EXPEDIENTE Revista Divulga Escritor Revista Literária da Lusofonia Ano I Nº 03 novembro 2013 Publicação: Mensal Editora Responsável: Shirley M. Cavalcante TRT: 2664 Projeto gráfico: EstampaPB Diagramação: Ilka Cristina N. Silva Para Anunciar: smccomunicacao@hotmail.com 55 – 83 – 9121-4094 Para ler edições anteriores acesse www.divulgaescritor.com
Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos colunistas que os assinam, não expressando necessariamente o pensamento da Divulga Escritor.
SUMÁRIO Entrevistas Portugal Entrevista com a escritora Dulce Morais.......................................................04 Entrevista com a escritora Joana Rodrigues...................................................07 Entrevista escritora Manuela Barroso.............................................................10 Entrevista escritora Manuela Matos...............................................................13 Entrevista escritora Maria de Fátima Soares...................................................17
Brasil Entrevista escritor Andrews Ulisses................................................................21 Entrevista escritor Davi Medeiros...............................................................24 Entrevista escritora Francilangela Clarindo.....................................................28 Entrevista escritor Márcio Câmara..................................................................32 Entrevista escritora Maria Cristina Andersen....................................................35 Entrevista escritor Mauricio Duarte................................................................40 Entrevista escritora Regina Alonso.................................................................44 Entrevista escritor Rubens Silva......................................................................49 Entrevista escritora Rosemary de Ross...........................................................53 Entrevista escritor Luis Carlos Amorim...........................................................59
Colunas Solar de Poetas – José Sepúlveda...................................................................06 Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa – José Maria Carneiro.............................10 Pense Fora da Caixa – Pense Literatura.......................................................20 O escritor e a Midia – Carlos Souza Yeshua.......................................................23 Panorama Cultural – Ana Stoppa.....................................................................27 Entre Ideias&Atos – Patrícia Dantas.............................................................31 No Café com Ronaldo Magella........................................................................39 Mercado Literário – Leo Vieira.......................................................................43 Literatura na Prática – Alexsander Pontes......................................................48 A Vida em Partes – Francisco Mellão Laray.....................................................52 Literatura Filosófica – Marconi Pequeno........................................................58
Momentos de Poesia com:
Luís Carlos Amorim..........................................................................................64 Marcelo Allgayer.............................................................................................65 Alexandra Collazo...........................................................................................66 Antônio Montes.............................................................................................67 Fernando Figueirinhas....................................................................................68 Divino Notary..................................................................................................69
Leitores e leitoras da Revista Divulga Escritor – Revista Literária da Lusofonia, eu não tenho palavras para agradecer os resultados obtidos com a edição da Revista Divulga Escritor, edição número 2, surpreenderam, a Revista foi publicada no dia 10 de outubro de 2013 e no dia 01 de novembro ao retirarmos o relatório contamos com mais de 47 mil acessos em 21 dias. Muito, muito obrigada a cada um de vocês que estão a compartilhar através do email marketing e redes sócias a nossa Revista. Escritores vocês são as estrelas deste espaço, aproveitem e brilhem, brilhem cada vez mais! Esta edição esta recheada de apresentações dos nossos escritores e escritoras, colunas literárias e agora podemos recitar poesias, com Momentos de Poesias na Divulga Escritor. Boa Leitura a vocês. Revista Divulga Escritor – 100% Literária. Fico a disposição. Cordialmente Shirley Cavalcante Editora
Shirley M. Cavalcante, é jornalista, radialista, editora, autora do livro: Manual Estratégico de Comunicação Empresarial/ Organizacional, administradora do projeto Divulga Escritor, assessora e consultora de Comunicação Empresarial, diretora executiva da SMC Comunicação Humana.
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Entrevista escritora Dulce Morais Sou originária da cidade de Tomar, Portugal. Se nasci em país lusófono, deixei-o ainda criança para seguir o destino, com rumo a várias culturas, acabando por me fixar durante a adolescência à beira do Lago Léman, em Genebra. Foi lá que vivi durante vinte e cinco anos, estudei, fundei uma família e comecei a rabiscar versos e prosas em cadernos ou folhas soltas, escondidos em seguida em gavetas bem fechadas. As mudanças de país e de horizonte foram-me saudáveis e criaram uma constante curiosidade pela Humanidade, pelas ciências, pela psicologia, mas sobretudo, pelas letras. Absorvi de tal forma a cultura e o idioma dos países onde vivi, que quase não pratiquei a língua portuguesa até aos 36 anos. Ao instalar-me novamente na cidade da minha infância, descobri-me uma paixão pela língua de Camões e, graças aos conselhos de amigos, descubro a literatura portuguesa e brasileira com entusiasmo. “Há também muito trabalho a fazer na divulgação da literatura, sobretudo junto aos jovens, que perdem lentamente o gosto pela escrita, preferindo a literatura “fast-food” de celebridades. Existem exceções, felizmente. Mas são cada vez mais raras.” Boa Leitura! 4
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Dulce Morais para nós é um prazer imenso, parceira, contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita? Dulce Morais - Ao descobrir o talento de Mark Twain, Robert Louis Stevenson e semelhantes durante a infância, soube que havia no acto de escrever, algo fantástico. Para a criança que eu era, a escrita representava uma forma de magia. Era uma atividade quase mística, que permitia transmitir sonhos em forma de letras desenhadas nas páginas de um livro. Durante a adolescência descobri outros talentos da literatura internacional e da francesa, em particular. Quando Françoise Sagan me trouxe, através do seu “Bonjour Tristesse”, uma história tão pungente e intensa, soube que desejava, eu também, contar histórias. Desde então, tento, através de contos e poemas, transmitir o que preenche a minha imaginação. Que tipos de textos você escreve? Quais os temas que você aborda em sua escrita? Dulce Morais - Escrevo poemas, contos e alguns textos mais longos. Em versos ou em prosa poética, tento sobretudo comunicar emoções. Também posso contar uma história em versos mas, são sobretudo os sentimentos que atravessam a pluma. Quanto aos contos, abordo sobretudo a visão do mundo de uma ou várias personagens. Relato histó-
rias que me vieram sem que eu saiba bem de onde e tento comunicar, não só os fatos, mas também a forma como as personagens os encaram, as emoções que se instalam em cada acto. Os temas são diversos mas o intuito é quase sempre o de encontrar-se num mundo que não conseguimos sempre apreender de uma forma que nos corresponde. Em que momento você se sente mais inspirada a escrever? Dulce Morais - Admito não ter um momento que me inspire mais que outro. Devido ao ritmo diário, é sobretudo de manhã cedo e à tarde, durante os trajetos para o trabalho ou de regresso a casa, que encontro mais tempo. Porém, acontece com frequência que uma ideia surja a meio da noite ou durante uma atividade que nada tem a ver com a escrita. Acredito que as ideias possam ter vida própria, certas vezes.
Não pretendo controlar os momentos em que elas se manifestam. Simplesmente as aceito e tento deixá-las expressar-se no momento por elas escolhido. Quais escritores são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você? Dulce Morais - São inúmeros! É quase impossível escolher alguns a mencionar aqui. Já mencionei Françoise Sagan mais acima. Noutro estilo, mas não menos interessante, o autor Bernard Werber sabe criar ambientes, Mundos, Universos, que lhe são próprios. Integra o leitor de tal forma, que o mesmo deixa-se levar de boa vontade. Em seguida, surpreende-o com algo tão inesperado, que o obriga a ler e reler várias vezes para ter a certeza de ter bem lido! Na poesia, é sobretudo de Fernando Pessoa e Florbela Espanca que me alimento. Sim, penso poder dizer que me alimento deles. Tanto a poesia de um como de outro vive-se. Ler não chega. É preciso senti-la. E quando se sente, então sabemos que aqueles talentos não encontrarão nunca o seu igual. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Dulce Morais - Tentar transmitir uma mensagem seria uma responsabilidade enorme. Nunca pretendi comunicar mensagens, mas simplesmente transmitir as histórias e os versos que passeiam pela minha mente e que, de quando em vez, aceitam que eu os escreva. Também nunca tive o objetivo de ter um público particular. Todos os leitores são bem-vindos, neste mundo em que o gosto pela leitura tende a perder-se.
Dulce, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Dulce Morais - O meu trabalho é divulgado no meu blog - Crazy 40 Blog, mas também nos diversos blogs em que participo, como no Pense fora da caixa. Também sou a co-criadora do Tubo de Ensaio, um espaço que pretende divulgar e incentivar a criatividade sob todas as suas formas, mas na escrita em particular. Participo ainda nos blogs Neo Literattus e Beco de Idéias, onde divulgo o meu trabalho, junto com outros autores de talento. Enfim, tive a honra de participar na Antologia Voar na Poesia, publicada pelos organizadores do grupo do mesmo nome no Facebook. Mas, por agora, é sobretudo nas redes sociais que o meu trabalho está presente. Quais seus próximos projetos literários? Você pensa em publicar um livro? Dulce Morais - Como cada escritor, publicar um livro é um objetivo. Porém, em Portugal o mercado literário é bastante limitado para novos autores. Existem dois projetos, um individual e outro comum, que espero poder concretizar nos próximos meses. Quem é a escritora Dulce Morais? Quais seus principais hobbies? Dulce Morais - A escrita é uma das minhas principais atividades. As viagens, a fotografia, a pintura – de que sou grande admiradora – são outras ocupações que aprecio muito. Penso que, se o meu tempo o permitisse, passaria os dias em museus ou em visitas a monumentos, com o meu caderno à mão para poder escrever ao mesmo tempo que admiro as maravilhas da história e da arte. Quais as melhorias que você citaria
para o mercado literário em Portugal? Dulce Morais - Penso que há muito que fazer, sobretudo para o incentivo à criatividade, em Portugal. Os autores já publicados com sucesso estão muito presentes mas, além deles, raros são os jovens autores que conseguem ser publicados. Há também muito trabalho a fazer na divulgação da literatura, sobretudo junto aos jovens, que perdem lentamente o gosto pela escrita, preferindo a literatura “fast-food” de celebridades. Existem exceções, felizmente. Mas são cada vez mais raras. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Dulce Morais, que mensagem você deixa para nossos leitores? Dulce Morais - Costumo dizer que, nada sabendo, nada posso dizer a outrem que essa pessoa não saiba já. Se devo deixar uma mensagem, será a de ler, ler, ler e, quanto tiver ainda algum tempo, ler! Ler de tudo! Autores famosos, clássicos, contemporâneos, jovens, antigos, famosos, desconhecidos, talentosos e menos bons! A diversidade ajuda a ver o Mundo sob vários ângulos e a apreendê-lo de uma forma que seria, talvez, impossível, sem a imaginação dos autores.
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José Sepúlveda
Solar de poetas Uma questão de estímulo
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om o desenvolvimento das novas tecnologias e o aparecimento em crescendo dos grupos literários no facebook, assistimos frequentemente ao aparecimento de novos autores que aos poucos se vão misturando com outros mais versados e experientes. E não é raro que muitas vezes se confundam poemas de qualidade reconhecida com textos sem valor poético que são comentados pelos seus leitores de forma exagerada, muitas vezes sem qualquer nexo. Esse fenômeno, se bem que frequente, só pode ser explicado por inexperiência ou desconhecimento de quem lê ou por simpatia para com a pessoa com quem está a interagir. Na verdade, não compete a quem lê esses poemas, num grupo generalista, fazer crítica poética ou
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literária. Para isso, há canais especializados onde a forma de crítica é feita com outra visão, por pessoas que sabem ler e comentar o que vão lendo, fundamentados em critérios diferentes. Num grupo generalista, cuja função principal é estimular a leitura e a escrita, parece que muito mais que a necessidade de exercer crítica literária, interessa incentivar, provocar desejo de continuar a desenvolver o gosto pela arte poética, mostrar a quem escreve que os seus textos são lidos. Isso é importante para quem escreve – saber que tem leitores que se interessam pelas suas produções. A criação e estímulo de eventos poéticos temáticos, se por um lado pode ser considerado como não inspirativo e provocador do aparecimento dos poemas de algum modo considerados fabricados, têm o condão de incentivar os que escrevem à
produção de novas artes poéticas e servirá, quando mais não seja, como potenciador de boa poesia, e exercício poético que poderá proporcionar experiências que levem a poemas mais elaborados e inspirados, sem a necessidade de se cingir a temas, mas saídos espontaneamente da pena do poeta. É essa a linha que seguimos nos grupos em que vamos intervindo. Promover desafios, despertar interesses, incentivar à criatividade. Se entendermos assim a prática desses grupos, com certeza, estaremos dum modo mais direto ou não contribuindo para o desenvolvimento da escrita na sua função estética e cultural e, quiçá, contribuindo para que novos autores escondidos dentro de si surjam na ribalta deste mundo em que a poesia é o verdadeiro ator.
Entrevista escritora Joana Rodrigues Joana Silva Ramos Rodrigues nasceu a 5 de Fevereiro de 1947 nas Minas do Lousal, freguesia de Azinheira de Barros. Desde 1965 que vive na região de Sintra. A poesia sempre a acompanhou, as rimas saiam-lhe com facilidade, mas foi recentemente e graças às novas tecnologias que começou a partilhar os seus pensamentos com o mundo. O reconhecimento do seu público motivo-a a captar esses pensamentos no seu primeiro livro “Memórias de Joana”. O lançamento do livro será feito no dia 13 de Julho, no Centro de Ciência Viva das Minas do Lousal, a sua terra Natal. Contará com apresentação do poeta José Sepúlveda. Em entrevista ao projeto Divulga Escritor a escritora Joana Rodrigues fala-nos sobre seus projetos literários, seu gosto pela escrita, o lançamento do seu livro, a todos desejamos uma boa leitura! “Seria bom que dessem mais oportunidades aos escritores que estão em início de carreira e que querem divulgar as suas obras. Igualmente importante, é também promover o hábito de leitura, sobretudo entre as gerações mais jovens.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Joana Rodrigues, para nós é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos quando começou a ter o gosto pela escrita? O que a motiva a escrever? Joana Rodrigues - Obrigado Shirley, é um prazer participar do vosso projeto. O gosto pela escrita começou cedo, pelos meus vinte anos talvez. Sempre que oferecia flores ou um presente a alguém, gostava de acompanhar a oferta com um cartão onde fazia um pequeno verso como dedicatória. Pequenas quadras, rimas, versos sempre fluíram com facilidade. Comecei a escrever primeiro sobre o quotidiano, sobre as colegas do trabalho, situações do dia a dia. Mais tarde, durante anos menos felizes da minha vida, deixei de escrever. Voltei a reencontrar-me com as palavras escritas mais recentemente, já depois de reformada. Nesta fase da minha vida, a escrita tornou-se quase uma catarse, uma forma de lidar com as perdas que fizeram parte deste meu percurso, algumas recentes outras já mais antigas, mas sempre presentes na memória. Que temas você aborda em sua escrita? Joana Rodrigues - Como disse, o meu percurso de vida foi, infelizmente, marcado por períodos de grande dor e tristeza provocada pela perda de entes queridos. Essa dor, que pesa no peito e na alma, tem sido aliviada através da escrita e serviu de mote a muitos dos meus poemas. Pode dizer-se quase que escrevo com o
coração. No entanto, por diversas vezes, situações do dia a dia também surgem como fontes de inspiração. Por esse motivo, pode dizer-se que a minha escrita aborda um vasto leque de temáticas, não se cigindo a nenhum tema em particular. Quais escritores são as suas principais referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você? Joana Rodrigues - Sempre gostei muito dos sonetos de Antero de Quental, dos poemas de Florbela Espanca e da obra do incontornável Fernando Pessoa. Talvez me identificasse um pouco com eles, poetas de alma sofrida. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Joana Rodrigues - A minha escrita inicialmente era algo de muito pessoal, partilhada apenas com a famíRevista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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lia mais próxima. Nos anos recentes, quando voltei a reencontrar a escrita, descobri também as novas tecnologias e comecei, quase por brincadeira, a partilhar o que escrevia nas redes sociais. Por isso, nunca tive como objetivo um público específico ou a transmissão de uma mensagem propriamente dita. No entanto, dado que grande parte daquilo que escrevo é sobre experiências pessoais, emoções e sentimentos, as pessoas que lêem os meus poemas acabam por se identificar, por reconhecer nas minhas palavras sensações, situações por que já passaram ou estão a passar. A única mensagem que posso tentar passar a essas pessoas é uma de fé e coragem. De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Joana Rodrigues - O meu trabalho era divulgado até agora apenas na internet, via Facebook. Inicialmente no meu grupo “Memórias de Joana”, https://www.facebook.com/ groups/123592614406454/ mais tarde no grupo “Solar de Poetas”. https://www.facebook.com/groups/ solardospoetas/ Foi aqui que senti pela primeira vez reconhecimento pela minha obra, o que me motivou a querer fazer mais e chegar a um público mais vasto. Que temas você aborda em seu livro “Memórias de Joana”? Joana Rodrigues - Dado que esta é a minha primeira publicação, seleccionámos alguns dos temas mais ilustrativos da minha obra. Assim, o livro está dividido em quatro partes: “Poemas da Terra”, onde falo sobre a terra onde nasci e as suas gentes; “Poemas de Amor”, onde falo sobre os meus amores; “Poemas da Espiritualidade”, sobre a minha fé e as mi8
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Pensa em publicar novos livros? Quais seus projetos literários? Joana Rodrigues - Este primeiro livro é apenas uma amostra do vasto número de poemas que tenho escrito, pelo que material para um segundo livro não falta! Tenho também outro projecto, uma narrativa mais autobiográfica, que gostaria de publicar um dia. Talvez em breve, quem sabe. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal? Joana Rodrigues - Seria bom que dessem mais oportunidades aos escritores que estão em início de carreira e que querem divulgar as suas obras. Igualmente importante, é também promover o hábito de leitura, sobretudo entre as gerações mais jovens.
nhas crenças e “Poetando”, que reune poemas com uma temática mais variada e que não se enquadram em nenhuma das outras três categorias. Conte-nos como vai ser o lançamento do seu livro? Como se sente ao ter seu primeiro livro publicado? Joana Rodrigues - O lançamento do livro vai ser no dia 13 de julho, no auditório do Centro de Ciência Viva das Minas do Lousal. Escolhi este a minha terra natal porque constitui uma grande parte das minhas memórias, de tal modo que tem um capítulo inteiro que lhe é dedicado. Vai ser uma excelente oportunidade para me encontrar pessoalmente com poetas com quem falo quase diariamente no Solar e para rever amigos de infância. Confesso que estou um pouco ansiosa com o lançamento, é uma novidade para mim. A publicação deste primeiro livro é o realizar de um sonho.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, o projeto Divulga Escritor agradece a sua participação, muito bom conhecer melhor a escritora Joana Rodrigues, que mensagem você deixa para nossos leitores? Joana Rodrigues - Obrigada Shirley, pelo convite. Aos leitores apenas posso dizer que não desistam dos vossos sonhos, nunca é tarde demais para os realizar. Este meu livro “Memórias de Joana” é sem dúvida uma prova disso. Espero que gostem!
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Por José Maria Carneiro
Poeta Poveiros e Amigos da Povoa A falsa poesia Há anos, um cantor alemão (Peter Maffay) abandonou o programa onde estava a ser entrevistado, porque o moderador lhe perguntou, sendo que alguns textos eram de difícil ou mesmo impossível compreensão, se ele, cantor, entendia o sentido do conteúdo dos mesmos e que tinham sido escritos por terceiros. Irritado, desculpando-se de que o queriam vexar por não ser licenciado, foi-se … abandonou o programa, deixando toda a gente estupefacta, mas convencida de que efectivamente não sabia mesmo o que cantava. A cidade de Santo Tirso tem vindo a realizar algumas “oficinas” de escultura, com escultores de craveira, colocando depois as obras em jardins, parques, praças, etc. para decoração urbana. Para os trabalhos, o município cedia os materiais requisitados pelos participantes: madeira, ferro, pedra e outros. É espantoso apreciarmos agora pedras colocadas ao alto, mais ou menos como haviam sido cortadas da pedreira. Ou então uma casota em tijolo natural, idêntica àqueles barraquitos que existem no fundo do quintal ou campo para guardar as alfaias, ou melhor: recordam-se das retretes na horta, fora das casas, que até cerca de cinquenta, sessenta anos atrás existiam habitualmente nas aldeias? Tal e qual! Com a insignificante diferença de a casinhota ser toda fechada, portanto, sem porta nem janela. A que propósito vêm estes exemplos? Perguntará o leitor. Ora, ou eu sou mesmo uma nulidade no que à arte diz respeito ou então há, nos casos referidos, manifesta trapaça. Tem-me parecido, ou melhor, estou certo de que o mesmo acontece na poesia, na pintura, e até na música.
Na música, uma sequência de sons desconexos executados mais ou menos ao acaso, sem que se divise qualquer coerência ou cadência entre eles; na pintura, como se o pintor atirasse o pincel borrado de tinta contra a tela e depois o que sair … é arte. É obra! Na poesia, ao que julga saber, escolhe-se meia dúzia de vocábulos exóticos, encontrados acidentalmente nalgum texto ou mesmo intencionalmente recolhidos de um dicionário, procura-se integrá-los (quantas vezes de modo indiscutivelmente desadequado) e compõe-se assim uma “obra poética”, sem mensagem, sem sentido e que nem os próprios (autores) entendem. Eu sei que não sou perito em arte, nem mesmo um entendido. Também não sou “alérgico” a obras mais ou menos abstractas, contudo, ninguém me tira o receio que Michelangelo, Soares dos Reis, Ravel, Beethoven, Rembrant, Dali, Florbela Espanca, Camões, etc. não dêem meia volta nas respectivas sepulturas. Por caridade, tenham um nadinha de respeito. Não só pelos verdadeiros artistas, mas também pelos “consumidores” e apreciadores. Torna-se ridículo como por vezes a sociedade, com receio de demonstrar ignorância, consome tais obras, mormente poesia, e ainda lhes atribui epítetos como: maravilhoso, apaixonante, admirável … Admirado fico eu com tais atitudes, provindas frequentemente de elementos bem situados na sociedade, aparentemente cultos e entendidos. E assim, paradoxalmente, e tal como o Peter Maffay, tenho ganas de abandonar o “programa”, por não entender alguma “arte” e ter quase vergonha de o reconhecer.
