uma das características mais importantes em qualquer autor que esteja a iniciar a sua carreira deve de ser a perseverança, insistir sempre, e acreditar na liberalização (clandestina) do mercado livreiro, naquelas pequenas editoras independentes, que continuam a apostar em novos autores, fugindo descaradamente à regra cardinal da mera comercialização. A melhoria essencial que posso apontar para este mercado, é a de deixar estes editores proliferarem, deixá-los em paz a fazer o seu bom trabalho, para que assim, também os autores se possam sentir seguros fazendo o deles. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Es-
Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor
José Sepúlveda
Solar de poetas
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urante muito tempo resisti à entrada no novo mundo do facebook. O tempo ia passando, até que acabei por sucumbir ao desejo de aventura. Comecei por participar em alguns grupos, sendo desde logo a poesia o segmento favorito. Entrei em alguns grupos que ia conhecendo e aos poucos fui sendo absorvido pelo carinho, pelos comentários, pelo envolvimento mágico daquele mundo. Já não parecia o submundo dos surdos-mudos mas parecia existir uma interação real, como se estivéssemos dialogando frente a frente. Os convites foram se sucedendo para participar em outros desafios e, eis senão quando, lá estava fazendo parte dum grupo, outro e mais outro. Os estímulos às publicações aumentando e transformaram-me, vejam bem, em Administrador. Que chique!!! De poeta que publicava apenas alguns dos meus modestos poemas, sou “promovido” de repente a “comentador” de poesia, a “interventor” nos meandros íntimos dos outros autores. E senti o desejo de criar um gru-
po de raiz, paralelamente com pessoas com quem em cada dia interagia e que me pareciam partilhar os mesmos sentimentos: proporcionar aos novos poetas outras oportunidades, abrindo-lhes portas, desbravando horizontes. Os contatos que ia estabelecendo eram gratificantes e estimulavam o desenvolvimento destas ações. Surge antão a ideia da criação de um grupo diferente. Afinal, todos gostamos de ser diferentes. O grupo de saraus e tertúlias que tinha formado entretanto – Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa tinha necessidade de ser divulgado no ciberespaço para que os programas que desenvolvia fossem divulgados e pudesse arrastar poetas de outros lugares para assistir. Surge assim o Solar de Poetas. A organização do Mar-à-Tona em Poesia - Um Mar de Poemas, em Março de 2012, com um programa intenso e diversificado cujas atividades duraram três dias, foi um teste à capacidade de mobilização através do ciberespaço. Resultou. Casa cheia e muitos contactos que nos proporcionaram criar parcerias e juntar
sinergias com outros grupos então em fase de organização. Aos poucos, passamos do ciberespaço para espaços físicos que hoje se multiplicam em toda a zona norte de Portugal, em saraus, tertúlias e programas culturais diversificados. Paralelamente, foram sendo desenvolvidas parcerias com outros grupos, com rádios, editoras e afins, transformaram o pequenino grupo num grupo que quer continuar a crescer e a divulgar autores consagrados ou iniciados, incentivando-os e ajudando a atingir os seus sonhos. O aparecimento do Divulga Escritor foi uma revelação e as sinergias criadas entre os dois grupos tem proporcionado atividades deveras aliciantes. O grupo tem agora três blogs e parcerias diversas, entre as quais com três estações de rádio e duas editoras, que proporcionam aos seus poetas condições de edição mais vantajosas e pretende alargar bem mais os seus horizontes. Assim, os poetas nos continuem a presentear com a sua confiança. Bem hajam
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Entrevista escritor Filipe Assunção Quem eu sou? Nada comparado com o vento Uma entre tantas Partículas do tempo Que urge em partir Caminhante de águas frias Sonhador compulsivo Poesia escrita por um desconhecido Que empresta sua alma Ao mundo deserto Que não teme o incerto Poeta que nunca se acalma Pena molhada Em um tinteiro De emoções Alma sentada Mas nunca parada Que eu sou? Um entre tantos Muitos entre poucos Um tudo de nada Onde o sonho
Nunca acaba Na poesia Essa a que verdadeiramente Me ama E se estende sobre mim Como um manto reluzente E cada caminhada Aquela que me abraça Até ao eu mais íntimo Que me despe De qualquer defesa Que me ergue Em tanta tristeza Que me alimenta Dia após dia De esperança Que é possível a mudança Viajar para todo o lugar Onde minha alma queira estar Me permitindo abraçar Tudo que a humanidade pode dar
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor/poeta, Filipe Assunção, é um prazer enorme contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter o gosto pela escrita? Filipe Assunção A lágrima distinta a tal porta cai Como uma campainha que inunda Nossa porta por abrir e o sonho se torna real dentro do proprio sonho! Em que momento você se sente mais inspirado a escrever? Filipe Assunção Escrevo em muitos momentos, mas principalmente nos que passo a citar: 18
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Quando a alma os vidros quebrar Quando o coração só quiser sangrar E a vida se tornar um fio no olhar Quando já não temos o abraço por dar Como um jardim acabado de semear Que as nuvens não querem brotar Quando a lagrima se torna um altar E a dor nos consome a cada luar Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Filipe Assunção - Todos que querem quebrar regras! Sempre estou acordado Quando me tentas adormecer E isso mata a saudade Se a verdade já foi proibida Então quebrarei todas as regras A mensagem consiste em rever tudo o que somos! Nesta arca de Noé Que se abram os olhos Antes da porta se fechar Ou não haverá altar Para contemplar Quem com palavras Quis fazer acreditar Que ao homem É possível, alguma coisa dominar Filipe quando você esta triste, irritado, feliz... Ao escrever uma poesia, um texto, como se sente depois da escrita? Filipe Assunção Esse teu lugar Que me transforma em nada Que me deixa vazio De tanto cheio E sem saber explicar Me sinto a viver
Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades? Filipe Assunção - Agora que me tornei viril, e relinchei como os cavalos cuspindo cada ser, recuso cada palavra! Essa tua mente puritana afinal fumo é igual. Em cada janela sua cortina, em cada escada seu degrau, sendo eu humano procurando a imperfeição relincho em cada acontecimento, frio ou gélido nunca serei morno em areias de deserto, escondo a mão afinal sou argucioso de uma sociedade decadente! Que me sejam dados os meus devidos coices e estrumo que apenas erguerei meus cornos ao mundo!! Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um livro? Filipe Assunção - Sim! Mas de uma forma livre! Posso conter como quem chega de passagem Não me desculpes se assim te fiz chorar Não tenho esta primeira na mão em última abordagem Despe-me e deixa-me constipar e que me entre essa aragem Quem é o escritor Filipe Assunção? Filipe Assunção - Não quero uma correcção inventada por um filósofo Quero uma cadeira quebrada, para com ela poder cair Uma linhagem distinta Enquanto caminhas surge a pergunta Quem chegou foste tu, ou mais uma razão? Até que por acaso arguta esta falange E no ar! Tem este mundo solução? Em sua opinião o que é ser Poeta? Filipe Assunção - Ser poeta não é ser mais alto, mas sim andar descalço e
sem vergonha ser menor! O poeta O poeta está preso em dois Mundos Ora chora ora sorri Soltando seus gritos mudos Que por vezes ninguém sabe entender E aplaude sem saber O que dói um poema escrever Em sua opinião o que é liberdade? Filipe Assunção - Homem despojado do seu próprio território Impotente diante do Omnipotente Neste sistema alectório Rolam cabeças do presente Enquanto os galos cantam O sol se esconde Dos que se encantam Nesta moralidade agnome Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Filipe Assunção, que mensagem você deixa para nossos leitores? Filipe Assunção - Pede uma Alma retornada Pede uma Palavra ancorada Pede uma nova vida E se nada resultar Pede um novo amor Mas só se for para amar.
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Entrevista escritor Delmar Gonçalves Delmar Maia Gonçalves nasceu a 5 de Julho de 1969 em Moçambique. É Membro do Júri do I Concurso Internacional de Escritores Infanto-Juvenis “La Atrevida” e Presidente do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora. Também é membro do Conselho Cultural da Associação Cultural e Artística Portugal-Lituânia e Membro da direção do Movimento Internacional Lusófono. Livros Publicados: Moçambique Novo, o Enigma; Moçambiquizando; Afrozambeziando Ninfas e Deusas; Mestiço de Corpo Inteiro; Entre dois rios com margens. “...gostaria de ser lido por todos e em especial por aqueles que não compreendem o que é ser emigrante, imigrante forçado ou exilado e viver na diáspora, fora da sua pátria! A minha mensagem é de paz, verdade, humanismo, irreverência, coragem e fraternidade universal.” Boa Leitura!
Que temas você aborda em seu livro “Moçambique Novo, o Enigma”? Delmar Gonçalves - No livro MOÇAMBIQUE NOVO, O ENIGMA, meu país que é efectivamente um enigma é o tema central do livro. Seus dramas, tristezas, alegrias, vitórias e derrotas estão presentes.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Prezado escritor Delmar Gonçalves para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que mais lhe atrai na escrita literária? O que o motiva a escrever? Delmar Gonçalves - O que mais me atrai na escrita literária é o eterno namoro do Poeta com as palavras. Os escritores buscam a eternidade delas e não se cansam nunca da virtude da beleza e do espanto! O que me motiva a escrever é o sentimento grato de estar vivo e viver. Sobreviver apenas, não é justo! A poesia da vida não aceita! Depois, o vínculo da minha escrita ao útil. A literatura come-se, porque nos alimenta o corpo e a alma eliminando as gorduras desnecessárias.
Como surgiu a ideia de escrever seu livro “Moçambiquizando”? Como foi a escolha do Título? Delmar Gonçalves - No fundo, a continuação de um exercício de moçambicanidade com “MOÇAMBIQUIZANDO”. Uma espécie de dança, uma celebração do meu país. Uma necessidade de abraçar o meu país! O título para mim diz sempre muito. Mas, este saiu naturalmente para perpetuar minha relação especial com ele! “Afrozambeziando Ninfas e Deusas” Em quanto tempo você escreveu este livro? Que temas você aborda nesta obra? Delmar Gonçalves - Não faço ideia. Fui escrevendo e não dei pelo tempo. A escrita absorve-me sem me cansar. Nesta obra o tema central é a mulher. A mulher Africana, a mulher Moçambicana, a mulher mãe, a amante, a prostituta ou a Deusa. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Delmar Gonçalves - Escrevo por puro prazer. Não escrevo a pensar no público. Nessa medida, não escolho público alvo. Mas como é óbvio, gostaria de ser lido por todos e em especial por aqueles que não comRevista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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lidade, mas com limitações na área editorial , que ainda carece de muito financiamento e alguma dependência do mecenato cultural. Acredito no futuro da literatura moçambicana que não se resume aos quatro ou cinco autores de que se vai falando de forma insistente. Há muitos mais e com enorme qualidade. Alguns deles muito jovens e que merecem todo o carinho e apoio, bastando que apostem neles. preendem o que é ser emigrante, imigrante forçado ou exilado e viver na diáspora, fora da sua pátria! A minha mensagem é de paz, verdade, humanismo, irreverência, coragem e fraternidade universal. Escritor Delmar de que forma você divulga, hoje, o seu trabalho? Delmar Gonçalves - Divulgo através de entrevistas às rádios, televisões, revistas, jornais, participação em eventos culturais nacionais ou de cariz internacional, sites, blogues e das redes sociais. Onde podemos comprar os seus livros? Delmar Gonçalves - Em diversas livrarias de Lisboa, em Sites de livrarias Portuguesas e espanholas online, de editoras, no meu Site pessoal e do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora. Site pessoal: www.delmarmg.tk. Você hoje é presidente/representante de várias entidades literárias, conte-nos quais seus principais objetivos ao Representar estas entidades? De forma resumida quais as principais atividades que vocês desenvolvem? Quem pode participar? Delmar Gonçalves - Ao representar várias entidades literárias pretendo 22
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apenas intensificar e formalizar meu vínculo e paixão eternos com a literatura, promovendo-a e promovendo velhos e novos autores, uns mais reconhecidos, outros menos, uns mais mediáticos outros não! Promovemos um Encontro anual, uma Gala trianual, uma Revista do Encontro, Revistas Culturais mensais, Tertúlias de Poesia regular e Encontros mensais com escritores e poetas. A participação é sempre aberta a todos independentemente da sua nacionalidade. Participam essencialmente poetas, escritores (ensaístas, cronistas, romancistas, contistas), jornalistas, artistas plásticos e críticos literários. Atribuímos um Reconhecimento anual a um Escritor/ Poeta e outro a um Artista Plástico. E escolhemos Sócios Honorários que contribuem para a cooperação e o intercâmbio Lusófonos. Que diferenças literárias você citaria entre o mercado literário de Portugal e mercado literário de Moçambique? Delmar Gonçalves - O mercado literário português é muito mais competitivo, há muito mais oferta de autores e livros. Há mais hipóteses de escolha. O mercado moçambicano verifica-se estar em franco crescimento, com muitos autores de qua-
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Delmar Gonçalves, que mensagem você deixa para nossos leitores? Delmar Gonçalves - Quero deixar um grande e fraterno abraço aos leitores do Projeto DIVULGA ESCRITOR e para quem não conhece bem a LITERATURA MOÇAMBICANA, que ultrapassa as fronteiras geográficas de Moçambique, procure aprofundar esse escasso conhecimento e tornar-se-á rapidamente uma enorme paixão!!! Grato abraço SHIRLEY M. CAVALCANTE.
