Edição 07 | Ano II | 2021
PNAD
Governo Federal promove a valorização da família brasileira
Economista Renata d’Aguiar Auditora Federal de Finanças e Controle
Renata d'Aguiar se destaca no DF ao promover a cidadania aos vulneráveis TURISMO
Catedral de Brasília renova a fé dos brasilienses ATIVISMO
O olhar humanizado à pessoa em situação de rua que restaura vida
RELIGIÃO
Programa Coração Aberto é sucesso em solucionar demandas de pessoas em situação de vulnerabilidade
CAPA Renata d’Aguiar se destaca no DF ao promover a cidadania aos vulneráveis CÂMARA DOS DEPUTADOS Câmara dos Deputados retira do texto o termo filantropia das CTs
Revista ImagineAcredite Diretor Executivo Sérgio Botelho Júnior Editor e jornalista responsável Sérgio Botelho Júnior DRT 8318 - DF botelhojunior73@ yahoo. com.br Contato (61) 99641-0830 Jornalistas Tércia Diniz MTB: 0010821/DF Thiago Farias DRT 2453 - SE Projeto Gráfico e Diagramação Ilka Cristina Fotografias: Assessorias, Agência Senado, Agência Brasil, Agência Brasília, Ilka Crisitna, pixabay, freepik, wikipédia, internet e arquivo pessoal O conteúdo dos anúncios são de responsabilidade do anunciante. Tiragem 5.000 exemplares
CULTURA Brasília faz a diferença no setorcultural
PNAD Governo Federal promove a valorização da família brasileira CLDF Deputado Iolando Almeida: A voz da inclusão no Distrito Federal
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LIFESTYLE Marissol Fontana conquista o coração dos internautas
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TURISMO Catedral de Brasília renova a fé dos brasilienses
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GOVERNO FEDERAL Gestão de Ativos mostra eficiência e bate recorde em 2021
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•EDITORIAL
João Pessoa
é top três do
turismo brasileiro
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oão Pessoa (PB) foi um dos cinco destinos turísticos mais procurados e o terceiro mais vendido do Brasil, em setembro, de 2021, segundo divulgou Omnibees - website de reserva e vendas diretas da rede hoteleira. Ainda de acordo com os números do Omnibees, a Capital Paraibana teve um crescimento de 145,10%, ficando atrás apenas de Porto Seguro (BA) e Ipojuca (PE). Fecharam o Top 5 dos destinos mais vendidos do Brasil em setembro Fortaleza (CE) e Balneário Camboriú (SC). João Pessoa é conhecida por suas belezas naturais, com belas praias, boa estrutura, gastronomia e rico artesanato. Com 436 anos, é a terceira Capital mais antiga do Brasil e possui em seu Centro Histórico arquitetura barroca e art nouveau, igrejas com paredes de azulejos pintados por portugueses e capelas decoradas com ouro. Como o turismo é um dos pilares da economia da cidade, João Pessoa sofreu com os impactos econômicos em virtude da pandemia. O crescimento no número de turistas deve aquecer a economia local e gerar emprego e renda, já que, de acordo com a Empresa Paraibana de Turismo, a rede hoteleira de João Pessoa conta com 80% de sua capacidade ocupada até o réveillon de 2022.
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•SENADO FEDERAL
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Senado aprova percentual de loterias para desporto paralímpico
arte do dinheiro arrecadado com as loterias poderá ter novas destinações. Estão em análise no Senado projetos de lei que ampliam os repasses já feitos pela Caixa Econômica Federal para áreas como a social, a segurança pública e a prevenção de catástrofes ambientais, por exemplo. O banco é o responsável por gerir, explorar e comercializar os jogos lotéricos desde 1962, e já redistribui o dinheiro das apostas para investimentos em setores como saúde, educação e esportes. Em votação simbólica, o Plenário do Senado aprovou, no início de novembro (3), um dos projetos que volta a destinar 0,04% da arrecadação das loterias de prognósticos numéricos, como a Mega-Sena, ao Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBPC). O texto do PL 1953/2021, do senador Carlos Viana (PSD-MG), segue para análise da Câmara dos Deputados. Segundo as regras vigentes, o CBPC tem a atribuição de promover políticas públicas para o segmento paralímpico, passando a receber diretamente da Caixa Econômica Federal 15% da verba destinada ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). No entanto, esse dispositivo só passaria a ser observado com o início da arrecadação da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), que ainda não foi implementada. "Não se sabe, contudo, se um dia a Lotex funcionará. Depois de duas tentativas fracassadas de leilão de concessão desta, houve êxito em outubro de 2019. Entretanto, segundo Ministério da Economia, o consórcio vencedor do leilão não cumpriu condições prévias dentro da data limite para a assinatura do contrato", diz Carlos Viana na justificação do projeto. Em seu relatório, o senador Romário (PL-RJ) lembrou que, antes da entrada em vigor da Lei 14.073/2020, o CBC tinha a obrigação de aplicar, no mínimo, 15% de seus recursos em atividades desportivas; porém, na falta de funcionamento da Lotex, "o paradesporto não tem recebido qualquer verba de loteria". Romário ofereceu uma emenda de redação. Na discussão da matéria, Carlos Viana, cumprimentou Romário por seu parecer. Ele salientou que sua proposição faz justiça ao desporto paralímpico, que deve receber não “benesses”, mas direitos. — Temos que nos orgulhar muito de nossos clubes paralímpicos, das medalhas que trouxeram, e muitas vezes não reconhecidos pela sociedade — definiu. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também mencionou o reconhecimento aos atletas paralímpicos e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) saudou os paratletas de seu estado que conquistaram medalhas nos Jogos de Tóquio deste ano. A iniciativa do projeto também foi saudada pelos senadores Jayme Campos (DEM-MT), Nilda Gondim (MDB-PB), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Esperidião Amin (PP-SC). Fonte: Agência Senado
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• C A PA
Renata d’Aguiar
se destaca no DF ao promover a cidadania aos vulneráveis
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Viver uma vida com propósito nos fortalece e nos impulsiona a seguir, mesmo em situações adversas.
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o Brasil, infelizmente, é comum encontrarmos pessoas que, por falta de oportunidade, tiveram seus sonhos adormecidos. Cerca de 23 milhões vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômico, com baixa escolaridade, além de moradias precárias. Para conseguirem sobreviver, muitas dessas pessoas vão as ruas para coletar materiais recicláveis e outras conseguem o direito dos auxílios pelo governo federal ou estadual. Com a pandemia, o drama vivido por essas pessoas piorou. E é neste contexto que entra uma jovem mulher com princípios éticos, que combate a segregação social e vem fazendo a diferença no Distrito Federal ao devolver o protagonismo para as pessoas com deficiência, idosos, além dos que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômico e fortalecendo as mulheres brasilienses. Nascida no Rio de Janeiro, a economista Renata d’Aguiar veio para Brasília, em 2014, após passar no concurso do Tesouro Nacional, onde atua como Auditora Federal de Finanças e Controle. Sempre olhando com generosidade para o próximo e buscando amenizar os problemas sociais para quem vive à margem da sociedade, d’Aguiar teve uma infância digna, com muito amor e respeito, aproveitou sua adolescência e dedicou a sua vida adulta aos estudos com muito êxito. E aos 23 anos, quando passou no concurso, Renata sentiu em seu coração um pulsar diferente, era o chamado de Deus para ser presença de amor aos vulneráveis que tanto sofrem por falta de oportunidade, emprego e até mesmo alimentação.
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“A minha infância foi muito gostosa. Recebi muito amor dos meus pais. Os dois sempre se esforçaram muito para realizar, através da minha vida, todos os sonhos que não tiveram a oportunidade de realizar nas suas. Na ânsia por me darem o melhor, acabei tendo que dividi-los bastante com seus trabalhos. Mas, tinha a companhia da minha babá, que hoje é como minha segunda mãe: Carmem ou Cacai, como a chamo. Gostava de brincar na rua e praticar esportes, vivia com joelho roxo. Quando me mudei sozinha para Brasília, já sentia uma grande realização profissional e passei a buscar compreender o propósito da minha vida”, descreve d’Aguiar. Em 2017, ao dar o sim para o chamado de Deus, Renata d’Aguiar, que tem um coração cheio de ideias para construir um futuro melhor aos vulneráveis, idealizou o Instituto Reciclando o Futuro com objetivo de resgatar o valor social e a cidadania. “Viver uma vida com propósito nos fortalece e nos impulsiona a seguir, mesmo em situações adversas. O Reciclando nasceu com simples ações realizadas com muito amor, que não sabiam ao certo onde queriam chegar, mas com uma vontade muito grande de acolher aquelas pessoas tão desassistidas. Fui apenas seguindo meu coração, e me juntando com outras pessoas que tinham a mesma vontade”.
Compromisso em restaurar os sonhos e a dignidade Com um nome forte, a entidade gera um sentimento de esperança para as pessoas que se sentem abandonadas pela vida. O Instituto nasceu em meio ao maior lixão a céu aberto da América Latina, localizado na Cidade Estrutural do DF, onde mulheres, homens e crianças vieram para a Capital do país em busca de uma melhor condição financeira. Com quase 200 hectares de área ocupada, localizado apenas 20 km do Plano Piloto, o lixão empregava 2 mil catadores em condições insalubres. Em 2018, após uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o Lixão da Estrutural encerrou suas atividades e muitos catadores ficaram sem a única fonte de renda e vivendo em uma situação de extrema miséria. Nesse momento, o Instituto intensificou suas ações de capacitação e de ajuda emergencial, buscando integrar
essas mulheres e suas famílias na sociedade, por meio do esporte e de eventos, e disseminando o sentimento de solidariedade. “No mesmo ano, expandimos o escopo e a área de atuação do Reciclando o Futuro. Nossas atividades de capacitação também foram implementadas no Sol Nascente, e as emergenciais passaram a atender outras RA’s do Distrito Federal e o Entorno. Atualmente, além do trabalho voltado para as pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, também realizamos ações para as pessoas com deficiência, para o fortalecimento de mulheres, e nosso novo projeto, no Plano Piloto, é voltado para os idosos”, esclarece a Auditora. E para dar conta de tantas responsabilidades, entre a vida profissional e o ativismo, Renata d’Aguiar conta com o apoio de sua família que a motiva sempre seguir
com o projeto. “Em um mundo com tantas atribulações é impossível viver uma vida saudável sem Deus. Em todos os grandes desafios da minha vida, Deus me concedeu a paz que excede todo o entendimento, me fortaleceu e me preparou para seguir em frente. Como um Pai bondoso, me presenteou com pais maravilhosos, com um marido muito parceiro e com minha enteada, que são meu porto seguro. Devemos sempre proteger e defender a nossa família e, por isso, a caridade se torna parte da nossa vida quando colocamos no coração que somos todos irmãos”.
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Anota na agenda
Com a chegada da pandemia, o instituto suspendeu os cursos de capacitação. Antes eram realizados cursos para confeitaria, panificação, corte e costura e artesanato. Os produtos eram vendidos diretamente pelos assistidos, em suas localidades: Sol Nascente e Estrutural, e os valores recebidos eram reinvestidos para a compra de insumos para as próximas produções e o restante era dividido entre os próprios assistidos, em partes iguais. Agora com a retomada da economia e o fim das restrições sanitárias, a entidade está com novidades. “Estamos retomando as atividades presenciais e retornando com os cursos de capacitação. As primeiras unidades que voltarão com as atividades presenciais são a da Asa Sul, nossa nova sede, e a do Sol Nascente. Disponibilizaremos aulas para os idosos, na sede da Asa Sul e, no Sol Nascente, com um foco mais profissionalizante, voltado para jovens e mulheres. Nas outras localidades continuaremos atendendo com ajudas emergenciais”, pontua Renata.
Machismo, confinamento e desemprego, palavras que se tanto têm ouvido nessa pandemia são fatores para o feminicídio. Infelizmente, em todo o Brasil, segundo pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada dois minutos, 8 mulheres sofrem algum tipo de violência, seja verbal, psicológica, moral e física. E a estatística ainda é alarmante quando mostra que a cada 6 horas e meia uma mulher é vítima de feminicídio. Em contrapartida, o número de denúncias diminuiu. E para combater à violência, os brasilienses ganharam o apoio de d’Aguiar que deu um novo passo com o instituto para lutar por políticas públicas em favor das mulheres. “O isolamento impôs a convivência contínua entre os conjugues, e o que era para ser bom, acabou levando a inúmeros divórcios, brigas e agressões físicas. Perdemos uma das nossas assistidas da Estrutural, no início desse ano. Nós a acompanhávamos desde 2017. A Simone foi assassinada pelo marido, que abusava de sua filha, e com ela ainda teve dois filhos. Uma verdadeira tragédia. Diante daquela situação, senti a necessidade do apoio do Estado às famílias de vítimas que não conseguiram sobreviver. O Reciclando ajudou a família da Simone a deixar a Estrutural. Depois desse episódio, passamos a receber pedidos de ajuda de mulheres que estavam passando pela mesma situação”, revela Renata. E complementa: “Por mais que a gente queira muito que nosso parceiro mude, por mais que essa pessoa nos prometa sempre que mudará, temos que definir nossos limites. Não podemos esperar perder nossas vidas para percebermos que a outra pessoa nunca teve a real intenção de mudar. O amor-próprio é fundamental para a construção desses limites. Às vezes pode parecer utopia desenvolver esse amor-próprio. Mas, podemos ir alimentando esse sentimento por nós mesmas através do autocuidado, com pequenas atitudes dedicadas para o nosso bem-estar todos os dias”, alerta.
Combate à violência contra a mulher
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Redução da desigualdade educacional Mestre em Economia, recentemente, a ex-diretora da Diretoria de Gestão de Fundos e Benefícios do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apresentou um trabalho que foi submetido ao Prêmio de Propostas de Políticas Econômicas 2021, do Ministério da Economia, com uma proposta de redução da desigualdade educacional, sem impacto fiscal para o país, tendo em vista que a pauta é de interesse público e de direito comum. “Eu sempre convivi com duas realidades muito diferentes. A minha mãe veio de um contexto de muita luta e superação, e meu pai de uma família militar e financeiramente estabilizada. Sempre fui defensora da inclusão social. Quando era criança minha mãe me ensinou que quanto mais abençoada fosse uma pessoa, maior seria a sua responsabilidade social. Com esse olhar, quando estive como Diretora do FNDE, observei algumas políticas públicas que iam de encontro aos princípios constitucionais da redução das desigualdades regionais e sociais”, justifica d’Aguiar. Aproveitando a elaboração da Tese de seu Mestrado em Economia, no IDP, Renata se dedicou profundamente ao estudo sobre o aumento da desigualdade educacional provocada pela política do Salário-Educação, uma das principais fontes de financiamento da educação básica do país. Vale ressaltar que o Salário-Educação é destinado para programas, projetos e ações voltadas para educação básica, como transporte escolar, programas de material didático e
alimentação, conforme previsto no Art. 212, da CF/88. Só em 2020, o valor repassado do Salário-Educação para os Estados e Municípios foi de R$ 21 bilhões. “O Salário-Educação está hoje desenhado em um formato que piora a desigualdade educacional entre os Estados brasileiros. A pesquisa apresentou uma política capaz de corrigir o problema da distribuição desigual de recursos, que vem sendo realizada em prol dos Estados com maiores capacidades financeiras. Esse novo formato não geraria impacto fiscal para o país e seria realizado através da distribuição de recursos proporcionalmente ao número de alunos e não às arrecadações dos respectivos Entes. Esse modelo, inclusive, foi proposto no PL nº 1.655/2011, de autoria da Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, atual Presidente da Comissão de Educação”, observa. Como solução apresentada pela Auditora Renata, a forma de distribuição dos recursos teria que ser mudada para proporcionalmente ao número de alunos. “Vinte e dois (22) Entes federados teriam um ganho com esse novo formato de distribuição do Salário-Educação. No estudo também analisei a relação do Salário-Educação com o IDEB, principal instrumento de avaliação da educação básica brasileira, evidenciando que o Salário-Educação impacta os resultados do IDEB, podendo, então, melhorar os resultados da educação básica dos Estados brasileiros”.