Revista Divulgar Escritor • setembro de 2013 Revista Divulgar Escritor • novembro 2013
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Entrevista escritora Manuela Barroso Manuela Barroso (Maria Manuela Barroso Nogueira Martins Ferreira de Castro ) , nasceu no distrito de Braga província do Minho-Portugal em 1946. Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde se formou com a licenciatura em Filologia Românica, tendo aí efetuado o Curso de Ciências Pedagógicas. Exerceu a sua atividade como Professora de Português e Francês no Ensino secundário na cidade de Braga e Porto onde reside. A vertente da sua especialização ligada às letras a par da profissão no estudo de autores consagrados, deixalhe os ventos da poética. Só depois de ter o tempo exigido para discorrer pelo mundo das palavras, publicou o seu primeiro livro “Inquietudes” Colaborou na Coletânea “A Sinfonia do Mar” dos Poetas Poveiros-Póvoa de Varzim. “Foi sempre através dos movimentos literários que a política e sociedades tomaram outros rumos. Nós vamos, a mensagem fica. São as nossas memórias e as nossas experiências, possíveis alavancas para o progresso das gerações futuras.” Boa Leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Manuela Barroso, para nós é um prazer poder contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em quem momento decidiu publicar seu primeiro livro? Manuela Barroso - O prazer é todo meu por ter a oportunidade de participar neste projeto. O Livro? Interessante essa questão. Não publiquei. Publicaram-me. Na altura, Maio de 2012, fazia “démarches” para publicar um livro de meu tio (“Vento e Ventanias” - Florentino Alvim Barroso), que vivia em Copacabana. Quis fazer-lhe uma pequena homenagem-surpresa, com uma parte da sua vasta obra. Ao editar este livro, a Editora convidou-me, publicando o meu. Sobre o seu livro “Inquietudes” como foi a escolha do título do livro? Manuela Barroso - Sou pacífica mas uma alma inquieta. As perguntas surgem com uma sucessão de respostas interiores aos quês e porquês da vida e seus limites, que as palavras são incapazes de veicular tais sensações. Daí que permaneça sempre numa” Inquietude”. Mas queria lembrar que este livro já se distancia dos meus pensamentos e escrita atuais. Nada é permanente. Que temas você aborda em sua escrita. O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas?
Manuela Barroso - Gosto de me debruçar sobre a paz e o silêncio onde a consciência se encontra nas perguntas e respostas. Todos os Amores aí se encontram. O Infinito, é a minha sedução. Dói parte da sociedade onde nos inserimos e a permeabilidade dos “desconcertos do mundo”. A Natureza é uma imprescindível aliada com todos os seus monólogos. Depois, ouço-me. E na impermanência das coisas e pessoas, o que escrevo hoje, reflete, penso, mais a “quietude” de um ser amadurecido mas numa pacífica angústia. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
Manuela Barroso - Não tenho público-alvo específico. Escrevo só o que me dá prazer partilhar. Se apreciarem, ótimo. Não tenho, nunca tive ambições. De resto, teria que ter feito um grande trabalho muito antes, começando nas lides literárias para ter o meu público. Gostaria muito de poder transmitir a todos os que me leem, a paz, a calma, a serenidade de cada dia. Sem credos ou religiões, dizer que vale a pena levar a todos um pouco de paz onde o silêncio nos traz a música do tempo para refletir. Vivemos num mundo vertiginoso e apático. É tão bom ouvirmo-nos para nos encontrarmos! Escritora Manuela Barroso, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Manuela Barroso - Na verdade, como disse, não me preocupo com a divulgação numa maior escala porque é difícil lidar com essa máquina. Ultrapassa-me. Há muitas barreiras e as editoras interessam-se por escritores de grande nome. No entanto, o livro encontra-se em diversas livrarias. Confesso que me dá um certo prazer postar nos blogs. A simpatia com que me acolhem é um alegre alento! Sites / Blog http://wwwanjoazul.blogspot.com e http://reflexoesfloridas.blogspot.com. Onde podemos comprar o seu livro? Manuela Barroso - livraria bertrand online www.unicepe.pt/www.livapolo.pt (Livraria Apolo) Endereço de email para contato: manuelabarroso46@gmail.com. Quem é a escritora Manuela Barroso, quais seus principais hobbies? Manuela Barroso - Só me considero escritora no ato da escrita. É um estatuto onde a minha humildade
Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal? Manuela Barroso - É uma lacuna enorme a divulgação do que se vai escrevendo. As editoras só sobrevivem com grandes tiragens de conhecidos autores. Os livros, são caros para os menos privilegiados.O interesse pela leitura é muito pouco numa época em que não é exigido o mesmo esforço de antes. Tudo está muito facilitado com consultas relâmpago na net. As bibliotecas têm aqui um papel fundamental. Falta a curiosidade por saber o pensamento que se cruza em diversos domínios.
perante grandes vultos me proíbe a entrada… De resto, difícil descrever. Sou muito complexa na minha simplicidade. Introspetiva, tímida, perseverante, exigente comigo. Mas diria que sou disponível para os amigos, introvertida , enorme sentido de justiça e gratidão. Tenho um fascínio pelo Universo. Como hobbies: Ler, escrever, passear, sobretudo para ilhas, jardinar… pasmar perante paisagens que me trazem palavras… Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um novo livro? Manuela Barroso - A par de trabalhos ligados a publicação de livros, tenho convite da Editora para publicar um livro em dueto que está em fase de acabamento e para publicar ainda este ano. Um desafio… Tenho material para vários livros. Além de Poesia e Prosa Poética, Divagações, Conto e…Cozinha…Mas não tenho pressa. O tempo avisar-me-á….
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Manuela Barroso, que mensagem você deixa para nossos leitores? Manuela Barroso - Quero renovar o meu agradecimento por esta oportunidade. Foi sempre através dos movimentos literários que a política e sociedades tomaram outros rumos. Nós vamos, a mensagem fica. São as nossas memórias e as nossas experiências, possíveis alavancas para o progresso das gerações futuras. Que a Sociedade de hoje dê mais valor à mulher, não só pelo papel que lhe cabe como mãe, mas na política e sociedade com o respeito e a dignidade que já foram antes, só miragens… Vale a pena lutar pelo que acreditamos a bem da Humanidade. Muito Obrigada.
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Entrevista escritora Manuela Matos Maria de Fátima Borges Veloso nasceu na Natural de Vila Real, Manuela Matos cedo saiu da sua terra para demandar outras paragens. Frequentou o curso de Filosofia, de que desistiu para enveredar pelo desempenho de uma profissão. Atualmente reside em Mafamude – Vila Nova de Gaia. Leitora assídua de obras poéticas, tem reforçado esse gosto pela imersão em vários momentos onde a poesia é o mote, participando em tertúlias, sessões de leitura e apresentação de obras, até que um dia optou também por “saltar” para o lado de lá da obra, o de autora, publicando em março de 2010 o livro “PEDAÇOS DE LUA”. É um volume com 90 páginas, onde Manuela Matos demonstra os seus inspirados dotes poéticos. Privilegiando a poesia livre, a autora também faz incursões pelo soneto, versificando sobre temática variada. A sua alma sensível e criativa liberta-se nestas páginas, partilhando com os leitores o seu sentir, a sua visão poética, os seus pedaços de lua. “Nossas palavras são mais poderosas do que imaginamos. Podemos influenciar alguém a seguir seus sonhos ou a desistir deles. Esse é um poder que todos temos sobre aqueles que amamos - O poder de auxiliar ou de magoar - O poder das palavras.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Manuela Matos, para nós é um prazer poder contar com sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos quem é a escritora Manuela Matos, além de escrever quais são seus hobbies? Manuela Matos - Obrigada Shirley, eu também agradeço pela oportunidade que me deu ao conceder-me esta entrevista. Trabalho como administrativa numa empresa já à alguns anos. Gosto de tudo o que seja calmo, como caminhar junto ao mar e ouvir os sons da natureza numa noite quente de verão. Gosto também de conviver, mas não sou adepta de confusões. Prefiro receber pessoas amigas em ambientes familiares. Desde a minha infância sempre apreciei a leitura. Costumava ir à biblioteca requisitar livros e raramente dormia sem ter chegado ao último capítulo. Muitas vezes o meu pai desligava-me a luz, então, para que ele não desse conta, ia para a janela do meu quarto ler à luz da lua. Penso que herdei dele, tanto o gosto de ler como de escrever, mas não me considero propriamente uma escritora, eu diria antes uma sonhadora... Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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Quando surgiu a ideia de publicar o livro e porquê este título “Pedaços de Lua”? Manuela Matos - Ao longo da minha vida sempre escrevi, dando preferência à poesia, mas a ideia de publicar o livro surgiu quando em setembro de 2009, a convite de uma amiga, também autora, participei no IX Encontro Nacional de Poetas no Gerês. Nesse encontro conheci um escritor e jornalista Dr. Altino Cardoso que após ler alguns textos me incentivou a editar o livro. Conheci também um dos organizadores do evento, o poeta Jorge Vieira, grande dinamizador da poesia na cidade do Porto, que me encaminhou para a editora. Consegui alguns patrocínios e, seis meses depois foi o lançamento na Junta de Freguesia de Mafamude – Vila Nova de Gaia. Em relação ao título, foi muito simples... A lua em pedaços que é também título de um dos poemas, pode simbolizar a nossa vida em fragmentos. Cada pedaço pode ser reciclado, encaixado, utilizado, mas para isso é necessário juntar todos os pedacinhos que aparentemente já não servem para nada e dar-lhes uma forma harmoniosa e atrativa! (Fragmentos, estilhaços/ Espalhados pelo chão,/ Pedaços de lua no meu coração,/ Pedaços de mim... (…) Vou perfumar cada pedaço/ Com aroma de alfazema/ E aspirar o suave néctar/ Antes que o sol acorde/ E estrague o poema!...)
mas o poeta de certa forma é uma “esponja” que absorve mesmo que inconscientemente o estilo e a forma de escrever de outros poetas. Quanto mais leio mais desejo sinto em escrever.
Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você? Manuela Matos - Rosa Lobato Faria, Manuel Alegre, Sophia de Mello Bryner, Florbela Espanca, Miguel Torga, David Mourão Ferreira, José Régio, Eugénio de Andrade, Paulo Coelho, Fernanda de Castro, entre outros. Cada autor tem o seu próprio estilo,
Que temas você aborda em seu livro “Pedaços de Lua”? Manuela Matos - De tudo um pouco: saudade, nostalgia, esperança, poemas de intervenção, Deus e o infinito. Realça em toda a obra uma constante ”fuga” de um mundo em conflito onde proliferam injustiças sociais, (cujas principais vítimas são as crianças e os idosos), para algo
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Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Manuela Matos - Todo o público em geral. Preocupo-me com os outros, com a injustiça e com o mal que acontece à nossa volta; por isso mesmo, a minha necessidade de fuga de evasão e de refúgio na poesia, onde de certo modo deixo soltar as palavras e as emoções. Quando se escreve o que nos vai na alma, conseguimos transmitir de uma forma mais pura e objetiva todo o sentimento que nos move. Para mim escrever é uma terapia, pois deixo a minha mente vaguear e dessa forma quase que me abstraio de tudo o que me rodeia. Nossas palavras são mais poderosas do que imaginamos. Podemos influenciar alguém a seguir seus sonhos ou a desistir deles. Esse é um poder que todos temos sobre aqueles que amamos - O poder de auxiliar ou de magoar - O poder das palavras. Quero usar meu poder para encorajar as pessoas. Um livro depois de editado já não é nosso, é do público, é de toda a gente!
melhor, algo que todo o ser humano deseja. Um dos poemas com o título Do Outro Lado da Rua, fala disso mesmo e foi incluído no livro “Camas de Papelão” de Álvaro Bastos, que lidera um projeto de apoio aos sem-abrigo do qual também faço parte. DO OUTRO LADO DA RUA Do outro lado da rua Há meninos com olhos rasgados Há mães com olhos molhados Há gente com sonhos frustrados... Do outro lado da rua Há tristeza e solidão Há famílias sem pão Há vozes que gritam E há vozes que calam... Tanta coisa acontece Do outro lado da rua! Há pessoas que cantam chorando Há outros que choram cantando Há multidões que adormecem sofrendo... Do outro lado da rua Podia ser a minha vida e a tua! Ali do outro lado Onde há braços cansados Planos adiados E seres humanos à espera De serem amados... Que meios utiliza para a divulgação dos seus poemas? Manuela Matos - Para divulgação dos meus poemas, costumo participar em vários eventos, nomeadamente no Encontro de Poetas no Gerês que é anual, no Clube de Avós e Poetas, na Casa da Cultura em Vila Nova de Gaia, mais conhecida por Casa Barbot. Estive também na Feira do Livro em Ermesinde e no Porto. Escrevo ainda nos sites Escritartes, Luso-Poemas e Solar de Poetas. Quais seus próximos projetos literários?
Manuela Matos - Continuar a colaborar nas antologias e “ganhar coragem” para a edição do próximo livro que praticamente já está escrito. Falta acertar os pormenores com a Editora, e talvez saia no início do próximo ano. Onde podemos comprar o seu livro? Manuela Matos - - Esteve à venda na Fnac em Santa Catarina no Porto, de momento só através da www.bertrand.pt, www.wook.pt ou pedindo para o meu email: neliaxp@hotmail. com. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal? Manuela Matos - Não fica barato publicar um livro. Atualmente com o auxílio da internet e o apoio de diversos sites e redes sociais está um pouco mais simplificado. Também é possível publicar na Bubok a um preço muito acessível. Em média em Portugal são editados cerca de 40 livros por dia, mesmo assim há sempre algo a melhorar. Eu diria aos editores que invistam em quem realmente tem talento suportando parte dos encargos, implementando desse modo bons autores. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Manuela Matos, que mensagem você deixa para nossos leitores? Manuela Matos - Shirley, quero desejar muitas felicidades para este projeto. É uma forma simpática de divulgar quem realmente gosta de escrever chegando a um público que está fora do nosso alcance. Como mensagem final, gostaria de deixar um apelo: exercitem o gosto
pela leitura, pois um país só evolui quando as pessoas se cultivam, e finalmente, nunca desistam dos vossos sonhos. Como diz o poeta António Gedeão na sua “Pedra Filosofal”, o sonho comanda a vida… e sempre
que um homem sonha, o mundo pula e avança…
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Entrevista escritora Maria de Fátima Soares Escritora Maria de Fátima Soares, mora em Lisboa, escreve desde adolescência, quando criança fazia vários projetos que professores de português elogiavam. Ganhou um concurso de poesia para pais e alunos no gênero de poesia. No decorrer do tempo recebeu uma menção honrosa, em concurso de poesia Alencriativos e um primeiro lugar num passatempo também levado a efeito por eles. Está sempre escrevendo em seus blogs com muito gosto e empenho. A escritora gosta de fazer parcerias com outros escritores e tem várias participações de poesia em colectâneas e também em blogues além das suas próprias obras de romance, poesia, infantil e infanto-juvenil. Em entrevista ao projeto Divulga Escritor, a escritora fala um pouco sobre sua carreira Literária, seus projetos e seus livros. “Dá-se crédito e cobertura aos nomes sonantes, e por vezes não merecedores. Há muito, por exemplo: Quem escreva hoje em Portugal e nem saiba escrever, mas peça a alguém que o faça, tendo grandes tiragens. Basta ser uma figura pública, ou ter contactos.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Maria de Fátima Soares, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita? Em que momento você se sente mais inspirada a escrever? Maria de Fátima - Olá, Shirley, o prazer é meu. Bem, direi que o gosto por escrever nasceu muito cedo. Na escola, evidenciava um enorme gosto pela escrita e muita imaginação. Alguns trabalhos meus, composições e um “livro/projecto,” foram expostos por professores, o que me incentivava. Foi responsável por esse desenvolver de vontade. Ao longo da
vida fui reparando, que a caneta e o papel viajavam comigo. Tudo servia para traduzir sentimentos. Na adoloescência como sabe, temos necessidade de extravasar e poder fazê-lo em silêncio, dizendo muito era bom. Ainda hoje constitui uma boa terapia, a par do hobbie. Não tenho momento definido para escrever. Até de noite acordo. Rascunho-o se algo me parece importante, válido. Normalmente nas horas mortas é quando gosto mais de o fazer. Hoje você tem um grande número de livros publicados em diferentes segmentos: romances, infanto-juvenil, fantástico/ficção, poesias. Como foi surgindo estes diferentes Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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gostos literários e o que a influenciou a ter esta diversificação de temas publicados? Maria de Fátima - Sinceramente, gosto mais de escrever ficção. A poesia no entanto, é inata em mim. Lembro-me de escrever poemas, sempre. Já o gosto pela história infanto-juvenil nasceu, aquando o nascimento das minhas filhas. Ambas têm um livro de histórias, que escrevi para cada uma, quando nasceram. Daí fui adorando fazê-lo. Adoro crianças e jovens. Eu própria ainda me custa capacitar da idade que tenho. Gosto muito de privar com jovens, conhecer as suas ideias, problemas. Ouvi-los, tentar compreender os seus sonhos, incentivá-los. Dar-lhes noção que avida é bonita, só com fazes menos doces, mas cabe-nos transformá-la em algo digno de ser uma boa história também. A nossa! O Romance… É porque sou romântica incurável. Mas tenho à vontade em tudo. Escritora Maria de Fátima, qual o livro que demorou mais tempo para ser escrito e publicado? Conte-nos um pouco sobre ele. Maria de Fátima - Na realidade, dois! Estão escritos, revistos. Um já foi proposto a uma editora e aceite, mas na altura tive um problema de saúde. Deixei-o para trás. Ironicamente devido ao problema tido, fiquei muito tempo fechada em casa. Imobilizada e escrevi muito. O outro, é ainda o quarto volume duma trilogia já publicada, que foi sendo adiado. Um dia hei-de publicá-lo, reintegrando a trama anterior resumida para recordar, e fazendo-o livro único, mas encadeando tudo. Na verdade, escrever como escrevo e o fiz nessa altura, produziu mais dois livros publicados, outros dois, que também 18
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estão a aguardar. Curiosamente vou dando lugar a coisas novas, poesias, colectâneas, mas não os esqueço. Estão prontos! É só voltar a apostar neles. Os temas agradam-me ainda, portanto. Todos são romances. Qual o livro que demorou menos tempo para ser escrito e publicado? O que a motivou a escrever de forma mais intensa que os demais livros escritos? Que temas você aborda neste livro? Maria de Fátima - Os dois publicados, que foquei atrás. Ao contrário dos que ficaram pelo caminho e escrevi, na mesma época. Escrevi estes num correr de pena. Num gozo imenso. O desafio foi posto pelas minhas filhas, de que não seria capaz. É ficção, pura! Versa o tema já “exausto” dos vampiros. São livros grandes, muitas páginas. Muito diferentes na linguagem e linha, do que costumo levar adiante. Como digo, adorei. Tenho-os todos (aos meus livros) como filhos. Gosto de todos! De Ascensão e Queda, Conflito e Retaliação, Pena Suspensa, anteriores. Outros menos
é lógico, mas estes, são um gênero de filho “preferido.” Uma história que poderia acontecer, se existissem, a qualquer de nós. Uma grande luta do personagem masculino até aceitar (por amor) algo que vai contra todas as suas convicções, até ficar em paz. De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Maria de Fátima - Normalmente nas sessões de apresentação. Nas livrarias em que a estiveram à venda, a pedido poderão ser adquiridos, também. Na Wook alguns. Outros pessoalmente, com autógrafo ou junto das próprias editoras. Mas não faço grande divulgação do trabalho, fora os períodos mais importantes em que acontece mesmo a publicação. Acho que é um dos grandes males do nosso país, quando o autor não é conhecido. Não lhe é dada tanta cobertura, como alguém de vulto. Não sei se no Brasil também acontece, mas em Portugal é muito mau esse apoio. Tenho três blogs um de prosa e assuntos generalistas http://convence-
-me.blogs.sapo.pt e um de poesia http://verniznegro.blogs.sapo.pt e o dos meus livros onde tenho sinopses e comentários http://omeueudepapel.blogs.sapo.pt Onde podemos comprar os seus livros? Maria de Fátima - Basicamente como expliquei. Por meu intermédio e junto da editora. Ou nas livrarias que os representam. Nomedamente a Bertrand, a Barata. Editorial Minerva. Editora Papiro. Mas pedidos a mim, também já tenho feito chegar muitos, ao destino, inclusive ao Brasil. Podem ser adquiridos também na Bubok. Quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar um novo livro? Maria de Fátima - Sim! Tenho agendado um (vamos ver se dá) para apresentar antes do Natal, mas no próprio mês de Dezembro. Outro de poesia, de que falta acertar detalhes. E ainda uma produção “própria,” com caracter humanitário, que quero levar adiante se tiver tempo. Pelo meio estão alguns concursos de poesia a que pretendo concorrer, uns por convite, outros que por norma que vão acontecendo. E muito mais se calhar. Estou também a participar numa outra colectânea de contos e poesia de Natal. Parar de escrever, para mim, não é uma hipótese. Terá de haver um motivo muito forte para desistir, ou esmorecer. Quem é a escritora Maria de Fátima Soares? Quais seus principais hobbies? Maria de Fátima - É uma pessoa muito simples, mas de caracter muito vincado. Independente. Alguém que se incomoda com o que se passa no mundo. Desigualdades de classes. Tenho opinião e expresso-a, ainda
que possa não ser conveniente. Sou uma pessoa dócil, possa não parecer. Disponível, para ajudar quem quer mostrar o seu dom. Tiro prazer não só das minhas pequenas conquistas, mas das dos outros e mostro-o. Porém, não gosto de pessoas que não me olham nos olhos. Não escutam quando falamos. É uma forma de estar minha. Os meus hobbies? Ler. Escrever, obviamente. Música, não vivo sem ela. Dança. Desenho. Trabalhos manuais. Cinema. Filatelia. Passear junto ao mar. Fonte inesgotável de inspiração e paz. Um complemento o mar. Muito importante especialmente no Inverno. Alguma, muito pouca, televisão. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal? Maria de Fátima - Como já frisei: A comunicação social e mesmo a comunicação entre editoras e o mercado nacional, ou exterior, é muito deficiente. Dá-se crédito e cobertura aos nomes sonantes, e por vezes não merecedores. Há muito, por exemplo: Quem escreva hoje em Portugal e nem saiba escrever, mas peça a alguém que o faça, tendo grandes tiragens. Basta ser uma figura pública, ou ter contactos. Publicar também é difícil. Caro! Como são os livros para se adquirirem, e os acho de preço inflaccionado. Há muita gente nova com muito boas hipóteses. A escrever muito bem, que devia ser aproveitada. Não, é! Os mais velhos também não são vistos com o carinho e respeito devido. Mesmo os grandes autores consagrados! É a minha opinião. E uma pena muito grande. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor
a Escritora Maria de Fátima Soares, que mensagem você deixa para nossos leitores? Maria de Fátima - Uma que penso muito importante. Leiam. Muito. Não deixem de o fazer. Ler é viajar. Ter uma outra vida, ser quem quisermos. “Falar” com pessoas que já desapareceram há séculos e ainda estão a fazer-nos interagir, hoje, com elas e o tempo em que fizeram as suas histórias. Mais importante que ler! Escrevam. Se gostam, nunca desistam por mais entraves que vos ponham. Tentem aprender com as criticas más. Não as levar a mal. São elas que nos fazem crescer. Sejam tenazes, mas humildes. Um dia? Os vossos sonhos, realizam-se. Depois de tudo isto… Só o meu bem haja a todos. A si também, Shirley pelo seu trabalho importantíssimo e por esta entrevista. Tudo de bom!