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Entrevista escritora Angela Ramalho A escritora paranaense Angela Ramalho de forma independente, lançou três livros solo: dois no gênero poesia (“Palavras Pedem Passagem” e “Poeminhas Dedicados”) e um de crônicas e contos (“De Abraços & Cheiros”). Participou de 32 Antologias. Seus livros foram lançados na 21ª e 22ª Bienal Internacional do livro de São Paulo. O primeiro livro foi indicado pelo apresentador Fausto Silva no quadro “Vitrine do Faustão”, em seu programa dominical na Rede Globo de Televisão. No exterior, teve obras divulgadas na Feira de Frankfurt, Feiria Del Libro de Buenos Aires e Expo book em Nova Iorque. Possui obras publicadas na Revista Eletrônica “Varal do Brasil”, editada em Genebra (Suíça). É associada da REBRA – Rede de Escritoras Brasileiras e ocupa a Cadeira nº 27 na Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. Recentemente foi eleita Membro Correspondente da Academia de Letras do Brasil-Seccional Suíça. Em entrevista ao projeto Divulga Escritor a escritora Angela Ramalho nos conta sobre sua carreira literária, como tudo começou, fala de seus livros, nos dá dicas e apresenta algumas sugestões de melhorias para o mercado editorial brasileiro. “Todo texto, disfarçadamente ou não, é vinculado à realidade. A fala vem e se esvai. O texto é mais sólido, mais definitivo. Imagine um Soneto de Camões, o quanto ele não tem a ver com a realidade, daquele momento (época) em que ele foi escrito. Cada texto conta um pouco de como ele quer ser lido. Não existe texto neutro. Todo autor se entrega na hora de escrever.” Boa leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Angela quando você começou a escrever? Em que momento decidiu ser escritora? Angela Ramalho - No 3º ano do antigo primário (hoje ensino fundamental), a professora de Português solicitou que os alunos fizessem uma redação com o tema “Mãe”. Eu devia ter uns 8 a 9 anos, mais ou menos. Fiz a redação e foi um sucesso! Em casa, o texto passou “de mão em mão” e todos riram muito. Lembro-me como se fosse hoje dos comentários: diziam que o texto tinha título, parágrafo, as frases eram curtas e as ideias claras. Quando havia diálogo, eu iniciava com travessão (aquele traço que se usa para começar o discurso direto). A pontuação e acentuação estavam perfeitas, as frases começavam com letra maiúscula e a letra era “desenhada”. Como se não bastasse, encerrei o texto dizendo o que pensava sobre minha mãe. Então questionavam:
como pode uma menina dessa idade ter opinião e escrever dessa forma? Assim, percebi muito cedo a reação que um texto escrito causa nas pessoas. Percebi também que levava jeito para a escrita e não parei mais. Com nove anos escrevia bons textos e aos 12 anos já compunha meus versos. Como toda adolescente, não mostrava a ninguém o que escrevia. Além disso, perfeccionista, joguei muita coisa fora, por não considerar relevante. Esse momento de me tornar escritora, ainda não existiu. Como dizem os jovens: “a ficha ainda não caiu”. As coisas foram acontecendo muito naturalmente. O meu interesse pelos livros e pela escrita me levou a participar de grupos e/ ou comunidades literárias pela internet e daí para o primeiro livro, foi um pulo! Eu diria que ainda não me considero escritora. Sou uma pedagoga apaixonada por ler e escrever. Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora? Angela Ramalho - A poesia na minha vida foi marcada, desde a infância, pela presença de meu pai, um paraibano da Serra de Teixeira (PB), defensor da cultura nordestina, que era repentista, lia literatura de cordel e fazia versos como ninguém! Cresci vendo meu pai compor seus versos de improviso e admirava a facilidade com que as palavras vinham-lhe à mente, produzindo na oralidade cordéis de riquíssimo conteúdo. Essa foi minha primeira e mais forte influência. Por volta dos meus 17/18 anos a Editora Abril lançou a coleção “Os Imortais da Literatura Brasileira” e a cada semana eu adquiria nas bancas um exemplar. Levou tempo, mas completei toda a coleção (mais de 50 fascículos) e pude ler as obras-
-primas dos grandes mestres da literatura nacional. Tem ainda muita coisa boa na minha estante que não consegui ler. Penso que devo ter influências desse povo todo em meus trabalhos, mas penso também que agreguei características minhas em todos eles. Quando lemos muito um autor é natural adquirirmos características de sua escrita, mas quando lemos vários autores, é muito difícil saber qual deles te influenciou mais. Analisando o que escrevo hoje, eu vejo algumas influências, sim. Por exemplo, a influência de gênero. Eu escrevo muito mais poesias do que crônicas ou contos. Exploro nas poesias temas variados, mas o tema predominante é o amor. Na opção pelo romantismo, lembro-me de Vinícius de Morais, que também foi predominante para me fazer gostar de sonetos. Escritora Angela fale-nos um pouco sobre seu livro “ Palavras Pedem Passagem”. Angela Ramalho - “Palavras Pedem Passagem” considero um livro ousado, pois nele eu contrario Vinícius de Moraes e discordo de Fernando Pessoa. Deixo para o leitor tirar suas conclusões. E que me perdoem os meus dois “mestres”, mas muita gente já me deu razão! Mas também o considero um livro político, de cordel, autobiográfico, de reflexões sobre a vida, filosófico, de recordações, ecológico, de apego às raízes, religioso, humorístico, de questionamentos, de apologia à liberdade e predominantemente romântico. Enfim: é um livro de poesias, com poemas sobre temas diversos! Que mensagem você quer transmitir para as pessoas através de seu “Poeminhas Dedicados”? Qual a di-
ferença de temas abordados entre ele e o livro “Palavras Pedem Passagem”? Angela Ramalho - “Poeminhas Dedicados” foi um “mimo” que fiz aos meus sobrinhos-netos. Para cada um (e às vezes até mesmo antes de nascer, quando ainda estavam na barriga da mãe, como foi o caso de um deles) eu fiz um poema. Os textos eram personalizados e continham características de cada criança ou adolescente. Fui acumulando esses textos e assim nasceu “Poeminhas Dedicados”. Interessante que outras crianças que leram o livro se identificaram com poemas que tinham o seu nome e/ou alguma característica pessoal citada nos textos. A diferença dos temas abordados entre eles é que “Palavras Pedem Passagem” é um livro de poesias destinado a jovens e adultos e “Poeminhas Dedicados” é um livro de poesias infanto-juvenil. Que tipo de crônicas e contos abordas no livro “De Abraços & Cheiros”? Angela Ramalho - Segundo Rejane Machado, professora e crítica literária (que já trabalhou com Marina Colasanti no Jornal do Brasil) e que prefaciou o meu livro, as minhas crônicas “são conversas bem humoradas, divertidas, para serem lidas com prazer. São leituras rápidas, pois os jovens da “geração PC” não têm paciência para ler coisas longas. Mas que também vão satisfazer a leitores outros”. Mais adiante ela afirma que “a autora circula com naturalidade, borboleteando sobre os assuntos – muitos - de que se ocupa: seu status de pessoa integrada, o trabalho, os grandes temas da vida, o amor, as perdas, uma leve filosofia”. Continuando sua análise sobre o livro, ela Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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diz: “Vez em quando carrega o cenho e usa de muita seriedade, compondo verdadeiras obras primas, crônicas perfeitas, irrepreensíveis” e finaliza o prefácio afirmando que: “De um modo geral a marca desse conversar consigo mesma é a extrema leveza. Que não nos permite largar o livro enquanto não se chega à última página. Como uma obra de ficção. Como um romance bonito que vai nos legar algum sentimento de pertença àquele universo amável”. Creio que com essas palavras, Rejane conseguiu sintetizar “De Abraços & Cheiros”. Fiquei muito honrada com a sua fala! Onde podemos comprar os seus livros? Angela Ramalho - Meus livros estão à venda nos catálogos virtuais das livrarias Cultura, Martins Fontes e nos sites das editoras (LivroPronto e Scortecci, que os comercializa através da Livraria Asabeça). Mas mantenho em casa um pequeno estoque, pois muitas vezes recebo pedidos para enviar o livro autografado pelos Correios. Quem preferir comprar diretamente comigo, pode pedir pelo e-mail: xavier.arr@gmail.com 26
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Seus textos são 100% verdadeiros ou você costuma fantasiar/criar em cima de situações reais? Angela Ramalho - Todo texto, disfarçadamente ou não, é vinculado à realidade. A fala vem e se esvai. O texto é mais sólido, mais definitivo. Imagine um Soneto de Camões, o quanto ele não tem a ver com a realidade, daquele momento (época) em que ele foi escrito. Cada texto conta um pouco de como ele quer ser lido. Não existe texto neutro. Todo autor se entrega na hora de escrever. Ele coloca nas entrelinhas (e às vezes escancaradamente) seu ponto de vista. Prestem muita atenção no título do texto. Às vezes o título é a primeira confissão, onde o autor coloca ali sua verdadeira intenção. Eu tenho alguns textos que considero autobiográficos. Outros eu imagino, invento, crio, partindo de situações reais que vivencio no dia a dia. Também me inspiro em leituras, músicas, poemas e faço uma releitura disso tudo nos meus textos. Mas que vai muito de mim em todos eles, isso é certo. Escritora Angela, hoje você participa da REBRA - Rede de Escritoras
Brasileiras, assim como de algumas academias, que tipo de eventos literários vocês organizam? Angela Ramalho - A REBRA – Rede de Escritoras Brasileiras disponibiliza para suas escritoras uma home-page que é a grande vitrine mundial de suas associadas. Além disso, cada associada tem uma apresentação virtual que é distribuída para uma lista de 30.000 e-mails pertencentes a profissionais da área literária do país e do exterior. Diariamente são disponibilizadas informações literárias por correio eletrônico, mantendo as associadas informadas sobre concursos, prêmios, feiras e congressos literários. Além disso, é um canal para as associadas divulgarem seus livros e suas conquistas literárias. O Selo Editorial REBRA permite que as associadas editem livros com descontos. Além disso, são organizadas antologias com participação das interessadas. Todas essas ferramentas são extremamente importantes para que o escritor possa mostrar seu trabalho, tanto no Brasil quanto no exterior. Como membro acadêmico da ANLPB, quais as melhorias que você poderia citar para as academias brasileiras? Angela Ramalho - Eu participo de uma Academia de Poetas que primeiro se encontraram/conheceram num portal na internet e depois formaram a ANLPPB – Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro. Nesse grupo existem representantes da maioria dos estados brasileiros. Uma vez por ano nos encontramos num Encontro Nacional e a cada seis meses o grupo se encontra para reuniões. Discutimos a poesia contemporânea, organizamos coletâneas, participamos de feiras e eventos literários, organizamos e/ou
participamos de saraus de poesias e ao mesmo tempo conhecemos pessoas do Brasil todo que comungam da mesma paixão: a poesia! Não tenho conhecimento do que fazem outras academias, mas presumo que todas devem trabalhar pela difusão da literatura em geral. Que dica você dá as pessoas que estão iniciando carreira como escritor? Angela Ramalho - Eu digo que acreditem em si mesmas e sigam em frente. Eu não teria feito nada se não acreditasse em mim. Sou minha maior fã! Quando escrevo algo que considero uma “obra prima” digo a mim mesma: Caraca Angela, tú é boa nisso! (risos). Costumo aconselhar aos jovens escritores que leiam! Leiam muito! Eu li de tudo: autores diversos com seus diferentes estilos e isso foi fundamental para a minha formação. A leitura amplia a visão de mundo. Abre-nos um leque para visualizarmos de forma mais abrangente a realidade que nos cerca. Além disso, a leitura de vários estilos de textos é que vai nos capacitar para a escrita, ampliando o nosso vocabulário e nos proporcionando mais segurança para escrever. Ler e escrever sempre! Este foi o melhor conselho que tive e que faço questão de repassar a quem deseja se dedicar à escrita. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Angela Ramalho - Quanto ao mercado literário no Brasil, tem que melhorar muito! As dificuldades de um escritor iniciante são enormes! Vejo por mim. No início, tentei mandar originais para algumas editoras, mas nem me responderam. Outras não aceitavam originais de poesias e algumas nem abriam espaço para
receberem originais. Eu não tinha nenhum figurão que me bancasse, muito menos conhecimento em editoras consideradas top de linha. Era apenas eu e minha vontade. Também não tinha (e ainda não tenho) paciência para sair de empresa em empresa solicitando patrocínios. Não me dispus a utilizar recursos da Lei Rouanet, por discordar de suas exigências burocráticas. Restou-me apenas uma opção: ser escritora independente ou seja, banco o meu trabalho com meus próprios recursos. Se não fizesse assim, não teria escrito nem uma linha! Penso que deveria haver no MinC um programa para incentivo ao escritor iniciante, que analisasse seus originais e lhe desse crédito para se colocar no mercado de trabalho com dignidade. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Angela Ramalho, que mensagem você deixa para nossos leitores? Angela Ramalho - Dia desses, vi Marina Colasanti numa roda de escritores, dizer que o escritor deve ter foco. Que “modismos” vêm e vão, mas o escritor deve saber se colocar com autenticidade. Assumir uma linha e manter-se nela. Tento passar isso nos meus livros. Eu sou aquilo que escrevo. Eu me vejo nos meus textos. Eu tenho sede de viver, tenho muita energia, sou uma pessoa otimista por natureza: emotiva, romântica, verdadeira. Tento passar tudo isso nos meus escritos. Escrevo o que sinto, vejo ou ouço, sem a preocupação demasiada com métrica ou rimas. Recebo muitos e-mails de leitores que relatam terem se identificado e até chorado com meus textos. Fico feliz com essa empatia,
mas torço para que tenham chorado de emoção, pois evito escrever sobre coisas tristes. Prefiro falar de amor, de alegria, de fé e de esperança, pois é isso que as pessoas mais precisam.
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Ronaldo Magella ronaldomagella@hotmail.com
Professor, jornalista, poeta, radialista, escritor e acadêmico de Pedagogia, UFPB, autor de três livros de crônicas.
No Café com Ronaldo Magella A gente pode aprende a gostar pelo conteúdo, não pela imagem
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ão dá pra gostar daquilo que não se conhece, por isso gostar vem de gosto, de sentir o sabor, de saber como é ou como seja, o que de fato acontece. Isso acontece muito com as pessoas que pensam algo de alguém e quando conhecem descobrem que éramos algo totalmente diferente. Como disse Hegel, a prova do pudim é comê-lo. Num mundo de aparência, de imagens e símbolos, quando o ver é mais importante do que o sentir, nós nos apegamos e nos apaixonamos pelas imagens em detrimento dos conteúdos. Podemos perceber isso pelas Redes Sociais Digitais, Twitter, Facebook, em geral, todos permeados por imagens, fotos, sons, embriagando os nossos sentidos. A gente aprende a gostar pelo conteúdo, não pela imagem. A imagem nos serve para aproximar, chamar a nossa atenção, mas não nos prende por inteiro, por completo até o fim. A gente pode até se apaixonar pela beleza de alguém, mas irá conviver com o ego, com a persona, com os gostos, medos, qualidades e defeitos, a imagem será apenas um detalhe ao nosso sabor. Isso é tão certo que nós comemos com os olhos. Qualquer restaurante terá imagens lindas dos seus pratos, nos faz comer com os olhos, mesmo que depois de provado, o sabor tenha ficado aquém da imagem. Muitas vezes uma imagem nos convence, mas o sabor
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nos desagrada. Particularmente não acredito em demônio, no Diabo, mas outro dia vi um filme, não muito bom, mas interessante, chamado O Diabo no banco dos réus, em que um advogado resolve processar e condenar satanás pela maldade do mundo, pois bem. Como disse, o filme é tosco, mas uma frase me chamou a atenção. No filme quando o Diabo se põe a falar, em determinado momento ele diz, quem criou o barulho fui eu, Deus está no silêncio, eu criei o barulho, a histeria, o alarme, o caos. A mensagem que o filme quis passar foi que, é impossível o conhecimento sem o silêncio, o detalhe sem a reflexão, sem a pausa, sem o momento de introspeção, Deus está na bonança, calmaria. Enfim, é necessário conhecer os detalhes no silêncio, na intimidade, no olho por olho, no cara a cara. Todos nós já passamos por alguma coisa assim, semelhante, alguém nos conhece e diz, pensei que você fosse mais chato, mas hoje percebo que não. A pessoa nos julgou pela aparência e não pelo conteúdo, no primeiro contato que manteve conosco, desfez toda a ideia que tinha a nosso respeito. Em sua filosofia Platão nos diz que vivemos um mundo de engodos, mentiras e ilusões, os nossos sentidos nos pregam peças, o olhar, o som, a realidade seria outra, o mundo das ideias, não o mundo dos sentidos. É mais importante a ideia de alguém do que a sua imagem, a aparência, beleza. A vida nos prega peças.
Entrevista escritor Diogo Aguiar O autor, Diogo Aguiar, desde muito jovem sempre apresentou grande interesse sobre Literaturas Poéticas, principalmente as Românticas e UltraRomânticas utilizando sempre a poesia como uma forma de tentar expressar tudo o que pensava e sentia. A fim de gravar momentos e recordações, sempre que havia alguma oportunidade de recitar algum poema lá estava ele, e com isso sempre participava de encontros poéticos e literários. Seus escritores favoritos são: Álvares de Azevedo, Lord Byron e Edgar Allan Poe. Tais influências podem ser percebidas claramente em seus textos poéticos. Pode-se dizer que a “marca” do autor seriam seus poemas românticos, sombrios, tristes e muitas vezes mórbidos. Tais poemas seguem um padrão de identidade única do autor. Atualmente, o autor possui outros projetos poéticos além do livro, que são: O blog pessoal chamado “Amissus Poems” onde semanalmente são postados três poemas inéditos com temas variados, e a participação em um blog literário de Portugal chamado “Tubo de Ensaio”.