O Salário-Educação está hoje desenhado em um formato que piora a desigualdade educacional entre os Estados brasileiros. A pesquisa apresentou uma política capaz de corrigir o problema da distribuição desigual de recursos" Economista Renata d’Aguiar
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O futuro a Deus pertence
“Precisamos ser livres das amarras impostas pela sociedade, buscando sempre ter um olhar crítico e questionador."
Questionada com exclusividade sobre ser candidata nas próximas eleições, d’Aguiar deixa claro que é possível, para a alegria dos brasilenses. “Na primeira vez em que fui candidata, foi uma surpresa para todos os meus amigos e familiares. Agora, posso dizer que é o contrário. Uma vez candidato, as pessoas passam a te enxergar como um “pré-candidato” sempre. Acho interessante essa mudança de olhar. Certamente vou estar participando da política. Mas, como candidata ainda estou avaliando. É preciso muita disposição e abdicação! De toda forma, o trabalho social é minha paixão. O futuro a Deus pertence. Hoje eu diria que é possível, há poucos meses não cogitava essa possibilidade. Na política tudo muda, o tempo todo”. E antes de finalizar a entrevista, Renata d’Aguiar, que é exemplo no ativismo social, lembrou a importância da doação ao próximo, seja do tempo, amor ou até mesmo de bens materiais. “Precisamos ser livres das amarras impostas pela sociedade, buscando sempre ter um olhar crítico e questionador. Gosto de formar minha opinião sobre os assuntos a partir da minha experiência de vida, ouvindo quem pensa diferente de mim, analisando os argumentos, e não tenho problema em mudar de opinião, caso haja argumentos convincentes, claro. O orgulho ergue muro entre as pessoas e a humildade constrói pontes. Além do mais, não existem verdades absolutas”.
Venha fazer parte dessa família Os interessados em participar do Reciclando o Futuro, como voluntários ou doadores, podem entrar diretamente em contato com a vice-presidente do Instituto, Kamila Castro, por meio do número (61) 991920316 ou pelo e-mail contato@ reciclandoofuturo.com.br. “Atualmente, existe uma carência muito grande por alimentos básicos, fraldas, enxovais e itens de higiene. Roupas, brinquedos e materiais de construção também estão sempre entre as nossas demandas. Todos nós temos um pouco para doar para o próximo, seja através do nosso tempo, do que podemos ensinar ou de bens materiais. Sempre que doamos acabamos ganhando muito mais do que estamos oferecendo”, finaliza.
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• C Â M A R A D O S D E P U TA D O S
Câmara dos Deputados retira do texto o termo filantropia das CTs
A
s comunidades terapêuticas reconhecidas, pelo governo federal, como prestadora de serviço essencial para a sociedade, no acolhimento, tratamento digno e reinserção social das pessoas que sofrem com a dependência química, podem perder a imunidade tributária, às quais a Constituição assegura nas contribuições para a seguridade social. Isso deve por dois destaques apresentados em Plenário, ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 134/19, que reformulou algumas regras para a certificação de entidades beneficentes. Durante a sessão, apesar de o texto retirado ter obtido a maioria de votos (251) a favor de sua manutenção no substitutivo, por se tratar de um Projeto de Lei Complementar são necessários 257 votos para aprovação. Outros 75 deputados votaram a favor da exclusão das CTs. Com a retirada, poderão atuar com esse benefício apenas aquelas que prestam serviços de cuidado, prevenção, apoio, ajuda mútua, atendimento psicossocial e ressocialização desses dependentes ou que prestam serviços intersetoriais, interdisciplinares, transversais e complementares. Lembrando que a certificação será realizada pela unidade responsável pela política sobre drogas do Ministério da área de assistência social. A entidade deverá comprovar um mínimo de 20% de sua capacidade em atendimentos gratuitos. De autoria do deputado Bibo Nunes (PSL-RS), o texto aprovado é um substitutivo do deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) reformulado em Plenário pelo deputado Antonio Brito (PSD-BA), que foi o relator na Comissão de Seguridade Social e Família. O texto segue para o Senado Federal, onde os representantes das CTs estão se mobilizando para que não seja aprovado.
Pedido especial
A Imagineacredite entrevistou o presidente da Confederação Nacional das Comunidades Terapêuticas, Adalberto Calmon, e o fundador da Fazenda da Esperança, Frei Hans Stapel, que fizeram um pedido especial para os senadores e convidaram todos os parlamentares do Brasil para conhecerem as entidades que resgatam a vida do mundo das drogas, devolvendo os sonhos e a oportunidade de construir uma nova história. “Não vamos perder as esperanças. Nós contamos com o apoio do presidente da Câmara, Artur Lira (PP – AL), que se comprometeu em ajudar as CTs. E vamos continuar fazendo o bem, salvando vidas e com certeza, para mim, isso é uma guerra espiritual. Nós já começamos os contatos com os senadores para que possamos reverter esta ação e fizemos um grande movimento em Brasília, presencialmente, na semana do dia 8 de novembro”, diz Calmon. “Eu confio que a maioria dos senadores vão ter bom senso e vão mudar a história. Se alguém acolhe involuntariamente, prende ou faz outras besteiras, isso não é comunidade. Generalizar um caso ou outro para todos, incluindo também a Fazenda da Esperança que tem mais de 100 comunidades, isso é ignorância muito grande. Nós temos mais de 4.500 acolhidos em nossas comunidades, vocês querem que nós mandemos todos de volta para a rua?”, questiona o Frei Hans, além de pedir aos parlamentares que invistam em melhorias nas CTs. Fontes: Imagineacredite e Agência Câmara de Notícias
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A história da FEBRACT na formação permanente dos profissionais e na qualificação das Comunidades Terapêuticas no Brasil Os Cursos de Capacitação oferecidos pela Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas – FEBRACT surge, em 1994, da necessidade de formação dos profissionais que atuam na área da dependência química. Fundada em 1990 por Padre Haroldo Rahm e pelo Psicólogo da PUC Campinas, Professor Saulo Mont Serrat, a FEBRACT já ultrapassou a marca de 30 mil profissionais formados nos seus 31 anos de história.
Das capacitações presenciais à oferta de Cursos na modalidade EAD Durante essa trajetória, os tradicionais cursos de Capacitação da FEBRACT eram oferecidos exclusivamente de forma presencial, em Campinas/SP: No último ano, com o agravamento da Pandemia de
Covid-19, a FEBRACT, que nunca se furtou diante dos desafios de seguir sua missão e seu carisma, manteve sua oferta de cursos em formato de Educação à Distância, lançando, em abril de 2020 a FEBRACT EAD – ead.febract.org.br. Através
desta plataforma que a FEBRACT, com qualificação e qualidade, tem oferecido cursos para profissionais que atuam na dependência química de todo o Brasil, mesmo nos momentos mais difíceis enfrentados durante a pandemia.
Acesse: ead.febract.org.br
A FEBRACT é representante no Brasil da FLACT – Federação Latino Americana de CT`s e da WFCTC – Federação Mundial de CT`s, tem no seu Programa de Formação, há mais de uma década, uma extensão no território nacional da PROCCER – OEA. Assim como reconheceu publicamente George De Leon, o pioneirismo de Padre Haroldo foi fator determinante para a história das Comunidades Terapêuticas no Brasil e na América Latina. “Em 2006, a Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD), sob a supervisão do Secretário de Segurança Multidimensional (SMS) da Organização dos Estados Americanos (OEA), elaborou um programa para desenvolver e fortalecer as instituições, políticas e estratégias dos Estados membros com relação tratamento e reabilitação para indivíduos com problemas decorrentes do uso de drogas e violência. O Programa de Treinamento e Certificação para Prevenção, Tratamento e Reabilitação de Drogas e Violência (PROCCER) foi introduzido na América Central a partir de 2007, 19 países da Federação Latino-Americana de Comunidades Terapêuticas (FLACT) em 2008, México em 2010, Caribe em 2011. O PROCCER criou um modelo de treinamento e certificação que pode ser implementado em todo o hemisfério em resposta à necessidade de provedores de serviços de prevenção e tratamento treinados que trabalhem com violência e dependência de drogas. O Modelo PROCCER pode ser adaptado para atender às necessidades e capacidade específicas do país para melhor garantir a institucionalização e sustentabilidade dos benefícios do programa - uma força de trabalho profissionalizada que fornece padrões otimizados de atendimento em serviços de tratamento e prevenção de drogas.” O “Curso de Formação para Coordenadores, Monitores, Técnicos, Gestores de Comunidades Terapêuticas e demais profissionais que atuam na Área da Dependência Química”, é uma formação dividida em 3 Módulos:
Módulo 1 Introdução Teórica, com 60 horas • História da FEBRACT • Compreendendo a Síndrome da Dependência Química - Da concepção ao tratamento • Psicobiologia da adicção • Desenvolvimento da dependência • Classificação e Efeitos das drogas • Aspectos sociais da dependência Química • A cultura do uso e da recuperação • Aspectos Psicológicos da Dependência Química • Comunidade Terapêutica - História e Caracterização • A Triagem na CT • O Funcionamento da CT • A Função do Monitor • Legislação das Comunidades Terapêuticas • Grupos Terapêuticos Na CT • Modelos de Tratamento • A Educação Física na Comunidade Terapêutica • Habilidades Sociais • A Recaída - Teoria • Código de Ética + Encerramento Módulo 2 Teórico-Prático, com 60 horas • Projeto de Intervenção • Construção do Projeto Terapêutico • Técnicas de Aconselhamento • Plano de Tratamento, equipe multidisciplinar e rede de serviços • Protocolo e padronização dos serviços na CT • T.C.C. e outras intervenções Clínicas • Manejo de Contingência • A Recaída e o manejo da recaída • Boas práticas e estratégias de reinserção social internacionalmente validadas • Manejo de casos • Aconselhamento Familiar e o impacto da dependência química na família • Reinserção Social - Estudo de casos • Certificação FLACT - Teoria • Certificação FLACT - Prática • A Gestão de uma Organização Social: Impactos positivos no seu funcionamento • Construção do Projeto de Intervenção • Espiritualidade e encerramento
dos os equipamentos que se proponham a oferecer atendimento a este público fragilizado e necessitado de intervenções eficazes. Considerando isto, este novo formato contribuirá tanto com o desenvolvimento técnico e profissional do aluno, que será orientado a desenvolver um Projeto de Intervenção para uma problemática específica dentro do contexto da dependência química, assim como a todas as equipes de CTs e outros equipamentos que desejem utilizar-se dos mesmos, uma vez que FEBRACT disponibilizará gratuitamente os melhores Projetos através do seu site.
A quem se destinam os cursos de capacitação da FEBRACT? Aos profissionais que atuam com a Dependência Química, nas mais diversas modalidades, desde os tratamentos ambulatoriais, passando por toda a rede de saúde e assistência e Comunidades Terapêuticas. O Amor as Comunidades Terapêuticas! 31 anos de compromisso com a Ciência, Fé e serviço as Comunidades Terapêuticas do Brasil. Nosso presidente, Luís Roberto Sdoia conduz um time de profissionais, 20 coordenadores regionais e um amplo conselho deliberativo com 33 membros! A FEBRACT está a disposição de todos e todas. Conheça nossa plataforma EAD! Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas Em tudo amar e servir!
Módulo 3 Esta é a última etapa do Programa de Capacitação da FEBRACT. Neste módulo o aluno desenvolve um Projeto de Intervenção (Monografia), orientado por um Professor do corpo docente da FEBRACT, o que oferece ao processo um teor técnico e acadêmico, necessário para possibilitar que as CTs, e suas equipes, atinjam níveis mais elevados de atuação profissional. O atual contexto da dependência química, como problema endémico de saúde pública, exige este nivelamento técnico de toLuis Roberto Sdoia - Presidente da FEBRACT
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ImagineAcredite
• E N T R E V I S TA
O fundador da maior comunidade terapêutica, da América Latina, explica o que é a Família da Esperança
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Família da Esperança se reuniu com fortes emoções, em Assembleia Geral da Obra Social da Glória, entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, em Pedrinhas, São Paulo, para a escolha da nova presidência e diretoria. Como forma de reconhecimento pela dedicação dos últimos 6 anos, a administração e o conselho atual foram reeleitos para o período de 2022 a 2027. Os momentos foram marcados pela presença de Jesus em meio e de muita unidade entre os irmãos, com instensa meditação, missas, temas, comunhões, troca de experiências e retiro espiritual, além da adoração ao Santíssimo. E para elucidar melhor a importância da Assembleia, a ImagineAcredite entrevistou Nelson Giovanelli, um dos fundadores da comunidade de vida.
IA: O que é uma Assembleia dentro da Fazenda da Esperança? NG: Todos aqueles que se dedicaram quando a Fazenda da Esperança nasceu, assumiram o compromisso diante de Deus de ser presença de família para todos os acolhidos e viverem o carisma da Esperança, vendo Jesus neles. Logo, desde o princípio, se entendeu que não se tratava de uma obra social, mas uma comunidade de vida com um simples desejo de viver o evan-
gelho. Então nasceu a Família da Esperança que é a reunião daqueles que sustentam e levam adiante a Fazenda da Esperança. Então quando se fala da Assembleia, os membros consagram suas vidas a Deus nas suas diferentes vocações e estados de vida em função da Fazenda da Esperança. IA: A Família da Esperança é uma Associação Internacional de Fiéis, aprovada pelo Pontifício Conse-
lho para os Leigos da Igreja Católica, que nasceu em meio aos mais necessitados. Quais são os cargos que os membros ocupam? NG: A gente costuma chamar de uma maneira muito simples que a Família da Esperança é a alma de um corpo que se chama Fazenda da Esperança. Se não tivessem todos os membros da Família da Esperança, não existiriam as Fazendas. Todas as Fazendas espalhadas no mundo possuem mem-
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bros da Família da Esperança que assumem responsabilidades da coordenação, da organização, do acompanhamento de jovens, da espiritualidade, da gestão dos trabalhos e de tudo aquilo que envolve o que significa levar uma Fazenda da Esperança. IA: Como é feito o preparo para a eleição dos membros da Família Esperança na Assembleia? Quem pode se eleger? E qual é o período do mandato? NG: Essa é a segunda Assembleia eletiva. A primeira aconteceu quando os fundadores deixaram a gestão da Família da Esperança. Dessa vez foi reeleita a mesma presidência e aconteceu depois do retiro de dois dias previsto no nosso Estatuto. E foi um momento maravilhoso em que se conseguiu, que não é muito simples, porque nós estamos nessa terra, de não fazer, por exemplo, boca de urna ou propaganda antecipada. O “cabo eleitoral da Família da Esperança” é o Espírito Santo que deve suscitar no coração de cada membro que, em oração e discernimento, deve entender diante de Deus quem será o candidato para levar a Fazenda e a Família nos próximos 5 anos. Agora em Roma, com o de Castelli da família dos leigos, Família e Vida, pediu para que todas as Associações fizessem um mandato mais reduzido de 5 anos e que os grupos de gestores não passassem além de 2 mandatos. IA: Como foi elaborada a programação espiritual para a escolha da nova gestão? NG: Como é previsto no Estatuto nosso, foram 3 dias de retiro. A presidência atual pediu pra que nós
O “cabo eleitoral da Família da Esperança” é o Espírito Santo que deve suscitar no coração de cada membro que, em oração e discernimento, deve entender diante de Deus quem será o candidato para levar a Fazenda e a Família nos próximos 5 anos fundadores fizéssemos os temas, que giraram em torno da questão da corresponsabilidade dos membros, da nova configuração da regionalização que a gente pensa em fazer – o Frei que deu pra que a obra possa crescer ainda mais. Depois, o reconhecimento e a importância das nossas fraquezas e limitações, de como levar para frente uma obra que é baseada fundamentalmente em pessoas que são limitadas – a gente acredita no protagonismo dos jovens que estão em recuperação e que assumem a responsabilidade logo depois que terminam a sua recuperação. Além disso, trabalhamos como viver os desafios, esse carisma que a Iraci falou nos dias de hoje. Nós chegamos no final pra fazer a eleição num clima extraor-
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dinariamente de paz, depois de temas, missas, meditações, sem nenhum conflito, foi um verdadeiro divino. IA: Quem são as pessoas que podem participar da escolha da nova gestão? NG: Nós temos na organização dos membros, que participam da Família da Esperança, aqueles que são de pacto – fase inicial, um estágio posterior são de compromisso e aqueles que são de promessa – estágio final. Então todos os que tem promessas podem votar. Graças a Deus, a família é grande. Nós já estamos atingindo mais de 600 membros e cada regional fez a eleição de um número representativo para chegar a 200 membros que elegem a nova presidência. Então quem participa são os membros de promessa. IA: Nessa eleição, teve representantes da Família Esperança de outros países ou apenas do Brasil? NG: Presencialmente, a maioria foi do Brasil. Mas vieram 2 do Paraguai, alguns da Europa, da África – aqueles que são responsáveis regionais ou do conselho, mas a grande maioria fora do Brasil participou online. Hoje atualmente são 18 regionais no mundo todo, Ásia, África, Europa, região central americana, duas regionais no CONESUL, e 9 regionais do Brasil, que corresponde as regiões políticas. IA: Qual é a expectativa para os próximos 5 anos? Quais são os próximos passos, avanços da Fazenda da Esperança? NG: É fazer a vontade de Deus, no momento presente que o Espírito
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Graças a Deus, a família é grande. Nós já estamos atingindo mais de 600 membros e cada regional fez a eleição de um número representativo para chegar a 200 membros que elegem a nova presidência.
suscita. Porque, como nós por princípio não planejamos abrir Fazendas em nenhum lugar, e queremos continuar assim, todas as 156 foram convites feitos. Nós não planejamos abrir Fazendas em tal lugar, em tal país, em tal região, não. Se Deus quer que cresça, se a sociedade quer que cresça, se a igreja quer que cresça, então ela vai fazer convite. A hora que não quiser mais, a gente vai parar. Então a nossa expectativa é continuar fazendo assim, ou seja, garantindo unidade entre nós pra que o Espírito possa inspirar. IA: Qual a avaliação que faz como fundador, como pai dos filhos que assumiram a obra?