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Jonatan Santos
Pense Literatura As faces do Pré-Modernismo
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studar a literatura pré-modernista é lidar com duas faces distintas, a tradição e a inovação pela denúncia e crítica social. Esses lados mostram um período literário no plano dos contrastes, uma lanterna que ilumina para frente e outra que ilumina para trás; isto é, a literatura que contesta e outra literatura que só romanticamente emociona. Em literatura que contesta, podemos destacar a obra limabarretina que tanto denunciou o lado suburbano do Brasil no início do século XX, as falhas da sociedade arrivista, os defeitos dos políticos da Guanabara, deputados prestes para subir de cargo não por causa de um voto democrático legítimo, mas por causa do apadrinhamento de pistolões que o abraçam por fazer parte da família. Em Recordações do Escrivão Isaías Caminha temos a ima-
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gem dos jornalistas, que também não escapam da lente caricaturista do narrador limabarretiano, eles são verdadeiros corruptos e hipócritas que topam tudo por dinheiro, isso se mistura ao ambiente preconceituoso da redação em que Isaías trabalha. Também pela denúncia social Os Sertões de Euclides da Cunha, este que fora, pela redação de O Estado de São Paulo, o porta-voz da resistência de Canudos. Daí se revela a realidade das injustiças sociais, as condições de vida são postas à prova, à favor da luta por melhores direitos de cidadania. A outra face do pré-modernismo, a de tradição, são textos poéticos fechados na moldura de marfim, daquele marfim parnasiano que tem seu termo intitulado ‘aguado’ pelo modernista Bandeira. Começando pelo trio parnasianis-
ta, Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira, a poetar pela forma milimétricamente contada a expressão que emite um sentido a se comunicar: a forma; isto é, a forma pela forma. Há portando um fechamento sem resistência correlacionada pelos problemas sociais de fora; trata-se portanto de literatos adormecidos, sem a vantagem de fazer o leitor pernoitar incomodado pelo o que leu. Eis aí a diferença entre as faces do Pré-modernismo, uma face engessada por lições de poéticas tradicionais, e outra que se problematiza no interior das narrativas limabarretianas e euclidianas através dos choques apresentados ficcionalmente, criando situações que exigem, por parte do leitor, não só o apreço pela forma em que se compõe a obra, mas a reflexão diante dos embates de valores dessa sociedade.
Entrevista escritorAndrews Ulisses Andrews Ulisses nasceu em 1995. Atualmente reside na pequena cidade de Votorantim, São Paulo. Aos dez anos começou a criar histórias em quadrinhos e aos dezesseis decidiu ser escritor. Membro da Literarte- Assoc. Inter. De Escritores e Artistas foi agraciado com o troféu “Prêmio Diamonds of arts and education” Viena/Austria e troféu “Prêmio Intercultural Latino-Americano de Cultura” Rosário/Argentina. Faz parte do Catálogo Artístico bilingue Literarte 2013. Estudante de engenharia de computação, cinéfilo e gamer que aprecia viajar para conhecer novas culturas e costumes. “Tento passar para os leitores valores fundamentais para a conquista de uma verdadeira amizade, a importância da família e os desafios que temos que enfrentar para alcançar nossos objetivos.” Boa Leitura!
torinha” sobre um garoto de nome Garley, e já tinha suas características, então percebi que tinha maior facilidade e gostava mais de escrever para os quadrinhos do que desenhá-los. Esse foi o estopim para eu começar o meu primeiro livro, e usei o mesmo personagem “Garley”, como personagem principal.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Andrews Ulisses, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos você começou a criar histórias em quadrinhos aos 10 anos, o que criava? Andrews Ulisses - Shirley, primeiramente quero agradecer pela oportunidade. Bem, desde muito pequeno fui incentivado para a leitura. Minha irmã e eu tínhamos aos montes aquelas revistas de desenhar e colorir, revistas em quadrinhos e histórias infantis e isso era o nosso passatempo e diversão mesmo, então fui aprendendo a rabiscar figuras, criava as historinhas e desenhava em papel sulfite, logo que ganhei um computador busquei por programas próprios para desenhos, mas sentia muita dificuldade por falta de conhecimentos técnicos. Já havia criado uma “his-
O que o motivou a escrever um livro aos 16 anos? Andrews Ulisses - Além de desenhar, também sempre gostei muito de ler livros principalmente os de fantasia. Adorava ler os livros da série de Harry Potter, e também Percy Jackson e muitos outros. Então resolvi escrever o meu próprio livro como uma forma de desafio, e também porque queria me tornar famoso e rico. É claro, que hoje vejo isso de maneira muito mais realista, más não impossível. Como foi a escolha do titulo “A Ilha de Kansnubra e o portal perdido”? Andrews Ulisses - Escreví toda a história, relí, reescreví diversas vezes, e não tinha o título. Me senti feliz com o resultado e achei que já estava pronto para a revisão e já era a hora de enviar para as editoras. Precisava evidentemente de um nome, eu queria que fosse impactante, surgiu espontaneamente, falei para alguns familiares, que gostaram de imediato, mas eu já havia decidido e então não pensei muito não! E ficou assim “A Ilha de Kansnubra e o portal perdido” Quais os principais personagens que você criou para o seu livro? O que lhe inspirou a escrever sobre estes personagens? Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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Andrews Ulisses - Garley, o personagem principal, é um garoto solitário e perseguido em seu ambiente escolar, até o dia em que vê sua vida mudar radicalmente ao ser teletransportado para a fantástica Ilha de Kansnubra , lá ele encontra amigos que o ajudarão a retornar para sua casa. Aldrich, um homem inteligente, corajoso e bondoso é o guardião da principal cidade de Kansnubra “ Carolinda”. Jorge e Alix nativos da Ilha , são jovens e se tornam os melhores amigos de Garley. Jonny e Laura que são os pais de Alix e que também ajudam na busca pelo portal. Esses personagens tinham que ter em comum, algumas características que seriam fundamentais para o laço de amizade criado. Eu os criei pensando nos valores que foram passados para mim, pela minha família.
tância da família e os desafios que temos que enfrentar para alcançar nossos objetivos.
Andrews onde podemos comprar o seu livro? Andrews Ulisses - O livro “A Ilha de Kansnubra e o portal perdido” pode ser adquirido em diversas livrarias, sites, site da editora Novo Século, no site do livro e também diretamente no meu e-mail : plintex2@hotmail. com http://ailhadekansnubra.com. br/ https://www.facebook.com/ AIlhaDeKansnubra?ref=hl.
Quais os seus principais objetivos como escritor? Pensas em publicar um novo livro? Andrews Ulisses - Tomei gosto pela escrita, claro que vou continuar escrevendo, e talvez até tente outros gêneros. Sinto vontade de escrever livros de suspense e terror, fui acho que sou ainda muito medroso, já sofri muito com isso e preciso colocar pra fora todos os monstros que aterrorizaram minha infância, frutos da minha imaginação.
Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Andrews Ulisses - O livro é uma obra de ficção direcionado ao público infanto-juvenil, mas também para adultos de qualquer idade que gostem de viajar no imaginário, enfim que apreciam o gênero fantasia. Tento passar para os leitores valores fundamentais para a conquista de uma verdadeira amizade, a impor22
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Andrews, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Andrews Ulisses - Para divulgar meu livro é bastante complicado, por ser o primeiro, e eu um autor desconhecido. Faço tudo o que está ao meu alcance, pesquiso meios de divulgação na internet, faço parcerias com blogs literários o que tem me ajudado muito, faço doações para bibliotecas, uso sites de relacionamentos como facebook, e até mesmo pago para aparecer em revistas e jornais que apoiam e trabalham duro para divulgar novos escritores no Brasil e exterior, o que na minha opinião é bastante válido.
Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Andrews Ulisses - Sou muito otimista e acho que um pouco sonhador, a literatura no mercado brasileiro, dizem, é bastante complexo, difícil mesmo. Vejo que o mais difícil é ganhar dinheiro com livros. Quem escreve quer ver sua obra publicada, divulgada e lida. Penso que deveria haver uma maior facilidade para isso.
Não sou contra o pagar, a gente tem que comprar tudo mesmo, uma casa, um carro, uma moto, enfim, se o escritor tem um sonho em ter algo em troca com sua criação, então por que não investir? Se a obra for boa e bem divulgada, vai ser lida e com o tempo virá o retorno. Nós os jovens brasileiros gostamos de ler sim, o que não gostamos muito é ter que ler livros impostos por escolas, universidades, etc. que muitas vezes não nos diz nada. Lemos o que gostamos de ler. Tudo a seu tempo. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Andrews Ulisses, que mensagem você deixa para nossos leitores? Andrews Ulisses - Muito obrigado. Minha mensagem para os leitores: Para quem tem o sonho de escrever um livro, nunca desista, não é tão difícil assim, é só começar, como tudo na vida, é uma questão de querer e agir, confiar em Deus e em nós mesmos. Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor
Carlos Souza Yeshua carlossouzamkt@hotmail.com - Carlos Souza Yeshua é jornalista, profissional de marketing e professor. Presta serviço de assessoria de imprensa e marketing pessoal para escritores.
O ESCRITOR E A MÍDIA
Festas Literárias
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a luta em busca de espaço para mostrar seu trabalho, atualmente os escritores contam com um crescente número de festas literárias que têm se espalhado por várias cidades do Brasil. Estes eventos são uma excelente oportunidade para os autores fazerem lançamentos, participar de mesas, recitar e ler poesias, ou mesmo apenas marcarem presença, circularem, trocarem ideias, verem e serem vistos, além de conhecerem seus pares, trocarem cartões, livros, fazerem contatos, pois é daí que poderão surgir novas possibilidades. Bom seria que todos pudessem participar da programação oficial, o que não é possível. No entanto quem tem um trabalho literário consistente mais cedo ou mais tarde seguramente terá seu nome circulando entre as personalidades convidadas. Enquanto este dia não chega a estratégia – como dizem alguns – é ir comendo pelas beiradas. Em muitas dessas festas é possível criar programação paralela em torno do evento, o que é uma forma de ter seu nome associado, de alguma forma, a uma marca que traz prestígio àqueles que de certa maneira estão agregados a ela. Na Bahia, por exemplo, as festas literárias começaram recentemente e, mesmo assim, já viraram tradição e o autor local já não precisa mais sair do Estado para participar desse tipo de evento. As principais opções são a Festa Literária do Sertão de Jequié –
FELISQUIÉ, que realizou a 2ª edição em outubro passado e se firma como o mais importante evento do gênero da “Cidade Sol” e região. Muitos dos autores baianos estavam na programação e compartilharam com o público suas experiências literárias. A Festa Literária Internacional de Cachoeira – FLICA colocou a Bahia no mapa das Festas Literárias, sua 1ª edição ocorreu em 2010 e já é um evento que figura entre os mais importantes do gênero no Brasil. A cidade de Feira de Santana também conta com um evento que é importante para a circulação dos escritores e suas obras, a Feira do Livro – Festival Literário e Cultural de Feira de Santana, que já está na 6ª edição e que a cada ano o público é maior. O Festival da “Princesa do Sertão” conta com um incentivo a mais para os estudantes, que são os vales-livro que recebem e possibilitam a troca por livros a custo zero. Dessa forma, ninguém precisa sair da feira com as mãos vazias. Esta ação ainda faz a alegria dos livreiros e escritores, uma vez que a venda é certa e a leitura também. Existem alguns autores que têm uma assombrosa resistência a participar de eventos, por acreditarem que talvez seja uma perda de tempo, não sabendo eles que esta presença serve para valorizar o capital social e reforçar a imagem. Fica a dica: coloque na sua agenda a data das próximas festas literárias do seu interesse e espalhe sua literatura!
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Entrevista escritor Davi Medeiros Davi Medeiros Ferreira sempre quis ser escritor: aprendeu a colocar as palavras no papel aos quatro anos de idade e não parou mais. No entanto, só desenvolveu o hábito de contar histórias quase uma década depois, quando passou uma temporada na Argentina. Atualmente, ele reside na Grande São Paulo com os pais. Operação Mico-Leão é sua primeira obra concluída e publicada. “Abordo temas sociais e psicológicos. Dentre os sociais estão a preservação das florestas, a conscientização, os cuidados que devemos tomar para que a rica Fauna brasileira não seja extinta. Dentre os psicológicos, a culpa, a ingenuidade da infância, a coragem, o remorso.” Boa leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Davi, é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, você é tão jovem, 15 anos, e já com livro publicado, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita? Davi Medeiros - Olá, Shirley! Para mim também é uma honra participar de um projeto tão importante para a literatura brasileira como este. O que me motivou a escrever foi, digamos, a solidão. Quando passei uns meses na Argentina, em 2011, me senti sozinho, pois meus amigos estavam todos no Brasil e eu não dominava a outra língua para me relacionar com as pessoas de lá. Então, com saudade da Língua Portuguesa e aproveitando o fato de eu sempre haver desejado escrever um livro, comecei a esboçar algumas histórias e a dedicar parte do meu tempo à leitura. Graças a Deus, hoje estou de volta ao Brasil e sou viciado em literatura, tanto em ler quanto em escrever. Que temas você aborda em seu livro “Operação Mico-Leão”? Davi Medeiros - Abordo temas sociais e psicológicos. Dentre os sociais estão a preservação das florestas, a conscientização, os cuidados que devemos tomar para que a rica Fauna brasileira não seja extinta. Dentre os psicológicos, a culpa, a ingenuidade da infância, a coragem, o remorso. A vida de Laura, que é a personagem principal, passa por todos esses pontos: foi uma criança ingênua, cresceu
sendo culpada por uma morte, teve a coragem de partir para salvar um mico-leão-dourado dos caçadores... Mas, em seu subconsciente, ela sabe que não está se aventurando pelo mico-leão, e sim para acertar as contas com o seu passado. Como foi a construção dos personagens do seu livro? Davi Medeiros - Me inspirei em várias pessoas para construir os personagens. Laura, por exemplo, é inspirada em minha sobrinha. Porém, com o desenrolar da história, os personagens vão vivendo coisas que a pessoa fonte de inspiração não viveu, e assim vão criando personalidade própria. A partir daí a história vai tomando seu rumo, que nem sempre era o rumo desejado pelo autor na etapa de idealização da história... Acho isso tão interessante! De onde vem sua inspiração? Em que, ou em quem te inspiras quando escreves? Davi Medeiros - A minha inspiração
vem das pessoas que amo. Gosto de escrever com carinho, com amor... Tenho muito prazer em nisso. O silêncio e a luz fraca também me inspiram muito. Enfim, gosto de escrever com calma e sossego, principalmente durante as madrugadas... Enquanto escrevo, tento fazer algo agradável para o leitor e para mim ao mesmo tempo, e acredito que só o carinho na escrita pode me ajudar nessa tentativa. Como foi o processo de publicação de “Operação Mico-Leão”? Davi Medeiros - Bom, eu estava tentando publicá-lo havia bastante tempo quando finalmente consegui. Ele inclusive foi aceito por uma Editora em Junho deste ano, mas para que a publicação fosse viável eu teria de pagar uma quantia enorme em dinheiro. Então decidi esperar, até que encontrei o Clube de Autores, que é um ótimo lugar para se começar no Mercado Editorial. Eu entendo as Editoras grandes, sei que é difícil confiar num autor novato... O Clube de Autores está sendo ótimo, pois está me proporcionando experiência... Espero que agora seja mais fácil para eu entrar num Grupo Editorial maior! Davi onde podemos comprar o seu livro? Davi Medeiros - “Operação Mico-Leão” pode ser comprado em https://clubedeautores.com.br/ book/151142--Operacao_MicoLeao#. UmsnR1AUuZ8 e https://agbook. com.br/book/151142--Operacao_MicoLeao , é só entrar em qualquer um desses sites e pesquisar o nome do livro. Aliás, quero pedir, por favor, para que o leitor mande sua opinião para o meu e-mail: davi_m_ferreira@hotmail.com
Pensas em publicar um novo livro? Davi Medeiros - Sim, penso. Inclusive, alguns meses antes da publicação de “Operação Mico-Leão” eu comecei a escrever outra história. Concluí a escrita esta semana, e pretendo conseguir publicá-la até a metade do ano que vem. Bem, Isso dependerá das respostas das Editoras... Torçam por mim! Rs. Qual o nome do seu novo livro? Davi Medeiros - Chama-se “Popstar – uma história de amor e fama”. De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Davi Medeiros - Divulgo principalmente pela internet, através do Facebook. Aliás, o projeto “Divulga Escritor” está ajudando bastante na divulgação de autores brasileiros. Muito obrigado! Quem é o escritor Davi Medeiros? Quais seus principais hobbies? Davi Medeiros - (Risos). O escritor Davi Medeiros é um cara que tenta deixar suas histórias “gostosas” para serem lidas. Ágeis, que façam o leitor refletir sobre o seu modo de ver o mundo. Amo conversar com os amigos, dar risada, estudar... Meus principais hobbies são ler e escrever. É o que eu amo. Gosto muito de assistir televisão, também, e de ir ao cinema. Curto qualquer coisa que me mostre uma boa história. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Davi Medeiros - Algumas. A primeira coisa que eu gostaria de mudar é o monopólio estrangeiro nas nossas livrarias: os brasileiros preferem comprar livros de pessoas de Londres ou de Nova York do que de autores do Brasil. Há pouco espaço para a lite-
ratura nacional no nosso país. A segunda coisa que gostaria de mudar é o modo como as Editoras enxergam os autores brasileiros. Elas definitivamente não acreditam em nós ou em nosso potencial. Atualmente, algumas escritoras e escritores nacionais estão mudando esse quadro, e isso é ótimo. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Davi Medeiros, que mensagem você deixa para nossos leitores? Davi Medeiros - As mensagens que deixo são: leiam mais, acreditem nos autores nacionais e eduquem a nova geração para que tomem gosto pela leitura. Afinal, acho que o Brasil já está cansado de ser conhecido como um país que não lê. Foi ótimo responder esta entrevista. Parabenizo o projeto e agradeço a sua fundadora, a jornalista e escritora Shirley Cavalcante. Obrigado. Agradecimentos especiais para a Escola Batista de Itapevi e seus membros, dentre eles Flávia Serete, que, assim como a minha família, incentivou a minha obra. Sou muito grato às pessoas que gostam do meu trabalho, que leram ou que lerão os meus livros...Para saber ainda mais sobre mim, favor visitar: meu blog (umpontoemaisumconto. blogspot.com) , meu facebook (https://www.facebook.com/davi.medeiros.5095) e a página de Operação Mico-Leão (https://www.facebook. com/operacaomicoleao). Até mais!
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Ana Stoppa anamstoppa@hotmail.com - Advogada, Pós Graduada em Direito e Processo do Trabalho, PUC/SP, Escritora, Ambientalista, Ativista Cultural
Panorama Cultural Em Busca De Um Porto Fato é que ninguém, por mais autossuficiente que seja é capaz de viver sozinho. Como a embarcação necessita do cais para aportar, o ser humano carece de acolhimento, atenção, carinho, ombro amigo. Não pense ser fácil encontrar! Definitivamente as buscas se revestem de angústia, opressão e desmedida solidão. Quando a alma busca o conforto do porto amigo já esgotou todas as reservas de paciência, da compreensão, da esperança e do perdão. Carente tal qual um solitário barco completamente à deriva experimenta exageradas doses de abandono. Abre as janelas – aquelas emperradas pelo pranto. Vê o cotidiano nublado, as manhãs entediantes, as noites intermináveis. Aninha-se em si mesma tentando aos trancos reconstruir a paz perdida diante do arsenal de desilusões. Projeta-se à revelia para um mundo que não a compreende. E pensar que tão pouco lhe bastaria para recobrar a esperança. Não há tempo. O tempo que veloz subtrai o existir – este mesmo. Silenciosa veste a máscara da alegria para ocultar a nostalgia enquanto tateia espinhosos caminhos na desenfreada busca do carinho. No jardim das desilusões vê brotar as híbridas flores do interesse, os cactos do descaso, a relva da prepotência, os arbustos da arrogância.
E pensar que tão pouco bastaria para recobrar a esperança. O sofrimento ensina a alma desaprender a pedir. De início o ácido gosto das perdas deixam-na atordoada. Empurrada pelo amanhã, resiste. Tenta se reerguer. Sonha com valores que de há muito não experimenta. - O amor do ser humano pelo que ele é e não pelo que tem. Não encontra respostas. Atraca aqui e acolá a regata de sentimentos para prematuramente içar as amarfanhadas velas das partidas compulsórias, sem ao menos dizer adeus. Infinitas vezes as cenas se repetem, e com isso a cada dia torna-se raro o encontro do porto seguro. Quando cerram as cortinas do cansaço a alma se vê alagada pelas águas do salgado mar dos interesses. Os portos desaparecem, o mar da rotina se mostra agitado, a vazio ganha mais e mais espaço onde outrora a serenidade habitava. Não bastasse tantos dissabores mostra-se imprescindível ainda que tardiamente se aprender a dizer não, a não confiar em demasia , a driblar a rota do porto da solidão, a amadurecer os verdes sonhos, a cerrar as janelas das expectativas. E pensar que tão pouco bastaria para recobrar a esperança.