Que temas você aborda em seu livro de poesia “Poemas Mortos”? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas? Diogo Aguiar - O Livro “Poemas Mortos” é uma jornada de sentimentos expressos através de poesias, ele é um livro temático e se divide em três capítulos: O Dia, A Noite e As Trevas. Nesses capítulos são abordados temas que fazem o dégradé de poesias alegres e belas, tristes e noturnas, e mórbidas e sombrias. No caso dos textos do livro “Poemas Mortos” o que meu inspirou a escrever sobre o tema foi o ciclo que acontece muitas das vezes no relacionamento amoroso de duas pessoas, um início belo, um meio triste e um fim mórbido.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Diogo Aguiar, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a publicar seu primeiro livro? Diogo Aguiar - Desde muito cedo tenho essa queda para a escrita e quando mais jovem sempre tive o “O termo “mortos” foi utilizado porque desejo de publicar uma obra minha. A pouco menos de um ano fui rever na maioria das vezes quando algo ou alguém morre, acaba sendo esquecido os meus projetos que eu tinha arquivado: dois livros de poesias e um roe somente é lembrado vez ou outra quando esbarramos com uma foto, um mance. Decidi publicar um dos livros local marcante, etc. E tudo que morreu de poesia, pois o conceito do livro é deixa, de certa forma, de fazer parte da algo novo, esse conceito é que me motivou, o conceito de um livro de nossa vida cotidiana.” poesias temático e com identidade Boa Leitura! visual bem explorada.
Escritor Diogo como foi a escolha do titulo do livro “Poemas Mortos”? Diogo Aguiar - O titulo “Poemas Mortos” leva a crer que o livro só fala de morte, mas não é bem assim. O termo “mortos” foi utilizado porque na maioria das vezes quando algo ou alguém morre, acaba sendo esquecido e somente é lembrado vez ou outra quando esbarramos com uma foto, um local marcante, etc. E tudo que morreu deixa, de certa forma, de fazer parte da nossa vida cotidiana. Conte-nos sobre o lançamento do seu livro, onde será? Diogo Aguiar - O Lançamento do livro “Poemas Mortos” será durante todo o mês de Outubro de 2013 em diversos lugares do Rio de Janeiro. Em Novembro de 2013 estou terminando de fechar alguns lugares em São Paulo e Curitiba. A agenda estará disponível Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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neste link : http://www.poemasmortos.com/#!lancamento/c20vi Escritor Diogo, onde podemos comprar o seu livro? Diogo Aguiar - O livro pode ser adquirido pelo link: http://www.poemasmortos.com/#!loja/c23bo Ou pelo e-mail: diogo.martinseaguiar@ gmail.com Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Diogo Aguiar - O livro “Poemas Mortos” não tem o intuito de um público alvo em si com estilos pré-definidos, o público real do livro é toda e qualquer pessoa que goste de poesias, desde o leitor romântico ao leitor taciturno. Os textos do livro formam um ciclo, assim como tudo em nós e em nossa volta é formado por ciclos, sejam eles quais forem. E quando aprendemos com esses ciclos, conseguimos ter uma melhor qualidade de vida em todos os setores. De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Diogo Aguiar - Hoje eu divulgo o livro através da internet utilizando redes sociais como o Facebook e o Google+, também divulgo outros trabalhos meus através do meu blog pessoal chamado Amissus Poems e de um projeto online de Portugal chamado Tubo de Ensaio. Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades? Diogo Aguiar - As dificuldades encontradas por qualquer novo escritor ou escritores independentes são: O pouco crédito que é dado aos mesmos 30
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pelas grandes editoras; O custo muito elevado para uma publicação independente; e as portas, que são poucas, que se abrem para a divulgação de um novo escritor ou escritor independente. Acredito que para amenizar esse quadro temos que em primeiro lugar ter um incentivo maior na cultura em geral. Com isso mais eventos literários voltados a novos e/ou independentes escritores, assim como para pequenas editoras. Acredito que poderíamos ter um maior espaço para os mesmos em eventos grandes, tais como a FLIP, as Bienais, etc. Quem é o escritor Diogo Aguiar? Quais seus principais hobbies? Diogo Aguiar - O escritor Diogo Aguiar é uma pessoa comum como qualquer outra. Procura viver a vida em harmonia com tudo e com todos. Além de escritor e poeta ele é, nas horas vagas, músico e desenhista. Seus principais hobbies são: escrever, tocar violão, desenhar, compor e viajar. De fato uma definição fixa para o escritor Diogo Aguiar é quase impossível, pois o mesmo encontra-se sempre em processo de mutação e auto-conhecimento, descobrindo, aprendendo e modificando a cada dia. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Diogo Aguiar, que mensagem você deixa para nossos leitores? Diogo Aguiar - Nunca desistam dos seus sonhos e de suas metas. Nada é fácil, mas perseverança é o que nos mantém de pé para ultrapassarmos os momentos difíceis. “Há coisas que não se pode mudar Quem nasceu p’ra ser estrela do céu Nunca será estrela do mar. “ Diogo Aguiar
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Ana Stoppa anamstoppa@hotmail.com
Panorama Cultural Eu Só Queria Ser Criança
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mãe vai buscar o filho no colégio em meio ao agitado cotidiano. A vida da criança é pautada por uma agenda digna do executivo de uma multinacional. O menino tem apenas seis anos de idade. Fernando - grita a mãe. Vamos! Você está atrasado para a aula de futebol. - Mais mãe me deixa ficar conversando um pouco com o Eduardo - retruca o menino. De jeito nenhum - diz a mãe já meio que sem paciência. Percebendo que perdera a partida, seguiu a mãe cabisbaixo. Sem dar ou receber um beijo entrou no carro. - Meu filho preste atenção na aula, você precisa ganhar o campeonato - disse a mãe no meio do som infernal do Cd que ouvia. Quando se virou viu que o pequeno adormecera. Meia hora depois pára em frente à escolinha de futebol. - Desce rápido que estou atrasada - fala a mãe já acelerando o carro para sair. - Mais ma ... ma... mãe.... Tarde demais - a mãe arrancou velozmente. Decorridas duas horas, lá vem ela novamente ( com muita pressa, como sempre), buscar o filho. Sem beijo e sem perguntar como foi o jogo. - Entra rápido no carro, estamos atrasados para a aula de inglês, dia para o menino parecendo estar 32 32
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no automático... Novamente Fernando adormece no banco do carro. Poucos minutos depois desembarca meio tonto em frente da escola. A mãe, como faz de modo habitual arranca em disparada. Quase sete da noite vai buscar o filho ( com pressa como sempre). Sem dar ou receber beijos ordena que ele entre rápido no carro. Mal estaciona aterroriza o pobre menino. - Nada de chegar e ir brincar viu! Tarefa entendeu? Vai, vai logo fazer a lição. O menino cabisbaixo obedece. Enquanto estuda sozinho a mãe se entrega ao computador. - Mãe, eu quero comer, diz o menino. Espere seu pai chegar - responde sem erguer a cabeça fixa no teclado. Exausto e sem um tempo sequer para brincar, esperou pelo jantar até o pai finalmente chegar. Passava das dez da noite. O menino adormeceu sobre o prato. No dia seguinte, a mesma rotina. Às vezes que o pai chega mais cedo, se enfia no escritório ou na leitura dos jornais - sempre são muitos, de modo que a mãe sempre apressada cobrando e o pai sempre muito ocupado lendo o noticiário. Tem sido assim desde que completou três nos de idade.
Advogada, Pós Graduada em Direito e Processo do Trabalho, PUC/SP, Escritora, Ambientalista, Ativista Cultural.
A agenda semanal inclui: duas aulas de inglês, duas de futebol, duas de reforço, uma de judô, duas de música e uma de mangá. O menino não respira. Percebe-se um ótimo aluno no entanto, solitário. Recebe todo tipo de informação, porém os pais deixam a desejar na formação. Talvez imaginem estar construindo um robô de última geração. Só que o menino tem apenas seis anos de idade. Um quarto repleto de brinquedos sem ter com quem brincar. Cobranças diárias quanto ao rendimento de todas as atividades que participa. Um inferno. Quem constrói robôs não consegue preparar gente. Filho precisa sim de informação e mil cursos, de limites e educação também.Porém, tudo isso cai por terra se na formação faltar o amor e o carinho. Até os dez anos de idade as crianças obedecem, se submetem. Após esta idade vem o retorno. Desespero dos pais como se a criança tivesse culpa - o fruto do descaso, do apego às famigeradas competições, do excesso de tarefas e atribuições. A pressa, a ausência de afeto - o pai omisso na paternidade e a mãe só na cobrança. O “ robô” quer e precisa ser gente, porém não está preparado. Tarde demais para rever o quadro. Aproxima-se o dia da Criança. O pai libera o cartão de crédito para a compra de mais um brinquedo caro, que sem dúvida alguma se juntará aos outros que Fernando tem e não brinca. Nem prestou atenção quando a mulher falou do valor. Estava enfiado na leitura dos jornais.
- Fernando - gritou a mãe. Amanhã você sai rápido da escola que eu vou te comprar o presente do Dia das Crianças. E não se atrase - emendou. Na saída, o menino entra no carro, sem dar ou receber beijos. Adormece. Chegam ao Shopping. - Não quero descer - disse o menino. Meu filho desce logo, viemos comprar o seu brinquedo. - Não vou descer e pronto, disse chorando copiosamente. - Cooooooooooomo! Gritou a mãe enfurecida. Seu pai dá o dinheiro para comprar o brinquedo que você quiser, paga nove cursos para você, te compra tudo do bom e do melhor e você agora vem fazer manha? Não acredito - continuou. Desce e pronto, eu é quem mando! O menino todo encolhido no banco de trás, chorando copiosamente disse aos soluços para a mãe.... - Mãe eu não quero brinquedo. A mãe sem entender o que o filho dizia, repetiu a gritaria. - Mãe, me deixa falar - pediu o menino pela última vez. Ta bom, então fala - disse a mãe cansada de esbravejar, ( e apressada como sempre) , sem dar um beijo . - E fala logo, engole o choro que estou com pressa. - Mãe, sabe o presente que eu quero? Faaaaaaaaaaaaala, moleque, fala. O menino cabisbaixo com os olhos marejados, disse em tom quase que inaudível: - Mãe, eu só queria ser criança. (Ana Stoppa) Revista Divulgar Escritor • setembro de 2013 Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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Entrevista escritora Elisangela Bertotti Elisangela Bertotti, mora em Teutônia RS. Foi criada em ambiente das salas de aula, acompanhando sua mãe (de quem lembra-se com muito carinho e por quem terá gratidão eterna) que era professora. Concluiu o magistério em 1995 e em 1997 estava em sala de aula. Formou-se em Letras em agosto de 2000. Depois de 15 anos em sala de aula, trabalhando com adolescentes e conhecendo um pouco de seus anseios, resolveu escrever para eles, tentando despertar o gosto pela leitura. Por também ter contato com crianças, buscou um pouco de fantasia na obra infantil “A Receita Mágica”, para mostrar desde cedo a importância da leitura na vida de todos. Tenta escrever de maneira clara, objetiva, um tipo de leitura da qual os jovens gostam, sem rodeios e com muitos acontecimentos, como na vida deles. Está aprimorando a cada nova criação. “Ler não acaba com nossos problemas, mas nos ajuda a ver soluções e torna a vida mais interessante, nos proporcionando sonhos, que seria quase a mesma coisa.” Boa Leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Elisangela Bertotti, para nós é um prazer ter você conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento começou a escrever? O que a motivou a escrever seu primeiro livro? Elisangela Bertotti - Comecei a escrever ao constatar que a literatura disponíveis para os alunos era pouco atrativa e com oferta precária nas bibliotecas escolares. O que mais lhe inspira a escrever? Elisangela Bertotti - Minhas leituras e a vivência com meus alunos, uma vez que escrevo para eles, focando em seus interesses. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que
mensagem você quer transmitir para as pessoas? Elisangela Bertotti - Juvenil, infantojuvenil e infantil. A mensagem principal é a importância da leitura na vida das pessoas. O que diferencia seu livro “Tem de ser agora” de seu livro “Coisas que meu pai conta”? Elisangela Bertotti - São obras votadas ao público juvenil, com um diferencial de interesses, um é mais voltado ao romance no outro o tema central são as aventuras. Uma vez que tento atingir o público feminino e o masculino, presentes no meu trabalho. Como foi escrever seu livro “ A Re-
ceita Mágica”? Quem mensagem você quer transmitir para os leitores através da leitura deste livro? Elisangela Bertotti - Escrever A Receita Mágica aconteceu num momento mágico, em 20 minutos a obra estava pronta. Surgiu do pensamento relacionado a dificuldade de comunicação que meus alunos possuem, apesar de viver em um mundo com tanta oferta de informação, lhes falta, muitas vezes, saber como organizar e transmitir tais informações. De que forma você divulga, hoje, o seu trabalho? Elisangela Bertotti - Tento buscar espaço junto as secretarias de educação para chegar até as escolas e mostrar que a leitura pode ser interessante e prazerosa, além de importante. Também por meio de visitas em escolas.
como escritora? Pretende publicar novo livro? Elisangela Bertotti - Quero que minhas obras ajudem a tornar a leitura um prazer na vida das pessoas. Estou produzindo outras obras, mas não sei se chegarei a publicá-las, pelas dificuldades em encontrar apoio editorial. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Elisangela Bertotti , que mensagem você deixa para nossos leitores? Elisangela Bertotti - Ler não acaba com nossos problemas, mas nos ajuda a ver soluções e torna a vida mais interessante, nos proporcionando sonhos, que seria quase a mesma coisa.
Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades? Elisangela Bertotti - Primeiramente financeira. Uma vez que não ser reconhecida no meio literário não permite que editoras possibilitem espaço para novos autores. Editoras deveriam buscar novos nomes para a literatura e analisar com mais atenção as obras que já publicam e as que poderiam ser lançadas. Onde podemos comprar os seus livros? Elisangela Bertotti - Por ter publicado por uma editora não comercial, vendo meus livros por conta própria, também conto com o apoio de uma livraria que disponibiliza nota e cupom fiscal às prefeituras. papelariateutonia@gmail.com Quais os seus principais objetivos
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Alexsander Pontes alexsander.pontes@gmail.com Alexsander Pontes é brasileiro nascido em Curutiba - Paraná, formado em Letras e pós-graduado em Produção e Recepção de Textos.