NG: Que eles são melhores do que nós. Porque, pelo menos essa equipe que agora foi reeleita, tem uma serenidade, uma tranquilidade como personalidade. Outra virtude que eu senti que, por causa disso fizeram um grande esforço, foi trabalhar em unidade, respeitando os predecessores e não se geraram grandes conflitos que comprometessem a obra como um todo. IA: Não é comum dentro das Associações, e das Congregações, os fundadores saírem de cena, ainda em vida pra assumir um novo grupo filhos, aqueles que vem como os primeiros. O que
motivou os fundadores para acompanharem os filhos durante esse processo? NG: Foi uma inspiração que o Frei Hans teve quando observou o que estava acontecendo com muitas Associações, em que o fundador permanece até o fim e provoca no final da vida uma situação de instabilidade e intranquilidade muito grande, porque a velhice traz as consequências que nós sabemos e isso prejudica a gestão de uma obra. A segunda coisa foi a atitude do Papa Bento XVI quando, não de forma inédita porque isso já tinha acontecido 500 anos atrás com o outro Papa, decidiu não permanecer na fé apostólica e em vida
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O Papa insiste muito a respeito da Sinodalidade. A gente dá muita oportunidade para o maior número possível de pessoas falarem. O que o Papa já postulava, nós vivemos há muitos anos no sentido de que a voz daquele último é muito importante. deixou para outro sucessor. Então, precisamos em vida ainda ter a possibilidade de passarmos pra segunda geração o que significa gerir uma obra, ainda mais na dimensão que tá tomando. A gente percebeu que não teria condições humanas para levar essa obra a frente, até que dividimos as forças. De 4 passaram pra 8, porque estamos em vida e com saúde e, claro, que a gente não ia ficar descansando. A gente continua na ativa, trabalhando e dividindo as tarefas. Tanto é que, justamente nesse período do mandato da nova presidência, nasceram 45 novas Fazendas. Nós éramos 111 em 2016, passamos a 656. Essa inspiração permitiu que desse um crescimento, são 8 Fazendas por ano. IA: Qual é o objetivo em dar lugar de fala para os acolhidos? NG: O Papa insiste muito a respeito da Sinodalidade. A gente dá muita oportunidade para o maior número possível de pessoas falarem. O que o Papa já postulava, nós vivemos há muitos anos no sentido de que a voz daquele último é muito importante. A gente acredita que o Espírito Santo não está só nos fundadores ou na primeira geração, está em todos.
IA: As Fazendas estão crescendo, só em 6 anos abriram 45. A tendência é que mais terras sejam doadas e que a obra cresça. Talvez, só um presidente internacional sinta no futuro uma dificuldade de administrar todas as unidades pelo mundo afora. Com exclusividade, existe algum outro modelo que a Fazenda pretende estabelecer dentro da obra para facilitar a comunicação entre todos e manter a unidade. NG: Temos. É um modelo que uma das maiores instituições do mundo usa, que é a própria igreja católica. Como é que pode explicar que um homem só, Papa Francisco, consegue chegar a todos os cantos dessa terra de tal maneira que todos os cristãos católicos, e até além deles, escutam a sua voz? Porque ela é dividida em dioceses com autonomia. E isso a gente quer também usar na obra, dar sempre maior autonomia às regiões. Ou seja, a maneira que elas possam sentir-se totalmente comprometidas e com a maior possibilidade de liberdade de decisão. Queremos descentralizar o máximo possível as decisões que cada regional
vai ter que começar a tomar, seja no ponto de vista formativo, econômico e de administração. Esse modelo também existe nas grandes ordens e congregações religiosas, onde, por exemplo, franciscanos são divididos no mundo inteiro em províncias. E o provincial é totalmente autônomo, como é um bispo na sua diocese. A diferença é que o bispo é nomeado pelo Papa. Enquanto o provincial é eleito dentre os membros daquela província e não nomeado pelo ministro geral em Roma. A nossa proposta agora é nomeação. E daqui há 5 anos, deixar de ser nomeado pra ser eleito na própria regional. IA: Qual a mensagem que você deixa para todos da Família da Esperança. NG: A mensagem que deixo é a que o Frei, de certa forma com todo o fogo do seu coração, fala: o fundador dessa obra é Jesus entre nós, Jesus no nosso meio. Isso dá uma certa tranquilidade porque todos são co-fundadores. E se a gente garante que Ele continue presente e não suma, então nós vamos ter certeza de que a Fazenda da Esperança vai pra onde Ele quer que vá e terá a sua continuidade.
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• C U LT U R A
Brasília faz a diferença no setor
cultural
capital do país é um “caldeirão cultural”. Com uma identidade própria, Brasília reúne fragmentos de diversas regiões do país, inclusive, a mistura do patrimônio imaterial pode ser vista na Feira da Torre de TV e na Feira de Ceilândia, com variados artigos à venda, além das culinárias tradicionais. Sendo assim, a ImagineAcredite convidou o secretário de Cultura, jornalista Bartolomeu Rodrigues, para fazer uma avaliação de sua gestão desde 2019. Mas antes, ele nos conta um pouco sobre as principais mudanças observadas de Brasília. Nascido em 1957, em Serra Talhada, no sertão de Pernambuco, “Bartô” mudou-se para a capital em 1979 e se formou em jornalismo, pouco tempo depois, 1982, pela Universidade de Brasília. “Quando cheguei a Brasília, a cidade estava nos seus 15 anos, uma adolescente. Hoje, é uma senhora prestes a completar 62 anos e, melhor, com muita identidade, dona de si e disposta a iniciar um novo ciclo de vida. Tudo mudou. Já naqueles velhos tempos as bandas de rock ensaiavam nas garagens, nas universidades, assim como grupos importantes começavam a moldar movimentos que antecipavam, por exemplo, a luta pela igualdade de cor, gênero, o que você imaginar. Brasília não foi concebida nos desenhos de Niemeyer e nos planos de Lúcio Costa por acaso. E toda essa gente reunida para sua construção tinha mesmo que desaguar como a que temos. Desde o maracatu, samba raiz, hip-hop até o sertanejo passam por aqui. E também Brasília deixou de ser a Brasília do Plano Piloto para se transformar no Distrito Federal de múltiplas linguagens culturais. Diante disso, o Estado não precisa fazer mais do que estimular e apoiar esses movimentos. O resto tem ação própria. A arte está no ar”, diz o secretário.
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Investimento bate recorde A título de conhecimento, a cultura tem um papel fundamental tanto na sociedade quanto na economia. Para tanto, Brasília, em comparação com outros estados, é a única, em 2021, a ter o maior programa de fomento à cultura, em meio à crise econômica causada pelo Covid-19. Isso se deve a gestão eficiente do governo Ibaneis, com o apoio do secretário, que destinou mais de R$ 144 milhões para o Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Inclusive, o DF lançou “O Meu Primeiro FAC” para dar oportunidade aos artistas que nunca tiveram acesso a recursos públicos. “Para acabar também de uma vez por todas com a ideia de que o FAC é reserva de mercado apenas para determinados setores culturais. Desta vez, ao descentralizar a aplicação dos recursos, os agentes culturais da periferia tiveram a oportunidade de submeter seus projetos e mostrar a força das múltiplas linguagens que fazem do DF um caso único no Brasil. Do circo ao teatro, da literatura à gastronomia, da dança aos batuques, dos festivais aos grandes eventos, nada ficou para depois. E se a inclusão é hoje requisito legal para a realização de políticas públicas, para nós trata-se de respeitar e valorizar a arte que se manifesta nos segmentos de gênero, cor e mesmo das pessoas com deficiência”, explica.
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Gestão Ibaneis é marcada por revitalizações Com a pandemia, e os espaços culturais fechados para o público, o governo Ibaneis saiu na frente de outros estados e deu início a uma faxina geral, realizando não apenas reparos, como também concluindo obras e instalando equipamentos de segurança, especialmente contra incêndios em diversos locais, como Catetinho, complexos de Planaltina e Samambaia, Concha Acústica e até mesmo, com a revitalização da W3 Sul, o Espaço Renato Russo vai ganhar mais destaque com a gastronomia e a arte. “Para justificar o título de patrimônio cultural da Humanidade e integrar o Fórum Mundial de Cidades Criativas, Brasília precisa de atitudes corajosas para manter o seu patrimônio de pé. Tivemos a oportunidade de reabrir o Museu de Arte de Brasília, que estava fechado há 14 anos, e iniciamos um projeto da maior importância para o governo e sociedade, ma-
peando os acervos museológicos sob a custódia da Pasta, compreendendo mais de 10 mil itens alocados por cinco museus e outros espaços. O objetivo é identificar, descrever, medir, fotografar e avaliar o valor das peças. O governo possui um verdadeiro tesouro, de valor inestimável, mas ainda não tem ideia do tamanho. Este trabalho será concluído no ano que vem. Sem deixar de mencionar que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa está à frente de trabalhos de peso, robustos, cujos resultados terão forte impacto no DF, como é o caso da reforma do Teatro Nacional, a recuperação do Conjunto Fazendinha, na Vila Planalto, do Complexo Funarte, e do Cine Itapuã, no Gama. Enfim, o governo está cumprindo o que prometeu: elevar a autoestima da população a partir da recuperação da cidade e da cultura”, pontua o secretário.
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Festival do Cinema Brasileiro
Anota na agenda
O ano de 2020 podemos até dizer que “não existiu”, por conta da pandemia do coronavírus, que obrigou o governo distrital a cancelar todos os eventos. Mas, em 2021, com a crise sanitária controlada, o secretário Bartolomeu adiantou com exclusividade que a festa de Réveillon vai acontecer em novo formato, para a alegria dos brasilienses. “Já temos um edital na praça no valor de R$ 2 milhões para permitir apresentações no formato drive-in nas regiões Norte, Sul, Leste e Central do DF. A previsão é de que sejam gerados em torno de 700 empregos diretos e mais de 2.500 indiretos para o setor da Economia Criativa. As cidades cotadas para receber a festa são Paranoá, São Sebastião, Gama e Samambaia”. Apesar de mais da metade dos brasilienses terem tomado a segunda dose da vacina contra o coronavírus, ainda não é certo a autorização do carnaval de 2022, que está sob análise do governo. “Nós aportamos R$ 1,5 milhão para manter as atividades das principais agremiações, aquelas entidades que realmente fazem o carnaval do DF. É como se fosse um “esquenta” para os desfiles de 2023. Não devemos esquecer que a população ainda está vulnerável ao coronavírus”. Mas, calma leitores, o aniversário de 62 anos de Brasília será comemorado com uma programação à altura. “A participação de artistas locais tornou-se uma marca desta gestão por razões que vão do reconhecimento da qualidade que apresentam, como também para estimular a produção local. Nomes nacionais são atrações que não devemos descartar e nada impede que dividam o palco. Mas por enquanto não dá para dizer quem estará presente à festa, tudo a seu tempo. Em 2022 Brasília será Capital Ibero-Americana do Cultura, título concedido pela União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI). Será o ano do bicentenário da Independência e do centenário da Semana de Arte Moderna. Coisas boas estão vindo”, finaliza.
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Pela segunda vez, por conta da pandemia, o evento em 2021 será digital, mas com a possibilidade de abertura ao público, em conformidade com os protocolos sanitários. A ideia é que, em 2023, o Festival volte à casa original, aliado as plataformas digitais. "É difícil imaginar que daqui para frente ficará restrito à sala do cinema. As plataformas de streaming vieram para ficar, e quando você tem a perspectiva, como temos atualmente, de realizar um festival para ser visto por mais de um milhão de pessoas, então está na hora de também termos nossa própria plataforma. A boa notícia que dou a esse respeito é que está bem avançada a criação do DFPlay, um aplicativo da Secretaria para ver filmes que marcaram a história do festival”, garante. O Festival acontece anualmente desde 1965, no Cine Brasília, uma das primeiras construções de Brasília e inaugurado dentro da programação que comemorou a transferência da capital do país. O principal prêmio é o Troféu Candango, em homenagem aos brasilienses. Há ainda o Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal, Prêmio Canal Brasil de Incentivo ao Curta-Metragem, Prêmio Exibição TV Brasil, Prêmio Abraccine, Prêmio ABCV e Prêmio Saruê, além de premiação em dinheiro.
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• PNAD
Governo Federal promove a valorização da família brasileira
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A família tem que tá junta, conversando, tem que se reunir e isso nós estamos perdendo, a modernidade e as necessidades hoje nos impõe um afastamento.
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ando continuidade ao fortalecimento de políticas públicas na área de prevenção e combate às drogas, o governo federal assinou diversos importantes Acordos de Cooperação Técnica entre os meses de agosto e outubro. Um deles, é o programa Refeições em Família com o objetivo de fortalecer os vínculos familiares como fator de proteção contra o uso de drogas. O ACT foi assinado com a Cruz Azul no Brasil e a campanha será digital. Durante a solenidade, a ministra Damares alertou que a pressa leva as famílias a abandonarem o costume de realizar as refeições diárias juntos e isso tem impactado negativamente, tanto na saúde física quanto emocional. Na ocasião, ela ainda contou que a base familiar a ajudou no caminho certo, nos valores morais e éticos, onde teve a oportunidade de compartilhar boas histórias ao lado de sua mãe, seu pai e sua avó. “A família tem que tá junta, conversando, tem que se reunir e isso nós estamos perdendo, a modernidade e as necessidades hoje nos impõe um afastamento. Então a gente vem pra fazer esse diálogo por meio desse programa Refeições em Família. Não precisa ser uma grande refeição, pode ser o café da tarde, pode ser o lanchinho no final de semana, ou antes de dormir. Eu acredito que esse acordo vai dar muito certo, é uma mudança e é um chamamento. Nós vamos sacudir a sociedade com essa campanha”, diz a Ministra emocionada. Concordando com a ministra, a secretária da Família, Angela Gandra, disse que o governo está dando um passo essencial ao estimular a convivência familiar. Já o Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, ressaltou que foi estabelecido um plano de trabalho para alcançar as metas estabelecidas nos próximos meses. Para o presidente da Cruz Azul, Rolf Hartmann, o simples fato de ter alguém nos ouvindo com atenção tem um efeito terapêutico e devemos valorizar a presença de cada um na família. “A vida tem um valor muito alto. Então nós precisamos valorizar enquanto está ali, a criança, na família. A pandemia nos ensinou um pouquinho como a família é o último refúgio”.