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Entrevista escritora Francilangela Clarindo Francilangela Clarindo nasceu em Fortaleza / CE. Foi uma criança muito tímida e observadora. Amava ficar no quarto de seus pais, naquela cama grande de casal que a encantava, onde passava horas pensando, analisando fatos e ações, lendo e escrevendo seus poemas e reflexões. Aos domingos, gostava de ler o suplemento infantil do jornal. Aos oito anos enviou uma história para um concurso oferecido por ele e ganhou. Houve uma bela festa para comemorar o momento, e nela o lançamento de um livro. Foi a primeira vez que teve um contato direto com uma escritora, que a dedicou seu livro. Seu pai e sua irmã a acompanharam. Foi uma noite mágica! Um dia, relendo suas anotações, sentiu desejo de vê-las reunidas. E assim surgiu o primeiro livro. “Caríssimos leitores, que tal tornarem-se também autores? Leiam mais! Escrevam mais! Exaurir-se em um texto faz a alma leve, o espírito tranquilo, a mente ativa. Vamos lá! Produzam! Mais cartas, e-mails, listas, bilhetes, cartões, resenhas, monografias, dissertações, releases, diários, artigos, livros. Leitores produzem autores. Autores, escritores. E escritores, leitores! É cíclico!” Boa Leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Prezada escritora Francilangela Clarindo, é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita? Francilangela Clarindo - O que me motivou ter um gosto pela escrita foi justamente a leitura. Em casa, desde pequena, mesmo sem ainda saber ler, folheava os livros que tinha à mãos, fazia neles minhas garatujas, meus desenhos, minhas primeiras palavras. Mais tarde, na escola, ao receber os livros didáticos, lia-os logo do início ao fim. Encatavam-me as histórias contidas neles. Os diversos autores iam-me sendo oferecidos através dos fragmentos dos textos de seus livros contidos ali. Era tão bom! Ler, ler e ler. Depois, fui registrando meus pensamentos, minhas decepções e crises, meus relatos e conclusões da vida, fazendo diários e poemas, tudo oriundo de horas de reflexão, pois sempre fui de pensar muito, analisar cada fato, além de conversar muito com Deus, o tempo todo assim. Você hoje tem vários livros publicados, conte-nos o que a motiva a escrever livros? Francilangela Clarindo - O que me motiva a escrever é o próprio ato em si, porque é muito bom escrever. E ver o resultado dos seus escritos em um livro é melhor ainda. E é bom para todo mundo. Mesmo sem se ter o objetivo de publicar, de ser escritor, ainda assim,
nada melhor do que este exercício. Alivia a alma, faz você ser eloquente no pensar, falar e agir, há um encontro consigo mesmo no ato da escrita por ser você e o papel ali, uma folha em branco que será preenchida com seus pensamentos, suas reflexões, seu relato, o resultado de sua pesquisa, enfim, seu texto. Escrever com intenção, sem intenção, para descarregar a mente, para atender um trabalho do professor, para você mesmo, para outros, seja como for, nada melhor do que escrever, pura e simplesmente. Escritora Francilangela, qual o livro que demorou mais tempo para ser escrito e publicado? Conte-nos um pouco sobre ele. Francilangela Clarindo - Bem, temos aí dois fatos a considerar. Se formos pensar em datas, da origem do primeiro poema ao último, será Uma leve, apaixonante e tumultua-
da história de amor. Mas não é que tenha demorado a ser escrito, e não é um texto em prosa. É, de fato, uma reunião de textos isolados que fui escrevendo durante 20 anos, que depois reuni-os todos em um livro, que juntos, passou a contar uma história, a história do meu casamento. Mas, pensando em prosa, e tempo mesmo gasto para escrever, foi Entre Quatro Paredes, que levou 17 anos a ser escrito e publicado. É onde narro a história pessoal de um acidente que sofri que me impossibilitou andar por um período. Foi lá, ainda acamada, que pensei nele. Foi ótimo realizá-lo!
Qual o livro que demorou menos tempo para ser escrito e publicado? O que a motivou a escrever de forma mais intensa que os demais livros escritos? Que temas você aborda neste livro? Francilangela Clarindo - Bem, este foi Socorro, meu príncipe virou sapo. Já havia combinado com o editor a data do lançamento de um livro, mas não cheguei a terminá-lo, e vi que não o terminaria até a data em questão. Mas, já tudo organizado, pensado, não queria que não acontecesse. Então sentei, pensei, peguei papel e caneta, e fui escrevendo uma história sobre o desejo feminino de
encontrar seu príncipe encantado. Foram duas horas, sentar, escrever e terminar. Pronto! Já estava o livro para cumprir meu acordo com a editora. E assim surgiu Wina com seus sonhos de menina, hoje uma mulher de quarenta anos, mas que tem naquela época as suas doces lembranças, também as suas mazelas, que a fazem ser o que é atualmente. De que forma você segmenta o público para quem você escreve? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas de acordo com esta segmentação? Francilangela Clarindo - Não segmenRevista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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to o público para escrever. Escrevo! O texto nasce por si. Não há esta ou aquela intenção, geralmente, salvo um ou outro, quando tenho algo mais específico em mente. Mas, em geral, nem sei o que irei escrever, vai surgindo, e vou escrevendo. Isto mais com os poemas, que é o que escrevo muito. A prosa precisa ser mais criteriosa e até pode nascer espontaneamente, mas, claro, depois, precisa estar atenta aos fatos, ao que já aconteceu, aos personagens, ao ambiente, enfim, ao contexto de uma narrativa coerente e coesa, dependente, não isolada. E tudo me é matéria para escrever, por isto gosto já de andar com um caderninho para não perder as ideias. Muitas perdi, outras não concluí, mas estão sempre nascendo, borbulhando em minha mente, loucas para serem escritas. Onde podemos comprar os seus livros? Francilangela Clarindo - Você encontra meus livros nos sites da Pastelaria Studios, Multifoco, Garcia Edizioni, APED, Clube dos Autores, Navras, Literarte, Cultura e Travessa. Maiores detalhes, por e-mail: francilangela. clarindo@gmail.com Quem é a escritora Francilangela? Quais seus principais hobbies? Francilangela Clarindo - É tão complexo falar de si, e ao mesmo tempo simples. Contraditório, como a vida, as pessoas, os fatos. Isto porque não somos seres isolados da emoção, do contexto. Há algo que digo aqui que poderá ser diferente, por uma circunstância, por estar fora de um contexto, ou, até mesmo, por eu rever minhas concepções, meu ponto de vista. Imaturamente, dizemos quem somos, cristalizamos e não arredamos pé de uma imagem que fazemos de nós mesmos. Já uma atitude mais ma30
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dura nos leva a termos mais cuidado, quando já muitas coisas foram feitas e tomadas de surpresa. Mas, sou uma pessoa muito temente a Deus, que o ama de todo o coração, do meu jeito. Tenho uma ligação muito forte com minha família e gosto muuuuuuuuito de conversar com meus amigos. Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um novo livro? Francilangela Clarindo - Tenho tantos novos projetos. Minha cabeça ferve de ideias. E penso muito em publicá-las. Quero primeiro terminar de publicar tudo que já tenho feito, de uma menina, adolescente, jovem entusiasmada com a vida, amor e pessoas. Depois o que vier desta nova fase, uma mulher madura ( que talvez nunca crescerá!) Na verdade, amo a criança que fui, por isto lhe tenho tanto respeito e atenção. Crescer é tão árduo, tão difícil. A enxurrada de coisas que vivemos quando criança, aparecerão depois em forma de frustração, decepções, encontro com uma realidade nua e crua. Sonhos são desfeitos, pessoas têm suas máscaras retiradas e a vida se mostra bastante cruel com seus sentimentos, aspirações e desejos. Só mesmo com Deus para seguir. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Francilangela Clarindo - Ter mais leitores. Isto abriria o mercado para mais publicações. São interesses diferentes os dos leitores, editores e autores. Os primeiros querem sempre algo para ler, que os atenda em seus anseios, no que precisam naquele momento, seja distração ou pesquisa. Os segundos, estes sim, têm o objetivo claro de um retorno de venda, comercialização da obra
para cobrir os custos e obter algum lucro. Os últimos, ai, não passam de sonhadores. Sonham com seus livros publicados, com seus textos lidos, têm uma visão poética, infantil, ilusória, fictícia, imaginativa como as histórias que criam. Mas o mundo é real, e assim também o é o mercado literário no Brasil. Mas, mais leitores para os inúmeros autores sonhadores agradaria aos editores e, assim, estariam todos felizes e realizados. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Francilangela Clarindo, que mensagem você deixa para nossos leitores? Francilangela Clarindo - Caríssimos leitores, que tal tornarem-se também autores? Leiam mais! Escrevam mais! Exaurir-se em um texto faz a alma leve, o espírito tranquilo, a mente ativa. Vamos lá! Produzam! Mais cartas, e-mails, listas, bilhetes, cartões, resenhas, monografias, dissertações, releases, diários, artigos, livros. Leitores produzem autores. Autores, escritores. E escritores, leitores! É cíclico! Embarquem cada vez mais neste universo da leitura e escrita. Não esperem que alguém solicite, que surja uma oportunidade, que precisem. Vão lá junto dos textos, das páginas escritas, aprecie-os, leia-os. Vão lá junto da folha em branco e escrevam. Tornem a leitura e a escrita pontos corriqueiros em sua vida e colhas os frutos desta prática. Um cordial abraço a todos e nos encontramos lá nos livros. Um beijão e obrigada!
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Patrícia Dantas pathdantas2012@gmail.com - Licenciada em História e Pós Graduação em Turismo de Base Local (UFPB), blogueira, poetisa, colunista de alguns portais e revistas eletrônicas
Entre Ideias&Atos Retalhos de cotidianos
E
ntre Ideias&Atos nasceu da vontade permanente de escrever, do delírio que não se afasta ao visualizarmos atos em nossas elucubrações interiores. Não é só transpor palavras para o papel ou no espaço branco da página do Word, mas é infinitamente mais trocar ideias, expor algo que desaglutina ou veste o dia – é, com toda certeza, chamar o leitor para conversar alguns assuntos que serão abordados aqui, ainda que o amigo leitor ou amiga leitora não se identifique, discorde ou tenha alguma crítica a fazer, positiva ou negativa, estarei aqui para recebê-la, refletir e bater um papo. Pois bem. De início até desejei postar uma coluna feminina que abordasse os assuntos mais variados possíveis, que povoam o cotidiano e a alma da mulher, suas indecisões, suas escolhas e, interessantemente, seu estado de certezas e incertezas do seu mundo contemporâneo, ou melhor, seu leque pós-moderno de sensações particulares. Mas, diante das inesgotáveis pautas diárias de assuntos que se acomodam em todas as conversas para todos os gêneros e gostos, que surgem na mesa da cozinha, no reflexo do corpo e suas marcas no espelho do quarto e que levamos para o boteco ao final de um longo dia de trabalho, quero mostrar um dia-a-dia mais povoado de tudo o que se pode imaginar, relatado através da literatura e seus tons variados. Gostaria de falar longamente sobre algumas mulheres que se imortalizaram na literatura como Simone de Beauvoir, Clarice Lispector, Florbela Espanca e
Virginia Woolf. Elas sim! souberam dar o tom da vida e aprenderam desvendar as angústias femininas no diálogo, não só de mulher para mulher, mas exerceram influência, provaram dissabores, pensaram, argumentaram e permearam a vida dos homens com seus encantos e a força das suas palavras: não tinha homem que não se rendesse! Viajavam, participavam de clubes, debates, rodas de conhecimento, escreviam para jornais e revistas importantes da época. Andavam sozinhas, pensavam acompanhadas, tinham homens em suas vidas, observavam o mundo que flutuava com afinco aos seus redores e atraiam olhares voluptuosos que queriam se expor em seus dias como o clímax de uma peça de teatro ou uma novela dramática. Elas criaram um fluxo de consciência filosófico, político, cultural, psicológico, e acima de tudo, humano. Talvez esse fosse o meio de se afastarem da vida ou causarem um distanciamento de si para conhecerem o íntimo ainda desconhecido, irretocável ou incontável, pois não havia explicação, a verdade maior. E, sempre deram destaque aos temas polêmicos em suas obras: o amor, a paixão, o sentimento, o prazer, a vida, a morte e o que mais queriam com suas andanças que se cruzavam e se multiplicavam dentro de homens e mulheres. Suas biografias autorizadas, publicadas em livros, jornais, revistas ou virtuais, estão aí para contar! Blog - http://intimidadesdeumaescritora.blogspot. com.br/
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Entrevista escritor Márcio Câmara Escritor Márcio Câmara de São Paulo – SP é taxista, publicou um livro sobre deficientes físicos que vivem no farol, são 7 os personagens que participam da primeira edição do livro. Em seis meses esta na terceira edição, o escritor consegue o patrocínio de empresas privadas e coloco o nome da empresa na capa do livro, já doou mais de mil livros para os personagens venderem, e o dinheiro que eles arrecadam é deles, os livros criou alternativa de trabalho para eles, pois quando chove, eles não iam para a rua ficavam em casa, após a publicação do livro encontraram a alternativa de sair e vende-los em shopping, ou nos mercados da região. “Veja só depois do livro, tenho alguns grupos de deficientes, e todos pensam que eu também sou deficiente, sabe o porque? porque a maioria das pessoas só fazem o bem quando sentem na pele, será que preciso a gente esta no fundo do poço pra começar ajudar o próximo ou ter que passar pelas mesmas dificuldades das pessoas pra começar a ajudar, as grandes instituições, foram formadas por conta dos donos terem filhos com problemas de saúde.” Boa Leitura! 32
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Escritor “Márcio Câmara” para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos como surgiu a ideia de publicar o livro “Anjos de Rua”? Márcio Câmara - Depois que virei ta-
xista a seis anos, eu fiz uma divida e prometi pra Deus que se eu pagasse minha divida e nada de mal acontecesse, eu iria ajudar as pessoas necessitadas que aparecesse no meu taxi e depois desta promessa não parou mais de aparecer pessoas necessitadas no meu caminho e meus Anjos nos semáforos portadores de
deficiência físicas também, e ai veio a ideia do livro. Os relatos apresentados no livro foram escritos por você? Como foi a elaboração do livro? Márcio Câmara - Sim e toda a ideia do livro também, capa, fotos, etc. Já conhecia os personagens de vista no dia a dia, e ai fiquei uns meses em contato com eles e vendo a situação de cada um e suas necessidades, foram sete personagem portadores de deficiência física que ficam no semáforos e um morador de rua, depois arrumei alguns voluntario, na diagramação e revisão, capa, e prefácio e por ultimo patrocinadores. Qual o objetivo do projeto “Anjos de Rua”? Márcio Câmara - Ajudar os personagens que são deficientes físicos, arrumo patrocinadores e coloco o nome da empresa na capa do livro, depois doou 150 livros para cada personagem vender no semáforos à 20,00 reais e a grana é deles, eles se sentirem mais dignos e menos excluídos da sociedade. Quais as principais conquistas alcançadas através do projeto? Márcio Câmara - Em primeiro lugar o reconhecimento, depois entrevista no Museu da Pessoa, na Revista Taxi edição 47, pagina 40, na radio CBN. E os personagens um reconhecimento com o publico e com a grana que os ajudaram muito. Ex: a Débora fez a primeira festinha para sua filha com uma parte da grana do livro. Como podemos fazer para adquirir o livro? Márcio Câmara - Pelo site da livraria Cortez, procura livro Anjos da Rua e o autor: Márcio Câmara, no meu taxi
e com os personagens nos semáforos em São Paulo na região da zona oeste. http://www.livrariacortez. com.br/index.cfm?i=1&pag=loja_ produtos_detalhe&llivroID=275929 Facebook do autor: https://www.facebook.com/digdi.camara Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um novo livro? Márcio Câmara - Publicar minha auto biografia, titulo “Modelo da Vida” Sim vários, mas dependo de editoras, que ainda não consegui. Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Márcio Câmara - Todos os tipos de publico, e todas as classes sociais e pessoas que só reclamam de barriga cheia. Que você é feliz e não sabe.
que preciso a gente esta no fundo do poço pra começar ajudar o próximo ou ter que passar pelas mesmas dificuldades das pessoas pra começar a ajudar, as grandes instituições, foram formadas por conta dos donos terem filhos com problemas de saúde. Isso é um alerta que não devemos esperar acontecer alguma desgraça em nossas vidas pra começar a ajudar o próximo. ” Quem passou por essa vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu, Porque a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, chorou e sofreu” Vinicius de Moraes “Você não muda as pessoas com cobranças, e sim com exemplos”.
De que que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Márcio Câmara - No meu taxi e no meu facebook, digdi camara. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Márcio Câmara - Mais oportunidade com as editoras e livrarias que cobram 40%. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Márcio Câmara, que mensagem você deixa para nossos leitores? Márcio Câmara - veja só depois do livro, tenho alguns grupos de deficientes, e todos pensam que eu também sou deficiente, sabe o porque? porque a maioria das pessoas só fazem o bem quando sentem na pele, será
Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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Entrevista escritor Maria Cristina Andersen Maria Cristina Andersen, nasceu em São Paulo. Formada em engenheira química pela Escola de Engenharia Mauá, trabalha como consultora em Processo de Mudança. Escritora com três livros publicados: “Culinária Árabe”, sou coautora do livro de ficção “Reciclando Vidas” e atualmente publiquei o Energia Contaminada. Atua há mais de 25 anos como palestrante e professora no desenvolvimento de pessoas no âmbito pessoal e espiritual. Certificada em MBTI e TMP, utiliza essas ferramentas como apoio ao autoconhecimento e desenvolvimento das pessoas. “Ao mesmo tempo, Reciclando Vidas mostra que a sociedade não joga só o seu lixo fora, mas também talentos que poderiam ser aproveitados, vidas que poderiam ser “recicladas”. Um modelo saturado, um grande desperdício que, no fim das contas, diz a essa mesma sociedade que ela também precisa ser reciclada.” Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritora Maria Cristina para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita? Maria Cristina - O prazer é todo meu e estou muito feliz de estar contando um pouco da minha história. Quando adolescente eu tinha muita imaginação, mas não tinha o habito de coloca-los no papel e essas histórias se perderam no tempo. Resolvi seguir a carreira de engenheira e isso ativou muito o meu lado mais calculista e acabei deixando de lado o meu lado fantasioso. Quando iniciei meu caminho na espiritualidade e meu trabalho de ajudar as pessoas a se desenvolverem, sentir a necessidade de escrever, de contar minhas experiências e de colocar em livros o que eu ensinava. Escrevi muito, mas tudo em forma de apostilas e direcionada para os cursos que dava. Meu sonho era escrever um livro, não um livro qualquer, mas um livro que tocasse as pessoas e as ajudasse a ter uma vida melhor. Comecei a procurar algum curso que me ensinasse a ser uma boa escritora. Achei a Escola do Escritor, mas o curso que eu queria, não estava na grade daquele ano (2011). Um ano depois, me chama-
ram e dele tivemos como resultado o livro “Reciclando Vidas”, escrito por 12 pessoas que não se conheciam. Esse curso foi uma escola de vida e me motivou a querer ser realmente uma escritora. Que temas você aborda em seu livro “Reciclando Vidas”? A quem você indica a leitura desta obra? Maria Cristina - Como disse anteriormente, Reciclando Vidas é um Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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livro de ficção escrita por 12 pessoas, fruto do curso que fiz na Escola do Escritor, em São Paulo. Reciclando Vidas vai contar a história de dois escritores que estão em mundos diferentes, onde o destino vai coloca-los frente a frente e segredos serão desvendados. Mas o livro vai além: é um convite a pensar nas barreiras sociais e econômicas que nós nos impomos ou determinadas pelo medo. Ao mesmo tempo, Reciclando Vidas mostra que a sociedade não joga só o seu lixo fora, mas também talentos que poderiam ser aproveitados, vidas que poderiam ser “recicladas”. Um modelo saturado, um grande desperdício que, no fim das contas, diz a essa mesma sociedade que ela também precisa ser reciclada. Você tem um livro “Culinária Árabe”, o que a motivou a escrevê-lo? Que tipo de receitas o leitor vai encontrar ao adquirir o livro? Maria Cristina - A Editora Melhoramentos estava lançando uma coleção que se chamava “A Volta ao Mundo em 80 receitas” e estavam procurando alguém para fazer o livro sobre Culinária Árabe. Minha mãe, autora do Culinária Americana da coleção, estava na editora e perguntaram se ela podia indicar alguém que conhecesse a culinária árabe e que soubesse escrever as receitas. Ela disse que sua filha (eu) era casada com um descendente de árabe e que escrevia. No dia seguinte, ela me ligou e fez a proposta. Meu conhecimento sobre os pratos árabes era limitado, então perguntei ao meu marido (hoje falecido), se ele me ajudaria. Sob a orientação dele, fui testando e escrevendo as receitas e assim brincando e me divertindo, publiquei meu primeiro livro, que evoluiu para o “Culinária Árabe” de36
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vido ao sucesso. Nesse livro, eu tive a preocupação de inserir receitas que as pessoas comem em restaurantes árabes e que gostariam de fazer em casa. Hoje são em torno de cento e poucas receitas que vão desde o kibe tradicional, passando pelo Homus, coalhada seca, até os doces como o Ataif. As versões antigas do livro podem ser encontradas espalhadas na internet. A versão mais recente, “Cozinha Árabe - Col. Som e Sabor Com CD”, está nas livrarias, como por exemplo, a Saraiva. Conte-nos como surgiu a ideia de publicar o livro “Energia Contaminada”? Maria Cristina - Energia Contaminada é fruto de um curso que dou, com o coautor Alexander, a mais de dez anos. Percebi a necessidade de ter esse assunto materializado em um livro, após uma palestra sobre Defesa Energética, que demos para funcionários de um hospital da rede publica. Num primeiro momento, pensei em escrever um livro em formato
técnico, mas comecei a ter dúvidas do quanto deveria me aprofundar no assunto e o que seria pertinente colocar, então travei e não consegui ir em frente. Falei com meus amigos, hoje coautores do livro, e cada um foi dando ideias do que era importante escrever e de que forma. Animada com as ideias, convidei-os para escrevermos juntos. O livro evoluiu de um simples curso para uma história de ficção, onde os personagens fazem o curso e aplicam, no dia a dia, as técnicas ensinadas. O objetivo foi trazer para o leitor um companheiro de jornada, que pudesse, no lugar dele, questionar os ensinamentos, aplicar e analisar os resultados das técnicas lá ensinadas. Que temas são abordados em “ Energia Contaminada? Como você vê o mercado literário nesta área? Maria Cristina - Energia Contaminada não é apenas uma história de ficção, é um curso que tem o objetivo de alertar as pessoas para a existência da contaminação energética
e apresenta, de forma clara, uma visão das interações energéticas e seus efeitos sobre a nossa saúde e disposição. Vai ensinar, através de exercícios simples, mas eficazes, a identificar os focos de contaminação e como se “descontaminar”, se proteger e se preparar energeticamente para os desafios do dia a dia. Na minha percepção é um mercado que está crescendo e necessitando de livros que mostrem de forma clara e simples, as interações energéticas e seus efeitos. É importante que se ensine a por na prática, toda essa teoria, pois só assim o aprendizado se consolidará. Escritora Maria Cristina, onde podemos comprar os seus livros? Maria Cristina - O livro está sendo vendido na Livraria da Vila no Shopping JK, em São Paulo. Pela internet é possível adquirir o livro na Asabeça, na Cultura e na Martins Fontes. Temos o blog do Energia Contaminada (http://imkenergiacontaminada.blogspot.com.br/) , onde procuramos manter os leitores e futuros leitores atualizados e também uma página no Facebook (https://www.facebook.com/imkenergiacontaminada). De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Maria Cristina - No livro, em três locais diferentes, colocamos o endereço do Blog ( ), para que o leitor possa manter contato com os escritores, tirar as dúvidas, fazer os cursos e saber das novidades e novos lançamentos. Divulgo meu trabalho através de palestras, work shops e cursos, além do blog e do Facebook. Os cursos têm como objetivo, proporcionar ao aluno a possibilidade de praticas, sob nossa orientação, aquilo que ele aprende na teoria. Nossa maior di-
ção e apoio. Achei fantástica a iniciativa de vocês de divulgarem os escritores. Acredito que esse seja uma melhoria que deveria ser replicada.