Literatura na Prática
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uem não conhece a parábola “A Raposa e as Uvas”, atribuída a Esopo, que mais tarde ficou muito conhecida com a adaptação de Millôr Fernandes? Tecnicamente esta adaptação é chamada de intertextualidade, isso ocorre quando um texto faz referência a outro de maneira implícita ou explicita. Seguindo o exemplo do Mestre Millôr, quero propor uma brincadeira a você, caro leitor. Que tal brincarmos de “intertextualizar”? Proponho sermos “mestres cucas literários” por um dia. Mas nossa receita será um tanto inusitada. Entre os diversos tipos de textos que existem, encontramos os injuntivos que são aqueles que instruem o leitor, um exemplo desse tipo textual é a receita. Peço que você, leitor, escolha um texto de sua preferência e o transforme em uma receita culinária. Calma, você verá como isso é perfeitamente possível... Vou demonstrar aqui a receita que fiz utilizando como base o texto “A Raposa e as Uvas” de Millôr Fernandes: RAPOSA FRUSTRADA AO CALDO DE UVAS Ingredientes: 1 Raposa esfomeada e gulosa 1 areal do deserto 1 linda parreira carregada de uvas 1 precipício a perder de vista 1 pedra enorme 1 terreno irregular
MODO DE PREPARO: Misture o terreno irregular com o areal do deserto de modo que eles se estendam até ao precipício. Depois coloque a parreira carregada de uvas, com cuidado, bem na beira do barranco. Lembre-se de deixar a parreira à vista da raposa, mas cuide para que os cachos fiquem longe do alcance do animal para que não haja a possibilidade dele conseguir pegá-los mesmo com o salto mais alto que possa dar (para que a receita fique ainda mais saborosa o ideal é conseguir uma raposa com uma gula de, no mínimo, quatro dias). Após várias tentativas a raposa desistirá das uvas e irá desdenhá-las, não se preocupe isso é normal. Assim que o animal desistir, adicione à frente dele a enorme pedra, mas tenha cuidado, lembre-se de que o terreno é irregular e a pedra pode rolar. Aguarde alguns minutos para que a raposa possa alocar a pedra no lugar desejado, de modo que ela possa finalmente alcançar os frutos. Agora basta sentar-se em um local bem confortável e com uma visão agradável para assistir a frustração do pobre animal que terá tanto trabalho para alcançar as uvas que ainda estão verdes e azedas. Obs.: Para que a receita fique ainda melhor, aconselha-se que assista a frustração da raposa tomando uma taça de um bom vinho branco seco. Fácil não é? Agora é a sua vez... Bon appétit e até a próxima! Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor
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Entrevista escritor Fernando Figueirinhas Fernando Figueirinhas é formado em Administrador de Empresas. Escritor, Poeta e Diretor (realizador). Nasceu no Porto, Portugal, em 1952, e veio para o Brasil em 1976, onde se fixou. Interessado em questões perenes de cunho filosófico, que tratam da problemática humana em vários de seus aspectos, como o homem perante o mundo e si mesmo, vale-se da ética, da estética e de princípios fundamentados nos valores universais em favor de um mundo mais justo e digno. Realiza vários documentários sobre arte e outros assuntos polêmicos, cuja complexidade e profundidade devidamente orientadas, defendem com muita intensidade a tese-proposta da questão colocada. Dirigiu e produziu: A Ponta do Iceberg, A Outra Dimensão, Esquecidos na Noite, A Tríada da Cognição, Manlio Moretto, Egas Francisco, Gente sem Nome, Evasão e Sonho, Razão de Ser, Pedras que Falam, e Aldo Cardarelli, entre outros. Preocupado com as grandes questões que o mundo contemporâneo propõe, idealiza o Projeto Cultural Abertura, dedicando-se à administração do projeto, a escrever e à direção e produção de documentários filmados, e também, à produção e manutenção dos websites que mantém na Internet. Ultimamente, atento à realidade do atual momento, vem-se dedicando à escrita ininterrupta de vários textos, poemas e pensamentos, chegando a escrever quinze textos por dia. Publicou, entre outros, os seguintes livros: Manlio Moretto, Palavras de Imagens, A Urgência da Mudança, Palavras Nascem e Pintores Inéditos. “Não nasci para ser escritor, ou cineasta, muito menos para ser poeta – tudo aconteceu sem que eu me apercebesse, como resultado do mundo que encontrei.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Fernando Figueirinhas para nós é uma honra ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos quando começou seu gosto pela escrita? Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro? Fernando Figueirinhas - Obrigado, Shirley, por esta oportunidade. O meu gosto pela leitura começou muito cedo, ainda na infância. Meu pai, avô e bisavô eram livreiros e editores, proprietários da Liv. Ed. Figueirinhas. Meu bisavô, António Figueirinhas, formado em Teologia, jornalista, fundador da citada livraria-editora e dos jornais: O Lafões, O Porto, O Meu Jornal, e colaborador de outros tantos. Foi também um importante pedagogo e incentivador da educação em Portugal no final do Séc. XIX e início do Séc. XX, tendo trabalhado até sua morte, em 1945, aos 80 anos de idade, e fundado vários colégios, dos quais o mais importante foi o Colégio Viriato, em Oliveira de Frades, e, posteriormente, transferido para Viseu; além de proeminente escritor de livros diRevista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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dáticos. Em casa de meus pais e avós havia uma grande biblioteca, aliás, em vários lugares diferentes daquela casa, cujo forro das paredes era revestido por prateleiras repletas de livros. Portanto, acto contínuo, desde cedo comecei a escrever, mas apenas mantinha correspondência com alguns poucos amigos de meu pai, sobretudo, colecionadores de selos e postais; e mais tarde, com namoradas, cujas centenas de cartas ainda conservo – não só as recebidas como também algumas cópias das enviadas, às quais, por amizade, creio, me atribuem um hipotético dom para a escrita. O meu primeiro livro publicado surgiu inesperadamente, quando percebi que tinha em mãos o maior acervo de Paisagens Brasileiras realizadas em croquis de campo, ao longo de 50 anos, pelo engenheiro e paisagista Manlio Moretto – era um patrimônio muito rico e vasto que merecia ser publicado. O que mais lhe inspira a escrever? Fernando Figueirinhas - O que mais me inspira a escrever é a constatação do caos em que o mundo vive; a falta de oportunidades de trabalho e as péssimas condições de vida – chegando aos limites da sobrevivência, ou nem isso, da pobreza extrema, digo - de milhões de pessoas no mundo; por um lado, e, por outro, a desmotivação da quase totalidade das pessoas pela reflexão sobre os motivos que levam a esta apatia generalizada e permanente caos, cuja resultante encontra no niilismo sua razão. E, ainda, a falta duma educação orientada para uma consciência reflexiva, e, consequentemente, desvinculada de compromisso individual e colectivo. Quanto à poesia, é o encanto com o achado ao acaso, às vezes, em apenas uma palavra. O poema sai 38
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rápido, não mais que uns 15 minutos, e por vezes chegam a 12 por dia. A poesia também foi um achado muito interessante e meramente casual na minha vida, que em muito facilitou a abordagem de temas profundos e intensos, sem, todavia, exigir rigor científico, suscitando o interesse por parte do leitor. Fazem apenas dois anos a que me dedico à poesia, com um total de mil e quatrocentos poemas até este momento. Fernando, conte-nos, você quem escreve os textos dos documentários que você produz? Como funciona a produção dos vídeos? Fernando Figueirinhas - Sim, sou eu quem escreve os roteiros e textos dos documentários que produzo. Não nasci para ser escritor, ou cineasta, muito menos para ser poeta – tudo aconteceu sem que eu me apercebesse, como resultado do mundo que encontrei. Senti que precisava fazer algo a esse respeito, e como não tinha recursos financeiros nem formação específica, resolvi ir fazendo, intuitivamente. A produção dos documentários funciona da seguinte maneira: tenho em mente uma determinada ideia; penso-a, estudo-a, escrevo-a, convido pessoas que reconhecidamente entendem daquele assunto e de relevada importância cultural; contrato uma equipe para a produção e assim realizo o documentário. Sempre achei muito importante e determinante saber-se exactamente o que se quer para se conseguir fazer alguma coisa. Depois é só encontrar os meios tendo em vista o fim que se procura. Você é idealizador do Projeto Cultural Abertura. Qual o objetivo do projeto? Quem pode participar? Como a pessoa faz para ter mais informações sobre o projeto?
Fernando Figueirinhas - O Projeto Cultural Abertura (Associação Cultural Abertura) tem como objetivo principal a promoção da dignidade humana, cujo valor mais alto é o próprio homem em todas as suas dimensões. A ética e a reflexão conscienciosa sobre os diferentes aspectos que compõem a esfera das relações humanas são os meios utilizados para se atingir este objetivo. Todas as pessoas interessadas neste ideal podem participar e são muito bem-vindas. Para informações mais detalhadas basta acessar o site do projeto: WWW.projetoabertura.org Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Fernando Figueirinhas - Conforme disse acima, pretendemos atingir todas as pessoas interessadas no ideal do Projeto Abertura. A mensagem que gostaríamos de deixar é simples e contundente: há que se libertar do egoísmo e do individualismo que toma conta do mundo, como resultado da ausência de valores e sentido da vida. Fale-nos sobre seu livro “A Urgência da Mudança”? Fernando Figueirinhas - O livro A Urgência da Mudança, cujo título original era Mudar o Poder, reúne uma série de textos de fundamental importância no contexto do Projeto Abertura, e de algumas questões, também muito importantes, para a crise em Portugal. Trata-se de um livro, creio, bastante equilibrado e eclético nos temas abordados, intercalados por poemas sobre os clássicos temas do amor, da saudade e do pasmo encontrado na contemplação da paisagem humana e suas ambiguidades.
Além de “A Urgência da Mudança”, você publicou, entre outros, os seguintes livros: “Manlio Moretto”, “Palavras de Imagens”, “Palavras Nascem” e “Pintores Inéditos”, de forma resumida o que diferencia um livro do outro? Fernando Figueirinhas - O livro Manlio Moretto é uma compilação de algumas obras iconográficas deste pintor, e textos sobre arte pictórica; Palavras de Imagens é formado por todos os textos de filmes por mim realizados até àquela altura; Palavras Nascem é constituído por 65 poemas selecionados; e, Pintores Inéditos ( no prelo) é um resgate de memória da pintura Neoclássica de alguns dos melhores pintores do Século XX no Brasil. Além disso, contém um resumo da História da Pintura no Brasil e um capítulo onde se explana sobre a Arte e o Belo artístico, bem como uma análise sobre a interpretação dos rumos da pintura a nível mundial – capítulo este que justificou sua realização. Onde podemos comprar os seus livros? Fernando Figueirinhas - Os meus livros podem ser comprados em algumas livrarias e pelos links de compra das respectivas editoras, nomeadamente: Arte & Ciência, Lua de Marfim, Corpos e Chiado. Também se podem achar através do Google, procurando por “Fernando Figueirinhas”. Meu email: fernandofigueirinhas@hotmail.com Que dica você dar para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor? Fernando Figueirinhas - Leia; estude e pense antes de escrever. Procure imprimir sempre, em seus textos, uma conotação universal e perene,
quando possível. Quanto à metodologia de trabalho, cada um tem a sua; eu prefiro a seguinte, sobretudo em se tratando de um romance ou poesia: escreva rápido, no embalo do sentimento, e depois corrija os erros de lógica e outros que eventualmente possa encontrar. Procure não mexer muito naquilo que escreveu, pois o texto tem de estar pronto logo no esboço. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Fernando Figueirinhas - Não sei responder a essa questão, teria de estudá-la e ser um profissional da área. Apenas posso falar do ponto de vista da iniciativa editorial; isto é, dos critérios a serem levados em conta por parte dos editores em relação à obra que lhes chega às mãos. Quero crer que um bom editor tem de ser fiel a uma determinada linha editorial e produzir com rigor e requinte todo o projeto (gráfico e editorial) do livro. Além disso, deve saber estabelecer uma perfeita correlação entre o valor literário de uma obra, o interesse do assunto e sua viabilidade comercial – não basta publicar, é preciso divulgar. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Fernando Figueirinhas, que mensagem você deixa para nossos leitores? Fernando Figueirinhas - Nada mais a acrescentar. Resta-me agradecer-lhe, sobremaneira, a atenção e o interesse pela minha obra. Desejo-lhe muito sucesso nesta difícil arte de divulgação e incentivo à cultura. Muito obrigado.
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Leo Vieira leovieirasilva@gmail.com Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura.
Mercado Literário O que Vende Atualmente?
É
o tipo de dúvida intrigante para quem quer faturar no mercado literário. Mas o conselho é: Nunca pense em escrever de acordo com o que vende na atualidade. Na onda dos romances “vampirescos” liderados por Stephenie Meyer, existem mais de quarenta títulos com o mesmo enredo de romances proibidos protagonizados por meninas insossas que se apaixonam perdidamente por rapazes estranhos e misteriosos até virem à tona a “surpresa” de que eles são... vampiros! É um clichê irritante demais. Não quero julgar que são ruins, afinal eles fazem o bom papel de entretenimento juvenil. Muitas editoras vão na onda, até mesmo copiando o modelo de capas de fundo preto com efeitos misteriosos. Realmente podem vender, assim como livros de zumbis e também de romances polêmicos sadomasoquistas. A questão é: será que vale a pena apelar para um clichê somente para vender bem?
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Isso é um erro muito grave para quem quer se aventurar respeitosamente no mercado literário. Não escreva para vender, porque o seu público notará isso. Seja original em sua história. Vampiros são seres sanguinários, violentos, cruéis, demoníacos, soturnos, macabros e desprovido de sentimentos. Na mesma linhagem maligna estão os demônios e os zumbis. Então não tente apelar para os clichês controversos de vampiros e zumbis românticos com missão especial com meninas adolescentes, a não ser que seja algo totalmente original, porque você irá começar mal. Respeite a inteligência do leitor, porque ele é exigente e se ele der ao luxo e confiança de apostar em uma literatura nova, então aproveite esse momento com todo o seu empenho. Apresente uma obra original e contundente. Faça o leitor pensar e ter vontade de reler e compartilhar a novidade. São muito poucos os que realmente pensam assim e colocam em prática no início de sua trajetória.
Entrevista escritor Francisco José Gregório de Andrade Escritor Francisco José Gregório de Andrade, natural de Recife – PE, mora em João Pessoa, na Paraíba,Graduado em Engenharia Civil, pela UFPB. Possui Pós-graduação em Lato Sensu em Nível de Especialização MBA Executivo em Negócios Financeiros , ministrado pela PUC – Rio de Janeiro (RJ),autor do livro: Reflexões para uma vida melhor - Pensamentos e Expressões e bancáro aposentado do Banco do Brasil. Em entrevista o escritor fala do seu livro, como iniciou sua carreira literária, após sua aposentadoria, quais são seus próximos projetos literários, finalizando o escritor dá dicas importantes de melhorias para o mercado literário no Brasil. “Eu diria melhorias para o mundo literário: - Diminuição do percentual cobrado pelas livrarias na comercialização de livros. - Mais apoio e divulgação por parte das editoras e livrarias; - Realização semanal de feiras locais de livros; - Incentivo aos autores em publicar obras guardadas...” Boa leitura!