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Combate ao suicídio
Outro ACT importante para destacar foi assinado pelo ministro da Cidadania, João Roma, e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com o objetivo de implementar políticas públicas de Estado na prevenção ao suicídio, promoção à saúde e redução da demanda de drogas. “O ato de hoje vai além de uma obrigação do Estado. Simboliza que todos nós temos o compromisso de buscar cooperação para que consigamos ser determinantes na transformação social e na melhoria de vida de cada um”, afirma o ministro Roma, que vem desempenhando um importante trabalho em frente à Pasta, abrindo as portas para parcerias fundamentais em prol de uma população mais saudável. De acordo com o presidente da ABP, Antônio Geraldo, esse Acordo vai possibilitar mais ações para mudar a vida dos pacientes brasileiros que padecem de doenças mentais. “Nós esperamos que isso se efetive para que chegue na ponta, lá no paciente, mudanças importantes na área de dependência química, na área de promoção de saúde, através dos esportes, pra que a gente possa realmente melhorar a qualidade de vida de todos”, pontua em entrevista exclusiva. Segundo o estudo apresentado no evento, pela estatística, o Brasil perde 13 mil vidas por ano, mas esse número pode ser ainda maior, tendo em vista casos subnotificados, e é a segunda causa de morte entre 15 e 34 anos de idade. Cerca de 37% das pessoas que se suicidam sofrem de transtornos afetivos, isso inclui depressão, transtornos bipolares e de humor, e cerca de 23% são por abuso de substâncias psicoativas. O diagnóstico e o tratamento precoce podem ajudar a salvar vidas.
Equipe SENAPRED, Viviane Hoffman, Erick Almeida, Túlio Tourinho, Cláudia Leite, Maria Raquel, Lívia Lopes, Deborah Domiceli, Georgeane Nascimento, Marcus Hartmann
Mapa virtual vai ajudar dependentes químicos no processo de recuperação
Graças aos investimentos e reconhecimento do governo federal, as comunidades terapêuticas, os grupos anônimos de mútua ajuda e de apoio familiar oferecem um tratamento humanitário para as pessoas que sofrem com o flagelo da dependência química. E para facilitar o acesso a esses grupos, o Ministério da Cidadania lançou o mapa virtual que oferece, além do georreferenciamento, informações como nome da entidade, telefone e endereço. “Entre os grupos anônimos estão Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos. Os grupos que trabalham com os familiares dos dependentes químicos estão o Alateen, Al-Anon o Narateen e o Nar-Anon. Os grupos não anônimos que trabalham na perspectiva da mútua ajuda e apoio familiar que, inclusive, tem parcerias de financiamento por parte do Governo Federal são a Federação de Amor-Exigente, Cruz Azul no Brasil, Pastoral da Sobriedade e Grupo Esperança Viva. A ideia é que o Governo Federal realize atualizações periódicas pra ajudar as pessoas em seu processo de recuperação da dependência química”, afirma o Senapred, Quirino Cordeiro. O mapeamento dos grupos anônimos, de mútua ajuda e de apoio as famílias dos dependentes químicos, foi publicado no Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas (OBID), no endereço www.gov.br/cidadania/pt-br/OBID. Já na primeira página, ao clicar no ícone “Mapa de Localização de grupos anônimos, de mútua ajuda e de apoio a familiares de dependentes químicos”, as pessoas vão identificar um grupo mais próximo da sua residência.
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FNCTC é recriada com o objetivo de fortalecer o segmento das CTs
Extinta nos últimos anos, a Federação Nacional das Comunidades Terapêuticas Católicas (FNCTC) foi credenciada pela Senapred e vai participar, juntamente com outras Federações, no trabalho de elaboração de políticas públicas em prol dos dependentes químicos em parceria com o governo federal. A solenidade contou com a participação do ministro da Cidadania, João Roma; com o secretário nacional, Quirino Cordeiro; o presidente da Frente Parlamentar Católica no Congresso Nacional, deputado federal Francisco Junior; o diretor—presidente da FNCTC, Roberto Vila Verde; além de representantes da entidade e também da Pastoral da Sobriedade de Goiânia. “O Governo Federal enxerga a criação de mais uma Federação com ótimos olhos. Quanto mais as CTs trabalharem nesse associativismo, maiores vão ser os ganhos para as entidades e obviamente isso vai acabar se refletindo na qualidade do cuidado ofertado aos seus acolhidos”, observa o Senapred.
O Senapred, Quirino Cordeiro, o ministro João Roma, o diretor da FNCTC, Roberto Vila Verde, o deputado federal Francisco Júnior e o médico diretor clínico, Nelson Remy Gillet
Turismo Sem Drogas O diretor Nacional de Articulação Com o objetivo de preda Senapred, Edu Cabral; o venir e combater às drogas fundador da Imagine Acredite, ilícitas em hotéis, restaujornalista Sérgio Botelho Junior; e o rantes e outros pontos tu- presidente da Confederação Nacional rísticos no país, o governo das Comunidades Terapêuticas, federal lançou o programa Adalberto Calmon “Turismo Sem Drogas”. A solenidade aconteceu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente da República e de diversas autoridades. O programa prevê a distribuição de adesivos e placas em inglês e português com os dizeres “Tourism without drugs” em diversos pontos comerciais. A novidade fica por conta do QR Code no selo adesivo que direciona para o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas. Além disso, assegura a orientação para assistência médica e canais de denúncia. O Acordo de Cooperação Técnica foi assinado pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e os Ministérios do Turismo e da Cidadania, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). “A ação turismo sem drogas visa sensibilizar nossos turistas brasileiros e estrangeiros de que é possível aproveitar ao máximo as experiências culturais, gastronômicas, esportivas, a natureza exuberante do Brasil e o calor humano do nosso povo sem o uso de substâncias psicoativas que causam malefícios à saúde e que estão associadas a atividades que trazem grandes prejuízos à sociedade”, explica o presidente da Embratur, Carlos Brito. Durante a cerimônia, o ministro da Cidadania, João Roma, destacou o êxito da nova PNAD, bem como o fortalecimento das comunidades terapêuticas que tratam as pessoas com dependência química e as reinserem na sociedade de forma digna. Para ele, esse ACT vai trazer mais visibilidade para o país que protege as famílias das drogas. “O nosso turismo interno é uma grande fonte de emprego e renda para muitos brasileiros. Podemos fazer turismo de maneira saudável, virtuosa, enaltecendo as nossas potencialidades. O “Turismo Sem Drogas” é um passo marcante para um país que quer cada vez mais brilhar e dar orgulho aos seus cidadãos”. Em entrevista exclusiva à ImagineAcredite, o ministro do Turismo, Gilson Machado, ressaltou que o governo Bolsonaro vem fazendo a diferença com diversas ações estratégicas por um país livre das drogas. “Esse combate às drogas tem que ser incansável. A droga acaba com a vida do cidadão, acaba com a família, acaba com o Estado também. E a gente tem visto cada vez mais a diminuição dos índices, principalmente na parte de hotelaria que hoje em dia nós temos um grande parceiro que é a ABIH nacional”, pontua.
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Nova PNAD do governo federal é referência no Paraná Graças a todo o empenho do Bolsonaro, os estados e os municípios contam com o apoio de recursos para oferecer a prevenção contra as drogas em diversos programas. Inclusive no município de São José dos Pinhais (PR), a renomada instituição Nova Jornada recebeu, em outubro, a visita do Senapred, Quirino Cordeiro, e do deputado federal, Diego Garcia (PODE-PR), com o objetivo de fortalecer as ações em prol da recuperação e reinserção social dos dependentes químicos. Em atividade há sete anos, sendo referência internacional, a comunidade tem a eficiência comprovada onde 55% dos seus acolhidos concluem o tratamento e não retornam para o mundo das drogas e mais de 40% permanecem dentro da CT. Com a capacidade para acolher 60 pessoas, das quais o Ministério da Cidadania financia 26, a Nova Jornada conta com uma estrutura que permite o desenvolvimento de diversas atividades e trabalha a reconstrução de vidas respaldada no carinho, amor, dedicação e evidências científicas. “Além disso, a Entidade realiza um trabalho de grande qualidade, sendo a única Comunidade Terapêutica afiliada à World Federation of Therapeutic Communities (WFTC) e é credenciada com o ISO 9000”, reconhece o Senapred, ao afirmar que o trabalho desenvolvido pela Comunidade é modelo referência para as demais CTs. Segundo o coordenador-geral,
Dr. Quirino Cordeiro, o fundador da Comunidade Nova joranada, Marcio Calb, e equipe da CT Nova Jornada
Márcio Callbente, a visita do Senapred e do deputado trouxe apoio e credibilidade para a entidade. “A vinda, além de valorizar, é para também trazer ao município a responsabilidade de ter uma instituição hoje referência nacional de tratamento”. Já o patrono da entidade, Sr. Luiz César Helpa, lamentou a posição da sociedade em apenas julgar os adictos e não oferecer a eles a oportunidade de recuperação. “A maioria acha que o dependente usa droga porque quer. Eu procuro me condicionar de acordo com a orientação do Papa Francisco, onde a maioria não sabe nem porque é dependente. Então pessoas como o Dr. Quirino e o deputado Diego Garcia são amplamente sensibiliza-
dos com a nossa causa e fazem tudo que é possível para ajudar as CTs e isso é muito gratificante”. É importante frisar que o método da Jornada dos 12 Passos é um procedimento científico baseado nas ações psíquicas e de resgate social dos acolhidos de forma gradativa e fornece subsídios para que os acolhidos saibam lidar com suas vontades e a reprogramarem suas vidas, ou seja, conseguem transformar dificuldades em vitórias. Vale ressaltar que, no Paraná, o Ministério da Cidadania tem 28 convênios no valor de R$ 9,1 milhão. No Município, há um convênio no valor de R$ 100,00. Além disso, financia 41 CTs no estado com 815 vagas e em São José dos Pinhais, são 2 CTs com 36 vagas.
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Agenda movimentada em prol dos municípios Com várias ações em prol dos adictos que buscam uma solução para se recuperarem, o Senapred, Quirino Cordeiro, juntamente com sua equipe, tem se reunido com diversos representantes de municípios para debater políticas públicas. A exemplo, o Senapred recebeu o Vereador, Juninho Zucato, e o Diplomata e Capelão Internacional, João Rosa, para fortalecer a redução de demanda de drogas e o financiamento para o tratamento digno de dependentes químicos na CT Reavida, credenciada no governo federal no último edital, além de propor um ambulatório, junto ao Ministério da Saúde, para o tratamento da Saúde Mental no município de Monte Sião (MG). Outra agenda importante, à convite da deputada estadual Aldilene Souza (PPL-AL) e articulada pelo representante da Assembleia Legislativa do estado, em Brasília, Elpidio Amanajas, foi a visita do Senapred ao estado do Amapá, onde conheceu o importante trabalho que a unidade masculina da Fazenda da Esperança faz ao receber dependentes químicos em seu processo de recuperação, Dr. Quirino Cordeiro, Elpidio Amanajas e a Deputada Aldilene além de participar de
Dr. Quirino Cordeiro, o Vereador Juninho Zucato e o Diplomata Internacional, João Rosa
uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa para apresentar as ações do Governo Federal no enfrentamento as drogas. “Nós colocamos a nossa Secretaria à disposição da Assembleia, em todos os segmentos sociais, pra que nós possamos avançar em várias agendas no estado. Nós conversamos sobre a realização de capacitações na área de prevenção ao uso de drogas, de recuperações de pessoas com dependência químicas em comunidades terapêuticas, capacitação pra gestores que trabalham com as políticas públicas sobre drogas”, pontua Dr. Quirino.
Fortalecendo as CTs do DF Só no DF e entorno, o governo federal financia vagas para os dependentes químicos em 12 CTs. Com o último edital aprovado, mais CTs serão credenciadas. Uma delas é a El Shadai, que recebeu no mês de setembro a visita do Senapred, Quirino Cordeiro; do deputado federal Júlio César; do Diretor de Articulações Estratégicas, Edu Cabral; do Diplomata e Capelão
Internacional, João Rosa; do Pr. Georlando Góes (ABBA PAI); e do fundador da ImagineAcredite, jornalista Sérgio Botelho Júnior. Localizada em Núcleo Rural Boa Esperança, Chácara 180, Ceilândia, a CT em 15 anos já salvou mais 16 mil vidas e, no momento, acolhe 45 homens que buscam uma transformação. O período de tratamento é de 7 a 12 meses e toda a
manutenção da comunidade é feita por doações da sociedade. No local há uma horta, 150 árvores de manga palma e 100 de maracujá, campo de futebol, academia, cinema, lavanderia, tanque de peixe e uma igreja onde os acolhidos trabalham a fé espiritual e tomam a Santa-Ceia. Em entrevista, o Senapred reforçou a importância das visitas para entender as demandas
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de cada entidade. “Verificamos que é uma entidade que presta um serviço de alta qualidade para os seus acolhidos, tem uma estrutura física de qualidade e trabalha de acordo com as atuais normativas, seguindo todas as orientações do Governo Federal”, diz. Concordando com o secretário, o parlamentar Júlio Cesar parabenizou a entidade que resgata os jovens da marginalidade e salientou que seu mandato está à disposição das CTs. “A gente fica feliz porque essa comunidade realmente tem feito a diferença em Brasília. Fiz questão de sair lá do Plano Piloto pra vim aqui justamente demonstrar que estou abraçando as CTs em Brasília. Eu digo pra vocês que é o braço que o governo não consegue chegar. A gente tem que realmente valorizar e as CTs podem contar com meu apoio incondicional”. Para o Pastor Manoel, a visita agregou para a comunidade, visto que o apoio do governo federal faz toda a diferença. “Devemos agradecer a essas pessoas que estão comprando
os projetos para poder libertar, tirar essas pessoas que estão na dependência química, as pessoas que estão na rua. E pra nós aqui da El Shadai é uma honra poder receber essas pessoas aqui, pra que eles entendam que nós precisamos do apoio deles”.
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Dr. Quirino Cordeiro, Edu Cabral, deputado federal Júlio Cézar, o diplomata e capelão internacional, João Rosa e o fundador da comunidade El Shadai, pastor Manoel com sua esposa, Andreia Canuto
Apoio aos Agentes de Segurança Os Policiais e demais Agentes de Segurança Pública que sofrem com a dependência química e buscam escrever uma nova história, agora podem contar com o apoio para a recuperação na Comunidade Terapêutica Teleios, a primeira credenciada pelo governo federal. “É um trabalho pioneiro no país e esse reconhecimento permite que o Ministério da Cidadania possa realizar parcerias com a entidade, ajudando-a em sua tarefa de recuperar os acolhidos e apoiar seus familiares. Além disso, o Governo Federal buscará ajudar a expandir esse modelo de CT voltado
para a recuperação dos Agentes de Segurança Pública, mostrando mais uma vez nosso compromisso com o bem-estar dos Policiais e suas famílias”, afirma o Senapred. Para a fundadora e presidente da CT, Major Santina, o cadastro é um marco histórico, tendo em vista que com o apoio passa a “existir aos olhos do governo federal” como um importante mecanismo no combate a dependência química. “Durante muitos anos nós tivemos à margem do sistema de saúde. E hoje nós podemos cumprir esse papel com maior galhardia, com maior ousadia e ombreando junto ao Governo nessa batalha contra a dependência química”.
Fundada em meados de 2015, a entidade, localizada na cidade de Juquitiba (SP), conta com alojamentos aconchegantes com banheiro privativo, salão de reuniões, templo, ampla cozinha, refeitório, sala de oração, quadra de esporte, horta, biblioteca, sala de recreação, e outros espaços na propriedade de mais de 40 mil metros. É importante destacar que a CT desenvolve atividades que visam a reintegração do adicto na sociedade, como o estudo bíblico, o programa terapêutico exclusivo, o estudo dos 12 passos adequados ao evangelho, laborterapia, aperfeiçoamento e estímulo à leitura, entre outras.