vulgação são nossos alunos, que ao porem em prática o que aprendem nas aulas e ao perceberem a mudança que isso trás para suas vidas, acabam replicação o aprendizado, como uma corrente. Cada aluno ensina seu circulo de relacionamento e motiva outras pessoas a se desenvolverem e a se cuidarem.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Maria Cristina Andersen , que mensagem você deixa para nossos leitores? Maria Cristina - Muito obrigado pela oportunidade e o que posso deixar de mensagem é: Nunca é tarde para correr atrás de seus sonhos. Tudo é possível quando a gente põe em prática aquilo que aprendeu. Junte-se a amigos e pessoas positivas. Mude a sintonia de seu pensamento e sentimento. Vocês não tem ideia de como isso pode mudar o rumo de suas vidas.
Quais seus próximos projetos literários? Pensas em publicar um novo livro? Maria Cristina - Tenho uma lista grande de livros que quero escrever e todos estão rascunhados. Estamos escrevendo um livro, que provavelmente vai acabar sendo uma coleção, sobre conexões energéticas e seus efeitos, além de um romance que estou escrevendo com outros dois amigos e que está quase no forno. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Maria Cristina - Tem muitos escritores e livros realmente bons, mas que ficam perdidos pela falta de divulga-
Participe do projeto Divulga Escritor https://www.facebook.com/DivulgaEscritor Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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Ronaldo Magella ronaldomagella@hotmail.com - Professor, jornalista, poeta, radialista, escritor e acadêmico de Pedagogia, UFPB, autor de três livros de crônicas
No Café com Ronaldo Magella
AMÁ-LOS, APESAR DELES
N
arra a história da filosofia que Diógenes, O Cínico, andava pela Grécia Antiga em plena luz do dia com um lampião na mão, dizia ele estar procurando um homem de verdade, alguém virtuoso e auto-suficiente, um homem verdadeiro. A história não conta se Diógenes logrou êxito em sua odisséia humana. Não é fácil desprezar a humanidade, quanto mais se pensa e se convive com os homens, seres humanos em geral, mais nos assustamos com as suas ações, com o seu modo de vida e de viver. E podemos conferir isso através da literatura. No livro Os devaneios do caminhante solitário Jean-Jacques Rousseau, no auge e em sua plena desilusão com a humanidade, escreveu, “teria amado os homens apesar deles mesmos”. Antes, o filósofo escreveu, “eis-me, portanto, sozinho sobre a terra, sem outro irmão, próximo, amigo ou companhia que a mim mesmo”. Quanto mais o ser pensa e pensa-se, é um leitor do mundo e um leitor de si, mais ele se sente solitário em si mesmo, não é uma solidão de companhia, gente, pessoa, mas de espírito, de sentimento. Em Letras e jornais de Lord Byron com notícias de sua vida, citação Schopenhauer, Byron dirá, “quanto mais observo os homens, menos gosto deles”. E Arthur Schopenhauer, em seu livro A arte de conhecer a si mesmo, escreverá, “tão logo comecei a pensar, entrei em discórdia com o mundo. O mundo tornou-se para mim vazio e ermo. Durante toda a minha vida senti-me terrivelmente só. Jamais encontrei alguém que, em espírito e coração, fosse de fato um ser humano. Nada encontrei senão miseráveis sofríveis, de cabeça limitada, coração ruim, sentimentos vis”. Olhando de perto, pensando, refletindo, analisando, o que não
quer dizer criticando, culpando, acusando, apontado, julgando, mas conhecendo em profundidade os seus humanos e suas misérias, vamos compreender as frases de Rousseau, Schopenhauer e Lord Byron, ou até mesmo a atitude de Diógenes em procurar um homem em meio a tanto homens. Pensadores e filósofos pessimistas, eles foram, é bem verdade, mas não os culpo por tais sentimentos, antes a humanidade que os tornou assim. Se antes era fácil sentir asco e repulsa pela sociedade humana, hoje, com o afloramento do consumo, do egoísmo, do narcisismo, com a ausência de valores nobres, com o individualismo, com a fragilidade dos laços humanos, é muito mais fácil. Não precisamos ir muito longe, podemos e só precisamos apenas ligar a TV, ouvir as rádios, acessar as redes sociais digitais e ver, ouvir e ler o que nós seres humanos estamos produzindo. Vivemos uma época ansiosa, como disse o italiano Luca Bacchini em entrevista à revista Época, “somos vítimas complacentes da cultura do descartável”. E dirá ainda, “vivemos exasperadamente a filosofia do “Carpe diem”, mas numa forma distorcida e hedonista, que tem pouco a ver com o pensamento horaciano. Acho que hoje o grande drama humano é aceitar a velhice ou, dito de outra forma, prolongar ao máximo a juventude. Daqui a 50, 70 anos a grama dos nossos cemitérios estará toda contaminada por botox e silicone”. Somos reféns de um sistema, dos nossos desejos, do nosso egoísmo, da nossa vaidade, do nosso tempo, da nossa época e não percebemos isto. As nossas paixões, os nossos vícios, a nossa fragilidade que teimamos por não conhecer e a encobrimos com arrogância, orgulho, prepotência, com mecanismos de fuga, como o sexo, o consumo, as drogas.
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Entrevista escritor Maurício Duarte Mauricio Duarte é natural de Niterói, RJ. Escritor, poeta, artista plástico e ilustrador, formado em Desenho Industrial – Programação Visual na Escola de Belas Artes da UFRJ. Tem duas antologias de contos publicadas sob demanda: Conspiração Literária e Conspiração Quadrinhográfica, além das coletâneas de poemas, Poesia Brutista, Simultaneísta e Estática e Pedaços de uma vida. Concluiu o curso de Produção Textual com a poeta Maria Regina Moura na editora Canteiros. Foi premiado pela ABD com medalhas de prata e de destaque concernentes a sua participação em salões de arte e literatura como poeta. Foi premiado também com a menção honrosa em poesia no XXXV Concurso Hermando Continentes da Argentina. “Gostaria de ver mais livrarias principalmente fora dos grandes centros, nas periferias e no interior. Há um número bom de editoras no país, embora elas, muitas vezes, não deem oportunidades para os novos autores, mas as livrarias são muito poucas e grande parte delas, se transformaram em grandes megastores, esquecendo do apelo e do charme das pequenas livrarias.” Boa leitura! 40
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Prezado escritor Maurício Duarte, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Em que momento você começou a escrever, e o que costumava escrever? Mauricio Duarte - Comecei a escrever com 14 anos, mais ou menos, para um trabalho de escola. Era uma história-em-quadrinhos, como não podia deixar de ser, tudo começou com as histórias-em-quadrinhos que
eu lia muito na minha infância e juventude e antes mesmo de começar a ler, pedia para minha mãe ler para mim, como ela me conta. Depois eu escrevi para um concurso também no colégio, de um romance juvenil, onde eu tirei o segundo lugar. Escrevi algum tempo após o concurso, mais um texto, um romance policial, mas esse eu joguei fora, desgostoso com o resultado. Tive um período em que eu não escrevi nada até chegar ao ano de 2003 quando eu retomei meus escritos e não parei até hoje.
Escritor Mauricio conte-nos como foi escrito seu livro de contos: “Conspiração quadrinhográfica . contos de inspiração neoísta” que temas você aborda em sua obra Mauricio Duarte - Conspiração quadrinhográfica foi um desdobramento natural do Conspiração Literária, onde eu coloco contos que abordam a realidade com um viés neoísta. No fundo, no fundo, tem a ver com a questão: como aproximar o conceito de Conspiração Cósmica que é um conceito alquímico, do Antigo Egito, ao do movimento neoísta, que é algo tão novo e contemporâneo? Num dos contos, Marcos, um professor de literatura, tenta publicar uma história-em-quadrinhos adulta, sem sucesso. Busco relacionar, nos meus contos, a trajetória de personagens que estão numa encruzilhada de suas vidas com uma estética do neoísmo em narrativa. Conspiração quadrinhográfica enfoca um aspecto editorial da HQ, de como a nossa imaginação tem sido envenenada de todas as formas pela mídia, especialmente, nas histórias-em-quadrinhos.
trabalho coloca como os quadrinhos possuem uma linguagem própria, que difere sensivelmente do cinema e da fotografia, por exemplo. E especialmente como essas três obras se relacionam, mesmo sendo tão diferentes no tempo, no espaço e em temáticas. Indico a leitura a todos aqueles que apreciam uma boa história-em-quadrinhos.
Qual o foco do seu livro filosófico da arte: “Confluência dos quadrinhos na contemporaneidade . Trem de Ferro.”? A quem você indica a leitura desta obra? Mauricio Duarte - Eu escrevi esse livro quando eu era aluno ouvinte do Mestrado em Ciência da Arte da UFF de Niterói . RJ. Não cheguei a completar o curso, mas isso de forma alguma tira o brilho do livro que discorre sobre três histórias-em-quadrinhos famosas e de alta qualidade no meio dos quadrinhos: Arzach de Moebius, Sin City de Frank Miller e O Bebê de Valentina de Guido Crepax. Além da minha obra pessoal, Trem de Ferro, no final do volume. O
Que temas você aborda em seus livros de poesia? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas? Mauricio Duarte - A poesia aconteceu para mim como um achado espiritual... estou sempre lidando com o imaginário mais lúdico e mais apto a sacolejar os leitores no que eles possuem em essência, questionando os ditames da própria vida. Busco além da espiritualidade, temas relacionados a vida urbana contemporânea e suas contradições. A própria vida me inspira muito, com suas limitações, seus desejos e seus amores. A poesia me encanta e me faz recordar que estou vivo. Houve períodos da minha vida que eu
escrevia um poema por dia, agora estou menos produtivo, mas ainda escrevo muito. Você, hoje, usa dois nomes, conte-nos como surgiu o nome de sannyasin: Swami Divyam Anuragi? o que diferencia o Swami Divyam do Maurício Duarte? Mauricio Duarte - O nome Divyam Anuragi surgiu quando eu tomei sannyas pelo OSHO, um guru indiano, que ficou famoso nos anos 1970 e 1980. Foi um marco na minha vida a devoção a esse caminho espiritual, como é até hoje. O Anuragi de hoje é mais maduro do que o Mauricio de ontem. Sei diferenciar entre o que me mobiliza para escrever um texto ou para pintar uma tela do que me mobiliza para praticar meditação, por exemplo. É importante isso, porque muitas vezes, o autor pode se confundir entre o que é expressão do seu trabalho como artista e o que é de foro íntimo e que deve ficar reservado à questões pessoais. De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Mauricio Duarte - Divulgo meu trabalho em coletâneas de vários autores, digitais ou impressas, no Brasil e em Portugal. Utilizo o site recanto das letras (http://www.recantodasletras.com.br/autores/mauricioduarte ) que possui a maioria dos meus textos e também as redes sociais como o facebook https://www.facebook.com/mauricio.a.duarte, twiter https://twitter.com/Anuraghi Onde podemos comprar os seus livros? Mauricio Duarte - Pode adquirir exemplares dos meus livros pelo Clube de Autores: Pedaços de uma vida. antologia de poesia. http://www.cluRevista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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bedeautores.com.br/book/137277-Pedacos_de_uma_vida Poesia Brutista, Simultaneísta e Estática . poemas rebeldes. http://www.clubedeautores.com.br/book/37025--Poesia_Brutista_Simultaneista_e_Estatica Conspiração quadrinhográfica . contos de inspiração neoísta . http://www.clubedeautores.com.br/book/36990--Conspiracao_quadrinhografica. Meu e-mail é: duarte.mauricioantonio. maurici@gmail.com Escritor Maurício, quais seus próximos projetos literários? Mauricio Duarte - Atualmente estou escrevendo um romance a partir do projeto do site Desafios dos escritores do núcleo de literatura da Câmara dos deputados de Brasília. O romance está no capítulo 11 de um total de 22 capítulos e é sobre Nonato, um devoto que faz uma grande caminhada da sua casa até Juazeiro do Norte onde vai assistir uma romaria à Nossa Senhora das Candeias. Nonato acaba se tornando santo e essa trajetória (de um dia na vida do personagem) é contada na história. Como é o seu trabalho como artista visual? E como sua atuação como artista plástico se relaciona com o seu processo de escrita em literatura? Mauricio Duarte - Para mim, pintar é deixar fluir a criação, espontaneamente. Deixar que venha a inspiração plena de gozos e prazeres. É assim que entendo meu movimento em direção às artes visuais. Para mim, é necessário deixar a arte falar através da minha pessoa, através das minhas mãos. A arte é que fala, não eu. Penso num expressionismo abstrato, montanhas de configurações nas quais me deleito ao realizar, pesquisando e investigando o meio que estou utilizando. 42
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O trabalho como artista visual é fundamental para que eu possa ampliar os horizontes da criação literária e vice-versa. Hoje vivemos numa cultura imersa em imagens e signos pop, altamente veiculada pelas diversas mídias. Reutilizo tudo isso, em minha arte e literatura. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Mauricio Duarte - Parece anacrônico o que vou dizer, em plena era digital, mas acho importante: o número de livrarias no Brasil é muito pequeno. Gostaria de ver mais livrarias principalmente fora dos grandes centros, nas periferias e no interior. Há um número bom de editoras no país, embora elas, muitas vezes, não deem oportunidades para os novos autores, mas as livrarias são muito poucas e grande parte delas, se transformaram em grandes megastores, esquecendo do apelo e do charme das pequenas livrarias. Adoro folhear livros, o contato com o livro é essencial, na minha perspectiva. O livro digital tem o seu lugar e cada vez mais vai aparecer, mas acredito que devia ser dado um incentivo às pequenas livrarias e ao livro convencional. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Mauricio Duarte, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Mauricio Duarte - Gostaria de dizer que hoje vivemos um tempo realmente singular, onde se diz justiça, mas vemos “prisão-escola de crimes”, onde se diz livre escolha, mas vemos “aborto incentivado”, onde se diz tratamento psiquiátrico e vemos “amontoado de pessoas sem esperança num manicômio”. Um tempo com contrariedades muito grandes. Para os jovens digo que o mais importante é cultivar uma personalidade que valha a pena, porque persona vem de máscara, o som que vem da máscara, portanto que leia bons livros, veja bons filmes, assista boas peças de teatro, vá a boas exposições de arte. Até para que esse jovem, essa jovem possam transcender essa persona, essa máscara quando estiverem mais maduros e/ou para que possam expressar-se como artistas de um modo pleno.
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Leo Vieira leovieirasilva@gmail.com - Escritor acadêmico em várias Academias e Associações Literárias; ator; professor; Comendador; Capelão e Doutor em Teologia e Literatura
Mercado Literário
Apresentando a Obra
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e você irá apresentar a obra nas editoras, é porque decidiu a trilha mais trabalhosa. Como foi explicado em uma postagem anterior, o primeiro passo é o foco; por qual trilha você irá percorrer. Mas antes, o escritor precisa saber de alguns detalhes notáveis. Antes de tudo, você precisa registrar sua obra na Biblioteca Nacional. Encaderne a sua literatura, numere as páginas, preencha a ficha (disponível no site) e leve junto com o comprovante do depósito e com a cópia de suas documentações exigidas no escritório da BN. Eles lhe darão um número provisório e após algumas semanas, o definitivo. Com isso, a sua obra já está segura para ser analisada pelos editores, protegida legalmente de plágio. Faça uma pesquisa de editoras que selecionam obras. Evite editoras muito grandes, porque elas demoram muito tempo para responder (no caso, para dar um “NÃO”; isso quando respondem), além de receber dezenas de livros por dia. E muitos deles são descar-
tados sem sequer serem lidos. Tudo porque os autores também não se preocuparam em formalizar uma boa apresentação de suas obras. Outra coisa que os autores precisam saber é que os editores não são bobos e não vão dar atenção a uma carta de apresentação cheia de propostas mirabolantes de “divulgação” e “marketing”. Portanto seja justo e honesto porque a franqueza é a linguagem editorial. Sugestão: Junto com a encadernação (ou arquivo do livro digital), anexe antes da obra o esboço do projeto editorial. Na ordem, coloque o projeto (livro xxx); autor (somente o seu nome); registro da obra; título; objetivo (romance de ficção); formato e dimensão (14x21 cm com aproximadamente 200 páginas); temática (“gótico lunático que pensa que é um vampiro”); público alvo; direitos autorais (coloque sempre “a combinar”); sinopse; e breve resumo do argumento, com descrição dos personagens. Depois, apresente a obra e por último, a sua biografia.
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Entrevista escritora Regina Alonso Regina Alonso é Pedagoga e escritora, nasceu em Santos-SP, em 18 de dezembro de 1942. Autora de vários livros de prosa e poesia. Escreveu com o diretor Renato Di Renzo, o texto dramatúrgico “Refavela– refazendo o sentido” e “Orfeu das Palafitas”(parceria Ong TAMTAM e Instituto ARTE NO DIQUE).Tem publicações em jornais, fanzines, antologias e revistas literárias: A TRIBUNA Santos, NippoBrasil, Caderno ZASHI SP, Gozo Celestial - Santos, PoetizandoSantos, Poetas Caiçaras BS/SP e ÒMNIRA(BA). Integrante do Grêmio de Haicai Caminho das Águas e do Grupo Poetas Vivos. Coordena o Departamento Cultural da AMBEP Associação dos Mantenedores e Beneficiários da Petros, Grupo “Café com Letras”.Coordena OUTRAS PALAVRAS, projeto literário da ONG TAMTAM. “Ao comprar um livro não esmoreçam diante do preço, afinal, ele pode ser retirado em uma biblioteca ou emprestado de um amigo. Às vezes, o livro é mais barato que uma tarde no shopping...” Boa Leitura!