tima. Graças a DEUS, aos bons livros que li, as amizades que conquistei ao longo de minha vida e a escutar boas músicas que consegui inspiração para escrever coletâneas de pensamentos onde se pode encontrar o alívio para os diversos males.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Francisco, é uma honra tê-lo conosco no Projeto Divulga Escritor, quando você começou a escrever? Em que momento decidiu ser escritor? Francisco José Gregório de Andrade. (Gregório) - “A grandeza não consiste em receber honras, mas, em merecê-las” (Aristóteles). Fico feliz em participar dessa entrevista através do seu Brilhante Projeto que encanta, ensina, inspira e ajuda o escritor a divulgar seus trabalhos. Após minha aposentadoria do Banco do Brasil em julho/2007, quando comecei a ter mais tempo para mim, minha família e amigos, pensei em escrever um livro voltado para a autoajuda. Prometi a mim mesmo que passaria para os outros o que melhorou minha vida depois que segui as Reflexões para uma vida melhor. O que mais lhe inspira a escrever? Gregório - O que mais me inspira a escrever é a vontade de ajudar as pessoas na melhoria da sua autoes-
Quais são suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor? Gregório - Quando adulto tive o privilégio de ler livros de Augusto Cury, David Niven,, Robero Shinyashiki. David J. Schwartz, Chico Xavier, Norman Vincent Peale, Dalai Lama, Letícia Thompson, José Saramago, Lair Ribeiro, dentre outros. Mas, o autor que mais influenciou na minha formação como escritor foi Augusto Cury. Escritor Francisco soube que você já esteve com o escritor Augusto Cury, conte-nos como foi esta perto de uma de suas principais referências literárias? Gregório - Esse encontro foi em maio de 2012 por ocasião de uma palestra proferida por ele no hotel Tambaú onde tive a oportunidade de autografar o meu livro e presenteá-lo. Na ocasião ele autografou, também o seu livro: A FASCINANTE CONSTRUÇÃO DO EU. A sensação de estar ao lado de um autor brasileiro mais lido da década foi fantástica. Durante a nossa conversa, comentei que ele foi o principal escritor que influenciou a escrever: REFLEXÕES PARA UMA VIDA MELHOR - Pensamentos e Expressões. Ele se emocionou e agradeceu por eu ser mais um de seus seguidores. Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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Fale-nos um pouco sobre o seu livro “Reflexões para uma vida melhor”. Que mensagem você quer transmitir para as pessoas através de sua obra? Gregório - O livro REFLEXÕES PARA UMA VIDA MELHOR – Pensamentos e Expressões é dividido em três partes. Na primeira, o leitor tem acesso a 350 pensamentos de minha autoria. Na segunda parte há expressões e frases de pensadores e figuras emblemáticas que marcaram e que ainda hoje continuam a transformar a História da Humanidade como: JESUS CRISTO, Dalai Lama, Nelson Mandela, Aristóteles, Leonardo da Vinci, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier, Martin Luther King, Shakespeare, Mahatma Gandhi, Confúcio, Platão, Voltaire, Goethe, Augusto Cury entre outros. A última parte do livro é sobre orações que falam de um diálogo com o nosso Poder Superior. O arquiteto do Universo, o Grande Mestre dos Mestres : JESUS. O livro é um convite ao leitor a mergulhar num mundo de ensinamentos, despertando-o para uma reflexão em busca de uma vida melhor e mais saudável. O livro tenta resgatar os valores que estão adormecidos nas pessoas: o sentimento de fé. Amor, caridade e perdão. Escritor Francisco Gregório, quais são seus novos projetos literários? Pretendes publicar um novo livro? Gregório - Pretendo lançar o meu segundo livro: REFLEXÕES PARA UMA VIDA MELHOR II – Pensamentos e Expressões que estará em breve ao alcance dos leitores. Onde podemos encontrar o seu livro? Gregório - Já se encontra à venda na Livraria Leitura e Saraiva do Manaí42
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ra Shopping, Bancas Viña Del Mar e Livraria do Luiz (Galeria Augusto dos Anjos , Praça 1817 nº 88- Centro) em João Pessoa(PB). Pode ser comprado na Livraria Saraiva de sua cidade. Dirija-se a livraria mais próxima e faça a sua encomenda. e-mails: grigasbar@ ig.com.br – grigasbar@gmail.com – Facebook – Francisco José Gregório de Andrade - Twitter - @grigasbar. Que dica você dar para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor? Gregório - Persistam no seu sonho de escrever. Não tenham medo. O difícil é publicar o primeiro livro. Lembrem-se: “Suba o primeiro degrau com fé, não é necessário que você veja toda a escada, apenas dê o primeiro passo” (Martin Luther King). Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil, em especial na Paraíba? Gregório - Eu diria melhorias para o mundo literário: - Diminuição do percentual cobrado pelas livrarias na comercialização de livros. - Mais apoio e divulgação por parte das editoras e livrarias; - Realização semanal de feiras locais de livros; - Incentivo aos autores em publicar obras guardadas; - Maior contato por parte dos autores com os
leitores na divulgação de sua obra. - Maior incentivo por parte da imprensa falada e escrita; - Mais apoio dos governos: Federal, Estadual e Municipal. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Francisco José Gregório de Andrade, que mensagem você deixa para nossos leitores? Gregório - Quero agradecer a você Shirley e toda sua equipe a oportunidade em divulgar minha obra através desse Espaço. Acredito que só com a dedicação, respeito, disciplina e motivação se constroem um mundo melhor e mais saudável para todos. Em relação ao meu livro – Espero passar aos leitores os caminhos e torcer que eles, pelo menos, tentem segui-los. Quando penso que coloquei no papel o que melhorou e que ainda continuo procurando por em prática tudo que escrevi, fico feliz e digo a mim mesmo que estou ajudando, fazendo a minha parte, levando aos leitores um pouco da minha experiência em querer dias melhores para quem se interessa em viver bem.
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Carlos Souza Yeshua carlossouzamkt@hotmail.com
O ESCRITOR E A MÍDIA
As estratégias de Paulo Coelho no início da jornada literária
A
maioria das pessoas tem a tendência de quando vê um artista atingir o sucesso fazer comentários negativos, como se a personalidade em questão tivesse chegado ao auge de uma hora para outra, sem fazer o sacrifício necessário para concretizar seus objetivos. Como defende o escritor Lair Ribeiro, “O sucesso não ocorre por acaso”, ou seja, é preciso trabalhar e muito para que os sonhos se tornem realidade. Entre os escritores brasileiros está Paulo Coelho, um autor que levou bem a sério esta questão, tanto que iniciou sua estratégia ainda muito jovem, em um momento que muitos não acreditavam que ele chegaria tão longe e hoje pudesse colher os frutos daquilo que plantou: uma brilhante carreia literária. Em 1965, quando ainda tinha apenas 18 anos, Paulo Coelho – o escritor brasileiro recordista de venda de livros no exterior -, arquitetou um plano de divulgação que visava tornar sua obra conhecida, além de reforçar seu marketing e marca pessoal. Naquele momento, iniciava uma estratégia mercadológica que mais tarde o transformaria no escritor com mais de 100 milhões de livros vendidos em 150 países, com 66 traduções diferentes, o autor vivo mais traduzido em todo planeta. O que os escritores, novos ou veteranos que sonham com o sucesso na carreira literária podem extrair das estratégias adotadas pelo velho parceiro
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musical de Raul Seixas, nos dias atuais? Muitas das ideias estão acessíveis e todos os artistas da palavra, podem colocar muitas delas em ação, a qualquer momento. Vejamos algumas das táticas adotadas pelo autor de “O Alquimista”, o livro brasileiro mais vendido de todos os tempos. Seu plano consistia no seguinte: Comprar todos os jornais do Rio de Janeiro e verificar seções literárias, respectivos encarregados e os diretores desses jornais. Repetir a operação com as revistas e estações de rádio. (Nesta época a internet ainda não estava disponível para a sociedade, por isso ela não estava incluída no plano). Procurar o endereço dos mais importantes escritores e escrever para eles mandando seus poemas e pedindo opiniões, bem como a colocação em jornais que escrevem; comparecer sempre a noites de autógrafos, conferências, estreias de peças teatrais, procurando conversar com os grandes e fazer-se notado. Organizar montagens de peças teatrais de sua autoria com convidados pertencentes à roda literária da velha geração, conseguindo com isso o ‘apadrinhamento’. Procurar entrar em contato com a nova geração de escritores, oferecendo coquetéis, comparecendo em lugares que eles frequentam. A palavra de ordem era propaganda. Estas e outras dicas estão presentes na biografia de Paulo Coelho, “O Mago”, escrito por Fernando Morais. Uma leitura recomendada para todo escritor, que deseja o sucesso profissional!
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Entrevista escritor Luciano Gouvêa Biografia: Nasci em Baependi-MG, uma cidade de pouco mais de 17 mil habitantes. Muito cedo saí de casa, em busca dos sonhos, em busca de algo, em busca. Encontrei um lugar, nenhuma cidade; um lugar dentro de mim, onde resido, onde Ele reside. É nesse lugar que eu moro, esteja onde eu estiver. Minha paixão pelos livros nasceu com um exemplar de “Sementes contemplação” de Thomas Merton, um monge americano dos anos 50. Formei-me fisioterapeuta, fui oficial do exército por 8 anos na Amazônia. Estudei francês no Canadá e não falei mais esta língua linda até quase esquecê-la. Casei, tive uma filha, um anjo que me fez entender um tipo de amor ininteligível, quase insano. Desde sempre escrevi, quis escrever. Primeiro a vontade, depois, a necessidade. Agora é uma expressão tão natural que penso, logo escrevo. Prefiro a escrita à fala. Prefiro a escrita porque ela brota da sabedoria do silêncio. “Com relação a melhorias, devemos lutar é para que o nosso povo leia! É incrível a quantidade de pessoas que eu encontro e que me dizem ter lido um livro no último ano, alguns casos nenhum livro no ano e ainda pior, nenhum livro em toda a vida! Eu fico boquiaberto, por que há muito que estipulo a meta pessoal de pelo menos quinze livros por ano e sempre ultrapasso-a.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Luciano Gouvêa para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto divulga escritor conte-nos o que o motivou a escrever? Em que momento decidiu ser escritor? Luciano Gouvêa - O prazer é meu em participar deste projeto. Sempre gostei de escrever pequenos pensamentos e de rabiscar algumas poesias. Porém, após dez anos de muita leitura de livros e assuntos relacionados a espiritualidade, começou a nascer no meu coração o desejo de transmitir um pouco desse conheci-
mento. No ano passado fui assolado pela ideia do por que não? Queria escrever mas achava impossível por medo da falta de técnica ou pelo medo de não conseguir expressar as ideias adequadamente. mas resolvi tentar e avaliar o resultado depois. Após uma cirurgia no pé, tive que ficar de licença médica por trinta dias e, nesse ínterim, resolvi iniciar o meu primeiro romance. Em três semanas o corpo do livro “saiu”. Um trabalho incessante, de quase dez horas diárias até que tinha algo parecido com um livro. E durante alguns meses revisei e mandei-o para a editora Novo Século que aceitou publicá-lo. Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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Que temas você aborda na sua escrita? O que mais lhe inspira a escrever sobre esses temas? Luciano Gouvêa - Nos poemas eu falo sobre o que me inspira; já escrevi sobre esporte, política, sobre a geografia da minha região, família, amor e espiritualidade. No romance eu abordo o tema da presença de Deus entre nós, envolta por uma história simples, porém, que procura levar o leitor a uma situação em que uma mensagem possa ser apresentada. As mensagens que procurei inserir na história são o fruto de muita leitura, pesquisa e, principalmente, de muita oração. Deus que me inspira sempre, na fé silenciosa e na oração contínua. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Luciano Gouvêa - Eu não tenho pretensões específicas de público. Tenho o desejo de que pessoas com diferentes crenças e níveis educacionais possam ler o livro e encontrar um pouco de tudo o que Deus tem me inspirado a escrever. Digo isto pelo fato de que as mensagens divinas não exigem escolaridade ou qualquer outro requisito que não a abertura de coração. Escrevo de coração para coração e por isso, não me perco em perspectivas. Procuro apenas dizer de forma mais leve, o que leio em textos clássicos como Thomas Merton e São João da Cruz. No fim, quero que o leitor sinta que existe esperança e que a vida com Deus vale a pena. Conte-nos como foi escrever “Shekinah - O Sopro da Crença”? Qual o objetivo do livro? Luciano Gouvêa - Como disse anteriormente, o livro “saiu” dessa vontade reprimida de escrever. Fazê-lo, foi 46
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uma libertação, uma descoberta de uma vocação latente; uma necessidade que só esperava pelo momento certo para aflorar. Meu único objetivo com esse livro é compartilhar o que me foi dado. O que acontecerá com essa obra está nas mãos daquele que me inspirou a escrevê-la. Escritor Luciano, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Luciano Gouvêa - Eu divulgo meu trabalho através das redes sociais, principalmente Facebook (https:// www.facebook.com/ShekinahOSoproDaCrenca) e agora com o Twitter (https://twitter.com/livroShekinah). Contribuo frequentemente para o blog penseforadacaixa (http://penseforadacaixa.com/category/luciano-gouvea/) que foi a forma que encontrei de ter que criar alguma coisa constantemente. O romance contou com um lançamento na minha cidade natal, faremos uma mesa de autógrafos em outra cidade no dia 14 de Setembro de 2013, conta com a divulgação da editora Novo Século pelas redes sociais e eventos como as feiras de livros, além das propagandas dos sites nos quais o livro pode ser adquirido. Onde podemos comprar o seu livro? Luciano Gouvêa - O livro pode ser adquirido pelo site da editora Novo Século, pelos sites da editora Saraiva, Cultura, pelo site das lojas virtuais Americanas, Submarino e pelo Extra.com. Não sei se esqueci algum mas acredito que são os principais. Também podem ser adquiridos comigo no evento do dia 14 e, posteriormente, se ainda sobrar algum exemplar comigo, pelo email lugofj@gmail.com Quais os seus próximos projetos lite-
rários? Pensas em publicar um novo livro? Luciano Gouvêa - Meu próximo projeto está bastante adiantado. Estou escrevendo uma resposta ao primeiro livro, com um dos personagens que será agora o relator da sua própria história. Esse livro é todo ambientado na África e fala também sobre os Tuaregues, o povo nômade do deserto da Saara. Não tenho tanta pressa para finalizá-lo, por que este livro contém muita informação de cultura, geografia e história e as fontes sobre alguns dos episódios abordados são escassas. Estou escrevendo e pesquisando desde Maio deste ano e acredito ter concluído metade do livro até agora. Penso em nunca mais para de escrever; pelo menos, até quando Deus achar que eu deva. Quem é o escritor Luciano Gouvêa? Quais são seus principais hobbies? Luciano Gouvêa - Qualquer definição do ser, quando carrega um título, cargo, posição ou qualquer outra forma de nos diferenciar é um simples nome. Todos somos igualmente importantes e valiosos para Deus e por isso, apesar de parecer piegas, penso que devemos nos ver nessa condição humana que nos eleva acima de qualquer nome. Gosto muito de ler, de assistir esportes, de natureza e principalmente, de curtir a minha família e a minha filha Júlia fazendo alguma coisa ou nada com ela. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Luciano Gouvêa - Vejo o mercado literário se movimentando, criando espaços nas redes sociais e criando alternativas interessantes como selos para novos autores por exemplo. Como a possibilidade de divulgação, hoje em dia, é muito maior e mais ampla, acho que o autor deve ser
mais pró ativo. Jogar o fracasso na conta do mercado é um pouco exagerado. Penso que se o autor acredita na sua obra, deve lutar por ela independente da configuração do mercado ou da atitude, sempre excessivamente prudente, que tomam as editoras. Com relação a melhorias, devemos lutar é para que o nosso povo leia! É incrível a quantidade de pessoas que eu encontro e que me dizem ter lido um livro no último ano, alguns casos nenhum livro no ano e ainda pior, nenhum livro em toda a vida! Eu fico boquiaberto, por que há muito que estipulo a meta pessoal de pelo menos quinze livros por ano e sempre ultrapasso-a. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos a sua participação no projeto “Divulga Escritor”, muito bom conhecer melhor o escritor Luciano Gouvêa, que mensagem você deixaria para os seus leitores? Luciano Gouvêa - A mensagem que quero deixar é a seguinte: deixem-se levar pela eterna novidade de Deus. Tudo o que Deus nos pede é que digamos sim; o resto Ele faz. É Ele que nos dá a graça de amá-lo e de compreender o que pode ser compreendido. A felicidade real só existe na paz que nos eleva acima do vai-e-vem da vida. É essa paz que eu peço a Ele diariamente e que, felizmente, Ele quer dá-la a todos nós.