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Acolhimento de adolescentes em CTs Em agosto, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região derrubou a liminar que suspendia a Resolução nº 3/2020 do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD), que regulamenta o acolhimento de adolescentes com dependência química em comunidades terapêuticas. Até então, a Justiça Federal de Pernambuco deferiu de caráter liminar à Ação Civil Pública ajuizada pela Defensoria Pública da União e as Defensorias Públicas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Pernambuco, que determinava, no prazo de 90 dias, mais de 4 mil adolescentes acolhidos em CTs no Brasil deveriam ser desinternados. “Se essa decisão fosse levada “a cabo”, se fosse realmente executada, iria trazer grande prejuízo não só para os adolescentes acolhidos nas entidades, mas pra toda a sociedade brasileira. Por conta disso, o Governo Federal, por meio da Advocacia-Geral da União e da Senapred, entrou com um recurso na Justiça Federal que foi apreciado pelo TRF que derrubou hoje (18) essa liminar. Essa é uma grande vitória de toda a sociedade brasileira”, observa o Senapred, Cordeiro. Essa decisão judicial do TRF permite o acolhimento de adolescentes em comunidades terapêuticas e o financiamento do Governo Federal. “Era inconcebível a ideia de que quase 4 mil adolescentes pudessem ser colocados nas ruas
tendo seu direito ao tratamento negado. E o que é pior, essas vagas sendo desativadas, outros adolescentes com dependência química teriam também negado o seu acesso ao tratamento voluntário e a recuperação nas CTs”, pontua o Senapred.
Uma grande vitória de toda a sociedade brasileira Para a Diretora de Prevenção, Cuidados e Reinserção Social, Cláudia Gonçalves Leite, a decisão judicial só confirma que a Resolução não apresenta nenhuma ilegalidade ou incompatibilidade com as normas protetivas do ECA. “Busca a defesa e implementação
de direitos, sobretudo o direito a um desenvolvimento saudável, que é absolutamente incompatível com uso de drogas, atendendo à grande demanda por serviços especializados, extra-hospitalares, para adolescentes, diante do grave cenário de consumo e dependência do álcool e outras drogas da atualidade, proporcionando dignidade, garantia de direitos, de vida e futuro aos adolescentes, atendendo aos anseios da sociedade brasileira. Essa decisão é uma vitória dos adolescentes, das famílias e da sociedade.” Na oportunidade, o Diretor de Articulação e Projetos Estratégicos, Edu Cabral, destacou a importância da Resolução para um país livre das drogas, meta do governo federal. “É um grande dia de vitória das famílias, dos adolescentes, da Política de Drogas, da nossa Secretaria, do governo Bolsonaro que quer livrar o Brasil das drogas. É como eu sempre digo: nossa missão é salvar vidas. E, enquanto nós estivermos no governo, nós vamos lutar a favor da vida. Estes adolescentes têm a oportunidade de continuar com tratamento digno, algo que transforma vidas e eu sou testemunha disso”.
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•CRIANÇA E ADOLESCÊNCIA
Casa do Menor São Miguel Arcanjo completa 35 anos com uma trajetória respeitada
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Um ato de amor
A obra social de grande relevância para os filhos do abandono se expandiu em várias unidades do país, oferecendo acolhimento desde a pré-escola até os cursos profissionalizantes, além da inisitando sempre na entidade, vindo de um mundo serção ao mercado de trabalho. as favelas e as cra- de ilusão das drogas, são recebidos E o trabalho não para por aí. Na colândias do Rio, com uma festa, assim como está es- oportunidade, durante a entreviscom sua vestimenta crito na Bíblia que “haverá alegria ta, o padre revelou que o sonho africana e escutando entre os anjos de Deus quando um é cruzar as fronteiras do mundo as histórias de quem não tiveram se converte”, (Lc. 15: 1-10), tendo afora. “O projeto que Deus tem oportunidades na vida, padre Re- em vista que Deus trabalha a res- sobre nós é muito maior naquilo nato Chiera carrega em sua baga- tauração na vida de seus filhos ex- que conseguimos realizar agora. gem mais de 100 mil vidas salvas cluídos da sociedade. É uma obra que vai se expandir do tráfico e da violência, sendo “A Casa do Menor é uma gran- muito mais, desde que nós setransformadas graças a pedagogia de família, se nós não amarmos, jamos fiéis a Deus em abraçar o presença, dado do amor, carisma não vivermos o evangelho, não te- corpo de Cristo sangrento e gerada unidade e espiritualidade remos muitas vidas. Eu sinto a que os acolhidos recebem na África no meu coração”. Casa do Menor São Miguel E o diferencial da Casa Arcanjo, em 35 anos. do Menor é ensinar os valo“A maior violência é res fundamentais para os aconão ser amado, é a rejeição, lhidos, onde se evangeliza de e isso gera outras violências. forma concreta e transmite o O grito maior é por presença amor de Deus. E com todo o de alguém que os amem. E a empenho, ao resgatar as vidas nossa resposta é ser presença Padre Renato Chiera, fundador da Casa do Menor da marginalização, muitos se de amor que acredita no ser São Miguel Arcanjo tornam voluntários e colaboradohumano. Nós sabemos que todo ríamos resultados. Eu vejo um cari- res na entidade para ser presença ser humano é recuperável, que foi nho de santificação porque “a mim de família e amor para os meninos ferido porque não teve um am- o fizestes” é a Jesus, cada menino e abandonados. biente desde o útero materno que o morador de rua que chegam é Jesus. “Nós devemos ser a família ajudou a crescer numa forma har- Nós fazemos festa quando eles che- e perspectiva de futuro. Este é o moniosa. Deus me chamou nesta gam, acolhendo Jesus ferido, cruci- grande legado e contribuição que aventura e eu me sinto totalmente ficado, quase morto. E, quando você a Casa do Menor dá através da realizado quando tu vês que a pes- dá amor, Jesus ressuscita. Nós pre- nossa pedagogia e espiritualidade, soa não tinha mais jeito, estava de- cisamos ser esse útero comunitário. onde os meninos se recuperam, sabrochando. Viver isso não é fácil, Eu já estou quase no final da vida, fazem uma nova gestação e saem este é meu caminho de santificação, daqui seres humanos regeneramas é muito bonito”, pontua. Para o missionário, apesar do juntos com outros, amando Jesus dos, com esperança. Salvar seres desafio, é um privilégio estar reuni- em cada pessoa, sendo presença, humanos é a coisa mais bonita do do com os meninos que procuram perdoando, acolhendo, sempre com mundo, vale a pena dar a minha o sentido da vida, os sonhos e as misericórdia e recomeçando, acre- vida pra salvar uma vida. Imagina esperanças. E quando eles chegam ditando no ser humano”. centenas de vida”, finaliza.
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ARTIGO
Rapport e a Importância das
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Conexões diante dos Conflitos
iscorrer sobre esse tema para mim é extremamente importante pois essa pequena e mágica palavra ganhou dentro do âmbito jurídico um conceito bem limitado, que não conduz com toda a sua amplitude. No contexto jurídico Rapport é uma palavra de origem francesa, que constitui-se em série de estratégias de ação em que a ênfase vislumbra o estabelecimento de confiança/empatia entre o mediador e as partes de um processo judicial ou extrajudicial, a fim de uma melhor resolução do conflito (disputa). Porém ele é muito mais do que isso, no seu conceito original, rapport é um termo que se origina de rapporter, uma palavra francesa que significa “trazer de volta”, e é exatamente essa seria a proposta também dentro da mediação, ou seja, trazer de volta as partes para o que realmente é importante para elas, despolarizando-as e estimulando-as a uma comunicação mais efetiva, “trazendo de volta” o que de melhor tiverem para a mesa e para a mediação. Esse termo Rapport vem do ramo a psicologia (e em áreas correlacionadas) que trata de um método utilizado a fim de estabelecer um link que gera empatia e sintonia com outro indivíduo. E isto vai muito além do que é trazido em sede de aprendizado teórico que nos é transmitido na formação como mediador de conflito, na qual o uso e técnica do rapport se pren-
de mais ao momento inicial da sessão, onde se pergunta para as partes se estão bem, se o ar condicionado está em uma temperatura agradável, etc. Pois esquece-se, muitas vezes, que deverá lançar mão dessa técnica durante toda a sessão, pois esse termo fala explicitamente de conexão. E essa conexão do mediador com as partes e com os advogados tem de se dar durante toda a audiência, tendo em vista que uma palavra, uma pergunta mal elaborada, pode colocar tudo a perder na mesa. Pode desfazer a conexão que já tinha se estabelecido, a partir dos fundamentos de confiança e do ambiente seguro estabelecido no local da sessão entre os presentes; ou dificultar esse trazer de volta as partes para aquilo que realmente lhes interessa, pelo que elas primam como prioridades em suas vidas. Em seminário sobre a Comunicação Não Violenta realizado no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados em Brasília, o qual estive presente a norte americana Sylvia Haskviz afirmou que estabelecer essa comunicação/conexão é fundamental e trouxe a informação de que o próprio Marshall Rosemberg, também chamado de “pai da CNV” ao atuar na mediação, passava 90% do tempo na conexão e os outros 10% na resolução do conflito em si. Já nos idos dos anos 60, o hoje PHD Marshall Rosenberg iniciou suas pesquisas e trabalhos sobre esse fascinante assunto, juntamente com uma equipe interna-
cional de colegas, que apoia o estabelecimento de relações de parceria e cooperação, em que predomina comunicação eficaz e com EMPATIA. Por isso que é tão importante de se estabelecer essa conexão entre aqueles que estão vivenciando um conflito, pois segundo a própria Sylvia Haskviz: “quando existe a conexão as pessoas têm alegria em contribuir umas com as necessidades das outras”. Importante refletirmos acerca disso e de como temos também vivenciado essa experiência, trazendo também para os conflitos vivenciados por nós no nosso dia a dia. Voltando para o âmbito especifico da minha atuação enquanto mediadora, temos que essa ferramenta é tão importante que tem um capítulo próprio no Manual de Mediação Judicial do CNJ, onde podemos explorar alguns outros aspectos que estimulam o estabelecimento dessa conexão como é o caso da escuta ativa. Em 2019, durante formação sobre Processos de Facilitação Circular, realizado junto ao TJDFT e ministrado pela docente Doutora e Mestra Célia Maria Oliveira Passos, a mesma disse que: “se atualmente eu me conecto com o processo que a pessoa está passando, não mais com os sentimentos dela, isso é de grande valia para a sessão, pois protege também a atuação e a blindagem emocional do mediador/facilitador, e não significa de forma nenhuma que sejamos insensíveis a dor do outro, há tão somente uma mudança no foco
e na maneira de pensar.” A Doutora Célia citou, ainda, o renomado economista chileno Manfred Max-Neef, o qual aborda a questão das necessidades humanas e que o ser humano para estar pleno tem que estar no centro. Para ele, quando damos sentido a nossa vida, quando eu souber o que me dá sentido, não existirá mais voracidade, pois estaremos com as necessidades atendidas. Quando você olha para os fatos e vê as necessidades não atendidas, você consegue entender muito mais fácil a situação de uma forma geral e, consequentemente, auxiliar as partes de uma forma mais eficiente. No seu mais conhecido estudo, Max Neef elenca as nove necessidades humanas que são: Criatividade, Pertencimento, Identidade, Compreensão/Empatia, Sustento, Amor, Liberdade, Segurança e Lazer/Ócio. Assim, entendamos que, quando qualquer uma delas não se encontra devidamente atendida, o ser humano, vulgo homem, tende a estar em desequilíbrio. Então, nos abramos para ter a clareza do que está faltando para aquela pessoa que está a sua frente, qual a necessidade ela não tem atendida? E o processo se tornará mais suave para nós, tanto enquanto mediadores, no âmbito profissional, mas também quando estivermos diante dos nossos conflitos pessoais. Mas, para refletirmos sobre o assunto, faço as seguintes perguntas: Será que estamos abertos a ouvir uns aos outros? Ao ouvir, julgamos? No momento em que vivemos, no qual estamos diante de um imediatismo muito grande, talvez isso seja um dos maiores desafios, muitas vezes apenas escutamos o outro, mas isso não significa que
estejamos conectados com ele, entendendo de fato o que se passou e como ele se sente. A escuta ativa pressupõe uma atenção muito maior, e o devemos na qualidade de mediador, por ser o condutor desse processo, ou enquanto formos elencados ao patamar de ouvinte, devemos estar com ela realmente apurada, pois será ela que dará o tom e impactará a todos os envolvidos. Aqui o real contágio tem que vir do mediador para a mesa, de uma forma positiva. Para responder à segunda pergunta, trago novamente a doutora Célia Passos, que tem uma opinião polêmica, em relação à imparcialidade no processo de escuta e condução de uma mediação, sobre neutralidade do mediador. Para ela, esse status de neutro a incomoda, pois o ser humano não foi criado para ser neutro. Quando nós mediadores, atuamos com a técnica, ele se despe momentaneamente de suas crenças, de seus valores, etc. e isso é que faz com que ganhe esse ar de neutralidade, opinião, inclusive, da qual partilho também depois desses muitos anos de atuação. Assim entendamos que esse processo que visa a uma colaboração efetiva de todos os envolvidos, mediador, parte e advogados que estando num mesmo patamar para termos a chance de, trabalhando em conjunto, termos um resultado muito mais eficaz. Outra observação importante é de que, como trazido no Manual de Mediação, o rapport é visto como algo que parece ser uma ferramenta exclusiva do mediador, enquanto as partes e, até mesmo os advogados, não deveriam deter esse dom. Contudo, a conexão é imprescindível, tanto para ser
Marcia Candida Rocha Vilaça de Barros 1995 Graduação em Direito pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), Rio de Janeiro, Brasil. 2009 Pós-graduação em Direito Processual Civil Faculdade Integradas Jacarepaguá. Mediadora da área cível e de família lotada no CEJUSC / TAG desde 2012. Supervisora na área de conciliação/mediação desde 2014. Facilitadora das Oficinas de Parentalidade junto ao TJDFT– CNJ à partir de 2015. Instrutora de Conciliação e Mediação pelo CNJ. Agente Comunitária Voluntária na circunscrição de Taguatinga pelo Programa Justiça Comunitária, também ligado ao TJDFT a partir de 2019.
compreendida quanto para ser exercitada, em toda a mesa, e isso que garante um melhor desempenho da sessão como um todo e o alcance efetivo dos seus maiores objetivos. Assim, entendamos essa pequena palavra de origem francesa em seu contexto mais amplo, pois além de ser, no caso da mediação, uma ferramenta para a mesa, é muito mais do que isso: tratase de uma verdadeira HABILIDADE PARA A VIDA. E tal habilidade se mostra fundamental diante dos desafios que temos cotidianamente. Aprendamos assim a exercitar nosso rapport e a nossa capacidade de nos conectarmos em nossas relações. Mostremos aos outros que estamos conectados com ele, afinal essa é uma necessidade premente do mundo moderno, em que cada vez menos se fala, se gera empatia e, cada vez mais, perde valor a essência humana.
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•CLDF
Deputado Iolando Almeida A voz da inclusão no Distrito Federal
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Meu sonho e o nosso propósito é fazer com que Brasília se torne uma das capitais com maiores condições de acessibilidade, assegurando os direitos da pessoa com deficiência, seja brasileiro ou estrangeiro.