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Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Prezada escritora Regina Alonso, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento decidiu publicar seu primeiro livro? O que a motivou a publicação? Regina Alonso - Decidi publicar o primeiro livro, após escrever muitos poemas e acreditar que tinham alguma qualidade para passar ao leitor, porque receberam prêmios em con-
cursos de poesia, locais e nacionais. E surgiu “Ofício”, poemas que falam sobre o fazer poético dentro do cotidiano viver. Ainda tinha medo de que alguns textos não fossem poesia, mas a cronista e poeta Madô Martins, no prefácio, tece comparações com Adélia Prado, Cora Coralina e outras escritoras que trabalham com poemas narrativos e/ou prosa poética. Encorajei-me e a Litteris Editora/ RJ editou. Hoje você tem vários livros publica-
dos em Haicai, conte-nos um pouco sobre seu livro “Santos- Natureza e Arquitetura em fotopoemas”. Regina Alonso - Este livro daria uma “novela”... Lendo e pesquisando sobre o haicai, entendi a importância do Porto de Santos na história desse poema de origem japonesa: O haiku, na sua forma original, é introduzido no Brasil pelos imigrantes japonenes, que chegam em 1908, ao Porto de Santos, pelo histórico Kasato Maru. Quando o navio adentra a barra de Santos, Shuhei Uetsuka (Hyôkotsu), poeta de haiku e encarregado de conduzir os imigrantes a bordo, ao ver a Serra do Mar e a cascata com pouca água (o que acontece no inverno), compõe o primeiro haicai escrito em águas brasileiras: *karetaki o miagete tsukinu imensen (Hyôkotsu) A nau imigrante chegando: Vê-se lá no alto a cascata seca. Shuhei Uetsuka (Tradução de H. Masuda Goga) Considerando a estreita relação do ato fotográfico e a arte de compor haicais — pois as fotos são como haicais, surgem na maioria das vezes de fora para dentro, de um insight, satori (iluminação), estado ideal para compor haicais, ou como dizem os mestres, deixá-los se fazerem — fiz o projeto SANTOS - NATUREZA E ARQUITETURA EM FOTOPOEMAS. Em síntese, fotografar a cidade de Santos, em dois capítulos: um referente ao mar e outro referente à arquitetura, estabelecendo um diálogo poético com as imagens através do haicai. As fotografias foram tiradas por Sérgio Furtado e Tadeu Nascimento, premiados e renomados nessa arte; a Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS) cedeu fotos de Santos antiga. A edição era cara, eu não poderia arcar com esse custo; ten-
tei parcerias, pois todos se encantavam, mas nada se concretizava. Então o projeto “foi para a gaveta”, onde permaneceu por quase 5 anos e concretizou-se com o PROAC- Prefeitura Municipal de Santos - SECULT 2010, quando ficou entre os 30 selecionados. E o livro repercutiu muito! Durante o lançamento no Museu do Café, no Centro Histórico de Santos, a fila enorme de leitores estendeu-se pelas calçadas... Lançado também em escolas municipais (Educação de Adultos - Zona Noroeste), Morro da Nova Cintra (durante o Leia Santos, junto à Lagoa da Saudade) e oficinas de haicai na Casa da Frontaria Azulejada, o livro teve distribuição gratuita e venda, e foi para o Japão, França, Irlanda, Alemanha, Portugal, Espanha... Já se encontra na 2ª impressão e continua muito procurado; sempre encanta santistas e turistas, pois é um relato da nossa história em fotopoemas. Escritora Regina, qual o objetivo do projeto “Outras Palavras” coordenado por você em parceria com a ONG TAMTAM? Quem pode participar? Regina Alonso - O objetivo é desenvolver com todos que ali chegam, o gosto e o hábito de leitura, de forma prazerosa e com base em pesquisas, discussão de textos selecionados de livros (da nossa biblioteca e de outras procedências), desmistificando a velha afirmação de que “literatura é para poucos”... Aliar à leitura propriamente dita, a recriação e criação de textos, estimulando a ilustração e diferentes formas de expressão, a interpretação do que foi lido, em diversas dinâmicas: dramatização, leitura oral individual e coletiva; leitura com imagens e leitura da imagem, do espaço, do som, do vazio; interpretar com o corpo; buscar ainda escrever
na forma de ação (dramaturgia); interpretar sem falar, valendo-se do gestual; criar textos coletivos... Qualquer pessoa (de preferência, alfabetizada) pode participar. Hoje, você realiza oficinas de literatura – poesia em Haicai, onde e como são realizadas as oficinas? Quem pode participar? A oficina pode ser realizada em uma outra cidade? Como as pessoas que desejam participar devem fazer para entrar em contato com você e ter mais informações? Regina Alonso - Faço oficinas literárias (haicai e outros gêneros literários) no Espaço sócio cultural e educativo ROLIDEI, no Café com Letras- AMBEP (outro projeto que coordeno), no CAMPS, na ONG Heitor Ribas-São Vicente, em escolas municipais, estaduais e particulares e em qualquer espaço para o qual seja convidada. Preparo as oficinas conforme o perfil do público, usando sempre a leitura em livros, power-point, provocando a escrita de textos curtos e a troca entre todos, estimulando a publicação de antologias onde cada um vê o produto particular e o geral, vendo-se a si mesmo, aumentando sua auto-estima e o desejo de continuar a ler, a crescer, a conhecer-se, tornar-se cidadão deste mundo num eterno processo de formação cultural e ética. No Outras Palavras e no Café com Letras já vamos para a 4ª publicação de livros que contemplam as produções do grupo - dia de festa, com lançamento, autógrafos e apresentação artística dos grupos. Podem participar todos que quiserem... A entrada é franca. É só chegar ao local,no dia e hora: Rolidei- Canal 1- 3º Piso do Teatro Municipal de Santos (Leitura Dirigida: toda segunda feira, 16 às 18h; e na penúltima Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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terça do mês, das 19h às 21h, oficinas literárias com escritores convidados) AMBEP- Ana Costa, 259, conj 53 ( Café com Letras primeira e terceira quinta-feira do mês, das 14h30 às 17h) As oficinas podem ser realizadas em outras cidades, desde que agendadas com antecedência. Contatos para informações e ou agendamentos -Tel (13) 3261-4481 ou orgone2011@gmail.com Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Regina Alonso - Quero atingir todos: crianças e jovens, porque são os continuadores... Adultos, velhos, porque nunca estamos prontos... A sociedade, a cultura, a história estão sempre em mudança e precisamos ser pertencentes de fato a este mundo contemporâneo, esta aldeia global que não para, não para, como dizia o Cazuza. Minha mensagem - é no coletivo que nos vemos como pessoa única, que nos descobrimos os mesmos e diversos, que nos tornamos cúmplices dos outros e de nós mesmos, complacentes com as falhas (motivos para nos revermos a todo instante), fortes incrivelmente fortes, porque descobrimos que não estamos sós: nos tornamos humanos sensíveis esperançosos e alegres por estarmos participando do instante... ainda, aqui e agora! Escritora Regina Alonso, você hoje tem vários livros publicados, conte-nos qual o livro que demorou mais tempo para ser escrito e publicado? Regina Alonso - “Na ponta do laço”, contos, teve um longo processo quase 4 anos de gestação. A poesia foi o gênero em que me iniciei. Uma escritora e amiga do PROLER dizia 46
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que eu deveria experimentar a prosa. Comecei e todos os contos que enviei a concurso foram premiados, geralmente em 1º lugar; quando conquistei o Mapa Cultural Paulista - Contos 2007/ 2008, ganhei confiança e coragem. O conto premiado deu nome ao livro. Escrevia num frenesi, cheia de imaginação e entusiasmo, mas quantas vezes rasguei, desprezei o texto ao perceber que não estava bom, verossímil... e recomeçava. Tudo pronto, aprovado pela Editora LeopoldianumUNISANTOS, onde a revisão e edição totalizou uns 2 anos... Que temas você aborda em seu livro “Na Ponta do Laço”? Regina Alonso - O tema central é o homem. O livro divide-se em 5 capitulos: I-Da Pureza - o homem e sua ingenuidade ao vir ao mundo; II-De Amores e Desamores - o amor é um acontecimento vital, alegria de ser, mas traz ao homem, a desilusão, o outro lado da moeda; III - Do inexorável - a vida é e nos pega no cotidiano viver; o homem entende que não tem controle sobre tudo (ou quase nada); IV- Das travessias - mesmo assim, temos que cumprir nosso destino, ou melhor, viver; fazemos escolhas (e às vezes, nem tanto), percorremos caminhos, fazemos travessias, como o Riobaldo do nosso Rosa; V- Dos sonhos e percebemos que viver só é possível através do sonho, da imaginação, da esperança; o homem inventa (sonha) para poder (sobre?)viver. Cada capítulo abre com um poema cujos versos são um preâmbulo para os contos. Gostaria de citar também “Circularidade”, poemas, que consumiram quase 3 anos, devido à exigência que me fiz de buscar uma linguagem precisa, enxuta e trabalhar com o vazio, além de abrir aos leitores, “os bastidores do poema”, ao final.
Qual o livro que demorou menos tempo para ser escrito e publicado? O que a motivou a escrever de forma mais intensa que os demais livros escritos? Que temas você aborda neste livro? Regina Alonso - “De papoulas e sóis vermelhos” - em menos de um ano escrito e publicado. Foi um sentimento avassalador, de poemas que sangravam paixão no sentido da própria carne e também no sentido alegórico. A criação, o nascedouro do poema; a dor que as palavras nos causam enquanto não surgem e os cuidados do poeta para encontrá-las; a ancestralidade, o mistério, a desmistificação; o mau-agouro, os milagres, e a voz da natureza; a paixão e as cores; o desejo e as garras; o animal que nos habita; a beleza como imperativo do existir; a cidade-
pois em geral, exigem a emissão de outra com dados apenas dos livros sob consignação, obrigando o autor a novos e desgastantes contatos com as editoras. É claro que se a editora fizesse a distribuição, pelo menos durante 1 ou 2 anos, o problema seria resolvido ou minimizado Se o governo intensificar os Projetos de Apoio Cultural PROAC, pelos municípios e estados, tanto escritores como editoras serão beneficiados. Escritora Regina onde podemos comprar os seus livros? Regina Alonso - Meus livros encontram-se Em Santos, nas Livrarias: Realejo (Gonzaga, Rua Marechal Deodoro) Porto das Letras (canal 1, quase esquina da praia); Todos os livros editados podem ser adquiridos diretamente comigo, através do tel (13) 3261-4481 ou por email orgone2011@gmail.com
-movimento mesmo emparedada, cidade sonhada... os contrários: contrapor-se para existir... Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades? Regina Alonso - As principais dificuldades para a publicação do livro referem-se ao alto custo de edição e ao fato de a maioria das editoras não fazerem a distribuição junto às livrarias (da cidade do autor, do estado ou do país). As editoras deveriam baixar o custo, facilitar o pagamento, dar mais apoio aos autores, interferindo junto aos livreiros para que aceitem seus livros com a nota fiscal referente à edição/compra total, quando estes estão todos entregues à responsabilidade do autor,
Quais seus próximos projetos literários? Regina Alonso - HAICAI NO BENTÔ, com lançamento previsto para a segunda quinzena de outubro de 2013. No livro, o tema (kigo) do poema é o próprio alimento, remetendo também ao cultivo, às tradições e à sobrevivência do homem. Embalado de forma especial, o livro tem ilustrações coloridas, incentivando a leitura prazerosa e atraente para o leitor de qualquer idade. Com certeza todos vão escrever seus próprios haicais, pois o tema é decorrente do nosso cotidiano viver. Meu primeiro romance, sobre o poder, a submissão e a árdua e dolorida conquista da liberdade de ser; venho me dedicando há 2 anos, está em processo de revisão e pretendo lançar em 2014. Pois bem, estamos chegando ao fim
da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Regina Alonso, que mensagem você deixa para nossos leitores? Regina Alonso - Aos leitores, minha mensagem: continuem a buscar sempre... Ao comprar um livro não esmoreçam diante do preço, afinal, ele pode ser retirado em uma biblioteca ou emprestado de um amigo. Às vezes, o livro é mais barato que uma tarde no shopping... Não se importem de abandonar um livro que não lhes agrada; vocês têm esse direito, pois devem ser críticos, sempre. Troquem por outro, outro e outro até chegar àquele que os agarre feito um ímã e os leve além, muito além da realidade — sem medo de sonhar, ousar na busca de outros caminhos e ser feliz! Agradeço a oportunidade e parabenizo você, jornalista Shirley M. Cavalcante, pela iniciativa de dar espaço aos escritores, permitindo-lhes ouvir seus pares e falar de seus fazeres, numa troca que enriquece a todos. Obrigada, sempre. Abraços, Regina Alonso, Santos, setembro 2013.
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Alexsander Pontes alexsander.pontes@gmail.com - brasileiro nascido em Curitiba - Paraná, formado em Letras e pós-graduado em Produção e Recepção de Textos.
Literatura na Prática
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aros leitores, nesta edição veremos os homônimos e parônimos. Para aqueles que não lembram, os parônimos são pares de palavras que se assemelham tanto na pronúncia quanto na grafia. Por exemplo: - Iminente (que está prestes a acontecer) e Eminente (ilustre). Percebam que as palavras são apenas parecidas, sejam elas escritas ou pronunciadas. Já as palavras homônimas, são aquelas que possuem a mesma pronúncia ou a mesma grafia, ou ainda, podem ser idênticas tanto na grafia quanto na pronúncia, são exemplos dessas palavras: - Senso (juízo) e Censo (contagem);
- Torre (construção alta e estreita) e Torre (do verbo torrar); - São (sadio), São (do verbo ser) e São (santo). Notem que no primeiro caso as palavras possuem exatamente a mesma pronúncia, porém há uma pequena diferença em sua grafia. Já no segundo exemplo acontece o contrário, não existe diferença de grafia, porém percebemos uma pequena alteração na hora da pronúncia, pois uma possui a sílaba tônica aberta e a outra possui a sílaba tônica fechada. E no terceiro exemplo não existe diferença alguma, seja na pronúncia ou na grafia das palavras, no entanto, cada uma possui um significado diferente.
Agora vamos ver como esse conhecimento pode ser utilizado na prática: Minh’alma ascende quando você me acende Por ti eu sinto apreço E quando estamos juntos não me apresso Até te conhecer eu era insipiente no amor apenas um incipiente Consertou minha vida Concertou nossos corações Nosso amor é esotérico Mas procuro, sempre, ser exotérico As pessoas são espectadoras E quando nos veem se tornam expectadoras Fui esperto quando te pedi em namoro Agora sou experto em ti Antes o amor me parecia incerto Até que seu amor foi inserto em mim Seu jeito sensual Causa-me confusão sensual Passo a passo Seguiremos rumo ao nosso paço Uma coisa eu asserto: Namorar você foi um acerto. Espero que tenham gostado. Obrigado e até a próxima.
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Entrevista escritor Rubens Silva Rubens Silva mora em Santana, Estado da Bahia é Professor, poeta e escritor, atualmente exerce a função de Representante Territorial de Cultura no Território da Bacia do Rio Corrente, estado da Bahia. Participou da antologia Algumas Ficções, com o texto: Uma questão de fé, e da Coletânea dos melhores Contos, Crônicas e Poesias – Selecionados pela Associação Internacional de Escritores e Artistas Plásticos. É Licenciado em Letras e pós-graduado em Jornalismo Político, nasceu em Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul. Desde os quinze anos de idade esteve envolvido com a produção de textos em panfletos e pequenos informativos nas escolas onde estudou. Aprendeu a gostar de ler e escrever muito cedo, foi alfabetizado por sua mãe. Adora histórias em quadrinhos. Como escritor tem predileção por ler e escrever contos, crônicas e poesias. O que o levou a publicar três livros: Reminiscências (contos), Modesto Memorial (Crônicas) e Pétalas de Amor (Poesias). “Gostaria de ver o mercado literário brasileiro dando mais oportunidade para autores nacionais. Temos tantos talentos brasileiros, no entanto você entra em uma livraria brasileira em qualquer lugar do país os livros mais destacados nas suas gôndolas são livros estrangeiros ou de celebridades, artistas de televisão, participantes do BBB e jogadores de futebol;” Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Rubens Alves da Silva é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita? Rubens Silva - Sempre fui muito curioso, e adorava ler as revistas do Tio Patinhas, Pateta, Zorro, fotos novelas, quem não se lembra das fotos novelas das Revistas Capricho, Contigo e tantas outras? Eu brigava com minhas primas e primos por causa dessas revistas. Com quinze anos de idade fui internado em uma escola administrada por irmãos maristas em Santa Maria, o Ginásio Industrial Hugo Taylor onde hoje é o Mercado Carrefour, aí aprendi a ler os autores brasileiros clássicos, fui eleito Presidente do Grêmio Literário Casimiro de Abreu. Naquele tempo as escolas tinham seus Grêmios Literários, o que me obrigou a lidar com poesias de Castro Alves, Fernando Pessoa, Casimiro de Abreu e tantos outros, apresentações teatrais, recitais de poesias nas salas de aula como aluno. Essa vivência com a literatura, e também as atividades profissionais que exerci obrigavam-me a ler muito. Talvez isso tenha exercido certa influência no meu desejo de escrever e publicar meus livros. Que temas você aborda em seu livro de contos “Reminiscências”? A quem você indica a leitura desta obra? Rubens Silva - Comecei na verdade escrevendo contos para o site Recanto das Letras, não tinha nenhuma pretensão de escrever livros. Alguns textos que escrevi nesse site despertaram a atenção dos leitores, comecei a receber comentários elogiosos sobre meus contos, e eu acreditei. Daí surgiu o interesse de uma Editora de Londrina no Paraná em publicar um texto meu “Uma questão de fé” onde conto histórias das benzeduras e curas proporcionadas por minha mãe. Esse conto foi publicado numa antologia de textos de ficção chamada “Algumas Ficções”, foi a minha primeira experiência como escritor, me senti muito feliz em ver meu texto publicado em um livro. Os temas que abordo no meu livro “ReminisRevista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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cências” são histórias do cotidiano, a maioria delas vivenciadas por mim durante minha infância e juventude. Rendeu mais de sessenta contos que por interesse de uma editora de São Paulo, que me fez uma proposta tentadora, surgiu então o meu primeiro Livro de Contos. Indico a leitura para as pessoas que gostam de contos, que tem histórias semelhantes de vivências com seus familiares, para quem gosta de se divertir lendo. Que tipos de crônicas você nos apresenta em seu livro “Modesto Memorial”? Conte-nos um pouco sobre este livro. Rubens Silva - Meu segundo livro já foi mais pensado, e é uma produção independente. Para publicá-lo eu utilizei os préstimos e a grande oportunidade oferecida gratuitamente pelo “Clube de Autores”. Recomendo a visita a esse portal que permite a qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhecimento em informática a diagramar o seu próprio livro, além de oferecer cursos muito interessantes para quem deseja produzir seus livros. Como fiz com os contos que eu havia escrito no Recanto das Letras, também reuni em um livro só, todas as crônicas e dei o nome de “Modesto Memorial” que é uma coletânea de textos escritos em forma de crônica sobre tudo o que me aconteceu na vida e que eu fui lembrando e escrevendo. O que mais lhe inspira a escrever poesias? Que mensagem você quer transmitir através de seu livro “Pétalas de Amor”? Rubens Silva - As poesias que criei posso dizer que surgiram num momento de emoção, sei lá, a inspiração veio e eu comecei a escrever e elas saíram assim, sem mais nem 50
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menos. Posso dizer que não há uma receita para fazer poesias. O texto poético ou em prosa surge naturalmente. Eu costumo dizer que para mim o texto tem que provocar um “nó na goela”! (rsrs). É aquele texto que quando você termina de escrever e que você lê umas duas vezes, se emociona, e muitas vezes não acredita que foi você quem criou aquilo. Essa é a minha forma ou técnica para produzir um livro ou escrever um texto. Se ele não me provoca emoção, se ele não tem sentido para mim, escritor, o texto não presta. A mensagem que desejo transmitir a quem ler o meu livro “Pétalas de Amor” é que eles os leitores sintam a mesma emoção que senti ao escrevê-los. Só isso! transmitir emoção! De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Rubens Silva - Tenho feito muito esforço divulgando periodicamente meus livros nas redes sociais, e agora estou muito feliz em poder dar esta entrevista para o seu blog que é mais uma oportunidade de divulgação dos nossos trabalhos. Sua ideia foi e é brilhante dando-nos esta oportunidade. Também pretendo fazer a divulgação dos meus livros em breve em eventos de lançamento ou em feiras de livros. Onde podemos comprar os seus livros? Rubens Silva - Meu livro “Reminiscências” pode ser adquirido por intermédio do site: www.biblioteca24x7.com.br ou pelo site da Livraria Cultura no Brasil inteiro: www. livrariacultura.com.br assim como
pelo site: www.amazon.com é só digitar o nome do livro ou o autor na tela de busca e efetuar a compra sem problemas. Os meus livros “Modesto Memorial” e “Pétalas de Amor” podem ser adquiridos no site: www. clubedeautores.com.br do mesmo modo. Os leitores também podem ainda ler meus textos inéditos em livros acessando meu site pessoal: www.rubensasilva.com ou www. recantodasletras.com.br esses sites também disponibilizam mecanismos de busca e de compra de meus livros já publicados. Pensas em publicar um novo livro? Rubens Silva - Sim, pretendo publicar muitos livros mais, depende da minha inspiração, e da minha transpiração, de tempo e de condições propícias. A cabeça de um escritor vive fervilhando de ideias, projetos e emoções. De repente surge uma nova criação e publicarei no Recanto das Letras e no meu site pessoal. Acho que já tenho vários textos inéditos em livro e que podem fazer parte em breve de outro livro. Escritor Rubens você hoje é Representante Territorial de Cultura do Território da Bacia do Rio Corrente, quais os principais projetos literários que são desenvolvidos pela
Secretaria Estadual de Cultura do Estado da Bahia? Temos planos para novos projetos literários? Rubens Silva - Na verdade essa função é fruto de um edital publicado pela Secretaria Estadual de Cultura do Estado da Bahia em que saí vencedor, concorrendo com mais quatro candidatos, e a estou exercendo temporariamente, o que posso dizer para os leitores é que a SECULT/BA está promovendo a V Conferência Estadual de Cultura do Estado e em breve haverá a III Conferência Nacional de Cultura em Brasília. Nessas conferências estão sendo discutidas inúmeras propostas que visam desenvolver as políticas públicas de cultura do país o que contempla também ações de desenvolvimento na área da produção literária, do desenvolvimento da indústria literária, ou seja, da produção de livros, dando maior oportunidade para os escritores baianos e nacionais. Quem é o escritor Rubens Silva? Quais seus principais hobbies? Rubens Silva - Rubens Silva é um homem normal, às vezes irreverente, teimoso, que como qualquer mortal trabalha e estuda honestamente em busca de um lugar ao sol como todos os escritores ou artistas. Acredito cegamente nas minhas amizades, até o momento em que por um motivo ou outro me decepcionem, e por razões óbvias as descarte sem muitos sentimentos ou lamentos. Gosto de ler. Leio tudo que passa pelos meus olhos, placas nas ruas, bulas de remédio, livros bons e ruins, os bons para aprender a escrever bem e os ruins para não repetir os erros e não ser um escritor medíocre. Sou leitor vorás de contos, crônicas e poesias. Adoro ler.
Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Rubens Silva - Gostaria de ver o mercado literário brasileiro dando mais oportunidade para autores nacionais. Temos tantos talentos brasileiros, no entanto você entra em uma livraria brasileira em qualquer lugar do país os livros mais destacados nas suas gôndolas são livros estrangeiros ou de celebridades, artistas de televisão, participantes do BBB e jogadores de futebol; temos hoje em dia jogadores de futebol que muitas vezes não sabem nem falar e por que publicaram um livro ou uma revistinha em quadrinhos e dispõe de recursos financeiros são membros de academia de letras. As celebridades que publicam seus livros são imediatamente divulgadas nos programa televisivos como se fossem umas sumidades na literatura enquanto temos inúmeros escritores talentosos no país, mas que não têm recursos e nem têm influência são ignorados, basta entrar na internet para encontrá-los. Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Rubens Alves da Silva que mensagem você deixa para nossos leitores? Rubens Silva - Gostaria de dizer aos leitores que leiam, leiam, leiam cada vez mais. A leitura é muito importante, exercita o cérebro, proporciona conhecimento, diverte e melhora cada vez mais a nossa comunicação. Para os novos escritores eu gostaria de dizer que hoje, qualquer pessoa pode escrever e publicar um livro, a
internet apresenta milhares de opções e formas gratuitas de divulgação de seus escritos. Experimente a sensação maravilhosa que é ter seus textos publicados em livros e dar uma entrevista como a que acabo de dar para a Jornalista Shirley M. Cavalcante. Muito obrigado pela oportunidade Shirley.