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Alexandre Cimatti poetacimatti@hotmail.com
Pense Literatura
Crítica literária: Perfume (Sobre o desvario na lírica)
Perfume eu senti seu perfume no ar eu vi o lume primeiro do seu olhar eu senti ciúme antes de você sair eu pedi pra você ficar, pra você voltar era cedo, era tarde, era madrugada um bolero canta, lua doida na sala pareço ouvir sua fala e mais nada só tenho a noite das suas palavras eu peço a Deus que volte pra casa o lume do olhar que eu vi primeiro que leve o ciúme o mesmo perfume que você deixou perdido no ar Guerá Fernandes
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S
im, no poema, há que se falar de amor, de ciúme, de encontros e despedidas... sim, por que não? Porém, o poema, por ser engenho, precisa de técnicas precisas que agradem aos ouvidos - poema é sonoridade antes de tudo - depois de ter vida, por ser arte. Por isso, este poema de Guerá Fernandes, como tantos outros dele, merece ser lido com especial atenção e cuidado; enquanto o eu lírico vai narrando uma estória de encontro e despedida, com direito a fascinação e dor da perda, “eu senti seu perfume no ar / eu vi o lume primeiro do seu olhar // eu senti ciúme antes de você sair / eu pedi pra você ficar, pra você voltar” vai fazendo o jogo do poema, lhe acrescentando musicalidade ao buscar coincidências (perfume, lume, ciúme) sonoras - acho que estão bem claras - e, por que não, semânticas acho que podemos bem relacionar o fogo do “perfume, do lume” (óbvio) e do “ciúme” quando acendem; além de usar a rima, como é mais comum, só que de modo refinado, coincidindo um substantivo: “seu olhar”, com
um verbo: “voltar”; e, mais uma vez, abusar da semântica ao aproximar o sentir físico “senti seu perfume” do sentir passional “senti ciúme” - e isto não é pra qualquer um. Logo a seguir, o poeta passa narrar o terror e o descontrole, em desvario, de quem não aceita o que acontece, o que está totalmente fora de seu controle: “era cedo, era tarde, era madrugada / um bolero canta, lua doida na sala // pareço ouvir sua fala e mais nada / só tenho a noite das suas palavras” ao mudar o tempo dos verbos de pretérito perfeito para pretérito imperfeito: “senti” para “era”; o que dá a impressão de que o eu lirico passa a divagar consigo em vez de manter um “diálogo” com o objeto de seu discurso “você” - pronome, aliás, muito usado em canções brasileiras, como se o eu lírico conversasse intimamente com seu objeto; podendo, assim, ligar também o poema aos clássicos da MPB -; e, mais adiante, para o presente: “canta”, continuando com uma oração sem verbo, mas que dá a entender, por elipse, que continua no mesmo tempo da oração anterior; no verso seguinte, o
Escritor, poeta, licenciado em letras pela Universidade do Vale do Paraíba.
tempo verbal no presente continua em “pareço ouvir / tenho”, o que acentua muito mais a impressão de desvario e divagação solitária, como se o eu lírico, num crescendo, fosse tomando todo o espaço e o tempo, com o objeto ficando totalmente em segundo plano: o sentimento que o poeta descreve se torna muito mais importante que o contexto. Além disso, ainda no mesmo trecho, o eu lírico dá entender de que está só, lembrando do que houve, apesar de dialogar com seu objeto como se estivesse ainda presente: “pareço ouvir sua fala e mais nada/ só tenho a noite das suas palavras”. Isso sem mencionar as personificações: “um bolero canta, lua doida na sala”, que também indicam a falta de controle desencadeada por uma partida, e a genial metáfora usada para descrever a lembrança de que se teve e se apreciou: “só tenho a noite das suas palavras”, outro indicativo de solidão; além das
rimas baseadas em tonacidade “madrugada / sala / fala / nada / palavras”... repito: não é pra qualquer um. Pra fechar o poema, Guerá mostra o eu lírico mais em si: “eu peço a Deus que volte pra casa / o lume do olhar que eu vi primeiro // que leve o ciúme o mesmo perfume / que você deixou perdido no ar” ao descrevê-lo aceitando, na medida do possível, o que não está sob seu controle, ou seja, pede a Deus que lhe ajude a conseguir de volta o que já não tem mais, algo que só pode ser dele: “o lume do olhar que eu vi primeiro” e que, ao que parece, ainda não teria encontrado seu pouso: “que você deixou perdido no ar”. Este poema representa bem os “delírios” das paixões e dos desencontros, vida obrigatória em qualquer lírica, e o engenho, faculdade primordial pra qualquer poeta.
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Entrevista escritor Mirian Menezes de Oliveira Mirian Menezes de Oliveira, Nascida em Guaratinguetá-SP, filha adotiva de São José dos Campos-SP, e contadora de histórias, Mirian Menezes de Oliveira lançou, em 2011, o livro de poesias “O cientista e a poeta”, pela Editora Triom, com patrocínio do CETRANS (Centro de Transdisciplinaridade), entidade da qual é membro. Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e Educação – UBC – Mogi das Cruzes – SP. Possui também crônicas e poemas publicados em Antologias. Em 2013, foram 04 lançamentos. Com o fotógrafo Gilmar Dueñas possui o Projeto “Diálogo de Olhares” (articulação entre fotografias e poemas). Na extensão do trabalho, desenvolveu o Projeto “Trilha de Olhares” – Vernissage – 21 de setembro de 2012 - articulação entre poemas, fotografias de Gilmar Dueñas e esculturas em vidro de Tita Selicani (artista plástica). A próxima publicação individual: Memórias de Leitura, traduzida para o francês por Diva Pavesi, organizadora da Antologia BRESIL EN SCENE, será lançada no Salão do Livro em Paris em março de 2014, pela REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras), com participação de 40 escritores brasileiros. “...Nessa exposição, alternamos as linguagens. Às vezes, trabalhamos somente com fotopoemas, outras vezes, inserimos o que denominamos “triálogo” (neologismo que nos agrada!), com as esculturas em vidro, de Tita Selicani. As exposições sempre são interativas e há sempre um novo olhar sobre o que produzimos.” Boa Leitura! 50
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Mirian Menezes para nós é um prazer ter você conosco no projeto “Divulga Escritor” Conte-nos em que momento você começou a usar seus textos em eventos? Como é trabalhar com fotos e poesias? Mirian Menezes - Shirley Cavalcante, sinto-me honrada pela oportunidade de relatar, brevemente, uma trajetória que teve início numa brincadeira entre amigos. Conheço o fotógrafo
Gilmar Dueñas há anos... Certa vez, nos candidatamos a um concurso, que contemplava projetos culturais. Não fomos contemplados, mas da iniciativa, nasceu a ideia de articulação entre fotografias e poemas. Muitas pessoas nos incentivaram na época e não sabíamos se publicaríamos um livro, ou realizaríamos a impressão, no formato de cartões postais... Enormes foram as dúvidas, entretanto o diálogo teve início. Houve impressão inicial de banners, e, dessa primeira etapa do trabalho, participaram mais 04 poetisas joseenses (Dyrce Araújo, Mirian Cris, Rita Elisa Seda e Érika Siqueira). A exposição tornou-se itinerante, em espaços culturais de São José dos Campos. Entre essa primeira experiência e o atual estágio de produção em que nos encontramos, houve o “vácuo”. Ficamos muito tempo sem produzir coletivamente! Criamos um blog, que será retomado, mas não o alimentamos, devidamente, por muito tempo... talvez por sermos da “geração X”! Na verdade, retomamos, efetivamente, as produções em 2012, com a inserção de uma terceira artista no processo. Preciso destacar que, quando recebo uma fotografia de Gilmar, contemplo-a por horas ou dias e, desta contemplação, emerge um segundo olhar, por isso “Diálogo de Olhares”. O mais interessante dessa história é que, no ano já citado, conheci, através de Gilmar Dueñas, a artista plástica Tita Selicani, que trabalha, brilhantemente, com esculturas em vidro. O trio se “casou”. Em 21 de setembro de 2012, foi realizada a Vernissage: “Trilha de Olhares: Fragmentos da Mata Atlântica”, em parceria com o Instituto Eco-Solidário. Em 2013, pretendemos comemorar o aniversário dessa exposição e já trabalhamos o novo conceito.
Você hoje tem uma exposição permanente através do projeto “Diálogo de Olhares”, qual o objetivo deste projeto? Mirian Menezes - Atualmente, temos uma exposição permanente, na Pousada Quintal da Prosa, em São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos. A família Ceruks foi grande incentivadora de nossas produções temáticas. Nessa exposição, alternamos as linguagens. Às vezes, trabalhamos somente com fotopoemas, outras vezes, inserimos o que denominamos “triálogo” (neologismo que nos agrada!), com as esculturas em vidro, de Tita Selicani. As exposições sempre são interativas e há sempre um novo olhar sobre o que produzimos. Mirian você hoje realiza um trabalho de contação de histórias, conte-nos de que forma é feito e onde pode ser feito este trabalho? Mirian Menezes - Trabalho na rede pública de ensino de São José dos Campos, num programa direcionado ao fomento à leitura, mas também realizo trabalhos voluntários, em diversas instituições. Já atuei na Biblioteca de São Paulo – Cruzeiro do Sul, aos domingos, desenvolvendo rodas de leitura, com públicos variados. Já fui convidada, não só por instituições ligadas à Igreja Católica, mas por outras denominações religiosas, para trabalhar com rodas de leitura, utilizando-me de diversas estratégias: teatro de fantoches, leitura compartilhada, contação de histórias. Também fui convidada, na 21ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, para contar histórias no stand da Volkswagen, pelo Projeto Entre na Roda (parceria entre o CENPEC, Fundação Poiesis e Fundação Volkswagen). Uma observação importante: as contações de histórias podem e devem ser reali-
zadas em qualquer situação ou espaço, desde que haja predisposição dos interlocutores e um ambiente propício. Sou muito requisitada, nos finais de ano, nas festas em família, para realizar este tipo de atividade. Recebo intimações de meus sobrinhos. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Mirian Menezes - Em relação ao trabalho de contação de histórias, pretendo que as pessoas, de todas as idades, sejam felizes, que se beneficiem dessa arte milenar, seja em casa, entre os familiares, seja na Escola, em Bibliotecas, em ONGs, ou instituições religiosas. Já em relação ao meu trabalho como escritora, ressalto que, nos poemas e crônicas que escrevo, pretendo dialogar, com o ser humano que estiver disponível. Penso muito no leitor, na hora da criação. Tento me colocar no lugar dele e acho que minha experiência de vida sempre toca alguém... Sempre há uma identificação... a catarse. Que tipos de poesia você apresenta em seu livro “O cientista e o poeta”? A quem você indica a leitura do livro? Mirian Menezes - “O cientista e a poeta”, publicado pela Editora TRIOM, apresenta certa complexidade. É um livro que foi concebido para quebrar paradigmas. Possui uma organização diferente, o designer gráfico foi idealizado por Adriana Caccuri e as ilustrações e escrita à caneta bico-de-pena foram realizadas por Ricardo Chachá. A ilustração da capa e o desenho introdutório de três árvores se entrelaçando foram realizados por mim... Enfim, foi um livro escrito por muitas mãos... mistura ciência e poesia... o macro e o micro... física quântica... fala Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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desde a expansão do universo, até o universo do átomo... fala da prostituta, do amor, da dor, do presidiário, da tempestade... um livro repleto de reticências e indagações... Os elementos coexistem e os versos não são, rigorosamente, metrificados... Penso que, se não há ainda a denominação que atreverei citar, gostaria de classificar meus versos como “caóticos” (combina com o conceito do livro). Onde podemos comprar o seu livro? Mirian Menezes - Há alguns exemplares na Livraria Maxsigma, no Shopping Vale Sul, em São José dos Campos - SP, na Pousada Quintal da Prosa, em São Francisco Xavier – SP e é possível também uma consulta pelo site da Editora TRIOM. Em relação às Antologias, acredito que pelo site da REBRA (Rede de Escritoras Brasileiras). Publiquei textos, por diversas Editoras, e a REBRA possui uma relação de livrarias. Pela SCORTECCI, há a “Antologia das Mulheres da Floresta” e “Palavras Desavisadas de Tudo”. É o que me lembro agora. Escritora Mirian, hoje você participa da REBRA - Rede de escritoras brasileiras, que tipo de eventos literários vocês organizam? Quem pode participar dos eventos realizados? Mirian Menezes - Nesse caso, sou uma das associadas e a coordenadora Joyce Cavalcante pode falar, com propriedade, sobre a estrutura da REBRA. Aproveito a ocasião para parabenizar Joyce pelo excelente trabalho. A REBRA foi um divisor de águas em minha vida. Página na REBRA: http://rebra.org/escritora/escritora_ptbr.php?id=1794 Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? Em sua opinião, o que deve ser feito para 52
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amenizar estas dificuldades? Mirian Menezes - Pergunta difícil. Acho que, além da luta, para o estabelecimento de políticas públicas de incentivo ao escritor, temos que cultivar a humildade suficiente, aproveitando todas as oportunidades de divulgação dos trabalhos realizados. Considero a participação em Antologias e Concursos Literários de grande importância. O escritor, no início de suas publicações, precisa investir na divulgação, principalmente, em seu entorno. As parcerias também fortalecem os escritores! Amo meus parceiros! Quais seus próximos projetos literários? Mirian Menezes - Há previsão de realização de outra Vernissage, envolvendo fotografias, poemas e esculturas em vidro. Nesse caso, cito,
novamente, Gilmar Dueñas e Tita Selicani. Futuramente, pretendemos articular outras linguagens ao nosso trabalho: música, dança... Ainda estamos no plano dos sonhos... Acredito ainda, que se Deus quiser, lançarei outro livro de poemas, pois ele já se encontra, praticamente, finalizado. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto “Divulga Escritor”, muito bom conhecer melhor a Escritora Mirian Menezes de Oliveira, que mensagem você deixa para nossos leitores? Mirian Menezes - Leiam o mundo, leiam a vida, leiam a si mesmos e não deixem jamais de lutar por seus sonhos! Muito obrigada, Shirley Cavalcante, pela grande oportunidade! Abraço fraternal a todos!
Francisco Mellão Laraya larayaescritor@hotmail.com
Advogado, músico e escritor.
A VIDA EM PARTES
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e um dia perguntarem de mim, não precisa responder; observe a pergunta, pense no porque e não julgue, apenas questione a razão! Foi pensando assim que comecei a escrever, foi para responder o indizível, foi para falar do que sempre é mudo, é o dizer das línguas cansadas, que não conseguem se expressar! Percebi que ao falar de mim, do meu quotidiano, retratava o dia a dia de pessoas no mundo inteiro. Era universal contando fatos simples que todos vivem, mostrando a realidade do viver, a beleza do sonhar, o exercício do pensar, o ser humano, enfim! Ao caminhar pelas ruas, sei que não sou só eu que vê o dia desabrochar em si, ao andar e ver o vem e vem das pessoas, na rua em que moram. O ato de respirar, rir, chorar é tão universal, que sequer lembramos-nos dele, muitas vezes damos pre-
ferência a coisas particulares, querendo criar uma identidade própria, fortalecendo o próprio ego, e nos afastando da enorme comunhão que é estar vivo! Cada pessoa que vejo, quando solitário ando, tem uma estória para contar, um quê a dizer, está em eu querer escutar, deixar as pessoas serem livremente elas próprias, e aceitar as diferenças. Pois no meu reconhecimento das desigualdades, e no gostar das diferenças, muitas vezes se encontra a chave da felicidade. Muitos contam estórias, casos, ou como minhas avós diziam causos, minha profissão de escritor é de dar vida a estas estórias, transformá-las em textos, em palavras escritas, nas páginas das recordações de um dia. Em suma, procurar universalizar a minha memória, criar uma identidade com o meu se, é isto que faz sentido na arte de escrever!