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rasília é a Capital dos sonhos para os brasileiros que buscam uma oportunidade de vida financeira melhor. Porém, aqueles que têm algum tipo de deficiência acabam sendo excluídos do mercado de trabalho e sofrem discriminação, bullying, rejeição, isolamento e até mesmo
violência. Só no Distrito Federal, há cerca de 600 mil pessoas com deficiência que enfrentam os obstáculos diariamente, se tornando exemplos de coragem e determinação. E o que seriam dessas pessoas se não tivessem representantes no Parlamento para elaborarem Projetos de Lei que os beneficiam? E é nesse contexto que os
brasilienses estão sendo bem representados por Iolando Almeida (PSC), eleito com 13 mil votos, que luta pela inclusão e políticas públicas eficientes para os deficientes físicos. Nascido em Taguatinga, em 1970, ele viu sua vida mudar quando sofreu, aos 20 anos de idade, um grave acidente de motocicleta que causou a perda total dos movi-
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mentos do braço direito. Na época, trabalhava como militar na Força Área Brasileira. Sendo um exemplo de superação, Iolando não deixou que a limitação física tirasse a alegria de seu coração. Naquele momento, o dom de ajudar ao próximo se fortaleceu, foi quando fundou a União Brasileira de Pessoas com Deficiência Física (UBRAPOD) para lutar por dignidade e prestar atendimento jurídico e psicológico gratuitos para os deficientes físicos de todo o Distrito Federal. Além disso, tornou-se um importante líder comunitário de Brazlândia, cidade onde mora há mais de 47 anos. Com uma trajetória reconhecida pelos brasilienses, em 2012, Iolando recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). E seis anos depois, foi eleito o único parlamentar deficiente para ocupar uma cadeira distrital, além de ser o Primeiro Secretário da Mesa Diretora da Casa (2019 – 2022). Graduado em Teologia e Filosofia, pela Universidade Católica de Brasília, defensor da família, membro da igreja Assembleia de Deus, há 27 anos, casado e pai de dois filhos, aos 51 anos de idade, o deputado vem se destacando pelo trabalho ímpar ao defender o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à cidadania e à inclusão.
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Gestão com eficiência
Ao se mostrar uma pessoa sensível por defender várias pautas em prol dos deficientes, o deputado Iolando vem fazendo história. Com a aprovação do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 6.637/20), o segmento ganhou mais uma vitória. “Ainda há dificuldade na sociedade de entender que a pessoa com deficiência é um cidadão comum. O Estatuto, pra mim, é um dos mais importantes projetos que eu apresentei na Casa porque abrange todas as leis que beneficiam a pessoa com deficiência no esporte, na acessibilidade, na habitação, na educação, no transporte, no turismo e lazer, na segurança, e outras áreas”, explica o deputado. A título de conhecimento, segundo o Estatuto, fica instituído que o Poder Público deve “assegurar, promover e proteger o exercício pleno de equidade de todos os direitos humanos e fundamentais das pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania plena, efetiva e participativa". Já a Lei 6.809/21, de autoria do parlamentar e sancionada pelo governador, cria o cartão de identificação da pessoa com deficiência física para facilitar ao usuário o acesso aos benefícios econômicos e sociais. O documento é expedido gratuitamente e tem validade em todo o DF, sendo reexpedido a cada 5 anos. A solicitação deverá ser acompanhada de laudo médico que ateste a deficiência. No âmbito escolar, três projetos se destacam, o PL 2303/21 que visa preservar o ensino de qualidade nas escolas públicas e privada com o objetivo de proibir o uso de “linguagem neutra” ou “não-binária”; o PL 2270/21 que proíbe a discriminação do estudante com deficiência e/ou doença crônica, nos estabelecimentos de ensino; e o PL 2050/21 que propõe o combate e a prevenção ao crime sexual, por meio da notificação de gravidez de alunas com até 14 anos. “Os pais e a direção da escola que identificarem as adolescentes grávidas são obrigados a notificar a Delegacia para que as providências sejam tomadas”, observa o deputado. A multa para quem se omitir pode chegar até R$ 10 mil.
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Capital é exemplo para o país na inclusão Aliado ao governo de Ibaneis Rocha, o deputado lutou pela criação da primeira Secretaria da Pessoa com Deficiência no DF e a terceira do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas). Até então, a Secretaria de Justiça cuidava das estratégias e políticas públicas para o setor. E a parceria tem dado certo em vários outros projetos que visam beneficiar a inclusão do deficiente físico. “Meu sonho e o nosso propósito é fazer com que Brasília se torne uma das capitais com maiores condições de acessibilidade, assegurando os direitos da pessoa com deficiência, seja brasileiro ou estrangeiro. Eu tenho o maior carinho pelo governador Ibaneis por “vestir a camisa da acessibilidade” e defender as pessoas com deficiência. E nós estamos vendo a transformação. Todo o DF está quebrando as barreiras arquitetônicas e recebendo obras de acessibilidade, como as calçadas, os ônibus adaptados, as 25 vans que o Governo comprou e vão dar assistência direta e dignidade às pessoas com deficiência”, pontua o deputado.
Retomada da economia Com a pandemia, vários setores tiveram prejuízos, como bares, restaurantes e lojas comerciais, e a taxa de desemprego começou a crescer. Graças ao deputado Iolando, vários projetos foram aprovados para ajudar a economia do DF a crescer, como as reduções de alíquotas, impostos, burocracia para abertura e fechamento de empresas e auxílio emergencial. “O coronavírus é um inimigo mortal e invisível que veio pra destroçar a nossa alegria, dizimar as nossas famílias e destruir a economia do nosso país. Nós estamos com o índice de quase 500 mil pessoas desempregadas no Distrito Federal, é um índice assustador, que jamais a gente imaginava que chegaria a esse ponto. Na Câmara Legislativa, nós temos feito toda política de condições para o desenvolvimento econômico da cidade para que a economia possa permanecer crescendo e, assim, gerar mais empregos”, afirma o parlamentar.
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Na Câmara Legislativa, nós temos feito toda política de condições para o desenvolvimento econômico da cidade.
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Padrinho da Vila Planalto Situada no coração de Brasília e referência no setor gastronômico, a Vila Planalto conta com um líder comunitário e presidente da Associação de Moradores, Vantuil Santana, proativo que leva as demandas ao deputado que, com as suas emendas, beneficia a localidade com diversas revitalizações. A exemplos, as calçadas com acessibilidade, a implementação de câmeras de segurança, as reformas dos parques infantis e quadras de esportes. “O Vantuil Santana é um amigo e um líder muito respeitado. Nós lutamos também, desde o primeiro momento, para criar um campo sintético na Vila Planalto que já está na fase final de inauguração e a comunidade vai receber com grande carinho. Outra luta nossa, eu falo com o "peito cheio", foi a escola da Vila Planalto, que trouxe grande alegria e, a partir do ano que vem, vai ter o EJA a noite. Além disso, todas as ruas estão sendo colocadas as placas”, diz o parlamentar agradecido pelo apoio da comunidade. E o líder Vantuil comemorou, durante a entrevista, o compromisso do parlamentar, feito ainda em período eleitoral, com a comunidade. Inclusive, tornou-se padrinho político. “A Vila Planalto nunca foi tão beneficiada e o deputado já cumpriu 90% do que prometeu. Como a Vila Planalto é tombada, não podemos fazer mudanças. Então, agora é só conservar e fazer manutenção, como reforma de calçada, tapa buraco, iluminação”. E anota na agenda, em 2022, a comunidade vai festejar o aniversário da Vila Planalto (28 de abril) e a festa junina.
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Atendendo a um pedido especial dos brasilienses Questionado se pretende, em 2022, lançar a candidatura para a reeleição, o parlamentar disse sim. “Não é fácil a vida política, é um sacerdócio e você se dedica 100% nessa vida. Mas, eu confesso pra vocês que a população tem pedido para a gente repetir o mandato. E eu me coloquei no desejo deles para dar continuidade ao que já venho fazendo pra comunidade. Coloco meu nome à disposição da comunidade para que avalie minha gestão como parlamentar, Primeiro-secretário da Casa, lutador da bandeira da pessoa com deficiência e outras pautas em Brazlândia, Vila Planalto e o Distrito Federal”. E antes de finalizar a entrevistar, o deputado Iolando deixou uma mensagem de esperança para os leitores. “Eu digo para que cada um lute, persista, confie em Deus e no propósito que está em seu coração. Obstáculos virão, mas com Deus e o esforço com certeza vai vencer. Eu pensei dessa forma, passei muitas dificuldades, mas eu quis estar aqui no Parlamento. Sempre sonhei e estou aqui hoje, acredito que fazendo um bom trabalho que o Distrito Federal precisa. Nunca desista, sempre acredite, porque é possível alcançar”.
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De modelo comercial à digital influencer •LIFESTYLE
Marissol Fontana conquista o coração dos internautas
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ona de uma beleza única, com um sorriso encantador e um coração generoso, Marissol Fontana, 35 anos, vem encantando os brasilienses com a carreira de modelo comercial e digital influencer. Tudo começou aos 18 anos quando uma empresária e produtora no DF fez um convite para ela ser agenciada pela Mega Model Brasília. Ao aceitar o convite, os trabalhos começaram a fluir em sua vida e, pouco tempo depois, se formou em Educação Física. “Eu achava que modelo tinha que ser magra e alta. Porém, existem dois tipos, o de passarela e o comercial. Eu fiz uma avaliação, paguei o curso de duas semanas e o book que fica no banco de dados da Agência. E quando chega um cliente que vai inaugurar uma loja e precisa de um perfil como o meu, a Agência me chama”, relata. Nesse período, sua filha nasceu e a carreira precisou de uma pausa.
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apoio familiar
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Ao retomar, surge uma nova oportunidade com as redes sociais. “Eu comecei a postar meu dia a dia, como ir pra academia. E minha amiga, Dra. Márcia Arruda, me falou: “amiga, o pessoal está gostando dos vídeos que você posta, por que você não começa a postar outras coisas que você faz e usa, ao invés de focar só na academia". Então, eu fiz um teste. Eu fui a uma loja, não era parceria, comprei uma roupa, usei e marquei a loja. Depois disso, teve uma visibilidade grande tanto no meu Instagram quanto o da loja. Foi quando eu vi a possibilidade de ganhar dinheiro com isso”, descreve. Com uma vida profissional “bombando”, graças ao sucesso, Marissol contou com a ajuda de sua família para conciliar seu tempo entre a carreira e sua filha. “Minha irmã e meus pais cuidavam da minha filha quando eu saía para fazer trabalho como modelo comercial e digital influencer, porque eu não tinha hora para voltar. Então, foi fundamental para mim”.
“Estilo de vida” Hoje, com um público específico, Marissol mostra seu dia a dia, dá dicas de moda e beleza, gastronomia e influência mais de 90 mil seguidores no Instagram. Inclusive, cada postagem gera um lucro alto. “Eu só divulgo o que eu realmente uso e os meus contratos são longos. Então, eu faço um contrato com a empresa de pelo menos três meses e, se gostar, renovamos o contrato. Eu tenho contrato de dois anos com a farmácia Pharmakon. Com a Clínica da Pele, antes de eu começar a ser digital influencer, já fazia publicidade e, hoje, tenho contrato de dois anos e meio. E quando eu posto alguma coisa, as pessoas já começam a ligar e comprar. Então, por exemplo, uma loja me contrata e eu faço o provador, com 10 vídeos naquele dia nos stories. E para colocar no feed e no reels depende do valor que a loja quer pagar, porque é mais caro”, explica. Reconhecida pelos seus fãs por onde passa, a influenciadora disse que são vários desafios na carreira, mas o segredo é amar o que faz e se reinventar sempre. “São seguidores orgânicos, que estão comigo desde que comecei em 2012 e é um público fiel. E, para entregar um conteúdo de qualidade, a gente precisa estar sempre preparada, estudar e nada pode passar despercebido, tem que se “reciclar” direto, não pode ficar “estacionada”. Por exemplo, no mês passado me chamaram pra fazer um TikTok, e eu tive que aprender uma dancinha em três dias”.
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Agenda intensa Dentre vários trabalhos que Marissol faz, há aqueles que ela guarda em seu coração com muito carinho. “Como modelo comercial destaco a campanha do hospital Samambaia, que eu me caracterizei como uma médica que atendia um paciente (criança) que estava muito mal. Eu incorporei aquela personagem, um dos meus primeiros trabalhos, e foi muito marcante pra mim. E, durante a Copa de 2014, eu participei de uma campanha de protesto na Rodoviária do Plano Piloto e foi muito emocionante. Como digital influencer foi quando eu ganhei a primeira entrada, a primeira pulseira e o primeiro convite escrito Influencer Digital, em um evento que fui convidada para ser presença VIP em uma clínica e teve até um show”. Com uma agenda cheia, a influenciadora ainda abre um espaço para uma parceria com o programa @porbrasilia, com Rócio Barreto, exibido na TV Brasília. E, com seu talento, diariamente, diversas empresas entram em contato com Marissol que seleciona com muito cuidado quais eventos vai participar. “Gostaria de ir em todos, mas a gente precisa escolher. No final do mês de outubro, por exemplo, eu participei do Hair Brasília and Beauty, o evento mais esperado e a maior feira de cosmético do Centro Oeste. Já em dezembro, vai ter um evento só das influencers, e eu vou. Têm os restaurantes que me chamam sempre também”.
Invista em si E para aquelas pessoas que desejam seguir a carreira, anotem as dicas da Marissol. “Não desista, corra atrás dos seus sonhos. Quando eu comecei, sempre tinha certeza de que ia conseguir ter meu público, chamar atenção das marcas, das lojas, dos restaurantes. Então, meu conselho para modelo comercial, eu digo: invista primeiro em você e depois os trabalhos vão aparecer. Não tem jeito, vai ter que pagar o book e o curso, mas não desista. E para digital influencer é a sua cara que vai estar nas redes sociais. Então, não tenha vergonha de falar, nem do seu celular que não é tão bom. Seja criativa sempre e as oportunidades vão surgir”, finaliza.
Caros leitores, querem receber as dicas de modas, lojas e restaurantes? É só seguir o perfil da influencer @ marissolfontana no Instagram.
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•TURISMO
Catedral de Brasília
renova a fé dos brasilienses
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m dos principais pontos turísticos tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1991, a Catedral Metropolitana, na qual se encontra a cátedra da Arquidiocese de Brasília, é dedicada à Nossa senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e de Brasília, e guarda diversas curiosidades. A exemplo, o local foi previsto por Lúcio Costa, em seu projeto para o Plano Piloto, que deveria ficar em uma praça autônoma para simbolizar a laicidade do Estado e a separação entre governo e religião. Localizada ao sul da S1, no Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, a igreja foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com característica do concreto armado, vidro
e espelhos d’água e foi o primeiro monumento a ser criado em Brasília. Inclusive, o arquiteto venceu o Prêmio Pritzer, em 1988, graças a sua obra-prima Catedral. O engenheiro Joaquim Cardozo foi o responsável pelo cálculo estrutural que permitiu a construção do Templo. Sua pedra fundamental foi lançada em 12 de setembro de 1958 e teve sua estrutura pronta em 1960, onde apareciam somente a área circular de 70 metros de diâmetro, da qual se elevam 16 colunas de concreto (pilares de
secção parabólica) num formato hiperboloide, que pesam 90 toneladas. Em 31 de maio de 1970, foi inaugurada de fato, já nesta data com os vidros externos transparentes. Na praça de acesso ao Templo, encontram-se quatro esculturas em bronze com 3 metros de altura, representando os evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João – os pergaminhos que trazem à mão os identificam como os primeiros registradores da história de Jesus Cristo na terra; as esculturas são de Alfredo Ceschiatti, com a colaboração de Dante Croce. Há ainda a Cruz no topo do Templo, medindo 12 metros de altura e foi colocada em 1968. Benta pelo Papa Paulo VI, guarda em seu interior duas relíquias: um fragmento da Cruz de Cristo e a Cruz Peitoral do primeiro Arcebispo de Brasília, D. José Newton de Almeida Baptista.
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Já o Espelho d’Água, que reflete a beleza do Templo, tem 40 centímetros de profundidade e 12 metros de largura, com capacidade para 1 milhão de litros de água. O batistério em forma ovoide teve em suas paredes o painel em lajotas cerâmicas pintadas em 1977 por Athos Bulcão. E o campanário composto por quatro grandes sinos de bronze, doado pela Espanha, completa o conjunto arquitetônico. A título de curiosidade, três sinos – Santa Maria, Pinta e Nina –, lembram as Caravelas de Cristóvão Colombo na descoberta da América. Já o quarto – Pilarica – é uma homenagem a Nossa Senhora do Pilar, muito cultuada naquele país. No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço; obras de Alfredo Ceschiatti. As dimensões e peso das esculturas são de 2,22 m de comprimento e 100 kg a menor; 3,40 m de comprimento e 200 kg a média e 4,25 m de comprimento e 300 kg a maior. E a cobertura da nave tem um vitral composto por 16 peças em fibra de vidro em tons de azul, verde, branco e marrom inseridas entre os pilares de concreto. Cada peça insere-se em triângulos com dez metros de base e trinta metros de altura que foram projetados por Marianne Peretti em 1990. Vale destacar que o altar foi doado pelo papa Paulo VI e a imagem da padroeira Nossa Senhora Aparecida é uma réplica da original que se encontra em Aparecida – São Paulo. Já a via sacra é uma obra de Di Cavalcanti. Na entrada da Catedral, encontra-se um pilar com passagens da vida de Maria, mãe de Jesus, pintados por Athos Bulcão.