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Francisco Mellão Laraya larayaescritor@hotmail.com - Advogado, músico e escritor
A vida em partes
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screver sobre o sorrir, ou o chorar, é falar de lágrimas, pois é este o sinal que temos quando a alegria, ou a tristeza é muita. As gotas de água salgada, que brotam dos olhos, guardam a vida em si, e lembrando o oceano, feito também de água salgada, que guarda grande parte da vida do planeta, as lágrimas demonstram a profusão de sentimentos, a vida interior. Qualquer ser humano é capaz de chorar, mas em um misto de estupidez e cretinice, foi-nos ensinado que o fazer é feio. Demonstrar os nossos sentimentos é, para alguns, indesejável, tudo em uma ânsia terrível da luta pelo poder, de se demonstrar forte, e como isto nos leva a sofrer... O orgulho, a incompreensão, advém deste pequenino gesto de contenção para não sofrer, e levam ao
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ser humano a um sofrimento ainda maior. As páginas escritas são com sangue, suor e lágrimas, por isso são lidas com atenção, ou com repúdio, dependendo do estado de humor, e dos valores de quem está a ler. Acontece que o escritor pouco sabe, ou pouco se importa do que vai acontecer, com o texto que está a escrever. Aí ele se torna em formador de opiniões, em um mentor de idéias, enfim no revolucionário da pena e do papel, que fazem mais barulho que o fuzil e a morte. O escritor é o revolucionário da vida, ele dá vida a pensamentos e sentimentos, transmitindo sua vida interior a quem o lê. Por isso comecei com lágrimas e termino descrevendo a mim mais um pouco, pois o melhor personagem de um escritor: é ele mesmo!
Entrevista escritora Rosemary de Ross Escritora Rosemary de Ross natural de Francisco Beltrão/PR, atualmente reside em Pato Branco/PR. Nasceu com paralisia cerebral, tem dificuldade de coordenação motora, o que não a impossibilitou de estudar, trabalhar e escrever. Apesar dos inúmeros obstáculos e preconceitos que enfrentou, fez faculdade de Letras. Sempre gostou muito de ler e escrever. Na atualidade, trabalha em uma empresa por meio período e faz curso de Teologia para Leigos. No outro período se dedica à leitura e à escrita. Também escreve mensagens, muitas das quais, circulam pelos meios de comunicações e principalmente pela internet, sobre os mais diversos temas. É colunista, escreve artigos sobre temas da atualidade para diversos sites, blogs, jornais e revistas do país. “É importante ensinar as crianças a apreciar e cuidar dos seus livros. Dê livros de presente! Nos momentos de lazer, levem as crianças aos centros culturais, estimule a visita às bibliotecas, bienais e feiras literárias.”
Boa Leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Nobre Escritora Rosemary de Ross para nós é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos como começou seu gosto pela escrita? Em que momento decidiu escrever seu primeiro livro? Rosemary de Ross - A minha vocação literária surgiu durante a adolescência. Na escola, sempre tirava ótimas notas em português, gostava muito de fazer redações, escrever textos dissertativos e ler sobre temas relacionados aos problemas do nosso cotidiano. Depois que comecei a estudar no período da manhã, no inicio da tarde fazia os deveres e em vez de ir brincar com as amigas, preferia ficar lendo. A confirmação da minha vocação veio no último ano do segundo grau, quando fiz um teste vocacional no Colégio Madre Teresa - Francisco Beltrão/PR, onde eu estudava na época, e o resultado mostrou aptidão para a área de Letras (redatora, autora, escritora e professora). Em 1987, me mudei para a cidade de Pato Branco e Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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iniciei a faculdade de Letras. Sou católica, sempre participei de retiros, formações, pastorais e movimentos. Em setembro de 1998, após uma profunda experiência de oração com Nossa Senhora, movida pela vontade de evangelizar através da escrita, iniciei a concepção do meu primeiro livro “Uma mensagem por dia, o ano todo”, publicado pela Paulinas Editora e lançado em todo o Brasil no mês de maio de 2006. Atualmente encontra-se na 12ª edição, com mais de 70 mil exemplares vendidos. No mesmo ano, o livro foi incluído no catálogo de títulos a serem comercializados na Frankfurt Book Fair 2006, realizado na Alemanha. O mesmo foi negociado com a Paulinas Venezuela e foi traduzido para o espanhol, sendo hoje comercializado e distribuído para toda a América Latina. Que temas você aborda em sua escrita. O que diferencia um livro do outro? Rosemary de Ross - Meus livros abordam temas variados que fazem parte do cotidiano do ser humano, como por exemplo: fé, esperança, amizade, a falta de alegria, a falta de paz, a falta de perdão, medo, incredulidade, preconceito, drogas, desemprego, dificuldades financeiras, injustiças, preocupação excessiva, violência, desânimo e depressão, entre outros. Usando uma linguagem simples, universal e humanista procuro ajudar as pessoas a reencontrarem a esperança, a paz e o amor, através de minhas mensagens que são embasadas na Palavra de Deus. O que diferencia um livro do outro é o estilo das mensagens. O primeiro livro “Uma mensagem por dia, o ano todo” contém 365 mensagens de incentivo, esperança, entusiasmo, gratidão e amor, tripartidas (refle54
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xão, meditação e confirmação) uma para cada dia do ano, onde o leitor lê os fatos da vida com a sabedoria de Deus. O segundo livro “Mensagens e orações para diversas situações do dia a dia” oferece uma palavra de conforto orientada pela Palavra de Deus, uma mensagem de esperança e fé, que somada à oração, conduz a um processo de mudança interior e libertação, para quem passa por qualquer uma das 40 situações abordadas nele. O que mais lhe inspira a escrever? Rosemary de Ross - A principal inspiração para tudo o que escrevo é a Palavra de Deus. Preocupo-me com
os problemas cotidianos do ser humano e acredito que os ensinamentos de Jesus podem transformar o sofrimento em oportunidades de crescimento. Como ótima observadora do cotidiano que sou... um texto, uma frase que leio, o diálogo com uma pessoa que encontro na rua, o contato íntimo com Deus através da oração, uma canção que ouço, e até mesmo postagens nas redes sociais, são fontes de inspiração para mim. “Dedico a minha vida para evangelizar através da linguagem escrita”- considero essa minha missão como escritora. Tenho um profundo desejo de ajudar as pessoas através de meus livros – sei o quanto bons
meditação e confirmação (versículos bíblicos). Todos os dias, o leitor encontrará neste livro uma mensagem de incentivo, fé e esperança, que o ajudará a ter força e entusiasmo para vivenciar as situações que se apresentam, superando as dificuldades e os desafios, com coragem, esperança e otimismo.
livros nos ajudam a viver melhor e com mais entusiasmo – a enxergar o mundo, as coisas e as pessoas de forma positiva e otimista. Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora? Rosemary de Ross - Minhas referências literárias são os textos biblícos, frases e citações de inúmeros filósofos, poetas, escritores, psicólogos, teólogos e de outras personalidade que marcaram nossa história. Antes de ser escritora sou uma voraz leitora, leio muito! Eu gosto dos mais variados gêneros literários. Leio desde autores brasileiros como Augusto Cury, Cecília Meirelles, Clarice
Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, aos internacionais como Kallil Gibran, Alann Percy, Mark W. Baker, Flip Flippen, dentre outros. Você publicou um maravilhoso livro “Uma Mensagem por Dia, o Ano Todo” conte-nos como foi escrever este livro? De que forma você leva a mensagem diária aos leitores através desta obra? Rosemary de Ross - Elaborar este livro foi um longo ”projeto” que aos poucos foi ganhando forma e se tornando real. Tive a inspiração de escrever um livro com mensagens para serem lidas dia a dia, criei o estilo, dividi as mensagens em reflexão,
Escritora Rosemary, outro livro seu que tem uma aceitação muito boa dos leitores é o livro “Mensagens e orações para diversas situações do dia a dia” que mensagem você quer levar ao leitor através desta obra? Rosemary de Ross - No dia a dia, enfrentamos muitas dificuldades, que vão de pequenos aborrecimentos às questões mais graves. Nestes momentos em que nos sentimos humanamente incapazes de encontrar uma solução para certos problemas, precisamos buscar orientação na Palavra de Deus. Esse livro oferece uma palavra de conforto, uma mensagem de esperança e fé, complementadas com uma oração, para cada uma das 40 situações abordadas nele. Quando pedimos que Deus nos ilumine com sua sabedoria divina, damos início a um saudável processo de mudança interior, libertação e cura. O objetivo deste livro é levar o leitor a transformar sua vida, a partir de seu interior. Onde podemos comprar os seus livros? Rosemary de Ross - Meus livros publicados no Brasil pela Paulinas Editora podem ser adquiridos na rede de Livrarias Paulinas em todo país. Também estão à venda nas livrarias católicas e paróquias. Pelos sites: http://www.rosemaryross.com.br/ Pelo Blog: http://rosemarypr.blogspot.com.br/ Os leitores de todo Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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Brasil também podem solicitar os livros pelo meu e-mail – rose.ross@ brturbo.com.br – para isso, informe seus dados principais como endereço, telefone, CEP – o pagamento poderá ser feito através de depósito bancário. Meu livro publicado pela Paulinas Venezuela pode ser adquirido pelo site: http://www.paulinas. org.ve Escritora Rosemary conte-nos sobre o seu novo livro “Ensinamentos de Jesus para vivenciar no dia-a-dia”? Como foi a construção do livro? Rosemary de Ross - O livro traz uma seleção de 100 frases pronunciadas por Jesus. São ensinamentos eternos que de forma simples nos mostram o caminho para adquirirmos a verdadeira sabedoria, que ajuda a conquistarmos uma vida mais feliz e plena de realizações. Devemos nos libertar do medo, da falta de fé, da falta de misericórdia e voltar nosso olhar para o alto, para Deus, de onde viemos e para onde retornaremos. Certamente o livro “Ensinamentos de Jesus para vivenciar no dia a dia” tocará o coração de todos os cristãos, independente de denominação religiosa, uma vez que ele é baseado nos ensinamentos de Jesus, com mensagens atualizadas para os dias de hoje. Quais os seus próximos projetos literários? Conte-nos, temos previsão para publicação de um novo livro? Rosemary de Ross - Estou trabalhando em mais 02 projetos, mas ainda sem data para ficarem prontos. Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? Rosemary de Ross - É preciso incentivar mais a leitura. Criar programas específicos na área da literatura, voltados para a escrita e o cultivo do 56
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hábito da leitura, divulgando-os amplamente nos meios de comunicação como TV, rádio, jornais, revistas e internet. Com as mudanças que estão ocorrendo e sobretudo com a chegada dos livros digitais, em breve as bibliotecas físicas terão de repensar suas estratégias, seus orçamentos e seus acervos. Da parte do governo, é preciso investir mais na implantação de tecnologias, centros culturais, simpósios literários e feiras literárias.
cuidar dos seus livros. Dê livros de presente! Nos momentos de lazer, levem as crianças aos centros culturais, estimule a visita às bibliotecas, bienais e feiras literárias. “Cada pessoa tem seus dons e habilidades - precisamos investir e aperfeiçoar-nos, buscando sempre crescer, melhorar pessoalmente e profissionalmente – cumprindo a nossa missão da melhor forma possível com dedicação, empenho e amor”.
Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, o projeto Divulga Escritor agradece sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Rosemary de Ross, que mensagem você deixa para nossos leitores? Rosemary de Ross - Agradeço a você, Shirley M. Cavalcante pelo convite e pela oportunidade de divulgar meu trabalho. Parabéns pelo projeto Divulga Escritor, que está levando ao conhecimento de muitos, principalmente através das redes sociais, o trabalho de autores brasileiros e estrangeiros. Sugiro aos pais que incentivem seus filhos a lerem desde pequenos. Além do prazer de entrar num mundo imaginário, a leitura iniciada na infância pode ser a chave para que esta pessoa se torne um adulto que tenha gosto pela escrita, pela leitura e até mesmo pode despertar uma vocação ligada à literatura. Familiarize a criança com os livros. Comprem muitos e bons livros. Conte histórias para elas... esse é o primeiro passo para a conquista de um novo leitor. Ao ouvir histórias com temas atraentes, a criança descobrirá a beleza contida nos livros e certamente terá interesse em entrar neste mundo fascinante, que proporciona a realização de “uma viagem” através da imaginação. É importante ensinar as crianças a apreciar e
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Marconi Pequeno Possui doutorado em Filosofia pela Université de Strasbourg I, França (1996) e pós-doutorado em filosofia pelo Centre de Recherche en Éthique da Université de Montréal, Canadá (2007), onde lecionou disciplinas durante dois períodos letivos
Literatura Filosófica
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ristóteles (384 a. C. – 322 a. C. ) nasceu em Estagira, colônia grega da Trácia (Macedônia), no litoral setentrional do mar Egeu. Aos dezoito anos, em 367 a. C., ingressou na Academia de Platão, lá permanecendo durante vinte anos, até a morte do seu Mestre. Em 335 a. C., Aristóteles fundou a sua própria escola, o Liceu, em cujas instalações eram travados os debates filosóficos e elaboradas as lições que culminaram na maior parte de suas obras. A filosofia de Aristóteles atinge inúmeros e fundamentais domínios do conhecimento e sua contribuição ao pensamento ocidental o coloca como um dos maiores filósofos da nossa Tradição. O seu legado intelectual abrange os Escritos lógicos, que receberam o nome de Organon ou instrumento do conhecimento. Há ainda os Escritos sobre a física, nos quais ele trata do mundo natural, da astronomia e da cosmologia. Convém também indicar os Escritos metafísicos, que constituem o substrato do que passou a se chamar Metafísica. Sua obra envolve ainda os Escritos éticos, voltados para a questão do bem, da felicidade e da formação moral dos indivíduos, e os Escritos políticos, destinados à reflexão sobre a organização da pólis e o papel que nela exerce o cidadão. Deve-se ainda destacar sua reflexão sobre a Retórica e a Poética, textos nas quais o filósofo trata da comédia, da tragédia e da importância da
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arte da persuasão nos debates públicos. Há ainda um Tratado sobre a Alma prenunciando aquilo que viria a ser chamado depois de psicologia. Eis algumas de suas importantes contribuições à história das ideias. Para Aristóteles, a filosofia é uma atividade racional que busca o sentido e o fundamento de todas as coisas, ou seja, ela trata daquilo que é universal e necessário, das formas e suas relações. Mas, além de ser uma disciplina teorética, ela possui também a função de orientar o agir humano com vistas à prática da excelência e à conquista da felicidade (eudaimonia). Por isso, às virtudes intelectuais devem também se aliar as virtudes morais, aquelas fundamentais à construção do ethos e ao exercício da cidadania (politéia). A filosofia de Aristóteles constitui-se a partir de alguns pontos importantes como: a teoria das quatro causas, a concepção de ato e potência, a ideia de um primeiro motor imóvel, a divisão entre razão teórica (gnosis/episteme) e razão prática (phronesis), o conceito de felicidade como sabedoria, a ideia de homem como uma substância composta de corpo e alma e como animal político (zoon politikon). O pensamento aristotélico é marcado pelo rigor, profundidade e espírito analítico. Em razão de sua amplitude temática e da riqueza de suas formulações, a filosofia de Aristóteles continua vigorosa e presente no mundo contemporâneo.
Entrevista escritor Luiz Carlos Amorim O ESTILO de LUIZ CARLOS AMORIM Luiz Carlos Amorim é natural de Corupá (SC), onde nasceu em 16 de fevereiro de 1953. É formado pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Joinville. Bancário aposentado, reside em Florianópolis. É fundador e coordenador do Grupo Literário A ILHA, que completa, no ano de 2013, TRINTA E TRÊS anos de existência e resistência – único órgão cultural a permanecer tanto tempo na luta. É editor das Edições A ILHA, com mais de 50 títulos já publicados, além do Suplemento Literário A ILHA, revista trimestral que reúne a produção dos integrantes do grupo, de escritores do estado, do país e até do exterior, com 28 anos de circulação e da revista Mirandum, da Confraria de Quintana. Tem 29 livros publicados, de poesia, de crônica, de contos, infantil e de história literária. Foi eleito a Personalidade Literária de 2011 pela Academia Catarinense de Letras e Artes e ocupa a cadeira 19 da Academia Sul Brasileira de Letras. Foi o representante de Santa Catarina no Salão Internacional do Livro de Genebra, com o lançamento de 3 obras suas, participação na antologia Varal do Brasil e com a divulgação de escritores que não puderam ir, com a revista Suplemento literário A ILHA. Editor de conteúdo do portal PROSA, POESIA & CIA. e autor de 29 livros de crônicas, contos, infantil e poemas, três deles publicados no exterior. Co-autor de várias antologias, pelo Brasil e pelo mundo, como “Selected Writings” - Colorado-Estados Unidos; “Mar, Poema e Imagem” - FCC Edições, Florianópolis; “Antologia da Nova Poesia Brasileira” - Fundação Rio, Rio de Janeiro, “Poesia Brasileña para el nuevo milênio”, “A Poesia Catarinense do Século XX”, “UK Brasil - Antology of Poems” – Londres, “Varal do Brasil” Suiça, etc. Colaborador de revistas e jornais no Brasil e exterior – tem trabalhos publicados na Índia, Rússia, Grécia, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Cuba, Argentina, Uruguai, Inglaterra, Espanha, Itália, Cabo Verde e outros, e obras traduzidas para o inglês, espanhol, bengalês, grego, russo, italiano -, além de colaborar com vários portais de informação e cultura na Internet, como Rio Total, Telescópio, Cronópios, Alla de Cuervo, Usina de Letras, etc.
Por Cissa de Oliveira
Luiz Carlos Amorim, é sabido que você é um pioneiro em lançar “novos espaços” para a poesia, como por exemplo o Poesia no Shopping, Poesia na Rua, Pacote de Poesia, Poesia Carimbada, Poesia na Escola, etc. Poderia nos falar sobre eles quanto à dinâmica e se algum deles existe de forma ininterrupta? Luiz Carlos Amorim - Pois é, esses projetos foram surgindo com o tempo, com a necessidade de novas maneiras de divulgar a poesia. Começamos com o Varal da Poesia Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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e o Recital de Poemas, nas praças, nas feiras, nas escolas, bares, etc. e nos anos 90 o varal transformou-se em Poesia no Shopping, pois os tempos assim o exigiam, já que a maior concentração de público passou a ser nos shoppings. Esse trabalho continua em alguns shoppings, em escolas e nas feiras do livro. O projeto Poesia na Rua é mais dispendioso, ele implica na produção de outdoors e no aluguel dos tapumes. Por isso, não tem uma periodicidade. Quando conseguimos recursos ou uma pareceria com alguma empresa de out-doors, entra em ação o Poesia na Rua. O Pacote de Poesia é um livro de formato diferente: as páginas são folhas soltas dentro de um pacote pardo (tipo de pão), que se transforma na capa do livro. Já tivemos três edições e brevemente teremos outra. Poesia Carimbada é um projeto sempre em ação, onde o grupo vai ele pode ser aplicado. Apenas renovamos os carimbos com novos poemas de tempos em tempos. O projeto Poesia na Escola é o mais barato e um dos que dá muito retorno, pois como é uma apresentação com poemas de integrantes do grupo, ele pode ser enviado por e-mail e só depende dos professores usar o material ou não. Tem dado resultado, pois somos convidados para comparecer a algumas escolas para conversar com os alunos. “... os projetos foram surgindo com o tempo, com a necessidade de novas maneiras de divulgar a poesia...” Então, considerando que as pessoas aderem aos projetos, poder-se-ia dizer que apesar do caos cotidiano sempre há espaço para a poesia. Na sua opinião, o que mais contribui para a criação artística: um mundo maravilhoso ou um mundo mais conturbado? 60
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Luiz Carlos Amorim - Eu acho que tem que haver tempo para a poesia, ou então o ser humano ficará totalmente insensível, duro, muito mais do que é hoje. A poesia e a infância são nossas esperanças de salvação. Se soubermos educar nossos filhos, quem sabe o amanhã não será melhor? Eu diria que o que contribui mais para a criação artística é o fato de podermos ver – não só os poetas, mas talvez mais eles – que o mundo ainda é bonito, apesar do caos, apesar do desrespeito à natureza e ao ser humano. É a capacidade de ver essa beleza, olhar com olhos de poeta que faz com que tentemos mudar esse estado de coisas que torna o mundo um lugar tão perigoso de se viver. E ao mesmo tempo tão bom. Depende de nós. Você já publicou em Grego, Bengalês, russo, grego, italiano, inglês, espanhol, entre outros idiomas. Estas publicações são de obras avulsas ou todos são livros, a exemplo do “The Color of the Sun”, a versão inglesa do seu livro “A cor do Sol”? Luiz Carlos Amorim - Livros, tive apenas três publicados lá fora. Esse que você citou em inglês, a versão dele em espanhol e “The Poet”, também publicado pela IWA – International Writer Association (USA), do qual faço parte. No mais, são poemas e textos traduzidos para outros idiomas que são publicados em jornais, revistas e portais pelo mundo. É longa a sua trajetória literária; mais de trinta anos. Você pôde se dedicar exclusivamente à sua vida de escritor ou isto foi algo paralelo com outras atividades profissionais? Luiz Carlos Amorim - Há sete anos estou aposentado, então posso dizer que me dedico exclusivamente
a ler e escrever. É claro que tenho atividades como dança, tai-chi, hidro, musculação, caminhada, edito duas revistas e faço a manutenção/ atualização do portal Prosa, Poesia & Cia. do Grupo Literário A ILHA, além de um blog diário, mas posso me dedicar muito mais agora a escrever, tanto que colaboro com centenas de jornais, revistas e sites no Brasil e pelo mundo afora. E posso, também, me dedicar mais aos meus livros, procurar editoras para publicá-los. Até me aposentar, para ler e escrever tinha que dividir muito bem o tempo, roubar um pouquinho do tempo com a família, que do trabalho não havia como prescindir. Mas valeu a persistência, porque hoje, graças a Deus, sou reconhecido e respeitado no meio. Eu li uma crônica sua onde você fala sobre a “doação de livros”. Você acredita que se a condição financeira dos brasileiros fosse outra elas comprariam mais livros? Luiz Carlos Amorim - Quero acreditar que sim. Digo isso porque quando há coleções literárias à venda nas bancas de revistas e jornais, vende tudo. Os sebos vendem muito livro, principalmente os mais atuais, que
que Quintana é, sim um dos maiores, senão o maior poeta do Brasil.
muita gente compra, lê e depois vende para o sebo, pois muitas vezes não têm onde guardar. Então acho, sim, que se a condição financeira dos brasileiros fosse melhor, comprariam muito mais livros, até porque a educação e a cultura também seriam mais apuradas, o que por si só já significa mais leitura. “Mirandum” é uma publicação que você coordena e edita. Você poderia falar um pouco sobre esta que é a Confraria Mário Quintana? Luiz Carlos Amorim - Os editores da Mirandum, na verdade, somos eu e a Maria de Fátima Barreto Michels, de Laguna. Ela teve a idéia e eu a adotei, pois sou admirador inconteste do poeta Quintana. A Confraria de Quintana é uma tentativa de reunir numa mesma publicação todos aqueles escritores que são leitores do grande poeta. É uma reunião de gente que gosta do que Quintana escreveu e que escreve sobre a obra dele e sobre ele, também para combater aquele mania de alguns “formadores de Opinião” ou “críticos de literatura” que insistem em colocar em dúvida a grandeza de Quintana. Então a Confraria de Quintana existe e publica a Mirandum para dizer ao mundo
Na sua opinião o estilo é algo mais ligado à decisão do escritor ou seria o resultado da soma de fatores como a cultura, experiência e amadurecimento de cada um? Luiz Carlos Amorim - Penso que seria o resultado da soma de fatores como a cultura, experiência e amadurecimento de cada um, pois o estilo é uma coisa que raramente está definida na primeira obra do escritor. O estilo vai sendo construído, moldado, com a prática.
mais visibilidade. É óbvio que com o advento da internet, a poesia é muito mais lida do que se ela não existisse. Mas quem gosta mesmo lê na internet, até copia para ter e ler mais vezes, mas compra livro também.