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Entrevista escritor Rui Leitão Escritor Rui Cezar de Vasconcelos Leitão, conhecido como Rui Leitão, nascido em Patos-PB, atualmente mora em João Pessoa – PB. Em 1968 cursava o curso clássico no Liceu Paraibano. Foi bancário por vinte e três anos como funcionário do Banco do Estado da Paraiba. Ocupou diversos cargos na administração pública, entre os quais: Secretário Adjunto da Industria, Comércio, Turismo, Ciência e Tecnologia do governo da Paraiba; Superintendente do Jornal A União; Superintendente da Rádio Tabajara; Diretor Geral do Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico da Paraíba (IPHAEP); Diretor Presidente da Cia. de Desenvolvimento dos Recursos Minerais da Paraiba; Diretor Nacional de Benefícios do INSS, em Brasília; Secretário de Administração da Prefeitura Municipal de João Pessoa; Superintendente do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa; Atualmente é Coordenador Municipal do PAC em João Pessoa. Já assinou colunas nos portais Paraibaonline de Campina Grande, portalbip, em João Pessoa. “Nosso país é rico em talentos culturais, em especial, na literatura. Há muita gente boa sem oportunidade de divulgar seus trabalhos. A iniciativa desse projeto “Divulga Escritor” vem em direção do atendimento dessa necessidade, mas precisa ser feito muito mais, tanto pelos poderes públicos, quanto pela iniciativa privada.” Boa Leitura! 54
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Rui Leitão para nós é um prazer ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos como surgiu a ideia de escrever seu livro “1968 – O Grito de uma Geração” ? Rui Leitão - Fui contemporâneo desse momento histórico. Pude testemunhar o quanto foi importante 1968 para a história universal. Um ano em que aconteceu uma verdadeira revolução de mentalidade. Questionamentos, quebra de paradigmas, contestação, faziam com que aquele período oferecesse um legado cultural e político da maior importância para as novas gerações. Entendi que se fazia necessário reconstruir a memória da ação revolucionária que caracterizou 1968, onde o inconformismo se manifestava nas expressões culturais, artísticas, nos movimentos políticos e na presença da juventude nas ruas ecoando o grito de liberdade e de reação contra o autoritarismo, em especial, no Brasil, quando vivíamos uma ditadura militar. Dediquei-me a um incessante trabalho de pesquisa em jornais da época, colhendo depoimentos de protagonistas da história, de forma que pudesse, obedecendo a ordem cronológica dos acontecimentos, registrar o quanto aquele ano mítico foi pródigo na produção de novos conceitos, novas formas de agir e de pensar, novos padrões de exercício da política e novos costumes. Procurei colocar a Paraíba no contexto, destacando como os fatos que ganhavam as manchetes no mundo e no Brasil
repercutiam em nosso Estado e de como fomos também agentes dessa “onda” inovadora que tomava conta da sociedade como um todo. Que temas você aborda em seu livro “1968 – O Grito de uma Geração”? Rui Leitão - Concentrei meus relatos históricos nos movimentos culturais, políticos e o ativismo rebelde da juventude através das manifestações estudantis. Acompanhei passo a passo todos os acontecimentos que culminaram com a edição do AI 5 que tirou a máscara da ditadura militar no Brasil. A juventude nas ruas, os artistas e intelectuais protestando nas letras de músicas, nas peças de teatro, nos filmes, na literatura, nas artes em geral. Os festivais da MPB como cenários de expressão do descontentamento da sociedade brasileira e do seu repúdio à repressão, à censura e ao regime de força que vivíamos na época. O tropicalismo como novidade na produção musical brasileira. A liberação sexual, o feminismo, o combate a homofobia, o antiracismo, como bandeiras de luta. A Igreja atuando como guardiã dos direitos dos pobres e dos oprimidos pela ação de líderes religiosos, que, com coragem, enfrentavam o poder central. Isso tudo, relatado, no curso do ano, faz com que se compreenda 1968 como um ano extraordinário do ponto de vista das profundas transformações que provocou no mundo inteiro. Conte-nos em que dia e onde será o lançamento do livro? Rui Leitão - Estou programando o lançamento em três cidades. No dia 24 de setembro, em João Pessoa, as dezenove horas, no novo restaurante Picuí Praia, no Bessa. Em 03 de outubro, em Campina Grande, no Museu
Assis Chateaubriand. E no dia 22 de outubro, em Brasília, no restaurante Carpe Diem, na Asa Sul. Quais os seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um novo livro? Rui Leitão - Estou em fase de conclusão de um novo projeto em que produzo textos que têm objetivo de chamar o leitor a refletir sobre os provérbios, as expressões e os ditados populares. Essa coletânea de textos intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR”. A intenção é publicar em livro, no início do próximo ano. Um outro projeto que deverei iniciar sua elaboração em outubro, são crônicas tendo como temas frases inteligentes de letras do repertório musical brasileiro. As mensagens implícitas nas composições nacionais sendo comentadas com um olhar de reflexão, procurando absorver toda uma extensão de alcance do que efetivamente o autor quis passar para o público. Hoje você é colunista no Portal Wscom, conte-nos como surgiu o início da coluna? Que temas aborda nos seus textos? Rui Leitão - Antes do Wscom, assinei colunas no Portalbip, em João Pessoa, e no Palavraonline, de Campina Grande. Por convite do jornalista Walter Santos passei a colaborar diariamente com a publicação de textos no seu portal. Em princípio abordava temas políticos, culturais e da atualidade. Depois decidi publicar o meu trabalho de pesquisa que resultou no livro “1968 – O Grito de uma Geração”, e agora com a coletânea de textos que integrarão o livro “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados, expressões e provérbios)”.
Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Rui Leitão - No resgate histórico de 1968 meu desejo é fazer com que a geração atual possa entender melhor o que se passou naquele ano, num processo de preservação da memória política, cultural e social do nosso país, que a contemporaneidade precisa conhecer . Há uma boa literatura sobre o tema, mas resolvi inserir a Paraíba no contexto histórico daqueles acontecimentos. Então há também a intenção de alcançar o público paraibano registrando, com orgulho, de que fomos protagonistas daquela “onda” revolucionária. Quanto aos textos da “Sabedoria Popular”, o público leitor é amplo, pela oportunidade que oferece de provocar a reflexão sobre os ensinamentos que os ditados e provérbios populares nos transmitem. Procura também ter um efeito didático, considerando que, por um trabalho de pesquisa, faço considerações sobre as suas origens. Onde podemos comprar o seu livro? Já podemos fazer reservas de compra? Rui Leitão - Estou ainda mantendo entendimentos com livrarias para colocação do livro no mercado. No entanto, os interessados já poderão fazer sua aquisição através dos telefones 083.8801.0902 (Sidartha) ou 083.8887.2228 (Luciana). Quem é o escritor Rui Leitão ? Quais são os seus hobbies? Rui Leitão - Sou bancário de origem. Trabalhei por vinte e cinco anos no Paraiban. Exercí vários cargos na administração pública onde pude agregar conhecimentos que me perRevista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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mite ter uma visão macro de gestão estatal. Adquiri gosto pela literatura, por herança de meu pai, Deusdedit Leitão, que foi, em vida, escritor, historiador, pesquisador, genealogista. No lazer gosto dum papo descontraído com amigos, futebol (torcedor do Flamengo e do Botafogo da Paraiba), viajar. Sou uma pessoa simples, ávida em aprender mais a cada dia. Adoro minhas filhas e netos, com quem divido meu cotidiano de felicidade, compartilhando ainda esses momentos com minha esposa e enteada. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário brasileiro? Rui Leitão - Nosso país é rico em talentos culturais, em especial, na literatura. Há muita gente boa sem 56
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oportunidade de divulgar seus trabalhos. A iniciativa desse projeto “Divulga Escritor” vem em direção do atendimento dessa necessidade, mas precisa ser feito muito mais, tanto pelos poderes públicos, quanto pela iniciativa privada. O custo da edição de um livro inibe a produção literária, por absoluta incapacidade financeira do autor em coloca-lo no mercado. Urge a adoção de políticas de incentivo à criatividade do escritor brasileiro.
Rui Leitão - Em primeiro lugar, agradecer o apoio na divulgação do nosso trabalho. Aos seus leitores deixo uma mensagem de crença na nossa cultura, na convicção de que cada um que acessa esta página na internet, seja um promotor do potencial literário brasileiro, despertando, não só o interesse na leitura, mas, também, no estímulo ao ingresso no mundo da literatura, contribuindo com seu talento na produção de obras que enriqueçam nossa bibliografia.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos a participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Rui Leitão, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor
Entrevista escritor Welington Ferreira Ruas Welington Ferreira Ruas, natural de Montes Claros – Minas Gerais. Ruas, é Técnico Têxtil pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI/ CETIQT); Engenheiro de Controle e Automação pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FACIT), Pós Graduado em Saneamento e Meio Ambiente pela Faculdade de Ciência e Tecnologia (FACIT); Pós Graduado em Gerenciamento de Projetos (Project Management Institute – PMI) pela Faculdade Grande Fortaleza (FGF/POSEAD); Mestrando em Gestão Integrada: Meio Ambiente, Qualidade e Prevenção de Riscos Laborais pela Universidade Iberoamericana (FUNIBER). Consultor e coordenador de projetos em planejamento empresarial e administração industrial, especificamente em gerenciamento da comunicação em projetos, montagem de Project Offices, negociação em projeto, desenvolvimento de metodologias para o gerenciamento de projetos. “O livro é indicado para profissionais da qualidade, gestores de todos os segmentos, estudantes de engenharia, administração e áreas afins. Enfim, é indicado para profissionais que desejam conhecer melhor as principais ferramentas da qualidade aplicadas em qualquer tipo de gestão, independentemente de porte ou segmento. O livro irá ajudar o leitor a ampliar os seus conhecimentos sobre a aplicação das principais ferramentas da qualidade.” Boa Leitura! 58
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Escritor Welington Ferreira Ruas, para nós é um prazer poder contar com a sua participação no projeto “Divulga Escritor”. Conte-nos como surgiu a ideia de escrever seu livro “Gerenciando um Projeto Não Qualidade Tecelagem Passo a Passo”? Welington Ruas - Olá Shirley, agradeço pela oportunidade. A ideia de escrever o livro, surgiu no ano de 2008 quando fui convidado a fazer parte de uma equipe do INDG – Instituto de Desenvolvimento Gerencial na minha Companhia. O INDG é uma consultoria brasileira de gestão fundada por Vicente Falconi, que atua em todos os segmentos do mercado, atenden-
do clientes da iniciativa privada e da esfera pública, do Brasil e do exterior. Durante a implementação do projeto Não Qualidade da Tecelagem, fui registrando todos os passos adotados para identificar, diagnosticar e controlar o nosso problema (redução de defeitos no tecido cru), o projeto foi um sucesso, as metas foram alcançadas antes do prazo estabelecido, a companhia teve ganhos significativos, os procedimentos operacionais foram padronizados de forma a garantir a qualidade do tecido cru. A princípio minha ideia era escrever um artigo sobre o tema, uma vez que o segmento têxtil está muito carente de escritores técnicos, mas percebi que o estudo do caso poderia ser publicado na forma de livro. De que forma você aborda os temas apresentados no livro? Welington Ruas - Os temas são abordados de forma prática, primando pela objetividade, para que seja entendido pelo leitor de forma clara logo na primeira leitura. O tema da forma como foi apresentado no livro, possibilita ao leitor compreender a dinâmica da gestão de projetos a partir de um estudo de um caso real. Para quem indicas a leitura deste livro? De que forma o livro pode ajudar a estes leitores? Welington Ruas - O livro é indicado para profissionais da qualidade, gestores de todos os segmentos, estudantes de engenharia, administração e áreas afins. Enfim, é indicado para profissionais que desejam conhecer melhor as principais ferramentas da qualidade aplicadas em qualquer tipo de gestão, independentemente de porte ou segmento. O livro irá ajudar o leitor a ampliar os seus conhecimentos sobre a apli-
cação das principais ferramentas da qualidade. Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você? Welington Ruas - Minhas referencias literárias partiram de um seleto grupo de especialistas na área de gerenciamento, em nível mundial são considerados os mestres ou os maiores Gurus da Qualidade são eles: Walter Shewhart, Armand Feigenbaum, William Edwards Deming, Joseph Moses Juran, Philip B. Crosby, Kaoru Ishikawa, Genichi Taguchi. São referencia para mim, por terem proporcionado mudanças no campo inovador da Qualidade, tais mudanças aconteceram em grande parte devido ao método de administrar a Qualidade desenvolvido por estes autores, a meu ver são os grandes motivadores da era moderna do gerenciamento da Qualidade. No Brasil, minha principal referencia é o Professor Vicente Falconi, sua metodologia de implantação do programa de Qualidade Total e Produtividade foi quem exerceu a principal influência no Programa de Qualidade e Produtividade no Brasil. Para Falconi “A maioria das pessoas reluta em assumir que tem problemas. Mas, para melhorar continuamente, as empresas devem fazer isso mesmo quando estão satisfeitas com seus resultados”. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Welington Ruas - Shirley, meu público é especifico, “profissionais da qualidade, gestores de todos os segmentos, estudantes de engenharia, administração e áreas afins”.