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Padroeira do Brasil e de Brasília
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem início em meados de 1717. Tudo começou com a visita de Dom Pedro de Almeida e Portugal, governador da província de São Paulo e Minas Gerais, à Vila de Guaratinguetá, caminho de Vila Rica, hoje, cidade de Ouro Preto (MG). Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba do Sul. Desceram o rio, mas nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo da imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores. Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo em meio ao povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo se tornou pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha). No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora “Aparecida” das águas. A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por Dom José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Vinte anos depois, no dia 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja, no alto do Morro dos Coqueiros, tornou-se município. E, em 1929, Nossa Senhora foi proclamada “Rainha do Brasil e sua padroeira oficial” por determinação do Papa Pio XI. Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro Templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários redentoristas e dos bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, “maior Santuário Mariano do mundo”. Fontes oficiais: catedral.org.br e curtamais Brasília
MISSAS De terça a sexta-feira: 12h15 Sábado: 17h Domingo: 10h30 e 18h
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GÂ OM VA ER RA NO A TA L DOS •• C D OFSE D DE ER PU
Gestão de Ativos mostra eficiência e bate recorde em 2021
"Os resultados recentes dos indicadores estratégicos monitorados pelo Ministério, comparados à média histórica anual, demonstram os avanços obtidos nos últimos anos" Secretário da Senad, Luiz Roberto Beggiora.
C
om o compromisso de fortalecer as políticas públicas de prevenção e combate às drogas, os crimes organizados e à violência, em três anos de mandato, o presidente da República, Jair Bolsonaro, vem fazendo um trabalho de referência internacional. A exemplo da gestão de ativos oriundos do crime organizado, coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A título de conhecimento, a Pasta realiza leilões públicos com os bens apreendidos do narcotráfico e reinveste em melhorias na segurança pública dos brasileiros, com a previsão de restituir até 40% dos recursos da destinação de ativos às forças policiais federais, dos Estados e do DF, de acordo com os critérios estabelecidos na Lei e nos respectivos regulamentos publicado pelo Ministério. Além disso, a verba é destinada também para projetos de modernização, de capacitação, de pesquisa e de avaliação voltados para aperfeiçoar as atividades dos Órgãos de combate ao narcotráfico no que se relaciona com a PNAD. “Estes investimentos até o momento vão desde a aquisição de viaturas, aeronaves, equipamentos de inteligência, de comunicação e de perícia, o que pode impactar positivamente na apreensão e sequestro de outros bens e ativos das organizações criminosas. Além disso, capacitações para policiais e membros de outras agências com atuação no combate ao narcotráfico. Aumentando o volume de ativos apreendidos, a tendência é que a receita da gestão de ativos também aumente, representando um volume maior dos recursos a serem investidos nas políticas e ações de segurança pública, realimentando o ciclo estratégico”, explica o secretário da Senad, Luiz Roberto Beggiora. Só neste ano, segundo dados da Pasta, já foram leiloados mais de 7 mil bens oriundos de organizações criminosas, arrecadando mais de R$ 300 milhões. Entre os principais bens leilo-
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ados, desde 2019, destacam-se 15 pedras de diamantes e 4,5 kg de ouro, a Fazenda Três Irmãos (RJ), leiloados por cerca de R$ 6 milhões – bens esses oriundos da operação Lava Jato que investigou crimes praticados pelo ex-governador Sérgio Cabral; a Fazenda Rio Novo leiloada por R$ 30,4 milhões e a Fazenda Colibri leiloada por R$ 11,9 milhões, ambas em Mato Grosso – oriundas do crime de lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Arcanjo; 23 aeronaves leiloadas em diversos estados por R$ 11milhões, várias obras de arte e 30 imóveis, em diversos estados, gerando cerca de R$ 15,4 milhões em receitas. “Além das moedas nacional e estrangeiras apreendidas, e de recursos oriundos da venda de ativos, são contabilizados como receita os bens custodiados ou doados/incorporados a órgãos públicos. Os resultados recentes dos indicadores estratégicos monitorados pelo Ministério, comparados à média histórica anual, demonstram os avanços obtidos nos últimos anos. Tendo como exemplo, entre 1 de janeiro e 2 de julho de 2021, foram realizados 104 leilões de ativos apreendidos, destinados 2.858 ativos e contabilizada uma receita de gestão de ativos (RGA) equivalente a R$ 176,8 milhões. As médias históricas anuais registradas são 8 leilões, 1 mil ativos destinados e receita de R$ 40 milhões”, observa o secretário Beggiora.
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As médias históricas anuais registradas são 8 leilões, 1 mil ativos destinados e receita de R$ 40 milhões.
PLANAD prevê novas estratégias Com exclusividade, segundo o secretário Beggiora, o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (PLANAD), documento de relevância estratégica e tática setorial no que tange à coordenação de esforços governamentais para o enfrentamento da questão das drogas no País, traz novos projetos. “Dentre os principais objetivos estratégicos do PLANAD, destacamos: descapitalizar o narcotráfico e o crime organizado de forma progressiva e fortalecer a atuação das instituições de repressão com os recursos apreendidos; promover e difundir projetos e boas práticas de inovação científica, tecnológica,
gerencial ou administrativa que aumentem a efetividade da prevenção e da repressão aos crimes vinculados à Política Nacional sobre Drogas; Fortalecer as instituições do Sisnad para abordar os desafios das novas substâncias psicoativas e das drogas sintéticas ilícitas; Aprimorar a regulação e a fiscalização da oferta de álcool, de medicamentos controlados, de cigarros e de outros produtos de tabaco, bem como a repressão aos crimes vinculados à sua oferta indevida; Aumentar a disponibilidade de estatísticas e avaliações da política sobre drogas; e Aperfeiçoar a governança e a integração do Sisnad”, pontua Beggiora.
Fortalecer as instituições do Sisnad para abordar os desafios das novas substâncias psicoativas e das drogas sintéticas ilícitas.
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Aperfeiçoamento profissional Na oportunidade, Beggiora revelou que há cerca de 8 mil profissionais do SISNAD participando de cursos em EAD de Fundamentos para a Repressão ao Narcotráfico e ao Crime Organizado (Curso FRoNT) e na Política sobre Drogas na perspectiva da redução de Oferta (Curso Captando), ambos vinculados ao Projeto Mercúrio, realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. “Estas capacitações, bem como outras iniciativas como a do Projeto Saturno (capacitação em EAD para profissionais do SUSP em investigação patrimonial, uma parceria entre a SENAD e a Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública – SEGEN) e do Projeto Dispater (Mestrado Profissional em Economia, voltados para peritos, que dentre outros fins visa torná-los capazes de fazer avaliações dos bens apreendidos, tem entre seus intentos o de provocar uma mudança na cultura dos atores responsáveis pela repressão ao narcotráfico, conferindo-lhes competências para que exerçam suas ações em conformidade com uma estratégia de descapitalização das organizações criminosas”, esclarece. O secretário ainda adiantou, em entrevista, alguns cursos de capacitação que serão lançados até o próximo ano. “No âmbito do Projeto Piloto do Centro de Excelência para a Redução da Oferta de Drogas Ilícitas (CdE), estamos trabalhando em parceira com o eLearning Global do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para entregar, no início do próximo ano, um curso de três módulos online e gratuito a jornalistas brasileiros que cobrem segurança pública ou que estão interessados em trabalhar com o tema voltado à redução da oferta de drogas ilícitas”. Há ainda o Projeto Minerva: Capacitação de peritos criminais oficiais estaduais, uma parceria entre SENAD/ANP/INC/PF/SENASP/SEGEN. Já o Instituto Nacional de Criminalística (INC), de Brasília -DF, oferece o Curso sobre Novas Substâncias Psico-
ativas com três turmas nesse ano – Turma 1, entre os dias 18 e 22 de outubro; Turma 2, entre os dias 25 e 29 de outubro; e Turma 3, entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro. Ainda na instituição INC, o curso sobre Instrumentação Básica em Química Analítica (Cromatografia Gasosa/Espectrometria de Massas – CG/EM) – Turma 2 será entre os dias 22 e 26 de novembro. E o Laboratório de Toxicologia Forense da Superintendência Técnico – Científica, em São Paulo (SP) oferece o curso Análise Toxicológica: Fundamentos e Alcoolemia – Turma II entre os dias 22 e 26 de novembro.
Curso sobre novas substâncias psicoativas para os Estados
Consulta Pública
A proposta do PLANAD aprovada pelo Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas – CONAD, em 03 de agosto de 2021 e encaminhada para Consulta Pública, ficará disponível até o dia 2 de dezembro, com o intuito de propiciar ampla participação da população brasileira. Para acessar a consulta, é necessário que o interessado realize o seu cadastro em https://edemocracia.mj.gov.br/. Dúvidas e esclarecimentos podem ser sanados pelo telefone (61) 2025-7248 ou pelo e-mail consultapublicaplanad@mj.gov.br.
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• G OV E R N O D I S T R I TA L
Ericka Filippelli percorre as CTs do DF para fortalecer a prevenção e o cuidado com as mulheres
A
pós visitar as comunidades terapêuticas Abba Pai, Caverna do Adulão, El Shadai e Fazenda da Esperança feminina, a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, acompanhada do fundador da ImagineAcredite, Sérgio Botelho Junior, almoçou na Casa Maria de Magdala, Salve a Si, com o fundador Henrique França e as acolhidas, com o objetivo de fortalecer as pautas das mulheres nas Comunidades Terapêuticas do DF com ações estratégicas. Localizada no bairro Núcleo Rural Nova Betânia, a CT está em funcionamento há 1 ano e é especializada no acolhimento, tratamento humanitário e reinserção social de mulheres com idade entre 18 e 60 anos, oferecendo amor e esperança, além de devolver a dignidade para cada acolhida. Atualmente, a Casa abriga 23 mulheres. Segundo França, vários assuntos foram debatidos, como o tratamento oferecido, a equipe técnica, a necessidade das acolhidas e o empoderamento das mulheres frente a sociedade machista. “A secretária nos presenteou com sua simpatia e com uma explanação riquíssima do trabalho da Pasta”. Durante a visita, a secretária
enalteceu a história da comunidade e afirmou que gostaria de ver mais CTs específicas para as mulheres que sofrem o flagelo da dependência química. “Eu acredito na recuperação, na ressocialização e na transformação de pessoas. Eu acredito que há vida após as drogas e “mergulhar” nesse universo das CTs tem me deixado ainda mais convicta”. Aconselhando as acolhidas, a secretária disse que entende as feridas que carregam em seus corações, mas é preciso vencer as dores e o medo do passado. Inclusive, relembrou um fato que chamou a sua
atenção na igreja em que frequenta, onde a pessoa que estava ministrando o culto falou sobre diversos tipos de abusos e chamou à frente todas as mulheres que já sofreram esse trauma. “Eu me lembro que 80% foram à frente. Isso é uma ferida que acontece sempre. Não é fácil. Então, eu vejo grande potenciais em vocês. Quando a gente consegue reconstruir, ter uma nova forma de ver o mundo, a partir de nossas dores, mas encontrando com elas e fazendo que não doam mais, ressignificando tudo isso, com certeza, muda tudo. Muitas das vezes, a gente só precisa de uma oportunidade. E aqui é uma oportunidade”, pontua a secretária. Antes de ir embora, a secretária ouviu um louvor cantado pelas acolhidas e tocado pelo ex-acolhido da unidade masculina, Arthur Fabiano, e reafirmou seu compromisso com a entidade. “É importante esse encontro, porque todas as CTs têm equipamentos que cuidam das pessoas em situação de vulnerabilidade. Muitas mulheres não chegaram aqui. Então, o fato de estarmos ao lado de mulheres que estão aqui é muito especial. É um novo recomeço para reconstruir a história”, pontua.
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•RELIGIÃO
Programa CORAÇÃO ABERTO é sucesso em solucionar demandas de pessoas em situação de vulnerabilidade de forma digna e humanizada
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abe aquela pessoa que vem ao mundo para fazer a diferença e ajudar ao próximo a ter uma nova chance de restaurar seu sonho e construir um futuro digno? O que seria do mundo sem essas pessoas? A ImagineAcredite traz uma matéria exclusiva com o Frei Rogério, um servo enviado por Deus para acolher e oferecer dignidade as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. A edição passada explicou com exclusividade o Programa Coração Aberto e agora traz um balanço positivo das ações.
Para relembrar, o Programa é pioneiro no Distrito Federal, sendo uma inciativa do Frei Rogério e da Paróquia Sagrado Mercês, que trabalha 5 eixos, entre eles o empreendedorismo e a espiritualidade. Além disso, acompanha de forma digna e humanizada as pessoas que estão passando por necessidade. Desde o mês março, o Programa já atendeu mais de 350 pessoas que vem de todas as partes de Brasília, Samambaia, São Sebastião, Sol Nascente, Estrutural e a maioria da Vila Tele-Brasília, Vila dos Pescadores e Vila Cultural, superando o atendimento do CRAS, que fica ao lado.
“Nós temos um público que é eclético, que vem com várias demandas, nós não fazemos nenhuma distinção. A pessoa vem e vai dizer a sua demanda e nós vamos cadastrar, colocar essa demanda e depois buscar uma solução. A primeira coisa é a escuta, é acolher essa pessoa, que ela se sinta ouvida por alguém, que ela possa se sentar. Para isso, nós construímos uma sala, do programa Coração Aberto, e eu coloquei ar-condicionado, boas cadeiras, o computador e um profissional que vai escutar, deixar a pessoa falar, criar um relacionamento, fazer um cadastro e orientar também as pessoas”, descreve.
A média de atendimento é de 15 a 20 pessoas por dia que buscam por doações de cestas, roupas e informações para solicitarem o benefício a qual tem direito, mas que, por muitas vezes, não sabem qual órgão buscar. “Temos um profissional contratado, o Estevão. Tem uma voluntária que é Assistente Social pra dar conta dessa demanda. A gente consegue atender, pra nossa pequena estrutura, mais do que o CRAS. É claro que o nosso potencial de solução é bem menor do que o Estado. Mas, com as parcerias que temos, conseguimos solucionar vários problemas que vêm nessas demandas. Como, por exemplo, um
atendimento médico, de fisioterapia, a demanda por um advogado. Quando é passagens, a gente estuda bem o caso e vê se a pessoa não está se aproveitando da rua e das situações. A gente paga passagem com recursos próprios pra aquela pessoa voltar para a sua cidade”, esclarece. E ao chegar à Paróquia em busca de uma solução, a pessoa é convidada para se tornar empreendedora, vendendo as famosas e deliciosas Petas do Frei a um custo acessível, no preço de R$ 5, sendo que R$ 2,50 fica com o vendedor. “O diferencial nosso, até para os órgãos do governo, é que a pessoa entrevistada dentro do perfil, leva a cesta básica na
hora. Ela não vem no dia seguinte pra pegar uma cesta básica. Então, ela leva a cesta básica, mas concomitante a isso, é convidada a participar do projeto Petas do Frei ou a pergunta é feita, o que poderíamos fazer pra que ela saísse daquela situação de depender de uma cesta básica pra comer. Então, o programa tem esse cuidado de escutar a pessoa e saber o que podemos fazer pra que ela alcance a sua autonomia”. O sucesso do Programa é tão grande, que o Frei Rogério citou na entrevista o vendedor Gilvan, que chegou de Manaus “com a mão na frente e outra atrás, como diz o ditado”. E vivendo de favor numa casa, ele foi à paróquia, pedir ajuda. Nesse momento, o Frei sugere a venda das Petas. “Hoje ele tem a quitinete alugada e ainda manda dinheiro para os seus familiares em Manaus. Temos a Isabel, formada, que perdeu o seu posto de trabalho e hoje se mantém com essas vendas. Tem a Maria do Socorro, demitida do seu emprego de serviço geral, é a minha primeira vendedora, entrou em agosto do ano passado e agora está tirando o seu MEI. São muitos casos”, diz o Frei que adiantou uma novidade, a negociação para a venda de balas de gengibre. E para quem desejar ajudar o Programa Coração Aberto faça doações de cesta básica ou dinheiro. “Nós temos a nossa conta que as pessoas já fazem doações pelo PIX que é o 00108217002325. As doações de dinheiro são muito úteis, porque com esse dinheiro nós conseguimos pagar as passagens das pessoas, comprar cestas básicas, se é o enxoval pra criança, bebê, a gente consegue dar. Então, ajuda de dinheiro é muito boa, e roupas, calçados e cesta básica são muito bem-vindas para o nosso programa”, finaliza.