Algum autor em especial influenciou você durante a sua trajetória de escritor? Luiz Carlos Amorim - Quando comecei a escrever, lá pelos quatorze, quinze anos, eu lia, ainda, apenas os clássicos da literatura brasileira. Logo em seguida comecei a ler os grandes clássicos universais e os grandes contemporâneos. Descobri, também, Quintana, Coralina, Pessoa, Amado. Então, acho que querendo ou não, Quintana e Coralina me influenciaram. E Urda Alice Klueger e Dr. Enéas Athanázio também, pois sempre os li, desde que começaram a publicar.
Ainda com relação à pergunta anterior, a gente poderia pensar que muitas destas pessoas escreveriam poesia apenas como um meio de extravasar os seus sentimentos, conversar com o papel. Pessoalmente eu acho cansativo ler três, quatro, cinco poesias sentimentalóides. Será que esta característica é o que afasta os leitores e compradores de livros de poesia? Luiz Carlos Amorim - Sim, você tem razão, há muita gente que escreve pensando que está fazendo poesia, mas na verdade não está. Muita vez é prosa em forma de verso, e prosa ruim. E não é nada agradável ler um poema que não é poema e não contém poesia. E nem sequer é uma boa prosa. Isso pode afastar o leitor. Eu imagino um leitor que não costumava ler poesia, tentando aderir a ela e ter o azar de lhe cair às mãos, logo de cara, uma coisa ruim. Esse leitor vai voltar para o romance, para o conto, etc e não vai querer mais saber de poesia.
Atualmente, com a internet, temos oportunidade de conhecer os textos de inúmeras pessoas, principalmente as poesias. Isto poderia ser um indicador de que as pessoas gostam sim, de poesia? Então porque será que poesia não vende tanto quanto os romances? Luiz Carlos Amorim - A Internet é uma vitrine democrática, onde qualquer um pode colocar a sua produção, seja ela boa ou não. O que não significa que vai ser lido. Nem tudo é lido. O que é bom se destaca, ganha
Na sua crônica “Para Gostar de Ler” você fala sobre a importância de haver livros em casa, despertando a curiosidade da criança, e também do papel da escola neste processo de amor aos livros e aos descobrimentos implícitos a eles. Não é segredo que grande parte dos jovens e crianças de hoje não conseguem ler, além de poucos serem aqueles capazes de interpretar um texto, além de escreverem errado. Na sua opinião, a que se deve este fiasco na Educação atualmente? Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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Luiz Carlos Amorim - Esse fiasco tem muitas causas. A educação de nossos filhos mudou muito, de umas duas ou três gerações para cá. Então deixamos nossos filhos fazerem o que querem, para não nos incomodarmos, não lhes damos muitos limites e a liberdade excessiva faz com que eles façam escolhas erradas ou não muito saudáveis. E a escola vai pelo mesmo caminho. A educação está cada vez mais fraca e as crianças, às vezes, passam de ano sem merecer. Os pais e os professores já são das gerações permissionistas, da liberdade exagerada, da televisão em demasia, da internet, dos jogos, etc. O governo relega a educação a último plano, colaborando para a sua falência. Então é um círculo vicioso. Parabéns pelo lançamento do seu “Histórias de Natal”, que ele faça muito sucesso, para o bem dos leitores e que sejam muitos! Fale sobre o lançamento deste livro tão especial. Luiz Carlos Amorim - O livro “Histórias de Natal” é uma coletânea de contos sobre a data. O tema é cativante tanto para quem escreve como para quem lê. Então, quando a minha editora, Urda Klueger, me propôs publicar um livro só de contos de natal, comecei a trabalhar nele e levou alguns anos para chegar até ele. Uma pergunta curiosa, em função da época e do seu livro: eu tenho conhecido pessoas que dizem “não acreditar em Deus”. O estranho é que elas arrumam presépio no Natal, os filhos casam na Igreja e até fazem promessa. Será que declarar “não acreditar em Deus” traz alguma forma de status nestes tempos atuais? Luiz Carlos Amorim - Eu não tinha pensado nisso, mas acho que você pode ter razão. Dizer que não se 62
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acredita em Deus causa polêmica e que melhor maneira de se manter em evidência do que provocar polêmica? Deve ser muito difícil não acreditar em uma força superior, não importa o nome que se lhe dê. Porque há que haver uma força superior que rege o universo, isso é inegável. Luiz, você ocupa uma cadeira na Academia Sul Brasileira de Letras e foi eleito a Personalidade Literária de 2011, pela Academia Catarinense de Artes e Letras, pelo livro “Nação Poesia”. Que diferença isso faz? Luiz Carlos Amorim - A diferença que faz é a constatação do reconhecimento do trabalho que venho realizando nessas mais de três décadas em prol da criação de espaços para a nossa literatura. O Grupo Literário A ILHA, que coordeno, teve muito a ver com isso. Você esteve representante a literatura catarinense no Salão Internacional do Livro de Genebra. Como foi isso? Luiz Carlos Amorim - Fui convidado pela editora do Varal do Brasil, Jacquelin Aisenman, brasileira que divulga a literatura brasileira a partir de Genebra, na Suiça. Eu já conhecia Genebra e foi muito bom voltar para lançar meus livros lá. É incrível estar num país onde não se fala a nossa língua e ter os livros comprados por portugueses, angolanos, cabo-verdianos, etc. É muito bom ser prestigiado num lugar onde se não se é tão conhecido. Você gostaria de deixar alguma mensagem especial para os leitores? Luiz Carlos Amorim - Sim, que lessem, lessem muito, de tudo e também e principalmente, conheçam os escritores da terra de cada um, os escritores que estão perto. E se gos-
tarem, deem livros deles de presente para amigos que gostam de ler. Obrigada Amorim, pela sua entrevista... Fique à vontade para acrescentar qualquer coisa que julgue oportuno. Luiz Carlos Amorim - Fico muito lisonjeado por ter a oportunidade de dar a conhecer um pouquinho de mim aos leitores. Sou um cara simples, que gosta da família, da natureza, de ler e escrever, de conhecer pessoas, de conhecer novos lugares. Que não se preocupa muito mais com horários, mas que não perde a hora para fazer tai-chi, hidroginástica, musculação, dança de salão. Para caminhar, ler e escrever, não há necessidade de agendar hora. Mais sobre mim e o meu trabalho pode ser encontrado no portal PROSA, POESIA & CIA., em http:// www.prosapoesiaecia.xpg.com.br , nas páginas Escritores de SC e Grupo Literário A ILHA e no meu blog Crônica do dia, em Http://luizcarlosamorim. blogspot.com.br
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Momentos de poesia VOCÊ
CHAMA
Você, ah, você, que invade meu coração, infiltra-se no meu sangue e aguça os meus sentidos... Vem, me afaga, me afoga, nessa fuga desenfreada do mundo fora de nós. Vem e pisemos juntos este caminho só nosso para o país do amor.
Um menino cruzou o meu caminho. Despido de tudo, até quase de vida, restava-lhe, apenas, no fundo dos olhos, uma chama pequena, quase apagada, de pura inocência. Dei-lhe um sorriso, velho e surrado de esmola e fui procurar a minha chama perdida...
Luiz Carlos Amorim
Luiz Carlos Amorim
SAUDADE
Luiz Carlos Amorim Ah, essa saudade vadia, a passear, insistente, pelo fundo dos meus olhos; não se decide, afinal, a ir embora de vez... Brinca com a tristeza que transcende o meu olhar, invade o meu coração e mata todas as flores que desabrocharam em mim...
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TEU SORRISO
Luiz Carlos Amorim Teu sorriso é minha casa, minha luz, porto seguro, o meu horizonte, infinito. Teu sorriso é boa vinda, é ternura do aconchego, é calor a me aquecer. Teu sorriso é primavera que se espalha por teu rosto e sorri a tua boca e sorri o teu olhar e sorri teu coração e sorri a tua alma... Teu sorriso é meu ponto de partida e meu ponto de chegada...
Luiz Carlos Amorim www.prosapoesiaecia.xpg.com.br
Momentos de poesia O CONSTRUIR DA PAZ Fazer as pazes, Amar o impossível amor, Amigar a destruição amiga, Atravessar os muros Que separam os indivíduos É construir a paz. A Cristã, ou outra mística paz, A paz que não era dos pagãos Pois acabou pelas dívidas, A paz que o cessar da saudade trouxe, Pela volta das idas, das partidas, A paz que se construiu, Pelo construir de uma casa, Pela não mais briga com o vizinho. Construir a paz... Inaugurar mais um elo, Instruir ao que insiste em vacilar Pelo erro de guerrear. Construir uma atmosfera pacífica É herança que se dignifica.
UM NOVO SENTIDO DE VIDA Quando chegar a primavera E as flores brotarem nos campos Os amores serão serenos, Mansos e caprichosos. Quando chegar o verão O calor nos esquentará Junto com o cheiro da praia. Nova morada nos abençoará. Quando vier a rotina do dia a dia Tentaremos ser felizes Na morada das cidades Que muito nos desafia. Quando vier, enfim, o amanhã, Tentaremos lembrar das pessoas E, para que elas não se percam, Pediremos para Deus, abençoe!
ESPELHOS O pulsar latente de um coração enaltecido Pode vir do reflexo de um espelho luminoso, Quando se vê não apenas o próprio corpo tecido, Mas a face oculta de outro coração esperançoso. Como num lago olhando-se das secas margens Procurando nas águas ver vidas refletidas, Vai-se ao encontro de cativas viagens, Querendo-se as correntes fortes e contidas. Vê-se a mocidade procurando amores tentados, Não satisfeita com o simples olhar de um eu, Preferindo a volúpia de seres ardentes e atados. Vendo com o olhar da experiência e da sabedoria O homem parece estar entre vários espelhos, Escolhendo das formas aquela que mais amaria.
Marcelo Allgayer macanto63@gmail.com
POESIA: AJUDA DO VIVER Poesia um dia se criou E o poeta orgulhoso se afirmou Pela música, sonetos, versos livres. Poesia um dia fez homens alegres E metáforas encantaram corações Pelo rebuscar de bonitas linguagens. Poesia um dia ajudou E o poeta temeroso desabafou Pelo fingimento da possível dor. Poesia um dia fez crianças imaginando E o mundo das histórias ficou mais rico Pelo escrever puro e sincero. Poesia um dia se lançou E o poeta se engajou em movimentos Pelo criar alternativo, em evolução.
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Momentos de poesia Alexandra Collazo
AMOR PARA UMA VIDA INTEIRA O amor que sinto por você, Não tem limites, não tem fronteiras. Não dá para explicar, não dá para distinguir, É amor para uma vida inteira! Nem a força de um vulcão, Pode destruir essa paixão! Nem a correnteza das águas de um mar bravo, Pode levar essa emoção de te querer ao meu lado! A leveza do vento, Me faz lembrar dos tempos, Onde minha memória me levava Ao encontro dos nossos mais lindos momentos! A nobreza da vida Minha alma envolvia! Quando estava em seus braços, Feliz eu me sentia! Era como o calor do sol, Que todos os dias me aquecia! Era como o luar da lua, Que por todas as noites me banhava!
DESORDEM
alexandra.collazo@gmail.com
Muitas coisas me inspiram Para tecer versos de um poema Mas hoje, é um sorriso Que para esse poema, dá sentido! Não posso negar nem por um segundo Que você é o único que mexe comigo Dentre tantos outros nesse mundo Você é a única inspiração para esses versos mudos Versos mudos porque é segredo Somos apenas eu e meu desejo Um dia meu olhar vai me revelar Por enquanto, prefiro deixar como esta
Quando eu estava ao seu lado Você me amava e eu adormecia!
Seu sorriso, seu olhar, seu jeito Deram um novo sentido ao meu dia Mesmo sendo um destino imperfeito Eu me jogo nessa calmaria
Não há ninguém no mundo, Que ame desse jeito! É um sentimento único, Que só existe em meu peito!
Vejo em meu rosto um sorriso que sai É o que você me faz O seu sorriso me distrai E pouca coisa agora me satisfaz
Não há alguém no mundo, Que ame como eu amei! É um sentimento puro, Que até hoje, só eu provei!
Você conseguiu desorganizar O que estava arrumado e sem pó Agora, já não me acho mais Nessa desordem, já não quero mais ser só
Alexandra Collazo
Alexandra Collazo
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Momentos de poesia MINHA DESGRAÇA Em minha solidão eu escuto um ressonar de um belo sono aonde sonhos, lindos medonhos são companheiros dos meus soluçar e a minha saudade vão levando junto as lágrimas desse meu chorar. Eu vejo a noite e o silêncio tomando conta do meu mundo passam-se horas e segundos sozinho em sonho eu penso acordado com o meu castigo e sofrendo junto contigo. Nesse imenso mundo perdido eu já nem sei mais o que fazer olho ao lado vejo, ali você bem distante do meu coração debatendo pelo meu querer perdido nessa minha solidão. O tempo é mesmo uma era parece que nunca passa até aqueles meus sorrisos se foram não tem mais graça de carinho eu preciso não quero ficar contigo olhando a minha desgraça.
Conheço de dia, a cruel fome de noite frio e o sereno já apanhei de certos homens já tentei beber veneno. Meus dias são como fera só querem acabar comigo tudo pela ganância da terra deixam-me, a deriva sem abrigo. Nunca ganhei um brinquedo roubo se quero comer roupa rasgada não me é segredo meu Deus! O que vou ser ao crescer? Não tenho sono nem sonho vivo em bancos ah cochilar nesse mundo cruel e medonho se esqueceram de me amar. Não sei o que me espera nesse universo desigual ate Deus se viesse na terra iam lhes receber com o mal. deixe-me dormir aqui uma noite meu senhor sou uma criança frágil assim que nem Cristo Redentor. A. Montes 27/10/13
A. Montes 26/10/13
O FILHO DA MISÉRIA
CHOROS E LAGRIMAS
Acorda menino, sai daí! _ Não posso não senhor eu não tenho aonde dormir nem sou filho de doutor.
Oh escuridão, porque me rouba e carrega a prata desse meu mundo leva de mim, o véu do meu olhar tirando-me o impuro profundo sem esse lençol de prata branca eu não tenho a minha carranca nem o meu distúrbio infortúnio.
Nasci na tarimba sem amor o meu pai, eu nunca conheci minha mãe, um dia me abandonou e eu, não tenho para onde ir.
Antônio Montes
a.montes2011@hotmail.com
Eu preciso dessa lua de prata para expor o meu cruel terror e deles criarem lendas e conto expandirem as minhas bravatas e em historia de impossível amor expor todos os choros e lagrimas aonde se derramou muita dor. Escuridão, eu não te venero pois contigo, eu não sou nada não poderei me transformar de você nada, nada eu quero nem correr por essas estradas ficarei sem o meu transmutar e sem assombrar a minha amada. Eu quero sim, a minha lua bela aonde eu poderei feliz correr olhar o céu e urrar por ela assombrar por ai as donzelas nesse meu intenso viver. A. Montes 24/10/13
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Momentos de poesia TRAVESSA ILUMINADA Caía a tarde. Batia o Sol na travessa, Iluminada pela cena de amor d’ outrora. Sombra iluminada pela luz do raio reflectido. Tudo escuro à volta, Chamavam-me para perto. Queriam que eu ali estivesse. Parei, olhei, pensei e quis Ficar ali. Descia a tarde e a cena continuava, Igual á de sempre, Distante do tempo Que ali ficava. Fernando Figueirinhas
AVISTO-TE Deslumbro-me com a vista que se adivinha. Mármores indiferentes ao tempo ostentam sólidas colunas Terraços que abrigam amores passados hoje presentes. Paisagem a perder de vista estende-se a olhos atentos. Horizontes além-terra jogam-se ao mar em gestos d’amor. Cena calma salta-me à vista – Pressinto a cada momento o instante desejado... Ah!... Como quero a sorte abandonada ao nada... Ondas cintilantes que vão e voltam despertam o sentir... Lá vem uma que se segue à outra – Adormecida desperta para o que ficou... Dias quentes de verões futuros aquecem o mármore frio Onde jazem águas abertas de sonhos – Impulsos incontroláveis saltam de repente!... Fernando Figueirinhas
Fernando Figueirinhas fernandofigueirinhas@hotmail.com
A PRIMEIRA VEZ É sempre a primeira vez. Exijo tudo de mim. Esgoto-me sempre. Dou tudo pelo que faço, procuro. Entrego-me totalmente e abandono-me ao que abraço. Percorro ruas e ruas à procura da praça que demora em chegar. Escurece o dia, acende-se a noite, eu quase perdido insisto, Caminho às escuras em pleno dia. Primeira e última vez assim começo o meu dia. Nasço a cada dia que escorreito passa. Abro janelas, entra o mundo de fora, sai o de dentro. Pego o que vejo, encaro-o e jogo fora o que sobra. Esqueço-me de mim e do mundo lá do lado de fora. Amo a última como a primeira vez. Fernando Figueirinhas
DESPONTA O DIA
Apagam-se as luzes. Desce a cortina que fecha o dia, Atores deixam os palcos vazios. Brisa suave beija a jornada daquele dia. Rasga-se o céu, vestido de azul escuro, Ouvem-se ais do dia que foi – gemidos sentidos na carne, Entregues aos delírios do amor que chega. Noite longa, perpétua memória de antepassados. Abre-se o imenso pano branco que serve de fundo ao novo dia. Preparam-se os atores para a cena desconhecida. Um a um, passo a passo, se enche a casa. Desponta o dia! Fernando Figueirinhas
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Momentos de poesia “O AMANHECER” Autor: Divino Notary O amanhecer É a certeza Do renascer, Em cada ser Quando se quer viver Uma grande paixão. O amanhecer É a certeza Do nascer do sol, É a nobreza De viver em prol... De um grande amor. O amanhecer É sutileza De um olhar no espelho, E a grandeza De seguir os conselhos Que fala o coração. O amanhecer É poder Estar do seu lado Te dar um abraço apertado Te olhar nos olhos E te dizer... Que eu estou apaixonado. Direitos Reservados Ao Autor. Divino Notary
Apoio a página
“VOCÊ É TUDO O QUE SONHEI” Autor: Divino Notary ((DN)) . Passei a vida inteira Tentando me encontrar Com as graças do amor, Em cada beijo em cada abraço Em cada olhar, Eu queria sentir na alma Acolhido por seu calor. E agora que eu te encontrei Eu não penso e nem quero te perder, Você é tudo o que eu sonhei Você é a luz do meu viver. Deus quando fez o mundo Criou a vida com muito amor, Por isso temos que dar a ela O seu merecido valor. Deus também criou o destino Criou a sintonia, a química e harmonia Para a gente melhor se conhecer, E agora que a gente já se conhece Devemos fazer por merecer...
Poeta Divino Notary divino.notary@gmail.com
“ALMAS GÊMEAS” Autor: Divino Notary O nosso amor É muito mais do que carnal, Ele está muito além Das paixões. O nosso amor É simplesmente espiritual, Que faz tão bem Aos nossos corações.
Onda forte Que toca o sentimento, Me enrosca pelo corpo A grandeza deste imenso amor Que nos envolve de corpo e alma e coração, E me domina o pensamento. Que nos abraça, chama e nos arrasta Para caminhar juntos olhando Na mesma direção. Direitos Reservados Ao Autor. Divino Notary
Me deixando Quase sempre a deriva, Que me ativa Uma vontade compulsiva. O nosso amor É o encanto, De duas almas gêmeas. Delicioso quando feito Em carne e osso, No encontro deste macho Com essa fêmea! Direitos Reservados Ao Autor. Divino Notary Revista Divulgar Escritor • novembro de 2013
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