A mensagem que quero transmitir aos leitores… pessoal o livro não apresenta nenhuma receita mirabolante para a solução de problemas, apenas o obvio, mas abordado de uma forma simples e objetiva, de leitura fácil e com exemplos práticos de aplicação das principais ferramentas da Qualidade, estou certo de que a obra poderá ampliar os conhecimentos dos gestores e profissionais da Qualidade. Escritor Welington, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Welington Ruas - Shirley, o principal meio de divulgação do meu trabalho é a internet (redes sociais: Likedin; Facebook; Orkut, Blogs, Webartigos. com), outra forma de divulgação é por meio de palestras nas escolas de cursos técnicos/faculdades, quando solicitado. Que dificuldades você encontrou para a publicação do seu livro? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades? Welington Ruas - Ao terminar meu livro pensei, pronto agora é só publicar… não imaginava encontrar tantas dificuldades para tornar um sonho realidade. No primeiro contato com as editoras percebi que publicar o meu livro não seria uma tarefa fácil, descobri que o maior interesse das editoras não estava no conteúdo do livro e sim no tamanho da tiragem que queriam me vender. O principal argumento do atendente era “quanto maior a tiragem menor será o custo do seu livro” isto é obvio, é lógico, mas e quanto à venda dos exemplares? Bem, para os grandes e renomados escritores vender livros é relativamente fácil, existem editoras que patrocinam todo o projeto, principalmente o marketing de Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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vendas, por outro lado os escritores iniciantes não tem apoio algum. Tais dificuldades seriam amenizadas com a criação de clubes, associações, cooperativas. O principal objetivo destas organizações seria unir a classe (escritores/autores), já diz o velho ditado “a união faz a força”. Estas organizações buscariam recursos (junto aos escritores, órgãos públicos e municipais, empresas, etc.) para dar apoio aos escritores iniciantes, ao receber o apoio destas organizações, o escritor passaria e ser membro/colaborador do projeto, contribuindo para o lançamento de novos talentos no mercado. Escritor Welington, onde podemos comprar o seu livro? Welington Ruas - O leitor pode comprar o seu exemplar diretamente comigo, basta enviar e-mail para: wfruas@yahoo.com.br Quais seus próximos projetos literários? Você pensa em escrever um novo livro? Welington Ruas - Atualmente estou trabalhando num projeto cujo tema é Gestão Integrada em: Meio Ambiente, Qualidade e Prevenção de Riscos Laborais. O trabalho é a longo prazo, sou fascinado pela gestão, propor melhorias em determinados processos e ver os resultados positivos, me envaidece, este tipo de trabalho me motiva muito. Espero poder alcançar bons resultados neste projeto, caso sinta que o trabalho poderá contribuir de alguma forma para ampliar os conhecimentos dos gestores de todos os segmentos, iremos publicar um novo livro. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer 60
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melhor o Escritor Welington Ferreira Ruas, que mensagem você deixa para nossos leitores? Welington Ruas - Apesar das dificuldades encontradas para a publicação do meu livro, nunca pensei em desistir, sei que as coisas demoram para acontecer, se por um lado foi difícil a publicação, tenho ciência de que é muito mais difícil manter, vou seguindo, lutando, persistindo, buscando o meu espaço. Na busca por este espaço, em agosto de 2012 participei da 22ª Bienal do Livro em São Paulo, tive a maior satisfação que um escritor pode ter, “ver o meu livro nas prateleiras de uma Bienal” aquele foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida, o coração acelerou e gelou, os olhos encheram de lágrimas, foi uma experiência impar na minha vida, de muita felicidade pela conquista. Hoje o que mais me motiva a continuar nesta caminhada é receber e-mail de leitores sobre o meu trabalho. Caro leitor, deixo aqui meus sinceros agradecimentos pela sua atenção, minhas últimas palavras são: “todos temos sonhos, torna-los realidade é difícil, mas não é impossível” assim digo, nunca desistam dos seus sonhos, a persistência é o segredo. Um forte abraço. Welington Ruas
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Entrevista escritor Leonardo Marioto Estudante do 4° ano de administração pela faculdade UNICEP de São Carlos. Criador do grupo “Pensando fora da caixa” no Facebook e, também criador dos blogs “discutindo Administração” e “pense fora da caixa.“. Admirador de grandes nomes de sucesso como Bill Gates, Steve Jobs, Peter Drucker, Carl Sagan e outros. Leonardo Marioto em entrevista para o projeto Divulga Escritor, conta-nos um pouco do seu dia-a-dia, de sua trajetória literária, o escritor apresenta-nos algumas dicas de melhorias para o mercado literário brasileiro. “Muitas pessoas não sabem, mas todo escritor conta a sua vida através da escrita. Um poema. Uma poesia. Um pensamento. Através de um argumento que, ele transpõe em determinado texto, pode se conhecer o indivíduo.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Leonardo Marioto, para nós é um prazer tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos como é conciliar o trabalho, estudos, projetos no dia-a-dia? Estou curiosa para conhecer um pouco sua rotina. Leonardo Marioto - Olá Shirley. Eu que agradeço esta oportunidade sua de divulgar não só o meu, mas o trabalho de todas as pessoas pensantes que tentam, de alguma maneira, expressar suas idéias, pensamentos e sentimentos no papel. Não é muito difícil conciliar o trabalho, estudos e outros projetos no dia-a-dia. Acredito que você tem de criar um roteiro para o seu dia e, mais do que isso, colocar este roteiro no papel. Às vezes quando me perco nas tarefas abro o meu Post-it aqui no computador, crio uma enorme anotação colocando-as em ordem de prioridade. Fazendo isto percebo
que consigo resolver os problemas no tempo certo, de maneira mais racional e ajuda-me a concentrar no que tem de ser feito. E como não poderia me esquecer, tenho amigos no blog que me ajudam nas tarefas do dia-a-dia. Que tipos de textos você escreve? Que temas você aborda? Leonardo Marioto - Comecei a escrever sobre administração em um antigo blog. A motivação para escrever deu-se pelos estudos. Lá pelo segundo ano do meu curso de administração, comecei a me interessar por gestão de pessoas, empreendedorismo, liderança. No entanto percebi que, apenas, só a leitura, era muito pouco para aprofundar o conhecimento teórico, por isso, resolvi começar a estudar e a escrever com as minhas palavras o que entendia sobre o assunto. Tive a idéia de fazer um blog para divulgar os meus Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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escritos e ajudar outras pessoas interessadas no assunto. Infelizmente depois de 1 ano de trabalho, todo o meu blog foi excluído pelo servidor – até hoje não sei o motivo. Então criei outro blog com o meu nome (www. leonardomarioto.com) quando comecei a escrever sobre administração e reflexões. No entanto depois de mais ou menos 1 ano e meio, os assuntos de administração com as reflexões começaram a ficar muito divergentes, daí resolvi excluir por vontade própria o blog - agora com as publicações todas salvas – e criar o “pense fora da caixa.” juntamente com outros autores e, um outro blog sobre administração, mas que no momento está um tanto quanto inativo. Atualmente escrevo sobre as minhas elaborações pessoais. Coisas que quando escrevo me ajudam a incorporar mais anda o que eu penso a respeito de determinado assunto, aumentando assim, meu autoconhecimento. Escrevo sobre nossa responsabilidade perante a vida, o mundo e as coisas ao nosso redor. Escrevo também sobre religião, alienação e entre outras coisas. Mas se você olhar o pano de fundo dos textos sempre estará presente de forma mais explícita ou não, a nossa responsabilidade sobre a nossa vida; o parar de culpar o outro por problemas pessoais; o parar de responsabilizar, tanto erros, ou fracassos, em cima do natural e sobrenatural. O último texto que escrevi “Tem gente que acorda para continuar dormindo” reflete um pouco o que estou querendo dizer. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? 62
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Leonardo Marioto - Acredito que meu público específico seja qualquer pessoa que não esteja no mundo para continuar dormindo. Tento transmitir o quão satisfeito consigo mesmo sentimos, quando descobrimos que a responsabilidade pela nossa vida é nossa. Não acredito em rezas – apesar de acreditar em deus como sendo algo inexplicável - ou pensamentos positivos/negativos e etc. Acredito na capacidade do ser humano. Na vontade de “ser alguém” na vida que, na minha concepção, “ser alguém” é o sinônimo de se conhecer – perder nossas alienações o quanto pudermos - e fazermos o que nos interessa. Acredito que temos qualidades e defeitos, e que não há demonstração maior de humildade, em assumir estas características humanas. Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor? Leonardo Marioto - Minhas referências literárias estão se expandindo com o tempo. Comecei a ler e a escrever a cerca de 2 anos e meio atrás. Tomei muito gosto e, por isso, continuei me dedicando. Gosto de ler o astrofísico Carl Sagan, o sociólogo Zygmunt Bauman, a filósofa Marilena Chauí e os escritores e professores Peter Drucker – já falecido – e Idalberto Chiavenato da área de administração. Tenho também como referências não literárias, mas pessoais, o inventor e empresário Steve Jobs e o fundador da Microsoft, Bill Gates. Minha admiração por estes 2 nomes em especiais, se dá pela implicação, ou seja, pelo envolvimento deles com a vida. Eles criaram coisas e, mais do que isso, eles gostavam do que faziam, ou seja, tudo aquilo havia sentido para eles.
De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho como escritor? Como o leitor, que desejar, deve fazer para entrar em contato com você? Leonardo Marioto - Hoje divulgo meu trabalho através do blog penseforadacaixa. utilizando as mais diversas formas como rede sociais, otimização de conteúdo (Google) e boca-a-boca. Temos um grupo no Facebook chamado “pensando fora da caixa” onde divulgamos nosso trabalho e abrimos espaço para que outras pessoas expressem suas ideias. Os meus e-mails para contato são penseforadacaixa@hotmail.com e leonardomarioto@hotmail.com. Leonardo, você hoje é administrador do site “Pense Fora da Caixa” o mesmo tem página em Facebook, grupo, como é administrar esse tão maravilhoso projeto? Que tipos de trabalho são divulgados pelo projeto? Leonardo Marioto - É muito gratificante fazer parte destes projetos e, mais do que isso, ideiais que me surgiram e estão gerando muitas satisfações. Como tinha dito, eu possuía um blog pessoal com o meu nome e mesmo sabendo que iria ter que começar tudo do zero, decidi excluí-lo e criar outro projeto, porém poderia juntar diversas pessoas que compartilhavam e compartilham com os mesmos pensamentos que, como no slogan do blog tem o objetivo de “empurrar a raça humana para frente”. Nós divulgamos textos e há pouco tempo estamos expandindo as outras formas de expressar a arte, criando um espaço chamado “Artes do pense” onde são postados desenhos, fotografias e vídeos de nossa autoria. E pretendo aumentar ainda mais estas outras formas de arte, mas tudo isso virá com o tempo.
Escritor Leonardo Marioto, para nós é um prazer tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos como é conciliar o trabalho, estudos, projetos no dia-a-dia? Estou curiosa para conhecer um pouco sua rotina. Leonardo Marioto - Olá Shirley. Eu que agradeço esta oportunidade sua de divulgar não só o meu, mas o trabalho de todas as pessoas pensantes que tentam, de alguma maneira, expressar suas idéias, pensamentos e sentimentos no papel. Não é muito difícil conciliar o trabalho, estudos e outros projetos no dia-a-dia. Acredito que você tem de criar um roteiro para o seu dia e, mais do que isso, colocar este roteiro no papel. Às vezes quando me perco nas tarefas abro o meu Post-it aqui no computador, crio uma enorme anotação colocando-as em ordem de
prioridade. Fazendo isto percebo que consigo resolver os problemas no tempo certo, de maneira mais racional e ajuda-me a concentrar no que tem de ser feito. E como não poderia me esquecer, tenho amigos no blog que me ajudam nas tarefas do dia-a-dia. Que tipos de textos você escreve? Que temas você aborda? Leonardo Marioto - Comecei a escrever sobre administração em um antigo blog. A motivação para escrever deu-se pelos estudos. Lá pelo segundo ano do meu curso de administração, comecei a me interessar por gestão de pessoas, empreendedorismo, liderança. No entanto percebi que, apenas, só a leitura, era muito pouco para aprofundar o conhecimento teórico, por isso, resolvi começar a
estudar e a escrever com as minhas palavras o que entendia sobre o assunto. Tive a idéia de fazer um blog para divulgar os meus
Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor
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Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba Grande O Presidente da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba Grande, Dr. Jacques Azicoff, dá boas vindas ao sodalício acadêmico, aos Membros Imortais que foram recebidos em Plenário para posse solene em 27 de setembro de 2013, no momento foi comemorado o 6º Aniversário de Fundação da Academia de Iguaba Grande, são eles: Jesusa Perez Estevez Kátia Regina Martins de Souza Lima Nancy de Castro Cobo Paulo Roberto Martins Issa e Acadêmicos Juvenis: Maria Clara da Luz Cobo Mariana Cobo Moreira Outorga da Comenda Grã Cruz Acadêmica: Acadêmica Juvenil Beatriz Moura.
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Momentos de poesia “É PRIMAVERA”
“TODA MULHER”
Autor: Divino Notary
Autor: Divino Notary
O dia lá vem raiando Lá no horizonte tão lindo Estou me despertando, É primavera estou sorrindo
Toda mulher sonha Toda mulher sangra, Toda mulher seduz Toda mulher se zanga... E não aceita traição, Toda mulher ama De todo o coração. Toda mulher Gosta e aposta Na relação De um grande amor, Toda mulher Tem seu encanto E são tão belas Como uma flor, Por isso eu me rendo Em cada primavera, Aos encantos do seu amor. Para mim a mulher... É Luz que reluz Em meu ser, É o anseio e o desejo de um beijo Que aguça o meu prazer, Toda Mulher! Seja ela como for, São como as estrelas Que brilham no infinito, E me conduz as trilhas Mais lindas da amizade, E do amor mais bonito.
Sol, chuva e flores... Verdadeiros amores O céu branco, azul anil, A elegância em cores Que Deus coloriu. À tarde o arco-íris Beleza nata na expressão feliz Da natureza, Nas suas verdes matas, jardins em flores... Amor em cores, flor e amores. É primavera Que lindos verdes bosques, As flores exalam os seus perfumes E os amores dispensam os ciúmes, Tudo é encanto e a sua beleza impera Por que é fascinante, A tão encantada primavera Aos olhos E aos corações, dos amantes.
“A GRANDEZA DA MULHER” . Autor: Divino Notary
Poeta Divino Notary divino.notary@gmail.com
Apoio a página:
“A grandeza da mulher Está na sua delicadeza, E a sua real beleza Está ao seu interior, Onde mora o seu imenso “amor”. DIREITOS RESERVADOS AO AUTOR Divino Notary Revista Divulgar Escritor • outubro de 2013
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Momentos de poesia LAVADEIRA
NÃO CHORE POR MIM
O CONCERTO
Lava roupa lavadeira com carinho e coração Ródia bacia e ladeira vai descendo o ribeirão Lava tudo ate esteira no batedor riachão E depois que tudo lava com água fresca e sabão Coloca a roupa a corar ali na relva com flor Tão logo enxagua ao sol e estende com muito amor Lava a roupa do menino que não para de brincar - preste atenção nessa chuva que a nuvem está a formar! Não deixe a roupa já seca Tomar molho no varal Depois dessa trabalheira Moleza é ir p’ros cambal... lavadeira , olhe a casa que está toda pra varrer o terreiro e o pilão com arroz para socar ‘inda o café pra torrar e beber depois que coa E vai fazer o jantar que a fome n’é coisa boa Vá dormir agora não pois tem louça pra lavar tem também que fazer cama e o colchão pra forrar de esperança e de amor liberdade pra sonhar... Bom, a noite já passou Acorda o sol, lavadeira levanta pra trabalhar.
Não chore por que morri! Pois não poderei te ouvir Nem tão pouco te conforta Não chore porque já morto Não poderei lhe abraçar
Pegue; leve o carro no concerto e concerte tudo o que precisar veja, não é nada pouco o mecânico vai mesmo acalcar com aquele preço loco quando o carro ele for arrumar pois a biela e o pistão farol e também suspensão cabeçote e a dona junta rolamento e as buchas pisca, pisca e a mussinética os freios e a embreagem lá dentro do motor as canecas para-brisa e a buzina é mesmo uma fuleiragem velas, arruelas e fuzis bateria parafuso e porca benéx e aquele radiador e a porta que já se abriu chassi e o danado diferenciar e mais barulhos que surgiu a dona caixa de macha esta indo já pro pau a coroa esta banguela o painel e os cambal e aqueles furos na janelas concerto nos retrovisor mecânico não me leve a mal preço baixo meu senhor se não eu vou ao hospital.
E nunca mais te dar conforto Nem você me visualizar. Fique também sabendo Que perdera seu tempo Se comigo vim sonhar. Não chore porque teu choro Não vai mais me comover Não poderei ter dor, nem dó. Nem sentir pena de você. Não chore porque já morto Não terei mais sentimento Não posso enxugar tua lágrima Nem ser mais o teu alento. Não chore, pois em teu choro. Não poderei te acompanhar Também não sentirei mais pena Nem nunca mais poderei Chorar. Não chore nem tenha dó De quem morreu te lembrando Passe o tempo que passar Saiba que morri te amando.
Antônio Montes Não chore, pois nem toda lágrima. Fará um dia eu voltar Me, tenha apenas em lembranças. E me guarde em teu sonhar.
Antônio Montes Antônio Montes
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Momentos de poesia O SER CRIANÇA
SEM TER SONHO
Criança saudável e faceira sai por ai na carreira a correr tudo em ti é brincadeira em uma vida pra valer com gosto rir de você.
Criança de rua assim tão pequeno barriga colada papando sereno.
Tempo ruim não lhe comove inventa o seu faz de conta faz micagem e suas graças adora andar de automóvel e se comove com os rachas. No amanhã só quer crescer em seu pensar de ser adulto pequeno quer seu querer mesmo muito matuto sempre quer tudo saber. Ama as coisas bem simples balões e bolhas de sabão pipa solta a ti é requinte pois alegra o seu coração com alegria que é ouvinte. Não tem contas pra pagar quem vai ganhar não entereça nesse mundo o seu é, o amar em seu viver não quer pressa. Antônio Montes
Não sabe do pai da mãe ao que veio nem pra onde vai seu mundo é feio.
Poeta Antônio Montes a.montes2011@hotmail.com
VENTO SECO Folhas verdes outrora que já não tenho aqui hoje seca a saudade vagueia no tempo por ai. Assim depenada de amor só resta o jardim em fim galhos pêndulos sem flor com a solidão aluir. Espinhos prontos agora ferindo o triste coração verde tchau foi embora chora desmilinguida paixão. O vento já não farfalha não ah mais como sorrir o sim, chão cheio de palha coração só quer partir.
Não entende de nada nem conhece esquema é seca tua estrada sua terra é perena. Não deve ao mundo mas paga a miséria do político vagabundo que rouba essa terra. Teu choro é alento não carrega sonho teu viver é ao vento seu mundo é medonho. Nem tem esperança nem vê um futuro sem fruto em tua arvore então trepa no muro. Do hoje não sabe amanhã não esta teu coração invade a vontade de amar. Antônio Montes
O ar seco agora esta dificultando o respirar mundo, aonde vai dar? Dissipando assim o amar. Antonio Montes
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