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• AT I V I S M O
O olhar humanizado
à pessoa em situação de rua que
restaura vida
“O voluntariado transforma a vida de quem faz. A nossa percepção de vida, do amor ao próximo, do amor de Deus, atua primeiro em nossa vida. Depois na vida do outro."
U
m lanche com direito a banho em um ônibus adaptado, com kit de higiene, toalha e uma muda de roupa, renovam as esperanças de dias melhores para as pessoas que sofrem com a vulnerabilidade social e drogadição nas ruas do Distrito Federal. A ImagineAcredite vai contar a história de solidariedade e companheirismo da servidora pública Elvira de Paula Batista, fundadora da ONG “Futuro e Esperança”, com os moradores em situação de rua da Praça do Relógio (Taguatinga) e na 3 de Ceilândia, além das profissionais do sexo da W3 Norte. Tudo começou com um projeto, em 2014, da Igreja Metodista da Asa Sul de retomar o trabalho de evangelização no Setor Comercial Sul aos sábados, meia noite. Os voluntários doavam tempo e dedicação, além de levarem lanche e a palavra de Deus como conforto a quem precisava. Atendendo ao chamado de Deus, desde os 14 anos, Elvira Batista, hoje com 51 anos, ain-
Em 2017, a entidade inaugurou o ônibus “Banho de Fé”
da se emociona ao resgatar a dignidade e a cidadania dos que vivem à margem da sociedade. “O voluntariado transforma a vida de quem faz. A nossa percepção de vida, do amor ao próximo, do amor de Deus, atua primeiro em nossa vida. Depois na vida do outro. As pessoas sempre ficam falando: ah, mas só ajudar não resolve, é assistencialismo. E tem gente que fala: ah, mas isso é obrigação do governo. Não é obrigação apenas do governo. É obrigação de todo ser humano ver a necessidade da pessoa
Elvira de Paula Batista, fundadora da ONG “Futuro e Esperança”
e tentar suprir na medida do seu possível, como um pouco do que tem e repartir, pode ser do seu tempo, do seu dinheiro, da sua comida e da sua roupa. Resolver o problema é uma pretensão muito grande. A ONG não tem a pretensão de resolver o problema. A ONG tem a pretensão de ajudar, de ser a oportunidade”, explica Elvira. Em 2017, a entidade inaugurou o ônibus “Banho de Fé”, um veículo adaptado com dois chuveiros quentes, para atender cerca de 30 pessoas no Setor Comercial Sul, em sua maioria homens. Para concretizar a ideia, a ONG arrecadou cerca de R$ 30 mil em doações de amigos. “Nós fizemos um grupo com vários parceiros que levavam lanche e a ONG levava o banho. Com a pandemia, o governo
arrumou os banheiros no SCS em 2020 e a gente não tem ido mais porque têm vários grupos que dão esse suporte, como o NoSetor. Então começamos a ir à Praça do Relógio e na 3 de Ceilândia. A gente atende entre 30, 40 pessoas em situação de rua com Banho de Fé e o lanche aos domingos”. Hoje a ONG conta com dez pessoas associadas e em torno de 15 voluntários esporádicos e realiza a capacitação em parceria com o Instituto Barba na Rua. “Não adianta só pegar a pessoa que tá em situação de rua, levar o lanche, dar o banho, levar pra comunidade terapêutica, se você não consegue reinserir na sociedade de uma forma completamente inteira, livre do vício, com o caráter restaurado, com a dignidade e a famílias restauradas. É preciso reinserir essa pessoa na sociedade como cidadão, que consegue entrar no mercado de trabalho. Esse é o meu maior sonho, restaurar vidas”, observa Elvira Batista. Sempre movida a devolver o protagonismo para as pessoas que sofrem com o abandono, frio, falta de amor em situação de rua, Elvira Batista destaca alguns desafios que enfrenta, como conciliar o tempo entre a família, o trabalho e o voluntariado, além da reforma do ônibus que apresenta alguns problemas. “A gente precisava de um ônibus novo ou menos problemático, com a adaptação pra poder trabalhar. Um outro desafio é a verba que a gente precisa ter mensal pra comprar a roupa. As roupas que a gente recebe de doações não servem para o pessoal em situação de rua, porque não são do tamanho deles. A convicção que a gente precisa ajudar o próximo eu tenho e não me deixa desistir”.
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Resgate de vida e sonhos
Não é raro encontrar histórias emocionantes de pessoas em situação de rua e drogadição que tiveram a oportunidade de reescrever sua história e vencer a drogadição. É o caso do Agente Social Rogério Soares que foi abandonado à própria sorte ainda bebê, sem nome, sobrenome e data de nascimento, posteriormente definidos por um juiz, e sofreu durante 25 anos nas ruas até encontrar dona Elvira, a quem ele chama de mãe, que deu amor e o incentivou a se recuperar em uma comunidade terapêutica, onde passou 1 ano e 8 meses. “No primeiro dia no SCS, 17 de abril de 2014, eu estava conversando com o Barba e tinham mais duas pessoas. Como eu não tinha experiência, levei banana e maçã. E o Barba chegou e perguntou quem tinha levado esse lanche. E falei que fui eu. E ele: é a sua primeira vez aqui, entendi. Risos. E a gente ficou conversando e eu olhava pra ele e pensava: ou esse homem é louco, ou tá bêbado ou tá drogado. Aí fiquei um tempão conversando
e cheguei à conclusão de que ele era louco, estava bêbado e drogado. Mas foi amor ao primeiro dia, meu coração se apegou ao coração do Barba e o coração do Barba se apegou ao meu coração. Eu tive a honra de ser amiga e fazer parte dessa transformação da vida do Barba”, descreve Elvira. E a história do Barba não é a única que Elvira guarda em seu coração repleto de amor e gratidão por fazer o bem. “O difícil não é para sair. O Difícil é a pessoa sair e permanecer fora. A gente faz esse trabalho de resgate da pessoa, mas poucos se firmam e às vezes a gente perde também o contato. Mas tem a Leila e o Tiago, que se conheceram na rua, participaram do projeto, não passaram por nenhuma comunidade terapêutica, mas conseguiram sair da rua, estão casados e têm dois filhos”. Outro testemunho comovente é de uma ex-profissional do sexo que teve a vida transformada, graças ao acompanhamento da ONG. “A gente consegue emprego e curso de capacitação para quem quer sair. E tinha uma garota de programa que trabalhava na W3 Norte e cursava Técnico de Enfermagem. E a ONG conseguiu, em parceria com a Casa da Mulher Brasileira, uns cursos de Cuidador de Idosos. Então ela se organizou, fez o curso de Cuidador de Idosos, terminou o de Técnico de Enfermagem, colocou a filha na escola pública e avisou para a mãe que ia diminuir o dinheiro, porque as garotas de programa sustentam a família dela e as pessoas da família com dinheiro da prostituição. Hoje ela está casada, trabalhando em uma Clínica, no Sudoeste, de Cuidador de Idosos, e com a vida renovada. Esse é o objetivo da ONG”, diz emocionada.
Sejamos amor e acolhimento
Caro leitor, ajude a manter o projeto. Seja um voluntário ou colabore com doações de roupas masculinas com a numeração 38 a 42, alimentos ou dinheiro. Envie uma mensagem para a Elvira no telefone (61) 981306262 ou siga no Instagram @ ongfuturoesperança
Centro Terapêutico Unidade Masculina Instituto Revitaly Rio de Janeiro
Espaço Especializado em Tratamento Masculino de Dependência Química, Alcoolismo e Transtornos Associados
SERVIÇOS | Remoção em todo território nacional | Acolhimento humanizado | Abordagem Terapêutica Individual e em grupo
EQUIPE MÉDICA ESPECIALIZADA | Psiquiatra | Psicólogo | Terapeuta Holístico | Assistente Social | Abordagem É metodologia | 12 passos (metodologia) | PPR-Plano de Prevenção a Recaída | TRE-Terapia Racional Emotiva | TCC-Terapia Cognitiva Comportamental | Coordenador Multidisciplinar | Espiritualidade Ecumênica | Monitores 24h | Arte Terapia 2x na semana
Convênio com empresas para recolocação no mercado de trabalho
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clinicarevitaly.com.br
ESTRUTURA FÍSICA | Sala para reuniões | Piscina | Exercícios Físico | Cantina | Refeitório | Churrasqueira | Escritório administrativo | Biblioteca | Escritório central | Espaço para acolhimento | Todos Quartos com suítes | 4 Refeições Diárias Ajude a manter o nosso projeto Conta para doações: Banco Itaú - Agência 1595 - Conta Corrente 41399-6
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(21) 97192-3214
(21) 2135-8918
Social Sérgio Botelho Junior
Renata d’Aguiar completa 33 anos esbanjando solidariedade ao próximo
Decoração da festa
O que seria das pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômico, sem essa mulher guerreira e amorosa? Nossa querida Auditora Federal, Renata d’Aguiar, comemorou seu aniversário de 33 anos, em 07 de outubro, em grande estilo, reunindo diversas pessoas que acompanha sua vida. O momento foi marcado por fortes emoções, com lindas homenagens e música ao vivo. A equipe da ImagineAcredite conversou com alguns convidados que parabenizaram a aniversariante.
Samara Rodrigues, uma das primeiras assistidas do projeto Reciclando o Futuro. “Ela é uma pessoa muito amiga, companheira e que está sempre disposta a ajudar o seu próximo. Desejo a ela muitas realizações e garra para continuar nesse projeto”. Prefeito de Planaltina GO, Delegado Cristiomário. “A Renata é uma pessoa que luta muito pelo social, ajuda muito Brasília. Eu desejo muita prosperidade para ela”. Juraci Carvalho, dono e CEO da Tesoura de Ouro. “se o povo de Brasília olhar a história da Renata, vai ver que ela vive para o fazer o bem. Eu tenho o maior carinho por ela e pelo esposo dela, Fábio”.
Renata d'Aguiar com seu esposo, Fábio Campos
Renata d'Aguiar ao lado do jornalista Lelio Soares, Márcia Souza (Projeto: Mulher Simples Assim) e Ivan Nélio
Renata d'Aguiar com Daniel Veras
Renata d'Aguiar com a banda cristã Folha e Banda Sinais
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Social
Renata d'Aguiar, aniversariante Renata d'Aguiar com o presidente e violinista da Orquestra Filarmônica de Brasília, Doner Cavalcante
Renata d'Aguiar com Lilly Beth, voluntária no Instituto Reciclando o Futuro
Renata d'Aguiar com a vice-presidente do Instituto Reciclando o Futuro, Kamila Castro, e a Miucha Dantas
Renata d'Aguiar com Tamara Guedes, Andreza Sabino, Arthur Cardoso e Richard Banhara (Projeto: Juventude em Ação) Renata d'Aguiar com músicos da Orquestra Filarmônica de Brasília
Renata d'Aguiar com seu esposo, Fábio, e o dono da rede de lojas Tesoura de Ouro, Juraci de Carvalho Renata d'Aguiar com a sua família: Fábio, Paulo Roberto, Teresa, Brenno e Isabela Pimenta
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Convidados
Renata d'Aguiar com a família do jornalista Lelio Soares, da Voz do Povo do DF, e esposa Tatiane Pontes
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Renata d'Aguiar com o prefeito de Planaltina (GO), Delegado Cristiomário, e sua esposa, a primeira-dama Lilian Kelly
Renata d'Aguiar com a advogada Jéssica Pires Tranquillini, campeão panamericano de judô. “A Renata é uma pessoa que ajuda muito Brasília. Então desejo um Feliz Aniversário e um ano próspero de muito trabalho”. Márcia Souza, projeto Mulher Simples Assim, parceira do Instituto Reciclando. “A Renata é esplendorosa, harmoniosa, uma pessoa do bem, iluminada. Ela é escolhida por Deus”. Lelio Soares, jornalista na Voz do Povo do DF. “A Renata é uma pessoa maravilhosa, faz um trabalho muito bacana com as pessoas carentes. Então desejo um Feliz Aniversário para ela”.
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Renata d'Aguiar com sua madrinha e seu padrinho, Benigna Venâncio e Francisco Martins
Renata d'Aguiar com a família da vicepresidente do instituto Reciclando o Futuro, pastora Fabiana Lacerda
Renata d'Aguiar com a família do campeão paraolímpico de Judô, Tranquillini
Convidados: Andreza Sabino, Arthur Cardoso, Richard Banhara e Tamara Guedes
Renata d'Aguiar com o deputado federal Julio Cesar Ribeiro e sua esposa, Sonia Ribeiro
Renata d'Aguiar e seu esposo, Fábio, com um dos primeiros casais atendidos pelo Instituto Reciclando o Futuro, Samara de Jesus e seu esposo Welton de Jesus, com seus filhos, David e Caleb
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Benigna Venâncio, madrinha. “A Renata é uma mulher maravilhosa, virtuosa, que se preocupa com os carentes. Eu desejo que ela tenha muita saúde, amor e que continue fazendo esse trabalho social maravilhoso”. Francisco Martins, padrinho. “A Renata é uma referência, determinada e preocupadíssima com os mais carentes. Eu tenho muito orgulho dela”. Pastora Fabiana Lacerda, presidente do Instituto Reciclando o Futuro. “Renata é uma pessoa que veio para fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Ela transborda muita paz e amor”. Doner Cavalcante, presidente da Orquestra Filarmônica de Brasília. “Ela é uma pessoa maravilhosa que sempre une forças para ajudar as pessoas necessitadas. Desejo um Feliz Aniversário”.
Renata d'Aguiar com Sr. Ferreira, Eduarda Carneiro, Charles, Sirley e Abigail
Renata d'Aguiar com o advogado Ronald Barbosa
Convidados
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Renata d'Aguiar com a Silvana Scórsin
Os convidados: Márcia Souza, Ivan Nélio, Tatiane Pontes e Silvana Scórsin
Convidados
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Social
Renata d'Aguiar com seu esposo, Fábio
Renata d'Aguiar emocionada com a homenagem
Durante a cerimônia, d’Aguiar agradeceu o carinho que recebeu de todos. “Não consigo descrever o tamanho da minha felicidade. Eu me sinto extremamente abençoada por ter tanta gente ao meu lado comemorando comigo mais um ano de vida”.
Centro Terapêutico Unidade Feminina Instituto Revitaly Rio de Janeiro
Espaço Especializado em Tratamento Feminino de Dependência Química, Alcoolismo e Transtornos Associados
SERVIÇOS | Remoção em todo território nacional | Acolhimento humanizado | Abordagem Terapêutica Individual e em grupo
EQUIPE MÉDICA ESPECIALIZADA | Psiquiatra | Psicólogo | Terapeuta Holístico | Assistente Social | Abordagem É metodologia | 12 passos (metodologia) | PPR-Plano de Prevenção a Recaída | TRE-Terapia Racional Emotiva | TCC-Terapia Cognitiva Comportamental | Coordenador Multidisciplinar | Espiritualidade Ecumênica | Monitores 24h | Arte Terapia 2x na semana
Convênio com empresas para recolocação no mercado de trabalho
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ESTRUTURA FÍSICA | Sala para reuniões | Piscina | Exercícios Físico | Cantina | Refeitório | Churrasqueira | Escritório administrativo | Biblioteca | Escritório central | Espaço para acolhimento | Todos Quartos com suítes | 4 Refeições Diárias
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